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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO NAYARA PIRES RODRIGUES TESTES DE ATENÇÃO CONCENTRADA: A Importância de sua Aplicação em Todos os Candidatos a Renovação da CNH MACEIÓ - AL 2014

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

NAYARA PIRES RODRIGUES

TESTES DE ATENÇÃO CONCENTRADA: A Importância de sua

Aplicação em Todos os Candidatos a Renovação da CNH

MACEIÓ - AL

2014

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NAYARA PIRES RODRIGUES

TESTES DE ATENÇÃO CONCENTRADA: A Importância de sua Aplicação em

Todos os Candidatos a Renovação da CNH

Monografia apresentada a Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Dr. Liércio Pinheiro de Araújo

MACEIÓ - AL

2014

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NAYARA PIRES RODRIGUES

TESTES DE ATENÇÃO CONCENTRADA: A Importância de sua Aplicação em

Todos os Candidatos a Renovação da CNH

Monografia apresentada a Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito

APROVADO EM ____/____/____

_____________________________________________________

PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

ORIENTADOR:

_____________________________________________________

PROF.DR. MANOEL FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________

PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA

BANCA EXAMINADORA

4

DEDICATÓRIA

Ao meu filho Ícaro que mesmo sem saber foi minha maior motivação para

continuar.

A minha mãe Antonia por existir e me dar o previlegio de ser sua filha. A

minha irmã samara pelo apoio pois sem a força dela eu tambem não teria

conseguido.

Dedico-lhes essa conquista com gratidão

5

AGRADECIMENTOS

As amizades que conquistei, a Marta que é uma pessoa maravilhosa que

sabe lidar com as pessoas possui um carisma acolhedor que proporciona

receptividade por parte do curso, gostaria de dizer também que sinto-me muito feliz

por ter feito parte dessa miscigenação que foi estabelecida durante o curso, afinal

foram pessoas do país inteiro e com isso não aprendemos apenas sobre a tematica

do curso, tivemos a oportunidade de conviver com pessoas de estilos, jeitos, gostos

enfim culturas diferentes que se encontraram com um mesmo propósito, que é

melhorar o trânsito do nosso País.

Obrigada a todos voçês por terem existido e terem tido um papel especial em

minha vida.

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Pode-se viver no mundo uma vida magnífica quando

se sabe trabalhar e amar; trabalhar pelo que se ama

e amar aquilo em que se trabalha.

(León Tolstói)

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RESUMO

Esta monografia tem como escopo demosntrar que a psicologia do trânsito assim como as outras áreas da psicologia, tambem estuda o comportamento humano, porém ela enquadra este comportamento em um contexto diiferenciado avaliando através de testes psicológicos voltados para o perfil de um bom condutor. É uma área da psicologia que busca através de uma boa avaliação psicológica diminuir a probabilidade de motoristas envolverem-se em acidentes de trânsito. Esta pesquisa bibliográfica visa fazer-se conhecer a importância dos testes de atenção concentrada em todos os candidatos a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O comportamento do condutor é determinante na maioria dos acidentes e a falta de atenção aparece como o principal causador deste, tanto o bom quanto o mau desempenho do indivíduo na realização dos testes de atenção ajudam a permitir que os psicólogos levantem hipóteses quanto a possíveis problemas de comportamento do sujeito e sua adaptação ao trânsito diagnósticando assim, se aquele avaliando possui características de um bom condutor, caracteristicas estas que estão voltadas para uma boa concentração. Por fim esta revisão busca contribuir com a identificação de estratégias capazes de minimizar os acidentes relacionados a falhas humanas.

Palavras – Chave: Atenção Concentrada, testes psicológicos, renovação da CNH.

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ABSTRACT

This monograph is scoped demosntrar that traffic psychology as well as other areas of psychology also studies human behavior , but it fits this behavior in a context diiferenciado evaluated through psychological tests focused on the profile of a good conductor . It is an area of psychology that seeks through a good psychological evaluation lessen the likelihood of drivers being involved in traffic accidents . This literature review aims to make themselves known the importance of focused attention tests on all applicants for renewal of Driver's License ( CNH ) . The driver behavior is crucial in most accidents and inattention appears as the main cause of this , both good and bad performance of the individual in achieving the attention tests help to allow psychologists raise hypotheses about possible behavioral problems the subject and its adaptation to traffic Diagnosing thus assessing that has characteristics of a good conductor , these features that are geared to a good concentration . Finally this review seeks to contribute to the identification of strategies to minimize accidents related to human error. Key - Words: Sustained Attention , psychological testing , renewal of CNH.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 01: Número de acidentes por dia da semana registrados no estado

de Roraima no período de 2007 a 2010. ............................................ 33

Gráfico 02: Veículos acidentados nas rodovias federais segundo a

finalidade do veículo no período de 2004 a 2008. .............................. 34

Gráfico 03: Número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor

em acidentes de trânsito no período de 2010 no estado de

Roraima. ............................................................................................. 34

Gráfico 04: número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor

em acidentes de trânsito no período de 2009 no estado de

Roraima. ............................................................................................. 35

Gráfico 05: Número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor

em acidentes de trânsito no período de 2009 no estado de

Roraima. ............................................................................................. 36

Gráfico 06: Número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor

em acidentes de trânsito no período de 2009 no estado de

Roraima. ............................................................................................. 37

Gráfico 07: Número de vitimados por faixa etária no estado de Roraima em

2009 ................................................................................................... 38

Gráfico 08: Número de vitimados por faixa etária no estado de Roraima em

2008 ................................................................................................... 39

Gráfico 09: Número de vitimados por faixa etária no estado de Roraima no

ano de 2007 ....................................................................................... 40

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 13

2.1 A Psicologia e o Trânsito .................................................................................. 13

2.2 A Avaliação Psicológica ................................................................................... 16

2.3 Comportamentos Psicológicos ........................................................................ 18

2.4 O Processo de Atenção .................................................................................... 20

2.4.1 Tipos de Atenção ........................................................................................... 21

2.4.2 Testes de Atenção Concentrada ................................................................... 22

2.5 As Grandes Causas de Acidentes de Trânsito ............................................... 24

2.5.1 Adolescentes no Trânsito .............................................................................. 26

2.5.2 Idosos no Trânsito ......................................................................................... 27

3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 29

3.1 Ética .................................................................................................................... 29

3.2- Tipo de Pesquisa .............................................................................................. 29

3.3 - Universo ........................................................................................................... 29

3.4 - Sujeitos da Amostra ........................................................................................ 29

3.5 - Instrumentos de Coleta dos Dados ............................................................... 29

3.6 Procedimentos para Coleta dos Dados ........................................................... 30

3.7 - Procedimentos para a Análise dos Dados ................................................... 30

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43

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1 INTRODUÇÃO

A preocupação com a segurança dos condutores clarifica uma necessidade

em atribuir mudanças no código brasileiro de trânsito e a psicologia enquanto uma

área da ciência que estuda o comportamento humano vem contribuir cientificamente

através de reflexões teóricas a fim de colaborar com a diminuição de infrações.

O Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) estabelece através da

resolução nº 267/2008 no Art. 5º, que os psicólogos devem avaliar através de testes

ou técnicas psicológicas a Atenção Concentrada dos condutores ou candidatos a

Carteira Nacional de Habilitação. A Resolução nº 12/2000 do Conselho Federal de

Psicologia estabeleceu que para avaliar o perfil psicológico do candidato à CNH,

deve ser avaliado o nível intelectual, o nível de atenção, o nível psicomotor, a

personalidade e o nível psicofísico. Seguindo as normas da resolução nº 267/2008 a

Avaliação psicológica é exigida para os candidatos a primeira habilitação, Mudança

de categoria, e Adição, no processo de renovação é aferido apenas para aqueles

que exercem atividade remunerada.

A Psicologia do Trânsito é uma área que investiga o comportamento humano

no contexto do trânsito e os fatores que interferem na relação entre esses dois

aspectos. Esta área da psicologia tem como pressuposto atuar de maneira

preventiva, objetivando a diminuição da probabilidade de motoristas envolverem-se

em situações de risco, seja pessoalmente ou envolvendo terceiros, os testes

psicotécnicos é uma ferramenta muito utilizada pelos psicólogos (RUEDA, 2008).

Dados que foram extraídos de gráficos coletados no Departamento Nacional de

Infraestrutura e Trânsito - DNIT e referenciais bibliográficos, permitiu que fossem

comprovadas hipóteses, apontando a importância da avaliação psicológica em

candidatos a renovação da Carteira Nacional de Habilitação, que não exercem

atividade remunerada, pois, os tipos de veículos que mais se envolveram em

acidentes de trânsito segundo os gráficos do DNIT são os carros de passeio, e os

dias da semana em que mais se registram estes acidentes são finais de semana,

que no período de 2007 a 2010 no estado de Roraima alternaram entre o sábado e o

domingo, e que a principal causa de acidentes de trânsito são devido a falha

humana, classificando a atenção como principal causadora deste acidentes, estas

informações tornaram visíveis a confirmação de que a maioria destes condutores

pertencem a classe dos que não exercem atividade remunerada, ou seja,

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condutores que segundo o código de transito brasileiro no período da renovação de

sua Carteira não necessitam passar por avaliações psicológicas que verifiquem sua

atenção no trânsito, e como código de trânsito tem o principal objetivo criar

legislações que contribuam com a diminuição dos acidentes, pode-se alegar que

estes condutores não estão sendo vistos como um grupo de risco ao trânsito. E

devido a esta falha verifica-se a importância e a necessidade de discutir este tema,

afim de tornar conhecido algo que gera bastante influencia no trânsito e que esta

passando despercebido pelo poder público.

Segundo Maia e Pires:

Um acidente é um risco em termos de saúde mental. É um risco porque é uma condição ou uma circunstância que aumenta a probabilidade de qualquer um de nós ficarmos perturbados, ou seja, de desenvolvermos uma psicopatologia. Os acidentes, tal qual como a guerra, têm em comum o seguinte: os acidentes de fato resultam da ação humana e resultam muitas vezes da ação humana incorreta, errada, e por isso, tal como na guerra, há vítimas e também há um responsável, o que pode estar associado a emoções difíceis como por exemplo culpa e responsabilidade. Essas emoções aumentam as perturbações psicológicas porque nós próprios podemos ser responsáveis pelas mortes dos nossos próprios filhos ou sermos responsáveis pelas mortes de crianças que atropelamos ou de adultos que atropelamos (apud GONÁLVES; MORITA; HADADD, 2007, p. 09).

O ato de conduzir um veículo não é um direito do cidadão, é uma concessão

determinada por diversos critérios como ser imputável penalmente, ter condições

físicas, apresentar características psicológicas adequadas às categorias, conforme a

complexidade e tipo de veículo, conhecer as leis de trânsito, ter noções de mecânica

e domínio veicular (CONTRAN, 2008).

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A Psicologia e o Trânsito

Um dos objetivos da psicologia do trânsito é a diminuição da probabilidade

dos condutores envolverem-se em acidentes de trânsito, é uma área da psicologia

que investiga o comportamento do ser humano no perímetro urbano (MONTIEL,

2006).

A psicologia do trânsito está voltada para um contexto de fatores e processos

externos e internos, que envolvem comportamentos conscientes e inconscientes,

responsáveis por alterações no indivíduo. Essas alterações decorreram do fato da

avaliação funcionar mais propriamente como perícia psicológica, já que sua

finalidade é identificar adequações mínimas para o correto e seguro exercício, de

uma atividade remunerada ou não, em conduzir um veículo automotor

(ROZESTRATEN, 2003).

“No Brasil os acidentes de trânsito foram apontados pela Fundação Nacional

da Saúde, em 2000, como a segunda causa de mortes entre os jovens” (RUEDA e

GURGEL, 2008, p.166).

O trânsito é considerado em: ambiente físico, veículo e condutor, as causas

de acidentes que são diagnosticadas como seu responsável, quando a culpabilidade

é do ambiente físico ou do veículo estes são reparados a fim de reduzir a repetição

dos acidentes naquele mesmo local, porem os acidentes de trânsito quando

diagnosticados por falha humana permanecem á espera de uma modificação

(HOFFMANN, 2005).

As repetições dos acidentes de trânsito causados por falha humana

transformam o condutor como o maior contribuinte destes acidentes, e a área da

psicologia que é responsável por estudar as estatísticas de trânsito, e as principais

causas, quando a responsabilidade veio de uma falha humana enfrenta um enorme

empecilho em diagnosticar tais causas, pois a delimitação nas informações que

precedem os acidentes são limitadas para analise, e os fenômenos psicológicos

nem sempre se mostram claros, os pesquisadores do domínio da psicologia do

trânsito enfrentam um grande problema para correlacionar fenômenos, processos

psicológicos e acidentes, pois as informações se tornam falhas já que os registros

são superficiais (PANICHI e WAGNER, 2006).

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Segundo Rozestraten dirigir não cabe a qualquer individuo, ou seja, não é um

direito do ser humano, o ato de dirigir deve exigir que o condutor seja, uma pessoa

preparada para conduzir um veículo já que é algo que exige atenção, habilidade,

concentração, atitude entre outras funções, que confirmam a hipótese de que dirigir

não cabe a qualquer um (ROZESTRATEN, 2003).

Durante muitos anos vários pesquisadores tentam desvendar as maiores

causas nos acidentes de trânsito e até hoje nas pesquisas atuais não conseguiram

identificar com clareza, umas das hipóteses certificam que a falha humana em

especial a falta de atenção é o principal responsável pelos acidentes de trânsito, já

que as melhorias nas sinalizações e as benfeitorias das estradas não tem

conseguido diminuir os altos índices de acidentes de trânsito no Brasil (RUEDA e

GURGE, 2008).

O objetivo principal da psicologia do trânsito é atuar de forma preventiva

objetivando a diminuição e a probabilidade de condutores envolverem-se em

acidentes de trânsito, o psicólogo avalia o condutor e compara suas características,

expressões e personalidade. O Conselho Nacional de Trânsito, não exige uma

padronização dos testes que serão aplicados pelos peritos em psicologia do trânsito

o que se estabelece é apenas o que esses profissionais devem avaliar. Os

instrumentos de avaliação psicológica utilizados são a entrevista e os testes

psicológicos que meçam os traços exigidos pelo departamento nacional (MONTIEL

et al., 2006).

Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) no anexo XIII que

concerne à avaliação psicológica, o perito examinador de trânsito devera avaliar se o

candidato é capaz de apresentar: Tomada de informação; Atenção: manutenção da

visão consciente dos estímulos ou situações; Atenção difusa ou vigilância: esforço

voluntário à procura de algum indício de perigo ou de orientação; Atenção

concentrada seletiva: fixação da atenção sobre determinados pontos de importância

para a direção, identificando-os dentro do campo geral do meio ambiente; Atenção

distribuída: capacidade de atenção a vários estímulos ao mesmo tempo. Detecção:

capacidade de perceber e interpretar os estímulos fracos deintensidade ou após

ofuscamento; Discriminação: capacidade de perceber e interpretar dois ou mais

estímulos semelhantes; Identificação: capacidade de perceber e identificar sinais e

situações específicasde trânsito; Processamento de informação; Orientação espacial

e avaliação de distância: capacidade de situar-se no tempo,no espaço ou situação

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reconhecendo e avaliando os diferentes espaços e velocidades; Traços de

Personalidade,equilíbrio entre os diversos aspectos emocionais da personalidade;

Socialização: valores, crenças, opiniões, atitudes, hábitos e afetos que considerem o

ambiente de trânsito como espaço público de convívio social que requer

cooperaçãoe solidariedade com os diferentes protagonistas da circulação; Ausência

de traços psicopatológicos não controlados que podem gerar, comgrande

probabilidade, comportamentos prejudiciais à segurança de trânsito para si e ou

para osoutros.Conhecimento cognitivo: capacidade de aprender, memorizar e

respeitar as leise as regras de circulação e de segurança no trânsito; Identificação

significativa: identificar sinais e situações de trânsito; Inteligência: capacidade de

verificar, prever, analisar e resolver problemas de forma segura nas diversas

situações da circulação; Memória: capacidade de registrar, reter, evocar e

reconhecer estímulos de curtaduração (memória em curto prazo); experiências

passadas e conhecimentos das leis e regras decirculação e de segurança (memória

em longo prazo) e a combinação de ambas na memória operacional do momento;

Julgamento ou juízo crítico: escala de valores para perceber, avaliar arealidade,

chegando a julgamentos que levem a comportamentos de segurança individual e

coletiva no trânsito; Tomada de decisão; Capacidade para escolher dentre as várias

possibilidades que são oferecidas noambiente de trânsito, o comportamento seguro

para a situação que se apresenta; Comportamentos adequados às situações que

deverão incluir tempo de reação simples e complexo, coordenação viso e audio-

motora, coordenação em quadros motorescomplexos, aprendizagem e memória

motora; Capacidade para perceber quando suas ações no trânsito correspondem ou

não ao que pretendia fazer (CONTRAN, 2008).

A partir do momento em que o candidato demonstra condições psicológicas

para possuir a carteira nacional de habilitação, os profissionais de trânsito deixam de

ter o controle de fatos e situações que venham a ocorrer no futuro, por isso a

necessidade do acompanhamento destes condutores faz-se necessária através da

aplicação de testes durante a renovação de sua Carteira Nacional de Habilitação

(MONTIEL et al., 2006).

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2.2 A Avaliação Psicológica

A psicologia do trânsito é área da psicologia que mais comumente utiliza-se

da avaliação psicológica, sendo ela por meio de testes psicométricos ou utilizando

técnicas expressivas (MONTIEL et al., 2006).

Uma avaliação psicológica direcionada ao trânsito não pode ser comparada a

uma avaliação psicológica para seleção de empresas, pois no trânsito a questão não

é a escolha de um profissional competente sua finalidade é identificar as

adequações para o correto e seguro exercício de conduzir um veículo. E a

necessidade é de garantir a segurança do condutor e dos demais envolvidos

(SANTOS et al., 2010).

Por conta dessa visão o Conselho Federal de Psicologia, estabelece através

da resolução- 016 que o local onde deve ser realizado os exames psicológicos não

podem ser vinculados a centros de formação de condutores, pois devem ser

exclusivos para este tipo de procedimento, ou seja, um ambiente adequado

conforme a ética psicológica exige para uma boa aplicação de teste (CFP, 2002).

Durantea entrevista psicológica o psicólogo poderá extrair inúmeras respostas

sobre o candidato como: comportamentos, conceitos, valores e opiniões, é durante

esse processo da entrevista inicial que o profissional poderá diagnosticar fatores

positivos e negativos, considerando reações físicas e psíquicas sobre aquele

candidato, cabe ao profissional a decisão de continuar ou não o procedimento

habitual, pois percebendo que algo transcorrido com aquele condutor naquele dia

poderá interferir negativamente em seus resultados ele deverá comunica-lo sobre a

interferência nos testes e se o condutor desejar poderá ser remarcada uma nova

data para a realização destes ( SILVA, 2008).

De acordo com a resolução 267 estabelecida pelo Conselho Nacional de

Trânsito a entrevista psicológica deverá ser realizada individualmente e as

informações básicas devem constar identificação pessoal, histórico escolar e

profissional, indicadores de saúde e aspectos de sua conduta social. O profissional

deverá utilizar testes psicológicos que indiquem a sensibilidade, precisão e validade,

as formas de mensuração e avaliação destes testes devem conceder seu nível de

precisão e fidedignidade (CONTRAN, 2008).

Os testes psicológicos interpretados corretamente possibilitam a tomada de

algumas decisões como tornar o condutor apto significando que assim o candidato

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poderá prosseguir com o processo em sua retirada da Carteira Nacional de

Habilitação. O perito poderá classifica-lo também como inapto temporário, que

ocorre quando o profissional percebe algo que poderá interferir em seu

posicionamento como condutor no trânsito o candidato poderá retornar a clínica a

fim de refazer os testes em um tempo determinado pelo profissional, cabe ao

psicólogo declara-lo como Inapto se assim diagnosticar que o candidato não possui

o mínimo exigido pelo departamento de trânsito e quando estes episódios ocorrem o

candidato poderá ser avaliado por uma junta psicológica do Detran, onde possui

mais uma tentativa de realizar seus exames, após passar pela junta psicológica e

caso não consiga a aprovação o candidato será restringido pelo sistema GETRAN

em qualquer estado brasileiro e não conseguirá concluir o processo em sua retirada

da habilitação (MONTIEL et al., 2006).

De acordo com a resolução 007 estabelecida pelo Conselho Federal de

Psicologia expõe que a avalição psicológica realizada nos candidatos possuírem ou

renovarem a Carteira Nacional de Habilitação é uma função exclusiva dos

profissionais de psicologia. Conforme rege o Código de Brasileiro de Trânsito há

apenas dois tipos de condutores aquele que utiliza o veículo para atividade

remunerada e o outro para atividade não remunerada (CFP, 2009).

Estudos apontam que os fatores sócios culturais interferem no ato de dirigir e

por conta disso devem-se levar em consideração as características culturais do

condutor de forma precisa e individual (CAMBRAIA, 2003).

O profissional psicólogo tem como foco, possibilitar que as avaliações

realizadas denotem as diferentes características peculiares existentes em cada ser

humano.A aprendizagem dos sinais de trânsito é visto como forma de suma

importância aos candidatos a obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), é

importante também identificar e reagir adequadamente aos estímulos percebidos,

transtornos sensoriais e transtornos mentais podem prejudicar as reações que se

fazem necessárias no perímetro urbano (CFP, 2009).

É importante que o indivíduo tenha condições de perceber e reagir

adequadamente aos estímulos percebidos ao dirigir, uma vez que deficiências

sensoriais, mentais ou motoras podem prejudicar sua reação. Mas para o ato de

dirigir seria necessário a aquisição da habilidade de dirigir (GONÇALVES; MORITA;

HADADD, 2007).

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Nesse sentido, na atividade de dirigir um veículo automotor existiria um

conjunto de fatores e processos psicológicos que integrariam o sistema cognitivo

humano e o funcionamento inadequado de um desses fatores poderia provocar o

envolvimento em acidentes de trânsito (FREITAS, 2003).

Em alguns casos, sessões de terapia individual ou de grupo são obrigatórias,

ou a licença não é renovada até que uma avaliação psicológica indique que é seguro

fazê-lo. Uma vez que o comportamento do condutor envolve desempenho, atitude,

motivação, personalidade e muitos outros fenômenos, o desafio multidisciplinar é

desenvolver modelos e teorias que englobem todos estes processos psicológicos

visando sua aplicabilidade para diminuir danos ao convívio social no trânsito

(CONTRAN, 2008).

2.3 Comportamentos Psicológicos

As condições e estado dos motoristas enumera três principais fontes de

acidentes que relacionam-se a estados físicos e fisiológicos, mentais e emocionais e

por último as condições de experiência e familiaridade com esta atividade (MONTIEL

et al., 2006).

Independente de sua atividade ele deve ser capaz de apresentar uma boa

atenção em seus diferentes tipos, incluindo ter capacidade de resolver problemas

novos, ter boa memoria tanto a curto como a longo prazo (MARIN e QUEIROZ,

2000).

A automática aplicação de uma lei quando persiste demonstra ser eficaz e

afeta o comportamento dos seres humanos por um lado alguns resistem a ideia com

o pensamento de que seus hábitos serão restringidos, mas com a persistência e

divulgação desta lei faz com que esses hábitos acabem se adaptando ao novo

comportamento exigindo, por outro lado alguns condutores aplaudem quando um

comportamento irresponsável pode ser detectado e punido (HOFFMANN, 2005).

O transito exige muitas vezes de um condutor que o mesmo tome decisões

rápidas em frações de segundos e os condutores que apresentam graus menores de

meticulosidade durante a tomada de decisão mostraram um risco maior nos

acidentes de transito (MARIN e QUEIROZ, 2000).

O sono, medicamentos, drogas ilícitas e álcool se enquadram como

elementos influenciáveis na causa dos acidentes de trânsito. Durante a madrugada

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as reações estão consideravelmente diminuídas no ser humano e se juntamente

com esses estímulos diminuídos o condutor estiver acompanhado de medicamentos,

drogas ou álcool o risco de acidente de trânsito é quase que certo, e por conta

desses fatores os jovens são os condutores que mais se destacam nestes

acidentes. As exigências cabíveis ao profissional que acompanha essa capacidade

do condutor define que o perito deverá avaliar a tomada de informação e decisão do

individuo, seu comportamento, traços de personalidade avaliando seu controle

emocional, ansiedade, impulsividade e a agressividade dos condutores de veiculo

independentemente se a sua atividade for remunerada ou não (MARIN e QUEIROZ,

2000).

As funções cognitivas que englobam as atividades intelectuais, como atenção

e memoria são essenciais e podem afetar suas fases nos processos psicológicos no

que diz ao comportamento de transito, a raiva, estresse, ansiedade, pressa, angustia

dentre outras reações do ser humano também acrescentam o risco de acidentes

(MONTIEL et al., 2006).

Durante décadas pesquisadores do trânsito vem tentado identificar os fatores

psicológicos que poderiam ser causa dos acidentes de trânsito. No entanto, até o

momento pareceria não haver um consenso em relação a essa questão, o que,

segundo o autor, muitas vezes leva a certo individualismo nos métodos escolhidos

para avaliar o candidato a condutor (STOCCO, 2005).

Na circulação humana, o comportamento do condutor é, sem dúvida, o mais

importante fator contribuinte de acidentes, pois se estima que 90% das ocorrências

sejam causadas por erros ou infrações à lei de trânsito. A atenção, em particular a

atenção distribuída, parece gerar problemas para condutores mais velhos

(FREITAS, 2004).

O fator humano aparece como a principal causa de acidentes. Assim, prever e

prevenir determinados comportamentos humanos que poderiam resultar em

acidentes seria de extrema importância, uma vez que a melhoria da sinalização e

das condições da via não tem conseguido diminuir os altos números de acidentes no

Brasil e no mundo (SCHEFFER, 2009).

Nos últimos anos algumas pesquisas na área têm se preocupado em

contribuir para um maior entendimento e compreensão dos comportamentos e das

características psicológicas dos condutores que poderiam se envolver em acidentes,

por conta disto, uma vez conhecidas as fontes dos acidentes de trânsito, medidas de

20

segurança poderiam ser tomadas para promover uma maior tranquilidade para os

usuários da via (STOCCO, 2003).

2.4 O Processo de Atenção

A capacidade de resolução de problemas está ligada com a capacidade

perceptiva do ser humano e vários estímulos ambientais influenciam essa

capacidade podendo ocasionar falhas em seu comportamento, e a atenção é quem

processa essas informações distribuídas no ambiente. O processo de atenção se dá

quando selecionamos as informações que são percebidas como interessantes e

ignoramos outras, assim filtramos os estímulos percebidos que nos interessam

(COSTA, 2008).

As falhas humanas são as causadoras da maior fonte de acidentes no trânsito

e não o ambiente (NORONHA; SISTO; RUEDA, 2008).

Existem comportamentos que são considerados distúrbios da atenção que é

quando o condutor se mantem atento a cada estimulo novo e estes geralmente

ocorrem em quadros maníacos diagnosticados como hipervigilância. E quando há

um déficit na atenção, ou seja, quando a pessoa se mostra totalmente mergulhada

em seu próprio mundo e não consegue manter uma atenção ao que esta em volta

do mundo externo se caracteriza por hiporvigilância. A também a atenção motora

que esta relacionada atividade física como dar atenção virando a algo que se

escutou (COSTA, 2008).

Os condutores devem manter-se atentos, durante seu comportamento no

trânsito, esta capacidade de estar atento é definida como uma função denominada

atenção difusa, ou seja, a capacidade de monitorar e selecionar aspectos relevantes

dos que não são relevantes permitindo assim ao condutor um estado de alerta para

possíveis indícios de perigo (MONTIEL et al., 2006).

Quando são encontrados indícios de perigo o condutor tende a reagir

utilizando aspectos de sua atenção concentrada, focalizam o estimulo e

desconsideram outros fatores que possam interferir. Dado o monitoramento destes o

individuo tende a processa-las, e a reação ocorrerá pela identificação e atribuição

deste mesmo (MONTIEL et al, 2006).

O candidato interessado em obter a Carteira Nacional de Habilitação deve

possuir características físicas e psicológicas adequadas a categoria que pretende

21

obter, conforme o tipo de veículo, conhecer as leis de trânsito, ter noções de

primeiros socorros e mecânica, pois o ato, de dirigir não uma concessão que pode

ou não ser adquirida (CFP,2009).

A falta de atenção é caracterizada quando surgem comportamentos de

impulsividade, hiperatividade, ansiedade e outras desordens de humor. A atenção é

um processo mental que atua como instrumento de seletividade da consciência,

reunindo e excluindo conteúdos e exercendo grande influencia na conduta.

Diferentes tipos de atenção: atenção sustentada, concentrada e dividida (SISTO,

2007).

A definição de atenção é um tema bastante discutido na atualidade, é

possível encontramos uma grande variedade de conceitos e isto acaba gerando

muitas duvidas sobre o assunto. De acordo com o dicionário Aurélio a apalavra

atenção vem do latim “attentione” e pode ser definida de maneira geral como: a

aplicação cuidadosa da mente em alguma coisa. De forma geral pode-se dizer que

a atenção é uma capacidade seletiva em que é possível eleger alguns estímulos

específicos, dentre os vários que são recebidos, em um determinado momento e

direcionar a atividade mental para este estímulo seja através de uma ação ou

simplesmente dirigindo a atenção para ele. Esta capacidade é influenciada por

diversos fatores como o interesse, a motivação e a necessidade de aprender

(NORONHA, 2008).

2.4.1 Tipos de Atenção

A capacidade relacionada ao estar atento no contexto de trânsito é definida

como uma função psicológica denominada atenção difusa, ou seja, a capacidade de

monitorar e selecionar aspectos relevantes dentre outros que não são relevantes,

permitindo um estado de alerta para possíveis indícios de perigo. A atenção, assim

como outros construtos estudados pela psicologia, não pode ser considerada um

conceito unitário, já que é composta por uma variedade de processos interativos

(LEON, 2009).

Nesse contexto podemos enquadrar a definição de atenção concentrada

como a capacidade de selecionar uma fonte de informação como uma tarefa ou um

trabalho a ser realizado, ou seja, dirigir a atenção para uma fonte de informação e

conseguir manter o foco no decorrer do tempo. É possível afirmar que a atenção

22

esta relacionada com a qualidade com que as pessoas executam as tarefas que se

propõem a realizar no seu dia a dia (RUEDA, 2008).

A atenção pode ser dividida em dois comportamentos em uma atenção

consciente que é a fixação visual intencional a algo e a atenção implícita que seriam

os processos não conscientes. A atenção permite ao individuo que emita respostas

rápidas e adequadas mediante estímulos que julguem adequado naquele momento,

a psicologia do transito no brasil mensura a atenção dos candidatos a permissão ou

renovação de CNH utilizava-se dos seguintes testes: TDAH, o Teste de Atenção

Concentrada – AC – 15, Teste de Atenção Concentrada – AC e a bateria geral de

funções mentais – BGFM, o Teste de Atenção Concentrada TACOM –A (MONTIEL,

2006).

Segundo Costa:

A atenção apresenta quatro funções principais que são: a atenção seletiva (se escolhe prestar atenção a alguns estímulos e ignorar outros); a vigilância (esperar atentamente o aparecimento de um estímulo específico); a sondagem (procurar ativamente por estímulos particulares); e a atenção dividida distribuem-se os recursos de atenção disponíveis para coordenar o desempenho de mais de uma tarefa ao mesmo tempo (COSTA, p.06, 2008).

2.4.2 Testes de Atenção Concentrada

Atualmente, no Brasil, alguns testes são comumente utilizados na avaliação

dos processos atencionais, tendo eles pareceres favoráveis do Conselho Federal de

Psicologia, para a sua utilização e comercialização. Os testes são: o Teste de

Atenção Concentrada (TACOM-A) que é um teste utilizado na perícia psicológica

para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), possuindo evidência de

validade para esse contexto. O Teste de Atenção Concentrada (TEACO-FF) fornece

um tipo de informação que se refere à Atenção Concentrada (AC), que indica a

capacidade de uma pessoa em selecionar apenas uma fonte de informação diante

de vários estímulos distratores num tempo predeterminado. E o teste de Atenção

Concentrada ou simplesmente AC, teste D2, são os testes de atenção

concentrada,mais utilizados pelas clínicas que trabalham com exame psicotécnico

no estado de RR, é um teste de produção nacional criado pelo psicólogo Suzy

Vijande Cambraia e publicado pela primeira vez em 1967. O objetivo inicial para o

desenvolvimento do teste AC foi de oferecer outra prova de atenção, já que na

23

época o teste de Toulouse – Pieron que media atenção era o único instrumento

disponível no Brasil (CFP, 2002).

O bom ou mau desempenho verificado nos candidatos que realizam os testes

de atenção concentrada permite aos psicólogos que diagnostiquem possíveis

problemas de comportamento, podendo supor que pessoas ansiosas, deprimidas,

excitadas ou inibidas podem ter dificuldades para manter um bom desempenho na

realização destes testes.

O TEACOFF indica a capacidade que o individuo tem em selecionar uma só

informação diante de vários estímulos distratores (RUEDA; GURGE, 2008).

O D2 foi elaborado com o intuito de medir a atenção concentrada visual do

individuo possui o objetivo de medir a aptidão para dirigir é útil para medir a atenção

minuciosa do candidato a CNH, foi criado na década de 60, na Alemanha, é um

teste que possibilita avaliar de forma separada os seguintes comportamentos do

condutor: rapidez, exatidão e qualidade da atenção (COSTA, 2008).

O Teste AC promove um melhor aproveitamento tanto na aprendizagem quanto na

qualidade do trabalho entende-se então a importância de criarem instrumentos para sua

avaliação (STOCCO, 2005).

O teste de atenção concentrada é de rápida aplicação e fácil avaliação tem

como objetivo avaliar a capacidade que o indivíduo tem em manter sua atenção em

uma atividade ou tarefa em um intervalo de tempo. Atualmente o AC é utilizado em

todo o Brasil, principalmente na avaliação de pessoas que estão interessadas em

obter a CNH, mas não somente para esta área o teste AC também se estende para

diversos outros fins como seleção de pessoal na área de psicologia organizacional e

em psicodiagnóstico em geral. O bom ou mal desempenho do sujeito na realização

dos testes de atenção concentrada, podem ate permitir que os psicólogos levantem

hipóteses quanto a possíveis problemas de comportamento do sujeito e sua

adaptação ao meio ambiente. Assim pode-se supor que as pessoas ansiosas,

excitadas deprimidas e excessivamente inibidas podem ter dificuldades para manter

um bom desempenho na realização nos teste de atenção. A validade do teste AC foi

obtida através do procedimento de validade simultânea. O teste pode ser aplicado

tanto individual quanto coletivamente (RUEDA, 2008).

O teste de Atenção Concentrada ou simplesmente AC como ficou mais

conhecido que é o teste de atenção concentrada utilizado pelas clínicas que

trabalham com exame psicotécnico no estado de RR, é um teste de produção

24

nacional criado pelo psicólogo Suzy Vijande Cambraia e publicado pela primeira vez

em 1967. O objetivo inicial para o desenvolvimento do teste AC foi de oferecer outra

prova de atenção, já que na época o teste de Toulouse – Pieron que media atenção

era o único instrumento disponível no Brasil (CFP, 2002).

Este é um teste que utiliza os mesmos estímulos que o de Toulouse–Piéron,

mas com a diferença de que este teste se divide em duas partes. Durante a primeira

fase o condutor necessita identificar e marcar apenas um tipo de estimulo, que está

espalhado entre os outros sete tipos de estímulos possíveis. Durante esta fase não

há limite de tempo, na segunda fase o individuo devera marcara dois estímulos em

um intervalo fixo de tempo e a variável mais importante é a quantidade de trabalho.

Durante esta parte ao final de cada minuto da execução, anota-se o item onde o

condutor se encontra no teste.

O Teste de Atenção Concentrada AC – 15 e um teste que se divide em três

partes contendo 120 itens em cada uma delas, esse teste foi elaborado com a

intenção de verificar a capacidade de atenção durante um período maior de tempo.

Em sua avaliação o teste AC – 15 leva em consideração a consistência em que o

individuo realiza um trabalho que exige a capacidade de atenção concentrada. O

avaliador deve comparar o rendimento dos primeiros cinco minutos com o

rendimento dos últimos cinco e inferir desta comparação se o condutor aumentou

sua produção com o decorrer da prova, se manteve estável ou se sua produção caiu

no final do teste.

O teste nomes e números é constituído por 100 itens, que se apresentam no

formato de pares de nomes ou sequencias de números, estão dispostos em uma

coluna e separados por um traço. É solicitado que o avaliando faça um X, no traço

que separa as colunas, todas as vezes em que eles forem diferentes.

As Baterias de Funções Mentais para Motoristas – BFM – 1 e BFM – 4, essas

duas baterias de testes seguem o mesmo principio que os testes AC e o Toulouse-

Piéron, mas apresentam como especificidade o fato de os estímulos usados são

placas de sinalização de transito.

2.5 As Grandes Causas de Acidentes de Trânsito

No Brasil os acidentes de trânsito foram apontados pela Fundação Nacional

da Saúde, em 2000, como a segunda causa de mortes entre os jovens. Segundo

25

dados do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), em 2001, a falta de atenção

foi responsável por mais de 35.000 acidentes, e no ano de 2002 esse número

ultrapassou 37.000 acidentes. Dessa forma, o número de acidentes de trânsito por

falta de atenção nesse período correspondeu a 35% do total de acidentes de

trânsito. Vale ressaltar que nesses dois anos a falta de atenção foi a maior

causadora de acidentes, se considerada a variável de forma isolada (LEON, 2009).

Segundo Murray e Lopez:

Ao analisarem a mortalidade no sexo masculino, utilizando o cálculo de anos potenciais de vida perdidos (APVP), observaram que os AT constituem a segunda causa de morte precoce no mundo todo. Em alguns países, os óbitos por AT entre homens de 15 a 24 anos representam metade ou mais das mortes por todas as causas, havendo uma diminuição após os 25 anos de idade (MURRAY; LOPEZ apud MARIN; QUEIROZ, ANO, p. 10)

No estudo por faixa etária, os resultados evidenciam que as fatalidades no

trânsito são em maior número entre as pessoas de 20 a 39 anos, mais de 45% do

total, com aumento de mais de 32%, de 2000 a 2007, quando passaram de 12.857 a

16.996. O maior pico de mortalidade no trânsito foi em 2007, com a dramática marca

de 37.407 vítimas fatais, com uma taxa de 19,9 mortes/100 mil habitantes. No

período de 2007 a 2008 houve um aumento de 66% no índice de mortes no trânsito

do Brasil de pessoas da faixa etária de 40 a 59 anos. Com a vigência da Lei Seca

em 2008, alguns estados apresentaram uma redução de até 30% no número de

mortes, foi o caso do Rio de Janeiro. O segundo tipo de vítima com maior aumento

foi o de ciclistas, com mais de 100%, de 789 para 1.649. No estudo por faixa etária,

os resultados evidenciam que as fatalidades no trânsito são em maior número entre

as pessoas de 20 a 39 anos, mais de 45% do total, com aumento de mais de 32%,

de 2000 a 2007, quando passaram de 12.857 a 16.996. Conforme as observações

nos dados por faixa etária das vítimas, a pesquisa verificou que entre os anos de

2007 e 2008 a que obteve maior aumento do número de fatalidades foram vítimas

pertencentes ao grupo de 40 a 59 anos, em 2007 os números eram de 5.790 vítimas

e chegaram, no ano de 2008, a marca de 9.599 (LEON, 2009).

Quando falamos em transito a primeira coisa que nos veem a mente é o ato

de dirigir, e esse ato envolve um conjunto de processos psicológicos que integram o

sistema cognitivo humano e o mau funcionamento desses processos podem

provocar envolvimentos em acidentes de transito. O sistema cognitivo do ser

26

humano interage em um curto espaço de tempo e envolve muitas informações em

um curto espaço de tempo e envolve inúmeras informações que devem ser

avaliadas (RUEDA; GURGE, 2008).

O alto índice dos acidentes de transito no brasil, representa um problema de

saúde publica e diante desse fator faz-se necessário a ampliação de estudos que

compreendem o comportamento de um condutor diante do ato de dirigir (LEÓN;

VIZZOTTO, 2003).

2.5.1 Adolescentes no Trânsito

Associar os acidentes de transito a uma faixa etária jovem nos remete a

síndrome de adolescência normal que segundo o autor qualifica como o principal

desejo dos adolescentes a ruptura de normas, e segundo pesquisas um dos

principais fatores que envolvem esses jovens são: distração, dirigirem alcoolizados,

alta velocidade e o desrespeito as sinalizações (LEÓN e VIZZOTTO, 2003).

A nova legislação de transito tenta diminuir o habito de dirigir após ingerir

bebida alcoólica, incluindo este ato como infração gravíssima e penalizando o

condutor se cometer a infração por cinco vezes, o mesmo perdera sua CNH e o

direito de dirigir por doze meses (FREITAS, 2004).

A maioria dos acidentes de transito é cometida pelos adolescentes e umas

das principais causas diagnosticam que surge do desejo de aventura. O alto índice

de jovens envolvidos em acidentes de transito representa um problema de saúde

publica, pois os acidentes de transito são a segunda causa de morte desses jovens

e na região sul do brasil é visto como a primeira (PANICHI e WAGNER, 2006).

O desvio social pode ser motivadopor uma ênfase indevida nas necessidadesimediatas, sem qualquer consideração àsconsequências futuras para si ou para outros. Outra explicação é que exceder os limitesde velocidade significa desafiar a lei e, para osindivíduos com desvio social mais elevado, essecomportamento representa uma forma de autoafirmação compensatória (MARIN e QUEIROZ, Ano, p.13).

O que coloca em risco a saúde pessoal do jovem são três fatores:

personalidade, ambiente e conduta. E estudos apontam que condutores do sexo

masculino cometem um maior numero de infrações mostrando se mais significativas

aos finais de semana e que a noite as taxas de acidentes aumentam e trazem maior

gravidade (FARIAS, 2009).

27

2.5.2 Idosos no Trânsito

O subgrupo etário predominante é o de 65 a 74 anos, apresentam maior

exposição ao risco, pois concentram o maior número de motoristas ativos. Há uma

grande dificuldade na obtenção de formular um perfil de acidentes de transito na

terceira idade, pois os dados coletados geralmente não apresentam informações

sobre o motorista e com isso acabam restringindo informações que poderiam torna-

se conclusivas ao problema (ANNA; BRAGA; SANTOS, 2004).

Um dos exemplos de informações que aparecem comumente nos registros é

o termo “olhou mais não viu”, isto acaba revelando que os condutores não

processam as informações adquiridas com atenção e esta falta é vista e relatada

entre os condutores mais velhos ou naqueles que durante a situação estava sobre

pressão de tempo (HOFFMANN, 2005).

De acordo com o código de transito cabe ao perito examinador no seu

parágrafo 4º, destaca que "Quando houver indícios de deficiência física, mental, ou

de progressividade de doença que possa diminuir a capacidade para conduzir o

veículo, o prazo previsto no parágrafo 2º poderá ser diminuído por proposta do perito

examinador". Seguindo o Código de Trânsito Brasileiro, Lei 9.503 de 23 de setembro

de 1997, no Artigo 147 estabelece períodos menores para a renovação da

habilitação de condutores com mais de 65 anos de idade, através de exame de

aptidão física e mental. A Resolução nº 80, de 19 de novembro de 1998, que a

carteira de habilitação deve ser renovada a cada três anos. O candidato à renovação

da carteira pode ser considerado apto, apto com restrições, inapto temporariamente

ou inapto (CONTRAN, 1997).

Quando os idosos envolvessem em acidentes apresentam maior índice de

ferimentos graves ou mortes, quando comparados a faixa etária mais jovem os

idosos são um grupo de risco ao ambiente, pois um acidente que poderia causar

apenas ferimentos no condutor se for ocasionada em um idoso, devido a

vulnerabilidade e fragilidade que associa-se é mais provável de ser fatal, além de

serem mais vulneráveis a ferimentos internos, as deficiências na atenção, em

processar as informações necessárias e o tempo de reação que são habilidades

exigidas a um condutor nos idosos esses comportamentos deixam a desejar, por

conta disso acabam cometendo o maior numero de erros na tomada de decisão e

28

tornam-se mais propensos a “olhar mais não ver”. Cerca de 35% da população com

mais de 60 anos possuem carteira de habilitação (ANNA; BRAGA; SANTOS, 2004).

29

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Ética

Por tratar-se de dados secundários não houve necessidade do projeto de

pesquisa ser submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, para

atender à Resolução 196/96 do CNS-MS, assim como não foi apresentado o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) por ter as informações obtidas através

de documentos públicos dos divers´s órgãos.

3.2- Tipo de Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa documental, pois foi conduzida através de fontes

como tabelas estatísticas, relatórios e documentos informativos arquivados em

repartições públicas.

3.3 - Universo

O presente estudo abrangeu a capital Boa Vista do Estado de Roraima.

3.4 - Sujeitos da Amostra

A amostra da pesquisa foi realizada através do anuário estático do

Departamento Nacional de Infraestrutura no Trânsito adaptado da seguinte fonte:

http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/estatisticas-de-

acidentes, e também de relatórios publicados nos Departamentos estaduais de

trânsito DETRAN – RR e de relatórios apresentados durante o recredenciamento

das clínicas psicológicas ao setor de Credenciamento DETRAN-RR.

3.5 - Instrumentos de Coleta dos Dados

Por se tratar de uma pesquisa documental a coleta de dados desta pesquisa

monográfica restringiu-se a documentos primários de instituições públicas.

30

3.6 Procedimentos para Coleta dos Dados

A partir do acesso aos documentos, buscou-se processar e catalogar as

variáveis que contemplassem aos objetivos da pesquisa.

3.7 - Procedimentos para a Análise dos Dados

Os dados foram tratados e analisados com auxílio de um software Epi-info

para o tratamento estatístico e sites científicos como: Scielo, Bireme, newpsi,

pepsic, denatran e revista eletrônica PUC-RS.

31

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este trabalho foi promovido com intuito de contribuir para a melhoria dos

acidentes de trânsito, dando atenção a algo que passa despercebido pelo poder

publico,e diante disto verificou-se a necessidade de por em questão este tema e de

nos perguntarmos por que, não há uma exigência dos testes de atenção aos

candidatos a renovação da Carteira Nacional de Habilitação, já que através de

estudos foi visto que a avaliação psicológica pode até não prever os acidentes mais,

tem como filtrar muitos condutores com perfil de infrator das vias de trânsito.

Apontando a falha humana como a maior causadora destes acidentes

colocando como uma das principais causas a falta de atenção.

O Código de Trânsito Brasileiro afirma que o candidato interessado em obter

a Carteira Nacional de Habilitação deve possuir características físicas e psicológicas

adequadas a categoria que pretende adquirir sendo ela para fins de atividade

remunerada ou não. Neste sentido o conselho (CONTRAN) parece não perceber

sua falha, pois se o condutor deve possuir tais características para obter sua

Carteira Nacional de Habilitação, se estudos apontam a falta de atenção como uma

das principais causas de acidentes, e ainda seguindo a resolução 267/2008 afirmam

que os conhecimentos psicológicos não podem conter erros definidos pelos peritos,

pois estes diagnósticos psicológicos complementam os exames médicos, exames

estes que não possuem condições alguma de agissem por si só para evidenciar o

futuro motorista (CONTRAN, 2008).

Em relação aos idosos, (Anna; Braga; Santos, 2004) atribuem que Medidas

restritivas devem estar apoiadas no conhecimento adequado das especificidades

desses motoristas, já que trata-se de pessoas que tem o direito de manter sua vida

social ativa diagnosticando que a assiduidade de suas atividades contribuem para

um aumento em sua qualidade de vida, porem são pessoas que seguindo o Código

de Trânsito Brasileiro devem manter um acompanhamento mais cauteloso, pois

devido a idade apresentam deficiências na atenção, em processar informações

necessárias no tempo de reação, e estas são situações de risco que acabam

gerando infrações.

Assim ao invés de ser renovada sua Habilitação no intervalo de cinco anos os

idosos que estão com mais de 65 anos não devem ultrapassar o período de três

32

anos para renovarem sua Carteira, deixando claro também que cabe ao perito

examinador médico, (psicólogo apenas no caso de o idoso exercer atividade

remunerada) diminuir ou restringir sua habilitação no que for necessário e estas são

as exigências aqueles idosos que desejam manter o direito de dirigir (HOFFMAN,

2005; CONTRAN, 2008). E diante disso ver se a necessidade de ser enfatizada uma

abordagem multidisciplinar que acompanhe o processo do idoso durante a retirada

da sua habilitação, pois assim não seriam verificados apenas os déficits visuais.

Levando em consideração o que diz os autores Marin e Queiroz quando

afirmam que a aplicação de leis sobre o comportamento dos usuários mostrou ser

eficaz na redução de acidentes, mas a aceitação do sistema é que deixa a desejar

com aspectos contraditórios. Porem quando a aplicação da lei persiste por um

período de anos sendo visivelmente cotada em campanhas e sempre se mostrando

na mídia é que as atitudes dos condutores se adaptam aquele comportamento

exigido por lei.

Ao analisar fatores biológicos envolvidos no processo de envelhecimento,

destacar como principais limitações apresentadas pelos idosos as condições visuais,

condições cardiovasculares, condição vascular-cerebral, hipoglicemia, habilidades e

processos cognitivos, demências do tipo Alzheimer e Parkinson, rigidez muscular e

esquelética como artrite, diminuição da flexibilidade do pescoço e da parte superior

do corpo, desordens neurológicas como epilepsia e esclerose múltipla, deficiências

na atenção, aumento no tempo de reação, deficiência em processar informações

associadas ao tempo e a manobras necessárias, como a leitura dos painéis ou

placas assim destacam os autores (Anna; Braga; Santos, 2004).

Os autores Leon e Vizzotto, 2003, apontam que a um alto índice na

mortalidade nos acidentes de transito incluindo os jovens, entre 16 e 25 anos

explicitando que no mundo inteiro os acidentes de transito é responsável pela

segunda maior causa de morte nessa faixa etária.

Conforme dados apresentados no gráfico 01 no estado de Roraima o ano que

houve o maior número de ocorrências foi 2007 com 459 casos registros e deixando

como prevalência o domingo como sendo o dia da semana em que mais ocorreram

acidentes de trânsito, em 2008 essa taxa caiu para um total de 313 acidentes no ano

e alternou em maior quantidade de casos registrados para os sábados, no ano de

2009 o número de casos registrados foi para 287 e classificando o domingo como

dia da semana em q houve maior numero de casos em 2010 o domingo continuou

33

sendo o dia em que mais se registravam acidentes porem essa estatística diminuiu

para 220 casos registrados.

Gráfico 01: Número de acidentes por dia da semana registrados no estado de Roraima no

período de 2007 a 2010.

42

28

21

25 26

41

37

55

34 34

29

40

46

49

57

41 42

38

41

35

59

90

66

52

61

52

62

76

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Domingo Segunda – Feira Terça – Feira Quarta – Feira Quinta – Feira Sexta – Feira Sábado

QU

AN

TID

AD

E

DIAS DA SEMANA

NÚMERO DE ACIDENTES POR DIA DA SEMANA

2010

2009

2008

2007

Fonte: Adaptado de (www.dnit.gov.br)

Verifica-se no gráfico 02 que desde o período de 2004 a 2008 o veiculo que

mais apresenta envolvimento em acidentes de transito são os carros de passeio

deixando em segundo lugar os veículos de carga, na sequencia as motocicletas e

por ultimo o transporte coletivo.

34

Gráfico 02: Veículos acidentados nas rodovias federais segundo a finalidade do veículo no

período de 2004 a 2008.

106.748

97.114103.161 104.264

117.489

50.077 46.911 45.812

78.909 80.510

12.622 14.613 15.07321.306 23.725

7.943 7.974 7.668 8.852 10.185

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

1 2 3 4 5

ANO 1 - 2004 / 2 -2005/ 3 - 2006/ 4 - 2007 / 5 - 2008

Veículos Acidentados nas Rodovias Federais segundo a Finalidade do Veículo -Brasil (2004-2008)

Carros de Passeio

Carga

Motocicleta

Coletivo

Fonte: Anuário Estatístico das Rodovias Federais 2007 e 2008 - DNIT/DPRF.

Entretanto, no gráfico 03, podemos visualizar a predominância de condutores

dos sexo masculino que se envolve em acidentes de transito. No estado de Roraima

a faixa etária que mais se envolve são os condutores de 30 a 40 anos que

apresentam 77 casos registrados classificando em segundo lugar os adolescentes

que estão entre 18 e 25 anos, pois apresentaram 57ocorrencias.

Gráfico 03: Número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor em acidentes de

trânsito no período de 2010 no estado de Roraima.

13

57

37

77

48

35

12

20

55

38

75

45

30

10

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

1 2 3 4 5 6 7

QU

ANTI

DAD

E

INTERVALOS DE IDADE

NÚMERO DE CONDUTORES ENVOLVIDOS POR SEXO E IDADE DO CONDUTORUF: RORAIMA Ano - 2010

MASCULINO FEMININO

0 A 18 18 A 25 25 A 30 50 A 6040 A 5030 A 40 ACIM DE 60

Fonte: www.dnit.gov.br.

35

O gráfico 04 dispõe que no estado de Roraima no ano de 2009 os condutores

dos sexo masculino com idade de trinta a quarenta anos foram os principais

causadores de acidentes de transito com 83 casos registrados classificado e

segundo lugar os condutores com idade entre 18 a 25 anos com 67 casos e a faixa

etária feminina registrou como maior envolvimento foram as condutoras com idade

de 20 a 30 anos que apresentaram 20 casos registrados no estado.

Gráfico 04: número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor em acidentes de

trânsito no período de 2009 no estado de Roraima.

10

67 65

83

65

33

102

9

20 19

92 1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Até 18 anos Acima de 18 até 25 Acima de 25 até 30 Acima de 30 até 40 Acima de 40 até 50 Acima de 50 até 60 Acima de 60 anos

QU

AN

TID

AD

E

FAIXA ETÁRIA

NÚMERO DE CONDUTORES ENVOLVIDOS POR SEXO E IDADE DO CONDUTORUF: RORAIMA – 2009

MASCULINO

FEMININO

Fonte: www.dnit.gov.br.

Mediante o exposto identificou-se que em 2008 o numero de condutores

envolvidos em acidentes de transito no estado de Roraima registrou 94 ocorrências

de condutores do sexo masculino com idade entre 30 a 40 anos classificando em

segundo lugar os condutores que estão na faixa etária de 18 até 25 anos com 75

casos registrados e condutores de 25 a 30 anos que apresentaram também o

mesmo numero de ocorrência, ou seja, 75 casos, condutores do sexo feminino com

idade entre 25 e 30 anos foram registrados 20 casos, conforme resultados

demonstrados no gráfico 05..

36

Gráfico 05: Número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor em acidentes de

trânsito no período de 2009 no estado de Roraima.

10

75 75

94

68

40

15

29

20 19

92 1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Até 18 anos Acima de 18 até 25 Acima de 25 até 30 Acima de 30 até 40 Acima de 40 até 50 Acima de 50 até 60 Acima de 60 anos

QU

AN

TID

AD

E

FAIXA ETÁRIA

NÚMERO DE CONDUTORES ENVOLVIDOS POR SEXO E IDADE DO CONDUTORUF: RORAIMA – 2008

MASCULINO

FEMININO

Fonte: www.dnit.gov.br.

O gráfico 06, que apresenta os dados de 2007 quebra a hipótese de quanto

mais veículos mais acidentes de transito, pois este foi o ano que mais houve

registros de condutores que se envolveram em acidentes de transito classificando a

faixa etária de 30 a 40 do sexo masculino como sendo os maiores causadores deste

registrando 166 casos, destacando também a faixa etária entre 18 e 25 anos com

133 casos e os condutores do sexo feminino colocou em primeiro lugar as jovens

com a faixa etária de 18 a 25 anos com maior numero de acidentes apresentando 28

ocorrências.

37

Gráfico 06: Número de condutores envolvidos por sexo e idade do condutor em acidentes de

trânsito no período de 2009 no estado de Roraima.

6

133

89

166

127

49

23

1

2824

1915

1 10

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Até 18 anos Acima de 18 até 25 Acima de 25 até 30 Acima de 30 até 40 Acima de 40 até 50 Acima de 50 até 60 Acima de 60 anos

QU

AN

TID

AD

E

FAIXA ETÁRIA

NÚMERO DE CONDUTORES ENVOLVIDOS POR SEXO E IDADE DO CONDUTORUF: RORAIMA – 2007

MASCULINO

FEMININO

Fonte: www.dnit.gov.br.

O número de vitimados por faixa etária no estado de Roraima em 2009,

gráfico 07, classificou os condutores com idade entre 23 e 28 anos como sendo os

maiores causadores apresentando 51 casos e os condutores com idade de 18 a 23

anos em segundo lugar nos registros com 41 ocorrência, os condutores da faixa

etária de 23 a 28 anos são os que mais apresentaram lesões leves com 33 casos

registrados, as lesões graves foram mais encontradas em condutores com idade de

48 a 53 anos apresentando 6 casos e o total de mortes em condutores de 38 a 43

anos com 2 casos registrados.

38

Gráfico 07: Número de vitimados por faixa etária no estado de Roraima em 2009

8

41

21

41

51

34

36

23

18

15

8

6

431

40

5

24

33

18 18

8 8

54

2 0 11 0 0 0

54

54 4 4

6

1 0 1 20 0 0 1 1 1 0 1 2 1 1 0 0 1 00

10

20

30

40

50

60

Menosde 08

08/nov 11 13 13 18 18 23 23 28 28 33 33 38 38 43 43 48 48 53 53 58 58 63 63 68 68 oumais

QU

AN

TID

AD

E

FAIXA ETÁRIA

NÚMERO DE VITIMADOS POR FAIXA ETÁRIAUF: RORAIMA Ano de 2009

TOTAIS

LESÕES LEVES

LESÕES GRAVES

TOTAL DE MORTES

Fonte: www.dnit.gov.br.

Ao analisar o gráfico 08, verifica-se que os condutores com idade entre 23 até

28 anos continuam em primeiro lugar como responsáveis pelos acidentes de transito

no estado de Roraima no ano de 2008, apresentando 49 ocorrências e registrando

também uma maior prevalência no que diz respeito a lesões leves, no diz respeito as

lesões graves o gráfico apontou como maiores vitimas destes acidentes os

condutores com idade de 33 a 38 apresentando 8 registros esta mesma faixa etária

contribuiu também como sendo responsável pelo maior numero de total de mortes

com 3 casos.

39

Gráfico 08: Número de vitimados por faixa etária no estado de Roraima em 2008

67

11

37

49

36 36

20

15

20

10

2

54

3 1 3

15

25

22

16

12

10 10

8

14

10 2 1

5

7

3

8

5

14

0 1 1 11 1 1 1 2 2 3 2 1 1 1 0 0 10

10

20

30

40

50

60

Menos de08

08/nov 13 / 18 18 23 23 28 28 33 33 38 38 43 43 48 48 53 53 58 58 63 63 68 68 oumais

QU

AN

TID

AD

E

FAIXA ETÁRIA

NÚMERO DE VITIMADOS POR FAIXA ETÁRIAUF: RORAIMA Ano de 2008

TOTAL

LESÕES LEVES

LESÕES GRAVES

TOTAL DE MORTES

Fonte: www.dnit.gov.br.

Conforme resultados apresentados no gráfico 08 percebem-se que em 2007 o

numero de vitimados por faixa etária classificou a idade entre 23 a 28 anos como a

maior responsável registrando 75 casos e os jovens de 18 a 23 anos em segundo

lugar com 65 ocorrências apuradas os vitimados que apresentam o maior numero de

lesões leves, foram os condutores com idade de 23 a 28 anos as lesões graves

aparecem em maior frequência nos jovens de 13 a 18 anos e o total de mortes com

maior numero de casos de casos registrados apontam a idade entre 38 a 43 com 6

casos.

40

Gráfico 09: Número de vitimados por faixa etária no estado de Roraima no ano de 2007

8

2 3

32

65

75

46

55

36

2524

13

86

10

2 1 2

12

41

44

27

35

16

1113

62 2

7

0 0 0

10

78

3

8

5

86

3 0 3 10 0 0 2 3 4 2 56

2 1 1 5 1 00

10

20

30

40

50

60

70

80

Menosde 08

08/nov 11 13 13 18 18 23 23 28 28 33 33 38 38 43 43 48 48 53 53 58 58 63 63 68 68 oumais

QU

AN

TID

AD

E

FAIXA ETÁRIA

NÚMERO DE VITIMADOS POR FAIXA ETÁRIA UF: RORAIMA ANO 2007

TOTAL

LESÕES LEVES

LESÕES GRAVES

TOTAL DE MORTES

Fonte: www.dnit.gov.br

Todas essas pesquisas condizem que os jovens, idosos e pessoas que

trafegam sobre pressão de tempo são classificados como grupo de maior risco, e

consequentemente tornam-se mais vulneráveis aos acidentes de trânsito (PANICHI

e WAGNER, 2006).

Diante de vários estudos pode-se afirmar que existem três classes que são

responsáveis pelo maior número de acidentes de trânsito são elas: os jovens, os

idosos e as pessoas que trafegam sobre pressão de tempo, geralmente a maioria

das pessoas que trabalham sobre pressão de tempo são aquelas que utilizam o

transporte como meio de trabalho, ou seja, pelo código brasileiro de transito são

classificados como condutores que exercem atividade remunerada, e somente a

esses é exigido que se acompanhe como anda seu comportamento no transito,

verificando sua atenção, índice de raiva, estresse, ansiedade, pressa, angustia, o

uso de medicamentos, drogas ilícitas, álcool, reações diante de situações que

exigem bons reflexos, dentre outros comportamentos que podem ser analisados

através da entrevista e da avalição psicológica, afim de diminuir o risco de acidentes

no transito, o outro grupo de risco que abrange os jovens e os idosos que não

trabalham com seu transporte, ou seja, que não exercem atividade remunerada,

41

durante o processo de sua renovação da CNH são enquadrados como condutores

que não necessitam da verificação de como anda o seu comportamento no trânsito,

pois para eles somente é exigido que realizem exame oftalmológico (HOFFMAN,

2005; FARIAS, 2009; FREITAS, 2004; ANNA; BRAGA; SANTOS, 2004).

Mediante estas afirmações é que denota a importância de por em questão o

ponto crucial deste estudo, e proponhoque se estabeleça na legislação de trânsito

que todos os condutores habilitados que exercem atividade remunerada ou não

devem por obrigação realizarem os exames médicos e psicológicos, visto que esses

podem amenizar o trafego de pessoas que não possuem habilidades necessárias

para conduzir um veiculo.

42

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Departamento Nacional de Trânsito exige dos profissionais de psicologia

que avaliem a atenção dos candidatos à primeira habilitação, mas para os que vão

renovar a CNH apenas os que exercem atividade remunerada fazem os testes de

Atenção Concentrada.

Portanto se a Atenção Concentrada é algo exigido para estes processos

citados acima porque não exigir logo para todos os condutores que pretendem

renovar sua habilitação, através de estudos pode-se constatar que 90% dos

acidentes de transito são causados por falha humana, ou seja, erros ou infrações a

lei de transito e a atenção em particular é o principal causador destes, em definições

melhores a atenção parece gerar problemas aos mais velhos e no caso se

encontram em maior quantidade entre aqueles que pretendem a renovação da

habilitação. O Governo Federal no poder de suas atribuições em 1998 afirma que “O

ato de conduzir um veiculo não é um direito do cidadão e sim uma concessão

determinada por diversos critérios”. E é assim que os profissionais da psicologia

devem encarar estes condutores.

Desse modo, considerando a relevância que os processos de atenção e sua

adequada avaliação prestam à psicologia do trânsito, cabe ressaltar que a avaliação

psicológica tem se colocado como fator de importância no desenvolvimento e na

instrumentalização, na tentativa de prover melhores condições de atuação e

desempenho dos profissionais que atuam na área de concentração da Psicologia de

Trânsito. Assim, o presente estudo contribuiu para o desenvolvimento da avaliação

psicológica realizada pelos psicólogos de Trânsito com ênfase aos testes de

Atenção Concentrada, uma vez que procura contribuir para melhorias no transito.

Scielo, Bireme, newpsi, pepsic, denatran e revista eletrônica PUC-RS.

43

REFERÊNCIAS

ANNA, Rogeria Motta de Sant; BRAGA, MarilitaGnecco de Camargo; SANTOS, Marcio Peixoto de Sequeira. Segurança no trânsito para os motoristas idosos: desafios e perspectivas. Revista de Psicologia da Vetor Editora/P@psic,Rio de Janeiro, V.7, n. 1, 2004. Disponível em:<http://newpsi.bvs-psi.org.br>Acesso em 05. Mai. 2011. CAMBRAIA, Suzy Vijande. Manual do teste de Atenção Concentrada. 3º ed. Vetor editora. São Paulo. 2003. CONSELHO NACIONAL DE TRANSITO – CONTRAN. Resolução Nº168. Dez, 2004. Disponivel em: <http//www.denatran.gov.br/> Acesso:Abr, 2011. CONSELHO NACIONAL DE TRANSITO – CONTRAN. Resolução Nº267. Fev, 2008. Disponivel em: <http//www.denatran.gov.br/> Acesso:Abr, 2011. CONSELHO NACIONAL DE TRANSITO – CONTRAN. Resolução Nº327. Ago, 2009. Disponivel em: <http//www.denatran.gov.br/> Acesso:Abr, 2011. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA– CFP. Resolucao Nº016. Dez. 2002. Disponível em: < http://www.pol.org.br/pol> Acesso em: 05. Set. 2010. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA– CFP. Resolucao Nº 007. Jul. 2009. Disponível em: < http://www.pol.org.br/pol> Acesso em: 05. Set. 2010. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução n. 267. Fev. 2008. Disponível em: <http//www.crpsp.org.br/crp/>Acesso em 05. Set. 2010. COSTA, Ana Paula C. da. Construção de Tabela do Teste d2 para Vigilantes do Estado de Goiás. Revista de Psicologia daVetor Editora,Goiânia, 2008.Disponível em: <http://newpsi.bvs-psi.org.br> Acesso em 05. Jul. 2011. FARIAS, Sarita Duarte. Aspectos Familiares e Socio-Culturais Relacionados a Percepção do Jovem Adulto Frente a “Lei Seca”. 2009. Monografia apresentada como pre-requisito para conclusão do curso de Psicologia, Universidade do Vale do Itajai. Biguacu – Ce. Jun, 2009. FREITAS, Fernanda Andrade de.Risser, R. (2003). Estudos sobre a avaliação psicológica de motoristas. São Paulo: Casa do Psicólogo. Tradução de Reiner J. A. Rozestraten. Revista de Psicologia da Vetor Editora/P@psic, V.3, n.2, São Paulo, Nov. 2004. Disponível em: <http://www.pepsic.bvs_psi.org.br/> Acesso em: 10 Jul. 2010. GONÇALVES, Fátima; MORITA, Patricia; HADDAD, Sonia.Sequelas invisíveis dos acidentes de transito: O Transtorno de estresse pós-traumático como problema de saúde pública.Scielo, Brasília, n.1, Jul, 2007. Disponível em:<http://www.scielosp.org/> Acesso em: 26 Set. 2010.

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