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INE EAD INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 1 WWW.INEEAD.COM.BR (31) 3272-9521 METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

TRABALHO CIENTÍFICO

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METODOLOGIA

DO

TRABALHO

CIENTÍFICO

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 3

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4

2. A CIÊNCIA .................................................................................................... 7

3. METODOLOGIA CIENTÍFICA ..................................................................... 11

4. O MÉTODO E A PESQUISA ....................................................................... 26

5. O USO DAS TIC NA PESQUISA CIENTÍFICA ................................... 49

6. O PLÁGIO E COMO EVITÁ-LO .................................................................. 76

7. DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO. ............................ 85

8. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .............................. 86

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APRESENTAÇÃO

Caro aluno(a),

Visando oferecer suporte para a elaboração do seu Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC), exigido pela Instituição, para a conclusão do seu

curso de Pós-graduação Lato sensu, elaboramos esta obra, contemplando a

disciplina Metodologia Científica, haja vista, ser este um tema de grande

preocupação, por parte dos nossos alunos, na finalização do seu curso.

Trata-se de uma disciplina constante da grade curricular de todos os

cursos de Especialização do Instituto INE , tendo como objetivo a orientação da

pesquisa e elaboração do seu TCC (Artigo Científico).

Dentro da temática abordada alguns conceitos de trabalhos científicos,

aqui apresentados, têm como objetivo atender às necessidades do entendimento

e da produção cientifica sobre o trabalho que você deve elaborar.

Desejamos que você produza o seu trabalho de pesquisa que resultará

no seu Artigo Científico (TCC) de acordo com as orientações contidas neste

documento.

O Instituto INE espera ainda, tornar a sua vida mais tranquila com relação

à pesquisa científica. Dessa forma, você poderá dedicar-se com tempo e atitude

assertiva àquilo que lhe é mais importante: sua formação pessoal e intelectual

de forma crítica e prazerosa.

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA INE

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1. INTRODUÇÃO

A disciplina Metodologia Científica introduzida em sua grade curricular de

estudos, faz-se necessária, no intuito de atender às exigências legais do MEC,

para elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso de cunho Científico

para a conclusão de cursos de Pós-graduação Lato sensu.

Em sendo, o objetivo dessa disciplina é, portanto, oportunizar a você,

aluno do Instituto IBE/FACEL, o desenvolvimento de uma atitude científica

desejosa e inerente ao processo de construção do conhecimento e do fazer

científico e a instrumentalização teórico-metodológica da pesquisa, visando a

sua introdução na prática dos cursos de Especialização, através da pesquisa

científica.

Com este intuito, não pretendemos esgotar o tema acerca da Metodologia

Científica e sim, oferecermos subsídios para que você consiga elaborar seu

trabalho, da melhor forma possível. Para tanto, selecionamos algumas questões

que consideramos relevantes para esse fim e organizamos uma sequência de

informações úteis para a confecção do seu Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC).

Objetivando concretizar essa proposta, nos valemos de um precioso

elenco de autores da área com vasto material bibliográfico relativo ao tema. As

normas e técnicas contidas nessa obra, baseiam-se nas mais recentes normas

e padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)1 e em

bibliografias de especialistas na área de Metodologia Científica2.

Inicialmente, trataremos do conceito de Ciência na contemporaneidade e

a sua flexibilidade em relação a alguns aspectos antes considerados

indesejáveis, em função do excesso pragmático e do isolamento disciplinar e,

nesse sentido, faremos uma pequena incursão pelo universo científico, posto

que, fazer ciência, é buscar soluções para problemas da sociedade, colocando-

se a serviço da humanidade.

1Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas também estão nas referências.

2 Vide referências.

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Nesse sentido, Demo (2001) afirma que a pesquisa deve ser a razão da

existência da academia e que, nessa perspectiva, formamos estudantes

cidadãos e não somente técnicos que “encontram na competência

reconstrutiva de conhecimento seu perfil decisivo” tendo dois desafios, que

são: “fazer o conhecimento progredir, mas, mormente, de o humanizar”. (p. 02).

E é nessa linha traçada por Demo (2001) que confeccionamos este material,

partindo da busca pela construção do conceito de Ciência, bem como, das

atitudes científicas para fazê-la, sob o olhar de Lakatos e Marconi (2009)

quando afirmam que “a ciência não é o único caminho de acesso ao

conhecimento e à verdade” (p. 23), corroboradas pela afirmação de Sagan

(1996, p. 12) quando esse diz que: “a Ciência está longe de ser um instrumento

perfeito de conhecimento. É apenas o melhor que temos" (Grifo da autora).

Em seguida, faremos uma análise acerca do conceito de Metodologia

Científica e sua aplicabilidade acadêmica, bem como, o que vem a ser o

Conhecimento e seus variados tipos, ressaltando o Conhecimento Científico,

posto ser este o conhecimento que deverá ser utilizado, para a produção e

pesquisa acadêmica, que você irá empreender neste curso.

Na sequência relataremos os métodos científicos existentes e que devem

ser utilizados para se fazer ciência; a pesquisa e seus conceitos; os tipos de

pesquisas e como utilizá-las, dando ênfase à pesquisa bibliográfica por

entendermos ser esta a mais aplicável em uma pós-graduação desse tipo devido

à escassez de tempo e de condições didáticas e metodológicas para se realizar

outros tipos de pesquisas.

Dessa forma, o que se pretende é identificar a coerência do

questionamento crítico e criativo. Trata-se de conjugar crítica e autocrítica dentro

do princípio metodológico, isto é, o questionamento sistematizado apresenta a

discussão como critério principal da cientificidade, pois, segundo Habermas, uma

“verdade é uma pretensão de validade” (apud DEMO, 1996, p.

22) e, sendo assim, “a história das ciências revela não um a priori, mas o que foi

produzido em determinado momento histórico com toda a relatividade do

processo de conhecimento” (MINAYO, 1994, p. 12).

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Falaremos ainda, sobre os métodos de pesquisa e os variados trabalhos

científicos, dando ênfase ao Artigo Científico, por ser este a exigência da

instituição para o seu TCC.

Ao final elencamos várias orientações metodológicas no que tange a

utilização da informática e da Internet na pesquisa cientifica, bem como,

abordaremos a questão plágio e como evitá-lo.

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2. A CIÊNCIA

Falar da Ciência não é fácil. A questão mais difícil de ser respondida é a

que se relaciona com a sua definição. Porém, tentaremos defini-la, sob a tutela

de diversos autores e cientistas. Partindo de Freire-Maia (1998), o mesmo afirma

que raramente os filósofos da ciência se propõem a definir ciência, relacionando

três motivos para essa recusa, a saber:

• o primeiro reside no fato de toda definição ser

incompleta (sempre há algo que foi excluído ou algo que poderia ter sido incluído);

• o segundo, na própria complexidade do tema;

• e o terceiro, justamente na falta de acordo entre as definições (FREIRE-MAIA, 1998, p. 24).

Diante desse impasse, o autor sugere colocar "de lado" as

fundamentações epistemológicas procedendo a uma "tosca" definição de ciência

que privilegiaria um "conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis,

modelos etc., visando ao conhecimento de uma parcela da realidade", através

de uma "metodologia especial", a saber: a metodologia científica (p. 24).

Dentre os analistas do tema, Merton (1979) relata a quase unanimidade

acerca da ideia de que a ciência "é um vocábulo enganosamente amplo, que

designa grande diversidade de coisas diversas, embora relacionadas entre si"

(p. 38). Não obstante, Roqueplo (1979) afirma que, "falar do significado da

ciência levanta imediatamente numerosas questões, umas relativas à palavra

ciência e outras relativas à palavra significado" (p. 140).

Já há outros autores, como Morais (1988), que definem a ciência como

sendo "mais do que uma instituição, é uma atividade. Podemos mesmo dizer que

a 'ciência' é um conceito abstrato." E continua dizendo que o que se conhece

"concretamente" são os cientistas e o resultado de seus trabalhos. "O

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cientista contemporâneo sabe bem que nada há de definitivo e indiscutível que

tenha sido assentado por homens" (p. 24).

A ciência é extremamente abrangente e complexa não se reduzindo,

somente, a experimentos. O experimento científico é fundamental para o

desenvolvimento das ciências da natureza, especialmente através de seus

desdobramentos disciplinares nas últimas décadas do século XX. Porém, as

chamadas ciências humanas e sociais não partilham desse mesmo cientificismo,

pois, anterior à práxis científica estão a idéia, o pensamento, a filosofia da ciência

e o "conhecimento do conhecimento", que trazem à tona as discussões em torno

dos paradigmas, da moral, da epistemologia, da ética, da política, enfim,

características relacionadas e inter-relacionadas ao desenvolvimento do

conhecimento e da pesquisa.

Dentro da temática relativa à pesquisa científica, Whitehead (1946) lembra

que a filosofia é a mais "eficaz pesquisa intelectual", afirmando que ela é a

responsável pela construção de "catedrais antes que os trabalhadores tenham

removido uma pedra, e as destrói antes que os elementos tenham esboroado as

suas arcadas", posto que, existe sempre um pensamento que precede a prática.

Esse processo não é necessariamente imediato, pois, conforme o mesmo autor,

a "filosofia trabalha devagar. Os pensamentos dormem longo tempo; quase

imediatamente depois a humanidade sente que se incorporou a si mesma em

instituições" (WHITEHEAD, 1946, p. 7-8).

Não obstante, Chauí (1996), tenta, pelo determinismo, descrever por

completo os "fenômenos naturais e humanos, oferecendo a definição dos seres

e as leis necessárias de suas relações" e afirma que “a ciência opera com o

provável, isto é, com o possível submetido a cálculos" (p. 22).

Nessa mesma linha, Chrétien (1994) destaca a necessidade que a

sociedade tem, de acreditar e criar mitos para entender e relacionar-se no

cotidiano, isto porque, para "fundamentar sua identidade e justificar suas

prescrições, valores e relações entre seus membros" (p. 13).

Nesse sentido, o mito pode ser entendido e aceito, como necessidade,

para a construção no imaginário popular daquilo que não se pode ter e, em

sendo, Chrétien (1994) ressalta que:

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o mito geralmente põe em cena deuses e heróis, demiurgos das origens, que lançam as bases da nova ordem. Ele retraça sua epopéia lendária que fixa, no imaginário coletivo, os signos e modelos que postulam os procedimentos comuns de significado e comunicação. (CHRÉTIEN, 1994, p. 13).

Ora, se assim, de acordo com o autor, o mito pode determinar os "ritos,

as regras do jogo social e os paradigmas sobre os quais se modulam os

comportamentos" (CHRÉTIEN, 1994, p.13), a partir da crise da razão, do século

XX, Chauí (1996) afirma que "os humanos reencontraram um meio para repor

aquilo que a teoria havia substituído ao nascer: os mitos, os fundamentalismos

religiosos. Mitologias e religiões ocupam hoje o lugar vazio deixado pela razão"

(p.22).

Nesse ínterim, se a ciência resolve modificar esse sistema tentando, de

certa forma, assumir seu lugar no imaginário coletivo, pois os "deuses e

taumaturgos não mais fazem sucesso na era das ciências e técnicas",

provavelmente, ocorrerão brechas e a "sociedade não pode funcionar se nela

ficam vagos os lugares do poder simbólico" (CHRÉTIEN, 1994, p. 13),

pensamento corroborado por Morin (1999a), quando este demonstra seu

pensamento acerca do mito no século XX. Ele relata que, este,

tomou a forma da Razão, a ideologia camuflou-se de ciência, a Salvação tomou forma política garantindo-se certificada pelas Leis da História." Além do mais, é nesse século que o "[...] messianismo e niilismo se combatem, entrechocam-se e produzem-se um ao outro, a crise de um operando a ressurreição do outro. (MORIN, 1999a, p. 15- 16).

No século XXI, vemos uma tentativa de restauração a partir do próprio

pensamento, ao que se chamou de revoluções científicas que, para Morin

(2002), foram as responsáveis pela preparação da "reforma do pensamento". E

destaca duas: a primeira está relacionada à física quântica, que, trouxe o

"esboroamento de toda idéia de que haveria uma unidade simples na base do

universo", pôs em dúvida o sentido dogmático em torno do determinismo,

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introduzindo o conceito de incerteza no meio científico. A segunda revolução está

relacionada ao princípio não reducionista para o pensamento científico que de

acordo com o mesmo autor, “há uma ressurreição das entidades globais, como

o cosmo, a natureza, o homem". (MORIN, 2002, p. 89-90).

E é nessa perspectiva da ciência revolucionária que, Lakatos e Marconi

(2009), a definem por “um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou

prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem

referência a objetos de uma mesma natureza” (p. 77). Junior (1988) a conceitua

como “um conjunto de proposições (teorias) coerentes, sem contradições

internas, com encadeamento racional, despida de valorações e subjetividade” (p.

23). Para Dencker (1998) a ciência “caracteriza-se como uma forma especial de

conhecimento da realidade empírica” e mais a frente afirmam ser “um

conhecimento racional. Metódico, sistemático, capaz de ser submetido à

verificação e que passa por um processo de reflexão” (p. 65).

Diante do exposto, caracterizaremos a ciência de acordo com sua

finalidade: distinguir características, leis e princípios comuns que controlam os

eventos; sua função: aperfeiçoar e ampliar a relação do homem com a realidade

através do conhecimento e; seu objeto formal: olhar das diversas ciências sobre

um mesmo objeto material: aquilo que se pretende conhecer.

E para construir esse conhecimento, vamos à a Metodologia Científica.

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3. METODOLOGIA CIENTÍFICA

Para se fazer Ciência e construir o conhecimento, é preciso Método. Para

se aplicar o Método, desenvolveu-se a Metodologia Científica que: é o estudo

sistemático e lógico dos métodos empregados nas ciências e sua relação com as

teorias científicas. Em geral, o método científico compreende um conjunto de

dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado para a formulação

de conclusões, de acordo com certos objetivos predeterminados. Ou seja, é um

conjunto de regras básicas que a Ciência (em todas as suas formas) desenvolve,

à fim de coletar evidências, passíveis de observação e empíricas, de forma

racional e lógica, objetivando a obtençaõ, organização, sistematização, correção

e produção do conhecimento.

Essa produção do conhecimento é marcada pela busca de evidências que

comprovem hipóteses formuladas, como enfrentamento da complexidade do

mundo real, visando detectar-lhe as estruturas invisíveis através dos métodos. A

Ciência somente progride com os métodos, posto que, por eles, ela encontra os

próprios erros, que não são descobertos ao acaso, mas por meio da busca

sistemática de melhores explicações para os fenômenos naturais e sociais.

Não obstante, embora os procedimentos variem de uma área da ciência

para outra, é possível determinar certos elementos que diferenciam o método

científico de outros métodos. Como? De inicio, os pesquisadores propõem

hipóteses para explicar certos fenômenos e então, desenvolvem pesquisas e

experimentos que confirmam ou refutam essas hipóteses. Se confirmadas, as

hipóteses podem gerar teorias.

Nesse interim, o cientista precisa ser imparcial na interpretação dos

resultados, pois, o processo precisa ser objetivo. Além disso, o procedimento

precisa ser documentado, tanto no que diz respeito aos dados como aos

procedimentos, para que outros cientistas possam analisar e reproduzir o

procedimento. Esta documentação deve obedecer a uma série de padrões para

ser aceito pela comunidade científica. Esses padrões constam nas Normas

Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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3.1-Objetivos da Metodologia Científica

A Ciência tem como principio tornar o homem mais próximo dos

fenômenos naturais e humanos através da compreensão e do domínio dos

mecanismos que regem tais fenômenos. Essa aproximação não exige

formulações prévias de nenhum tipo, pois os estímulos externos chegam ao

homem por meio dos sentidos e o acúmulo de experiências sensoriais e

intelectuais já permite um certo grau de conhecimento empírico em cada homem.

Não obstante, a assimilação desordenada de percepções pode gerar lapsos de

interpretação e captação errada ou insuficiente das informações recebidas.

Por conta disso, a Ciência estabelece regras que auxiliam na classificação,

registro e interpretação dos dados percebidos, o que permite e garante

temporalmente, a economia de tempo e um sistema de transmissão do

saber entre as gerações, de forma racional.

Nesse sentido, o emprego da Metodologia Científica objetiva, pois,

solucionar as questões relativas à classificação de dados, orientando as

pesquisas futuras e facilitando o treinamento de Especialistas.

Não há como negar que, toda metodologia se impregna de uma filosofia

própria incutida nas conclusões a que conduz. Porém, a Histórica demonstra que

a rigidez nos postulados metodológicos, limita, mais do que favorece, o

desenvolvimento de novas idéias e descobertas. Por essa razão, as últimas

tendências metodológicas observam como princípios fundamentais a

flexibilidade e o espírito aberto à evolução do pensamento humano.

Mas, para entender esse caminho histórico, devemos fazer uma pequena

viagem às origens do Método científico. Para tanto, vamos à Grécia clássica,

com o nascimento da dialética, que se apresentava como método de pesquisa e

busca da verdade por meio da formulação adequada de perguntas e respostas.

Nessa perspectiva dialética, a primeira pergunta está relacionada à

definição do tema ou do diálogo. Obtida essa resposta, faz-se a segunda

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pergunta com base no conteúdo da primeira resposta e assim por diante, até

chegar à (esperada) verdade.

Podemos dizer, então que, a dialética foi uma precursora da lógica. Nesse

caminho da Antiguidade Clássica até a Contemporaneidade,

podemos perceber que os métodos gregos não sofreram grandes modificações

no Ocidente até o século XVII, quando o saber científico acumulado exigiu uma

revisão da metodologia. Estamos falando do Renascimento e de suas idéias

humanísticas, que compreendiam o homem como ser criador e investigador do

cosmo. Daí, a necessidade de um novo método. Eis que surge o método

hipotético-dedutivo utilizado pela primeira vez, por Galileu que estabeleceu um

novo método para a ciência natural, combinando o uso da linguagem matemática

na construção das teorias com o recurso aos experimentos que permitem

comprovar empiricamente as hipóteses científicas.

Contemporaneamente a Galileu, Francis Bacon defendeu o método

indutivo na ciência experimental, afirmando que as leis gerais que regem os

fenômenos particulares podem ser estabelecidas a partir da observação e

repetição das regularidades dos fenômenos particulares, ou seja, é possível

estudar um grupo através do estudo de alguns indivíduos desse grupo enão o

todo. Esse é o princípio das pesquisas como as do IBOPE.

Essa estrutura metodológica da ciência moderna, baseada na

comprovação dos fenômenos, por meio de leis de inspiração matemática,

imutáveis no tempo, sofreu um forte baque com as doutrinas evolucionistas do

século XIX e das teorias relativista e quântica, no início do século passado. Posto

que, de acordo com essas interpretações, toda a ciência está condicionada pela

realidade que a envolve e o tempo/espaço constituem entidades inter-

relacionadas, porém, variáveis em função do meio.

Mas, se a Ciência refere-se a qualquer conhecimento, seria certo dizer

que tudo é Ciência? Etimologicamente, ciência vem do verbo “saber”. Já no

sentido estrito, ela se opõe a opinião, a superstição. Simplesmente quer dizer

que ela explica algo através da observação.

Em sendo, a distinção entre matérias científicas e não-científicas foi

tratada no século XX, entre outros, pelo filósofo Karl Popper, que estabeleceu a

noção de falsificabilidade como critério dedutivo de validação das teorias

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científicas. Segundo esse princípio, o pesquisador busca descobrir uma exceção

ao postulado que deseja demonstrar. A ausência de evidência que contrarie o

postulado converte-se em prova de sua validade. De acordo com Popper,

disciplinas como a astrologia, a metafísica, o materialismo histórico e a

psicanálise não são ciências do ponto de vista empírico, já que não podem ser

submetidas ao princípio da falsificabilidade na construção do conhecimento.

Mais adiante aprofundaremos nos conceitos de conhecimento, mas

vamos entender rapidamente a diferença entre conhecimento popular e

conhecimento científico. O conhecimento popular também denominado de

senso comum se diferencia do conhecimento científico não pela veracidade ou

natureza do objeto conhecido, mas pela forma, pelo modo, pelo método e pelos

instrumentos para chegar ao conhecimento.

Marconi e Lakatos (2004) nos oferecem um exemplo bem prático: saber

que uma determinada planta precisa de uma quantidade “X” de água e que se

não a receber de forma natural, deve ser irrigada, pode ser um conhecimento

verdadeiro e comprovável, mas, nem por isso, científico. Para que esse

conhecimento ocorra é necessário ir além: conhecer a natureza dos vegetais,

sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que

distinguem uma espécie da outra.

Esse exemplo nos leva a crer que:

1 – A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade;

2 – Um objeto ou fenômeno como uma planta ou uma comunidade ou ainda as

relações entre chefes e subordinados pode ser matéria de observação tanto para

o cientista quanto para o homem comum. O que diferencia é a forma de

observação e análise, bem como, os métodos utilizados.

De modo geral, o método dedutivo parte-se do geral para chegar ao

particular. O método indutivo, ao contrário, constrói modelos e leis a partir de

casos particulares, pelo uso de mecanismos lógicos de generalização.

O método analítico decompõe o objeto para formular problemas mais

simples, ou seja, parte do complexo e mais geral para chegar ao simples e

particular. O método sintético já é oposto a esse: reúne aspectos particulares

indo do simples ao complexo.

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Outros métodos são: a definição rigorosa do objeto de estudo; os sistemas

de classificação, com divisões e subdivisões; os instrumentos de medida e os

sistemas de unidades; a variabilidade das condições que interferem sobre os

fenômenos estudados na construção do conhecimento científico. Porém, como

já dissemos, existem variados tipos de conhecimento.

3.2-Os Tipos de Conhecimento

Existem ainda outros dois tipos de conhecimento, além do científico e do

popular ou empírico, que são o conhecimento filosófico e religioso. Todos eles

explicados em detalhes na maioria dos livros que tem como objetivo discorrer

sobre a Metodologia Científica (Marconi e Lakatos; Cervo, Bervian e Silva; Mattar

e outros) utilizados como referência para esta apostila.

Antes de explicarmos cada um deles, o quadro abaixo sistematiza as suas

características.

Conhecimento Popular

Conhecimento Científico

Conhecimento Filosófico

Conhecimento Religioso

(Teológico)

Valorativo Reflexivo

Assistemático Verificável

Falível Inexato

Real (factual) Contingente Sistemático Verificável

Falível Aproximadamente

exato

Valorativo Racional

Sistemático Não verificável

Infalível Exato

Valorativo Inspiracional Sistemático

Não verificável Infalível Exato

Fonte: Trujillo (1974)

O conhecimento popular3 ou empírico é aquele adquirido pela própria

pessoa na sua relação com o meio ambiente ou com o meio social, obtido por

meio de interação contínua na forma de ensaios e tentativas que resultam em

erros e em acertos. Do ponto de vista da utilização de métodos e técnicas

científicas, esse tipo de conhecimento - mesmo quando consolidado como

convicção, como cultura ou como tradição - é ametódico e assistemático.

3

Cervo, Bervian e Silva (2007) ressaltam que ele é erroneamente chamado de vulgar ou senso comum.

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Para empiristas como Locke, Hume, Condillac e outros, esse

conhecimento é advindo da experiência e suficiente para se conhecer a verdade

dos fatos. Ele pode ser popular, filosófico ou religioso (SOUZA; FIALHO; OTANI,

2007).

A pessoa comum, que não precisa operacionalizar métodos e técnicas

científicas para a construção de seu conhecimento, tem, entretanto,

conhecimento do mundo material exterior em que se acha inserida e de um certo

número de pessoas, seus semelhantes, com as quais convive. Vê essas pessoas

no momento presente, lembra-se delas, prevê o que poderão fazer e ser no

futuro. Tem consciência de si mesma, de suas ideias, tendências e sentimentos.

Cada qual se serve da experiência do outro ora ensinando, ora aprendendo, em

um intenso processo de interação humana e social. Pela vivência coletiva, os

conhecimentos são transmitidos de uma pessoa a outra e de uma geração a

outra.

Pelo conhecimento empírico, a pessoa percebe entes, objetos, fatos e

fenômenos e sua ordem aparente, tem explicações concernentes à razão de ser

das coisas e das pessoas. Esse conhecimento é constituído de interações, de

experiências vivenciadas pela pessoa em seu cotidiano e de investigações

pessoais feitas ao sabor das circunstâncias da vida; é sorvido dos outros e das

tradições da coletividade ou, ainda, tirado de uma religião positiva (CERVO;

BERVIAN; SILVA, 2007).

Mattar (2008) ressalta que o conhecimento popular não tem a

característica da confiabilidade que marca o conhecimento científico, já que não

segue uma metodologia científica, além de não ter seus resultados divulgados

nem sobmetidos a julgamento.

O conhecimento filosófico distingue-se do conhecimento científico pelo

objeto de investigação e pelo método. O objeto das ciências são os dados

próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois,

sendo de ordem material e física, são suscetíveis de experimentação. O objeto

da filosofia é constituído de realidades mediatas, imperceptíveis aos sentidos e

que, por serem de ordem suprassensíveis, ultrapassam a experiência. A ordem

natural do procedimento é, sem dúvida, partir dos dados materiais e sensíveis

(ciência) para se elevar aos dados de ordem metafísica, não sensíveis, razão

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última da existência dos entes em geral (filosofia). Parte-se do concreto material

para o concreto supramaterial, do particular ao universal (CERVO; BERVIAN;

SILVA, 2007).

Na acepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por

suas causas supremas. Um dos maiores patrimônios da Filosofia, sem dúvida, é

sua própria história: iniciando-se com os pré-socráticos, na Grécia Antiga, a

Filosofia nasce como um tipo de saber que procura diferenciar-se dos mitos, da

retórica, dos sofistas, das tragédias e dos poetas, e, a partir de então, se

estabelece por século como um espaço de liberdade de pensamento, desafiando

a lei de que o conhecimento pode tornar-se ultrapassado ou superado com o

tempo, com novas experiências ou com o surgimento de novos instrumentos de

observação. Ao contrário, Platão e Aristóteles, por exemplo, continuam fazendo

parte dos nomes mais importantes da Filosofia, dialogando em nível de

igualdade com os filósofos contemporâneos, não obstante os milhares de anos

que nos separam dos gregos, e permanecendo nossos mestres, fontes de

inspiração e aprendizado (MATTAR, 2008).

Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é um interrogar, é

um contínuo questionar a si mesmo e à realidade. A filosofia não é algo feito,

acabado. É uma busca constante de sentido, de justificação, de possibilidades,

de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o ser humano e sobre o

próprio ser em sua existência concreta.

Filosofar é interrogar. A interrogação parte da curiosidade, que é inata. Ela

é constantemente renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela alguma

coisa de um objeto e ao mesmo tempo nos sugere o oculto, o mistério. Este

impulsiona o ser humano a buscar o desvelamento do mistério. Vê-se, assim,

que a interrogação somente nasce do mistério, que é o oculto enquanto sugerido.

Jaspers (apud HUISMAN; VERGEZ,1967, p. 8), em sua Introdução à filosofia,

coloca a essência da filosofia na procura do saber e não em sua posse. A filosofia

trai a si mesma e se degenera quando é posta em fórmulas. A tarefa

fundamental da filosofia consiste na reflexão. A experiência fornece uma

multiplicidade de impressões e opiniões; adquirem-se conhecimentos científicos

e técnicos nas mais variadas áreas; têm-se as mais diversas

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aspirações e preocupações. A filosofia procura refletir sobre esse saber,

interroga-se sobre ele, problematiza-o.

Filosofar é interrogar principalmente sobre fatos e problemas que cercam

o ser humano concreto em seu contexto histórico. Esse contexto muda no

decorrer do tempo, o que explica o deslocamento dos temas de reflexão

filosófica. É claro que alguns temas perpassam a história, como a própria

humanidade. Qual o sentido da existência do ser humano e da vida? Existe ou

não existe o absoluto? Há liberdade? Entretanto, o campo de reflexão ampliou-

se muito em nossos dias. Hoje, os filósofos, além das interrogações metafísicas

tradicionais, formulam novas questões: a humanidade será dominada pela

técnica? A máquina substituirá o ser humano? Também poderão o homem e a

mulher ser produzidos em série em tubos de ensaio? As conquistas espaciais

comprovam o poder ilimitado da espécie humana? O progresso técnico é um

benefício para a humanidade? Quando chegará a vez do combate à fome e à

miséria? O que é valor, hoje? (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).

A Filosofia é a ciência-mãe da qual foram, pouco a pouco, separando-se

formas de pensar e métodos que mais tarde se especializaram e se tornaram

independentes, e que hoje consideramos ciências. Mas, mesmo hoje, essas

diferenças que separariam o conhecimento filosófico dos outros campos de

conhecimento não são sempre claras.

Para Souza, Fialho e Otani (2007) o conhecimento filosófico se caracteriza

pelo esforço da razão em questionar os problemas humanos. Reflete a crença

de um grupo de pessoas que são os filósofos. A postura destes é especulativa

diante dos fenômenos gerando conceitos subjetivos. Eles dão sentido aos

fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.

Enfim, a filosofia procura compreender a realidade em seu contexto mais

universal. Não há soluções definitivas para um grande número de questões.

Entretanto, a filosofia habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para

ver melhor o sentido da vida concreta (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).

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O conhecimento religioso ou teológico apoia-se em doutrinas que

contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo

sobrenatural e que, por esse motivo, são consideradas infalíveis e indiscutíveis.

O que funda o conhecimento religioso é a fé. Não é preciso ver para crer

e devemos crer mesmo que as evidências apontem para o contrário do que a

religião nos ensina. As “verdades” religiosas estão registradas em livros sagrado

ou são reveladas pelos deuses (ou outros seres espirituais) por meio de alguns

iluminados, santos ou profetas. Essas verdades são em geral tidas como

definitivas e não permitem revisão mediante a reflexão ou a experiência. Nesse

sentido, podemos classificar sob esse título os conhecimentos ditos místicos ou

espirituais (MATTAR, 2008).

Duas são as atitudes que se podem tomar diante do mistério. A primeira

é tentar penetrar nele com o esforço pessoal da inteligência. Mediante a reflexão

e o auxílio de instrumentos, procura-se obter um procedimento que seja científico

ou filosófico. A segunda atitude consiste em aceitar explicações de alguém que

já tenha desvendado o mistério e implica sempre uma atitude de fé diante de um

conhecimento revelado.

Esse conhecimento revelado ocorre quando há algo oculto ou um mistério,

alguém que o manifesta e alguém que pretende conhecê-lo. Entende- se por

mistério tudo o que é oculto, o que provoca a curiosidade e leva à busca. O

mistério é o oculto enquanto sugerido. Pode estar ligado a dados da natureza,

da vida futura, da existência do absoluto, para mencionar apenas alguns

exemplos. Aquele que manifesta o oculto é o revelador, que pode ser o próprio

homem ou Deus. Aquele que recebe a manifestação tem fé humana se o

revelador for um homem ou uma mulher e tem fé teológica se Deus for o

revelador.

A fé teológica sempre está ligada a uma pessoa que testemunha Deus

diante de outras pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que tal pessoa

que conhece a Deus e que vive o mistério divino o revele a outra. Afirmar, por

exemplo, que tal pessoa é o Cristo equivale a explicitar um conhecimento

teológico.

O conhecimento revelado - relativo a Deus - e aceito pela fé teológica

constitui o conhecimento teológico. Este, por sua vez, é o conjunto de verdades

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ao qual as pessoas chegaram não com o auxílio de sua inteligência, mas

mediante a aceitação dos dados da revelação divina. Vale-se de modo especial

do argumento de autoridade. São os conhecimentos adquiridos nos livros

sagrados e aceitos racionalmente pelas pessoas, depois de terem passado pela

crítica histórica mais exigente. O conteúdo da revelação, feita a crítica dos fatos

ali narrados e comprovados pelos sinais que a acompanham, reveste-se de

autenticidade e de verdade. Essas verdades passam a ser consideradas como

fidedignas e por isso são aceitas. Isso é feito com base na lei suprema da

inteligência: aceitar a verdade, venha de onde vier, contanto que seja

legitimamente adquirida (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).

O conhecimento científico ultrapassa os limites do conhecimento

empírico na medida em que procura evidenciar, além do próprio fenômeno, as

causas e a lógica de sua ocorrência. O conhecimento científico, assim como o

filosófico, é racional, mas tem a pretensão de ser sistemático e de revelar

aspectos da realidade. As noções de experiência e verificação são essenciais

nas ciências; o conhecimento científico deve ser justificado e é sempre passível

de revisão, desde que se possa provar sua inexatidão. Entretanto, não devemos

esquecer que a Matemática, por exemplo, é considerada por muitos uma ciência,

apesar de grande parte de seus conhecimentos não se referir diretamente à

realidade e não poderem ser por ela provados ou refutados.

O ciclo do conhecimento científico (especialmente o das ciências

empíricas) inclui a observação, a produção de teorias para explicar essa

observação, o teste dessas teorias e seu aperfeiçoamento. Há nas ciências, um

movimento circular, que parte da observação da realidade para a abstração

teórica.

Agora que já falamos dos tipos de conhecimento podemos falar da ciência

não em sua acepção lato sensu4 (simplesmente significando conhecimento),

mas em seu sentido stricto sensu5 que busca demonstrar as causas que

constituem e determinam o conhecimento.

4 Expressão latina que significa Sentido Amplo. No caso dos cursos de Pós-graduação, os cursos de

especialização lato sensu tendem a focar na aplicabilidade prática de um conceito. 5 Expressão também de origem latina que significa Sentido Restrito. Em nível de Pós-graduação leva o

aluno ao título de Mestre ou Doutor.

Nos cursos reconhecidos pelo MEC e classificados pela CAPES, o Mestrado e na sequência Doutorado

tem duração média de 3 anos cada, com foco na academia e ênfase nas atividades de pesquisa e extensão.

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As ciências possuem:

a) Um objetivo ou finalidade – preocupação em distinguir a característica

comum ou as leis gerais que regem determinados eventos.

b) Uma função – aperfeiçoamento, por meio do crescente acervo de

conhecimentos, da relação do homem com seu mundo.

c) Objetos que podem ser material (aquilo que se pretende estudar, analisar,

interpretar ou verificar) ou formal (o enfoque especial, em face das diversas

ciências que possuem o mesmo objeto material.

Devido à complexidade do universo e a diversidade de fenômenos que

nele se manifestam, aliadas à necessidade do homem de estudá-los para

entendê-los e explicá-los, levaram ao surgimento de diversos ramos de estudo e

ciências específicas. A classificação pode ser pela complexidade, conteúdo,

objeto ou tema.

Marconi e Lakatos (2004) oferecem várias classificações, mas ressaltam

ser mais pertinente a classificação de Bunge (1974) o qual divide as ciências em

formais e factuais:

São cursos que exigem sobremaneira do candidato. Àqueles que pretendem seguir carreira acadêmica em

Universidades renomadas, tem-se exigido Doutorado e dedicação exclusiva. A seleção é rigorosa,

criteriosa, passando por análise de currículo, entrevista e projetos de pesquisa que venham a contribuir com

o desenvolvimento do país.

A CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – é uma agência de fomento à

pesquisa brasileira. Ela avalia trienalmente os cursos de Pós-graduação do Brasil. É a única entidade que

pode determinar na prática o fechamento ou descredenciamento de cursos com notas baixas ou deficientes,

o que acontece através do Qualis.

O Qualis é o sistema de avaliação de periódicos mantido pela CAPES, classifica os veículos de divulgação

da produção intelectual dos programas quanto à circulação local, nacional ou internacional e qualidade

(conceitos A, B, C) por área de avaliação.

OBS – Sugerimos uma leitura atenta das notas de rodapé 2 e 3, pois elas

oferecem informações importantes, sobre a rotina de produção de

pesquisa fora da academia – os professores universitários e pesquisadores

se reportam sempre a essa expressão “academia” quando falam do seu

ambiente de trabalho e, por conseguinte, ambiente de produção científica.

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FORMAIS

Lógica

Matemática

CIÊNCIAS

FACTUAIS

Naturais

Sociais

Física

Química

Biologia e outras

Antropologia

cultural

Direito

Economia

Política

Psicologia social

Sociologia

Interessa-nos discorrer sobre as 17 características do conhecimento

científico no âmbito das ciências factuais, a saber:

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1. Racional porque é constituído por conceitos, juízos e raciocínios e não por

sensações, imagens, modelos de conduta, etc. Ele permite que as ideias que

o compõem possam combinar-se segundo um conjunto de regras lógicas, com

a finalidade de produzir novas ideias e essas ideias se organizam em novos

sistemas.

2. Objetivo à medida que procura concordar com seu objeto - isto é, buscar

alcançar a verdade factual por intermédio dos meios de observação,

investigação e experimentação existentes; e à medida que verifica a

adequação das ideias (hipóteses) aos fatos - recorrendo, para tal, à

observação e à experimentação, atividades que são controláveis e, até certo

ponto, reproduzíveis.

3. Factual porque parte dos fatos, pode interferir neles, mas sempre volta para

eles. Capta ou recolhe os fatos, da mesma forma que se produzem ou se

apresentam na natureza ou na sociedade, segundo quadros conceituais ou

esquemas de referência. Por fim, utiliza como matéria-prima da ciência, os

"dados empíricos" - isto é, enunciados factuais confirmados, obtidos com a

ajuda de teorias, quadros conceituais e que realimentam a teoria.

4. Transcendente aos fatos, ou seja, descarta fatos, produz novos fatos e os

explica - ao contrário do conhecimento vulgar ou popular, que apenas registra

a aparência dos fatos e se atém a ela, limitando-se, frequentemente, a um fato

isolado sem esforçar-se em correlacioná-lo com outros ou explicá- lo, a

investigação científica não se limita aos fatos observados: tem como função

explicá-las, descobrir suas relações com outros fatos e expressar essas

relações; em outras palavras, trata de conhecer a realidade além de suas

aparências. Seleciona os fatos considerados relevantes, controla-os e,

sempre que possível, os reproduz - pode, inclusive, criar coisas novas:

compostos químicos, novas variedades de Vírus ou bactérias, de vegetais e,

inclusive, de animais. O conhecimento científico não se contenta em

descrever as experiências, mas sintetiza-as e compara-as com o que já se

conhece sobre outros fatos - descobre, assim, suas correlações com outros

níveis e estruturas da realidade, tratando de explicá-las por meio de hipóteses.

A comprovação da veracidade das hipóteses as transforma em enunciados

de leis gerais e sistemas de hipóteses (teoria). Por último leva o

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24 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

conhecimento além dos fatos observados, inferindo o que pode haver por trás

deles.

5. Analítico porque ao abordar um fato, processo, situação ou fenômeno,

decompõe o todo em suas partes componentes - (não necessariamente a

menor parte que a divisão permite), com o propósito de descobrir os

elementos constitutivos da totalidade, assim como as interligações que

explicam sua integração em função do contexto global. O procedimento

científico de “análise” conduz à “síntese”- se a investigação inicia-se

decompondo seus objetos com a finalidade de descobrir o “mecanismo”

interno responsável pelos fenômenos observados, segue-se o exame da

interdependência das partes e, numa etapa final, a “síntese”, isto é, a

reconstrução do todo em termos de suas partes inter-relacionadas. Assim, se

o processo de análise leva à decomposição do todo em seus elementos ou

componentes, o de síntese procede à recomposição “das consequências aos

princípios, do produto ao produtor, dos efeitos às causas ou, ainda, por

simples correlacionamento” (TRUJILLO, 1974, p.15). O processo de análise e

a subsequente síntese são “a única maneira conhecida de descobrir, como se

constituem, transformam e desaparecem determinados fenômenos, em seu

todo” (Bunge, 1974, p. 20). Por este motivo, a ciência rechaça a síntese obtida

sem a prévia realização da análise.

6. Claro e preciso – o conhecimento científico ao contrário do popular, precisa

que o cientista se esforce ao máximo para ser exato e claro. O problema deve

ser formulado com clareza, partir de noções simples, que ao longo do estudo,

complicam, modificam e, se necessário, repelem-se.

7. Comunicável – sua linguagem deve poder informar a todos os seres

humanos que tenham sido instruídos para entendê-la; deve ser formulada de

tal forma que todos investigadores possam verificar seus dados e hipóteses e

deve ser considerado propriedade de toda humanidade.

8. Verificável – deve ser aceito como válido quando passa pela prova da

experiência ou da demonstração. Só após sua comprovação torna-se válido.

9. Dependente de investigação metódica – uma vez que é planejado, ou seja,

o cientista não age por acaso, ele planeja seu trabalho, sabe o que procura e

como deve proceder para encontrar o que almeja. É evidente que

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25 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

esse planejamento não exclui, totalmente, o imprevisto ou o acaso; entretanto,

prevendo sua possibilidade, o cientista trata de aproveitar a interferência do

acaso, quando este ocorre ou é deliberadamente provocado, com a finalidade

de submetê-lo a controle; baseia-se em conhecimento anterior,

particularmente em hipóteses já confirmadas, em leis e princípios já

estabelecidos - dessa forma, o conhecimento científico não resulta das

investigações isoladas de um cientista, mas do trabalho de inúmeros

investigadores; obedece a um método preestabelecido, que determina, no

processo de investigação, a aplicação de normas e técnicas, em etapas

claramente definidas - essas normas e técnicas podem ser continuamente

aperfeiçoadas.

10. Acumulativo - seu desenvolvimento é uma consequência de um contínuo

selecionar de conhecimentos significativos e operacionais. Novos

conhecimentos podem substituir os antigos, quando estes se revelam

disfuncionais ou ultrapassados. O aparecimento de novos conhecimentos em

seu processo de adição aos já existentes, pode ter como resultado a criação

ou apreensão de novas situações, condições ou realidades.

11. Falível - não é definitivo, absoluto ou final - a própria racionalidade da ciência

permite que, além da acumulação gradual de resultados, o progresso

científico também se efetue por “revoluções”.

12. Geral - em decorrência de situar os fatos singulares em modelos gerais, os

enunciados particulares em esquemas amplos, procurar, na variedade e

unicidade, a uniformidade e a generalidade e a descoberta de leis ou

princípios gerais permite a elaboração de modelos ou sistemas mais amplos.

13. Explicativo - em virtude de ter corno finalidade explicar os fatos em termos

de leis e as leis em termos de princípios, além de inquirir como são as coisas,

intenta responder ao porquê.

14. Preditivo – baseia-se na investigação dos fatos, assim como no acúmulo das

experiências, levando a ciência a atuar no plano do previsível.

Fundamentando-se em leis já estabelecidas e em informações fidedignas

sobre o estado ou o relacionamento das coisas, seres ou fenômenos, pode,

pela indução probabilística, prever ocorrências.

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15. Aberto – o conhecimento científico não conhece barreiras que, a priori,

limitem o conhecimento - a ciência não dispõe de axiomas evidentes: até os

princípios mais gerais e seguros constituem postulados que podem ser

mudados ou corrigidos; a Ciência não é um sistema dogmático e cerrado, mas

controvertido e aberto - isto é, constitui um sistema aberto porque é falível e,

em consequência, capaz de progredir: quando surge uma nova situação, na

qual as leis existentes revelam-se inadequadas, a Ciência propõe-se a realizar

novas investigações, cujos resultados induzirão à correção ou, até a total

substituição das leis incompatíveis; dependendo dos instrumentos de

investigação disponíveis e dos conhecimentos acumulados. Até certo ponto

está ligado às circunstâncias de sua época.

16. Útil – O conhecimento científico é útil em decorrência de sua objetividade e

experimentação que lhe conferem um conhecimento adequado das coisas e

em decorrência de manter uma conexão com a tecnologia (MARCONI e

LAKATOS, 2004).

17. Sistemático - é constituído por um sistema de ideias, logicamente

correlacionadas - o inter-relacionamento das ideias, que compõem o corpo de

uma teoria, pode qualificar-se de orgânico. Contém um sistema de referência,

que são modelos fundamentais de definições construídas sobre a base de

conceitos e que se inter-relacionam de modo ordenado e completo, seguindo

uma diretriz lógica; teorias e hipóteses; fontes de informações; quadros que

explicam as propriedades relacionais. Ou seja: é metódica. Portanto, para

estudá-la é necessário: MÉTODO.

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4. O MÉTODO E A PESQUISA

Vivemos tempos, nunca dantes vistos. A realidade transformou-se

enormemente, provocando alterações nos mais variados campos da vida

humana. Padrões políticos, econômicos, sociais e culturais da sociedade,

cunhados ao longo da história da humanidade e vistos como verdades absolutas

são agora postos na berlinda da dúvida, o que leva a crer que a humanidade

renunciou às certezas garantidas por séculos de tradição, passando a adotar a

insegurança das mudanças constantes, com enfoque diferenciado na construção

do conhecimento. Esse é o perfil humano da pós- modernidade.

Inserida neste contexto, a ciência e seus conceitos comumente aceitos

passaram a examinar as posições das metodologias convencionais,

principalmente o papel social da mesma, vista por muitos como uma forma de

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intensificar a exploração do capital ou mais um instrumento de manutenção do

status quo.

Em sendo, a nossa pretensão é tentar dialogar sobre as dificuldades

enfrentadas pelos pesquisadores sociais que procuram a metodologia

adequada para dar conta ou para confirmar suas suspeitas a respeito de um

determinado problema.

Nessa luta incansável pelo método seguro para a investigação científica,

observam-se as tensões e contradições do modelo racional adotado pela ciência

moderna a partir do século XVI.

Daí, a questão: como produzir conhecimento através da utilização de um

pensamento objetivo e crítico sem o recurso das construções mecânicas, bem

amarradas e terrivelmente lógicas, em um tempo de grandes contradições

paradigmáticas e de perda da confiança epistemológica nas ciências? Conforme

Pooli (1998), “a pesquisa social não é uma „sala confortável‟, e é possível

trabalhar sem estar em paz com seu objeto de trabalho, e essa deve ser a férrea

necessidade das investigações sobre a organização os homens e das mulheres”.

(p. 99).

Porém e, apesar destas questões que nos rodeiam, a feitura da ciência e

do conhecimento se faz necessária, tendo em vista os objetivos das

Especializações: demonstrar o conhecimento adquirido, mas, também, aquele

produzido pelo pretendente ao título. Para tanto, utiliza-se do método.

Nesse sentido, o que vem a ser o Método?

4.1. Método

Buscamos a resposta em diversos autores: Souza, Fialho e Otani (2007)

o definem como técnicas e instrumentos que determinam o modo sistematizado

da forma de proceder num processo de pesquisa. Já para Trujillo (1974) método

é a forma de proceder ao longo de um caminho.

Em sendo, pode-se concluir que na ciência, os métodos constituem os

instrumentos básicos de ordenação do processo de pesquisa, ou seja, traçam

de modo ordenado a forma de proceder do cientista, ao longo de um percurso,

para alcançar um objetivo.

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É bem verdade que ao longo da história da humanidade, esses métodos

vêm sofrendo transformações. Na Antiguidade Clássica, período contemporâneo

dos grandes filósofos Pitágoras, Sócrates e Platão, bastava a palavra do mestre

para que fosse aceito um teorema como verdadeiro.

Porém e a partir da Idade Moderna, com o advento do Renascimento,

presenciamos o pioneirismo de Galileu Galilei, passando por Francis Bacon,

Rene Descartes, Isaac Newton, além de outros tantos pensadores, na

transformação do método científico e a busca pela confirmação dos dados e

hipóteses. Assim, chegamos às técnicas atuais para validação de nossos

pressupostos a respeito dos acontecimentos que nos cercam.

Embora cada um dos pioneiros acima tenha traçado os seus passos,

achamos por bem exemplificar com Galileu, posto ser este, o precursor da

ciência moderna e das técnicas de pesquisa a partir de métodos, ou seja, do uso

da Metodologia Científica, no fazer da ciência e na construção do conhecimento.

Os seus principais passos foram:

1. Observação dos Fenômenos

2. Análise das Partes, Estabelecendo Relações Quantitativas

3. Indução de Hipóteses

4. Verificação das Hipóteses – Experimento

5. Generalização dos Resultados

6. Confirmação das Hipóteses

7. Estabelecimento de Leis Gerais

Método científico é, portanto, o conjunto de processos ou operações

mentais que se deve empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada

no processo de pesquisa.

Conforme Gil (1995), Marconi e Lakatos (2008) , os métodos que

fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-

dedutivo, dialético e fenomenológico.

Podem-se classificar os métodos de acordo com diferentes critérios.

Historicamente, no entanto, percebem-se duas grandes vertentes, que são

respectivamente o método dedutivo e o método indutivo.

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Todo homem é mortal. (premissa maior)

Pedro é homem. (premissa menor)

Logo, Pedro é mortal. (conclusão)

Outros métodos existentes são o hipotético-dedutivo, o dialético, o

fenomenológico e alguns métodos específicos das Ciências Sociais (histórico,

comparativo, monográfico, estatístico, tipológico, funcionalista e estruturalista).

4.1.1-Método Dedutivo:

O Método Dedutivo, proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e

Leibniz, pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.

O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por

intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do

geral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo da construção

lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente

decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1995;

LAKATOS,MARCONI, 1993).

O clássico exemplo de raciocínio dedutivo é:

O método dedutivo é típico das ciências exatas: “É um processo

sistemático de investigação, o qual envolve uma série de passos sequenciais, a

saber: identificação de um problema, formulação de uma hipótese, estudos

pilotos, obtenção de dados, teste de hipóteses, generalização e replicação”

(HENDRICK, VERCRUYSSEN,1989 apud SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007, p.

25).

Observar e explicar o que se observa são os objetivos principais de

qualquer ciência. Observar consiste, antes de tudo, na verificação empírica de

um fenômeno, na busca por uma definição operacional que permita uma

observação controlada, seguida por uma generalização estatística.

Existem, pelo menos, quatro abordagens principais utilizadas na pesquisa

científica: correlações, histórico de casos, estudos de campo e experimental.

Correlações são empregadas para estabelecer relações que permitam

predições ou grupamentos de elementos homogêneos. Histórico de casos, unido

à correlação, é útil para estabelecer a causalidade das relações. Estudos

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31 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

Antônio é mortal. João é mortal. Carlos é mortal. Ora, Antônio, João ... e Carlos são homens.

Logo, (todos) os homens são mortais.

de campo consistem em se observarem eventos ocorrendo em um meio

ambiente natural e diferem da abordagem experimental onde, para se ter

controle sobre as variáveis, trabalha-se em um meio ambiente artificial.

Experimentos exploratórios, confirmatórios e estudos-piloto são

conduzidos para formular hipóteses, confirmá-Ias/ refutá-Ias ou reforçá-Ias,

respectivamente. Demonstrações diferem-se de experimentos por não exigirem

a manipulação de variáveis. Estudos quase-experimentais combinam trabalho

de campo e de laboratório.

4.1.2-Método Indutivo:

O Método Indutivo foi proposto pelos empiristas: Bacon, Hobbes, Locke e

Hume. Consideram que o conhecimento é fundamentado na experiência, não

levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo, a

generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As

constatações particulares levam à elaboração de generalizações (GIL, 1995;

MARCONI; LAKATOS, 2004).

Um clássico exemplo de raciocínio indutivo:

O ponto de partida do método indutivo não são os princípios, mas a

observação dos fatos e dos fenômenos, da realidade objetiva. Por outro lado, o

seu ponto de chegada é a elaboração de modelos que regem o comportamento

dos fatos e dos fenômenos observados. Na verdade, a indução não é um

raciocínio único, mas um conjunto de procedimentos, uns empíricos, outros

lógicos, outros, ainda, intuitivos.

Aqui temos a indução formal e a indução científica. A indução formal ou

completa, estabelecida por Aristóteles, não leva a novos conhecimentos, mas

substitui por um termo geral uma série de termos singulares. Assim, ela não

induz à compreensão de um determinado fenômeno a partir somente de alguns

casos, mas de todos os casos observados. De fato, a lei que rege o ponto de

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chegada para a elaboração de um modelo, expressa realmente a totalidade do

comportamento dos fatos e fenômenos observados.

A indução científica ou incompleta, estabelecida por Galileu e

aperfeiçoada por Francis Bacon, fundamenta-se na causa ou na lei que rege os

fenômenos ou fatos observados em um número significativo de casos (um ou

mais), mas não em todos os casos.

Nesse sentido, a lei não exprime a totalidade, mas expressa uma parte

dos fenômenos. Assim, a partir da observação de um ou mais fatos particulares,

pode-se induzir para todos os fatos semelhantes.

Por meio de um raciocínio dedutivo, parte-se de premissas que julgamos

verdadeiras, sobre as quais aplicamos regras fornecidas por alguma lógica, para

concluir ou negar determinada proposição. No raciocínio indutivo busca-se

alguma generalização ou abstração capaz de descrever um conjunto de dados.

Pelo raciocínio analógico são estabelecidas relações de correspondência entre

elementos de dois sistemas distintos. Os problemas que enfrentamos em nosso

dia-a-dia são resolvidos pela combinação desses diferentes tipos de raciocínio.

Raciocinar envolve, tipicamente, considerar evidências relativas a uma

hipótese ou conclusão. Simplificando, pode-se dizer que o ato de raciocinar

consiste em gerar ou calcular um argumento.

A lógica formal distingue dois tipos de argumentos:

• Argumentos dedutivos: é necessário, dado que as premissas sejam

verdadeiras, que a conclusão seja verdadeira;

• Argumentos indutivos: dado que as premissas sejam verdadeiras, é

provável que a conclusão também o seja.

Em realidade, o pesquisador vê-se diante de uma infinidade de métodos

e de variantes aos mesmos.

4.1.3-Método Hipotético-dedutivo:

Proposto por Popper, este método consiste na adoção da seguinte linha

de raciocínio: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto

são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para

tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas

conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se

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consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar

falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo

se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético- dedutivo, ao

contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-Ia (GIL, 1995, p.30).

4.1.4-Método dialético:

Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as contradições

se transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer

solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade.

Considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social,

político, econômico, etc. Muito aplicado em pesquisa qualitativa (SOUZA,

FIALHO, OTANI, 2007).

4.1.5- Outros métodos:

O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e

instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje, pois

as instituições alcançaram sua forma atual por meio de alterações de suas partes

componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular

de cada época.

O método comparativo empregado por Tylor, considera o estudo das

semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades ou povos.

Contribui na compreensão do comportamento humano. Ele realiza comparações

com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. É usado tanto

para comparar grupos no presente como no passado, ou entre os existentes e

os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de

desenvolvimento.

Esse método permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os

elementos constantes, abstratos e gerais. Constitui numa verdadeira

experimentação direta. Empregado em estudos de largo alcance

(desenvolvimento da sociedade capitalista), e de setores concretos (comparação

de tipos específicos de eleições), assim como estudos qualitativos (diferentes

formas de governo) e quantitativos (taxa de

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34 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

escolarização de países em desenvolvimento e subdesenvolvimento)

(MARCONI E LAKATOS, 2004).

O método monográfico foi criado por Le Play que o empregou para

estudar famílias operárias na Europa. Parte do princípio de que qualquer caso

que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos

outros ou até de todos os casos semelhantes. Esse método consiste no estudo

de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou

comunidades, com a finalidade de obter generalizações.

O método estatístico foi planejado por Quetelet. Os processos

estatísticos permitem obter de conjuntos complexos, representações simples e

constatar se essas verificações simplificadas têm relação entre si. Assim, o

método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos,

econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite

comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre

sua natureza, ocorrência ou significado.

O papel do método estatístico é, antes de tudo, fornecer urna descrição

quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado. Por exemplo,

definem-se e delimitam-se as classes sociais, especificando as características

dos membros dessas classes e, após, mede-se sua importância ou variação, ou

qualquer outro atributo quantificável que contribua para seu melhor

entendimento. No entanto, a estatística pode ser considerada mais do que

apenas um meio de descrição racional; é, também, um método de

experimentação e prova, pois é método de análise.

O método tipológico habitualmente empregado por Max Weber,

apresenta semelhanças com o método comparativo. Ao comparar fenômenos

sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construídos a

partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. A característica principal

do tipo ideal é não existir na realidade, mas servir de modelo para a análise e

compreensão de casos concretos, realmente existentes. Weber, através da

classificação e comparação de diversos tipos de cidades, determinou as

características essenciais da cidade; da mesma maneira, pesquisou as

diferentes formas de capitalismo para estabelecer a caracterização ideal do

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35 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

capitalismo moderno; e, partindo do exame dos tipos de organização,

apresentou o tipo ideal de organização burocrática.

O método funcionalista utilizado por Malinowski, é a rigor, mais um

método de interpretação do que de investigação. Levando-se em consideração

que a sociedade é formada por partes componentes, diferenciadas, inter-

relacionadas e interdependentes, satisfazendo cada uma das funções essenciais

da vida social, e que as partes são mais bem entendidas compreendendo-se as

funções que desempenham no todo, o método funcionalista estuda a sociedade

do ponto de vista da função de suas unidades, Isto e, como um sistema

organizado de atividades (MARCONI E LAKATOS, 2004).

Desenvolvido por Lévi-Strauss, o método estruturalista parte da

investigação de um fenômeno concreto, eleva-se, a seguir, ao nível abstrato, por

intermédio da constituição de um modelo que representa o objeto de estudo,

retornando, por fim, ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e

relacionada com a experiência do sujeito social. Ele considera que uma

linguagem abstrata deve ser indispensável para assegurar a possibilidade de

comparar experiências, à primeira vista, irredutíveis que, se assim

permanecessem, nada poderiam ensinar, em outras palavras, não poderiam ser

estudadas (MARCONI E LAKATOS, 2004).

Como vimos, a Metodologia Científica trata de método e ciência. A

atividade preponderante da metodologia é a pesquisa. O conhecimento humano

caracteriza-se pela relação estabelecida entre o sujeito e o objeto, podendo-se

dizer que essa é uma relação de apropriação.

Desse modo, a metodologia resulta de um conjunto de procedimentos a

serem utilizados pelo indivíduo na obtenção do conhecimento. É a aplicação do

método, por meio de processos e técnicas, que garante a legitimidade do saber

obtido.

A busca da necessidade humana de conhecer leva o homem a pesquisar.

Uma pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem como

meta principal gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum

conhecimento preexistente. Basicamente, é um processo de

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36 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza quanto da sociedade na qual

esta se desenvolve.

Lembre-se:

Curiosidade intelectual + entusiasmo + independência + capacidade de

trabalho e ambição acadêmica ou profissional + paciência e muita determinação

são requisitos básicos para se tornar um pesquisador, em tempo integral ou

somente para realização de um único projeto.

De todo modo, todos os trabalhos científicos podem adotar uma estrutura

comum. Apesar de os trabalhos tratarem de temas diferentes e, com distintos

propósitos, poderem variar materialmente, é possível a coincidência sequencial

comum.

Segundo Salvador (1982) a composição de um trabalho científico pode

ser expressa da seguinte forma: antecipar o que se vai transmitir; transmitir o

que se havia proposto e; declarar o que se transmitiu. Essa sequência

compreende a introdução, o desenvolvimento do trabalho e a conclusão.

Então, o que vem a ser pesquisa?

4.2-Pesquisa

A pesquisa pode ser então definida como um procedimento racional e

sistemático que tem como objetivo procurar respostas aos problemas propostos.

Portanto, a pesquisa científica desenvolve-se mediante utilização dos

conhecimentos disponíveis, métodos, técnicas e outros procedimentos

científicos, que vão desde a adequada formulação do problema até a satisfatória

apresentação dos resultados.

Santos (2000) classifica as pesquisas em dois níveis: acadêmico e de

ponta. O primeiro tipo é de caráter pedagógico, que visa despertar o espírito de

busca intelectual autônoma. Realizada no âmbito da academia (universidade,

faculdade ou outra instituição de ensino superior) conduzida por professores

universitários, alunos de graduação e pós-graduação. O resultado mais

importante não é o conhecimento de respostas salvadoras para a humanidade,

mas sim a aquisição do espírito e método para a indagação intencional. As

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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

37 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

pesquisas de ponta são desenvolvidas por pesquisadores experientes e consiste

na pesquisa direcionada a lidar com a problematização, a solução e as

necessidades que ainda permanecem, seja porque simplesmente não foram

respondidas ou adequadamente trabalhadas. A pesquisa de ponta é tentativa de

negação / superação científica e existencial.

Existem várias outras classificações para os tipos de pesquisa não

havendo um único esquema classificatório.

Vamos apresentar a classificação das pesquisas quanto aos objetivos

específicos, ao lineamento e à natureza e na sequência, as principais técnicas

de coleta e análise dos dados.

Para tanto, buscamos respaldo em vários autores e no quadro abaixo

agrupamos os pensamentos de Gil (1995); Araújo e Oliveira (1997); Malhotra

(2001); Yin (2001); Marconi e Lakatos (2004); Vergara (2005); Cervo, Bervian e

Silva (2007); Souza, Fialho e Otani (2007); Moreira e Caleffe (2008)6.

Classificação quanto ao:

Tipo de pesquisa

Técnica de:

Objetivo

Delineamento

Natureza Coleta de dados

Análise de dados

Exploratória Documental Qualitativa Entrevista Qualitativa

Descritiva Bibliográfica Quantitativa Questionário quantitativa

Explicativa Levantamento

Experimental

Ex-post facto

Quali- quantitativa

Observação

Documentação indireta

6

Observe a ordem de colocação dos autores… por data e alfabética.

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Estudo de campo

Estudo de corte

Estudo de caso

Pesquisa ação

Pesquisa participante

Bibliográfica

4.2.1-Classificação das pesquisas quanto ao objetivo específico

Quanto aos objetivos específicos, as pesquisas científicas podem ser

classificadas em três modalidades: exploratória, descritiva e explicativa. Cada

uma trata o problema de maneira peculiar. A pesquisa exploratória tem “como

objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema” (GIL, 1995, p. 45). A

descritiva adota “como objetivo primordial a descrição das características de

determinada população ou fenômeno” (GIL, 1995, p. 46). Já a pesquisa

explicativa tem “como preocupação central identificar os fatores que determinam

ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (GIL, 1995, p. 46).

A pesquisa exploratória foca na maior familiaridade com o problema,

com vistas a torná-lo mais explícito ou a facilitar a construção de hipóteses. Esse

tipo de pesquisa tem como principal objetivo o aprimoramento de idéias ou a

descoberta de intuições, novas idéias.

A pesquisa exploratória é extremamente flexível, de modo que quaisquer

aspectos relativos ao fato estudado têm importância. Grande parte das

pesquisas do tipo envolve levantamento bibliográfico, documental e entrevista

ou questionário envolvendo pessoas que tiveram alguma experiência com o

problema. Geralmente são de natureza qualitativa.

A pesquisa descritiva objetiva a descrição de determinada população ou

fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Esse tipo de estudo

tem como característica mais significativa a utilização de técnicas padronizadas

de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

Segundo Malhotra (2001, p. 108), a pesquisa descritiva “tem como

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39 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

principal objetivo a descrição de algo”, um evento, um fenômeno ou um fato. Os

termos descritiva, descrição e descrever referem-se ao fato de esse tipo de

pesquisa apoiar-se na estatística descritiva para realizar as descrições da

população (mediante amostra probabilística) ou do fenômeno, ou relacionar

variáveis. Assim, a pesquisa descritiva pura tem natureza quantitativa, mas pode

ser quantitativa e qualitativa ao mesmo tempo, se representar descrição de

amostra não-probabilística.

A pesquisa explicativa procura aprofundar o conhecimento da realidade,

explicando a razão e o porquê das coisas. Tem como objetivo principal a

identificação dos motivos que determinaram a ocorrência de um fenômeno ou

contribuíram para tanto. Esse tipo de pesquisa é, na maioria das vezes, uma

continuação da pesquisa exploratória ou da pesquisa descritiva.

4.2.2-Classificação das pesquisas quanto ao delineamento

O delineamento da pesquisa corresponde ao seu planejamento numa

dimensão mais ampla; ou seja, nesse momento o investigador estabelece os

meios técnicos da investigação.

O elemento mais importante para a adequada identificação de um

delineamento é o procedimento utilizado na coleta de dados. A classificação das

pesquisas quanto ao delineamento pode compreender diversos tipos, sendo os

mais conhecidos: a pesquisa documental, a pesquisa bibliográfica, o

levantamento, a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post-facto, o estudo de

caso e a pesquisa-ação. Vale destacar que na proporção em que a pesquisa

científica avança, novas formas de delineamento tendem a surgir.

A principal característica da pesquisa documental está relacionada com a

sua fonte, a qual restringe-se a documentos escritos ou não-escritos, sempre de

fontes primárias.

Qualquer estudo científico supõe e requer uma prévia pesquisa

bibliográfica, seja para sua necessária fundamentação teórica, ou mesmo para

justificar seus limites e para os próprios resultados. Cervo; Bervian; Silva (2007,

p. 48) afirmam que a pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência.

Como trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área

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40 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

das Ciências Humanas. Como resumo de assunto, constitui geralmente o

primeiro passo de qualquer pesquisa científica.

É por meio da pesquisa bibliográfica que o pesquisador faz contato direto

com tudo o que foi publicado, dito, filmado ou de alguma outra forma registrado

sobre determinado tema, inclusive através de conferências seguidas de debates.

A pesquisa bibliográfica muito se assemelha com a pesquisa documental.

Alguns detalhes, porém, ajudam a evidenciar as sutis diferenças entre os dois

tipos:

a) as fontes de dados da pesquisa documental são sempre primárias,

algumas delas compiladas no momento do fato, outras algum tempo depois, e

que não foram tratadas com o foco específico para o tema em estudo;

b) a pesquisa bibliográfica, sempre utilizando fontes secundárias,

compreende as obras já editadas abordando o tema em estudo;

c) os objetivos da pesquisa bibliográfica geralmente são muito amplos,

sendo, assim, indicada para gerar maior visão sobre o problema ou torná-lo mais

específico; enquanto isso, os objetivos da pesquisa documental são específicos,

quase sempre visando à obtenção dos dados em resposta a determinado

problema.

Os dados obtidos de livros, revistas científicas, teses, relatórios científicos,

cuja autoria é conhecida, não se confundem com documentos, isto é, dados

primários, que propiciam o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem,

possibilitando conclusões inovadoras, por meio da análise de seu conteúdo.

A pesquisa através do levantamento tem como característica principal a

coleta de informações diretamente das pessoas, para se conhecer o

comportamento de determinado grupamento. Essas informações são captadas

por meio de instrumentos que possibilitam a realização de análise quantitativa,

cujas conclusões podem ser projetadas para um universo mais amplo. Por

utilizar técnicas estatísticas para definir as amostras e o universo da pesquisa, o

levantamento apresenta algumas vantagens. Segundo Araújo e Oliveira (1997)

melhora o conhecimento direto da realidade; oferece maior economia e

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rapidez; e possibilita, por meio da quantificação das variáveis, o uso de

correlações e outros procedimentos estatísticos.

Para estes mesmos autores, a pesquisa experimental “consiste em

determinar o objeto de estudo, selecionar variáveis que seriam capazes de

influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a

variável produz no objeto”.

Esse tipo de pesquisa caracteriza-se por manipular de forma direta as

variáveis relacionadas ao objeto de estudo. Com a manipulação das variáveis

através da criação de situações de controle, ou seja, manipulando-se as

variáveis independentes e observando-se o que acontece com as dependentes,

pode-se averiguar a relação de causa e efeito de determinado fenômeno.

A pesquisa ex-post-facto procura assemelhar-se ao máximo com a

pesquisa experimental, sendo que a principal diferença reside na manipulação

das variáveis independentes. Com efeito, enquanto na pesquisa experimental as

variáveis são controladas, na ex-post-facto não há controle sobre as variáveis.

Segundo Yin (2001), o estudo de caso é a pesquisa preferida quando

predominam questões dos tipos “como?” e “por quê?”, ou quando o pesquisador

detém pouco controle sobre os eventos e ainda quando o foco se concentra em

fenômenos da vida real.

Yin (2001) afirma também que o estudo de caso é um modo de pesquisa

empírica que investiga fenômenos contemporâneos em seu ambiente real,

quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos;

quando há mais variáveis de interesse do que pontos de dados; quando se

baseia em várias fontes de evidências; e quando há proposições teóricas para

conduzir a coleta e a análise dos dados.

A pesquisa-ação surgiu no final dos anos 1940, com a publicação do

artigo Action research and minority problems, de Kurt Lewin. Segundo Vergara

(2005), a pesquisa-ação tem como objetivo resolver problemas por meio de

ações definidas por pesquisadores e sujeitos envolvidos com a situação

investigada. Alguns confundem esse método com consultoria, sendo que a

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42 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

principal diferença entre as duas abordagens é que a pesquisa-ação procura

elaborar e desenvolver conhecimento teórico.

4.2.3-Classificação das pesquisas quanto à natureza

Quanto à natureza, as pesquisas científicas podem ser classificadas em

três modalidades: a qualitativa, a quantitativa e a quanti-quali.

A pesquisa qualitativa se dedica à compreensão dos significados dos

eventos, sem a necessidade de apoiar-se em informações estatísticas.

Desde a década de 1970, a pesquisa qualitativa vem assumindo certo

grau de importância no campo das ciências sociais. Esse tipo de pesquisa adota

a fenomenologia como base científica para moldar a compreensão da pesquisa,

respondendo a questões dos tipos “o quê?”, “por quê?” e “como?”. Geralmente,

a pesquisa qualitativa analisa pequenas amostras não necessariamente

representativas da população, procurando entender as coisas, em vez de

mensurá-las.

A pesquisa qualitativa é considerada essencialmente de campo,

porquanto nas ciências sociais a maioria dos estudos está relacionada a

fenômenos de grupos ou sociedades, razão pela qual o investigador deve atuar

onde se desenvolve o objeto de estudo.

Araújo e Oliveira sintetizam a pesquisa qualitativa como um estudo que

(1997, p. 11) [...] se desenvolve numa situação natural, é rico em dados

descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada,

enfatiza mais o processo do que o produto, se preocupa em retratar a perspectiva

dos participantes, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma

complexa e contextualizada.

Na pesquisa quantitativa, a base científica vem do Positivismo, que

durante muito tempo foi sinônimo de Ciência, considerada como investigação

objetiva que se baseava em variáveis mensuráveis e proposições prováveis.

A pesquisa quantitativa surgiu sob a influência do Positivismo, segundo o

qual o pesquisador não deve envolver-se com o objeto da pesquisa, além de

pregar a utilização de procedimentos rigorosamente empíricos, visando ao

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43 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

máximo de objetividade possível no estudo realizado. Sendo assim, a

neutralidade do pesquisador constitui um ponto muito importante para o estudo.

Pode-se definir a pesquisa quantitativa como aquela voltada para a

mensuração de segmentos do mercado e das informações qualitativas

preexistentes ou levantadas pela pesquisa qualitativa. Segundo Malhotra

(2001, p. 155), “a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplicar

alguma forma de análise estatística”. Na maioria das vezes, esse tipo de

pesquisa deve suceder a pesquisa qualitativa, já que esta última ajuda a

contextualizar e a entender o fenômeno.

A pesquisa quanti-quali, como o próprio nome sugere, representa a

combinação das duas citadas modalidades, utilizando em parte do trabalho a

visão positivista, e em outra parte a visão fenomenológica, aproveitando-se o

que há de melhor em cada uma delas (ARAÚJO; OLIVEIRA, 1997).

A pesquisa quanti-quali compreende a utilização de ambas as naturezas,

quantitativa e qualitativa, numa pesquisa científica. Estudos de natureza quanti-

quali têm como base tanto o positivismo como a fenomenologia.

4.2.4-Técnicas de coleta de dados

Toda pesquisa, em especial a pesquisa descritiva, deve ser bem

planejada se quiser oferecer resultados úteis e fidedignos. Esse planejamento

envolve também a tarefa de coleta de dados, que corresponde a uma fase

intermediária da pesquisa descritiva.

A coleta de dados ocorre após a escolha e delimitação do tema, a revisão

bibliográfica, a definição dos objetivos, a formulação do problema e das

hipóteses ou pressupostos e a identificação das variáveis.

A coleta de dados, tarefa importante na pesquisa, envolve diversos

passos, como a determinação da população a ser estudada, a elaboração do

instrumento de coleta, a programação da coleta e também o tipo de dados e de

coleta. Há diversas formas de coleta de dados, todas com suas vantagens e

desvantagens. Na decisão do uso de uma forma ou de outra, o pesquisador

levará em conta a que menos desvantagens oferecer, respeitados os objetivos

da pesquisa.

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Nessa fase podem ser empregadas diferentes técnicas, sendo mais

utilizados a entrevista, o questionário e a observação, quando aplicadas a

pessoas, e a documentação indireta documental e a documentação indireta

bibliográfica, quando não aplicadas a indivíduos.

Na aplicação da entrevista e do formulário, o informante conta com a

presença do pesquisador ou seu auxiliar, que registra as informações. O

questionário sem a presença do investigador, é preenchido pela pessoa que

fornece as informações.

Além do instrumento usado, o tipo de pergunta, que pode ser fechada por

um número limitado de opções ou aberta, sem restrições, determina a maior ou

menor exatidão dos dados e o grau de dificuldade na tabulação e análise das

informações. Esses aspectos e a disponibilidade de tempo e de recursos devem

ser levados em consideração ao ser fixado o instrumento de coleta de dados.

Somente depois de ter sido definido o objetivo da pesquisa e depois de

levantadas as hipóteses e as variáveis, o pesquisador vai elaborar as questões

do instrumento de coleta de dados.

A preocupação básica ao elaborar as perguntas deve ser, além da

validade, a finalidade e a relação das questões com o objetivo da pesquisa. As

perguntas, em maior ou menor número, devem sempre colher informações a

respeito das variáveis e das hipóteses do trabalho. Em geral, as questões alheias

aos objetivos da pesquisa não se justificam.

Cervo; Bervian; Silva (2007) elencam alguns passos básicos que devem

ser observados na elaboração das perguntas:

• Identificar os dados ou as variáveis sobre os quais serão feitas as

questões;

• Selecionar o tipo de pergunta a ser utilizado diante das vantagens e

desvantagens de cada tipo, com vistas ao tempo a ser consumido para

obter os dados e a maneira de tabulá-los e analisá-los;

• Elaborar uma ou mais perguntas referentes a cada dado a ser levantado;

• Analisar as questões elaboradas quanto a clareza da redação,

classificação e sua real necessidade;

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45 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

• Codificar as questões para a posterior tabulação e análise com a

inclusão dos códigos no próprio instrumento;

• Elaborar instruções claras e precisas para o preenchimento do

instrumento;

• Submeter as questões a outros técnicos para sanar possíveis

deficiências;

• Revisar o instrumento para dar ordem e sequência para as questões;

• Submeter o instrumento a um pré-teste para detectar possíveis

reformulações ou correções, antes de sua aplicação.

Outros instrumentos usados em pesquisas descritivas, como a entrevista

e a observação, embora não percorram rigorosamente os passos descritos,

devem cercar-se das devidas precauções para evitar prejuízos à pesquisa

decorrentes de falhas na coleta de dados.

A entrevista não é uma simples conversa. É uma conversa orientada para

um objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados

para a pesquisa.

A entrevista tornou-se, nos últimos anos, um instrumento do qual se

servem constantemente os pesquisadores em ciências sociais e psicológicas.

Eles recorrem à entrevista sempre que têm necessidade de obter dados que não

podem ser encontrados em registros e fontes documentais e que podem ser

fornecidos por certas pessoas. Esses dados serão utilizados tanto para o estudo

de fatos como de casos ou de opiniões. Devem-se adotar os seguintes critérios

para o preparo e a realização da entrevista:

• Planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objetivo a ser

alcançado;

• Obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do

entrevistado;

• Marcar com antecedência o local e o horário da entrevista; qualquer

transtorno poderá comprometer os resultados da pesquisa;

• Criar condições, isto é, uma situação discreta, para a entrevista, pois será

mais fácil obter informações espontâneas e confidenciais de uma pessoa

isolada do que de uma pessoa acompanhada ou em grupo;

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46 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

• Escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade

em relação ao assunto escolhido;

• Fazer uma lista das questões, destacando as mais importantes;

• Assegurar um número suficiente de entrevistados, o que dependerá da

viabilidade da informação a ser obtida.

O entrevistado deve ser sempre previamente informado do motivo da

entrevista e de sua escolha. O entrevistador deve obter e manter a confiança do

entrevistado, evitando ser inoportuno, não interrompendo outras atividades de

seu interesse nem o entrevistando quando estiver irritado, fatigado ou

impaciente. Convém dispor-se a ouvir mais do que falar. O que interessa é o que

o informante tem a dizer. Deve-se dar o tempo necessário para que o

entrevistado discorra satisfatoriamente sobre o assunto (CERVO; BERVIAN;

SILVA, 2007)

O entrevistador deve controlar a entrevista, reconduzindo, se necessário,

o entrevistado ao objeto da entrevista. Deve-se evitar perguntas diretas que

precipitariam as informações, deixando-as incompletas. É conveniente

apresentar primeiramente as perguntas que tenham menores probabilidades de

provocar recusa ou produzir qualquer forma de negativismo, uma após outra, a

fim de não confundir o entrevistado. Sempre que possível, conferir as respostas,

mantendo-se alerta a eventuais contradições.

Finalmente, o entrevistador não deve confiar demasiadamente em sua

memória. Deve anotar, cuidadosamente, os dados, registrando-os

sumariamente durante a entrevista e completando suas anotações logo em

seguida ou o mais breve possível. Deve registrar também aqueles dados

fornecidos após a entrevista, quando considerados de importância.

Quando se há de recorrer à entrevista? Recorre-se à entrevista quando

não houve fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se

quiser completar dados extraídos de outras fontes. A entrevista possibilita

registrar, além disso, observações sobre a aparência, o comportamento e as

atitudes do entrevistado. Daí sua vantagem sobre o questionário. Deve-se evitar

recorrer à entrevista para obter dados de valor incerto ou para obter informações

precisas, cuja validade dependeria de pesquisas ou de observações controladas,

tais como datas, relações numéricas etc.

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O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita

medir com mais exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra questionário

refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o

próprio informante preenche. Assim, qualquer pessoa que preencheu um pedido

de trabalho teve a experiência de responder a um questionário. Ele contém um

conjunto de questões, todas logicamente relacionadas com um problema central.

O questionário poderá ser enviado pelo correio, entregue ao respondente

ou aplicado por elementos preparados e selecionados. Nesse caso, pode ser

aplicado simultaneamente a um maior número de indivíduos (MINAYO;

DESLANDES, 2009). Todo questionário deve ter natureza impessoal para

assegurar uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui a

vantagem de os respondentes se sentirem mais confiantes, dado o anonimato,

o que possibilita coletar informações e respostas mais reais (o que pode não

acontecer na entrevista). Deve, ainda, ser limitado em sua extensão e finalidade.

É necessário estabelecer, com critério, as questões mais importantes a

serem propostas e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos.

Devem ser propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas de forma

a não insinuarem outras colocações. Se o questionário for respondido na

ausência do investigador, deverá ser acompanhado de instruções minuciosas e

específicas.

O uso de perguntas abertas permite obter respostas livres. Exemplo: Do

que você mais gosta na cidade? Já as perguntas fechadas permitem obter

respostas mais precisas.

Exemplo: Seu nível de escolaridade é:

( ) ensino fundamental ( ) graduação

( ) ensino médio ( ) pós-graduação

As perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, simples de

codificar e analisar. As perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas

livres, embora possibilitem recolher dados ou informações mais ricas e variadas,

são codificadas e analisadas com mais dificuldade.

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48 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

O formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário, destinado à

coleta de dados resultantes quer de observações quer de interrogações, e seu

preenchimento é feito pelo próprio investigador.

Entre as vantagens que o formulário apresenta, podemos destacar a

assistência direta do investigador, a possibilidade de comportar perguntas mais

complexas e a garantia da uniformidade na interpretação dos dados e dos

critérios pelos quais são fornecidos. O formulário pode ser aplicado a grupos

heterogêneos, inclusive a analfabetos, o que não ocorre com o questionário.

A observação tem como o principal objetivo a obtenção de informações

por meio dos órgãos dos sentidos do investigador durante sua permanência in

loco ao ensejo da ocorrência de determinados aspectos da realidade. A

observação não consiste tão somente em ver ou ouvir, mas também em analisar

o fato ou fenômeno. O investigador pode identificar e obter provas a respeito de

objetivos de que até então não tinha consciência, exercendo importante papel

no aspecto da descoberta, ponto inicial para a investigação social.

Os procedimentos para coleta de dados descritos, conforme mencionado

anteriormente aplicam-se quando coletados diretamente de pessoas. Entretanto,

segundo Gil (1995), não são os indivíduos as únicas fontes de dados. Registros

em papel, como arquivos públicos e privados, dados estatísticos, etc., são

importantes fontes de informações, que serão colhidas mediante documentação

indireta.

A coleta de dados baseada na documentação indireta consiste na leitura

e análise de materiais produzidos por terceiros, que podem apresentar-se sob

forma de textos, jornais, gravuras, fotografias e filmes, entre outras (MARCONI;

LAKATOS, 2004). A documentação indireta documental trata especificamente da

coleta de informações de fontes primárias, tais como documentos de arquivos

públicos e privados, cartas, contratos, diários e autobiografias.

Essa técnica é bastante utilizada em pesquisas puramente teóricas e

naquelas em que o delineamento principal é o estudo de caso, pois pesquisas

com esse tipo de delineamento exige, na maioria dos casos, a coleta de

documentos para análise.

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49 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

A documentação indireta bibliográfica trata especificamente de recolher

informações de fontes secundárias, tais como relatórios de pesquisa baseada

em trabalho de campo, estudos históricos recorrendo aos documentos originais

e pesquisas utilizando correspondências de terceiros, entre outras. Trata-se de

técnica bastante empregada em pesquisas nas quais o delineamento principal é

o estudo de caso e em pesquisas puramente teóricas.

4.2.5-Técnicas de análise de dados qualitativa

Dentre as técnicas de análise de dados qualitativa, destacam-se a análise

de conteúdo e a análise de discurso.

A análise de conteúdo é utilizada no tratamento de dados que visa

identificar o que vem sendo dito acerca de determinado tema (VERGARA, 2005).

Ela compreende um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando

obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das

mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitem a inferência de

conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis

inferidas) dessas mensagens.

As principais fontes da análise de conteúdo são materiais jornalísticos e

documentos institucionais.

A análise de discurso é definida por Vergara (2005) como um método

que pretende não somente apreender como uma mensagem é transmitida, mas

também explorar o seu sentido. A análise de discurso avalia quem enviou a

mensagem, quem recebeu a mensagem e qual o contexto em que está inserida.

Uma das condições indispensáveis para que a análise de discurso seja

efetivada com clareza é a transcrição de entrevistas e discursos na íntegra, sem

cortes, correções ou interpretações iniciais.

4.2.6-Técnicas de análise de dados quantitativa

Muitas são as ferramentas estatísticas voltadas para análise de dados,

dentre elas as frequências, médias, modas, medianas e testes de significância.

A análise de regressão e a análise discriminante são duas técnicas de

análise de dados quantitativa adotadas com frequência nas áreas de

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Administração e Contabilidade. Malhotra (2001, p. 459) ensina que a análise de

regressão é um “processo estatístico para analisar relações associativas entre

uma variável dependente métrica e uma ou mais variáveis independentes”. Essa

técnica tem como principal objetivo verificar o grau e a natureza de associação

entre as variáveis.

Como vimos, a pesquisa possui os mais variados caminhos para atender

ao seu objetivo, é recheada de variáveis, de possibilidades, cabendo ao

pesquisador descobrir qual deles seguir.

Evidentemente que nossa pretensão não foi a de esgotar aqui todo o

conhecimento oferecido pela Metodologia Científica, tentamos, apenas, compilar

e organizar o que consideramos mais importante para aqueles se enveredarão

pelos caminhos da pesquisa.

E, na Era da Informação, não poderíamos deixar de falar das Tecnologias

de Informação e Comunicação (TIC) e sua utilização como ferramenta de

pesquisa.

5. O USO DAS TIC NA PESQUISA CIENTÍFICA

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51 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

Em apenas uma geração a humanidade vive transformações

equivalentes a muitos séculos. Pode-se afirmar que vive um momento histórico

especial, com uma presença generalizada dos meios eletrônicos de

comunicação e informação permitidos pelas novas Tecnologias de Informação e

comunicação (TIC): surgimento e evolução da Internet, da TV Interativa, dos

computadores de última geração e muito mais velozes, do avanço dos celulares

como verdadeiros minicomputadores, fazendo do desenvolvimento dessas

tecnologias algo quase que incontrolável.

A busca de um novo ou novos paradigmas é, portanto,

resultado da insuficiência constatada. Essa busca de novos

paradigmas por parte de inúmeros pensadores encontra

muitas denominações, tais como: nova era, era da

consciência, holismo, transdisciplinaridade, complexidade.

É a busca de um novo pensar (D‟AMBRÓSIO, 2003, p. 56).

Contemporaneamente, novos valores vão surgindo, colocando a

modernidade em seu limite histórico. Uma nova ciência começa a ser criada,

baseada em um outro logos, não mais operativo, mas que tem na globalidade,

na interatividade e na integridade seus focos e vetores mais fundamentais.

E é neste contexto que o sistema educacional encontra e tem razão de

ser dentro da perspectiva de seus processos metodológicos e se justificativa

levando em conta, em seus processos didático-pedagógicos, a natureza e as

especificidades deste mundo de comunicação e informação.

Porém, observa-se os novos recursos da comunicação e informação,

destacado aqui o vídeo e a TV, sendo incorporados a partir de uma perspectiva

instrumental, como apenas mais um recurso didático-pedagógico. Não se pode

pensar que a pura e simples incorporação destes recursos na educação seja

uma garantia, de que se está fazendo uma nova educação, uma nova escola,

para o futuro. Muito pelo contrário, vê-se que esta incorporação está se dando,

basicamente, como ferramentas instrumentais, com uma pura e simples

introdução de novos elementos considerados mais modernos como

computadores portáteis e projetores, porém, continuando as velhas práticas

educativas.

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52 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

Porém Moran afirma que, “ensinar com as novas mídias será uma

revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do

ensino, que mantêm distantes professores e alunos”. (2008, p. 29).

Atualmente, em meio ao crescimento e desenvolvimento exponencial

das TIC e a tentativa de sua absorção pela educação, faz-se necessário o estudo

desse fenômeno, suas conseqüências e sua expansão pelo mundo e, em

especial, no Brasil, por ser este um país de dimensões continentais e que convive

com uma histórica má distribuição de renda, geradora de desníveis de toda

ordem, tornando a Educação de qualidade um artigo de luxo, raro e caro, restrito

a um percentual mínimo da população mais abastada, haja vista que, as TIC já

estão sendo utilizadas por esta parcela da população brasileira. Em sendo,

Castells confirma o fato, advertindo que, “as elites aprendem fazendo e com isso

modificam as aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte das pessoas

aprende usando e, assim permanecendo dentro dos limites do pacote da

tecnologia”. (2007, p.55).

A EAD se expande naquele percentual da população do país excluída

do processo educativo tradicional e que, principalmente, reside longe dos

grandes centros. Sendo assim, a EAD apoiada pelas TIC, resulta em um

processo de inclusão social de dimensões ainda por desvendar, possibilitando

uma revolução na oferta de oportunidades.

Sobre essa oferta de oportunidades de acesso à Educação e também, à

Educação continuada, István Mészáros (2001), professor emérito da

Universidade de Sussex (Reino Unido), palestrante da 24ª Reunião anual de

pós-graduação da ANPED, afirmou e defendeu ser, a educação continuada, um

paradigma a ser perseguido nestes novos tempos de globalização e TIC no

ensino.

A esse respeito, Assmann (2005) afirma que,

os paradigmas não existem apenas para explicar o mundo,

mas para organizá-lo mediante o uso do poder [...] Além de

humanamente necessários, historicamente relativos e

naturalmente seletivos, os paradigmas tendem a

territorializar-se. (p. 92-93).

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53 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

Ainda, naquele discurso Mészáros ressalta que: "Não podemos confinar

a educação a um número determinado de horas ou de anos de estudo. A

educação é a transformação das pessoas ao longo da vida". Mais adiante, ele

diz considerar essencial a participação ativa do docente no processo de

atualização do ensino. "O próprio educador precisa ser educado", afirma,

defendendo a educação pública de qualidade como solução para os problemas

do ensino. "A maioria das pessoas depende disso no mundo, pois poucos podem

pagar pela escola". (MÉSZÁROS, 2001, s/p).

Primo, ressaltando este enfoque da ampliação do acesso à educação

daqueles outrora excluídos, afirma que:

É fundamental que, passada a névoa do deslumbre pela

nova tecnologia, discuta-se não apenas as ferramentas

que a informática oferece mas que se pense os métodos

e as práticas educacionais. A Web pode ser um suporte

tanto para cursos construtivistas quanto para treinamentos

comportamentalistas. De fato, as ferramentas disponíveis

para a construção de páginas para a Internet oferecem

recursos fantásticos para atividades dirigidas e testes de

múltipla escolha. Muitas das linguagens de programação

utilizadas para a implementação de sites e ambientes

automatizam processos que permitem maior controle dos

alunos pelo professor. (2008, s/p).

E ainda evidencia que,

tecnologias como essas entusiasmam um grande número

de professores, porém atualizam com novos matizes

práticas fundamentadas no behaviorismo. (...) Travestidos

pelo slogan da interatividade, treinamentos por atividades

dirigidas deslumbram alunos e professores que se

satisfazem em apontar e clicar páginas rigidamente

determinadas. (...) De outra forma, a prática de ensino à

distância que pode de fato ser revolucionária é justamente

aquela que diminui as distâncias através da interação.

(PRIMO, 2008, s/p).

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54 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

Pode-se perceber, então, que a interatividade proposta pelas TIC,

mesmo que de forma distorcida ou diferenciada do conceito de Primo, torna o

aluno mais interessado nessa ferramenta por sentir-se sujeito do processo que

ganhou impulso com o advento da telemática na década de 1980, consolidando-

se ao final da década posterior, devido à disseminação e popularização da

Internet.

Outro autor que discute essa questão da interatividade é Lévy. Ele

admite que,

o termo “interatividade” em geral ressalta a participação

ativa do beneficiário de uma transação de informação. De

fato, seria mostrar que o receptor de informação, a menos

que esteja morto, nunca é passivo. Mesmo sentado na

frente de uma televisão sem controle remoto, o destinatário

decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema

nervoso de muitas maneiras, e sempre de forma diferente

de seu vizinho (2006, p. 79).

O posicionamento desse autor corrobora com a nossa afirmação de que

somente a possibilidade de interação já estimula o aluno a interagir com o

conteúdo disponibilizado, proporcionando a construção do conhecimento.

Porém, Belloni (2005) vê diferentes significados para a interatividade. Segundo

ela,

De um lado a potencialidade técnica oferecida por

determinado meio (por exemplo CD-ROM de consulta,

hipertextos em geral, ou jogos informatizados), e, de outro,

a atividade humana, do usuário, de agir sobre a máquina e

de receber em troca uma 'retroação' da máquina sobre ele.

(2001, p. 58).

De qualquer forma, os resultados dessa utilização são benéficos para o

que de fato se espera, a saber, o ensino e o aprendizado do aluno, com

qualidade e eficiência.

Para Paulo Freire, o “saber ensinar não é transferir conhecimento, mas

criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (2006,

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55 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

p.49). Sendo assim, a EAD surge como uma modalidade que permite o

cumprimento dessa função de ensinar a todos, para além da sala de aula regular.

Esse fato possibilita a autonomia daqueles indivíduos que, até o advento da

expansão dessa modalidade, seriam excluídos desse processo e,

consequentemente, permaneceriam excluídos da sociedade e de seus

benefícios.

Porém, Lopes e Carrão (2009) advertem que os desafios são muitos e

as soluções para otimizar e atender a esses fatores convergem, cada vez mais,

para a premissa de se ter “uma gestão profissional com foco na excelência

acadêmica e organizacional”, na ótica de Polak, Munhoz e Duarte, (2008, p. 06).

Nessa perspectiva da EAD, a utilização das TIC perpassa pelo uso, até

mesmo, de forma obrigatória (vide normas de formatação e estrutura da ABNT),

de todas as ferramentas que elas oferecem, em especial o computador e a

Internet.

Nesse sentido, autores como José Manoel Moran (2011, in,

http://www.usp.br) e Eduardo Galhardo (2011, in,

http://www.assis.unesp.br/egalhard/PesqInt1.htm), oferecem diversas

orientações de como utilizar esses mecanismos, principalmente a Internet, para

a realização de pesquisas de toda ordem, que, no nosso caso, trata-se,

especificamente da pesquisa bibliográfica ou revisional.

A seguir, demonstraremos estas informações e orientações, porém,

outras podem ser obtidas na mesma rede mundial de computadores (a Internet

ou net).

5.1-Pesquisando na Internet

Diversos sites e autores consideram dois aspectos na utilização da

Internet como ferramenta associada à Pesquisa:

• a busca de documentos (páginas, figuras, textos e animações), ou seja,

como encontrar os endereços nessa grande Rede;

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• a utilização dos recursos institucionais disponíveis online para revisão

bibliográfica, ou seja, quais os endereços e principais fontes para a

pesquisa bibliográfica.

5.1.1-Buscando documentos na Internet

Quase a totalidade das Universidades, em todo o mundo, estão

conectadas à Internet e disponibilizam muito material através de suas páginas

institucionais, o mesmo ocorrendo com Institutos de Pesquisa, Organizações

Não-Governamentais etc.....

Portanto, podemos aproveitarmos esses recursos e, para tanto, devemos

utilizar ferramentas e métodos especiais de busca pois, a questão principal é:

como obter os endereços de páginas que contenham o assunto (referenciado,

atualizado) que procuramos?

Para localizar tais informações sobre temas específicos, ou para obter os

endereços de universidades, bibliotecas, enciclopédias, centros de pesquisa e

outros, devemos usar os serviços de busca.

Inicialmente foram sendo disponibilizados endereços de páginas, com um

sistema de busca em seus bancos de dados, contendo informações sobre

endereços e conteúdos de páginas. Este tipo de serviço é disponibilizado nos

endereços ou páginas de Busca, como por exemplo:

• Cadê (http://www.cade.com.br)

• Bookmarks (http://www.bookmarks.com.br)

• RadarUOL (http://www.radaruol.com.br)

• Surf (http://www.surf.com.br)

• Zeek! (http://www.zeek.com.br)

• AltaVista (http://www.altavista.com)

• Yahoo (http://www.yahoo.com)

• Lycos (http://www.lycos.com)

• Infoseek (http://www.infoseek.com)

• HotBot (http://www.hotbot.com)

• WebCrawler (http://www.webcrawler.com)

• Excite (http://www.excite.com)

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• AOLNetFind (http://www.aolnetfind.com)

Devemos gravar os endereços de busca nos favoritos e ao pesquisarmos

um tema devemos utilizar os vários serviços de busca. Essas buscas devem ser

estendidas a todos os recursos da Internet inclusive Newsgroups e Web, que

podem fornecer emails de pesquisadores da área procurada.

Como indicação, Galhardo (2011) considera o Altavista como um dos

melhores serviços de busca da rede, além de ter um dos maiores bancos de

dados.

Entre os principais recursos deste site, temos:

a) A página principal com as opções de busca: (1) simples; (2) avançada; (3) de

imagens;

(4) de arquivos de som; (5) de vídeos e; (6) através de diretórios da Web (por

assuntos).

b) A página com o sistema de ajuda

http://doc.altavista.com/help/search/adv_help.shtml, permite a você verificar os

dados relacionados a este site de busca e aprender as diferenças entre os

diversos sistemas de busca existentes no alta vista.

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c) A página com o tutorial sobre o modo avançado de busca

http://doc.altavista.com/adv_search/ast_i_index.shtml, permite que você

aprenda a utilizar expressões Booleanas (termo derivado da álgebra de Boole

(matemático e lógico nascido na Inglaterra no sec. XIX), que envolve a aplicação

das operações da teoria dos conjuntos e da lógica a dois ou mais conjuntos e

proposições).

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d) A página com o diretório "SCIENCE" http://dir.altavista.com/Science.shtml,

proporciona a você um campo de inserção de palavras-chave dentro do grupo

escolhido e os tópicos.

Por exemplo, vamos realizar a busca de documentos em Inglês no período

de 31/12/99 a 13/04/00 que contenham as palavras Human, Genetics e

Behavior, cabe aqui inserir uma tabela do Tutorial de busca avançada sobre as

expressões lógicas:

Finds documents containing all of the specified

words or phrases. Peanut AND butter finds

documents with both the word peanut and the word

butter.

Finds documents containing at least one of the

specified words or phrases. Peanut OR butter finds

documents containing either peanut or butter. The

found documents could contain both items, but not

necessarily.

Excludes documents containing the specified word

or phrase. Peanut AND NOT butter finds documents

with peanut but not containing butter. NOT must be

used with another operator, like AND. AltaVista does

not accept 'peanut NOT butter'; instead, specify

peanut AND NOT butter.

OR

AND

AND NOT

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NEAR

Finds documents containing both specified words

or phrases within 10 words of each other. Peanut

NEAR butter would find documents with peanut

butter, but probably not any other kind of butter.

( )

Use parentheses to group complex Boolean

phrases. For example, (peanut AND butter) AND

(jelly OR jam) finds documents with the words

'peanut butter and jelly' or 'peanut butter and jam' or

both.

anchor:text

Finds pages that contain the specified word or

phrase in the text of a hyperlink. anchor:"Click here

to visit garden.com" would find pages with "Click

here to visit garden.com" as a link.

applet:class

Finds pages that contain a specified Java applet.

Use applet:morph to find pages using applets called

morph.

domain:domainname

Finds pages within the specified domain. Use

domain:uk to find pages from the United Kingdom,

or use domain:com to find pages from commercial

sites.

host:hostname

Finds pages on a specific computer. The search

host:www.shopping.com would find pages on the

Shopping.com computer, and

host:dilbert.unitedmedia.com would find pages on

the computer called dilbert at unitedmedia.com.

image:filename

Finds pages with images having a specific filename.

Use image:beaches to find pages with images called

beaches.

link:URLtext

Finds pages with a link to a page with the specified

URL text. Use link:www.myway.com to find all pages

linking to myway.com.

text:text

Finds pages that contain the specified text in any

part of the page other than an image tag, link, or

URL. The search text:graduation would find all

pages with the term graduation in them.

title:text

Finds pages that contain the specified word or

phrase in the page title (which appears in the title

bar of most browsers). The search title:sunset would

find pages with sunset in the title.

url:text Finds pages with a specific word or phrase in the

URL. Use url:myway.com to find all pages on all

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servers that have the word myway in the host name,

path, or filename--the complete URL, in other words.

Esta é a página de solicitação de busca.

Esta busca obteve 1484 páginas que contêm as três palavras (uma dica:

para não ter que ir clicando em um resultado e depois voltar para a página de

busca, escolher outra visitar e voltar, clique com o outro botão do mouse sobre

o link desejado e opte por abri-lo em uma nova janela, com isso você poderá

abrir vários resultados ao mesmo tempo). Veja na figura abaixo que também é

possível acionar uma tradução (TRANSLATE) de uma referida página.

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Na figura abaixo está o quadro de Tradução, você pode também utilizá-lo

em outros endereços da Internet ou até copiar e colar um texto, escolher o Idioma

e traduzi-lo.

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Na figura abaixo está a página principal do site de busca Cadê, que

também apresenta uma boa estrutura de pesquisas

(http://www.cade.com.br/info.htm).

Dados obtidos na página

(http://www.twics.com/~takakuwa/search/searc2.html) indicam cerca de 1.005

sistemas de busca. Conforme, galhardo (2011), os apresentados acima podem

ser considerados os principais, porém a melhor forma de realizar pesquisas na

Internet é através de sistemas de meta busca, ou seja, um sistema que procura

suas palavras-chave em vários sistemas de busca ao mesmo tempo. Na página

http://www.amdahl.com/internet/meta-index.html podemos verificar a lista de

sites de Busca existentes. Faça algumas pesquisas utilizando esse site.

Sistema Miner (http://miner.bol.com.br/uol.html)

O sistema miner tem um portal de acesso a vários tipos de metabusca

(veja figura abaixo), das quais destacamos o de documentos, o de livros (muito

útil para economizar, analisando o preço de um determinado livro em várias

livrarias) e o de software.

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Após clicar no link METAMINER mostrado na figura anterior, aparecerá o

formulário de busca (figura abaixo) onde é possível utilizar as palavras-chave do

assunto que se procura e escolher entre as opções oferecidas (qualquer palavra,

todas as palavras, ou Esta frase), e também quais serviços de busca serão

acionados.

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65 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

Navegando pelo site, chega-se à página dos resultados da busca, onde

são apresentadas a quantidade de respostas de cada sistema verificado e, a

seguir a lista dos resultados dispostos em grupos de 10. No final da página tem

um índice de páginas de resultados. Este sistema foi lançado ela UFMG e, de

início, apresentava todos os resultados da busca em uma única página, sem

propagandas. Hoje, o mesmo afiliou-se ao Brasil online (Grupo Abril) e, por conta

disso, deixou de ser eficiente, tornando-se demorado (devido às propagandas,

na opinião de GALHARDO, 2011).

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Existem, também, softwares que são instalados em nossos computadores

e estes realizam a denominada metabusca de documentos.

O mais simples e fácil de ser instalado e que apresenta bons resultados é

o WebFerret (que pode ser obtido gratuitamente no site

(http://www.ferretsoft.com/netferret/index.html).

Outro software de busca é o BullsEye (http://www.intelliseek.com) nele, há

um tutorial de uso do sistema que pode ser acessado na página principal

O software é pequeno, porém após executá-lo você deve conectar-se a

Internet para que complete a instalação dos diversos pacotes (cerca de 9 MB) e

após a instalação disponibiliza um atalho na área de trabalho do windows e na

barra de menus do navegador (Internet Explorer por exemplo). Abaixo está a

figura com o resultado de uma busca realizada pelo BullsEye:

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Temos também, o Copernic 2000. O arquivo de download tem 2,4 Mb e

pode ser obtido em (http://www.copernic.com/download/index.html).

Abaixo está a figura com o resultado de três buscas, repare nas

categorias de Busca: The Web; Grupos de Discussão (Newsgroups); Endereços

de E-mail; Compra de Livros; de Hardware e Software. Veja também os recursos

disponibilizados na barra de menus e de atalhos.

Não deixe de visitar o endereço http://www.copernic.com/quicktour para

fazer um tour rápido sobre os recursos do Copernic 2000. Cabe ressaltar que o

Copernic 2000 é muito mais que um software de busca avançada na rede, pois

possui browser associado e se acionar o botão Browse, ele cria uma

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PÁGINA com os endereços e resumos de conteúdo com uma série de botões

bastante eficientes na análise destes documentos da Internet.

Além destes, existe o Google. Mas, esse, todos conhecem e não vemos

necessidade de falar sobre ele.

A única referência necessária, é que se utilize o Google acadêmico. Para

tanto, entre no site. Na página principal, clique em mais, no menu e, logo em

seguida clique em muito mais.

Uma página se abrirá e nela, o primeiro link à esquerda será o Google

acadêmico. Entre, digite a palavra-chave ou frase e navegue.

5.2-Pesquisa Bibliográfica ou Revisão de Literatura

O Instituto IB/FACEL sugere que você confeccione uma TCC onde a

abordagem seja bibliografia, para tanto, oferecemos algumas ferramentas de

apoio a essa construção.

Também pode ser denominada de “referencial teórico”, “fundamentação

teórica” ou “quadro teórico de referência” é a parte em que se explicitam a(s)

teoria(s) que embasa(m) a pesquisa. Consiste, pois na explicitação das teorias

e conceitos que ajudarão na compreensão do objeto da pesquisa em questão.

No caso do Artigo que deve ser apresentado como TCC para obtenção do título

de Especialista, para o referido Instituto, far-se-á, somente a revisão.

A revisão bibliográfica não significa elencar resenhas ou sínteses de

obras, mas na elaboração de um texto pelo aluno, no qual se articulam as

proposições teóricas das fontes de referência. Para tanto, escolha um tema de

sua preferência, desde que privilegie a sua área do conhecimento em questão e

faça a pesquisa bibliográfica.

A pesquisa ou revisão bibliográfica, na visão de Luna (1998), visa

determinar o “estado da arte” do campo do conhecimento. Ou seja, é realizada

para compreender e descrever o estado atual do conhecimento produzido em

uma área de pesquisa ou tema. Pode também ser feita para situar o problema

dentro de um quadro de referência teórico ou com o objetivo de fazer a revisão

da pesquisa empírica – principalmente dos aspectos metodológicos - sobre o

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tema em questão, ou ainda para elaborar uma revisão sobre a evolução histórica

dos conceitos sobre uma determinada teoria.

Portanto, a opção por uma linha de revisão bibliográfica depende do tipo

de pesquisa que está sendo feita e do problema em questão.

Nesse sentido, a escolha do seu tema deverá atender a esse pré-

requisito.

Ainda conforme Luna (1998, p.80-85), este modelo de pesquisa pode ter

a finalidade de descrever o estado atual de uma dada área de pesquisa;

circunscrever um dado problema dentro de um quadro de referência teórico;

explicar como um problema em questão vem sendo pesquisado empiricamente

- especialmente sob o ponto de vista metodológico - e/ou recuperar a evolução

de um conceito, uma área ou um tema inserindo essa evolução dentro das

teorias.

Em suma, a revisão bibliográfica é o estudo do que já foi escrito sobre o

assunto e sobre o arcabouço teórico que fundamenta a realização da pesquisa.

Como diz Castro (1977, p. 69), o curso de pós-graduação pressupõe a

realização de um “esforço de análise e síntese, isto é, entender o legado do

conhecimento e, em seguida, elaborar sobre ele, trabalhar de maneira original e

inovadora esta herança”.

É nesta perspectiva que se coloca a revisão da literatura: entender e

explicitar o legado do conhecimento disponível, para depois elaborar uma

contribuição nova.

Nesse sentido, a Internet disponibiliza uma série de opções de sites que

facilitam as revisões bibliográficas, fundamentais para o desenvolvimento da

Pesquisa Básica.

No endereço www.cgb.unesp.br estão disponíveis links para diversos

Abstracts, agrupados em três categorias: as bases de dados Compendex;

Current Contents e as bases da SilverPlatter por intermédio do ERL (Electronic

Reference Library).

O acesso online a bases de dados proporciona maior rapidez nas

pesquisas, maior atualização e abrangência nas informações.

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Na figura a seguir, onde está representada a página de Links do site da

Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP (CGB), estão listados recursos

indispensáveis para a pesquisa bibliográfica e revisional. Entre as referidas

opções, veremos com maior detalhe o SciELO.

5.2.1-como utilizar o Scielo

Para a confecção de um Artigo Científico de revisão, requisito para a

obtenção do seu certificado de pós-graduação lato sensu, pelo Instituto

IBE/FACEL, parte-se da escolha do tema, seguida de uma pesquisa.

Essa pesquisa se dá a partir de autores da área e suas mais recentes

publicações sobre o tema escolhido. Para tanto, faz-se uma busca por artigos

científicos da área, em sites especializados, para a sua redação, não havendo a

necessidade de leitura de obras extensas e não atuais. O suporte bibliográfico

se faz necessário porque toda informação fornecida no Artigo deverá ser retirada

de outras obras já publicadas anteriormente.

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Lembre-se, porém, que os artigos, dissertações, monografias, livros e

teses que devem ser consultados, deverão ter sido publicados em revistas

científicas. Sendo assim, as consultas em revistas de ampla circulação

(compradas em bancas) não são permitidas, mesmo se ela estiver relatando

resultados de estudos publicados como artigos científicos sobre aquele assunto.

Revistas como: Veja, Isto é, Época, etc., são meios de comunicação jornalísticos

e não científicos.

O material científico é publicado em revistas que circulam apenas no meio

acadêmico (Instituições de Ensino Superior). Essas revistas são denominadas:

periódicos. Cada periódico têm sua circulação própria, isto é, alguns são

publicados impressos mensalmente, outros trimestralmente e assim por diante.

Alguns periódicos também podem ser encontrados facilmente na Internet e os

artigos neles contidos estão disponíveis para consulta e/ou download.

Os principais sites de buscas por esse material são, entre outros:

Scielo: www.scielo.org

Periódicos Capes: www.periodicos.capes.gov.br

Bireme: www.bireme.br

PubMed: www.pubmed.com.br

A seguir, temos um exemplo de busca por artigos no site do SciELO.

Lembrando que em todos os sites, embora eles sejam diferentes, o método de

busca não difere muito. Deve-se ter em mente o assunto e as palavras-chave

que o levarão à procura pelo referencial teórico do seu trabalho.

Para tanto, siga os passos descritos a seguir:

Para iniciar sua pesquisa, digite o site do SciELO no campo endereço da

internet e, depois de aberta a página, observe os principais pontos de pesquisa:

por artigos; por periódicos e periódicos por assunto (marcações em círculo).

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Ao optar pela pesquisa por artigos, no campo método (indicado abaixo),

escolha se a busca será feita por palavra-chave, por palavras próximas à forma

que você escreveu, pelo site Google Acadêmico ou por relevância das palavras.

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Em seguida, deve-se escolher onde será feita a procura e quais as

palavras-chave deverão ser procuradas, de acordo com assunto do seu TCC

(não utilizar “e”, “ou”, “de”, “a”, pois ele procurará por estas palavras também).

Clicar em pesquisar.

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Lembre-se de que as palavras-chave dirigirão a pesquisa, portanto,

escolha-as com atenção. Várias podem ser testadas. Quanto mais próximas ao

tema escolhido, mais refinada será sua busca. Por exemplo, se o tema escolhido

for relacionado à degradação ambiental na cidade de Ipatinga, as palavras-chave

poderiam ser: degradação; ambiental; Minas Gerais. Ou algo mais detalhado. Se

nada aparecer, tente outras palavras.

Em seguida, abrir-se-á uma nova página com os resultados da pesquisa

para aquelas palavras que você forneceu. Observe o número de referências às

palavras fornecidas e o número de páginas em que elas se encontram (indicado

abaixo).

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Em seguida, você encontrará a lista com os títulos dos artigos

encontrados, onde constam: nome dos autores (Sobrenome, nome), título, nome

do periódico, ano de publicação, volume, número, páginas e número de

indexação. Logo abaixo, têm-se as opções de visualização do resumo do artigo

em português/inglês e do artigo na íntegra, em português.

Avalie os títulos e leia o resumo primeiro, para ver se vale à pena ler todo

o artigo.

Ao abrir o resumo, tem-se o nome dos autores bem evidente, no início da

página (indicado abaixo). No final, tem-se, ainda, a opção de obter o arquivo do

artigo em PDF, que é um tipo de arquivo compactado e, por isso, mais leve.

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5.2.2-Busca por um Título já definifo

Caso queira, você pode fazer download e salvá-lo em seu computador.

Caso você já possua a referência de um artigo e quer achá-lo em um

periódico, deve-se procurar na lista de periódicos, digitando-se o nome ou

procurando na lista, por ordem alfabética ou assunto. Em seguida, é só procurar

pelo autor, ano de publicação, volume e/ou número.

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É preciso ressaltar que você deve apenas consultar as bases de dados

e os artigos, sendo proibida a cópia de trechos, sem a devida indicação do nome

do autor do texto original (ver na apostila tipos de citação) e/ou o texto na íntegra.

Tais atitudes podem ser facilmente verificadas por nossos sistemas de busca de

plágios, o que acarretará a recusa do seu TCC, bem como, as possíveis punições

educacionais. Portanto, evite o plágio. Como? Veja a seguir.

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6. O PLÁGIO E COMO EVITÁ-LO

De acordo com o dicionário Aurélio (2008), plágio, é "assinar ou

apresentar como sua, obra artística ou científica de outrem". Etmologicamente,

a origem da palavra serve como ilustradora cabal desse conceito que ela

carrega, posto que, vem do grego (através do latim) 'plagios', cujo significado

seria 'obliquo‟, 'trapaceiro'.

Não obstante, não é apenas esse conceito que a palavra transporta.

Pode-se dizer em uma versão moderna que, plagiar é uma atitude de quem não

acredita em seu potencial, tampouco pretende contribuir para a sua própria

formação acadêmica e profissional, posto que, perde a oportunidade de

enriquecer seu conhecimento e seu currículo. Isso demonstra a total

incompetência e incapacidade de fazer a sua própria obra. Nesse sentido, cabe

aqui um acréscimo, haja vista, que o plágio revela desonestidade intelectual por

ser ilegal, mesmo quando autorizado.

Sendo assim, mesmo quando não vai parar nos tribunais, plagiar é uma

atitude condenável. Mas, parece que isso não é evidente para todos, haja vista

a sua incidência recorrente.

Outras definições são encontradas no Merriam-Webster Online Dictionary,

onde plagiar é: roubar e repassar (as idéias ou palavras de outro) como suas;

usar (a produção de outro) sem creditar a fonte; cometer roubo literário;

apresentar como nova e original uma idéia ou produto derivada de uma fonte

existente (2009).

Portanto, podemos considerar que plagiar, é:

➢ Não informar a fonte de uma citação;

➢ Não colocar a citação entre aspas, quando menores que 4 linhas;

➢ Assinar trabalho de outra pessoa como se fosse seu;

➢ Não dar crédito a quem de direito ao copiar as palavras ou idéias de

alguém;

➢ Copiar a estrutura da sentença (frase), mudando as palavras, sem dar

crédito ao autor original;

➢ Fazer um ajuntamento de parágrafos de diversas autorias, criando um

outro texto e assinando como texto original, tendo créditos ou não;

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➢ Apresentar como seu um trabalho que contem tantas palavras ou idéias

de uma fonte que se torne a maior parte desse trabalho, dando crédito ou

não.

Porém, temos casos clássicos de plágios denominados:

✓ o plágio direto, quando se copia de uma fonte integral, palavra por palavra

não indicando que é uma citação e sem fazer nenhuma referência ao autor;

✓ o empréstimo, quando se toma emprestado o trabalho de outro estudante,

sem a devida indicação do verdadeiro autor, tornando-se um plágio direto;

✓ o mosaico, quando se utiliza um texto do outra autoria, mudando algumas

palavras dos parágrafos originais, podendo ser classificados como

paráfrases, portanto, sem apontar o autor original e sem dar-lhe os devidos

créditos;

✓ a bricolagem, quando se utiliza de vários trechos de diversos textos de

autores diferentes, fazendo-se uma „costura‟ deste trechos, criando-se

assim, um outro texto composto de partes destes.

6.1- o plágio e a Internet

Como vimos na Unidade anterior, a Internet é uma excelente ferramenta

de pesquisa. Porém, o seu uso indevido, torna-se uma arma criminosa, quando

se lança mão do copia e cola.

No entanto, esta não devia ser a forma mais usual de se utilizar dessa

ferramenta, que sem sombra de dúvidas, facilita a pesquisa acadêmica quando

se faz o uso correto da mesma: como uma grande biblioteca. Nela há uma fonte

quase inesgotável de pesquisas para a elaboração de trabalhos científicos, o que

traz grandes vantagens, tais como: a facilidade e rapidez de acesso a conteúdos

especializados, os espaços de comunicação e interação que permitem

discussões sobre diversos assuntos, etc.; porem, alguns problemas vem junto,

tais como: falta de objetivos definidos para a pesquisa; sobrecarga de

informação; facilidade de dispersão; ausência de análise crítica

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dos conteúdos acessados; confusão em relação à propriedade intelectual;

cópias; plágio.

O principal benefício obtido com a publicação dos resultados de uma

pesquisa - e, sem dúvida, mais honroso e louvável - é o progresso da ciência.

Ela é construída passo-a-passo, sendo cada passo alicerçado e impulsionado

pelas pesquisas de outros.

As vantagens para o autor passam pelo reconhecimento de seu esforço

intelectual, estabelecimento e sedimentação de sua reputação de pesquisador

por meio de acreditação pública, garantia de continuidade de seus projetos,

prestígio e obtenção de posições acadêmicas hierarquicamente superiores.

O não cumprimento dos critérios de redação própria fere um dos princípios

básicos da ciência que é a transparência, colocando em jogo toda a credibilidade

da pesquisa. Segundo Huth (1986, p. 104), "o abuso na autoria raramente

interfere com a eficiência da ciência ou reduz suas fontes, porém, corrói a ética

e a honestidade".

É possível admitir que alguns alunos plagiam devido a falta de orientações

quanto à redação, tendo, portanto, dificuldade de redigir textos coerentes e

corretos do ponto de vista da língua e da gramática. Sendo assim, recorrem ao

uso de cópias de outros autores, de forma completa ou em partes. Outros até

tiveram orientações satisfatórias e uma boa base em redação, contudo, por

outros motivos como falta de tempo e a comodidade oferecida pela Internet,

recorrem ao expediente do plágio.

No entanto, para realizar um trabalho acadêmico é essencial que se utilize

da Metodologia Científica oferecida nesta apostila que, conforme Bravos, “prima-

se por iniciar os jovens no trabalho científico reflexivo, ordenado e crítico,

familiarizando-os, ao mesmo tempo, com as técnicas do trabalho intelectual e da

preparação de relatórios científicos”. (BRAVOS, 2006. p 6).

Para piorar o quadro de desonestidade acadêmica, pode-se, constatar,

em uma rápida pesquisa na Internet, a infinidade de sites que oferecem trabalhos

acadêmicos prontos, que fica difícil resistir à tentação.

Portanto, se pegar trabalhos na Internet é tão fácil e barato, por que não

o fazer? Por diversos motivos, entre eles:

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1. Aprendizado: com a utilização da cópia e do uso do plágio os alunos não

terão a oportunidade de pesquisar e de construir o conhecimento esperado;

2. Integridade: com as facilidades proporcionadas pela Internet, a ética é

testada a todo o momento;

3. Ética: plagiar é roubar e, em sendo, deve-se refutar essa atitude através de

ações que inibam o ato;

4. Expulsão: grande parte das instituições de ensino expulsa alunos e

professores que acorrem nesse crime;

5. Facilidade de se descobrir e provar um plágio pela mesma ferramenta,

muitas vezes utilizada para fazê-lo: a Internet;

6. Atestado de incompetência e fracasso: se ao invés de aprender a pensar por

conta própria e a expressar suas próprias ideias claramente por escrito você

meramente aprender a achar coisas na Internet e modificá-las para seu

próprio uso, isso provavelmente será tudo o que você aprenderá;

7. Prejuízo financeiro: ao ser descoberto e punido perde-se o tempo e o

dinheiro investido nessa empreitada;

8. Reprovação: a maior parte das instituições de ensino puni com a reprovação

aos estudantes que plagiam;

9. Qualidade: ao copiar você coloca em xeque a perspectiva de que a qualidade

do seu trabalho possa se limitar à qualidade do que está na Internet;

10. Punição: plagiar é crime passível de punição e diversos sites tem ouvidoria

e sistemas para detectar e punir crimes dessa natureza, sendo que qualquer

cidadão poderá denunciar esta prática. Veja:

No Código Penal, no artigo 184, o plágio configura o crime de violação

dos direitos do autor. O plagiário pode ser condenado a pena de detenção de

três meses a um ano, ou multa. Caso a violação consista “em reprodução total

ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo,

de obra intelectual, (...) sem autorização expressa do autor, (...) ou de quem os

represente”, a pena será de “dois a quatro anos de reclusão, e multa”.

Na lei de direitos autorais (9.610/1998), que regulamenta a matéria, é

estabelecido que “ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio

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público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do

autor” (artigo 33). No artigo 7 da mesma lei são definidas as obras intelectuais

protegidas pela lei (os textos de obras literárias, artísticas ou científicas, obras

dramáticas, composições musicais etc.) e no artigo 22 diz que os direitos morais

e patrimoniais sobre a obra criada pertencem ao autor.

No livro “O que você precisa saber sobre direitos autorais” de Henrique

Gandelman (2004), direito autoral “é a proteção jurídica das formas de expressão

originais e criativas, tanto de idéias como de conhecimento e sentimentos

humanos” (p. 24).

E, em tempos de globalização, além das normas internas, o país passou

a fazer parte de cinco tratados internacionais que garantem e protegem a

propriedade intelectual: Convenção Universal; Convenção de Genebra;

Convenção de Berna; e Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade

Intelectual relacionados ao Comércio (TRIP).

Diante de todas essas questões legais, faz-se urgente evitar o plágio.

Mas como?

6.2-Evitando o plágio

É possível evitar o plágio, para tanto, faça sempre uma síntese do que

você leu, conhecida como Leitura Sintópica, pois, sua originalidade resultará

dessa síntese da bibliografia consultada.

Além disso, quando precisar consultar outras fontes bibliográficas, dê a

si próprio tempo suficiente para digerir a pesquisa. Se você está trabalhando

diretamente do livro fonte, você pode começar a fazer um plágio mosaico. Se

você escrever uma primeira versão sem usar o material da fonte, e, então,

consultar novamente a fonte e incorporar as citações que você precisa e indicar

seus empréstimos, você poderá perceber que produziu um texto mais original. A

originalidade resulta da síntese do que você leu.

Algumas ferramentas podem ser utilizadas para que não se cometam

pequenos plágios não intencionais, tais como:

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83 WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521

a) Ficha literária: sempre que você ler algum livro, artigo ou quaisquer outros

documentos, anote os dados necessários para as devidas referências (Autor.

Título. Edição. Local: editora, ano);

b) Anotações: tome notas cuidadosamente durante a pesquisa, incluindo

referências bibliográficas completas. Isso irá assegurar que você possa

facilmente fazer referência à fonte quando estiver preparando a versão final.

c) Parênteses: transforme num hábito colocar entre parêntesis referências para

todas as fontes de onde você fez empréstimos em cada versão que você

escreve. Isso irá lhe poupar tempo porque você não terá que revisitar os textos

referidos quando estiver preparando a versão final.

d) Tempo: reserve um tempo hábil e necessário para pesquisar, escrever e

revisar o seu trabalho. Inicie a pesquisa suficientemente cedo para determinar

se seu tópico é trabalhável. Estudantes que apresentam um trabalho sobre

um tópico diferente do proposto ou daquele sobre o qual fizeram trabalhos

preliminares são frequentemente suspeitos de plágio. Quando você não

consegue encontrar o material que precisa e não tem tempo suficiente para

começar um novo tópico, plagiar é uma grande tentação.

e) Confiança: acredite no seu potencial e trabalhe arduamente. Até mesmo os

melhores escritores, às vezes, não têm consciência de suas boas ideias e

acham que não têm nada a dizer quando na verdade seus escritos dizem

muito. Ideias originais resultam de se trabalhar estreitamente com ideias de

outros, não de flashes de inspiração;

f) Rotina: não se faz ciência sem uma rotina de trabalho e pesquisa;

g) Normas Técnicas: contar sempre com um guia de documentação (manual

do TCC) com as regras de como redigir referências bibliográficas;

h) Ajuda: no Instituto IBE/FACEL a professora, autora dessa apostila é a

responsável pela Metodologia Científica, mas, também, em auxiliá-lo na

feitura do seu trabalho, estando ao seu dispor, diariamente, via email ou

telefone. Procure-nos para as devidas orientações, sempre que precisar.

Outras dicas para não se cair em tentação podem ser encontradas no

livro de Umberto Eco (2007) “Como se faz uma tese em ciências humanas”.

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Nele o autor oferece ótimas dicas para não se copiar por erro ou ignorância

(excluindo a má-fé). Siga as recomendações desse livro onde o professor italiano

relaciona diversos exemplos bastante claros de uma “falsa paráfrase”, uma

“paráfrase honesta”, e uma “paráfrase textual que evite o plágio”.

Diante do exposto, a palavra mágica é ética. A Academia de Ciência não

precisaria se preocupar com o plágio se os profissionais cumprissem o código

de ética. De nada adianta incluir a Ética como disciplina dos currículos

acadêmicos, se os intelectuais e universitários são os primeiros a rasgá-la ao se

esconderem atrás de textos de outros autores.

Não fosse a Ética um valor tão escasso, a Internet poderia ser a grande

diferença de quem tem o privilégio de viver na Era da Informação: fonte quase

inesgotável de auxílio para facilitar, agilizar e melhorar a pesquisa no mundo

acadêmico.

Na faculdade, aprender a usar fontes bibliográficas é uma das coisas mais

importantes. Usando corretamente as fontes e indicando claramente seus

débitos para com essas fontes, seus escritos ganham clareza, autoridade e

precisão. Uma discussão com uma pessoa bem informada e atenta nos ajuda a

construir pensamentos coerentes e originais. Usar fontes bibliográficas num

texto é um meio de desenvolver tais discussões e produzir ciência de fato.

Escritores que plagiam deixam de ter respeito e de participar de uma

comunidade intelectual. Se eles são profissionais, terão a prática da sua

profissão barrada ou seu trabalho pode não ser levado a sério. Se eles são

estudantes, carregarão o peso e a culpa de ter plagiado, juntamente com um

rótulo de plagiador. Professores suspeitarão de seus trabalhos e não se disporão

a apoiá-los em seus esforços futuros e nem quererão trabalhar com eles.

Academicamente falando, plagiar é um dos maiores erros que alguém pode

fazer.

É necessário que se aprenda a expressar as suas ideias com a devida

clareza e honestidade, caso contrário, será preocupante a perspectiva de que a

qualidade e idoneidade do seu trabalho possa se limitar à qualidade e idoneidade

do que está na Internet.

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Porém, faz-se necessário todo o cuidado na elaboração de um texto

científico, conquanto existe um ponto onde uma ideia tomada emprestado de

alguém se torna, após longa reflexão, sua própria.

Sendo assim, uma vez que você seja escrupuloso na indicação do

material citado e dos empréstimos imediatos feitos em paráfrases, você não será

suspeito ou acusado de plágio.

Outrossim o Instituto IBE/FACEL dispõe de ferramentas que possibilitam

a realização de buscas e captura de possíveis cópias em seu trabalho, portanto,

não vale o risco.

E para esclarece ainda mais essa questão, segue uma lista de conceitos

necessários para o bom andamento do trabalho.

6.3-Conceitos

Bricolagem: ajuntamento de trechos, frases e parágrafos de diversas autorias,

formando um outro texto. Alguns autores consideram que este é um modelo de

pesquisa, porém, a comunidade científica refuta o mesmo e, caso o autor de

alguns desses trechos queira, poderá processar o escritor do mesmo por plágio.

Paráfrase: o autor do texto reescreve, com suas palavras, algo que sua fonte

disse. O objetivo de se parafrasear, ao invés de citar, é escrever ou reescrever

o assunto numa linguagem que o público leitor irá compreender ou identificar

mais facilmente. Por exemplo: artigos em revistas populares de ciência, tais

como, a Superinteressante, frequentemente parafraseiam artigos de periódicos

científicos. Essa é uma atividade intelectual importante, pois, demonstra que se

compreende aquilo que se leu e se é capaz de trabalhar com aquele material.

Conquanto, uma paráfrase deve ser, impreterivelmente, referenciada, posto que,

em não sendo, será um caso de plágio tanto quanto uma cópia integral sem

referência da fonte. Quando se diz algo com suas próprias palavras não quer

dizer que esse algo é seu.

Resumo: parecido com a paráfrase, o resumo de uma fonte é feito com as

próprias palavras de outrem, mas é de outra fonte, ou seja, obrigatoriamente

deve ser referendado, ou acorrerá em plágio.

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Referência vaga ou incorreta: deve-se indicar, claramente, onde um

empréstimo começa e termina. Para tanto, utiliza-se as aspas para destacar o

que é do autor e o que é da fonte. Algumas vezes, o escritor de um texto faz

referência a uma fonte uma vez, e o leitor presume que as sentenças anteriores

ou parágrafos tenham sido parafraseados quando na verdade a maior parte do

texto é uma paráfrase desta única fonte. O escritor do texto falhou na indicação

clara dos seus empréstimos às suas fontes. Paráfrases e resumos devem ter

seus limites indicados por referências (no começo com o nome do autor, no fim

com referência entre parêntesis). O escritor deve sempre indicar quando uma

paráfrase, resumo ou citação começa, termina ou é interrompida.

Citação: copiar, integralmente, ou seja, palavra por palavra, um texto, frase ou

palavra que alguém disse, escreveu ou criou. Em um texto, uma citação deve

ser indicada e ressaltada por aspas no início e no fim da citação ou, quando a

citação é longa, a mesma deve ser colocada em um parágrafo separado por dois

espaços antes e depois do texto principal, em fonte com tamanho menor e

recuado à direita 4,0 cm. A fonte da citação (autor, data e página) precisa, ainda,

ser referenciada, seja no próprio texto (em chamada anterior ou posterior a ela)

ou em nota de rodapé.

Referência: referendar é identificar a fonte de uma citação, paráfrase ou resumo.

A prática de referenciar em textos acadêmicos e profissionais requerem o nome

do autor, o título do livro ou periódico em que ele apareceu, a data da publicação

da obra e o número da página em nota de rodapé. Porém, os textos acadêmicos

e profissionais exigem uma referência completa, dentro do texto (autor, data e

página) e uma entrada bibliográfica em nota de rodapé ou completa numa lista

de Trabalhos Referenciados (Referências).

Plágio mosaico: esse é o tipo de plágio mais comum. O Escritor não faz uma

cópia da fonte diretamente, mas muda umas poucas palavras em cada sentença,

sem dar crédito ao autor original. Esses parágrafos ou sentenças não são

citações, mas estão tão próximas de sê-las que eles deveriam ter sido citados

ou, se eles foram modificados o bastante para serem classificados como

paráfrases, deveria ter sido feita a referência à fonte.

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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

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Plágio direto: copiar, integralmente, uma frase, parágrafo ou mesmo um

conceito, de uma fonte sem indicar que é uma citação e sem fazer referência ao

autor.

Tomar emprestado o trabalho de outros estudantes: este é um plágio direto

consentido. Não há nada de errado em se tomar informações ou recorrer a

ajuda de terceiros. O que não pode é não se produzir o próprio conhecimento.

Plágio integral: tomar de outro autor um texto completo e assiná-lo como

sendo de sua autoria.

Plágio parcial: tomar emprestado de outro autor, partes de um texto e incluí-

las em um texto seu, sem as devidas citações e referências.

7. DICAS PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO

Guardem algumas palavras de Marisa Costa (2002) úteis para jovens

pesquisadores:

1. Pesquisar é uma aventura, seja um bom detetive e esteja atento a suas intuições!

2. Achados e resultados de pesquisa são parciais e provisórios. Não tenha a

pretensão de contar a verdade total e definitiva.

3. Pesquisar é um processo de criação e não de mera constatação. A originalidade

da pesquisa está na originalidade do olhar.

4. O mundo não é de um único jeito. Desconfie de todos os discursos que se

pretendem representativos da “realidade objetiva”. A realidade assume as mais

diversas formas, tantas quantas nossos discursos sobre ela forem capazes de

compor.

5. O novo não é necessariamente melhor do que o velho. Não deixe o mito do

progresso perturbar sua pesquisa.

6. O mundo continua mudando. Não cristalize seu pensamento. Ponha suas ideias

em discussão, dialogue, critique, exponha-se.

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8. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS

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de Janeiro, 2002.

7. A neutralidade da pesquisa é uma quimera. Pergunte-se permanentemente a

quem interessa o que você está pesquisando.

8. Ciência e ética são indissociáveis. Lembre sempre de que não se pode fazer

qualquer coisa em nome da ciência.

9. Pesquisar é uma atividade que exige reflexão, rigor, método e ousadia. Lembre

sempre que nem toda a atividade intelectual é científica.

10. Pesquisar é uma tarefa social. Divulgue sua pesquisa e procure conhecer as

dos outros.

11. A verdade ou as verdades são deste mundo. Lembre-se sempre que a

humildade é uma virtude e não transforme seu saber em autoridade.

12. Os resultados de sua pesquisa são importantes. Seja um pesquisador

engajado.

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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

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SUMÁRIO

UNIDADE I - ORIENTAÇÃO DO TCC ................................................................ 3

UNIDADE II - PROJETO DE PESQUISA ........................................................ 11

UNIDADE III – COMO PESQUISAR NA INTERNET ................................ 23

UNIDADE IV - METODOLOGIA DO ARTIGO CIENTÍFICO ............................. 33

UNIDADE V - REGRAS PARA REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO....... 43

UNIDADE VI – DICAS PARA A LINGUAGEM DO ARTIGO ....................... 63

REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ........................................... 73

ANEXOS ........................................................................................................... 78

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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

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UNIDADE I - ORIENTAÇÃO DE TCC

Por que fazer um trabalho acadêmico? O que ele representa? Para que

ele me serve? Acreditamos que estes questionamentos tenham sido

esclarecidos no módulo 1 referente a apostila de Metodologia Científica, mas

vamos relembrar que, além de ser uma exigência em todos os cursos de

graduação e de pós-graduação, o objetivo do Trabalho de Conclusão de Curso

é levar o aluno a uma vivência, digamos, prática e também, uma maneira de

avaliar se ele adquiriu as noções básicas que envolvem um trabalho científico.

Assim, constitui-se finalidade deste material orientar os alunos na redação

e formatação do seu trabalho de conclusão de curso. Procuramos estabelecer

de forma sintética, os principais cuidados ao longo da redação do seu trabalho

científico.

Mas concordamos com Rizatto Nunes (2003) quando ressalta que a

elaboração de um trabalho monográfico de estudo e pesquisa, antes de ser uma

imposição legal, é uma opção didática. É uma das maneiras de ensinar e avaliar

um aluno, levá-lo a aprofundar seu conhecimento de uma determinada matéria

o que simultaneamente, permite-lhe, em uma tarefa isolada, aprofundar seu

aprendizado no assunto tratado.

Podemos dizer que é uma das formas mais modernas de avaliação,

porque é o próprio aluno que aprende trabalhando, sendo útil para demonstrar

que o dogma (professor ensina, aluno aprende) já não é mais aceitável. O

professor orienta, media, auxilia o aluno, mas é este que realiza seu aprendizado.

Na graduação existe a possibilidade, dependendo da área (Ciências

Humanas, Biológicas, Saúde, Exatas, dentre outras) da escolha por um artigo

científico, uma monografia ou mesmo um memorial. A partir da pós-graduação

temos a dissertação de mestrado ou a tese de doutorado.

Segundo a ABNT (2004, p. 32) a NBR 14.724 define:

• Dissertação como documento que representa o resultado de um trabalho

experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema

único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar

e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de

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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

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literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do

candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a

obtenção do titulo de mestre.

• Tese: Documento que representa o resultado de um trabalho experimental

ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve

ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real

contribuição para a especialização em questão. É feito sob a orientação de

um orientador (doutor) e visa a obtenção do titulo de doutor, ou similar.

• Trabalhos acadêmicos ou similares (trabalho de conclusão de curso –

TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI e outros): Documento

que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do

assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina,

módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve

ser feito sob a coordenação de um orientador.

De todo modo, o trabalho tem por objeto um único assunto ou tema e

regras a serem seguidas quando de sua redação, regras estas que veremos a

partir desse ponto.

Optamos pela redação de um artigo científico acreditando que para este

nível de especialização ele consegue abarcar todos os itens necessários desde

desenvolver um método de pesquisa até aplicar as normas e regras e ser

avaliado.

O artigo científico apresenta de maneira clara e concisa os resultados de

uma pesquisa e leva a vantagem de poder ser publicado em algum periódico

científico. Cada periódico possui as suas regras, portanto, se optar por publicá-

lo, é preciso observar atentamente essas regras, caso contrário ele não seria

aprovado. Eis aqui mais uma vez a importância de seguir as regras.

As normas existem para servirem de base ou medida para realização de

alguma coisa. É uma regra, um padrão, uma lei.

Há uma diferença básica entre norma e padrão:

Norma – é uma orientação expressa que deve ser acatada.

Padrão - é uma orientação expressa que pode ser acatada.

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O artigo científico é uma publicação com autoria declarada, que apresenta

e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas

do conhecimento (ABNT, NBR 6024, 2003). Ele é uma produção mais profunda

do que um ensaio e mais superficial do que uma monografia.

Normalmente é publicado em revistas ou periódicos especializados, com

normas editorais próprias, às quais o autor se submete. Possibilita ao leitor uma

rápida tomada sobre o assunto, abordando o resultado de uma pesquisa teórica

ou de campo.

Andrade e Lima (2007) colocam de maneira bem clara as razões para se

publicar um artigo:

• Divulgação científica - A publicação de um artigo científico ou técnico é

uma forma de transmitir à comunidade técnico-científica o conhecimento

de novas descobertas, e o desenvolvimento de novos materiais, técnicas

e métodos de análise nas diversas áreas da ciência.

• Aumentar o prestígio do autor - Pesquisadores com um grande volume

de publicações desfrutam do reconhecimento técnico dentro da

comunidade científica, alcançam melhores colocações no mercado de

trabalho, e divulgam o nome da instituição a qual estão vinculados.

• Apresentação do seu trabalho - Muitas instituições de ensino e/ou

pesquisa, e várias empresas comerciais frequentemente requerem que os

seus profissionais apresentem o progresso de seu trabalho e/ou estudo

através da publicação de artigos técnico-científicos.

• Aumentar o prestígio da sua instituição ou empresa - Instituições ou

empresas que publicam constantemente usufruem do reconhecimento

técnico de seu nome, o que ajuda a atrair maiores investimentos e ganhos

para esta organização.

• Se posicionar no mercado de trabalho - O conhecido ditado em inglês

“Publish or perish”, ou seja, “Publique ou pereça”, provavelmente nunca

foi tão relevante como nos dias de hoje. Redigir um artigo técnico lhe trará

uma boa experiência profissional, e contribuirá para enriquecer o

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seu currículo, aumentando assim suas chances de obter uma melhor

colocação no mercado de trabalho.

O artigo científico pode ser:

• Original ou de divulgação – apresenta temas ou abordagens originais,

podendo ser relatos de caso, ou análise de dados colhidos em pesquisa

de campo;

• Revisão – analisa e discute trabalhos já publicados, através de revisões

bibliográficas ou de revisão de literatura (BRASILEIRO e SANTOS, 2007,

p. 43).

O trabalho acadêmico implica em análise, reflexão crítica, síntese e

aprofundamento de ideias a partir da formulação de um problema. Sua

apresentação deve ser feita de forma adequada e estruturada de acordo com as

normas técnicas comuns. Nesse sentido, cada faculdade tem a liberdade de

padronizar suas produções e por isso, existe a disciplina Orientação de TCC. A

partir de uma compilação, ela facilita o acesso dos alunos às normas vigentes,

oferecendo exemplos práticos das várias formas de registro bibliográfico.

Lembre-se que este é um trabalho de conclusão de curso, portanto, será

avaliado em relação às regras de formatação, redação (coesão, coerência e

ortografia – já observando as novas regras ortográficas), se o assunto é

pertinente a sua área de especialização e se o artigo é um trabalho seu!

O que quer dizer o friso acima? Nem todas as pessoas conhecem uma

expressão que tem sido muito comentada na atualidade: PLÁGIO!

Segundo o dicionário Aurélio, plágio significa “Assinar ou apresentar como

seu (obra artística ou científica de outrem)”. A origem etimológica da palavra

ilustra o conceito que ela carrega: vem do grego (através do latim) plagios, que

significa trapaceiro (...) (FERREIRA, 2004).

Pois bem, plágio nada mais é do que pegar uma obra de outro autor e

assiná-la como se fosse sua. Esta situação tem acontecido corriqueiramente. As

pessoas copiam trechos de trabalhos de outras pessoas, não colocam o nome

do autor e pronto, ai está um plágio. É uma situação que precisa de atenção,

primeiro porque o artigo deve nascer de um questionamento pessoal

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e então, pesquisa-se sobre o assunto em várias fontes e constrói o seu

pensamento, segundo porque existe uma lei que protege os direitos autorais das

pessoas: a lei 9.610/98 que pode ser facilmente encontrada no site:

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L9610.htm.

Pedimos que fiquem atentos, pois, esta lei é séria e pode trazer

consequências negativas para uma pessoa que comete o plágio.

Segundo Santos (2000), no processo de comunicação da escrita, os

textos em geral são divididos em três grandes grupos produzidos por diferentes

técnicas de redação: literários, oficiais e comerciais e, científicos.

O texto científico deve ter a preocupação central com a correção, a

exatidão e a autenticidade dos dados e dos raciocínios desenvolvidos no

desenvolvimento do trabalho, projeto ou interpretação de uma obra. Os formatos

e denominações variam de acordo com as suas intenções em exigências

acadêmicas.

De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 50) “uma dificuldade

normalmente que alunos apresentam, seja, em nível de graduação ou de pós-

graduação, é saber ou determinar para que servem ou quais as finalidades e

estruturas organizacionais dos diferentes trabalhos acadêmicos e trabalhos que

apresentam resultados parciais ou finais de pesquisa científica”.

Segundo Bakhtin (2002, p. 279), os gêneros são padrões relativamente

estáveis de texto, do ponto de vista temático, composicional e estilístico, que se

constituem historicamente pelo trabalho linguístico dos sujeitos nas diferentes

esferas da atividade humana, para cumprir determinadas finalidades em

determinadas circunstâncias.

A fase de redação do texto de um trabalho didático ou científico consiste

na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho de pesquisa,

guiando-se pelas exigências de uma construção lógica. Recomenda-se que a

montagem do trabalho seja realizada por meio de uma redação preliminar de

rascunho para que, posteriormente, através de uma revisão detalhada, seja

elaborado o texto final (SEVERINO, 2002).

Na redação do texto científico existem algumas regras que têm como

propósito auxiliar no trabalho de registrar o processo de elaboração de trabalhos

didáticos, científicos e relatórios de pesquisa, não é garantia de uma boa

redação, mas podem ajudar significativamente (VIEIRA, 2000).

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Assim sendo, planejar as etapas do processo de registro escrito do

trabalho de pesquisa pode contribuir para a qualidade do texto final, dessa forma,

recomenda-se observar neste processo de redação, as seguintes etapas:

a) Elaborar um plano de

trabalho

Estruture o assunto em capítulos e seções.

Faça uma lista do que deve ser abordado em

cada seção e inicie o processo da escrita.

b) Escrever de forma

impessoal

Ler a literatura científica de sua área e observar

a impessoalidade dos textos. Recomenda-se a

utilização de linguagem científica na terceira

pessoa do singular, apesar de alguns autores

considerarem a primeira pessoa do singular ou

do plural.

c) Evite exageros de

linguagem

Prefira, sempre que possível, uma linguagem

objetiva e simples, sem exagerar em termos

desnecessários e de difícil interpretação ou fora

de uso corrente.

d) Estruture a escrita

basicamente com

substantivos e verbos

Evite adjetivações desnecessárias que possam

provocar a falta de coerência do texto. Utilize

os adjetivos apenas quando forem necessários.

e) Utilize frases curtas

Tente, na comunicação científica, escrever

frases curtas, que sejam simples e diretas.

f) Observe o tempo verbal

Ao relatar fatos científicos ou descrever

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Vale ressaltar que... / em função disso... / a partir dessa reflexão, pode-se dizer

que... / é importante ressaltar que... / com base em (autor) podemos buscar

trabalhos publicados, utilize o presente do

indicativo, como, por exemplo, “A adubação

hidrogenada é essencial”.

Quando o pesquisador explica o que fez ou o

que obteve, use o passado, como, por exemplo,

“os dados foram obtidos”.

Como recomendação:

• Utilize o verbo no presente na Introdução e na Revisão da Literatura;

• Use o verbo no passado em Materiais e Métodos e nos Resultados;

• Na Discussão, podem ser usados os dois tempos verbais, quando

couberem.

Segundo Gil (1995), o estilo do texto científico deve ser impessoal,

objetivo, claro, preciso, coerente, conciso e simples, facilitando a leitura e

interpretação dos seus possíveis leitores.

Embora haja controvérsias, quando da redação de um artigo científico,

não devemos escrever na primeira pessoa do singular ou plural (eu acho isso,

eu observei aquilo, nós acreditamos que), ou seja, ele deve ser escrito com

impessoalidade (acredita-se que, observa-se que). Abaixo sugerimos uma lista

de verbos para fazer menção aos autores:

...afirma que... ...enfatiza que...

...comenta que... ...salienta que...

...aponta que... ...ressalta que...

...identifica... ...considera que...

...sustenta que... ...assevera que...

...considera que... ...defende que...

...argumenta que... ...entende que...

Dicas de expressão de articulação:

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Reescreva o texto, corrigindo eventuais discrepâncias da linguagem, além

dos erros ortográficos e gramaticais e elabore, assim, a redação definitiva.

Os aspectos gráficos da apresentação e organização da escrita e

paginação serão abordados mais adiante.

Toda linguagem apresenta uma sintática, uma semântica e uma

pragmática. A sintaxe da linguagem científica são os dicionários e as gramáticas

que são aceitas dentro dos meios acadêmicos. Certas palavras como “muitos”,

“excepcional”, “maravilhoso” e outras hipérboles não são bem vistas.

Souza, Fialho e Otani (2007) filosofam... “porque a escrita nos rodeia por

todos os lados, sua verdadeira natureza nos escapa”. Eles comparam duas

escolas mostrando que realmente não podemos dizer: a escrita é isso, a escrita

veio disso, mas sim que a escrita é para repassar algo a alguém.

Para a escola linguística de André Martinet, a escrita é fundamentalmente

um sistema de sons articulados que se coloca em seguida, e somente em

seguida, sobre um suporte: papel (ou fita magnética);

Para a escola linguística de Jacques Derrida, a escrita é

fundamentalmente um sistema de traços, que se pode em seguida, e somente

em seguida, pronunciar oralmente se assim se desejar.

A escrita é um encontro. É a superposição paradoxal de uma linguagem

fonética (discurso), o verbo-sequencial que dispara neurônios do lado esquerdo

do cérebro e de uma linguagem de traços (documento), um texto escrito, que

ativa ainda o visual espacial, o lado direito do cérebro. A escrita não é nem

totalmente uma linguagem de traços, nem totalmente uma anotação falsa. É um

e outro (SOUZA, FIALHO e OTANI, 2007).

caminhos... / daí a necessidade de... / dessa perspectiva... / pode-se inferir,

com base em (autor) que... / tais afirmações vêm de encontro ao que .... / os

estudos desses autores vêm ao encontro dos anseios desse trabalho...

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UNIDADE II - O PROJETO DE PESQUISA

Embora não seja exigido, o projeto de pesquisa é importante e diríamos

ser o eixo norteador de qualquer trabalho científico. A partir dele são planejadas

as técnicas e procedimentos indispensáveis para a pesquisa propriamente dita

que irá se materializar no artigo científico.

Neste curso não há obrigatoriedade de elaborar um projeto de pesquisa,

somente o artigo, mas sendo ele um eixo norteador, é importante conhecer em

detalhes.

A escolha do tema é o primeiro passo, e sinceramente, não é fácil, ao

contrário, pela variedade de temas e questionamentos que nos surgem no

pensamento, ele se torna difícil. Como dizem Cervo, Bervian e Silva (2007) para

muitos pesquisadores, a decisão final é precedida por momentos de verdadeira

angústia, mormente quando se trata de pesquisas decisivas para a carreira

profissional.

A primeira dificuldade com que o aluno se depara é a escolha do tema

que irá pautar o desenvolvimento do seu projeto. “Afinal, de que devo falar? Será

que tenho condições de abordar um tema assim tão complexo? Onde irei

encontrar informações sobre esse assunto? Haverá tempo para abordar este

tema? E a pesquisa, onde encontrar o material necessário para a sua

realização?” Essas são somente algumas de suas dúvidas.

A nossa tendência é quase sempre a de escolher, num momento inicial,

um tema amplo e genérico, sem que tenhamos consciência disso. Porém é

preciso encontrar, dentro desse tema genérico, ou relacionado a ele, um assunto

mais específico e pontual. É, neste exato momento, que se faz necessário o

auxílio do professor-orientador, pois nossa percepção parece, quase sempre,

indicar que a delimitação já tenha atingido o limite.

Para haver seleção, é preciso critério de seleção, os quais tem a função

de servir de guia metodológico, orientando o estudante em direção ao assunto

prioritário. O tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores

definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre ele. A primeira

escolha deve ser feita com relação a um campo delimitado, dentro da respectiva

ciência de que trata o trabalho científico.

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A questão da pesquisa pode ser do tipo intelectual, baseada no desejo de

conhecer ou compreender algo ou prática, baseada no desejo de conhecer para

realizar algo melhor ou de maneira mais eficiente.

Historicamente observamos que a pesquisa científica tanto se interessou

pelo conhecimento em si mesmo quanto pelo conhecimento aplicado aos

interesses práticos.

2.1 - Escolha do Tema

Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para

o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem

ser levadas em consideração nesta escolha:

2.1.1 - Fatores internos

- Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal: para

se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A

escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser

trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa

num exercício de tortura e sofrimento.

- Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa: na escolha

do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que

teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos

trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à

pesquisa.

- O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema

pretendido: é preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de

conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é

a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área.

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2.1.2 - Fatores Externos

- A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus

valores acadêmicos e sociais: na escolha do tema devemos tomar cuidado

para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho

merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos

de pessoas ou para a sociedade em geral.

- O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho: quando a

instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não

podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo.

O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a

conclusão do trabalho.

- Material de consulta e dados necessários ao pesquisador: um outro

problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta.

Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não

existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao

pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a

realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas

deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja

ultrapassado.

Uma dica: evite escolher temas sobre os quais já existem estudos exaustivos,

pois a quantidade de assuntos novos à espera de pesquisadores torna

injustificável a duplicação de estudos.

Além de escolher o tema é preciso delimitá-lo, ou seja, selecionar um

tópico ou parte a ser focalizada e para tanto, é possível fixar circunstâncias de

tempo e espaço. Além disso, o pesquisador pode usar de tratamentos

psicológico, sociológico, histórico, filosófico, estatístico, dentre outros.

Na sequência dos passos para elaborar um projeto de pesquisa,

encontramos autores que colocam a metodologia antecedendo a revisão de

literatura (referencial teórico, levantamento bibliográfico ou fundamentação

teórica) e vice-versa. Optamos pela revisão de literatura antes da explicação do

tipo de metodologia utilizada, pois independente dela, uma revisão de literatura

é de suma importância.

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2.2 - Levantamento ou Revisão de Literatura

A revisão de literatura busca identificar e localizar os textos escritos sobre

o tema ou que tratem do assunto. A fundamentação teórica dá credibilidade ao

trabalho de pesquisa. As fontes devem ser relevantes (livros, periódicos,

revistas, artigos de eventos científicos e internet) e acessíveis.

2.2.1 - Sugestões para o Levantamento de Literatura

2.2.1.1 – Locais de coletas: determine com antecedência que bibliotecas,

agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos

deverão ser procurados, ou endereços online na internet.

2.2.1.2 – Registro de documentos: esteja preparado para copiar os

documentos, seja através de impressão, fotografias ou outro meio qualquer.

2.2.1.3 – Organização: separe os documentos recolhidos de acordo com os

critérios de sua pesquisa e monte pastas.

O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:

a - Nível geral do tema a ser tratado: relação de todas as obras ou

documentos sobre o assunto.

b - Nível específico a ser tratado: relação somente das obras ou documentos

que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado.

2.3 – O Problema

O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois

de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma

hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O

Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor,

no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa.

Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele

seja expresso em forma de pergunta.

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É uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou

prática, para a qual se deve encontrar uma solução. A primeira etapa da pesquisa

é a formulação do problema, que pode ser na forma de formulação de perguntas.

Enquanto o tema permanecer apenas no nível do discurso, não se terá iniciado

a investigação propriamente dita. O tema escolhido deve ser questionado,

portanto, pela mente do pesquisador, que deve transformá-la em problema de

pesquisa (CERVO, BERVIAN, SILVA, 2007).

O problema deve expressar uma relação entre duas ou mais variáveis.

Ele é fruto de uma revisão de literatura e da reflexão pessoal. Isso quer dizer que

o sujeito deve ter um conhecimento prévio sobre o tema, e claro, uma

imaginação criadora, a qual é a responsável pelo progresso das ciências.

Exemplo:

Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça.

Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade?

Tendo um problema é preciso supor algumas hipóteses. Hipótese consiste

em supor conhecida a verdade ou explicação que se busca. Ela é uma resposta

e explicação provisória, relaciona duas ou mais variáveis do problema levantado.

Deve ser testável e responder ao problema.

2.4 – A Hipótese

Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma

afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema

levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o

Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a

Hipótese (ou suposição) levantada.

Exemplo: (em relação ao Problema definido acima)

Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as

mulheres dos processos decisórios.

2.5 - Justificativa

A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o

convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser

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efetivado. Portanto, é preciso convencer o leitor e o corretor de que o trabalho

de pesquisa é importante e deve ser realizado. O tema escolhido pelo

pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade

ou para alguns indivíduos, portanto, deve ser comprovada.

Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se

tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que

vai ser buscado no trabalho de pesquisa.

A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica

a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. Portanto,

deve-se primar pela clareza e concisão, redigindo-a em texto sem tópicos.

Atente-se para a:

• Delimitação: área específica do conhecimento; espaço geográfico de

abrangência da pesquisa; período estabelecido para sua realização.

• Relevância: contribuição do projeto para subsidiar o conhecimento

científico já existente e a sociedade de modo geral ou específico.

• Viabilidade: financeira, material (recursos) e temporal.

2.6 - Objetivos

Delimitado o tema, precisamos definir os objetivos da pesquisa. Quanto a

natureza os objetivos podem ser intrínsecos, quando se referem ao problema

que se quer resolver, ou extrínsecos, como trabalho final de curso, resolução de

problemas pessoais, produção de algo original. Ainda podem ser divididos em

objetivos gerais e específicos.

A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir

com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.

Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos

Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores

consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias.

Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o

verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo;

permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc.

a) Objetivos gerais: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o

propósito do estudante com a realização da pesquisa. Deve-se estar atento ao

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fato de que, em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os propósitos são

essencialmente acadêmicos, como mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou

historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um

tema. No âmbito de uma pesquisa bibliográfica, por exemplo, não queira o

estudante se propor a resolver o problema em si, mas apenas levantar as

informações necessárias para melhor compreendê-lo.

b) Objetivos específicos: definir os objetivos específicos significa aprofundar

as intenções expressas nos objetivos gerais. Com que propósito o estudante se

propõe a mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou historiar determinado

assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema? Ele pode querer

mostrar novas relações para o mesmo problema, identificar novos aspectos ou

mesmo utilizar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa para

instrumentalizar sua prática profissional ou intervir em determinada realidade em

que ocorre o problema.

Na definição dos objetivos, deve-se utilizar uma linguagem clara e direta

como: O objetivo desta pesquisa é ...”.

2.7 - Metodologia

A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de

toda ação desenvolvida no caminho do trabalho de pesquisa. É a explicação do

tipo de pesquisa, das técnicas utilizadas (questionário, entrevista, etc.), do tempo

previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de

tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no

trabalho de pesquisa.

Ou seja, é o conjunto de métodos e técnicas usados na realização da

pesquisa.

Há duas abordagens de pesquisa, que podem ser feitas ao mesmo tempo ou

separadamente:

• Qualitativa: aborda o objeto de pesquisa sem a preocupação de enumerar

ou medir os dados coletados. Há a obtenção de dados descritivos

mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação que é

objeto de estudo. O pesquisador procura entender os fenômenos segundo

a perspectiva dos participantes da situação

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estudada e a partir daí vai elaborando sua interpretação dos fenômenos

estudados.

• Quantitativa: realizada para medir ou quantificar dados coletados. Faz uso

de técnicas estatísticas. É a dimensão mensurável da realidade.

Método: caminho a ser seguido na pesquisa. De acordo com Ruiz (1985, p.131)

é “o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na

investigação dos fatos ou na procura da verdade”.

Em uma pesquisa existem métodos de abordagem e métodos de

procedimento.

• Abordagem: concepções teóricas usadas pelo pesquisador. Ex.:

psicanálise, antropologia, fenomenologia, estruturalista.

• Procedimentos: relaciona-se à maneira específica pela qual o objeto será

trabalhado durante o processo de pesquisa. São eles: histórico,

estatístico, comparativo, observação, monográfico, econométrico e

experimental.

Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo da

pesquisa. Os tipos mais comuns de pesquisa são: de campo, bibliográfica

(somente com leituras), descritiva, experimental.

Caso o pesquisado faça opção por uma pesquisa de campo, precisará

coletar dados. Consiste em juntar as informações necessárias ao

desenvolvimento dos raciocínios previstos nos objetivos do projeto de

investigação científica. Na prática, a coleta de dados que é parte essencial da

pesquisa trata de pôr em andamento os procedimentos planejados para os

objetivos do trabalho de pesquisa, obedecendo ao cronograma estabelecido pelo

pesquisador.

Os instrumentos mais comuns usados nas pesquisas são questionários,

formulários, entrevistas, levantamento documental, observacional (participante

ou não participante), estatísticas.

Também devem ser indicados na Metodologia as amostragens

(população a ser pesquisada), o local, os elementos relevantes, o planejamento

do experimento, os materiais a serem utilizados,a análise dos dados, enfim, tudo

aquilo que detalhe o trabalho a ser percorrido para concretizar a pesquisa.

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Porém o Instituto IBE/FACEL sugere que se faça, somente, pesquisas

revisionais.

Sugerimos uma pré-leitura que chamamos de informativa para certificar-

se que existem informações sobre o tema que procura. Essa leitura de

reconhecimento dará uma visão global ao pesquisador. Examine sumários,

referências bibliográficas, capítulos introdutórios e finais.

Localizadas estas primeiras informações, selecione os textos que estão

mais de acordo com os propósitos do seu trabalho, fixando o que realmente

interessa.

Selecionado o material faça agora leituras críticas ou reflexivas, buscando

saber o que o autor afirma sobre o assunto. O pesquisador deve estar livre de

preconceitos para refletir, deliberar conscientemente.

Não pense que é fácil! Muitas vezes levam-se semanas de leitura para

chegar a cinco minutos de síntese, mas essa síntese por si só é altamente

gratificante!

2.8 - Cronograma

Em um projeto de pesquisa, um cronograma é fundamental, pois orienta

temporalmente as atividades a serem desenvolvidas. Ele estabelece as metas

de realização do projeto, pois se trata de um instrumento que situa os

procedimentos e os objetivos no tempo, prevendo períodos de desenvolvimento

para cada etapa (SOUZA, FIALHO E OTANI, 2007).

Segundo Gil (1995) o cronograma pode ser apresentado em forma de

ilustração, denominado gráfico de Gantt, em cujas linhas do quadro especificam-

se as atividades ou etapas do estudo e nas colunas, o tempo estabelecido para

a conclusão de cada uma das atividades ou etapas do trabalho, permite a

interação imediata das partes com o todo, oferecendo o dimensionamento

comparativo entre as etapas, conforme modelo abaixo.

Exemplo:

ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 Levantamento de literatura X

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2 Montagem do Projeto X

3 Coleta de dados X X X

4 Tratamento dos dados X X X X

5 Elaboração do Relatório Final X X X

6 Revisão do texto X

7 Entrega do trabalho X

2.9 - Recursos

Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não

necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão

incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de

Projetos de Pesquisa.

2.10 - Anexos

Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto

algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A

inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa e de acordo com a

necessidade latente, portanto, sugere-se um cuidado na sua utilização ou não.

2.11 - Referências

È a indicação das obras e outras fontes (documentos, arquivos antigos,

sites) usadas para a elaboração do projeto e necessárias à pesquisa. Devem ser

indicadas em ordem alfabética e de acordo com as normas técnicas (as normas

mais aceitas são as estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas

Técnicas).

Há diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia.

Referências: indica as obras que foram citadas no trabalho em questão. Pode

indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos ou documentos, sejam

manuscritos, impressos ou em meio eletrônico (digitalizadas).

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Referências bibliográficas: quando o trabalho apresentar somente citações de

obras publicadas em papel.

Bibliografia: indica todas as leituras feitas pelo pesquisador durante o processo

de pesquisa, em papel.

As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto

é um item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer

fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura.

Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração das

Referências serão esclarecidas e exemplificadas mais adiante.

2.12 - Glossário

São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco

conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição.

Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da

pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar

equívocos de interpretação por parte do leitor.

2.13 - Esquema do Trabalho

Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho

que é uma espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório

Final da pesquisa, ou seja, na escrita do Artigo. O Esquema do Trabalho guia

o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço este

Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho.

Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário

do trabalho final. (Lembrando que no Artigo, não se inclui sumário). Exemplo:

Título: Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça

1 - INTRODUÇÃO

2 - HISTÓRICO DO PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE

3 - O PODER DA RELIGIÃO

3.1 - O mito de Lilith/Eva

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3.2 - O mito da Virgem Maria

4 - O PROCESSO DE EDUCAÇÃO

5 - O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA

5.1 - A questão da maternidade

5.2 - Direitos e deveres

5.3 - A moral da família

5.4 - Casamento: um bom negócio

5.5 - A violência

6 - UM CAPÍTULO MASCULINO

7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

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UNIDADE III - COMO PESQUISAR NA INTERNET

Pesquisar na Internet não é tão fácil quanto parece. Não é por acaso que

existem livros inteiros que se dedicam a explicar como fazer pesquisas

avançadas nos sites de busca mais utilizados, como o google ou yahoo!

Antes de tudo é preciso saber o que se procura. Portanto, você deve

considerar, a principio, o seguinte: a informação que eu procuro está disponível

gratuitamente? Será que não é melhor pesquisar tradicionalmente, em

enciclopédias ou bibliotecas? Deve procurar em sites específicos do assunto que

desejo, ou usar sites de busca? Quais são as palavras-chave que devo utilizar

para descrever o tema que procuro?

Nesse sentido, as palavras-chave devem ser muito bem escolhidas,

porque a estratégia de pesquisa na Internet é a diferença entre encontrar o que

procura e ficar buscando horas e, nada....

Para tanto, a primeira opção é utilizar os vários sites de busca, listados

em seu Módulo de Metodologia Científica (reveja-o). Porém, sem dúvidas, o

mais utilizado é o google. Neste caso, você deve optar pelo Google acadêmico.

Todavia, não é somente entrar no primeiro site da lista que o Google oferece.

Também é necessário pesquisar entre os sites listados, passar uma olhadela

rápida e, somente então, abrir e salvar o assunto e o endereço. Para tanto,

opte pelos sites de Instituições de ensino, organizações e órgãos oficiais.

3.1-As dificuldades da pesquisa online

Mas será que pesquisar, atualmente, é algo tão fácil e cômodo assim?

Bem, não devemos pensar de maneira tão extrema e preconceituosa, pois, antes

da popularização da Internet e dos computadores caseiros, os alunos, por

exemplo, corriam para as enciclopédias, copiavam à mão ou à máquina de

escrever os mesmos verbetes e ilustravam seus trabalhos com as mesmas

figuras adesivas, adquiridas em papelarias. Os professores recebiam pilhas de

trabalhos semelhantes, (muitas vezes diferenciadas pelos nomes dos alunos) e

insistiam para que os alunos consultassem outras fontes e colocassem algum

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comentário, ou análise, mais pessoal no texto. Nada muito diferente do que

vemos hoje, não?

Com tanta oferta de informações e fontes na internet, é preciso saber

distinguir o que pode ser mais adequado para nós. Não há sites ou fontes 100%

perfeitos ou 100% ruins. Um site pode ser muito bom para estudantes de ensino

médio, mas pode ser insuficiente para pós-graduandos. É preciso prestar

atenção a diversos detalhes da fonte (credibilidade do site, informações

atualizadas, etc.) e na necessidade e perfil do internauta. Pesquisar na Internet

não é tão fácil como se imagina, pois, no meio de tantos resultados obtidos nos

sites de busca, é preciso ter habilidades de pesquisa que podem ser aprendidas

e treinadas a qualquer momento de nossas vidas. Não importa se somos jovens

ou idosos, estudantes ou trabalhadores: nunca é cedo ou tarde demais para

aprender a buscar as informações - de modo seguro, responsável e preciso.

No blog do Acessa São Paulo, por exemplo, há muitas dicas para uma

navegação segura. Algumas dicas, relacionamos abaixo. Então, vamos lá:

➢ Navegar é Preciso - Experiências anteriores com a Internet ajudam na

hora de selecionar a melhor informação. Quanto mais você navega, maior

é a possibilidade de aprender a reconhecer os sites mais confiáveis e os

caminhos mais seguros na Web.

➢ Tenha Foco - Perder tempo ao distrair-se na Internet é bem fácil. Afinal

são tantas coisas interessantes que encontramos, mesmo sem querer...

Por exemplo: se você precisar pesquisar sobre folclore brasileiro, não vá

a páginas sobre cultura celta;

➢ Não só de Google vive o Homem - O Google realmente é o site de busca

mais popular no mundo, mas existem outros que podem ser uma opção a

ele. Além dos buscadores, existem outras formas de se obter informações

na Internet: através de sites e portais especializados; de blogs sobre o

assunto que procura; de fóruns e comunidades sobre o tema; através das

diversas redes sociais existentes; etc.

➢ À Primeira Vista - Quando você visualiza a primeira página de resultados

de um site de busca, é possível reconhecer de cara o que lhe pode ser

útil ou não (sem ter que abrir os sites). Olhe para as primeiras palavras

que acompanham cada resultado. Se as primeiras descrições

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lhe interessarem, vá direto a esses links. Preste atenção, também, nas

extensões e domínios dos endereços dos sites, que podem dizer muito

sobre o grau de credibilidade das fontes e sobre as características das

informações apresentadas.

o Por exemplo: sites ".com" são geralmente comerciais (não

necessariamente de vendas, mas que representam sites de

empresas ou instituições privadas); sites ".edu" são de instituições

de ensino (muito utilizado nos EUA); sites ".org" referem-se a

organizações sem fins lucrativos; e sites ".gov" referem-se a sites

de órgãos governamentais. Há mais domínios específicos, mas os

mais utilizados são estes que foram citados;

➢ Cerque seu Alvo - Evite ser muito genérico nas suas buscas. Ou seja: se

procura por informações gerais sobre "medicina legal", não coloque

apenas o termo "medicina" (você terá milhares de resultados com todo o

tipo de medicina: medicina veterinária, medicina ortomolecular, etc.) e

muito menos somente o "legal" (você corre o risco de encontrar, também,

o site do programa televisivo Domingo Legal). Quanto mais termos você

colocar, menos resultados virão. Mas procure não colocar palavras

desnecessárias, que não têm significado por si mesmas e só trarão

resultados sem consistência (como advérbios e preposições);

➢ Ligue o Desconfiômetro - Não acredite piamente em tudo o que você vê

na Internet. Habitue-se a ser crítico. Não se trata apenas dos famosos

emails correntes alarmistas ou das lendas propagadas na Web. Muitas

vezes você encontrará informações desencontradas e a comparação

entre as fontes e o poder de análise sobre elas é essencial. Então,

consulte no mínimo uns três sites para que se tenha uma base. Mas acima

de tudo, tenha clara a ideia de que nada é totalmente imparcial neste

mundo. Até mesmo livros, enciclopédias e sites de grandes instituições

carregam os pontos de vista e a "filosofia" dos seus responsáveis;

o Realmente, às vezes fica difícil avaliar a exatidão das informações

apresentadas. Portanto, algumas perguntas podem ajudar nessa

hora. Por exemplo: a informação tem base comprovada e

consagrada ou é baseada em uma opinião

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particular? Ela é apresentada por pessoas, empresas ou

instituições que têm sólida reputação em suas áreas de atuação?

Já foi citada em outras fontes? Quais as intenções e objetivos das

fontes? Em que contexto a informação é fornecida (se está ligada

a algum tipo de publicidade, tem caráter educativo, etc.)? Está

relacionada às questões ideológicas, morais, religiosas, éticas,

comerciais ou pessoais de alguma forma? É atual (preste atenção

à data de publicação)?;

➢ Imagem não é Tudo - Nem sempre um site bonito visualmente tem as

melhores informações ou as organiza do melhor modo. Pode ser uma

recomendação mais indicada para as crianças (que se impressionam com

a aparência), mas muitos sites pretensamente voltados para adultos

pecam por serem muito poluídos, confusos, com animações, imagens e

banners que demoram para carregar e que são plenamente dispensáveis,

e que, além disso, dificultam a localização dos conteúdos para seus

usuários e não possuem acessibilidade (onde as pessoas com deficiência

física ou intelectual têm dificuldade para navegar);

➢ Dê Créditos para quem é de Direito - Se você pesquisou e citou, dados

ou informações de uma determinada fonte, deixe claro que foi ela a autora

do que você registrou. Verifique se há alguma menção a direitos autorais

(copyright) e certifique-se se há alguma restrição de uso. Cuidado com o

plágio. Lembre-se PLÁGIO É CRIME!

3.2-Melhorando a Busca

Existem algumas ações que podem lhe ajudar na hora de realizar a

pesquisa através dos sites de busca, como a utilização de determinados sinais

e termos que, colocados junto às palavras desejadas no campo da busca,

acabam refinando mais a pesquisa. São eles:

✓ ASPAS (" ") - Lembra-se do exemplo anterior da pesquisa sobre medicina

legal? O que fazer para que o buscador não traga diversos conteúdos que

não tenham a ver com este assunto? Coloque aspas entre os termos:

"medicina legal". Isso indica que você quer pesquisar

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por determinada frase exata, ou seja, exatamente do modo colocado entre

aspas;

✓ Operadores booleanos: Muitos sistemas suportam o uso de operadores

booleanos AND, OR e NOT para melhor especificar a busca. São

colocados entre os termos procurados. Funciona assim:

o AND (pode ser E ou +) - Medicina AND Legal. Indica que você quer

resultados que contenham as palavras "medicina" e "legal" na mesma

página. Note que usar o operador é diferente de usar as aspas, pois

se neste último os resultados aparecem com as palavras exatamente

como estão escritas dentro das aspas (e juntas); usando o AND, você

vê páginas que contém as palavras buscadas, mas não

necessariamente juntas. Observação: no Google basta digitar todos

os termos desejados, separados apenas por espaços, pois o operador

AND já está incluído automaticamente em seu campo de busca.

o NOT (pode ser NÃO ou -) - Medicina AND Legal NOT Revista.

Significa que você quer páginas que contenham as palavras

"medicina" e "legal", mas não quer nada que tenha a palavra "revista".

Provavelmente, o buscador não mostrará nenhuma revista de

medicina legal ou alguma referência à essa palavra. Observação: no

Google utiliza-se o sinal de -. É preciso dar um espaço entre os

primeiros termos e o sinal booleano. Ex.: Medicina -legal ("qualquer"

medicina, com exceção da palavra "legal").

o OR (pode ser OU ou |) - Medicina OR Legal. Nesse caso, indica que

você quer tanto páginas que contenham a somente a palavra

"medicina", quanto àquelas que contenham a palavra "legal" e, ainda,

todas as páginas que apresentarem as duas palavras juntas (assim

como no caso do AND).

Como você pode notar, há três sinais possíveis para cada um dos

operadores. Os sistemas de busca acabam optando por um deles, por isso é

bom sempre dar uma olhada nas orientações de pesquisa disponíveis nos sites

de busca.

❖ INTITLE - Use esta palavra (vem do inglês, e quer dizer "dar título"),

seguido do sinal de dois pontos (:), quando quiser que os resultados

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mostrem páginas com títulos determinados. Por exemplo: intitle:básico

(sem espaços entre eles), vai recuperar somente os sites que

apresentarem a palavra "básico" em seus títulos.

❖ FILETYPE - Além dos conteúdos encontrados nas páginas dos sites, há

muita informação disponível em arquivos de texto e imagens. Caso queira

pesquisar documentos sobre medicina no formato PDF, digite no campo

de busca "medicina filetype:pdf".

❖ SITE - É possível especificar um site para que a busca seja feita.

Digitando "medicina site:sp.gov.br", retornará páginas com o termo

"medicina" que se encontram dentro de qualquer site com o endereço

"sp.gov.br".

❖ DEFINE - Além de usar os dicionários, há uma outra maneira de encontrar

conceitos e definições de nomes e palavras. Se você digitar "define"

seguido do sinal de dois pontos(:), mais o termo pretendido, aparecerão

definições sobre ele e os respectivos links das fontes destes. Por

exemplo: digitando "define: otorrinolaringologista", você terá como

resultado:

• A otorrinolaringologia (ORL) é considerada uma das mais completas

especialidades médicas do mundo, com características clínicas e

cirúrgicas. Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do

nariz e seios paranasais, faringe e laringe. Link:

pt.wikipedia.org/wiki/Otorrinolaringologista.

• Médico otorrinolaringologista; Profissional que se ocupa das doenças do

ouvido, nariz e garganta. Link:

pt.wiktionary.org/wiki/otorrinolaringologista.

Como já dissemos, existem outros meios para realizar uma pesquisa

além dos sites de busca, como bases de dados especializadas em diversas

áreas, enciclopédias digitais e redes sociais temáticas. Há uma infinidade de

recursos gratuitos na Web.

A seguir, listamos alguns que foram utilizados para a montagem desse

material. Visite-os:

Links:

• As buscas via Internet (Revista Nova Escola)

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• Como fazer uma boa busca na Internet

• Como funciona o Google

• Como funcionam os mecanismos de busca da Internet

• Dez dicas para poupar tempo ao fazer buscas na web

• Mini Curso para busca de informações na Internet (EAD do Centro

de Computação da Unicamp)

• Outros buscadores além do Google

• Principais diferenças entre Google, Yahoo! Search e Exalead

Sistemas de Busca

• Baidu - Líder no mercado de buscadores na China

• Bing - Sistema de busca da Microsoft

• ChaCha - Busca via celular

• Cuil

• DogPile

• Duck Duck Go

• Face Search - Entre com um nome e busque imagens de rostos

conhecidos

• IconLook - Busca por ícones e imagens pequenas

• Kartoo - Metabuscador com visual diferente

• Spezify - Busca em diferentes sites e redes sociais

• Lista de sistemas de busca

3.3-Algumas dicas para pesquisar na Internet

Estas informações se aplicam ao Windows Internet Explorer 7 e ao

Windows Internet Explorer 8.

A Internet contém uma vasta coleção de informações, mas encontrar o

que se procura pode ser um desafio. Veja aqui algumas dicas que ajudam a

pesquisar na Web de maneira mais eficiente, de acordo com o site do Google e

da Microsoft (2011).

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3.3.1-Utilizar a caixa Pesquisa

Na caixa de pesquisa do Internet Explorer, digite uma senha ou frase e

pressione ENTER (ou pressione ALT+ENTER para exibir os resultados da

pesquisa na nova guia).

Caixa de pesquisa do Internet

Explorer

Dica: Pressione Ctrl+E para ir para a caixa de pesquisa sem usar o

mouse.

3.3.2-Usar a Barra de endereços

Na Barra de endereços do Internet Explorer, digite Localizar, Ir ou ?

seguido por uma palavra-chave, nome de site ou frase e, em seguida, pressione

ENTER. Se desejar exibir os resultados da pesquisa em uma nova guia,

pressione ALT+ENTER após digitar a frase.

3.3.3-Usar mais de um provedor de pesquisa

Se você não localizar o que está procurando com um provedor de

pesquisa específico, tente usar outro provedor. Você pode usar a caixa de

pesquisa do Internet Explorer para adicionar outros provedores de pesquisa e

alternar entre eles para aprimorar os resultados da pesquisa. No Internet

Explorer 8, você pode alterar rapidamente o provedor de pesquisa que usará,

clicando no ícone do provedor abaixo da caixa de pesquisa. No Internet Explorer

7, clique na seta para baixo, próxima à caixa de pesquisa, e escolha um

provedor.

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Para saber como usar os diferentes provedores de pesquisas, instalar

novos ou alterar o provedor que o Internet Explorer utiliza como padrão, consulte

Alterar ou escolher um provedor de pesquisa no Internet Explorer.

3.3.4-Pesquisar com mais eficiência

A seguir, algumas sugestões para aprimorar os resultados das

pesquisas. Ao pesquisar usando a barra de endereços, primeiro digite Localizar,

Ir ou ?. :

➢ Usar palavras específicas em vez de categorias genéricas. Por exemplo,

em vez de procurar cachorros, procure uma raça específica de cachorro.

➢ Usar aspas para procurar frases específicas. Coloque os termos entre

aspas para limitar os resultados da pesquisa às páginas da Web que

contêm exatamente a frase especificada. Sem as aspas, os resultados

incluirão qualquer página que contenha as palavras usadas, sem levar em

consideração a ordem em que aparecem.

➢ Usar o sinal de subtração (-) antes de uma palavra-chave para que o

provedor de pesquisa exclua as páginas que contém esse termo. Use um

sinal de subtração para recuperar as páginas da Web que não incluam a

palavra. É importante não incluir espaços entre os sinais e os termos

pesquisados (por exemplo, -Bogart em vez de - Bogart).

➢ Elimine palavras comuns, como "um", "meu" ou "o", a menos que esteja

procurando um título específico. Se a palavra for parte do que você está

procurando (um título de música, por exemplo), inclua a palavra comum e

coloque a frase entre aspas.

➢ Usar sinônimos ou termos de pesquisa alternativos. Seja criativo ou use

um dicionário de sinônimos para ter idéias. Digite dicionário de

sinônimos na caixa de pesquisa para localizar um dicionário de

sinônimos online.

➢ Pesquisar somente um site ou domínio específico. Digite o termo de

pesquisa procurado seguido de site: e o endereço do site que deseja

pesquisar para reduzir a pesquisa ao site específico. Por exemplo, para

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pesquisar informações sobre vírus no Microsoft.com, digite virus

site:www.microsoft.com (sem espaços entre site: e o domínio).

➢ Usar um mecanismo ou provedor de pesquisa, como a busca de imagens

do MSN, para procurar imagens. Vários sites oferecem seus próprios

mecanismos de pesquisa para qualquer finalidade, de compras a

passatempos. O Internet Explorer pode detectar provedores de pesquisa

especiais em alguns sites que podem ser adicionados à sua lista de

provedores de pesquisa.

3.3.5-Localizar palavras ou frases em uma página

Uma vez encontrada uma página de seu interesse, talvez seja

necessário localizar uma palavra ou frase específica. Para localizar uma palavra

ou frase na página, pressione CTRL+F para abrir a caixa Localizar. Quando

começar a digitar a palavra na caixa Localizar, as correspondências realçadas

aparecerão na página e ela rolará automaticamente para a primeira

correspondência.

Depois de realizada a pesquisa, chegou a hora de confeccionar o Artigo

Científico dessa Revisão. Para tanto, siga as normas e orientações a seguir e

bom trabalho!

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UNIDADE IV – METODOLOGIA DO ARTIGO CIENTÍFICO

Com uma organização e normatização própria, o artigo é uma publicação

pequena, que possui elementos pré, textuais e pós, com componentes e

características específicas. O texto ou parte principal do trabalho inclui

introdução, desenvolvimento e considerações finais, sendo redigido com regras

específicas. O estilo e as propriedades da redação técnico- científica envolvem

clareza, precisão, comunicabilidade e consistência, havendo uma melhor

compreensão do leitor. O conteúdo do artigo é organizado de acordo com a

ordem natural do tema e a organização das idéias mais importantes, seguidas

de outras secundárias. A utilização de normas textuais, redacionais e gráficas,

não só padronizam o artigo científico, mas também disciplinam e direcionam o

pensamento do autor coerentemente a um objetivo determinado.

Atualmente esse formato de publicação científica é maciçamente

utilizado pela maioria dos pesquisadores e grupos de pesquisa no mundo, para

divulgação de novos conhecimentos e como meio para adquirir notoriedade e

respeito dentro da comunidade científica.

No entanto, observa-se um grau acentuado de dificuldade, por parte do

pesquisador iniciante, na organização e redação dos primeiros artigos técnico-

científicos, principalmente em relação a estrutura e organização do texto,

colocação das idéias, utilização de certos termos, subdivisão dos assuntos,

inserção de citações durante a elaboração do texto, entre outros.

Se o texto em questão (com determinadas características para ser

científico) for o relatório final de uma pesquisa de campo ou laboratório, terá uma

estrutura mais centrada na metodologia, na apresentação e discussão dos

resultados, utilizando inúmeros recursos estatísticos disponíveis, como tabelas

e gráficos. Mas, muitos artigos acadêmicos são teóricos, e o autor preocupa-

se mais com a sua fundamentação referencial, procurando ordená-lo conforme

sua linha de raciocínio e acrescentando algumas considerações pessoais. Este

é o modelo proposto pelo Instituto IBE/FACEL.

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As dificuldades para elaboração de um artigo científico podem ser

minimizadas se o autor organizar-se e estiver convencido que o trabalho deve

possuir rigor científico. Conforme afirma Ramos et al. (2003, p.15).

Executar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que

você escolha um tema e defina um problema para ser

investigado. A definição dependerá dos objetivos que se

pretende alcançar. Nesta etapa você elabora um plano de

trabalho e, após deverá explicitar se os objetivos foram

alcançados, [...]. É importante apresentar a contribuição da

pesquisa para o meio científico.

Portanto, elaborar um artigo científico é, num sentido genérico, contribuir

para o avanço do conhecimento, para o progresso da ciência. No início, a

produção científica tende a aproveitar em grande medida, os saberes e

conhecimentos de outros autores, ficando o texto final com um percentual

elevado de idéias extraídas de várias fontes (que devem ser obrigatoriamente

citadas). Com o exercício contínuo da pesquisa e da investigação científica,

consolida-se a autoria, a criatividade e a originalidade da produção de

conhecimentos, bem como a síntese de novos saberes.

Nesse sentido, Demo (2002) afirma que:

A elaboração própria implica processo complexo e

evolutivo de desenvolvimento da competência, que, como

sempre, também começa do começo. Este começo é

normalmente a cópia. No início da criatividade há

treinamento, que depois se há de jogar fora. A maneira

mais simples de aprender, é imitar. Todavia, este aprender

que apenas imita, não é aprender a aprender. Por isso,

pode-se também dizer que a maneira mais simples de

aprender a aprender, é não imitar. (2002, p. 29).

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Portanto, é necessário darmos os primeiros passos nesse processo de

construção da atitude científica, que é antes de tudo uma postura crítica, racional

e intuitiva ao mesmo tempo, que provoca a seu termo, como diz Kuhn (apud

MORIN, 2002), uma série de revoluções desracionalizantes, e por sua vez, cada

uma, nova racionalização.

Portanto, conhecer a natureza, a estrutura e os mecanismos básicos

utilizados na elaboração de artigos, é apropriar-se de um elemento

revolucionário, que transforma paradigmas científicos.

4.1- Conceito e finalidade

Artigos científicos são trabalhos técnico-acadêmico-científicos, escritos

com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de

pesquisas.

Consistem em publicações mais sintéticas, mesmo sendo assuntos bem

específicos, com uma abordagem mais “enxuta” do tema em questão, apesar da

relativa profundidade na sua análise. Possuem mais versatilidade que os livros,

por exemplo, sendo facilmente publicáveis em periódicos ou similares, atingindo

simultaneamente todo o meio científico. Como diz Tafner et al. (1999, p.18)

“esses artigos são publicados, em geral, em revistas jornais ou outro periódico

especializado que possua agilidade na divulgação”.

Por esse motivo, o artigo científico não é extenso, totalizando

normalmente entre 5 e 10 páginas, podendo alcançar, dependendo de vários

fatores (área do conhecimento, tipo de publicação, natureza da pesquisa,

normas do periódico, etc.), até 20 páginas, no máximo, garantindo-se em todos

os casos, que a abordagem temática seja o mais completa possível, com a

exposição dos procedimentos metodológicos e discussão dos resultados nas

pesquisas de campo, caso seja necessário a repetição da mesma por outros

pesquisadores (LAKATOS e MARCONI, 1991; MEDEIROS, 1997; SANTOS,

2000).

Em sendo, para o TCC dos cursos de Pós-graduação do Instituto

IBE/FACEL, exige-se um máximo de 15 páginas e não menos que 10.

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Além disso, recomenda-se uma determinada normatização para essas

publicações, tanto na estrutura básica quanto na uniformização gráfica, como

também na redação e organização do conteúdo, diferenciando-se em vários

aspectos das monografias, dissertações e teses, que constituem os principais

trabalhos acadêmicos. As normas serão definidas mais a frente.

Em geral, os artigos científicos objetivam publicar e divulgar os

resultados de estudos: “a) originais, quando apresentam abordagens ou

assuntos inéditos;

b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem informações já

publicadas” (UFPR, 2000a, p.2).

Observa-se muitas vezes a utilização de ambas as situações na

elaboração dos artigos, onde incluem-se informações inéditas, tais como

resultados de pesquisa, juntamente com uma fundamentação teórica baseada

em conhecimentos publicados anteriormente por outros ou pelo mesmo autor.

Na maioria dos casos, dependendo da área do conhecimento e da

natureza do estudo, encontram-se artigos priorizando a divulgação de:

✓ Procedimentos e resultados de uma pesquisa científica (de

campo)

✓ Abordagem bibliográfica e pessoal sobre um tema

✓ Relato de caso ou experiência (profissional, comunitária,

educacional, etc.) pessoal e/ou grupal com fundamentação

bibliográfica

✓ Revisão bibliográfica de um tema, que pode ser mais superficial

ou bem aprofundada, também conhecida como review.

É importante considerar que essas abordagens não se excluem, pelo

contrário, são amplamente flexíveis, assim como a própria ciência, podendo na

elaboração do artigo científico, serem utilizadas de forma conjugada, desde que

resguardadas as preocupações relativas a cientificidade dos resultados, idéias,

abordagens e teorias, acerca dos mais diferentes temas que caracterizam o

pensamento científico.

Independente do tipo ou objetivo Medeiros (1997) afirma que a

elaboração de “um artigo científico exige o apoio das próprias idéias em fontes

reconhecidamente aceitas” (p.44).

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Observa-se, por exemplo, que nas Ciências Naturais o artigo científico é

quase que exclusivamente utilizado para apresentação e análise de resultados

de pesquisas experimentais, e o review, em função do alto nível de

aprofundamento do tema e compleitude na sua abordagem, normalmente é

assinado por cientistas conhecidos tradicionalmente na área ou linha de

pesquisa em questão. Já nas Ciências Humanas e Sociais, o artigo científico é

utilizado para os mais diversos fins, inclusive, sendo comum outras abordagens

não mencionadas anteriormente.

4.2-Organização e normatização

Assim como em todo trabalho acadêmico, o artigo científico possui uma

organização e normatização própria, que pode ser apresentada da seguinte

forma:

▪ estrutura básica

▪ uniformização redacional

▪ uniformização gráfica

Os estudos e publicações científicas, principalmente artigos e

monografias, independentes do tamanho, são normalmente redigidos e

apresentados com vários aspectos da organização gráfica e redacional

semelhantes, podendo ser reconhecidos em todo o mundo científico. Muitos

acadêmicos que iniciam na elaboração de trabalhos de pesquisa reclamam do

excesso de normas e dos detalhes minuciosos com que devem ser redigidos,

considerando um demasiado apego à forma externa, em detrimento do fundo

(conteúdo e informações), que é essencial na produção científica.

De certa maneira deve-se concordar que as dificuldades para o iniciante

em trabalhos técnico-científicos, sejam artigos ou outros trabalhos, são

acrescidas em função das regras e normas recomendadas pela academia,

podendo no início haver um certo embaraço na atenção e na ordenação das

idéias. Mas como sempre acontece com o potencial humano, o exercício e a

prática continuada de determinada ação proporciona a destreza, que

posteriormente é transformada em ato criativo.

Neste trabalho, em função dos objetivos propostos inicialmente, serão

apresentados apenas os assuntos referentes a estrutura básica e

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uniformização redacional do artigo científico. A uniformização gráfica, cujas

normas variam conforme a instituição, possui ampla abordagem na literatura

relacionada a metodologia científica, podendo ser facilmente encontrada.

4.2.1- Estrutura básica

A estrutura básica do artigo científico é a forma como o autor organiza

os componentes do texto, da primeira a última página. É a ordenação coerente

dos itens e dos conteúdos ao longo da sua redação geral. É a maneira como

estruturam-se as partes objetivas/subjetivas, explícitas/implícitas, durante a

elaboração do texto científico.

Em função do tamanho reduzido recomendado para o artigo científico, a

economia e a objetividade são fundamentais na exposição das informações,

procurando manter a profundidade do tema, seja na abordagem de teorias ou

idéias, seja na análise de resultados de pesquisa e sua discussão. Nesse ponto,

a elaboração de artigos técnico-científicos é mais complexa que outros trabalhos

acadêmicos, onde há maior liberdade na apresentação e exposição do tema.

No artigo científico, o conhecimento e o domínio pelo autor da estrutura

básica padrão, é muito importante para a elaboração do trabalho, sendo o

mesmo composto de vários itens, e distribuídos em elementos pré-textuais,

elementos textuais e elementos pós-textuais, com seus componentes

subdivididos de acordo com o Quadro 1.

QUADRO 1: Distribuição dos itens que compõe o artigo científico em

relação aos elementos da estrutura básica:

Elementos Componentes

Pré-textuais ou parte

preliminar

Título

Autor

Resumo

Palavras-chave ou descritores

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Textuais ou corpo do

artigo

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

Pós-textuais ou

referencial

Referências

Cada um desses elementos, e seus respectivos componentes, é

imprescindível na composição do artigo, apresentando informações e dados

fundamentais para a compreensão do trabalho como um todo, sendo muito

importante não omiti-los.

No nosso caso, acrescentam-se a capa e a folha de rosto, posto ser, este,

um Trabalho de Conclusão de Curso.

4.2.1.1. Elementos pré – textuais

Os elementos pré-textuais, também chamados de parte preliminar ou

ante-texto, compõe-se das informações iniciais necessárias para uma melhor

caracterização e reconhecimento da origem e autoria do trabalho, descrevendo

também, sucinta e objetivamente, algumas informações importantes para os

interessados numa análise mais detalhada do tema (título, resumo, palavras-

chave).

O título do artigo científico deve ser redigido com exatidão, revelando

objetivamente o que o restante do texto está trazendo. Apesar da especificidade

que deve ter, não deve ser longo a ponto de tornar-se confuso, utilizando-se

tanto quanto possível de termos simples, numa ordem em que a abordagem

temática principal seja facilmente captada. O sub-título é opcional e deve

complementar o título com informações relevantes, necessárias, somente

quando for para melhorar a compreensão do tema.

Título e sub-título são portas de entrada do artigo científico; é por onde a

leitura começa, assim como o interesse pelo texto. Por isso deve ser estratégico,

elaborado após o autor já ter avançado em boa parte da redação final, estando

com bastante segurança sobre a abordagem e o direcionamento

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que deu ao tema. Deve ser uma composição de originalidade e coerência, que

certamente provocará o interesse pela leitura.

Após, o nome do autor vai imediatamente seguido do seu minicurriculo,

em nota de rodapé.

O resumo indica brevemente os principais assuntos abordados no artigo

científico, iniciando com os objetivos do trabalho, metodologia e análise de

resultados (nas pesquisas de campo) ou idéias principais, encerrando com

breves considerações finais do pesquisador. Deve-se evitar qualquer tipo de

citação bibliográfica. A Norma Brasileira Registrada (NBR) 6028, da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (1987), possui uma normatização completa para

a elaboração de resumos.

Em seguida, são relacionadas de 3 a 6 palavras-chave que expressem as

idéias centrais do texto, podendo ser termos simples e compostos, ou

expressões características. A preocupação do autor na escolha dos termos mais

apropriados, deve-se ao fato dos leitores identificarem prontamente o tema

principal do artigo lendo o resumo e palavras-chave. No levantamento

bibliográfico feito através de softwares especializados ou pela internet, utilizam-

se em grande escala esses dois elementos pré-textuais.

4.2.1.2. Elementos textuais

Considerada a parte principal do artigo científico, compõe-se do texto

propriamente dito, sendo a etapa onde o assunto é apresentado e desenvolvido

e por esse motivo é chamado corpo do trabalho. Como em qualquer outro

trabalho acadêmico, os elementos textuais subdividem-se em introdução,

desenvolvimento e conclusão ou considerações finais, sendo redigidos de

acordo com algumas regras gerais, que promovem maior clareza e melhor

apresentação das informações contidas no texto.

Na introdução o tema é apresentado de maneira genérica, como um

todo, sem detalhes, numa abordagem que posicione bem o assunto em relação

aos conhecimentos atuais, inclusive a recentes pesquisas, sendo abordadas

com maior profundidade nas etapas seguintes do artigo. É nessa parte que o

autor indica a finalidade do tema, destacando a relevância e a natureza do

problema, apresentando os objetivos e os argumentos principais que justificam

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o trabalho. “Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor” (LOPES,

2011). A introdução deve criar uma expectativa positiva e o interesse do leitor

para a continuação da análise de todo artigo.

O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do

artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada

dos aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são amplamente

debatidas as idéias e teorias que sustentam o tema (fundamentação teórica),

apresentados os procedimentos metodológicos e análise dos resultados em

pesquisas de campo, relatos de casos, etc.

Sendo a parte mais extensa do texto, o desenvolvimento ou corpo, como

parte principal, visa expor as principais idéias. É a fundamentação lógica do

trabalho.

O autor deve ter amplo domínio sobre o tema abordado, pois quanto maior

for o conhecimento a respeito, tanto mais estruturado e completo (dir-se- á

“amadurecido”) será o texto. De acordo com Bastos et al. (2000) organização do

conteúdo deve possuir uma ordem seqüencial progressiva, em função da lógica

inerente a qualquer assunto, que uma vez detectada, determina a ordem a ser

adotada. Muitas vezes pode ser utilizada a subdivisão do tema em seções e

subseções.

O desenvolvimento ou parte principal do artigo, nas pesquisas de campo,

é onde são detalhados itens como: tipo de pesquisa, população e amostragem,

instrumentação, técnica para coleta de dados, tratamento estatístico, análise dos

resultados, entre outros, podendo ser enriquecido com gráficos, tabelas e

figuras. O título dessa seção, quando for utilizado, não deve estampar a palavra

“desenvolvimento” nem “corpo do trabalho”, sendo escolhido um título geral que

englobe todo o tema abordado na seção, e subdividido conforme a necessidade.

A conclusão é parcial e a última parte dos elementos textuais de um artigo, e

deve guardar proporções de tamanho e conteúdo conforme a magnitude do

trabalho apresentado, sem os “delírios conclusivos” comuns dos iniciantes,

nem os freqüentes exageros na linguagem determinística. Comumente chamado

de “Considerações finais”, em função da maior flexibilidade do próprio termo,

esse item deve limitar-se a explicar brevemente as idéias que predominaram no

texto como um todo, sem muitas polêmicas ou

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4.2.1.3. Elementos pós – textuais

Na elaboração de qualquer trabalho acadêmico, os elementos pós-

textuais, compreendem aqueles componentes que completam e enriquecem o

trabalho, sendo alguns opcionais, variando de acordo com a necessidade. Entre

eles destacam-se: Referências, Índice remissivo, Glossário, Bibliografia de apoio

ou recomendada, Apêndices, Anexos, etc.

controvérsias, incluindo, no caso das pesquisas de campo, as principais

considerações decorrentes da análise dos resultados. O autor pode nessa parte,

conforme o tipo e objetivo da pesquisa, incluir no texto algumas recomendações

gerais acerca de novos estudos, sensibilizar os leitores sobre fatos importantes,

sugerir decisões urgentes ou práticas mais coerentes de pessoas ou grupos, etc.

Como lembram Tafner et al. (1999) a conclusão “deve explicitar as

contribuições que o trabalho alcançou, [...] deve limitar-se a um resumo

sintetizado da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho, [...] devem estar

todas fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa” (p.46).

Sugere-se que cada componente dos elementos textuais em um artigo

científico tenham um tamanho proporcional em relação ao todo, conforme

explicitado na Tabela 2.

TABELA 2 – Proporcionalidade de cada elemento textual em relação ao tamanho

total do corpo ou parte principal do artigo científico

n.º Elemento textual Proporção

01 Introdução

2 a 3/ 15

02 Desenvolvimento 7 a 10/ 15

03 Conclusão ou Considerações 1 a 2/ 15

finais

Total 15/ 15

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No artigo científico utiliza-se obrigatoriamente as Referências, que

consiste no “conjunto padronizado de elementos que permitem a identificação

de um documento no todo ou em parte” (ABNT, 2002). Com maior freqüência é

utilizada a lista de referências por ordem alfabética (sistema alfabético) no final

do artigo, onde são apresentados todos os documentos citados pelo autor.

Menos comum, também pode-se optar pela notação numérica, que utiliza

predominantemente as notas de rodapé na própria página onde o documento foi

citado. Existem normas para utilização de ambas, disciplinadas pela Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e periodicamente atualizadas.

Sem sendo, o Artigo Científico, assim como outros tipos de trabalhos

acadêmicos, abordam temas teóricos de pesquisa, revisões bibliográficas,

pesquisas de campo, e tem a finalidade de comunicar ao mundo científico os

conhecimentos elaborados a partir dos critérios da ciência.

A elaboração de qualquer artigo deve respeitar uma organização própria,

constituída de uma estrutura básica, uma uniformização redacional e uma

gráfica, que somadas formam o conjunto de normas recomendadas para este

tipo de publicação.

A redação técnico-científica desenvolvida no texto do artigo possui

características de estilo e propriedade próprias, como clareza, precisão,

comunicabilidade e consistência, possibilitando a compreensão exata e objetiva

por parte do leitor e a economia de espaço, sem perder a qualidade na

comunicação das idéias.

A utilização de normas e diretrizes para elaboração e apresentação de

artigos científicos, além de padronizar o formato geral e a organização do texto,

são fundamentais para construção gradativa do pensamento científico do autor,

estabelecendo parâmetros individuais seguros na abordagem e análise de temas

e problemas científicos.

É o que veremos a seguir, na próxima unidade.

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UNIDADE V- REGRAS PARA REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO

Para a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do

Instituto IBE/FACEL, exige-se que, os textos sejam redigidos em papel branco,

formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), digitados na cor preta no anverso da folha,

utilizando-se da fonte Arial ou Times New Roman, justificados e com a indicação

de parágrafos contendo recuo de 1,5 cm.

Recomenda-se, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para o

texto e 10 para citações longas, nota do artigo, resumo e notas de rodapé.

5.1-Margens

margem superior: 3,0 cm

margem inferior: 2,0 cm

margem esquerda: 3,0 cm

margem direita: 2,0 cm

5.2-Espacejamento

Todo texto deve ser digitado, com 1,5 de entrelinhas, menos a nota do

artigo, o resumo e as citações longas, que devem ter espacejamento simples, ou

seja, 1,0 de entrelinhas.

O título deve ser separado do texto que os precede, ou que o sucede, por

uma entrelinha dupla.

5.3-Abreviaturas e Siglas

Quando aparecem pela primeira vez no texto, deve-se colocar seu nome

por extenso e, entre parênteses, a abreviatura ou sigla.

Ex. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

5.4-Ilustrações

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Figuras (organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos, fotografias,

gráficos, mapas, plantas e outros) constituem unidade autônoma e explicam, ou

complementam visualmente o texto, portanto, devem ser inseridas o mais

próximo possível do texto a que se referem. Sua identificação deverá aparecer

na parte inferior precedida da palavra designativa (figura, desenho etc.), seguida

de seu número de ordem de ocorrência, em algarismos arábicos, do respectivo

título e/ou legenda e da fonte, se necessário.

Figura 1 - LEITURA INTELIGENTE EM FORMA DE MAPA

Fonte: DRYDEN e VOS, 1996. p.124

5.5 - Tamanho do texto e normas gráficas

1. O artigo científico deve conter entre 10 e 15 páginas, com capa e folha de

rosto.

2. Redija a CAPA da seguinte forma:

➢ Nome da instituição no alto da página;

➢ Seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço, negrito,

maiúsculas e centralizado;

➢ Título do artigo no meio da folha;

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➢ Local e data no rodapé.

➢ Todos os itens em NEGRITO;

➢ Fonte 12;

➢ Todos os itens Centralizados;

➢ Todos os itens em MAIÚSCULAS.

3. Na FOLHA DE ROSTO, segue-se o exemplo da capa, acrescentando a nota

do artigo em fonte 10 e espacejamento simples entrelinhas. Veja:

➢ Nome da instituição no alto da página NEGRITO;

➢ Seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço NEGRITO;

➢ Título do TCC no meio da folha NEGRITO;

➢ Nota do artigo logo abaixo do título (Orientações a seguir);

➢ Local e data no rodapé NEGRITO;

➢ Fonte 12;

➢ Centralizados, menos a nota do artigo;

4. Nota do Artigo:

➢ A nota do artigo deve ser redigida em fonte 10, com espaços simples

entrelinhas e com recuo de 8,0 cm à direita.

➢ Deve seguir o exemplo: Artigo Científico encaminhado ao Instituto

IBE/FACEL, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista

em (Seu curso).

5. Na primeira página do texto, propriamente dito, coloca-se o titulo do artigo

em fonte 12, centralizado, MAIÚSCULAS e NEGRITO. Para a elaboração

do mesmo, sugerimos que a sua confecção ocorra somente após a releitura

do texto pronto.

➢ O mesmo deve ser recortado, temporal e geograficamente.

➢ Deve dizer claramente o que se pretende no texto. Portanto, deixe claro

que tipo de pesquisa: analítica, relacional etc.

➢ Desenvolva uma problemática a ser estudada, posto que, esta é a

diferença entre um texto dissertativo de informação ou outro, de um

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Artigo, onde o que se pretende é buscar a resposta para um problema

(pergunta).

➢ Lembre-se da aula de Metodologia Científica ou reveja seu material.

6. A seguir coloca-se o nome do autor, em minúsculas, sem negrito, recuado a

direita. A frente dele insere-se uma nota de rodapé, contendo um breve

currículo do autor, o curso e o nome da faculdade.

Para tanto, veja as ilustrações abaixo e siga as instruções, para a inserção

da nota de rodapé.

Instruções

I. No menu do documento Word, clique em Inserir.

II. Deslize o mouse até a palavra Referência.

III. Espere abrir uma nova janela e clique em Notas.

IV. Aparecerá então o quadro abaixo.

V. Clique em inserir e a nota surgirá na margem inferior da folha.

VI. Redija nela, em fonte 10 e espacejamento simples, seu

minicurrículo.

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7. Após inserir o seu minicurriculo, na nota de rodapé, redige-se o resumo, as

palavras-chave, a introdução, o desenvolvimento, as considerações finais e

as referências, sem espaçamentos ou mudança de páginas. (VIDE

EXEMPLO EM ANEXO).

5.6 - Embasamento teórico

O artigo deve ser embasado em pelo menos 5 autores e que as

publicações sejam dos últimos 10 anos, com exceção para os clássicos, que são

importantes em qualquer época. Todos os autores devem vir nas referências de

acordo com as normas da ABNT. Se o autor for citado no texto, obrigatoriamente

deve constar na referência e, se estiver na referência deve ser citado ao longo

do texto.

Na Internet, dentre outros sites, no Scielo (www.scielo.br) encontramos

muitos artigos com base científica, em todas as áreas, que foram classificados

com conceito A pela CAPES. Vale a pena conferir!

OBS: Em artigos científicos ignoramos epígrafe, dedicatória ou

agradecimentos. PORTANTO, NÃO OS INCLUA EM SEU TCC.

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5.7 - O Texto

5.7.1 - O Resumo

Segundo a ABNT, NBR 6028/2003, o resumo é elemento obrigatório, que

consiste na apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. O resumo

deve dar uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho;

constitui-se em uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma

simples enumeração de tópicos.

A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do

artigo. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento

(estudo de caso, análise da situação entre outras). Deve-se usar o verbo na voz

ativa e na terceira pessoa do singular.

Quanto a sua extensão os resumos de Artigos Científicos devem ter no

mínimo 100 e no máximo 250 palavras.

O Título RESUMO entra em caixa alta, centralizado, na parte superior da

folha em negrito, depois de um espaço de 1,5 entra o texto. A fonte do texto deve

ser Times ou Arial tamanho 10, espaçamento simples.

Portanto, o resumo deve conter:

➢ entre 100 e 250 palavras;

➢ ser redigido em bloco único, sem parágrafos;

➢ deve-se utilizar fonte 10 e espacejamentos simples entrelinhas;

➢ Inicie-o com uma breve exposição do problema, dos objetivos e as

justificativas do trabalho;

➢ Em seguida, relate de forma breve a metodologia (incluindo tipo de estudo

– pesquisa de campo ou pesquisa bibliográfica) e locais de busca

(internet, bibliotecas, empresas, etc.);

➢ Na sequência, faça uma breve exposição dos principais resultados (se for

um trabalho bibliográfico estes resultados serão informações da própria

pesquisa bibliográfica);

➢ Finalize com uma, também, breve exposição das principais conclusões.

5.7.2 – As Palavras-chave

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As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, separadas do

mesmo por um espaço de 1,5cm, antecedidas da expressão Palavras-chave.

Todas as palavras e expressões devem ser separadas entre si por ponto e

finalizadas por ponto.

Devem-se escolher palavras ou expressões que expressem as idéias

centrais do texto, podendo ser termos simples e compostos, ou expressões

características. A preocupação do autor na escolha dos termos mais

apropriados, deve-se ao fato dos leitores identificarem prontamente o tema

principal do artigo lendo o resumo e palavras-chave. No levantamento

bibliográfico feito através de softwares especializados ou pela internet, utilizam-

se em grande escala esses dois elementos pré-textuais.

Uma dica então, é escolher as mesmas palavras ou expressões que

você utilizaria para pesquisar o seu tema ou artigos na Internet.

5.7.3 – A Introdução

É a parte inicial do texto em que deve constar a delimitação do tema

(assunto tratado), objetivo da pesquisa, a relevância social e para a área em que

esta inserida a pesquisa, a justificativa pessoal, a metodologia, entre outros

elementos.

Geralmente utiliza-se como metodologia a pesquisa de compilação ou

bibliográfica que procura explicar um problema a partir de referências teóricas

publicadas (livros, periódicos, artigos, etc.). Busca conhecer e analisar as

contribuições culturais ou científicas existentes sobre um determinado assunto,

tema ou problema. Ela pode ser realizada independentemente de como parte de

outras pesquisas.

Se tratando de uma pesquisa de campo, não fica restrita aos aspectos

teóricos. Realiza-se pela observação que o pesquisador faz diretamente dos

fatos ou pela indagação das pessoas envolvidas no tema objeto do estudo.

Trata-se de um estudo descritivo das características, propriedades ou relações

existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada. Lembre-se: caso

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opte por uma pesquisa de campo, deverá escolher a técnica de coleta que

pode ser a entrevista, o questionário, formulário, testes, etc.

Sugerimos que:

➢ A questão-problema venha no primeiro parágrafo (1 parágrafo);

➢ Em seguida, relacione e comente os objetivos do trabalho (1 parágrafo);

➢ Na sequência, relate de forma objetiva as justificativas para a realização

do trabalho sobre aquele assunto e sua motivação pessoal (1 parágrafo);

➢ Nos parágrafos seguintes, coloque as definições e informações acerca do

assunto, em linhas gerais, sem muito aprofundamento (2 a 3 parágrafos);

➢ Continue o texto relacionando e dialogando com os autores que te dão

sustentação teórica, citando-os e conversando com eles, bem como,

comentando rapidamente a metodologia utilizada na pesquisa (2 a 3

parágrafos);

➢ Utilizar de uma citação no mínimo e no máximo três;

➢ No último parágrafo relate e analise as hipóteses aventadas e que serão

comprovadas ou refutadas na pesquisa (1 parágrafo);

➢ Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre

as seções do Artigo;

➢ Antes de enviar, faça correção gramatical e ortográfica de todo o texto.

5.6.4 – Desenvolvimento

Parte principal do texto que contém a exposição ordenada e

pormenorizada do assunto, este deve ser o item maior e mais importante do

Artigo, pois, é onde você fará todas as considerações e debates sobre o tema

da pesquisa.

Divide-se em seções e subseções, quando necessário, que variam em

função da abordagem do tema e do método.

É preciso haver citações, pois sem citar ou dialogar com os autores não

tem validade científica. Nele você fará as novas definições e

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aprofundamento teórico no assunto abordado utilizando os autores e suas obras,

sempre que fizer alguma afirmativa.

É nesse momento que se faz um detalhamento minucioso da

metodologia (inclusive dizer se foram consultados, preferencialmente, livros e

artigos de sites científicos). Este ponto será considerado, de acordo com o tipo

de estudo desenvolvido. Trabalhos de campo serão analisados sob os critérios

exigidos para este tipo de estudo (metodologia criteriosamente delineada e

detalhada em todos os seus aspectos).

O Instituto IBE/FACEL sugere como METODOLOGIA, a REVISÃO DE

LITERATURA.

Os resultados do estudo devem ser relacionados (se for uma pesquisa

bibliográfica, serão as próprias informações obtidas nos estudos consultados).

Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo desenvolvido.

Em seguida faz-se a discussão destes resultados (neste ponto, você

pode fazer suas próprias intervenções, mas apenas comentando as informações

que foram dadas, em forma de citações, na frase ou parágrafo anterior).

Por exemplo:

• Em um texto informativo como este “A linguagem seria então o motor do

pensamento, contrariando assim a concepção desenvolvimentista que

considera o desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem”.

(VYGOTSKY, 1991, p. 26). Você faz seu comentário pessoal a respeito

dele, dessa forma: o disléxico apresenta dificuldades com a linguagem

isso dificulta o desenvolvimento de sua aprendizagem e em função disso

é necessário que o docente trabalhe de forma direcionada às dificuldades

de cada aluno. (Cometário de aluno).

É importante que você mantenha um diálogo científico e formal com os

autores, citando-os sempre que fizer afirmações ou alegações que exijam essas

afirmativas, pois, jamais podemos afirmar sem que autoridades no assunto nos

deem suporte teórico.

Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre

as seções do Artigo.

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5.6.5 – Conclusão

Parte final do trabalho, na qual se apresentam considerações finais a

respeito do assunto pesquisado.

Deve ser o fechamento do assunto com as suas próprias palavras, isto

é, sem fazer citações, mas, sem dar opiniões;

A Conclusão deve referir-se apenas ao que foi efetivamente discutido no

trabalho, tendo em vista os objetivos do estudo e os resultados encontrados,

respondendo à questão proposta inicialmente na introdução;

Em trabalhos com assuntos que geram muita polêmica, você deve

apresentar, ao longo do texto (Desenvolvimento), os pontos a favor e os pontos

contra sobre o problema em questão e, na Conclusão, se posicionar, de maneira

discreta, com relação a um ou outro ponto. Dessa maneira, você informará ao

leitor interessado sobre todos os aspectos do problema, dará a sua opinião na

Conclusão e deixará que o próprio leitor opte por um dos lados;

Por fim: NÃO UTILIZE CITAÇÕES NA CONCLUSÃO.

5.6.6 - Referências

Elemento obrigatório, que consiste em um conjunto padronizado de

elementos descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação

individual. Mais adiante apresentamos os diversos meios de fazer uma

referência.

Observe:

➢ Nas REFERÊNCIAS, somente devem ser relacionados aqueles autores

utilizados, efetivamente, no interior do texto.

➢ Os títulos das obras devem vir em negrito.

➢ Os espaços devem ser simples entrelinhas e as referências recuadas a

esquerda.

Todas as referências deverão ser feitas de conformidade com

as Normas ABNT (NBR 6023/2002), conforme exemplos:

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5.6.6.1 - Livro (1 autor)

BAÉZ, Fernando. História universal da destruição de livros: das tábuas

sumérias à guerra no Iraque. Trad. de Leo Schlafman. Rio de Janeiro: Ediouro,

2006.

BEZERRA, J. de R. Mendes. Análise do discurso: uma linguagem do poder

judiciário. Curitiba: HD Livros, 1998.

CARNEIRO, M.L.Tucci. Livros proibidos, idéias malditas: o Deops e as

minorias silenciadas. São Paulo: Estação Liberdade; Arquivo do Estado/SEC,

1997.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso fundador: a formação do país e a

construção da identidade nacional. 3.ed. Campinas: Pontes, 2003.

5.6.6.2 - Livro (até 3 autores)

DOOLEY, Robert A.; LEVINSOHN, Stephen H. Análise do discurso:

conceitos básicos em lingüística. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

5.6.6.3 - Livro (mais de 3 autores)

ORLANDI, E.P et al. Sujeito e texto. São Paulo: EDUC, 1988.

5.6.6.4 - Capítulo de Livro (mesmo autor)

WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: (6 espaços). O

fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. X-Y.

5.6.6.5 - Capítulo de Livro (autores diferentes)

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LOPES, Náuplia M. Análise acerca do perfil profissional do professor de ensino

superior na modalidade EAD: um estudo de caso. In: CARRÃO. E. V. M..

(Org.). Letras e Fatos. Caratinga: UNEC, 2010. Pp. 45 a 60.

5.6.6.6 - Artigo de Periódico

GUIMARÃES, P. Vicente. A contribuição do Consórcio Interuniversitário de

Educação Continuada e à Distância ao desenvolvimento nacional. Linhas

Críticas, Brasília, v. 3-4, n.3-4, p. 95-106, jun. 1996-jul.1997.

LOPES, Náuplia M. Ensinar com as novas mídias dentro do contexto da

contemporaneidade, baseado nas políticas de utilização das TIC no processo de

ensino/aprendizagem presencial e a distância. SEMED/2009. , v.01, p.85 - 98,

2009.

5.6.6.7 - Artigo de Periódico (em meio eletrônico)

ALENCAR, M.L.N. Aires de. Uma contribuição ao resgate acadêmico da

experiência docente. Linhas Críticas, Brasília, v.2, n.2, p. 28-31, abr.-jul.1996.

Disponível em: <www.unb.fe.br/linhascriticas>. Acesso em: 8 fev. 2011.

LOPES, Náuplia M. O perfil profissional do professor de ensino superior na

EAD e suas perspectivas, a partir da análise dos profissionais que atuam em

uma instituição de Ipatinga in: 15° CIED - CONGRESSO INTERNACIONAL

ABED DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, Fortaleza, 2009. Disponível em:

Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2009/por/pdf/149tcb4.pdf>.

Acesso em: 8 fev. 2011.

. O verdadeiro papel do tutor em EAD. In: ATEAD2010, 2010, Internet.

ATEAD2010. , 2010. Disponível em:

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<http://www.atead.org.br/congressoonline.2010/ publicações>. Acesso em: 21

jan. 2011.

5.6.6.8 - Citações no texto (um autor)

(LOPES, 2010, p.23). Quando fora dos parênteses, o sobrenome do autor só

terá a primeira letra maiúscula, as demais serão minúsculas, ex: De acordo

com Lopes (2010, p. 23) para citação direta. No caso da citação indireta, as

páginas não serão necessárias.

5.6.6.9 - Citações no texto (mais de um autor)

(BRANDÃO; ORLANDI, 2006, p.25).

5.6.6.10 - Citações no texto (mais de três autores)

(BRANDÃO et al., 2008, p. 17).

5.6.6.11 - Citações de documentos oficiais (Decretos, Leis..)

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do

Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Decreto n. 2.134, de 24 de janeiro de 1997. Regulamenta o art. 23 da

Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991 Diário Oficial da República Federativa do

Brasil, Brasília, DF, n. 18, p. 1435-1436, 27 j na. 1997. Seção 1.

5.6.6.12 - Citações de trabalhos acadêmicos (Monografias, Dissertações e

Teses)

BRAGA, R.A. C.; SETTE, Z.de O. As conseqüências da construção da BR

116 para o município de Santa Rita de Minas – MG. Monografia. Faculdade

de Filosofia, Ciências e Letras de Caratinga – MG. 2003.

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LOPES, Náuplia M. O perfil profissional do professor de ensino superior

na modalidade EAD, mediada pelas TIC e suas perspectivas, a partir da

análise dos profissionais que atuam em uma instituição privada de MG.

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Educação e Linguagem do Centro Universitário de Caratinga – MG. UNEC/MG.

Aprovada com louvor em 11 de Julho de 2010.

5.6.6. 13 - Artigo de Jornal (Assinado)

BELCHIOR, Luisa. Líquido tóxico vaza em rio, peixes morrem e 3 cidades

ficam sem água no RJ. Folhaonline, São Paulo, 19 nov. 2008. Cotidiano.

DIMENSTEIN, G. Escola da vida. Folha de São Paulo, São Paulo, 14 jun.

2002.

LOPES, Náuplia M. Coluna sobre Educação. Jornal das Cidades. Timóteo, 22

ago. 2000, P.10.

5.6.6.14 - Artigo de Jornal (Não assinado)

CASAL tem gêmeos negro e branco na Alemanha. Folhaonline, São Paulo, 16

jul. 2008.

775 ANOS depois do “flautista”, Hamelin é infestada por ratos. Folhaonline,

São Paulo, 20 nov. 2008.

5.6.6.15 - Trabalho publicado em Anais

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LOPES, Náuplia M. Ambientes de aprendizagem a distância, utilização das TIC

e o uso do construtivismo em uma instituição de ensino a distância in: X

CONGRESSO INTERNACIONAL GALEGO-PORTUGUES DE

PSICOPEDAGOGIA, 2009, La Corunã. Actas do X Congresso Internacional

Galego-Português de Psicopedagogia. Braga - Portugal: Centro de

Investigação em Educação (CIEd), 2009. p. 5456 – 5470.

. Ensinar com as novas mídias dentro do contexto da

contemporaneidade, baseado nas políticas públicas de utilização das TIC no

processo de ensino/aprendizagem presencial e a distância. In: 1ª

Conferência Municipal de Educação de Vila Velha, 2009. Vila Velha, 2009,

v.01.

5.6.6.16 - Veja mais alguns exemplos de como redigir as referências:

ABBAD, G.S.; BORGES-ANDRADE, J.E. Aprendizagem Humana em

Organizações de Trabalho. In: ZANELLI, J.C.; BORGES-ANDRADE, J.E.;

BASTOS, A.V.B. (Org.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto

Alegre: Artmed, 2004.

ABRAHÃO, J. I. Ergonomia, modelos, métodos e técnicas. In:

CONGRESSO LATINO AMERICANO E VI SEMINÁRIO BRASILEIRO DE

ERGONOMIA, 2, 1993, Florianópolis. Resumos, Florianópolis: 1993.

; PINHO, D. L. M. Teoria e prática ergonômica: seus limites e

possibilidades. In: PAZ, Maria das Graças Torres; TAMAYO, Álvaro (Org.).

Escola, saúde e trabalho: estudos psicológicos. Brasília: UnB, 1999.

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ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educação a distância: uma nova concepção

de aprendizagem e interatividade. São Paulo: Futura, 2003.

ALVES, N. A formação da professora e o uso de multimeios como direito. In:

FILÉ, Valter. (Org.) Batuques, fragmentações e fluxos: zapeando pela

linguagem audiovisual no cotidiano escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

LOPES, Náuplia M. Gestão democrática no ensino superior na modalidade

EAD e o processo de formação continuada dos agentes: uma experiência em

construção. In: XXIV Simpósio Brasileiro e III Congresso Interamericano de

Política e Administração da Educação, 2009, Vitória/ES. CADERNOS ANPAE

- SIMPÓSIO BRASILEIRO DE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA

EDUCAÇÃO. VITÓRIA: UFES/CE/PPGE, 2009. v.07. p. 245 – 245.

NUNES, I. B. Noções de educação a distância. Disponível em:

<http://www.intelecto.net/ead_textos/ivonio1.html>. Acesso em: 8 fev. 2011.

SANFELICE, Jose Luís. História, instituições escolares e gestão educacional. In:

BITTENCOURT, A. B.; OLIVEIRA Jr., W. M.. Estudo, pensamento e criação.

Campinas, SP: Graf. FE, 2005. Disponível em:

<http://www.institutouniversal.g12.br>. Acesso em: 8 fev. 2011.

SANTOS, Edméa Oliveira dos et al. Competências para docência on-line:

implicações para formação inicial e continuada de professores tutores do FGV

on-line. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA,

ABED, Florianópolis: dez., 2005. Disponível em:

<http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/149tcb4.pdf>. Acesso em: 8 fev.

2011.

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5.6.6.17 – Legislação

Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos

legais infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória,

decreto em todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas

emanadas das entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução,

ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão

administrativa, entre outros).

Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade no

caso de se tratar de normas), título, numeração e data, ementa e dados da

publicação. Quando necessário, ao final da referência acrescentam-se notas

relativas a outros dados necessários para identificar o documento.

Exemplos de como referendar legislações:

Constituição Federal

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do

Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

Emenda Constitucional

BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional n.º 9, de 9 de novembro

de 1995. Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal, alterando e

inserindo parágrafos. Lex-Coletânea de Legislação e Jurisprudência:

Legislação federal e marginalia, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995.

Medida Provisória

BRASIL. Medida provisória n.º 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997.

Estabelece multa em operações de importação, e dá outras providências.

Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília,

DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.

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Decreto

SÃO PAULO (Estado). Decreto n. 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Dispõe

sobre a desativação de unidades administrativas de órgãos da administração

direta e das autarquias do Estado e dá providências correlatas. Lex-Coletânea

de legislação e Jurisprudência, São Paulo, v.62, n. 3, p. 217-220, 1998.

Resolução do Senado

BRASIL. Congresso. Senado. Resolução n. 17, de 1991. Autoriza o

desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado do Rio Grande do

Sul, através de revogação do parágrafo 2º, do artigo 1º da Resolução n.º 72, de

1990. Coleção de leis da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v.

183, p. 1156-1157, maio/jun. 1991.

Consolidação de Leis

BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-lei n. 5.452, de 1 de maio

de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Lex-Coletânea de

legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943.

Suplemento

BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por

Juarez de Oliveira. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

Documento cartográfico

Inclui Atlas, mapa, globo, fotografia aérea entre outros. As referências

devem obedecer aos padrões indicados para os documentos monográficos

acrescidos das informações técnicas sobre escalas e outras representações

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utilizadas (latitudes, longitudes, meridianos etc.) formato e/ou outros dados

mencionados no próprio item, sempre que necessário para sua identificação.

Atlas

ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do

Brasil, 1981.

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO ( São Paulo, SP). Regiões de

governo do estado de São Paulo. São Paulo, 1994. Plano Cartográfico do

Estado de São Paulo. Escala 1:2.000.

Mapa

BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário,

turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 cm.

Escala 1:600.000.

Fotografia Aérea

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÀFICO (São Paulo, SP). Projeto Lins

Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. Fx 28, n. 15. Escala 1:35.000.

5.6.7 - Apêndices e Anexos:

Como descrito no material didático, o conteúdo dos Apêndices deve ser

informações produzidas pelo próprio autor do estudo e o conteúdo dos Anexos,

informações inseridas no estudo, mas produzidas em outro (mapas, gráficos,

tabelas, etc.)

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TÍTULO

Autor

RESUMO

Palavras-chave

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

Referências

RESUMINDO A ESTRUTURA DO ARTIGO:

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UNIDADE VI - DICAS PARA A LINGUAGEM DO ARTIGO

Quanto à linguagem científica, é importante que sejam analisados os

seguintes procedimentos no artigo científico:

• Impessoalidade: redigir o trabalho na 3ª pessoa do singular;

• Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu

penso”, “eu acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações

simplórias e sem valor científico;

• Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional,

firmada em dados concretos, onde pode-se apresentar argumentos de

ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico;

• Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se do vocabulário

comum, utilizado com clareza e precisão, mas cada ramo da ciência

possui uma terminologia técnica própria que deve ser observada;

• A correção gramatical é indispensável, onde se deve procurar relatar a

pesquisa com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas,

intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos

deve ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda

vez que se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio, muda-

se o parágrafo.

• Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas são

considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos no

texto, tendo suas fontes citadas em notas de rodapé. (PÁDUA, 1996,

p. 82, apud CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).

Para a redação ser bem concisa e clara, não se deve seguir o ritmo

comum do nosso pensamento, que geralmente se baseia na associação livre de

ideias e imagens. Assim, ao explanar as ideias de modo coerente, se fazem

necessários cortes e adições de palavras ou frases. A estrutura da redação

assemelha-se a um esqueleto, constituído de vértebras interligadas entre si. O

parágrafo é a unidade que se desenvolve uma ideia central que se encontra

ligada às ideias secundárias devido ao mesmo sentido. Deste modo, quando se

muda de assunto, muda-se de parágrafo.

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Um parágrafo segue a mesma circularidade lógica de toda a redação:

introdução, desenvolvimento e conclusão. Convém iniciar cada parágrafo

através do tópico frasal (oração principal), onde se expressa a ideia

predominante. Por sua vez, esta é desdobrada pelas ideias secundárias; todavia,

no final, ela deve aparecer mais uma vez. Assim, o que caracteriza um parágrafo

é a unidade (uma só ideia principal), a coerência (articulação entre as ideias) e

a ênfase (volta à ideia principal).

A condição primeira e indispensável de uma boa redação científica é a

clareza e a precisão das ideias. Saber-se-á como expressar adequadamente um

pensamento, se for claro o que se desejar manifestar. O autor, antes de iniciar a

redação, precisa ter assimilado o assunto em todas as suas dimensões, no seu

todo como em cada uma de suas partes, pois ela é sempre uma etapa posterior

ao processo criador de ideias.

Obs: Sendo pesquisa de campo, logo após o desenvolvimento serão

apresentados os resultados e discussão e por fim, a conclusão.

A primeira página é contada, mas não numerada, então a numeração

começa na página 2, em algarismo arábico, no canto superior direto da folha, a

2cm da borda superior.

Em relação as ilustrações, elas compreendem quadros, gráficos,

desenhos, mapas e fotografias, lâminas, quadros, plantas, retratos,

organogramas, fluxogramas, esquemas ou outros elementos autônomos e

demonstrativos de síntese necessárias à complementação e melhor visualização

do texto. Devem aparecer sempre que possível na própria folha onde está

inserido o texto, porém, caso não seja possível, apresentar a ilustração na

própria página.

Quanto às tabelas, elas constituem uma forma adequada para apresentar

dados numéricos, principalmente quando compreendem valores comparativos.

A lista de ilustrações é um elemento opcional (não em artigos, mas em

monografias, teses e dissertações, bem como lista de tabelas e siglas e

abreviaturas), que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no

texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do

respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração

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de lista própria para cada tipo de ilustração. Essa opção é útil apenas quando

há número significativo de ilustrações no trabalho.

A lista de tabelas também é um elemento opcional, elaborado de acordo

com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome

específico, acompanhado do respectivo número da página. Igualmente a lista

de ilustrações, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de

ilustração. Essa opção é útil apenas quando há número significativo de tabelas

no trabalho.

A lista de abreviaturas e siglas, conforme ABNT, NBR 10522/1988, é

elemento opcional, que consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas

utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes

grafadas por extenso.

Consequentemente, as tabelas devem ser preparadas de maneira que o

leitor possa entendê-las sem que seja necessária a recorrência no texto, da

mesma forma que o texto deve prescindir das tabelas para sua compreensão.

Recomenda-se, pois, seguir, as normas do IBGE:

a) a tabela possui seu número independente e consecutivo;

b) o título da tabela deve ser o mais completo possível dando indicações

claras e precisas a respeito do conteúdo;

c) o título deve figurar acima da tabela, precedido da palavra Tabela e de

seu número de ordem no texto, em algarismo arábicos;

d) devem ser inseridas mais próximas possível ao texto onde foram

mencionadas;

e) a indicação da fonte, responsável pelo fornecimento de dados

utilizados na construção de uma tabela, deve ser sempre indicada no rodapé da

mesma, precedida da palavra Fonte: após o fio de fechamento;

f) notas eventuais e referentes aos dados da tabela devem ser colocadas

também no rodapé da mesma, após o fio do fechamento;

g) fios horizontais e verticais devem ser utilizados para separar os títulos

das colunas nos cabeçalhos das tabelas, em fios horizontais para fechá-las na

parte inferior. Nenhum tipo e fio devem ser utilizados para separar as colunas ou

as linhas;

h) no caso de tabelas grandes e que não caibam em uma só folha, deve-

se dar continuidade a mesma na folha seguinte; nesse caso, o fio horizontal de

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fechamento deve ser colocado apenas no final da tabela, ou seja, na folha

seguinte. Nesta folha também são repetidos os títulos e o cabeçalho da tabela.

6.1 - Citações

A ABNT NBR 10520 (2002, p. 1-2) aplica as seguintes definições para

citação:

• Citação – menção de uma informação extraída de outra fonte.

• Citação direta – transcrição textual de parte da obra do autor

consultado.

• Citação indireta – texto baseado na obra do autor consultado.

• Citação de citação – citação direta ou indireta de um texto em que não

se teve acesso ao original.

• Notas de rodapé – indicações, observações ou aditamentos ao texto

feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na

margem esquerda ou direita da mancha gráfica.

• Notas de referência – notas que indicam fontes consultadas ou remetem

a outras partes da obra onde o assunto foi abordado.

• Notas explicativas – notas usadas para comentários, esclarecimentos

ou explanações, que não possam ser incluídas no texto.

Quanto à menção da citação no texto, de uma informação extraída da

fonte, a regra afirma que para indicar de onde foi retirado o texto citado o autor

deve entrar com o sobrenome do autor, instituição responsável ou título. De

preferência devem ser em letras maiúscula e minúscula, e quando estiverem

entre parênteses devem ser em letra maiúscula.

6.1.1 - Citações diretas e curtas (até 3 linhas): seguem o texto, somente entre

aspas, mesmo tipo de fonte, mesmo tamanho, sem itálico.

Elas são usadas quando se copia literalmente a fala do autor, portanto, é

preciso colocar o ano e a página do documento onde retirou.

Ex: “As conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo

conteúdo foi comprovado ou refutado” (MARCONI e LAKATOS, 2001, p. 21).

Ou,

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Ex:

É o momento em que, usando o seu poder de raciocínio, o

autor consegue transformar-se de pesquisador em

expositor, desenvolvendo a passagem lógica usada no

contexto da investigação para a lógica da demonstração: é

a reconstrução racional que tem por objetivo explicar-

discutir-demonstrar (SALOMON, 2000, p. 34).

Ou

De acordo com Salomon (2000, p. 34):

Quando o autor estiver no início da frase: somente primeira letra vem em

caixa alta ou seja, maiúscula. Autor (ano, p.)

6.1.2 - Citações diretas e longas (mais de 3 linhas): são recuadas 4 cm da

margem esquerda, sem aspas, sem itálico, fonte tamanho 10, espaçamento

simples entre as linhas.

é o momento em que, usando o seu poder de raciocínio, o

autor consegue transformar-se de pesquisador em

expositor, desenvolvendo a passagem lógica usada no

contexto da investigação para a lógica da demonstração: é

a reconstrução racional que tem por objetivo explicar-

discutir-demonstrar.

6.1.3 - Citações indiretas: Essas citações reproduzem apenas a ideia do autor,

mas é de bom tom, colocar também a página de onde se retirou, não sendo

obrigatório.

Lembre-se...

Segundo Marconi e Lakatos (2001, p. 21) “as conclusões devem estar

vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou

refutado”.

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apud significa - “citado por”, conforme, segundo

et al quer dizer - “e outros”

Ex: Segundo Oliveira (2003 apud SILVA, 2005, p.13) “o mais importante é

deixar clara a ideia do autor”.

De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007) a pesquisa bibliográfica

procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em

artigos, livros, dissertações e teses, constituindo o procedimento básico para os

estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio sobre determinado tema.

São comumente usadas as expressão et al e apud. Elas também devem

vir em itálico e caixa baixa.

6.1.4 - Citação de citação: Aquela que se refere a obras mencionadas por

outros autores, às quais não se teve acesso. Deve-se indicar inicialmente a obra

original citada, seguida da expressão apud e dos dados da obra onde foi extraída

a citação.

➢ Todas as palavras em língua estrangeira devem vir em itálico.

➢ Na primeira vez que usar uma expressão que possa ser

abreviada, ela vem por extenso e abreviada entre parênteses e

nas demais aparições somente a abreviatura.

Ex:

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), na primeira aparição e somente PCN,

nas demais aparições.

Quando o trabalho consultado tiver até 3 autores, todos os três são

referenciados, quando tiver mais de 3 colocamos o sobrenome do primeiro autor

seguido da expressão et al.

Ex:

Quando o autor estiver no final da frase: todas as letras em caixa alta ou

maiúsculas (AUTOR, ANO, p.)

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Para Dutra et al (2006) quanto maior o valor adicionado ao produto,

maior será a necessidade de informação em todas as etapas de sua concepção

e introdução no mercado.

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REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS

ALVES MAZZOTTI, A.; GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas ciências

naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2002.

ALVES, R. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regra. São Paulo:

Brasiliense, 1987.

ANDRADE, Inêz Barcellos de; LIMA, Maria Cristina Miranda Lima. Manual para

elaboração e apresentação de trabalhos científicos: artigo científico. Campos

dos Goytacazes: FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRADE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação

e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa:

apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio

de Janeiro, 2002.

. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das

seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio

de Janeiro, 2003.

. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio

de Janeiro, 2003.

. NBR 10520: informação e documentação: citações em documento

apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:

apresentação. Rio de Janeiro, 2005.

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BASTOS, Lília et al. Manual para elaboração de projetos e relatórios de

pesquisa, teses, dissertações e monografias. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC,

2000.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Os gêneros do discurso. 2 ed. São

Paulo: Martins Fontes, 2002.

BARRETO, A. A. A oferta e a demanda da informação: condições técnicas,

econômicas e políticas. Ciência da Informação, Brasília, v. 28, n. 2, maio/ago.

1999. p.168-142. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-

19651998000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 18 fev. 2011.

BLATTMANN, Ursula. Curso sobre como pesquisar na internet. Disponível

em: <http://www.ced.ufsc.br/bibliote/enebd/minicursos/pesquisa.html#bases>.

Acesso em: 25 fev. 2011.

BRASILEIRO, Ada Magaly Matias; SANTOS, Viviane Pereira dos. Estilo e

método: produção de trabalhos acadêmicos. Ipatinga: Damasceno, 2007.

BREITMAN, K. Web Semântica: a internet do futuro. Rio de Janeiro: LTC,

2005.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v. 1.

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DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 5 ed. Campinas: Autores Associados,

2002.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade. Fundamentos da

metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991.

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia

científica. 6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

COHEN, Laura. Conducting Research on the Internet. Disponível em:

<http://library.albany.edu/internet/research.html>. Acesso em: 25 fev. 2011.

EDUCNET. Rechercher sur internet: guide. Disponível em:

<http://www.educnet.education.fr/dossier/rechercher/default.htm>. Acesso em:

25 fev. 2011.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 3 ed. São Paulo:

Atlas, 1995.

GONZÁLEZ DE GOMEZ, M. N. O papel do conhecimento e da informação nas

formações políticas ocidentais. Ciência da Informação, Brasília, v.16, n.2,

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KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva,

2003. (Série Debates Ciência).

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MEDEIROS, João B. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos e

resenhas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand

Brasil, 2002.

RAMOS, Paulo; RAMOS, Magda Maria; BUSNELLO, Saul José. Manual prático

de metodologia da pesquisa: artigo, resenha, monografia, dissertação e tese.

Blumenau: Acadêmica, 2003.

LANCASTER, F. W. Indexação e resumo: teoria e prática. Brasília: Briquet de

Lemos, 1993.

MARCONDES, C. H. Representação e economia da informação. Ciência da

Informação, Brasília, v. 30, n. 1, p. 61-70, 2001.

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia Científica na Era da

Informática. 3 ed. rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2008.

MEADOWS, A. J. A comunicação científica. Brasília: Briquet de Lemos,

1999.

NUNES, Rizzato. Manual da monografia: como se faz uma monografia, uma

dissertação, uma tese. São Paulo: Saraiva, 2003.

RODRIGUEs, Eloy. Pesquisar informação na internet. Disponível em:

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TAFNER, Malcon; TAFNER, José; FISCHER, Julianne. Metodologia do

trabalho acadêmico. Curitiba: Juruá, 1999.

<http://www-bib.eng.uminho.pt/Pessoal/Eloy/Curso/pesquisa.htm>. Acesso em:

25 fev. 2011.

SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia Científica: a construção do

conhecimento. 3 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. São

Paulo: Cortez, 2002.

SOUZA, Antonio Carlos de; FIALHO, Francisco; OTANI, Nilo. TCC: Métodos e

Técnicas. Florianópolis, Visual Book, 2007.

VIEIRA, Sonia. Como escrever uma tese. São Paulo: Pioneira Thompson,

2000.

Page 170: TRABALHO CIENTÍFICO

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ANEXOS

AS NORMAS DA ABNT PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS

ACADÊMICOS

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem

citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições

indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda Norma

está sujeita à revisão, recomenda-se que sempre verifiquem as edições mais

recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas

em vigor em um dado momento.

NBR 6023/2002 - Informação e documentação – Referências – Elaboração.

Esta Norma estabelece os elementos a serem incluídos em referências.

Fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para

transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras

fontes de informação. Destina-se a orientar a preparação e compilação de

referências de material utilizado para a produção de documentos e para inclusão

em bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros.

NBR 6024/2003 - Informação e documentação - Numeração progressiva das

seções de um documento escrito - Apresentação.

Esta Norma estabelece um sistema de numeração progressiva das

seções de documentos escritos, de modo a expor numa sequencia lógica o inter-

relacionamento da matéria e a permitir sua localização.

NBR 6027/2003 - Informação e documentação - Sumário - Apresentação.

Page 171: TRABALHO CIENTÍFICO

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Esta Norma estabelece os requisitos para apresentação de sumário de

documentos que exijam visão de conjunto e facilidade de localização das seções

e outras partes.

NBR 6028/2003 - Informação e documentação – Resumo – Apresentação.

Esta Norma estabelece os requisitos para redação e apresentação de

resumos.

NBR 6034/2004

Esta Norma estabelece os requisitos de apresentação e os critérios

básicos para a elaboração de índices.

NBR 10520/2002 - Informação e documentação – Citações em documentos -

Apresentação.

Esta Norma especifica as características exigíveis para apresentação de

citações em documentos.

NBR 14724/2005 - Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos –

Apresentação.

NBR 12676/1992

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a prática normalizada do

exame de documentos, da determinação de seus assuntos e da seleção de

termos de indexação. Destina-se aos estágios preliminares da indexação, não

tratando das práticas de qualquer tipo de sistema de indexação, pré ou pós-

coordenado. É dirigida para sistemas de indexação nos quais os assuntos dos

documentos são expressos de forma resumida, e os conceitos são registrados

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ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTÍFICO

3cm TITULO

Nome e Sobrenome1

RESUMO

através dos termos de uma linguagem de indexação. Aplica-se especialmente

a serviços de indexação independentes e a serviços de indexação em rede.

Abreviatura dos meses - NBR-10522

janeiro jan.

fevereiro fev.

março mar.

abril abr.

maio maio

junho jun.

julho jul.

agosto ago.

setembro set.

outubro out.

novembro nov.

dezembro dez.

1 Graduado pela Faculdade X, atua como.... e cursa especialização em ........ na Instituição Y

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xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Palavras-chave: Uma. Duas. Três.

Introdução

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Desenvolvimento

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Conclusão ou considerações Finais

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

REFERÊNCIAS

2 cm

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MODELO DE FIGURAS, TABELA E GRÁFICOS SEGUNDO ABNT

MODELO DE FIGURA

Figura 1 - Fluxo das Informações na Logística

Fonte: BERTAGLIA (2006)

Figura 1 – Mapa do Brasil por UF

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Fonte: BERTAGLIA (2006)

MODELO DE TABELA

Tabela 1 – Atenção farmacêutica x conhecimento do significado da atenção

farmacêutica

Atenção

farmacêutica

Sim Não Total

n % N % n %

Sim 2 25,0 0 0 2 25,0

Não 2 25,0 0 0 2 25,0

Às vezes 4 50,0 0 0 4 50,0

Fonte: Dados da pesquisa

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Tabela 1 – Características da profissional entrevistado

Variável Número da

amostra(n)

Frequência

(%)

Sexo:

Feminino 3 37,5

Masculino 5 62,5

Idade:

25 a 30 anos 4 50,0

31 a 36 anos 1 12,5

37 a 42 anos 1 12,5

43 a 58 anos 2 25,0

Tempo de Formação:

1 ano 2 25,0

3 anos 1 12,5

4 anos 1 12,5

11 anos 1 12,5

16 anos 1 12,5

23 anos 1 12,5

30 anos 1 12,5

Tempo de atuação:

< 1 ano 2 25,0

1 a 10 anos 2 25,0

10 a 20 anos 2 25,0

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20 a 30 anos 2 25,0

Formação faculdade:

Pública 5 62,5

Particular 3 37,5

Nível de graduação:

Bacharelado

Especialização

7

1

87,5

12,5

Fonte: Dados da pesquisa

MODELO DE GRÁFICO

Gráfico 1 - Estado civil

ESTADO CIVIL

Divorciado

Viúvo

Separado

Solteiro

Casado

0 5 10 15

N.º DE PROFISSIONAIS

Fonte: Dados da pesquisa

10

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CENTRO BETHÂNIA CIDADE NOBRE

BOM RETIRO

PRIMÁRIO

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

ENSINO SUPERIOR

34

25

37 38 31

25

40

30

20

10

5050

ESCOLARIDADE

Gráfico 1 – Escolaridade dos participantes

Fonte: Dados da pesquisa

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INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO

FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI

NÁUPLIA MARIA LOPES

ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO

INSTITUTO INE/FACCREI: Artigo Científico – modelo, elaboração e formatação

BELO HORIZONTE

2017

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INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO

FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI

NÁUPLIA MARIA LOPES

ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO

INSTITUTO INE/FACCREI: Artigo Científico – modelo, elaboração e formatação

Artigo Científico de modelo, preparado pelo Instituto INE e Faculdade Cristo Rei de Cornélio Procópio – FACCREI. como ferramenta de apoio ao aluno, na confecção do seu Trabalho de Conclusão de curso.

BELO

HORIZONTE 2017

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ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO

INSTITUTO INE/FACCREI: Artigo Científico – modelo, elaboração e formatação

Náuplia Maria Lopes1

RESUMO

Objetivando orientar os alunos do Instituto INE/FACCREI, quanto à elaboração e editoração do artigo científico, requisito parcial exigido para a conclusão e obtenção do título de Especialista, sendo este o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), elaborou-se este artigo científico servindo também de modelo para a formatação e estrutura do mesmo. Devido ao grande número de dúvidas e reformulação dos trabalhos em primeira versão, elaborou-se este no intuito de minimizá-las, auxiliando, assim, os alunos. Este instrumento foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica, embasada teoricamente, pelo Material Didático de Metodologia Científica do Instituto INE/FACCREI, intencionando, também, a análise e utilização de diversas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), relativas à pesquisa, elaboração, escrita e formatação de um Artigo Científico. Por se tratar de um estudo referente ao conteúdo das referidas normas, por vezes será utilizado o texto dos originais. Porém, conforme permissão da ABNT, o Instituto INE/FACCREI guarda e utiliza o direito de adaptação das mesmas. Espera-se atender a uma demanda recorrente, no que tange à elaboração do TCC pelos alunos de Pós-graduação do referido Instituto.

Palavras-chave: Artigo Científico. Orientação. Formatação. ABNT.

Introdução

A feitura de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) causa certo

desconforto e preocupação aos alunos de diversas instituições, entre elas,

aqueles do Instituto INE/FACCREI. Em vista disso e objetivando atender a esta

demanda por maiores orientações aos pós-graduandos do Instituto, elaborou-se

este artigo científico de revisão, contendo orientações pertinentes à elaboração,

formatação e estrutura do TCC.

Dentre os vários tipos de Trabalho de Conclusão de Curso permitidos pelo

MEC, o Instituto INE/FACCREI opta pelo Artigo Científico, que é adotado como

requisito parcial para obtenção do título de Especialista (Pós-Graduação Lato

sensu). Conforme Moura, Ferreira e Paine (1998), o Artigo Científico é um texto

elaborado, cientificamente, a partir de uma pesquisa teórico-metodológica,

apresentando, sinteticamente, os estudos realizados a respeito de um tema e sua

questão-problema (confira a apostila “Metodologia Científica” – Guia de estudo 7).

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1 Professora e responsável pela Metodologia Científica do Instituto INE/FACCREI. Doutoranda em EAD. Mestre em Educação e Linguagem da UNEC/Caratinga. Especialista em Docência do Ensino Superior e Tutoria em EAD.

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um estudo do conWtWeWú.dIoNEdEaAsD.reCfOeMr.idBaRs –no(r3m1a)s,32n7o2-e9n5ta2n1to, não será abordado

A elaboração desse artigo de orientação é também, o cumprimento da

vontade dessa instituição de ensino, em oferecer aos seus alunos, ferramentas

que os auxiliem na confecção do TCC, proporcionando a eles, sucesso na

obtenção do título pretendido.

Visando atender a esta vontade, elaborou-se este instrumento de

orientação a partir de uma revisão bibliográfica em que se buscou apoio na análise

do pensamento de autores, como Alves; Arruda (2008), Barba (2008), Brasil;

Santos (2007) Lakatos; Marconi (2008- 2009) e Moro (2010) entre outros, bem

como, a utilização integral do material didático do Instituto INE/FACCREI,

preferencialmente, os cadernos das disciplinas sobre a Metodologia Científica e

Orientações de TCC (GUIAS DE ESTUDO 7 e 8, 2010).

Intencionou-se, também, trabalhar o conteúdo das normas da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): - NBR 6021 (2003) – Informação e

documentação - Publicação periódica científica impressa – Apresentação; - NBR

6022 (2003) – Informação e documentação - Artigo em publicação periódica

científica impressa – Apresentação; - NBR 6023 (2002) - Informação e

Documentação – Referências – Elaboração; - NBR 6028 (2003) – Resumos –

Procedimentos; - NBR 10520 (2002) – Informação e documentação -

Apresentação de citações em documentos; - NBR 14724 (2005) – Informação e

documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas em sua NBR 6021 (2003)

especifica os requisitos para apresentação dos elementos que constituem a

estrutura de organização física de uma publicação periódica científica impressa.

Destina-se a orientar o processo de produção editorial e gráfica da publicação, no

sentido de facilitar a sua utilização pelo usuário e pelos diversos segmentos

relacionados como tratamento e a difusão da informação. No caso específico do

TCC do Instituto INE/FACCREI, a única diferença é que o texto é digitalizado e

não impresso, porém, os requisitos são os mesmos.

A NBR 6022 (2003) estabelece um sistema para a apresentação dos

elementos que constituem o artigo em publicação periódica científica impressa. A

premissa acima, aplica-se novamente.

Nesse texto, por vezes será utilizado o texto dos originais, por se tratar de

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neste instrumento o conteúdo das referidas normas na íntegra.

A confecção de um Artigo Científico como TCC, bem como a sua

publicação, justifica-se, não somente pela exigência do MEC, mas, também, pela

necessidade de se fazer ciência na Educação e, com isso, buscar a melhoria do

ensino brasileiro e de seus profissionais.

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Portanto, normas são estipuladas, com o objetivo primordial, a exigência

de um padrão de apresentação dos trabalhos acadêmicos, principalmente, na

divulgação dos dados técnicos obtidos e analisados, registrando-os em caráter

permanente, o que proporciona a outros pesquisadores fontes de pesquisas fiéis,

capazes de nortear futuros trabalhos de pesquisa, facilitando sua recuperação nos

diversos sistemas de informação utilizados no país.

Em sendo e para efeito deste artigo de orientações, seguem as seguintes

definições: trabalhos acadêmicos (trabalho de conclusão de curso (TCC); trabalho

de graduação interdisciplinar (TGI), trabalho de conclusão de curso de

especialização e/ou aperfeiçoamento): documento que representa o resultado de

estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser

obrigatoriamente emanado da disciplina, conforme a NBR 14724 (2005).

Dentro desses parâmetros, é norma do Instituto INE/FACCREI a

apresentação de um Artigo Científico contendo entre 10 e 15 páginas, da

Introdução à Conclusão, devendo, o texto, ser corrido, ou seja, não se deve mudar

de página para iniciar uma nova seção.

Vale lembrar que, ninguém escreveu uma grande obra sem ter escrito uma

pequena obra, primeiramente. No mundo acadêmico não são as grandes obras,

ou as grandes pesquisas que se tem como mais usual. Hoje em dia, é muito

comum autores escreverem uma série de pequenos artigos que depois são

reunidos em livros. É cada vez mais comum as editoras publicarem livros

“organizados”, escritos também por diversos autores. Cada autor escreve um

ensaio que se tornará capítulo do livro.

Isto se deve à forma cada vez mais privilegiada dos gêneros literários

acadêmicos de tamanho reduzido. Estes gêneros são os seguintes, segundo a

ABNT (NBR 6022, 2003, p. 2):

• Artigo: É o texto que irá discutir ideias, métodos, técnicas, processos e resultados.

Ele tem a característica de ter sua autoria declarada, de ter como objetivo a

divulgação através de periódicos.

• Artigo Acadêmico: É semelhante ao anterior, porém é resultado de uma pesquisa

científica e por isso, busca ser publicado por uma revista de divulgação científica e

é submetido a aprovação por julgamento.

• Ensaio: Este documento relata estudo sobre determinado assunto. É menos

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aprofundado que um tratado formal (tese, dissertação) e geralmente não se baseia

em pesquisa empírica.

• Paper: É um pequeno artigo científico e resultado de um projeto de pesquisa, com

o objetivo de ser apresentado como comunicação em um congresso científico,

sujeito a sua aceitação por julgamento.

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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

se considera que a ciência é o melhor modelo (em casos mais radicais, é

O Artigo Científico e o Paper são hoje em dia as formas privilegiadas da

transmissão do conhecimento acadêmico, muito mais que o livro.

Como o TCC do Instituto INE/FACCREI é o Artigo, devemos nos ater a ele,

sem esquecer que, ao escrevê-lo, alguns pontos devem ser observados:

1) utilizar sentenças em ordem direta;

2) evitar sentenças longas, deve-se dividi-las com ponto final;

3) sempre usar o termo mais simples possível;

4) sempre utilizar termos concretos e específicos.

Todo artigo passa por algumas fases de amadurecimento. É difícil

especificar estas fases, pois acontecem simultaneamente. Sequencialmente,

deve-se, de acordo com Barba (2010) :

1) Colocar as ideias no papel;

2) ordenar as ideias (reagrupamento dos parágrafos, coordenando os assuntos em

sequência lógica);

3) dar acabamento ao texto (correção gramatical, da concordância e de estilo).

É interessante imprimir o artigo para efetuar as correções em cada fase

para facilitar a visualização dos pontos a serem corrigidos.

Um vício muito comum entre os alunos que se iniciam na arte da escrita é

o uso do pronome pessoal "nós" nos textos científicos. Este é um hábito

transferido das apresentações orais, nas quais a primeira pessoa do plural pode

ser utilizada.

Ao escrever um artigo, o autor deve tomar o cuidado de ser impessoal,

usando termos como "O estudo provou ..." ou "Os resultados indicaram ...etc”.

Observando estas e outras orientações e alertas, será possível alcançar

o sucesso na feitura do TCC, objetivo ímpar desse trabalho.

Desenvolvimento

Sem dúvidas, a ciência é uma tecnologia intelectual capaz de gerar

excelentes entendimentos e interpretações acerca do mundo, bem como, de

proporcionar intervenções e criação de objetos técnicos de maneira a

corresponder a muitos projetos humanos; contudo, surge um problema sério com

a ideologia da cientificidade. Vale dizer, em termos bastante abreviados, quando WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521

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considerada o único) para se compreender e representar o mundo e os homens.

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Isto postoW, WdWe.IaNcEoErAdDo.CcOoMm.BaR A– B(N3T1), (3N2B7R2-69502212, 2003, p. 3) o Artigo

Conforme Fourez (1995) a força da ciência provém do fato de que seus

protocolos, instrumentos e dispositivos de análise simplificam suficientemente a

"realidade" com a finalidade estudá-la e atuar sobre ela. E, como presenciamos

ao nosso redor, isso costuma acontecer de modo bastante eficaz. Mas o que está

sob o guarda-chuva chamado ciência também pode cometer abusos de saber.

Por exemplo, quando se pretende deduzir normas de conduta baseadas em

unívocas evidências (pesquisas) científicas. Ou, então, “reduzir problemas

somente à sua tradução em termos técnicos.” (FOUREZ, 1995, p. 25).

Latour (1998) abordou a suposta transição de uma cultura da "ciência"

rumo à cultura da "investigação" (p. 41). Entende-se, sob sua ótica que, a ciência

como uma atividade fria, direta e objetiva e a investigação, por sua vez, seria

acalorada, arriscada, geradora de outras implicações.

Em sendo, se a ciência põe um final aos caprichos das disputas humanas,

a investigação cria controvérsias. Como mencionado, a ciência opera sob o manto

da ideia de objetividade, tentando escapar tanto quanto seja possível dos

supostos grilhões da ideologia, das paixões e das emoções; já a investigação é

nutrida de todos esses aspectos para gerar perguntas de investigação menos

afastadas de nós próprios. Podemos pensar que essas duas perspectivas básicas

coexistem em graus variados na atividade científica atual.

Investigação ou não, o principal benefício obtido com a publicação dos

resultados de uma pesquisa - e, sem dúvida, mais honroso e louvável - é o

progresso da ciência. Ela é construída passo-a-passo, sendo cada passo

alicerçado e impulsionado pelas pesquisas de outros.

As vantagens para o autor passam pelo reconhecimento de seu esforço

intelectual; estabelecimento e sedimentação de sua reputação de pesquisador por

meio de acreditação pública; garantia de continuidade de seus projetos; prestígio

e; obtenção de posições acadêmicas hierarquicamente superiores.

Além disso, a produção científica é usada como parâmetro para

concessão de recursos pelas agências de fomento à pesquisa, como ferramenta

de avaliação dos cursos de graduação e de pós-graduação, como é o caso do

Instituto INE/FACCREI e como critério para seleção de corpo docente e de equipe

de pesquisa por muitas instituições.

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Científico pode ser de dois tipos:

• Original ou divulgação: apresenta temas ou abordagens originais;

• Revisão: que analisam e discutem trabalhos já publicados (revisões

bibliográficas).

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acadêmicos: ElemWeWnWto.sIN

pErEéA-tDe.xCtuOaMi.sB; REle–m(e3n1t)os3t2e7x2tu-a9i5s2; 1Elementos pós-textuais.

Sugerimos o segundo tipo, por acreditarmos que, este esteja mais

propenso ao que pretende e espera, nosso aluno, com base, também, no pouco

tempo destinado à pesquisa, haja vista, a brevidade do curso: 18 meses, no

máximo.

De toda forma, é necessário que se faça uma preparação para a pesquisa,

bem como a sua realização, antes de se proceder à feitura do Artigo Científico,

propriamente dito. Para tanto, parte-se da escolha do tema que deve ser

pertinente ao curso em andamento.

A linguagem científica deve ser utilizada e precisa ser clara, objetiva e

especializada. O vocabulário do texto do artigo deve ser peculiar da área de

pesquisa, não sendo permitidas utilizações de gírias ou palavras coloquiais,

típicas de contextos informais de uso da língua.

Segundo Barba (2010 s/p), os itens abaixo constituem as exigências da

linguagem científica que seu artigo científico, por ser um texto acadêmico, deve

conter:

- Impessoal: preferencialmente redigir o trabalho na 3ª pessoa do singular; - Objetividade: a linguagem objetiva deve afastar as expressões: “eu penso”, “eu acho”, “parece-me” que dão margem a interpretações simplórias e sem valor científico; - Estilo científico: a linguagem científica é informativa, de ordem racional, firmada em dados concretos, em que podem ser apresentados argumentos de ordem subjetiva, porém dentro de um ponto de vista científico; - Vocabulário técnico: a linguagem científica serve-se de um vocabulário formal, utilizado com clareza e precisão, uma vez que cada ramo da ciência possui uma terminologia técnica própria que deve ser observada; - A correção gramatical é indispensável, em que se deve procurar relatar a pesquisa com frases claras, evitando muitas orações subordinadas, intercaladas com parênteses, num único período. O uso de parágrafos deve ser dosado na medida necessária para articular o raciocínio: toda vez que se dá um passo a mais no desenvolvimento do raciocínio, muda-se o parágrafo. - Os recursos ilustrativos como gráficos estatísticos, desenhos, tabelas são considerados como figuras e devem ser criteriosamente distribuídos no texto, tendo suas fontes citadas. (Trecho adaptado).

Além dos itens relatados acima, há também a necessidade de adequação

a um nível de textualidade elevado, devendo estar coeso e coerente,

apresentando concisão de ideias, unidade temática, progressão textual e

articulação. Contradições de ideias e falta de clareza fazem com que o artigo se

afaste do ideal de um texto científico.

O Artigo Científico tem a mesma estrutura dos demais trabalhos

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Porém e, por se tratar de um TCC, consta também, de capa e folha de rosto para

a apresentação do mesmo.

A capa deve conter:

• o nome da instituição (INE/FACCREI) no alto da página;

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• seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço;

• o título do TCC no meio da folha;

• o local e data no rodapé;

• todos os itens devem ser redigidos em negrito, fonte tamanho 12,

centralizados e em maiúsculas.

A folha de rosto deve conter:

• o nome da instituição (INE/FACCREI) no alto da página;

• seu nome logo após o nome da instituição, sem espaço;

• a nota do artigo logo abaixo do título (Orientações a seguir);

• o título do TCC no meio da folha;

• o local e data no rodapé;

• todos os itens devem ser redigidos em negrito, fonte tamanho 12, centralizados

e em maiúsculas, menos a nota do artigo. A mesma deve ser redigida em fonte

10, com espaços simples entrelinhas e com recuo de 8,0 cm à direita. Deve seguir

o exemplo: Artigo Científico encaminhado ao Instituto INE/FACCREI, como

requisito parcial para obtenção do título de Especialista em (Seu curso).

Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais constam dos seguintes itens:

a) o título e subtítulo (se houver) devem figurar na página de abertura do

artigo, na língua do texto O título deve ser recortado, temporal e geograficamente.

Sugere-se que sua confecção ocorra somente após a releitura do texto pronto. Além

do que, o título deve dizer claramente o que se pretende no texto. Portanto, deixe

claro que tipo de pesquisa: analítica, relacional etc. Desenvolva uma problemática a

ser estudada, posto que, esta é a diferença entre um texto dissertativo de informação

ou outro, de um Artigo, onde o que se pretende é buscar a resposta para um problema

(pergunta). E, lembre-se da aula de Metodologia Científica ou reveja seu material;

b) a autoria: nome completo do autor na forma direta, acompanhados de um

breve currículo que o qualifique na área do artigo;

c) o mini-currículo: deve constar da formação acadêmica do aluno e sua

atuação profissional, incluindo endereço (email) para contato, deve aparecer em nota

de rodapé;

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d) resumo na língua do texto: O resumo deve apresentar de forma concisa,

os objetivos, a metodologia e os resultados alcançados, no mínimo de 100 e no

máximo de 250 palavras. Não deve conter citações “deve ser constituído de uma

sequência de frases concisas e não de uma simples enumeração de tópicos. Deve-

se dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular do verbo, na voz ativa”.

(ABNT. NBR 6028, 1990, p. 2); Os elementos pré-textuais devem figurar na primeira

folha do artigo.

e) palavras-chave na língua do texto: elemento obrigatório deve figurar

abaixo do resumo, antecedidas da expressão: Palavras-chave (em negrito). São

palavras retiradas do texto e que o representam, devendo ser separadas entre si por

ponto, conforme a NBR 6022, 2003, p.4.

Elementos textuais

Os elementos textuais compõem-se de: introdução, desenvolvimento e considerações

finais.

Na introdução deve-se expor a finalidade e os objetivos do trabalho de modo que o

leitor tenha uma visão geral do tema abordado. De modo geral, a introdução deve apresentar:

a) o assunto objeto de estudo;

b) o ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado;

c) trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema;

d) “as justificativas que levaram à escolha do tema, o problema de pesquisa, a

hipótese de estudo, o objetivo pretendido, o método proposto, a razão de escolha do

método e principais resultados.” (GUSMÃO; MIRANDA 1997 apud RELATÓRIO...

2003).

No desenvolvimento, que é a parte principal e mais extensa do trabalho,

deve-se apresentar a fundamentação teórica, a metodologia, os resultados e a

discussão. Divide-se em seções e subseções conforme a NBR 6024 (2003).

Nas considerações finais deve-se observar os seguintes itens:

a) deve responder às questões da pesquisa, correspondentes aos objetivos e hipóteses;

b) deve ser breve, podendo apresentar recomendações e sugestões para trabalhos futuros;

c) para artigos de reWvWiWs.ãIoNdEeEvAeD-.sCeOeMx.cBlRuir–m(a3te1r)ial3, 2m7é2t-o9d5o2e1 resultados.

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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Não obstante, apesar da apresentação dos componentes do artigo serem

redigidas e apresentadas, segundo a ordem pela qual o leitor as encontra, esta

ordem não corresponde, de modo algum, ̀ a sequência pela qual elas são escritas.

Na prática, com efeito, as considerações finais, a introdução e o resumo são,

geralmente, os últimos a serem produzidos e o título sofre, muitas vezes,

alterações radicais de última hora.

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Outra questão que merece análise é a dúvida que existe quanto ao

conteúdo do resumo. De forma direta o resumo não é uma introdução ao artigo,

mas sim um descrição sumária da sua totalidade, na qual se procura realçar os

aspectos mencionados. Deverá ser discursivo, e não apenas uma lista dos tópicos

que o artigo cobre. Deve-se entrar na essência do resumo logo na primeira frase,

sem rodeios introdutórios nem recorrendo à fórmula estafada ”Neste artigo ...”.

Não se devem citar referências no resumo.

Finalizando, o resumo deve conter, de acordo com as orientações e

normas do Instituto INE/FACCREI:

• entre 100 e 250 palavras;

• redigido em bloco único, sem parágrafos;

• utilize fonte 10 e espaçamentos simples entrelinhas;

• inicie com uma breve exposição do problema, dos objetivos e as justificativas do

trabalho;

• em seguida, relate de forma breve a metodologia (incluindo tipo de estudo –

pesquisa de campo ou pesquisa bibliográfica) e locais de busca (internet,

bibliotecas, empresas, etc.);

• na sequência, faça uma breve exposição dos principais resultados (se for um

trabalho bibliográfico estes resultados serão informações da própria pesquisa

bibliográfica);

• finalize com uma também, breve exposição das principais conclusões.

Convém lembrar, ainda, que um resumo pode vir a ser posteriormente

reproduzido em publicações que listam resumos (de grande utilidade para o leitor

decidir se está ou não interessado em obter e ler a totalidade do artigo).

Sobre as palavras-chave, teceremos algumas considerações. Por vezes

é pedido que um artigo seja acompanhado por um conjunto de palavras-chave

que caracterizem o domínio ou domínios em que ele se inscreve. Estas palavras

são normalmente utilizadas para permitir que o artigo seja posteriormente

encontrado em sistemas eletrônicos de pesquisa. Por isso, deve-se escolher

palavras-chave tão gerais e comuns quanto possível. Um bom critério é selecionar

as que usaríamos para procurar na Internet um artigo semelhante ao nosso.

Quanto à introdução, a mesma deve oferecer ao leitor o enquadramento

para a leitura do artigo e deve esclarecer, de acordo com Alves e Arruda (2010, WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521

s/p):

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• a natureza do problema cuja resolução se descreve no artigo;

• a essência do estado da arte no domínio abordado (com referências bibliográficas);

• o objetivo do artigo e sua relevância para fazer progredir o estado da arte;

• indicação dos métodos usados para atacar o problema;

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• descrição da forma como o artigo está estruturado.

Em sendo e de acordo com as orientações e normas do Instituto

INE/FACCREI, na introdução:

1. a questão-problema deve vir no primeiro parágrafo (1 parágrafo);

2. em seguida, relacione e comente os objetivos do trabalho (1 parágrafo);

3. na sequência, relate de forma objetiva as justificativas para a realização do

trabalho sobre aquele assunto e sua motivação pessoal (1 parágrafo);

4. nos parágrafos seguintes, coloque as definições e informações acerca do

assunto, em linhas gerais, sem muito aprofundamento (2 a 3 parágrafos);

5. continue o texto relacionando e dialogando com os autores que te dão

sustentação teórica, citando-os e conversando com eles, bem como,

comentando rapidamente a metodologia utilizada na pesquisa (2 a 3

parágrafos);

6. utilize de uma citação no mínimo e no máximo três;

7. no último parágrafo relate e analise as hipóteses aventadas e que serão

comprovadas ou refutadas na pesquisa (1 parágrafo);

8. não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as

seções do Artigo;

9. antes de enviar, faça correção gramatical e ortográfica de todo o texto.

Já o corpo do artigo, aqui chamado de desenvolvimento, deve descrever

ao longo de vários parágrafos, todos os pontos relevantes do trabalho realizado.

De acordo com as orientações e normas do Instituto INE/FACCREI este

deve ser o item maior e mais importante do Artigo, pois, é onde você fará todas

as considerações e debates sobre o tema da pesquisa. Nele você fará as novas

definições e aprofundamento teórico no assunto abordado, utilizando os autores

e suas obras, sempre que fizer alguma afirmativa.

É nesse momento que se faz um detalhamento minucioso da metodologia

(inclusive dizer se foram consultados, preferencialmente, livros e artigos de sites

científicos). Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo

desenvolvido. Trabalhos de campo serão analisados sob os critérios exigidos para

este tipo de estudo (metodologia criteriosamente delineada e detalhada em todos

os seus aspectos). Sugere-se, como Metodologia, a Revisão de Literatura.

Os resultados do estudo devem ser relacionados (se for uma pesquisa

bibliográfica, serãWoWaWs.IpNrEóEpArDia.sCOinMf.oBrRma–çõ(e3s1)ob3t2id7a2s-9n5o2s1 estudos consultados).

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Este ponto será considerado, de acordo com o tipo de estudo desenvolvido.

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Em seguida faz-se a discussão destes resultados (neste ponto, você pode

fazer suas próprias intervenções, mas apenas comentando as informações que

foram dadas, em forma de citações, na frase ou parágrafo anterior). Por exemplo:

Em um texto informativo como este: “A linguagem seria então o motor do

pensamento, contrariando assim a concepção desenvolvimentista que considera

o desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem”. (VYGOTSKY, 1991,

p. 26).

Você faz seu comentário pessoal a respeito dele, dessa forma: O disléxico

apresenta dificuldades com a linguagem isso dificulta o desenvolvimento de sua

aprendizagem e em função disso é necessário que o docente trabalhe de forma

direcionada às dificuldades de cada aluno. (Comentário de aluno).

Não deixe espaços entre os parágrafos, nem espaços em branco entre as seções do

Artigo; É importante que você mantenha um diálogo científico e formal com os autores,

citando-os sempre que fizer afirmações ou alegações que exijam essas

afirmativas, pois, jamais podemos afirmar sem que autoridades no assunto nos

deem suporte teórico.

E nas considerações finais faz-se o fechamento do assunto com as suas

próprias palavras, isto é, sem fazer citações, mas, sem dar opiniões. Nelas deve-

se anunciar, claramente e de forma reduzida:

• o que é que o trabalho descrito no artigo conseguiu e qual a suarelevância;

• apenas o que foi efetivamente discutido no trabalho, tendo em vista os

objetivos do estudo e os resultados encontrados, respondendo à questão

proposta inicialmente na introdução;

• as vantagens e limitações das propostas que o artigo apresenta;

• as referências a eventuais aplicações dos resultados obtidos e;

• as recomendações para trabalho futuro.

Em trabalhos com assuntos que geram muita polêmica, você deve

apresentar, ao longo do texto (Desenvolvimento), os pontos a favor e os pontos

contra sobre o problema em questão e, nas Considerações finais, se posicionar,

de maneira discreta, com relação a um ou outro ponto. Dessa maneira, você

informará ao leitorWiWnWte.rIeNsEsEaAdDo.CsOoMb.reBRto–do(s3o1s) a3s2p7e2c-to95s2d1o problema, dará a sua

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opinião na Conclusão e deixará que o próprio leitor opte por um dos lados.

Elementos pós-textuais

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maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da

Os elementos pós-textuais devem trazer em seu bojo:

a) referências: elemento obrigatório, constituindo-se de uma lista ordenada dos

documentos efetivamente citados no texto. (NBR 6023, 2000). Trata-se de uma

listagem dos livros, artigos ou outros elementos bibliográficos que foram

referenciados ao longo do artigo. De acordo com a ABNT (NBR 6023, 2000, p. 12)

a ordem das referências pode ser numérica ou alfabética. O Instituto INE/FACCREI

exige a ordem alfabética;

b) apêndices: elemento opcional. “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim

de complementar o texto principal.” (NBR 14724, 2002, p. 2); A palavra é escrita

em CAIXA ALTA, fonte 12, negrito e centralizado. A apresentação de mais de um

apêndice deve seguir uma sequência. Exemplo: APÊNDICE A; APÊNDICE B;

c) anexos: elemento opcional, “texto ou documento não elaborado pelo autor, que

serve de fundamentação, comprovação e ilustração.” (NBR 14724, 2002, p. 2);

Observar a mesma formatação dos apêndices.

d) agradecimentos: elemento opcional que, somente são aceitos quando dirigidos

à instituições de fomento, que por ventura, tenham financiado o trabalho. Várias

instituições de financiamento exigem, formalmente, que o seu apoio seja referido

neste ponto. Mesmo que tal não fosse obrigatório, faz parte das regras de boa

cordialidade científica mencionar, aqui, as instituições que apoiaram o trabalho.

Se houverem ilustrações (quadros, figuras, fotos etc), as mesmas devem

ter uma numeração sequencial. Conforme a ABNT,

sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência do texto, em algarismos arábicos, do respectivo título, a ilustração deve figurar o mais próximo possível do texto a que se refere. (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 5).

Quanto à utilização de tabelas, conforme o IBGE - Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (1993), estas devem ter um número em algarismo arábico,

sequencial, inscritos na parte superior, a esquerda da página, precedida da

palavra Tabela.

Exemplo: Tabela 5 ou Tabela 3.5

Título: as tabelas devem conter um título por extenso, inscrito no topo da

tabela, para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo.

Fonte: a fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela em letra

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tabela, precedida da palavra Fonte.

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• Indicativos dWeWsWe.çIãNoE:EéADo.nCúOmM.eBroR q–ue(3a1n)tec3e2d7e2-o9s5s2u1btítulos, grafado em

Conforme a NBR 14724 (2002), deve-se usar a fonte 12 para o texto e

para as referências. Para as citações longas, notas de rodapé, paginação,

legendas das ilustrações e tabelas, usar tamanho menor, no nosso caso, utilizar

a fonte 10.

A NBR 6022 (2003) não orienta quanto a apresentação gráfica dos artigos

de periódicos.

Citação direta, com mais de três linhas deve ter destaque de 4 cm do

parágrafo. A fonte deve ser menor do que a do texto. O espaçamento entre linhas

deve ser simples. (NBR 14724 (2003).

Nas referências, devem-se seguir as normas da ABNT, atentando para a

ordem alfabética dos autores. No seu material didático existem vários exemplos e

modelos de referências que devem ser consultados, quando da elaboração da

sua lista. O espaçamento deve ser simples entre as linhas e duplo entre as

referências. O alinhamento, das mesmas, deve ser à margem esquerda. O título

é centralizado, em maiúsculas e negrito.

Para concluir o trabalho, deve-se atentar para a formatação e estrutura do

mesmo, dentro das normas exigidas pela instituição.

Abaixo, segue a apresentação gráfica a ser seguida:

• Papel: formato A4;

• Fonte (letra do texto): Arial ou Times New Roman;

• Margem direita: 2,0cm;

• Margem esquerda: 3,0cm;

• Margem superior: 3,0cm;

• Margem inferior: 2,0cm;

• Paragrafação para o texto: Justificado e com recuo de 1,25 cm na 1ª linha;

• Texto das partes que compõem o corpo do Artigo: fonte tamanho 12, espaço

entre linhas de 1,5 cm;

• Nota do artigo, nota de rodapé, resumo e citações longas: fonte tamanho 10,

espaçamento simples entre linhas;

• Nota de artigo e citação longa: recuo de 4,0 cm da margem esquerda; fonte 10;

• O Título do artigo, as palavras Resumo e Referências: fonte tamanho 12,

CAIXA ALTA, negrito, centralizado;

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números inteiros a partir de 1. Não se utiliza ponto, hífen, travessão ou

qualquer sinal após o

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indicativo. Os indicativos dos subitens do Desenvolvimento apresentam

decimais (2.1, 2.2);

• Subtítulos sem indicativo numérico: Resumo e Referências;

• Subtítulos (Introdução, Desenvolvimento e seus subitens, Considerações

finais): fonte tamanho 12, caixa baixa, negrito, alinhados à esquerda;

Não se deve colocar ponto final no título, subtítulos, resumo, introdução,

desenvolvimento, considerações finais e referências.

Paginação: inicia-se a contagem a partir da primeira página textual. O número

deve ser colocado no canto superior direito das folhas.

Considerações finais

Pretendeu-se que este trabalho proporcionasse, de forma muito sintética,

mas objetiva e estruturante, uma familiarização com os principais cuidados a ter

na escrita de um artigo científico. Para satisfazer este objetivo, optou-se por uma

descrição sequencial dos componentes típicos de um documento desta natureza.

Pensa-se que o resultado obtido satisfaz os requisitos de objetividade e

pequena dimensão que pretendia atingir. Pensa-se também que constituirá um

auxiliar útil, de referência frequente para o aluno que pretenda construir a sua

competência na escrita de artigos científicos, bem como, a realização de seu TCC.

Faz-se notar, todavia, que ninguém pode se considerar perfeito neste tipo

de tarefa. A arte de escrever artigos científicos constrói-se no dia-a-dia, através

da experiência e da cultura. Assim, as indicações deste texto deverão ser

entendidas como um mero primeiro passo, enquadrador, para uma jornada plena

de iniciantes, mas, que por se só, não fará milagres e nunca terá fim.

Após a confecção deste artigo espera-se que os alunos dos cursos de

pós-graduação lato sensu desta instituição encontrem o suporte necessário para

a confecção do TCC (Artigo científico), no que tange aos aspectos de elaboração,

formatação e estrutura, dentro das normas e especificações da ABNT e de acordo

com os autores de metodologia científica citados, bem como da própria instituição.

A instituição pretende continuar buscando e oferecendo, aos seus alunos,

ferramentas de apoio que possibilitem a verdadeira apreensão dos conceitos

relativos à prática da ciência e sua divulgação, atendendo ao dispositivo legal que

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exige a produção científica nas instituições de ensino superior.

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REFERÊNCIAS

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documentação: artigo em publicação periódica científica impressa:

apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

_. NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de

Janeiro, 2002.

___ _. NBR 6024: Informação e documentação: numeração progressiva das

seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003.

_. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 1990.

_. NBR 10520: informação e documentação: citação em documentos. Rio de

Janeiro, 2002.

___ _. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:

apresentação. Rio de Janeiro, 2002. .

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