Storyteller - Poetro Baldocchi

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Historia de pietro baldocchi, um malkaviano ancillae que nasceu no seculo 19 e está em busca das fendas da realidade.

Citation preview

Nome: Pietro Baldocchi

Idade: 145 (1860)

Altura: 1,70

Peso: 68

Cla: Malkavian

Atributo: Mental

disciplinas: auspicio, demencia e ofuscao

Histria

Pietro nasceu em 1860 em udine na italia, primogenito de uma familia de pequenos agricultores, sempre foi criado para seguir o caminho dos pais, desde pequeno fora a lavoura para ajudar e aprendia rpido a plantar e cultivar. Sempre teve um facinio por entender os animais e para isso comeou abrindo os insetos para entender como eles eram por dentro, fazia isso algumas vezes com eles vivos para ver quanto tempo eles aguentavam viver naquela situao, na maioria vezes nao entendia seu fascinio mas ainda assim continuava fazendo isso, sentia prazer em ver a seiva da vida se esvaindo pelo corpo do animal.

Conforme ia crescendo continuava trabalhando com os pais, mas achava muito monotona aquela vida no campo, continuava com seu 'hobbie' mas agora com animais maiores como coelhos, aquela sensao de ter uma vida em suas mos o deixava ensandecido, era bom ter algo que pudesse controlar, com 17 anos seu pai viu abrindo uma paca e ele sorria como se estivesse sentindo prazer em ver o animal agonizando, temendo pelo pior o levou a um mdico que era amigo de sua famlia, doutor bernazi o examinou e disse aos pais que era necessrio prestar mais ateno nos hbitos e caso houvesse mais um comportamento estranho que levasse a ele novamete, mas que no momento parecia travessura de um jovem comum, seus pais no entendiam esse comportamento, ele sempre pareceu doce com a familia e sempre tratava os outros bem.

O tempo passou, ele fez amizades com alguns filhos de alguns fazendeiros na regio, ele gostava da companhia de seus amigos e sabia que um dia eles poderiam ser uteis de alguma forma a ele, todos sabiam ler e escrever menos piertro, enzo um de seus amigos sentindo que o garoto tinha vontade de aprender se prontificou a ensina-lo, j que queria ser um professor poderia treinar com seu amigo e uma vez por semana ia a casa de pietro para estudarem, pietro aprendia rpido e tomou gosto pela leitura, principalmente por livros de anatomia, enzo tinha uma vasta biblioteca e sempre deixava com que pietro pegasse um livro ou outro emprestado.

Desde pequeno sempre tivera interesse somente em seus animais, nunca teve interesse em outras garotas como seus amigos, no via nada de incrivel em outros seres humanos a no ser o que havia por dentro deles, sua curiosidade no corpo animal era o que consumia sua mente. De tanto seus amigos insistirem ele chegou em uma menina de seu vilarejo, Olivia. Ela era linda, cabelos ruivos como fogo e olhos azuis como a agua, era linda. Sentiu pela primeira vez o corao bater mais rpido por algo ainda vivo, conversaram durante um tempo mas como era tmido no teve coragem de cham-la para sair, alguns dias depois teve um surto de febre em sua vila, os mdicos no conseguiam explicar o que era e deixaram os infectados na igreja para que no contaminassem o restante da populao, dezenas morreram, Ovia estava entre eles, Pietro nunca se perdoou por no ter chamado ela para sair, ennto comeou a beber, sempre que se lembrava dela bebia, dai em diante a bebida foi seu amor.

Quanto havia completado 23 anos j entendia bem sobre a anatomia e tinha o desejo de se tornar um mdico, porm no havia nenhuma faculdade prxima a seu sitio e com o dinheiro qu faziam dificilmente ia conseguir bancar os estudos. Porm uma esperana surgiu quando seus pais decidiram se mudar para o Brasil, haviam rumores que estavam precisando de mo de obra e que pagariam bem, com as malas prontas a famlia foi para o Rio de Janeiro, onde iriam comprar um pedao de terra com o dinheiro que conseguiram com a venda do sitio e trabalhar para um senhor de engenho, Coronel Eurico Villar.

Com o dinheiro de seu trabalho em com as vendas do que produziam em suas terras, Pietro conseguiu juntar dinheiro para fazer sua faculdade, comeou a cursar medicina com 24 anos na escola de anatomia, medicina e cirurgia, agora no precisava mais caar animais para dissec-os, tinha ali em sua mo a hora que quisesse. Sentia que precisava de algo mais, animais no satisfazia mais sua curiosidade, agora sentia que precisava de um humano para que pudesse realizar seus experimentos, dia aps dia depois da aula ia at o necrotrio para estudar os cadaveres, sempre se encontrava com um senhor baixo, branco como cera e de olheiras profundas, sempre que o via sentia algo diferente, como se tivesse algo que os conectasse.

Em sua classe, Pietro era um dos poucos imigrantes, entre eles um outro italiano, um espanhou e alguns portugueses, e sempre era motivo de piada, os nativos se sentiam superiores e os oprimiam, isso fazia crescer um dio enorme em seu corao, sentia um impulso cada vez mais forte em arrebetar-lhe as fuas, uma noite em que voltavam do curso um filho de portugueses metido a besta foi ter com ele, caoando de seu vocabulrio e seu sotaque ainda forte comeou a zombaria, at o momento que desferiu uma pacada nas costas de pietro isso o enfureceu, sentiu o sangue pulsar e sem pensar duas vezes sacou o punhal e enfiou no meio do peito do talzinho, ele agonizou, tento gritar mas pietro tapou-lhe a boca, a rua estava deserta, pietro carregou o corpo at a floresta e sempensar duas vezes o abriu, como era belo o interior daquele infeliz, os rgos ainda corados eram lindos, to lindos que sentia d de ter que jog-los fora mas era necessrio, pietro tirou a ponta dos dedos das mos e dos ps do cadaves e retirou sua cabea, o corpo foi enterrado o mais longe que pietro conseguiu andar e a cabea amarrada em uma pedra e jogada ao mar, a polcia procurou por anos o rapaz mas nunca conseguiram encontr-lo.

Continuou fazendo seu curso como se nada tivesse acontecido, lembranas daquela noite vinham a sua mente e de algum modo o deixava orgulhoso, sentia prazer em lembrar da agonia de seu desafeto.

Especializou-se em anatomia e no segundo ano de faculdade conseguiu um servio como ajudante no necroterio, conseguia conciliar seu servio com o que gostava de fazer e assim foi at se formar, quando ele conseguiu de fato um servio como mdico legista, sentia-se pleno, era como se um sonho fosse realizado, todos aqueles corpos ao seu dispor sem que ele precisasse fazer nenhum esforo para captur-los porm sentia falta, sentia enorme prazer na caada, em ver a vida de sua presa se esvaindo diante dele.

Em uma sexta feira em uma das suas costumeiras idas ao necrotrio encontrou aquele senhor que no via desde a poca que estava cursando a faculdade, o homem se identificou como Bartolomeu e comearam a conversar sobre a incrivel estrutura do ser humano, suas particularidades e a paixo de ambos pelo liquido escarlate que vertia do corpo, o homem lhe disse que queria ver seu cerebro pois poderia ser interessante e deu uma intensa gargalhada , fez uma pausa e aps isso silncio total , na hora pensou que era apenas uma brincadeira mas depois de alguns segundos percebeu que o homem o encarava com um olhar e desejo quase de loucura, tentou correr mas sentiu seu corpo travado, desmaiou.

Acordou no que acreditava ser um poro, no conseguia ver direito pois estava tudo escuro, sentia um gosto acobreado em sua boca e seu estmago doia, no se lembrava de muita coisa, s de ter ido ao necroterio na noite anterior e conversado com aquele senhor que sempre estava l, sentiu uma ontada na cabea, dor, o mundo parecia girar a sua volta, tentou levantar mas no conseguiu, suas mos e ps estavam presos, queria gritar mas no sentia foras para tal. Viu Bartolomeu vindo em sua direo e com as foras que tinha pediu por ajuda, bartolomeu riu, sentia o medo nos olhos de pietro, ele colocou uma lamparina acima do corpo de pietro e disse, olha como o corpo humano e gargalhou mais uma vez, pietro estava com parte da barriga abera, com parte das suas tripas para fora, seus pensamentos se perderam, ficava s pensando na dor enquanto bartolomeu o costurava e ria com a cara do novato. Bartolomeu explicou que ele no era mais o pietro de antes, agora era um filho da noite, um maldito que nunca mais sentiria o calor do astro rei, pietro ficou perpexlo, nunca acreditara naqueles seres agora era um deles, com o tempo foi se acostumando, continuou fazendo seu curso de medicina no periodo noturno e de dia dormir no poro junto com seu mestre, eles pegavam suas vitimas e antes de tomar o sangue brincavam com seus orgos a faziam agonizar, pietro sentia cada vez mais prazer em ver os cadaveres e sentir seu gosto.

Depois de alguns anos no rio de janeiro pietro e bartolomeu perceberam que estavam sendo vigiados por alguns homens, temendo serem caadores armaram uma emboscada, eles cairam, certamente eram iniciantes, sofreram na mao dos vampiros, que preferiram deix-los a merce da loucura do que tirar-lhes a vida. Sentiram a necessidade de se mudar, viram a oportunidade de ir para so paulo uma cidade grande como o rio e certamente teriam um rebanho da mesma qualidade, se instalaram em um sanatorio desativado e se alimentavam dos curiosos que queriam provar sua coragem entrando naquele lugar sombrio. Com o passar do tempo comeou a perceber as coisas de modo diferente, mais colorido do que antes, aqueles corpos largados de suas vitimas pareciam danar, se fundir e em seguida explodir como simples bolos de carne e ele gostava desses pequenos delirios, um certo dia se encontrou sozinho no sanatrio, gritou por bartolomeu mas ningum respondeu, s ouvia risos dos mais diferentes timbres e alturas, ouvia algum soprando em seu ouvido que era seu fim, comeou a girar em seu prprio eixo, no encontrou ningum, as vozes continuavam, saiu correndo tentando sair do sanatrio, via alguns dos corpos que ele matou se levantando e indo em sua direo, com olhos fixos, na sua mente aquilo era impossvel, ou na pior das hipteses era algum tipo de necromante, continuava correndo, mas todo lugar que entrava parecia exatamente com o do andar inferior, tentou pular pela janela mas assim que o vidro se quebrou e ele tocou no cho abriu os olhos e se viu no poro novamente.No sabia o que estava ocorrendo com ele, via olhos e sorrisos por todo lado e a voz em sua cabea continuava, at que no aguentava mais e acabou entrando em transe, desmaio. Continuou acordando e viveciando situaes que foravam sua mente ao extremo, pensava que havia acordado de um pesadelo e caia em outro como se estivesse num looping de infinitos delrios.

Acordou novamente,dessa vez tudo estava diferente, via vrias formas coloridas ao seu redor, parecia que estava em um circo e que toda a platia e os astros eram feitos por formas geomtricas, ouvia os risos e aplausos mas no conseguia ver as formas se mexendo, no se lembrava de ter conseguido sair do sanatorio, sabia que de alguma forma bartolomeu estava envolvido com isso, evocou toda sua fora e gritou, de repente tudo desapareceu, estava no meio do poro do sanatrio novamente, bartolomeu olhava para sua cara e ria, sentia prazer no desespero de sua cria. Um dio tomou conta de sua mente, descontrolado foi para cima de bartolomeu, sabia que ele era o responsvel pelo seu tormento e deveria pagar, desferia socos e chutes em bartolomeu, seu mestre estava perplexo, demorou at se dar conta do real estado do seu pupilo, mas quando viu j era tarde demais, com uma faca pietro decepou a cabea de seu mestre, voltou a si, viu o corpo do no vivo estremecendo no cho e a cabea se movendo ao lado, sabia que no poderia costur-la pois assim que bartolomeu voltasse a vida ele perderia a sua, honrou todo o sangue de seu mestre e ainda sob o manto da noite levou seu corpo at uma clareira no meio da floresta, deixou ali, o corpo e a cabea daquele que um dia lhe tirou os prazeres humanos.

Sentiu que era hora de sair da sua antiga morada, continuou perambuando pela cidade, algumas noites andando pela cidade e algumas passando em esconderijos provisrios, caava os bebados, procurava os mais exibidos e tomava o seu sangue, sentia prazer naquele momento, sentia a embriaguez de um porre e lembrava de sua pequena olivia. Continuou em esconderijos provisrios at que com o passar das dcadas encontrou um que lhe parecia ser o perfeito, uma tumba no cemitrio da consolao, cada noite entrava em um mausolu diferente, dificilmente era incomodado, j que conseguia desviar a ateno dos guardas pelo tempo que fosse necessrio at conseguir chegar no local que lhe parecia ser adequado,Continuava frequentando necrotrios, sempre se passando por mdico ou aluno de medicina, seu conhecimento lhe rendia bons momentos com seus brinquedos favoritos e lembranas do tempo que ainda podia andar sob a luz do sol, quando estava entediado caava seu prprio humano e estudva-o, gostava de ver o olhar de desespero ao serem abertos ainda vivos, aquilo era incrivel. No final do sculo XX com a criao de cmeras e circuitos de segurana via que no era mais seguro ficar cemiterio, econtrou uma casa na sada para a cidade de guarulhos, era afastada da estrada, perto da mata e pelo estado estava abandonada h vrios anos, at hoje utiliza o poro da casa como sua moradia.