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Sábado 30 | Abril | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 900 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais PUBLICIDADE As autoridades estão preocupadas com a previsível enchente das praias da região, nomeadamente as do Litoral Alentejano e da Costa da Caparica. Para além da vigilância de nadadores-salvadores não estar ainda a funcionar em pleno, há o problema dos temporais de inverno que ainda se fazem sentir nos fundos da costa, situação que acarreta riscos e ameaças de perigo. Na Caparica é a contínua erosão de areias que mais preocupa. São esperadas temperaturas entre os 23 e os 27 graus. SOCIEDADE PÁGINA 6 SOCIEDADE PÁGINA 3 MÉDICOS FALHAM NO LITORAL MESMO COM BENESSES ADICIONAIS Os médicos não estão a agarrar a oportunidade de tirarem benefícios pelo trabalho nas zonas do litoral alentejano. Até ao momento não é conhecida nenhuma vaga coberta, mesmo com os incentivos criados pelo governo para servir de atracão. O balanço é desanimador. SOCIEDADE PÁGINA 8 DISTRITO TEM 8154 FAMÍLIAS A RECEBER EM MÉDIA 116 DE RSI A média do valor mensal entre Fevereiro de 2015 e 2016, subiu 21,14 euros, de 95,40 euros para 116.54 euros. Mas verifica-se uma descida de beneficiários de 0,64 por cento. Estes novos valores entraram em vigor a 1 de Fevereiro. Abonos de família chegam a 84.605 crianças. NEGÓCIOS PÁGINA 16 REDUÇÃO DE PRODUÇÃO LEVA AUTOEUROPA A NEGOCIAR PLANO COM TRABALHADORES A redução de produção prevista para a uni- dade de Palmela está a ser negociada entre a administração e comissão de trabalhadores. A ideia é não cortar a empregabilidade. Forma- ção e deslocalização de pessoal para outras unidades pode ser a solução. ENCHENTE DE PRAIAS ALERTA PARA FIM-DE-SEMANA DE CAUTELAS

Semmais 30 abril 2016

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Edição do Semmais de 30 de abril

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Page 1: Semmais 30 abril 2016

Sábado 30 | Abril | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 900 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

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As autoridades estão preocupadas com a previsível enchente das praias da região, nomeadamente as do Litoral Alentejano e da Costa da Caparica. Para além da vigilância de nadadores-salvadores não estar ainda a funcionar em pleno, há o problema dos temporais de inverno que ainda se fazem sentir nos fundos da costa, situação que acarreta riscos e ameaças de perigo. Na Caparica é a contínua erosão de areias que mais preocupa. São esperadas temperaturas entre os 23 e os 27 graus.

SOCIEDADE PÁGINA 6

SOCIEDADE PÁGINA 3MÉDICOS FALHAM NO LITORAL MESMO COM BENESSES ADICIONAISOs médicos não estão a agarrar a oportunidade de tirarem benefícios pelo trabalho nas zonas do litoral alentejano. Até ao momento não é conhecida nenhuma vaga coberta, mesmo com os incentivos criados pelo governo para servir de atracão. O balanço é desanimador.

SOCIEDADE PÁGINA 8DISTRITO TEM 8154 FAMÍLIAS A RECEBER EM MÉDIA 116 DE RSIA média do valor mensal entre Fevereiro de 2015 e 2016, subiu 21,14 euros, de 95,40 euros para 116.54 euros. Mas verifica-se uma descida de beneficiários de 0,64 por cento. Estes novos valores entraram em vigor a 1 de Fevereiro. Abonos de família chegam a 84.605 crianças.

NEGÓCIOS PÁGINA 16REDUÇÃO DE PRODUÇÃO LEVA AUTOEUROPA A NEGOCIAR PLANO COM TRABALHADORESA redução de produção prevista para a uni-dade de Palmela está a ser negociada entre a administração e comissão de trabalhadores. A ideia é não cortar a empregabilidade. Forma-ção e deslocalização de pessoal para outras unidades pode ser a solução.

ENCHENTE DE PRAIAS ALERTA PARA FIM-DE-SEMANA DE CAUTELAS

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A SEMANAAnabela Rito é a nova presidente da comissão da Festa das Vindimas

GNR apreende uma tonelada de amêijoa em Alcochete

Jovem morre em centro comercial de Santiago do Cacém

Três detidos por tentativa de homicídio junto a bar na Amora

Dois detidos por coação e injúrias a agentes da PSP

Anabela Rito é a nova presidente da comis-são da Festa das Vin-

dimas, que substitui no cargo Susana Ciríaco. A tomada de posse da nova direção da Associação das Festas de Palmela, que or-ganiza a tradicional Festa das Vindimas, em Palmela, teve lugar na passada quinta-feira, ao final da tarde, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos. Depois de uma assem-bleia geral em que não apa-receram candidatos, estão agora reunidas as condi-ções para que a nova equi-pa comece a trabalhar para engrandecer uma das festas mais tradicionais da região.

Uma tonelada de amê-ijoa, avaliada em cer-ca de sete mil euros,

foi apreendida pela GNR na última quarta-feira, du-rante uma ação de fiscali-zação realizada em Alco-chete, Barreiro e Lavradio. «A operação dos mili-tares do Destacamento de Controlo Costeiro de Lis-boa foi efetuada no decor-rer de várias ações de fis-calização direcionadas para a apanha, controlo do transporte e comercia-lização de bivalves, na zona de Alcochete, Barrei-ro e Lavradio», informou a GNR. Durante a ação de fiscalização, na zona do Barreiro, os militares de-

Um ataque de ansieda-de provocou a morte de uma jovem de 21

anos, no último domingo, na casa de banho de um centro comercial de Vila Nova de Santo André, em Santiago do Cacém. Os es-forços dos bombeiros de Vila Nova de Santo André, bem como dos médicos da VMER do Hospital do Lito-ral Alentejano não foram suficientes para salvar a ví-tima, que acabaria por fale-

Valério Romão vai es-tar na Casa da Cultura de Setúbal na próxi-

ma sexta-feira, dia 6 de maio. Com ele vai estar a conversar o jornalista e au-tor Luís Gouveia Monteiro. Romão é nome a ter em conta no panorama da literatura europeia. As suas colaborações em pu-blicações literárias inter-nacionais alertam para a curiosidade em ouvi-lo ao vivo. Falaremos das mais recentes publicações, na Abysmo, e de outros en-volvimentos. Esta sessão inscreve--se nas noites Muito Cá de Casa, que acontecem às sextas-feiras, semana sim semana não, lá na Casa.Noites bem passadas.

MUITO CÁ DE CASA ESCRITORES CONVIVEM COM LEITORES

Valério RomãoCuriosidade e teimosia q. b.ou talvez não

Valério Romão nasce em França, nos idos de 1974. Aos dez anos muda-se para Portugal, onde continua os estudos que desembocarão em Filosofia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa. Para além de tech geek e de eterno aprendiz de dançarino, tem publicado contos, recolhi-dos em Da Família (abysmo), escrito peças de teatro (Posse, Teatro da Trindade ou A Mala, CCB/Box Nova, por exemplo) e assinado traduções de Samuel Beckett ou Virginia Woolf (para a editora Aguasfurtadas), cujo universo revisitou tam-bém em instalações. É o autor, celebrado como revelação, de Autismo e O da Joana, os dois primeiros volumes da trilogia Paternidades Falhadas (abysmo). Considera-se curioso e tei-moso em doses equivalentes e suficientes para aprender as técnicas necessárias para erguer ou remodelar uma casa.

Com 35 anos, natural e residente em Palmela, está ligada à Festa das Vindi-mas desde muito nova. Participou nos peditórios à população e fez a locu-ção do espetáculo de elei-ção da rainha da Festa das Vindimas. Exerce a profis-são de técnica de projetos financiados na área da in-vestigação médica, na Fa-culdade de Ciências Médi-cas da Universidade Nova de Lisboa. “Palmela és linda” é o lema da equipa de Anabela Rito, que promete uma equipa «forte e unida, com um profundo sentimento» por uma das festas mais emblemáticas da região.

tetaram que «um infrator não se encontrava licen-ciado para a prática de apanha de bivalves nem se fazia acompanhar do do-

No seu mandato de dois anos, a nova equipa ten-ciona «chamar o bairris-mo, o orgulho e as tradi-ções e ir à génese das festas, antes, durante e de-pois» do certame.

cumento de registo obri-gatório» aquando do seu transporte, tendo sido apreendidos 200 quilo-gramas de amêijoa.

cer no local. O corpo foi transportado para o Insti-

A Polícia Judiciária de Setúbal deteve na úl-tima terça-feira dois

homens e uma mulher sus-peitos de um crime de ho-micídio qualificado, na for-ma tentada, ocorrido na madrugada de sábado na Amora, concelho de Almada. Em comunicado, a PJ revelou que os três deti-dos, com idades compre-endidas entre os 26 e os 37 anos, conjuntamente com mais de uma dezena de in-divíduos, atacaram vio-lentamente, com socos, pontapés, e também com objetos contundentes, um homem de 47 anos que sa-biam pertencer às forças

Em comunicado, o Co-mando Distrital de Se-túbal da PSP informa

que “no Seixal, no dia 25 de abril, pelas 02h30, foi deti-do um individuo do sexo masculino, com 19 anos de idade, por resistência e coa-ção contra agente policial. Os agentes da Esqua-dra de intervenção e Fis-calização Policial (EIFP) deslocaram-se a uma ocorrência que envolvia vários indivíduos em con-

tuto de Medicina Legal de Santiago do Cacém.

de segurança, no exterior de um bar, na Amora. Du-rante o desacato um dos detidos foi atingido numa perna por um disparo aci-dental da vítima. Dois dos detidos foram presentes às autoridades judiciárias, tendo-lhes sido

fronto físico. No local e após a reposição da or-dem pública, o suspeito agarrou numa garrafa de vidro e dirigiu-se aos agentes com o intuito de os agredir, ao mesmo tem-po que proferia palavras injuriosas e de ameaça contra os mesmos, tendo sido detido de imediato. O suspeito recebeu tratamento aos ferimentos que apresentava em resul-tado da contenda física em que esteve envolvido mo-mentos antes e que moti-vou a intervenção da polí-cia. Foi notificado para comparecer hoje em tri-bunal para aplicação das medidas de coação”. Na Amora, no mesmo dia, pelas 05h00, “foi deti-

decretadas as medidas de coação de apresentações diárias às autoridades e proibição de se ausenta-rem do país, com entrega dos passaportes. Desco-nhece-se a medida de coa-ção decretada pelo tribu-nal ao terceiro indivíduo.

do um homem com 22 anos de idade, por injúrias ao agente da PSP. Os agen-tes policiais foram chama-dos a uma ocorrência jun-to a um estabelecimento de diversão noturna, em virtude do suspeito ali es-tar a provocar e instigar ao confronto com os portei-ros do estabelecimento. Ao tentarem demover o sus-peito para terminar com aquele comportamento e abandonar o local, o mes-mo dirigiu aos agentes po-liciais diversas palavras/frases que atentaram con-tra a honra e dignidade pessoal e profissional. Foi detido e notificado para comparecer hoje em tribu-nal para aplicação das me-didas de coação”.

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

DOS DEZASSEIS LUGARES EM ABERTO COMO INTERNISTAS NO HOSPITAL DO LITORAL ALENTEJANO NEM UM FOI AINDA OCUPAD0

Incentivos não convencem médicos a trabalharem no Litoral AlentejanoAs benesses são de monta, mas os médicos não estão a agarrar a oportunidade. Nem um dos dezasseis lugares colocados à dis-posição, foram ocupados. Há um certo desânimo das autoridades e a falta de clínicos continua.

Os incentivos chegaram a ser apontados como uma janela de oportunidades

para os hospitais mais carencia-dos de recursos humanos, mas a verdade é que os mil euros a mais no ordenado durante seis meses, mais dois dias de férias por cada um dos cinco anos de contrato e a ajuda na colocação do filho na escola não foram ainda suficientes para conven-cer os médicos a deslocarem-se para o Litoral Alentejano. O balanço final é mesmo de-sanimador já que os incentivos não lograram atrair nem um dos 16 internistas que fazem falta na-quela unidade da saúde da região, que continua a debater-se com

falta de clínicos, segundo avan-çou o presidente do Conselho Re-gional do Sul da Ordem dos Médi-cos, Jaime Mendes ao Semmais. Recorde-se que o decreto-lei foi publicado em junho de 2015, mas só em agosto é que se tor-nou efetivo com a publicação do mapa das zonas carenciadas, ci-tando especificamente o Litoral Alentejano, e as áreas como car-diologia, cirurgia-geral, gineco-logia/obstetrícia, medicina in-terna, ortopedia, pediatria, psiquiatria e urologia.

Médicos são obrigados a ficar cinco anos

Os médicos que aderiram têm agora de ficar cinco anos no mes-mo local, mas apenas 20 clínicos aceitaram participar no progra-

ma - estabelecido pelo anterior Governo - em todo o pais, segun-do revelou a Administração Cen-tral do Sistema da Saúde (ACSS). Perante o assumido insuces-so, o Ministério da Saúde já co-meçou a estudar novos incenti-vos, estando a decorrer negociações com os sindicatos. A proposta não deverá incluir apenas aspetos financeiros, mas também progressões diferencia-das na carreira e outas vanta-gens que estão por definir. José Manuel Silva, bastoná-rio da Ordem dos Médicos, refe-re que os incentivos para as zo-nas carenciadas, «não são minimamente atrativos e as pes-soas não se sentem recompen-sadas», justificando que qual-quer médico «ganha mais no privado ou emigrando».

A Lei n.º 2011,de 02 de Abril de 1946, veio estabelecer e hierarquizar a organiza-

ção dos serviços prestadores de cuidados de saúde já existentes, para o efeito recorreu ao critério geográfico-área geográfica de influência- para determinar a definição da tipologia de cada unidade hospitalar e o tipo de assistência a assegurar por cada um dos níveis de hospitais.Em 1968 foi aprovado o "Estatu-to Hospitalar", - Decreto n.º 48357, de 27 de Abril, que estabelece os princípios orienta-dores da organização hospitalar, tendo-lhe conferido uma diferente categorização face ao diploma de 1946.Após a criação do Serviço Nacional de Saúde - (SNS), pela Lei n.º 56/79, de 15 de Setembro, (no dia de Bocage!), assistiu-se a uma evolução na organização hospitalar com a publicação de diversos "Despachos" e "Porta-rias", referentes a esta matéria.A portaria 82/2014, de 10 de Abril (sempre Abril!) estabelece e categoriza hierarquicamente os Serviços e Hospitais do SNS em quatro grupos no quadro das valências efetivamente exerci-das. O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) está classificado no Grupo I, mas tem múltiplas características funcionais que o fazem ser na prática de Grupo II e nalguns casos de Grupo III.A redação desta portaria torna paradoxais muitos aspetos da funcionalidade hospitalar, e é injusta face à diferenciação real do CHS cujo financiamento pelo ato médico acaba por ser

arcaico levando a uma gestão deficitária crónica, mesmo que ela seja exercida do modo mais eficiente. Quando o pagamento pelo mesmo ato médico reverte de forma diversa para o hospital de acordo com a sua classifica-ção, isto significa que, por exemplo: Preço Base Consulta: grupo I = 43,58 euros e grupo II = 66,96 euros;Preço na Urg. Médico-Cirúrgica (grupo I) = 53,91 e na Urg.Polivalente (grupo II) = 107,59 euros.O CHS - resultou da fusão de dois dos mais prestigiados e antigos Hospitais de Portugal, tem um histórico importante no domínio científico e formativo de profissionais em várias áreas da medicina, da cirurgia, das tec-nologias em saúde e da enfer-magem. E porque a “memória é um património intemporal”, aqui fica o justo e merecido testemunho de gratidão ao principal benemérito do CHS – a “família VELGE”, bem como o reconhecido contributo científi-co e formativo no “Hospital--sede- na criação da Sociedade Médica dos Hospitais da Zona Sul”.Com a criação do CHS em Dezembro/2005, ao englobar o melhor centro de Ortopedia a nível nacional - o Hospital do Outão, que era um Hospital Central especializado, gerou-se uma a expectativa justificada-mente alta para elevar o nível, já que, ainda hoje o Hospital Ortopédico do Outão continua a desenvolver uma escola ímpar

na formação de profissionais e no serviço assistencial, apoiando neste momento em nível de contingência o Algarve a par dos Hospitais de Santa Maria e São José.Apoia também o Hospital do Litoral Alentejano (HLA), nas suas carências em múltiplas especialidades. O CHS, é uma referência e por vezes a única para o sul do país em várias áreas, tais como: Imuno-alergo-logia; Hemodinâmica (tratamen-to atempado e salvativo de enfartes na sua fase útil); Infecciologia; Neurologia (Via Verde do AVC); Ortopedia Infantil; Nefrologia; Hemato--oncologia; Oncologia médica; Anatomia patológica; Psiquia-tria; Dermatologia; Estomatolo-gia; etc..., garantindo o apoio em várias áreas do Arco Ribeirinho do Tejo e do Hospital Garcia de Orta. Desde 2012 passou a englobar o Concelho de Sesim-bra na sua área assistencial direta, mantendo-se o Concelho de Alcácer do Sal ( apesar de integrado no H.L.A), ainda dependente na maioria das especialidades – prevalecendo a vontade dos utentes.O Hospital Espírito Santo, em Évora, já foi classificado de Grupo II, mas tem menos capacidade assistencial e menos especialidades que o C.H.S., o que torna menos efetiva esta portaria e de critério paradoxal. Mesmo o H. Garcia de Orta, cujo anúncio recente da passagem ao Grupo III, não possui resposta nalgumas das especialidades exigidas na portaria 82/2014, e é

o C.H.S., que dá apoio em várias especialidades, no âmbito do atual quadro tripartido entre o H.G.O, C.H.S, e C.H.Barreiro/Montijo, que está a ser desenvol-vido em complementaridade.Geograficamente, pela sua centralidade - está no cruza-mento do Alentejo com a Estremadura e por isso tem melhor e mais rápida acessibili-dade às populações do Sul da Península de Setúbal. Neste contexto, também tem um carater menos centrípeto face a Lisboa, além de estar na capital do Distrito.As populações das autarquias envolvidas, Setúbal, Palmela e Sesimbra, sentem a necessidade assistencial do Centro Hospita-lar de Setúbal, e percecionam a necessidade de ser travado o processo dos últimos anos que levou à rápida deterioração assistencial pelo desinvestimen-to no S.N.S., acentuando a crise nas Urgências, fez aumentar o número de médicos que saíram para os "operadores privados", acentuou a falta de médicos de família e de outros profissionais no SNS. É difícil explicar a essas populações e aos seus vários segmentos representativos, que esta situação não venha a ter uma inversão com um Governo

A Saúde estará doente?

do PS porque o “SNS tem o ADN do PS”, comprometendo também os partidos à sua esquerda.Vamos acreditar que o direito da população a cuidados de saúde de qualidade no SNS, estará acima de eventuais interesses instalados?, e já agora que o reforço do desconto que os Trabalhadores da Administração Pública fazem para a ADSE, possa resultar em melhores cuidados de saúde no SNS, e consequentemente seja também uma fonte de receita prioritária para a sustentabilidade do próprio SNS, ao invés do que parece estar a acontecer - uma "apetecível" fonte de financia-mento dos operadores privados no "negócio da saúde!". Pelo que aqui fica enunciado, e por outras variáveis que possam vir a ser ponderadas, considera-mos ser essencial para uma correta definição da orgânica hospitalar a nível Distrital e da eficácia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em geral, a necessá-ria adequação de recursos e dos meios, devendo começar pela imediata revisão da Portaria 82/2014 e a consequente reclassificação do Centro Hospitalar de Setúbal E.P.E. para o Grupo II.

ATUALIDADES

CÂNDIDO TEIXEIRAPRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA LAHSB-CHS

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SOCIEDADEREGIÃO ASSUME PROJETO-PILOTO EM MEIO ESCOLAR, JUNTAMENTE COM O DISTRITO DE AVEIRO

Professores de Setúbal aprendema lidar com sinais de risco dos alunos

O projeto está a envolver vários estabelecimentos do distrito, com formação adequado a professores para melhor lidarem com problemas de sofrimento e depressão de crianças e jovens. A iniciativa enquadra-se no plano de prevenção do suicídio.

Professores das várias escolas do distrito de Setúbal vão começar a

receber formação destina-da a detetar crianças e jo-vens com «sinais de sofri-mento ou depressão», devendo ficar habilitados a proceder ao seu encami-nhamento, para que os me-nores possam ser devida-mente acompanhados por especialistas. A península de Setúbal foi escolhida para receber este projeto-piloto em meio escolar, juntamente com Aveiro, mas isso não significa que a região exi-ba sinais de maior vulne-rabilidade, segundo foi avançado ao Semmais, face a outras zonas do

país. Esta formação aos docentes traduz antes uma iniciativa integrada no plano de prevenção do suicídio nos estabeleci-mentos de ensino, uma das áreas que a coordena-ção nacional de Saúde Mental quer ver reforçada.

Melhorar diagnóstico e tratamento de depressão

Aliás, o pedido de prolon-gamento do Plano Nacio-nal de Saúde Mental até 2020, com especial enfoque nos cuidados comunitários e prevenção, já foi feito ao Ministério da Saúde, com Álvaro de Carvalho, coor-denador do Programa Na-cional para a Saúde Mental,

a sublinhar que se pretende apostar na «melhor capaci-dade de fazer diagnóstico e tratamento da depressão», sem perder de vista a «pro-moção e prevenção nas es-colas”. Entre as prioridades, o coordenador alerta para a necessidade de «capacitar os professores e os profis-sionais de saúde a encon-trarem e valorizarem si-nais de sofrimento emocional nas crianças», justificando que ainda há muita iliteracia nesta área em todas as regiões do país. Há manifestações que podem resultar em perturbações do sono, da alimentação, comporta-mento, autoinfligir lesões.

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SOCIEDADETEMPERATURAS DESTE FIM-DE-SEMANA CONVIDAM UMA IDA À PRAIA, MAS NA COSTA DO LITORAL ALENTEJANO HÁ AINDA RESQUÍCIOS DOS TEMPORAIS DE INVERNO

Previsão de enchente nas praias leva autoridades a pedir cautelas

O alerta parte do porta--voz da Autoridade Marítima, Nuno Lei-

tão, e é dirigido aos mais afoitos, numa altura em que as praias da costa alen-

tejana ainda não estão vi-giadas e o próximo fim-de--semana promete ser quente, com as temperatu-ras a variarem entre os 23 e 27 graus: «O mar ainda está com a força de inverno e pode haver várias altera-ções de fundo, consequên-

cia dos temporais dos últi-mos meses. Além disso, a água ainda está muito fria», acrescenta. Nuno Leitão pede aos banhistas que tenham cui-dados redobrados, uma vez que os «riscos são maio-res», enquanto o presidente

da Associação de Nadado-res Salvadores do Litoral Alentejano (Resgate), Antó-nio Mestre, chama a aten-ção para possíveis «aguei-ros e correntes» próprios desta época do ano. A Resgate não tem nada planeado para estes dias de calor, mas admite «ajudar dentro do que estiver ao al-cance», admitindo que po-deria ter nadadores salva-dores nas praias nestes dias «caso houvesse apoio das autarquias. Isto tem custos elevados», sublinha, uma vez que fazem falta pessoas e equipamentos.

Cautelas para os com-portamentos das marés

O Instituto de Socorros a Náufragos recomenda a quem for à praia que te-nha muita atenção ao

comportamento das ma-rés, evitando distrações e não permitindo que as crianças brinquem na zona da areia molhada. «Se a areia está molhada significa que a água já ali chegou e um golpe de mar inesperado pode arrastar uma pessoa para uma zona difícil», avisa, en-quanto na Costa de Capa-rica voltaram as preocu-pações e, torno da erosão, depois do mar ter voltado a levar a areia da praia de Santo António, como de-nuncia Carlos Brumm, proprietário do K-Bar.

«As escadas de acesso à praia estão no ar, quan-do deveriam estar enter-radas no areal e as ondas já galgaram o pontão. As perspetivas para a época balnear são as piores»,

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

As autoridades alegam que o mar, nomeadamente na costa do litoral alentejano ainda está com a “força do inverno” e pode haver alterações de fundo. Na Costa da Caparica continua a haver o problema da erosão de areias. Todo o cuidado é pouco…

diz, mostrando-se sur-preendido pelo facto da reposição de areia feita há dois anos ter resistido tão pouco tempo. «E o in-verno nem foi rigoroso», acrescenta. Recorde-se que a praia de Santo An-tónio é uma das mais procuradas por pratican-tes de surf e bodyboard, mas também tem regista-do muita afluência de tu-ristas por estar nas ime-diações do parque da Orbitur. Ainda no que concerne aos nadadores salvadores há mais uma contrarieda-de este ano que está a pre-ocupar as autoridades, na medida em que as escolas privadas entraram pela primeira na formação de salva-vidas provocando o aumento do preço dos cursos de 155 para 325 eu-ros. Resultado, há quem prefira não investir e recu-se renovar a licença, que é obrigatória de três em três anos para quem quiser exercer. Para tentar minimizar o problema, a Federação Portuguesa de Nadado-res-Salvadores (Fepons) decidiu entrar na forma-ção, revelando que vai dar cursos por 160 euros, mas deixa claro que a forma-ção já está atrasada e que isso vai ter implicações na época balnear ao nível da colocação de nadadores salvadores nas praias e piscinas.

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Efluentes da Baia do Tejo em protocolo tripartido

A Águas De Lisboa E Vale Do Tejo, S.A., Baía Do Tejo, S.A. E Municipio Do Barreiro vão assinar, esta segunda-feira, um proto-colo tripartido com o ob-jetivo de consolidar a ca-lendarização das ações necessárias à ligação das infraestruturas de drena-gem de águas residuais domésticas e industriais da Baía Tejo à rede em alta da Águas de Lisboa e

Vale do Tejo.O protocolo terá por obje-to estabelecer as ações a desenvolver com o intuito de sustentar a preparação do pedido para ligação dos efluentes da Baía do Tejo à rede “em alta” da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, por forma a assegu-rar o tratamento das águas residuais do Parque Em-presarial da Baia do Tejo e áreas urbanas adjacentes

na ETAR Barreiro/Moita.Integrada nas ações de melhoria contínua dos seus parques empresa-riais, desta vez ao nível do saneamento, esta iniciati-va será acompanhada pe-los responsáveis de cada uma das entidades signa-tárias deste importante protocolo e ainda pelo Exmo. Senhor Secretário de Estado do Ambiente, Eng. Carlos Martins.

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SOCIEDADEDISTRITO ESTÁ ENTRE OS TRÊS PRIMEIROS ONDE MAIS PESSOAS BENEFICIAM DO RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO

8154 famílias do distrito recebem em média 116 euros de RSI

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

O distrito de Setúbal registava 8154 famí-lias a receberem o

Rendimento Social de In-serção (RSI) em março,

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mês em que o valor médio da prestação subiu para os 116,54 euros devido à atua-lização do valor de refe-rência desta prestação so-cial. De acordo com os dados do Instituto da Se-gurança Social (ISS), a prestação sofreu um au-

mento de 21,14 euros face a fevereiro, mês em que o valor médio estava fixado em 95,40 euros. Já quanto ao número de famílias beneficiárias, as estatísticas da Segu-rança Social apontam uma descida de 0,64% en-

A prestação média sofreu um aumento de 21,44 euros face a Fevereiro, mês em que o valor médio estava fixado em 95,40 euros. Mas houve uma descida de 0,64 por cento de famílias abrangidas.

tre Fevereiro e Março, co-locando o distrito de Se-túbal entre os três onde mais pessoas beneficiam do RSI, apenas atrás de Lisboa e Porto. Os aumentos dos va-lores de referência do RSI entraram em vigor a 1 de

Fevereiro, com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 1/2016, que «visa rein-troduzir, de forma gradual e consistente, níveis de cobertura adequados, re-forçando assim a eficácia desta prestação social en-quanto medida de redu-ção da pobreza, em espe-cial nas suas formas mais extremas.

Abono de família chegou a 84 605 crianças e jovens

O diploma do Ministério do Trabalho, Solidarieda-de e Segurança Social re-põe o valor de referência do RSI, que se traduz num aumento da percentagem do montante a atribuir por cada indivíduo maior, de 50 para 70%, e por cada indivíduo menor, de 30 para 50% do valor de refe-rência desta prestação so-

cial. O valor do rendimen-to social de inserção corresponde a 43,173% do valor do indexante dos apoios sociais (IAS). Por seu lado o abono de família foi atribuído a 84 605 crianças e jovens no distrito, colocando Se-túbal na quarta posição, atrás do Porto, Braga e Aveiro. Os aumentos dos abonos de família e dos abonos de família pré--natal entraram em vigor a 1 de Fevereiro, trazendo subidas que variam entre os 2% e os 3,5%. O mon-tante do abono de família varia de acordo com a idade da criança ou jovem e com o nível de rendi-mentos de referência do respetivo agregado fami-liar. O valor apurado inse-re-se em escalões de ren-dimentos estabelecidos, com base no Indexante dos Apoios Sociais.

SERVIÇO DISPONIBILIZA ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

Balcão de inclusão das pessoas com deficiência já funciona em Setúbal

O balcão está em funcionamento desde 21 de Abril e está inte-grado numa rede-piloto nacional, direccionado para pessoas com deficiência ou incapacidade e suas famílias.

A secretária de Estado da Inclusão das Pes-soas com Deficiên-

cia, Ana Sofia Antunes, es-teve na manhã de quinta-feira em Setúbal, cidade que fomenta práti-cas inclusivas. A Secretária de Estado tomou contacto com os técnicos formados especi-ficamente para esta nova resposta de atendimento e com utentes, numa aposta deste governo para a área da inclusão das pessoas com deficiência. O Balcão da Inclusão do Centro Distrital da Se-gurança Social de Setúbal, um dos locais da visita, está integrado numa rede--piloto nacional com seis espaços, em funcionamen-to desde 21 de abril em Lis-boa, Faro, Setúbal, Porto, Viseu e Vila Real, direcio-nada para pessoas com de-ficiência ou incapacidade e às suas famílias. Este serviço disponibi-liza um atendimento espe-

cializado para questões co-nexas à área da deficiência, nomeadamente no que diz respeito a lares residen-ciais, centros de atividades ocupacionais e centros de reabilitação, emprego e apoios para empregadores, a par de prestações sociais e produtos de apoios e aju-das técnicas.

Dores Meira eNatividade Coelhomarcaram presença

A visita, que assinalou simbolicamente a abertu-ra do Balcão da Inclusão, contou com a presença, além da governante, da presidente do município, Dores Meira, e da diretora do Centro Distrital da Se-gurança Social de Setúbal, Natividade Coelho. Na passagem por Setú-bal, a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência foi rece-bida pela autarquia, nos paços do concelho, a que

se seguiu um encontro na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autis-mo de Setúbal. Na reunião realizada naquela instituição, dina-mizada no âmbito da ini-ciativa Percursos pela Inclusão, marcaram pre-sença, além da secretária de Estado e da edil sadi-na, o vereador com o pe-louro da Inclusão na au-tarquia sadina, Pedro Pina.

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LOCAL

SEIXAL SEIXALMODA 2016 ESTÁ A CHEGARA 23.ª edição do Seixalmoda - Concurso de Estilismo Interescolas decorre este ano no dia 7 de maio, pelas 21 horas, no pavilhão da Torre da Marinha.Em 2016, 24 modelos e 14 estilistas, alunos das escolas secundárias da rede pública do concelho do Seixal, tentam uma primeira oportunidade para apresentar as suas aptidões no mundo da moda, o que para muitos já tem sido a porta de entrada.Este ano o Seixalmoda apresenta oito propostas, avaliadas pelo júri da final, de acordo com a criatividade, origina-lidade e harmonia. O Seixalmoda resulta de uma iniciativa conjunta entre o município e a Associa-ção N. Estilos.

SANTIAGO DO CACÉM

REQUALIFICAÇÃO DE ESTRADA AVANÇA EM MAIO O município e a empresa Construções J.R.R. & Filhos já assinaram, no dia 18, o contrato para a requalificação do acesso rodoviário entre a aldeia e Vila Nova de St.º André. Ó valor total ronda 1 milhão de euros e a obra deverá arrancar no início de maio.Trata-se de uma obra «absolutamente fundamental», sublinha o edil Álvaro Bei-jinha. «Passam ali mais de 4 mil veículos diariamente, sendo que 200 são pesados. Quisemos também aproveitar a emprei-tada para criar uma via pedonal, com segurança para os peões. Queremos que o prazo da obra, que é de 1 ano, seja en-curtado. Já desafiámos a empresa nesse sentido», confidencia Álvaro Beijinha.

ALCOCHETE FEIRA AGRÍCOLA PROMOVE PRODUTOS LOCAIS Com a chegada da nova estação do ano, a casa do povo de Alcochete realiza mais uma edição da feira agrícola com uma mostra diversificada desde produtos hortícolas e frutícolas, doces artesanais, vinhos, plantas, flores e artesanato. Mais de trinta produtores apresentam pro-dutos locais e regionais, dando assim as boas-vindas à primavera.O evento decorre entre as 9 e as 16 horas no largo Almirante Gago Coutinho, mais propriamente no jardim do coreto e destina-se ao público em geral. A orga-nização está a cargo da Casa do Povo de Alcochete.

ALMADA MUNICÍPIO COM BOA GESTÃO FINANCEIRA O edil Joaquim Judas, em conferência de imprensa, a 26 de abril, no Fórum Romeu Correia, fez o balanço da ativida-de e contas relativas a 2015, assim como a proposta do novo regulamento e tabela de taxas do município e a nova tabela de preços para 2016. «O município encerrou as contas de 2015 com taxa de execução financeira nos 87,7 por cento da despesa e 102,8 por cento da receita orçamental», realçou. Na Câmara, o desempenho orçamental atingiu 89,4 por cento de realização na despesa e 103 por cento na receita, e nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento atingiu os 82,7 por cento na despesa e os 102,5 por cento na receita.

ALCÁCER DO SAL RASTREIOS DO CANCRO DA MAMA ESTÃO DE REGRESSO O Rastreio do Cancro da Mama está de regresso ao concelho em maio e junho, com uma novidade este ano: um horário contínuo de segunda a sexta-feira, entre as 8 e as 18h30, com as colaboradoras sempre disponíveis na unidade para receberem as convocadas.O rastreio, que vai na sua 5.ª volta, ar-ranca a 2 de maio, junto à escola Bernar-dim Ribeiro, no Torrão, onde a unidade permanecerá até dia 4, seguindo depois para a Comporta para ações a 6 e 9 de maio, junto às instalações da junta de freguesia. Em Alcácer, a unidade perma-necerá junto ao centro de saúde, de 11 de maio a 14 de junho. Mais de 2 mil mulheres, dos 45 aos 69 anos, vão ser convidadas a participar nesta campanha que aposta no diagnós-tico precoce do cancro da mama.

SESIMBRA FESTA EM HONRA DO SENHOR JESUS DAS CHAGASO culto ao Senhor Jesus das Chagas é a festividade mais importante para a comu-nidade marítima sesimbrense, demons-trada pela enorme devoção que ainda se mantém bem viva nos sesimbrenses, que prestam homenagem ao seu protetor no dia 4 de maio.As festividades atingem o seu auge com a procissão que percorre as ruas da vila, engalanadas para o efeito, com o chão coberto por alecrim e as colchas nas varandas.Na baía, as embarcações saúdam o Senhor que abençoa a terra e o mar, num culminar de emoções que envolve não só a população sesimbrense mas também centenas de crentes que visitam a vila para assistir à procissão. A festa engloba ainda uma feira e dois concertos.

SINES REABILITAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL EM ESTUDO O presidente do município, Nuno Masca-renhas, já esteve reunido com os co-merciantes do mercado municipal para auscultar os comerciantes sobre o que gostariam de ver reabilitado no espaço. A reabilitação do mercado é um projeto do município a desenvolver no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimen-to Urbano, financiado por fundos do programa de fundos europeus Portugal 2020. Se tudo correr bem com a sua candidatura e com os procedimentos do projeto e da empreitada, as obras pode-rão iniciar-se até ao próximo outono.Nesta fase, «a prioridade é ouvir as opi-niões e as sugestões de quem vende no mercado», sublinhou o edil.

SETÚBAL SESSÕES DE ESCLARECIMENTO SOBRE PARQUES PAGOS O município promove sessões de escla-recimento da população sobre questões relacionadas com o estacionamento ta-rifado na cidade, a realizar entre 3 e 6 de maio, em estabelecimentos de ensino.A primeira sessão é a 3 de maio, às 19 horas, na escola básica do Montalvão. No mesmo dia, há outra reunião, às 21 horas, na escola básica dos Arcos.Novo encontro decorre a 4 de maio, às 21 horas, na básica n.º 3 do Montalvão, junto da ACM, na Praceta José Maria da Silva.As últimas sessões são nos dias 5, na básica n.º 2 de St.ª M.ª da Graça, no Largo Vítor Vitorino, junto da Av.ª da Indepen-dência das Colónias, e 6, na Secundária de Bocage, ambas às 19 horas.

MONTIJO MUNICÍPIO INAUGURA MONUMENTO AOS COMBATENTESFoi inaugurado, no dia 25, o monumen-to de homenagem aos combatentes na guerra do Ultramar. O evento contou com a presença do secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, entre outros. O edil Nuno Canta afirmou que se trata de «um testemunho perene do sacrifício dos montijenses, feito ao serviço da bandeira nacional», mas também uma homenagem às forças armadas.«Neste dia é justo homenagear as nossas forças armadas, lembrar os homens e as mulheres que participam em missões mi-litares ao serviço da manutenção da paz e da segurança», declarou o presidente.Já Marcos Perestrello, realçou a impor-tância de honrar os combatentes e moti-var a juventude nestas comemorações.

GRÂNDOLA PARQUE DE MERENDAS INAUGURA A 1 DE MAIOO município inaugura a 1 de maio, o par-que de merendas “Montinho da Ribeira”. O novo Eco Parque está a ser construído na antiga “Aldeia da Minhoca”, um dos lugares que fazem parte da memória coletiva das populações de Grândola.Este novo espaço de lazer beneficia ain-da de uma excelente localização paisa-gística e de ótimos acessos quer para os munícipes, quer para quem visita esta vila alentejana.A inauguração do Eco Parque vai decor-rer entre as 10 e 15 horas. O município apela para que a população leve o seu farnel e junte-se aos convidados num grande piquenique onde não vai faltar animação musical.

BARREIRO BOMBEIROS DA TERRA DISTINGUIDOS Entre 15 e 21 de maio, decorrem as come-morações do Dia do Bombeiro. Como é já habitual, o município presta homenagem aos “soldados da paz” com várias ações.Do programa, é de destacar, dia 15, a ex-posição de meios motorizados, no parque da cidade. Dia 16, das 9 às 12 horas, os quartéis estarão abertos para visitas.Dia 21, às 9 horas, há o hastear das bandei-ras, nos Voluntários, seguindo-se, às 9h30, o hastear das bandeiras nos Bombeiros Sul e Sueste.Às 11 horas decorre a cerimónia de entrega de condecorações no Largo do Mercado 1.º de maio e para as 12 horas está marca-do o desfile dos meios motorizados e da formatura.

MOITA NOVO POSTO DA GNR SÓ DEPOIS DE 2018O novo posto da GNR da Moita não deverá ser construído antes de 2018, informou a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, numa reunião com o presidente do muni-cípio, Rui Garcia, no dia 22, no Ministério da Administração Interna. Isabel Oneto referiu, no entanto, que este equipamento está elencado como primeira prioridade para o distrito.Rui Garcia aproveitou a ocasião para alertar, mais uma vez, o Governo para a atual degradação das condições do atual posto da GNR local, tendo a secretária de Estado garantido que serão tomadas me-didas para melhorar a segurança daquele edifício.

PALMELA ANTIGO MATADOURO VIRA CASA DO ESCUTEIRO O município aprovou, na reunião de 20 de abril, o contrato de comodato entre o município e o Agrupamento 504 da Qt.ª do Anjo do CNE, para cedência das ins-talações do antigo matadouro de Quinta do Anjo.Este contrato visa a instalação da Casa do Escuteiro, para possibilitar o acan-tonamento e acampamentos de escu-teiros de todo o país. Associação com 36 anos de existência e um efetivo de 140 elementos, o agrupamento 504 tem revelado grande envolvimento com a comunidade, nomeadamente, pela par-ticipação na Festa de Todos os Santos e dinamização de projetos de valorização da serra, contribuindo, assim, para a pre-venção e diminuição da exclusão social no território.

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POLITICA

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TEXTO ANA VENTURAIMAGEM SM

PRESTAÇÃO DE CONTAS INCLUI NÍVEIS DE SANEAMENTO FINANCEIRO «MUITO POSITIVOS»

Câmara de Alcochete vê contas de 2015 chanceladas pela assembleia municipalA Assembleia Municipal de Alcochete aprovou por maioria, com 15 votos a favor pela bancada da CDU e 9 abstenções das ban-cadas do PS, CDS/PP e PSD, a Prestação de Contas e o Relatório de Gestão da câmara municipal referente ao exercício de 2015.

O balcão está em funcionamento desde 21 de Abril e está inte-grado numa rede-piloto nacional, direccionado para pessoas com deficiência ou incapacidade e suas famílias.

O presidente do exe-cutivo municipal su-blinhou que os dois

documentos “são muito positivos” e “traduzem as políticas de contenção da despesa”, destacando, no entanto, que o problema da câmara municipal de Alcochete não está ao ní-vel da despesa, mas sim ao nível do “défice de finan-ciamento”. O Relatório de Gestão e a Prestação de Contas de 2015 também significam que o Plano de Saneamento Financeiro está a ser apli-cado “de forma convenien-te e adaptada à realidade”, segundo o autarca. Perante a assembleia, Luís Miguel Franco fez um

balanço da evolução eco-nómica e financeira da câ-mara municipal desde 2006 a 2014, período durante o qual se registaram muitos problemas do ponto de vis-

ta financeiro e orçamental, concluindo que “2015 é glo-balmente muito positivo em praticamente todos os setores de avaliação econó-mico-financeira”.

Despesa reduz quase 300 mil euros com pessoal

A diminuição em 290 mil euros das despesas com pessoal e o pagamento da

dívida à ADSE, que dimi-nuiu de cerca de 600 mil euros em meados de 2015 para apenas 53 mil euros na atualidade estiveram também em destaque, as-sim como a redução “mui-to significativa das dívidas de curto, médio e longo prazos”, que foi possível graças a uma execução muito maior da receita em detrimento da assumpção de novos compromissos financeiros. “Se estes patamares de execução da receita se mantiverem, muito em breve a câmara munici-pal de Alcochete terá uma dívida de curto pra-zo absolutamente residu-al”, disse. Para Luís Miguel Fran-co, a câmara municipal tem que “continuar a tri-

lhar este caminho de ra-cionalidade do ponto de vista da realização da des-pesa e de otimização da execução da receita”, não esquecendo a excessiva dependência da autarquia em relação aos impostos diretos (IMI, IMT, derrama e Imposto único de Circu-lação) e às transferências correntes do Orçamento do Estado. No que respeita aos investimentos, o autarca lamentou “os atrasos ab-solutamente lamentáveis no que diz respeito à ele-gibilidade das candidatu-ras ao quadro comunitá-rio “Portugal 2020” e à sua aprovação definitiva”, sublinhando que a câma-ra municipal apresentou candidaturas a todos os eixos programáticos.

VÍTOR PROENÇA, EM NICÓSIA, DEFENDE MELHOR ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

«É preciso consolidar áreas metropolitanas e valorizar municípios»

O presidente da Câ-mara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor

Proença, defendeu em Ni-cósia, durante o Congres-so do Conselho dos Muni-cípios e Regiões da Europa na cidade de Nicósia, que «os serviços públicos são fruto da história e da geo-grafia», embora em traços gerais sejam comuns à ge-neralidade dos países. O autarca, que falava em nome como presidente da Associação de Municí-pios para a Gestão da Água Pública no Alentejo (AM-GAP) e membro do Conse-lho Diretivo da ANMP, fez uma resenha do setor pú-blico em Portugal e afir-mou que «sob pressão da crise económica muitos Estados-membros da UE estão a reduzir encargos e custos», num retrocesso

que pode ter efeitos nefas-tos num futuro próximo. «A crise económica e financeira que Portugal tem vindo a atravessar, expôs as fraquezas estru-turais do modelo em que o país se tem organizado, particularmente no cen-tralismo do Estado mos-trando a necessidade de uma nova abordagem às políticas públicas que não devem passar pelo encer-ramento de serviços pú-blicos ou pelas privatiza-ções», defendeu Vítor Proença. E afirmou que não é possível, no caso portu-guês, «evoluir para melho-res serviços públicos no horizonte 2030 sem alte-rações no modelo de orga-nização do Estado Demo-crático no território, desde logo criando as regiões no

continente com órgãos eleitos, consolidando as áreas metropolitanas do-tadas de legitimidade de-mocrática, valorizando o associativismo municipal e reforçando com recur-sos as responsabilidades municipais».

O presidente da Câmara de Alcácer lembrou os anos de crise e o recuo das políticas públicas. Criticou a Europa e defendeu que é preciso mudar o modelo de organização do Estado para defender as populações.

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CONQUISTANDO O FUTURO

18 ANOS AO SERVIÇO DO JORNALISMO E DA REGIÃOEstamos a comemorar 18 anos de atividade ininterrupta do projeto e marca Semmais, num contínuo desafio de procurar sempre inovar, acompanhar e estar ao lado desta região que SOMOS TODOS NÓS. Um desafio constante, a cada ano de vida, sempre a valorizar o que temos de melhor e apontar as nossas fraquezas. Por isso, a promessa renovada de que continuamos fortes e com novas ideias e projetos. Sempre com a região, sempre pela região!

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Um projecto que nasceu para servir o jornalismo e a região de Setúbal

ANIVERSÁRIO SEM MAIS

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Linha editorial e grafismo ousadoAo longo dos anos, o projecto Semmais acompanhou de perto e os constrangimentos, os impasses e a evolução do distrito. Promovemos debates, lançamos desafios e cadernos temáticos que abarcaram toda a vida do distri-to, nos seus múltiplos sectores. Um investimento jorna-lístico de monta, reconhecido pelo distrito. Fomos sem-pre inovadores na estratégia editorial e ousados do ponto de vista da imagem e do design gráfico. E mesmo contra as dificuldades de mercado, fomos sempre pio-neiros em iniciativas de marketing e de campanhas em todo o distrito.

Estágios, Emprego e CarreiraAo longo destes dezoito anos, o Semmais foi receptor de dezenas de jovens estagiários que passaram pela redac-ção do jornal e tomaram contacto com todas as suas roti-nas. Muitos deles tiveram aqui, em fase mais ou menos prolongada, a sua primeira experiência de emprego e al-guns outros seguiram carreiras ainda hoje brilhantes no panorama da imprensa de expansão nacional, na impren-sa escrita, na rádio e na televisão. Com relações privilegia-das com a Escola Superior de Educação, mas também com institutos, faculdades, escolas profissionais e secun-dárias, a passagem pelo Semmais destes jovens candida-tos à difícil e exigente carreira jornalística fez ‘escola’ e os seus nomes ficarão sempre ligados à história deste jornal.

Ligações ao Expresso com notoriedade acrescidaO Semmais foi um dos cinco jornais regionais a nível na-cional fundadores da Rede Expresso e fez parte, desde sempre, da sua comissão executiva. As ligações ao Gru-po Impresa são antigas, sendo que esteve para avançar em diário em Setúbal sob a chancela da Sojornal, lidera-da por Francisco Pinto Balsemão e proprietária do Ex-presso. Mais recentemente, há cinco anos, o Semmais foi a segunda publicação do país a integrar o conceito de distribuição o principal jornal nacional, no quadro do distrito de Setúbal. Uma parceria que aumentou a di-mensão e o prestígio do nosso jornal. E é para continuar.

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ANIVERSÁRIO SEM MAIS

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Relação com a região consolidadaAs relações do Semmais com a região são longas e espe-lham o perfil estratégico e editorial de coesão com as ins-tituições e agentes do distrito. Durante mais de uma déca-da transportámos a marca do Vitória de Setúbal, da Associação dos EmpHresários da Região de Setúbal, da Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal e de muitas outras entidades regionais. Fizemos parte do Conselho Consultivo da Escola Superior de Educação de Setúbal e lançamos cadernos que fazem parte, hoje, de um cardápio editorial próximo de um Observatório Económi-co e Social. A chancela de “Com a região e pela região” é uma das razões basilares deste projecto.

Conferências como prova de prestígio O estatuto de jornal de referência do Semmais está bem patente no conjunto de conferências que tem vindo a rea-lizar sobre temas da actualidade em cada momento. Des-de o ano 2000 que através deste instrumento de debate que o projecto marca a sua ligação à região e aos seus agentes, económicos, políticos, sociais e culturais. O pri-meiro ciclo ocorreu no Instituto Polítécnico de Setúbal. E em 2008, sob o lema “Região de Setúbal – Oportunidades de Desenvolvimento levou a cabo a maior conferência al-guma vez realizada no distrito, em parceria com um grupo alargado de instituições, que juntou mais de 50 palestran-tes e cerca de 400 participantes. Entre outras, a conferên-cia “Novos Caminhos para o Cluster Agrícola da Região de Setúbal”. O ano passado, no Luisa Todi, em Setúbal, a fas-quia aumentou com a realização de uma conferência que voltou a juntar mais de 500 participantes das mais diver-sas áreas. Estes ciclos de debate contaram sempre com figuras e especialistas nas diversas matérias, membros dos vários governos e destacados dirigentes da região. Uma prova da força, da dimensão e do prestígio do jornal.

Dimensão e referência sempre em altaA dimensão do Semmais mede-se pelo facto de ser o único jornal de referência da região e o único que chega a todos os concelhos do distrito, da península de Setú-bal e da Costa Alentejana. As suas tiragens, próximas dos 40.000 exemplares por semana, e a suas políticas de ‘sobra zero’ oferecem esse corpo sólido de aumento substantivo de leitores e de audiência. É um jornal lido com atenção redobrada pelos quadros superiores, agentes políticos e profissionais liberais, a base da sua sustentabilidade. E respeitado pelas instituições da re-gião como nenhum outro da história recente do sector.

Futuro assegurado e audiovisualAinda para este ano, o Semmais está a preparar-se para lançar uma grande ofensiva nas plataformas digitais, mercê de um projeto alargado que vai incluir meios au-diovisuais. Um esforço empresarial que reforça o papel central do nosso projeto no panorama da comunicação social do distrito. Um dos fatores decisivos para o arran-que deste projeto tem a ver com o facto de querermos estar mais regularmente no mercado, procurando todos os dias oferecer aos nossos leitores e mercado notícias diárias. Mais um desafio para ganhar.

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NEGOCIOS21.ª MOSTRA DE VINHOS DE FERNANDO PÓ DÁ A PROVAR A BOA PINGA

Comboios Intercidades levam mais visitantes ao certame

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

De 6 a 8 de maio, tem lugar em Fernando Pó a 21.ª Mostra de Vinhos. O evento, que foi apresentado na quarta-feira, na adega Quinta do Piloto, em Palmela, está orçado em cerca de 25 mil euros e tem com principais patrocinadores o município e a União de Freguesias de Poceirão e Marateca, que apoiam com 3 200 e 1 500 euros, respetivamente, isto sem contar, é claro, com os apoios logísticos.

A 21.ª Mostra de Vi-nhos de Fernando Pó tem como novi-

dade, este ano, a paragem em Fernando Pó dos com-boios Intercidades nos três dias de festa. O anún-cio foi feito pelo edil Álva-ro Amaro, que vê nesta ação, uma boa forma de levar mais visitantes ao evento. «Fruto do esforço de muita gente, no âmbito do projeto do centro rural vi-nhateiro que estamos a preparar para Fernando Pós, conseguimos chegar a acordo com a CP para que nos três dias da mos-tra o Intercidades pare na localidade, durante três vezes por dia», revelou o presidente palmelense. No total, a mostra vai ter mais de 30 produtores de vinho em prova livre e cerca de duas centenas de marcas. Haverá exposição e venda de alguns dos me-lhores vinhos da Penínsu-la de Setúbal e visitas a adegas, produtos locais, animação, passeios pe-destres e de bicicleta nos ‘jardins de vinhas’ da loca-lidade. Carina Costa, da co-missão organizadora da mostra, realçou que as ex-petativas para esta edição são as melhores. «Vamos continuar a receber, nos nossos ´jardins de vinhas’, todos aqueles que apre-

ciam aquilo que de melhor a festa nos dá, que são os nossos vinhos, que conti-nuam a mostrar o seu ca-rácter inigualável e único no mundo. São bem co-nhecidos os nossos vi-nhos, e queremos que eles brilhem muito mais além». Ao longo de três dias, a mostra dá a provar os 29 vinhos provenientes de 29 adegas do concelho. Estarão à prova vinhos do ano das adegas e não fal-tará o concurso, com pro-va cega, realizada pela Câmara de provadores da CVRPS. Os resultados são divulgados no último dia da mostra, com a entrega de prémios aos dez me-lhores néctares. «Embora o vinho tinto seja o rei da festa, vamos ter também 18 vinhos brancos para prova». Além dos vinhos, o pú-blico pode encontrar na mostra onze pavilhões de

vitivinicultores com as suas marcas de vinho do concelho. «Além da com-pra dos produtos, os visi-tantes podem conversar um pouco com eles e per-ceber melhor um pouco da sua história», sublinha Carina Costa. Incluem-se nos expositores, outros dez pavilhões em repre-sentação de empresas lo-cais, com produtos regio-nais, e também das empresas ligados na viti-vinicultura. Como é tradi-ção, as tasquinhas não vão faltar na tenda gastronó-mica que, em conjunto, com o programa cultural, constituem «muitos e bons motivos» para visitar a Mostra de Vinhos de Fernando Pó. Da programação é de destacar ainda, na feira tradicional, a exposição de alfaias e maquinaria agrí-cola, este ano com cinco expositores.

«É um dos eventos mais genuínos da região»

Álvaro Amaro, presidente do município de Palmela, afirmou que o município tem depositado «enorme dedicação, interesse e em-penho» nesta mostra. «Re-conhecemos que a aposta é muito positiva. É um dos eventos mais genuínos da nossa região e que tem em Fernando Pó muito ADN no que diz respeito à vinha e ao vinho. Os vitivinicul-tores ultrapassaram algu-mas barreiras e percebe-ram claramente as tendências do mercado. E hoje temos vinhos de enorme qualidade, todos eles com grandes distin-ções a nível nacional e in-ternacional». Na sua opinião, o setor vinícola tem registado, a partir desta mostra, uma grande evolução e desen-volvimento em todo o con-celho. Além disso, este evento serviu também para que alguns produto-res, nascidos na terra, «apostassem em novas marcas». Henrique Soares, pre-sidente da CVRPS, realçou que a mostra é bem de-monstrativa da evolução dos vinhos e dos produto-res da terra. «Tudo isto é fruto de muito trabalho e de muito investimento», dando como exemplo, os casos de sucesso dos em-presários vinícolas Filipe Cardoso e Leonor Freitas.

COLÓQUIOS E VISITAS ÀS ADEGAS DIA 6

19h00 – Abertura ao público da Mostra de Vinhos21h00 – Espetáculo musical com Micaela22h30 – Baile com Luís Rosa

DIA 7

10h00 – Colóquio técnico alusivo aos temas “Higieniza-ção como Prevenir” e “EPTAR´s Vinícolas”11h00 – Visitas às adegas Fernão Pó ou Casa Ermelinda de Freitas11h00 – Pedalada “Por Terras de Jardins de Vinhas”12h00 – Abertura da Mostra de Vinhos16h00 – Matiné dançante com Ricardo e Jorge16h00 – Caminhada “Por Terras de Jardins de Vinhas”21h00 – Atuação da Tuna “InSpiritus”22h30 – Baile com Ricardo e Jorge

DIA 8

11h00 – Visitas guiadas às adegas Fernão Pó ou Casa Er-melinda de Freitas 12h00 – Abertura da Mostra de Vinhos15h00 – Matiné dançante com Luís Rosa17h00 – Atuação do Rancho Folclórico e Regional de Fer-nando Pó19h00 – Entrega de prémios aos dez melhores vinhos21h00 – Baile com Luís Rosa até ao encerramento da festa

AS DUAS EMPRESAS DE PALMELA REINARAM EM CONCURSO DE BORDÉUS E NO MONDIAL DU ROSÉ

Vinhos de Ermelinda de Freitas e Adega de Palmela brilham no estrangeiro

A Casa Ermelinda Frei-tas, de Fernando Pó, arrecadou mais de

três medalhas de ouro no Challenge International Du Vin 2016. Este ano, a casa de Le-onor Freitas foi a adega da Península de Setúbal mais premiada no con-

curso de Bordéus. Ao todo foram 6 medalhas con-quistadas. As de ouro são: Valoroso 2013, Dona Er-melinda Branco 2014 e Alicante Bouschet Reser-va 2013; e as de prata Va-loroso Reserva 2013 e Sauvignon Blac & Verde-lho 2014. O Syrah Reserva

2013 conquistou a meda-lha de bronze. Já a Adega de Palmela conquistou uma medalha de prata, com o seu “Vale dos Barris Rosé 2015”, em França, no concurso Mondial du Rosé. No evento, realizado nos dias 17, 18 e19 de abril,

Os vinhos da península de Setúbal continuam a semear prémios e distinções além--fronteiras. É o caso da Casa Ermelinda Freitas e da Adega Cooperativa de Palmela.

«Estamos todos um pouco mais reconfortados para mais uma mostra de vinhos em Fernando Pó, porque o ano de 2015 deu--nos um enorme alento, uma vez que que tivemos uma Vindima de boa quan-tidade e de uma excelente qualidade», referiu, recor-dando, de seguida, que do ponto de vista da certifica-ção de vinhos, 2015 foi também um «ótimo ano,

uma vez que voltámos a crescer 4,5 por cento. Vol-támos a reforçar e a abrir mercados. A exportação está a correr muito bem e isso é um sinal esperanço-so para o futuro do setor». O preço das entradas, como habitualmente, tem o valor de 2 euros no dia 6, e de um euro ao sábado e ao domingo. Os copos ofi-ciais da mostra têm um custo de 3 euros.

em Cannes, cerca de 1 200 vinhos de 28 países foram provados, incluindo 664 vinhos franceses. Portugal conquistou 6 medalhas de Prata e o Vale dos Barris Rosé 2015 foi o único vinho da Península de Setúbal a receber uma dessas medalhas.

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NEGOCIOSFORMAÇÃO E DESLOCAÇÃO PARA OUTRAS FÁBRICAS É HIPÓTESE PARA NÃO ATINGIR TRABALHADORES

Autoeuropa procura soluções para redução de produção da unidade de Palmela

As negociações estão a decorrer entre a comissão de trabalhadores e administra-ção. Já há soluções em cima da mesa. A empresa garante estar a fazer tudo para não atingir a empregabilidade dos seus colaboladores.

A comissão de traba-lhadores e a admi-nistração da Autoeu-

ropa estão em negociações para encontrar alternativa para os trabalhadores afe-tados pela redução da produção para um turno. Esta questão afeta tam-bém trabalhadores de em-presas do parque industrial, que fornecem a fábrica da Volkswagen, em Palmela. A empresa recusa fa-zer comentários até o processo estar concluído, mas garante que «não quer colocar em causa a empregabilidade dos seus colaboradores», revelou fonte oficial de empresa. A comissão de traba-lhadores, à semelhança de anos anteriores, vê com bons olhos a implementa-

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

ção de novos programas, seja de formação ou de deslocações para outras fábricas da marca. A formação é uma das soluções equacionadas pe-

las restantes comissões de trabalhadores, preocupa-das com o impacto das em-presas do parque. «Há mui-tos trabalhadores a termo e com trabalho precário, pelo

que uma hipótese é a for-mação, mas estamos à es-pera que terminem as ne-gociações na Autoeuropa», diz António Chora, líder dos trabalhadores.

O compete 2020 e a península de Setúbal (PS)

A PS, outrora a região mais industrializada do país com as suas

Grandes Empresas e a 3ª incluindo serviços, motivou o maior cresci-mento demográfico Português. Com as crises petrolíferas, e a entrada dos Fundos Comunitários (FC) mas com a contra-partida da destruição de vários sectores de activi-dade económica na PS para defender os interes-ses de países contribuin-tes líquidos através de quotas ou mesmo encer-ramento, a PS entrou em decadência. A PS teve que encontrar a anestesiante alternativa da Grande Lisboa (GL) mas inverten-do o sentido maioritário dos fluxos casa-trabalho que passou a fazer-da PS para a GL, acarretando desnecessários custos para residentes da PS, tornando a PS cada vez mais um dormitório da GL. Se descontarmos o

fecho da fábrica da Renault, a Auto-Europa teve mais proveito para as PME´s suas fornecedoras sediadas no corredor Aveiro-Braga, que aproveitaram para se desenvolver e internacio-nalizar ficando mais defendidas, e que agora são contempladas no COMPETE 2020 porque os FC são concedidos em função das candidaturas e não da Geografia. As Regiões Norte/Centro, graças às suas eficazes reivindicações e à grande maioria dos governantes decisórios terem sido daquelas regiões, têm levado a maior fatia dos FC, e comparticipações nacionais pagas por todos nós (77%). Agora, no âmbito do Programa COMPETE 2020, a injustiça agrava--se. A distribuição de verbas para apoio às PME´s Industriais tem a distribuíção: Norte 53,2%

(e aqui de forma acelera-da); Centro: 29,1%, o que equivale a - espante-se - 82,3%. A Embraer (Évora) leva o resto. A Península de Setúbal leva ZERO (0%). Nem o facto da cortiça ser matéria-prima do Alentejo onde se insere a PS por via do Distrito de Setúbal, evitou que sejam empresas Norte/Centro a usufruírem. Em relação à GL está a liderar as Indústrias 4.0 e aproveita os espaços disponíveis em modelo Coworking sendo inclusivamente sede da WebSummit. Enquanto a anestesiada PS não consegue ocupar sustentadamente os espaços fabris e logísticos deixados devolutos pelo encerramento das antigas Grandes Empresas, hipotecando a hipótese de fomentar eficazmente o seu Desenvolvimento, sendo hoje a PS (Região NUTIII) das que divergiu

da média Europa, a que tem o menor PIB per capita. Que modelo Económico é este que tem prejudicado a PS, com das maiores taxas de desemprego e pobreza do país ? As Grandes Indústrias foram desapa-recendo mas as pessoas ficaram cá e aumentaram. Para quando o desmistifi-car da falácia de que em matéria de Elegibilidade a PS é tão rica como a GL apesar de o PIBpc ser só 40% do da GL ? O Rendimento per capita ser maior na GL (não AMLisboa) seguida da AMPorto deve-se em muito à fixação de Ministérios, Assembleia

da República e das maiores empresas estarem sediadas em Lisboa (não significa empregarem só em Lisboa) e não significa que muitos dos seus colaboradores, dos que mais ganham em Portu-gal, sejam só da GL. Muitos são oriundos de regiões como Norte/Centro. Isto reforça o que também tenho escrito sobre o Plano Estratégico de Transportes e Infraes-truturas agora integrado no Plano Nacional de Reformas. Enquanto a AEP tem apoiado forte-mente as empresas do Norte e Centro, o que estão a fazer a AIP e a

AISET ? Que estão a fazer os Deputados que deviam estar a defender o Distrito de Setúbal ? Quando se decidem a fazer lobbie pela Região, em vez de obrigarem movimentos cívicos como o “Pensar SETÚBAL” e o “Sesimbra Unida” a terem que fazer esse papel ? Não se deixem “vender” e não peçam; EXIJAM como fazem os do Norte/Centro. Será que nem desta vez o facto de existirem Ministros com poder decisório da região a defendem, continuando a ir na conversa dos lobbistas Norte/Centro ? A Península de Setúbal está de castigo ?

ACTUALIDADES

CALDEIRA LUCASCONSULTOR E ESPECIALISTA EM TRANSPORTES

AICEP GLOBAL PARQUES APOSTA NA DINAMIZAÇÃO COMERCIALEmbaixador de Espanha em Portugal visitou zona industrial e logística de Sines

O Embaixador de Es-panha em Portugal, Juan Manuel de Ba-

randica, dedicou o dia 28 de abril a visitar um dos ativos nacionais geridos pela aicep Global Parques – a ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines. A comitiva que partici-pou nesta visita foi com-posta por duas individua-lidades, para além do Senhor Embaixador de Espanha em Portugal, Juan Manuel de Barandi-ca, esteve também presen-te o Senhor Conselheiro Económico e Comercial desta Missão Diplomática, Cecílio Oviedo. O programa para esta visita iniciou-se com a re-

ceção da comitiva no edi-fício do Centro de Negó-cios da ZILS. A receber o Senhor Embaixador, Juan Manuel de Barandica, esti-veram os Administradores Executivos da aicep Glo-bal Parques, Paulo Mateus Calado e Silvino Malho Rodrigues e pela APS - Ad-ministração dos Portos de Sines e Algarve, o seu Pre-sidente João Franco. O Senhor Embaixador visitou o complexo indus-trial, logístico de Sines. Após uma apresentação no Centro de Negócios da ZILS - Zona Industrial e Logísti-ca de Sines focada na Zona Industrial e no Porto de Si-nes seguiu-se a visita às respetivas infraestruturas.

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DESPORTOOBRA RESULTOU DE UMA COOPERAÇÃO ENTRE A JUNTA DE FREGUESIA DA COMPORTA E A CÂMARA MUNICIPAL DE ALCÁCER DO SAL

Novo polidesportivo na Carrasqueira é inaugurado este domingo

Barreiro pedala no European Cycling Challenge

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

O equipamento vai ser inaugurado este domingo e é revelador da articulação entre as duas autarquias. O presidente da Câmara, Vítor Proença considera que o polidesportivo vem colmatar uma grande carência para incentivar o desporto na zona junto dos mais jovens.

O novo polidesportivo da Carrasqueira vai ser inaugurado no dia

1 de maio às 15 horas, pelo presidente da Câmara Mu-

nicipal de Alcácer do Sal e pela presidente da Junta de Freguesia da Comporta, Maria José Martins. Antes, às 14h45 vai ser assinado o contrato de comodato en-tre o município de Alcácer do Sal e a freguesia da

Comporta para a cedência da antiga escola primária da Carrasqueira que a junta de freguesia já está a utili-zar no apoio às associações locais. A construção do poli-desportivo da Carrasquei-

ra resultou de uma candi-datura da Junta de Freguesia da Comporta com o apoio da edilidade ao eixo 4 – do PROMAR (Desenvolvimento Susten-tável das Zonas da Pesca). A autarquia comparti-

cipou a construção do equipamento desportivo com a verba não compar-ticipada da candidatura e finalizou a obra com o lan-çamento de uma emprei-tada para o fornecimento e assentamento da veda-ção, pintura do pavimento no recinto desportivo e respetivas marcações no campo de jogos, assim como no fornecimento e montagem das balizas e aplicação de rede no valor de cerca de 47 mil euros. Câmara cedeu terrenos à junta de freguesia Para que a candidatura fosse possível, o municí-pio aprovou igualmente a cedência do terreno à jun-ta de freguesia para a lo-calização do equipamen-to. Segundo o edil, Vítor Proença, «o polidesporti-vo da Carrasqueira vem

colmatar uma carência grande para a juventude uma vez que não existia na aldeia nenhum equipa-mento do género». Também a presidente da junta de freguesia da Comporta, Maria José Martins, refere que «existe na freguesia apenas um campo de futebol inativo e sem condições», acres-centando que «o novo equipamento pretende in-crementar as atividades desportivas e culturais na freguesia envolvendo toda a comunidade da Carras-queira». O dia 1 de Maio vai ser de festa na Carrasqueira, após a inauguração do po-lidesportivo realiza-se um jogo de futsal Carrasquei-ra – Comporta, seguido de um baile popular e chur-rasco no espaço da festa.

Continuam abertas as inscrições para a par-ticipação no Europe-

an Cycling Challenge – competição, saudável, entre cidades europeias na utilização da bicicleta como transporte urbano diário, que decorre de 1 a 31 de maio. Em 2015, a cidade do Barreiro e a Associação de Municípios do Algarve fo-ram as representantes por-tuguesas neste desafio. Este ano, as duas são repe-tentes, às quais se juntam a Área Metropolitana do Porto e Região de Aveiro. As inscrições, gratuitas, encontram-se abertas –

prolongam-se até ao final do mês; podem ser efetua-das, em www.cyclingchal-lenge.eu/pt/, mesmo en-quanto decorre o desafio. Em 2015, a equipa repre-sentante do Barreiro, com-posta por 67 elementos, percorreu 6722 km, sendo 4599 km dentro das frontei-ras geográficas do concelho, números contabilizados na classificação deste desafio. Foi, assim, evitada a emis-são para a atmosfera de 929 kg de CO2, gás, como se sabe, nocivo para o planeta, um dos responsáveis pelas alterações climáticas – con-tributo para a preservação do ambiente.

Setúbal corre 24 horas pela deficiência

Uma corrida com a du-ração de 24 horas, com início a 21 de

maio, às 16 horas, em Setú-bal, pretende sensibilizar a sociedade para a inclusão das pessoas com deficiên-cia e para o papel positivo que o desporto assume nesta problemática. A iniciativa “24 horas a correr pela deficiência”, organizada pela União Desportiva para a Inclusão da APPACDM de Setúbal, com o apoio do município, decorre na envolvente do Largo José Afonso, com os participantes a optarem por correr ou, simples-mente, caminhar. A corrida, integrada nas Jornadas Desportivas para a Inclusão, da APPA-CDM, e no calendário de eventos de Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016 que a autarquia pro-porciona ao longo do ano, neste caso no âmbito do eixo Desporto para Todos, divide-se em blocos de 30 minutos, terminando às 16 oras do dia 22. A participação tem o custo de 1 euro, verba que reverte na íntegra a favor da APPACDM para a promo-ção e dinamização da ativi-dade física e desportiva dos utentes da instituição.

Sendo a “contabilida-de” dos quilómetros base-ada na tecnologia GPS, através de uma aplicação descarregada para o smartphone dos inscritos, uma das mais-valias deste desafio passa pelo Heat-map, registo gráfico, re-presentado por cores, que permite a visualização das principais vias utilizadas. O ECC, reconhecido em 2013 com o Prémio CI-VITAS da Comissão Euro-peia, vai, este ano, na 5.ª edição. O desafio é organi-zado pela cidade de Bolo-nha e pela Agência para a Mobilidade e Transporte Público Local.

“Mexa-se em Palmela” e desfrute das paisagens da Arrábida

As temperaturas estão a subir e os dias pri-maveris convidam a

desfrutar das paisagens floridas da Arrábida. Ao longo do mês de maio, o município de Palmela e os parceiros do programa “Mexa-se” promovem um conjunto de iniciativas, de participação gratuita, que conjugam o prazer de pra-ticar desporto ao ar livre com os benefícios do exer-cício físico para a saúde e o estado de espírito. O destaque vai para o Peddy Paper, no centro histórico de Palmela, a 21 de maio, para assinalar o Dia Mundial da Hiperten-são Arterial. A 7 de maio, às 9h30,na Quinta do Anjo, tem lugar a “Caminhada Desportiva “Cabanas – Quinta do Anjo - Palmela”. Destina-se a pais, alunos, funcionários e comunidade local Os participantes terão

de percorrer cera de 12 quilómetros, em 3 horas. Inscrição prévia gratuita até ao dia 4 de maio. Dia 8, às 9 horas, realiza--se a “Caminhada Desporti-va “Serras de Quinta do Anjo” para A população em geral, a partir dos 6 anos. A distância é de 8 quilómetros e a prova dura cerca de 3 horas. Inscrição prévia gra-tuita até 5 de maio. Dia 14, às 16 horas, na piscina de Palmela, há Hi-drofamília - Aula Aberta de Hidroginástica, com a duração de uma hora. Dia 21, às 10 horas, rea-liza-se o Peddy Paper, em Palmela, no dia Dia Mun-dial da Hipertensão Arte-rial. Destina-se à popula-ção em geral. Inscrições de 9 a 13 de maio. Dia 22, às 9h30, acon-tece na Residência Villa Máryah, Palmela, a Cami-nhada Villa Máryah, para a população em geral.

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TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

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NOVA PRODUÇÃO DE FILIPE LA FERIA CUSTOU MAIS DE 1 MILHÃO DE EUROS

«É um grande espetáculo, ao nível dos de Las Vegas»

O Musical da Minha Vida” é um grande e inesquecível espetáculo interpretado

por grandes atores, cantores, bailarinos, acrobatas e uma or-questra ao vivo que irá ‘sobre-voar’ os últimos 50 anos das nossas vidas. As cantoras Alexandra e Dora são as duas estrelas mais brilhantes desta co-produção de

Filipe La Feria com o Casino Es-toril. Coincidindo com a cele-bração dos seus 50 anos de car-reira, La Feria concebeu um espetáculo em que passa em re-vista a infância alentejana, a for-ma como se apaixonou pelas artes do teatro ao cinema, pas-sando pela ópera, até à chegada a uma profissão que a família considerava inferior mas que o apaixonava além de tudo. Filipe La Feria mostrou-se «muito satisfeito» com a estreia do

espetáculo, sublinhando que o pú-blico foi «fantástico». Este é «o mu-sical da minha vida. A história da minha vida é mais complicada. Temos de transformar cada minu-to o melhor momento da nossa vida. O próximo espetáculo é alma do negócio. O público tem de vir ver um grande espetáculo, ao nível dos espetáculos de Las Vegas. É extraordinário. Têm de vir conhe-cer estes atores e cantores de ex-ceção que nós temos. São ao nível dos melhores do mundo».

«Estas são também as me-mórias de um Portugal que já não existe e que são partilhadas pelas pessoas da minha gera-ção», diz o criador, que quis um espetáculo alegre, com glamour e luxo, para encantar o público. Dos 450 jovens que se apre-sentaram como candidatos a um lugar no espetáculo, La Feria esco-lheu dois cantores e 16 bailarinos para participarem naquele que é o seu quarto musical no Casino Es-toril, em 5 anos. Já a cantora Ale-xandra, considera que a estreia «correu muito bem» e que o espe-táculo é «fantástico». «As pessoas acolheram e reagiram muito bem ao espetáculo. Vai ser uma produ-ção e sucesso. Foram dois meses de ensaio mas valeu a pena o es-forço, sem dúvida nenhuma». «O musical da vida de qualquer um de nós»

Amílcar Caetano, professor e en-saiador de marchas populares, que marcou presença na estreia do espetáculo, não tem dúvidas de que se trata de «mais uma grande produção» de La Feria. Este espetáculo, com um elen-co «muito bom», acaba por ser «o

musical da vida de qualquer um de nós». Mais do que um musical, é «uma viagem no tempo, feita de revivalismos da nossa identidade enquanto consumidores da cul-tura, seja ela apenas literária, mu-sical ou teatral». Em “O Musical da Minha Vida”, «tomamos conhecimento dos acontecimentos, dos lugares, das obras de arte e dos artistas que contribuíram para que o au-tor, seja hoje um reconhecido ar-tista que teimosamente, e contra todas as marés, mantenha acesa a chama do teatro musical, que contribui para que os nossos sentidos nos elevem no sonho da realidade feita fantasia». «A nossa Alexandra, a Dora que estava esquecida, os valores encontrados no Porto, aquela voz magnífica da intérprete líri-ca, os bailarinos, as músicas, a encenação e os figurinos da au-toria de quem já nada tem a pro-var aos mestres e doutorados do ofício, desempenham o seu pa-pel na perfeita harmonia com o espírito de criador», sublinha Amílcar Caetano. Os bilhetes para assistir ao “Musical da Minha Vida” osci-lam entre 25 e os 35 euros.

“O Musical da Minha Vida”, a nova aposta de Filipe La Feria, estreou recentemente no Casino Estoril. A produção conta a história do encenador de sucesso dos musicais portugueses, desde a infância, no Alentejo, até à realização dos sonhos mais ambiciosos. Os seus mitos, as vedetas, os filmes que o marcaram, o teatro, a música e a literatura são o ponto de partida para uma viagem que é, afinal, a viagem de todos nós. Custou mais de 1 milhão de euros. Há novos talentos de arrasar!

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CULTURA

MOITA30SÁBADO21H30“HOMEM MORTO NÃO CHORA” FÓRUM JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO

O grupo de teatro “Não Matem o Mensageiro”, criador do êxito de comédia “Marx na Baixa”, apresenta a peça “Homem Morto Não Chora”, o seu segundo trabalho.

SETÚBAL30SÁBADO21H30ACADEMIA CELEBRA DIA DA DANÇA FORUM LUÍSA TODI

“Sonetos” é um espetáculo de dança integrado nas comemorações de Bocage – 250 anos do nascimen-to. Espetáculo da autoria da Pequena Companhia da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal.

PALMELA30SÁBADO22H00CONCERTOS SONS MÁGICOSIGREJA DE SANTIAGO Com entradas a 10 euros, a taverna do Castelo de Palmela, o Bobo do Corte, organiza o concerto “Sons Mágicos”, na igreja de Sant´Iago, localizada no Castelo de Palmela.

GRÂNDOLA30SÁBADO16H00GALA MUSICAL JUNTA TALENTOSCINE GRANADEIRO A 1.ª Gala Musical da Escola de Música G7 contempla a atuação dos alunos do professor Ricardo Gingado, com a presença do guitarrista John Fletcher.

ALMADA30SÁBADO21H30“FREI LUÍS DE SOUSA”TEATRO JOAQUIM BENITE

Trata-se da obra-prima do teatro romântico português. A peça estreou em 1847 no Teatro do Salitre e o enredo inspira-se na vida do escritor seiscentista Frei Luís de Sousa.

SEIXAL30SÁBADO21H30JAZZ DESCOMPLEXADO DE HASSELBERG FORUM CULTURAL

JJoão Hasselberg traz-nos um jazz descomplexado, que vai beber tanto à música erudita como à pop. Uma sonoridade de inspiração literária que trans-forma as narrativas e as descrições textuais num cinema sonoro que desperta as imaginações.

MONTIJO6SEXTA-FEIRA21H30“PLAZA SUITE” COM ALEXANDRA E INFANTE TEATRO JOAQUIM D́ ALMEIDA

“Plaza Suite” promete uma noite memorável no Montijo. Com quatro personagens interpretadas por dois atores, Neil Simon, um dos nomes maiores da dramaturgia norte-americana, conta-nos a história de dois casais muito diferentes que enfrentam momentos cruciais das suas vidas.

GANHE CONVITES PARA O TEATRO NO BARREIRO E EM LISBOA Esta semana temos convites para oferecer aos nossos leitores para a revista popular do Parque Mayer, em Lisboa, “Revista quer… é Parque Mayer”, do empresário Hélder Freire Costa, com Mariema, Paulo Vasco, Alice Pires e Flávio Gil. E para a comédia “Hotel da Bela Vista”, da companhia ArteViva, no Barreiro, também temos convites para sextas-feiras e sábados, às 21h30. Para se habilitar aos convites, basta ligar 918 047 918 ou 969 431 085.

Doug MacLeod é mais um nome do cartaz deste ano do BB Blues

Fest que se realiza entre 23 e 26 de junho, em vários es-paços do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo e parque José Afonso, na Baixa da Banheira. O anún-cio deste terceiro nome foi feito pela organização, no fim-de-semana, em Setú-bal, no segundo warm up fora de portas, com a dupla Danny Del Toro & Fast Eddie Nelson. Além dos Travellin’ Bro-thers e de Laurence Jones, Doug MacLeod vai subir ao palco do BB Blues Fest a 25 de junho. Vencedor, em 2014, nas categorias de Acoustic Artist Of The Year e Acoustic Album Of The Year, nos Blues Music Awar-

Noites blues estão quase a chegar à Moita

Pequeno David e os Sem Soninho estão de volta com mais animação

ATA estreia ode ao vinho com “Pranto de Maria Parda”

O Pequeno David e os Sem Soninho estão de regresso com um

novo livro/CD. Trata-se de um grupo divertido, com músicas animadas para jo-vens que gostam de se di-vertir e para adultos que gostam de se sentir como os jovens. “Rock N´Kids” é o título deste segundo trabalho de originais que conta com 12 músicas/histórias e narra-ções de Herman José, Pe-dro Abrunhosa, Lídia Fran-co e António Raminhos. O primeiro single intitu-la-se “O Rato Zacarias” e é

uma amostra da alegria contagiante que caracteriza este grupo natural do Porto. Parte dos lucros rever-tem a favor da Associação “Um Lugar para o Joãozi-nho” – Construção do Hos-pital Pediátrico do Porto.

A ATA – Ação Teatral Ar-timanha, estreia este sábado, às 21h30, o es-

petáculo de teatro “O Pran-to de Maria Parda”, de Gil Vicente, com encenação de Hugo Sovelas, na adega ASL-Tomé. Sendo e região de Pal-mela uma zona de forte produção vinícola, de mui-tos e bons vinhos, conhe-cidos a nível nacional e in-ternacional, a ATA, associa-se a este reconhe-cimento e presta-lhe a de-vida homenagem ao re-presentar o texto de Gil Vicente “O Pranto de Ma-

Alphaville vão atuar no Flower Power Fest

Os alemães Alphavil-le, os ingleses Bad Manners e os holan-

deses Woodstock Tribute Band estão entre os con-vidados da edição de 2016 do Flower Power Fest, que terá lugar de 11 a 13 de Agosto em Santo André, no concelho de Santiago do Cacém. O festival, que incluirá ainda as prestações dos portugueses UHF, Dá Cá e Johnny´s Band, contempla

exposições e jogos tradi-cionais, ateliês e mostras de gastronomia. O evento co-memora os 47 anos do mís-tico festival de Woodstock, que atraiu 400 mil pessoas ao estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

ds, Doug Macleod é cantor, compositor, contador de histórias e um guitarrista de exceção nascido nos blues. Com quase 30 anos de carreira e 19 álbuns grava-dos em estúdio, vários ou-tros gravados ao vivo, Ma-cleod tocou ao lado de grandes nomes dos blues. Doug MacLeod está nomeado para os Blues Music Awards deste ano para a categoria de Acous-tic Artist Of The Year. O cartaz completo do V BB Blues Fest vai ser co-nhecido no Warm Up de dia 14 de maio, pelas 21h30, no Fórum José Manuel Fi-gueiredo. Além da divulga-ção do programa, esta noi-te de blues vai contar com um concerto dos Budda Power Blues.

ria Parda”, que é uma «ver-dadeira ode ao vinho», re-alça Rui Guerreiro, o diretor da companhia. Ana Guerreiro, Bruno Gomes, Beatriz Carvalho, Elisabete Silva, Ilda Silva, Inês Cavaco, Natacha Sousa e Paulo Borgia dão corpo às personagens da história.

AGEN

DA

Os D.A.M.A dão um concerto, este sába-do, dia 30, a partir

das 22 horas, no palco da Sociedade Filarmónica Humanitária, em Palmela, com a sala praticamente esgotada. Considerada uma das grandes bandas do mo-mento, os D.A.M.A prome-tem uma noite musical inesquecível. Maria João Camolas, a presidente da coletividade, realça que o evento tem

em vista «cativar os mais jovens para o associativis-mo, porque as coletivida-des também precisam de juventude». Para fechar a noite, a festa continua após o concerto com animação a cargo do DJ Martek.

D.A.M.A dão concerto na Humanitária de Palmela

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EVOCAÇÃOJORNADA “ABRILISTA” EM TERRAS DE MÉRTOLA JUNTOU CARLOS BEATO E MANUEL MONGE

Concelho de Mértola brindou à revolução entre memórias do passado e sinais de futuroA Câmara de Mértola convidou Carlos Beato, adjunto de Salgueiro Maia, em 74, e o general Manuel Monge, membro do Conse-lho de Revolução, para abrilhantar as comemorações do 42.º Aniversário do 25 de Abril. Foi um desfilar de memórias com al-guns recados políticos à mistura. Jorge Rosa, o presidente da autarquia, também brilhou ao homenagear todos os autarcas do concelho sem quedos partidários.

Carlos Beato e Manuel Mon-ge, grandes figuras da revo-lução de Abril abrilhanta-

ram as comemorações do 42.º aniversário do 25 de Abril em Mértola, perante uma plateia de personalidades do concelho e muitos anónimos. Numa alocução em que pro-curou recontar alguns dos epi-sódios mais marcantes da sua intervenção direta na revolução, Carlos Beato, ex-presidente da Câmara de Grândola e que du-rante doze anos ‘comandou’ al-gumas das instituições políticas do Alentejo, começou por enal-tecer a «coragem» e o «despoja-mento» de Salgueiro Maia, de que foi adjunto na epopeia de Abril de 74. Retirando do baú das memó-rias conversas e ordens trocadas entre os dois, na Escola Prática de Cavalaria de Santarém, nos momentos que antecederam a partida até ao Terreiro do Paço, onde decorreu parte vital da re-volução, e alguns dos momentos

TEXTO RAUL TAVARESIMAGEM SM

mais “quentes” entre os revolu-cionários e os situacionistas, Carlos Beato enfatizou a ideia de «foram jovens militares, entre os 21 e os 27 anos, que ajudaram a montar aquela operação», co-nhecido como “Fim do regime”. Lembrando alguns actos de he-roísmo de Salgueiro Maia, disse:

«Era assim que se arriscada a prisão e a vida». As horas de amargura, a “quase desmobilização” dos sol-dados no quartel de Santarém, pelo facto de «só à meia-noite e dezoito minutos» ter sido ouvi-da a senha “Grândola Vila More-na” como sinal para o arranque das tropas, e a determinação de Salgueiro Maia, foram repesca-das por Carlos Beato. «Somos os fiéis depositários dessa herança revolucionária», frisou Carlos Beato, lembrando que as mudanças operadas com a revolução dos cravos estão aí à

vista, embora, enfatizou, «têm que ser regadas permanentemente», porque os valores da liberdade e da democracia «são as peças vi-tais da vida em sociedade».

Os recados do General Manuel Monge

Já o general Manuel Monge, um dos homens próximo de António Spínola desde os tempos em que este foi nomeado comandante--chefe da Guiné, em 1968, recor-dou que «a defesa da pátria não só se fazia fora das fronteiras e os militares apenas cumpriram

a sua obrigação». Lembrou Sal-gueiro Maia, referindo que «os deuses levam sempre mais cedo os melhores». Depois, dando sequência à intervenção do capitão Beato, que considerou «o militar mais civil que conheço», optou por uma alocução mais política, tendo em conta as suas liga-ções ao Alentejo, região onde foi o último governador civil, com a extinção do cargo em 2011. «Precisamos de impedir que o interior continue a ficar nas margens do desenvolvi-mento e a maior parte do que tem sido feito, tem sido feito pelas mãos dos autarcas, pelo que o poder local é uma das maiores conquistas da revolu-ção», afirmou. «Não se espere que um militar concorde com a destruição do Estado, porque até jurámos de-fender com a morte esta senhora a que chamamos pátria», afir-mou, lembrando que vivemos tempos difíceis, numa Europa que «não está a conseguir resol-ver o problema dos refugiados, nem o problema financeiro, nem o problema político».

Homenagem comovente juntou autarcas de várias gerações

Neste Abril, a Câmara de Mértola homenageou duas figuras da terra com gran-

de peso na história política do concelho. Matias José da Palma, presidente do município entre 1972/74, responsável pela entre-ga do poder às então considera-das comissões administrativas, situação que ocorreu num am-biente de transição pacífico; e Jorge Pulido Valente, que dirigiu os destinos da autarquia entre 2002 e 2009, responsável pelo ciclo hegemónico dos socialistas na administração municipal. Jorge Rosa, o atual presiden-te da edilidade, fez questão de sublinhar a mole democrática desta duas personalidades con-celhias que, em tempos diferen-tes, «contribuíram para a histó-ria política, social e cultural de Mértola». O autarca, salientou que a homenagem camarária «é um justo tributo extensivo a to-dos os autarcas» que fizeram a história do concelho.

«E esta é uma forma de imor-talizar esse trabalho», afirmou. Sem esquecer a morte prematu-ra de António Serrão Martins, fi-gura central da autarquia no pe-ríodo revolucionário, tendo presidido ao município desde a Comissão Administrativa, em 1974, e depois em eleições autár-quicas entre 1977/82. «É um sím-

bolo e deixou um legado imen-so», referiu o presidente. O filho de Matias José da Palma, o conhecido juiz João Rosa, que já foi presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, agradeceu, de forma sentida, a homenagem a seu pai, num testemunho em que enalteceu o amor às raízes e o orgulho de um passado politi-camente atribulado, aludindo à transição autárquica de que Ma-tias José da Palma foi responsá-vel. «A marcar a história de vida do pai está o quanto se gosta de dele, nestas gerações pós revo-lução», confessou mais tarde ao Semmais. Também Pulido Valente, agora vice-presidente da CCDR-Alente-jo, agradeceu a distinção e vincou o amor a Mértola, mesmo depois de ter abandonado as funções de presidente na autarquia. «Foram tempos de construção, muito so-nho e grandes desafios, mas vale-ram a pena», disse.

JORGE ROSA E MAIA MARTINS ALINHADOS PELO PODER LOCALAs intervenções mais políticas estiveram a cargo de Maia Martins, presidente da Assembleia Municipal de Mértola e do presidente da edilidade, Jorge Rosa. O primeiro, lembrou que se vive hoje em liberdade «porque um punhado de militares restituiu aos portugueses um futuro» e empreenderam «um poder local que valoriza as pessoas, as tradições e o desenvol-vimento». Já Jorge Rosa, enfatizou a ideia de «proximidade» dos autarcas com as populações e frisou que «todos os dias nos lembramos dos ideais de Abril na nossa ação política»

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SEMMAIS | SÁBADO | 30 DE ABRIL | 2016 | 23

À PARTE

LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS

Em França, os trabalhado-res do espectáculo e do audiovisual não brincam.

Durante a última semana, alguns teatros foram ocupados por grupos de intermitentes, na resposta ao apelo da Coordina-tion des Intermittents et Précai-res. Em causa estava o desacor-do quanto a novas regras de protecção no desemprego para os trabalhadores do espectáculo e do audiovidual.O regime de intermitência, realidade aparentemente longíqua para qualquer cidadão português, garante que os profissionais destas áreas recebem um apoio nos meses em que não estão a trabalhar – por terem trabalhos que são, por natureza, intermitentes. Qual-quer retrocesso neste direito, que conseguiram conquistar há muito, faz com que intervenham de uma forma imediata e firme.

Em Portugal, os trabalhadores do espectáculo e do audiovisual continuam, infelizmente, a não ser vistos como trabalhadores. É evidente que esta afirmação é generalista e não abarca todos os casos, mas a verdade é que este tipo de trabalho é, na prática, extremamente desvalo-rizado. E, ao contrário do que acontece noutras áreas, pouco importa o grau de formação ou a experiência. O mais provável é que “não haja dinheiro”, que sejamos incitados a fazer “parcerias”, tudo sem nos podermos sequer queixar da nossa triste condição – “como, se fazem aquilo de que gos-tam?”. Há alguns anos atrás, quando me alertavam para a dificuldade em trabalhar no meio artístico em Portugal, não tinha consci-ência da dimensão dos proble-mas. Percebia, porém, que uma

das questões centrais era a imagem que a maioria da população tinha dos trabalha-dores das artes e do espectácu-lo. “Malandros que só querem é viver à custa do sistema”; “só fazem coisas para si próprios”; “os meus impostos deviam era servir para outras coisas”. É claro que muitos dos comentá-rios que vamos ouvindo podiam ser (e são) aplicados a alguns funcionários públicos ou trabalhadores do privado, mas nesses casos, mesmo que alguém passe o dia inteiro nas redes sociais ou, até, a contri-buir de maneira activa para que

não se faça absolutamente nada, “é a vida”. Em todos os sectores de actividade há exemplos do melhor e do pior. Contudo, os trabalhadores das artes continuam, no nosso país, a estar muito longe de discutir cortes num regime que os protege. Em Portugal, mesmo que uma actividade seja intermitente, “temos pena”. Que nos safemos, que a vida anda difícil para todos.E, ao pensar em tudo isto, tento imaginar o que aconte-ceria se, de repente, nos desse para ocupar os teatros públi-cos deste país.

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ITORIA

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UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL

E caminhamos alegremente rumo ao verão, num feliz entardecer. Será’.

Será um verão quente. Não mais do que outros, pois não há eleições. Haverá porventura calor.Haverá Jogos Olímpicos. Haverá Copa América. Haverá Europeu de Futebol. Haverá eleições em Espanha. Haverá referendo no Reino Unido. Mas nada disso aparentemente mexerá com o nosso futuro imediato.Não perspectivo uma revolu-ção, uma crise política, uma crise económica, maior do que aquela que já vivemos. Crises., crises a sério estão guardadas para o próximo Orçamento do Estado, quando a Europa e o FMI estiveram a avaliar o cumprimento do actual e a

serem menos condescententes com o próximo do que foram com este.Claro que factores como o preço do crude, a situação na Grécia, as eleições de Novem-bro nos EUA, irão influenciar directamente as directivas da nosssa economia.As medidas, melhores ou piores, tomadas por este governo, terão reflexos nas nossa finanças públicas lá mais para a frente, mas este desapertar do garrote que o País vive, permite um desapertar do cinto, ainda que mais psicológico do que real e a factura só mais lá para a frente aparecerá.No Seixal, onde tenho respon-sabilidades políticas também continua tudo igual, apesar de um assomo de intenção de mudar alguma coisa por parte

do partido dominante — CDU para quem não sabe.

Para quem também não sabe, tudo como dantes. Falta um ano e meio para novas eleições e há que “fingir” que se vai fazer obra. Chegaremos a 2018 e perceberemos que mais uma vez fomos enganados por meia dúzia de obras de fachada e que se perdeu mais um mandato em obras e obrinhas e sem resolver os verdadeiros problemas do concelho.O executivo comunista, como

os restantes existentes no nosso distrito com a mesma cor partidária, são useiros e vezeiros em fingir que fazem e em responsabilizar o governo. A verdade é que são peritos em reivindicar o que é justo, por exemplo o Hospital, mas depois não cumprem pelo menos 1/10 daquilo a que se propõem.A única esperança que tenho, é que se até as piores ditaduras tiveram um fim, esta também tem o seu fim à vista.Termino desejando um Feliz Dia Internacional do Trabalhador.

Um feliz entardecer

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E a gerigonça funciona

As últimas discus-sões no Parla-mento sobre o

Plano Nacional de Reforma e Plano de Estabilidade e Cresci-mento, foram duras do ponto de vista da disputa política, mas revelaram uma realidade que começa a ser uma certeza: a gerigonça está a funcionar.Para muitos é uma surpresa. E a chave do alegado sucesso desta ‘coligação à esquerda’ pode estar na forma como PS, PCP e Bloco lograram deixar de fora do acordo as questões que os podia dividir. Por outro lado, registe-se, parece haver autentici-dade sobre os progra-mas políticos mais ligados à recusa do caminho da austeridade e da recuperação de rendimentos das famí-lias e empresas.Estamos, como se antevia, a fazer história e a democracia fica a ganhar. O hibridismo do centro do nosso espec-tro político-partidário nem sempre resultou. A direita conseguiu apaziguar diferenças e juntar forças no essen-cial, a esquerda nunca o conseguiu fazer. E as razões são conhecidas.Vivemos, pois, uma fase em que está a ser possível separar as águas. Dois blocos que, agora e no futuro, podem decidir eleições e implementar projetos políticos mais lineares. A confusão ideológica está mais dissipada. E isso é positivo.

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