Semmais 23 abril 2016

Sábado 23 | Abril | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 899 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

PUBLICIDADE

Ricardo Medeiros é o nome indicado pela Comissão Executiva da Área Metropolitana de Lisboa para fechar a equipa de gestão dos portos de Lisboa e Setúbal, liderada por Lídia Sequeira, ex-presidente do Porto de Sines que conta também com Ricardo Roque, ex-administrador do Porto de Setúbal, José Castel-Branco, oriundo da Direçcão-Geral de Finanças e Carlos Correia, oriundo da Infraestrutura de Portugal. O responsável da Comissão Executiva da AML, Demétrio Alves, confia na escolha dos seus pares e garante dar grande atenção a «qualquer deriva» que possa prejudicar as potencialidades da plataforma portuária sadina e da Península de Setúbal.

POLÍTICA PÁGINA 10

SOCIEDADE PÁGINA 6CDU E PSD EM GUERRA ABERTA POR CAUSA DE ESTACIONAMENTO PAGOA presidente da Câmara de Setúbal, Dores Meira, reagiu esta semana de forma violenta ao que classificou de “oportunismo político” por parte do PSD local sobre a polémica do estacionamento pago na cidade. Os social--democratas lançaram uma petição pública.

SOCIEDADE PÁGINA 3JÁ SE PAGOU PARA VER TELEVISÃO NO HOSPITAL GARCIA DE ORTAAs denúncias chegaram às redes sociais de forma viral por inúmeros pacientes do hospi-tal Garcia de Orta, em Almada. Os contestatá-rios reclamam da existência de um sistema de moedas debaixo dos televisores do serviço de traumatologia. O hospital nega tudo.

SOCIEDADE PÁGINA 4CIDADE DE SETÚBAL NO TOPO DAS MELHORES PARA VIVERO ranking da “Bloom Consulting” coloca o concelho de Setúbal num honroso 11.º lugar a nível nacional no que toca à qualidade de vida, turismo e negócios. Almada segue três posi-ções atrás e Sesimbra um pouco mais distante, num top designado como “City Brand Rankings”.

AML FECHA EQUIPA DE LÍDIA SEQUEIRA NA GESTÃO DOS PORTOS DE LISBOA E SETÚBAL

2 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE ABRIL | 2016

SEMANA

Incêndio na faculdade do Monte da Caparica provoca um ferido

Três homens detidos por cultivo de droga em Setúbal

Homem detido por roubo e furto após perseguição policial

Um incêndio na Fa-culdade de Ciências e Tecnologia da Uni-

versidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica, em Almada, provocou danos materiais e um ferido li-geiro, na manhã da última quarta-feira. O fogo, que deflagrou num dos labo-ratórios deste estabeleci-mento de ensino superior, feriu um segurança, que foi rapidamente assistido no local devido a inalação de fumos.

A PSP de Setúbal dete-ve três homens, com idades compreendi-

Um homem de 33 anos foi detido na segunda-feira pela

GNR, em Grândola, por furto de máquina de taba-co e dois roubos com arma branca Dois suspeitos foram surpreendidos por uma pa-trulha do Posto Territorial de Grândola quando esta-vam a desmantelar uma máquina de tabaco, pondo--se de imediato em fuga, ao aperceberem-se da presen-ça da autoridade policial. «Na fuga, um dos sus-peitos furtou outra viatu-ra que estava dentro de uma garagem em Grândo-la, deslocando-se para as zonas de Santo André e de Sines, onde realizou mais dois roubos com arma branca, em duas estações de serviço de abasteci-mento de combustível», informou a GNR.

O suspeito acabou por ser detido mais tarde, já no IC33, por militares do Comando Territorial de Setúbal, tendo sido pre-sente a tribunal na terça--feira, que lhe decretou prisão preventiva como medida de coação. Na operação foram apreendidas duas viatu-

ras ligeiras, quatro tele-móveis, 74 maços de taba-co, 560 euros, uma arma branca e ainda diverso material usado na prática dos ilícitos criminais. A GNR adiantou ainda que continuam as diligên-cias de investigação cri-minal no sentido de deter o segundo suspeito.

No local do incêndio, que terá deflagrado pelas 07h00, estiveram 13 veí-

das entre os 19 e os 24 anos, durante a tarde da última segunda-feira, por

culos e 35 operacionais dos bombeiros e GNR da Trafaria.

posse e cultivo de estupe-facientes. «Os suspeitos foram intercetados na via pú-blica, por haver fortes suspeitas de estarem a cultivar plantas de can-nabis num terreno próxi-mo do local onde foram abordados, facto que se veio a verificar”, infor-mou a PSP de Setúbal em comunicado. Nesta operação poli-cial foram apreendidos 17 pés da planta de cannabis e 27 doses individuais de haxixe.

Condeça e Condinho encantam júri da grande marcha sadina

Bocage Somos Nós”, com letra de José Condeça e música

do maestro azeitonense José Condinho, venceu a grande marcha de Setúbal deste ano, a interpretar pelas coletividades que participam nos desfiles dos santos populares nos dias 11, 17 e 18 de junho. A madrinha será Ivone Dias, que no ano passado de-fendeu as cores da marcha de Brejos de Azeitão. Os autores da letra e música da grande marcha, que concorreram com o pseudónimo “Pelo Rio Acima”, recebem como prémio 2500 euros, na se-quência da decisão toma-da na quinta-feira pelo júri do concurso promovi-do pelo município, com-posto por Miguel Concei-ção, João Pereira Bastos e

“

Horácio Pena. A grande marcha de Setúbal “Bocage Somos Nós” é apresentada como tema comum para as dez coletividades do concelho que participam nas mar-chas populares deste ano, que começam com um desfile de apresentação,

gratuito, no dia 11, às 22 horas, na Av.ª Luísa Todi. Seguem-se desfiles de competição, nos dias 17 e 18, à mesma hora, na praça de Touros Carlos Relvas, com entradas a 2,5 euros para a geral, 3 euros para as cadeiras e 4 euros para os lugares de camarote.

ROMARIA A CAVALO A CAMINHO DE VIANA DO ALENTEJO

ESTA TERÇA-FEIRA PARTIRAM DA MOITA CERCA DE 400 ROMEIROS EM DIRECÇÃO A VIANA DO

ALENTEJO, COM CHEGADA MARCADA PARA ESTA TARDE, NUM DOS EVENTOS MAIS MARCANTES

DO CALENDÁRIO RELIGIOSO DESTAS DUAS LOCALIDADES. TRATA-SE DA ROMARIA A CAVALO

MOITA-VIANA DO ALENTEJO, QUE DEVERÁ JUNTAR, NO FINAL, CERCA DE 600 CAVALOS E

2000 ROMEIROS. A TRADIÇÃO QUE PERCORRE 150 QUILÓMETROS, TEVE INÍCIO NUMA

CERIMÓNIA JUNTO À IGREJA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM, NA MOITA E TERMINA JUNTO

AO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA D’AIRES, EM VIANA DO CASTELO. DE PREMEIO À LUGAR

A FESTA RIJA, COM INICIATIVAS CULTURAIS PARA TODOS OS GOSTOS.

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE ABRIL | 2016 | 3

SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

JOSÉ MANUEL SILVA DEFENDE MEDIDAS DE «DISCRIMINAÇÃO POSITIVA» SOBRETUDO PARA LITORAL ALENTEJANO

Bastonário lança pistas para atrair médicos à região

O responsável não poupa críticas à falta de médicos nos concelhos da região e quer mais serviço nacional de Saúde. «Esta é a forma mais eficiente e mais baratas de prestação de serviços de saúde», afirma o bastonário ao Semmais.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Sil-va, voltou à carga na defe-

sa de medidas de «discriminação positiva» que promovam a fixa-ção de médicos nos concelhos

DENÚNCIA DE PACIENTES DO GARCIA DE ORTA CHEGARAM ÁS REDES SOCIAIS

Já se pagou para ver tv no hospital de Almada

Foram vários os pacientes do Hospital Garcia de Orta, em Almada, que denunciaram

esta semana, com recurso às re-des sociais, a existência de um sis-tema de moedas que está coloca-do debaixo dos televisores do serviço de traumatologia. A onda de contestação à cobrança come-çou com a publicação de uma fo-tografia no Facebook e rapida-mente se alastrou através de milhares de partilhas tornando--se viral. Porém, nem com a moeda o televisor funciona, uma vez que o sistema está desativado «há largos anos», como escreve o hospital em comunicado, justifi-cando que os sistemas antigos «ainda não foram substituídos por televisores funcionais, mas os aparelhos que ainda se en-contram instalados não têm funcionalidade». Ou seja, a administração hospitalar assegura que o «ser-viço televisivo que tem ao dis-por de todos os utentes é intei-ramente gratuito», pelo que o televisor que surge na imagem e

mais desfavorecidos do país, apontando, sobretudo, aos con-celhos do Litoral Alentejano, onde se registam das maiores carências a nível nacional, se-gundo avançou ao Semmais. José Manuel Silva não poupa críticas à falta de médicos de fa-mília nos concelhos do distrito,

o que considera «um problema de contratação» destes profis-sionais para o SNS. «Haja vonta-de de apostar no Serviço Nacio-nal de Saúde», diz, ao defender que esta «é a forma mais eficien-te e mais barata de prestar cui-dados de saúde à população». Já não é de hoje que o basto-nário tem esta preocupação. Re-corde-se que há mais de um ano avançou que a única forma de inverter o fenómeno da falta de médicos na região seria através do «investimento na fixação de pessoas em todos os sectores e a nível da saúde em particular», justificando que «os médicos portugueses têm muitas alterna-tivas de trabalho, no sector pri-vado e através da emigração. En-quanto nos outros setores de formação se começa a procurar emprego no final do curso, lá para os 24 a 25 anos, os médicos é só depois dos 30. Se não encon-trarem uma situação que com-pense, em termos remunerató-rios, vão ter que encontrar outras alternativas lá fora», dizia.

Entretanto, também o presi-dente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Jai-me Teixeira Mendes, afina pelo mesmo diapasão, chegando alertar que os médicos contrata-dos por empresas de prestação de serviços não estão prepara-dos para trabalharem nesta re-gião. Alega que os clínicos «des-conhecem a realidade do Interior do país», sublinha o mesmo dirigente, que pede in-centivos à fixação de jovens pro-fissionais.

Pagamento de subsídio extra como atracção

Como alternativa, também su-geriu que o Ministério da Saúde disponibilize o pagamento de um «subsídio extra», que possa ser atrativo para que jovens médicos se comecem a fixar por aqui. Aliás, José Manuel Silva destaca ainda que até 2017, cer-ca de 750 médicos «vão acabar a especialidade», sublinhando

que Portugal «é o quarto país da Comunidade Europeia com mais médicos», apesar de um elevado número de profissio-nais ter emigrado ou optado pela reforma antecipada nos últimos anos. O bastonário re-alça a importância de o atual Governo tentar inverter o pro-blema da escassez de médicos no setor público, ao permitir, através do Orçamento de Esta-do deste ano, que os reforma-dos regressem ao trabalho no SNS, auferindo 75% do venci-mento, a acumular com a pen-são de reforma. «Vamos resolver os proble-mas do país», desde que «numa “fase transitória» sejam tomadas «medidas minimamente atrati-vas que levem os médicos a fi-xar-se nos municípios mais des-favorecidos», preconiza, alertando que «o vencimento médico é tão baixo em Portugal» que os médicos «preferem emi-grar para países da Europa onde a sua qualidade é reconhecida e apreciada».

a respetiva ranhura para intro-dução da moeda serviu apenas até há uns anos atrás. Diz ainda o hospital que a substituição dos televisores obsoletos está em desenvolvimento, «prevendo-se que até ao final do presente ano esteja completamente concluída em toda a instituição».

DEPUTADOS ‘ROSA’ TERMINARAM PÉRIPLO PELOS HOSPITAIS DA PENÍNSULA DE SETÚBAL

Falta de médicos e degradação de equipamentos na agenda do PS

A perde da recursos humanos e a degradação de equipa-mentos foram duas das fra-

gilidades que os deputados do PS eleitos pelo distrito de Setúbal de-tetaram no périplo pelos três hos-pitais da península de Setúbal: Nossa Senhora do Rosário (Bar-reiro), Garcia de Orta (Almada) e São Bernardo (Setúbal). Segundo Eurídice Pereira, coordenadora do Grupo de De-putados de Setúbal, e membro da Comissão Parlamentar de Saúde, «a perda evidente de profissionais de saúde, com a consequente fragilização dos corpos clínicos, foi uma reali-dade ao longo da anterior le-gislatura. Acresce que a opção pelo desinvestimento, igual-mente ao longo dos últimos quatro anos, particularmente na substituição e renovação de equipamentos, gerou, para os dias de hoje, um avolumar muito expressivo de necessi-dades urgentes e emergentes». Nas visitas técnicas, os de-putados inteiram-se da estrutu-ra, funcionamento, relação com

as unidades de resposta em cui-dados primários, listas, tempos de espera e urgências hospita-lares, foram os grandes temas em discussão. Os deputados, pretendem, em Maio, reunir com as Admi-nistrações Regionais de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, solici-

tação que vão formalizar em breve, considerando que, se-gundo Eurídice Pereira, é pre-ciso dar «maior importância ao diálogo com o máximo número de entidades aos quais está in-cumbida a garantia e a con-fiança no Serviço Nacional de Saúde”.


SOCIEDADE“CITY BRAND RANKING” COLOCA CONCELHO SADINO NA LIDERANÇA DO DISTRITO E EM 11.º LUGAR A NÍVEL NACIONAL

Setúbal ganha espaço como cidade para viver, fazer turismo e negócios

ANTERIOR PRESIDENTE DO IPS FOI ELEITO PARA ASSOCIAÇÃO QUE AGREGA MAIS DE 1.400 INSTITUIÇÕES

Armando Pires eleito vice-presidente da EURASHE

A consultota “Bloom Consulting”, especialista a nível mundial, afirma que o concelho de Setúbal está no top dos concelhos para fazer negócios, turismo e viver. Almada segue três posições abaixo, é a 14.ª e Sesimbra a 26.ª.

O concelho de Setúbal é o me-lhor do distrito para fazer negócios, turismo e viver. A

conclusão é do «City Brand Ranking», uma espécie de top dos melhores municípios do país, fei-to pela consultora “Bloom Con-sulting”. Segundo esta empresa de consultadoria, Setúbal surge no 11º lugar nacional ficando três postos à frente de Almada, que também exibe uma boa qualifica-

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

O anterior presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), Armando Pi-

res, que exerceu estas funções entre 2006 a 2014, e atual Pro-fessor Coordenador Principal da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS e Diretor de Relações Internacionais do CCISP (Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Poli-técnicos) foi eleito, quarta-feira, vice-presidente da European Association of Institutions in Hi-gher Education (EURASHE). O processo de eleição decor-reu no início da 26.ª Conferência Anual da EURASHE, que decorre em Belgrado, na Sérvia. Fundada em 1990, a EURASHE é a Asso-

ciação Europeia de Instituições de Ensino Superior que minis-tram programas de cariz profis-sionalizante, no âmbito do mo-delo de Bolonha.

Promover ensino superior e investigação

A associação agrega atualmente mais de 1.400 instituições de ensi-no superior filiadas, representan-do um total de 40 países, dentro e fora do Espaço Europeu do Ensi-no Superior (EEES). O seu objeti-vo é promover os interesses do ensino superior politécnico do EEES e contribuir para o desen-volvimento progressivo do ensi-no superior e da investigação.

Esta eleição traduz-se numa honra para o ensino superior po-litécnico e numa prova de reco-nhecimento pelo trabalho que o CCISP e o IPS, em particular, têm vindo a desempenhar na promo-ção e dignificação do Ensino Su-perior Politécnico Português.

ção, enquanto Sesimbra alcançou o terceiro lugar no distrito, com a 26ª posição no todo nacional. Nesta terceira edição do Por-tugal City Branding Ranking, no que à região diz respeito, Setú-bal logrou subir dois lugares face à 13ª posição conseguida em 2015 e 2014, enquanto Alma-da escalou um posto face ao ano anterior e quatro comparando com há dois anos, obtendo mes-mo o 11º lugar na categoria Viver, onde Setúbal é 13º, conseguindo a capital ser a 14ª no Turismo e a

15ª na valência Negócios. É apenas por um lugar que Sesimbra não surge no Top 25 do estudo, embora tenha subido no Ranking Geral, já que em 2015 e 2014 foi 33ª e 28ª, respeti-vamente. Depois é preciso per-correr os olhos pela lista até ao 46º classificado para encontrar-mos o Montijo, que repete o lu-gar dos anos anteriores, en-quanto Sines regista uma queda aparatosa. Depois da 29ª posi-ção em 2014 e da 44ª em 2015 a cidade do Litoral Alentejano

está agora em 51º lugar, sendo, ainda assim, a quinta melhor do distrito. Palmela perdeu um lugar na lista nacional, passando da 57ª para a 58ª posição, mas surge como o sexto município melhor posicionado na região, à custa do Seixal, que com o lugar 61, perdeu 11 posições face a 2015 no Ranking Geral. Ainda nos cem primeiros, surgem o Barreiro (76º), que re-cuperou 28 lugares, Grândola (85º), que perdeu sete, Santiago

do Cacém (92º), que perdeu quatro, e Alcochete (93º), que manteve o resultado de 2015. Moita está no lugar 123 e Alcá-cer do Sal ocupa a posição 133. Ainda assim, Moita estava no 154º lugar em 2015 e em 229º em 2014. Alcácer ganhou dois luga-res face ao ano passado. E quanto aos líderes? Em termos globais, a terceira edição do Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking não apresenta alterações nos cinco primeiros classificados, em relação ao Ranking de 2015. «O Ranking deste ano surge com Lisboa, Porto e Bra-ga mais uma vez nos primeiros lugares, afirmando-se como grandes polos urbanos de Por-tugal», descreve o documento a que o Semmais teve acesso. Na quarta posição surge, à imagem do ano passado, Cas-cais. A fechar o Top 5 surge a cidade de Coimbra, tal como já acontecera no passado ano. Olhando mais a fundo para o Top 25 verifica-se um claro domínio das regiões Norte e de Lisboa, com sete municípios cada, seguidos de perto pela Região Centro que apresenta seis municípios e pelo Algarve com três municípios. Por fim, Alentejo e Madeira apresen-tam um município cada um neste Top 25.


PUBLICIDADE


SOCIEDADE

Município de Alcácer do Sal

EDITAL Nº 6/2016

VITOR MANUEL CHAVES DE CARO PROENÇA, Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal

TORNA PUBLICO que, a Câmara Municipal de Alcácer do Sal irá proceder a alienação de diversos tipos de sucata ferrosa e não ferrosa, outros equipamentos e veículos em fim de vida, nos termos e condições do respetivo programa de procedimento que poderá ser consultado em www.cm-alcacerdosal.pt ou na secretaria da Divisão

de Obras Municipais e Serviços Urbanos.Os interessados poderão apresentar as suas propostas, em carta fechada, até às 17.00 horas do dia 24º a contar da data da publicação, pessoalmente ou expedidas através de correio registado, sendo, neste último caso, da

responsabilidade dos concorrentes quaisquer atrasos na entrega que se possa verificar.Só serão admitidas as propostas dos concorrentes que reúnam os termos e condições previstas no programa do

procedimento.Os interessados poderão consultar o processo e visualizar os lotes conforme definido no programa da presente hasta pública, devendo para o efeito solicitar agendamento via email [email protected]; Fax nº265 247 036; via CTT (Câmara Municipal de Alcácer do Sal – DOMSU, Praça Pedro Nunes – 7580-125

Alcácer do Sal), ou presencialmente nos serviços da secretaria.

Alcácer do Sal, 14 de Abril de 2016

O Presidente da Câmara,Vítor Manuel Chaves de Caro Proença

Homem de 86 anos acusado de abusar de duas crianças em Sesimbra

Casa do Peixe dá a provar o melhor arroz de tamboril

O homem de 86 anos, suspeito de ter abu-sado sexualmente de

duas meninas, foi detido esta semana assim que re-gressou à sua casa, em Se-simbra, após ter passado uma temporada no estran-geiro. O indivíduo terá fugi-do do país assim que soube da apresentação de uma queixa-crime contra si no final de 2015. O suspeito está em prisão preventiva. Segundo a PJ de Setú-bal, a investigação efetua-da permitiu apurar que o suspeito, por mais de uma vez, durante o ano de 2015, «abusou sexual-mente de duas crianças (ambas com 12 anos) ali-ciando-as para se deslo-carem a sua casa a troco

O restaurante A Casa do Peixe, em Setúbal, volta a aderir à inicia-

tiva “Adoramos a nossa gastronomia com Coca--Cola”, que decorre entre 25 de abril e 15 de maio, no Li-toral Sul do Tejo, onde é menu é composto por Ar-roz de Tamboril. Luís Cruz, gerente da Casa do Peixe, afirmou que «gostamos de estar asso-ciados a marcas de prestí-gio internacional, e espera-mos que os nossos pratos, mais uma vez, saiam valori-zados. Não interessa o con-curso em si, mas que os clientes fiquem satisfeitos».

de dinheiro, de um apare-lho eletrónico e do paga-mento de alimentação». As autoridades avan-çam ainda que os abusos terão sido praticados na casa do suspeito, tendo as vítimas sido sujeitas a di-versos tipos de práticas se-xuais. «Para facilitar as prá-ticas abusivas e evitar a sua divulgação, o detido amea-çava-as com represálias”, acrescenta a PJ, revelando que as duas meninas são colegas de escolas e uma delas é filha de uma mulher que já trabalhou como em-pregada doméstica para o suspeito. Terá sido nesse contexto que o suspeito co-nheceu as meninas e as co-meçou a aliciar. Além de dinheiro, o suspeito deu às

meninas um tablet. A mãe de uma delas descobriu o que estava a acontecer e decidiu apre-sentar queixa, uma posi-ção seguida pela outra progenitora. O homem ainda tentou convencer as mães das meninas a não apresentarem queixa, prometendo compensá--las, mas não convenceu as progenitoras, acabando o suspeito por sair do país, refugiando-se na casa de duas filhas emigradas num país europeu. Assim que aterrou no aeroporto de Lisboa viria a estar em sob permanente vigilância dos agentes da PJ, embora só tenha sido detido de-pois de chegar à sua casa habitação, em Sesimbra.

O responsável realça que, por dez euros, menu que inclui uma bebida Coca-Cola e o café, os clientes da Casa do Peixe podem provar o prato de-licioso de Arroz de Tam-boril, o qual é comum aos restaurantes aderentes da zona litoral a sul do Tejo. «Vamos pôr na mesa dos clientes pratos confecio-nados com tamboril fres-co, pescado na nossa cos-ta, nomeadamente em sesimbra e em setúbal. Não usamos, nos nossos pratos, peixe congelado». A Casa do Peixe está aberta de terça-feira a do-

mingo, dias em que pode ser saboreado o delicioso Arroz de Tamboril, um evento que conta com o patrocínio da Refrige e o apoio da AHRESP.

Cartório Notarial de Setúbal

Notária

Maria Teresa Oliveira

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro n.º 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia vinte de Abril dois mil e dezasseis, neste Cartório, foi lavrada

uma escritura de justificação, a folhas 149 do livro 293-A, de escrituras diversas, na qual:

Idalina Lopes Fero, solteira maior, natural da freguesia do Poceirão, concelho de Palmela, residente na Rua José Gaspar da Silva, CCI 10462, Lagameças, Poceirão, Palmela, contribuinte número 124284906, justificou a posse de direito de propriedade, invocando a usucapião de um Prédio Urbano, destinado a habitação, com a área coberta de setenta e três metros quadrados e logradouro de quatro mil quinhentos e noventa e um metros quadrados, sito em Lagameças, União das freguesias do Poceirão e Marateca, (anteriormente freguesia do Poceirão) concelho de Palmela, que confronta a norte com Adelino António Dinis, sul com Hélder Manuel Santos Fero-caminho; nascente com Célio Jorge Lopes Seixo e poente com Silvino Lopes Fero, ainda por descrever na Conservatória do

Registo Predial de Palmela, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3450, pendente de avaliação.Está conforme.

Cartório Notarial, Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal,20 de Abril de 2016Conta número 663

A Notária,Maria Teresa Oliveira

PRESIDENTE DA CÂMARA, DORES MEIRA, ACUSA PSD DE ESTAR A «LANÇAR A CONFUSÃO»

CDU e PSD às turras por causa de mais estacionamentos pagos

A presidente do muni-cípio de Setúbal, Do-res Meira, considera

que a criação de mais es-tacionamento tarifado na cidade vem «libertar os estacionamentos gratui-tos para os moradores das zonas onde possa vir a ser implantado». A edil considera que o PSD local está a lançar à população uma campa-nha de «desinformação, com omissão de dados» motivada pelo «oportu-nismo político» sobre esta matéria. E conclui que se trata de «chicana política, demagogia da mais básica, mentira e oportunismo». E esclarece que ape-nas está prevista a cria-ção de 3 mil lugares tari-fados, «à medida das necessidades e num prazo nunca inferior a 5 anos», e não 5 mil. «Os restantes 2 mil lugares são uma re-serva para eventuais ne-cessidades futuras do de-senvolvimento da cidade no período de concessão, não existindo sequer um compromisso de que te-nham obrigatoriamente de ser instalados», subli-nha Dores Meira. E acrescenta: «Só ha-verá estacionamento tari-fado em algumas vias das três zonas de estaciona-mento tarifado, em parti-cular naquelas vias onde há maior procura de esta-cionamento». O novo regulamento

municipal de estaciona-mento público tarifado e duração limitada do con-celho será apreciado, no próximo dia 29, em As-sembleia Municipal, e será depois colocado à discussão pública duran-te 30 dias, o que permite que todos os munícipes apresentem propostas de alteração que serão ana-lisadas pela autarquia.

«CDU toma uma decisão perversa»

O PSD local já lançou uma petição pública com vista a revogar a delibera-ção do município sadino, aprovada com os votos a favor dos comunistas e os votos contra do PSD e do PS, por forma a anular todo o processo. A petição pode ser assinada em vá-rias lojas da baixa e atra-vés da internet, no site

peticaopublica.com, cujo link está na facebook do PSD Setúbal. Até ao fecho desta edição já foram re-colhidas «mais de mil as-sinaturas». Nuno Carvalho, líder da concelhia laranja, diz que o aumento dos esta-cionamentos pagos ataca comerciantes e residen-tes, uma vez que «vai ocu-par uma área demasiado grande. Não se protegem residentes nem comer-ciantes porque não há al-ternativa e as pessoas vão continuar a estacionar nos mesmos locais. Exis-tem muitas zonas sem co-mércio, sem serviços, ex-clusivamente residenciais que só irão penalizar quem tem opção e é obri-gado a estacionar no seu bairro de residência». E não tem dúvidas de que se trata de «uma decisão perversa».


MOITA TRIBUNAL INDEFERE PROVIDÊNCIA CONTRA EXTENSÃO DE AUTOCARROS Foi indeferida a providência requeri-da pelos TST junto do município que visava travar o alargamento do serviço dos Transportes Coletivos do Barreiro à Moita, protocolo que foi assinado em dezembro de 2015. “Lamentavelmente”, este serviço encontra-se suspenso de-vido às providências cautelares dos TST contra os dois municípios. Existe ainda uma ação principal que foi levantada pe-los TST e que se aguarda a qualquer mo-mento pela decisão do Tribunal. As duas autarquias congratulam-se pelo facto do tribunal entender que a deliberação da CMM e o protocolo não são ilegais e que existem muitas dúvidas quanto aos prejuízos invocados pelos TST.

SINES VOLUNTÁRIOS LIMPAM PRAIA DA COSTA DO NORTE Duzentos voluntários recolheram 4,3 toneladas de resíduos da praia da Costa do Norte organizada pelo município entre 14 e 17 de abril. Em quatro dias, os voluntários calcorrearam o areal, desde o Canto Mosqueiro até ao limite sul da Re-serva Natural da Lagoa de St.º André e da Sancha, com os olhos nos resíduos que tornavam menos bonita uma das mais carismáticas praias do concelho. Na ação desta primavera ainda se faziam sentir os resultados de uma campanha de limpeza semelhante realizada em 2015: a praia estava mais limpa, o que ajudou a que a quantidade de resíduos fosse inferior às 8 toneladas recolhidas no ano passado.

SETÚBAL APOIO À VÍTIMA GANHA NOVAS INSTALAÇÕES O gabinete da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima já está a funcionar em instalações cedidas pelo município. O espaço funciona em instalações cama-rárias, na Praça do Brasil, num espaço renovado e adaptado às necessidades daquela entidade, com duas salas. O líder da APAV, João Lázaro, afirmou que, com o protocolo de colaboração firmado com a autarquia, foi possível assegurar «a manutenção do gabinete, um dos mais antigos da instituição, em Setúbal», agora «com condignas condições de trabalho».Na cerimónia, o responsável partilhou que a APAV deve ser encarada «como um veículo para ser utilizado» e que constitui «uma peça fundamental na política de intervenção social».

BARREIRO EUROPEAN CYCLING CHALLENGE À VISTA O Barreiro volta a participar no European Cycling Challenge – competição, saudá-vel, entre cidades europeias na utilização da bicicleta como transporte urbano diário, que decorre de 1 a 31 de maio. As inscrições, gratuitas, encontram-se aber-tas – decorrem até ao final de maio.Em 2015, o Barreiro e a Associação de Municípios do Algarve foram as repre-sentantes portuguesas neste desafio. O Barreiro classificou-se no 33.º lugar, à frente de cidades como Barcelona ou Dubrovnik. Gdansk, na Polónia, foi a vencedora. Os seus 4516 participantes pedalaram mais de 451 mil quilómetros.Este ano, o Algarve e o Barreiro são repetentes, às quais se juntam a Área Metropolitana do Porto e Aveiro.

ALCÁCER DO SAL MUNICÍPIO CELEBRA 500 ANOS DO FORAL MANUELINONo âmbito dos 500 anos do seu Foral Manuelino, este sábado, a Cripta Arque-ológica tem entradas gratuitas. Também vão estar abertas ao público as estações arqueológicas do castelo. Ainda hoje, o “Alcácer com Vida” assinala a data com uma Rota Quinhentista. Com ponto de encontro no estacionamento da margem sul, às 9 horas, a iniciativa propõe que se parta à descoberta de Alcácer Quinhen-tista através da visita a igrejas, edifícios, monumentos e outros locais deste perí-odo. As comemorações prosseguem dia 30, novamente com entradas gratuitas na Cripta e abertura das estações arque-ológicas do castelo ao público.

GRÂNDOLA WORKSHOPS DE COZINHA CRIATIVA O chef Vitor Sobral e a professora Otília Correia estão em Grândola, este sábado, para a realização de dois workshops no âmbito da iniciativa “Em Abril Flores Mil”.O primeiro workshop decorre de manhã, sob o tema “Plantas silvestres à mesa da família” e destina-se a não profissionais. Das 10 às 13 horas, o chef irá confecio-nar uma sopa, uma salada e um prato de peixe. Das 15 às 18 horas, sob o tema “o mar e o campo da nossa região”, Vitor Sobral irá preparar 4 petiscos com peixe, pratos de bacalhau e ervas aromáticas e flores. Nas duas sessões, que decorrem no mercado, Otília Correia falará sobre o uso das ervas aromáticas e das flores na confeção de pratos.

ALMADA AUTARQUIA IMPULSIONA OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO Continuam abertas, até dia 29, as candi-daturas para o 7.º Programa de Apoio ao Empreendedor, iniciativa do município, no âmbito do Gabinete de Apoio à Cria-ção de Emprego e Captação de Investi-mentos, que apoia gratuitamente pro-motores de ideias de negócio. O 7.º PAE, com início a 9 de maio, é um programa de 70 horas baseado numa metodologia prática e modular destinada a impulsio-nar ideias e oportunidades de negócio de âmbito local. Ao longo do programa, os participantes terão oportunidade de usufruir de apoio técnico na planificação, maturação e implementação das suas ideias e projetos. Das seis edições do PAE resultaram 110 ideias de negócio.

PALMELA SOLDADOS DA PAZ RECEBEM APOIO DO MUNICÍPIO O município aprovou, na reunião de dia 6, apoiar a requalificação dos quartéis dos bombeiros de Palmela e Pinhal Novo. Através de protocolos, o município irá comparticipar até ao máximo de 50 por cento do valor total das empreitadas.Este apoio surge na sequência do traba-lho de parceria pioneiro que o município e as três associações do concelho têm mantido, no sentido de dotar as corpora-ções das melhores condições de trabalho, conducentes à prestação de um serviço de grande qualidade às populações. Anualmente,são atribuídos apoios para o funcionamento dos Grupos de Bombei-ros Permanentes e para investimento em equipamento, viaturas e instalações.

MONTIJO CASAS SOCIAIS A CONCURSO Continua a decorrer até 10 de maio o con-curso para a atribuição de 26 casas so-ciais, de diferentes tipologias, em regime de arrendamento apoiado. A medida foi aprovada na reunião de câmara de 13 de abril, por unanimidade. Os fogos proprie-dade autarquia que se encontram devo-lutos serão alvo de obras de conservação e situam-se nos bairros de Afonsoeiro, Caneira, Esteval, Esteval Novo e Lançada. O município tem procurado, através de diferentes medidas resolver ou atenuar as problemáticas inerentes à pobreza e exclusão social. Com esta medida, a autarquia, pretende colmatar dificuldades habitacionais da população, promovendo a autonomização de pessoas e famílias carenciadas ou dependentes.

LOCAL

SANTIAGO DO CACÉM VINHOS DA REGIÃO LOTARAM PROVA DE NÉCTARES A Sociedade Recreativa 3 de Maio registou enchente, no dia 16, para a 13.ª Prova de Vinhos de Santa Cruz, organi-zada pelo grupo desportivo local, com os apoios do município e da União de Freguesias de Santiago, St.ª Cruz e S. Bartolomeu da Serra. O júri, composto pelo edil Álvaro Beijinha, pelo secretário da Junta de Freguesia, Armando Almei-da, e pelos enólogos António Vicêncio e Flávia Luz, escolheu entre os mais de 50 vinhos a concurso, distinguindo as adegas regionais: Furnalhas (branco) e Vale das Éguas 2012 (tinto); produtores locais: António Joaquim Costa (branco); Henrique Gamito (tinto). A animação foi um sucesso, com petiscos e vinhos.

SESIMBRA JÁ ABRIU O NATURA PARK NA HERDADE DA MESQUITA Paintball, slide, rapel, canoagem, vela, pro-vas de orientação e fotografia de natureza são algumas das atividades que o Sesim-bra Natura Park oferece, em 867 hectares de terreno, na Herdade da Mesquita. O espaço foi inaugurado no dia 17 e contou com a presença de inúmeros convidados, que tiveram oportunidade de conhecer os equipamentos e as excelentes condições do mesmo, que pode ser usufruído por grupos organizados, comunidade escolar, eventos de empresas e festas diversas. José Caupers, um dos proprietários da herdade, agradeceu o trabalho de todos os que estão envolvidos neste projeto, bem como o apoio prestado pelas mais diver-sas entidades, entre elas a Câmara».

SEIXAL MUNICÍPIO COM RESULTADO LÍQUIDO DE 15,2 MILHÕES DE EUROS O município apresenta em 2015 resultado líquido de 15.244.364,67 euros e regista uma evolução “muito positiva” dos princi-pais indicadores da situação económico--financeira. É 6.º ano consecutivo em que “os proveitos superam os custos, contri-buindo para uma consolidação crescente” da situação económica e financeira do município. A Câmara regista ainda uma diminuição de 9,7 mil euros de dívida, o que significa uma redução de 10,8 por cento em relação à existente em 2014. Os resultados permitem avançar com obras na EB1/JI de St.ª Marta do Pinhal, no Nú-cleo de Náutica de Recreio de Amora, na execução da praça da Torre da Marinha ou no concurso do Centro Distribuidor de Água de Fernão Ferro.

ALCOCHETE INCENTIVO A PROJETOS MUSICAIS JOVENS Até ao fim do mês, estão abertas inscri-ções para o concurso de bandas amado-ras, que se realiza a 13 de maio no largo MFA, em Samouco.O concurso está aberto às bandas que integrem jovens, residentes, estudantes e/ou trabalhadores, do concelho, com idade igual ou inferior a 35 anos de idade. Os menores de 16 anos também podem concorrer desde que autorizados pelos seus representantes legais.A participação no concurso implica a apresentação de três temas musicais: um original da banda, um cover e um arranjo musical do tema obrigatório “Liberdade” de Sérgio Godinho. Os temas originais podem ser escritos e cantados em qual-quer idioma.


CULTURA

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

PUBLICIDADE

«APROVEITAR TUDO AO MÁXIMO» Nos tempos livres, o André Frade de ouvir rádio, acompa-nhar o estado do tempo, andar de bicicleta e viajar. O seu lema de vida é “Aproveitar tudo ao máximo, dando sempre o me-lhor mesmo que nem sempre seja tudo perfeito”. Os seus so-nhos passam por formar-se na área da meteorologia e pelo trabalho em televisão. André Frade estudou até ao 12.º ano mas não põe de parte o ingres-so numa licenciatura.

lo destinado a toda a família, é um musical adaptado por Mi-guel Assis de “Le Petit Prince”, de Saynt Exupéry, musicado por António Carlos Coimbra, com poesia de Luís Filipe Estrela, fi-gurinos e cenografia de Céu Campos e encenação de Miguel Assis.

ALÉM DA RÁDIO, QUER FORMAR-SE EM METEOROLOGIA E FAZER TELEVISÃO

André Frade monta estação meteorológica

Desde muito novo que André Frade nutre paixão pela meteorologia. Hoje tem uma es-tação meteorológica no telhado de casa, no Montijo. Foi criado há 7 anos e está em ex-pansão. O MeteoMontijo tem página de Facebook com 25 mil seguidores. André Frade também faz rádio.

Natural do Barreiro e resi-dente no Montijo, André Frade, de 19 anos, criou o

MeteoMontijo, um projeto do qual se orgulha bastante». A es-tação meteorológica está mon-tada no telhado de sua casa e o seu projeto visa informar a po-pulação sobre as previsões do estado do tempo, sempre com informações «em tempo real e sempre atualizadas». Sem receber qualquer apoio monetário, o MeteoMontijo está a ter um impacto «suficiente-mente grande» junto da comuni-dade, uma vez que os seus se-guidores «partilham todas as publicações, sobre o clima, curiosidades do tempo, mas, principalmente, previsões mete-orológicas» E, para breve, o mentor promete um novo site para o projeto MeteoMontijo. O jovem André Frade reco-nhece que a paixão pela meteo-

rologia já nasceu com ele. «Inte-resso-me pela meteorologia desde muito pequeno. Fui aprendendo sempre ao longo da infância coisas novas relaciona-das com o tempo, através de li-vros e da internet». Além da meteorologia, André Frade também se dedica a pro-gramas de rádio. Colabora com a

Barreiro abraça as diferentes culturas dos imigrantes

O VII Festival “Encontros – Cores, Sons, Sabores e Sa-beres”, organizado pelo

município, em parceria com asso-ciações de imigrantes concelhias, tem lugar de 6 a 8 de maio, na praça de Santa Cruz e na travessa Padre Abílio Marques, no Barreiro. O evento, que foi apresentado recentemente à imprensa, num restaurante local, está orçado em 24 mil euros e consta de concer-tos, tasquinhas, exposições, do-cumentários, debates, cinema, dança, espaço infantil, canto coral e desporto. Tudo iniciativas onde se evidenciam as diferentes cultu-ras das famílias de imigrantes, para refletir o dia-a-dia dos imi-grantes no Barreiro e enaltecer as suas imensas e variadas riquezas culturais e sociais. O edil Carlos Humberto afir-mou que o Barreiro é um conce-lho de «muitos migrantes e imi-grantes» e, por isso, decidimos criar este festival intercultural por forma «a comemorar este

percurso, na procura de melho-res condições de vida, em con-junto. Estamos disponíveis para aprofundar este caminho em comum com as associações de imigrantes do concelho». Na sua opinião, é preciso combater uma sociedade que «muitas vezes marginaliza e que muitas vezes não integra, é preci-so encontrar um espaço que visa o contrário, tal como o fazemos com este festival». Além de cultu-ral multidisciplinar, este certame é «progressista, solidário e cons-trutor», sublinhou o autarca. Já a vereadora da Cultura, Regina Janeiro, realçou que «fa-zia falta este encontro para parti-lhar as diferentes culturas, sabo-res, saberes e as cores. Este festival está a crescer, com segu-rança e confiança. Vai ser uma mostra dos hábitos das diferen-tes culturas. Haverá dois palcos». Nos concertos, destaque para Valete (dia 6), rapper português, e para Bonga (dia 7).

Popular FM, num programa de discos pedidos, com «muita pro-ximidade com o público, aquilo que eu gosto». Tudo surgiu após a entrevista que deu à SIC, no pro-grama “Boa Tarde”, de Conceição Lino, em 2014. «Após essa entre-vista fui chamado para ir fazer rá-dio na Popular FM, onde me en-contro há mais de um ano».


PUBLICIDADE

CULTURA

ALMADA23SÁBADO21H30HISTÓRIAS DO 25 DE ABRIL TEATRO JOAQUIM BENITE

“24A74 – Salgueiro Maia”, a partir do livro Capitão de Abril – Histórias da guerra do Ultramar e do 25 de Abril, de Salgueiro Maia, com dramaturgia e encena-ção de Ricardo Simões, é uma produção teatral do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana.

SETÚBAL24DOMINGO22H00CONCERTO COM OS CORVOS PRAÇA DO BOCAGE

Os Corvos apresentam-se em Setúbal com um vocalista convidado e com um reportório que junta temas do último trabalho da banda, intitulado “Corvos Convidam”, e músicas associadas à Revolu-ção dos Cravos. A banda é formada por Pedro Teixeira Silva e Tiago Flores, violinos, Luís Santos, viola d’arco, Cláudio Nunes, violoncelo, Pedro Silva, bateria, e Nuno Correia, baixo.

SANTIAGO DO CACÉM24DOMINGO22H00CARLÃO E CONVIDADOSTQUINTA DO CHAFARIZ Carlão convida os amigos Sara Tavares e Sam The Kid para cantarem com ele nas comemorações dos 42 anos do 25 de abril. Segue-se fogo-de-artifício e animação pela noite dentro a cargo do DJ Dadão.

SEIXAL24DOMINGO22H00CARMINHO E D.A.M.A.PARQUE DA QUINTA DOS FRANCESES Na voz incomparável de Carminho descobre-se o passado, o presente e o futuro do fado, do qual ela é uma das mais talentosas e inovadoras intérpretes, enquanto Francisco Maria Pereira, Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho formam o grupo sensação do momento.

ALCÁCER DO SAL24DOMINGO22H00ANTÓNIO ZAMBUJO NO ALENTEJOLARGO LUÍS DE CAMÕES

O afamado cantor António Zambujo dá um concer-to, organizado pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal, no âmbito do 25 de abril. O fogo-de-artifício é lançado por volta meia-noite. A partir das 00h30, há animação com a DJ Olga Ryazanova.

BARREIRO24DOMINGO22H00CONCERTOS DA LIBERDADE PARQUE DA CIDADE

Jorge Palma e Capicua dão um concerto intitulado “Concertos da Liberdade” para dar as boas vindas e recordar uma data histórica para os portugueses, sobretudo para a conquista e garantia dos direitos e liberdades fundamentais num estado democrático.

MOITA24DOMINGO22H30FADOS COM RAQUEL TAVARES PRAÇA DA REPÚBLICA

Uma das mais importantes vozes do fado contempo-râneo, Raquel Tavares, tem o inato dom de ser fadista. É no fado que está enraizada a sua identidade e a comunicação social e o público português são os primeiros a reconhecer-lhe esse prestígio.

AGEN

DA

GANHE CONVITES PARA O TEATRO NO BARREIRO E EM LISBOA Esta semana temos convites para oferecer aos nossos leitores para a revista popular do Parque Mayer, em Lisboa, “Revista quer… é Parque Mayer”, do empresário Hélder Freire Costa, com Mariema, Paulo Vasco, Alice Pires e Flávio Gil. E para a comédia “Hotel da Bela Vista”, da companhia ArteViva, no Barreiro, também temos convites para sextas-feiras e sábados, às 21h30. Para se habilitar aos convites, basta ligar 918 047 918 ou 969 431 085.

No âmbito das come-morações do Dia In-ternacional do Livro

Infantil e do Dia Mundial do Livro, assinalados este mês, o mercado municipal de Pi-nhal Novo recebe, entre 22 e 30, uma Feira do Livro.Promovida pelo município, em parceria com o grupo Porto Editora, a feira tem, como objetivo, promover o livro e a leitura, levando o livro a locais onde, habitu-almente, não está presente. Todos os livros têm um desconto de 15 por cento sobre o preço de capa. A feira do livro no mer-cado de Pinhal Novo pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 9 e as 18 horas, e aos sábados e domingos, entre as 9 e as 13 horas.

Mercado de Pinhal Novo recebe Feira do Livro

Academia de Dança estreia bailado “Sonetos” para honrar a obra de Bocage

A Pequena Companhia da Academia de Dança Contemporânea de

Setúbal, no âmbito das co-memorações dos 250 anos de Bocage, leva a palco “So-netos”, a 29 e 30, às 21h30, no Forum Luísa Todi, em Setúbal. O espetáculo inse-re-se na Semana da Dança e estreia precisamente no Dia Mundial da Dança. “Sonetos”, coreografa-do por Iolanda Rodrigues, conta com música original e ao vivo da autoria de An-tónio Gonçalves, voz de Dora Fidalgo e figurinos de Marina Sacramento. Este bailado, inspirado na obra de Bocage, viaja nos seus pensamentos, inspirados pelas suas musas, numa perspetiva contemporânea. A diretora Iolanda Ro-drigues adiantou ao Sem-

mais que a Pequena Com-panhia «sempre primou por apresentar ao seu pú-blico espetáculos diversifi-cados e inovadores, apesar de os nossos alunos ainda estarem em formação. Esta é, para nós, uma das melhores ferramentas para a formação de um bailarino: a experiência de palco e em espetáculos di-ferentes. Este bailado é muito diferente de tudo aquilo que a ADCS apre-sentou até hoje». Segundo a responsável, “Sonetos” surge através de um convite do município sadino, pelo que «foi criado com muita expectativa, com um grande espírito de honrar a obra do grande Bocage. Este espetáculo conta com uma equipa criativa magnífica, que fo-

ram uma grande mais-va-lia para pô-lo em pé, com música original ao vivo, o que é um grande desafio para todos nós. É um baila-do arrojado e que transpor-ta os pensamentos de Bo-cage e as suas musas para um mundo contemporâ-neo», fazendo votos para

José Nobre leva Bocage às escolas

Fragmentos da vida, per-sonalidade e obra de Bocage são partilhados,

entre abril e junho, em es-petáculos cénicos apresen-tados pelo ator José Nobre nas escolas de Setúbal. A animação “A História de Bocage, 40 anos em 40 minutos” é totalmente de-dicada ao poeta setubalen-se do século XVIII, Bocage, um dos maiores nomes da literatura portuguesa. José Nobre assume a figura de Bocage para transmitir aos estudantes dos 2.º e 3.º ciclos e do se-cundário aspetos signifi-cativos da vida do poeta, como a infância, as aven-turas na Índia, os amores, a Nova Arcádia e a morte, através de fragmentos da poesia autobiográfica, sar-cástica, política e lírica. “Autorretrato”, “Já Bo-cage não sou!”, “Amar den-

tro do peito uma donzela” e “Nos campos o vilão sem sustos passa” e “Camões, grande Camões, quão se-melhante” são alguns dos poemas lidos durante a ini-ciativa, que conta com uma forte interação do público. A apresentação, inte-grada no projeto munici-

pal Teatro nas Escolas, com 15 sessões, até ao fi-nal do período letivo, é desenvolvida no âmbito das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, programa or-ganizado pela autarquia a decorrer ao longo de um ano, até setembro.

que o público «acorra em peso ao Forum nos dois dias, entre numa viagem hilariante e disfrute de um bom momento, tal como, toda a equipa disfrutou en-quanto idealizou e criou esta produção. Penso que o bailado será muito bem re-cebido pelo público».


POLITICA

PELO SEXTO ANO CONSECUTIVO A CÂMARA DO SEIXAL ALCANÇA LUCROS LÍQUIDOS NO SEU EXERCÍCIO

Seixal fechou o ano passado com lucros líquidos acima dos 15 milhõesOs lucros alcançados no exercício do ano passado e a redução da dívida em cerca de dez por cento, vai permitir avançar com pacote de investimentos prioritários. O presidente do município, Joaquim Santos diz que a aposta é na requalificação dos ser-viços públicos.

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

TEXTO RAUL TAVARESIMAGEM SM

Pelo sexto ano consecutivo, as receitas da Câmara do Seixal estão acima das des-

pesas, sendo que, em 2015, o exercício financeiro de explora-ção ultrapassou um resultado líquido superior a 15 milhões de euros.

As contas apresentadas pelo município revelam ainda que a situação da autarquia regista uma evolução muito positiva dos principais indicadores pelo 6.º ano consecutivo, com os pro-veitos a superar os custos, de-monstrando uma consolidação crescente da situação económi-ca e financeira da Câmara. Segundo as mesmas contas,

a dívida camarária também tem vindo a descer, sendo que em 2015 registou-se uma diminui-ção de 9,7M€, significando me-nos 10,8% em relação à existente em 2014. Situação que vai per-mitir avançar com um conjunto importante de investimentos prioritários, que serão uma mais-valia importante para a população, pode ler-se nas con-clusões do relatório e contas do ano passado divulgado pela câ-mara seixalense.

Um 2016 com várias intervenções no terreno

Estão em causa, neste pacote de intervenções, o início das obras em 2016 da EB1/JI de Santa Marta do Pinhal, do Núcleo de Náutica de Recreio de Amora, bem como a obra de execução da Praça Central da Torre da Marinha ou os desenvolvimen-tos dos processos de concurso

do Centro Distribuidor de Água de Fernão Ferro e da Piscina Municipal da Aldeia de Paio Pi-res. «O município conseguiu ma-terializar os compromissos as-sumidos com os munícipes, me-recendo especial destaque a reforçada aposta na qualificação do serviço público prestado às populações, nomeadamente o investimento na higiene urbana, águas e saneamento, na educa-ção, na mobilidade e trânsito, na reabilitação urbana, no despor-to, cultura e área social entre ou-tras áreas», afirma o presidente o município, Joaquim Santos. O autarca refere também que «uma grande parte destas inter-venções, foram realizadas com recurso à administração direta, demonstrando uma vez mais a enorme capacidade dos traba-lhadores da administração pú-blica local», mesmo com redu-ção de mais de uma vintena de

trabalhadores da área operacio-nal, que se traduziu, segundo o próprio, em dificuldades acres-cidas para a realização do servi-ço público de qualidade que prestamos à população».

EQUIPA LIDERADA POR LÍDIA SEQUEIRA ESTÁ FECHADA E DEVERÁ SER OFICIALMENTE NOMEADA NO PRINCÍPIO DE MAIO

AML indica Ricardo Medeiros para equipa de gestão dos portos de Lisboa e SetúbalLídia Sequeira, Ricardo Roque, José Castel-Branco e Carlos Correia são os eleitos da ministra do Mar para a gestão conjun-ta para os portos de Lisboa e Setúbal. O nome que faltava já está escolhido pela Comissão Executiva da Área Metropolitana de Lisboa. Trata-se de Ricardo Medeiros, advogado e jurista na Câmara do Barreiro. Agora segue o crivo da Cresap. E o res-ponsável do executivo da AML, Demétrio Alves, que defende a nova estratégia da ministra, garante dar atenção a «qualquer deriva» que prejudique o porto sadino e a península de Setúbal.

Ricardo Medeiros, um jo-vem jurista e advogado da Câmara do Barreiro é o

nome que faltava indicar para a Administração conjunta dos Portos de Lisboa e Setúbal, na sequência da nova orgânica de-cidida por Ana Paula Vitorino, ministra do Mar. O nome, indicado pela Co-missão Executiva do Conselho Metropolitano de Lisboa, lide-rada por Demétrio Alves, vai agora passar, tal como os res-tantes indicados pela ministra, pelo crivo da Cresap – Comis-são de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública, sendo que a divulgação pública da indigitação deverá ocorrer ainda durante o mês de Maio.

A presidência dos dois por-tos vai ser assegurada pela ex-periente gestora portuária Lí-dia Sequeira, que liderou o porto de Sines nos anteriores governos socialistas, acompa-nhada por um conselho com-

posto por Ricardo Roque, que também já desempenhou o car-go no Porto de Setúbal, José Castel-Branco, oriundo da Di-recção-Geral do Tesouro e Car-los Correia, quadro da Infraes-truturas de Portugal.

Dinamizar a área metropolitana com visão do todo

O responsável da Comissão Executiva Metropolitana de Lis-boa, Demétrio Alves, disse ao Semmais que a escolha do re-presentante daquele organismo «foi ponderada», por tratar-se de «um quadro de grande quali-dade e que partilha a visão de complementaridade» que os di-rigentes da Área Metropolitana de Lisboa defendem para a ati-vidade portuária. Demétrio Alves confia que o projeto estratégico que está em cima da mesa «vai puxar o porto de Setúbal para outro nível», aca-bando por potenciar «as suas ca-pacidade endógenas» e «fazer crescer muitas das áreas opera-cionais» da plataforma portuária. Outro dos fatores que se-gundo Demétrio Alves pode vir

a ser essencial na nova nomen-clatura de gestão é o acesso aos fundos comunitários. «Esta liga-ção de gestão a Lisboa vai per-mitir que o porto de Setúbal possa vir a beneficiar de fundos que de outra forma não conse-guiria», afirmou ao Semmais. «Conto que a nossa posição contribua para a dinamização da área metropolitana no seu todo e para dinamizar todo o hinterland nacional, numa visão integrada do território», disse o dirigente, acrescentando que a gestão conjunta de portos «não é uma novidade» e ocorre em grandes áreas como as de Roter-dão ou Hamburgo. E deixou a garantia de que a Comissão Executiva Metropoli-tana de Lisboa estará «muito atenta a qualquer deriva que possa vir a prejudicar o porto e a península de Setúbal».


DESPORTO

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

Município de Alcácer do Sal

AVISO

Nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do Decreto-Lei nº. 555/99, de 16 de Dezembro, na sua atual redação, torna--se público que a Câmara Municipal de Alcácer do Sal, emitiu em 8 de abril de 2016, o 3º. Aditamento ao Alvará de Loteamento nº. 1/2010, em nome da HERDADE DA COMPORTA-Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, contribuinte nº. 720 007 690, através do qual é licenciada a alteração ao loteamento, e respectivas obras de urbanização, que incidem sobre o prédio sito no lugar da Torre, Parcela 14, em Comporta, deste Concelho, descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcácer do Sal, sob o nº. 2243/20050804, da

Freguesia de Santa Maria do Castelo.

A alteração da operação de loteamento foi aprovada por deliberação de Câmara de 24 de março de 2016, unicamente no que se refere às obras de urbanização, tendo como objecto a redução das plataformas pavi-

mentadas dos arruamentos, e meras obras de adaptação/alteração aos traçados da rede viária.

Alcácer do Sal, 8 de abril de 2016

O Vereador do Pelouro, Manuel Vítor Nunes de Jesus

V. SETÚBAL PODERÁ ARRECADAR 1 MILHÃO DE EUROS PELA VENDA DO JOGADOR

Benfica interessado em André Horta

André Horta, formado nas escolas do Benfica, já estava referenciado pelo clube da Luz há algum tempo e as ne-gociações terão começado poucas semanas antes do jogo com o V. Setúbal, no Estádio da Luz, jogo em que o atleta foi poupado.

O Benfica parece estar interessado nos ser-viços do médio An-

dré Horta, de 19 anos, do V. Setúbal, segundo noticiou ontem o Correio da Ma-nhã. A cobiça do clube da Luz foi na passada quinta--feira confirmada àquele jornal nacional pelo presi-dente dos sadinos Fernan-do Oliveira: «Já me telefo-naram dois ou três clubes e nós estamos dispostos a negociar. O Benfica é um dos interessados». André Horta não tem cláusula de rescisão e o V. Setúbal está disposto a negociá-lo por uma verba entre 750 mil euros e um milhão de euros. O jovem, que foi formado nas esco-las do Benfica, há já algum tempo que estava referen-ciado pelas águias. As ne-gociações terão começado poucas semanas antes do jogo com o V. Setúbal, da última segunda-feira em que Benfica venceu por 2-1, na Luz, com golo de André Claro, o melhor marcador dos sadinos. O futebolista almaden-

se tinha treinado sem limi-tações e estava apto para o jogo na Luz, mas acabou por ser poupado pelo trei-nador Quim Machado, tal como aconteceu com Nuno Pinto, Fábio Pacheco e Costinha. André Horta é um jogador que encaixa na política de contratações adotada pelo clube da Luz. É jovem, talentoso e revela uma grande margem de progressão, o que o torna também num bom investi-mento, pois poderá dar um retorno considerável numa futura venda. O mé-dio, irmão do avançado Ri-cardo Horta (21 anos) que

trocou o V. Setúbal pelo Málaga no início da época passada, já alinhou em 28 jogos no campeonato num total de 1792 minutos e apontou dois golos, tendo efetuado ainda três jogos na Taça de Portugal e um na Taça da Liga. O V. Setúbal recebe este domingo, às 16 horas, o Tondela. Caso o clube do Sado vença o encontro, a manutenção, no escalão principal do futebol na-cional, estará praticamen-te assegurada. Os sócios com as quotas em dia te-rão entrada gratuita no jogo. Penalva inaugura

pavilhão polidesportivo

A inauguração do poli-desportivo da Penal-va decorreu, ontem,

dia 22 de abril, com a pre-sença do presidente e ve-readores da Câmara Mu-nicipal do Barreiro, e do presidente da Junta de Freguesia de Santo Antó-nio da Charneca, Vicente Figueira. Recorde-se que este polidesportivo foi recupe-rado pela Junta de Fre-guesia e pela CMB e irá servir a comunidade da Escola Básica da Penalva e a população. Na inauguração, os alunos participaram em atividades de dança e jo-gos, num ambiente de muita animação. Vicente Figueira agra-

deceu o empenho dos pais, alunos, professores, auxiliares de ação educa-tiva, da CMB, e do Grupo Recreativo União Penal-vense na concretização deste projeto que irá «pos-sibilitar a prática do des-porto na Penalva». «Com o

esforço de todos conse-guimos este maravilhoso projeto», referiu. O edil Carlos Humber-to apelou à utilização do polidesportivo por parte da população e da comu-nidade escolar. Este espa-ço é para «todos vós».

Dois dos maiores eventos do calendário nacional de andebol vão passar por Setúbal

O andebol está em destaque em Setú-bal Cidade Europeia

do Desporto 2016 com a realização, em agosto, de dois dos maiores eventos do calendário nacional da modalidade, concreta-mente competições da supertaça, em masculi-nos e femininos, e uma gala desportiva. A realização destes dois eventos, que inte-gram o programa de Setú-bal Cidade Europeia do Desporto 2016 foi oficiali-zada esta semana, com a assinatura de protocolo de colaboração entre o município e a Federação de Andebol. A edil sadina, Dores Meira, sublinhou que as duas iniciativas são da «maior importância do

desporto federado» e «mar-cantes no vasto programa» de atividades desportivas asseguradas para este ano. A supertaça dia 28 de agosto, nas Manteigadas, com jogos às 14 horas, em femininos, e às 17 horas, em masculinos, categoria na qual está já garantida a presença do Benfica que defronta o Sporting ou o Braga. No dia 27, às 21 horas, o Fórum Luísa Todi recebe a gala, onde são distingui-dos atletas, técnicos e diri-gentes da época desporti-va 2015/16, e homenageada uma individualidade. A autarca frisou que a assinatura do protocolo é «mais um importante ele-mento no grande edifício que começou a ser cons-truído ainda em 2015,

quando foi decidido can-didatar Setúbal a Cidade Europeia do Desporto». «Estou certa de que va-lerá a pena este esforço municipal para ter na ci-dade eventos desportivos desta importância», real-çou Dores Meira. Acres-centou, ainda, que são ini-ciativas nas quais «vão estar os melhores do an-debol» e que «glorificam os atletas» desta modali-dade. Já o presidente da Fe-deração de Andebol, Ulis-ses Pereira, destacou que os eventos a realizar em agosto, são de «grande im-portância e marcam o ar-ranque desportivo da épo-ca» e que, por outro lado contribuem para «o de-senvolvimento dos clubes da terra».


NEGÓCIOS

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

A XXIII Feira Nacional do Porco, que se realiza de dois em dois anos, tem lugar de 12 a 14 de maio, no Montijo, com mais e melhor espaço. O orçamento é de 350 mil euros, repartido entre o município e a comissão organizadora. Os D.A.M.A. e Mónica Sintra são as atrações principais no que diz respeito a concertos. Não faltam tasquinhas e os debates.

PUBLICIDADE

23ª FEIRA NACIONAL DO PORCO PROVA O QUANTO O SETOR SUINÍCOLA É ESSENCIAL PARA A ECONOMIA NACIONAL

Organização espera receber a visita de mais de 20 mil pessoas

A Feira Nacional do Porco destina-se a profissionais e visi-

tantes que reúne todos os agentes da fileira do por-co, desde os fornecedores de matérias-primas até à produção e à distribui-ção. Num único evento, mais de 300 expositores

apresentarão o que de melhor se faz em Portu-gal neste setor que repre-senta mais de 200 mil empregos e tem uma contribuição de cerca de 560 mil euros para o PIB Nacional. Com um significativo aumento do espaço de exposição relativamente à edição anterior, mais de 50 por cento, este ano, o certame, com mais 4 mil

metros quadrados de ex-posição relativamente à edição de 2014, aguarda a visita de mais de 20 mil pessoas. Vítor Menino, presi-dente da Federação Por-tuguesa das Associações de Suinicultores, realça que a feira do porco tem vindo a «consagrar-se como um acontecimento de relevo em Portugal, bem como nesta região,

sendo cada vez mais um evento de relevância a ní-vel internacional». «Aqui mostra-se o que de melhor se faz na fileira da carne de porco em Por-tugal, um setor tecnologi-camente avançado que gera 560 mil euros para o PIB nacional e emprega cerca de 200 mil pessoas», sublinha, acrescentando que a feira reveste-se de uma «importância ainda maior». «Vivemos um mo-mento desafiante no setor da suinicultura. É premente acrescentar valor à produ-ção nacional e essa valori-zação não pode estar refém da grande distribuição mas, deve depender, sobretudo, da preferência e exigência do consumidor», pelo que apela aos consumidores para que não deixem de vi-sitar o certame para «co-nhecer o sector». «Venham comprovar que quando o critério de escolha é a qualidade, a carne de porco portuguesa fica, sem dúvida, muito bem posicionada. Temos vindo a defender os nossos direitos em várias frentes, e continuaremos a fazê-lo e a demonstrar ao País a vitali-dade e o saber deste setor», apelou Vitor Menino. Assim, na edição deste ano, «o País vai poder to-mar contato com todas as empresas relevantes da fileira que contribuem com o que de melhor se faz, a nível mundial, e que produzem produtos ali-mentares de altíssima qualidade. Os profissio-nais poderão aqui encon-trar as maiores inovações disponíveis no mercado nacional e mundial e to-mar contato, nas jornadas técnicas, com os temas mais relevantes e atuais do setor. E os visitantes, não profissionais, pode-rão contactar com o mun-do rural, perceber como a comida chega aos seus pratos e divertirem-se».

«É um orgulho receber esta feira»

Já o presidente do muni-cípio do Montijo, Nuno Canta, reconheceu que é um orgulho receber uma feira que «projeta a cida-de», sublinhando que a produção e transforma-ção de carne de porco «é hoje um dos elementos mais importantes do Montijo, pois graças a este setor o concelho tem conseguido enfrentar as dificuldades, deste tempo em que vivemos, com re-lativa tranquilidade». O investimento do município, revelou, na melhoria das infraestru-turas da Montiagri, local onde decorre o evento, e também no apoio à feira, é de cerca de 200 mil eu-ros. «Esta feira é um es-paço de criação de rique-za e de desenvolvimento económico sustentável, com respeito pelo am-biente, recursos naturais, cultura e tradições. É as-sim que queremos que seja o Montijo de hoje. Um território dinâmico, desenvolvido e justo». Mais espaço e melhores condições

O pavilhão profissional, com 2 800 metros qua-drados, será o coração da feira, onde estarão repre-sentadas as empresas li-gadas à fileira da carne de porco. Contíguo à zona profissional estará o pavi-lhão multiusos, onde se

poderão encontrar as em-presas representantes de diferentes atividades, como arte, tecnologia, agricultura, ou constru-ção civil, todas com liga-ções ao setor da suinicul-tura. Já o auditório está reservado para as jorna-das técnicas, as quais são muito focadas nos aspe-tos relacionados com o acesso ao financiamento e possibilidades de inves-timento potenciadas pelo novo Quadro Comunitá-rio de Apoio. Especial-mente dedicado aos visi-tantes não profissionais, estará o pavilhão de pro-dutos tradicionais, onde se localizam as populares tasquinhas, e três restau-rantes com os seus pro-dutos de charcutaria, fu-meiro, doçaria, bebidas e licores. Ao ar livre estará exposta a maquinaria pe-sada e decorrerá o pro-grama lúdico da feira. Depois do sucesso da 22ª edição, onde estive-ram presentes 84 empre-sas e organizações direta-mente ligadas ao sector, para além de 40 empresas ligadas a outras áreas de atividade e que ocupa-ram, na totalidade, os 218 espaços de exposição dis-poníveis, a comissão or-ganizadora aposta este ano na consolidação des-te evento regional, posi-cionando-o à escala na-cional com mais espaço, mais informação técnica para profissionais e mais atividades lúdicas para os visitantes.

D.A.M.A E MÓNICA SINTRA NO CARTAZ O preço dos bilhetes é de 3 euros, todos os dias. Mas no dia do concerto dos D.A.M.A. quem entrar após as 18 horas já paga 10 euros. No dia da atua-ção da Mónica Sintra, os visitantes pagam apenas 5 euros, nas mesmas condições, ou seja, se entrarem no recinto antes das 18 horas, pagam apenas 3 eu-ros. As portas abrem às 10 e encerram às 22 horas.


NEGOCIOS

PUBLICIDADE

Village Moments, da Aroeira, distinguido nos “Óscares do Imobiliário”

O empreendimento Village Moments, na Aroeira, con-celho de Almada, foi distin-

guido com o prémio “Portugal Sotheby’s Internacional Realty”, na cerimónia dos “Óscares do Imobiliário”, que decorreu, se-gunda-feira, numa unidade hote-leira de Lisboa. A unidade de Almada ga-nhou o prémio à margem do concurso organizado pela re-vista Magazine Imobiliário, que distingue os melhores empre-

endimentos do ano. O Palácio do Governador, um hotel de cinco estrelas lo-calizado em Lisboa, acabou por ser o grande vencedor da noite, recebendo o galardão de Me-lhor Empreendimento de 2016 e outra distinção na área do tu-rismo. Durante a cerimónia de en-trega dos prémios, que juntou cerca de 200 pessoas, entre as quais as principais individuali-dade e empresas do setor imobi-

Sines é 17º no ranking Europeu de movimentação de contentores

O porto de Sines consolidou a sua posição no ranking europeu de terminais de

contentores, em 2015, alcançan-do a 17.ª posição, com uma movi-mentação de 1,33M TEU, regis-tando uma variação homóloga de 8 por cento, o que correspon-deu à terceira melhor taxa de crescimento da Europa, de acor-do com a publicação da especia-lidade Transporte XXI. De facto, Sines tem vindo a registar índices de crescimento significativos no que diz respei-to à carga contentorizada, sen-

do que nos últimos três anos conseguiu subir oito posições no ranking europeu, passando do 25.º lugar em 2013 para 17.º em 2015. Tendo em conta os resulta-dos do primeiro trimestre deste ano, em que a carga contentori-zada registou uma variação ho-móloga de 11 por cento, corres-pondendo a 309.822 TEU, perspetiva-se que 2016 volte a ser um ano com resultados in-teressantes, estando aberta a possibilidade de nova subida no mercado Europeu.

liário, foram ainda distinguidos os seguintes empreendimentos: Edifícios Centrais do Parque Tec-nológico de Óbidos (categoria Escritórios), Ópera LX(categoria Habitação), Centro de Alto Ren-dimento de Remo do Pocinho (categoria Equipamentos Coleti-vos) e Pousada de Lisboa(prémio Reabilitação). Recorde-se que este concur-so, que é conhecido como “Ós-cares do Imobiliário”, remonta a 1997.


OPINIAO

Raul TavaresDiretorED

ITORIA

L

Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

TURISMO SEMMAIS

JORGE HUMBERTO SILVACOLABORADOR

Turismo. 3 Lugares Comuns. Ou pensamentos para um fim-de-semana.

Todos os setores de atividade têm direito aos seus lugares comuns. O

turismo não é exceção. Com todos os seus óbvios benefícios. Passamos a repeti-los e deixa-mos de pensar. É tão vantajoso. Viva a preguiça. Viva o bom e velho conformismo. Os lugares comuns são assim a “casa” do pensamento oficial. Por isso vale a pena desmontá-los peça por peça e ver o que fica. Muito ou pouco. O que ficar é o que vai contar. Vamos então a esses lugares comuns. No caso 3.O primeiro lugar-comum corresponde à ideia (idiota) de que o turismo vai crescer sempre. Nunca, como nos últimos anos, regiões, cidades e o próprio país têm saudado cada novo ano como o “melhor de sempre”. Seria bom não seria se tudo continuasse assim? Sempre a crescer. Sempre mais. Como é óbvio chegará o dia, mais cedo do que tarde, em que simplesmente não cresceremos. E esse facto não será um drama. Antes um facto da vida e da

economia. O que devemos é estar preparados para esse dia. E saber o que fazer. Onde reforçar o investimento. Público e privado. O que mudar na comunicação. Como apresentar o país de outra forma. Enfim, perguntas para as quais precisa-mos de começar a encontrar respostas. Hoje.O segundo lugar-comum é nada mais, nada menos do que a ideia (peregrina) de que podemos orientar os turistas. Para aqui ou para ali. Como se eles e elas não fossem mulheres e homens livres. Como se não tivessem informação como nunca antes a tiveram. O mundo da informa-ção funciona hoje em tempo real e com uma diversidade de fontes absolutamente impressionante. O difícil é, paradoxalmente, escolher. Saliento os meios que juntam, na mesma plataforma, informação e opiniões dos utilizadores. Fui, estive, logo contei. A todos e na hora. Os turistas vão e continuarão a ir para onde bem entenderem. E (detalhe importante) para onde

existirem ofertas (as empresas; sempre as empresas). Existem, assim, lugares para onde nunca irão. O motivo é tão fácil de entender: simplesmente porque, na cabeça deles e delas, não vale a pena ir.O terceiro lugar-comum (o melhor fica sempre para o fim) desenvolve a (perigosa) ilusão de que o investimento público pode substituir a iniciativa privada. Investimento público pago por si. Prejuízo público novamente (uma e outra vez) pago por si.De facto o turismo começa e tem a sua base no que é público. Cidades e regiões atrativas (devido em larga medida ao investimento público) são territórios de turismo. Mas para

o serem precisam de empresas que as transformem em ofertas. E ofertas têm de ter preço, horário, condições e organiza-ção. Senão não saímos do velho potencial. Uma mão cheia de nada. E outra cheia de “se” e de “talvez”. O potencial é afinal o nada com paisagem.E agora que estamos no fim-de--semana proponho, afinal, um lugar-comum. Na verdade um dos melhores lugares comuns: descubram este país. Com tanto para descobrir. Com tanto para encontrar. Provavelmente junto a si. Talvez mesmo no outro lado da rua. Experimente atravessá--la. Quem sabe não vai ficar surpreendido. Vá! Não pense duas vezes. Pense dez. Assim saberá que vale a pena.

POLITICA E CULTURA

VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP

O nome da ponte

Voltarmos a uma formula-ção de 1964 em que Álvaro Cunhal fala dos

casamentos entre grandes industriais, banqueiros e latifundiários a quem o fascis-mo serviu, e caprichando obrigatoriamente na salvaguar-da das distâncias, é a recorrer-mo-nos do “Rumo à Vitória”, o Relatório ao VI Congresso do PCP (“As tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional”), que nos encantamos com uma metáfora a assentar como luva nos dedos de uma mão, já que também foi rigoro-samente verdade que as contradições entre aqueles sectores fizeram de uns e outros sogros e sogras, autenticamente compenetrados ao redor de uma bênção dominical: incen-diar com um fósforo uma nota de vinte escudos para procurar e recuperar uma de mil, perdida por incúria na escuridão noctívera com que a luta de classes começava a assustar os exploradores, em nada afectava

o lucro crescente da exploração do homem pelo homem. Tratava-se de ilustrar que a extorsão não muda de natureza, é dos bolsos dos mesmos que se alimenta e melhor se os esvazia. Por muito paradoxal que posso parecer, vem isto a propósito do projecto das Câmaras Municipais do Barrei-ro e do Seixal de recuperação de uma antiga ponte ferroviária sobre o rio Coina com vista à mobilidade pedonal entre os dois concelhos, sem dúvida um empreendimento estratégico de louvar, susceptível de ajudar a desenvolver toda a zona ribeirinha. Mas o seu a seu dono, neste Semmais de 2 de Abril fica recordado que “a antiga ponte ficou desactivada (em 1969) na sequência de um choque de um barco ao serviço da Siderurgia Nacional com um dos seus pilares, inutilizando a sua ligação. Na altura especulou-se sobre a intencionalidade daquele acidente, pois a ponte limitava

fortemente o acesso à nova fábrica que o empresário António Champalimaud cons-truíra um pouco a montante do mesmo rio Coina”. Sendo estas páginas (a 6, com rigor, com chamada à capa) comentadas num dos modernos snack-bares munidos de internet ao dispôr dos clientes, e uma dúvida instaurada, a de se saber se afinal o navio não navegaria antes a mando do império da CUF, apesar de se chamar Alger e ser propriedade de outro empresário - não escapando a CP ao imbróglio -, logo se pediu socorro ao Google-Maps: e a fertilidade de imaginação num ápice dotou a concorrência de ter sido ela, acima de tudo, a comandar as operações.

“Que não” – contemporizou-se: entre aço e adubo não poderia haver tal litígio. Eram fruto também da mais-valia. Estando presente, por lei da vida, o mais idoso dos usufrui-dores da esplanada, outro exercício poderia ser pô-lo como suspeito, agora sem risco para a Liberdade, de ter lido o Relatório: - “Falava-se doutra razão: o comboio carregava molhinhos de papéis sem peso que incendiavam as paragens…” Ainda por cima o proletariado das duas margens não se coibia de falar a estudantes, mesmo poucos que fossem nesse tempo. Irem na altura devida às Câma-ras em causa e levarem uma sugestão de nome foi o que acordaram minimamente.

O Dia da Terra parece ter sido assinalado por um

momento histórico na ONU, com a assinatura do Acordo de Paris sobre o clima. O secretário-geral da organização das nações unidas frisou mesmo tratar-se de “uma nova aliança com o futuro”.Trata-se do finalizar de um processo de vincula-ção dos países à promessa para reduzir as emissões de gases com efeito estufa. Mas as dúvidas subsistem, porque em todos os outros compromissos rubricados pela chancela internacional não con-substanciaram alterações de modo a que as metas fossem atingidas na plenitude.Comecemos com a titubieza permanente dos três países que mais contribuem para o cenário catastrófico tantas vezes enfatizados pela ciência e pelos ambientalistas: Estados Unidos, China e índia. Estes solavancos não indiciam, como nunca indiciaram grandes mudanças. E a fase económica que estamos a viver, com a redução estrutural e forçada do processo de industrializa-ção, podia ser, aqui, absolutamente vital.Há um prazo até 2020 para que o acordo entre em vigor. E para isso é necessário uma aposta mais consolidada dos países nas chamadas energias limpas. Estamos perante decisões políticas vitais para melhorar a vida no planeta e a sustentabilida-de e todos os níveis. Mas a fazer fé no que se tem passado em tantas outras áreas, o sinal só pode ser mesmo de incerteza e muita desconfiança.A vontade dos homens e a sua perpetuação no futuro passa, em grande parte, pela coragem de assumir a mudança. E esses, nos tempos que correm, são quase uma miragem. A ver vamos.

Em nome do planeta


OPINIÃO

ATUALIDADES

ELISABETE ADRIÃOVEREADORA PS CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL

BOCA DE CENA

RODRIGO FRANCISCODIRETOR DA CTA

JORG

E SAN

TOS

JORN

ALIST

A

FIO

DE P

RUM

OSalgueiro Maia no palco

Utopicamente

Das várias figuras que protagonizaram a Revolução de Abril de

1974 – ou melhor, o golpe de Estado da madrugada de 24 para 25 de Abril, e a Revolução que se lhe seguiu –, Salgueiro Maia, o capitão que, com apenas 240 homens, marcha de Santarém a Lisboa e obriga Marcello Caetano a depor, é porventura aquela que teve uma existência mais discreta no período do PREC e no que veio depois. Esse é um dos motivos de interesse do espectáculo que temos em cena este fim-de--semana: “24A74 – Salgueiro Maia”. O Centro Dramático de Viana apresenta, na Sala Experimental do Teatro Munici-pal Joaquim Benite, um monó-logo baseado no livro de memó-rias de Salgueiro Maia, no qual é reproduzido o discurso que o

Os sonhos são compostos químicos instáveis e voláteis – quelatam os

planos de cada um e solubili-zam todos os pedaços de raciocínio. Os sonhos são vetores sem direção nem sentido – desorientam vontades e sentimentos, injetando pluralidade. Os sonhos são aves de rapina – lançam voos vertiginosos pelo espírito. Os sonhos são bárbaros – exigem conquista e reconquista dos ter-ritórios do corpo. Os sonhos são entropia.Os sonhos estão nas acrobacias

Democracia

Aqui Posto de Coman-do das Forças Armadas”

Foi com esta frase, que acordámos no dia 25 de Abril de 1974 e que deixou, de certo modo preocupada, muita gente, pois apenas os militares que queriam acabar com a Guerra Colonial sabiam o que tinham planeado.Para quem conhecia a palavra «oposição» foi fácil decifrar que se tratava de uma acção democrática, pois, no caso contrário não haveria o cuidado de apelar à calma para que tudo corresse com tranquilidade, porque o objectivo era dar a Liberdade ao Povo.Mais de quatro décadas volvidas há quem não faça ideia do que é viver sem liberdade e basta vermos que são incontáveis os casos de gente que não reconhece que a liberdade de cada um acaba quando começa a do outro.

“

Os militares estavam na rua. Os sucessores dos ideais do Estado Novo entocaram-se e muitos abandonaram o País, não só com medo de represálias mas porque reconheceram que o seu lugar era do outro lado da barricada.

Aos poucos foram regres-sando e retomando as posições de privilégio, quer com o compadrio dos que, por comodidade ou cobar-dia, cá tinham permaneci-do, quer com o objectivo de ir achincalhando e explo-rando os que mais não tinham como forma de subsistência do que a sua força de trabalho.Uma coisa é certa. Vive-mos em Democracia mas muito falta fazer, não só em prol dos que não conseguem meios para uma simples sopa diária, mas também para aqueles que, com o esforço dos familiares, conseguem tirar um curso, não só para viverem com dignidade, mas para darem o seu con-tributo para que o País seja um lugar mais digno.

capitão proferiu na madrugada de 24 para 25 de Abril de 74 aos soldados na Escola Prática de Cavalaria de Santarém: “Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado: os Estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos”. E acabaram mesmo. Salgueiro Maia morreu prema-turamente, mais deixou-nos um livro de memórias – esgotado, por sinal. A descoberta deste livro inspirou o encenador/actor Ricardo Simões a montar um espectáculo no qual, através do relato na primeira pessoa de um militar na guerra colonial, nos é revelado o horror do combate e o crescen-te sentimento de injustiça e desespero capazes de fazer

lançar um capitão numa aventura quixotesca, acompa-nhado de 240 soldados dispos-tos a arriscar a vida para “acabar com o estado a que chegámos”. “24A74 – Salgueiro Maia” dispensa recursos cénicos de encher o olho, e põe a tecnologia de lado. O que está em causa, neste espectáculo, é a relação íntima dos espectadores com um actor e um texto. É uma viagem à cabeça de um Homem cuja coragem irradiou num determinado momento da nossa História, e que se apagou logo em seguida. Desiludido,

arrisco eu, com a concretização daquilo que ele havia sonhado. Quando revisitamos as fotos e as filmagens dessa época em quase todas é patente uma certa candura no rosto de Salgueiro Maia, aliada ao ar de quem está compenetrado na realização de algo que poderá vir a ser maior do que ele. E foi.No Sábado, às 18h00, no foyer do TMJB haverá mais uma Conversa com o Público, na qual, para além de Ricardo Simões, participarão o capitão de Abril Luís Sequeira e o antigo combatente do Ultramar.

dos artistas de circo – espa-lham-se livremente pela plateia. Os sonhos estão na espuma das ondas que vêm mansas e arrepiam drasticamente a ponta dos dedos. Os sonhos estão infundidos nas gotas de chuva – são absorvidos na pele e contaminam-nos com quime-ras. Os sonhos estão nas estrelas e são soprados para o nosso planeta, procurando abrigo. Os sonhos estão nos murmúrios, nas flores, nas calçadas, nas luzes, nos cafés, nas cordas de uma guitarra e nas teclas de um piano, nos

passos de dança, na solidão, no oceano, nas folhas de um livro, na tinta da caneta, nos pinhei-ros bravos, na neve, nos lábios.Os sonhos são etanólicos porque embriagam a alma, despistam a mente e derramam arbítrio no corpo. Um copo

cheio de sonhos por vida será o aconselhado – a toxicidade é inquietante – mas, na realidade, uma garrafa por dia será o necessário. E sem saber vive-mos tontos e inconscientes – o sangue feito de sonhos e a vida feita de utopias.

Os frutos do 25 de Abril de 1974

As ações que sucederam nos dias 25 de Abril e 1.º de Maio de 1974, fazem

parte da história da democracia em Portugal. A primeira, vincada pela mudança do rumo na vida de todos os portugue-ses, decorrente da queda de um regime dominador e opressor, a segunda, recordada pelas diversas formas de manifesta-ção popular que ocorreram por todo o país.Embora tenha nascido um pouco antes do 25 Abril de 74, felizmente não cheguei a experienciar o regime fascista, pessoalmente, não tenho histórias para contar sobre aquele tempo. De forma humilde, assumo a minha pertença a uma geração que se limita a colher os frutos da

revolução, uma afortunada, sobretudo consciente que hoje vivemos num tempo incomen-suravelmente melhor.A revolução de Abril, desencade-ada pelos militares do Movi-mento das Forças Armadas (MFA), permitiu que o país saísse do marasmo político em que se encontrava, pondo termo a 48 anos de regime tirânico. Estes heróis foram os grandes protagonistas pelo apadrinha-mento de inúmeras conquistas, ao nível dos direitos e liberdades individuais, retribuindo com a democracia, a liberdade de pensamento e de expressão a todo os portugueses. Diz o ditado popular “Recordar é viver duas vezes”, ora tratan-do-se do maior legado no contexto da democracia em

Portugal, deverá ser recordado e comemorado de forma séria.Indiscutivelmente, é um dever cívico, perpetuar este aconteci-mento na nossa memória colectiva, e fazer chegar às novas gerações, imortalizando assim os valores e conquistas de Abril. Por tudo isso, agradeço a todos aqueles que contribuí-ram para que hoje fosse possível escrever estas linhas, como é bom, usufruir do

esforço e valentia de quem tornou o 25 de Abril como uma data memorável na história da democracia em Portugal.Eu farei a minha parte, no âmbito das minhas funções cívicas, zelar e encorajar outros que defendem a liberdade, entre outras conquistas de Abril, como uma realidade que se pretende que perdure para sempre.Viva o 25 de Abril! Viva a liberdade!

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

MARGARIDA NIETOESTUDANTE

Documents

Semmais 23 abril 2016