16
www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 802 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 15. Março.2014 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA O levantamento que a GNR tem vindo a fazer porta- -a-porta regista este ano um número alarmante de idosos isolados. Em 2013 foram registados 222 séniores nesta situação, este ano já são 688. ACTUAL PÁG. 2 ENTREVISTA O conhecido Hotel Esperança, em Setúbal, que há doze anos está a ser gerido pelo grupo Luna Hotéis, vai sofrer a sua primei- ra grande remodelação. Carlos Cos- ta, o seu director, explica o porquê. Director do Luna Esperança anuncia remodelação PÁG. 10 Disparou o número de idosos isolados na região Negócios Caparica quer menos nadadores salvadores 14 Fotos: DR Cultura Ivo Soares apresenta novo EP em Palmela 9 Negócios Autoeuropa lança Scirocco para manter exportações 12 ACTUAL O Governo está a prepa- rar investimentos nas lotas do país, incluindo as de Setúbal, Sesimbra e Sines. O projecto é aplaudido pelos pescadores, mas estes preferiam, nesta fase, apoios directos. Lotas da região vão ser intervencionadas pelo Estado PÁG. 4 CARRINHA DE 9 LUGARES FURGÕES DE CARGA CITADINOS LOW COST SCOOTERS 125 E 50 ATRELADOS CONDUTOR DISPONÍVEL Qta. da Varzinha Estrada dos Ciprestes 2900-720 Setúbal Reservas: 966 588 332/916 624 001 e-mail: [email protected] AUTORENT SETÚBAL Iniciativa do Semmais no Luísa Todi, em Setúbal, juntou mais de 300 participantes e trinta palestrantes. Na próxima semana apresentamos uma edição dedicada ao evento.

Semmais 15 mar

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Semmais 15 março 2014

Citation preview

Page 1: Semmais 15 mar

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 802 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 15. Março.2014 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

O levantamento que a GNR tem vindo a fazer porta--a-porta regista este ano um número alarmante de idosos isolados. Em 2013 foram registados 222 séniores nesta situação, este ano já são 688.

ACTUAL PÁG. 2

ENTREVISTA O conhecido Hotel Esperança, em Setúbal, que há doze anos está a ser gerido pelo grupo Luna Hotéis, vai sofrer a sua primei-ra grande remodelação. Carlos Cos-ta, o seu director, explica o porquê.

Director do Luna Esperança anuncia remodelação

PÁG. 10

Disparouo número de idosos isolados na região

NegóciosCaparica quer menos nadadores salvadores

14 Foto

s: D

R

CulturaIvo Soares apresenta novo EP em Palmela

9

NegóciosAutoeuropa lança Scirocco para manter exportações

12

ACTUAL O Governo está a prepa-rar investimentos nas lotas do país, incluindo as de Setúbal, Sesimbra e Sines. O projecto é aplaudido pelos pescadores, mas estes preferiam, nesta fase, apoios directos.

Lotas da região vão ser intervencionadas pelo Estado

PÁG. 4

• CARRINHA DE 9 LUGARES• FURGÕES DE CARGA• CITADINOS LOW COST

• SCOOTERS 125 E 50• ATRELADOS• CONDUTOR DISPONÍVEL

Qta. da Varzinha • Estrada dos Ciprestes 2900-720 Setúbal • Reservas: 966 588 332/916 624 001 • e-mail: [email protected]

AUTORENT SETÚBAL

Iniciativa do Semmais no Luísa Todi, em Setúbal, juntou mais de 300 participantes e trinta palestrantes. Na próxima semana apresentamos uma edição dedicada ao evento.

Page 2: Semmais 15 mar

ABERTURA

Sábado //15 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

2

ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redacção: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 93538810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Operação da GNR tem dado bons resultados

Disparou este ano o número de idosos isolados na região

O distrito de Setúbal tem um total de 688 idosos - pessoas com mais de 65

anos - que vivem sozinhas ou isoladas, segundo apurou a desig-nada “Operação Censos Sénior 2014”, que fez um levantamento porta a porta, na área de jurisdição da GNR. O resultado traduz um aumento significativo face a 2013, quando a região revelou 222 seniores em situações de isolamento.

Segundo avançou ao Semmais

fonte da GNR, dos 688 idosos sina-lizados, 362 vivem sozinhos, 245 isolados, enquanto 71 surgem nos cadernos da Guarda com o esta-tuto de «sozinhos e isolados». Signi-fica isto, que se trata de pessoas em situação de maior vulnerabi-lidade, existindo algumas tão «desligadas» do mundo, que nem dispõem de telefone, por exemplo, até porque nem existe rede nas zonas onde habitam

De acordo com o levantamento da GNR, foram ainda detectadas dezsituações que não se enqua-dram nos parâmetros anteriores.

Isto é, há casos de «dois idosos a viverem juntos, mas que se encon-tram numa situação de vulnera-bilidade considerando as suas limi-tações físicas ou psicológicas», diz a mesma fonte, aludindo, por exemplo, à falta de autonomia e más condições de habitabilidade.

Operação “Censos Sénior” arrancou em 2010

Recorde-se que o projeto “Operação Censos Sénior” começou em 2010, em resposta ao aumento do sentimento de

insegurança, provocado por vários roubos com violência a residências, nomeadamente de idosos que viviam sozinhos ou isolados. Um fenómeno que afectou as zonas rurais do distrito de Setúbal, onde têm ocorrido crimes apelidados pelas próprias forças de segurança como sendo de «grande violência».

O objectivo principal da GNR passa pelo encaminhamento, sobre-tudo, dos idosos em risco para as instituições que os possam ajudar, «tratando-se de pessoas que têm de ser acompanhadas todos os dias, até porque o nosso trabalho não se esgota nesta operação», acres-centa a fonte do Semmais.

A GNR explica este aumento de idosos isolados com o óbvio cres-cente envelhecimento da população, agravado com o aparecimento de doenças a afectar a mobilidade e auto-nomia da terceira idade no distrito. Contudo, desta vez a GNR realizou um porta a porta e contactou com mais gente do que nos anos ante-riores entre 15 de Janeiro e 15 de Feve-reiro.

Os dados são da GNR que tem vindo a proceder a levantamentos porta-a-porta na sua área de jurisdição. O ano passado havia registo de 222 idosos isolados, este ano o número subiu para 688.

Maioria dos registos são mulheres

A média de idade dos idosos que vivem sozinhos no distrito ronda os 77 anos, sendo que a ausência de tele-fone é transversal a um total de 71 pessoas com idades superiores aos 65 anos. Algumas porque, inclusiva-mente, não dispõem de rede telefónica nas zonas onde residem. Por género, 60% dos inquiridos neste levantamento são mulheres. Segundo a GNR, o processo de sinalização dos idosos foi feito através do preenchimento de uma «ficha de residência», que permitiu a recolha dos elementos necessários para a elaboração do mapa da região, com a localização georreferenciada de todas as residências e que visa a posterior realização de um patrulhamento orientado para aquela população espe-cífica.

Em paralelo com a operação «Censos Sénior», os militares da GNR desen-volveram também ações no âmbito do «Programa Resi-dência Segura», que tem com o objetivo a georreferenciação de residência isoladas para «uma melhor localização em caso de ocorrência ou emer-gência».

A intervenção da GNR passa sobretudo pelas zonas rurais do distrito e é opera-cionalizada com visitas dos agentes porta-a-porta

Roberto Dores

DR

O problema do isolamento dos idosos muitas vezez é puro abandono

Page 3: Semmais 15 mar

Sábado // 15 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 3

Politólogo // Arlindo Mota

Há um escrito antigo ligado ao Evangelho de Lucas que fala dos ‘setenta discípulos’ de Jesus chamados a pregar as novas às gentes, cidades e lugares. Numa das passagens mais eloquentes, o Senhor ter-lhes-á dito que ‘Ide; eu vos envio como cordeiros no meio de lobos’.

O “Manifesto dos 70”, que juntou, anacronicamente, personalidades da esquerda e da direita, fazendo jus, aliás, à repto lançado por um presidente da República agarrado a roteiros sem tino, parece caber bem nesta metáfora.

Neste caso, como tem vindo a ser explicado por vozes insuspeitas, nomeadamente a de Bagão Félix, os lobos que vestem a pele de cordeiro, como aludia Mateus, outro evangelista, são os que dominam o poder no país e não ouvem o que a sociedade civil insuspeita tem para oferecer no quadro democrático institucionalizado.

No essencial, as razões aduzidas por este grupo de portugueses, alguns com passagem pelos governos de direita, fazem todo o sentido. E o actual governo sabe muito bem disso.

A mutualização da dívida acima dos 60 por cento é uma medida acertada e a única que pode, a par do crescimento económico que todos reclamam, salvar a nação. A União Europeia também sabe disso e vai, a prazo, ter que acertar esse relógio financeiro.

Mas o que fica deste episódio vergonhoso é a penumbra de um pensamento político que vigora no país, que abafa a opinião pública e coíbe a intervenção democrática.

Os ataques e ameaças de Passos Coelho, a juntar às exonerações de Cavaco a dois dos seus conselheiros que assinaram o manifesto, prova, de forma clara, que este poder é autoritário e perigoso.

Os setenta e os manifestos

Editorial // Raul TavaresMantenho com a escola, mesmo

já não trabalhando lá, um olhar próximo proporcionado por haver um local de encontro sempre que me desloco ao centro: o parque de estacionamento da escola que ajudara a criar e me manteve como utente eventual. E é assim que vou estando a par das novidades…que nem sempre são boas nestes tempos cinzentos. Muitos professores vão dando mostras de fadiga e depressão, porque hoje em dia para lá dos cortes nos salário e do aumento do número de alunos por turma, os estudantes, sei lá por que fenómeno, têm um comportamento agitado, por vezes a roçar a indisciplina e até a inso-lência, e eles já não sabem que fazer. Os directores promovem reuniões e mais reuniões (obedecendo a normas que vêm de cima…às vezes indo um pouco mais além) e cada vez mais os professores se sentem aturdidos e cansados (não, não falo dos contratados, os que não têm direitos, que vagueiam de costa a costa ao sabor dos caprichos do patrão (O Ministério da Educação) – e ainda querem que tenham filhos, um a trabalhar em Beja, outro em Leiria, horários incompletos, dester-rados e ainda gratos pela esmola que mal os sustenta. “Olha – disse Alice- já que não queres falar, falo eu: há um ano ou dois descobriu-se que um dos docentes contratados de uma escola central de Setúbal dormia no próprio carro por falta de dinheiro para aluguer de um quarto. Era de Braga ou Aveiro, já não me recordo e as 12 horas que lhe tinham sido atri-buídas não dava para tanto luxo…”.

Nisto, a TV fala de mais um caso de prescrição, desta vez ao ex-presi-dente do Millennium-BCP, Jardim Gonçalves. O imbróglio metia o Banco de Portugal que não conse-

guira fazer a acusação a tempo, metia também um juiz com uma interpretação duvidosa sobre a contagem dos prazos, mas o que eu e Alice os retivemos, entre o divertido e o amargurado, foram as palavras dos advogados de defesa “obviamente que tudo o que o enge-nheiro Jardim Gonçalves menos queria nesta altura era ganhar na secretaria. Mas foi isso que acon-teceu”. Como nada tivessem feito para que tal ocorresse, recursos e mais recursos…é certo que no legí-timo exercício da sua profissão. Mas os outros, o acusador, o juiz? Não há responsáveis nisto? Nunca há? Será apenas desleixo, inaptidão ou complexidade da matéria? No mesmo dia em que centenas de trabalhadores ficam sem trabalho por insolvência da sua empresa porque o fisco não aceitou uma moratória para receber os seus créditos, há que começar a inter-rogar-nos sobre o sentido da nossa justiça sempre que está em jogo a alta finança ou poderosos políticos. Alice deixa uma sugestão para os mais estudiosos: para quando uma tese de doutoramento que apure de forma isenta os muitos milhões de euros que têm custado aos contri-buintes – isto é, a nós!- os longos processos instruídos, que transitam anos a fio, até receberem o defini-tivo e invariável veredicto “ARQUIVE-SE”

Arquive-se, disse ele

Suspeite-se do verbo, mas calhou ser em Almada que estiveram, no 8 de Março, por iniciativa do Movi-mento Democrático da Mulheres, Jadiyetu Ahamed, da Direcção da União Nacional das Mulheres Saha-ruis, na Sala Pablo Neruda; e dois dias depois, a convite do Núcleo de Almada da Associação de Amizade Portugal-Cuba, na Sala Experimental, Elizabeth Palmero, companheira de um dos três cubanos que os EEUU mantêm encarcerados ilegalmente.

Salas ligadas entre si pela rua que une o Forúm Romeu Correia e o Teatro Municipal Joaquim Benite

Retemo-nos neste, porque a 27 de Fevereiro último (jornada de luta da CGTP-IN em Lisboa e no Porto) teve lugar a segunda libertação que permitiu o imediato regresso a casa, a Cuba, de um dos Cinco heróis, Fernando Gonzales Da alegria deste vitória, partilhada por dezenas de participantes, nas quais se identifi-caram a União dos Sindicatos de Setúbal, a Associação de Colectivi-dades do Concelho de Almada e os Núcleos Locais do Conselho Portu-guês para a Paz e Cooperação), do MDM e da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses), sendo que, segunda-feira, dia de descanso, o Teatro abriu portas para o efeito, não se esvaneceu contudo uma amar-gura: a libertação é só uma, dos Cinco, para os Cinco, só para os Cinco. Revolta sempre, rejeição até ao fim!

Foi por isso redistribuído o postal a enviar para The White House, 16000 Pennsylvania Ave, Washington, DC 20500, United States, subscrito há anos por 10 Prémios Nobel, entre os quais José Saramago, exigindo o reencontro com os seus familiares de António, Fernando, Gerard, Ramón, e René, dependente da assinatura do carcereiro (“Aguardamo-la”, porque

basta), e cujos efeitos de campanha de solidariedade se concretizou pela colagem, aos milhares, de selos a comprar dos CTT.

Em 2000, o Prémio Nobel da Lite-ratura de que falámos deu a saber: “Há algum tempo, quando me mani-festei publicamente a favor dos traba-lhadores sem terra, o Presidente do Brasil, sr. Fernando Henrique Cardoso, embora sem citar o meu nome, acon-selhou-me a que me ocupasse dos assuntos do meu país e deixasse o seu em paz. Não lhe faço a vontade. A mundialização quando nasce, senhor presidente, é para todos. Por muito que lhe desagrade, o seu Brasil, os sem terra seus compatriotas e a justiça que os condena fazem parte do meu mundo. Suporte-me, ainda que lhe custe. E permita-me que lhe pergunte se conseguiu dormir todas estas noites em sossego depois de José Rainha ter sido condenado a 26 anos e 6 meses por um crime que não cometeu”.

José Rainha Júnior, dirigente do Movimento dos Sem Terra, haveria de ser, enfim, absolvido, prova de que, voltando às palavras do escritor comunista português, “não nos é permitido desanimar na batalha pela dignidade do ser humano. Perderí-amos tudo, se a perdêssemos”.

Os postais, que o mais certo é não terem chegado a Obama mal o Atlântico Norte ficou para trás, no nosso país, emitidos em múltiplos marcos e caixas de correio, passaram por não poucas mãos de trabalha-dores dos CTT. Um grupo deles inter-pretou Saramago, “o internaciona-lismo também é connosco”!, foi a um Centro de Trabalho do PCP e pediu: “Dêem-nos um molhe, também vamos assinar e enviar”.

Valdemar SantosMilitante do PCP

Quem diz dos Nobel que basta lê-los?

Um conjunto de setenta cidadãos, nos quais tenho a honra em me incluir, assinou e tornou público um docu-mento que sustenta a necessidade da nossa dívida ser reestruturada.

É do conhecimento geral que a dívida, com o atual Governo, atingiu um valor superior a 130% de toda a riqueza que produzimos num ano.

O tratado orçamental de que Portugal foi, como alegado bom e subserviente aluno, o primeiro país a ratificá-lo, cria a obrigação para o país reduzir a dívida para 60% nos próximos anos.

Isto significa que nos 25 anos que temos pela frente há a necessidade de amortizarmos mais de 3% ao ano do valor correspondente a maior parte da dívida, sem falarmos nos juros, para que ela se situe no final nos 60%.

A situação é realisticamente insus-tentável e o país não gerará recursos para pagar nos prazos fixados e método estabelecido, o que deve.

Qualquer criança a quem se explique isto compreende.

O que o manifesto defende é intei-ramente patriótico e compreensível – defende-se a renegociação das obri-gações de pagamento assumidas por Portugal, procurando obter mais tempo da regularização da dívida perante os credores com diminuição dos juros, em negociação.

A negociação que se sustenta deve

ser feita em exclusivo com a União Europeia. Em nenhum momento o manifesto defende o perdão parcial da divida. O que está em causa é a vontade de se cumprir, com realismo. Não o contrário.

O manifesto surge no mento opor-tuno e o mais adequado, nas proxi-midades das eleições para o parla-mento europeu a que se seguirá a substituição de todos os órgãos da União Europeia – Comissão, Presi-dência e Responsável pelas relações externas. Que outro momento seria mais adequado?

Apesar da evidência e razoabili-dade das propostas, o governo, sem conhecer então o seu conteúdo, apressou-se a demoniza-lo com falsi-dades. Coube ao Primeiro-Ministro abrir as hostilidades com argumentos falsos, de forma aliás descortês, e de seguida vários membros do Governo e os analistas de serviço do Governo compuseram, como de costume, a

melodia de subserviência conhecida perante os chamados mercados. Sepa-rando as águas. Os do governo e os seus apoiantes são apresentados como os bons. Todos os outros, subscritores do manifesto são os maus, havendo mesmo analistas que consideram personalidades que subscreveram o manifesto como Adriano Moreira, Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, Sevinato Pinto e Vitor Martins, para só falar de alguns como “gente irre-levante”. O Ministro Maduro, ainda deslumbrado por ter acabado ministro sem saber como nem porquê chama-nos de irresponsáveis como no tempo da velha senhora. Daí ser mais papista que o próprio papa, procurando colocar-se em bicos dos pés, única maneira de ser visto e ouvido.

Tudo isto seria para lamentar não se desse a circunstância de estar em causa o futuro de Portugal.

Quando se chega inclusive ao ponto do Presidente da República se

comportar como chefe real do governo, ao considerar como delito de opinião a participação de dois seus assessores no manifesto, que subs-creveram a título pessoal, exonerando-os imediatamente, está tudo dito.

Sobretudo quando pelo menos numa situação precedente, um dos seus assessores ao manifestar-se contra o Governo anterior manteve-se no lugar, sem qualquer reprimenda. E por certo com elogios …

Onde está a coerência da salva-guarda da liberdade de expressão e que o Presidente da República jurou por sua honra defender?

Onde chegaremos face a esta subserviência aos mercados que fere a dignidade coletiva e onde tudo parece ser consentido ao Governo e nada a quem o contrarie, ainda que em defesa da dignidade pátria?

Nunca foi tão atual perguntar-mos – para onde iremos parar por este caminho?

Vítor RamalhoAdvogado

Onde iremos parar?

No mesmo dia em que centenas de trabalhadores ficam sem trabalho... o fisco não aceita moratória para receber créditos.

Page 4: Semmais 15 mar

Semana da Leitura em Palmela Crianças aprendem a fazer bolos

A biblioteca da Secundária de Palmela promove a Semana da Leitura, de 17 a 21 deste mês. O objectivo da acção é sensibilizar a comu-nidade escolar para a prática de hábitos de leitura. Inclui,

na sua programação, um conjunto de iniciativas ligadas à escrita, à leitura e à fala em Língua Portuguesa, como encontros com escri-tores, poesia e de contos, colóquios e fantoches.

A biblioteca Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, comemora este sábado, o 15.º aniversário. “Um Sábado a Ler” é o repto lançado pelo município, que a partir das 15h30 promete

proporcionar uma tarde dife-rente aos alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo. Além de várias leituras seleccionadas, a autarquia propõe às crianças “um momento doce”, com a confecção de bolinhos.

ACTUAL

Sábado //15 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

4

Lotas da região requalificadas mas pescadores estão «aflitos»

As lotas de Sesimbra, Setúbal e Sines estão na agenda do Governo

para serem intervencionadas, com início marcado ainda para este ano, assente num investimento global pelo país que vai superar os 10

milhões de euros, segundo avançou a ministra da Agri-cultura, Assunção Cristas.

O projecto é aplaudido pelos representantes dos pescadores, mas alertam que o tempo é de crise, por causa do mau estado do mar, pelo que a prioridade do Governo «deveria passar pelo apoio directo» a quem não trabalha

há mais de três meses.Ricardo Santos, da

Sesibal, admite que as lotas da região estão muito longe de cumprir os requisitos da lei. «Por exemplo, em Setúbal, não temos cober-tura para preparar, escolher, calibrar ou lavar o peixe, além de estarmos expostos às gaivotas, carros, sol e chuva, quando vamos descarregar ao cais, que está obsoleto», sublinha o diri-gente, para quem o investi-mento se afigura «impor-tante», numa altura em que «na maioria dos dias nem gelo temos, porque as máquinas estão avariadas. E sem gelo o peixe não valo-

riza», insiste.De acordo com Assunção

Cristas, o investimento vai ser suportado pela Promar, estando já estabelecido que 75% vem de verbas comu-nitárias, destinando-se a melhorar as condições de trabalho nas lotas. «É extra-ordinariamente importante para quem lá trabalha e também para os consumi-dores, que vêem o seu pescado transaccionado em espaços com melhores condições de higiene e sani-tárias», salienta a governante, avançando que o Governo está a estudar um projeto piloto para mudar as regras dos leilões.

Porém, a notícia surge numa altura crítica para os pescadores, a braços com «a maior crise dos últimos 50 anos», segundo Ricardo Santos. «As docas podem ser importantes, mas sem pesca-dores não há pesca» alerta o dirigente, lamentando que os profissionais da região não tenham conseguido ter

acesso ao fundo de desem-prego, como compensação pelo repouso biológico da sardinha. «Há três meses que não vamos ao mar, por causa do mau tempo e temos homens que não ganharam um cêntimo neste período, estando já sem dinheiro para comer», refere o presidente de Sesibal.

Pub.

4

As três lotas da região de Setúbal vão ser intervencionadas ainda este ano, no âmbito de um forte investimento anunciado pela ministra Assunção Cristas. Mas os pescadores preferiam nesta fase apoios directos para cobrir prejuízos.

Roberto Dores

As pescas nas docas da região estão pela hora da amargura

DR

Page 5: Semmais 15 mar

Sábado // 15 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 5

Gigante, Titã, Ogre, Papão, Olharapo, Ciclope. Gargântua, Pantagruel.

Colossal, desmedido, imenso – a desmesura.

Desajeitado, o Gigante, geral-mente de pouca inteligência: gigantescos ou gigan-toscos?

O Gigante é disforme e embru-tecido; aquele que não teve tempo para requintar, porque o requinte é próprio do pormenor e o Gigante pertence a uma outra dimensão.

O Gigante geme, urra, bate, espanca, come. O Gigante agarra, engole, mata e dorme – o Gigante é uma boca e uma força bruta; dilatação do ser, ostentação, exuberância. Todo o gigante é exteriorização? Um gigante não se pode esconder, ou não pode esconder-se num espaço feito à medida do homem. O Gigante vive em montanhas – o Gigante é uma montanha.

O Gigante gosta de ser adulado (ego gigantesco, ou minúscula sensatez?). N’ «O Gato das Botas», o Gigante deixa-se enganar pelo Gato e transforma-se num rato que o Gato, mais esperto, rapidamente come.

Gigante versus Anão – o binómio. A figura do Gigante potencia a imaginação e todos os contextos do excesso. Em contrapartida, a concentração e a pequenez, reforçam o núcleo. Para Manuel António Pina, «Gigões são anantes muitos GRANDES. /Anantes são gigões muito pequenos./ Os gigões são diferentes dos anantes/ Porque uns são um bocado mais e outros um bocado menos» - e isso faz, certamente, toda a diferença.

No início do mundo, os seres precisavam de força física e tama-nhos gigantescos. No final do

mundo serão os micróbios, vírus, gérmenes, bactérias, insectos e roedores os mais preparados para enfrentarem holocaustos e apoca-lipses.

As figuras gigantescas ajudam a delimitar os espaços, a definir a justa medida das coisas, a confirmar o humano na sua normalidade. O que fica para além dessa fronteira é o monstro nas suas várias formas. O Gigante é um ser essencialmente dramá-tico.

Os Gigantes povoam os livros: «As Crónicas de Nárnia», de C. S. Lewis; «Harry Potter» com o seu Rubeus Hagrid, o Bom Gigante, de Roald Dahl. «O Gigante Egoísta», de Oscar Wilde. Nos contos de fadas, os Gigantes aparecem também: «João e o Feijoeiro Mágico» ou «João-de-Ferro». Em Portugal, o «Mama-na-Burra» ou «João-Urso».

O Monstro do Doutor Victor Frankesntein era um gigante. Outros Gigantes famosos incluem Golias, o Adamastor, Atlas que carregava o mundo sobre os ombros ou São Cristovão que transportou Cristo sobre os ombros, de um lado ao outro do rio.

«Aos ombros dos gigantes», de Stephen Hawking - a sua pers-pectiva acerca de cinco homens que revolucionaram a ciência. A expressão remete para Isaac Newton, cientista inglês, que afirmou: “Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes”, mas já João de Salis-búria escrevia: «Dizia Bernardo de Chartres que nós somos como anões sobre ombros de gigantes para podermos ver mais e mais longe do que eles (…)»

Toda a criança sente o mundo como um universo cujas medidas são outras. Crescer é tornarmo-nos gigantes aos olhos da criança que fomos. O gigante está em nós, como o anão, e somos um ou outro consoante o tamanho que atribuirmos àquilo que se nos opõe e a coragem que demons-trarmos para o vencermos. «Quando vemos um gigante», alerta Novalis, «temos primeiro que examinar a posição do sol e observar bem para termos a certeza de que não é a sombra de um anão».

[email protected]

Gigante

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Caparica quer reduzir nadadores salvadores

A ASSOCIAÇÃO dos Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa de Caparica reclama a redução do número de nadadores-salvadores para as praias da zona norte antes da época balnear, caso não haja reposição de areia. A proposta já foi entregue ao capitão do Porto de Lisboa e sugere uma drástica redução de doze para dois nada-dores-salvadores. «É a única forma de reduzirmos os custos, porque já se está a perceber que não vamos ter grande afluência de banhistas naquelas, porque são hoje pouco atractivas», sublinha Acácio Bernardo

Já o presidente da Federação Portuguesa de Nadadores-Salva-dores (FPNS), Alexandre Tadeia, afirma que o pagamento desta actividade «deveria ser respon-sabilidade do Estado e não dos concessionários das praias», subli-nhando mesmo «não concordar que sejam os concessionários a pagar os salários dos nadadores-salvadores», defendendo ainda que os concessionários deveria

ser colocados à margem da questão da segurança aquática, alegando que «todos os anos morrem pessoas em praias não vigiadas que estão nesta situação por não serem concessionadas».

Para a FNPS, as autarquias deveriam ser responsáveis pelos pagamentos aos nadadores-salva-dores, cujo financiamento deveria

vir de uma taxa municipal, «cobrada a todo o comércio do concelho, mas com critérios justos», porque beneficia com o turismo. No caso da Costa da Caparica, Alexandre Tadeia admitiu que ”se não existir praia não vale a pena ter nadador-salvador”, mas lembrou que a decisão final cabe ao capitão do Porto de Lisboa.

O problema da segurança nas praias continua a ser polémico

Sempre com a região, sempre pela região...

Sivipa traz ouro de França

OS VINHOS da Adega Coope-rativa de Palmela voltaram às conquistas internacionais, refor-çando a imagem de «excelência desta casa de vinhos aquém e além-fronteiras».

Foram três as medalhas de prata conquistadas por dois vinhos brancos e um vinho tinto da Adega de Palmela no Vinalies Internatio-nalies 2014, realizado em Paris, França, entre os dias 1 e 5 deste mês,

onde um júri composto por mais de cem espe-cialistas internacio-nais avaliou nada menos do que 3 mil vinhos originários de diversas partes do

mundo.Os vinhos

premiados com medalhas de prata são o Adega de Palmela DO Branco 2013, o Vale dos Barris Branco Moscatel 2013 e o Vale dos Barris Syrah 2011.

ADREPES recolhe propostas para definir estratégias de desenvolvimento

REUNIÕES de trabalho sobre o mundo rural, as pescas, o turismo, o património e o social, que decorrem este mês e no de Abril, vão servir para a ADREPES reco-lher propostas para definir estra-tégias para o desenvolvimento local da região para o período compreendido entre 2014 e 2020.

Em sessão pública realizada recentemente na biblioteca de Palmela, com a presença de enti-dades públicas e privadas, a ADREPES apresentou aquilo que se pretende a construção de «uma visão partilhada e colectiva, na definição adaptada às especifici-dades do território».

Manuela Sampaio, coordena-dora da ADREPES, focou o seu discurso na actuação da instituição em termos de investimentos que

aprovou e acompanhou para a Península. «Temos promovido dinâmicas de intervenção territo-rial que têm impulsionado projectos criativos e sustentáveis», sublinhou, acrescentando que o «modelo de gestão dos programas financeiros geridos pela ADREPES tem perdido autonomia e os proce-dimentos têm tido um grau de complexidade que travam muitas vezes o surgimento de boas ideias e bons projectos».

Manuel Sampaio reconhece que o Desenvolvimento Local de Base Comunitária é a ferramenta usada para definir e executar a estratégia para que esta promova uma «intervenção que corresponda às necessidades das populações e se afirma como alicerce da coesão territorial».

Page 6: Semmais 15 mar

Sábado // 15 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

SITUAÇÃO 1Quando chegou, pousou as coisas

depressa, pegou no filho mais novo, que não parou de dar-lhe beijos no pescoço. À mais velha, deu um beijo leve na bochecha enquanto ela se desviava para continuar a olhar para a televisão. Agra-deceu à mãe ter ido buscar os netos à escola. Despiu o mais pequenino e pô-lo no banho enquanto cantavam as canções que tinha aprendido naquele dia na escola...

SITUAÇÃO 2Respirou fundo quando mandou

chamar o primeiro. Nunca tinha despe-dido ninguém, ou dispensado como prefe-riam algumas pessoas dizer. Ainda gostava menos dessa palavra, dispensar. Preferia despedir, era mais honesto. Mas tinha agora essa responsabilidade. Quando era preciso, esperavam de si que fosse a pessoa a comunicar o despedimento. Ossos do ofício, foi o que lhe disseram...

SITUAÇÃO 3Escolheu cuidadosamente a roupa,

pondo-a em cima da cama. Não era todos os dias que tinha um acontecimento como aquele. Nada poderia ser deixado ao acaso. Ninguém podia olhar e pensar “que desma-zelo”. Se era para impressionar, cada detalhe era importante. Ao pousar os sapatos perto da roupa, teve a certeza que a escolha era aquela, seria um sucesso com esta fatiota.

SITUAÇÃO 4A senhora apertou-me a mão com

força. Estava cheia de medo de uma

seringa. Era engraçado todos os dias as pessoas aparecerem e, desde miúdos a graúdos, havia sempre alguém com muito medo e alguém aparentemente sem medo nenhum. Duvidava. Neste caso, a senhora estava petrificada. Disse-lhe algumas palavras de conforto, sossegando-a e assegurando que nem ia sentir...

Quando lemos cada uma das situa-ções, na nossa mente surgem-nos imagens espontâneas das personagens e recriamos as cenas que estão a viver, criando um contexto em que tudo faça sentido. Para cada situação, perguntamos-lhe então: imaginou um homem ou uma mulher?

Pedimos-lhe para voltar atrás e trocar. Onde pensou num homem, pense agora numa mulher e onde imaginou uma mulher, coloque um homem na mesma situação. Continua a fazer todo o sentido, mas na verdade a primeira imagem que nos ocorre espontanea-mente corresponde ao nosso “mapa” de referências e de representações sociais dos papéis habitualmente atribuídos às mulheres e aos homens. Não apenas porque nasceram com um corpo dife-rente, mas porque na cultura e socie-dade em que vivemos e crescemos, desde muito cedo que “ser menino” é diferente de “ser menina”, e depois ao longo da vida, “ser homem” é diferente de “ser mulher”. As construções sociais do género masculino e do género feminino deram forma aos nossos pensamentos e ações, e também aos nossos estereótipos e

preconceitos. Por que é normalmente mais fácil imaginar uma mãe carinhosa e um homem como patrão, em vez de um homem preocupado com a sua aparência e com a roupa que veste?

Quando atualmente se discute se ainda faz sentido falar de igualdade de género, sabemos que vivemos um tempo em que esta discussão é muito menos óbvia do que todas as discussões do passado, quando o que estava em causa eram direitos básicos como o acesso das meninas à escolarização, o direito de voto para as mulheres ou a possibilidade de viajarem ou comprarem a sua casa sem dependerem da autorização do pai ou do marido.

Hoje, o discurso machista é já assu-mido como politicamente incorreto e já toda a gente reconhece que grande parte das conquistas pela igualdade estão adqui-ridas.

Porquê então este artigo? Porquê continuar a celebrar o dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher?

Porque, ainda que seja menos visível, não é verdade que a igualdade entre homens e mulheres seja, de facto, uma realidade no quotidiano. Nem aqui, em Portugal, e muito menos no resto do mundo.

Ser mulher e ser homem numa cidade grande é totalmente diferente de o ser numa pequena aldeia do interior onde todas as pessoas se conhecem, se conhece a história familiar, se cresce debaixo do olhar e da expetativa muito próxima dos familiares e vizinhos/as. Mas ser mulher e ser homem numa qualquer capital euro-peia é ainda viver de acordo com o “mapa” padronizado ao qual se associam carac-terísticas, tarefas, papeis, funções e valores. Nessa norma padronizada, a nossa perceção é condicionada, impedindo-

nos de ver para além dela. Demos uma situação sem atribuir um género, mas o género está presente em cada leitura, reafirmando o padrão.

É por isso que existe uma desigual-dade de género e, também por isso, devemos combatê-la. E alguém diz muito bem: “homens e mulheres são diferentes, porque querem torná-los iguais?”. Mas essa é uma questão enganadora, porque diferença não é desigualdade nem discri-minação. A diferença é bem-vinda para a igualdade. A questão na desigualdade é que há um desequilíbrio, uma hierar-quia de poder e de valores, em que há alguém que é tomado como melhor e superior a outrém. Neste caso, a desi-gualdade é entre homens e mulheres, ocupando estas o fundo da hierarquia. Mas também para os homens esta é uma prisão, pois ficam reduzidos a um este-reótipo de força, poder e distância, dimi-nuindo toda a sua liberdade.

As mulheres portuguesas, apesar dos avanços enormes alcançados na esfera de influência da sociedade, continuam a ser as detentoras da maior parte ou de toda a carga familiar e doméstica, conti-nuam a ser a maioria das vítimas de violência conjugal, continuam a ser as que trabalham mais para receber menos. E, em vez de combaterem um discurso machista público como há cinquenta anos, têm perante si uma barreira invi-sível da expectativa do que uma mulher deve ser, o que deve fazer, o que deve dizer. Uma barreira invisível que as impede de alcançar um novo poder, um poder que não é coação nem exibição, mas sim um poder de mudar realmente esta visão do que é “ser mulher”.

Igualdade de género é liberdade e, para muitas mulheres em todo o mundo, é mesmo uma questão de sobrevivência.

Alguns dados que falam por si:Das 1,3 milhões de pessoas que se

estima que vivam na pobreza em todo o mundo, 70% são mulheres. 130 milhões de mulheres sofreram mutilações geni-tais, sendo todos os anos mutiladas 2 milhões de raparigas. As mulheres possuem menos de 1% da riqueza mundial, mas fornecem 70% das horas de trabalho, recebendo apenas 10% dos rendimentos globais. Das crianças que não vão à escola, 2 terços são mulheres. Dos 900 milhões de analfabetos em todo o mundo, também 2 terços são do sexo feminino. Em todo o mundo, apenas 15% dos parlamentares eleitos são mulheres. Uma mulher em cada três foi ou será vítima de agressões, sexuais e outras. Mais de 200 mil mulheres morrem todos os anos em consequência de abortos clandestinos.

Estes números são determinantes para a resposta à pergunta lançada neste artigo, pois impõem-nos uma realidade a que ninguém pode fugir quando nos deparamos com a necessidade de uma política mundial e transversal de igual-dade de género. A UNESCO define a Igual-dade de género como um tratamento dife-renciado às mulheres e aos homens “que visa restabelecer o equilíbrio, a fim de compensar o desequilíbrio histórico e social que as/os impede de participar activamente e de maneira igual no desen-volvimento da sua sociedade.”

Homens e mulheres continuam a sofrer desse impedimento de cada vez que assumimos o que é suposto ser de mulher ou ser de homem. É por isso que, perante as situações acima descritas não há respostas certas ou erradas para definir o sexo das personagens, se conseguirmos dar uma resposta em que cada perso-nagem, neste caso, possa ser o que quiser, em liberdade.

Ainda fará sentido falarde igualdade de género?

Prémio WAC é motivo de orgulho para dupla de arquitectos sesimbrenses

«QUALQUER prémio ou reco-nhecimento do nosso trabalho é sempre importante, principalmente num período complicado na área de Arquitetura e Construção, em que os ateliers dão voltas à imaginação para contrariar a crise no sector» as palavras são de Paulo Lucas, um dos arquitectos premiados pela World Architecture Community, um portal internacional de arquitetura criado para promover igualdade de opor-tunidades e reconhecimento de ateliers locais de países de todo o mundo.

O arquitecto sesimbrense, co proprietário da SPL.arquitectos, conquistou o prémio 20+10+X Archi-tecture Awards 15th Cycle, com o projecto do Restaurante-Bar Porto-fino, em plena praia de Sesimbra naquele que foi o único projecto português a ser distinguido. Os prémios WAC pretendem destacar e publicar projetos notáveis que poderiam passar despercebidos pelo público internacional e que têm o

potencial de inspirar questões inte-ressantes sobre a arquitetura contemporânea. Os principais crité-rios de seleção são novidade, origi-nalidade e criatividade que reflitam e inspirem um compromisso com a arquitetura.

O facto de o prémio ser atribuído por um júri composto por um grupo exclusivo de arquitectos convidados, críticos, académicos e teóricos,

editores de revistas de arquitectura, curadores e especialistas de centros de arquitectura de todo o mundo deixa os dois arquitectos, Sofia e Paulo Lucas, ainda mais satisfeitos «uma vez que a qualidade dos jurados confere maior credibilidade a este reconhecimento».

Colocar Sesimbra no mapa da arquitectura mundial

Este prémio não só reconhece o trabalho destes jovens arquitetos, como contribui para divulgar a quali-dade arquitetónica do distrito de Setúbal, colocando Sesimbra no mapa da arquitetura mundial.

Apesar de este prémio não ter ainda reflexo direto no trabalho da SPL.arquitetos, Paulo Lucas acre-dita que, no futuro, «poderá ajudar a que as pessoas reconheçam a qualidade do nosso trabalho, a dedi-cação e o compromisso que colo-camos em cada projecto, e que nos possibilitem continuar a apostar na arquitetura». O prémio serve ainda como impulsionador de confiança no trabalha que realizam e como uma «motivação extra para não desistir, apesar dos obstáculos que por vezes aparecem. Agora, mais do que nunca, não podemos cruzar os braços, temos de ir à procura de novas inspirações e cria-tividade para tentar ser, pelo menos, um pouco diferentes» remata em declarações ao Semmais.

O projecto vencedor de Sofia e Paulo Lucas instalado na praia de Sesimbra

Sivipa trazouro de França

A SIVIPA alcançou uma medalha de ouro e duas de prata do concurso Vinalies Internacionales. Dois vinhos tintos, Syrah 2013 e Personalizado 2012, e o moscatel Roxo 2010.

O prestigiado certame decorreu de 1 a 5 de Março, em Paris. Reali-zado há 17 anos pela Union des Enolo-gues de France, destaca-se pelo rigor nas provas cegas. A edição 2014 reuniu cerca de 3 500 vinhos de todo o mundo.

A medalha de ouro para o Ameias Syrah 2013, repete o feito de 2010, no mesmo certame. E vem confirmar o palmarés de prémios e menções que este monocasta Syrah tem recebido em colheitas anteriores em certames como o International Wine Challenge em Londres e o Concurso de Vinhos da CVR Península de Setúbal. Também o Personalizado, um tinto DOC Palmela, da casta castelão (Periquita) se destacou com prata. Por fim, mais uma colheita do Moscatel Roxo Sivipa, de 2010, que promete dar continui-dade ao sucesso de um moscatel raro que já se destacou com outro entre os melhores no concurso Muscats du Monde.

Page 7: Semmais 15 mar

POLÍTICA

Sábado //14 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

7

Edital

O Vereador do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal :

FAZ SABER, pelo presente, que correm éditos de 30 (trinta) dias para que os eventuais interessados que mostrem interesse direto, fundado e legitimo, relativamente à titularidade dos lotes nºs. 18 e 19, do Loteamento de Iniciativa Municipal, denominado por “Carrasqueira 8”, Freguesia da Comporta, assinalados em planta anexa, venham por meios adequados e expeditos, dizer o que tiverem por conveniente.Não havendo interessados a reclamar a titularidade do lote, dentro do prazo concedido, a CMAS, após os formalismos legais para o efeito, procederá à alienação dos lotes mencionado a favor de MIGUEL ESPADA BACALHAU.Publique-se a afixe-se nos locais devidos.Paços do Concelho de Alcácer do Sal, 28 de Fevereiro de 2014.

O Vereador do Pelouro,

Manuel Vítor Nunes de Jesus

CDU recupera 10 milhões do Parlamento Europeu

A INTERVENÇÃO do deputado e cabeça de lista da CDU no Parlamento Europeu, João Ferreira, desbloqueou 10 milhões de euros de fundos comunitá-rios devidos à Simarsul.

A verba, referente a uma candidatura de 2005, chegou a estar dada como perdida. Foi graças à intervenção «persistente» da CDU no Parlamento Europeu, com «sucessivas perguntas escritas à Comissão Euro-peia desde 2010, que desblo-queou este saldo».

Segundo os comunistas, a primeira tranche desta verba já chegou à região, informou a administração da Simarsul na reunião que teve recentemente com João Ferreira.

O encontro com a Simarsul decorreu no quadro de um dia de contactos que

João Ferreira teve no passado dia 6 de Março, na Península de Setúbal.

O eurodeputado e cabeça de lista pela CDU às eleições para o Parlamento Europeu reuniu com a direcção da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, vulgo “Montepio”, no Montijo, tendo contactado com a direcção, os trabalhadores e visitado alguns dos equi-

pamentos.Após o contacto com a

população e os comerciantes locais da vila de Alcochete, acompanhado por diversos eleitos da CDU nas autarquias locais, João Ferreira almoçou com os trabalhadores da Câmara de Alcochete no refeitório municipal. Seguiu-se uma acção de contacto com os trabalhadores da Autoeuropa.

“Grândola Vila Morena” presta tributo a José Afonso

No ano em que se comemoram os 40 anos do 25 de Abril e se celebram 50 anos do poema “Grândola Vila Morena”, um espectáculo de tributo a José Afonso constitui o primeiro elo de um vasto e diversificado

programa das comemorações da revolução dos cravos em Grândola.Jovens músicos da vila aceitaram o desafio do município e rein-terpretam alguns dos principais temas de José Afonso, no próximo

dia 29, às 22h30 no cine Grana-deiro. O espectáculo junta hip hop, rock, tradicional e metal, numa união de sonoridades que demonstra a grandeza e intem-poralidade da obra do maior cantor/autor português.

JSD dá pontapé de saída para o debate europeu

A JSD de Setúbal realiza este fim-de-semana, na Costa da Caparica, a sua IV Academia Política. Os jovens social-democratas encaram esta iniciativa como «o pontapé de saída para o debate europeu que antece-derá as eleições Europeias de Maio deste ano»

O evento conta com a participação de oradores de «excelência» com os quais os jovens social-democratas terão oportunidade de «discutir qual o rumo para a Europa».

«Será um fim-de-semana agradável, não só em termos

de formação como no próprio convívio e compa-nheirismo. Contamos com a presença de inúmeros oradores/formadores de relevo da sociedade civil e não só», refere fonte da JSD.

Com a Europa como pano de fundo, os jovens da JSD vão conhecer as insti-tuições, as várias visões polí-ticas e debater o estado e futuro da União Europeia. «Os jovens do distrito de Setúbal estão preparados para debater e propôr acti-vamente na campanha para as próximas eleições euro-peias», vinca a mesma fonte.

Entre os oradores, estão os eurodeputados Carlos Coelho e José Manuel Fernandes, João Paulo Meireles, vice-presidente do YEPP, Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro, Luís Viegas Cardoso, coorde-nador das Relações Inter-nacionais da JSD, Joana Barata Lopes, deputada e candidata a eurodeputada, Duarte Marques, antigo líder da JSD, Paulo Colaço, autor da obra “Histórias da JSD”, e Miguel Frasquilho, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD.

Sempre com a região, sempre pela região...

João Ferreira à conversa com autarcas de Alcochete

PSD desafia PS a discutir infraestruturasO presidente da distrital de

Setúbal do PSD, Bruno Vito-rino, lamenta que o PS não tenha ainda aceite o convite do Governo para discutir as infraestruturas prioritárias ao desenvolvimento do país.

«Porque determinados

projectos são essenciais para o desenvolvimento da região», Bruno Vitorino desafia os depu-tados do PS do distrito «a mani-festarem-se e a defenderem estas prioridades».

«Vão manter-se em silêncio perante investimentos que

podem potenciar a economia da região e a criação de riqueza?», questiona.

O dirigente está convicto de que o Governo dará luz verde à ampliação do Terminal XXI do Porto de Sines, já com finan-ciamento assegurado.

Page 8: Semmais 15 mar

Os maiores sucessos do cantor setubalense Clemente já estão registados no álbum

“Essencial”, pela batuta da editora Ovação. O disco, que conta com o apoio da SIC Internacional, é dedicado ao público fiel que tem apoiado e acompanhado os 40 anos de carreira do artista.

Clemente contou ao Semmais Jornal que o novo disco contém «os maiores sucessos possíveis», uma vez que o alinhamento inicial eram 20 canções mas acabaram por ficar catorze. «Devido a problemas com a minha editora anterior, que não me licenciaram alguns temas, acabei por incluir apenas catorze. Mas penso que o disco reúne as canções prio-ritárias da minha carreira», frisou, destacando a sua versão de “Nossa Senhora”, uma «oração a Deus e à vida, que costuma ser bastante soli-citada pelo público nos meus concertos».

A tournée internacional de “Essencial” arranca na Austrália, passando depois também pelo Brasil, Estados Unidos e Canadá. «Vou fazer vários concertos ininterruptos com este disco que tem três versões de espectáculo: play-back; banda e orquestra, com coristas e bailarinos», sublinhou.

O disco inclui os temas “Vais Partir”, “Baila Cigana”, “Colmeia do Amor” (Ao Vivo), “Viver sem ti”, “Nos Bailes da Vida”, “Santa Maria”, “Mari-nheiro”, “Canção dos teus Cabelos”, “Nossa Senhora”, “Cartas de Amor”, “Eu sou Cigano”, “Bolero”, “Vamos todos dar as Mãos” e Hino à Alegria”.

Clemente canta em dueto com Décio, seu chefe de orquestra, no tema “Nos Bailes da Vida”. Trata-se de um jovem, «muito talentoso», que está a tentar uma carreira a solo.

Questionado sobre o porquê de poucas actuações em Setúbal, o cantor esclareceu: «Isso não tem a ver comigo. Tem a ver com as pessoas que gerem os destinos de Setúbal. Esses é que têm o poder de comprar espectáculos. No ano

passado tive o privilégio de actuar na SetFesta, no Largo José Afonso, com muita gente a assistir. Foi fantástico. Espero vir a cantar este “Essencial” em Setúbal, numa versão mais alargada», acrescentando que a sua agenda está bastante preen-chida para o Verão que se apro-xima. «Além da tournée interna-cional, vou fazer concertos de norte a sul, para animar as festas e roma-rias, o que é óptimo para quando se tem um disco novo».

Um outro trabalho discográfico, que ainda deverá sair para o mercado este ano, é o disco que está a ser gravado no Canadá há algum tempo «Se não for lançado este ano em Novembro espero, certamente, lança-lo logo no início de 2015.

ALGUNS DOS NOSSOS PRATOS

COZIDO À PORTUGUESA (QUINTA FEIRA)

ARROZ DE PATO(QUARTA FEIRA)

Bandas de garagem em Setúbal

A 2.ª eliminatória do 10.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal decorre este sábado, às 22 horas, na Capricho Setubalense. Hoje participam os Just Under, (Tomar), Raça (Lisboa), Brace Your-

self (Faro), e Arde (Sintra). Na final, agendada para 29, marcam presença os EMMA, grupo que ganhou a pré-eliminatória das bandas sadinas, e Oleo, também de Setúbal, que triunfou na 1.ª eliminatória.

CULTURA

Sábado //15 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

8

“Essencial” marca arranque de digressão

Informamos os nossos clientes que continua ao seu dispor de terça a sexta o prato do dia (menu completo:7.50€)Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

DR

Clemente lança disco com os maiores sucessosCom vários discos de prata, ouro e platina conquistados, o artista responde com “Essencial” aos vários pedidos de admiradores.

António Luís

Clemente já tem uma agenda bastante preenchida para o Verão

JÁ SABES ONDE VAIS LEVAR O TEU PAI A ALMOÇAR?

Page 9: Semmais 15 mar

Sábado // 15 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 9

Cartaz...

Sáb

ado

O alentejano António Zambujo apresenta o álbum “Quinto”, álbum lançado em 2012 que entrou directamente para o 2.º lugar do top de vendas. Do Alentejo para o mundo, a obra de António Zambujo tem sido elogiada nos quatro cantos do globo.Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo | 21h30.

“Viva o Casamento”, uma comédia dramática, român-tica e musical de Fernando Gomes, continua em cena, com grande êxito, no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local Arte-Viva, que trabalha no centro comercial “Pirâmide”.

Ofertas Semmais - Ligue 965 588 572 e peça os seus convites

“Viva o Casamento”A comédia “Boeing, Boeing”, protagonizada por Sofia Ribeiro, Patrícia Tavares, Melânia Gomes, Elsa Galvão, Luís Esparteiro e João Didelet, continua a divertir toda a gente no Teatro da Trindade, em Lisboa.Trata-se de uma hilariante comédia de enganos sobre a trajectória de um Casanova da Era do Jacto, Bernardo um arquitecto que está noivo de três mulheres, Janete, Julietta e Judite, três hospedeiras de bordo, de diferentes países com quem vive sem que saibam a existência umas das outras. Berta, a fiel empregada doméstica de Bernardo, é cúmplice neste jogo amoroso, trocando as fotografias, roupas de cama e ementas para que nenhuma das noivas desconfie da presença de outras mulheres. Até que um dia os seus amores vão chegar à sua casa ao mesmo tempo. Dada a azáfama vivida na casa de Bernardo, Berta está à beira de um ataque de nervos. Um amigo de longa data do arquitecto, Roberto Seguro, veio visitá-lo e vê-se apanhado na maior trama amorosa que alguma vez viu e que terá um fim inesperado. O espectáculo vai estar em cena até ao dia 13 de Abril, de quarta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 18 horas.

Comédia “Boeing, Boeing”

Filipe La Féria continua a apresentar, para miúdos e graúdos, no teatro Politeama, “Robin dos Bosques”, a célebre obra da literatura de aventuras.Não perca as aventuras do mítico príncipe dos Ladrões, Robin dos Bosques, um nobre fora-da-lei, acompanhado por João Pequeno e o seu bando. Este espectáculo é representado de terça a sexta às 11 da manhã e às 14 horas para as escolas, e às 15 horas de sábado e domingo para o público em geral.

Musical “Robin dos Bosques”

15Sába

do

15Sába

do

Música tradicional portuguesa “Achega-te”, do projecto O Baú, de Lisboa, é o espectáculo de música tradicional portuguesa que marca a apresentação do primeiro álbum deste recente agrupa-mento que recupera canções tradicionais portuguesas. Forum José M. Figueiredo, B. Banheira | 21h30.

15Sába

doComédia à portuguesa

Divirta-se à grande com a co-média “Vou já Bazar Daqui!”, com Paula Mota (Picolé), Paulo Oliveira, Natalina José, Vitor Emanuel e Ana Catarina. Esta peça insere-se na pro-gramação do Mês do Teatro, a decorrer este mês em vários palcos do Barreiro. Auditório Augusto Cabrita, Barreiro | 21h30.

DEPOIS do lançamento em Almada, no passado dia 7, o jovem cantautor Ivo Soares apresenta, no dia 21, às 21h30, no teatro S. João, em Palmela, o EP “Movie Stars”, o primeiro registo para o seu álbum de estreia, a lançar ainda este ano.

Trata-se de um trabalho pop, com influências soul e r&b, onde Ivo Soares se assume como pianista, compositor e produtor. Justin Timberlake, Michael Jackson e Stevie Wonder são algumas das suas principais fontes de inspiração.

Ivo Soares anda muito satisfeito, uma vez que vai começar a trabalhar com a Propalco, uma agência de «grandes artistas, e com grandes profis-sionais» que já trabalharam com a Dulce Pontes, GNR, Cesária Évora, e, actual-mente, com «grandes nomes de Portugal», refere o jovem, orgulho, de ter conquistado um patamar de relevo na música portuguesa.

Depois de ter colaborado com o Dj DeepBlue, na faixa “Back In Paradise”, e da participação nos programas “Portugal Tem Talento” (2011) e Fator X (2013), Ivo Soares está empe-nhado em construir uma carreira no mundo da música. Resi-dente no concelho de Palmela, o cantor começou a estudar piano e teoria musical aos 6 anos, e aos 9 apresentou o seu primeiro concerto. Tem vindo a apostar na sua formação, nomeadamente, nas áreas de produção musical e curso geral de piano e canto. Concluiu o 8.º grau de piano no Conservatório de Palmela e, actualmente, é aluno do curso de jazz e Música moderna da Univer-sidade Lusíada. O preço do ingresso tem o valor de 7 euros e inclui oferta de CD.

Ivo apresenta EP em Palmela

15Músicas do Mundo

de Zambujo

21Sext

a

Eduardo Ma-deira, conhecido comediante da televisão, anda em digressão nacional com o espectá-culo Commedia

Gourmet, onde aposta em vários sketches humorísticos que não deixem ninguém indiferente.Teatro Granadeiro, Grândola | 22 horas.

Aventuras e desventuras de Tartufo A comédia “Tartufo”, de Molière, com encenação de Rogério de Car-valho, pela Companhia de Teatro de Almada, continua a divertir os apaixonados por este tipo de espectáculo. Mais de dez artistas em palco dão vida às aventuras e desventuras de Tartufo. Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30. Humor

de Eduardo Madeira

Page 10: Semmais 15 mar

ENTREVISTA

Sábado //15 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

10

«O turismo de empresas continua a ser o nosso mercado prioritário»

Semmais – O ‘novo’ Esperança con-tinua a ser um ícone na cidade. Foi uma aposta certeira do grupo que representa?Carlos Costa – O grupo está satis-feito, passados que foram os pri-meiros anos de alguma dificulda-de, porque um hotel não se faz em menos de três anos e o equilíbrio levou algum tempo a atingir. Hoje, como todos sabemos, a incerteza é grande. Mas, no essencial, pode-mos dizer que é uma unidade es-tável, com gestão cuidada e, pas-sados doze anos em que fazemos a sua gestão, podemos afirmar que foi uma aposta certa.

Todavia, o turismo sadino não tem crescido por aí além…Sim, o turismo de lazer em Setúbal não tem grande relevância, tirando os meses de Verão. Mas também é certo que tem melhorado um pou-co. Repare, que estamos a falar de um mercado pequeno, muito limi-tado e a proximidade de Lisboa é tam-bém um factor que pesa.

Não há mercado e a oferta também não é de grande monta, concorda?Concordo, se pensarmos que a ci-dade não tem estruturas para re-ceber um evento para 500 ou 600 pessoas. As unidades que temos são pequenas e também não há en-volvência em redor destes hotéis. Acresce, diga-se, que a maioria dos empresários que se dedicam a este negócio não são verdadeiramen-te hoteleiros.

Isso é um problema?É, porque se perde em sensibilida-de, sabedoria e experiência e mais ainda em articulação concertada. A

mentalidade vigente não é compa-tível com os novos tempos e há a ideia errada de que somos todos con-correntes. Diria que há uma visão muito limitada que faz com que as coisas não andem para a frente e com ganhos de escala.

Mas não sente nenhuma melhoria nesses aspectos?Tem-se feito alguma coisa, na hote-laria e em outras áreas, Jogos do Sado, Semanas Gastronómicas o avista-mento de golfinhos e até à observa-ção de aves são actividades que atraiem cada vez mais turistas.

São componentes que podem res-ponder ao problema da sazonali-dade. Como sente o hotel esta va-riável?Pode ser, de facto. No nosso caso preservamos a componente em-presarial durante todo o ano, nos acordos que temos com as empre-sas. O nosso cliente fundamental são as empresas, é um segmento que vale cerca de 70 por cento da nossa actividade. O lazer é rele-vante, mas escasso na média anu-al. E é este o caminho que vamos prosseguir, não há outro.

Há pouco falou da proximidade de Lisboa como um constrangimento. Quer explicar melhor?A questão é que podia haver maior complementaridade entre a Penín-sula de Setúbal e a grande Lisboa. Mas o problema é que são criadas estruturas de poder que não têm tem-po de montar um projecto coeren-te. Há ideias positivas que depois fi-cam pelo caminho. Temos que ter um plano num horizonte de quatro a cinco anos, esperemos agora, com

a nova entidade (Entidade de Turis-mo da Região de Lisboa, que inclui a península de Setúbal) isso possa acontecer.Mesmo assim o seu hotel não tem dificuldades de oferecer produto turístico aos seus clientes, ou tem?Conseguimos fazê-lo porque a re-gião tem muito potencial. O enotu-rismo está a ganhar peso, e há pas-seios muito interessantes. O que me incomoda é que não estamos a tirar partido disso de forma assertiva. Se o fizermos de forma organizada po-demos ajudar ao crescimento do tu-rismo na região. Mas há coisas a me-xer, por exemplo a observação de aves e os passeios de bicicleta têm atraído em especial turistas nórdi-cos e holandeses, que ficam aqui uma noite ou outra.

E de Tróia, aqui tão perto…Podia ser melhor em complemen-taridade para os dois lados. Mas esta ideia elitista daquele conceito tem coisas boas e coisas menos boas.

Como assim?Compreendo que um empreendi-mento daquela grandeza que pre-tende qualidade acima da média tem que combater a devassa das multi-dões, mas há maneiras de se mini-mizar esses impactos sem criar res-trições como as que se têm vindo a verificar. Desde logo pelo preço dos bilhetes de travessia que são um cons-trangimento forte.

Também sente o problema da qua-lificação dos profissionais do sector, ou isso é uma falácia?É um aspecto que tem razão de ser. Os empresários da hotelaria e da res-tauração procuram o pessoal bara-

to, desde logo, sem grandes compe-tências. Isso é um problema de ima-gem e de serviço. Temos, por exem-plo, bons restaurantes, onde se come muito bem, mas o serviço e o aten-dimento deixa muito a desejar.E a nova escola de hotelaria não vem resolver esse obsctáculo…

Vem certamente minorá-lo. Nas áre-as da cozinha, restaurante e bar, sim. Mas note-se que o hotel de aplica-ção incorporado na escola ainda não está a funcionar e isso é essencial para o aspecto prático da formação noutras áreas, mas vamos confiar que isso vai ficar resolvido.

Carlos Costa, director do Luna Esperança anuncia primeira grande remodelação do hotel

Primeira grande remodelaçãoa estrear este Verão

A unidade de Setúbal, que continua, segundo o seu director, a merecer «uma certa nostalgia dos clientes de sempre», vai agora ser alvo de uma profunda remo-delação. A primeira desde que o grupo Luna assumiu, há doze anos atrás, a sua gestão. «Estava na hora de mudar a todos os níveis. Já temos um quarto modelo, já defi-nimos a nova imagem dos inte-riores, o que implica mudar alca-tifas para chão flutuante, colocar novos plasmas em todos os quartos e dar outros confortos, fazendo jus à classificação de quatro estrelas

que nos foi atribuída há cerca de ano e meio», justifica Carlos Costa.

Esta modernização vai implicar também mudanças em todas as zonas públicas do interior da unidade, sobretudo no quinto piso, nas salas e salões, com vista pano-râmica excepcional. «Uma das novas intervenções será na varanda, criando ainda melhores condições para aproveitamento daquela vista fantástica sobre a cidade e sobre o sado», conclui o director.

Aposta da cadeia Luna Hotels & Resorts na mais conhecida unidade hoteleira da cidade de Setúbal, o Hotel Esperança, está para vingar. Numa época de grande instabilidade, a espaço vai agora ser objecto da sua primeira grande remodelação. O homem forte do ‘Esperança’, Carlos Costa diz o que vai mudar e o que pensa do turismo na cidade.

O Luna Esperança Centro Hotel

A unidade gerida por Carlos Costa, que trabalha desde tenra idade na hotelaria, dispõe de 80 quartos, várias salas de reuniões, muito requisitadas, um pequeno bar, e um salão para serviço de pequeno-almoço e serviços de catering. «Optámos por não ter restaurante porque não se justi-fica e iria onerar bastante os custos de produção. Foi uma medida acertada, tanto mais que estamos no centro da cidade, numa zona privilegiada e com muitos bons

restaurantes na vizinhança», sublinha Carlos Costa.

A unidade conta com 14 cola-boradores, sendo que, na época balnear, são contratados outros profissionais para reforço. A média anual de ocupação é de 60 por cento, e no pico de Agosto atinge os 92 por cento. «Nesse período vivemos muito do mercado espa-nhol, o mercado português vale cerca de 30 por cento da média anual de ocupação», explica o responsável.

DR

Page 11: Semmais 15 mar

Tony Bennett, antigo jogador de golfe profissional e presidente da EDGA (European Disabled Golf Association) esteve, esta semana, no Campo de Golfe da Quinta do Perú no âmbito de uma iniciativa que o levará a percorrer

os 72 campos de golfe portu-gueses com o objectivo de anga-riar fundos para esta associação que promove a modalidade junto de cidadãos com deficiência.

Juntamente com a esposa, Tony Bennet pretende jogar um buraco em cada um dos campos do continente português e das ilhas percorrendo de bicicleta a distância entre os vários campos de golfe, numa viagem de apro-

ximadamente 1400 quilómetros.Na Quinta do Perú a estrela

do golfe internacional contou com a companhia de Pedro Figueiredo, um dos mais promis-sores golfistas portugueses da actualidade.

Filipe Reis no circuito mundial Federação homenagea Naval

O atleta barreirense Filipe Reis conquistou o 7° lugar na etapa do circuito mundial, na cidade de Almere, na Holanda, perante um lote de mais de meia centena de competidores na categoria de +84 kgs.

Representando as cores do Sporting e da selecção nacional, o karateca tem conquistado um lote de bons resultados no início deste ano que lhe permitem ocupar o 5° lugar no ranking mundial Karate Premier League.

A Federação Portuguesa de Canoagem homenageou o Clube de Canoagem de Setúbal pela conquista de 20 títulos nacio-nais consecutivos na modali-dade de kayak-polo, feito único no desporto português. Para

além da homenagem à equipa foram também homenageados os atletas João Botelho, Rui Carmo e Carlos Rocha, que entretanto assumiram funções de dirigentes, e que são ico-campeões nacionais.

DESPORTO

Sábado //14 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

11

Na actualidade o ítalo-afri-cano Mario Balotelli, “craque” do Milan e da poderosa Selecção transalpina, deve ser conside-rado o protótipo dos rebeldes do futebol, por múltiplas e lamen-táveis razões.

Na bem preenchida história da “association” foram vários os casos de nociva “inspiração” (?!)

para a conduta de Balotelli.Estamos a lembrar-nos de

George Best, de Paul Gasgoine e, à escala nacional, do muito infeliz

Vítor Baptista que tantos lamentam na sua cidade natal.

Em menor ou maior escala, a rebeldia de alguns futebolistas sempre aconteceu.

Evito, de plena lógica, citar uma boa dúzia de nomes que conheci bem desde as classes de iniciação, alguns bem regene-rados e outros nem tanto… Mas vamos tentar ser mais objectivos.

Promissor junior do Vitória Sadino, em 2004, aplaudido e popularizado por “Zéquinha”, teve um percurso acidentado após

abraçar o profissionalismo, ainda na condição de junior (18 anos). Todos lhe reconheciam qualidades acima da média, insuficientemente aproveitado, por “má cabeça”.

Foi internacional nos esca-lões mais jovens, recebeu repe-tidos elogios, passou por 10 clubes nos últimos 8 anos, sempre cono-tado com um certo teor de rebeldia que nem todos entendemos, para o ajudar.

Ei-lo, agora, com 27 anos de idade, de regresso ao “seu” Vitória, muito mais maduro e mais equi-

librado, continuando a revelar dotes futebolísticos acima da média, com preciosa ajuda do Presidente Fernando Oliveira e do Técnico José Couceiro para atingir objectivos de plena recu-peração.

Zéquinha, um “rebelde“ recu-perado?

Esperamos que sim, sob tutela do seu Clube centenário. E acre-ditamos que este nosso escrito contribua para a nova vida do ariete sadino Zéquinha. Vamos manter-nos atentos. Felicidades!

David Sequerra colaborador

Os rebeldesdo futebol

Mares de Sines recebem regata internacional “Tall Ships Races 2017”

Sines vai ser palco, em 2017, de uma regata internacional de grandes veleiros, conhe-

cidos como “tall ships”, integrada nas comemorações dos 150 anos da Confederação dos Estados Cana-dianos, numa organização conjunta entre a Câmara Municipal, a Admi-nistração do Porto de Sines e a Apor-vela, a associação portuguesa de treino de vela, e que foi apresentada publicamente, no Museu de Sines.

No fim-de-semana de 28 de Abril a 1 de Maio de 2017, mais de duas dezenas de veleiros, oriundos de mais de vinte países, integrarão esta impor-tante regata promovida anualmente pela Sail Training International, com o objectivo de proporcionar experi-ências enriquecedoras de treino de mar a jovens de todo o mundo, embar-cando-os na frota dos Grandes Veleiros. Os “tall ships” são embar-

cações de grande porte que, depois de terem perdido o seu estatuto e utili-zação comercial começaram a ser usados como navios escola, à seme-lhança do que aconteceu com a “Sagres”.

A organização estima que esta prova vai envolver mais de mil tripu-lantes, centena e meia de voluntários e perto de 300 mil visitantes, tradu-zindo-se num retorno para o tecido

económico local estimado em mais de dez milhões de euros.

Ao longo de quatro dias, Sines vai ser o cenário de um grande festival que terá lugar não só no mar como também em terra, estando previstas visitas às embarcações, concertos, zonas comerciais e de animação, desfile de tripulantes, fogo-de-artifício e muitas outras iniciativas, entre as 10 horas da

manhã e a uma hora da madrugada, num recinto de entrada livre.

Os veleiros partem do Reino Unido, antes de chegarem a Sines onde ficarão fundeados no porto de recreio e no terminal multipurpose. A viagem prossegue depois para a Bermuda, Boston, Quebeque e Le Havre.

Durante a apresentação do evento, Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines, referiu-se à regata como um «marco importante» no trabalho que a autarquia quer desen-volver na divulgação do concelho através da realização de eventos voca-cionados para o mar. O porto de Sines oferece condições operacionais e de abrigo únicas para a recepção destas grandes embarcações

O presidente da Aporvela, João da Costa Lopes, defendeu ainda que o enquadramento de Sines numa regata transoceânica desta dimensão vai «ajudar o porto a ser conhecido não apenas como porto comercial mas também como porto de recreio». O responsável da Aporvela salientou também a importância da ligação de Sines a Vasco da Gama, afirmando que não há nenhum marinheiro de Tall Ships que não queira saber onde nasceu o navegador.

Oliveira e Adrião disputam liderança vitoriana

Fernando Oliveira, presidente demissionário do Vitória de Setúbal, e Júlio Adrião já formalizaram as suas candidaturas às eleições para os órgãos sociais do clube que se realizam no próximo dia 21.

O clube do Bonfim vai a votos num clima de alguma instabilidade após o pedido de demissão de Fernando Oliveira cuja gestão tinha sido bastante criticada por alguns sócios mesmo após ter conseguido a aprovação do Plano Especial de Revitalização que deu novo fôlego às contas da SAD sadina.

Fernando Pedrosa é o manda-tário de candidatura e Rui Sales apre-senta-se ao lugar de vice-presidente.

Júlio Adrião foi o primeiro a apre-sentar a candidatura oficial às elei-ções do clube sadino. Aliás, o actual candidato tem sido um dos vitorianos que mais contestaram a direcção de Fernando Oliveira e desde logo se subentendeu o seu interesse em presidir aos destinos do Vitória.

O médico setubalense quer que o Vitória volte a apresentar-se ao nível daquilo que foi nos anos 60 e 70, e promete não só remodelar o Estádio do Bonfim como construir uma Academia. Na lista de Júlio Adrião estão nomes como Jorge Santana da Silva, antigo presidente do Vitória, para líder da Mesa da Assembleia Geral. Os antigos trei-nadores Octávio Machado e Carlos

Ex-lider decidiu avançar

São mais de duas dezenas de veleiros que vão sulcar as águas da costa alentejana. Uma honra que coloca Sines na etapa mundial

A prova é uma das mais entusiasmantes do desporto de vela

Estrela mundial de golfe passou por Azeitão

Tony Bennet, com Sue Bennet e Bernardo Figueiredo, (da esquerda para a direita)

DR

DR

DR

Page 12: Semmais 15 mar

Repsol com novo director-geral

A unidade da Repsol Polímeros instalada no complexo petro-químico de Sines, tem novo director. José Garcia Estãn, que assumiu funções no início deste mês, substitui José Font, também de origem espanhola. O novo

responsável apresentou cumpri-mentos ao presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, numa reunião em que foram abordados temas relacio-nados com o desenvolvimento socioeconómico da região.

NEGÓCIOS

Sábado //15 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

12

Pub.

Óleos de navios de carga rendem entre 30 a 40 empregos em Sines

A Ecoslops, uma empresa com sede em França, prepara-se para contratar

funcionários para uma fábrica que está a construir em Sines e que se destina a produzir combus-tível naval a partir dos óleos residuais recolhidos nos navios de carga. Numa primeira fase serão criados entre 30 e 40 postos de trabalho directos, a

recrutar entre desempregados que se encontram inscritos no Centro de Emprego de Sines.

A Ecoslops tem o exclu-sivo da recolha dos óleos resi-duais gerados pelos navios de carga no porto de Sines, por via de uma subconcessão contratada com a Companhia Logística de Terminais Marí-timos (CLT), do grupo Galp

Energia, concessionária do terminal de granéis líquidos.

A nova unidade industrial, já em obra, destina-se a imple-mentar um projecto inovador de tratamento e transfor-mação de resíduos petrolí-feros através da reciclagem de águas sujas dos grandes navios de transporte, nome-adamente petroleiros.

«O desenvolvimento do complexo portuário e indus-trial de Sines, no qual a Ecos-lops se encontra sedeada, dispõe de condições para mobilizar investimento e mão-de-obra qualificada, constituindo-se como um polo de desenvolvimento gerador de emprego quali-ficado», diz José Palma Rita, delegado regional do Alen-tejo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), entidade que assinou um acordo de cooperação com a empresa tendo em vista a realização de acções de formação profissional.

Unidade para 100 toneladas por dia

A nova unidade indus-trial terá uma capacidade de produção de 100 toneladas de combustível naval por dia, o que implica o proces-samento de cerca de 200 toneladas de óleos residuais.

A empresa explica que os resíduos de óleo, após a sepa-ração da água, serão trans-formados em «produtos valiosos destilados e reci-clados» num método que permitirá o «acesso a uma fonte sustentável de diesel marítimo reciclado» gerando benefícios ambientais: «É a única forma de reciclar em vez de queimar».

Segundo explica o IEFP, o programa de formação destina-se a 50 desempre-

gados com perfil identificado em colaboração com a Ecos-lops, em cujas instalações se realizará a componente de formação prática em contexto de trabalho, facilitando assim o contacto e adaptação dos mesmos formandos às condi-ções reais do potencial empregador, na sequência da formação profissional, num percurso formativo composto por um conjunto de unidades de formação modular que totalizarão cerca de 580 horas. O programa integra áreas como a logís-tica, cerâmica, redes eléc-tricas, fundição, química industrial, construção naval, manutenção industrial e tratamento de águas.

O investimento é da empresa francesa Ecoslops e destina-se a produzir combustível naval.

Roberto DoresA Ecoslops tem o exclusivo da recolha de óleos dos navios de Sines

Autoeuropa quer aumentar exportações com o novo Scirocco

DEPOIS de ter sido reve-lado no Salão Automóvel de Genebra, o novo modelo Scirocco foi apresentado no dia 7, na fábrica de Palmela, ao secretário de estado da inovação Pedro Gonçalves. Vai ser comercializado a partir de Agosto e represen-tará uma produção diária entre 150 e 160 unidades por dia. 99,9 por cento da produção será para expor-tação, sendo a China, a Alemanha e o Reino Unido os principais mercados.

O novo modelo do Scirocco apresenta altera-ções sobretudo ao nível das linhas traseiras, mais vincadas, correspondendo à nova moda do design auto-móvel. Ao nível da grelha frontal há também mudanças, sendo agora uma peça única aquela que une os dois faróis dianteiros e a grelha. Os dispositivos auxi-liares de estacionamento também sofreram modifi-cações. Este coupé despor-tivo é fabricado em Palmela desde 2008.

O director-geral da Autoeuropa, António Melo Pires, afirmou que «a nova versão do Scirocco abre um

novo ciclo de vida para um dos quatro modelos produ-zidos na Volkswagen Autoeu-ropa, sobre o qual temos as melhores expectativas de sucesso nos mercados inter-nacionais». Reforçou ainda que as novas motorizações trazem poupanças de combustível entre 4 a 9 litros aos 100. O novo Scirocco é dedicado «a todos os seus colaboradores que traba-lharam na renovação deste modelo», sublinhou.

Por seu turno, Pedro Gonçalves reforçou o comprometimento do Governo em continuar a apoiar o investimento em Palmela. «É para nós um orgulho que Volkswagen continue a investir em Portugal e fiquei também muito orgulhoso ao chegar

à fábrica e ver uma placa a dizer que o Scirocco é feito em Portugal».

Para o secretário de estado, «o novo Scirocco é mais um importante projecto no universo da Volkswagen

Autoeuropa. Esta nova versão, que vai começar a ser produzida na fábrica de Palmela, vem demonstrar a capacidade humana, técnica, operacional, inovadora e de gestão desta unidade indus-trial. A viatura que tive opor-tunidade de conhecer é sem dúvida um veículo estetica-mente muito elegante, bem equipado e que terá por certo um grande reconhecimento no mercado mundial, o que alimentará as exportações nacionais, produção desta fábrica e a criação de emprego».

O novo automóvel foi apresentado dia 7 na unidade de Palmela

Page 13: Semmais 15 mar

Sábado // 15 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 13

Com mais de trezentos partici-pantes e trinta palestrantes, a conferência “Novos Desa-

fios de Desenvolvimento para a Península de Setúbal”, organizado pelo Semmais no âmbito do ciclo “Estratégias de Desenvolvimento para a Região de Setúbal”, foi um êxito.

Os trabalhos, cuja sessão de aber-tura contou com a presença do secre-tário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, abriram com o novo presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, Vítor Costa, que frisou a necessidade de «reflectir» sobre o papel da penín-sula na estratégia do turismo regional e nacional, por valer apenas 7 por cento da captação de turistas. Dados que indicam, segundo Vitor Costa, que «há uma enorme percentagem de recursos ainda por explorar e para serem transformados em produto turístico».

Em nome da Câmara de Setúbal, que recebeu a iniciativa, falou André Martins, vice-presidente da autar-quia, que pediu «mais investimento para a região no âmbito do novo quadro de apoios comunitários» e lembrou um vasto conjunto de projectos que estão em cima da mesa.

E a fechar, o secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, que enalteceu «as potencialidades dos clusters que a região oferece», defendendo que a península de Setúbal «é uma porta geográfica central para a entrada do país».

O primeiro painel, dedicado à

“Reindustrialização, Portos, Requa-lificaçao Ribeirinha e Mobilidade, arrancou com a palestra de José Rodrigues, presidente da Lisnave, que reforçou a «importância de uma aposta eficiente na reindustrialização da região e do país. «Ajudar-nos-á a manter o que ainda é possível preservar do estado social, susten-tando a industria que ainda temos», declarou.

Já Vítor Caldeirinha, presidente do Porto de Setúbal e Sesimbra, reafirmou a plataforma portuária como «um activo fundamental da península» e anunciou investimentos que vão tornar o porto sadino numa «”panamax shortsea de excelência, e incrementar a solução como fonte de exportação nacional».

Jacinto Pereira, presidente da Baia do Tejo, lembrou que a requa-lificação dos territórios industriais da Quimiparque, Siderurgia Nacional e Margueira, deve ser «um desígnio nacional». O responsável frisou que a «reabilitação do edificado» vai contribuir para valorizar a imagem da região a nível internacional para captação de investimento estran-geiro.

Num debate moderado por Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro, Demétrio Alves, vogal da Comissão Directiva do Qren, aludiu ao novo quadro comunitário de apoio, 2014-2020, lembrando, com números, a diferença entre os benefícios assi-métricos das duas margens do Tejo, com forte prejuízo para a Península de Setúbal.

O segundo painel, subordinado

ao tema “Nichos de Marca e Apostas na Diferenciação”, abriu com a parti-cipação de José Diogo, em represen-tação da Adrepres, que deu conta dos projectos em curso na península junto do mundo rural.

Já Henrique Soares, presidente da CVR-PS, fez um resumo dos últimos vinte anos do sector vitivi-nícola da região, frisando o impacto das exportações, o avanço das certi-ficações e o reconhecimento que os vinhos da península têm granjeado além fronteiras. «Nunca como hoje, a região vitivinícola foi tão estraté-gica no quadro nacional», afirmou.

A directora regional de agricul-tura e pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Elizete Jardim, explicou como os fundos podem ser aproveitados para desenvolver estes dois sectores primários. No total, afirmou, «no âmbito do PRODER já foram apro-vados mais de 400 projectos», disse.

Moderado pelo vice-presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, Pedro Dominguinhos, o painel fechou com Sandra Augusto, directora de logística da Autoeuropa, que fez uma resenha do que a empresa vale em termos mundiais e dos actuais cons-trangimentos. «Numa era global, dispomos de um posicionamento estratégico que é a nossa valia natural», afirmou.

A segunda fase da conferência, arrancou com um animado debate, que contou com a presença dos depu-tados Pedro do Ó Ramos (PSD), Eduardo Cabrita (PS), João Viegas (CDS/PP), Mariana Aiveca (BE) e Paula Santos (PCP).

“O Cluster Turístico da Penín-sula de Setúbal no Quadro da Região de Lisboa”, moderado por Jorge Humberto, coordenador de estru-turação de produto e qualificação da oferta da ERTL, contou com a participação de Victor Cópio, Marco Andrade e Carlos Costa, directores dos hotéis Sana Sesimbra, Montado Hotel e Golf Resort e Luna Esperança. Os três responsáveis deram nota das principais vantagens e dificuldades que o sector atravessa.

O último painel, dedicado à “Economia Social e Políticas de Soli-dariedade”, moderado pelo provedor da Misericórdia de Setúbal, Cardoso Ferreira, abriu com Eduardo Graça, da Cases, defendendo que o Estado «deve avançar com reformas nos estatutos das instituições de solida-riedade social» para que estas possam agilizar procedimentos e apoios.

O administrador da Misericórdia de Lisboa, Paulo Calado, apresentou algumas das ideias e projectos que a instituição tem vindo a implementar e Ana Clara Birrento, director regional de Setúbal da Segurança Social, fez uma retropesctiva da actividade no quadro da região, realçando os números da realidade social e dos apoios prestados às famílias. A responsável enalteceu também a forma articulada como estes apoios têm vindo a ser realizados com as instituições particulares de solida-riedade social no distrito.

E a fechar, Tomás Correia, presi-dente do Montepio Geral, lembrou que «o garante dos direitos sociais cabe ao Estado e não às instituições

da economia social que devem ser vistas como parceiras para resolver os problemas dos cidadãos». E lembrou que «o Estado gasta menos quando recorre à cooperação com estas instituições no terreno».

A conferência encerrou com o presidente da Câmara de Sesimbra, Augusto Pólvora, também vogal do executivo da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, que abordou a importância da Península no quadro regional e exortou a uma melhor aplicação dos fundos no próximo quadro comunitário de apoio.

Ediçãoespecial, apoios e jantar social

A conferência, que vai ter uma edição especial na próxima semana, incluindo a apresen-tação das conclusões, contou com a parceria da Câmara de Setúbal e com os patrocínios da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Casa Ermelinda Freitas, Montepio Geral, Lisnave e Santa Casa da Misericórdia de Setúbal. Também contou com os apoios das Câmaras de Sesimbra e da Moita, da empresa de comu-nicação Green media, do atelier gráfico DDLX, Escola Profis-sional da Moita e Hotel Luna Esperança.

Após a conferência, o Semmais organizou um jantar em parceria com a Casa Erme-linda Freitas, para apresentação do projecto de responsabili-dade social “A Vida de Um Vinho”, que contou com a presença do ministro do Emprego e da Solidariedade Social, Pedro Mota Soares.

Conferência da “esperança” juntou mais de trezentos participantes

Foto

:Hu

mbe

rto

So

usa

Page 14: Semmais 15 mar

O projecto de recuperação das Condições de Ambiente Natural e Protecção dos

Sistemas Costeiros em S. André foi apresentado à população no dia 5, em Brescos, numa sessão que deu a conhecer o “novo rosto” da Costa de S. André, cujo arranque da se prevê para o 3.º trimestre deste ano.

«Estamos numa fase de ante-

projecto, numa altura em que é importante recebermos os contri-butos por parte das pessoas. Não é um produto acabado», sublinha Álvaro Beijinha, presidente do município. Sobre o projecto apre-sentado, existe a convicção de que «dá resposta a um conjunto de preocupações que foram colocadas por várias pessoas e pela autar-quia ao longo dos anos».

A intervenção, a cargo da Polis Litoral Sudoeste, tem um custo estimado de 680 mil euros, onde o município assegurará uma impor-tante comparticipação financeira do valor total da obra, na ordem dos 120 mil euros. O objectivo passa por iniciar a obra no 3.º trimestre, «sempre depois da época balnear terminar» e concluir os trabalhos no 1.º trimestre de 2015. Álvaro Beijinha não esconde o desejo de que a empreitada se concretize «o

mais rapidamente possível».«Ao longo de mais de 20 anos

– desde a desocupação da duna primária – que temos vindo a procurar solução para este problema. Durante anos, em inúmeras reuniões junto das várias entidades que tutelaram o espaço, reivindicámos a resolução do problema», recorda o edil, que lamenta ainda a falta de actuação do Estado ao longo dos anos.

O presidente da Junta de S. André, Jaime Cáceres, também se congratula com a intervenção.

Parece que chegamos finalmente a um bom porto. A partir deste projecto, há a possibilidade da nossa praia ser melhor usufruída por todos». Já André Matoso, da Pólis Litoral Sudoeste, enfatizou a importância da sessão «para esclarecer, dar opiniões e apre-sentar sugestões e críticas», valo-rizando uma intervenção que tem por objectivo «recuperar condi-ções de ambiente natural e protecção dos sistemas costeiros em Santo André, mas que é sobre-tudo para as pessoas».

GATEM estreia nova produção Maratona de poesia em Setúbal

Enquanto “Rom Rom e Fofoca”, de Fernando Guer-reiro, não chega ao palco, o Espelho Mágico estreia, no Charlot, em Setúbal, este sábado, às 11 horas, “João Pateta e Outras Histórias”.

A 24.ª produção volta à cena a 23 e 27. O elenco é composto por Jessica Ricardo, Isabel Ganilho e Céu Campos. Não perca esta adaptação livre de Céu Campos de vários textos.

A IV Maratona da Poesia de Setúbal realiza-se ao longo do dia 21, nos serviços centrais da biblioteca muni-cipal, numa jornada dedi-cada ao tema “O 25 de Abril e a poesia”, com a presença

de Manuel Gusmão. A decorrer das 9h30 às 24 horas, o período da manhã é dirigido às crianças, sendo que à tarde têm início as acti-vidades orientadas para jovens e adultos.

LOCAL

Sábado //15 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

14

UM ANO depois de ter aberto as portas, o espaço Mobilidade, que funciona no Forum Barreiro, um serviço prestado pelos Transportes Colectivos do Barreiro (TCB) regista saldo «extremamente» positivo.

Com este serviço é possível prestar mais e melhores informa-ções ao passageiro, até porque, trata-se de um local onde se pode tratar de tudo relacionado com os TCB, desde carregamentos, produção do cartão Lisboa Viva, informações sobre carreiras e horários, até ao serviço de perdidos e achados.

«É uma aposta ganha que os TCB disponibilizam à população num local central e com horário alargado. É importante estarmos próximos dos passageiros e melho-rarmos as falhas de comunicação que foram identificadas e que justi-ficaram a deslocalização do posto de atendimento e conversão e concentração deste serviço num único espaço com horário alar-gado», referiu Rui Lopo, respon-sável pelos TCB.

Para o futuro, «estamos a traba-lhar para incorporar novos serviços de outros operadores e reforçar a mobilidade dos passageiros», revelou este responsável.

Os cerca de 50 mil clientes aten-didos, entre 11 de Março de 2013 e 10 Março 2014, geraram 99 266 tran-sacções, que geraram uma receita de 882 mil euros, mais 633 mil que no período homólogo do ano ante-rior, nessa altura, com os serviços ao cliente instalados na sede dos TCB, no Lavradio.

Santiago dá novo rosto à costade Santo André

Barreiro regista sucesso no espaço Mobilidade dos TCB

Palmela dá cursos grátis a munícipes

Sesimbra promove doce em Óbidos

Grândola com actividades para todos os gostos

Os trabalhos deverão arrancar no terceiro trimestre deste ano para a obra ficar pronta no início de 2015.O município investe cerca de 120 mil euros.

O MUNICÍPIO volta a promover, em parceria com o IEFP/Centro de Formação Profissional de Setúbal, formação gratuita para a comuni-dade. Entre Março e Junho, orga-niza um conjunto de novas acções em Pinhal Novo, Quinta do Anjo, Marateca e Poceirão.

Cultura de plantas aromáticas, medicinais e condimentares, francês, higiene e segurança alimentar e HACCP, inglês, ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho, marke-ting de vinhos, produção artesanal de queijo e informática são as acções previstas para o primeiro semestre.

Os interessados deverão forma-lizar a sua inscrição mediante o preenchimento da ficha própria, disponível na bibioteca de Palmela, sendo que estas acções estão sujeitas a critérios de selecção, nomeada-mente, se os inscritos se integram na população activa ou residente a trabalhar no concelho, se se tratam de agentes económicos do concelho e a ordem de entrada de inscrição na autarquia.

O MUNICÍPIO está, este sábado, no XII Festival Internacional de Chocolate de Óbidos, a promover a farinha torrada, uma especiali-dade tradicional local. A iniciativa faz parte de uma campanha de divulgação que está a levar a cabo para dar a conhecer este produto «singular» que, ao longo dos anos, tem sido um «símbolo» do concelho e das suas gentes.

Farinha, açúcar amarelo, ovos, chocolate e limão são os princi-pais ingredientes deste doce de Sesimbra, uma tradição do concelho que teve a sua origem no final do século XIX.

Conhecida como um alimento dos pescadores, pelo seu valor energético é, hoje em dia, um doce apreciado por todos. Em 2009, o município iniciou o processo de identificação, registo da marca, fixação da receita e registo dos direitos de propriedade intelec-tual, e é agora detentora dos direitos de autor do produto, promovendo-o como memória colectiva do concelho.

O TERCEIRO fim-de-semana dedicado à juventude arranca com muita música, e para todos os gostos. Durante este sábado, a partir das 14 horas, no skate park, os jovens podem assistir a uma demonstração de Hip Hop e a um concerto com as RIMA, Rita e Marina, as voca-listas querem agitar a tarde com sons de rap e r&b. A noite de sábado fica reservada aos Grunhidos de Javali – Bailarico Metaleiro, com a presença dos Primal Attack, Kapi-talistas Podridão, Smash Skulls, Diabolical Mental State e Brutal Brain Damage, no parque de feiras e exposições, a partir das 21h30.

Sines sensibiliza comunidade para escrita

A ESCRITORA Teresa Lopes Vieira vai este sábado à Biblio-teca Municipal de Sines para duas actividades no campo literário.

Entre as 9h30 e as 12h30 e as 14 e as 17 horas, realiza-se um “workshop” de escrita criativa destinado a todos os que se queiram iniciar no campo da escrita de ficção.

Às 17h30, Teresa Lopes Vieira apresenta o seu último romance “Albatroz”, um enredo de reen-contros, fugas, memórias e coli-sões familiares inevitáveis, mas também uma história de amizade entre irmãos.

A participação no “workshop” requer inscrição, através do tele-fone 269 860 080 ou na recepção do Centro de Artes de Sines.

Ambas as iniciativas estão integradas no Mês da Juven-tude.

Intervenção tem um custo de 680 mil euros

Muita animação na vila morena

Projecto de sucesso no Forum

Álvaro Beijinha, edil de Santiago, deu a conhecer os novos projectos

DR

DR

DR

Page 15: Semmais 15 mar

Sábado // 15 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 15

A CÂMARA Municipal de Almada está a estudar a possi-bilidade dos “velocípedes e moto-ciclos” poderem vir a circular nas faixas destinadas aos auto-carros.

A circulação de veículos moto-rizados de duas rodas nas vias Bus do concelho é uma medida que está em estudo por parte da autar-quia, tendo em vista assegurar a melhoria das condições de segu-rança da circulação.

O novo Código da Estrada também já contempla a possibili-dade dos “velocípedes e motoci-clos” circularem nas vias desti-nadas aos transportes públicos (faixas Bus).

Para que esta medida possa vir a ser implementada, a Câmara Municipal de Almada esteve reunida, no passado mês de Feve-reiro, com a Federação de Moto-ciclismo de Portugal.

A circulação de motociclos nas faixas Bus, uma realidade em diversas cidades da Europa, como são os casos de Barcelona ou Londres, entre outras metrópoles, contribui para diminuir o conges-tionamento de tráfego.

Além disso, a grande mobili-dade dos veículos motorizados de duas rodas, permite que estes circulem nas faixas Bus, sem preju-dicar a circulação dos transportes públicos.

INICIATIVAS

Almada defende circulação de motociclos em faixas Bus

Festival de Música Moderna no Seixal

Moita promove petição sobre a reforma da justiça

Bombeiros de Alcochete angariam fundos

Alcácer do Sal dá a conhecer a paisagem natural do concelho

O 19.º Festival de Música Moderna de Corroios arranca este sábado à noite no Ginásio Clube de Corroios, com as bandas Tsunamiz, do Seixal; Giovanni’s, de Coimbra; Homem Bala, de Lisboa; e a banda convidada Meu e Teu.

Na segunda sessão, no dia 22, juntam-se no palco Just Under, de Tomar; Indigo, de Leiria; Motel Pantanal, de Coimbra; e a banda convidada Os Lábios.

A terceira edição, no dia 29, conta com os Red Insect Go, do Porto; Vira Casaca, de Santarém; Amores Imperfeitos, de Leiria; e a banda convidada Homem de Marte & os Invasores, os vence-dores da edição 2013 deste concurso.

A final terá lugar a 5 de Abril, no mesmo local, com os três projectos seleccionados, bem como a banda convidada a designar.

O Automóvel Clube de Entre o Tejo e Sado promove, este sábado e domingo, no pavilhão de exposições, a XI Automo-bilia Ibérica da Moita. Vão estar reunidos os coleccionadores e admiradores dos veículos de propulsão mecânica constru-ídos até Dezembro de 1989, para troca e aquisição de veículos e de materiais e acessórios.

A entrega de prémios do concurso de poesia “Poesia em Rede – 40 anos de 25 de Abril” decorre no dia 21, às 11 horas, no parque Catarina Eufémia. Neste concurso participaram várias escolas do 1.º, 2.º e 3.ºs ciclos e ensino secundário do concelho. Todos os trabalhos encontram-se em exposição na biblioteca municipal até 5 de Abril.

Para dar as boas-vindas à Prima-vera e celebrar o Dia da Floresta, nos dias 19, 20 e 21, decorre o “Reciclar para Plantar”, na Casa do Ambiente, onde é possível trocar recicláveis por plantas típicas da flora portuguesa. De acordo com a tabela de eco-trocas, é possível trocar 10 emba-lagens de leite ou sumo por uma planta.

A biblioteca e o ecomuseu do Seixal realizam diversos ateliês para comemorar o Dia do Pai, que se celebra a 19. Na Ludo-teca da biblioteca municipal nos dias 15 e 19, realizam-se, às 15.30 horas, o ateliê Prendas e Prendinhas. Nesta activi-dade, as crianças elaboram postais para o pai com mate-riais reutilizáveis.

ESTÁ já disponível para subs-crição, em vários edifícios muni-cipais, a petição sobre a reforma da Justiça que o Governo vai encetar e que “promove a desqua-lificação do Tribunal da Moita”. O município pretende recolher as 4 mil assinaturas exigidas para que o assunto seja discutido na Assem-bleia da República.

Segundo o município, o Minis-tério propõe “fazer desaparecer a Comarca da Moita, integrando-a na Instância Local do Tribunal Barreiro e Moita; retirar ao tribunal da Moita o seu maior volume processual, restando-lhe a compe-tência de julgar os processos cíveis até aos 50 mil euros que tenham origem na área territorial do Barreiro e da Moita; transferir para julgamento e tramitação no Barreiro ou em Almada, os processos-crime com origem na área territorial do município da Moita; remeter para o tribunal de Almada o julgamento e tramitação de processos executivos”.

OS BOMBEIROS de Alcochete realizam este sábado, às 20 horas, no Clube Náutico AlFoz, um espec-táculo para angariação de fundos. O grupo Trio Odemira vai actuar neste espectáculo de angariação de fundos, sendo que a primeira parte estará a cargo do animador Nélio Pinto. Para mais informações sobre esta iniciativa, os interessados devem contactar os Bombeiros de Alco-chete.

A ASSOCIAÇÃO de Veículos Clássicos de Estremoz, a Associação Amigos Veículos Antigos e Clás-sicos e a Associação de Caçadores de Santa Susana, com o apoio da União de Freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana, promovem este domingo, o passeio “Rota do Altar”, reservado a veículos de Tração Total ou Equiparados.

O passeio vai decorrer nas zonas de reserva ambiental e de caça compreendidas entre Santa Susana, Santa Catarina, S. Cristóvão e a

Barragem do Pego do Altar, sempre por trilhos de terra batida, de modo a poder observar-se as bonitas paisagens naturais, a flora e espé-cies cinegéticas em total liberdade.

É necessária inscrição prévia. Os sócios pagam 20 euros por pessoa, os não sócios pagam 23 euros e para as crianças até 12 anos as inscrições são grátis.

Quem desejar participar e não tiver veículo apropriado deverá contactar a referida associação através do 913 652 524.

Montijo celebra ambiente com semana verde

Automóveis antigos na Moita

Prémiospara escolas

Reciclar oferece plantas

Ateliês do Dia do Pai

O MUNICÍPIO leva a efeito, de 17 a 22, a Semana Verde. O objectivo é celebrar o Dia Mundial da Árvore e da Floresta e sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores a nível do equilí-brio ambiental e ecológico e da qualidade de vida dos cidadãos.

Durante a acção, os muní-cipes poderão levantar, gratui-tamente, uma laranjeira nas bancas localizadas na Praça da República e na Casa do Ambiente. Há “Coisas de Laranja”, demonstração de minigolfe, o Jogo de Caça ao Tesouro e, a encerrar, no dia 22, às 10 horas, o peddy paper “Pet & Paper”.

APESAR da crise financeira, as marchas populares vão voltar a desfilar por altura dos Santos Popu-lares. Cada colectividade vai receber do município sadino menos mil euros em comparação com o ano passado. Ou seja, cada uma recebe 10 mil euros para se enfeitar a rigor e brilhar na Avenida Luísa Todi e na Praça de touros Carlos Relvas.

Eis as marchas participantes deste ano: Núcleo dos Amigos do Bairro S. Nicolau (vencedora de 2013); Grupo Desportivo “O Independente”; Grupo Desportivo “Os 13”; União Cultural e Desportiva das Pontes; ACTAS; Perpétua Azeitonense; Núcleo Bicross de Setúbal; CC Brejos de Azeitão; Associação Diabos no Corpo e Coope-rativa “Bem Vinda a Liberdade”, do Faralhão.

Entretanto, a apresentação de composições para o concurso “Grande Marcha de Setúbal”, que

premeia o 1.º classificado com 2 500 euros, deve ser feita até dia 31 no município.

A prova destina-se à selecção da composição, constituída por letra e música, que é apresentada como tema comum a todos os desfiles das colectividades participantes nas

marchas.As composições concorrentes

têm de ser inéditas e respeitar uma lista de critérios, nomeadamente ser em língua portuguesa, versarem sobre o tema “Setúbal”, aludir às festas dos santos populares e obedecer ao género “marcha popular”.

Dez marchas animam santos populares na cidade de Setúbal

Moita rejeita fim do tribunal

Almada sempre na vanguarda

A marcha do Bairro Santos Nicolau brilhou na Praça Carlos Relvas

DR

DR

DR

DR

Page 16: Semmais 15 mar