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1. Introdução O dinamismo das atuais condições econômicas de trabalho exige a execução das tarefas com eficácia,  rapidez e quantidades suficientes para que o ganho de capital justifique os investimentos !ara tais efeitos, há poucas d"cadas, a filosofia era de uma produção a qualquer custo, com m#nimas preocupações com o trabalhador $o entanto, este " justamente um fator inviabilizador das metodologias exigidas O tra bal ho exa ust ivo , a po stu ra ina de qua da, as for ça s ex ces siv as, as rep eti çõe s constantes de movimentos e as condições cr#ticas de materiais, equipamentos e instalações nas empresas, são fatores que despertam uma crescente conscientização para resoluções de todas as demandas do mercado moderno, cujos malef#cios são responsáveis pelo surgimento de doenças que pod em pro voc ar afa sta men tos tempor ários e at" per man entes do tra balho %egundo &u"rin et al, '())*+ esses fatores influenciam prejudicialmente na melhoria da eficincia, da confiabilidade e da qualidade das operações organizacionais -om o uma so luç ão par a esses anseios do mu ndo ind ust ria l mod erno a ci ncia ergonômica vem a viabilizar as condições de produção com qualidade e de modo mais satisfat.rio / 0rgonomia " uma disciplina cient#fica que estuda as interações dos homens com outros elementos do sistema, fazendo aplicações da teoria, princ#pios e m"todos de  projetos, como objetivo de melhorar o bem1estar humano e o desempenho global do sistema '234 et al, ())5+ 2e acordo com 6ida '())7+, a ergonomia pode ser classificada e8ou dividida em trs9 a) Ergo nomia Física 9 -o mp õe es tudos so br e a relação ambie nt e1tra ba lhad or 9 ru#dos, iluminação, temperatura, condições do posto de trabalho b) Er gon omi a Org anizacional:  /borda análises administrativas e de gestão e sua relação, implicação com o trabalhador c) Ergonomia Cognitiva: 0studa condições do trabalho que acarretam situações pscol.gicas e emocionais %endo assi m, a er go no mi a po de se r definida co mo uma aborda ge m ci ent#fica antro poc ntrica que se fundamen ta em con hec imentos int erd isc ipl ina res das ci nci as humanas para, de um lado, compatibilizar os produtos e as tecnologias com as caracter#sticas dos usuários e, de outro, humanizar o contexto sociot"cnico de trabalho, adaptando1o tanto aos objetivos do sujeito e8ou grupo, quanto :s exigncias das tarefas ';O$<;O446$, *==)> 2/$6044O3, *==?+ 2evido a essa import@ncia e utilidade do estudo ergonômico no trabalho, já se encontra, portanto, justicado a formulação deste artigo que visa diagn.sticar as condições er gon omicas nas ins talações de uma !eq uen a 3si na Aid rel "tr ica B !-A / par tir de um estudo de caso, baseada na /nálise 0rgonômica do <rabalho '/0<+ onde foram verificadas a aplicabilidade das normas regulamentadoras '$CDs + exigidas para este tipo de empresa 2e forma geral, a /0< " uma metodologia para a análise das exigncias e condições reais da tarefa e a análise das funções efetivamente utilizadas para realizá1las '4/E6440, *=FF+ /in da segundo o mesmo autor, a utilidade da análise do trabalho G" provo car o aparecimento das causas da disfunção entre o operador e a tarefa, orientando a fixação da carga de trabalhoH

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1. IntroduçãoO dinamismo das atuais condições econômicas de trabalho exige a execução das

tarefas com eficácia, rapidez e quantidades suficientes para que o ganho de capital justifiqueos investimentos !ara tais efeitos, há poucas d"cadas, a filosofia era de uma produção aqualquer custo, com m#nimas preocupações com o trabalhador $o entanto, este " justamenteum fator inviabilizador das metodologias exigidas

O trabalho exaustivo, a postura inadequada, as forças excessivas, as repetiçõesconstantes de movimentos e as condições cr#ticas de materiais, equipamentos e instalações nasempresas, são fatores que despertam uma crescente conscientização para resoluções de todasas demandas do mercado moderno, cujos malef#cios são responsáveis pelo surgimento dedoenças que podem provocar afastamentos temporários e at" permanentes do trabalho%egundo &u"rinet al, '())*+ esses fatores influenciam prejudicialmente na melhoria daefici ncia, da confiabilidade e da qualidade das operações organizacionais

-omo uma solução para esses anseios do mundo industrial moderno a ci nciaergonômica vem a viabilizar as condições de produção com qualidade e de modo maissatisfat.rio / 0rgonomia " uma disciplina cient#fica que estuda as interações dos homenscom outros elementos do sistema, fazendo aplicações da teoria, princ#pios e m"todos de projetos, como objetivo de melhorar o bem1estar humano e o desempenho global do sistema'234 et al , ())5+

2e acordo com 6ida '())7+, a ergonomia pode ser classificada e8ou dividida em tr s9

a) Ergonomia Física9 -ompõe estudos sobre a relação ambiente1trabalhador9 ru#dos,iluminação, temperatura, condições do posto de trabalho

b) Ergonomia Organizacional: /borda análises administrativas e de gestão e sua relação,implicação com o trabalhador

c) Ergonomia Cognitiva: 0studa condições do trabalho que acarretam situações pscol.gicas eemocionais

%endo assim, a ergonomia pode ser definida como uma abordagem cient#ficaantropoc ntrica que se fundamenta em conhecimentos interdisciplinares das ci nciashumanas para, de um lado, compatibilizar os produtos e as tecnologias com as caracter#sticasdos usuários e, de outro, humanizar o contexto sociot"cnico de trabalho, adaptando1o tantoaos objetivos do sujeito e8ou grupo, quanto :s exig ncias das tarefas ';O$<;O446$, *==)>2/$6044O3, *==?+

2evido a essa import@ncia e utilidade do estudo ergonômico no trabalho, já seencontra, portanto, justicado a formulação deste artigo que visa diagn.sticar as condiçõesergonomicas nas instalações de uma !equena 3sina Aidrel"trica B !-A / partir de umestudo de caso, baseada na /nálise 0rgonômica do <rabalho '/0<+ onde foram verificadas aaplicabilidade das normas regulamentadoras '$CDs+ exigidas para este tipo de empresa

2e forma geral, a /0< " uma metodologia para a análise das exig ncias e condiçõesreais da tarefa e a análise das funções efetivamente utilizadas para realizá1las '4/E6440,*=FF+ /inda segundo o mesmo autor, a utilidade da análise do trabalho G" provocar oaparecimento das causas da disfunção entre o operador e a tarefa, orientando a fixação dacarga de trabalhoH

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O estudo de caso, que de acordo com ;endes '())(+, se trata de uma abordagem queserve como uma estrat"gia de pesquisa que permite a análise de m"todos qualitativos equantitativo de um fenômeno em seu estado natural

$o ambiente supracitado foram obtidos os dados para posterior recomendação desoluções, 'baseadas nos conceitos ergonômicos e normas+, que garantam a saIde, segurança econseqJentemente, melhor rendimento do trabalhador no seu @mbito de trabalho

Aá de se ater que, para um melhor entendimento e visualização dos dados coletados esua análise com pass#veis conclusões, " de fundamental import@ncia um amparo t"cnico econceitual, baseado nos princ#pios de &estão e !rodução !ara isto o uso de Kerramentas daLualidade, se torna um meio Itil de obter análises que possam aprimorar o produto ou nessecaso o serviço, de forma que contribuir para a solução de problemas, propiciando condições para impactar positivamente no ambiente da organização

2essa forma, neste trabalho foi utilizado o 2iagrama de -ausa e 0feito 'ou 0spinha de peixe+ que " uma t"cnica muito empregada, em que se apresenta a relação entre um efeito e as poss#veis causas que podem estar contribuindo para que ele ocorra2. Fundamentação e!rica2.1 Ergonomia

2e acordo com a /ssociação 6nternacional de 0rgonomia '60/+, a 0rgonomia 'ouKatores Aumanos+ " definida internacionalmente como uma disciplina cient#fica relacionadaao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e :aplicação de teorias, princ#pios, dados e m"todos a projetos a fim de aperfeiçoar o bem estar humano e o desempenho global do sistema '/M0C&O, ())=+ N a capacidade do ser humanoem relação :s demandas de trabalho, com o objetivo de reduzir os riscos, melhorando ascondições e conseqJentemente a produtividade !ortanto, de forma objetiva e resumida a0rgonomia " o estudo da adaptação do trabalho ao ser humano '662/, ())7+

%egundo &uimarãeset al , '())*+ há um alto preço pago pelos trabalhadores nasindIstrias modernas, para a produção de produtos com mais qualidade N comum dentro doambiente produtivo o projeto do trabalho ter como prioridade ações direcionadas a produção,sem levar em conta fatores relacionados aos trabalhadores envolvidos nestes sistemas produtivos !ara estudar as situações reais do trabalho a ergonomia utiliza1se de váriast"cnicas, que por mais distintas que sejam, há um ponto de converg ncia entre elas9 anecessidade de observar o trabalho realizado, completar e corrigir estas informações com oque o trabalhador tem a dizer sobre o seu trabalho '/MC/A O P !6$AO, *===+

$esse contexto, os fatores humanos " um dos principais elementos a causar instabilidades em um sistema de produção 4ogo, analisar esses fatores assim como os riscose erros gerados por eles, torna1se de fundamental import@ncia para entender como asinvariabilidades podem ser reduzidas num processo de produção 0 uma das maneiras maiseficientes de verificar como esses erros ocorrem, " formalizar uma /0<

/ principal caracter#stica da /nálise 0rgonômica " ser um m"todo destinado ao estudoda complexidade 'Q6%$0C, ())5+ !ortanto, a /0< " um modelo de intervenção e detransformação do trabalho, visando sua compreensão 'Q6%$0C, *=RF> &3NC6$ et al , ())*+!aralelamente, no entanto, o mesmo autor cita que G/ metodologia de análise ergonômicavaria de um autor para outro e, sobretudo em função das circunst@ncias da intervençãoH

/profundando1se no tema, ;ontmollin '*=R(+, explica que uma /0< permite nãosomente categorizar as atividades dos trabalhadores como tamb"m estabelecer a narraçãodestas atividades, permitindo, conseqJentemente, modificar o trabalho ao modificar a tarefa

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!ara este autor, o fato da análise ser realizada no pr.prio local de trabalho, em oposição :sanálises de laborat.rio, permite a apreensão dos fatores que caracterizam uma situação detrabalho real, envolvendo aspectos como organização do trabalho e relações sociais2.2 " #erramenta de $ualidade Is%i&a'a

O 2iagrama de 6shiSaTa consiste em uma forma gráfica usada como metodologia deanálise para representar fatores de influ ncia 'causas+ sobre um determinado problema 'efeito+que serve para visualizar, em conjunto, as causas principais e secundárias de um problema,ampliar a visão das poss#veis causas do mesmo, enriquecendo a sua análise e a identificaçãode soluções e tamb"m analisar processos em busca de melhorias ';6&304, ())?+

/inda, no entender de ;iguel '())?+, o diagrama de causa1efeito pode ser elaborado deacordo a Kigura * perante os seguintes passos9

K6&3C/ * B Kigura esquemática de como construir um diagrama causa1efeito

/trav"s da figura, " suposto que sempre haverá uma relação de causa e efeito paratodas as transformações que se tenha interesse direto O que ocorre como efeito possui umaexplicação causal 2esta forma, para modificar o efeito, de maneira a se ter uma melhora ou piora do mesmo, devem ser alterados os conjuntos de causas que o formam ';/C/$A O P;/-606C/, ())5+

2.( " idrel*trica em Estudo/ 3sina Aidrel"trica que serve de caso para este artigo " tecnicamente uma !equena

-entral Aidrel"trica '!-A+ 0stá localizada no estado da Mahia no munic#pio de 3baitaba/ 3sina está instalada no rio de -ontas, um dos cinco principais rios do 0stado da

Mahia, que nasce na vertente leste da %erra das /lmas, na -hapada 2iamantina e " um doscomponentes da UMacia do 4esteU %eu represamento, com área de drenagem de 57 5)) Sm(," feito por uma barragem de gravidade dotada de oito comportas de setor e constru#da emconcreto com (=(,?=m de comprimento total na crista, 7R,)) m de largura máxima nafundação e altura máxima acima da fundação da ordem de ?),)) m com crista na cotaR?,R*m O coroamento da barragem " na cota =F,))m / 3sina geradora encontra1selocalizada na margem direita a jusante da ombreira e " composta por tr s unidades geradorasde *) ))) SQ, perfazendo um total de V) ))) SQ

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O contingente de funcionários total " de =? trabalhadores %endo esses poss#veis deserem divididos em9 -orpo <"cnico> composta por 0ngenheiros, Operadores de 6nstalação e/ssistentes <"cnicos '/<+> e -orpo /dministrativo

!ara a fim de estabelecer uma amostra de funcionários e o ambiente de trabalho maisrelevante, a presente /nálise 0rgonômica focou1se naqueles inseridos no !r"dio de -omandoe adjac ncias, para coleta dos dados referentes a eles pr.prios e seus trabalhos, como dorespectivo ambiente / Kigura ( apresenta o gráfico da quantidade de pessoas para cada tipode cargo analisado9

K6&3C/ ( B &ráfico do nImero de funcionários entrevistados e respectivos cargos

!ara seu funcionamento adequado e exigido por lei, uma Aidrel"trica deve utilizar e possuir certificados das $CDs, as quais fornecem orientações sobre procedimentosobrigat.rios relacionados ao trabalho no Mrasil> foram publicadas pelo ;inist"rio do <rabalhoatrav"s da !ortaria V (*58F= /ssim, foram verificadas especificadamente as $C*), $C*F e $C*7 Eisto que, ad"quam1se ao objetivo desta /nálise> al"m de tais normas serem manuaisde resolução de eventuais problemas

/ $C*) " a norma regulamentadora de %egurança em instalações e serviços el"tricos,que dispõe de regras acerca de9 ;edidas de -ontrole Operacional, resumidas no !rontuário de6nstalações 0l"tricas B documento com todas as especificações necessárias para uma operaçãof#sica segura ;edidas de !roteção -oletiva 'como sinalização+ e de !roteção 6ndividual'como equipamentos+> entre outras

/ $C*F refere1se a condições ergonômicas ideais no geral Lue permitam a adaptaçãodas condições de trabalho :s caracter#sticas psicofisiol.gicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente '$C*F, ())F+ !or fim, a $C*7, de determinação de trabalhos insalubres, que dá especial atenção em diretrizesque especificam toler@ncia para diversos tipos de ru#dos

(. +etodologia-om a devida formulação te.rica ergonômica e o entendimento das diretrizes e

principais normas do trabalho que uma hidrel"trica deve cumprir, " de fundamentalimport@ncia relatar o emprego da metodologia de fato 1 e posteriormente a demonstração dosdados, enfim, coletados 1 com o objetivo de identificar as poss#veis inadequações !ara isto parte1se, inicialmente, do pressuposto que a usina hidrel"trica obt"m e segue as $CDs,especificamente as $C*), *F e *7 1 %egurança em instalação e serviços el"tricos, 0rgonomiae <rabalhos 6nsalubres, respectivamente 1 em seu @mbito

/ ;etodologia desse estudo de ergonomia tem como função básica investigar os problemas ergonômicos da subastação de eletricidade> para isso o principal m"todo usado foi

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a visita t"cnica 2esta forma, adotaram1se os procedimentos propostos pela /nálise0rgonômica do <rabalho B /0<> que se concretiza pela observação da realização do trabalhoreal e a inter1relação indiv#duo1ambiente '&3NC6$et al., *==F+

/ visitação coletou informações t"cnicas oficiais sobre práticas de segurançarealizadas pela empresa, que consistiu nos principais dados para verificar a implementação da $C*) 'sobre segurança em instalações el"tricas+

/ aplicação de questionários, junto a entrevistas com amostra dos funcionários, serviude base para coleta de dados sobre conseqJ ncias f#sicas e cognitivas de eventuais errosergonômicos, assim como a identificação deles !osteriormente houve uma coletain loco demedições f#sicas dos postos de trabalho e informações sobre ergonomia organizacional ecognitiva

/o final as inImeras e principais inadequações ergonômicas serão, a partir daferramenta de qualidade proposta por 6shiSaTa, caracterizadas e relacionadas com sua devidaclassificação ergonômica, para então, em fim, servir de análise de -ausa e 0feito

,. -esultados e Inter retaç/es,.1 0isualização e "n lise

2iante dos dados e interpretações feitas, este presente estudo, busca uma análiseergonômica funcional com uma visualização das causas dos erros ergonômicos e seu efeito, para isso o 2iagrama de 6shiSaTa, " uma ferramenta que se faz Itil

2e fato, nos Iltimos anos os estudos acerca da exist ncia de tal relacionamento t msido intensificados -omo conseqJ ncia, no final do s"culo passado a literatura já apresentavauma maior compreensão das diversas áreas de ligação entre a ergonomia e as iniciativas de

qualidade '2C3CW, *==F+/ figura V ilustra o 2iagrama de 6shiSaTa, onde são demonstrados diversas

observações ergonômicas, agrupando essas causas nos respectivos segmentos da ergonomia erelacionando seus efeitos

K6&3C/ V− Cepresentação das causas com relação aos problemas ergonômicos

O diagrama foi constru#do com base na literatura e a partir da análise dos questionáriosaplicados a população entrevistada, pode contribuir no sentido de visualização e identificação

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do problema, fatores cruciais para o desenvolvimento de um plano de ação %erviu tamb"m para auxiliar na divisão dos pontos a serem tratados

,.2 egurança 3 4-15

-om a realização da inspeçãoin loco das instalações da !-A, verificou1se aadequação dos seguintes requisitos da norma $C*)9

a) / construção e manutenção, para estabelecimentos com carga instalada superior a F7SQ, do !rontuário de 6nstalações 0l"tricas B um conjunto de procedimentos einstruções t"cnicas e administrativas de segurança, 'al"m de todos os itens da seção*) ( 5 da $C*)+

b) / utilização de medidas de proteção coletiva, que compreendem, prioritariamente, adesenergização el"trica de partes a serem manuseadas e ou utilizadas, na

impossibilidade, são utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como9isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamentoautomático de alimentação e bloqueio do religamento automático

c) / aplicação de medidas de proteção individual, tais como a exig ncia do uso de0quipamentos de !roteção 6ndividual '0!6+ B embora fosse observada a poucautilização e conscientização do seu uso, por parte dos empregados

d) / discriminação no @mbito de trabalho acerca de Aabilitação, Lualificação,-apacitação e /utorização dos funcionários B para alocação adequada deresponsabilidades nas atividades, tanto administrativas ou operacionais, naAidrel"trica

,.( Ergonomia Física/o abordar as medições dos postos de trabalho, que interferem diretamente na saIde e

no desempenho do trabalhador / figura 5 apresenta as dimensões imobiliárias da %ala de-omando da 3sina, sendo o nImero * um monitor de computador, o nImero ( a cadeiraacento com ajuste de altura entre 57,7 cm a 7(,) cm em relação ao solo /s alturas do monitor e da mesa de trabalho t m alturas fixas 'não ajustáveis+

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K6&3C/ V B ;odelo representativo da mob#lia da sala de comando da 3sina

$o local especificado, portanto, verificou1se uma inadequação nas dimensões mesa1cadeira 'mesa F) cm e assento 5717( cm+, junto ao funcionário, resultado esse comprovado

pelas condições impostas pela $C *F item *F V, e medições descritas como adequadas por 6ida '())7+, onde a altura da mesa deve ser de F5 cm 'fixa+ 8 /tura do assento VF cm B 7V cm'altura m#nima para mulheres e máxima para homens+

-onsequentemente distIrbios mIsculos1esquel"ticos como dores lombares'lombalgias+ e outras 2oenças Ocupacionais como as 2OC< '2istIrbios OsteomuscularesCelacionados ao <rabalho+ e 40C '4esões por 0sforços Cepetitivos+, são passiveis de ocorrer,tamb"m verificados nos questionários

Koram aplicados dois questionários na amostra total de funcionários, buscando avaliar as condições biomec@nicas dos mesmos, estes questionários foram selecionados em umchecklist desenvolvido por -outo '())(+, sendo o autor m"dico do trabalho e doutor em

administração, o modelo do questionário encontra1se em anexo no final do artigo/s tabelas * e ( mostram o resultado gerado a partir da pontuação obtida nosquestionários indicando a -ondição 0rgonômica, o &rau de atenção exigida e sugerindo sedeve ou não ser tomado alguma atitude por parte da administração

</M04/ * B Cesultados questionário /

Konte9 -outo '())(+</M04/ ( B Cesultados questionário M

6ontuação Condição Ergon7mica 8iomec9nica rau 6rovid;ncias

"cima 22 E<celente 3 bai<íssimo risco=aus;ncia riscosbiomec9nicos

5>verde 4ão necessitarovid;ncias

22 a 1? 8oa 3 bai<o risco 3 #ator biomec9nico oucosigni#icativo

1@ a 1A -azo vel 3 moderado risco 3 #ator biomec9nicomoderado 1>amarelo ob observaçãoB )

1, a 11 +auD alto risco 3 #ator biomec9nico signi#icativo

2> vermel%o 4ecessita estudodetal%ado"bai<o 11 6*ssima 3 altíssimo risco 3 #ator biomec9nico muito

signi#icativo

Konte9 -outo '())(+

/ <abela V apresenta a pontuação m"dia obtida atrav"s dos resultados do questionáriodos /ssistentes t"cnicos de ;anutenção e /uxiliares <"cnicos, a respeito de 0rgonomia K#sica

6ontuação Condição Ergon7mica rau 6rovid;ncias

15 ?1 3155 E<celente5>verde 4ão necessita rovid;ncias

a ? 5 3 ?5 8oa

G a A A5 3 G? -azo vel 1>amarelo ob observação B )

, a ( (5 3 ,? -uim 2>vermel%o 4ecessita estudo detal%ado2 a 5 5 3 2? 6*ssima

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em geral e consequ ncias na saIde do trabalhador como distIrbios mIsculos1esquel"ticos aamostragem foi de *7 e *5 funcionários respectivamente

</M04/ V B !ontuação m"dia gerada em resposta dos questionários de 0rgonomia K#sica/ssistente <"cnico';anutenção+

/uxiliares<"cnicos

Luestionários !ontuação ;"dia !ontuação ;"dia

". Ciscos 0rgonômicos9 /valiação &eralLualitativa 5 5

8. /valiação %implificada do KatoMiomec@nico no Cisco !ara 2istIrbios;Isculo10squel"tico de ;embros%uperiores Celacionados ao <rabalho

*F *7

Os resultados do questionário / '/nexo /+ obtido para ambos os casos indicam pontuação m"dia 5, portanto na tabela de resultados apresentam -ondição 0rgonômicaGCuimH sendo sugerido um estudo detalhado por parte da organização para verificação do problema

!ara o questionário M '/nexo M+, a pontuação m"dia obtida foi de *F para os/ssistentes <"cnicos e *7 para os /uxiliares <"cnicos, na tabela de resultados, ambascaracterizam condições ergonômicas Miomec@nicas GCazoáveis B risco moderadoH, sendosugerido correlacionar com poss#veis queixas dos trabalhadores, havendo um nImero maior de queixas, deve1se fazer estudo mais detalhado

Aouve, por Iltimo, aferição dos ru#dos em dois diferentes ambientes de trabalho, a

Kigura 5 apresenta os resultados obtidos nesse estudo em dois ambientes distintos9

K6&3C/ 5 B Cesultado da medição da intensidade sonora atrav"s do decibel#metro

2e acordo com os dados coletados, há excessiva exposição a ru#dos altos, por partedos operários 'de origem imposs#vel de atenuação B como !iso dos &eradores da 3sina+, e afalta de crit"rios de exposição a essas áreas, que deveriam especificar o tempo '$C*7+, bemcomo a intensidade suportada, de acordo com o item *F 7 da $C*F B a saber : ;áximo de ?7dM e m"dia de ?) dM no ambiente de trabalho. %endo que, os dados coletados, '*)R e *)7 dM+,são de ru#dos cont#nuos, onde sua toler@ncia " de apenas (7 minutos, pela $C *7

,.( Ergonomia Organizacional6nformações oficiais da empresa foram obtidas junto aos responsáveis e funcionários,

como carga1horária e turnos> a exemplo de um funcionário, /ssistente <"cnico, foi nosfornecido seus turnos no m s de ;aio9 $o dia *F preencheu um turno das ))9)) :s )?9)) e posteriormente de *R9)) :s ))9)), prosseguindo um terceiro turno das ))9)) :s )?9)), já no

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dia *R <al esquema de turno " repetido nos dias seguintes -onstata1se, uma clara falta de planejamento com as normas regulamentadoras que especificam turnos de ? horas emintervalos de *( horas> sobretudo em ambientes de trabalho noturno <ais situaçõesencontradas na subestação hidrel"trica são de grande preocupação, pois se entende o trabalhoexecutado, em partes que precisam de turnos noturnos, como de alguma periculosidade e

pass#veis de acidentes graves 2ados semelhantes foram verificados, com diversosfuncionários

,., Ergonomia Cognitiva;unido de observações da empresa feita na visitação e de informações oficiais

constatou1se queixas, entre muitos operários de áreas restritas, um ambiente de trabalho permanentemente isolado de contato com outros indiv#duos 2esencadeando situações deestresse e fadiga, devido a perturbações psico1cognitivas Kato esse que não se ad"qua :diretriz8item *) F V da $C1*)

!ode1se constatar tamb"m, atrav"s de entrevistas, que alguns pontos dorelacionamento entre chefia e operários deveriam ser trabalhados para uma melhor conviv ncia, em prol de um ambiente de trabalho menos estressante e eficiente

A. Consideraç/es Finais -om a coleta e análise das observações ergonômicas na usina hidrel"trica, e atrav"s dafundamentação te.rica e a ferramenta de qualidade proposta por 6shiSaTa, pôde1se evidenciar que existem quatro principais tipos de causas que interferem nos problemas ergonômicos dostrabalhadores

Eerificou1se que a maiorias das inadequações da usina Aidrel"trica são de fator K#sico,como os problemas do ambiente do trabalho denunciados pelas medições dos postos detrabalho e o ru#do intenso presente em muitas das operações

Koi constatado tamb"m a boa implementação de requisitos de segurança, inclu#dos na $C*), tendo apenas como observação a considerar a falta de um esforço da empresa naconscientização dos operários no uso de 0!6Ds B principalmente os auriculares

/ administração, em geral, necessita de uma organização melhor, em se tratando dehorários e turnos, primordialmente de funcionários submetidos a tarefas de alguma eventual periculosidade ou isolamento

/ aplicação da ferramenta da qualidade, 2iagrama de 6shiSaTa, proporcionou umaidentificação mais eficiente nos problemas ergonômicos, de forma que as mesmas expõem ascausas ra#zes e evidenciam aquelas mais relevantes-e#erencias/M0C&O B /ssociação Mrasileira de 0rgonomia O que é ergonomia 2ispon#vel em9Xhttp988TTT abergo org br8oqueeergonomia htmY /cesso em9 () jan ())=/MC/A O, Z 6 P !6$AO, 2 4 ; As transformações do trabalho e desafios teórico-metodológicos da

Ergonomia. Cevista 0studo de !sicologia 0d F 'edição especial+ , 3niversidade de Mras#lia, p 5717(, ())(-O3<O, A Como m!lantar a Ergonomia na Em!resa" a prática dos comit s de ergonomia Melo Aorizonte90rgo, ())(2/$6044O3, K org '*==?+ 4Dergonomie en qu te de ses principes 2"bats "pist"mologiques Octares0ditions, <oulouse, Krança2C3CW, - & 0rgonomics and the qualit[ movement 0rgonomics Eol 5), n V, p (5=B(?5, *==F

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"4EHO " 3 $uestion rio de "valiação de -iscos Ergon7micos-I CO E- O4 +ICO :"valiação eral $ualitativa

J O KE C ECL MI 6"-" "0"MI"N O E-"M KE -I CO E- O4 +ICO

*1 /E/46/ O 2/ -O$26 O 0C&O$ ;6-/ 20 3; !O%<O 20 <C/M/4AO9

/nti10rg Ergon.

4P. Condição do trabal%ador no local de trabal%o ) ponto 1onto

)* O corpo 'tronco e cabeça+ está na vertical $ão im)( Os braços trabalham na vertical ou pr.ximo da vertical $ão im)V 0xiste alguma forma de esforço estático %im 4ão)5 0xistem posições forçadas do membro superior %im 4ão)7 /s mãos t m de fazer muita força %im 4ão)? Aá repetitividade freqJente de algum tipo espec#fico de

movimento%im 4ão

)F Os p"s estão apoiados $ão im)R Aá esforço muscular forte c8coluna ou outra parte do corpo %im 4ão)= Aá possibilidade de flexibilidade postural no posto de trabalho $ão im*) Aá possibilidade de pequenas pausas entre ciclos ou per#odo

definido de descanso ap.s certo tempo trabalhado $ão im

<O</4 de !O$<O%

"4EHO 8 3 $uestion rio Ke "valiação Ko Factor 8iomec9nico.(1 "0"MI"N O I+6MIFIC"K" KO F"C O- 8IO+ECQ4ICO 4O -I CO 6"-"KI R-8IO +R CJMODE $JEMS ICO KE +E+8-O J6E-IO-E-EM"CIO4"KO "O -"8"M O

1 obrecarga #ísica 5 onto 1onto

* * Aá apoio8contato da mão8punho em quina viva objeto8ferramenta %im $ão* ( O trabalho exige o uso de ferramentas vibrat.rias %im $ão* V ! trabalho " feito em condições ambientais de frio excessivo %im $ão* 5 Aá necessidade do uso de luvas %im $ão* 7 Aá possibilidade de descanso entre ciclos Aá pausas 71*) min 8h $ão %im

'máximo 7+ subtotal de !O$<O%2 Força com as mãos 5 onto 1

onto( * /parentemente as mãos t m de fazer muita força %im $ão( ( / posição de pinça 'pulpar, lateral ou palmar+ " utilizada p8fazer força %im $ão( V Luando usados p8apertar botões, teclas, componentes, inserir, montar, a

força de compressão exercida p8dedos e8ou mão " de alta intensidade%im $ão8$ã

o

aplicado( 5 Aá esforço manual durante *) do ciclo ou " repetido Rvezes8min

%im $ão

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'máximo 5+ subtotal de !O$<O%( 6ostura no trabal%o 5 onto 1

ontoV * Aá esforços estáticos da mão ou antebraço na rotina de trabalho %im $ãoV ( Aá esforços estáticos do braço ou pescoço na rotina de trabalho %im $ão

V V Aá extensão ou flexão forçada do punho na rotina de trabalho %im $ãoV 5 Aá desvios laterais forçados do punho na rotina de trabalho %im $ãoV 7 N rotina a elevação do braço acima 57 graus ou acima n#vel do ombro %im $ãoV ? 0xistem outras posturas forçadas dos membros superiores %im $ãoV F O trabalhador tem flexibilidade na sua postura durante a jornada $ão %im

'máximo F+ subtotal de !O$<O%, 6osto de trabal%o 5 onto 1

onto5 * Aá flexibilidade para colocar ferram8componentes8disposto no posto

trabalho $ão %im8$ão

aplicado

5 ( / altura do posto de trabalho " regulável $ão %im 'máximo (+ subtotal de !O$<O%

A -e etitividade e organização do trabal%o 5 onto 1onto

7 * O ciclo de trabalho " Y que V) segundos Kaz mesmo mov 8 *))) 8dia $ão%im 8 $ãohá ciclos

7 ( %e o ciclo " Y V)s, ocorrem diferentes padrões de mov 8s emX7) ciclo

$ão 8 -iclo" menor V) seg

%im 8 $ãohá ciclos

7 V Aá rod#zio8revezamento de tarefas $ão %im8Cevezamentodesnecessár io

7 5 !ercebe1se tempo apertado8curto p8cumprir tarefa prevista %im $ão7 7 / mesma tarefa " feita por um mesmo trabalhador durante 5h8dia %im $ão

'máximo 7+ subtotal de !O$<O%

G Ferramenta de trabal%o 5 onto 1onto? * !reensão9 o di@metro manopla tem ()1(7 mm'mulher+ ou (71()

mm'homem+ $ão %im8$ão há

ferram!reensão

? * Korça em !inça9 cabo não " fino8grosso e permite boa e estável pega %im%im8$ãoaplicado

? ( Kerram X* ]g ou se Y*]g " suspensa dispositivo p8reduzir esforço $ão %im8$ãoaplicado

'máximo (+ subtotal de !O$<O%O "M E-"M KE 6O4 O

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"n lise Ergon7mica do rabal%o em uma Jsinaidrel*trica com o au<ílio da Ferramenta de $ualidadeIs%i&a'a

-esumo0ste presente artigo tem como finalidade fomentar uma /nálise 0rgonômica do <rabalho'/0<+ em uma 3sina Aidrel"trica com auxilio de uma Kerramenta da Lualidade, o 2iagramade 6shiSaTa Muscou1se analisar as condições ergonômicas no local a partir de um estudo de

caso, fazendo um embasamento te.rico na literatura e nas normas regulamentadoras <amb"mforam utilizados, como instrumento de investigação, questionários aplicados em uma amostrade funcionários distribu#dos nos diversos cargos da 3sina em questão / análise einterpretação dos dados obtidos indicam que a Aidrel"trica atua de modo satisfat.rio quantoaos requisitos segurança, entretanto " necessário uma melhoria no setor de 0rgonomia K#sica

+ala$ras-cha$e Ergonomia, AE , 5iagrama de shika8a , Estudo de caso, 9sina /idrelétrica