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EXEM
PLAR
DE C
ORTE
SIA
Um terreno vazio + 40 pessoas com disposição = frutas, verduras e hortaliças
UMA HORTA NA CIDADE
A graça e a beleza das pulseiras
MODA
Conheça Rodrigo Bandeira Luna
ENTREVISTA
Saque esta!
Voltando em maio...
Antigamente, vila era um conjunto de casinhas iguais e que tinham a mesma entrada: “Vila tal, casa tal”. Ainda hoje, quando pensamos em vilas, nos vem à mente lugares pacatos, casinhas parecidas, lugares mais retirados. Talvez um dia essa tenha sido a situação das “nossas vilas”. Hoje, aqui na Zona Oeste, elas são lugares extremamente agitados, com casas e edifícios (residenciais e comerciais) dividindo os mesmos quarteirões. E essa mistura de habitação e negócios gera um trânsito acima da conta, mas o importante é que tudo se encontra por ali.Mas ainda assim, nossas vilas “têm mais fl ores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores”, parafraseando o poeta Gonçalves Dias. É isso que esperamos que você encontre em cada matéria desta edição: motivos para fi car contente de viver nas “nossas vilas”. Ubirajara de Oliveira
EDITORIAL4
Um pouco de poesia
Diretor: Ubirajara de Oliveira Edição: Suiang [email protected] Redação: Gerson Azevedo, Nanci Daineze e Selma Viana Fotografi a: Cristina Novinsky, Nikolas Antonzeczem, e Tiago De Carli Projeto Gráfi co: Simone Spitzcovsky [email protected]ção Eletrônica: Antonio Neosmar, Eduardo Ramos, Kátia Fortes, Paulo Freire, Tom MarqueseWilliam Mastrangi
Publicidade - Vila Madalena: Fátima Chaves e Silvana Baia Tels.: 3874-5531/3874-5532 Vila Pompeia: Hilda Gomes e Suely de Souza Tels.: 3874-5533/3874-5534 Vila Romana e Vila Leopoldina: Katia Rother, Rosana Braccialli e Silvana LuzTels.: 3874-5536/3874-5538/3874-5539 Impressão: Eskenazi Indústria Gráfi ca
Projeto, redação, produção e comercialização: Página Editora
R. Marco Aurélio, 780
CEP 05048-000
Vila Romana,
São Paulo - SP
Tel.: 3874-5533
(1) THIAGO LIBERATORE, CAPA: NIKOLAS ANTONZECZEN
(1)
ÍNDICE5
(1) CRISTINA NOVINSKY (2) DIVULGAÇÃO (3) NIKOLAS ANTONZECZEM (4) TIAGO DE CARLI (5) FREEPICTURES
Um carinho para as grávidas
(1)
(5)
(3)
(4)
A Feirinha Gastronômica chegou para encantar
Você sabe o que tem na sua mala?
(2)
(4)
54
EntrevistaModa
Pulseiras e braceletes para enfeitar mais as mulheres
Rodrigo Luna ajuda a termos uma cidademelhor
7Bar
Evento
Um lugar para quem quer saborear uma cerveja
38
34Música
O jazzista Tony Robson
62
78
Serviço
No site discute-se negócios sustentáveis, saúde, educação, habitação, cultura, meio ambiente, entre outros
www. cidadedemocratica.org.br
ENTREVISTA7
RODRIGO BANDEIRA LUNA
Rodrigo Bandeira Luna, mo-
rador da Pompeia, é formado
em administração de empre-
sas e pública. Ele passou pela
iniciativa privada, secretarias
de governo e terceiro setor. E
criou, em 2008, o site Cidade
Democrática.
O site é parte integrante do
Instituto Siva, que é uma OS-
CIP (Organização da Socie-
dade Civil e Interesse Públi-
co), sem fi ns lucrativos. Ali se
discute e se apresentam ideias
sobre os mais diferentes temas:
negócios sustentáveis, educa-
ção, habitação, cultura, empre-
endedorismo, meio ambiente
e saúde entre outros temas.
Através das mídias sociais, ele
pretende fazer a ligação entre
a população e o poder público
e ser “uma ferramenta inova-
dora, que gere comunicação e
mobilização para a construção
de uma cidade melhor”.
Como surgiu o Instituto Seva e o site Cidade Democrática?
O portal Cidade Democrática é
a principal iniciativa do Institu-
to Seva, criado no fi nal de 2008,
sem fi ns lucrativos, e é qualifi -
cado como uma OSCIP. Com essa qualifi cação,
podemos fazer convênios com órgãos públicos e
podemos ser contratados por empresas em con-
sultoria.
O que signifi ca Seva? Seva é uma palavra em sânscrito que tem dois
signifi cados: “compaixão e ação”, que é o que eu
mais gosto. É algo que precisamos para trabalhar
juntos. A outra defi nição é de “serviço ilimitado”,
no sentido de servir a humanidade.
Qual é sua função e os objetivos do instituto? Sou o diretor-executivo do Seva que tem sua
sede na Rua Tonelero, na Vila Ipojuca. Queremos
promover a cidadania e a participação social em
objetivos comuns, no que chamamos de interse-
torialidade, que é juntar todo mundo – público-
empresas-governo – em um objetivo comum.
Como tudo começou? Foi uma coisa orgânica. Comecei a pensar sobre
como esses temas poderiam atrair o público e fi z
um plano de negócios. Sabia que as pessoas pre-
cisavam entender o valor e pudessem “comprar”
a ideia. Dessa forma, ajudamos o gestor público
a entender os problemas de uma determinada re-
gião para ele atuar melhor.
Poderia dar um exemplo prático da sua ação? No momento, estamos elaborando propostas
para o bairro da Pompeia com vistas a serem
incluídas no Plano de Bairro que a Câmara dos
Vereadores revisará este ano.
Uma nova cidadania
As ideias passam por cinco estágios: inspiração, propostas, aplausos, união e anúncio
Como vocês pretendem infl uir na decisão do poder público?
Os vereadores precisam e que-
rem receber nossas sugestões.
Ao contrário do que muita gen-
te pensa, eles escutam a popu-
lação, nos gabinetes e nas ruas.
O que precisamos é fazer a li-
ção de casa. Não é apenas lutar
para tirar os políticos corrup-
tos, mas queremos conversar
com aqueles que estão eleitos.
No caso da Pompeia, precisa-
mos nos posicionar e saber o
que queremos. Se o Plano Dire-
tor previr mais prédios e menos
áreas verdes para o bairro, sou
contra. Mas é preciso levar em
conta que tem gente que quer
isso e essas pessoas também
fazem parte do bairro. Orga-
nizamos as informações para
obter novos conhecimentos e
construir uma nova sociedade.
Você trabalhou em órgãos públicos. Qual é sua impressão?
Minha passagem pela adminis-
tração pública foi muito inte-
ressante porque pude compro-
var que tem muita gente séria
trabalhando duro. Por outro
lado, constatei que o adminis-
trador público recebe muitas
pressões de todos os lados.
Como ocorre a junção das informações e das pessoas? Uma das nossas ações é através
de concursos como o “Qual
é o seu sonho para Pompeia”,
com premiação oferecida por
empresa do bairro, como o La Sangucheria, para
as melhores sugestões que envolveram a palavra
sociedade. Os concursos são abertos para todos,
morador ou não do bairro. Depois de prontos e
de acordo com o volume de apoios que uma ideia
recebe, têm um grande signifi cado quando leva-
mos aos vereadores, por exemplo.
De que maneira as pessoas podem apresentar suas sugestões? As ideias passam por cinco estágios: inspiração,
propostas, aplausos, união e anúncio. Depois de
pronto, o resultado é entregue aos vereadores,
por exemplo para que eles incluam no plano de
metas da Câmara. A primeira etapa é a da ins-
piração, depois vem a etapa de propostas, onde
podem ser feitas modifi cações. No estágio de
aplausos, quem apoia a ideia indica seu apoio. A
etapa da união é quando há propostas parecidas e
propomos aos autores que transformem, se pos-
sível, em uma só e com certeza terá mais apoio. E
o anúncio é a proposta feita e fechada. Propomos
a conversa entre as pessoas. Nem sempre será
possível, mas a conversa precisa acontecer.
Como vocês fi nanciam esse trabalho? Metade é dinheiro nosso e através de trabalho vo-
luntário. Recebemos recursos de fundações que
apoiam o empreendedorismo ou então através
do poder público, por serviços prestados, como
o que fi zemos recentemente para a prefeitura de
Várzea Paulista, que queria um plano de estudo
para a cidade para 2022. Mas também promove-
mos ofi cinas de webcidadania em bibliotecas de
São Paulo e somos remunerados por esse serviço.
Explique o trabalho que vocês realizaram nessa cidade. Eles queriam saber o que a população deseja e
queriam fazer esse trabalho voltado para e com
os jovens. Isso envolveu estudos sobre transporte,
habitação e outros temas. (1) THIAGO DE CARLI
ENTREVISTA8
ENTREVISTA9
Rodrigo: lutando para que todos tenham um mundo melhor
(1)
Quantos visitam o site por dia? O site tem 1.500 visitas por dia,
em média, mas crescendo sem-
pre. Os jovens são os nossos vi-
sitantes mais habituais.
Como vocês costumam atuar na iniciativa privada? Uma empresa pede um estudo
para avaliar seu trabalho jun-
to à comunidade e o entorno.
Atuamos levantando os temas
mais pedidos pela população
e apresentamos sugestões de
ação. Mobilizamos pessoas
como estudiosos em assuntos
que estamos trabalhando para
participar e colaborar como
professores que discutiram
temas com seus alunos é uma
dessas pessoas. Eles podem
ENTREVISTA10
não ter uma profundidade no tema mas têm
uma relação importante com seus alunos.
Como motivam a participação? Começamos por um nome que tenha um im-
pacto e convidamos essas pessoas para atuar no
projeto. Aqui na Pompeia, o concurso ganhou
nome de “Cidadonos”. Tivemos passeios, saídas
fotográfi cas e até criação de hortas comunitárias
numa área que não tinha nenhuma utilidade.
Isso surgiu de uma provocação dentro do con-
curso “A Pompeia que Se Quer”.
O administrador público quer saber o que a população deseja?
Uma das melhores maneiras de se governar uma
cidade é saber o que a população deseja. O que
o administrador precisa é receber ideias e im-
plantar as soluções para ter uma boa avaliação
por parte da sua população. É aí que a população
precisa participar ativamente com suas ideias e
sugestões.
As pessoas acreditam logo de cara na seriedade do Cidade Democrática? A internet não tem um hábito muito grande de
circular coisas de qualidade. Isso a gente ouviu
sempre e essas dúvidas podem aparecer. Mas o
nosso público maior é formado por jovens e eles
são menos resistentes e entendem como funciona
o site. O que eles geralmente perguntam é como
podem se envolver mais. Por outro lado, a gera-
ção mais velha tem uma resistência maior. Na
verdade é uma nova forma de pensar.
Como vocês fi nanciaram suas primeiras ações?
Começamos fazendo uma campanha para arre-
cadar dinheiro através do site Catarse. E presta-
mos contas de tudo para quem participou. Ar-
recadamos R$ 30 mil. Pretendíamos arrecadar
R$ 26 mil. O dinheiro serviu para pagar nossos
folhetos, aluguel de sala.
(1)
Por GERSON AZEVEDO
As pessoas curtem esse envolvimento?
E se orgulham muito de par-
ticipar e apresentar ideias que
se tornam realidade. Temos
comerciantes que nos apoiam,
que querem fortalecer os laços
com a comunidade. Pessoas
levam os fi lhos para partici-
par dos eventos que promo-
vemos. O legal do site é que
sempre tem um tema onde
as pessoas têm interesses co-
muns. Recentemente, fi zemos
uma ofi cina chamada Diálo-
gos Maduros, com a partici-
pação de gente que mora aqui
na região.
A participação das pessoas é uma tendência? Sim, e cresce a cada dia.
Como vocês mantêm as pessoas informadas? Através de uma agenda nas mí-
dias sociais.
Há ciúmes de quem não tem sua ideia aprovada?
O negócio é desapegar. Se a
ideia for aprovada e aplicada,
é um ganho para todos. No
estágio de união, convidamos
todos a examinar as outras
propostas e ver se tem algo que
pode melhorar.
Cite algum político com quem vocês têm dialogado. Já falamos com o Nabil Bon-
duki, o Police Neto, e fomos
convidados para participar de um seminário na
Câmara chamado Segundas Paulistanas, para ex-
plicar nosso trabalho. O que queremos é manter
um diálogo.
Onde vocês já atuaram? Em Jundiaí, Várzea Paulista, Foz do Iguaçu
e outras cidades. Quando decidimos aplicar
uma ideia aqui na cidade, começamos pela
Pompeia.
Quem trabalha com vocês? Temos voluntários dos mais diversos segmentos
da sociedade.
É fácil usar o site para apresentar as ideias? Convido as pessoas para que entrem no site, co-
nheçam as ideias e apresentem as suas. É bem
simples o acesso e sempre temos um concurso
para estimular a participação.
Quais são os temas mais discutidos? Os novos temas: meio ambiente, bicicleta, cida-
dania, educação... Outros como a reforma políti-
ca também aparecem.
É boa a relação com as subprefeituras? O da Lapa esteve presente em um seminário que
promovemos e gostei de conhecê-lo. Vamos con-
versar com ele também.
Como você se posiciona politicamente? Sou feliz porque superei a politica partidária. Fiz
camisetas com foice e martelo e estrelinhas do
PT, trabalhei em governo do PSDB e gostei da ex-
periência. Até defendo um serviço público obri-
gatório. A pessoa deveria receber por um período
para trabalhar dentro de um órgão público. Sou
a favor do fi nanciamento público de campanha,
para que todos os candidatos tivessem igualdade
de condições.
ENTREVISTA11
O site tem 1.500 visitas por dia, especialmente dos jovens, e temas de interesse comum a todos
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PERSONAGEM14
(1) TIAGO DE CARLI
Desde 1960 trabalhando na ofi cina, João se especializou em restaurar carros fabricados entre 1950 e 1970
Especialista em carros antigos
Por NANCI DAINEZI
“Isso aconteceu por volta de 1990, quando os
injetados, dos quais eu não gosto, começaram a
inundar o mercado”, diz.
Hoje, com 61 anos, e à frente da ofi cina, João é
bastante requisitado por apaixonados por carros
fabricados entre 1950 e 1970. Seus clientes se di-
videm em dois: os restauradores e os “hot” (aque-
les que gostam da aparência dos veículos, mas
que personalizam a mecânica). Seu trabalho é
bastante minucioso e agrada a exigente clientela.
UM CARRO QUE ENTRA NA OFICINA passa por mui-
tos processos até fi car perfeito. “Primeiro ele é
desmontado. Vai para o vidraceiro, tapeceiro e
para o funileiro. Depois de terminada a funilaria,
ele é pintado e chega para eu cuidar da restau-
ração mecânica. Quando eu o recebo, só vejo o
monobloco. Coloco o motor, o câmbio, a suspen-
são do modo como é o original. Tudo é tratado
dessa forma, até os parafusos. As últimas etapas
são a parte elétrica, a vidraçaria e a tapeçaria.
Aí ele está pronto para rodar”, descreve João.
O trabalho é demorado. João conta que, em
média, leva de um ano a um ano e meio na restau-
ração de um veículo. Mas o resultado compensa,
pois ele é entregue novo ao seu proprietário. En-
tre os veículos que ele está restaurando atualmen-
te, há um Maverick 76, que, quando pronto, será
destinado a seu fi lho. Afi nal, como diz o velho
ditado popular “fi lho de peixe, peixinho é”.
Desde os anos de 1960, João
Altir Rondini se viu entre o ron-
co de motores e muita gasolina.
A paixão pelos carros, passa-
da de pai para fi lho, se transfor-
mou num trabalho minucioso
e bastante requisitado por co-
lecionadores de todo o Estado.
Quando a ofi cina da rua
Carlos Weber abriu, em 1960,
João tinha 12 anos. Seu pai
estava à frente do negócio e
consertava a parte mecânica
dos veículos da época, como
Sinca, Aero Willys, Gordini.
João conta que, para ele, sobra-
vam duas opções: estudar ou
ajudar o pai. “Eu não gostava
de estudar, então fi cava todas
as tardes ajudando meu pai a
mexer nos carros”, confessa.
E entre ronco de motores e
muita gasolina, João tomou
gosto pela profi ssão do pai.
Muita coisa aconteceu duran-
te esse tempo: a ofi cina mu-
dou de prédio, mas continua
na mesma rua; o pai de João
faleceu e ele resolveu se es-
pecializar em carros antigos. Rua Carlos Weber, 173, Vila Leopoldina
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João: “A restauração de um veículo leva de um a um ano e meio”
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Esse método japonês foi criado pelo professor de matemática Toru Kumon, em 1958, no Japão, e implantado no Brasil em 1977, no Paraná
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O bairro da Pompeia ga-
nhou mais uma sede da Ku-
mon. Inaugurada em janeiro
deste ano, a escola oferece
cursos de português e mate-
mática, baseados no método
japonês iniciado pelo pro-
fessor de matemática Toru
Kumon, em 1958, no Japão,
e implantado no Brasil em
1977, no Paraná.
NO MÉTODO KUMON, o aluno
recebe material para estudá-
lo de forma autodidata com o
acompanhamento de instru-
tores. Nas aulas de matemáti-
ca, são 21 estágios, desenvol-
vidos dentro do ritmo de cada
pessoa, e abrangem desde a
sequência numérica – para as
fases pré-escolar ou inicial –,
à sequência derivada – com
aquelas fórmulas complexas
que já deixaram muita gente
com as mãos coladas à cabeça.
Nos 16 estágios do curso de
português, os ensinamentos
vão de aulas de grafi a à inter-
Esforço próprio
(1) DIVULGAÇÃO
Por SELMA VIANA
www.kumon.com.br
pretação de textos. “Não tem série escolar, tem
estágio. Cada um pode ser concluído em um
mês ou em um ano. Isso não que dizer que os
estágios são feitos à deriva, tudo tem meta”, diz
a proprietária Léia Maria Vieira Garcia.
São duas aulas por semana com duração de
uma hora cada uma. Todas as gerações têm
espaço nesse método. As idades dos alunos
vão dos quatro aos oitenta e tantos. Os perfi s
de quem vai até a escola são variados, mas, de
acordo com Léia, há muita gente que procura
o método para prestar concurso. “O método
desenvolve a lógica, melhora a autoestima e
dá muita agilidade ao raciocínio. Isso ajuda na
hora de fazer a prova”.
E, ao contrário do que muita gente imagina,
o método não é usado somente por quem está
com problema de aprendizado. “Conheci um
menino, geniozinho, estudante de uma escola
tradicional, que tinha bons resultados na es-
cola, mas achava que demorava mais que seus
amigos para fazer a prova. Com o Kumon ele
agilizou o processo. Porém, o resultado é de
médio a longo prazo porque trabalha a raiz do
problema de cada um. Para reforço escolar, não
é muito indicado”, conclui Léia.
CURSO20
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Os alunos podem aprender português,além de matemática
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Páscoa
O dependente expressa um sintoma gerado na família, que pode esconder outros confl itos
LEDA FLEURY / ALBERTO PINHEIRORua Capitão
Pompeia
Quem achar que as tenta-
ções estão do lado de fora de
casa pode estar enganado. O
dependente químico – seja
de álcool ou outras drogas
ilícitas –, possivelmente está
expressando para a sociedade
um sintoma gerado na famí-
lia e que pode esconder ou-
tros conflitos. “O dependente
tem uma função na família,
que é o de ser o conflito. En-
quanto ele está ali, ele é o pro-
blema. Mas, quando sai para
se tratar, é que os reais con-
flitos familiares aparecem.
Na verdade, ele acaba sendo
o salvador da pátria. Por isso
dou ênfase no tratamento
da família”, avalia a psicólo-
ga e terapeuta familiar Leda
Fleury, que em sua disserta-
ção de mestrado pela PUC
trabalhou o tema “Família e
Dependência Química: Uma
Relação Delicada”.
PARA REALIZAR SEU ESTUDO, LEDA foi conhecer em Botucatu o
trabalho que o ex-alcoólatra e hoje terapeuta
comunitário Alberto Pinheiro realiza na Asso-
ciação Casa Diart’s. Em 11 anos de funciona-
mento, o local abrigou mais de duas mil pes-
soas.
Nas atividades diárias, trabalho com serra-
lheria, marcenaria e cozinha orgânica mantém
a mente ocupada. Mas encarar o universo que
os colocou nas drogas é o maior enfrentamen-
to dos dependentes. “A difi culdade de tratar
essa família é quase maior que a do dependen-
te, porque a ressocialização pode ser o meio
para ele voltar para as drogas. E vejo o álco-
ol como a pior delas porque é uma droga vei-
culada nas músicas e cultuada em casa desde
pequenos”, diz Alberto. O próprio terapeuta se
viu confrontado com suas origens quando se
achou pronto para deixar o tratamento contra
o álcool. “Eu e minha esposa nos separamos e
todo mundo foi se tratar. Cada um foi procurar
o tratamento adequado.”
Leda trabalha como terapeuta familiar há
mais de 20 anos. Junto com Pinheiro, a psicó-
loga enfatiza suas atividades no atendimento às
famílias que tenham caso de dependência quí-
mica em casa.
Família doente
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Tony Robson: o jazzé seu amor de toda a vida
(1)
MÚSICA35
(1) NIKOLAS ANTONZECZEN
O jazz entrou na sua vida no fi nal da década de 1960, agora só falta tocar em New Orleans
Jazz na veia
Por NANCI DAINEZI
tudo e fui para a Itália. Pretendia fi car três anos,
mas fiquei 13!”
Em Firenze, Tony conheceu uma francesa e,
junto com um brasileiro, formaram uma banda
e começaram a tocar bossa nova. Nessa época,
gravaram uma fi ta intitulada Águas Claras. Mais
tarde, mudou-se para Viena e formou um novo
grupo com três mulheres, uma delas brasileira,
desta vez para tocar MPB. Com esse grupo gra-
vou outra fi ta nomeada de Brasil Pandeiro.
Ao voltar para o Brasil em 1993, o músico
abriu um estúdio de arte e participou de pro-
duções de alguns CDs com a Traditional Jazz
Band. Em 2011, fez uma nova viagem, dessa vez
para a Arábia e com uma trupe de circo.
SEU BISAVÔ TOCAVA PARA OS AMIGOS no começo
do século XX e seu avô, o Sorocabinha, fez su-
cesso nos anos de 1930 junto com Mandi, seu
companheiro na viola sertaneja. Em homena-
gem ao avô, Tony e a mãe publicaram em 2011
o livro Sorocabinha, a raiz da música sertaneja.
Nascido e criado na Vila, onde está hoje, Tony
tem novos objetivos: “Um de meus desejos é
lançar um CD com a Riverboat’s Jazz. O outro,
que é mais antigo, é tocar em New Orleans, ber-
ço do jazz”, fi naliza.
Designer gráfi co por for-
mação e músico por paixão,
Tony Robson hoje divide sua
rotina entre os livros didáti-
cos que ilustra e suas apresen-
tações noturnas no famoso
Bar Brahma, localizado na
região central de São Paulo.
Lá, o músico toca banjo, vio-
lão, contrabaixo e washboard
com outros três instrumentis-
tas da banda Riverboats Jazz,
de quarta-feira a sábado, das
20h30 às 23h30.
Tony conta que seu amor
pelo jazz tradicional surgiu no
fi nal da década de 1960, época
em que conheceu a Traditional
Jazz Band e começou a fre-
quentar os bares onde a banda
se apresentava. “Eu já sabia to-
car violão, mas foi o Tito Mar-
tino (fundador da Traditional)
que ensinou meus primeiros
acordes no banjo”, revela.
Depois ele tocou com mú-
sicos profi ssionais em alguns
bares de São Paulo, até resolver
morar fora do Brasil. “Vendi
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A cerâmica era apenas um hobby, mas se tornou seu meio de expressão mais forte
Formada em desenho in-
dustrial, Kimi Nii trabalhava
como designer gráfi ca quando
colocou suas mãos na cerâmi-
ca apenas por hobby. Rapida-
mente, o toque de passatempo
virou profi ssão. “O designer
faz projetos, mas o resto fi ca
por conta de outros produto-
res. Na cerâmica eu mesmo
projeto, eu mesmo executo e
isso é muito bom. Fico vendo
a coisa se concretizar, o que é
muito gostoso”, relata Kimi.
No início, ela preparava um
catálogo e visitava lojas de deco-
rações para apresentar suas pro-
duções. Há cinco anos, a artista
abriu um showroom na Vila
Madalena, onde expõe sua arte.
SÃO ESCULTURAS, VASOS, utili-
tários e peças decorativas, en-
tre outros itens, em cores discretas. “As cores são
feitas com vidrado, mistura de minerais e óxido
de metais. Não são cores para crianças, mas para
gente mais madura. Por isso não faço cores vivas.
Dá para ser brilhante, mas prefi ro o fosco”, detalha.
As cerâmicas são produzidas em seu ateliê,
localizado no Butantã, em altíssima tempera-
tura (1.300 graus), técnica desenvolvida pelos
chineses e introduzida no Brasil pelos japone-
ses. “Não é uma técnica fácil; tem projeto que
você tenta fazer umas cinco vezes e nunca chega
à perfeição. Mas a textura e as cores fi cam com
características mais sofi sticadas”, explica Kimi.
Uma dica para presente é o jogo de saleiro e
paliteiro, a R$ 32 a unidade. Suportes de hashi
– pauzinhos japoneses – são encontrados por
R$ 9 e 14. Para decoração, o vaso tulipa custa
R$ 461; e uma fonte de água está R$ 827. Além
dos trabalhos de Kimi, no showroom é possível
apreciar as joias feitas pelo grupo de designer
Piu + – Renata Porto, Maria Alves, Marina She-
etikoff e Claudia Senna.
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Junto com as bagagens e as
lembranças de viagem, as pes-
soas podem também trazer
das férias alguns hóspedes in-
desejáveis para dentro de suas
casas. Entre os mais comuns
estão o percevejo-de-cama e
as pulgas, ambos pequenos in-
setos que se alimentam de san-
gue humano, causando grande
desconforto, irritação da pele
e até infl amação. Como esses
bichinhos se abrigam em lu-
gares escuros e põem ovos em
frestas e orifícios, é aconselhá-
vel lavar todas as roupas levadas, mesmo as que
não tenham sido usadas, e fazer uma correta
higienização na mala antes que eles infestem a
casa toda.
UM DOS ESPECIALISTAS em lavagem de bolsas,
mochilas e malas de viagem da região é o Egner
Eduardo, proprietário e único representante lo-
cal da lavanderia Washtec.
Ele conta que todos os itens que chegam na
lavanderia passam pelo mesmo procedimen-
to. “Primeiro fazemos uma inspeção para ve-
rifi car se as peças têm avarias, danos, fungos,
manchas, etc. Depois disso, todas ganham um
Com as malas limpas
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“Dependendo do uso, o ideal é lavar as malas duas vezes por ano”, afi rma Egner(1)
SERVIÇO55
Pequenos insetos, como percevejo-de-cana e pulgas, que causando irritação da pele e até infl amação, podem voltar na mala
identifi cador eletrônico, para
o controle de entrada e saída.
Muitos desses itens são envia-
dos para lavagem e tratamen-
to em nossa central, que fi ca
em Minas Gerais, inclusive as
malas”, explica.
Eduardo diz que a lavagem
das peças é feita manualmen-
te, com detergente específi co,
que não danifi ca nenhum tipo
de tecido, nem couro. A se-
cagem é mesclada um tempo
no ambiente e outro na estufa,
para não danifi car espumas ou
borrachas. O processo segue
com a higienização antiácaro, antimofo e bac-
tericida. Todos os itens lavados são entregues
embalados e prontos para a próxima viagem.
De acordo com Eduardo, o preço cobrado pela
lavagem e higienização de malas varia entre R$
35 e R$ 80. É recomendável lavá-las de uma a
duas vezes ao ano, conforme o uso.
Como são representantes, também são bas-
tante procurados por outras lavanderias, que
terceirizam alguns serviços. “Nesse período do
ano, recebemos muitas mochilas escolares para
higienizar, além de pares de tênis, que passam
por um tratamento especial com fungicida,
para evitar aqueles famosos odores desagradá-
veis”, fi naliza.
Por NANCI DAINEZI
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“O grafi te pode durar anos ou desaparecer em dias”
Tudo começou no Perdidos na Noite, na Band, com o Faustão, grafi tando ao vivo o cenário do programa
BBB 13 tem grafite de lapeano
(1) DIVULGAÇÃO (2) CRISTINA NOVINSKY
Por GERSON AZEVEDO
59CULTURA E LAZER
www.artbr.com.br/ruiamaral
Com muito tempo de gra-
fi te, que o levou a ser preso
algumas vezes, Rui Amaral se
considera ainda um grafi teiro
e ativista da arte de rua, “que
precisa ser livre. Para mim,
essa é a ocupação dos espaços
da cidade”.
Um dos trabalhos mais anti-
gos do Rui é o imenso painel
que liga a Avenida Paulista
com a Dr. Arnaldo feito há
mais de vinte anos. “Eu, de
vez em quando, vou até lá e
faço uns reparos”. O mais re-
cente é o painel “Entusiasmo
de Anunnaki”, com 360 m2 de
área, que ocupa toda a lateral
de um prédio na esquina das
avenidas Paulista e Brigadeiro
Luiz Antonio, que Rui execu-
tou com o patrocínio da GE.
A entrada dele na TV vem
de longa data. Começou com
o convite para grafi tar ao vivo
o cenário, que na verdade era
um amontado de caixotes e ta-
pumes, do programa Perdidos na Noite, na TV
Band, do Fausto Silva. “O sucesso foi tão grande
que depois a produção providenciou umas telas
e a gente fi cava grafi tando enquanto o programa
acontecia na madrugada”.
RUI TAMBÉM JÁ DEU AULAS DE GRAFITES para jo-
vens no Senac Scipião. Ele e os alunos saíam
pelo bairro e coloriam muitos muros e becos
da região. Foi diretor de arte em canais de TV e
agências publicitárias.
O grafi te do BBB13 levou uma semana para
ser feito. “Eu e mais uns grafi teiros fi zemos um
trabalho que se complementa e está dentro do
espírito do programa, que é visto por mais de 60
milhões de pessoas”, diz ele.
Grafi teiro consciente, Rui sabe que sua obra
tem uma vida efêmera. “É assim mesmo, o grafi -
te pode durar anos ou desaparecer em dias. Esse
é o espírito do grafi te”, que no caso dele, sempre
tem fi guras que lembram personagens de histó-
rias em quadrinho e muita cor.
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Rui Amaral.
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(1)
EVENTO62
Feira gastronômica: mais uma opção para os domingos dos paulistanos
aniversário da cidade, nas barracas que foram
montadas em frente ao Teatro Municipal. O
público, em grande número, foi mais uma vez
experimentar os quitutes preparados por chefs
experientes como Rafael Despirite, do restau-
rante Marcel, Janaina Rueda, do Dona Onça,
ou Carlos Ribeiro, do Na Cozinha. Maurício
garante que “será um lugar de testes de novos
talentos e um ponto de encontro para passear
com a família e amigos”.
A escolha pela Vila Madalena para dar início
a um evento semanal como a Feirinha foi natu-
ral. “A Vila Madalena tem a cara de um evento
desse porte, o público que passa por aqui gosta
de comer bem e busca novas experiências gas-
tronômicas. Coisa que a Feirinha terá semanal-
mente”, explica o produtor cultural.
CADA CHEF TERÁ UM ESPAÇO DE 9 M2 e ele será o
responsável pela qualidade dos pratos que vai
servir. Cada um deles vai determinar quantos
pratos oferecerá ao público. “A cada domingo,
poderão se alternar chefs diferentes. O que vai
estar no primeiro domingo, não necessariamen-
te vai estar nos outros domingos”. Cada um dos
chefs desembolsará R$ 500 pelo espaço a cada
domingo. Experimente!
Todo mundo gosta de comer
bem. E a partir de fevereiro, no
número 309 da Rua Girassol,
começou a Feirinha Gastronô-
mica da Vila Madalena, onde
20 chefs de cozinha vão pre-
parar seus melhores quitutes
para o público saborear.
Idealizada pela chef Daniela
Narciso e pelo produtor cultu-
ral Maurício Shuartz, a Feiri-
nha promete virar um centro
gastronômico em plena Vila
Madalena. “Serão 20 espaços
reservados para chefs conheci-
dos e outros ainda não conhe-
cidos. Todos eles passarão por
uma seleção onde prevalecerá
a inovação da proposta gastro-
nômica, além da qualidade da
matéria-prima que será servi-
da ao público”, diz Maurício.
A dupla já tem experiência
nesse tipo de evento. São eles
os criadores do evento Chefs
na Rua, cuja mais recente edi-
ção foi no dia 25 de janeiro, no
A cada semana, 20 chefs vão estar na feira vendendo sua delícias em pequenas porções, pra você experimentar tudo
FEIRINHA GASTRONÔMICARua Girassol, 309Vila MadalenaDomingos das 12 às 19h
Vila Madalena ganha feira gastronômica
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(1) TIAGO DE CARLI
Por NANCI DAINEZI
Instalado há um ano e meio
em local estratégico da Vila
Leopoldina, o Mangaba Juice
Bar já conquistou um público
fi el e cada vez maior com seu
conceito de alimentação sau-
dável e sucos naturais. O pro-
prietário da casa conta que o
nome do estabelecimento foi
escolhido não só por designar
a fruta, mas também por sig-
nifi car “coisa boa de comer”,
em tupi-guarani. Entre os pra-
tos preferidos da clientela está
uma variedade grande de gre-
lhados tradicionais de carne e
alternativos, como o hambúr-
guer vegetariano. No cardápio,
que não tem nada de frituras,
uma boa novidade: o festival
de crepes, que começam a ser
oferecidos no jantar de segun-
da a sábado.
O grande diferencial dos
crepes é o modo como são
feitos, com fi nura e dobra ao
melhor estilo francês. Entre os
diferentes sabores estão: catu-
piry, mexicano e shiitake com
shimeji.
Com grande receptividade
por parte dos frequentadores
do Mangaba Juice Bar, os sucos ocupam um
local de destaque no cardápio da casa. Entre os
mais pedidos estão os denominados funcionais,
que totalizam oito tipos, como o Antiestresse,
feito com abacaxi e gengibre; o Antienvelheci-
mento, com açaí, framboesa e água de coco; e o
Energético, composto por açaí, laranja, banana
e ginseng, além do Emagrecedor, que tem maçã,
canela e damasco, e o Revigorante, com acerola,
mel e guaraná em pó.
Ao todo, a casa disponibiliza cerca de 50 ti-
pos diferentes de sucos, a grande maioria feita
com frutas naturais. Eventualmente, na impos-
sibilidade de se obter a fruta fresca, é utilizada a
polpa na composição. Os sabores simples, mais
tradicionais, como abacaxi, acerola, laranja, ba-
nana, coco, goiaba, kiwi, umbu, entre outros,
também são bem requisitados. O cliente tem
ainda a opção de montar seu próprio suco, com
os sabores que escolher. Os preços são convida-
tivos. O suco com uma fruta custa R$ 5,20 e o
combinado R$ 7,20.
OUTRA DELÍCIA À DISPOSIÇÃO É O SMOOTHIE, pre-
parado à base de frutas e sorbet com pouco
açúcar. São seis tipos, entre os quais o Chapada
Diamantina, que leva morango, suco de laranja,
iogurte de morango e banana, e o Serra da Capi-
vara, com banana, mirtilo e suco de uva.
O Mangaba Juice Bar funciona de segunda a
sábado, das 10 às 22h.
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Ricos em nutrientese sabores, os pratos vegetarianos têm atraído um público cada vez maior e mais constante
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O conceito aqui é trabalhar a nutrição com consciência. Os pratos não contêm carne, tem pouco óleo e o sal é reduzido
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Por NANCI DAINEZI
Quem acha que a comida
vegetariana é sem graça e sem
sabor é porque nunca experi-
mentou os pratos do Empório
Grãos da Terra. O restaurante,
que abriu há apenas cinco me-
ses, funciona onde antes era
uma loja de produtos naturais.
A atual proprietária, a nutri-
cionista Vivian Baltieri, expli-
ca que a nova direção da casa
acrescentou os almoços e lan-
ches vegetarianos como opção,
mas que a loja continua fun-
cionando. “O que quisemos
foi agregar mais ao conceito
da loja, que é trabalhar a nutri-
ção com consciência. Nossos
pratos não contêm carne, tem
pouco óleo e o sal é reduzido”,
esclarece.
Vivian diz que seu público é
bem variado. “Há os que que-
rem diminuir a carne de seu
cardápio (há uma campanha
chamada Segunda Sem Carne,
que muitos seguem); os que procuram opções
mais saudáveis, sem abrir mão do sabor; os ve-
getarianos e os veganos (pessoas que não con-
somem nada de origem animal, excluindo itens
como ovos, leite e queijos).”
O almoço é servido de segunda a sábado, até
16h. Os dois pratos oferecidos diariamente já
vêm montados e servidos juntamente com uma
salada orgânica. As opções variam semanalmen-
te e custam R$ 15 cada uma. Para quem quiser
apenas um lanche, o Empório Grãos da Terra
oferece também salgados integrais, como quiche
com massa tahine, o pastel de forno, entre outros.
O preço desses produtos varia entre R$ 4,50 e R$
9. Há ainda os sucos naturais com frutas (R$ 5),
com frutas, clorofi la e hortelã (R$ 5,50), além dos
funcionais (R$ 6,50) e o açaí na tigela (R$ 8).
TODOS OS PRATOS OFERECIDOS PODEM SER COM-PRADOS CONGELADOS. O espaço ainda disponi-
biliza ao público outros itens como farinhas e
grãos a granel, chocolates com ou sem lactose,
sementes, pães, produtos naturais, integrais,
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Chuva na horta
(1) TIAGO DE CARLI
CIDADANIA
local onde vivem e não participam de decisões
que as ajudariam a melhorar seu bairro.
Paulo diz que a iniciativa de botar a mão na
terra já havia partido do consultor comercial
Adriano Sampaio. Ele e mais uma pessoa já
haviam plantado algumas árvores, mas o local
continuava sendo desrespeitado. Muitas pesso-
as jogavam inservíveis e lixo naquele lugar. Foi
então que Paulo e Adriano se conheceram e o
movimento tomou uma proporção maior.
“No primeiro encontro que fi zemos, há cerca
de um mês, conseguimos reunir umas 30 pesso-
as. Hoje, já no nosso quinto encontro, somos 40
e isso tende a crescer”, ressalta Adriano.
Paulo acrescenta que as pessoas são bem par-
ticipativas e sugerem atividades, como as ofi ci-
nas de horta vertical e de compostagem, que já
foram realizadas.
Em breve, Paulo, Adriano, a bióloga Ana Ter-
ra e a fonoaudióloga Sueli Vieira pretendem
realizar um almoço com a produção da horta.
“Queremos replicar essa ideia para outras áreas.
É incrível como as pessoas se afeiçoam à horta.
Todo mundo que vem acaba contribuindo com
uma semente, um cuidado”, salienta Ana.
QUEM QUISER PARTICIPAR e se informar dos pró-
ximos encontros e atividades, basta curtir a pá-
gina do Facebook “Horta Comunitária da Vila
Pompeia”.
Uma ideia que surgiu no
Facebook deu frutos e se es-
palhou para a comunidade da
Vila Pompeia. O biólogo Pau-
lo Fonseca conseguiu reunir
cerca de 150 pessoas, entre
moradores do bairro e simpa-
tizantes, para que um terreno
degradado entre as ruas Fran-
cisco Bayardo e Saramenga
acabasse sendo transformado
em uma das primeiras hortas
comunitárias da região.
Todos os fi nais de semana,
aos domingos, Paulo e mais 40
pessoas, em média, arregaçam
as mangas para plantar verdu-
ras, frutas, hortaliças, plantas
ruderais (comestíveis e resis-
tentes), etc. Tudo começa com
um café da manhã solidário, no
qual todos trazem comidas e
bebidas. “Vemos este processo
além da horta: é uma ferramen-
ta de movimentação comunitá-
ria para facilitar a articulação
entre os vizinhos e as pessoas
com ideais parecidos”, declara.
Ele acrescenta que a vida atri-
bulada da cidade faz as pesso-
as perderem o contato com o
campo e com a comunidade,
pois elas deixam de cuidar do
CIDADANIA75
Iniciativa de moradores da Pompeia faz solo germinar em terreno baldio
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Oliver: o sonho de ter uma cervejaria transformado em realidade
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BAR79
(1) CRISTINA NOVINSKY
São mais de 100 rótulos nacionais e outros importados, que devem ser servidos até 5ºC e não “estupidamente gelada”
DE BRUERRua Girassol, 825, Vila Madalena (11) 3812-7031www.debruer.com.br
Por GERSON AZEVEDO
Bebida mais consumida no
mundo pelo público adulto, de-
pois da água e do chá, a cerveja
ganha a De Bruer, espaço onde
os rótulos nacionais de cervejas
artesanais são maioria.
Oliver Buzzo, dono da cer-
vejaria, operava no mercado de
ações e tinha um sonho de ter
uma cervejaria. “Sempre gostei
de cerveja. Criei o site www.
debruer.com.br para falar sobre
as cervejas artesanais e a coisa
cresceu e me motivou a abrir
a loja-bar-restaurante, onde o
cliente pode saborear ou levar
para casa a preferida”.
Oliver decidiu que a casa
tivesse como especialização
a cerveja brasileira artesanal.
Diz ele: “Fiquei contente em
reunir, em pouco tempo, mais
de 100 rótulos”. Ele está sem-
pre em busca de novidades. A
internet é outra fonte de pes-
quisa e, por ter se tornado uma
pessoa conhecida no meio cer-
vejeiro, os fabricantes também
o procuram.
Seu diferencial, além das marcas pouco conhe-
cidas, são cervejas de qualidade que o próprio
Oliver testa para indicar aos clients, com pre-
ços competitivos, afi rma ele. “Minha proposta é
apresentar ao leigo esse mundo maravilhoso da
cerveja”.
A LOJA REÚNE, ALÉM DAS PILSENS, as mais consu-
midas pelos brasileiros e boa parte do mundo:
ales, lagers, stouts, darks, bocks, trapistas e ou-
tros tipos da bebida. Para Oliver, a cerveja arte-
sanal brasileira está num bom nível. “Posso citar
entre outras marcas, a Wäls, de Belo Horizonte,
e a Bodebrown, de Curitiba”. Entre as impor-
tadas, em minoria, pode-se encontrar marcas
de origem belgas, lituanas, alemãs e outras na-
cionalidades. Ele lembra que a bebida deve ser
servida até a 5oC e não “estupidamente gelada”,
como muita gente acha que é correto. “Muito ge-
lada, a língua perde a sensibilidade e não percebe
o sabor da cerveja”, explica.
A escolha pela Vila Madalena decorreu da ca-
racterística do bairro “que é um lugar bacana e
tem um público interessado em novidades e boa
qualidade”. O restaurante e o bar fi cam ao lado
da loja. No cardápio elaborado pela chef Walde-
te, são oferecidos saladas, grelhados, sanduíches,
porções, espetos, kebabs, entre outras. Abre das
11 às 23h todos os dias.
Para quem gosta de cerveja
Rua Aurélia, 810 - Vila RomanaTel: 3868-3933 / 3873-8546
Veja onde encontrar
VILA MADALENAAlternativa Casa do Natu-ral R. Fradique Coutinho, 910; Aquasport R. Giras-sol, 675; Banana Verde – Cozinha Natural R. Har-monia, 278; Consulado Mineiro Pça. Benedito Calixto, 74; Consulado Mineiro R. Cônego Eu-gênio Leite, 504; Ekoa Café R. Fradique Couti-nho, 914; Espaço Cultural Alberico Rodrigues Pça. Benedito Calixto, 159; Fran’s Café Pça. Bene-dito Calixto, 191; Hideki Sushi Bar & Restaurante R. dos Pinheiros, 70; Ja-caré Grill R. Harmonia, 305/317; Marc Lab Pça. Benedito Calixto, 96; N’O Café R. Harmonia, 506; Papelaria do Tio R. Isabel de Castela, 144; Pirati-ninga Bar R. Wisard, 149; Restaurante São Benedi-to Pça. Benedito Calixto, 78; St. Étienne R. Har-monia, 699; Vila Grano R. Wisard, 500.
VILA POMPEIAAcademia CPN R. Dr. Augusto de Miranda, 777; Arabin R. João Ramalho, 716; Bamirê Café R. Co-toxó, 348; Banca Carone Av. Prof. Alfonso Bovero, 1454; B.Sports R. Dona Ana Pimentel, 272; Can-tina Dona Maria R. João Ramalho, 466; Cantina e Pizzaria Recanto de Carmo Av. Pompeia, 765; Carla Colombo R. Dr. Franco da Rocha, 402; Casa da Dança R. Apinajés, 253 ou R. Barão do Bananal, 586; Center Fabril R. Traipu, 50; Ecully R. Cotoxó, 493; Empório Grãos da Terra R. Des. do Vale, 574; FASM R. Dr. Emilio Ribas, 89; Flor de Liz R. Des. do Vale, 1014; Krystal Chopps R. Cardoso de Al-meida, 754; Lavanda R. Cel. Melo de Oliveira, 884; Livraria Cortez R. Bartira, 317; Munik R. Caiubi, 192; Parágrafo 1 Livraria R. Cardoso de Almeida, 769 A; Pilates & Cia R Aimberê, 114 e R. Bartira, 548; Pintar R. Cotoxó, 110; Pizzaria Paulino R. João Ramalho, 1033; Prawer R. Caraíbas, 462; Sacolão Perdizes R. Turiassú, 273; SãoCu-car R. Apinajés, 818; Tênnis Star Pça Irmãos Karman, 8.
VILA LEOPOLDINAAmor aos Pedaços R. Carlos Weber, 662; Arandanos R. Bela Nápoles, 37; Áudio Arp R. Cerro Corá, 550 lj. 6; Capadócia R. Carlos Weber, 78; City Copy R. Schilling, 347; Empório Primo Vere R. Carlos Weber, 100; Es-tética Lucia Pagliato R. Bairi, 430; Fap Piscinas R. Cerro Corá, 1.424; Galeria Olindo R. Campo Grande, 448; Hiuri Import R. Cer-ro Corá, 1.520; Imaginarium R. Carlos Weber, 1665; Life Travel R. Cerro Corá, 1.995; Lily Flores R. Barbalha, 90; Maison Terana Av. São Gualter, 98; Makis Place R. Carlos Weber, 375 lj 5; Man-gaba Av. Imperatriz Leopoldina, 1091; Oral Vita R. Brigadeiro Ga-vião Peixoto, 799; Pilates da Vila R. Manuel Bolto, 149; Pizzaria do David R. Carlos Weber, 1129; Pompeia Pet R. Tripoli, 166; Pon-teio Grill Churrascaria Av. Jagua-ré, 1.600; Snack Point R. Cerro Corá, 968; Super Banca Pça. Augusto Rush; Torta Maria R. Ma-noel Bolto, 40; Valisère R. Cerro Corá, 1.696; Yano Gastronomia R. Potsdan, 138.
VILA ROMANA“A” Cristal Sorroche Sorveteria R. Au-rélia, 326; ACM – Lapa R. Brig. Gavião Peixoto, 1100; ACSP Lapa R. Pio XI, 418; Banca Espártaco R. Espártaco, 621; Belíssima Calçados R. Nossa Sra. Da Lapa, 333; Buzinari Casa & Decora-ção R. Guaicurus, 1085; Cambará Res-taurante R Domingos Rodrigues, 322; Camille Pães e Doces R Aurélia, 810; Cervejaria Gourmet R. Tito, 400; China in Box R. Monteiro de Melo, 654; Cia da Moda R. Tito, 460; Ciesp Oeste R. Pio XI, 500; Countors Lapa R. Tito, 817; Di Maria Paisagismo e Arte R. Camilo, 955; Dona Felicidade R. Tito, 21; Ecofit Club R. Cerro Corá, 580; Empada & Cia R. Pio XI, 71; Famiglia Lucco Pizzas R. Pio XI, 240; Flores na Varanda R. Cami-lo, 455; Garimpos do Interior R. Marco Aurélio, 201; Gendai R. Pio XI, 98; My Berry R. Tito, 1158; OAB Lapa R. Afon-so Sardinha, 13; Padaria Merci R. Tito, 492; Pastel da Maria R. Afonso Sardi-nha, 323; Qualifarma Drogaria R. Mar-celina, 478; Sacolão da Lapa R. Caio Gracco, 322+-; Shopping Center Lapa R. Catão, 72; Spazio Casa R. Aurélia, 2160; Sucesso Modas Rua Albion, 18; Terapia da Vila R. Catão, 941; Wizard Pompeia R. Coriolano, 437.