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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO VANDERLEIA FURTADO CORREA MOREIRA ANALISE DE ACIDENTES DE TRANSITO NA PERSPECTIVA DAS VITIMAS DA CIDADE DE MACAPÁ - AP MACEIÓ Al 2014

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

VANDERLEIA FURTADO CORREA MOREIRA

ANALISE DE ACIDENTES DE TRANSITO NA PERSPECTIVA DAS

VITIMAS DA CIDADE DE MACAPÁ - AP

MACEIÓ – Al

2014

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VANDERLEIA FURTADO CORREA MOREIRA

ANALISE DE ACIDENTES DE TRANSITO NA PERSPECTIVA DAS VITIMAS DA

CIDADE DE MACAPÁ - AP

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Dr. Manoel F. do Nascimento Filho

MACEIÓ – AL

2014

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VANDERLEIA FURTADO CORREA MOREIRA

ANALISE DE ACIDENTES DE TRANSITO NA PERSPECTIVA DAS VITIMAS DA

CIDADE DE MACAPÁ - AP

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

APROVADO EM ____/_____/_____

________________________________________________________

PROF. DR. MANOEL FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO

ORIENTADOR:

________________________________________________________

PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________

PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA

BANCA EXAMINADORA

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DEDICATÓRIAS

Aos meus pais In memorian

Adelcidio de Paula Correa

Ariosvalda Furtado Correa

A meu esposo

Murilo de Almeida Moreira Junior

A meus Filhos

Raphael Lincoln Furtado Correa

Daniel Lincolln Correa Moreira

Caio Andrea Correa Moreira

Meus Netos

Victor Amoras Correa

Katarinny Amoras Correa

Lais Castelo Correa

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu Deus, pela sua infinita bondade que me deu

força interior e levou-me a buscar tão distante de minha terra uma oportunidade de

agregar mais conhecimentos em minha área de atuação, onde poderei contribuir

para a qualidade de vida das pessoas que utilizam o transito de minha cidade.

Agindo com ética e sabedoria e respeito à vida, todas as vezes que estiver

exercendo minha função de Perita Examinadora do Transito assinando os resultados

dos testes psicológicos e que possa colocar no trânsito pessoas que estejam

capacitadas para exercê-lo com respeito à vida.

Que Deus ilumine sempre o meu trabalho, minha família, esposo, filhos, netos

e amigos que torceram e torcem por mim pelo apoio, incentivo e compreensão.

Meu muito obrigado à pessoa do meu supervisor Prof. Dr. Manoel Ferreira do

Nascimento Filho, pela sua simplicidade, humildade em tratar a todos com respeito e

dedicação nos incentivando e compartilhando conosco seus conhecimentos

ensinando-nos a arte de construir o hoje pensando no amanhã.

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“O sucesso nasce do querer, da determinação e

persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo

não atingindo o alvo, quem busca e vence

obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

(José de Alencar)

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RESUMO

O Escopo desse trabalho embasa-se na pesquisa sobre analise dos acidentes de transito na perspectiva das vitimas da cidade de Macapá, visto que a cidade de Macapá está entre as capitais que possuem o trânsito mais violento do Brasil. Tendo como objetivo caracterizar as vitima segundo a idade e o sexo, o local do acidente o horário que mais ocorrem os acidentes e o dia da semana, identificar o tipo de acidente, o numero e o tipo de veiculo que mais se envolvem nos acidentes, a natureza e a classificação dos acidentes para podermos clarificar melhor os fatores que estão relacionados com os acidentes de transito (ATs). Os procedimentos metodológicos foram utilizados na pesquisa com base em pesquisa bibliográfica e documental realizada nos órgãos da Cidade de Macapá como: no BPETRAN/AP - Batalhão de Policiamento de Transito, DETRAN/AP - Departamento de Transito - CREAP – Centro de Reabilitação do Amapá, utilizando instrumento como entrevistas fechadas de cunho qualitativo e quantitativo para entender a perspectiva das vitimas em relação ao AT, na cidade de Macapá primando sempre por uma postura ética respeitando o estado das vitima que foram 20 vitimas de Acidente de Transito, onde passavam por fisioterapia. Os dados coletados foram dos anos de 2011 e 2012, onde no ano de 2011 foi marcado por inúmeros acidentes ocorridos em todo o estado totalizando 130 óbitos registrados superando morte por arma branca que nos anos anteriores foi responsável pela maioria das mortes violentas ocorrido no estado já no ano de 2012 será feito um comparativo para ver se houve uma diminuição dos acidentes ou não. PALAVRA CHAVE: Trânsito, Psicologia do transito, Acidentes, Vitima de acidentes de transito e Causas.

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ABSTRACT

The scope of this work underlies in research on analysis of traffic accidents in the perspective of the victims of the city of Macapá, since the city of Macapá is among the capital cities that have transit more violent than Brazil. Aiming to characterize the victim according to age and gender, the location of the accident the time that most accidents occur and the day of the week, identify the type of accident, the number and type of vehicle that is involved in more accidents, nature and classification of accidents in order to clarify the factors that are related to car accidents (TAs). The methodological procedures were used in the research-based literature and documents held in the city of Macapá organs such as the BPETRAN / AP - Police Battalion Transit, DMV / AP - Transit Department - CREAP - Rehabilitation Center of Amapá, using instruments such as interviews closed a qualitative and quantitative to understand the perspectives of the victims in relation to aT in the city of Macapa always striving for ethical respecting the status of the victims were 20 victims Accident transit, which went through physical therapy. The data collected were the years of 2011 and 2012, which in 2011 was marked by numerous accidents across the state totaling 130 deaths recorded beating death stab you in previous years was responsible for most violent deaths occurred in the state since the year 2012 will be a comparison to see if there was a Decrease in accidents or not. KEYWORD: Transit, traffic psychology, Accidents, Victims of car accidents and Causes.

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LISTAS DE TABELAS

TABELA 01 - Quanto faixa etária das vitimas 2011 e 2012 ...................................... 35

TABELA 02 - Quanto à faixa etária dos entrevistados .............................................. 35

TABELA 03 – Quanto à condição de gênero 2011 e 2012 ........................................ 36

TABELA 04 - Quanto à condição de gênero dos entrevistados ................................ 36

TABELA 05 – Quanto à escolaridade dos entrevistados 2012 .................................. 37

TABELA 06 – Quanto a Habilitação 2011 e 2012 ..................................................... 38

TABELA 07 – Quanto a Habilitação dos entrevistados. 2012 ................................... 38

TABELA 08 - Classificação do Local do Acidente de 2011 e 2012 ........................... 39

TABELA 09 – Classificação do Local do Acidente dos entrevistados. ...................... 39

TABELA 10 – Quanto as Condições das Vias em 2011 e 2012 ................................ 40

TABELA 11 - Quanto as Condições da Via – Entrevistada ....................................... 40

TABELA 12 – Quanto a Natureza do Acidente 2011 e 2012 ..................................... 41

TABELA 13 – Quanto a Natureza dos Acidentes dos Entrevistados ......................... 41

TABELA 14 - Quanto aos Horários dos Acidentes - de 2011 e 2012 ........................ 42

TABELA 15 - Quanto aos Horários dos Acidentes – entrevistados. .......................... 42

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LISTAS DE ABREVIATURA E SIGLAS

ABRAMET – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AT – Acidente de Transito.

ATs – Acidentes de Transito

AP – Amapá

A P V P – Anos Potenciais de vida Perdida

BPTRAN – Batalhão de Policiamento de Transito

C N H – Carteira Nacional de Habilitação

CFP – Conselho Federal de Psicologia

CNT – Código Nacional de Transito

CREAP – Centro de reabilitação do Estado do Amapá

DENATRAN – Departamento Nacional de Transito

DETRAN – Departamento de Transito

DPVAT – Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos

Automotores de Via Terrestre

E U A – Estados Unidos das Américas

I B G E – Instituto Brasileiro de Estatística

ICOMI – Indústria e Comércio de Mineração

I S S – Inventario de Sintomas de estresse

M S – Ministério da Saúde

O M S – Organização Mundial de Saúde

PEMAS – Plano Estratégico Para Assentamento Subnormais

U S P – Universidade de São Paulo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ................................................................................. 14

2.1 Psicologias no Contexto do Trânsito .............................................................. 14

2.2 Trânsito .............................................................................................................. 15

2.3 O Comportamento Humano no Trânsito ......................................................... 17

2.4 Acidentes ........................................................................................................... 21

2.5 Vitimas................................................................................................................ 22

2.6 Sexo e Idade ...................................................................................................... 24

2.7 Causas................................................................................................................ 25

3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 33

3.1 Éticas .................................................................................................................. 33

3.2 Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 33

3.3 Universo ............................................................................................................. 33

3.4 Sujeitos da Amostra .......................................................................................... 33

3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................... 34

3.6 Plano para Coleta dos Dados ........................................................................... 34

3.7 Plano para a Análise dos Dados ...................................................................... 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 35

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 45

REFERENCIAS ......................................................................................................... 47

APENDICE ................................................................................................................ 52

ANEXOS ................................................................................................................... 54

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1 INTRODUÇÃO

A pesquisa focaliza uma analise sobre acidente de trânsito na perspectiva das

vitimas na cidade de Macapá. Em virtude do grande crescimento de forma

desordenado contribuindo para a falta de urbanização, pavimentação e sinalização,

pois os gestores do Município de Macapá e do Estado não conseguem frear o

surgimento de novos bairros ficando assim impossível a questão da pavimentação

adequada, dentre eles estão também a má sinalização tanto verticais quanto

horizontal, faixas de pedestres e ciclovias. Em uma entrevista nos meios de

comunicação o presidente do DETRAN 2012, Drº. Sávio Pinto “constatou-se que a

violência no trânsito é destaque, sendo um dos grandes responsáveis pela elevada

taxa de acidentes, devendo ser dada maior atenção ao comportamento dos

condutores no que diz respeito ao excesso de velocidade, condutores não

habilitados e ao consumo excessivo de álcool que, consequentemente passam a

trafegar pelas ruas acarretando graves acidentes”.

O Tribunal de Justiça do Estado do Amapá/TJAP, preocupado com os altos

custos sociais e econômicos dos atuais índices de acidentes de trânsito criou um

projeto chamado de “PAZ NO TRÂNSITO”, tendo como objetivo sensibilizar a

sociedade amapaense de que não podendo mais suportar o elevado número de

casos de mortes e de debilidades permanentes que vem congestionado o

funcionamento dos juizados especiais, principalmente porque para cada acidente de

trânsito três processos são manejados. O Projeto busca através de práticas

educativas, nas escolas e nas ruas, alertar a sociedade amapaense para à

universalização de programas de educação de trânsito e para o aumento da

fiscalização sobre os motoristas infratores, com atenção especial para os pedestres,

ciclistas, crianças e idosos. Por esse motivo o objetivo desta pesquisa é identificar e

comparar, com base na experiência das vitimas e sua percepção dos acidentes de

trânsito na cidade de Macapá e os principais fatores que corroboram para o mesmo.

Segundo Hoffmann, (2005). Existem três fatores que podem contribuir para a

ocorrência de um acidente de trânsito: a via, o veículo e o ser humano. Estima-se

que o fator humano esteja envolvido em cerca de 90% dos acidentes, seja por meio

de erros ou de violações à lei. A cidade tornou-se assim alvo de diversas

preocupações de políticas públicas, tanto da perspectiva da saúde como da

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violência do trânsito. A geração de informações sobre os acidentes de trânsito, para

estudos de segurança viária, é fundamental para subsidiar as tomadas de decisões

e melhorias na segurança pública. Adicionalmente, esses dados podem ser

utilizados por outros setores, tais como educação e fiscalização do transporte,

servindo de alicerce para diminuição do risco de acidentes (CARDOSO, 2002).

Os capítulos a seguir explicitam a metodologia utilizada através da pesquisa

bibliográfica para dar um embasamento teórico na pesquisa de campo realizada nos

órgãos da Cidade de Macapá como: no BPETRAN/AP - Batalhão de Policiamento de

Transito, (2011; 2012), Departamento de Transito - DETRAN, Centro de Reabilitação

do Amapá – CREAP, onde foi realizada uma amostragem com 20 vitimas de

Acidente de Transito, que passavam por fisioterapia, os instrumentos utilizados foi

entrevistas fechadas de cunho qualitativo e quantitativo para entender a perspectiva

das vitimas em relação ao AT, na cidade de Macapá primando sempre por uma

postura ética respeitando o estado das vitimas.

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2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1 Psicologias no Contexto do Trânsito

No contexto do trânsito, a Psicologia tem estudado o comportamento humano

e os fatores e processos internos ou externos que provocam ou alteram esse

comportamento. A Psicologia do Trânsito, dessa forma, constitui-se em um “campo

extremamente surpreendente no microcosmo do comportamento humano e na

circulação viária, onde Psicologia Social e Psicologia Experimental se encontram”

(HOFFMANN, 2005, p. 22).

A Psicologia do Trânsito pode ser definida como uma área da Psicologia que

estuda, através de métodos científicos válidos, os comportamentos humanos no

trânsito e os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes

que os provocam ou os alteram (ROZESTRATEN, 1988).

Conforme Rozestraten (1981), a Psicologia do Trânsito surgiu devido à

necessidade de se avaliar o comportamento humano visando a garantir maior

segurança no trânsito. Assim, pode ser definida como “o estudo científico do

comportamento dos participantes do trânsito, entendendo-se por trânsito o conjunto

de deslocamentos dentro de um sistema regulamentado”.

Para Hoffmann (2006), a Psicologia do Trânsito constitui-se em um “campo

extremamente surpreendente no microcosmo do comportamento humano e na

circulação viária, onde Psicologia Social e Psicologia Experimental se encontram”

porque os problemas, variáveis e pautas de pesquisa podem englobar, por exemplo,

desde a pesquisa sobre a acuidade visual mínima indispensável a um motorista até

a pesquisa sobre a representação social do automóvel feita por determinado grupo.

Afirma ainda que o conceito é amplo, pois o comportamento do condutor tem sido

estudado em relação a uma diversidade de questões.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia-CRP, (2000), a Psicologia do

Trânsito é “uma área da Psicologia que investiga os comportamentos humanos no

trânsito, os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes que

os provocam ou os alteram”.

Conforme os autores French et al. (1993), os indivíduos classificam-se em

três tipos: racionais, intuitivos e dependentes. A tomada de decisão racional

caracteriza-se por destacar a informação relevante e observar cuidadosamente as

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consequências futuras e atuar de forma intencional e lógica. A intuitiva mostra

pequena antecipação às consequências futuras ou pequenas procura sistemática de

informação. A dependente tem como característica não se mostrar responsável por

suas decisões, que são tomadas em virtude da aprovação social.

Ribeiro (2012) entende que o trânsito encontra-se baseado em três princípios

fundamentais que corroboram para a segurança dos envolvidos. São percebidos

como uma trilogia baseada em princípios da engenharia, da educação e do esforço

legal, constituído pela legislação, justiça e policiamento. No que se refere à

engenharia, trata-se das projeções, construções e manutenções das vias e veículos

de forma satisfatória, visando à melhoria do tráfego e consequentemente a

segurança no processo. Quanto à educação, refere-se à formação do indivíduo em

sociedade, de maneira equilibrada e segura. Já a regulamentação das normas de

trânsito, a observação dos direitos estabelecidos pela Constituição Federal, assim

como, ações de execução como fiscalização, prevenção e controle ou repressão são

desencadeadas por um esforço mútuo e legal frente ao processo complexo do

trânsito brasileiro.

2.2 Trânsito

Segundo Ferreira (1993) trânsito é o ato ou efeito de caminhar; movimento,

circulação, afluência de pessoas e/ou veículo; tráfego.

De acordo com Rozestraten (2003) a definição de trânsito constitui-se como

“o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de

um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de

seus participantes”.

O DENATRAN, (1997), declara que no caso do Brasil, o trânsito é

considerado um dos piores e mais perigosos do mundo. Os índices de AT são

altíssimos, com um para cada lote de 410 veículos em circulação em trânsito. Outro

dado estatístico mais recente do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) traz

os principais números relativos a trânsito no Brasil, em 2009, o País registrou uma

frota de 59,3 milhões de veículos e mais de 400 mil acidentes de trânsito com

vítimas. A redução destes altos índices depende da gentileza e tolerância dos 51,8

milhões de condutores habilitados existentes no Brasil, e também da colaboração

dos ciclistas, pedestres, e todos que utilizam as vias urbanas do País.

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O Brasil passou por um desenvolvimento econômico e social no bastante

acelerado a partir do surgimento das fabricas, como Ford, Chevrolet e a Volkswagen

pelo período de 1960, iniciando assim um verdadeiro desgaste social, pois o número

de veículos automobilístico aumento acentuadamente, trazendo os primeiros

malefícios do desenvolvimento e da circulação que foram os acidentes de transito

(BIBLLIAN, 1976).

Em Vasconcelos (1988) encontramos a informação de que o trânsito é uma

disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo tempo e pelo acesso aos

equipamentos urbanos, é uma negociação permanente de espaço, coletiva e

conflituosa. Nesta definição identificam-se motivos pelos quais é difícil assegurar a

integridade das pessoas no trânsito, já que existe a dificuldade de articular

necessidades individuais e coletivas que compartilham o mesmo espaço.

Nos últimos anos o comportamento transgressor dos condutores só vem

aumentando e não é preciso grande esforço para observar a mudança dos

comportamentos nas vias públicas e rodovias das grandes e pequenas cidades,

sendo bastante influenciado também pelo grau de desenvolvimento tecnológico dos

carros cada vez mais potente, modernos e velozes disputando um transito muitas

vezes sem a menor condição de trafego com avenida má sinalizada rodovias sem

pavimentação sem ciclovia e acima de tudo com condutores em habilitação

transformando o transito em um caos.

Segundo o que concerne Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN (2004),

para emissão da carteira Nacional de Habilitação, o indivíduo necessita submeter-se

a exames de aptidão física e mental, além de aulas teóricas e práticas.

A Carteira Nacional de Habilitação, comumente conhecida como carteira de

motorista ou habilitação trata-se de um documento obrigatório a qualquer indivíduo

que queira conduzir veículo automotor (CTB, 1997). O documento possui a fotografia

do cidadão, além do cadastro de pessoa física e registro geral sendo, no Brasil,

reconhecida como documento de identificação. Segundo o Código de Trânsito

Brasileiro (1997), alguns requisitos básicos são necessários para a aquisição da

CNH, como por exemplo, ser maior de 18 anos, penalmente imputável, saber ler e

escrever, possuir carteira de identidade ou similar, assim também, possuir CPF

próprio.

Quanto às categorias da carteira nacional de habilitação, o artigo 143 do

Código de Trânsito Brasileiro afirma:

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Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A E, obedecida a seguinte gradação: I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista; III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas; IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista; V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. (BRASIL, 1997).

Vasconcelos (1988) Cita que o transito “é um conjunto de todos os

deslocamentos diários, feitos pelas calçadas e vias da cidade, e que aparece na rua

na forma da movimentação geral de pedestre e veículos”.

O novo código de Transito tem buscado melhorar o transito visto que

ocorrido nos últimos anos aplicando multas mais severas para quem tenta infligir às

leis do trânsito buscando contribuir para tornar o motorista brasileiro mais consciente

e responsável ao volante, mas para isso segundo Faria et al. (2004), é necessário

cada vez mais envolver a sociedade, educar, avaliar amplamente os processos

socioeconômicos e culturais que norteie, para alcançar os aspectos positivos para

que haja no transito cidadãos cientes de suas responsabilidades e que respeite a

legislação e se evite se envolver em acidentes de transito.

O Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 2005) dispõe que o trânsito é um

direito de todo cidadão brasileiro e, não somente isto informa sobre a necessidade

de segurança atribuída às condições que garantam esta própria segurança. Isto

significa que não apenas as questões de engenharia, como sinalização ou

pavimentação devem ser consideradas, mas igualitariamente, as questões

referentes ao condutor, à organização do espaço de locomoção, ao seu processo de

aprendizagem e à preparação para sua atuação no trânsito.

2.3 O Comportamento Humano no Trânsito

Os comportamentos dos condutores no transito estão correlacionados a

complexa relação- veículo-ambiente-normas, sinalização-regulação resultando no

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final de um processo em que se encadeiam diversos eventos que estão interligados

as condições e comportamento humanos.

De acordo com WHO (2003 apud HOFMANN; CRUZ ALCHIERI, 2011), no

ano de 2000, mais de 1,2 milhões de pessoas morreram em decorrência de

acidentes de transito, fazendo com que esta se torne a nona causa mais importante

de morte no mundo, sendo que há previsão que no ano 2020 esta quantidade

duplique. Com isso percebe-se que essa altas taxas de mortalidade e traumatismos

por acidentes de transito representam uma das principais causas de perda da saúde

e um gasto enorme para o sistema de saúde podendo ser aplicado em outras áreas.

Os comportamentos no transito são produtos de três condições considerados

São elas: A presença de estímulos ou de situações que possam ser observadas e

percebidas; “um organismo em condições de perceber e de reagir adequadamente

aos estímulos percebidos, ou seja, um organismo sem deficiências sensoriais

mentais ou motoras; uma aprendizagem prévia dos sinais e das normas que devem

ser seguidas para que este organismo saiba se comportar adequadamente no

sistema complicado do trânsito” citado por (ROZESTRATEN, 1988, P. 17).

As condições acima discriminadas, para o autor, são essenciais para se

desenvolver um trânsito seguro, o que significa que o condutor, necessariamente

deve apresentar tanto capacidade discriminativa, quanto condição emocional

satisfatória e conhecimento das leis de trânsito.

O autor percebe que a falta de tais Condições são fatores humanos

significativos para a ocorrência de acidentes.

Segundo Pirito (1999) quando o homem exerce sua velocidade natural,

equivalente ao andar e ao correr, ele precisa ser treinado para saber usar sua

capacidade visual e todas as outras habilidades que envolvam o seu movimento e a

sua direção. Esse pensamento nos mostra que o indivíduo precisa aplicar todo o

conhecimento adquirido, tanto teórico quanto suas habilidades naturais para

promover o exercício do trânsito seguro.

Por outro lado, a utilização de instrumentos da psicologia, como os testes

psicológicos, por exemplo, é considerada como uma técnica primordial em que são

percebidos os sinais e sintomas de personalidades predisponentes a acidentes de

trânsito. Isto significa que os aspectos emocionais dos condutores, sem

diferenciação de idade, escolaridade ou sexo, estão efetivamente correlacionados

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entre si, possibilitando assim, diversas situações que favoreçam ou não a

ocorrência do acidente de trânsito (HOFFMANN, 2003).

Entender os aspectos emocionais do condutor é fator preponderante na

resolução de conflitos. Para o consultor de segurança viária**, ao analisar o ser

humano no contexto de acidente de trânsito é preciso considerar a totalidade do ser

humano, ou seja, parece ser contraditório treinar uma pessoa para ser um bom

motorista se ela tem como princípios e valores, a velocidade, o desafio ou

sentimentos como coragem ou autonomia. Esses valores são facilmente

perceptíveis nas propagandas de veículos, as quais mostram características que

reforçam ou estimulam comportamentos associados. As possíveis causas dos

acidentes de trânsito discriminadas pelo IPEA (2003) geralmente estão associadas a

questões do comportamento humano

. Em outro sentido, é necessário que o indivíduo, antes de ser um bom

motorista, seja também um bom cidadão, tendo valores impregnados em sua

personalidade de valorização da vida, de respeito às normas estabelecidas, de

consciência e educação.

Assim também, Rozestraten (1988) informa que o fator humano está

relacionado a 85% dos acidentes de trânsito, estando associados com fatores dos

processos básicos, como tomada de decisão ou processamento de informações,

com as características da personalidade, bem como, com aspectos passageiros do

comportamento.

O comportamento humano no trânsito está associado a alterações físicas

quanto psíquicas do condutor, as quais podem comprometer a destreza em cumprir

com todas as ações que implicam no ato de dirigir ou de manter o veículo sob

controle. Indivíduo cujo estado físico está sob o uso de substância psicoativa,

cansado por dirigir longos períodos ou que se encontra com seu estado emotivo

alterado são possíveis causadores de acidentes ou vítimas dos mesmos, haja vista

que, fatores como estes alteram a habilidade do condutor proporcionando falha

humana e possível desajuste no trânsito.

Vasconcellos (2005) afirma que 70% a 80% dos deslocamentos das pessoas

são referentes a questões pertinentes ao trabalho e à educação. O espaço da rua é

o local onde acontece a reprodução de comportamentos conflitantes, e, por

conseguinte, comportamentos conflituosos no trânsito, geradores de acidentes ou

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infrações. Chama-se atenção do condutor para a sua segurança de sua vida e dos

demais que estão em via pública.

Autores como Hoffmann e González (2003), entendem que o fator humano

está intimamente relacionado com a atenção e as distrações, as quais são

provocadas por uma série de distintos fatores. Segundo os autores, estados

psicológicos transitórios originados da fadiga, dos estados depressivos, estresse,

ansiedade ou sono são considerados agentes internos que originam as distrações,

que por sua vez, podem favorecer o aparecimento dos acidentes de trânsito. Além

do mais, algumas características de personalidade como a extroversão, por

exemplo, podem contribuir para a manifestação dessas distrações. Portanto nenhum

estudo pode afirmar que à personalidade ou temperamento seja considerado

perigoso ou não, porém a associação de outros elementos às características

comportamentais pode apresentar resultados negativos e significativos perante o

trânsito.

Em uma pesquisa realizada por Tebaldi e Ferreira (2004), com o objetivo de

investigar os comportamentos agressivos no trânsito e saber as causas da

agressividade segundo a percepção dos próprios condutores, foram pesquisados 94

condutores de veículos automotores, de ambos os gêneros (masculino e feminino),

analisando dados demográficos tais como: faixa etária, escolaridade e tempo de

habilitação diferentes, residentes na cidade de Concórdia, Santa Catarina. Os

autores propõem que a agressividade no trânsito já se tornou um problema social,

devido à falta de segurança que traz a todos que fazem parte do trânsito.

Algo preocupante é que a violência está presente no trânsito pelos diversos

comportamentos desempenhados pelos condutores e que influi na maneira de

utilização desse espaço público que deve ser com educação, respeito, tolerância e

sem agressividade, pois a liberdade que temos com um veículo nem sempre é

utilizada de forma correta. E, através da investigação por meio de questionários

aplicada aos 94 condutores de veículos automotores, observou-se que a frequência

com que praticam determinados comportamentos e suas percepções em relação às

causas da agressividade no trânsito.

A pesquisa revelou que a principal causa da agressividade no trânsito é o

nervosismo e, também se constatou que a frequência da agressividade encontra-se

mais nos comportamentos desempenhados pelos homens quando estão no transito.

Diante dos resultados obtidos verifica-se que o comportamento humano é complexo

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e que o trabalho voltado a uma prevenção pode ser realizados com parcerias de

varias áreas afins juntamente com sociedade em pro de uma mudança de

comportamento buscando mais educação e segurança no trânsito.

2.4 Acidentes

Segundo WHO (2003), em países da América do Sul, os acidentes de tráfego

vem compondo inúmeros eventos agravantes para saúde de uma população. Os

USA apresentam uma taxa de 29,7, seguidos do Chile, com taxa 25,3, México com

21,4. Argentina com 17,1. Em países europeus, a problemática não é muito diferente:

Alemanha se apresenta com taxa de 10,5 e a Holanda com 8,4. No continente

Asiático, o Japão se apresenta com 13,7. Diante desses dados é notório o caráter

mundial com que se apresentam os acidentes de trânsito, não se determinando como

um problema de países subdesenvolvidos, mas uma problemática homogênea no

contexto sócio mundial. Conforme a Organização Mundial de Saúde (2009), cerca de

um milhão e duzentas mil pessoas são vítimas fatais de acidentes de trânsito ao ano

em todo o mundo, e vinte a cinquenta milhões de pessoas são vítimas com lesões

não fatais.

As pesquisas realizada no Brasil, cerca de dois terços dos leitos hospitalares

dos setores de ortopedia e traumatologia são ocupados por vítimas de AT, com

média de internação de vinte dias, gerando um custo médio de vinte mil dólares por

ferido grave chegando a um custo anual estimado ultrapassa três bilhões de dólares

(PIRES et al, 1997).

O Brasil encontra-se entre os recordistas de acidentes de trânsito, não

apenas em números absolutos, mas nos índices de acidentes provocados por

pessoa ou por veículo em circulação. O prejuízo para o país chega a cerca de dois

bilhões de reais ao ano, e, não somente isto, mas milhares de pessoas levam

consigo as marcas e as consequências do acidente, além do prejuízo material

proveniente do mesmo. São cerca de 15 milhões de pessoas que sofrem ferimentos

provocados por acidentes, ao ano, nos países em desenvolvimento. IPEA (2003),

Conforme o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN 1997 registrou

mais de 22 mil mortes no trânsito no País e mais de 330 mil feridos. Em nossa

sociedade, o trânsito vem se tornando um ambiente de hostilidade, agressividade,

que culmina no índice significativo de mortalidade, e as principais vítimas do trânsito

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são os jovens. No ano de 2000 a faixa etária de 15 a 29 anos representaram 32,7%

das vítimas fatais.

O Ministério da Saúde (MS) publicou, em junho de 2009, que os acidentes de

transporte terrestre matam anualmente mais de um milhão de pessoas em todo o

mundo, resultando um grande número de feridos e sequelados (BRASIL, 2009).

A partir da implantação da Lei Seca de 20 de junho de 2008, dados do MS,

em 2009, ressaltam que houve uma diminuição considerável dos AT’s no Brasil

(BRASIL, 2009). Ao mesmo tempo, as hospitalizações decorrentes dos AT’s foram o

menor número de 24.545, representando uma queda de 23%, comparando ao ano

de 2007. Em relação aos óbitos, constatou-se que no segundo semestre de 2008

foram registradas 2.723 óbitos relacionados aos acidentes de trânsito, contrapondo

aos 3.519 registrados no segundo semestre de 2007, com uma redução de 22,5%

(ABRAMET, 2009).

Segundo Cardoso (2002), a cidade tornou-se assim alvo de diversas

preocupações de políticas públicas, tanto da perspectiva da saúde como da

violência do trânsito. A geração de informações sobre os acidentes de trânsito, para

estudos de segurança viária, é fundamental para subsidiar as tomadas de decisões

e melhorias na segurança pública. Adicionalmente, esses dados podem ser

utilizados por outros setores, tais como educação e fiscalização do transporte,

servindo de alicerce para diminuição do risco de acidentes.

Cabe destacar então, que os acidentes de trânsito, é classificada em vários

tipos, desde a falta do uso do cinto, a inexperiência do condutor, a falta de atenção,

o uso de celular, uso de álcool ou outras substâncias psicoativas (BRASIL, 2005).

2.5 Vitimas

Acidentes de trânsito são hoje uma das maiores causas de morte do planeta.

A razão pela qual vem merecendo a preocupação da pesquisa científica com essas

questões devido a esse grande número de acidentes com vítimas com sequelas e

com vitimas fatais, diversos estudos têm sido desenvolvidos na área de trânsito

visando à minimização dos danos que vêm acontecendo e ameaçando a estrutura

social, de saúde e econômica.

De acordo com o Denatran (2006, 2007, 2008), em 2006 o número de vítimas

fatais ligadas ao trânsito foi de 22.629 pessoas, em 2008 este número aumentou

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para 25.526 pessoas e em 2008, atingiu 26.409 pessoas. Em 2008, do total de

vítimas fatais, 7.132 tinham entre 18 e 29 anos, e eram na sua maioria condutores

de veículos.

Mello-Jorge & Latorre (1994), no Brasil considerando apenas as áreas

geográficas de melhor qualidade de informação, observaram que os atropelamentos

ocupam entre 50% e 85% das mortes por AT.

Nos EUA, os jovens também são as maiores vítimas no trânsito. Segundo

estatísticas de 1983, 50% dos motoristas envolvidos em acidentes fatais pertenciam

à faixa de 16 a 29 anos (WILLIAMS & CARSTEN, 1989).

Kaiser (1979), por sua vez, observou que, em todas as faixas etárias, a

frequência de acidentes é uma vez e meia maior nos três primeiros anos em que o

motorista adquire sua carteira (licença) para dirigir, do que nos anos subsequentes.

Uma vez que juventude, pouca prática na condução de veículos e falta de adaptação

geral no trânsito estão fortemente associadas ao maior risco de AT, o grupo etário

mais atingido é o de jovens, tendo em vista o fato de que é nessa fase que

conseguem a licença sua Carteira Nacional de Motorista (CNH) e, com isso, têm

menor experiência para dirigir.

Estudiosos e pesquisadores supracitado em suas pesquisas perceberam que

é necessário que haja mudança de comportamento para que possamos mudar o

índice de acidente visto que em nosso país chegam a uma cifra de Um milhão por

ano, em que se ferem 350.000 pessoas e outras 50.000 morrem.

Os pedestres constituem uma parcela significativa desses mortos,

representando, aproximadamente, entre 40 a 50%. Essas cifras devem estar mais

próximas da realidade, mas não correspondem, ainda, a um criterioso levantamento

de dados.

Deve-se ressaltar que, até recentemente, os dados oficiais indicavam,

aproximadamente, 20.000 mortes por ano em acidentes de trânsito, das quais 9.000

seriam pedestres, ou seja, 45%. Todavia, foram unânimes em afirmar que os

números reais eram bem superiores aos dados oficiais.

Percebe-se nas pesquisas realizadas que independente de região pouco

difere uma das outras em relação aos AT são características semelhantes de

comportamento nas malhas viárias do nosso País.

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2.6 Sexo e Idade

Murray & Lopez (1996), ao analisarem a mortalidade no sexo masculino,

utilizando o cálculo de anos potenciais de vida perdidos (APVP), observaram que os

AT constituem a segunda causa de morte precoce no mundo todo.

Em alguns países, os óbitos por AT entre homens de 15 a 24 anos

representam metade ou mais das mortes por todas as causas, havendo uma

diminuição após os 25 anos de idade (WHO, 2003).

Na França, o inquérito Baromètre Santé, realizado em novembro de 1992,

que incluiu 315 jovens entre 18 e 24 anos, menciona que, entre estes, os AT são o

problema de saúde mais importante (69,3%). Três de cada quatro mortes na faixa de

15 a 19 anos são causadas por AT, e, embora corresponda a 10,5% da população,

essa faixa etária contém 25% das vítimas dos acidentes de trânsito. Ainda em 1992,

na faixa de 18 a 24 anos, as estatísticas de AT apontavam: 2.315 mortes, 11.997

ferimentos graves e 40.809 ferimentos leves, citado por (BAUDIER et al. 1994).

Muitos estudos registram a importância dos acidentes de transito na

mobilidade da população brasileira. O mas dramático é observar que o número de

vitimas jovem que morre precocemente, citado por (LAURETIN e col. 1972. MELLO-

JORGE & LATORRE (1994). KLEIN, 1994. SOUZA e Col., 1997. ANDRADE 1998.

VASCONCELOS e Col. 1998. PEREIRA e Col. 1997. BARBOSA e Col. 2007).

Desta forma, a questão do trânsito está intimamente ligada aos homens, já

que são eles que comandam as máquinas, que, por sua vez, só obedecem às

vontades manifestas.

E o homem, sob o ponto de vista psicológico, é um ser extremamente

complexo, já que suas reações são dependentes de sua personalidade, de seu

intelecto, ao lado de sua cultura e da sua visão de mundo, que é a internalização

desta cultura (MACHADO, 1996).

Neste sentido, Machado (1996) refere-se ao conjunto de leis, normas, regras

de comportamento herdadas em uma determinada sociedade. E, tais variáveis

fazem com que os jovens se tornem um ser imprevisível, porque sua resposta a

determinadas situações vai depender de todos esses aspectos, mais as condições

do momento e da pessoa naquele dia.

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2.7 Causas

Diversas pesquisas e estudos voltados para o entendimento das causas de

acidentes de trânsito foram desenvolvidos, com o intuito de gerar formas de

minimizar a incidência destes como causa de morte e lesão para as pessoas

envolvidas no trânsito, neste caso, condutores, passageiros e pedestres.

De acordo com a agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU)

2009, quase metade dos mortos em acidentes rodoviários no mundo são pedestres,

ciclistas e motociclistas. Por ano, 1,2 milhão de pessoas morrem no trânsito. Mais de

90% das mortes ocorrem nas nações em desenvolvimento. Nos países mais pobres,

80% das mortes no trânsito são de "usuários vulneráveis", ou pessoas que não

estão nos carros. Ainda segundo a OMS, o número de pessoas feridas no trânsito se

aproxima de 50 milhões.

Com isso muitas pesquisas sobre as causas de AT foram realizadas e, em

grande parte destas, o consumo de substâncias psicoativa aparece como sendo

uma das principais causa das mortes no trânsito e atingi a população mais jovem,

que, em teoria, é a classe que mais consome este tipo de substância.

As causas de ATs que chamaram atenção tanto na pesquisa bibliográfica

como nesta pesquisa realizada em campo confrontada entre si estão relacionada os

seguintes fatores citados pelos entrevistados abaixo:

a) Drogas Ilícitas e Álcool:

A presente pesquisa bibliográfica observou-se que desde inicio da

humanidade já se fazia uso de bebidas entorpecentes como: a utilização de plantas

alucinógenas ou mesmo de bebidas processadas e fermentadas para o seu uso com

teor alcoólico, tal como o vinho que, tinha divindades específicas em sua

homenagem em diversas culturas antigas. Assim, relacionadas ao abuso por parte

de condutores de veículos.

O álcool é a droga de abuso mais difundida entre a população mundial. Dados

de pesquisas recentes mostram que o álcool mata mais do que o consumo de

drogas ilícitas, bem como apontam que o Brasil tem o quarto maior grau de consumo

de bebidas alcoólicas das Américas.

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET

2009), o consumo de álcool ao dirigir é a segunda causa de acidente nas estradas e

rodovias brasileiras, ficando atrás apenas para o excesso de velocidade. A fadiga, o

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cansaço e o uso de celular aparecem logo depois. O consumo de álcool e drogas

altera os reflexos, reduz a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos

no trajeto. Um motorista alcoolizado tem dificuldade, por exemplo, em perceber uma

moto passando ao lado ou pedestre atravessando na faixa, além de ter maiores

chances de não resistir a um acidente de trânsito por conta das alterações

metabólicas provocadas pelo álcool em seu organismo.

Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas

(CEBRID, 1987), existem registros arqueológicos que revelam os primeiros indícios.

Sobre o consumo de álcool pelo ser humano que datam de aproximadamente 6000

a.c, um costume bem antigo que tem persistindo por muitos anos. O consumo de

álcool provoca vários efeitos, que surgem em duas fases diferentes: uma

estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos depois da ingestão de

álcool, podem surgir os efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e

loquacidade (maior facilidade para falar). Com o decorrer do tempo, começam a

aparecer os efeitos depressores, como a falta de coordenação motora, descontrole e

sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica mais

exagerado, podendo até mesmo provocar o estado de coma.

Antigamente, as bebidas apresentavam conteúdo alcoólico relativamente

baixo, como o vinho e a cerveja, pois dependiam apenas do processo de

fermentação. Já com o surgimento do processo de destilação, introduzido na Europa

pelos árabes na idade média, apareceram novos tipos de bebidas alcoólicas, que

começaram a ser ingeridas em sua forma destilada. Neste período, este tipo de

bebida começou a ser um remédio para todas as doenças, sendo que aliviavam as

preocupações mais rapidamente que o vinho e a cerveja, fora que produziam de

forma mais eficaz um alívio da dor, surgindo assim a palavra uísque (do gálico

usquebaugh, que significa” água da vida.”).

Segundo a legislação brasileira (Código Nacional de Trânsito, que passou a

vigorar em janeiro de 1998), deverá ser penalizado todo motorista que apresentar

mais de 0,6g de álcool por litro de sangue. A quantidade de álcool necessária para

alcançar essa concentração no sangue é equivalente a consumir cerca de 600 ml de

cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chope), 200 ml de vinho (duas taças)

ou 80 ml de destilados (duas doses).

Com os elevados índices de acidentes nas rodovias e estradas do Brasil, o

legislador levantou a propositura de leis mais rígidas que pudessem conter esse

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nível. Assim, o advento da lei 11.705/2008, a chamada “Lei seca”, esperava reduzir

os índices de acidentes de trânsito com feridos e mortos cometidos por condutores

de veículos automotores, haja vista que atentam contra a segurança, a integridade e

a liberdade de locomoção das pessoas, causando grandes problemas concernentes

à vida e a economia de nosso país, revelando questão de segurança e saúde

pública (SOARES; SILVA, 2011, p. 19).

Quase 4% de todas as mortes no mundo são atribuídas ao álcool, alertou a

Organização Mundial de Saúde (OMS) em relatório divulgado nesta sexta feira. A

entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) lembrou que o álcool associado

com muitas questões sociais sérias, como violência, negligência infantil e abusos,

além de faltas ao trabalho. A porcentagem de mortes por álcool é maior do que as

de mortes causadas por aids, violência e tuberculose, diz a OMS. O relatório afirma

que o uso abusivo do álcool provoca 2,5 milhões de mortes todos os anos. No grupo

com idades entre 25 e 39 anos, 320 mil pessoas morrem por problemas

relacionados ao álcool, resultando em 9% das mortes nessa faixa etária. A OMS

informou ainda que o álcool prejudica a vida não somente de quem o consome em

excesso, mas também dos que se relacionam com essas pessoas. "Uma pessoa

intoxicada pode prejudicar outras ou colocá-las em risco de acidentes de trânsito ou

por comportamento violento, ou afetar negativamente colegas de trabalho, parentes

e desconhecidos", afirma o texto (G1 Brasil, 2011).

Várias pesquisas apontam uma forte relação entre a ingestão de álcool e AT.

Há estudos que observam que concentrações de 50mg/100 ml de álcool no sangue

podem provocar inaptidão para a condução de veículos (OMS, 1984). Exames post-

mortem de rotina em acidentados de trânsito observam que uma percentagem

importante dos motoristas mortos apresenta alcoolemia elevada. As vítimas mais

acometidas por agressões estão nessa mesma faixa etária – 20 a 39 anos – e

representam 56% dos casos. Em 2011, 28.352 homens com idade entre 20 a 39

anos foram assassinados e 16.460 perderam a vida no trânsito, o que corresponde a

quase metade de óbitos registrados nesta faixa etária, 31,5% e 18,3%,

respectivamente.

De acordo com Rozestraten (1988), 80% dos acidentes são causados pelo

fator humano. No Brasil, aponta que as causas mais comuns relacionadas aos

acidentes sejam dirigir sob efeito de álcool e outras drogas além da velocidade

excessiva, e estes fatores parecem estar tipicamente associados.

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Em pesquisas realizadas observou-se que em vários países, o álcool é

responsável por 30% a 50% dos acidentes graves e fatais como cita a (OMS, 1984),

o que é corroborado pelos dados do CDC (1993), os quais apontam presença de

álcool em 50% de AT fatais e graves.

Dirigir sob o efeito de álcool e outras substâncias psicoativas são um

comportamento de risco, comprovado por vários autores supracitados em Macapá

nos relatos das vitimas não fica visto que estas alteram o entendimento das

situações cotidianas e a percepção do que acontece ao redor do condutor, (ROZES-

TRATEN, 1988). E, segundo o mesmo autor, as substâncias psicoativas afetam a

capacidade de conduzir um veículo não apenas no momento em que são usadas,

mas também produzindo efeitos residuais, como por exemplo, a “ressaca” do álcool,

que afeta os reflexo do condutor, ou o efeito rebote da anfetamina, como a

depressão, o sono ou a fadiga, além da degeneração dos neurônios responsáveis

pela produção da serotonina.

Segundo Yunes & Rajs, (1994), quanto maior o consumo geral de álcool,

maior a frequência de beber e dirigir. O consumo per capita de álcool absoluto,

segundo informações que datam da última metade da década de 80, aumentou na

região das Américas, em países como a Colômbia, o Chile, o México, o Panamá e o

Brasil.

O Ministério da Saúde desenvolveu o Projeto Vida no Trânsito, veio com

objetivo de ajudar Estados e Municípios a orientar condutores sobre o risco da

combinação entre o álcool e direção, As cinco capitais brasileiras que participam do

projeto Curitiba, Teresina, Belo Horizonte, Campo Grande e Palmas reduziram, entre

2009 e 2011, o percentual de atendimentos de vítimas de acidentes alcoolizadas nas

emergências dos prontos-socorros.

Leis e medidas coercitivas são cada vez mais punitivas na tentativa de

combater o terrível ato de se dirigir sob o efeito de tal substância. A Lei Seca, trazida

como nova tentativa de se combater este hábito, vem sendo cada vez mais

elaborada, a fim de coibir o condutor de fazer uso de bebida alcoólica antes de

pegar o seu veículo. Assim, pode-se dizer que há uma crescente necessidade de

estudo e entendimento acerca do modo como o álcool altera as funções motoras do

motorista, além de que, faz-se necessário entender se os motoristas profissionais

também estão entrando nesta conduta perigosa de fazer uso de substâncias

entorpecentes antes de exercer a sua profissão.

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b) Sono

O sono e outro fator que chamou atenção tanto na pesquisa de campo como

na bibliográfica dentre a pesquisa é um elemento dos mais importantes na causa de

AT, ele é pouco estudado, visto que a dificuldade de se pesquisar essa variável após

a ocorrência de um acidente Leger (1994) comenta que os informes de índices de

acidentes relacionados ao sono diferem significativamente de um autor a outro, para

condutores com ou sem problemas de sono. Os autores calculam duas taxas para

estimar o número de acidentes por veículo a motor causados por sonolência. A

primeira é baseada na percentagem total de acidentes e o total de acidentes fatais

que ocorrem nas horas de maior sonolência, das 2h às 7h e das 14h às 17h (41,6%

do total e 36,1% dos fatais). A segunda é a percentagem do total de acidentes

ocorridos à noite (54%), quando o tempo de reação e de desempenho está

consideravelmente diminuído. A tendência a adormecer é também aumentada pela

privação e pela interrupção do sono, sendo o efeito dessa perda acumulativo.

Para dirigir à noite, é importante que você esteja descansado e sem sono.

Segundo dados da Universidade de São Paulo (USP), com 19 horas sem dormir, o

desempenho equivale ao efeito de, aproximadamente, seis copos de cerveja. Ou

seja, é uma situação um pouco mais séria do que se imagina. De acordo com

pesquisas da Universidade de Gênova, 26% dos acidentes no trânsito são causados

por motoristas que dormiram na direção.

Quanto aos registros sobre a sonolência são pouco notificados como motivo

ou causa do acidente aos policiais, que o condutor ou motorista dormiu ao volante,

porque e assumindo a responsabilidade pelo acidente. E muitas vezes atribuem o

acidente a outras causas, como a má condição climática ou o estado insuficiente de

preservação da rodovia.

Na pesquisa de campo os policiais do BPTRAN (2011 e 2012) alguns

entrevistados citam que em Macapá na capital o sono não chega a ser um ponto

muito critico nos atendimentos realizados no momento de acidente, já nas rodovias

do Estado já é perceptível esse fenômeno muitas vezes relacionados carga horaria

dos motoristas tanto de Carretas como de Ônibus interestadual devido ao crescente

aumento de Empresas que estão se estalando nos municípios circunvizinhos. Que

leva uma preocupação, pois os motoristas de transporte coletivo, a questão ganha

uma proporção um pouco mais acentuada, afinal, além de ser o responsável por

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suas ações no trânsito, o condutor também responde pela vida dos passageiros que

fazem uso deste tipo de transporte.

c) Estresse

A Psicologia do Trânsito vem mostrando sua importância nos últimos tempos,

em razão dos diversos âmbitos de atuação, seja pelo estudo e mensuração de

comportamentos individuais e sociais dos indivíduos, contribuindo para melhorar as

situações das estradas, sinalizações ou até mesmo em práticas de educação para o

trânsito (ROZESTRATEN, 1988).

Os estudos do Estresse foram iniciados primeiramente por Hans Selye, na

década de 1930, onde se definiu o conceito como “síndrome geral da adaptação”, na

qual o organismo visa adquirir a homeostase perdida. Sendo redefinido por Selye

em 1974 como “resposta não específica do corpo a qualquer exigência”

(MALAGRIS, 2006).

No começo o estresse é apenas um estado de alerta. O corpo dá os primeiros

sinais de que algo mudou: os músculos ficam contraídos e aumenta a produção de

adrenalina. A pessoa está pronta para o que der e vier, fica alerta para o que se

passa ao seu redor. De acordo com a especialista em estresse, Marilda Lipp (1994)

essa é a fase positiva, que prepara a pessoa para lidar com qualquer eventualidade.

Só que o efeito positivo do estresse deve durar, no máximo, 24 horas. A partir daí, é

preciso cuidado para não entrar na fase de resistência. É quando mesmo depois de

dormir uma noite inteira, ao acordar, a pessoa se sente cansada e a memória fica

comprometida. “Esquecer-se de fazer uma ligação, esquecer onde colocou a chave.

São esquecimentos bobos do dia a dia. É como se a vida tivesse pesando muito”,

explica a especialista.

Com isso o estresse e transito tem convivido juntos há muito tempo, sem um

dos fatores responsáveis por muitas ocorrências de acidente de transito dos mais

leves aos mais graves.

O estresse é um termo tomado da física que se refere ao desgaste sofrido

pelos materiais exposto a algum tipo de pressão ou força. Atualmente as áreas da

saúde o definem como “uma reação do organismo, com componentes físicos e ou

psicológicos, causada pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a

pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite,

amedronte, excite ou confunda, ou mesmo que a faça imensamente feliz” Marilda

Lipp, (1994).

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Analisando a pesquisa realizada em Macapá, nota-se que o estresse foi

apontado como um dos fatores que está levando o trânsito ao caos e contribuindo

para os acidentes. Nesta mesma direção, de acordo com diferentes autores, o

estresse pode influenciar os condutores nas tomadas de decisões no trânsito

(ANDRADE, 2003;).

Para Rozestraten (2003) o ato de dirigir é um tanto complexo, pois envolve

os comportamentos no trânsito e a convivência com o ambiente social. Por sua vez,

a Psicologia tem a possibilidade de estudar e avaliar as características dos

condutores de modo sistemático e, por conseguinte, colaborar na elaboração de

ações que venham a intervir neste contexto a diminuir os fenômenos estressores no

trânsito.

Assim, os autores supracitados afirmam que o estresse é prejudicial no

âmbito do trânsito, em razão de suas consequências que possam vir a desencadear

os seus efeitos não apenas no motorista estressado, mas também nos outros

condutores.

Lipp (1994) cita que a reação do estresse pode ser dividida em fases, de

acordo com: alerta, resistência e exaustão, no entanto, acrescentou uma nova fase

quase exaustão, que seria a fase intermediária entre a resistência e a exaustão. As

fases estão descritas a seguir:

1) Fase de alerta: quando o organismo é exposto a uma situação produtora

de tensão, ele se prepara para a ação, através da mobilização de alterações

bioquímicas, compreendendo as reações de "luta e fuga" definidas por Cannon

(1953). Algumas reações presentes são taquicardia, tensão muscular e sudorese.

Quando o agente estressor – o que está gerando o stress – não é eliminado, o

organismo passa ao estágio de resistência (LIPP & MALAGRIS, 1995).

2) Fase de quase–exaustão: o organismo está enfraquecido e não consegue

se adaptar ou resistir ao estressor. As doenças começam a aparecer, tais como

herpes simples, psoríase, picos de hipertensão e diabete, nos indivíduos

geneticamente predispostos (LIPP, 2000). Quando o estressor permanece atuante

por muito tempo, ou quando muitas fontes de stress ocorrem simultaneamente, a

reação do organismo progride para a fase de exaustão (LIPP & MALAGRIS, 1995).

3) Fase de exaustão: observa–se nessa fase que há um aumento das

estruturas linfáticas, a exaustão psicológica e a física se manifestam e em alguns

casos a morte pode ocorrer. As doenças aparecem com muita frequência tanto em

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nível psicológico, em forma de depressão, ansiedade aguda, inabilidade de tomar

decisões, vontade de fugir de tudo, como também em nível físico, com alterações

orgânicas, hipertensão arterial essencial, úlcera gástrica, psoríase, vitiligo e diabete.

A referida autora afirma que Convém observar que o stress não é o elemento

patogênico das doenças, ele conduz a um enfraquecimento do somático e do

psicológico de tal modo que aquelas patologias programadas geneticamente se

manifestam devido ao estado de exaustão presente (LIPP & MALAGRIS, 1995).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Éticas

Todos os participantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa, que

não incorriam em nenhum tipo de risco, atendendo assim à Resolução 196/96 do

Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, que tem nos Comitês de Ética

em Pesquisa com Seres Humanos o atendimento aos 4 princípios da Bioética, a

saber, autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Todos concordaram em

assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

3.2 Tipo de Pesquisa

Realizou-se um estudo que foi marcado por uma pesquisa de caráter

quantitativo e quantitativo. O interesse da escolha desse tipo de pesquisa foi em

conhecer e caracterizar dos acidentes e os grupos envolvidos nas múltiplas situações

no trânsito e traçar um perfil das vítimas e dos acidentes de transito, no município de

Macapá, capital do Estado do Amapá. A escolha de um estudo quantitativo se deu,

em face da intenção de se trabalhar com dados secundários, registrados em

unidades responsáveis pela notificação, gerência dos acidentes de trânsito e

atendimento às vítimas, como Departamento Nacional de Trânsito do Amapá

DETRAN/AP e BPETRAN/AP.

3.3 Universo

A pesquisa foi realizada no município de Macapá Amapá, ocasionalmente em

sujeitos que frequentam o trânsito da cidade constantemente.

3.4 Sujeitos da Amostra

Foram abordados 20 (vinte) sujeitos, compreendendo homens e mulheres que

sofreram acidentes de transito.

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3.5 Instrumentos de Coleta de Dados

Compreendeu uma entrevista semiestruturada, com algumas perguntas

fechadas onde o entrevistador aplicou um questionário com dez perguntas a partir

de um roteiro pré-estabelecido com base nos objetivos da pesquisa.

3.6 Plano para Coleta dos Dados

Os dados de 2011 e 2012 foram coletados no período de setembro e outubro

tendo como fonte de pesquisa os bancos de dados da Polícia Militar - (BPTRAN/AP).

Batalhão de Policiamento do Trânsito (DETRAN/AP) e Centro de Referencia de

Reabilitação do Amapá (CREAP), fora de horário das sessões de fisioterapia.

3.7 Plano para a Análise dos Dados

As respostas dos sujeitos entrevistados foram analisadas e interpretadas com

base nos referenciais teóricos pesquisados relacionados com o tema, adquiridos por

meio de acessos informatizados e livros.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Analise do estudo sobre acidente de transito na perspectiva das vitimas da

cidade de Macapá, onde os envolvidos nos acidentes declararam que no momento

do acidente se encontravam com seu veiculo parado outros estavam fazendo uma

conversão, o pedestre estava atravessando uma faixa outro jovem reconheceu que

estava com pressa com uma velocidade não compatível com a permitida na avenida.

A cidade de Macapá não fica diferente do comportamento encontrado nos

estudos, apresentando uma expressiva elevação de acidentes entre 2011 e 2012. As

analise copilados nos órgãos do Estado BPTRAN/AP e DETRAN/AP mostrando

assim com que frequência os acidentes de transito acontecem em Macapá às

causas mais citadas na visão dos entrevistados. Os sujeitos entrevistados são todos

da cidade de Macapá e algumas localidades circunvizinhas. Sendo que 13 são do

sexo masculino com idade entre 18 a 55 anos e sete (7) do sexo feminino com idade

entre 21 a 42 anos.

Nas Tabelas 1 e 2 serão apresentados os resultados da primeira pergunta da

entrevista de campo que refere-se à faixa etária dos envolvidos nos ATs .

TABELA 01 - Quanto faixa etária das vitimas 2011 e 2012

QUANTO À FAIXA ETÁRIA Ano 2011 Ano 2012

00 A 17 205 298

18 A 29 2.667 2.893

30 A 39 2.271 2.529

40 A 49 1.378 1.509

50 A 59 661 716

Acima de 60 255 363

Item não informado 617 858

Total 8.054 9.166

Fonte BPTRAN /DETRAN – 2011 / 2012

TABELA 02 - Quanto à faixa etária dos entrevistados

QUANTO À FAIXA ETÁRIA TOTAL

00 a 19 03

20 a 29 11

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30 a 39 03

40 a 49 02

50 a 59 01

Total 20

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2013.

Os resultados referem-se a faixa etária em 2011 entre 18 a 29 ocorreram

2.667 ATs, já na faixa etária entre 30 a 39 anos, um total de 2.271 já entre 40 a 49

se envolveram em acidentes 1.378 assim fazendo um comparativo com o ano de

2012, houve um aumento considerado entre os jovens de18 há 29 anos envolvidos

em ATs chegando a um total de 2.893, já entre 30 a 39 anos totalizou 2.529 e na

faixa etária de 40 a 49 anos ocorreu 1.509. Com isso percebe-se que a realidade da

cidade de Macapá não é tão diferente das pesquisas realizada em outros países e

estado brasileiro. A pesquisa revelou que a cidade de Macapá tem uma população

um pouco mais que 515. 883 habitantes, a realidade do transito não é diferente das

grandes cidades como demonstra a Organização Mundial de Saúde - OMS, (1984)

que observa o índice de mortalidade entre pedestres com mais de 14 anos de idade

diminui, aumentando significativamente entre motoristas e ocupantes de veículos,

principalmente após os 17 anos de idade (WHO, 2003).

Nas tabelas 3 e 4 tem-se os dados em relação ao gênero masculino e

feminino que foram notificado pelo BPTRAN/AP e DETRAN/AP em 2011 e 2012.

TABELA 03 – Quanto à condição de gênero 2011 e 2012

Envolvido Ano 2011

Ano 2012

Homem 6.194 6.641

Mulher 1.521 1.851

Evadiu-se 447 581

Total 8162 9178 Fonte BPTRAN /DETRAN – 2011/2012

TABELA 04 - Quanto à condição de gênero dos entrevistados

Homem 13

Mulher 07

Total 20

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2013.

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A pesquisa mostrou um percentual menor em relação à mulher ficando em

torno de 1.521 mulheres envolvidas nos acidentes em comparação a 6.641 homens

e 2012, já 447 não foram notificados no momento do acidente, pois se invadiram do

loca do acidente. Portanto no cruzamento desses dados a pesquisa confirma que os

homens estão mais suscetíveis a se envolverem em acidentes que as mulheres

onde em 2012 houve um crescimento maior que 60% relação a 2011 confirmando

assim o resultado apontado pela Organização Mundial de saúde – OMS, apoiando-

se nas pesquisas de alguns autores como: Lauretin e col. (1972): Mello-Jorge &

Latorre (1994); Klein, (1994): Andrade, (1998); Vasconcelos e Col., (1998); Barbosa

e Col., (2004; 2005; 2007), confirmam essa estatística.

A tabela 5 apresenta os resultados quanto ao grau de escolaridade. Verificou-

se que nos documentos pesquisados não foram declaradas a questão da

escolaridade, ficando assim uma lacuna aberta, já com o público alvo desta

pesquisa apresentou um percentual de 80% no ensino superior completo sendo que

quatro (4) são do sexo masculino e três (3) do sexo feminino e três (3) homens e

duas (2) mulheres estão cursando o ensino superior. Já no ensino médio completo

três (3) são homens e duas (2) mulheres e no ensino fundamental completo dois (2)

homens, com ensino fundamental incompleto um (1) homem.

TABELA 05 – Quanto à escolaridade dos entrevistados 2012

ESCOLARIDADE HOMEM MULHER

Ensino Fundamental Incompleto 01 -

Ensino Fundamental Completo 02 -

Ensino Médio 03 02

Ensino Superior Incompleto. 03 02

Ensino Superior Completo 04 03

Total 13 07

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2013.

Percebe-se então que a falta de informação e esclarecimento não é o motivo

desses grandes índices de acidente de transito em Macapá, pois são pessoas

esclarecidas e conscientes dos seus direitos e deveres como cidadão. Sendo assim,

mais da metade das pessoas envolvidas nos acidentes de trânsito possui algum

grau de escolaridade que poderia contribuir para o entendimento a cerca da

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necessidade de CNH para conduzir veículos automotores. Contudo, isto significa

que o fator consciência, mais uma vez, é observado, haja vista que muitos que se

envolveram nas ocorrências de trânsito enquadravam-se nos quesitos necessários

para emissão da CNH.

Os dados das tabelas 6 e 7 estão relacionados à questão da habilitação.

Verifica-se que o documento analisado fornecido pelo BPTRAN/AP, confirmou que

as pessoas envolvidas nos acidente tanto no ano de 2011 como em 2012 mais de

50% eram habilitadas. Na pesquisa de campo realizada foram entrevistados 20

vitimas sendo que 18 condutores eram habilitados, dentre eles três (3) condutores

de carro particular, oito (8) motociclista, sendo cinco (5) homens e três (3) mulheres,

quatro (4) moto taxista, um (1) ciclista e um (1) pedestre.

TABELA 06 – Quanto a Habilitação 2011 e 2012

QUANTO HABILITAÇAO ACIDENTES

Ano 2011

Ano 2012

Habilitados 5.302

6.295

Item não informado 671 742

Não habilitados

588

332

Não exigido

453

7.369

Não Informado

- 745

Total

7.014

8.114 Fonte BPETRAN/ DETRAN 2011 e 2012

TABELA 07 – Quanto a Habilitação dos entrevistados. 2012

ENVOLVIDOS

Homem

Mulher

TOTAL

Condutor Habilitado 13 05 18

Ciclistas - 01 01

Pedestre - 01 01

Total 13 07 20

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2013.

As tabelas 8 e 9 estão relacionadas quanto ao local onde ocorreu o acidente a

pesquisa documental realizada no BPTRAN/AP

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TABELA 08 - Classificação do Local do Acidente de 2011 e 2012

CLASSIFICAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE Ano 2011 Ano 2012

Rua 853 867

Avenida 498 500

Cruzamento 1.583 2.111

Alameda 262 05

Rodovia 438 549

Outros

11 213

Total 3.688 4.245

Fonte: BPTRAN- 2011 e 2012

TABELA 09 – Classificação do Local do Acidente dos entrevistados.

CLASSIFICAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE QUANTIDADE

Rua 04

Avenida 04

Cruzamento 09

Alameda -

Rodovia 03

Outros -

Total 20

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2013.

Mostrou que o cruzamento da cidade de Macapá ficou em primeiro lugar em

2011 com um índice de acidente chegando a um total de 1.842 acidentes, já em

2012 nos mesmos cruzamentos aumentaram o número de acidentes chegando a um

total de 2.111, outro local de grande incidência de acidente ficando em segundo

lugar é as ruas como demonstra nas tabelas abaixo em terceiro lugar estão as

Avenidas e depois as rodovias da cidade, fora os dados que o Batalhão de Transito

– BPTRAN/AP (2011; 2012) não declarou, pois os envolvidos no acidente se

evadiram do local do acidente.

Fazendo um comparativo dos dois anos percebe-se um índice bastante

significante de aumento de AT nos mesmo ponto de ocorrência, sendo confirmado

na pesquisa de campo onde foram encontrados os seguintes resultados

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permanecendo em primeiro lugar o Cruzamento com um percentual de 50%, as ruas

e Avenida 30 %, as rodovias 20 % .

Em relação a condições da via, os resultados são apresentados nas tabelas

10 e 11. Verifica-se que nos documentos analisados demonstram que as vias que

mais ocorreram acidentes foram às vias secas com um total de 3.870, em contra

partida as entrevistas realizadas, os entrevistados foram unanime em afirmar que as

ruas e avenidas encontram-se esburacado sendo um dos fatores que contribuem

para os acidentes quando um condutor tentava desviar dos buracos ou frear para

não cair nos buracos que em muitas avenidas e ruas já eram tão grande que

formavam uma cratera.

TABELA 10 – Quanto as Condições das Vias em 2011 e 2012

QUANTO AS CONDIÇÕES DA VIA Ano 2011 Ano 2012

Seca 3.386 3.870

Molhada 249 0

Oleosa 40 363

Enlameada 04 02

Danificada – esburacada 02 06

Em obras 08 04

Total 3.689

4.245

Fonte BPTRAN /DETRAN 2011/2012

TABELA 11 - Quanto as Condições da Via – Entrevistada

QUANTO AS CONDIÇÕES DA VIA QUANTIDADE

Seca 10

Molhada -

Oleosa -

Enlameada -

Danificada (esburacada) 10

E m obras -

Outros -

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2012.

As tabelas 12 e 13 estão relacionadas à natureza do acidente, onde a

pesquisa documental revelou que a colisão em 2011 entre carro e moto foi o mais

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ocorrido com um total 1.023 já havendo um aumento em 2012 subindo para 1.163,

em segundo lugar apareceu o abalroamento num total de 2.177 em 2011, já e 2012

teve um aumento também elevando o seu índice chegando a um total de 2.427

abalroamentos e 1.163 de acidentes com colisão.

TABELA 12 – Quanto a Natureza do Acidente 2011 e 2012

QUANTO A NATUREZA DOS ACIDENTES ANO 2011 ANO 2012

Abalroamento 2.177 2.427

Atropelamento 172 226

Colisão 1.023 1.163

Choque 177 177

Tombamento 91 157

Capotagem 24 33

Mista 10 10

Outros 13 52

TOTAL 3.688 4.245

Fonte: BPTRAN-2011 e 2012

TABELA 13 – Quanto a Natureza dos Acidentes dos Entrevistados

QUANTO A NATUREZA DOS ACIDENTES QUANTIDADE

Atropelamento 02

Abalroamento 09

Colisão 09

Choque -

Capotagem -

Outros (tombamento, queda) -

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2012.

Alguns estudos evidenciam as colisões, como o tipo mais frequente acidentes,

como citam. (OLIVEIRA col. 2004; CUNTO, 2004; MODELLI e col., 2008). Quanto à

natureza do acidente Segundo DENATRAN (2006), acidentes podem ser

classificados, segundo tipo: Abalroamento – o mesmo que colisão. Atropelamento –

acidente em que pedestre ou animal sofre impacto. Capotagem – acidente de trânsito

em que o veículo acidentado ficando de lado, de rodas para cima ou mesmo

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voltando a ficar sobre rodas, depois de girar sobre si mesmo. Colisão – choque

entre dois ou mais veículos ou com objeto fixo. Choque com objeto fixo - Acidente em

que há impacto de um veículo qualquer objeto fixo (Poste, árvore, muro, veículo

parado). Tombamento – o mesmo que capotagem.

As tabelas 14 e 15 apresentam os horários que ocorre o acidente com mais

frequência. A maioria dos acidentes acontece entre os horários das 6h às 12h. Com

base nos dados na tabela abaixo podemos confirmar que os horários que mais

acontecem os acidentes são nos horário de pico.

TABELA 14 - Quanto aos Horários dos Acidentes - de 2011 e 2012

HORARIOS / INTERVALOS

ANO 2011

ANO 2012

00 as 06H 424 525

06 às 12H 1.093 1.157

12 às 14 508 473

14 às 18H 832 925

18 às 20H 524 536

20 às 22H 408 372

22 às 24H 288 257

TOTAL 4.077 4.245

Fonte: BPTRAN /DETRAN 2011 e 2012

TABELA 15 - Quanto aos Horários dos Acidentes – entrevistados.

HORARIOS / INTERVALOS

Quantidade

00 as 06H -

06 às 12H 10

14 às 18H 05

20 às 22H 05

TOTAL 20

Fonte: Dados da Pesquisa.. Macapá Amapá. 2012.

Sendo justificado pelos condutores na fala dos entrevistados que aumentou

muito o número de veículos automotor em Macapá não acompanhando a

infraestrutura das vias prejudicando muito o trafego nesses horários. Acrescidos a

isso, no período da tarde e da noite e anoite, pois as pessoas apresentam-se mais

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cansadas ao final do dia, a capacidade de raciocínio se torna mais reduzida, pela

carga de trabalho. Visto que ao fim da tarde, pessoas costumam estarem mais

apressadas para voltar para suas residências, outras se encaminham para uma

segunda jornada de trabalho.

Bastos e col. (2005) discutem os AT’s, no período diurno, ressaltam “a

imprudente direção veloz, desobediência à legislação, em especial, à sinalização

semafórica, uso de drogas lícitas e ilícitas, não desprezível a deficiente visibilidade

noturna, sendo esses fatores contribuintes para a gravidade de acidentes no período

noturno”. Esse período fica comprometido, também, em virtude da enfadonha jornada

de trabalho diurna, quando muitos indivíduos se destinam à residência.

Na pergunta aberta da entrevista da pesquisa, refere-se à visão da vitima em

relação aos acidentes de transito em Macapá. Os entrevistados demonstraram uma

insatisfação muito grande em relação à falta de conservação das vias sendo

apontado como uma das causas dos acidentes de transito no Estado. Onde se

observou na população entrevistada que o maior envolvimento em acidente de

transito foram os condutores que utilizam moto tanto para passeio como para o

trabalho foram totalizando 80% apontaram a transgressão e imperícia muitas vezes

relacionada com a falta de atenção, corroborando com as condições das vias cheias

de buracos 100% outros 60% dos entrevistados sinalizaram para a falta de

sinalização, e não deixando de mencionar os motoristas alcoolizados ficando em

60% e 40 % citaram o estresse como um influenciador dos acidentes.

Com esses dados mensurados na pesquisa percebe-se que as vitimas

entrevistadas em sua visão o que leva ao acidente de transito é a associação do

comportamento de transgressão relacionado à falta de educação e álcool que anda

lado a lado.

De um modo dramático, nos ATs a população mas jovem entre 19 e 30 anos

demonstraram uma visão bastante consciente dos comportamentos transgressores

que ocorrem no transito, mas ao mesmo tempo sempre buscando uma desculpa

para justificar o ocorrido como ilustra o trecho abaixo:

“Estava muito apressada, pois tinha uma prova na faculdade e estava atrasada, então eu dirigia rápido, mas a culpa é do outro carro que freou na minha frente e ainda dava para passar quando eu vi bati na traseira dele” F.C (20 anos). “Eu estava trabalhado muito e dobrando plantão não estava tendo folga suficiente para descansar no dia do acidente largou o trabalho as

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07h30min estavam sonolento e só queria chegar em casa e nem percebi que avancei uma preferencial estava de moto , só me recordo já no Pronto socorro, os médicos falaram que levei muita sorte que nasci de novo. D.T.M ( 25 anos)”.

Na decima pergunta o que você acha que esta faltando para melhorar o

trânsito em Macapá. A maioria da população entrevistada considerou a faltada de

educação e desrespeito culminando para as transgressões e imperícias levando

para a falha humanas sendo estas a maior problemática do transito e para diminuir

este quadro em suas falas citaram que: É preciso investir, mas em educação,

fiscalização pavimentação e mais sinalização tanto vertical quanto horizontal

segundo os entrevistados é o que esta faltando na cidade. Também aplicação de

penas mais severas aos infratores das leis de trânsito que diariamente, colocam

inúmeras vidas em perigo.

“segundo condutor é preciso encontrar uma maneira de aumentar a conscientização da população e condutores e investir mais em campanhas educativa no trânsito para tentar mudar o comportamento das pessoas, porque leis já têm bastante tem que se sair do papel” A.D. S (26 anos). “a necessidade de mais programas voltados à educação no transito nas escolas para tornar os condutores e população em geral mais consciente em seus direitos e deveres antes o motorista colocava seu bem-estar pessoal acima da lei, hoje é obrigado a pensar no alto custo da multa e nas outras penalidades que sofrerá antes de decidir pela infração. Atualmente, não basta ter poder econômico para pagar a multa, porque a perda da habilitação também está em jogo.” M.A.M. J (48 anos E. Superior).

Percebe-se também o grau de formação dos condutores não é o problema,

pois a maioria está cursando ou á possuem o ensino superior ou já tem ensino

médio completo como mostra à fala de alguns entrevistados. Com isso demonstrar

que os mesmos estão cientes dos seus atos inflacionários e de duas suas prováveis

implicações.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de tantas dificuldades encontradas, desde o início da pesquisa, seja

por falta de material e, também, pela resistência das vitimas em responder o

questionário devido ao quadro em que se encontrava, após ouvirem o objetivo e

relevância da pesquisa aceitavam a participar. Esta pesquisa mostra as principais

dificuldades encontradas pelos condutores e pedestres que trafegam em Macapá

em relação aos acidentes de transito e sua visão sobre os mesmos. Percebe-se em

varias pesquisas que os ATs são como uma epidemia capaz de produzir muitas

mortes, ferimentos e incapacidades, sendo na pesquisa de campo realizada em

Macapá 80% dos atendimentos no CREAP são de pessoas lesionados em acidente

de transito em tratamento de fisioterapia isso gera custos financeiros e sociais

enormes aos Estados e Municípios.

As principais causas dos acidentes de trânsito estão associadas com a falta

de conhecimento por parte do condutor, assim também, associadas ao

comprometimento da consciência do indivíduo no que se refere ao seu senso de

responsabilidade e acima de tudo o comprometimento com sua própria segurança e

a segurança dos demais.

Diante do fato constatado na pesquisa de que os ATs estão fortemente

relacionados com falha humana, ao desrespeito as leis do transito e alcoolismo. O

estresse dos condutores também aparece como uns dos fenômenos que causam os

ATs, outro ponto visível na pesquisa foi em relação à idade e os sexos envolvidos

são de pessoas jovens do sexo masculino entre a faixa etária dos 19 aos 30 anos.

Um exame detalhado nas pesquisas realizadas revelam que os acidentes de transito

e os óbitos é sempre superior na população masculina acima de três (3) vezes mais

em relação à população feminina, revelando que os homens estão mais expostos a

este evento. Fato esse que evidência uma grande perda na população

economicamente ativa, visto que essa população é de extrema importância para o

crescimento de uma nação.

Confrontando a pesquisa bibliográfica e a de campo realizada em Macapá

nas perspectivas das vitimas de acidentes percebe-se que em todo o Brasil os ATs

necessitam, mas da aplicação das leis já existentes e também de políticas públicas

que enfatizem o aspecto social como um todo. Sozinho o Novo Código Nacional de

Trânsito não poderá por si só resolver esse pandemônio social que se estalou em

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nosso transito se não houver uma força tarefa entre os três poderes públicos

Federais, estaduais e municipais cada um dentro de sua competência. Para que

possa mudar essa realidade triste, onde muitos jovens perdem a vida muito cedo.

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APENDICE

ENTREVISTA

Tema: ACIDENTE DE TRANSITO

“ANALISE DE ACIDENTES DE TRANSITO NA PERSPECTIVA DAS VITIMAS DA

CIDADE DE MACAPÁ - AP”

1ª) NOME ________________________________________ IDADE:____________

2ª) Condição de Gênero

F ( ) M ( )

3ª) Qual a sua escolaridade ?

( ) Ensino Fundamental Incompleto

( ) Ensino Fundamental Completo

( ) Ensino Médio

( ) Ensino Superior Incompleto.

( ) Ensino Superior Completo

4ª) Você estava dirigindo o veiculo? Tem habilitação.

Sim ( ) Não ( )

( ) Condutor Habilitado

( ) Ciclistas

( ) Pedestre

( ) Outros

5ª) Local que ocorreu o acidente?

( ) Rua

( ) Avenida

( ) Cruzamento

( ) Alameda

( )Rodovia

( ) Outros ___________________________________________________

6ª) Qual as condições da via no momento do acidente?

( ) Seca

( ) Molhada

( ) Oleosa

( ) Enlameada

( ) Danificada ( esburacada)

( ) Em obras

( ) Outros ___________________________________________________

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7ª) Qual a natureza do acidente

( ) Atropelamento

( ) Abalroamento

( ) Colisão

( ) Choque

( ) Capotagem

( ) Outros (tombamento, queda

______________________________________________________________________

8ª) Qual o horário que ocorreu o acidente?

( ) 00 AS 06H

( ) 06 AS 12H

( )14 AS 18H

( ) 20 AS 22H

9ª) Qual a sua visão sobre os acidente de carro em Macapá ?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

10) O que você acha que esta faltando para melhorar o transito de Macapá?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Obrigada por sua colaboração

Vanderleia Furtado Correa Moreira

Pesquisadora: Psicóloga

CRP/ 3339/10ª

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ANEXOS

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