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Resumo Este texto tem como objetivo geral analisar o comrcio eletrnico nas empresas como oportunidades de negcios no mercado interno e externo. Com objetivo especfico de analisar o crescimento de usurios na Internet nos ltimos anos, definindo categorias de comrcio eletrnico, verificando possveis vantagens e caractersticas de atuao entre elas, desenvolvendo tabelas e figuras que ilustram bem a definio de cada conceito aplicado. Para relatar a possvel causa do gerenciamento logstico foi explicado de forma simples o conceito e as etapas da Logstica aplicada ao Comrcio Eletrnico dentre as principais demandas envolvidas no processo. Portanto, com o entendimento dos expressivos nmeros de conectados (clientes potenciais), da definio dos modelos de comrcio eletrnico, a promoo da cultura exportadora fica evidente nas empresas que desenvolvem esse potencial. Palavras-Chave Micro e Pequenas Empresas. Internet. Comrcio Eletrnico. Logstica. Exportao. CITAO: GUEDES, Rainier E. F. F. Comrcio Eletrnico: uma realidade ou uma utopia? 2009. 42f. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Administrao de Empresas). Faculdade So Miguel, Recife, 2009. 7 SUMRIO INTRODUO 1 INTERNET 1.1 A Evoluo da Internet 1.2 A Internet no Brasil 2 COMRCIO ELETRNICO ou E-COMMERCE 2.1 Empresa-Consumidor ou Business-to-Consumer (B2C) 2.2 Empresa-Empresa ou Business-to-Business (B2B) 2.3 Consumidor-Consumidor ou Consumer-to-Consumer (C2C) 2.4 Empresa-Governo ou Business-to-Government (B2G) 8 10 10 1 16 17 17 18 19

2.5 Benefcios do Comrcio Eletrnico Quantitativos e Qualitativos23

ELETRNICO 3.1 Entraves na Distribuio 4 AMEAAS AO COMRCIO ELETRNICO 5 OPORTUNIDADES DOS NEGCIOS ELETRNICOS 6.1 Definindo o que exportar 6.2 Cultura Exportadora e Promoo das Exportaes CONSIDERAES FINAIS 8 INTRODUO

25 27 28 30 3 34 37

6 COMRCIO ELETRNICO: ROMPENDO BARREIRAS DE NEGOCIAES32

A humanidade passou por trs momentos importantes e distintos: o primeiro foi a era agrcola, onde o poder estava concentrado na terra; o segundo foi a era industrial, onde o poder estava concentrado no capital; o terceiro e atual a era da informao, cujo poder est concentrado no conhecimento e na capacidade de armazenar e utilizar as informaes. A evoluo tecnolgica que vem ocorrendo no mundo est acontecendo numa velocidade nunca antes vista. As mudanas que ns vivenciamos nos ltimos dez anos foram maiores que todas j presenciadas pelo mundo. De fato, o comercio eletrnico ganhou popularidade na ultima dcada, levando tanto pequenas empresas quanto as grandes corporaes a investirem nesse conceito de negcio, desde quando a internet tornou-se possvel um novo tipo de comrcio diante da sua conectividade com o mundo. Em virtude das rpidas e importantes transformaes no mundo dos negcios, as empresas brasileiras passaram a utilizar de forma ampla as tecnologias de informao e comunicao para interligar diversas reas, dentre elas: fornecedores e clientes, processando o nmero grande de transaes e atendendo a quantidade de clientes de forma rpida, segura e, muitas vezes, personalizada. seu conceito quanto na sua implementao

A internet trouxe mudanas em todas as reas de negcio. O comrcio eletrnico j tornou uma realidade. Ele est acontecendo em toda a parte e com histrias bem sucedidas. Apesar dos Estados Unidos, os pases europeus e Japo serem lderes desse processo. O comrcio eletrnico de natureza global tanto no Atravs desta perspectiva foi necessrio avaliar a importncia do comrcio eletrnico nas micro e pequenas empresas, notadamente no comrcio exterior. Com o objetivo geral de analisar o comrcio eletrnico como oportunidades de negcios no mercado interno e externo. Os objetivos especficos foram desenvolvidos de forma que venham esclarecer e, ao mesmo tempo, conceituar o comrcio eletrnico na perspectiva do crescimento significativo das pessoas internet nos ltimos anos; definir as principais categorias do comrcio eletrnico e verificar as possveis estratgicos que facilitem as vendas e as negociaes no cenrio internacional vantagens desse conceito; relatar a possvel importncia do gerenciamento logstico e da distribuio dos bens e/ou servios no comrcio eletrnico e enunciar pontos A metodologia deste trabalho foi desenvolvida no modelo terico baseado numa literatura revisada de forma explicativa, abordando os principais acontecimentos do comrcio eletrnico e suas repercusses no mundo dos negcios. Pesquisado de forma bibliogrfica em livros, artigos, jornais e bibliotecas virtuais de natureza qualitativa nos dados coletados. Por sua vez, a justificativa do tema apresentado est baseada na vivncia com as transformaes ocorridas na sociedade, junto ao surgimento da economia digital o mundo passou a desenvolver, cada vez mais, informaes inerentes ao negcio eletrnico (ebusiness) de forma rpida, flexvel e eficaz com custo relativamente menor. A distncia dos mercados reduziu os custos tanto aos comerciantes tradicionais, quanto para os empreendedores da nova economia, no momento que foi desenvolvido junto internet um canal de comercializao. O comrcio eletrnico j uma realidade para muitas empresas no Brasil e no exterior. A possibilidade de realizar compras, pesquisas de preos, servios bancrios entre outros benefcios sem sair de casa ou da empresa a qualquer hora do dia, o grande responsvel pelo crescimento desse setor. A oportunidade no est restrita aos grandes empreendimentos. Pelo contrrio, os recursos tecnolgicos necessrios para os servios on-line, exposio de mercadorias, logstica e vendas pela internet tm custo acessvel tambm para os pequenos negcios. 10 1 INTERNET O comrcio sempre foi a base do desenvolvimento do mundo. Desde que o homem deixou de ser nmade e estabeleceu-se nas pequenas comunidades, havia o mercado, onde eram realizadas as compras e vendas de bens por meio do escambo. Os Fencios, nos sculos XII e

XIV, construram navios e se lanaram ao mar com objetivo de conquistar novos mercados. Tambm aconteceu com os portugueses, na idade mdia, aventuraram-se em longas viagens martimas buscando novos produtos. Na necessidade, esses povos desenvolveram novas tecnologias e conquistaram novos horizontes (VERSSIMO, 2004). Segundo OBrien (2002, apud PINA, 2005, p. 28) estamos vivemos em uma economia globalizada cada vez mais dependentes da criao, administrao de recursos de informao, por redes globais interconectadas com a Internet. As novas tecnologias a cada instante levando muitas informaes ao redor do mundo em segundos. Estar disponvel na Internet significa estar atualizado em tempo real com o que passa no mundo. fcil fazer comparaes entre o navio a vapor, telefone, ferrovia, avio e internet. Cada um deles abriu novos mercados, reduziu o custo de interaes e modificou o valor de certos bens e mercadorias. 1.1 A Evoluo da Internet De acordo com Bogo (2000) a internet foi desenvolvida nos tempos remotos da Guerra Fria com o nome de Advance Research and Projects Agency (ArpaNet) com objetivo de manter a comunicao das bases militares dos Estados Unidos, de conectar os computadores dos seus departamentos de pesquisa. A internet nasceu no final da dcada de 60, nos Estados Unidos. No princpio interligava laboratrios de pesquisas. Pertencia ao departamento da defesa norte-americana. Era o perodo da guerra fria, e os cientistas queriam uma rede que continuasse operando em caso de bombardeio. Surgiu ento o conceito de uma rede em que todos os pontos se equivalessem, sem um comando central. (Santos, 2003, p. 76) A argumentao de Bogo (2000) que quando a ameaa da Guerra Fria passou, a ArpaNet tornou-se til e que seus militares no consideravam to importante mant-la sob a sua guarda. Foi assim permitindo o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede s universidades as quais, sucessivamente passaram para universidades de outros pases, permitindo que pesquisadores domsticos a acessarem. Em suma, podemos dizer que internet um conjunto de redes de computadores interligados que tem em comum um conjunto de protocolos e servios, de uma forma que os usurios possam usufruir de informaes e comunicao de alcance mundial. A internet tornou-se pea fundamental em qualquer estratgia de negcios, seu surgimento a soma de pequenas conquistas tecnolgicas feitas por cientistas extraordinrios. A revoluo provocada pela internet est provocando uma mudana similar que ocorreu com a Revoluo Industrial. Em somente cinco anos depois da Word Wide Web, a economia da internet j atingiu resultados que em setores como energia, automotivo e telecomunicaes, foram necessrios dezenas de anos para atingir o mesmo na velha economia. (ALVES, 2002, p. 45).

1.2 A Internet no Brasil Bogo (2000) informa que a internet no Brasil comeou bem mais tarde, s em 1991 com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), uma operao acadmica subordinada ao Ministrio de Cincia e Tecnologia. Em 1995 foi possvel abertura ao setor privado da Internet para explorao comercial da populao brasileira, atravs da iniciativa do Ministrio da Cincia e Tecnologia. Em 1994 a Embratel lana o servio experimental a fim de conhecer melhor a internet. Um ano mais tarde foi possvel a abertura ao setor privado da internet para explorao comercial da populao brasileira. A RNP fica responsvel pela interconexo e informao em nvel nacional, tendo controle da via principal de informaes transferida por uma rede, neste caso a internet. Silva (2008) explica que com a ampliao das linhas telefnicas, o barateamento dos computadores, o desenvolvimento de tecnologia WI-FI (redes sem fios) e os investimentos das empresas no comrcio eletrnico contriburam para a popularizao da internet no Brasil como mdia de comunicao e entretenimento. Alm disso, cada vez mais, as pessoas usam a internet como canal de compras. O Brasil nos ltimos anos vem demonstrando nmeros expressivos de usurios conectados a Web. Pesquisas recentes mostram que o pas conseguiu aumentar seu percentual de conectados a cada pesquisa, com nmeros consistentes apresentados conforme Tabela 1 abaixo: Tabela 1 Evoluo da populao brasileira versus internautas brasileiros. Data de pesquisa Populao (IBGE) (milhes) Internautas (milhes) % da populao brasileira Crescimento % dos internautas

Atravs do crescimento do nmero de internautas, o Brasil tornou-se um dos dez maiores pases com maior nmero de usurios na rede, na atualidade ocupa a sexta colocao, de acordo com a Tabela 2. Tabela 2 Os dez pases com maior nmero de usurios na internet. Pas Usurios % de usurios

Essa grande expanso do uso pessoal e comercial da Internet tem provocado profundas transformaes na forma como as empresas se relacionam com os clientes, fornecedores funcionrios, rgos governamentais e pblico geral. Isso possibilita a concepo de novas estratgias para a conquista de clientes, a melhoria da eficincia nos processos empresariais e o aumento da eficincia na consecuo dos objetivos da companhia (SILVA, 2008). A pesquisa realizada pela NielsenNetratings em outubro de 2008 no Brasil mostrou a quantidade de pessoas que tm acesso Internet nas residncias, conforme Tabela 3: Tabela 3 Quantitativo de acesso internet nas residncias Itens Brasil Internautas c/ acesso domstico - (milhes) 36,34 Usurios Ativos (milhes) 23,67 Nmero mdio de sesses na Internet por ms 31 Nmero de sites visitados por ms 60 Tempo de navegao no ms (hs) 38:42

Tempo mdio gasto em cada pgina visualizada (seg) 0:47 Fonte: w.ecommerce.org.br (2008) com adaptao do autor. A pesquisa sobre o crescimento dos consumidores on-line nos ltimos anos, elaborado pela empresa E-bit responsvel pelas informaes de oferta, avaliao de lojas, produtos e compras das empresas na internet, apresenta a Tabela 4 de acordo com a seguinte situao:

Verssimo (2004) informa que tais necessidades de navegao, pesquisa de preos e compras existem por causa da facilidade de utilizao da Internet para mostrar a empresa no cenrio global e marcar presena, conforme as possibilidades de: disponibilizar informaes sobre a empresa; fazer pequenos anncios como numa revista ou jornal; promover produtos e servios que sua empresa produz para o mundo; mostrar as novidades sobre a empresa e seus lanamentos para seus atuais clientes; atrair novos clientes; prover comunicao com provveis e j existente clientes via e-mail; oferecer um carto de visitas que tenha maneira interativa e instantnea de ser contatado pelo cliente; permitir que clientes preencham formulrios eletrnicos contendo ordens de compras dos produtos visualizados num stio prprio; receber relatrios contendo informaes e estatsticas sobre a origem das visitas e com que os visitantes esto mais interessados (uma grande maneira de testar o mercado para um novo produto); abrir novos mercados, impossveis de serem atingidos sem grandes despesas com propaganda. Ficar de fora ou adiar a entrada neste mundo novo que est sendo construdo ao seu redor, recusar o mercado mais emergente e com poucas chances de imergir no mundo dos negcios, de acordo com as pesquisas levantadas anteriormente.

16 2 COMRCIO ELETRNICO OU E-COMMERCE Albertin (2000) define que comrcio eletrnico a realizao de toda a cadeia de valores dos processos de negcio em um ambiente eletrnico, por meio da aplicao intensa das tecnologias de comunicao e de informao, atendendo aos objetivos de negcio. Os processos podem ser realizados de forma completa ou parcial, incluindo as transaes negcio-a-negcio, negcio-a-consumidor e intraorganizacional, em uma infraestrutura de informao e comunicao predominantemente pblica, de acesso fcil, livre e de baixo custo. Resumidamente, podemos entender comrcio eletrnico como a capacidade de realizar transaes envolvendo a troca de bens ou servios entre duas ou mais partes utilizando meios eletrnicos. De acordo com Laudon (2007, p. 280) [...] podemos classificar os trs principais tipos de categorias, de acordo com as transaes de comrcio eletrnico, levando em conta a natureza das participaes da transao. Sob essa perspectiva, as trs principais categorias de comrcio eletrnico so: empresa-consumidor, empresa-empresa e consumidor-consumidor. Alguns autores mencionam outra categoria dentro desse contexto, o caso de Alves (2002) que classifica, por exemplo: empresa-governo, como modelo de comrcio eletrnico, em virtude das transaes que envolvem empresas e entidades governamentais na atualidade. Muitos conceitos surgiram, e hoje podemos classificar os modelos de negcios on-line de acordo com as transaes dos participantes envolvidos. Para um melhor entendimento explicaremos as categorias de acordo com os autores acima citados para um entendimento holstico sobre o assunto. 17 2.1 Empresa-Consumidor ou Business-to-Consumer (B2C) Categoria orientada para venda de produtos e servios no varejo on-line diretamente a compradores individuais, esses clientes lidam diretamente com uma organizao e evitam intermedirios (LAUDON, 2004). Alves (2004, p. 65) acredita que: [...] nesta categoria ainda existem muitas incertezas quanto viabilidade das aplicaes, pois essas apenas esto ensaiando seus primeiros passos em terreno ainda bastante rido. Na verdade, muitos projetos B2C no tm dado certo porque esto sendo implantados como uma extenso de um negcio velho. No porque uma empresa possui uma rede de varejo, que podia criar um site na Internet e comear a vender os mesmos produtos como vende em sua rede de lojas fsicas.

Segundo Cunningham (2000, p. 36) [...] a evoluo do mercado B2C tem sido rpido e feroz, enquanto o estado atual deste mercado de crescimento e confuso. As empresas que esperaram para ver que a Internet era simplesmente uma moda passageira fecharam, enquanto outras despertaram para ver novos desafios trazidos pela velocidade das informaes. Os estudos continuam a confirmar que os consumidores utilizam a web como uma ferramenta de pesquisa, mas muitos ainda esto comprando com freqncia nas lojas tradicionais. Exemplo clssico a pioneira Amazon nos Estados Unidos. Temos no Brasil casos bem sucedidos de empresas como, por exemplo: Submarino, Lojas Americanas, Shoptime, entre outros. 2.2 Empresa-Empresa ou Business-to-Business (B2B) Est relacionado venda de produto de bens e servios entre empresas. Um exemplo a venda material de escritrio para empresas ou a compra de insumos para a produo de bens (LAUDON, 2004). Segundo Alves (2002, p. 62) [...] os servios do B2B tm como ponto central a introduo de facilidades e de recursos que permitem a realizao de transaes de negcios on-line entre as companhias. Pode representar uma grande oportunidade de reduo de custos e ganhar vantagens competitivas pelo compartilhamento da economia de escala da cadeia de suprimentos, com a integrao de fornecedores de produtos e servios, provedores de redes de valor agregado e da Internet. Tal categoria permite que empresas pequenas sejam visveis pelo mercado global sem as barreiras de fronteira e possam, efetivamente, fazer parte dele. Por meio de aplicativos B2B uma pequena empresa familiar pode negociar com uma grande da rede de varejo. Por outro lado, a rede de varejo elimina intermedirios que no agregam valor e que incrementam custos (ALVES, 2002). Cunningham (2000, p. 38) argumenta que: O desenvolvimento de relacionamentos com consumidores tem uma base comum, seja ele um indivduo (B2C), seja uma empresa inteira (B2B). Entretanto, a complexidade da transao e o nvel do relacionamento so diferentes em virtude das variveis envolvidas. Para o B2B, as relaes de dependncia podem incluir muitos aspectos do relacionamento nos negcios como vendas, suporte, desenvolvimento, fabricao e distribuio. Alem das principais categorias de comrcio eletrnico, as companhias esto usando tecnologias de internet para melhorar o controle e a distribuio de estoques. Mas independente da categoria, a implementao bem-sucedida do

informao (STAIR E REYNOLDS, 2006, p.288) comrcio eletrnico exige mudanas significativas em tecnologia de sistemas de 2.3 Consumidor-Consumidor ou Consumer-to-Consumer (C2C) Tem o enfoque para venda eletrnica de bens ou servios para consumidores diretamente a outros consumidores. No Brasil o exemplo mais conhecido o stio do MercadoLivre permite que as pessoas vendam suas mercadorias a outros consumidores a preo mais baixo na rede de computadores. A possibilidade de negcios diretos entre consumidores uma das mais atraentes novidades da internet. 2.4 Empresa-Governo ou Business-to-Government (B2G) Est caracterizada para as transaes que envolvem empresas e entidades governamentais. Os benefcios de governo digital so importantes, desde a eliminao de burocracia at o mecanismo de fiscalizao (ALVES, 2002). Alm dos benefcios diretos, quando os governos passam a usar aplicaes G2B (governoempresa) e B2G (empresa-governo) em seus projetos de compras, inmeras empresas so estimuladas a ingressarem na economia digital. No Brasil, assim como grande parte dos pases da Amrica Latina, ainda incipiente a quantidade de servios oferecidos on-line. [...] No Brasil o governo federal tem um agressivo projeto denominado governo digital, oferecendo servios e informaes. A internet provocou mudanas nas relaes entre governos e cidados em todo mundo. Embora muitos servios j estejam disponveis, a utilizao tmida, mas isso vem mudando. As categorias de comrcio eletrnico se relacionam entre si, e para estabelecer a estratgia de implementao deve ser direcionada por requisitos muito especficos de cada tipo de negcio. Em virtude das rpidas mudanas as empresas que queiram competir no ambiente virtual, tero de remodelar as suas formas de efetuar negcios. Para quelas organizaes que desejam comercializar seus produtos e servios na Internet, praticando o comrcio eletrnico, a realizao de mudanas estruturais em seus ambientes internos atravs do desenvolvimento das estratgias de negcios inovadoras mandatria (RAMOS, 2007). As empresas usam o comrcio eletrnico para reduzir os custos de transaes, acelerar o fluxo de bens e informaes, melhorar os nveis de servios ao clientes (STAIR E REYNOLDS, 2006, p. 288) consumidor e permitir uma melhor coordenao entre fabricantes, fornecedores e

Conforme Alves (2002, p. 61) demonstra atravs da Figura 1 um entendimento amplo das categorias vista anteriormente: Figura 1 Categorias dos negcios eletrnicos

G2G B2G G2C B2C B2B C2C

Fonte: Alves (2002) com adaptao do autor. Segundo Cunningham (2000, p. 47), qualquer empresa existente que queira estar on-line significa mais do que adicionar o pontocom ao prprio nome. Tornarplano ttico da empresa junto ao mercado digital

se uma empresa na Internet altera muitos aspectos, incluindo o servio ao cliente, desenvolvimento do produto, vendas, marketing, finanas e recursos humanos. Gerenciar a mudana que o novo mercado traz importante para desenvolver um modelo de negcio rentvel. Podemos dizer que a educao voltada para transformao (mudanas) est relacionada com os objetivos de implementar o Silva (2008) refora que muitas organizaes adotam essa ferramenta como uma mdia adicional para seus negcios, usando-a como meio de comunicao e relacionamento com os clientes preferindo operar em conjunto com recursos convencionais como envio de mala direta, investimento em propaganda, folhetos, telemarketing, entre outros. Cunningham (2000, p. 45), estabelece algumas caractersticas dos clientes B2B e B2C, de acordo com as necessidades de compras, informaes ou suporte sobre produtos e/ou servios, conforme Tabela 5: Tabela 5 Caractersticas dos clientes B2B e B2C. Caracterstica B2B B2C Compras por comparao Pouco Sim Informaes especficas sobre o setor Sim Sim Informaes especficas sobre o produto Sim Sim Servio de intercmbio entre empresas Sim No Suporte transao (Comrcio Eletrnico) Sim Sim Suporte ao cliente Sim Sim Fonte: Cunningham (2000) Cunningham (2000, p. 41) detalha as diferenas no enfoque dos programas de consolidao das marcas para empresas B2B e B2C. Embora essa consolidao de marca apresente um desafio e resultados diferentes, no negcio B2B o enfoque est em segmentos especficos de negcios, geralmente um grupo que o anunciante conhea bem, conforme Tabela 6: Tabela 6 Questes sobre a marca e sua importncia para empresa Questes sobre a marca B2B B2C Influenciar consumidores De algum modo importante Muito importante Influenciar parceiros de negcios Muito importante Menos importante Relaes com investidores Importante Importante Relaes com a imprensa Muito importante

(segmento de mercado) Importante (segmento demogrfico) Imagens (Web, mdia impressa, TV, embalagens de produtos) Importante Muito importante Segundo Cunningham (2000) a marca essencial para criar a impresso correta dentro do grupo-alvo. A reputao e as referncias representam uma grande parcela do desenvolvimento e expanso de novos relacionamentos nos negcios. O comrcio eletrnico existe em vrios segmentos industriais, com exemplos bem sucedidos e com ampla rea de atuao. Dentre os segmentos pesquisados esto: varejo; distribuio; finanas; projetos de engenharia; suporte para vendas; servios entre outros. Segundo Alves (2002, p. 38), se tudo que se tem profetizado em termos de mercados digitais acontecer, como milhares de consumidores e empresas esto esperando, haver uma expanso muito grande do comrcio virtual, todos esperam fazer parte dele. Para isso, muitas delas j esto se reestruturando para trabalhar dentro deste novo programa. De fato, o comrcio eletrnico ganhou popularidade na ltima dcada, levando tanto pequenas quanto as grandes empresas a investirem nesse conceito de negcio, desde que a internet tornou-se possvel um novo tipo de comrcio diante da sua conectividade com o mundo. 2.5 Benefcios do Comrcio Eletrnico Quantitativos e Qualitativos Block, Pigneur e Seveg (1996 apud Corra, 2002) mencionam que os benefcios do comrcio eletrnico podem ser divididos tanto como quantitativos quanto qualitativos. Os benefcios diretamente mensurveis quantitativos podemos classificar como: Produo de produtos facilitada pela possibilidade de enviar atravs de rede uma quantidade maior de informaes, possibilitando a alterao destas sem custo e sem perda de tempo. A promoo poder ser personalizada de acordo com cada perfil de consumidor, customizando o contedo. Novo canal de vendas com o comrcio eletrnico, as empresas passam a ter um meio de comercializao, tanto para produtos fsicos quanto os produtos de informao. Economia direta obtida pelo compartilhamento da infraestrutura pblica para o envio de informaes e de produtos digitais, semelhante a uma infraestrutura fsica.

Inovao de produtos as empresas podero compartilhar seus consumidores o lanamento de produtos, monitorando as e solicitando um feedback aos compradores sobre as caractersticas desejadas. Tempo de comercializao a prpria natureza do comrcio eletrnico permite reduzir o ciclo de produo e das entregas de informaes, obtendo a flexibilidade e agilidade. Prestao de servios a empresa poder prestar o servio ao consumidor 24h por dia, sete dias por semana, bem como monitorar suas compras e oferecer suporte, caso haja necessidade. J os benefcios indiretos ou qualitativos podem ser classificados da seguinte maneira: Novas oportunidades de negcios com o comrcio eletrnico muitas empresas esto trabalhando com o consumidor final, eliminando o intermedirio da operao. Surgindo novas formas de intermediao, como os infomedirios (empresas responsveis em intermediar informaes), que unem compradores e vendedores que antes no tinham como se conhecer. Relacionamento com os clientes segundo Rayport e Sviokla (1994 apud Corra, 2002) mencionam que atualmente o mundo est com excesso de capacidade de produo e de oferta, e escassez de demanda, existindo a necessidade de mudana de enfoque de pensamento da empresa de oferta para demanda, buscando o relacionamento com os consumidores, baseado na aprendizagem de suas necessidades e desejos. Divulgao da marca da empresa e de novos produtos a internet proporciona um importante meio de divulgao e de construo da marca da empresa e de novos produtos, j que pode alcanar um mercado consumidor abrangente a um custo reduzido, caso comparado com o tradicional. Aprendizagem organizacional a introduo da nova tecnologia no ambiente empresarial far com que as organizaes aprendam a trabalhar com novas estratgias de negcios, tanto para obter as informaes do consumidor como oferecer novos produtos e servios. Esse novo ambiente tem fornecido tanto empresas quanto indivduos, canais alternativos para trocar informaes, comunicarem-se, transferir diferentes tipos de produtos e servios e iniciar transaes comerciais. 25 3 UM NOVO ENFOQUE: A LOGSTICA APLICADA AO COMRCIO ELETRNICO Tomando como base o ponto de vista conceitual de logstica, segundo Cristopher (1997 apud ALVES, 2002):

[...] processo pelo qual gerencia estrategicamente a aquisio, movimentao e armazenamento de materiais, peas e produtos acabados (e os fluxos de informaes correlatadas) atravs da organizao e de seus canais de marketing, de modo a poder maximinizar as lucratividades presente e futura atravs do atendimento dos pedidos abaixo do custo. Imaginemos as situaes inusitadas que possam vir atravs da insatisfao dos clientes, comprometendo a credibilidade dos stios, s faz reforar a importncia de um bom planejamento em logstica. sabido que alguns autores definem a cadeia de suprimentos como o ponto crtico das empresas nesse segmento. O processo de gerenciamento de cadeia de suprimentos a cadeia de valores chave que, para a maior parte das companhias, oferece imensas oportunidades de negcios se convertida para o comrcio eletrnico (STAIR e REYNOLDS, 2006, p. 294). De acordo com Laudon (2007, p. 250) o objetivo central dos sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos a viabilidade da informao, ou seja, o compartilhamento rpido e aberto de comunicaes e informaes entre os membros da cadeia, a fim de minimizar nveis de estoques e rapidez na entrega ao cliente. A internet permite que as tradicionais cadeias de suprimentos sejam drasticamente reduzidas ou modificadas para atender s novas demandas. Segundo Alves (2002) existem vrios produtos que so vendidos e entregues diretamente pelo fabricante ao consumidor, eliminando assim a camada intermediria. Stair e Reynolds (2006) compem trs subprocessos no gerenciamento de cadeia de suprimentos: Planejamento de demanda para antecipar demandas de mercado, cujo objetivo entender os padres de compras dos clientes e desenvolver previses de longo, mdio e curto prazo agregadas e colaborativas de demanda de clientes. Planejamento para alocar a quantidade correta de recursos empresariais, incluiu o planejamento estratgico, planejamento de estoques, planejamento de distribuio, planejamento de transaes e planejamento de transportes e alocao de suprimentos. Atendimento de demandas com rapidez e eficincia, cujo objetivo proporcionar entrega rpida, precisa e confivel para pedidos de clientes. O atendimento da demanda inclui a captura de pedidos, a verificao de clientes, o comprometimento de pedidos, o gerenciamento de histricos e atendimento de pedidos.

De acordo com Stair e Reynolds (2006, p. 295), foi desenvolvida a cadeia de gerenciamento abordada acima, no s para melhorar a lucratividade e servios, mas tambm para transformar a empresa como um todo, conforme Figura 2: Figura 2 - Cadeia de gerenciamento de suprimentos.

Fonte: Stair e Reynolds (2006) com adaptao do autor. O objetivo desses subprocessos na logstica a integrao das informaes e movimentaes de clientes e fornecedores, incluindo fabricante, distribuidores, varejistas e outras empresas estabelecidas na cadeia de suprimento. 3.1 Entraves na Distribuio Um dos grandes entraves do comrcio eletrnico a garantia de prazos de entrega. Muitos negcios na Internet faliram por falta de um bom planejamento da distribuio, muitas

empresas iniciaram preocupadas em montar um stio na Web de forma chamativa, s vezes pouco funcional e com pouca ateno a distribuio (ALVES, 2002, p. 162). No adianta ter um bom stio, um excelente produto com preos baixos se no prestarmos ateno na entrega ao cliente no prazo pr-estabelecido. Segundo Alves (2002) os dois aspectos que aparecem de imediato so: os custos de remessas e uma distribuio e centros de armazenagem tradicionais no apresentam como melhor alternativa para suportar essas dificuldades, necessitandose projetar sistemas especficos para atender aos pedidos virtuais. Para algumas empresas a terceirizao se torna uma alternativa para enfrentar tal problema. No Brasil um dos grandes provedores de servio de distribuio e de entrega de mercadorias o SEDEX, da Empresa Brasileira de Correios e Telegrfos (ECT) que lanou o eSedex para suportar entregas de produtos voltados negcios eletrnicos. O cliente contar ainda com um sistema on-line de rastreamento, confirmao de entregas e com um seguro automtico do produto. 28 4 AMEAAS AO COMRCIO ELETRNICO Do mesmo modo que ocorre com qualquer inovao, diversas opinies devem ser consideradas para garantir que as transaes por meio digital seja segura e os consumidores fiquem protegidos. Stair e Reynolds (2006) revelam as seguintes ameaas: Roubo de propriedade intelectual pessoas utilizando e comercializando produtos falsificados, infringindo as patentes, os direitos autorais, marcas registradas entre outros. Fraude Muitos golpistas utilizam a Internet para praticar crimes. As pessoas que utilizam o comrcio eletrnico devem ficar atentas quanto confiabilidade, permitindo identific-los como facilidade. Invaso de privacidade um dos principais fatores que levam os altos riscos so os perfis online, prtica de os anunciantes registrarem pela internet o comportamento on-line para produzir propagandas direcionadas. Cunningham (2000, p. 108) relata a preocupao sobre as ameaas, e revela que a segurana um tpico de preocupao para a maioria dos consumidores da internet. Uma das grandes qualidades da Internet que ela baseada em padres abertos de comunicao; no relativo segurana, entretanto, essa sua maior falha. A segurana tem vrios aspectos diferentes: acesso, dados, protocolos, informaes e transaes. Cada sistema fornece um mecanismo para manter os sistemas e dados ocultos daqueles que no devem ter acesso a eles.

Verssimo (2004) traz tona algumas recomendaes para fazer negcios rentveis na Internet. Recomenda-se avaliar bem as vantagens e as mudanas que a Internet trar ao seu empreendimento: Buscar ajuda profissional; Comear com um stio modesto, para se ambientar com a tecnologia e com a operao do novo canal de vendas; Elaborar uma pgina bonita, simples e de fcil navegao permitindo futuras modificaes; Estar preparado para respostas rpidas s dvidas e reclamaes de clientes digitais; Ter bastante clareza que os concorrentes esto apenas a um clique do eventual consumidor; Preparar-se para fazer plano de divulgao dentro e fora da Internet; Manter um esquema de ps-venda para acompanhar o andamento da encomenda do cliente. CITAO: GUEDES, Rainier E. F. F. Comrcio Eletrnico: uma realidade ou uma utopia? 2009. 42f. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Administrao de Empresas). Faculdade So Miguel, Recife, 2009. 30 5 OPORTUNIDADES DOS NEGCIOS ELETRNICOS Este tpico foi elaborado de acordo com Alves (2002, p. 85-89) que desenvolveu o resumo interessante, visando o cruzamento das oportunidades com os benefcios que podem ser obtidos pelos clientes, de acordo com a Tabela 7, explicando cada item analisado. Tabela 7 Oportunidades e Benefcios Oportunidade Benefcio do cliente Presena global Escolha global Reduo de custos Reduo de preos Novos negcios Novos produtos e servios Melhora da competitividade Melhora da qualidade de servios Redues na cadeia de suprimentos Resposta mais rpida a necessidade Customizao de massas Produtos e servios personalizados Fonte: Alves (2002)

No h dvidas de que o Comrcio eletrnico permite um fluxo de informao internacional, mas possuir um stio no garante que a empresa tenha se tornado global. evidente que aumenta sua exposio, mas no necessariamente far negcios internacionais. Trabalhar aspectos de produtos, arranjos logsticos de entrega e seguro dos produtos em trnsito bem como meios seguros de pagamento so fundamentais para estabelecer qualquer negcio. Alm do mais, o consumidor pode selecionar de vrios fornecedores em potencial um produto ou servio desejado, sem se preocupar com a localizao geogrfica. A reduo dos custos obtida atravs da racionalizao de processos nas empresas, muitos processos que so conduzidos pelas pessoas podem ser substitudos por transaes eletrnicas. Geralmente permite que as cadeias de fornecimento sejam encurtadas. A desintermediao o exemplo claro de que os bens so diretamente enviados do fabricante ao consumidor final, sobrepondo o papel do intermedirio, tornando prtica em termos de custo e defasagem. A partir do momento que a empresa introduz a disciplina do comrcio eletrnico permite redefinir demanda para produtos e servios existentes, como criar novos mercados. Por estar mais prximo do cliente a empresa melhora substancialmente a competitividade. Essa proximidade possibilita colher e selecionar detalhes do relacionamento, e com isso enderear suas necessidades. Os resultados da competitividade vm beneficiar diretamente os clientes pela melhora da qualidade e pela criao de novos produtos e servios. A partir do momento que existe a interao eletrnica possvel reunir informaes detalhadas sobre as necessidades individuais de cada cliente, isso desenvolve produtos e servios que atendam s necessidades individuais, resultando em produtos customizados (personalizados), com preos semelhantes aos produzidos em massa contribuindo para reduzir custos e baixar preos. 32 6 COMRCIO ELETRNICO: ROMPENDO BARREIRAS DE NEGOCIAES O Ministrio das Relaes Exteriores (2008) informa que nos ltimos anos o volume de transaes por meio de intercmbio eletrnico de dados entre empresas e do setor pblico aumentou, de certa forma introduziu novos meios de informaes. Os efeitos dessa disseminao de prticas de comrcio eletrnico tanto afetaro as empresas pequenas e mdio porte, como tambm apresentar um maior potencial com comrcio eletrnico, a partir do momento surgem novas oportunidades de exportao. Os negcios eletrnicos continuaro a gerar modificaes sensveis em toda estrutura de apoio ao comrcio geral: do acesso informao comercial aos processos de negociao e contratos, passando tambm por prticas gerencias. O cenrio atual favorece a internacionalizao dos negcios por meios de tecnologias que proporcionam novas negociaes com clientes em qualquer parte do mundo. Estimular a

insero de empresas de pequeno porte no mercado externo e difundir a cultura exportadora o objetivo do Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comrcio Exterior Brasileiro (MDIC). A justificativa para o intercmbio internacional d-se pelo fato de que todas as naes possuem recursos e capacidades tecnolgicas muito diferentes, que pode ser resumida nos seguintes pontos: condies climticas; riqueza mineral; tecnologia; quantidade disponvel de mo-deobra, quantidade disponvel de capital; e quantidade disponvel de terra cultivvel. Um pas que exporta e importa produtos e servio considerado um pas de economia aberta, gerando divisas com outros pases e influenciando o comrcio internacional (TROSTER e MORCILLO, 1999). De acordo com o ponto de vista anterior, o Guia de Exportao do Banco do Brasil (2007) afirma que exportar uma postura empresarial, uma alternativa estratgica de desenvolvimento, que propicia competitividade e uma dimenso global empresa. Na verdade, para que a exportao seja efetivamente um bom negcio, importante o planejamento de uma poltica que leve em conta o conhecimento e domnio das regras e usos do mercado internacional. Ao contrario, as exportaes podem resultar em prejuzos e reflexo negativo para o pas. A importncia da exportao est na diversificao de mercados, deixando de atuar apenas no mercado interno e passando a atuar nos mercados estrangeiros, aumentando o seu leque de compradores e, em conseqncia, reduzindo seus riscos de crise de mercado como reduo de preos, reduo de consumos, mudanas de hbitos, poltica Conforme visto, a exportao assume grande relevncia para a empresa, possibilitando novas alternativas de negcios num mundo globalizado e cada vez mais competitivo. 6.1 Definindo o que Exportar Conforme o Ministrio das Relaes Exteriores (2004) o primeiro passo o que vender nos mercados estrangeiros, identificando dentro de sua linha de produtos que atendam as necessidades e preferncias dos consumidores a serem explorados. Dentre as vantagens da atividade exportadora haver uma maior produtividade aumentando a escala de produo, aperfeioa os processos produtivos, podendo assim reduzir a capacidade ociosa da empresa. Dentre as vantagens esto: maior produtividade, diminuio da carga tributria, redues de dependncias das vendas externas, aumento da capacidade inovadora, aperfeioamento dos recursos humanos e dos processos industriais e comerciais. De acordo com o MDIC (2008), a diminuio da carga tributria favorece os produtos para que no venha a sofrer incidncia de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados); no incidncia de ICMS (Imposto sobre a Circulao de Mercadoria) sobre as operaes de exportaes de produtos; so excludas as receitas recorrentes do COFINS (Contribuio para Financiamento da Seguridade Social na base de clculo; esto isentos do PIS (Programa de Integrao

Social) e PASEP (Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico), alm de ter alquota zero operaes de cambio vinculas exportao de bens e servios. Para o Brasil tal atividade tem importncia, pois contribui para a gerao de renda e emprego, alm do mais, serve como entrada de divisas necessrias as contas externas promovendo o desenvolvimento econmico. 34 6.2 Cultura Exportadora e Promoo das Exportaes As iniciativas do MDIC (2008) para consolidar as oportunidades e ferramentas de simples acesso, facilitam a insero de empresas brasileiras, em especial as de pequeno e mdio porte, no mercado internacional. Todos esses servios so gratuitos e disponveis na Internet, com o objetivo de auxiliar as empresas em sua deciso de exportar esto, a seguir, as principais iniciativas do governo com informaes inerentes s exportaes junto aos microempresrios, de acordo com o prprio MDIC; Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE); ECT; Banco do Brasil e Governo do Estado de Pernambuco entre outros. O SEBRAE lanou a mais nova ferramenta para o comrcio eletrnico: a Bolsa de Negcios, em parceria com a Cmara Brasileira de Comrcio Eletrnico. Com o objetivo de promover o encontro entre compradores e vendedores no ambiente on-line. Podemos dizer que seria um tipo de balco de negcios digitais onde pequenas empresas podem identificar oportunidades; ampliar parcerias, aumentar a participao no mercado e inovar os processos voltados para gerao de negcios. A bolsa de negcios opera por meio do cadastramento de compradores e vendedores, cruzando as oportunidades e demandas de acordo com interesse. A Unidade de Negcios Internacionais (AD DIPER) est responsvel pela contribuio do desenvolvimento econmico de Pernambuco, atravs de incremento das exportaes e inserindo novas empresas no mercado externo. Desenvolve o trabalho de planejamento, execuo e promoo de diversas aes de apoio, em especial as micro, pequenos e mdios empresrios, artesos, artistas e agricultores familiares. A Secretria de Comrcio Exterior (SECEX) uma tima ferramenta para empresrios e o pblico em geral. No stio do governo esto as informaes atualizadas sobre estatsticas, operaes de comrcio exterior, negociaes internacionais entre outros. O Portal do Exportador uma ampla fonte de informaes sobre comrcio exterior, voltada para micro, pequenos e mdios empresrios, podendo navegar com facilidade. Oferece contedos exclusivos e servios, como o Fala Exportador, possuem uma equipe especializada para responder com rapidez consultas e possveis dvidas.

Aprendendo a exportar uma fonte de informaes para os primeiros passos da exportao, utiliza-se de uma rede de apoio, dicas de como exportar e simula formao de preos e dos registros de operao no Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex). Alm de dividir por setores especficos, como alimentos, artesanato, jias, calados, flores, confeco entre outros. A Vitrine do Exportador um catlogo completo dos exportadores brasileiros, disponveis em alguns idiomas. Oferece servios de construo de vitrine virtual e incluso de dados comerciais permitindo ao exportador divulgar seus produtos e agilizar contatos com importadores estrangeiros. Alice Web um sistema de consulta s estatsticas das exportaes e importaes brasileiras, atualizada mensalmente, com pesquisa detalhada de dados por mercadoria, bloco econmico, pas de destino e origem, porto entre outros. O Sisprom um sistema de fcil acesso que possibilita s empresas brasileiras solicitar autorizao para remessa financeira com reduo a zero da alquota do imposto de renda na promoo de seus produtos em feiras, exposies e eventos semelhantes no exterior, podendo tambm, realizar pesquisa de mercado. O Siscomex um sistema integrado que renem atividades afins da Secretaria do Comrcio Exterior (Secex), Receita Federal, Banco do Brasil e do Banco Central, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operaes de exportao e importao. Cujo objetivo harmonizar os cdigos e nomenclaturas, facilitando o processo e eliminando a quantidades de documentos usados. O Redeagentes um stio nacional de agentes de comrcio exterior apresenta a comunidade de agentes que prestam assessoramento tcnico gratuitamente e realizam treinamentos em exportao em diversas cidades brasileiras. A Primeira exportao um programa que objetiva promover a insero sustentvel das micro e pequenas empresas no mercado internacional, proporcionando apoio em todas as aes necessrias para efetivar a primeira exportao, como planejamento, adequao de produto, embalagem, promoo e pesquisa de mercado, formao de preo, financiamento entre outros. A Agncia Brasileira de Promoo de exportao e Investimentos (Apex-Brasil) promove a exportao de bens e servios, alm da imagem do Brasil no mercado externo, contribuindo para o desenvolvimento das empresas brasileiras, em especial as de pequeno e mdio porte. Desenvolve projetos me todo o pas, mediante parcerias, possibilitando a gerao de renda e empregos diretos. Diversificando produtos exportados e aumentando o volume vendido nos novos mercados. O Exporta Fcil um conjunto de servios realizados pelos Correios oferecendo facilidades para empresas e pessoas fsicas que desejam exportar seus produtos de maneira simples.

O Balco de Comrcio Exterior atravs foi criado a fim de simplificar e dinamizar as exportaes das micro e pequenas empresas. Onde o exportador disponibiliza produtos e servios por meio de catlogo virtual de ofertas. De acordo com o Guia Banco do Brasil de Exportao (2007), nos ltimos anos vem aumentando a participao de micro, pequenas e mdias empresas nas exportaes no Brasil. No entanto, ainda h enorme espao para ingresso de novos empreendimentos dos mais variados setores produtivos, na atividade exportadora. Entre os desafios que se apresenta, para inserir o maior nmero de empresas nesse processo, a melhor divulgao dos diversos mecanismos ainda uma das principais aes no combate desinformao. Esses rgos esto voltados para o comrcio exterior em prol do desenvolvimento sustentvel das micro e pequenas empresas vislumbrando o cenrio internacional, atravs de endereos eletrnicos (stios) no intuito de disponibilizar informaes relevantes ao maior nmero de interessados. 37 CONSIDERAES FINAIS Os problemas sociais bem bsicos como desemprego e concentrao de renda ainda existem, mesmo diante das oportunidades da revoluo tecnolgica, do modismo virtual e da acessibilidade internet. O comrcio eletrnico com o tom de prosperidade e inovao no resolveu o problema de uma boa parcela da populao que no tem acesso ao conhecimento tecnolgico, tornando-os e-marginalizados em todo mundo. O trabalho apresentado objetivou-se em demonstrar de forma cautelosa todas as mudanas que a revoluo digital atravs da internet possibilitou ao mundo dos negcios, e juntamente com essas mudanas entender quais aes devem ser tomadas em virtude das novas oportunidades, procurando eximir quaisquer ameaas que possam desvirtuar o objetivo inicial do modelo de negcio de quem queira investir nesse segmento. Sabe-se que a Internet teve e tem um papel importante nessa mudana, atravs dela surgiram novas alternativas de negcios, a distncia entre os mercados desapareceu, muitas atividades ganharam flexibilidade e rapidez, novas formas de pagamentos surgiram, mas mesmo assim, novas alternativas de navegao esto surgindo, no podemos esquecer os celulares e outras aplicaes digitais portteis sem fio habilitados para Internet. De fato, nenhuma revoluo anterior ocorreu to rpida em tal proporo. Os entraves encontrados, na maioria das vezes, a averso tecnologia que faz com que pequenas e mdias empresas permaneam no modelo tradicional fadado em mercados domsticos (locais), no adotando esta modalidade de negcio. Atualmente existem vrias empresas, consultorias ou tcnicos que se propem a criar, implementar, gerenciar e monitorar lojas virtuais. Por exemplo: empresas como MercadoLivre, s vezes, servem como uma espcie de incubadora virtual, onde um consumidor evolui para loja virtual mantida pelo prprio MercadoLivre, posteriormente, abre-se uma loja independente.

O segredo dos negcios mant-los ativos por um longo perodo. Muitas empresas ainda no entenderam que apenas a soluo tecnolgica no solucionar o problema, preciso entender e estabelecer estratgias que aperfeioem as demandas dos clientes com o uso das novas tecnologias. O comrcio eletrnico de natureza global, envolve diferentes nichos, consumidores, culturas organizacionais, entre outros. O ponto comum entre os que participam desse conceito a mudana; alis, tudo sujeito a mudana: modelos de negcios, concorrentes e clientes. O aprendizado torna-se a pea fundamental para os interessados do comrcio eletrnico. As empresas alm de terem dificuldades para implementar o comrcio eletrnico, encontram outra barreira, no que se diz respeito exportao, que a falta de informaes sobre os procedimentos, legislao, tipos de transportes, logstica e do mercado de atuao, envolvidos na exportao, dos agentes responsveis para divulgar e desenvolver capacidades exportadoras entre outros. Com a presena global as empresas precisam estabelecer regras e informaes com os mercados externos potencialmente interessados, atravs das ferramentas de comercializao eletrnica alinhadas aos procedimentos de negociar no exterior, apresentando uma chance de promoo para pequenas e mdias empresas no cenrio internacional. 39 REFERNCIAS ALBERTIN, Alberto Luiz. O Comrcio Eletrnico evolui e consolida-se no mercado brasileiro. Revista de Administrao de Empresas RAE, So Paulo, v.40, n.4, p. ALVES, Luiz. Vencendo na Economia Digital. So Paulo: Makron, 2002. BANCO DO BRASIL. Guia Banco do Brasil de Exportao. Braslia, 2007. BOGO, Kellen. A Histria da Internet - Como tudo comeou. Kplus. 16 mar. 2009. Disponvel em: Acesso em: 16 mar. 2009. BOLSA de negcios. Sebrae. 05 mai. 2009. Disponvel em: Acesso em: 25 mai. 2009. BRASIL. Ministrio das Relaes Exteriores. Diviso de Programas de Promoo Comercial. Exportao Passo a Passo. Braslia: MRE, 2004. 184 p. CENTRO de negcios. ApexBrasil. 02 jun. 2009. Disponvel em: < http://w.apexbrasil.com.br/cn/>. Acesso em: 02 jun. 2009.

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