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Revista Odonto • Ano 15, n. 30, jul. dez. 2007, São Bernardo do Campo, SP, Metodista • 17 REVISÃO DE LITERATURA Emprego da radiografia panorâmica no cotidiano clínico do(a) odontopediatra Panoramic radiography’s usage in daily clinic of pediatric dentist Larissa Marchetti BELUZZO* Lylian Kazumi KANASHIRO** Fernanda ANGELIERI *** Eduardo Kazuo SANNOMIYA**** * Aluna da Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação (TCC) da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. ** Professora Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. *** Professora Doutora da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. **** Professor Titular da Disciplina de Imaginologia e Radiologia Buco Maxilo Facial da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. RESUMO Este estudo pretende realizar uma revisão de literatura a respeito da utilização da técnica radiográfica panorâmica na Odontopediatria, abordando suas indicações, limitações, proteção contra radiação e suas vantagens. Por ser uma técnica extra- bucal, é melhor tolerada pelas crianças de diferentes faixas etárias e sua utilização deve estar associada à necessidade de se obter um número maior de informações da região maxilo-mandibular, tornando-se um excelente meio auxiliar de diagnóstico para a Odontopediatria, tais como no estudo do crescimento e desenvolvimento dentário, no estudo de anomalias e patologias dos maxilares. Entretanto, quando houver necessidade de um maior detalhamento, deve ser complementada com outras técnicas radiográficas. Palavra-chave: Radiografia panorâmica, Odontopediatria, Radiologia. ABSTRACT This study aims to conduct a review of literature concerning the use of radiographic panoramic in pediatric dentistry, addressing their indications, limitations, protection against radiation and its advantages. Being an extra bucal radiographic technic is more acceptable by children of different ages and their use must be associated with the need to obtain more information from the maxillo-mandibular region, making it an excellent way to assist in the diagnosis of pediatric dentistry, like the study of the dental growth and development, in the study of anomalies and diseases of the jaw. However, it must be supplemented when need for greater detail and sharpness. Keywords: Panoramic Radiography, Pediatric Dentistry, Radiology.

Rx Panoramico Em Odontopediatria

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Revista Odonto • Ano 15, n. 30, jul. dez. 2007, São Bernardo do Campo, SP, Metodista • 17

BELUZZO, L. M.; KANASHIRO, L. K.; ANGELIERI, F. ; SANNOMIYA, E. K.REVISÃO DE LITERATURA

Emprego da radiografia panorâmica no cotidianoclínico do(a) odontopediatra

Panoramic radiography’s usage in daily clinic of pediatric dentist

Larissa Marchetti BELUZZO*Lylian Kazumi KANASHIRO**Fernanda ANGELIERI ***Eduardo Kazuo SANNOMIYA****

* Aluna da Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. Trabalho de Conclusão do Curso deGraduação (TCC) da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo.

** Professora Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo.*** Professora Doutora da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo.**** Professor Titular da Disciplina de Imaginologia e Radiologia Buco Maxilo Facial da Faculdade de Odontologia da Universidade

Metodista de São Paulo.

RESUMOEste estudo pretende realizar uma revisão de literatura a respeito da utilização da técnica radiográfica panorâmica naOdontopediatria, abordando suas indicações, limitações, proteção contra radiação e suas vantagens. Por ser uma técnica extra-bucal, é melhor tolerada pelas crianças de diferentes faixas etárias e sua utilização deve estar associada à necessidade de seobter um número maior de informações da região maxilo-mandibular, tornando-se um excelente meio auxiliar de diagnósticopara a Odontopediatria, tais como no estudo do crescimento e desenvolvimento dentário, no estudo de anomalias e patologiasdos maxilares. Entretanto, quando houver necessidade de um maior detalhamento, deve ser complementada com outrastécnicas radiográficas.Palavra-chave: Radiografia panorâmica, Odontopediatria, Radiologia.

ABSTRACTThis study aims to conduct a review of literature concerning the use of radiographic panoramic in pediatric dentistry,addressing their indications, limitations, protection against radiation and its advantages. Being an extra bucal radiographictechnic is more acceptable by children of different ages and their use must be associated with the need to obtain moreinformation from the maxillo-mandibular region, making it an excellent way to assist in the diagnosis of pediatric dentistry,like the study of the dental growth and development, in the study of anomalies and diseases of the jaw. However, it mustbe supplemented when need for greater detail and sharpness.Keywords: Panoramic Radiography, Pediatric Dentistry, Radiology.

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Emprego da radiografia panorâmica no cotidiano clínico do(a) odontopediatra

INTRODUÇÃO

A descoberta dos raios X por WilhelmConrad Röentgen em 1895 foi um marco funda-mental e responsável pela evolução dos métodosde diagnóstico, em especial à área da saúde. Nocampo odontológico, por meio de trabalhos dePaatero et al, em 1948, obteve-se o desenvolvi-mento da radiografia panorâmica, permitindo aocirurgião dentista uma visão global da regiãodentomaxilofacial18.

É fundamental que o cirurgião dentista esta-beleça critérios para se basear na avaliação dospacientes. Para o correto diagnóstico, o dentistanecessita muitas vezes da clássica tríade de examesclínicos, radiográficos e laboratoriais.

O exame clínico precede os demais examesdevido a sua importância e cronologia de atuação.Por essa razão, os exames radiográficos e labo-ratoriais são chamados de exames complementa-res dos dados clínicos13.

A radiografia panorâmica como meio comple-mentar de diagnóstico é extremamente importantee o requisito fundamental para sua boa interpreta-ção é o conhecimento das estruturas anatômicas epatológicas.

Nas especialidades odontológicas, em especialna Odontopediatria, a radiografia panorâmica éimprescindível, porém nem sempre sendo solici-tadas pelos cirurgiões-dentistas.

A radiografia panorâmica na odontopediatria éde extrema importância como auxiliar para o diag-nóstico e o plano de tratamento. Atualmente, estáconfirmado que apesar de um exame clínico minu-cioso das crianças, muitas alterações deixam de serdetectadas. Como por exemplo, as anomalias den-tárias, alterações patológicas e possíveis variaçõesanatômicas. Devido a pouca idade e à hiperativi-dade dos pacientes infantis, encontra-se maior fa-cilidade para a realização dos exames extra-bucaisquando comparados aos exames intra-bucais16.

O presente estudo teve como objetivo apre-sentar o emprego técnico da radiografia panorâ-

mica em situações práticas do dia-a-dia doodontopediatra.

REVISÃO DE LITERATURA

Para uma melhor compreensão da revisão deliteratura, esta foi dividida em três tópicos:

1. Obtenção da radiografia panorâmica eseus erros

2. Proteção contra radiação ionizante3. Emprego da radiografia panorâmica em

Odontopediatria

1. Obtenção da radiografia panorâmica e seus errosSegundo ARAÚJO3 (1989), para obtermos

uma cooperação do paciente durante o procedi-mento radiográfico, o profissional deve apresentaro aparelho de raios X ao mesmo, explicando osprocedimentos a serem realizados para ganhar aconfiança da criança. O exame radiográfico ofere-ce informações que não seriam possíveis de seremobservadas clinicamente, porém podem induzir aerros, se não for executado de maneira correta,necessitando de repetições.

BORGES; SOUZA; ARAÚJO6 (1990) relata-ram que todas as repetições radiográficas são in-desejáveis, pois promovem exposição aos raios Xdesnecessária. As radiografias devem ser examina-das em condições próprias, utilizando o negatos-cópio e a lupa, para obtermos o máximo de infor-mação possível com o mínimo de erros noprocesso de interpretação radiográfica.

ROSA18 (1990) relatou em seu trabalho as di-versas técnicas radiográficas empregadas naodontopediatria e sua importância no contexto deinterpretação e método auxiliar no diagnóstico eplanejamento. Neste contexto, destaca a radiogra-fia panorâmica, suas indicações e necessidade deconhecimento por parte do odontopediatra dasparticularidades que englobam os pacientes infan-tis, não só no aspecto anatômico, mas também natécnica radiográfica.

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CAPELLI et al.8 (1991) relataram que pacien-tes infantis, com menos de 12 anos, apresentamdificuldades na obtenção de radiografias peria-picais, por não possuírem controle sobre suasações e menor compreensão. Salienta que a radio-grafia panorâmica é melhor tolerada por ser umatécnica radiográfica extra-bucal e apresentar umavisão de toda área dentofacial. A radiografia ne-cessita apresentar uma boa qualidade de imagem,definição, contraste, distorções mínimas das estru-turas anatômicas e radiopacidade correta.

Segundo ALMEIDA; BÓSCOLO; HAITERNETO2 (1995), o exame radiográfico pode origi-nar imagens incorretas decorrentes de erros naexecução, na preparação e posicionamento dopaciente, assim como no manuseio e proces-samento do filme radiográfico. O aparelho pano-râmico é bem mais sofisticado que os aparelhosde raios X odontológicos convencionais, portantoé necessário um eficiente treinamento técnicopara que possamos obter radiografias com padrãoaceitável para diagnóstico. Em seu estudo foramanalisadas 1315 radiografias panorâmicas queapresentaram erros na obtenção das mesmas,pertencentes ao Centro Radiológico da Faculdadede Odontologia de Piracicaba, Unicamp. Os auto-res concluíram a partir deste estudo, que os errosmais freqüentes foram devido ao posicionamentoda cabeça do paciente, correspondendo a 45,5%,sendo um fator imperativo para a obtenção deuma imagem correta. O erro do posicionamentocontribui para aumentar o grau de distorção de-corrente do plano sagital mediano girado, seguidopela inclinação do plano oclusal para cima eposicionamento da coluna vertebral.

LANGLAND; LANGLAIS11 (2001) descre-veram em seu livro que os erros mais comunsobservados durante a técnica radiográfica panorâ-mica são: plano de Frankfurt situado para baixo,ocorrendo um estreitamento da radiografia pano-râmica, deixando a mandíbula em V; plano deFrankfurt para cima, ocorrendo um alongamentoda radiografia panorâmica e perda da imagem dos

côndilos; cabeça do paciente não ereta, aparecen-do uma faixa radiopaca na região anterior e paci-ente com lábios entreabertos e ponta da línguasem tocar a região do palato.

PAGNONCELLI; OLIVEIRA16 (1999) afir-maram que a radiografia panorâmica é um proce-dimento simples de ser realizado, conveniente aopaciente, sendo que o tempo requerido para oprocedimento é mínimo. Várias regiões da maxilae mandíbula podem ser visualizadas em uma únicapelícula radiográfica sendo a dose de radiaçãorelativamente baixa, embora não desprezível. Se-gundo os autores, uma das desvantagens comrelação à radiografia panorâmica seria a análise dedetalhes que necessitam da complementação deoutras técnicas radiográficas.

PASSLER; VISSER 17(2006) relataram emsua obra que para a obtenção de uma radiografiapanorâmica com padrão adequado, o técnico deveobedecer as seguintes regras: posicionar o pacien-te verticalmente, com o pescoço alongado, osombros abaixados, coluna ereta e os pés juntos;plano de Frankfurt paralelo ao solo e o planosagital mediano perpendicular ao solo; mentoapoiado na mentoneira, apoio na região frontal ea língua contra o palato.

BISSOLI et al.5 (2007) relataram que muitoscirurgiões dentistas não solicitam a radiografiapanorâmica no exame inicial . Em seu estudo,verificou que a radiografia panorâmica poderiaesclarecer dúvidas clínicas, sendo que das 430dúvidas, 86% foram esclarecidas por meio da ra-diografia panorâmica. Segundo os autores, os re-sultados, permitiram concluir que para criançasmaiores de 5 anos, sugere-se a técnica radio-gráfica panorâmica complementada a outras téc-nicas radiográficas.

2. Proteção contra radiação ionizante BORGES; SOUZA; ARAÚJO6 (1990) cita-

ram que deve ser utilizado o avental plumbífero eprotetor de tireóide para minimizar a radiaçãoionizante durante o procedimento radiográfico.

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Emprego da radiografia panorâmica no cotidiano clínico do(a) odontopediatra

Para PAGNONCELLI; OLIVEIRA16 (1999),os níveis de radiação, durante o procedimentoradiográfico, encontrados em crianças de 5 a 12anos de idade foram similares aos previamenteencontrados em adultos, exceto na região datiróide, que apresentou uma maior dose, porqueos feixes de raios X se posicionam mais dire-tamente, devido à diminuição na altura do pesco-ço e da face.

TRISTÃO et al.21 (2003) relataram que a natécnica radiográfica panorâmica os pacientes sãoprotegidos indiretamente utilizando filmes rápidose écran, porém, continua expondo obrigatoriamen-te tecidos radiobiologicamente sensíveis. Na tenta-tiva de limitar essa radiação são indicados aventaisplumbíferos para cobrir as regiões radiobiolo-gicamente sensíveis. Em seu estudo utilizaram estetipo de proteção com tecido plumbífero nas espes-suras de 0.25 e 0.50mm, durante exposições radio-gráficas, verificando que houve uma redução deaproximadamente 15% da radiação.

MORAES et al.13 (2005) concluíram que oprofissional deve ter bom senso para utilizar osrecursos disponíveis para a elaboração do diag-nóstico final, sabendo identificar a necessidade decada exame, dependendo de cada situação, evitan-do exposição à radiação e gastos desnecessáriosao paciente.

3. Emprego da radiografia panorâmicaem Odontopediatria

BRUNNER; SANTOS7 (1984) citaram a im-portância da radiografia panorâmica, na idade pré-escolar e escolar, no tratamento da especialidadede odontopediatria. Entretanto segundo a autora,existem algumas peculiaridades inerentes aos pa-cientes jovens que o profissional deve conhecer eidentificar, como por exemplo, a presença de ano-malias dentárias, cronologia de mineralizaçãodentária, tumores odontogênicos, que muitas ve-zes passam despercebidos pelos profissionais.

ISSÁO10 (1995) afirmou que em odonto-pediatria, as radiografias panorâmicas são exames

complementares que auxiliam o profissional le-vando a um diagnóstico e plano de tratamentoprecoce das condições patológicas, devendo serutilizado no dia-a-dia de sua clínica.

Os autores SALIBA et al.19 (1997) realizaramum estudo em crianças com faixa etária entre 6 a14 anos de idade, os quais analisaram as diferentesfases de mineralização dos elementos dentáriospor meio de radiografias panorâmicas. Para tanto,a amostra consistiu de 269 crianças, sendo 127 dosexo masculino e 142 do sexo feminino. A análiseradiográfica, com relação à mineralização dentáriafoi realizada nos elementos dentários da maxila eda mandíbula direita e esquerda por intermédio databela de mineralização de Nolla. Concluiu-se queos dentes, tanto superiores como inferiores, nosindivíduos dos sexos masculino e feminino, nãoapresentaram grandes diferenças de mineralizaçãoentre o lado direito e esquerdo. Os dentes dosexo feminino apresentaram um grau de mine-ralização mais precoce do que os do sexo mascu-lino, em quase todos os dentes analisados.

COUTINHO; TOSTES; SANTOS9 (1998),em seus estudos, analisaram 324 radiografias pano-râmicas de pacientes na faixa etária de 04 a 12anos, de indivíduos do sexo masculino e femininoatendidos na FO-USP. O objetivo desta pesquisafoi identificar as anomalias dentárias mais fre-qüentes, sendo que a anomalia de número foi amais encontrada (6,5%), com a região ântero-supe-rior concentrando a maioria dos casos (46%). Ascomplicações associadas mais comuns foram im-pactação (41%), perda de espaço (36%), giroversão(18%) e desvio do trajeto eruptivo (5%).

PAGNONCELLI; OLIVEIRA16 (1999) citaramque a infância é um período dinâmico de cresci-mento e um exame radiográfico satisfatório dadentição da criança pode ser de grande valia para odiagnóstico precoce de condições patológicas, sen-do a radiografia panorâmica eleita nestes casos.

ACERBI; FREITAS; MAGALHÃES1 (2001)relataram por meio da análise da radiografia pano-râmica de 70 pacientes com Síndrome de Down,que 60% apresentaram hipodontia de um ou mais

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elementos e 6% apresentaram dentes supranu-merários. Houve apenas uma ocorrência de paci-ente com hipodontia e supranumerário. Os den-tes mais afetados pela hipodontia foram osincisivos laterais superiores, segundo pré-molarinferior e segundo pré-molar superior. Constandouma alta prevalência de pacientes com hipodontiaquando comparada com a população no geral.

MARQUÊS; SOUKI; MAZZIEIRO12 (2002)afirmaram que no início da dentição mista, deveser realizado um exame radiográfico panorâmicoassociado à técnicas radiográficas interproximaisposteriores, para detectar possíveis alteraçõesdento-maxilo-facial existentes, prevenindo futurascomplicações. Em seu estudo os autores avaliaram238 radiografias panorâmicas, sendo 116 de indiví-duos do sexo masculino e 122 do sexo feminino,tratadas na clínica de ortodontia preventiva einterceptadora da PUC-MG, objetivando determi-nar a prevalência de anomalias de desenvolvimentodentários em indivíduos na faixa etária entre 6 e 12anos. Dentre as anomalias de número, a hipodontiae o supranumerário mostraram uma prevalência de9.6% e 4.2%, respectivamente. Considerando aforma, a microdontia apresentou 0.8%. A anomaliade posição mais expressiva foi de rotação, sendo60% na mandíbula e 40% na maxila.

BARROSO et al.4 (2002) relataram o caso clí-nico de uma criança na faixa etária de 7 anos, queapresentou-se à clínica de Odontopediatria daEscola de Farmácia e Odontologia de Alfenas. Foisolicitada uma radiografia panorâmica, uma vezque, ao exame clínico observou-se tumefação namandíbula. Ao exame radiográfico observou-se apresença de uma lesão radiolúcida, circundada porum halo radiopaco envolvendo a coroa do dente45 e relacionada com o 85 que estava tratadoendodonticamente. O diagnóstico foi de cistodentígero e foi realizado a marsupialização.

TRISTÃO et al.21 (2003) utilizaram 268 radio-grafias panorâmicas de indivíduos na faixa etária de7 a 13 anos, atendidos no ambulatório deOdontopediatria da UFES, verificando a freqüência

de agenesia em radiografias panorâmicas. O denteque apresentou maior ocorrência de agenesia dentalfoi o segundo pré-molar inferior, seguido pelo pré-molar superior e incisivo lateral superior.

OLIVEIRA; CORREIA; BARATA15 (2006)realizaram uma revisão de literatura e relataram quea utilização da radiografia panorâmica deve estarassociada à necessidade de se obter um númeromaior de informações da região maxilo- mandibu-lar para auxiliar o diagnóstico e avaliações do cres-cimento e do desenvolvimento dentário, falhas naerupção, condições patológicas, dentre outras.Entretanto, deve ser complementada quando hou-ver necessidade de maiores detalhes e nitidez.

MORAES; BASTOS; SANTOS14 (2007) avali-aram 102 radiografias panorâmicas de indivíduoscom síndrome de Down para verificar a idadedentária. Foi utilizado um “software” desenvolvidopela disciplina de Radiologia da Faculdade de Odon-tologia de São José dos Campos. Neste “software”foi utilizada a tabela de cronologia de mineralizaçãode Nicodemo. A análise mostrou que 70,91% dosindivíduos do sexo masculino e 61,21% do sexofeminino apresentaram idade dentária adiantada.Apenas 32,09% de indivíduos do sexo masculino e38,79% dos indivíduos do sexo feminino apresenta-ram idade dentária atrasada.

SANNOMIYA et al.20 (2007) relataram umcaso de uma criança com 5 anos de idade quesofreu traumas faciais aos 4 anos, originando umcisto dentígero associado com o incisivo centralsuperior permanente. Radiografias panorâmicas eperiapicais revelaram uma área radiolúcida comlimites radiopacos ao redor do incisivo lateral e docanino esquerdo, e reabsorção da raiz do incisivolateral esquerdo superior. O tratamento foi reali-zado por meio da aspiração e enucleação; o inci-sivo central superior esquerdo permanente faziaparte do cisto, e, assim, também foi removido. Osautores relataram a importância da radiografiapanorâmica neste caso, uma vez, que a alteraçãopatológica comprometeu quase a totalidade dahemimaxila do lado esquerdo.

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DISCUSSÃOPara um diagnóstico correto é fundamental a

tríade composta por exame clínico, radiográfico elaboratorial, quando necessário. O exame clínicoprecede os demais devido a sua importância e cro-nologia de atuação13. O exame radiográfico e olaboratorial são exames complementares, sendo oprimeiro de fundamental importância no cotidianodo cirurgião dentista, pois oferece informações quenão seriam observadas clinicamente. Dentre o con-junto de técnicas radiográficas utilizadas no dia-a-diado odontólogo, podemos citar a radiografia panorâ-mica. Esta é empregada como um meio auxiliar dediagnóstico por apresentar uma visão geral do com-plexo maxilo-mandibular do paciente5,6,8,10,16. Haven-do necessidade de um maior detalhamento de umadeterminada região como nos casos de processoscariosos, lesão de furca, lesões periapicais , deve-secomplementar com radiografias intra bucais comoperiapicais ou interproximais.

Na especialidade de Odontopediatria, muitosprofissionais não solicitam a radiografia panorâ-mica no exame inicial6, 16. Este exame radiográficodeve ser solicitado pois é de grande validade parase detectar precocemente possíveis condiçõespatológicas e achados radiográficos como: dentesupranumerário, odontoma, anodontia, entre ou-tros. São alterações de suma importância paraserem diagnosticados precocemente, evitando in-terferências no desenvolvimento dos maxilares ena oclusão do paciente3.

Para que a radiografia panorâmica seja cor-retamente realizada de forma a obter maior núme-ro de informações com o menor número de repe-tições, é de extrema importância o conhecimentotécnico do profissional. Além disso, falhas nasprojeções, no tempo de exposição, no proces-samento do filme radiográfico e posicionamentodo paciente, ocasionam radiografias insatis-fatórias8. Segundo CAPELLI et al.8 em 1991 eALMEIDA; BÓSCOLO; HAITER NETO2, em1995, erros de posicionamento no aparelho pano-râmico como a cabeça do paciente muito para

frente ou para trás, o plano de Frankfurt não si-tuado paralelo ao solo; a coluna vertebral curvada;mento não apoiado; a ponta da língua sem tocarno palato e os lábios abertos são erros maisfreqüentes e comuns que os erros técnicos2,8,11

(Figuras 1a, 1b, 2a, 2b, 3a, 3b, 4 e 5).

FIGURA1A – Plano de Frankfurt para cima Imagem.

FIGURA 1B – Radiográfica aumentada no sentido latero-lateral, corte da imagem da cabeça da mandíbula.

FIGURA 2A – Plano sagital mediano não está perpendi-cular ao plano horizontal.

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A escolha da radiografia apropriada para opaciente infantil depende da avaliação clínica iniciale do grau de cooperação do paciente. Portanto,concordamos com BRUNNER; SANTOS7 (1984),ROSA18 (1990), PAGNONCELLI; OLIVEIRA16

(1999) que afirmaram que a participação da criançanos procedimentos técnicos para a obtenção deradiografia é muito importante. Alguns fatoresdevem ser ressaltados na análise do envolvimentoparticipativo da criança. Se a criança tem condições,basta uma explicação exata dos procedimentos aserem aplicados. No entanto, se isto não ocorrer,faz-se necessário explicar por meio de simbolismo,o equipamento e as fases do processo. Ambas assituações requerem a atenção do radiologista paraatingir este objetivo. O radiologista deve estabelecerum canal de comunicação com a criança, para quehaja sucesso no procedimento.

De acordo com ARAÚJO3 (1989),BRUNNER; SANTOS7 (1984), ROSA18 (1990),PASLER; VISSER17 (2006) a abordagem para re-alização da radiografia panorâmica em grupos dediferentes idades, requer cuidados específicos. Nascrianças de idade pré-escolar (3 a 6 anos), realiza-se o processo como se fosse uma brincadeira.Primeiro chamar a criança pelo nome, avisar queserá tirada uma “foto dos dentes”, e que quandoo equipamento for acionado a máquina irá semovimentar em sincronismo com o tubo de apa-relho de raios X ao redor de sua cabeça, devendoficar estático16. Nas crianças de idade escolar (6 a12 anos) e adolescentes (acima de 12 anos de ida-

FIGURA 2B – Imagem Radiográfica com distorção nolado oposto da rotação da cabeça.

FIGURA3A – Coluna vertebral não apresenta-se ereta.

FIGURA 3B – Imagem radiopaca na região anterior daradiografia panorâmica.

FIGURA 4 – Lábio entreaberto e língua sitaudo emposição de repouso.

FIGURA 5 – Mento não tocando a mentoneira.

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Emprego da radiografia panorâmica no cotidiano clínico do(a) odontopediatra

de), estas informações podem ser passadas deuma forma mais técnica, uma vez que o grau decompreensão é maior.

Durante obtenção da radiografia panorâmicao paciente é irradiado, entretanto, com o empregode filmes rápidos e écrans estes aspectos sãominimizados,mas não eliminados,principalmente,com relação aos tecidos radiobiologicamente sen-síveis como gônadas e tecidos linfóides. Por isso,a utilização de avental plumbífero com proteçãofrontal e nas costas é necessária, uma vez que es-tas crianças estão em fase de desenvolvimento. Aquantidade de radiação necessária para se obterradiografias panorâmicas é pequena em relaçãoaos benefícios6, 8,16.

A odontopediatria é uma especialidade naOdontologia, que se dedica a uma fase de cresci-mento e desenvolvimento do indivíduo, em quehá uma grande prevalência de achados radiográ-ficos16. Estudos como os de COUTINHO; TOS-TES; SANTOS9 (1998), PAGNOCELLI; OLI-VEIRA16 (1999), MARQUÊS; SOUKI;MAZZIEIRO12 (2002), TRISTÃO et al.21 (2003),utilizaram a radiografia panorâmica como ferra-menta de pesquisa em crianças. Diversos estu-dos1,5,6,12,21 avaliaram anomalias dentárias que aco-meteram esta faixa etária desde agenesias,presença de dentes supranumerários, taurodon-tismo, observação de restaurações e cistos dentá-rios. As anomalias de desenvolvimento mais co-muns em crianças são supranumerários na regiãoanterior superior e agenesias de pré-molares, sen-do na seqüência de segundo pré-molar inferior,segundo pré-molar superior e incisivo lateral eraramente os caninos superiores, conforme Figura6. Segundo os autores7,10,12,16, estes estudos só

puderam ser realizados com o auxílio da radio-grafia panorâmica, uma vez que a visualização docomplexo maxilo-mandibular foi facilitada comesta técnica, diferentemente se tivessem utilizadotécnicas radiográficas intra-bucais. Vale salientarque seqüências de erupções dos dentes e anoma-lias de desenvolvimento, quando detectadas preco-cemente, por meio de radiografias panorâmicaspodem reduzir a necessidade de procedimentosortodônticos de longa duração.

Um aspecto interessante no atendimento depacientes de odontopediatria é o processo dedesenvolvimento da dentição permanente e a cro-nologia de mineralização, que pode ser facilmenteobservada nas radiografias panorâmicas por meiodas tabelas de NOLLA e NICODEMO, ondeo estágio 7 de NOLLA apresenta condições deerupção e quando atinge o estágio 8 de NOLLA7

o dente em questão está em condições de entrarem oclusão com o antagonista. BRUNNER;SANTOS7 (1984), ISSÁO10 (1995), OLIVEIRA;CORREIA; BARATA15 (2006) estudaram a cro-nologia de mineralização com o auxílio da radio-grafia panorâmica, em indivíduos ditos “normais”,ou seja, sem síndromes. ACERBI; FREITAS;MAGALHÃES1 (2001), MORAES; BASTOS;SANTOS14 (2007) realizaram o mesmo estudocom o emprego de radiografia panorâmica, utili-zando um programa de computador especialmen-te desenvolvido para este estudo, em indivíduoscom síndrome de Down. A autora, em sua discus-são, enfatiza a importância da técnica panorâmicaneste estudo uma vez que estes indivíduos sãodispersos e difíceis de serem submetidos a técni-cas radiográficas intra-bucais.

Em casos de alterações patológicas como cis-tos e tumores, a técnica radiográfica panorâmicaé de grande importância, uma vez que para osespecialistas que irão atuar no tratamento destasafecções, a visualização da extensão da lesão e suarelação com estruturas anatômicas nobres e ele-mentos dentários apresentam grande importânciapreviamente ao seu tratamento. Este fato pode sercomprovado com os relatos de casos clínicos ci-FIGURA 6-Agenesia de canino superior lado esquerdo.

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tados por BARROSO et al.4 (2002) eSANNOMIYA et al.20 (2007), na qual relataram aimportância do exame radiográfico panorâmiconos casos de cistos dentígeros conforme Figura 7.

REFERÊNCIAS

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FIGURA 7- Cisto Dentígero Incisivo Central Superiorlado Esquerdo.

A radiografia panorâmica apresenta limita-ções, pois trata-se de um meio auxiliar de diagnós-tico e não um meio conclusivo; os tecidos molesnão podem ser observados por meio do exameradiográfico e deve ser complementada com ou-tras técnicas radiográficas, mas, o discernimentodo profissional é de fundamental importância paraas indicações. Trata-se de uma importante ferra-menta para o auxílio no diagnóstico e plano detratamento dos pacientes infantis.7,14.

CONCLUSÃO

Após a revisão de literatura podemos concluir que:1. Os pacientes infantis apresentam uma mai-

or facilidade de aceitação das técnicas radio-gráficas extra-bucais, sendo as radiografias pano-râmicas um ótimo meio auxiliar de diagnóstico,pois oferecem valiosas informações à especialida-de de Odontopediatria, permitindo um estudoamplo do complexo maxilo-mandibular no seuperíodo mais dinâmico de crescimento.

2. A radiografia panorâmica deve ser com-plementada com outras técnicas radiográficasintra-bucais como periapical e interproximal,quando houver necessidade.

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26 • Revista Odonto • Ano 15, n. 30, jul. dez. 2007, São Bernardo do Campo, SP, Metodista

Emprego da radiografia panorâmica no cotidiano clínico do(a) odontopediatra

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Recebimento: 10/2/2007Aceito: 12/6/2007

Endereço:Rua do Sacramento 230, Rudge Ramos – Edifício Lambdasala 241, São Bernardo do Campo, CEP: 09640-000.

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