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Brasília é linda Ensaio fotográfico Paulo Octavio Sucesso na iniciativa privada e na política Parreirais No Vale do Velho Chico Guadalajara Além da tequila ANO II | Nº 8 | 2008

Revista Estação Brasil 11ª edição

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Revista Estação Brasil 11ª edição

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Brasília é lindaEnsaio fotográfico

Paulo OctavioSucesso na iniciativa privada e na política

ParreiraisNo Vale do Velho Chico

GuadalajaraAlém da tequila

ANO II | Nº 8 | 2008

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Beto de SáDiretor Geral

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DIRETOR GERALJorge Alberto de Sá

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DIRETORA COMERCIALStella Maris Teles

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DIRETOR DE REDAÇÃOHeitor Humberto Andrade

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EDITORArtur Hugen

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DIRETOR DE MARKETINGJosé Maria Samarco Neto

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DIRETOR FINANCEIROIssa Spartacus Savite

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ATENDIMENTO COMERCIALCarlos Alberto Ocampos

[email protected]

EDITOR DE ARTEHarison de Souza

[email protected]

REVISÃOLuís Eduardo da Silva

FOTOGRAFIASCristiano D’Moura

Gilberto Soaressxc.hu

CONSELHO EDITORIALCarlos Alberto de Sá

James FredericoSérgio Terra

COLABORADORESCelso RussomanoAdelmir SantanaDaniel P. Tinoco

Leonardo BoffJosé BonetiLúcio Flávio

José Bonifácio dos SantosCarlos TozettiEdgar Eichler

Joacir da Costa e SilvaJoão Teodoro da Silva

Reginaldo RispoliSebastião O. LimaSílvio Costa Filho

MaharajaNino Bellieny

Débora MendonçaFlávio Montiel

Patrícia Machado Linhares

CONTATORevista Estação

Hotel Nacional – Galeria – Lojas 6/7CEP: 70.322-900

Brasília – DF – BrasilFone/Fax: 55 61 3223.1671

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REPRESENTANTES COMERCIAIS:Brasília – Sá Publicidade – 61.3201.0071Goiânia – Sá Publicidade – 62.3281.7608São Paulo – Waldir Martinez – 11.6959.5058Porto Alegre – João Jaques – 51.3226.9798Gramado – Jessi Hugen – 54.3288.1033Manaus – Jorge Washigton – 92.8178.7815Minas Gerais –Ag. Camarim – 32.3214.8533

Temos observado não só no Brasil, mas, no mundo todo, a história tem dado uma contribuição primordial ao turis-mo.

Ao mesmo tempo, em que a história é utilizada como atrativo para o turismo, ele também é utilizado como um fator a mais de preservação e conservação de nosso Patrimô-nio Cultural, como um todo, seja ele cultural, arquitetônico, natural, histórico.

Você já parou para observar quantas cidades históricas brasileiras dependem, quase que exclusivamente, do tu-rismo cultural e histórico? Na verdade, não são poucas, e poderiam ser muitas mais; para isso, é necessário um pla-nejamento sério e profissional. Podemos citar algumas mais conhecidas, e outras, menos: Goiás, Pirenópolis, Corumbá de Goiás, Pilar de Goiás, Luziânia, Abadia de Goiás. Se ob-servarmos o Brasil como um todo, a lista, então, se torna gigantesca.

Na verdade, a História existe desde os princípios de nos-sa Criação, não importa qual seja a crença da pessoa.

Tudo em nossa vida é história, seja para saber de nossos antepassados, de nossa cidade, nosso país, até mesmo de uma grande invenção. Pode até parecer exagero, mas, por trás de um simples lápis, tem uma história. Aquele objeto tem um porquê de ter sido inventado, ou descoberto. Isso também é história. Não é apenas ficar falando de fatos que marcaram época, em nosso mundo.

Cabe a nós, profissionais do turismo, a correta utilização da história, como um elo a mais, na ca-deia produtiva. Um planejamento sério e responsável deve ser feito, para que o título de Patrimônio Histórico da Hu-manidade não seja utilizado apenas como forma política, mas, sim como forma de proteção e manutenção de nossa história, envolvendo principal-mente a comunidade e a cultura local.

Vamos cuidar de nossa história, com todo carinho e amor possíveis, para que as futuras gerações possam compreender o que se passou antes de elas virem ao mundo, e assim tenham como tentar melhor compreender um pouco dos "porquês" da vida!

Turismoé história!A princípio, o que seria do turismo sem a história e, de certa forma, o que seria da história sem o turismo!...

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Celso Russomano

Entrevista - Paulo Otavio

Ensaio fotográfico - Gilberto Rodrigues

Adelmir Santana - Cartão de Crédito

Daniel P. Tinoco - Marketing de Rede

José Bonifácio – E a Pinga Chegou Lá

João Teodoro da Silva - O mercado imobiliário

Integração nacional - Copa 2014

Edgar Eicher - Sindeventos

Pedra Fundamental

Reginaldo Rispoli - Eventos

Geopolítica - Santos-Arica

Petrolina - Parreirais

Mística - Yokaanam

Mahajara - O segredo do sucesso

Destino internacional - Guadalajara

Flávio Montiel - Tolerância zero

Leonardo Boff - Para onde estamos fugindo?

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Os Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista.

Capa: Toni Lucena

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Celso RussomanoJornalista, deputado federal e ativista

de Movimentos de Defesa do Consumidor

Os órgãos de defesa do consumidor recomendam que todo cliente deve guardar carnês, contas e com-provantes de pagamento, por pelo menos cinco anos. Essa é uma estratégia necessária e recomendada a todos que querem embasamento para buscar seus direitos, e distância de problemas. Essa precaução protege contra cobranças indevidas de lojas e presta-dores de serviços, e ainda evita confusão na hora de prestar contas. A Receita Federal, por exemplo, pode pedir a comprovação das reduções feitas da Declara-ção de Imposto de Renda.

É preciso cuidado, pois, dizem, quem não esti-ver com a documentação necessária para provar que pagou, vai ter que pagar novamente, pelo produto ou serviço, no caso de ser cobrado de novo. Aí, é assim: “Quem paga mal, paga duas vezes.” É básico guardar os documentos ou comprovantes referentes a qualquer atividade que se exerça, a qualquer pa-gamento efetuado.

A maioria dos comprovantes deve ser guardada por cinco anos. Exemplos: comprovantes de paga-mento de taxas de impostos municipais (taxa de lixo, IPTU) e estaduais (faturas dos serviços públicos de água, energia, gás etc.), contas telefônicas, além dos comprovantes do pagamento de taxas condominiais, mensalidades escolares e faturas de cartões de cré-dito. Já os recibos de aluguéis, devem ser mantidos por três anos. O Imposto de Renda e todos os do-cumentos a ele anexados devem ser preservados por seis anos.

No caso de comprovantes de pagamento de fi-

nanciamentos de bens, a exemplo de carros e imó-veis, a recomendação é para arquivá-los até o tér-mino do pagamento de todas as parcelas, ou até a entrega da escritura definitiva, no caso de imóveis, ou de documento que oficialize a quitação, em se tratando de consórcio.

No caso de notas fiscais, o melhor é guardá-las durante toda a vida útil do produto. Essa é uma forma de garantia contra o chamado “vício oculto”, aquele defeito que pode aparecer após a garantia dada pelo fabricante – que nesses casos é de 90 dias –, não resultado do desgaste natural do bem. Apóli-ces de seguros e extratos bancários também devem ser guardados, só que por mais um ano após o tér-mino da vigência. O ideal mesmo, o que recomendo, é que esses documentos também sejam preservados por cinco anos, já que são requeridos na hora da en-trega da Declaração de Imposto de Renda.

O que é cobrança indevida?É aquela que é cobrada e, depois de quitada, no-

vamente cobrada...Essa situação dá o direito à pessoa indevidamente

cobrada de procurar os órgãos de defesa do consumi-dor, para receber da empresa equivocada, por causa da cobrança duplicada, o valor de volta, em dobro, inclusive, no caso de ter sido novamente pago; além ainda das perdas por danos morais pelo transtorno de pagar uma conta que já estava paga. Por isso, é sempre bom ter os documentos guardados. São eles que provam a verdade.

RecibosGuardá-los ou não?Guardar carnês, contas e comprovantes de pagamentos, por pelo menos cinco anos, é uma estratégia recomendada a todos que querem embasamento para buscar seus direitos, e distância de problemas. Protege contra cobranças indevidas e evita confusão na hora de prestar contas

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entrevistaPaulo Octávio

Estação Brasil: Brasília como um grande centro de turismo e eventos?

Paulo Octávio: Brasília foi a primeira cidade da América do Sul a se candidatar para sediar um evento do porte de uma Olimpíada. Ofereceu sua candidatu-ra no ano 2000, em projeto que tive a honra de liderar, e que trouxe para o Brasil a dimensão e a importân-cia da cidade, que ainda não era reconhecida como potencial anfitriã de eventos esportivos, econômicos, sociais, quer sejam nacionais, ou internacionais. O primeiro passo foi dado, e a sua candidatura foi ho-mologada pelo Comitê Olímpico Internacional.

Estação Brasil: Agora, já existe mobilização para que Brasília seja sede da Copa de 2014?

Paulo Octávio: Lançamos o nome de Brasília para ser subsede da Copa do Mundo de 2014. E certamen-te é a cidade, dentre as capitais brasileiras, que reúne as melhores condições em infra-estrutura, capacidade hoteleira, segurança, localização, vanguarda em co-municações, entre outras facilidades. Assim, tenho a convicção de que seremos hospedeiros da abertura, de parte dos jogos, ou do encerramento. Vamos ocupar uma posição de destaque, e o Brasil vai mostrar sua verdadeira cara ao mundo.

Estação Brasil: Sobre a infra-estrutura para receber pessoas de todo o mundo, e também os brasileiros?

Paulo Octávio: Entre as obras que serão desen-volvidas, a principal delas é a recuperação do Estádio Mané Garrincha. As obras do aeroporto JK também são prioridade. O aeroporto tem um movimento ex-traordinário e crescente. Recentemente foi inaugurada

Paulo Octávio Alves Pereira é um empresário e político (DEM-DF), atual vice-governador do Distrito Federal. Nascido em Lavras (MG), o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Paulo Octá-vio, mudou-se para Brasília aos 12 anos de idade. Desde então, construiu uma carreira firme e bem-sucedida na iniciativa privada, e vida pública. A carreira política começou em 1990, quando foi o deputado federal mais votado da coligação PRN/PFL. Em 1998, voltou a ser eleito deputado federal, dessa vez o mais votado da coligação PFL/PSDB. Na Câmara dos Deputados, lutou pela criação da Comissão Permanente de Turismo, e assumiu a vice-pre-sidência. Em 2002, chegou ao Senado Federal. Lá também lutou pela criação de uma Comissão de Turismo. Como parlamentar, defendeu a aprovação de um imposto único, o imposto-cidadão. Em 2006, foi eleito vice-governador, no primeiro turno. Empresário por formação, político por vocação, Paulo Octávio figurou por três anos consecu-tivos (2003, 2004, 2005) na lista de parlamentares mais influentes do Congresso, elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A liderança é exercida também no setor privado. Ele integrou os conselhos superiores das principais entidades empresarias do DF, como a Fibra, Fecomércio e a Associação Comercial. Em 1997, recebeu a medalha do mérito comercial da Associação Comercial do DF. Em maio do ano seguinte, ganhou o título de cidadão honorário de Brasília, pela contribuição ao desenvolvimento da cidade. Por três vezes, foi escolhido líder empresarial do ano, pela Gazeta Mercantil – 1997/1999/2001. Em 2000, foi a vez do Governo de Minas Gerais prestar homenagem a Paulo Octávio, com a medalha Presidente JK.

a segunda pista, e agora nós precisamos realizar a obra do segundo satélite, esta dentro do PAC, do Governo Federal. Também implantaremos um metrô leve so-bre trilhos, que ligará o aeroporto às proximidades do estádio. Essa integração de transporte vai facilitar a vida das pessoas que participarão e assistirão ao espe-táculo, além de facilitar o deslocamento dos próprios atletas. Certamente em 2014 todas essas obras estarão concluídas, e as competições em Brasília vão ser de altíssimo nível, mostrando todo o potencial da cidade e do seu povo.

Estação Brasil: O que está sendo feito pelo GDF para posicionar Brasília como um dos mais impor-tantes centros turísticos do país?

Paulo Octávio: Nós criamos a Brasíliatur, aprovada pela Câmara Legislativa do DF. A Empresa Brasilien-se de Turismo traz mais agilidade, ao alocar recursos para divulgação do nosso turismo. Ela já conquistou um espaço importante no cenário turístico brasileiro, e começa agora a prestar bons serviço, de modo geral. Hoje estamos concluindo as obras do centro de con-venções, próximo ao centro da cidade, e próximo ao estádio. No caso das competições esportivas, dos jo-gos da Copa, poderemos ter lá uma ótima estrutura e um grande centro de mídia, muito próximo ao estádio onde acontecerão os espetáculos.

Estação Brasil: Qual o principal papel da Brasiliatur?

Paulo Octávio: A Brasiliatur está cumprindo seu papel Agora, em breve, vamos inaugurar vários auditó-rios dentro do centro de convenções, em abril, e a Bra-es

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siliatur vai divulgar Brasília, contar um pouco da sua historia para todos os brasileiros, muitos ainda não co-nhecem a cidade, mas também para os estrangeiros.

Estação Brasil: O que o GDF está fazendo para captar fluxos turísticos nacionais e internacionais, além das ações da Brasiliatur?

Paulo Octávio: Vivemos um momento de valori-zação da cidade, dos nossos produtos turísticos. Em parceria com a TAP, iniciamos um primeiro vôo in-ternacional para Lisboa, que se tornou um grande su-cesso. Essa rota começou timidamente, com cinco fre-qüências semanais; hoje conta com seis freqüências, e seu índice de ocupação é de 90%. Agora estamos ajustando com a Varig um vôo ligando Brasília a Nova York, duas vezes por semana, a partir de novembro. É um marco importante, que vai nos aproximar ain-da mais dos americanos. Teremos portas abertas, por intermédio desses vôos, para o turismo internacional, para o comércio e para os negócios entre Brasília e o resto do mundo. Isso foi uma falha que existia no pas-sado, mas que agora estamos resgatando. Nos últimos 48 anos, todas as viagens internacionais nasciam, ou tinham como destino, a capital paulista. O brasiliense vai a São Paulo, para depois voar, por cima de Brasília, para deslocar-se para outros países. Temos que evitar esse desgaste. Isso afugenta o turista, e traz dificulda-des aos negócios, para nossa cidade.

Estação Brasil: Muitos brasileiros têm investi-mentos na África, por exemplo, e hoje, no mínino,

se leva 24 horas para chegar àquelea países, quan-do em vôo direto não levaria mais que sete horas. Como o senhor vê essa questão?

Paulo Octávio: Eu entendo que as rotas que se tornam sucesso dependem da procura. Vejo que as companhias aéreas não estão conseguindo dar vazão à demanda para atender ao grande volume de usuários, que buscam conhecer novas culturas, ou mesmo tratar de negócios. Não tenho dúvidas de que, no futuro, vão faltar aviões, porque as pessoas estão com maior poder aquisitivo. Nos países ricos, sobra dinheiro. As pessoas estão vivendo mais, existe maior longevidade. Então, é fácil perceber que as cidades, ou países, que não se prepararem adequadamente, com bons aeroportos, in-centivos para criação de novas rotas, e infra-estrutura turística, terão dificuldades em captar fluxos. Nosso país precisa preparar-se para atender a essa demanda. O Brasil tem muitas demandas que ainda não estão sendo atendidas, mas que aos poucos começam a me-recer maior atenção das autoridades.

Estação Brasil: A concentração de vôos em desti-nos como São Paulo também é um problema que preci-sa ser equacionado; qual a sua análise da questão?

Paulo Octávio: Realmente, a concentração de aero-naves em São Paulo é problemática. Nas conversas que tenho tido com as autoridades da ANAC, já abordei o assunto, e eles pretendem evitar isso, cobrando inclu-sive um valor maior dos aviões ali estacionados. Não se justifica que a maioria dos vôos para o Brasil tenha

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como destino a capital paulista. Isso dificulta o desen-volvimento turístico do Brasil, como um todo. Então, quando mais vôos tivermos saindo do nordeste, do sul, do Rio de Janeiro, de Brasília ou do Centro-Oeste, tanto melhor para o Brasil, e para as companhias aére-as. Não resolve termos alguns aeroportos congestiona-dos e outros vazios. O que acontece hoje é que temos aeroportos completamente ociosos, enquanto outros têm filas intermináveis. Entendo que precisamos ra-cionalizar ações e evitar essa concentração excessiva de vôos em São Paulo.

Estação Brasil: O que existe de projetos gover-namentais no DF para dinamizar a área do ensino, inclusive para preparar melhor os alunos, no obje-tivo do empredendorismo?

Paulo Octávio: Dentro da realidade escolar exis-tente, faltava tempo para atividades extracurricula-res. Em Brasília, estamos implantando a escola em tempo integral. Isso vai oportunizar que o aluno tenha, fora do período normal, tempo para aprender línguas, mexer com computadores, ter aulas sobre empreendedorismo, conhecer cinema, teatro. Enfim, tem que haver momentos para as práticas educativas aperfei-çoadas, fora do currículo obri-gatório. Sou egresso da escola em tempo integral, e totalmente favorável à implantação da ati-vidade. Em Brasília, estamos lu-tando para superar dificuldades e tornar nossa ação vitoriosa. Estamos começando a implan-tar em 30 escolas que funcio-narão em tempo integral. É um investimento vultoso, mas que é prioritário. Vamos envidar to-dos esforços para proporcionar aos estudantes essas novas oportunidades.

Estação Brasil: A questão do desemprego é uma realidade, embora Brasília seja a capital adminis-trativa do país. O que o GDF está fazendo para mi-nimizar esse caos, no início do terceiro milênio?

Paulo Octávio: O desemprego aflige governos de vários paises. No caso do Brasil, existem alguns Es-tados onde o número de desempregados é grande; já em outros, o problema não é tão sério. Aqui em Bra-sília, mesmo com o enxugamento da máquina pú-blica, estamos conseguindo diminuir o nível de de-semprego. Isso, graças ao aquecimento da atividade econômica. Fomos forçados a demitir funcionários, mas enxugamos a máquina administrativa. Conse-guimos colocar as contas públicas em dia, e tivemos capacidade de investir.

A racionalidade administrativa que fizemos em Brasília está dando bons frutos. Hoje, conseguimos assinar, com o Banco Mundial, um empréstimo de 270 milhões de dólares, por intermédio do BNDES e da Caixa Econômica Federal. Fizemos o dever de casa, e agora temos um orçamento e uma arrecadação

compatíveis com nossos gastos. Estamos totalmente dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, e bem en-quadrados economicamente, com poucas dívidas. O DF está com a casa em ordem, e já recebe benefícios de financiamentos nacionais e internacionais. Assim é possível gerarmos mais empregos. Quanto mais inves-timos na cidade, por meio dos financiamentos, mais empregos são gerados pelas empresas que trabalham para o governo.

Estação Brasil: No tempo em que foi cons-truída, Brasília foi projetada para abrigar 500 mil pessoas. Hoje este número ultrapassa os dois mi-lhões; como resolver a questão habitacional dessa grande cidade?

Paulo Octávio: Se a gente observar, Brasília é um milagre. Nesses 48 anos, construímos em torno de 800 mil moradias. Isso mostra a força da arquitetu-ra, da engenharia. As cidades construídas no entor-no da capital abrigaram milhares de pessoas. Aquelas

com menor poder aquisitivo foram beneficiadas com ter-renos cedidos gratuitamente. Fora isso, o governo tem feito licitações públicas regular-mente, atendendo à demanda habitacional da cidade. Afora isso, nosso governo está lan-çando agora mais um bairro no Plano Piloto, o bairro No-roeste. Ele é composto de 220 prédios residenciais e 100 prédios comerciais. Atenderá à demanda da classe média brasiliense, que procura local para morar. Com os novos bairros e a regularização dos condomínios, que estamos fa-zendo, tenho certeza de que a falta de moradia não será um

problema que afetará o desenvolvimento da cidade.Estação Brasil: Em 2010, Brasília completará o

cinqüentenário; o que o GDF está preparando para tão importante data?

Paulo Octávio: Desde o ano passado, começamos a nos embalar no sonho de JK. Tivemos em 21 de abril um gran-de evento, que reuniu 700 mil pessoas na esplanada dos Ministérios. Este ano, vamos repetir o evento. Desde 21 de abril de 1960, nunca havia sido feita uma comemoração. Agora, sim, estamos nos preparando para que em 2010 possamos ter aqui milhões de brasileiros, comemorando o aniversario desta cidade, que pertence a todos. Uma cida-de que é muito a cara a todos os brasileiros, e que deve ser motivo de orgulho, para levantar a moral da população. Brasília ainda é muito pouco conhecida. Então, a hora é agora, de somarmos esforços para que, nos 50 anos da ci-dade, possamos ter aqui milhares de turistas, de todos os cantos do Brasil, e estrangeiros de vários países. Brasília é um dos milagres brasileiros. É a maior obra arquitetônica do século passado, está pronta, funciona bem, e, para nós, que moramos aqui, nos dá muita alegria e muita honra, além de mostrar a força de fazer do nosso povo.

Em Brasília estamos implantan-do a escola em tempo integral.

Isso vai oportunizar que o aluno tenha, fora do período normal, tempo pra apreender línguas, mexer com computadores, ter

aulas sobre empreendedorismo, conhecer cinema, teatro, enfim.

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Museu Nacional

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Chapada Imperial

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A economia de mercado, na plenitude do termo, é uma conquista relativamente recente no País. Até o início da década passada, a ingerência do Es-tado na economia era quase que diária, inclusi-ve na formação dos preços. Experiências como tabelamentos, “tablitas”, controles interminis-teriais e outras aventuras heterodoxas nortea-ram as ações das autoridades, por longos anos. Mas o Brasil entrou, finalmente, na era da moder-nidade econômica, e passou a conviver com um re-gime de preços estabelecidos pelas forças de merca-do: a liberdade passou a ser a regra, a interferência do Estado, a exceção.

Os economistas e autoridades descobriram a economia de mercado com o fervor de cristãos novos, e com ela vieram as virtudes e as mazelas do capitalismo. Não nos preparamos, no entanto, de forma adequada, para conter as vicissitudes decor-rentes do exercício abusivo do poder econômico.

No campo da concorrência, o CADE praticamente só passou a exercer papel relevante a partir de 1994, ainda assim padecendo de imensa falta de estrutura e experiência. No regramento prévio, nossas agências reguladoras ainda patinam, sem encontrar a sua ver-dadeira vocação, despreparadas para conviver com esse mercado livre.

Um dos segmentos em que esse despreparo parece tra-zer enormes e terríveis conseqüências é o de cartões de dé-bito e crédito.

No mundo todo, em particular nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Europa, as autoridades de defesa da concorrência e do consumidor travam uma verdadeira batalha contra as ban-deiras e agentes financeiros, acusados de práticas colusivas. Na Austrália, México e em diversos outros países, profundas altera-ções legislativas estão sendo feitas de forma a coibir a cobrança de taxas excessivas pelos agentes econômicos.

Enquanto isso, no Brasil, as nossas autoridades de defesa da concor-rência e o próprio Banco Central, regulador do sistema financeiro nacional, quedam-se inertes, não obstante tenhamos as mais elevadas taxas de desconto do planeta.

Como os agentes econômicos são os mesmos, aqui e alhures, as autoridades regulatórias e antitrustes precisam investigar com cuidado a existência de possíveis práticas anticompetiti-

Cartão de créditoe o consumidor brasileiroO Brasil passou a conviver com um regime de preços estabelecidos pelas forças de mercado, mas o consumidor ainda não sabe quanto custa usar o cartão de crédido. O custo de uma transação com cartão chega a mais de 5%, um valor maior que o da inflação

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Adelmir Santana Senador (DEM-DF) é

presidente do Conselho Deliberativo Nacional

do Sebrae e do Sistema Fecomércio-DF

vas, levadas a cabo pelas principais administradoras, que detêm, conjuntamente, praticamente 95% do mercado.

Outro grave problema é a falta de transparência no setor, motivada pela atuação equivocada dos próprios órgãos de defesa do consumidor.

No Brasil, o consumidor não sabe quanto custa usar o cartão de crédito. Não sabe, por exemplo, que poderia pagar cerca de 5% a menos pelo produto, se não utilizasse esse meio de tratamento.

Trata-se de um valor maior do que o da inflação por 12 meses, e também superior a um ano de remuneração real da poupança.

As taxas extorsivas vêm camufladas no manto bem inten-cionado das autoridades, que obrigam os comerciantes a co-brar de todos os consumidores o mesmo preço, sejam ou não portadores de cartões.

Como o custo de uma transação com cartão chega aos mencionados 5%, esse custo é repartido, indistintamente, entre usuários e não-usuários dos cartões; esses últimos, notoriamente, pessoas de menor renda.

Essa exigência – ressalto, bem intencionada – acarreta uma dupla injustiça: 1º- cobra-se do não-usuário de cartão por um serviço que ele não utilizou; e 2º- faz-se com que o consumidor de menor renda, que não tem acesso aos cartões, subsidie o custo do uso do cartão por parte da camada de maior poder aquisitivo, conforme concluiu, recentemente, estudo da Secretaria de Acompanhamen-to Econômico do Ministério da Fazenda.

As bandeiras, habilmente, conseguiram convencer as autoridades financeiras de que a igualdade de trata-

mento é um benefício, encobrindo o fato de que igualdade entre desiguais é, na verdade, mascarada injustiça.É exatamente esse consumidor mais carente que deveria

ser o alvo primeiro da proteção das autoridades.Precisamos, urgentemente, lançar luzes sobre essa questão, exi-

gindo das autoridades o mesmo rigor que vem sendo demonstrado em outros países, produzindo uma legislação mais adequada à realidade

desse mercado, valendo-nos, inclusive, de experiência interna-cional exitosa.

Só assim poderemos conservar as comodidades da mo-dernidade e do progresso, representados pelos cartões de crédito, com custos menores para a sociedade.

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Alguns indicadores mostram que, somente em 2005, o Marketing de Rede movimentou U$ 90 bilhões em pro-dutos, e U$ 750 bilhões em serviços na tecnologia Voip (Voz sobre Protocolo de Internet). No Brasil, o Marke-ting de Rede ainda é pouco explorado, pois a maioria da população brasileira ainda não absorveu a filosofia de funcionamento do negócio, embora as perspectivas se-jam otimistas. Brasília, por sua localização privilegiada, é um ponto estratégico para as representações comerciais e operacionais dessas empresas.

Atualmente, a capital brasileira tem uma atuação destacada do MR com a Herbalife e Forever Live (USA), Purific, Phoneclube e Viva Bem Natural (BR). Mais recen-temente, com a entrada do Unibanco no setor, Brasília e seu entorno poderá tornar-se um grande pólo comercial dessa atividade, gerando impostos, estabilidade da eco-nomia local e base para que os serviços públicos funcio-nem com maior eficiência. O Marketing de Rede deixa 50% do seu faturamento com os associados, mais o pa-gamento de impostos. O MR também pode ser conside-rado uma excelente opção para combater o desemprego. A pessoa não tem vínculo empregatício, mas participa de uma associação para comercialização de produtos e serviços, com pequeno investimento.

As empresas de MR dispõem de uma gigantesca ca-pacidade de absorção de mão-de-obra, uma vez que os integrantes entram em um processo semelhante a uma franquia, onde todos os negócios são baseados a partir da residência de cada um. Nenhum produto pode ser

Marketing de RedeGera empregos e distribui rendaAs empresas de Marketing de Rede, que praticam o Network Marketing, ou Marketing Multinível, são uma forma inteligente de comercialização de produtos e serviços, e surgem no Brasil como força geradora de empregos e distribuição de renda

POR DANIEL P. TINOCO

exposto em vias públicas, somente é mostrado ao consu-midor final, o que contribui para minimizar o comércio informal e a pirataria, ambos maléficos à economia e à estrutura fiscal do Estado.

Com o reconhecimento do papel das empresas de Marketing Direto, e a criação de incentivos por parte do Estado, no caso, o GDF, haveria maior aceleração na geração de empregos e na distribuição de renda. Na me-dida em que a tecnologia da informação avança, inclu-sive, com o surgimento da Cidade Digital, essas empre-sas também acompanhariam tal evolução, com serviços mais eficientes e atrativos, inclusive para os associados desses empreendimentos.

A cada ano que passa, as estatísticas dos desemprega-dos aumentam de forma assustadora, e a gente sabe que, se não houver um planejamento mais ousado, com a im-plantação de programas de empreendedorismo na edu-cação dos jovens, teremos uma catástrofe sem preceden-tes, em breve futuro. A Sustentação dos Serviços Públicos depende do Trabalhador no Mercado de Trabalho.

O Marketing de Rede é uma máquina que poderia co-locar os cidadãos nas atividades econômicas, rapidamen-te. Funciona por si mesmo. As pessoas que se associam ao MR recebem treinamentos de empreendedorismo. Queremos indagar se já não seria a hora de as autorida-des e educadores observarem, com maior atenção, essa modalidade de trabalho, que oferece nova perspectiva de melhoria de vida, que surge na sociedade brasileira. A solução está na mão dos governos!

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José Bonifácio dos SantosFundador e presidente da Confraria Clube da Cachaça de Brasília

Administrador de Empresas e Relações Internacionais na New York University

Recentemente, a região de PARATY (sempre pionei-ra) recebeu o registro como INDICAÇÃO GEOGRÁ-FICA (IG), na modalidade indicação de procedência (IP), pelo INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDA-DE INDUSTRIAL (INPI), como a primeira região bra-sileira produtora de cachaça com esse tipo de proteção intelectual, pelos padrões nacionais e internacionais vigentes. Isso é ótimo, pois qualifica o nosso produ-to, e esperamos que essa distinção se estenda também a outras regiões, igualmente tradicionais na produção de cachaça, como o caso de SALI-NAS e da Região dos Inconfidentes (MG), ABAÍRA (BA), e várias outras importantes regiões do País. Atual-mente existem cachaças de qualida-de sendo fabricadas em praticamen-te todo o território nacional.

Não é de hoje que inúmeros pro-dutos são distinguidos no mercado nacional e internacional, não apenas pela marca que ostentam, mas tam-bém pela indicação da sua origem geográfica, que lhes atribui certa re-putação, um valor intrínseco e uma identidade própria, que os distinguem dos demais produtos de igual natureza, disponíveis no mercado, tornando-os, a rigor, mais valiosos.

Temos como exemplos clássicos de IG as re- giões de BORGONHA, COGNAC e CHAMPAGNE, na França, e, no Brasil, o “Vale dos Vinhedos”, no RS, o que demonstra a importância da preservação das características únicas de produção das bebidas. Além

da melhora na qualidade, a concessão da IG provoca um forte atrativo turístico, movimentando hotéis, e o comércio em geral, da região. Na realidade, o tra-balho feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para incentivar essa forma de agregação de valor aos produtos agropecuários, que precede a IG, é um aprimoramento do Decreto nº 4.062/2001, que protege a cachaça do Brasil, nos

âmbitos nacional e internacional, o que faz com que essa salvaguarda se estenda para além das nossas fron-teiras, pela qualificação individual das regiões produtoras. Vale desta-car que não são todas as cachaças da região que ficam automaticamente qualificadas como IG, pois há uma classificação individual, e apenas as melhores recebem o título, após ri-gorosa seleção, para verificar o aten-dimento dos requisitos estabelecidos para o produto.

Essas providências nos ajudarão grandemente no reconhecimento in-ternacional das qualidades da boa ca-chaça feita no Brasil. A CONFRARIA CLUBE DA CACHAÇA, que luta para

que o consumidor seja sempre bem atendido, para-beniza essa iniciativa, que vem de encontro ao nosso lema: CACHAÇA DE QUALIDADE, ORGULHO NA-CIONAL! Caso você queira se juntar ao nosso movi-mento, acesse o site: www.cccachaca.com.br, e brinde conosco a essa nova etapa da bebida, que é símbolo do Brasil: a cachaça!

A pingaCom certidão de nascimento!Não é de hoje que alguns produtos são distinguidos apenas pela marca que ostentam, mas também pela indicação da sua origem. Agora, a região de Paraty é a primeira do país a receber esse tipo de proteção intelectual, no seu registro como Indicação Geográfica, pelo INPI

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A Copa do Mundo de Futebol de 2014 já chegou ao Brasil. Muitas ações foram necessárias para garan-tir que o País fosse novamente contemplado com esse grande evento, que deverá contribuir para o nosso de-senvolvimento econômico, social e urbanístico.

Foi assim com Portugal, por ocasião de realizarem lá a Copa da Europa de 2004. Foi assim com a Alema-nha, e é assim em todos os países por onde a Copa do Mundo de Futebol é realizada. Vale lembrar do entu-siasmo com que a nação sul-africana vem tratando da organização da Copa do Mundo de 2010.

Os desafios a serem superados são muitos. O Bra-sil, e em especial as 18 (dezoito) cidades candidatas a sede dos jogos, não tem, pelo menos por enquanto, sequer um estádio em condições de atender às exigên-cias da FIFA. A infraestrutura das cidades candidatas precisa passar por profundas reformas, umas mais, outras menos, mas, todas precisam de adequações.

Como a Copa do Mundo de 2014 poderá trazer desenvolvimento à indústria imobiliária? Como o mercado imobiliário poderá contribuir na adequa-ção das instalações das cidades e dos campos de jo-gos e treinos?

Várias são as teses. Umas defendem que os Esta-dos (leia-se também Governo Federal) e municípios arquem com os custos das infraestruturas básicas, de transporte, saneamento, segurança etc. Outras defen-dem que a iniciativa privada arque com as reformula-ções das praças esportivas. E há ainda as que defen-dem que haja uma união das duas primeiras teses.

Existe hoje no Brasil uma grande demanda repri-mida por habitação, seja na classe média, seja na clas-se menos favorecida economicamente. O certo é que

a Copa do Mundo de 2014 deverá contribuir para a diminuição dessa demanda, na medida em que os Governos Federal, Estaduais e Municipais realizem permutas, cedendo terrenos para as incorporadoras, que poderão, em troca de espaços para a expansão imobiliária, construir e reformar todos os estádios e equipamentos necessários para atender a um evento da magnitude da Copa do Mundo de Futebol.

Com a facilidade de crédito de que dispõe o País atualmente, não será difícil encontrar investidores interessados no tema. Necessária, nesse momento, a constituição de grupos de estudo capazes de ma-pear as necessidades estruturais de cada cidade, bem como as suas demandas habitacionais, e iniciar um processo de conversações, que venham a produzir um modelo brasileiro.

Construir um modelo que atenda às necessidades do País, tanto do ponto de vista das estruturas espor-tivas quanto do ponto de vista das necessidades ha-bitacionais, não deverá ser apenas uma tarefa que atenda aos interesses dos incorporadores imobiliários, mas que atenda também, e principalmente, à deman-da de toda a sociedade brasileira.

Para tanto, os Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis, em parceria com outras enti-dades do mercado imobiliário, tais como as ADEMIs, SECOVIs, SINDUSCONs, e demais, têm a responsa-bilidade de propor ao Congresso Nacional projetos de “leis especiais” – para que se criem condições ade-quadas à consolidação das regras necessárias – para permitir as permutas ou parcerias público-privadas, indispensáveis ao atendimento às demandas da Copa do Mundo de 2014.

O Mercado Imobiliárioe a Copa do Mundo de 2014

João Teodoro da SilvaPresidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis

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Para os especialistas em organização de competições, de qualquer natureza, seria bom que os participantes e as subsedes de uma competição de curta duração fossem em um número múltiplo de quatro. Isso possibilita melhor seqüência do evento.

Em 2014, na Copa do Mundo do Brasil, temos 18 (dezoito) cidades pré-selecionadas pela Confederação Bra-sileira de Futebol, que foram apresentadas à FIFA como cidades postulantes a ser subsedes.

Foi anunciado que a FIFA gostaria que a Copa do Mundo do Brasil fosse realizada em oito ou dez cidades. A CBF dá a entender que poderiam ser até 14 (quatorze) cidades.

Já explicamos, na edição anterior, que, em 1930, a primeira Copa do Mundo foi realizada no Uruguai, em apenas dois estádios, na capital Montevidéu.

Em contrapartida, em 2002, quando a Copa se realizou em dois países da Ásia, Coréia do Sul e Japão, foram utilizados dez estádios, em cada país, num total de 20 cidades.

Atualmente, a FIFA distribui as 32 (trinta e duas) seleções, que jogam a final da Copa do Mundo, em oito grupos, com quatro seleções cada um.

As 16 seleções classificadas em terceiro e quarto lugares, em cada Grupo, retornam para casa. A partir das oitavas de final, as partidas são eliminatórias.

Vamos considerar que a FIFA e a CBF queiram premiar a integração nacional. Ao deferir as 18 (dezoito) cidades candidatas a anfitriãs, poderão dividir as 32 seleções em oito grupos, sendo que, de seis deles, os jogos seriam realizados em duas cidades-sedes. Os outros dois grupos realizariam os jogos em três cidades-sedes.

O que propomos é uma das várias soluções possíveis, porém os técnicos da FIFA e da CBF poderão conceber um melhor formato, para atender às 18 cidades candidatas.

Copa do Mundo integrando o BrasilComo indicar as 18 cidades candidatas como subsedes

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POR JOSÉ BONETI

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C 09 10 11 12

D 13 14 15 16

E 17 18 19 20

F 21 22 23 24

G 25 26 27 28

H 29 30 31 32

Grupos e Seleções

Serão formados oito grupos, com quatro equipes cada:Cada Grupo é representado por uma letra (de A até H)Cada Seleção é representada por um número, de 01 a 32

Escolha das Cidades

Os principais jogos da Copa do Mundo poderiam ser realizados nasseguintes cidades:

Jogo Inaugural - BrasíliaJogos das 4ªs. de Finais - Manaus, Recife, Campo Grande e CuritibaJogos das Semifinais - Belo Horizontee São Paulo3º e 4º lugares - Porto AlegreJogo Final - Maracanã, Rio de Janeiro

Visualização dos Grupos

Porto Alegre; Florianópolis; Curitiba; São Paulo;Belo Horizonte; Rio de Janeiro; Salvador; Maceió; Recife; Natal; Fortaleza; Belém; Manaus; Acre; Cuiabá; Goiânia; Campo Grande e Brasília.

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Edgar EichlerPresidente do SINDEVENTOS-DF

Pretendo com este texto destacar a importância do associativismo e do trabalho sindical, nos quais as responsabilidades são distribuídas, e os problemas diluídos, bem como detalhar o que considero impres-cindível para o sucesso do trade de eventos do Distrito Federal. Começo com a segunda, para alcançar a pri-meira destas afirmativas.

O segmento de eventos, que atualmente ocupa re-levante papel na composição do PIB, em termos nacio-nais, poderá se constituir em um importante propulsor da economia do Distrito Federal. E já está a caminho!

Um evento de sucesso impõe a presença de especia-listas, de colaboradores bem treinados, que valorizem a importância do planejamento, saibam concretizá-lo com efetividade e, sobretudo, apontem o foco nas es-pecificidades e exigências do cliente. Parcerias certas, equipes competentes, planejamento integrado são as chaves que permitem, não só a racionalização do tem-po de trabalho, primordial para esse setor, mas, tam-bém, uma análise mais acurada das reais necessidades do mercado. Com essas ferramentas em mãos, concre-tizam-se com maior facilidade os eventos, e alcança-se a efetiva consolidação desse segmento empresarial.

Dinamizar um evento requer atenção, ações por-menorizadas e parcerias inteligentes e bem compos-tas. Todos são importantes no processo. Ouvi-los e dar vazão as suas necessidades é imprescindível para a consolidação de um grupo forte e atuante.

A realidade atual aponta para um mercado de eventos bastante aquecido, inclusive em Brasília. No entanto, as di-ficuldades que se apresentam cotidianamente em nossa ci-dade são inúmeras, pois nem sempre estão disponíveis re-cursos fundamentais para a efetivação dos planejamentos concebidos. Vão desde a simples aquisição de materiais a profissionais qualificados, que possam atender às deman-das existentes. Carecemos de uma estrutura mais sólida, que venha minimizar os custos do setor. Precisamos de

incentivos fiscais, de tecnologia de baixo custo, de progra-mas consistentes de divulgação, de programas de capacita-ção, dentre outras demandas necessárias de ser atendidas.

Nesses esteio, e objetivando tornar o segmento mais pragmático, o Sindeventos, a Brasiliatur e o Brasília e Região Convention and Visitors Bureau têm realizado encontros com parceiros diferenciados, com a intenção de aprofundar o debate da problemática que envolve as necessidades comuns e específicas dos envolvidos. Pre-tende-se, com tais ações, continuar abrindo os caminhos que venham consolidar a cidade de Brasília como capital de eventos do Brasil, e, quiçá um dia, da América do Sul. Sua localização privilegiada, no epicentro do mapa do País e do Continente, favorece o deslocamento aéreo e terrestre. Favorece, também, o desenvolvimento de uma rede, que se delineia e já pode ser observada pelo cres-cente interesse de empresas e entidades representativas do setor em se instalarem no Planalto Central.

O Sindeventos, por outro lado, também tem se preocupado com o fortalecimento de seu quadro, ago-ra com a inserção na Fecomércio, que congrega im-portantes sindicatos, como o Sindauto (auto-escolas), Sincofarma (produtos farmacêuticos), Secovi (imóveis residenciais e comerciais) e Sindvídeo (vídeo-locado-ras). Imprimir o espírito do associativismo e reunir mais adeptos é uma das nossas missões.

A história demonstra que trabalhar em grupo é fundamental, e diminui, significativamente, as chan-ces de erros. Distribuir responsabilidades e contar com apoio e solidariedade dos envolvidos torna o processo mais ágil e fluente. Quando o esforço é conjunto, o sucesso é de todos! Nesse sentido, concluo com uma homenagem e um agradecimento especial aos nossos grandes parceiros dessa empreitada: à Brasiliatur, na figura de seu presidente César Gonçalves, e ao Brasília e Região Convention and Visitors Bureau, na pessoa do presidente Marcelo Sáfadi.

A importânciada prática associativa-Sindeventos em açãoCom o objetivo de tornar o segmento mais pragmático, os orgãos oficiais têm realizado encontros com as parcerias certas. A localização privilegiada de Brasília favorece o deslocamento aéreo e terrestre. O atendimento focalizado nos clientes garante o sucesso das ações

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Águas Emendadas

É um extraordinário fenômeno

geográfico da dispersão das

águas, vertendo de um

mesmo ponto para

três grandes bacias

hidrográficas em

direções opos-

tas, Tocantins,

São Francis-

co e Paraná.

Uma área de

10 mil e 547

hectares, no

centro do Cer-

rado Brasileiro,

compõe a Estação

Ecológica de Águas

Emendadas, situada no

extremo nordeste do DF, em

Planaltina. Na Estação, funciona o

Centro de Ensino Profissionalizante do MEC, em área

que destina-se à realização de pesquisas básicas apli-

cadas de Ecologia; à proteção do ambiente natural e ao

desenvolvimento sustentável.

Pedra Fundamental

No centenário da independência do Brasil, em

1922, foi celebrado o lançamento da Pedra Fun-

Pedra FundamentalCentro Geodésico do Brasil

DA REDAÇÃO

damental da “Capital Federal dos Estados Unidos

do Brasil”, hoje, Brasília. Está localizada no Morro

Centenário, a 1.033 metros de altitude, a 40º e

30’ de longitude, a oeste do Rio de Janeiro. O

Obelisco tem a forma piramidal, de base

quadrada, com 3,75 m de altura. As

suas faces estão orientadas pelos

pontos cardeais. O local, onde

existe um heliporto, proporcio-

na uma visão da área em todas

as direções.

Eco Vila

Localizada nas imediações da

Pedra Fundamental, nasce a Eco-

vila Vera Cruz, uma iniciativa de

um grupo de pes-

soas (jornalistas,

fotógrafos, poetas,

cineastas, músicos,

médicos, dentistas,

advogados, agrôno-

mos, e de várias ou-

tras áreas), organiza-

da como um Kibutz, ou uma tribo indí-

gena, com profundo

respeito à natureza,

onde desenvolvem a

produção orgânica.

A gente sempre imagina que o centro de um país são as suas grandes cidades, shoppings, carros, congestionamentos, mas somente em raras ocasiões nós refletimos sobre o epicentro das coisas. Na América do Sul, o Brasil é o país mais importante, por suas dimensões geográficas, infra-estrutura, acessibilidade, riqueza gastronômica e cultural, seu povo alegre e dinâmico; mas também não é só isso. Na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, localiza-se o centro geodésico da América do Sul. O centro geodésico, ou seja, o marco zero do Brasil, está exatamente aqui, a pouco mais de 30 km de Brasília, localizado na RA de Planaltina, onde nascem as Águas Emendadas e existe a Escola Rural do Brasil

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Inquestionáveis são as montas registradas aos fi-nais dos congressos, feiras ou espetáculos, tão signi-ficativas quanto as possibilidades dos postos de tra-balho que são oferecidos, mesmo que temporários. Como instrumentos de marketing, são considerados dos mais importantes acessórios na composição dos planejamentos e táticas de ação. Grandes marcas se tornam regularmente conhecidas, após a realização de eventos, onde foram expostas ao contato com a massa. As empresas de telefonia, os shoppings e os supermer-cados, ao final do século passado, e com o surgimento das leis de incentivo, puderam, por meio de programas culturais do tipo shows ou peças de teatro, massificar a sua marca junto ao público consumidor, situado no perfil de seu interesse.

Os Jogos Olímpicos, a Fórmula 1, o Carnaval são alguns dos exemplos que mobilizam quantidade ex-pressiva de público, e possibilitam aos grandes anun-ciantes garantia de retorno e massificação de seus produtos. Na realização de feiras e de congressos, re-sidem ideários distintos, quer seja na exposição e lan-çamentos de produtos, ou na apresentação de experi-mentos e tecnologias inovadoras. Cada qual cumpre com a missão de propiciar ao participante condições de contato com o novo, com o científico, todavia, rea-lizando principalmente a prática venal.

Os dados, as benesses e os resultados são expres-sivos, e auxiliam o governo nas soluções dos gran-diosos problemas, das diversas nações. O Brasil ocu-pa o honroso posto de sétimo destino do mundo na

EventosFontes de dignidade humana e progresso

Reginaldo RispoliProdutor de Eventos, Professor Universitário,

Coordenador de Pós-graduação do Curso de Gestão de Eventos da Faculdade UPIS. Ministra a disciplina

Gestão de Eventos na Faculdade UPIS, no Distrito Federal, e também trabalha produzindo eventos

temáticos. É mineiro radicado no Distrito Federal, e autor de seis livros:

• Desmistificando o Lazer (1995) - esgotado; • Produção e Organização de Atividades de Lazer

(2000) - esgotado; • Lazer na Escola, Forte Aliado no Combate à Violência (2001); • Eventos, Como Fazer

(Edição 2007 - revisada e ampliada); • A Força Econômica do Turismo e o Pujante Mercado

de Eventos (2003); • Eventos Passo a Passo, uma abordagem prática (2005).

Obs.: Para palestras com o autor, favor entrar em contato pelo e-mail [email protected]

realização de eventos internacionais, contudo, muito necessitamos fazer, em especial no que se refere à ca-pacitação e excelência dos serviços. É preciso pautar sempre pelo inovador e pelos princípios do desenvol-vimento social, onde, com a realização dos eventos, além de uma prática de serviços, os envolvidos pos-sam perceber o quão digno lhes foi oferecido, e que os dividendos colhidos venham a servir de referen-ciais para a consolidação de uma melhor qualidade de vida, mais justa, para todos.

Reginaldo RispoliProdutor de Eventos

Os eventos são considerados fenômeno mundial, e são tratados com sagacidade e competência por todos os países que necessitam da entrada de divisas e tributos, pois cumprem relevante papel no processo social e no desenvolvimento da cidadania e das cidades

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O sabor do NordesteSeverina

Ao longo de séculos, a carne-de-sol, carne-do-ser-tão ou carne de viagem, a paçoca e a farinha de mandioca preenchiam o farnel de tropeiros, que

carregavam, em lombo de mulas, víveres pelo Brasil a fora. Forte como precisava ser, garantia vida e

coragem. A feitura da carne-seca exposta ao Sol é muito antiga, e consta de registros

em documentos históricos desde tempos imemoriais. O Rio Grande do Norte e

o Ceará disputaram fortemente a in-dustrialização da carne-de-sol,

no Nordeste. Mas, “a sede da carne-de-sol é Picuí”, na Paraíba, que populari-zou o prato, hoje encon-trado em várias cidades

do País.

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Família Severina – Se comer um tiquim, dá inté pra doisUnaminidade nas casas nordestinas, a carne-de-sol é um prato que chegou a Brasília com a vinda dos pio-

neiros candangos, construtores da cidade, em sua maioria do Nordeste. Hoje, em torno de 80% da população de Brasília é nordestina. Boa parte dos restaurantes que servem carne-de-sol na cidade guarda uma tradição passada de pai para filho, que permanece intacta, salvo algumas pequenas inovações. Esse é o caso do Severina, hoje administrado por Patrícia Machado e Irany Lopes.

Mais um poco, pra mode encher o buchoHá 28 anos no mercado, e há dois anos com a nova marca, o Severina hoje tem decoração rústica, com ador-

nos que remetem ao sertão. Na mesa, uma apetitosa carne-de-sol servida para uma, duas ou três pessoas, com paçoca, originalmente batida no pilão, feijão-de-corda, arroz branco, vinagrete, macaxeira cozida (daquelas que derretem na boca), manteiga de garrafa e queijo. Outras delícias nordestinas, como o baião de 2x2 da Severina, incrementam o apetite dos clientes.

Feijão de corda – Bode da SeverinaA decoração ganhou rusticidade, muita chita nas toalhas e adereços nordestinos, como um

painel todo feito com colher de pau. As bacias e pratos de ágata receberam outras funções: fo-ram parar no teto e viraram lustres, decorados com margaridas; subiram as escadas e ficaram nos banheiros, servindo de pias. Na entrada, um mercadinho vende melado, pimenta, cacha-ça, doce, licor. A carne-de-sol e a de bode são os destaques no cardápio.

Bode guizado, macaxeira cozida, farofa de feijão de corda e arroz branco compõem o “Bode da Severina”.

Baião de 2x2Um dos pratos preferido é o baião de 2x2 da Severina, que vem na panela de barro, e

parece comida da Vovó. O prato que leva carne-de-sol picadinha e frita em manteiga de garrafa, arroz, feijão-de-corda e queijos do sertão também é muito apreciado. Na sobreme-sa, tem sorvete de tapioca com goiabada, e o “Romeu e Julieta” nordestino, feito com queijo coalho quente e pasta de goiabada por cima, ou então o “Cartola”, que vem com banana, leite queimado, açúcar, canela, queijo e côco.

Pra adoçar o bico – De beber pelando o bicoQuem for ao Severina só para lanchar, também encontra boas opções. Além das sobremesas,

pode provar uma tapioca doce, com chocolate e castanha, um cuscuz, ou ainda tomar um café com leite queimado! Na saída, aproveita se quiser as ofertas do mercadinho, onde a carne-de-sol temperada e congelada, ou a carne de bode, podem ser adquiridas, direto da fonte!

Serviço:201 Sul - Bloco B - Loja 25Brasília-DFTel.: (61) 3224-6362

Patrícia Machado, Severinae sua mãe, Irany Lopes

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Santos-Arica Transcontinental

POR SEBASTIÃO EuLÁLIO DE OLIvEIRA LIMA

Em 16 de dezembro de 2007, os meios de comuni-cação noticiaram o encontro do presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva com a presidenta do Chile, Michelle Bachelet, e o presidente da Bolívia, Evo Morales, na cidade de El Alto (Bolívia), para relançar as obras do corredor interoceânico que ligará o porto de SAN-TOS, no litoral de São Paulo, ao terminal marítimo de ARICA, no Chile. Essa obra é da maior importância para a tão pretendida (e sonhada por Simon Bolívar) ligação econômica da América do Sul. Mesmo se con-cretizada (no Governo Lula), ela vem com muito atra-so. O que mais caracteriza geopoliticamente a Améri-ca do Sul é o fato de estarem os países do Pacífico, até hoje, praticamente isolados de seus vizinhos situados no Oceano Atlântico.

A responsabilidade cabe, em sua maior parte, aos governos brasileiros, que não deram a devida impor-tância ao fato, ou seja, à construção de um corredor oceânico ligando o Atlântico ao Pacífico. Cabe ao governo brasileiro essa responsabilidade, porque no litoral brasileiro está localizado o mais conveniente ponto de partida, ideal, para essa ligação. Pelas pecu-liaridades geográficas e políticas, o traçado SANTOS-

ARICA é o que mais beneficia direta-mente os desenvolvimentos sociais,

econômicos e turísticos que este corredor atravessa.

Sob o ponto de vista turístico, essa obra abri-rá uma nova fronteira do

Brasil, no litoral do

O que mais caracteriza geopoliticamente a América do Sul é o fato de os países do Pacífico, até hoje, estarem praticamente isolados dos vizinhos do Oceano Atlântico. Essa obra deve beneficiar os desenvolvimentos social, econômico e turístico que o corredor atravessa

Oceano Pacífico. Hoje, praticamente desconhecida, pelas dificuldades de transporte, apesar da impor-tância cultural dos países do Pacífico. Tanto as civi-lizações pré-colombianas, quanto a cultura européia, trazida pelos colonizadores espanhóis, são destinos importantes, que devem ser visitados, conhecidos e estudados. Esse corredor interoceânico não nos levará somente a Arica. De lá, é mais fácil seguir para o Sul, e visitar os tradicionais pontos turísticos localizados no Chile e na fronteira com a Argentina. São regiões de clima e topografia muito diferentes das que encon-tramos no Brasil. Ao norte, uma grande atração, a ci-dade de Lima. Boas estradas irão facilitar as viagens e a conscientização da importância desse intercâmbio cultural e econômico entre os países sul-americanos.

Sob o aspecto econômico, essa ligação nos traz o barateamento do transporte de mercadorias para os países da Ásia. O intercâmbio brasileiro com esses pa-íses só tende a aumentar, e um menor custo de trans-porte é um dos fatores que muito ajudará na concor-rência internacional. Isso particularmente ajudará o escoamento da produção de grãos da região brasileira, por onde essa estrada passará, para os países asiáticos e outros portos situados ao norte, incluindo Estados Unidos e Canadá. Hoje não se trata mais de um sonho, mas de uma realidade possível.

Outro ponto a se conside-rar, como muito importante, para a integração sul-ameri-cana, é amenizar as relações históricas e diplomáticas causadas pela Guerra do Pacífico, há mais de um sé-culo, envolvendo Chile, Bolívia e Peru. Em c o n s e q ü ê n c i a

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dessa guerra, a Bolívia ficou enclausurada, sem saída para o mar. Esse será um importante passo para incrementar a amizade entre os povos da América do Sul. Não é uma tarefa fácil, mas nada se consegue sem esforço e trabalho. Essa estrada tem entrado em pauta várias vezes, por um ou outro membro do governo brasileiro, mas de-pois é esquecida.

Quero aqui fazer um apelo à imprensa, aos forma-dores de opinião e, em especial, aos nossos políticos e in-telectuais, para que estudem e pensem nas vantagens que a construção dessa estrada-ferrovia transcontinental pode trazer a todos nós, brasileiros, em especial.

Sempre tive muito apreço pela livre imprensa. Quanto mais verdadeiramente livre, acessível e participante, maior será a quanti-dade de idéias úteis e inteligentes. Quanto mais pensado e estudado um assunto, mais a inteligência penetra nos seus meandros, e afloram as soluções para resolvê-lo. E o Brasil necessita muito delas, agora!

Espero que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontre final-mente uma forma para resolver definitivamente essa importante obra, que mudará para melhor as feições da América do Sul, e a história do mundo contemporâneo. O presidente que a fizer entrará para a história, afinal, como um dos maiores estadistas, de todos os tempos, do Brasil.

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Em pleno semi-árido nordestino, com a imen-sidão das águas do Velho Chico, surgem par-reirais, as uvas e os vinhos, para assombrar os apreciadores e enólogos de todo o mundo.

Surpreenderam os herdeiros das milenares téc-nicas na arte de fazer vinho, aprendida com os an-tepassados europeus. Mais que isso, o clima nada tem a ver com o do sul do Brasil, da Argentina, da Europa ou da América do Norte, que apresentam características semelhantes.

Contrariando velhos conceitos, o semi-árido do sertão de Pernambuco renasceu com a imensidão ver-dejante, de onde verte um chuveiro de repolhudos ca-chos de uvas, até se perder de vista...

O semi-árido do sertão de Pernambuco renasceu com a imensidão verdejante das parreirais, irrigadas com as águas do Velho Chico. Ali as pessoas podem ver a uva verde ou madura, sentir o aroma delicioso, que incensa o ar, e degustar o ‘néctar’ dos deuses

Parreiraisflorescem em Petrolina

Dizem que foi em homenagem aos pais (Pedro e Leopoldina) que Pedro II batizou a cidade, unindo os dois nomes: Petrolina. A fartura do Velho Chico se espraiou pelas terras, sem esperar pela transposição, por mais de 60 quilômetros de canais irrigando as áreas, onde sonhos se tornaram realidade. Hoje, entre os mais conceituadas lugares que produzem vinho de qualidade, no Sul do Brasil ou no estrangeiro, Petroli-na destaca-se e surpreende com sua espantosa produ-ção vitivinícola, reconhecida internacionalmente.

A prática de unir vinho com turismo não é no-vidade no Brasil. A região da Serra Gaúcha já é con-sideravelmente evoluída, no setor. Oportuniza aos apreciadores do “néctar” a sua degustação, e aos visi-

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Mais

Quem for ao semi-árido pernambucano, além dos

melhores vinhos, também vai conhecer a história

de Petrolina. No Museu do Sertão, a cidade se re-

vela: réplica da casa de um caboclo, carrancas do

escultor Guarani, cerâmicas de Maria da Cruz,

esculturas em madeira, e o painel Petrolina Cen-

tenária, do artista Romero de Lima.

Caboclo é um povoado histórico e lendário, com

mais de 200 anos, a 80 km de Petrolina. Em sua

ampla praça central, dois imponentes tamarin-

deiros suscitam lendárias histórias de amor.

Sobradinho, do alto do Mirante da Barragem,

apresenta uma visão desconcertante de Petroli-

na. Lado a lado estão dois oásis, irrigados e viço-

sos, e os tons cinzentos do solo áspero e seco.

Mercado do Produtor, em Juazeiro, cidade vizi-

nha de Petrolina, é um espaço sem igual. É uma

festa de aromas, exuberância de cores, um vai-e-

vem desabalado de produtos, de gente...

tantes em geral, entre outras atrações, conhecimento de todo o processo de elaboração do vinho, desde o cultivo até a comercialização. Mas é em Petrolina que as pessoas podem ver a uva verde, ou madura, a colheita, a poda, a fermentação do mosto em tonéis, o desempenho dos trabalhadores e técnicos, sentir o aroma delicioso, que incensa o ar, e, finalmente, todo o processo que envolve o vinho. Como diz o adágio popular, “O vinho deve ser bebido na fonte: quanto mais perto de sua terra de origem for tomado, tanto mais será apreciado.” Às margens do Velho Chico, e da imensidão das suas águas, Petrolina pode tornar a degustação dos seus vinhos jovens e ensolarados uma experiência inesquecível!...

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"Petrolina vem crescendo consideravelmente por conta do crescimento econômico que Pernambuco está vivendo. Hoje, o turismo de negócios vem crescendo no Estado, assim como o enoturismo, que é o turismo das vinícolas. Petrolina tem a segunda vinícola do Brasil, per-

dendo apenas para o Rio Grande do Sul, e não é apenas Petrolina, mas também Lagoa Grande e os municípios da região do Vale do São Francisco. Através de ações, desde a qualificação profissional à sinalização, o Governo do Estado está procurando levar investimentos para

aproveitar melhor o que Pernambuco tem a oferecer enquanto destino turístico para aqueles que querem conhecer o sertão."

Sílvio Costa FilhoSecretário de Turismo de Pernambuco

Page 36: Revista Estação Brasil 11ª edição

Ele fundou a Fraternidade Eclética Espiritualista Universal, cidade pio-neira do Planalto Central do Brasil. Foi também a Bandeira mudancista e espiritual de Mestre Yokaanam que estimulou Juscelino Kubitschek a logo depois construir a Capital Federal!

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Conta-se que, quando em vôo pelo Planalto Central, em 1944, uma entidade espiritu-al, ou um ser espacial, apareceu ao piloto da Força Aérea Brasileira (FAB), cel. Ocea-no de Sá, e lhe disse que a sua missão era

“lá em baixo e não aqui em cima”... Não levou a sério a advertência, e sofreu ali um gravíssimo acidente, do qual só ele sobreviveu. Recuperou-se milagrosamente, meses depois se restabelecia fisicamente, e a mesma entidade apareceu-lhe no hospital, perguntando-lhe se ele ainda tinha dúvidas de que sua missão era na Terra. Oceano de Sá se convenceu, deixou a FAB, e resolveu seguir o destino que a espiritualidade lhe traçava.

Alagoano de Maceió, nascido em 23 de feve-reiro de 1911, aos 13 anos de idade, tinha

visões mediúnicas; aos 16, deixa um seminário católico; aos 18, serve ao

Exército; depois é mandado para o Rio de Janeiro, onde fica na

Aeronáutica; e mais tarde se torna piloto da Lufthansa e do avião presidencial de Ge-túlio Vargas, com o curso de “Vôo Cego” na Acade-mia Secreta Alemã. Estuda ocultismo, e transforma-se em profundo conhecedor de doutrinas esotéricas e místicas. Deixa a aeronáu-

tica, viaja pelo mundo todo, conhece línguas, recebe o

nome místico de Yokaanam, e agrega em torno de si um grupo

de fiéis discípulos e amigos, que o acompanharão para o resto da vida,

nas aventuras espirituais e terrenas. Em 1956, quando Brasília não

passava de um projeto na cabeça de algumas pessoas, sob a lide-rança de um místico, o Mes-tre Yokaanam, 300 famílias deixaram o conforto do Rio de Janeiro, no primeiro e histórico trem especial di-reto do Rio a Goiás, para se instalarem numa região praticamente deserta, no Planalto Central. Foi a Ban-

deira mudancista e espiritual de Mestre Yokaanam, para o

Planalto de Goiás, que estimu-lou Juscelino Kubitschek, e o ar-

rastou a marchar para Goiás, logo depois, com a Capital Federal!Yokaanam Oceano de Sá - mais co-

nhecido pelo seu nome espiritual, como Ven:. Gr:. Mestre:. Yokaanam (anagrama proposital de

Yokanaam - nome original de João Batista - o Mergu-lhador do deserto) -, é o Chefe Espiritual e Fundador da Fraternidade Eclética Espiritualista Universal, e da cidade pioneira no Planalto Central do Brasil, de-nominada oficialmente Fraternidade Universal (Cida-de Eclética). Vivem hoje na comunidade mais de 600 pessoas, que são os chamados “obreiros internos”. Do lado de fora, mas em permanente contato com os trabalhos da organização, existem os “externos”. A Fraternidade tem 12 filiais (ou “regionais”) em vários Estados, mais duas fora do Brasil: uma na Argentina e outra no Paraguai. Calcula-se em 3.000 o número total de pessoas ligadas ao movimento.

Avião PresidencialA rádio local anunciava que o avião do presidente

Juscelino, com grande comitiva, estava em dificulda-de, porque não podia pousar no aeroporto de Goi-ânia, naquele momento, às 10h da noite. Ele estava rodando para gastar o combustível, para pousar “de barriga”, ao amanhecer. O coronel De Sá conversa-va com amigos em um hotel de Anápolis, quando o prefeito da cidade, que sabia da sua biografia, chegou com outras autoridades, e o convocou para instruir o pouso da aeronave. Ele fez algumas exigências; den-tre outras, telefonar para a torre de Goiânia, avisar ao pessoal do avião, que está na escuta, naturalmente perdido, e dizer a eles para voarem diretamente para a freqüência do Rádio Farol de Anápolis, que o coro-nel De Sá vai dirigir o pouso do avião.

“(...) Fomos para o aeroporto, os táxis e caminhões se apresentaram, e pedimos aos motoristas para em-beberem estopas em latas de querosene, para ilumi-nar a pista. Os táxis com os faróis acesos nas margens da pista, quatro caminhões com faróis potentes na cabeceira e fim da pista e, às 4h40, o avião pousou, sem radar, sem coisa nenhuma, que nada disso exis-tia. O presidente desceu do avião e nos procurou, nos parabenizou, e foi feita a ata do pouso, documento que, praticamente, selava a resolução de transferir-se a capital da República do Rio de Janeiro para o Pla-nalto Central (...).”

O relato mostra a importância que teve para o des-tino de Brasília, logo depois desse episódio, a vinda de um grupo de pessoas, que começou a sair do Rio de Janeiro no inicio do ano de 1956, guiado por ele, para o verdadeiro vôo cego que foi a peregrinação de mais de trezentas famílias, homens, mulheres, jovens, ado-lescentes e crianças, rumo ao descampado do Planalto Central, chegando os peregrinos ao destino, a fazenda Campo Limpo, em que ficava o então acampamen-to dos pioneiros. Limpo de vegetação, mas cheio de cobras e outros bichos, que compunham a fauna da região. Tempos de heroísmo em busca da terra prome-tida, que um pequeno grupo de homens, chefiados por Yokaanam, convenceu tantos outros de que existia, e valia a pena chegar. Chegaram, viram, e construíram.

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Mas quem era este homem, que convenceu tanta gente a vir para tão longe, atrás de uma “Terra Pro-metida”? Sua história pessoal é cercada de aventuras e mistérios. Nessa altura da vida, Yokaanam já fortale-cera a entidade que estava por trás de seu movimento: Fraternidade Eclética Espiritualista Universal, cuja ideologia pregava e praticava a convivência pacífica entre as religiões conhecidas, em torno do princípio do Ecletismo. A Fraternidade surge como mediania de reconciliação; reúne, sob o mesmo teto, do Evangelho, várias religiões. Todos recebem aqui o designativo es-pecial de Ecléticos, homens de todas as religiões, de-cididos no armistício, abandonando a guerra sectária e a divisão, dispostos a lutar pela realização do mesmo Evangelho e do mesmo Jesus, ambos a todas as reli- giões, em essência.

ComunidadeA Comunidade religiosa fundada por Mestre Yoka-

anam e seus peregrinos se transformou na Cidade Eclética, a 63 quilômetros de Brasília, distrito do mu-nicípio goiano de Santo Antônio do Descoberto. Pres-ta assistência espiritual, médica e educacional a todos que chegam lá, ou moram por perto. É uma prática de socialismo, onde ninguém é dono de nada, e todos compartilham os mesmo bens e serviços, igualmen-te. Desde que Mestre Yokaanam faleceu, a direção da comunidade é feita pelo Triunvirato, três pessoas que administram a cidade e são representantes do seu fun-dador. Abaixo do Triunvirato, existe uma espécie de

Secretariado, que cuida do dia-a-dia da comunidade, e um Prefeito, administrativo.

O MestreO Venerável Mestre Yokaanam era um rígido disci-

plinador. Militar de formação, e místico por natureza, criou regras que são observadas por todos que mo-ram, ou visitam, a Cidade Eclética. As relativas ao ves-tuário: mulheres não podem usar calça comprida, mas saias abaixo do joelho e blusas sem decotes; jovens namorados são observados pela disciplina, e por seus pais; toque de recolher depois das nove horas da noite; visitantes só podem adentrar a cidade na companhia de um obreiro. A maioria das pessoas sai de lá depois de concluído o ensino médio, e não é fácil o retorno à Cidade Eclética, já que ali não existe nenhum tipo de posse. O choque cultural com a “liberdade do mundo” é inevitável.

Coincidência Durante a longa agonia do presidente Tancredo

Neves, repórteres procuraram o mestre Yokaanam, para saber dele a sua opinião sobre a comoção nacio-nal provocada pela doença do primeiro presidente ci-vil eleito depois da ditadura militar. Perguntaram se o presidente sobreviveria. Mestre Yokaanam respondeu: “Eu vou antes. Vou buscá-lo...”

Dia 21 de abril de 1984, dia do aniversário da inauguração de Brasília, Mestre Yokaanam falece às 15h, e, Tancredo Neves, à noite.

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TAM VIAGENSMuito mais que um atendimento

A TAM Viagens inaugura sua nova loja na ca-pital federal, oferecendo produtos de qualidade e um diferencial no atendimento. Segundo a dire-tora comercial, Liliane Mello, houve uma grande preocupação na formação da equipe.

“Sabemos do potencial da região, por isso selecionamos profissionais de alto nível para di-vulgação de nossos produtos. No atendimento às agências de viagem, tanto interno quanto exter-

Serviços:Samuel: Supervisor atendimento agência: [email protected]: atendimento agência: [email protected]: supervisor loja: [email protected]: atendimento loja: [email protected]: atendimento loja: [email protected]únior: atendimento loja: [email protected].: (61) 3701-3800

Produtos de qualidade e diferencial no atendimento são objetivos da nova loja da Tam, inaugurada na capital federal. Uma equipe de profissionais de alto nível está atenta para oferecer os melhores pacotes turísticos, com a garantia de uma viagem tranquila

no, as pessoas são dedicadas às necessidades do cliente, e possuem grande conhecimento do mer-cado e produto.

Na loja, a preocupação foi a mesma com a linha de frente, pois sabemos da exigência do cliente e da competitividade do mercado. Os passageiros da TAM se identificam muito com a operadora, pois sabem que os pacotes oferecidos pela Cia. Aérea são de qualidade, e a garantia de uma viagem tran-qüila é certa. Os diferenciais são muitos, pacotes em vôos regulares, pontuação da parte terrestre no programa fidelidade, atendimento 24 horas, paco-tes de no mínimo duas noites.”

Operando em todo o Brasil e no exterior, a TAM Viagens possui pacotes para os mais diversos segmentos, GLS, micaretas, ecoturismo, parques, cruzeiros, spas, shows e espetáculos. O próximo evento será o show de Bob Dylan. Há uma dedi-cação exclusiva para os grupos, para o que há um acompanhamento antes e durante a viagem.

O ano de 2007 foi muito bom para o turismo, e as expectativas para 2008 são as melhores. Com a baixa do dólar, a procura por pacotes internacio-nais tem aumentado, e destinos como Disney, Bue-nos Aires (dos mais procurados), Santiago, Estados Unidos, Europa e Caribe têm tarifas atraentes.

As instalações ficam na galeria do Hotel Nacio-nal. A TAM Viagens tem um grande carinho pelo público de Brasília, e sabe que excelentes negócios serão realizados aqui.

Page 41: Revista Estação Brasil 11ª edição

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“O segredodo sucesso está em suas mãos”

MahajaraPsicoquirólogo

As características individuais estão registradas em todos os órgãos do corpo humano, e as linhas desenhadas nas palmas das mãos são um mapa, que leva a esse reconhecimento – o conhecimento de si mesmo –, que permite rever, ver e prever a vida individual

Há mais de quatro mil anos, na Índia, a observa-ção de sábios e médicos ayurvédicos percebeu uma coincidência singular entre as linhas nas palmas das mãos de uma pessoa e fatos ocorridos na sua vida. Ao fazerem esse estudo, associaram ainda características de tamanho, forma, temperatura, umidade, coloração, dedos, unhas etc. Esse estudo, na época, ficou conhe-cido como Sariraka, do sânscrito, “características psí-quicas e corporais através das mãos”, e Samudrika, o estudo dos “movimentos e gestos das mãos”.

Com o passar dos anos, ciganos do norte da Índia dirigiram-se à região de Tiblisi, atual capital da Ge-órgia, na Rússia, e ficaram famosos por “adivinhar” o futuro das pessoas ao “ler” as suas mãos. Assim nas-ceu a “quiromancia”, que foi divulgada pela Europa Oriental. Quiro = mãos, e mancia = adivinhação. Ou seja, “adivinhação pelas mãos”.

Mas, os filósofos e estudiosos hindus preferiram aplicar a leitura de mãos com a finalidade de interpretar os símbolos nelas encontrados, de uma forma lógica e científica, com o propósito de autoconhecimento. Essa prática ficou conhecida na Europa Ocidental (Grã Bre-tanha, França, Alemanha, Espanha, Portugal e Itália) como “quirologia”, e é uma forma rápida e eficiente de acessar a personalidade de alguém, servindo como um valioso instrumento para a orientação pessoal, além de clarear para a pessoa os seus potenciais, e apontar pre-visões importantes, para as quais ela possa se preparar, para tirar o máximo proveito, o que inclui a melhora da sua qualidade de vida. Diferentemente da quiromancia, a quirologia não trabalha fazendo adivinhações, mas sim previsões, baseadas num banco de dados colhido em muitos séculos de estudo e experiência.

Em 2003, Maharaja (argentino, 52 anos) percebeu que os códigos presentes nas linhas das mãos têm uma relação direta com os códigos genéticos (DNA), que

podem mostrar muito mais do que se possa imagi-nar. Dessa maneira, unindo características genéticas, psíquicas e datiloscópicas, foi criada a Psicoquirologia (do grego, psico significa alma, e quirologia, análise lógica das mãos), o conhecimento da psique pela in-terpretação dos códigos contidos nas mãos. Assim se pode obter o segredo de chegar ao sucesso na vida.

A Psicoquirologia explica que um indivíduo é uma unidade única, e que a identidade corporal e mental são regidas pelo mesmo princípio.

Maharaja tem denominado esse princípio essencial do indivíduo de “Sistema Existencial Responsável” (S.E.R.).

O fato de dois corpos não poderem ocupar o mes-mo lugar no espaço simultâneamente, ou de não haver duas unidades completamente iguais, parece demons-trar no Universo leis naturais de respeito à individu-alidade. Assim, um ser vivo possui um DNA carac-terístico de si próprio, que se diferencia dos demais indivíduos. Também, não existem dois flocos de neve, iguais e exatos, na criação material, ou duas impres-sões digitais idênticas, no Universo e na história.

Um médico poderá detectar problemas do fígado ou pâncreas por meio de um exame de sangue. Não precisa para isso analisar todos os órgãos do corpo, pois pelo exame de sangue ele poderá saber se algum órgão não está bem. Há uma lógica na detecção de qualidades de uma unidade individual.

A psicoquirologia é uma técnica de diagnóstico que permite traçar o perfil psicológico do indivíduo, por meio da leitura das linhas, signos e demais carac-terísticas que aparecem nas mãos.

Contato: (61) 9273.0520 / (11) 8559.1224Site: www.maharaja.kit.nete-mail: [email protected]

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Guadalajaraalém da tequila

POR DÉBORA MENDONÇAFOTOS DIvuLGAÇÃO

Um dos três principais destinos mexicanos, a capital do Estado de Jalisco é muito mais que um importante destino de negócios. Reúne arquitetura colonial, diversão e delícias gastronômicas

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Inesquecível sede da Copa de 70, onde o futebol brasi-leiro se sagrou tricampeão mundial, a mexicana Gua-dalajara, capital do Estado de Jalisco, é muito mais que um importante destino de negócios. Com perfil indus-trial e a presença de muitas empresas internacionais,

a cidade, localizada a 540 quilômetros da capital do País, tor-nou-se um efervescente ponto comercial e cultural, reunindo um pouco de tudo que o México tem de melhor.

Desde a Copa que consagrou Pelé, os brasileiros nunca se esqueceram de Guadalajara, porém elegeram como destino de férias a capital, Cidade do México, e as praias de Cancún. O povo da região, no entanto, não esquece as conquistas do esporte brasileiro e, em um monumento, ainda exalta o feito da seleção por lá. A cidade está disposta a recuperar um posto de destaque no turismo internacional, tendo como bandeira um apelo fraternal. “Queremos oferecer carinho e amizade”, afirma o diretor-geral de Promoção e Desenvolvimento Regio-nal da Secretaria de Turismo do Estado de Jalisco, Francisco Salas Montiel.

Localizada a 1.566 metros de altitude, Guadalajara fica no centro do Estado, entre vales, vulcões e o mar do Pacífico. uma das bebidas mais famosas do mundo, a tequila, é prove-niente do município de mesmo nome localizado na região me-tropolitana. A planta que dá origem à bebida é o Agave Azul, um tipo de babosa que pode ser observada no local, assim como o processo de destilação da bebida.

A cidade oferece segurança ao turista com policiamento adequado, boa sinalização, iluminação pública e cuidado es-pecial com a limpeza urbana: um convite para conhecer sua história, seu povo e seu tempero.

Guadalajaraalém da tequila

Catedral de Guadalajara

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Estilo arquitetônico Guadalajara é uma das cidades mexicanas com

o maior número de edificações e obras de arte do pe-ríodo colonial, na América Latina. Entre os principais marcos, estão os murais do Palácio Municipal, que descrevem a fundação da cidade, enquanto a Catedral Metropolitana exibe diferentes estilos arquitetônicos, duas imponentes torres e pinturas coloniais em seu interior. Sua construção foi iniciada em 1542, e con-cluída no século 18.

Aos finais de semana, a atração maior é assistir às celebrações da catedral, e permanecer nas barracas montadas em volta da igreja, que oferecem petiscos, o chicharrón (toucinho) e a pitaya, um tipo de cacto vermelho. Outras atrações são o Teatro Degollado, de arquitetura neoclássica, datado de 1866; o Palácio do Governo, de estilo barroco; e o Instituto Cultural Ca-bañas, que já foi orfanato, hospício e quartel-general. Sua construção é do final do século 18, e abriga um mural de Clemente Orozco (1883-1949), considerado pai do movimento Muralista, surgido em 1922.

Um dos edifícios de grande valor histórico abriga

De ilhas a vulcões, opções de passeios não faltam Nem só de praças vive Guadalajara, mas há ainda outra que

não pode deixar de ser visitada: a Plaza dos Mariachis, onde, claro, exibem-se os tradicionais músicos mexicanos. A fascinante história

dos primórdios mexicanos pode ser conferida no Museu de Arte Huichol, com o artesanato indígena da mitologia huichol.

Entre muitos outros museus, há também o de José Clemente Orozco, onde trabalhou o artista. Outro tipo de atração é o Parque Água Azul, dentro da cidade, com orquidário, laboratório de borboletas e aves, espaços verdes para descansar e auditório ao ar livre. Duas linhas de trem expresso cruzam a cidade de norte a sul, leste a oeste, facilitando os passeios.

Saindo da cidade, a apenas 10 quilômetros, está o Barranco de Obla-tos, com seus 650 m de altura, vegetação tropical e as fontes termais. Indo

um pouquinho mais longe, se pode fazer excursões de um dia. Quem aprecia a vida no campo não pode deixar de visitar Tapalpa, na região ser-

rana, em meio a impressionantes montanhas, rios, bosques e lagos. Há também opções de lazer a 50 quilômetros de Guadalajara, na Ribera del Lago de Chapala. O vilarejo foi criado em volta

de uma cratera vulcânica, que ao longo de milhares de anos transformou-se em um dos maiores do México, com 80 quilômetros de extensão. O lugar tem ar de subúrbio inglês e construções interessantes, como a Igreja de São Francisco, fundada em 1528.

Um passeio de barco para oito pessoas até as ilhas Alacranes dura 25 minutos, e custa cerca de 300 pesos mexicanos (aproximadamente 56 reais). Também fica

nessa região o povoado de Ajijic, vila colonial que, mesmo invadida por norte-americanos e canadenses, conservou a

essência do País. Na cidadezinha, está o Hotel Real de Chapa-la, boa opção para hospedagem, ou mesmo apenas para almoçar.

a Biblioteca Ibero-americana. Em seu interior, estão murais de José Alfaro Siqueiros, dentre outros artis-tas, em um ambiente tão solene por dentro quanto por fora. Quatro praças marcam em quadrante o centro da cidade, tendo no meio a Catedral Metropolitana: Plaza Guadalajara; La Rotonda de los Hombres Ilustres, que tem esse nome devido ao monumento circular em ho-menagem a artistas e políticos do País; a Plaza de Ar-mas e a Plaza de la Liberación, que à noite faz exibição gratuita de filmes, em um grande telão.

Próxima dali está a Plaza Tapatía, com suas esculturas de pedra, bronze, ferro e água: a Fonte y Plaza de Los Fun-dadores, o Escudo de Armas da Cidade, a Fonte da Imolação à divindade asteca Quetzalcóatl, e El Rincón del Diablo.

Teatro Degollado

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Como chegar A Copa Airlines opera desde julho cinco vôos se-

manais para Guadalajara, com conexão imediata na Cidade do Panamá. Saídas do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP) às segundas, quartas, quintas, sextas e domingos, com embarque às 12h45 e chegada às 22h54. Volta às segundas, terças, quintas, sextas e sábados, com embarque às 6h37 e desembar-que às 20h30. Todos os horários são locais. Tarifa de US$ 894 para permanência mínima de três dias e má-xima de 30 dias. Tempo de viagem: 12 horas. Infor-mações: (11) 3549-2672 ou www.copaair.com.

O melhor está entre o mar e as montanhasO litoral mais pitoresco do México está bem per-

tinho de Guadalajara. Entre as montanhas e o Pací-fico, Puerto Vallarta está em uma das maiores baías do mundo, com 40 quilômetros de praia. A cidade conserva suas características coloniais, com ruas de paralelepípedos, e atende a todos os perfis de turistas: lá estão alguns dos melhores restaurantes da gastro-nomia típica da região e bares badalados, como os lo-calizados na praia dos Mortos.

Nas praias de Ouro e dos Tules, a água é cristali-na, e a areia, clara, um verdadeiro convite para cami-nhar. As casas brancas, com telhas vermelhas, típicas da cidade, são cercadas pelos prados da Baía de Ban-deiras e pela fauna tropical, com crocodilos, tartaru-gas e garças brancas.

Esse também é o local para a prática de espor-tes aquáticos, pesca, mergulho, windsurfe e o jet ski. Adentrando um pouco mais ao mar, é possível nadar com golfinhos, um dos programas preferidos dos visi-tantes. Na volta da praia, passe pelo centro da cidade para visitar as lojas de souvenirs e para jantar.

Kiosko e Catedral de Guadalajara

Fachada do edifício colonial Construção colonial

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O Decreto 6.321, assinado pelo presidente Luís Iná-cio Lula da Silva, no ano passado, veio mostrar que a impunidade acabou para quem desmata

floresta ilegalmente. É o carro-chefe de um conjunto de medidas legais para punir com rigor o crime ambiental, e responsabilizar os culpados.

Quem descumprir e desmatar ou queimar áreas embargadas deverá parar na cadeia. Quem comprar, transportar ou comercializar produtos oriundos des-sas áreas embargadas responderá solidariamente pelo crime. Esperamos conseguir uma capacidade de iden-tificação e autuação maior dos culpados ao longo da cadeia produtiva associada ao crime ambiental.

O governo quer a responsabilização administrati-va, civil e penal dos 150 maiores desmatadores. Eles atuam no Pará, Mato Grosso e Rondônia. O GT de Responsabilização Ambiental, também criado em dezembro passado, formado por nove instituições de Governo, entre elas o Gabinete de Segurança Institu-cional da Presidência, o Ibama, a Abin, a Polícia Fe-deral e a Advocacia Geral da União estuda formas de acelerar o processo punitivo, a cobrança de multa e o indiciamento dos identificados.

Outro instrumento que vai mudar é a prisão em flagrante no ato do desmatamento de floresta públi-ca, numa ação conjugada com a Polícia Federal. Nesse caso, a multa vai gerar um relatório. Esse laudo técni-co será encaminhado simultaneamente ao Ministério Público, como notícia-crime, e à PF, para abertura de inquérito criminal e aplicação do Código Penal.

Bens apreendidos como madeira, caminhões, tra-tores terão perdimento imediato, e serão doados a en-tidades beneficentes ou para projetos sociais. Se o au-tuado recorrer e ganhar, será ressarcido. A estratégia é descapitalizar de imediato o infrator. Ele vai sentir no bolso, de uma maneira mais pesada.

O calendário de operações para flagrar os ilegais, ao longo de 2008, foi fechado, em reunião entre di-rigentes, coordenadores e fiscais do Ibama, realizada em fevereiro, em Belém. Até junho, o Ibama realizará 200 operações e investirá R$ 43,6 milhões. Boa parte da programação se entrelaça com a Operação Arco de Fogo, comandada pela Polícia Federal.

Para as operações do calendário da Guardiões da Amazônia, comandadas pelo Ibama, os parceiros se-rão os órgãos estaduais de meio ambiente, as Polícias Militares, o Exército, a Polícia Federal, a Polícia Rodo-viária Federal e a Marinha.

TolerânciazeroPOR FLAvIO MONTIEL*

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Flávio Montiel Diretor de Proteção

Ambiental do Ibama

O mapa da fiscalização foi traçado a partir da aná-lise da dinâmica de exploração ilegal. Não é de hoje que acompanhamos o desmatamento na Amazônia, por isso foi rápido para o Ibama listar os municípios campeões em desmatamento, prioritários para ações preventivas de controle, determinadas por decreto do presidente Lula. Esse decreto incumbe o Incra de re-cadastrar os imóveis rurais georreferenciados desses municípios, que serão monitorados por satélite, aero-naves, e por ações dos fiscais, em campo.

Associados à exploração ilegal de madeira, há uma série de ilícitos: tráfico de drogas, porte ilegal de ar-mas, exploração de mão-de-obra em situação análoga à de escravos, entre outros. Não é a toa que Tailândia, no Pará, onde eclodiu a maior reação popular contra o combate ao desmatamento, neste ano, figure entre os municípios mais violentos do país, com um dos meno-res IDHs nacionais.

Se por um lado o governo se apressa em asfixiar a exploração ilegal da floresta, por outro investirá em um conjunto de iniciativas no campo do fomento, desenvolvimento sustentável e estímulo à atividade produtiva sustentável. A prioridade é para o manejo florestal, que é a grande vocação econômica do país. Neste sentido, o país já conta com o primeiro Distrito Florestal, com um segundo a ser homologado, e com florestas públicas federais que entrarão em regime de exploração sustentável, a partir de concessões.

Há também medidas para reaproveitar os desem-pregados por madeireiras e serrarias.

Está em estudo uma espécie de “defesa florestal”, uma bolsa por serviços ambientais, a ser paga a tra-balhadores desempregados, pelo período de transição entre a atividade ilegal e projetos de manejo florestal sustentável.

Por meio do zoneamento ecológico-econômico, há condições de reservar um volume significativo de flores-tas para a conservação e preservação, e também para o manejo. Você capitaliza, verticaliza, intensifica e explora o que já está convertido. Não há necessidade de explorar novas áreas de floresta para atividade agropecuária.

O Brasil tem governança sobre a gestão florestal e tolerância zero com os ilegais.

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Leonardo BoffTeólogo

Uma das característica principais do atual momen-to é a aceleração do tempo. O espaço terrestre, pratica-mente o conquistamos. Mas o tempo continua sendo o grande desafio: poderemos dominá-lo? A corrida contra ele se dá em todas as esferas, a começar pelo esporte. Em cada Olimpíada busca-se superar todos os tempos anteriores, especialmente na clássica corrida dos cem metros. Os carros devem ser cada vez mais velozes, os aviões e os foguetes têm que superar a velocidade da geração anterior. No agronegócio se utilizam promo-tores químicos de crescimento para encurtar o tempo, e lucrar mais. A internet é de altíssima fluidez e sem cabos, pois, para ganhar tempo, tudo é feito via satélite. E a aceleração atingiu especialmente as bolsas. Quanto mais rapidamente se transferem capitais de um merca-do para outro, acompanhando o fuso horário, mais se pode ganhar. Como nunca antes, “tempo é dinheiro”.

Logicamente, em todo esse processo, há um ele-mento libertador, pois o tempo foi, em grande parte, vivenciado como servidão. Não podemos detê-lo. Por outro lado, produz um impacto sobre a natureza que possui seus tempos e ciclos. O impacto não é menor sobre as mentes das pessoas, que se sentem atordoa-das, particularmente as mais idosas, perdendo os pa-râmetros de orientação e de análise daquilo que está ocorrendo no mundo, e com elas mesmas. Vale a pena essa irrefreável corrida? Para onde estamos fugindo? Ai daqueles que não se adaptam aos tempos. Em ter-mos de trabalho, são ejetados do mercado, pois suas habilidades ficaram obsoletas. Os que se resignam, perdem o ritmo do tempo, e são considerados preco-cemente envelhecidos, ou simplesmente retardatários. Isso pode ocorrer com países inteiros que não incorpo-ram os avanços da tecnociência. Todos são obrigados

rapidamente a se modernizar, e a ser emergentes.Para onde nos levará essa corrida contra o tempo?

Ele sempre nos ganha, pois não podemos congelá-lo. Ele simplesmente passa devagar ou acelerado como nos grandes túneis de aceleração de partículas.

Mas importa considerar que há tempos e tempos. O tempo natural do crescimento de uma árvore gigan-te pode demorar 50 anos. O tempo tecnológico de sua derrubada com a motosserra pode durar apenas 5 mi-nutos. Quanto tempo precisamos para crescer em ma-turidade, sabedoria, e conquistar o próprio coração? Às vezes, uma vida inteira de 80 anos é curta demais. O tempo interior não obedece ao tempo do relógio. Pre-cisamos de tempo para trabalhar nossos conflitos inte-riores, que às vezes nos obrigam a parar.

Uma reflexão do mestre zen Chuang-Tzu, de 2.500 anos atrás, nos parece muito inspiradora. Ele conta que havia um homem que ficava tão perturbado ao con-templar sua sombra, e tão mal-humorado com suas próprias pegadas, que achou melhor livrar-se de am-bas. O método foi da fuga, tanto de uma quanto das outras. Levantou-se e pôs-se a correr. Mas sempre que colocava o pé no chão aparecia a pegada, e a sombra o acompanhava, sem a menor dificuldade.

Atribuiu o seu erro ao fato de que não estava cor-rendo como devia. Então pôs-se a correr velozmente e sem parar, até que caiu morto por terra. O erro dele, comenta o Mestre, foi o de não ter percebido que, se apenas pisasse num lugar sombrio, a sua sombra desa-pareceria e, caso ficasse parado, não apareceriam mais suas pegadas.

Não é isso que hoje se impõe fazer? Dar uma para-da? Aqui reside o segredo da felicidade, e da ansiada paz interior.

Para ondeestamos fugindo?Um homem resolveu livrar-se de sua sombra e suas pegadas. Pôs-se a correr velozmente e sem parar, até que caiu morto. O erro dele, comenta o Mestre, foi não ter percebido que, se pisasse num lugar sombrio, e se ficasse parado, ambas não mais apareceriam...

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