Upload
sindilat-rs
View
233
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Edição nº 09 da Revista do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul
Citation preview
2
3
Iniciamos 2010 dizendo que era um
ano promissor, mas recomendávamos cau-
tela. Chegamos no 2° trimestre dizendo que
a entressafra não se comportava como tal,
e os melhores preços característicos desta
época não se confirmavam. Agora, pró-
ximos à primavera, podemos dizer que o
mercado não realizou o prometido para o
período e deixou preocupações para o ano,
nunca antes anunciadas tão cedo.
O Setor estava acostumado a um primeiro semestre melhor remu-
nerado. Esse resultado era repassado ao produtor, que compensava com
os maiores custos de produção enfrentados nessa época.
Logo em seguida, a safra trazia uma produção maior, é óbvio, e
preços menores. Nos últimos anos, esses preços despencavam de maneira
injustificada, apresentando valores bastante inferiores ao custo de produ-
ção. A Indústria se via obrigada a dividir parte desse prejuízo com os pro-
dutores. A média do ano deixava margens mínimas (2 a 3%), obrigando
produtores e Indústrias a trabalhar com escala. Como fica agora? Produtor
e Indústria não “fizeram gordura”.
Resta-nos acreditar que o período de crise ou mesmo guerra, foram
períodos que antecederam grandes realizações, seja pelos ensinamentos
que geram maturidade, seja pela necessidade de sobrevivência. É , o termo
é esse, sobrevivência. Se as Empresas individualmente, mas em cumplici-
dade com os produtores não tiverem juízo, as fusões e consolidações que
nos anos de 2007 e 2008 ensaiaram passos, acontecerão sem comemora-
ções, via falências e incorporações. O Mercado Interno deve colaborar, não
exigindo prática de preços suicidas que, em seguida, por escassez, reage e
cobra a conta.
Falamos em Mercado Interno, porque quanto ao Mercado Externo
a história é outra. Precisamos ter competitividade tanto em preços quanto
em qualidade. Devemos refletir e unidos em cadeia, Produção, Indústria e
Varejo, cada um fazer sua lição. Identificando o competidor que está fora
de nossas fronteiras. É com ele que devemos disputar espaços. Somos
um Estado com aptidão para a atividade, mas devemos traduzir este sen-
timento em ações. Devemos reavaliar nossa matriz de produção, buscar
a qualidade máxima, não nos atendo apenas à exigida pelos Órgãos de
controle. Organizamos, faremos frente às dificuldades que se apresenta-
rem. Elas sempre se apresentarão, mas saudáveis, nós sobreviveremos e
seremos felizes. Temos condições para isso !
Carlos Marcílio Arjonas Feijó
Presidente do Sindilat RS
editorial
Eleições
Qualidade
Queijos
Destaque 38
32
36
04
sumário
Conseleite
Avisulat
27
28
Mercado 30
4
Eleições
Em defesa do Rio Grande do Sul
Candidatos ao governo apresentam suas propostas para a cadeia leiteira
Yeda Crusius - Candidata a Governadora
Quais são os principais pontos do seu
programa de governo?
Com a obtenção do Déficit Zero nas
contas públicas do Rio Grande do Sul, passa-
mos a ter mais autonomia e assim podemos
planejar o futuro. Antes o planejamento que
se tinha no Estado não passava da análise de
pagamento da folha dos servidores para o pró-
ximo mês. Basta dizer que neste ano de 2010
a atual administração pública estadual está
realizando R$ 3,5 bilhões em investimentos
na infraestrutura, na saúde, na educação, na
segurança, na promoção da nossa economia e
nas prioridades escolhidas pelo nosso povo na
consulta popular.
O Plano de Governo para o nosso se-
gundo mandato já parte, assim, de uma nova
situação fiscal que nos permite dizer a todos
que o nosso Estado encontrou o seu caminho
certo para o desenvolvimento, que é o do in-
“O setoragropecuário
vemdiversificando
a matrizprodutiva, com o
propósito deviabilizar as
propriedades rurais e
fomentar a atividade
econômica no âmbito municipal
e/ou regional.”
vestimento crescente em bens públicos para
os nossos cidadãos, tendo em perspectiva tra-
zer o povo gaúcho de volta para os primeiros
patamares nacionais quanto aos indicadores
de qualidade de vida e de crescimento eco-
nômico. Portanto, os principais pontos que já
fazem parte do nosso Plano de Governo são
investimentos ainda maiores naquelas áreas
antes já citadas, em especial.
Como a candidata vê o agronegócio no
Rio Grande do Sul? Quais seus projetos para ele?
Uma das grandes vocações do Brasil
e, principalmente, do nosso Estado é agregar
valor às suas áreas de agricultura, florestas,
campos e de pecuária. O setor agropecuário,
em determinadas regiões, vem diversifican-
do a matriz produtiva, com o propósito de
viabilizar as propriedades rurais e fomentar
a atividade econômica no âmbito municipal
e/ou regional. As atividades agropecuárias
no RS têm gerado excedentes de produção.
Em 2009, foram responsáveis por 20% das
exportações brasileiras da carne de frango e
por 40% de carne suína.
A participação do Estado na produ-
ção brasileira é de aproximadamente 65%
do arroz, 15% da soja e 10% do leite. Neste
último produto, o crescimento anual é em
torno de 15%, enquanto que, no Brasil, a ati-
vidade avança em média 5% ao ano. Portan-
to, o agronegócio, assim como a agricultura
familiar, deve ser visto como uma fonte de
riqueza e de geração de renda ao longo da
sua cadeia produtiva, da mesma forma que
seus produtos são cada vez mais demanda-
dos em escala local, nacional e internacional.
Assim como temos feito neste primeiro man-
dato, dando prioridade à sanidade animal e
Sacos de Papel para Leite em Pó
Cola pré-aplicada hot melt ou Boca aberta.
Fundo Sextavado e Colado (blockbottom).
Invólucro de PEBD / Poliamidas / EVOH.
Shelf-Life de 6 meses até 2 anos.
Est
a e
mbala
gem
é s
óci
o-a
mbie
nta
lmente
corr
eta
porq
ue
foi
pro
duzi
da
com
papel
Kra
ft 1
00%
fib
ra lo
nga v
irgem
, fa
brica
do
a p
art
ir d
e c
elu
lose
ext
raíd
a d
e flo
rest
as
renová
veis
, ce
rtifi
cadas,
pla
nta
das
pela
mão
do
Hom
em
para
ta
l fin
alid
ade.
Foi i
mpre
ssa e
cola
da c
om
cola
e tin
tas
ató
xica
s à b
ase
dágua, e fin
aliz
ada s
em
util
izaçã
o
de
mão
de
obra
in
fantil
.
www.imballaggio.com.br
(31) 3491-4022
1893
TRADIÇÃO E INOVAÇÃO
vegetal da agropecuária gaúcha e apoiando
com crédito e com incentivos a expansão da
nossa capacidade de oferta agropecuária e
agroindustrial, o próximo mandato será pau-
tado pela recondução do Rio Grande do Sul
ao seu papel de celeiro do Brasil e de um dos
grandes produtores e exportadores agrope-
cuários do planeta.
O que pretende fazer para tornar rea-
lidade a exportação de leite gaúcho ao exte-
rior?
A exportação é uma atividade especia-
lizada e que exige, em geral, escalas de produ-
ção elevadas e, portanto, investimentos altos.
No caso do leite, o produto central de expor-
tação é o leite em pó. Enquanto os pequenos e
Eleições
6
Eleições
médios produtores de leite deverão continuar
focados nos mercados local, regional e nacio-
nal, as grandes unidades de produção de leite
em pó estarão com o seu foco de mercado nas
exportações.
Acredito ser esta uma avaliação correta
de cenário, e o Rio Grande do Sul tem todas
as condições para também se destacar na ati-
vidade de exportação de leite. Novos investi-
mentos em fábricas de leite em pó já foram
realizados com o apoio do Governo do Estado
recentemente, citando-se a Nestlé, a Italac,
a Bom Gosto, a Parmalat, por exemplo. Estes
investimentos estão aumentando a produção
de leite no Rio Grande do Sul em taxas acumu-
ladas que chegam a 40% nos últimos quatro
anos. Assim, cada vez mais o Rio Grande irá se
destacar como produtor e exportador de leite
nos cenários nacional e internacional. Um ou-
tro exemplo, além do crédito, de apoio recente
do Governo do Estado ao setor foi a concessão
do benefício fiscal de 4% na compra de leite de
produtores gaúchos para a produção de deri-
vados e de 5% para produção de queijo até 1,2
milhão litros/mês.
Como encontrar o equilíbrio: a socieda-
de busca pagar menos imposto, enquanto o
governo quer mais arrecadação.
Desde o início de nosso governo atu-
amos no sentido de manter o equilíbrio das
contas públicas e de fato conseguimos. Por in-
crível que pareça aumentamos nossas receitas
diminuindo tributos, pois, ao longo de nossa
gestão, foram mais de 60 ações de incentivo
aos setores produtivos. Logo, a resposta para
essa questão é a boa gestão de um governo
que privilegia a eficiência, a eficácia e a efeti-
vidade na prestação de serviços públicos para
os gaúchos e gaúchas das nossas regiões. Que-
“A principalreivindicação
gaúcha nareforma
tributáriadeveria ser
por umacompensação
maior daperda de receita
vinda dasdesonerações das
exportações.”
remos mais arrecadação, mas não à custa de
mais impostos, e sim ao lado da continuidade
das medidas de gestão, tendo como fonte o
crescimento da economia gaúcha e, portan-
to, a expansão da sua capacidade de produzir,
acumular riqueza e gerar renda e empregos.
O que fazer para acontecer a Reforma
Tributária?
A principal reivindicação gaúcha na
reforma tributária deveria ser por uma com-
pensação maior da perda de receita vinda das
desonerações das exportações. Para funda-
mentar esse pleito é importante entender a
magnitude das renúncias fiscais no RS, a dimi-
nuição da carga do ICMS gaúcho e a queda dos
ressarcimentos da Lei Kandir. Para tanto, basta
afirmar-lhes que as renúncias vêm aumentan-
do no Rio Grande do Sul, passando de 36,20%
do ICMS potencial (em 2005) para 39,48% no
ano de 2008.
Assim, a reforma tributária tem sido
postergada pelo receio dos estados, em es-
pecial aqueles que já vêm perdendo receitas
tributárias potenciais no modelo atual, de fi-
carem ainda mais dependentes do Governo
Federal e perderem mais autonomia quanto a
suas decisões tributárias.
Considerações finais
Os gaúchos e gaúchas me honraram
com seu voto há quatro anos atrás e tenho ple-
na consciência de que, ao custo de muito es-
forço, que em alguns momentos veio acompa-
nhado por lágrimas, eu e meus companheiros
e companheiras de governo soubemos tam-
bém honrar a escolha eleitoral da nossa gente.
Estamos agora chegando a um novo momen-
to de escolha democrática dos nossos gover-
nantes e estou pronta para defender perante
os rio-grandenses a nossa proposta de conti-
7
Eleições
Tarso Genro - Candidato a Governador
Quais são os principais pontos do seu
programa de governo?
Ele está baseado em um tripé. Primeiro: o
ponto de partida para o desenvolvimento do Es-
tado é a base produtiva local, que tem lugar para
todos, desde os assentamentos, passando pelo
agronegócio até as cadeias produtivas tradicio-
nais gaúchas. Segundo: nós queremos, através
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social do Estado, criar um grande acordo de de-
senvolvimento econômico no Rio Grande do Sul.
Queremos unir contrários, inclusive em
torno de diretrizes que podem ser acolhidas por
uma ampla maioria e deixando o contencioso
político para a vida política comum, como ocorre
nas democracias. E terceiro: fazer com que o Rio
Grande do Sul se encontre com a União Federal
e com o mundo. Somos hoje um Estado paro-
quializado, fechado, escondido. A governadora
não pode nem buscar recursos no exterior,
porque não quer repassar o governo para o
seu vice. É um Estado que está despersona-
lizado politicamente, embora tenha uma his-
tória de personalidade política muito forte e
o seu povo tenha personalidade política. En-
tão nós vamos fazer jus a esta tradição. Nós
vamos governar o Estado negociando com a
União, apresentando uma agenda forte e exi-
gindo cada vez mais recursos. E ainda inserir
o Estado na globalização, de maneira que
possamos encontrar nichos, lá fora, para dis-
putar grandes mercados. Vou dar um exem-
plo concreto. O Rio Grande pode produzir a
melhor carne do mundo. Em certas regiões já
produz. Por que nós não podemos fazer uma
campanha da nossa marca, da carne gaúcha
no exterior, para sedimentar as nossas ex-
portações? Para isso nós temos que tomar
nuarmos a percorrer juntos o caminho certo do
crescimento econômico e do desenvolvimento
social deste Estado que tanto amamos. Digo a
vocês que fizemos muito, mas não fizemos tudo.
Por isto estou pedindo ao povo gaúcho a reno-
vação do seu voto em nosso compromisso
de reconduzirmos todos nós a patamares de
saúde, ensino público, segurança e infraes-
trutura que voltem a encher-nos de orgulho
de nossas façanhas.
“O Rio Grande do Sul precisa recuperar o protagonismo nas questões nacionais.”
8
Eleições
atitudes seríssimas em termos de sanidade,
de fiscalização, de qualificação do aparato do
Estado para poder cumprir as normas interna-
cionais. E isso nós faremos também.
Como o candidato vê o agronegócio no
Rio Grande do Sul? Quais seus projetos para
ele?
O setor primário gaúcho tem uma base
produtiva predominante de pequenos e mé-
dios produtores, diversificada e regionaliza-
da. As cadeias agroindustriais respondendo
por cerca de 50% da economia gaúcha, e dos
496 municípios, mais de 90% têm a sua base
econômica lastreada no setor primário. As po-
líticas locais, abandonadas pelos dois últimos
governos, precisam ser retomadas e fazer a sua
parte para acompanhar o ritmo desse Brasil
que cresce. A Retomada do Desenvolvimento
Econômico e Social do meio rural gaúcho, co-
locando-o no ritmo acelerado do Brasil, pressu-
põe um programa de governo, onde o Estado,
com diálogo e em parceria com as entidades
organizadas da sociedade civil e movimentos
sociais, seja capaz de conduzir a construção de
um novo modelo de desenvolvimento rural,
que leve em consideração as desigualdades re-
gionais e microrregionais, mas que ao mesmo
tempo seja capaz de fortalecer as potencialida-
des locais, incluindo pessoas e regiões na dinâ-
mica econômica e social do país. A construção
deste novo modelo de desenvolvimento deve
resgatar as experiências do Governo Olívio e
Lula, qualificando as diferentes iniciativas dos
nossos governos. Entende-se que o mercado é
incapaz de responder às necessidades do con-
junto dos setores mais frágeis da sociedade, o
que exige uma presença forte do Estado como
regulador, indutor do desenvolvimento e pro-
motor da inclusão social e do combate às de-
sigualdades regionais. Para isto é fundamental
recuperar as estruturas de Estado para que ele
seja eficiente na execução de suas atribuições,
como os serviços de assistência técnica, pes-
quisa, defesa agropecuária, abastecimento lo-
cal e regional, armazenagem. É urgente uma
profunda readequação do ensino para as
regiões e municípios rurais, bem como, um au-
dacioso programa de profissionalização para
os homens e as mulheres dirigido às suas dife-
rentes necessidades e realidades.
O nosso governo terá políticas para to-
dos os segmentos do meio rural, implementan-
do um modelo econômico, de inclusão social e
digital, que atenue os efeitos do êxodo rural,
priorizando os médios produtores, a agricul-
tura familiar, os camponeses, assentados, pes-
cadores artesanais, comunidades indígenas e
quilombolas, os quais representam a ampla
maioria da população rural e têm nesse espa-
ço suas formas de produção, cultura, estilos de
vida e reprodução social. Principais Propostas:
Retomar o Programa Sabor Gaúcho adesão SU-
ASA; Criação da secretaria de Desenvolvimen-
to Rural e Cooperativismo; Criação do Progra-
ma Estadual de Produção Agroecológica.
O que pretende fazer para tornar reali-
dade a exportação de leite gaúcho ao exterior?
A cadeia agroindustrial do leite, no Bra-
sil e no RS, é uma das mais importantes, em
face de sua abrangência social e econômica.
É a quarta força no setor primário brasileiro,
ocupando mão de obra no campo e gerando
empregos diretos e indiretos que somam 733
mil pessoas no Estado do RS. São 80 mil produ-
tores de leite no RS. Sendo um dos setores que
mais geram trabalho para cada unidade de va-
lor investido na cadeia, são aproximadamente
197 postos de trabalho para cada R$ 1 milhão
“A Retomada do Desenvolvimento
Econômico e Social do meio
rural gaúcho pressupõe um
programa degoverno que
seja capaz de conduzir a
construção de um novo modelo
de desenvolvi-mento rural.”
909
Eleições
nas vendas de produtos de leite e derivados,
superando diversos setores da economia.
O RS produz diariamente entre 9 e 9,5
milhões de litros de leite, na média anual, en-
tretanto, a capacidade industrial instalada de
processamento no Estado já gira entre 14 e 15
milhões de litros dia. Quando os projetos em
execução das novas indústrias estiverem con-
cluídos até 2012, a capacidade industrial ins-
talada chegará a 18 milhões de litros/dia. Um
dos principais desafios é a implementação de
um potente programa de fomento a produção,
a produtividade e a qualidade da matéria pri-
ma leite. O tema da qualidade do leite é um
dos principais desafios para ganhar mercado
externo, o que pressupõe programas específi-
cos de sanidade animal para o combate a do-
enças, qualificação profissional dos produtores
para evoluir nos investimentos de infraestrutu-
ra produtiva e manejo animal. Desta forma, a
defesa agropecuária, serviço público e oficial
assume importância decisiva no meu governo.
Prospecção de novos mercados, no âmbito in-
ternacional para os lácteos, por meio de pre-
sença em feiras e eventos internacionais e cria-
ção de um ambiente de empreendedorismo,
com desburocratização, agilidade e eficiência
do Estado na prestação de serviços públicos.
Como encontrar o equilíbrio: a socieda-
de busca pagar menos imposto, enquanto o
governo quer mais arrecadação?
O nosso programa de governo é bem
claro sobre a questão dos impostos. Não
existe possibilidade de aumentarmos a carga
tributária do Estado. Pelo contrário! Vamos
trabalhar com desonerações e incentivos fis-
cais para fortalecer a nossa base produtiva já
instalada, nem que para isso seja necessária a
criação um novo Fundopem. Também iremos
10
Eleições
José Fogaça - Candidato a Governador
Quais são os principais pontos do seu
programa de governo?
Para tornar-se mais eficiente e se de-
senvolver econômica e socialmente, o Rio
Grande precisa trocar o conflito pelo diálogo
e substituir a disputa pela cooperação. Nas
sociedades contemporâneas avançadas – ba-
retomar o Simples Gaúcho aos moldes do Go-
verno Olívio, beneficiando um número maior
de empreendedores. O Governo do presidente
Lula já comprovou que a diminuição de impos-
tas aquece a economia e aumenta a arrecada-
ção. Outra medida que vamos adotar é o for-
talecimento dos mecanismos de arrecadação,
atacando com firmeza a sonegação fiscal.
O que fazer para acontecer a Reforma
Tributária?
Em primeiro lugar, o Rio Grande do Sul
precisa recuperar o protagonismo nas ques-
tões nacionais. Dentro do Conselho Econômi-
seadas na produção e circulação de informa-
ções e na interação e colaboração dos seres
humanos e instituições públicas e privadas –
não existe mais espaço para a administração
autocrática e personalista ou para a gestão
refém preconceitos ou radicalismos ideológi-
cos. O indispensável debate democrático deve
co e Social vamos discutir qual será a nossa
proposta. É impossível haver unanimidade
nesta questão. Porém, é preciso buscar um
consenso mínimo para acabar com a guerra
fiscal entre os Estados.
Considerações finais
Chegou a hora de fazer o Rio Grande
crescer no ritmo do Brasil. E isso só se constrói
com a contribuição de todos. Ao longo dos
últimos meses, reunimos no site sugestões e
experiências de todas as regiões e setores de
nosso Estado, em caravanas, encontros, plená-
rias e ideias para o RS crescer.
“Nosso governo propõe
mudanças,mas queremos
manter ‘opatrimônio de
esforçosacumulados’para dar um
salto dequalidade
para o Estado.”
11
Eleições
reconhecer e respeitar o limite que separa as
legítimas divergências sobre opções de polí-
tica pública do necessário consenso sobre os
interesses permanentes do Estado e da socie-
dade. Outro ponto importante a ser ressaltado
é o empreendedorismo econômico e social. O
Rio Grande quer, pode e deve aproveitar as no-
vas oportunidades abertas pelo grande ciclo
de desenvolvimento em curso no Brasil. Não
apenas disputar e realizar investimentos que
ampliem nossa base produtiva, mas também
aumentar significativamente a produtividade
de nossas atividades e cadeias produtivas tra-
dicionais, além de investir esforços e recursos
nas possibilidades abertas pela nova econo-
mia – nos setores de bioenergia, infraestrutura,
tecnologia da informação, cultura e criativida-
de, e serviços de alta complexidade.
Para atingir tais fins, o Governo do Esta-
do precisa assumir maior protagonismo, esti-
mulando e apoiando as iniciativas privadas na
prospecção inteligente de novas oportunida-
des.
Como o candidato vê o agronegócio
no Rio Grande do Sul? Quais seus projetos
para ele?
A agricultura constitui a essência da
nossa cultura, da nossa economia. É impor-
tante por isso entender o papel que os muni-
cípios exercem. Eles têm a condição de liderar,
projetar e desenvolver as políticas públicas
que o Estado deve implementar e que devam
ser objeto de investimentos nas regiões. É
necessário haver mais investimentos em pes-
quisa, comercialização e infraestrutura para
fortalecer a cadeia produtiva. Por ser a base
do nosso desenvolvimento, o setor merece
um olhar especial, sobretudo, com zelo. Se
não valorizarmos esta vocação, não haverá
agroindústria e nenhum outro tipo de desdo-
bramento econômico. Quando o setor primá-
Do produtor ao consumidor,a Santa Clara est‡ presente, unindo pessoas com trabalho e alimento di‡rios,nutrindo essa grande fam’lia com o Puro Leite da Serra.
www.coopsantaclara.com.br
NÚ
CLE
O
12
Eleições
rio para, todos os outros cessam também. Por
isso, a nossa disposição, o nosso compromisso
é de uma ampla e qualificada parceria com os
municípios. Para que os municípios possa ser o
grande instrumento. Mas uma parceria respei-
tosa que não só divida encargos, mas também
os ganhos.
O que pretende fazer para tornar reali-
dade a exportação do leite gaúcho ao exterior?
De um modo geral são baixos os coefi-
cientes de exportação para o mercado interna-
cional das diferentes regiões agrícolas do Rio
Grande do Sul – com exceção do Vale do Rio
Pardo com o fumo. Isto constitui um constran-
gimento que precisa ser superado, pois quanto
mais especializada for a estrutura produtiva de
uma região – para um dado grau de diversifi-
cação da demanda local – maior será a neces-
sidade de exportar. De outra parte, as possi-
bilidades de o RS elevar significativamente as
suas exportações de produtos primários para
o Brasil são limitadas não só pelo lado da de-
manda, mas também pela forte concorrência
das regiões de fronteira agrícola. A China é um
exemplo eloquente, pois quadruplicou o seu
tamanho de economia e aumentou em torno
de nove vezes o seu tamanho de comércio. A
participação no PIB mundial passou de 3,4%
para 15,4% e no comércio de 0,79% para 6,9%.
O governo da aliança se propõe é a promover
a articulação interna da administração pública
com vistas a ter um instrumento de ação eficaz.
A isso deverá juntar-se a ação do já referido
Núcleo de Inteligência Competitiva, que deve-
rá auxiliar na prospecção de oportunidades de
negócios também no setor agropecuário.
Como encontrar o equilíbrio: a socieda-
de busca pagar menos imposto, enquanto o
governo quer mais arrecadação?
Na prefeitura de Porto Alegre imple-
mentamos uma gestão eficiente no controle
das contas públicas. A Capital obteve superávit
pelo sexto ano consecutivo. Uma das ações foi
a redução de impostos, de forma gradativa, em
áreas como call centers, pneus e agências de
publicidade, o que resultou em aumento de
arrecadação.
O que fazer para acontecer a Reforma
Tributária?
No início do Governo Lula houve uma
proposta de Reforma Tributária em nível fe-
deral e estadual, criando o Imposto de Valor
Agregado (IVA), a ser cobrado pelo governo fe-
deral, unificando no país e pretendendo, com
isso, evitar a chamada guerra fiscal. A grande
Reforma Tributária que poderá vir no futuro é
essa. Padronizar o imposto, o ICMS de forma a
evitar e combater a guerra fiscal que hoje de-
paupera principalmente os estados que estão
longe dos centros industriais do país, como é
o caso do RS.
Considerações finais
Nosso governo propõe mudanças, mas
queremos manter “o patrimônio de esforços
acumulados para dar um salto de qualidade
para o Estado”. O equilíbrio das contas irá pro-
piciar a recomposição dos serviços públicos.
E nosso governo será firmado em três eixos:
compromisso com a estabilidade política e das
contas públicas e investimento no desenvol-
vimento regional. Iremos apoiar o desenvolvi-
mento o desenvolvimento regional, capaz de
garantir que o governo chegue mais perto da
população e das prefeituras.
“A agricultura constitui a
essência da nossa cultura, da nossa
economia. É importante por isso entender o
papel que os municípios
exercem”
15
responsabilidade social
14
Eleições
apresentam seu perfil de trabalhoCandidatos ao Senado
Quais são os principais pontos que pre-
tende trabalhar em seu mandato?
Meus mandatos sempre foram focados
nas políticas sociais. Meu mandato como se-
nador deu um salto de qualidade. Defendo o
desenvolvimento do Rio Grande com o olhar
voltado para as pessoas. Trabalho pelo idoso,
pelos jovens, pelas mulheres, pela educação,
pela saúde, pelo trabalhador do campo e da
cidade, pelo empresário, enfim, pelo desen-
volvimento de uma sociedade mais justa e
solidária. Apresentei mais de mil propostas,
contemplando todos os setores, e vou dar
continuidade a este trabalho. Defendo um
Paulo Paim - Candidato ao Senado
Pacto Federativo com responsabilidade social
e ambiental. Tratei com respeito e dedicação
os setores que promovem o desenvolvimento
econômico do Rio grande, como por exemplo:
coureiro-calçadista, metal-mecânico, movelei-
ro, agropecuário, vitivinicultor, orizícola, têxtil,
naval, de pedras preciosas, carvoeiro, turístico,
do comércio, entre outros. Na área orçamen-
tária fui o único parlamentar a indicar recursos
do Orçamento da União para todos os 496 mu-
nicípios gaúchos, fato inédito, e vou dar con-
tinuidade a essa forma de atuação. Desejo in-
tensificar ainda mais os canais de comunicação
com todos os setores. Trata-se de um mandato
participativo. Costumo dizer que o mandato
“Sou umdefensor do agronegócio
porqueacredito na
vocaçãobrasileira,
especialmente gaúcha, para o
desenvolvimento das atividades no
campo, pelageração de
empregoe renda.”
15
Eleições
não é meu, é do povo gaúcho.
Como o candidato vê o agronegócio no
Rio Grande do Sul? Quais seus projetos para ele?
Sou um defensor do agronegócio por-
que acredito na vocação brasileira, especial-
mente gaúcha, para o desenvolvimento das
atividades no campo, pela geração de empre-
go e renda, pela diversidade de características
positivas como clima adequado, solos férteis,
grandes extensões de áreas disponíveis e água
abundante. O aumento da população mundial
nos leva a crer que a demanda por alimentos
e commodities ligadas ao agronegócio solidi-
ficarão o desenvolvimento econômico do Bra-
sil. É um setor eficiente, moderno e cada vez
mais competitivo, salvo questões pontuais. O
investimento em pesquisas tem trazido cada
vez mais resultados positivos para a agricul-
tura e para a pecuária fortalecendo a comer-
cialização tanto no mercado nacional quanto
internacional. Em 2009, as exportações do
agronegócio brasileiro representaram U$ 64,8
bilhões. O Rio Grande do Sul ficou em segun-
do lugar no ranking dos estados exportadores,
com volume de exportações de U$ 9 bilhões,
abaixo apenas de São Paulo, que exportou U$
15 bilhões.
Esses dados demonstram que o agrone-
gócio gaúcho está indo bem, mas temos ainda
alguns gargalos, como o câmbio desfavorável,
a dificuldade da logística de transportes e as
distorções do mercado internacional como
as barreiras às importações e os subsídios. O
agronegócio tem prioridade em meu manda-
to e sempre terá. E isso não sou eu que digo.
A afirmação de que: “Sem dúvida, o senador
Paim é o parlamentar que mais tem contribu-
ído com a designação de recursos para o se-
tor agropecuário do Rio Grande do Sul ” foi do
superintendente federal de Agricultura no Rio
Grande do Sul, Francisco Signor. Em 2009, dos
349 projetos analisados pela SFA/RS para o Pro-
grama de Apoio ao Desenvolvimento do Setor
Agropecuário (Prodesa), 56 foram de autoria
do nosso Gabinete. Apenas nos anos de 2008
e 2009, possibilitamos mais de R$ 10 milhões
de investimentos em projetos de aquisição de
patrulhas agrícolas, eletrificação e construções
rurais, abrangendo 83 municípios e benefi-
ciando diretamente mais de 14,3 mil famílias.
Os recursos alocados por nós representam
investimentos diretos do governo federal nos
municípios, através do Ministério da Agricul-
tura, que totalizam R$ 5,6 milhões e, somados
às contrapartidas das prefeituras, alcançaram a
expressiva soma de R$ 7 milhões.
O que pretende fazer para tornar reali-
dade a exportação de leite gaúcho ao exterior?
O Estado do Rio Grande do Sul tem uma
bacia leiteira importante, entre as maiores do
país, e a cadeia produtiva tem se desenvolvido
de forma positiva, com instalação de diversas
plantas industriais. Em relação às importações
de leite e derivados, o Governo Federal está
atento, tanto que aprovou (até dezembro de
2011) a elevação temporária da Tarifa Externa
Comum - TEC junto ao Mercosul dos produtos
lácteos, como forma de ampliar a proteção do
setor frente ao mercado internacional, acabou
com a licença automática de importação do
leite do Uruguai, tem apoiado a indústria com
Empréstimo do Governo Federal - EGF, e estuda
um Plano de Escoamento da Produção - PEP.
O aumento das exportações do leite
depende de diversos fatores, especialmente
de medidas macroeconômicas desenvolvidas
com foco no mercado externo. Segundo da-
dos do IBGE, a balança comercial de lácteos
fechou o primeiro semestre deste ano com
“Acredito quea exportaçãogaúcha de produtos lácteos poderá crescer e atingir grandes mercados e o Governo Federal está trabalhando nesse sentido.”
16
Eleições
déficit de US$ 70,5 milhões, com importações
no montante de 54,5 mil toneladas de lácteos,
e somente 28,4 mil toneladas exportadas, com
destaque para a importação do leite em pó.
Tanto que o Governo já trabalha para a viabi-
lização da compra de leite em pó, via Conab,
conforme já comentamos. A baixa competitivi-
dade do leite brasileiro deve-se especialmente
ao nosso custo de produção, aos baixos preços
internacionais e ao dólar desvalorizado frente
ao real. Acredito que a exportação gaúcha de
produtos lácteos poderá crescer e atingir gran-
des mercados e o Governo Federal está traba-
lhando nesse sentido, o que depender de nos-
so apoio no Congresso Nacional estamos com
o Gabinete de portas abertas para defender os
interesses tanto dos produtores quanto dos in-
dustriais que compõe a cadeia produtiva.
Como encontrar o equilíbrio: a socieda-
de busca pagar menos imposto, enquanto o
governo quer mais arrecadação.
O principal problema brasileiro é que a
tributação de bens e serviços, segundo dados
do Ipea, representa 48,44% do total da carga,
enquanto os impostos sobre a renda e o pa-
trimônio correspondem a somente 23,63%. A
exagerada carga tributária sobre os impostos
indiretos faz com que o nosso sistema atinja,
proporcionalmente, os mais pobres, ao con-
trário do que acontece em outros países. Por
isso a necessidade de uma verdadeira reforma
tributária. O topo da pirâmide paga menos im-
postos que os cidadãos das classes mais bai-
xas, e isso é uma grande injustiça. Defendo a
ideia de que uma reforma tributária justa e pe-
rene pressupõe, acima de tudo, um novo pacto
federativo. Precisamos tornar o nosso sistema
tributário mais simples, transparente e, ainda,
conferir segurança jurídica com diminuição na
quantidade de impostos. O sistema brasileiro
é complexo e por isso dá margens à sonega-
ção, dificultando as medidas fiscalizatórias do
governo.
O equilíbrio somente será possível se
conseguirmos aprovar uma verdadeira refor-
ma dentro dos princípios de igualdade e jus-
tiça. O Estado tem a obrigação de intervir na
ordem social para remover essas injustiças. Te-
mos hoje alguns problemas graves em termos
de política fiscal como a tributação excessiva
da folha de salários, a complexidade da estru-
tura, a cumulatividade, o aumento elevado do
custo dos investimentos devido ao longo pra-
zo de recuperação dos créditos dos impostos
pagos sobre os bens de capital, a guerra fiscal
entre estados... Por fim, acredito que cada cida-
dão deve, sim, contribuir com as despesas do
Estado, porém na medida da sua situação jurí-
dica, tornando a lei tributária igual para todos.
Defendo uma Reforma Tributária que seja con-
dizente com as necessidades do Brasil, de em-
pregados e empregadores. Uma Reforma que
busque distribuição de renda entre a popula-
ção, fortalecendo os Estados e os Municípios.
O que fazer para acontecer a Reforma
Tributária ?
Primeiramente deve haver vontade po-
lítica e social, e ainda convergência de interes-
ses. Esta é uma questão espinhosa, pois não há
pacificação em relação à matéria. O Governo
Federal encaminhou ao Congresso Nacional
uma proposta interessante, com pontos positi-
vos, mas alguns gargalos. O papel do Congres-
so é justamente este, debater o assunto com
a sociedade e chegar a um texto que, ao ser
aprovado, contemple todos os setores. Acredi-
to ser possível aprovar uma reforma tributária
condizente com as necessidades do Governo
“O Estado do Rio Grande do Sul tem uma bacia leiteira importante, entre as maiores do país.”
18
Eleições
e da sociedade, mas para isso é preciso ouvir
todos os segmentos.
Considerações finais
Sei que o Estado do Rio Grande do Sul
é um dos gigantes do agronegócio brasileiro
pela sua importância econômica e social. A
produção gaúcha gera empregos, renda e di-
visas que movimentam a economia local e na-
cional. O campo já enfrentou inúmeras dificul-
dades e soube superá-las buscando apoio nas
instâncias governamentais. E este é o caminho.
Hoje a grande barreira a ser suplantada, tanto
para o leite como para as carnes e grãos, é a
Germano Rigotto - Candidato a Senador
queda de preços nas commodities no plano in-
ternacional e a cotação do dólar frente ao real.
O Governo Federal precisa continuar investin-
do em políticas públicas e adotando medidas
macroeconômicas capazes de tornar o “agro-
bussines” cada vez mais eficiente e viável. Um
dos grandes trunfos que o Brasil tem é o seu
mercado interno. Temos um grande potencial
de desenvolvimento devido ao nosso enorme
mercado consumidor. E o consumo é estímulo
para o investimento, para o crescimento e esta-
bilização da economia. Por fim, quero registrar
que nossa obrigação enquanto parlamentar é
viabilizar caminhos, mas sempre com o olhar
na responsabilidade social.
Quais são os principais pontos que pre-
tende trabalhar em seu mandato?
Quero ser senador do Rio Grande do
Sul para poder melhor representar o Estado
dentro da Federação, elaborando projetos que
venham a atender aos interesses do Estado.
Quero poder trabalhar para desemperrar as
reformas estruturais necessárias, e que estão
trancadas no Congresso, como a Tributária, a
Política, e a revisão do Pacto Federativo. Além
do mais, vou atuar para resgatar a identidade
do Senado, abalada por sucessivas crises e de-
núncias. Além disso, quero poder ajudar o meu
partido a ter uma postura mais firme na defesa
“Não podemos perder essa
vocação do setor primário gaúcho, que produz com
cada vez mais tecnologia eresultados.”
de suas antigas bandeiras, formando um novo projeto nacional para
o futuro do país.
Como o candidato vê o agronegócio no Rio Grande do Sul?
Quais seus projetos para ele?
O Rio Grande do Sul avançou muito na sua concepção indus-
trial, mas é sobre o nosso agronegócio que se sustenta boa parte des-
sa produção. Não podemos perder essa vocação do setor primário
gaúcho, que produz com cada vez mais tecnologia e resultados. Por
isso, como senador vou trabalhar para que exista uma política agrí-
cola consistente e que atinja, principalmente, os pequenos e médios
produtores rurais, que são a base para atividades como a própria pro-
dução leiteira e, por consequência, para a indústria de laticínios.
O que pretende fazer para tornar realidade a exportação de
leite gaúcho ao exterior?
No nosso governo, trabalhei muito para trazer grandes plantas
do segmento leiteiro para o Estado, como a Nestlé e investimentos da
Italac, por exemplo. Também atuamos para garantir os investimentos
daquelas empresas que já estavam instaladas no Estado. Mas o prin-
cipal para que possamos ganhar mercados, inclusive internacionais, é
reduzir a carga tributária sobre o leite. Como produto essencial, não
deveria ser tributado, o que permitiria uma redução nos custos de
produção, incentivaria o setor a melhorar ainda mais as suas unidades
produtoras e daria novas perspectivas para que possamos exportar
com qualidade e bom preço.
Como encontrar o equilíbrio: a sociedade busca pagar menos
imposto, enquanto o governo quer mais arrecadação.
O que mais dificulta a situação tributária para os brasileiros e
os gaúchos é que a fórmula errada do nosso sistema tributário pena-
liza mais aqueles que ganham menos. É impossível mantermos cargas
setoriais tão grandes, como é o caso do assalariado, que chega a pa-
gar 54% de imposto sobre os produtos essenciais que compra. Temos
que mudar essa lógica, alargando a base de contribuintes, reduzindo
a sonegação, a informalidade e as brechas judiciais para que muitos
paguem menos. É preciso ter um sistema mais justo e eficiente, que
também desonere a produção, com menor carga trabalhista também.
20
Eleições
O que fazer para acontecer a Reforma
Tributária ?
O passo principal é pressionar para que
os candidatos, dos quais um será presidente
do Brasil, encampem a defesa e a necessida-
de de uma reforma tributária no país. Isso tem
que ser um compromisso, pois é preciso que
o Executivo federal entenda que é preciso fa-
zer essa mudança em um sistema tão caótico,
com excesso de tributos, 27 legislações dife-
rentes nos Estados, e uma confusão que acaba
tornando cada vez mais caro produzir no país.
E isso precisa ser um compromisso para o pri-
meiro ano do novo presidente da República,
porque, senão, mais uma vez podemos perder
o bonde da história.
Considerações finais
Gostaria de aproveitar para lembrar
que, neste ano, teremos uma eleição em que
dois candidatos serão escolhidos para o Se-
nado Federal. Acredito que é hora de o eleitor
analisar aqueles que têm experiência e dedica-
ção à atuação política pelos interesses do RS.
Já fui vereador, deputado estadual e federal e,
por uma graça de Deus, tive a oportunidade de
governar o nosso Rio Grande. Portanto, espero
que as pessoas lembrem da importância de ter
uma articulação nacional e um amplo conheci-
mento do Estado, das suas necessidades e de
suas potencialidades.
Quais são os principais pontos que pre-
tende trabalhar em seu mandato?
Senador não tem plano de governo,
mas agenda legislativa. Entre as competências
do mandato se inclui a fiscalização dos atos do
Presidente da República, análise do orçamento
da União (apresentação de emendas), apro-
Ana Amélia Lemos - Candidata ao Senado
vação de empréstimos internos e externos,
aprovação de nomes para o Banco Central,
agências reguladoras, ministros do Supremo e
embaixadores. O senador é o representante do
Estado no parlamento. Por isso, dessa forma,
cada Estado, independentemente do tamanho
ou importância, tem três senadores.
“Muitos recursos se perdem nos
labirintos daburocracia.
Rigor nafiscalização
desses gastos é o caminho que
pretendo tomar.”
21
Eleições
“Rio Grandedo Sul, pela qualidade daspastagens epelo apuro da genética dogado leiteiro,pode setransformarno maior centro produtor deleite do país.”
Como a candidata vê o agronegócio no
Rio Grande do Sul? Quais seus projetos para ele?
O agronegócio é a base da economia
gaúcha. Com vocação exportadora, iniciou
processo de consolidação da soja como prin-
cipal produto da pauta de exportação. Arroz,
carne, fumo e trigo também estão nesse rol.
Nos últimos anos, uma vigorosa produção de
leite estimulou grandes investimentos na in-
dústria de lácteos em várias regiões do Estado.
Ouvi recentemente de um executivo da multi-
nacional Nestlé, Francisco Marino, a afirmação
de que o Rio Grande do Sul, pela qualidade
das pastagens e pelo apuro da genética do
gado leiteiro, pode se transformar no maior
centro produtor de leite do país. Com a Ex-
pointer, a Expodireto, a Fenasoja, a Expoagro/
Afubra e a Agroshow, são alguns dos impor-
tantes eventos que revelam o protagonismo
do agronegócio na economia gaúcha. No Se-
nado, irei dar atenção a essa área. Vale lembrar
que está na mão dos senadores a definição
das alterações no Código Florestal e também
da lei de cultivares, só para citar alguns dos te-
mas que impactam diretamente na atividade
agropecuária.
O que pretende fazer para tornar reali-
dade a exportação de leite gaúcho ao exterior?
Penso que precisamos discutir questões
sanitárias e barreiras comerciais. Será necessá-
rio um grande esforço para que os acordos in-
ternacionais favoreçam a exportação do leite e
seus derivados. É preciso também reavaliar os
termos dos acordos no âmbito do Mercosul. O
Uruguai exporta grandes quantidades de car-
ne ovina para o Brasil, mas não compra sequer
um quilo de frango brasileiro. Isso não é justo.
Como encontrar o equilíbrio: a socie-
dade busca pagar menos imposto, enquanto
o governo quer mais arrecadação.
A discussão sobre tamanho de Estado
é inócua. Quem paga imposto quer um Esta-
do eficiente e, lamentavelmente, não é isso
que temos. Faltam estradas, escolas, hospitais
e segurança, porque o gestor público nem
sempre se preocupa com a qualidade do gas-
to. Muitos recursos se perdem nos labirintos
da burocracia. Rigor na fiscalização desses
gastos é o caminho que pretendo tomar.
O que fazer para acontecer a Reforma
Tributária ?
Reforma como foi proposta é inviá-
vel porque retira autonomia dos estados e
municípios. É preciso encontrar uma forma
equilibrada e justa na repartição da recei-
ta dos impostos entre os entes federativos.
Hoje, a União abocanha 52% da receita, os
Estados, 27%, e os municípios apenas 21%.
Essa distorção, a meu ver, compromete a
própria democracia.
Considerações finais
A população precisa entender que no
regime democrático, senadores e deputados
têm relevante papel na tomada de decisões
legislativas que impactam no seu cotidiano.
É por isso que tenho defendido o voto cons-
ciente para que o eleitor possa cobrar mais
tarde resultados do trabalho dos deputados
e senadores que elegeu. Na política não exis-
te espaço vazio. Se um político sério, hones-
to e bem intencionado não chega lá, outro
sem essas qualidades, o fará. Os destinos do
país estão nas mãos dos eleitores.
22
Eleições
as prioridades do paísPara os presidenciáveis,
Dilma Rousseff - Candidata à Presidência
Quais são os principais pontos do seu
programa de governo?
“Para o Brasil seguir mudando” é o nome
da nossa coligação e diz exatamente qual é a
nossa proposta: dar prosseguimento, avançan-
do sempre, em todas as mudanças econômi-
cas e sociais realizadas pelo Presidente Lula em
oito anos de governo. Prosseguir governando
para todos os 190 milhões de brasileiros. Se-
guir o caminho dessa era de prosperidade que
se abre para o país. Realizar um governo que
leve o Brasil a ser um país de classe média, sem
pobreza.
Como a candidata vê o agronegócio no
Rio Grande do Sul? Quais seus projetos para ele?
O Brasil rural de hoje é muito diferen-
te de alguns anos atrás. E a primeira grande
diferença é que, hoje, o campo cresce e se
desenvolve com renda e cidadania. O PIB da
agropecuária cresceu 32% entre 2002 e 2009,
saltando de 124 bilhões para 164 bilhões de
reais. A produção passou de 96 milhões de to-
neladas de grãos para 146 milhões. E o melhor,
isso foi obtido com aumento da produtividade,
que também ocorreu em outras áreas. E o Rio
Grande do Sul teve grande contribuição nes-
ses resultados. Eu acredito que o campo bra-
sileiro responde e pode ser resposta efetiva a
três das grandes agendas estratégicas para o
mundo: a segurança energética; a segurança
alimentar; e o clima. E, sem dúvida alguma, o
planejamento para o futuro deve buscar apro-
veitar este cenário como oportunidade para
“O Brasil rural de hoje é muito
diferente dealguns anos
atrás. Hoje, o campo cresce e
se desenvolve com renda e
cidadania.O PIB da
agropecuária cresceu 32% entre 2002 e
2009, saltando de 124 bilhões
para 164 bilhões de reais.”
23
Eleições
24
Eleições
o agronegócio nacional. No que depender de
meu governo, se for eleita, vamos avançar para
termos uma produção mais sustentável, para
continuar implantando melhores práticas no
campo, para usar a ciência e a tecnologia, para
ampliar a produção e poupar terra. E também
avançaremos na construção e melhoria das
políticas públicas para o setor.
Como encontrar o equilíbrio: a socieda-
de busca pagar menos imposto, enquanto o
governo quer mais arrecadação. O que fazer
para acontecer a Reforma Tributária?
Nosso governo tentou fazer a reforma
tributária. Infelizmente, houve resistências dos
Estados e de alguns parlamentares. A proposta
era ampla, era correta, mas prevaleceu, naque-
le momento, a mobilização contrária de vários
setores. Mas temos duas convicções: uma, de
que a reforma é absolutamente fundamental
para que o Brasil prossiga no caminho do de-
senvolvimento econômico com distribuição
de renda, num cenário de maior competitivi-
dade; outra, de que as mudanças serão feitas
com muita negociação com os Estados e os
municípios.
Considerações finais:
O governo do Presidente Lula criou
efetivas parcerias com os setores produtivos.
Vou continuar seguindo este caminho, pois
tenho a mais absoluta convicção de que um
país mais forte se faz com a união de todos.
O agronegócio, em especial, é um setor fun-
damental para conquistarmos duas grandes
metas nos próximos anos: erradicar a miséria
e transformar o Brasil na quinta maior econo-
mia do mundo.
Marina Silva - Candidata à Presidência
Quais são os principais pontos do seu
programa de governo?
Educação, saúde e segurança. Precisa-
mos colocar em prática tudo aquilo que a socie-
dade aprendeu nas últimas décadas, experimen-
tando a convivência na diversidade, a invenção
de novas maneiras de resolver problemas solida-
riamente, defendendo direitos, agindo em rede,
expandindo e agregando conhecimento sobre
novas formas de fazer, produzir, gerar riquezas
sem privilégios e sem destruição do incompa-
rável patrimônio natural brasileiro.
“Nosso governo tentou fazer
a reformatributária.
Infelizmente, houve
resistênciasdos Estadose de alguns
parlamentares.”
2523
Eleições
“Nossa tributação é regressiva quandodeveria ser progressiva. Propomos queos que podem pagar mais devem pagar proporcional-mente mais. Impostosindiretos devem ser reduzidos.”
Como a candidata vê o agronegócio no
Rio Grande do Sul? Quais seus projetos para ele?
A agricultura é importante para o nosso
país. É responsável por mais de 30% da nossa
balança comercial. Agora, nós não podemos
achar que vamos continuar sendo grandes pro-
dutores de grãos e grandes produtores de carne
sem investir pesado em tecnologia, sem termos
uma visão de que precisaremos reproduzir cada
vez mais utilizando menos recursos. No Brasil,
ainda se faz pecuária extensiva, ainda se faz uma
agricultura extensiva. Nós temos que agregar o
conhecimento e a base tecnológica, ampliando
cada vez mais para ter uma produtividade que
crie uma nova narrativa para os nossos produ-
tos. Na Presidência, em lugar de discutir como
destruir mais florestas, vamos discutir como ter
os incentivos para recuperar reserva legal, como
fazer para que possamos usar as tecnologias
disponíveis na Embrapa.
Como encontrar o equilíbrio: a socieda-
de busca pagar menos imposto, enquanto o
governo quer mais arrecadação. O que fazer
para acontecer a Reforma Tributária?
Nosso sistema tributário penaliza as
camadas mais pobres e beneficia os setores
mais ricos da população. Nossa tributação
é regressiva quando deveria ser progressiva.
Propomos que os que podem pagar mais de-
vem pagar proporcionalmente mais. Impos-
tos indiretos devem ser reduzidos e a receita
compensada pelo aumento dos impostos
diretos. O compromisso é promover uma re-
forma tributária que busque a simplificação
e a transparência do sistema, o aumento da
progressividade tributária através da redução
da participação de impostos indiretos e dos
impostos que incidem sobre a folha de paga-
mento, maior transparência para a sociedade e
a redução da carga tributária.
26
Eleições
“ReformaTributária deve
ser executada por partes
e não deforma integral,
de uma só vez.”
José Serra - Candidato à Presidência
Como pontos fortes do seu programa
de governo, José Serra defende o seguinte:
Na área de educação, são três os prin-
cipais projetos. O primeiro é colocar dois pro-
fessores por sala da primeira série do ensino
fundamental; o segundo, a criação de mais de
1 milhão de novas vagas em escolas técnicas
de nível médio; e o terceiro, a criação de mais
cursos de qualificação de curta duração para
trabalhadores desempregados. Na Saúde, ele
defende que o Brasil tenha 150 ambulatórios
médicos de especialidades espalhados em
todos os estados, com capacidade de realizar
27 milhões de consultas e fazer 63 milhões de
exames por ano.
O combate ao crime organizado e ao
tráfico de armas e de drogas são os princi-
pais objetivos para a área de segurança, jun-
tamente com a aplicação de medidas que im-
peçam a impunidade dos criminosos. A ideia
é que o governo federal assuma, na prática, a
coordenação de ações que resultem em mais
segurança. Ele também pretende investir no
treinamento e em equipamento para as For-
ças Armadas.
Na Assistência social, o candidato afir-
ma que quer ampliar e melhorar o Bolsa-Famí-
lia, que atenderia a 27 milhões de brasileiros
na base da pirâmide social. Para os deficientes
físicos, o candidato defende mais acessibili-
dade, educação, reabilitação e oportunidades
profissionais.
Para o setor de infraestrutura, o candi-
dato prevê melhoria das estradas, dos portos e
aeroportos, metrôs e ferrovias. O investimento
em infraestrutura é apontado como uma das
soluções para geração de mais empregos, as-
sim como a expansão da indústria doméstica
e da agricultura. Serra também defende a pre-
servação do meio ambiente com desenvolvi-
mento sustentável.
No capítulo sobre desenvolvimento, o
texto destaca que o País não cresce mais por
deficiências na infraestrutura. O programa
apresenta políticas destinadas a mudar esse
cenário e a criar empregos, apresentando o tu-
cano como o “presidente da produção”.
O candidato cita ainda como possível
estímulo à economia nacional a redução dos
juros e da carga tributária.
27
Conseleite
As indústrias e os produtores de
leite, reunidos no Conseleite RS, anuncia-
ram o valor de R$ 0,5730 para o mês de
Julho, como indexador para os negócios
do leite. O valor foi obtido, após estudos
confeccionados pela UPF - Universidade
de Passo Fundo, tendo como referência o
leite padrão (Base Instrução Normativa 51
do Ministério da Agricultura). Este valor foi
homologado em 16 de agosto, em Porto
Alegre, pelo Conselho Estadual do Leite –
CONSELEITE – que é um órgão paritário for-
mado pelas indústrias através do Sindicato
das Indústrias de Laticínios do Rio Grande
do Sul - SINDILAT/RS, e pelos produtores
de leite, representados pela Farsul, Fetag,
Gadolando, Associação dos Criadores de
Jersey e Fecoagro. O Conseleite divulgou
ainda a tendência do valor de referência
para o mês de Agosto, que é de R$ 0,5531.
Acima do Padrão Padrão Abaixo do PadrãoJaneiro 0,6232 0,5419 0,4877Fevereiro 0,6432 0,5593 0,5034Março 0,6998 0,6085 0,5477Abril 0,7531 0,6548 0,5894Maio 0,7279 0,633 0,5697Junho 0,6671 0,5801 0,5221Julho 0,6589 0,573 0,5157Agosto * 0,6360 * 0,5531 * 0,4977
Resumo Preços de Referência em 2010
* Val
or p
roje
tado
Valor de referência do leitepara julho e valor projetado para agosto
28
Programação oficial do avisulat 2010. confira:
Dia
Dia
Quinta-feira
Quinta-feira
Auditório PRINCIPAL
Auditório SINDILAT
18
18
18/11/2010
18/11/2010
PAINEL 1 - PERSPECTIVAS PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIROMediadora: Dr.ª Ana Amélia Lemos - Jornalista
• Visão Empresarial - Painelista: Dr. José Antônio do Prado Fay - Presidente Executivo BRF - Brasil Foods
• BNDES - Aspectos Relevantes para Concessão de Apoio Financeiro - Painelista: Dr. Jaldir Lima - Diretor Chefe do Depto. Agroindústrias do BNDES
Painel: Custos e Qualidade - Fator de Competitividade para a Cadeia LácteaMediadora: Carolina Jardine - Editora de Rural - Correio do Povo
• Palestrante: Dr. Carlos Bondan - Coordenador - Sarle/Universidade de Passo Fundo
• Palestrante: Dr. Christiano Nascif - Universidade Federal de Viçosa/MG
Painel: Orientação do MAPA/DF e da ANVISA/DF sobre Rotulagem de Produtos LácteosMediador: Guilherme Portella - BRF Brasil Foods S/A
• Palestrante: Dr. Francisco Sergio Ferreira Jardim - Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA/DF
• Palestrante: Dra. Elisabete Gonçalves Dutra - ANVISA
14h
14h45
10h
10h40
9h
9h40
11h
11h30
11h40
11h50
12h
13h45
14h20
14h40
Horário
Horário
Horário
Horário
Avis
ulat
AVISULAT 2010
PAINEL 1 - CENÁRIOS E RUMOS DAS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIOMediador: Dr. Paulo Tigre - Presidente da FIERGS
• Visão do Governo Federal - Painelista: Dr. Eduardo Sampaio Marques - Diretor do Depto. de Promoção Internacional do Agronegócio - SRI-MAPA/DF
• Posição do Setor de Laticínios: Painelista: Dr. René Machado - Gerente Executivo Supply Chain - DPAM - Néstle
• Posição do Setor Avicultura: Painelista: Dr. Francisco Sérgio Turra - Presidente UBABEF
• Posição do Setor de Suinocultura: Painelista: Dr. Pedro de Camargo Neto - Presidente ABIPECS
• Posição do Setor Pecuária de Corte Painelista: Dr. Péricles Salazar – Presidente da ABRAFRIGO
PAINEL 2 - O AGRONEGÓCIO E O MEIO AMBIENTE - AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTALMediador: Irineu Guarnier - Jornalista do Campo e Lavoura
• A influência da Produção no Meio Ambiente: Painelista: Dra. Kátia Regina Abreu - Presidente da CNA
• Enfoque Técnico: Painelista: Dr. Alexandre Scheifler - Gestor Ambiental FETAG-RS
• Enfoque Social: Painelista: Dr. Luis Carlos Heinze - Deputado Federal
Dia
Dia
sexta-feira
sexta-feira
Auditório SINDILAT
Auditório PRINCIPAL
19
19
19/11/2010
19/11/2010
29
30
Mercado
Produtos comercializados lá fora são boas opções para o Brasil
Um segmento de produtos lácteos, lan-
çado por multinacionais, para o público ado-
lescente e adulto jovem, pode ser um nicho
de mercado promissor para muitas empresas
brasileiras, alerta Marcelo Pereira de Carvalho,
diretor-executivo da AgriPoint, ao apontar que
com a chegada da adolescência tende-se a
consumir menos leite. Por isso é necessário de-
senvolver produtos saborosos, que tenham be-
nefícios nutricionais para este público jovem,
como iogurtes e bebidas lácteas para serem
comercializados em lojas de conveniências, ou
seja, em pontos de venda onde o adolescente
costuma frequentar. “Tem que ser saboroso e
fazer bem”, frisa Carvalho.
Outra série de produtos que trazem
inúmeros benefícios à saúde, que auxiliam
na lactação, sistema imunológico e controle
da pressão sanguínea é fabricada em países
da Europa, América do Norte, Japão e Rússia.
Uma outra vertente de produtos que se expan-
de no exterior e está começando a crescer no
Brasil são produtos de sabores exóticos, de re-
giões específicas do país, como, por exemplo,
frutas do Nordeste e do Norte brasileiro. Além
da proliferação de produtos na questão da es-
tética, saúde e nutrição, e de alimentos com
propriedade funcional, a exemplo de iogurtes
e bebidas com lactobacilos vivos, que ajudam
no funcionamento do intestino, são muito co-
mercializados no Brasil.
No exterior, há cada vez mais opções de
produtos relacionando nutrição, saúde e es-
tética e também para ajudar na memória, no
sono, no controle de peso, na diminuição de
apetite e até na beleza. Segundo Carvalho, o
que cresce bastante também são os produtos
de região específica, como os queijos, leites e
“Afinal, de certa maneira você é aquilo que consome: seus hábitos, seus valores, suas tribos, são expressos no seu padrão de consumo.”
Marcelo Pereira de Carvalho - Dir. Executivo da AgriPoint
31
Mercado
iogurtes, com denominação de origem. “Na
Inglaterra, por exemplo, são fortes os produ-
tos selecionados, que informam a origem do
leite e quem são os produtores. Já na Holan-
da, os produtores de leite ganham um prêmio
no preço quando as vacas vão para o pasto; e
na Irlanda, há uma linha de produtos lácteos
somente produzidas com vaca a pasto.” Carva-
lho pontua a necessidade da informação, em
que cada vez mais o consumidor deseja saber
o que consome. “Afinal, de certa maneira você
é aquilo que consome: seus hábitos, seus va-
lores, suas tribos, são expressos no seu padrão
de consumo.”
Portanto, ele acredita que, atrelada à
disponibilidade de informação e com um con-
sumidor cada vez mais exigente, a empresa
deve investir em pesquisas que a longo prazo
tornarão o mercado mais sofisticado. “O consu-
midor anseia pelo novo, espera que a indústria
traga novidades constantemente.” De acordo
com o executivo, a maior acessibilidade, gra-
ças ao aumento do poder de consumo da po-
pulação, ao lado da multiplicidade de opções
oferecidas pela indústria, tornou o consumidor
– no passado recente – um experimentador
ávido de novidades.
O executivo avalia que nesse processo
de consumo constante de novidades, a indús-
tria de bebidas lançou, nos últimos dez anos,
uma série de produtos como sucos prontos
para beber, chás, bebidas de soja e águas flavo-
rizadas, entre outros, em que cada lançamento
é acompanhado de informações visando seu
posicionamento em um dos seguintes pilares
(ou mais de um): saúde, prazer, estética e na-
turalidade. “De forma geral, o consumidor não
abre mão da conveniência e da praticidade,
ainda que estas definições variem de pessoa
para pessoa.”
32
O Sindilat-RS abrigou em sua sede no
dia 30 de julho o workshop Competitividade
da Indústria Láctea, promovido pela DPA. Entre
os temas abordados esteve “Qualidade – fator
de competitividade”, apresentado pelo ge-
rente Internacional de Qualidade de Leite da
Fonterra (uma das subsidiárias da DPA), Roger
Andela. A ideia do evento é promover a quali-
ficação de toda a cadeia láctea como forma de
melhor se preparar para expandir o mercado
doméstico e mundial.
Andela apontou a importância da qua-
lidade do leite na Cadeia de Laticínios, fator de
melhoria do acesso ao mercado comprador e
da aceitabilidade de produtos lácteos no mer-
cado pelos consumidores. “Ajuda a indústria a
diversificar-se para novos mercados de maior
valor. Ao mesmo tempo, quando os produto-
Qualidade
Programa difunde as vantagens emelevar o padrão na produção de leite
Sindilat sediaworkshop da DPA
Carlos Feijó, presidente do Sindilat/RS e Mário Rezende, Chefe da Região Leiteira - Regional Sul - DPAM
33
Por outro lado, as vantagens de pro-
duzir com padrões de qualidade do leite cru
mais elevados leva a menor custo de produção
porque há menos retrabalho, pode precisar
de menos testes e o processamento pode ser
maior.
Qualidade do leite na Nova Zelândia
A produção leiteira da Nova Zelândia
tem uma longa história, começando no início
res atendem e entendem as rigorosas especi-
ficações para obter qualidade do produto, eles
conseguem elevar padrões de qualidade do
leite cru e conseguir preços mais elevados.”
Por consequência, produtos lácteos
melhores têm acesso a mercados mais lucra-
tivos, ocorre uma diferenciação dos produtos
por terem maior valor agregado, aguçando a
procura e gerando uma lealdade à marca. Por
fim, ocorre uma melhoria das relações comer-
ciais com os clientes.
Qualidade
“As vantagensde produzircom padrões dequalidade maiselevados oleite crué a reduçãodo custo deprodução daindústria e preços maiselevados parao produtor.”
Assuntos abordados no Workshop DPA Competitividades da
indústria Láctea “Qualidades e sólidos do leite como fatores
determinantes” no dia 30 de julho.
Abertura - Mario Rezende - Chefe de Região Leiteira - Regional
Sul - DPAM
Palestras:
• “Qualidade e sólidos - fator de competitividade para a indús-
tria láctea brasileira”, René Machado, gerente executivo Sup-
ply Chain - DPAM
• “Qualidade - fator de competitividade”, Roger Andela - Inter-
national Milk Quality Manager - Fonterra (NZ)
• “Sólidos - pagamento por qualidade como fator de competi-
tividade”, José Rinaldi de Brito, pesquisador da Embrapa Gado
de Leite e Membro do Polo de Excelência de Leite (MG)
• “Ações pré-competitivas para melhoria da qualidade do leite
e teor de sólidos”, Luiz Guedes, especialista de Qualidade de
Leite Brasil - DPAM
• “Os desafios e oportunidades para melhoria da qualidade do
leite”, moderador Athaíde Silva (DPA), Roger Andela, Luiz Gue-
des, Rogério Wolf (coordenador de comercialização do Leite
- Castrolândia), Wilson Zanatta (vice-presidente Sindilat/RS)
René Machado, gerente executivo Supply Chain - DPAM
34
Qualidade
do século 19, como explicou Roger Andela.
Em 1882, o navio SS Dunedin navega para
Londres com carregamento de manteiga, a
primeira transferência mundial refrigerada
– um dos marcos importantes do segmento
de lácteo naquele país. Em 1927, juntam-se
empresas de laticínios (manteiga e queijo)
com sede em Londres para o mercado da
Nova Zelândia. Em 1930, instalaram-se fábri-
cas de leite em muitas cidades daquele país.
Em 1963, a Dairy Board se estabelece na Nova
Zelândia. Em 1970-1990, ocorreram fusões de
empresas de laticínios. Em 2000, destacavam-
se duas grandes cooperativas: Novo Zealand
Dairy Group e Kiwi Cooperativa Dairies. Em
2001, a Dairy Board é abolida e a Fonterra é
formada. Hoje, a produção de lácteos é feita
em 11.618 propriedades (dimensão média de
131 hectares, com média de 366 vacas por
propriedade), e o rebanho nacional é de 4.250
milhões vacas. A produção média anual por
vaca é de 3.710 litros.
Luiz Guedes - especialista de Qualidade de Leite Brasil - DPAM; Roger Andela - International Milk Quality Manager - Fonterra (NZ);
Athaíde Silva (DPA); Wilson Zanatta - vice-presidente Sindilat/RS; Rogério Wolf - coordenador de comercialização do Leite - Castrolândia.
35
Dairyscan Jet 2NOVONOVO
Crioscópio PZL
Certi�que-se que o Leite está dentro das normas estabelecidas pela IN-51 do Ministério da Agricultura com a moderna linha de equipamentos PZL.
Compre Leite, Apenas Leite de qualidade.
Fone/Fax: (43) 3337 - 0008 Rua Belgica, 355 D1 • Cep: 86046-280 • Londrina • Paraná www.pzltecnologia.com.br • [email protected]
Analise de Crioscopia com calibração automatizada e interface para computador e impressora.
Analisador de leite que utiliza tecnologia de ultrasson para medição de vários tipos de leite.
Dairyscan Field Jet
Analisador de leite super-compacto. Solução ideal para a coleta de leite in loco.
Com tradição há mais de 30 anos, a Capi está lançando a marca PZL com Crioscópios eletrônicos e o novo Dairyscan para análise dos componetes presentes no leite.
Crioscopia (água)
GorduraProteínas
LactoseSólidos totais
Solidos não gordurosos Densidade
36
Queijos
Com um equilíbrio na balança econô-
mica depois de um ano de turbulências e ins-
tabilidades devido à crise financeira mundial,
hoje o país respira mais aliviado. Fatores como
o fim do déficit público, o aumento considerá-
vel do Produto Interno Bruto (PIB) e a geração
de empregos formais foram uma das razões
que fizeram com que o brasileiro, com mais di-
nheiro no bolso, consumisse mais. Esse quadro
de estabilidade favoreceu um bom momento
para o crescimento e expansão da produção
de queijos no Brasil. A consultora de Marke-
ting da Associação Brasileira das Indústrias de
Queijo (ABIQ), Silmara de Andrade Figueiredo,
afirma que por conta de um aumento da renda
do brasileiro, os fabricantes passaram a ofere-
cer uma maior variedade de produtos, além
dos tradicionais e mais consumidos, como o
queijo mussarela – que lidera a preferência
nacional –, o queijo prato e o requeijão culiná-
rio; houve um aumento da produção e consu-
mo de queijos oriundos das culturas italianas,
francesas, dinamarquesas, holandesas e suíças,
que são os tipos de queijos Gorgonzola, Pro-
volone, Parmesão, Camembert, Gouda, Edam,
Reino, Gruyère, Emental; e mais recente da
cultura americana, como os queijos Cream
Cheese, Cottage e os queijos fundidos em fa-
tias. O ingresso dessa variedade de produtos
é resultado da diminuição do valor do dólar
– que passou de uma média de R$ 2,60, em
2008, para R$1,60, em 2009 –, período que a
economia brasileira começou a se estabilizar
após a crise financeira. “Com a queda da moe-
da norte-americana houve uma maior entrada
de queijo importado. Esse movimento foi bom,
porque possibilitou ao consumidor provar ou-
tros tipos de queijo.” Além de um aumento da
produção de queijo de carne de búfalo e de
alguns tipos de queijo de ovelha e de cabra. “A
produção e consumo de queijos vêm crescen-
do sensivelmente, nos últimos anos, e por con-
ta do aumento da oferta de queijo nacional, a
produção está bem mais robusta. O consumi-
dor consome mais, o fabricante oferece mais”,
frisou Silmara, que informou que com a econo-
mia crescendo para o consumidor, este ano, o
consumo total de queijo deve ser acima de 7%.
De acordo com estimativas da ABIQ,
em 1995, a produção do mercado brasileiro de
queijo era cerca de 320 mil toneladas; e para
2010, deve superar 700 mil toneladas de quei-
jo, fabricados em estabelecimentos que têm
o SIF (Serviço de Inspeção Federal) do Minis-
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA). A média de consumo anual é cerca de
Mercado é promissor para o queijo brasileiro
“A produção e consumo de
queijos vêm crescendo
sensivelmente, nos últimos anos,
e por conta do
aumento da oferta de queijo
nacional, a produção está
bem mais robusta.”
37
Queijos
quatro quilos de queijo por habitante no Bra-
sil. “Ainda é um consumo relativamente baixo,
perto de países como Argentina, que consome
11 quilos de queijo por habitante; e a França,
22 quilos por habitante.” Por isso, Silmara de-
fende que o aumento do consumo de queijo
é uma questão de hábito, em que as empresas
devem investir em inovações, incentivar a po-
pulação em experimentar os novos sabores e
divulgar os valores nutricionais do produto.
CoNheça o seu valor - O mercado de
queijos deve continuar crescendo e as indús-
trias têm preparado a sua própria estratégia
para atender às novas demandas, como, por
exemplo, em produtos embalados para con-
sumo individual, queijos com menor teor de
sal, menor teor de gordura, tipo light, para
empresas de fast-food e para varejo, aponta
a representante da ABIQ, Silmara de Andra-
de Figueiredo. Ela defende a importância de
mostrar à população os benefícios nutricio-
nais do queijo, que além de ser uma proteína
de alta digestibilidade é fonte alimentar de
cálcio, de CLA (Ácido Linoleico conjugado,
presente na gordura do leite), de vitaminas A
e D, de zinco, iodo, selênio e potássio, além de
vitaminas B2, B9 e B12. De acordo com Silma-
ra, a própria Organização Mundial da Saúde
(OMS) reconhece a importância do consumo
de queijo após as refeições como forma de
prevenir cáries.
Para divulgar informações e reforçar laços com
as áreas produtoras de queijos no Brasil, a ABIQ (Asso-
ciação Brasileira das Indústrias de Queijo) realizou em
22 e 23 de junho, em Carlos Barbosa, na Serra gaúcha,
o Seminário ABIQ 2010 Sul, reunindo queijeiros, em
especial da região Sul do Brasil.
Foi o primeiro evento da entidade fora do eixo
S.Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, reconhecendo
a expansão das bacias leiteiras produtoras de queijo.
Ele foi realizado no mesmo período da 21ª FestQueijo
– tradicional festa regional que reúne empresas pro-
dutoras locais de queijos e vinhos. O encontro ocor-
reu na sede da Cooperativa Santa Clara, que gentil-
mente cedeu suas modernas instalações para receber
a centena de produtores que se inscreveram.
As entidades locais, o Sindilat/RS, a AGL e a
APIL/RS envidaram seus esforços para convidar seus
Associados, dando uma dimensão expressiva ao en-
contro que reuniu queijeiros não só do Rio Grande do
Sul como também de Santa Catarina, Paraná e Espíri-
to Santo.
As empresas associadas afins: Christian Han-
sen, Cap Lab, Doce Aroma, Fermentech, Danisco, Ger-
minal/ISP, Globalfood, Globo Inox, Prozyn e Tetra Pak
mobilizaram suas equipes técnicas para apresentar as
mais atualizadas tecnologias na produção de queijos,
enquanto a ABIQ, através das suas consultorias técni-
ca e de marketing, apresentou as evoluções recentes
na legislação nacional e internacional para queijos e
as tendências em alimentos e suas perspectivas para
o mercado de queijos. O painel das entidades, ABIQ,
Sindilat/RS, AGL, APIL/RS, representadas respectiva-
mente por seus presidentes, Luiz Fernando Esteves
Martins, Carlos Feijó, Ernesto Krug e Clóvis Marcelo
Roesler e Alexandre Guerra, diretor Administrativo e
Financeiro da Santa Clara, agregou as principais vi-
sões sobre a importância do trabalho conjunto das
entidades de classe para cada produtor.
Queijeiros reunidos em Carlos Barbosa
38
destaque
Akso apresentaanalisador
Master Mini na versão automática
O analisador Master Mini conquistou o
mercado com sua excelente relação custo x be-
nefício. Além de portátil, próprio para análises
em campo, destaca-se pela ótima exatidão e fa-
cilidade no manuseio. A nova versão do produto
dispensa o uso da botoeira rotativa para sucção e
retorno do leite da amostra analisada. Agora o lei-
te é sugado após o comando de inicialização atra-
vés da tecla “Enter”, e após o término das análises o
mesmo retorna automaticamente para a cubeta.
Essa inovação exigiu uma alteração tanto
no hardware quanto no software do equipamen-
to e trouxe como resultado uma maior agilidade
no procedimento de análise do leite, e também
garantiu maior durabilidade ao instrumento, que
agora conta com todas as teclas em relevo estam-
padas no próprio painel frontal de policarbonato,
reduzindo assim os riscos de entrada de umidade
no analisador.
A Akso estará presente na Agrotecno
Leite, maior feira técnica e dinâmica da cadeia
produtiva do Leite da Região Sul, em Passo Fun-
do, de 28 a 30 de setembro, expondo toda sua
linha de instrumentos. O evento acontece no
Centro de Eventos
e nos Campos de
Pesquisa da Faculda-
de de Agronomia e
Medicina Veterinária
da Universidade de
Passo Fundo (FAMV/
UPF), das 8h às 18h.
sindilat/rs - sindicato da indústria de laticínios e Produtos derivados do Estado do rio grande do sulAv. Mauá - n° 2011 - Sala 505 - Centro - Porto Alegre / RS
CEP 90030-080 - Fone:(51)3211-1111 - Fax:(51)3028-1529
www.sindilat.com.br - [email protected]
DIRETORIA
titularEs
Presidente: Carlos Marcílio Arjonas Feijó
Vice-Presidente: José Mário Hansen; Wilson Zanatta
Diretor Secretário: Alexandre Guerra
Diretor Tesoureiro: Angelo Paulo Sartor
EQuiPE sindilat
Secretário Executivo: Darlan Palharini
Secretária: Maria Regina Rodrigues
EDIÇÃO
francke | comunicação integrada
Av. Carlos Gomes, 466 - cj. 07 - Bela Vista
Fone/Fax: 51 3388.7674 – www.francke.com.br
Editora Responsável: Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS)
Redação: Tereza Maria Schembri( Reg. Prof. 11582/RS) e Ana
Lúcia Medeiros (Reg. Prof. 11582/RS)
Diagramação: Thiago Pires
Capa: Alex Mello
Comercial: Raquel Diniz
Revisor: Flávio Dotti
39
40