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HealthARQ 11ª Edição

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Revista especializada em Arquitetura Hospitalar.

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

Há muito tempo se fala em humanização na comunida-de da saúde como forma de atender melhor aos usuários de clínicas e hospitais, oferecendo também condições mais dignas de trabalho aos profissionais do setor. Além das práticas de gestão, a infraestrutura favorece direta-mente na aplicação desta ideia instituída pelo Ministério da Saúde, em 2004, como Política Nacional de Humani-zação (PNH).O projeto do Novo Centro Materno Infantil do Estado do

Piauí é um exemplo da aplicação deste conceito através da arquitetura. O hospital foi projetado de maneira hori-zontalizada em blocos independentes, separando-os por tipo de serviço e interligando-os por circulações que per-mitem grande aproveitamento da iluminação e ventilação natural, proporcionando bem-estar aos usuários.Outra edificação que também primou pela humanização

do espaço foi o Complexo Hospitalar Unimed Resende, no Rio de Janeiro, buscando desassociar a imagem do ambiente tradicional para se aproximar de uma arquitetu-ra que remete à hotelaria. Já a Santa Casa de Juiz de Fora (MG), uniu a arquitetura com a escala humana, misturan-do o lúdico com a arte na decoração da instituição.Ainda nesta vertente de proporcionar aos pacientes

bem-estar, está o paisagismo. Nesta edição, o arquite-to e paisagista Benedito Abbud fala sobre a técnica que nasceu de uma disciplina da arquitetura e hoje é motivo de estudos sobre a melhora de enfermos.Tão importante quanto à humanização do ambiente

hospitalar é a implantação de medidas de sustentabilida-de. A matéria de capa desta edição apresenta o projeto do Centro Cardiológico e Neurovascular do Grupo Fleu-ry, inaugurado este ano, em São Paulo, com certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).Outro destaque da 11ª HealthARQ é a matéria sobre o

Novo INCA, complexo, no Rio de Janeiro, que integrará pesquisa, educação e atendimento. O objetivo do pro-jeto é preparar a instituição para o futuro no desafio do

controle do Câncer no País.E é pensando neste futuro que as instituições de saúde

têm aberto cada vez mais espaço para a tecnologia. O IT-médico, por exemplo, começa a ganhar espaço den-tro dos projetos de clínicas e hospitais, possibilitando a instalação e alocação dos sistemas de acordo com as normas de segurança.A HealthARQ traz ainda a segunda parte do artigo do

Presidente da ABdEH (Associação Brasileira para o de-senvolvimento do Edifício Hospitalar), Fábio Bitencourt, sobre “Ergonomia e conforto humano e a qualidade da arquitetura para saúde - Parte 2”. E também a nova ins-tituição do grupo europeu HPP, inaugurado em Lisboa, Portugal, o Hospital dos Lusíadas. A instituição reflete em sua arquitetura os conceitos de modernidade, tecno-logia e humanização presentes em sua filosofia.

Construções verdes

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura!

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Health

EXPEDIENTE

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ConSeLho eDIToRIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer,

lúcia Rodrigues e Marcelo Caparelli

GeRenTe CoMeRCIALgislaine Almeida - [email protected]

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CAPA

HUMANIZAÇÃO E SUSTENTABILIdAdEUm Centro Cardiológico e Neurovas-cular do Grupo Fleury foi inaugurado este ano em São Paulo (SP). A nova instituição possui uma área de mais de 3 mil m², com um projeto que inclui a certificação LEED, sendo a primeira do grupo a incorporar seu novo branding. Para atender as exigências da certifica-ção todas as etapas de planejamento para a adaptação dos andares foram norteadas pelos elevados padrões de sustentabilidade exigidos pelo LEEd

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ESTRUTURA

O Hospital do Coração, HCor, em São Paulo (SP), investiu em automatiza-ção predial para sua nova edificação, o Edifício Dr. Adib Jatene

156 136SUSTENTABILIdAdE

Obras do Hospital de Clí-nicas de Niterói, no Rio de Janeiro, consideraram as questões ambientais em seu processo

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Health

NESTA EDIÇÃON.11 I MARÇO | ABRIL | MAIO | 2014

ENGENHARIA

Hospital Unimed Joinville, em Santa Catarina, investe em um novo bloco para ampliar suas possibilidades de atendimento e infraestrutura

152

ARQ REFORmA

Hospital e Maternidade Santa Tereza, em Campinas (SP), passa por reformulações marcadas pela estética, tratamento na volumetria, expansibilidade e flexibilidade

174

ARQ dESTAQUE

Projeto do Novo INCA, no Rio de Janeiro, prevê integração entre os setores de pesquisa, educação e atendimento em um único complexo

HUMANIZAÇÃO

Estado do Piauí receberá novo Centro Materno Infantil com enfoque em humanização e sustentabilidade

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boletim ARQ

prêmioNobel da ArquiteturaO arquiteto japonês Shigeru Ban ganhou o Prêmio Pritzker de 2014, considerado o Nobel da arquitetura mundial, por suas linhas ele-gantes, simplicidade no desenho, uso de materiais como papel e papelão, paredes de cortina, ou mesmo parede nenhuma. O traba-lho humanitário de Ban, que, desde 1994, quando fez abrigos com

papel para os refugiados da guerra em Ruanda (África), tem criado estruturas de emergência nas mais diversas regiões afetadas por desastres humanos ou naturais.

CoNfErêNCiANovo Documento

Entre os dias 22 e 25 de abril, arquitetos, urba-nistas, especialistas e sociedade civil se reuni-ram para debater o tema “Arquitetura e Urba-nismo para Todos”, na I Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo promovida pelo CAU/BR na cidade de Fortaleza (CE). No evento discutiu-se formação profissional, ética e cidadania, além de políticas públicas voltadas para o correto planejamento e desenvolvimentos urbanos. A Conferência de Fortaleza é um marco para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil que trabalha, desde a sua criação, para ampliar os debates em torno da profissão e para aproximar a Arqui-tetura e Urbanismo da sociedade.

rECoNstruçãoHospital inglês volta a funcionarO Cockermouth Community Hospital e Centro de Saúde reabriu as portas em Cumbria, Inglaterra, depois de uma enchente que danificou suas instalações em 2009. Projetado e entregue em co-laboração entre escritórios de arquitetura locais e parcerias comu-nitárias de saúde, os novos espaços oferecem maior comodidade

aos pacientes. O layout do novo edifício promove a interação entre os diferentes departamentos, através da utilização de espaços flexíveis e multi-funcionais. O prédio atingido, um BREEAm, pos-sui excelente classificação a partir do método de avaliação ambiental.

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ACAbAmENtoExpo revestirAconteceu em São Paulo, entre os dias 11 e 14 de março, a 12ª edição da Expo Revestir, principal evento de soluções em aca-bamentos para construção civil e arquitetura da América Latina. durante o evento, que teve recorde de visitação em 2014, rece-bendo mais de 51 mil pessoas, foi realizado o Fórum Interna-cional de Arquitetura e Construção, promovendo cinco eventos

temáticos. mais de 3.200 profissionais altamente qualificados assistiram às palestras de grandes nomes nacionais e internacionais. Antes do término da feira, a renovação dos espaços para 2015 já havia ultrapassado os 80%.

CoNstrução

feicon batimatA FEICON Batimat, promovida pela Reed Exhibitions Al-cantara Machado, levou milhares de pessoas ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 18 e 22 de março, para acompa-nhar as inovações do mercado da construção civil. Em sua 20ª edição, a feira reuniu mais de mil grandes marcas, que apresentaram os últimos lançamentos para o setor. Além dis-so, durante o evento, aconteceram também conferências com os principais profissionais do segmento na Conferência Feicon Batimat, que ocorreu pela primeira vez, reunindo di-versos agentes da construção civil para debater temas que estão em evidência no setor e apresentar tendências que devem ganhar a atenção dos profissionais nos próximos anos. Foi possível ainda, que os profissionais agendassem visitas técnicas a empreendimentos.

ENCoNtrofórum de palestrasNo dia 20 de março, mais de 300 profissionais e estudantes de arquitetura e de-sign participaram do “Fórum de Palestras”, encontro da área da arquitetura que aconteceu no Centro de Eventos do RibeirãoShopping, na cidade de Ribeirão Pre-to (SP). O evento gratuito reuniu palestras e debates com renomados arquitetos brasileiros: Bel Lobo, João Armentano e Benedito Abbud. “Essa troca de experi-ências é muito importante. Passar a vivência na prática da arquitetura é essencial para nortear, principalmente, os novos profissionais do mercado”, disse Benedito

Abbud sobre o evento.

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Health

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ReDeS SoCIAIS CeLULAR e TAbLeT

Novo Conceito em Design HospitalarUsando como modelo o sistema de Kaiser Permanente, a nova torre do medical Center Fontana, nos Estados Unidos, substitui o principal edifício existente, que será convertido para uso am-bulatorial. O conceito para este novo hospital, que possui 490 mil m², sete andares e 314 leitos, é baseado na arquitetura sus-tentável e concebido para apoiar de forma holística uma varie-dade de serviços especiais. O conceito de design visa três fases da experiência do paciente: antecipação, transição e cura. Por isso possui curvas suaves em sua entrada. Dentro da instituição, cores quentes ativam o espaço e sinais da natureza apresentam uma experiência acolhedora ao paciente. Leia a reportagem completa no Saúde Online:www.saudeonline.net.br

100 Mais Influentes da SaúdeA 29ª edição da revista Healthcare Management traz o especial “100 mais Influentes da Saúde”. A escolha dos nomes que mais se destacaram no setor seguiu uma minuciosa pesquisa elaborada pelo Conselho Editorial da revista, elencando fatores como visibilidade da pessoa no mercado, grandes ações realizadas durante a sua gestão, entre outras medidas estratégicas. Além disso, o leitor também pode conferir o Especial Minas Gerais e São Paulo, que mostra diversos cases de gestão que obtiveram sucesso.A revista está disponível através do portal www.saudeonline.net.br.

Agende-se!O Saúde Online traz a agenda completa dos principais eventos que acontecem no setor da saúde. São encontros direcionados para todas as especialidades deste mercado como TI, Sustentabilidade, Hotelaria, Arquitetura Hospitalar, dentre outros quesitos que permeiam pontos fundamentais da gestão hospitalar. Você também confere a cobertura completa dos principais debates que acontecem no segmento e entrevistas exclusivas com gestores, CIOs, especialistas, dentre outros profissionais.

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Artig

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Existem normas espe-cíficas de ergonomia que já são aplicadas

em todos os ambientes onde sejam realizadas ati-vidades funcionais. Nos hospitais, em particular, estes cuidados merecem atenção especial. No Brasil, há a Norma Regulamenta-dora NR 17 - Ergonomia, Portaria n° 3.214, de 8 de junho de 1978 do Ministé-rio do Trabalho (MT), mo-dificada pela Portaria n° 3.751 de 23 de novembro de 1990 do Ministério do Trabalho e Emprego (mTE). Ao mesmo tempo, devem ser consideradas as reco-mendações constantes na Norma Regulamentadora NR 32, Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços

Ergonomia e conforto humano e a qualidade da arquitetura para saúde- Parte 2

fábio bitencourt Presidente da ABdEH - Associação Brasileira para o

desenvolvimento do Edifício Hospitalar, Arquiteto d Sc e Professor

de Saúde, Portaria N.°485, de 11 de novembro de 2005, que tem por finali-dade “estabelecer as di-retrizes básicas para a im-plementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhado-res dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.” No item 32.1.2 desta refe-

rida norma é feito o esclare-cimento: “para fins de apli-cação desta NR entende-se por serviços de saúde qual-quer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e to-das as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saú-

de, em qualquer nível de complexidade”. Alguns aspectos que es-

tão contidos na compre-ensão da ação e da prática ergonômica referem-se aos cuidados com a acessibili-dade, à sinalização e à pre-venção de erros e acidentes em ambientes de saúde.A definição de acessibi-

lidade apresentada pela Norma Brasileira NBR 9050 - Acessibilidade a edifica-ções, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - oferece a exata dimensão dos princípios dos direi-tos humanos ali contidos, apresentando-os como “indivisíveis, indissociá-veis e interdependentes” (ABNT, 2004, p.1).Por outro lado, a percep-

ção e o conceito de risco são temas de relevante im-portância para a sociedade contemporânea, sobretu-do porque estão vincula-dos à possibilidade do pe-rigo e do acidente segundo a Organização Mundial de Saúde. De acordo com o ergonomista Itiro Iida, os riscos estão diretamente associados aos erros hu-manos, “ocasionados por erros de percepção e cujas ações não produzem o efeito desejado”. Segundo os conceitos e

avaliações dos processos ergonômicos, os aciden-tes quase sempre têm uma causa fundamentada no erro humano. Estes incluem ocorrências com obras, ta-refas domésticas, ambien-

ARQ Coluna

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tes hospitalares e muitos outros. São situações que ocorrem frequentemente devido aos relacionamen-tos inadequados entre os operadores e suas respec-tivas tarefas.Em 2013, o Ministério da

Saúde publicou a Portaria Nº 529, de 1º de abril, insti-tuindo o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) que estabelece no seu Artigo 2º o objetivo geral de “contribuir para a qualificação do cuidado em saúde para todos os esta-belecimentos de saúde do território nacional”.

Um componente inova-dor deste Programa é o estabelecimento da Cul-tura de Segurança, que se configura a partir de cinco características operaciona-lizadas pela gestão de se-gurança da organização.a) cultura na qual todos

os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assu-mem responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares;b) cultura que prioriza a

segurança acima de metas financeiras e operacionais;

c) cultura que encoraja e recompensa a identifica-ção, a notificação e a reso-lução dos problemas rela-cionados à segurança;d) cultura que, a partir da

ocorrência de incidentes, promove o aprendizado organizacional; e) cultura que propor-

ciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança.Os conceitos ergonô-

micos estão muito mais próximos do indivíduo e interferem diretamente na possibilidade de obter

conforto, segurança, bem--estar e saúde. Portanto, conhecer as interfaces er-gonômicas pode contri-buir para uma nova forma de pensar e agir na elabo-ração do projeto, ofere-cendo as condições mais adequadas a cada pessoa. Aliás, um princípio fun-

damental da ergonomia é adaptar a atividade do trabalho à capacidade hu-mana de realizá-lo, refe-rência importante para a melhor qualidade de vida dos profissionais de saú-de, seus clientes e pacien-tes de todo dia.

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Health

Artig

oARQ Coluna

Sabido perante o tem-po, das demandas e dificuldades de se

edificar prédios destinados ao amparo e ao tratamento de doença. Desde os mais longínquos tempos, o de-senho de estruturas como a “Casa do Caminho” e ou-tras demais denominações, vem dando as formas mais diversas o que chamamos hoje de Arquitetura Hospi-talar. Cruz, espada, estrela e os mais variados formatos vêm dando a orientação necessariamente evolutiva para o que temos hoje de formas e desenhos arquite-tônicos hospitalares.Mas uma questão sem-

pre mexe com o íntimo de uma construção des-

Arquitetura hospitalar na gestão de projetos complementares

se porte: INSTALAÇÕES. Quem nunca se deparou com um shaft demasia-damente pequeno para o “tanto” de tubulações que é preciso colocar? Quem nunca se deparou com uma viga que atravessa o vão sem possibilidades de passagem? Quem nunca voltou atrás em um de-talhe de projeto devido à necessidade extrema de passar mais um item de instalações? E que venham as sancas, os chanfros e os detalhes de rodapé, tudo em prol de esconder ou dar uma melhor aparência ao detalhe para cobrir uma instalação.Assim, nasce à necessi-

dade de integração entre

projetos, de uma GESTÃO dE PROJETOS, comumente chamada de compatibili-zação. Não entendo assim, vezes que a compatibili-zação me daria uma visão do que se projetou dentro de um contexto, dentro do contesto dos projetos. mas não me daria a verdadeira necessidade de integração dos mesmos. Por exemplo, em um leito de UTI tenho a necessidade de ligar uma máquina de diálise, mas ne-cessariamente preciso de um ponto de água e esgo-to e mais um ponto elétrico específico, porque o pesso-al da diálise não compre-ende sobre as instalações das réguas. Cadê o ponto e Raio X? Lembrar que um

Clovis Queiroz de LimaArquiteto e Urbanista

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paciente às vezes fica preso a seis, oito bombas de infu-são e mais monitores e de-mais aparelhos. Cadê a ilu-minação de emergência, os pontos de luz para eventu-al trabalho emergencial da equipe? Onde foi parar o carro de emergência? E se o paciente já estiver melhor, cadê a TV? Será que estes itens estavam previstos na compatibilização de proje-tos que eu havia contrata-do? Será que o profissional contratado foi munido de todas estas informações e necessidades, ou será que ele já teria uma visão geral do projeto?Por isso pactuo na pes-

soa do arquiteto hospitalar como o interlocutor direto sobre a equipe de saúde e a real necessidade do am-biente a ser projetado pe-los demais profissionais. Por um acaso, quem me daria mais informação so-bre a necessidade, hoje, de uma sala cirúrgica, se-não os profissionais que atuam, dentro dela? Eles sim poderão me dar um significado exato de tama-nho, de pontos de gases, de elétrica, dos racks com vídeo, com equipamentos, microscópios e etc. Depois desse estudo vem a com-patibilização com a norma, a tal RdC, com as diretrizes e com o necessário. Nasce então a Gestão de Projetos

Complementares, que seria uma peça para compor o projeto arquitetônico com o máximo de informação necessária, para que o pro-jeto do eletricista contem-plasse todos os itens de norma, mas que também comtemplasse a necessida-de “USUAL” da equipe de profissionais que irão utili-zar o ambiente. Como projetar e não pre-

ver que tenho instalações diversas, como gases, tu-bulações de água quente e fria, ar-condicionado, rede de dados e elétricas. Como não prever que as instala-ções de ar-condicionado vão ocupar um espaço imenso e com diferentes funções, como rede de água gelada, ar filtrado, re-torno e caixas e mais caixas de controle dos Chillhers e das bombas? Como não prever o espaço necessá-rio para colocação dos ge-radores, transformadores, quadros distribuidores e controladores, No-break e estabilizadores? É preciso-lembrar que alguns pos-suem a necessidade de es-tar em ambiente reservado e condicionado, lembrar que o outro emite ruído e vibração, e principalmente, lembrar que tudo isso tem que tem que ter um cabo que vai até lá. Como pro-jetar e não se lembrar da quantidade de pontos ga-

ses, de uso e reserva, do controle dos pontos perto do alcance da equipe e da visão de todos. Como pro-jetar e não se lembrar da marcenaria, na quantidade de material médico, mate-rial de farmácia, material de consumo e equipamen-tos médicos que serão uti-lizados no ambiente? da quantidade de gavetas que necessito, da quantida-de de pontos de trabalho que tenho que proporcio-nar? Como projetar e não se lembrar-se que depois de tudo isso ainda tenho que dar conforto e bem--estar a quem utiliza dessa estrutura, e não somente ao paciente, mas também a equipe de profissionais que lá atuam e as pesso-as que as visitam? Como projetar e não lembrar que estou lidando com “vidas”?depois de algum tempo

trabalhando em projetos diversos na área de saúde, e hoje mais intimamente ligado a execução desses projetos, vejo cada dia mais e mais a figura do arqui-teto hospitalar como um projetista e coordenador de uma orquestra. Onde cada instrumento tem uma função, cada som tem um porque e uma nota, e tudo tem que tocar no tempo certo e não pode haver fa-lhas, senão a música não fica perfeitamente sonora.

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HUMANIZAÇÃO

Projeto de arquitetura modifica a Santa Casa de Juiz de Fora

A Santa Casa de Mi-sericórdia de Juiz de Fora (mG) é a

terceira instituição mais antiga da cidade, tendo sido fundada em 1854 pelo Barão da Bertioga, José Antônio da Silva Pin-to, e por sua esposa, a Ba-ronesa Maria José Mique-lina da Silva. O segundo prédio da instituição foi concluído 44 anos após a inauguração, em 1898 sob a coordenação de Braz Bernardino.

Transformando espaços

Com o passar dos anos, o hospital desenvolveu--se, ampliou as suas aco-modações, modernizou seus serviços, além de munir-se de materiais e aparelhamentos. Hoje, a Santa Casa é um comple-xo hospitalar com 508 lei-tos, sendo 318 destinados ao Sistema Único de Saú-de, incluindo as Unidades Fechadas. O complexo hospitalar conta com um edifício de 15 andares, além de diversos anexos,

incluindo a Capela Nossa Senhora dos Passos e o Casarão Colucci, edifícios tombados e de grande valor arquitetônico. Os projetos desenvol-

vidos no hospital pelo escritório IMAginal Ar-quitetura partem do re-conhecimento da impor-tância arquitetônica do edifício principal da San-ta Casa de Juiz de Fora, exemplar do primeiro hospital vertical da Amé-rica Latina. “Além disso,

buscamos tirar partido da paisagem natural cir-cundante”, conta a ar-quiteta Moema Loures, da IMAginal Arquitetu-ra, empresa responsável pelo projeto.Os projetos do IMA-

ginal Arquitetura estão ancorados em três pila-res: técnica, humaniza-ção e inovação. A técnica como o amplo conheci-mento dos procedimen-tos hospitalares, normas técnicas, aprovações na

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Circulação Hotelaria Wayfiding

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ANVISA, fluxos gerais e sistemas de infraestrutura. A humanização como a aproximação da arquitetura com a escala humana, com o lúdico e com a arte. E a inovação que aliada à tecnolo-gia, é a âncora para criar espaços mais humanos e modernos. Nos três últimos anos, a instituição

vem passando por um período de gran-des transformações em sua infraestru-tura física. “Foram feitas importantes obras como o Ambulatório de Especia-lidades do SUS, o Espaço Clínico, a He-modinâmica e a Central de Material Es-terilizado, além da reforma no setor de hotelaria. Hoje estão sendo finalizadas as obras da Unidade Coronariana e En-doscopia”, afirma a arquiteta moema. A antiga ala de fisioterapia passou

por uma transformação dando origem a nove consultórios, sala de reunião, serviços de apoio e uma ampla recep-ção, que atendem aos pacientes do SUS. Foram criados painéis de gesso quadriculados que suscitam uma am-biência lúdica e criam identidade visu-al aos espaços. Segundo a arquiteta, para obter maior flexibilidade, foram utilizadas paredes em gesso com pla-cas removíveis. “Isso possibilita futuras modificações e a manutenção eficiente dos sistemas de infraestrutura”, explica.Os 11º e 12º andares receberam no-

vas instalações e seu mobiliário foi projetado considerando a ergonomia e a eficiência. O armário principal, por exemplo, é multifuncional, permitindo a higienização das mãos, a implantação do frigobar, mesa de refeições para o acompanhante e espaço para organizar objetos de uso dos pacientes. “Desta maneira, evita-se as peças espalhadas pelo quarto e há o maior aproveita-mento do espaço”, diz a arquiteta.Para garantir a facilidade na assepsia

foram aplicados pisos em manta viní-

Ambulatório

Corredor Hotelaria

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HUMANIZAÇÃOCo

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lica, de alta tecnologia, com fungicida incorporado em sua massa tornando o revestimento resistente aos fungos e bactérias. Já as cortinas são em PVC, e também permitem fácil manutenção. Projetadas dentro de caixas que evitam a passagem de luz, permitem o blecaute total do quarto e a suspensão completa para a passagem da luz natural.No que tange a iluminação, os pacien-

tes têm disponível no quarto diferentes níveis. Utilizou-se também um foco de LEd acima da cuba, que permite ao mé-dico higienizar as mãos sem incomodar ao paciente. “Apesar de todos os novos quartos estarem equipados com ar-con-dicionado split, privilegiamos em nosso projeto a ventilação e a iluminação na-tural”, explica moema.de acordo com a arquiteta, ao pensar

no projeto hospitalar seu enfoque prin-cipal não está na construção de formas, mas sim de focos de curiosidade e força. “Vislumbramos um raciocínio que privi-legia a intensidade. Buscamos a aproxi-mação da arquitetura com a escala hu-mana, com o homem. Voltamos, assim, nosso olhar para a sensibilidade do uso de cores, para as intensidades de luz, para as variações de temperatura, para a criação do mobiliário flexível, dentro do conceito de wayfinding-design”, afirma.Segundo ela, do projeto das alas de in-

ternação à hemodinâmica foi percorrido um desafio da arquitetura em ambientes de saúde: o espaço hospitalar em movi-mento, flexível para novos usos, vários frames, algumas capturas e nuances de um pensar arquitetônico.A proposta dos projetos é criar identida-

de para cada ambiente, usando pontos de referência para fornecer pistas de orienta-ção e locais memoráveis. Nas circulações das alas de internação foram trabalhadas diferentes tonalidades de cinza e profun-

Novos Quartos

RPA Hemodinâmica

RPA Hemodinâmica principal

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didades dos volumes em gesso dando maior movi-mento para o corredor que possui uma geometria li-near. “Utilizamos placas de gesso removíveis que faci-litam a manutenção e são acústicas, evitando o eco nestes locais de passagem.”Buscou-se evitar a de-

molição de todas as pa-redes internas, pois estas recebem grande carga estrutural, e já acomo-daram ao peso do edifí-cio com o passar de mais de 60 anos, funcionando como grandes pilares. “São demolidas apenas paredes que denomina-mos secundárias e criadas novas divisórias internas em drywall, privilegiando a flexibilidade espacial e as exigências da Vigilân-cia Sanitária”, revela.

Tendo como palavra chave o detalhe, o pro-jeto conseguiu despertar o lúdico em ambientes de grande rigor e com-plexidade. “Ao longo dos três anos que estamos atuando no hospital, este tornou-se mais humano e, aos poucos, vamos nos aproximando ao conceito de habitar. Habitar como achar-se, ser e estar.”dentro dos quartos,

desenhos feitos pela ar-quiteta Moema Loures foram distribuídos, pro-positalmente por locais não evidentes. “A ideia é despertar a curiosidade e a descoberta de quem vivencia a arquitetura. As formas não são claras, ins-tigam a imaginação sensí-vel”, explica moema. No projeto da Hemodi-

nâmica, o enfoque foi para a noção do tempo lógico, cronológico e topológico. desde a objetividade do tempo na precisão e efi-ciência dos exames, até a relatividade do tempo na recuperação do paciente. “Para potencializar este conceito, criamos relógios variados em que o exercí-cio de ver hora passa a ser algo subjetivo e demora-do, deslocando o foco do paciente da doença.”O salão de repouso pós-

-anestésico recebeu os leitos distribuídos de tal maneira que o posto de enfermagem ficasse cen-tralizado, facilitando o tra-balho da equipe médica. “Toda a transformação es-pacial foi possível devido ao esforço estrutural na fundação do edifício da

Hemodinâmica feito para suportar mais dois pavi-mentos”, revela a arquiteta.O segundo andar, em

planta livre é flexível para um possível setor adminis-trativo do hospital. Já no terceiro andar, foi instala-do um pavimento técni-co, com casa de máquinas para o ar-condicionado central e IT-médico. Nas salas de exame foi utilizada laje treliçada pré-moldada para suportar o grande vão, com pilares apenas nas extremidades. “Entre o antigo e o moderno, o popular e o erudito, o or-denado e o casual, o real e o imaginário, pescamos os fragmentos da nossa arquitetura. Ciência e fan-tasia, rumo a uma arquite-tura hospitalar mais mo-derna e humana”, finaliza.

Sala de Exame Hemodinâmica PrincipalQuarto Cadeira Paciente

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HUMANIZAÇÃON

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Hospital no Rio de Janeiro investe em modernização e humanização

O Hospital São Lucas, localizado em Copacabana, Região Sul do Rio de Janeiro, destaca-se pelo atendimento de excelência e recursos tecnológi-

cos disponíveis para atendimento de casos de alta com-plexidade. A unidade conta com serviço de emergência 24 horas, com profissionais de diversas especialidades à disposição como clínicos, cirurgiões, cardiologistas, or-topedistas e radiologistas.Em sua estrutura, a instituição disponibiliza quase 200

leitos, distribuídos em cinco setores de internações clí-nicas e cirúrgicas, cinco Unidades de Terapia Intensiva, sendo uma delas voltada exclusivamente para as car-diopatias, Setor de Hemodinâmica, Centro Cirúrgico e Serviços de Imagem. Conta também com tecnologia de ponta que o capacita a realizar procedimentos de alta complexidade como cirurgias cardíacas, vasculares e torácicas, embolização de aneurismas cerebrais, angio-plastias e procedimentos endovasculares, cirurgias de coluna, cirurgias bariátricas, entre outros.O hospital realiza mensalmente mais de cinco mil atendi-

mentos de pronto-socorro, cerca 700 cirurgias, 140 proce-dimentos de hemodinâmica e mais de 1000 internações. Tornando-o uma das maiores unidades de saúde da re-gião. Além disso, possui qualidade e segurança certificada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).Recentemente, a instituição passou por mudanças em

sua diretoria, instituindo o médico Lincoln Bittencourt, que possui 13 anos de atuação na unidade, como seu novo Diretor Geral. Para marcar esta nova gestão o hos-pital irá investir no atendimento de casos de alta com-plexidade, tecnologia e inovação, focando nas áreas de cardiologia e oncologia, e para isso será necessário uma obra de expansão em sua estrutura física. “Estou ciente da grande responsabilidade desse novo

cargo, mas aceitei o desafio em função de conhecer bem o hospital e acreditar em nossos colaboradores. Pode-

Conceito Inovador

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rei aplicar toda experiên-cia adquirida durante os últimos anos à frente da direção médica para elevar o São Lucas a um patamar ainda melhor em termos de qualidade e segurança assistencial”, afirma o Dire-tor-Geral.O objetivo do novo líder

do hospital vai ao encontro dos últimos investimentos em obras e na aquisição de equipamentos do HSL, que somaram cerca de R$ 6 mi-lhões. O montante corres-pondeu à inauguração de novos leitos, ao moderno layout da fachada do hos-pital e a aquisição de al-guns equipamentos.Para amenizar a angústia

e o estresse de quem pre-cisa submeter-se à hospi-talização ou acompanhar um ente querido durante o período de internação, o hospital investe constante-mente na humanização do ambiente hospitalar. Para isso, a decoradora Solange medina, tem o desafio de transmitir aconchego, be-leza e gentileza ao espaço. O resultado do trabalho é um cenário elegante, sem ostentação, com peças de decoração discretas

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e charmosas, distribuídas por um amplo e luminoso espaço, logo na recepção social do hospital.Projetada cuidadosa-

mente para proporcionar comodidade e segurança, a arquitetura do hospital chama atenção, desde a área externa, com o novo letreiro, até a fachada es-pelhada; dessa forma, a instituição mudou definiti-vamente seu layout.“O São Lucas tem uma

localização privilegiada na Zona Sul do Rio de Janeiro. A cafeteria do hospital, por exemplo, fica cravada en-tre a área urbana do bair-

ro e um oásis ecológico, com imensas jaqueiras e famílias de micos, tudo de-marcado por uma enorme pedreira. Por isso, foi mui-to prazeroso desenvolver esse projeto e contar com a parceria da natureza”, conta Solange.No hospital, a decorado-

ra também ambientou o espaço e o restaurante dos médicos, além da recepção social e da internação. “Na recepção social, foi neces-sária uma longa obra, com a derrubada de muitas pa-redes para a abertura de um espaço maior”, explica Adriana Molina, arquiteta

do projeto.“Para manter o espaço

arejado e agradável, pro-jetamos o teto mais alto, com o pé-direito de qua-tro metros. A pedreira ce-nográfica e o lago artificial completam o cenário, dan-do leveza ao ambiente”, destaca a arquiteta.Objetos de decoração se-

guindo linha clean, como vasos importados de resi-na prateada; esferas ner-vuradas; cadeiras Longari-nas com estrutura de aço e estofamento de couro eco-lógico; gravuras abstratas e luminárias Curvare, com grandes placas de madeira

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mel linheiro por cima, dão suavidade, elegância e re-quinte ao ambiente.Os detalhes charmosos

no paisagismo das insta-lações internas proporcio-nam toque sutil e curioso à decoração. No mezanino, imensos vasos de cerâmica vietnamita azul-cobalto, à frente de enormes janelas de vidro, exibem frondosas espécies de Agave attenu-ata. Duas grandes jardi-neiras, com mudas de Pa-pirus, réplicas das plantas que margeiam o Rio Nilo, enfeitam os corredores do local. E para interromper a

monotonia de uma parede muito comprida, a deco-radora também criou um nicho, com uma espécie de aquário de bambu com iluminação embutida. “A curiosidade fica por conta de quem passa e sempre pergunta: é natural? Não, é permanente. Por conta das exigências das comissões de higiene dos hospitais, nas áreas internas, apenas plantas permanentes po-dem ser utilizadas”.Ainda no piso do meza-

nino, observa-se que até a sinalização verde combina com os tons de paisagis-

mo. Nesse local, um bonito e funcional estar e restau-rante de médicos impõe requinte e funcionalidade aos profissionais de saúde. O resultado é a sintonia na parceria entre engenharia, arquitetura e decoração que proporciona um am-biente agradável, sofisti-cado, bonito e elegante, mesmo dentro de uma área hospitalar. “Nossa meta era alinhar à gentile-za, ao conforto e ao bem--estar de pacientes, suas famílias e acompanhantes e as equipes de saúde”, es-clarece a decoradora.

“Estou ciente da grande responsabilidade desse novo cargo, mas aceitei o desafio em função de conhecer bem o hospital e acreditar em nossos colaboradores. Poderei aplicar toda experiência adquirida durante os últimos anos à frente da direção médica para elevar o São Lucas a um patamar ainda melhor em termos de qualidade e segurança assistencial”,

Lincoln Bittencourt diretor Geral do Hospital São Lucas

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onta Piauí investe em novo

Centro Materno Infantil com enfoque em humanização e sustentabilidade

Com investimento previsto de R$ 250 mi-lhões pelo Estado do Piauí em parceria com o Governo Federal, o novo Centro

Materno Infantil - Maternidade de Referência do Estado do Piauí, situado em um terreno ur-bano de 42.900,00 m² e uma área de constru-ção de aproximadamente 38.000,00 m², terá 280 leitos de internação geral, 20 leitos de UTI adulto, 30 de leitos de UTI neonatal, 90 leitos de unidade de cuidados intermediários, 10 sa-las para partos cirúrgicos e cirurgias neonatais e 16 quartos para parto normal. O projeto prevê também um atendimento es-

pecial a adolescentes gestantes e contará com o Serviço de Atendimento à mulher Vítima de Violência (Sanvis). Além da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, que dará suporte a mães de baixa renda com filhos em tratamento prolon-gado na maternidade. “O hospital foi projetado para substituir a

Maternidade dona Evangelina Rosa, referên-cia em partos de alta complexidade no Piauí, parte do Ceará e maranhão. Um prédio cons-truído na década de 70 e que não atende mais as necessidades e nem às demandas no aten-dimento ao público e nem as normas sanitá-rias”, comenta o arquiteto responsável pelo projeto Napoleão Lima Júnior.A proposta arquitetônica foi desenvolvida

tendo como coordenador e autor o arquiteto

Referência Regional

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Napoleão Lima Júnior e contou com a colabo-ração de uma equipe de profissionais da área: as arquitetas Ana Patrícia damasceno, Chris-tini Salviano, e os técnicos Genária Leal e Gil-son Granjeiro, utilizando como foco principal do projeto a aplicação da Política Nacional de Humanização do SUS. Atendendo do acolhi-mento à alta do paciente e aos programas en-fatizados pelo Ministério da Saúde, entre eles a Rede Cegonha, que tem como foco principal os cuidados com a gestante e o bebê antes, durante e após o parto. “Isso porque o prédio conta com um centro obstétrico para partos cirúrgicos e cirurgias de alta complexidade em neonatos com patologias graves e um centro de parto normal para partos de baixo risco, que possibilita o emprego de todas as técnicas possíveis, inclusive o parto na água, dentro da política de humanização”, explica o arquiteto.O Centro Materno contará com um serviço

de apoio ao diagnóstico e terapia completo, destacando procedimentos com ressonância magnética, tomografia, Raios-X digitais, ma-mografia, ultrassom, entre outros. Possui tam-bém um banco de leite humano de referência com capacidade de processamento de mais de 60 litros de leite dia, inclusive com processo de liofilização. “É um hospital escola e dá su-porte aos cursos da área de saúde da Univer-sidade Federal e Estadual do Piauí nas áreas de medicina, enfermagem, nutrição, fisiotera-pia e serviço social na graduação, pesquisa e extensão, contando com um edifício específi-co para esta finalidade, composto por salas de aula, biblioteca e coordenações de curso”.de acordo com o arquiteto, a solução arquite-

tônica e a implantação foram definidas a par-tir das generosas dimensões do terreno. Desta forma, optou-se por uma tipologia horizonta-lizada em blocos independentes, separados por tipo de serviço e interligados por circula-ções e pergolados que dão unidade ao con-junto e permitem um grande aproveitamento da iluminação e ventilação natural. Essa im-plantação foi definida a partir da trajetória so-

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lar. “Ou seja, as áreas de permanência prolongada como as internações es-tão voltadas para o Nor-te e para Sul, evitando a radiação solar direta dentro das enfermarias, além de proporcionar a melhor implantação dos painéis fotovoltaicos para geração de energia elétri-ca”, diz Napoleão. A solução arquitetônica

foi proposta dentro de uma malha estrutural de 7,50m x 7,50m e vedações internas em drywall, pos-sibilitando alterações e

readequações no layout com grande facilidade, flexibilidade e rapidez. O projeto de automação

predial gerenciará todas as instalações ordinárias e es-peciais da edificação, como elevadores, ar-condicio-nado, água, entre outros. No projeto luminotécnico foram especificados lu-minárias de LEd e reato-res de baixo consumo de energia, o edifício contará também com um sistema de geração de energia elétrica a partir de painéis fotovoltaicos conectados

a rede de distribuição que terá a capacidade de gerar 1.850 mWh/ano, a água quente a ser utiliza-da em todo o complexo será fornecida por cole-tores solar, instalados na cobertura. “Haverá tam-bém com um sistema de correio pneumático que será responsável pela coleta e distribuição de amostras, laudos labora-toriais e principalmente medicamentos fraciona-dos, acelerando, raciona-lizando e barateando o processo de circulação de

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materiais.” Os materiais de acaba-

mento foram especifi-cados a partir dos prin-cípios de durabilidade e menor impacto ambien-tal, que utilizem matéria prima reciclável em sua fabricação e que possi-bilitem baixa emissão de VOC (compostos orgâni-cos voláteis). “O empre-endimento contará com várias estratégias volta-das à sustentabilidade ambiental e a eficiência energética, dentre elas, o reuso de águas cinza para a rega de jardins e limpeza de áreas exter-

nas e sendo o excedente destinado à irrigação de parte do zoobotânico de Teresina. Para tanto, está prevista a construção de uma ETE - (Estação de Tratamento de Esgoto)”, conta o arquiteto.Uma central de trata-

mento de resíduos terá a função de segregar, tra-tar e processar todos os resíduos produzidos no complexo, os resíduos in-fectantes e perfuro cor-tantes passarão por um processo de trituração e esterilização em autocla-ve tendo sua classificação final como resíduo urba-

no classe 2 (lixo comum).“A acessibilidade foi leva-

da a todas as áreas exter-nas e internas, não só no que se refere à acessibili-dade física motora, mas a visual e auditiva utilizando elementos táteis e sinais sonoros em toda a edifica-ção, orientando o usuá-rio. Todos que acessarem a edificação, colaborado-res e usuários, terão um cartão de identificação com chip que possibili-tará o monitoramento de por quais setores e servi-ços o portador do cartão passou ou acessou”, finali-za o arquiteto.

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fiCHA tÉCNiCA

Centro materno - Maternidade de Referência do Estado do Piauí

Área do terreno: 42.900,00 m²

Área de Construção da Edificação: 37.567,89 m²

Local: Teresina (PI)

Data do projeto: Junho de 2013

Descrição dos blocos que Compõem o Empreendimento bloco 1 – térreo – auditóriobloco 2 – 03 pavimentos – térreo com centro de parto normal e dois andares de internação para a maternidadebloco 3 – 03 pavimentos – 03 andares de internação adultabloco 4 - 02 pavimentos – térreo com diagnóstico e imagienologia, patologia clínica, medicina fetal, banco de leite e unidade de cuidados intermediários e 1º andar com o centro cirúrgico, unidades de terapia intensiva e centro de materiais e esterilizaçãobloco 5 – térreo – serviço ambulatorialbloco 6 – térreo – saguão e recepçãobloco 7 – térreo – administraçãobloco 8 – térreo – serviço de urgência e emergênciabloco 9 – térreo – serviço de alimentação e nutrição, farmácia, vestiários, lavanderia, almoxarifado e manutençãobloco 10 – 02 pavimentos – bloco de ensino, sendo o pavimento térreo com biblioteca, coordenação e pesquisa e 1º andar de salas de aulabloco 11 – térreo – casa da gestante, bebe e puérpera (espaço que atende a mães e a bebes de baixa renda ou que residam fora de Teresina e que estejam em tratamento de longa duração)

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Projeto arquitetônico do Complexo Hospitalar Unimed Resende alia humanização e tecnologia

O Complexo Hospi-talar da Unimed Resende, no Rio

de Janeiro, conta com área aproximada de 10 mil m² e um projeto que busca desassociar a ima-gem do ambiente hos-pitalar tradicional, apro-ximando a edificação de uma arquitetura mais humana e com ênfase na

Edificação atual

hotelaria e sua operação. “Outro ponto importan-te desse projeto foi o aproveitamento da topo-grafia do terreno para a implantação do edifício, utilizando os desníveis para setorização de aces-sos e áreas do hospital”, diz o diretor da Emed Arquitetura, responsável pelo projeto, Sérgio Reis.

A humanização dos es-paços inicia-se com a preocupação da setori-zação de áreas e também dos fluxos. Sendo assim, o partido arquitetôni-co adotado privilegiou a topografia do terreno, priorizando a separação dos acessos ao hospital. Foram criados dois níveis de acessos, um pelo pa-

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vimento inferior (acesso ao pronto atendimento, emergência e apoio técnico e logístico) e outro pelo tér-reo (acesso de visitantes e pacientes eletivos a instituição). A partir dessa implantação, as áreas foram distribu-ídas nos pavimentos de acordo com as atividades afins. “Desta forma, te-mos, por exemplo, no pavimento tér-reo, os Serviços Auxiliares de diag-nóstico e Terapia (S.A.D.T.) e o setor administrativo do hospital que, pen-sando na flexibilidade da edificação e em uma possível expansão futura, poderá ser realocado permitindo a acomodação de novas tecnologias e serviços médicos”, conta Reis.Além disso, há no 2º pavimento, o

Centro Cirúrgico, contíguo à Unida-de de Tratamento Intensivo (U.T.I.), visando o melhor fluxo e agilida-de no trânsito de pacientes críticos dessas duas unidades. “Outro ponto importante para a humanização dos espaços, diz respeito à ambientação, onde tivemos muito cuidado, junta-mente com o cliente, na escolha de materiais de acabamento, cores e iluminação, na busca por um espaço menos austero e mais aconchegan-te”, explica o arquiteto.A iluminação, tanto a natural como

a artificial, também foram foco de atenção dentro do projeto, conside-rando que cada área possui suas ne-cessidades e exigências. Deste modo, buscou-se privilegiar a iluminação natural em áreas de maior permanên-cia dos pacientes, como internação, U.T.I., áreas de observação e também nas sociais. Isso, além de proporcio-nar um melhor conforto ambiental, também causa diretamente impacto em economia de energia.

Posto de Enfermagem

Internação

Lobby

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Em locais onde a iluminação arti-ficial se faz necessária, o escritório de arquitetura buscou soluções que atendessem às exigências e neces-sidades de cada espaço, através de projeto luminotécnico.Outro detalhe pensado de acordo

com cada ambiente foi o mobiliário, priorizando, além da questão estéti-ca, durabilidade, manutenção, ergo-nomia e os revestimentos internos. Os porcelanatos foram destinados as áreas sociais, os cerâmicos de alto tráfego aos locais de serviços e os vinílicos (condutivos ou não) para internação, salas de exames e salas cirúrgicas. “Além das exigências de cada área, assim como nos mobili-ários, questões estéticas, de manu-tenção e durabilidade foram consi-deradas”, conta.Para revestimentos externos das

fachadas, foram utilizadas placas de alumínio composto, que traba-lham juntamente com sistema de pele de vidro (com película refletiva para maior conforto térmico inter-no). “Além da questão estética, fize-mos esta opção por estes materiais trabalharem perfeitamente com os demais sistemas construtivos ado-tados. Para revestimento dos pisos externos, foi aplicado o sistema de blocos intertravados, que funcionam muito bem para áreas de alto tráfe-go e também por possibilitarem a drenagem de águas pluviais”, diz o arquiteto.de acordo com Reis, a opção por

sistemas ou materiais que possuem investimento em tecnologia, deve--se ao fato de que estes permitem processos cada vez mais eficientes. A utilização de Sistema Estrutural Metálico, por exemplo, possibilita

Obra

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um ganho em prazo e li-beração de outras fases de obra, o que não ocor-reria em um sistema con-vencional em concreto, que exige montagem de fôrmas, concretagem e espera de cura do mate-rial. “Com peças pré-fa-bricas, e a agilidade de sua montagem, esse sis-tema tem nos mostrado que é totalmente viável (inclusive em termos de custo) para a construção de hospitais e também para ampliação de edifí-cios existentes.”Foi determinada a uti-

lização de um sistema estrutural misto, entre estrutura metálica, lajes tipo steel deck e funda-ções em concreto, que possibilitam vãos maio-res, pilares e vigas com dimensões reduzidas, li-berando assim áreas mais amplas para serem com-partimentadas de acordo com a necessidade do hospital e também com pés-direitos mais gene-rosos para distribuição de redes de instalações.O Plano diretor do novo

edifício também levou em consideração a sus-

tentabilidade, através do sistema de captação de energia solar, águas pluviais para reuso e ETE (Estação de Tratamen-to de Efluentes), assim como a flexibilidade de alguns espaços, visando futuras ampliações e re-manejamentos de áreas, característica considera-da primordial para uma instituição de saúde que está sempre evoluindo suas técnicas e tecnolo-gias e seus espaços pre-cisam ser dimensionados e pensados para acom-panhar essa necessidade.

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Hospital de Lisboa investe em complexo voltado para áreas especializadas

A nova instituição de saúde do gru-po HPP em Por-

tugal, o Hospital dos Lusíadas, localizado em Lisboa, é uma institui-ção com infraestrutura moderna e tecnologia avançada dentro de um

Nova edificação

complexo integrado de saúde. “O hospital foi criado para ser um centro de referência nas áreas Materno Infantil, Cardio-vascular e de Oncologia, Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia”, afirma José Miguel Boquinhas,

porta-voz da instituição.A qualidade do corpo

clínico e os equipamen-tos altamente tecnoló-gicos acompanham um espaço com conceito ar-quitetônico humanizado. “Esses fatores são essen-ciais para o diferencial

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da instituição e qualidade dos serviços prestados”, diz o en-genheiro do Hospital dos Lusí-adas, Luís Vasconcelos.A edificação de 30 mil m² pro-

jetada pelos arquitetos Wie-gerink Architecten e José Vaz Pires, possui 160 leitos de inter-nação, 60 consultórios médicos, oito salas de cirurgia, três salas de partos e UTI’s. A instituição possui capacidade para realizar 20 mil interversões cirúrgicas ao ano.A área Materno Infantil, do

hospital, que engloba a pedia-tria, a obstetrícia, a neonatolo-gia, assim como a ginecologia e a fertilização, disponibiliza serviços médico-cirúrgicos in-tegrados para a mulher e crian-ça. Já o espaço direcionado aos pacientes cardiovasculares, possui diagnóstico e tratamen-to das situações agudas e crô-nicas vasculares, sejam cardí-acas, vasculares periféricas ou cérebro-vasculares. “Esta área responde ao crescimento do risco vascular provocado pelo aumento da idade média da população”, comenta Boqui-nhas. No hospital, a Oncologia

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abrange todos os ser-viços como tratamento médico e cirúrgico, e re-cuperação de pacientes oncológicos nas diversas especialidades. “O cres-cimento da incidência da doença, a evolução dos meios de diagnósti-co e tratamento e a ne-cessidade de ambiente hospitalar diferenciado colocam esta área como essencial na afirmação deste projeto”, diz o en-genheiro Vasconcelos.

A área de Ortopedia e Traumatologia dispõe de elevada especialização e equipes médicas expe-rientes. Enquanto isso, a unidade de Oftalmologia do Hospital dos Lusíadas tem como objetivo pres-tar cuidados de grande qualidade na procura constante da excelência. As áreas de referência e

as especialidades citadas são suportadas por áre-as transversais comuns, nomeadas como Bloco

Operatório, a Unidade de Cuidados Intensivos, o In-ternamento, a Imagiolo-gia, a Medicina Nuclear, o Hospital de dia Médico e a Farmácia Hospitalar. “Este modelo de orga-nização, com áreas que prestam serviços a todas as especialidades médico--cirúrgicas com indepen-dências de coordenação e de gestão de meios dis-poníveis, é um importante fator distintivo deste pro-jeto”, finaliza Vasconcelos.

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Grupo fortE

A HPP, que gere o Hospital dos Lusíadas, é um grupo de referência no setor da saúde em Portugal , funda-do em 1998. As instituições da rede atuam focadas em qualidade, possibilitando uma oferta de serviços glo-bal e integrada, baseada em uma rede Ibérica, através de parceria estratégica com o Grupo USP Hospitales, contando com mais de 40 unidades de saúde e 5.000 profissionais em Portugal e Espanha.Em Portugal, o grupo possui seis hospitais: o Hos-

pital dos Clérigos e Hospital da Boavista, em Porto; Hospital da Misericórdia, em Sangalhos; Hospital dos Lusíadas, em Lisboa; Hospital São Gonçalo de Lagos, em Lagos e o Hospital Santa maria de Faro, em Faro.Além disso, há um hospital em Regime de Parceria

Público-Privada: Hospital de Cascais.

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Empresa de arquitetura investe em materiais inovadores e sustentáveis que proporcionam sustentabilidade e inovação em seus projetos

Nos últimos anos, a humanização hos-pitalar passou a ter

maior relevância no Bra-sil. Diversos estudos com-provaram a importância dos hospitais oferecerem ambientes acolhedores e funcionais, em vez de se-rem apenas um lugar de tratamento de doenças. Baseado nesta premissa foi concebido o mais re-cente projeto desenvolvido para o Hospital São Luiz, da Rede d’Or, localizado em São Paulo. “A mW Ar-quitetura desenvolveu os projetos para a reforma de três pavimentos de inter-nação (39 apartamentos) e, em parceria com a RAF arquitetura, reformulou as áreas do pronto-socorro e um pavimento de UTI, das áreas da Unidade Itaim da Rede d`Or São Luiz”, conta Moema Wertheimer, Arqui-teta da mW Arquitetura.A área do pronto-socor-

ro, que também atende à especialidade de Orto-pedia, recebeu um novo layout e passou dos 700 para os 1.500 m². Além disso, a unidade reformou 39 apartamentos da ala de

Nova proposta

internação e seus postos de enfermagem. O obje-tivo desta ampliação foi o de aprimorar a mobilidade contínua do paciente, que agora ganhou tempo entre um procedimento médico--hospitalar e outro. A área de espera foi fracionada em subseções e informati-zada. “O projeto, utilizando o conceito de SmartTrack garantiu que todos os pro-cedimentos seguissem um fluxo mais ágil”, revela a ar-quiteta.Para atender às necessida-

des do São Luiz, a empre-sa de arquitetura realizou pesquisas com enfermeiros e médicos clínicos. Além disso, baseou-se em um trabalho desenvolvido pela empresa americana Nurtu-re, do grupo Steelcase, que aponta soluções para me-lhorar o dia a dia dos fun-cionários e trazer conforto para os pacientes, como a ergonomia de balcões e móveis, que garantiu aces-sibilidade às pessoas com necessidades especiais. “Cuidamos também da es-colha de materiais de reves-timento adequados à roti-na de um hospital. Foram

instalados pisos de granito em todo o pronto-socorro e revestimento vinílico nas paredes dos quartos; lu-minárias vedadas e caixa embutida do vaso sanitá-rio para facilitar a assepsia; revestimento em laminado de alta pressão para maior durabilidade dos móveis dos quartos e módulo de SSM (Superfície Sólida Mi-neral, tipo Corian) com pia integrada nos consultórios médicos”, relata Fabiana Annenberg, Arquiteta da mW Arquitetura.A iluminação e os acaba-

mentos e revestimentos em geral receberam atenção especial. Foram utilizadas luminárias redondas com proposta de luz natural e um misto com LED e fluo-rescente para reduzir cus-tos de manutenção e con-sumo. Para proporcionar aconchego e sofisticação, optou-se por móveis e pai-néis de madeira e setores diferenciados por cores em tons pastéis, como a parte clínica em tons de verde e a ginecologia em lilás, cinza e prata.Na UTI foi implantada ilu-

minação indireta colorida.

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Foram utilizadas nas cabe-ceiras das camas luminárias de LEd na gama de cores RGB, especialmente criada para aumentar qualitativa-mente o processo de cura, recuperação e conforto dos pacientes internados. “Para que houvesse um uso ade-quado da cromoterapia, prática reconhecida pela medicina desde 1986, foi realizada uma palestra com a terapeuta holística Silva-na Berti, na qual a especia-lista ressaltou as diferentes atuações das cores, traçan-do um perfil da cromotera-pia desde suas origens até a sua aplicação médico--hospitalar”.A MW Arquitetura buscou

fortalecer a imagem da ins-tituição em relação à qua-lidade do serviço oferecido aos pacientes, acompa-nhantes e colaboradores, através de instalações mais funcionais, que oferecem maior mobilidade aos usu-ários, preocupando-se com a assepsia e fácil manuten-ção das áreas. “Através de ambientes bem planejados e instalações modernas, o hospital também se con-solida no sentido de estar sempre acompanhando a tecnologia e se preocupan-do em humanizar seu aten-dimento, proporcionando bem-estar a todos”, conta as arquitetas.Alguns materiais que che-

garam recentemente ao

mercado brasileiro foram utilizados nesta obra, como a ecoresina (3form), ma-terial bastante resistente, de fácil manutenção e que pode ser usado de diversas formas (tampos, degraus, móveis, área interna ou externa).“Suas maiores van-tagens são a durabilidade, resistência a produtos quí-micos, fácil manutenção e características sustentáveis. Além de não ser tóxico, nem inflamável. Dificilmen-te um produto ou revesti-mento possui todas essas características. Além disso, o 3form é um material es-teticamente muito bonito e com ótimo acabamento”, ressalta Fabiana.Tanto na escolha dos ma-

teriais, quanto na execução dos processos foram obe-decidas às regras de aces-sibilidade (NBR 9050), as normas da ANVISA (Agen-cia Nacional de Vigilân-cia Sanitária (RdC n°50), e consideradas as medidas de ergonomia, iluminação e níveis de ruído para con-forto acústico.Visando a sustentabilida-

de, foram utilizados ma-teriais duráveis e de fácil manutenção. Boa parte da iluminação foi feita com LEd, proporcionando maior economia e menor custo em longo prazo. “Propu-semos marcenarias com separação de lixo orgâni-co e reciclável e a maioria

das bancadas foi feita em Corian, que é um material reutilizável”.

Disseminando o conceitoEste mesmo material, o

Corian, foi utilizado tam-bém nas obras de outro projeto desenvolvido pela MW Arquitetura, de mo-dernização e ampliação do Hospital Beneficência Por-tuguesa, também localiza-do na cidade de São Paulo. “Na Beneficência também houve preocupação em utilizar materiais duráveis e de fácil manutenção. Boa parte da iluminação foi fei-ta com LEd, assim como no São Luiz, para proporcio-nar maior economia. mas, neste caso, também pro-pusemos marcenarias com separação de lixo orgânico e reciclável e os balcões das recepções são todos feitos em Corian, que é um mate-rial reutilizável. Por fim, as caixas acopladas das bacias são embutidas na parede, favorecendo a assepsia”, revela Fabiana.O projeto foi iniciado em

abril de 2012 e a obra está sendo executada em duas etapas, com entregas pre-vistas para o primeiro se-mestre deste ano. O início deste projeto foi baseado na necessidade da institui-ção em modernizar e am-pliar suas áreas de recep-ção, alterando o fluxo dos pacientes. Esta recepção,

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que antes atendia convê-nios, particulares e SUS, passará a ser a entrada so-mente para os pacientes particulares e conveniados. “Além disso, a concepção do projeto aconteceu com o objetivo de fortalecer a marca e história do hospi-tal e valorizar o conceito de hospitalidade”, dizem as ar-quitetas.de acordo com a arqui-

teta é importante que as áreas de recepção sejam concebidas priorizando o usuário e os fluxos, de modo que aquele que pre-cisa ir ao hospital tenha fa-cilidade para se locomover, através de um ambiente bem sinalizado e prepara-do para atender todas as questões de acessibilidade. “deve ser levado em con-sideração também o alto tráfego do local, utilizando assim materiais específicos para este uso e de fácil ma-nutenção”. O projeto bus-cou fortalecer a imagem do Hospital Beneficência Portuguesa, modernizando as instalações e preservan-do a história da instituição, através de uma área pre-vista para funcionar como “Espaço da Memória”, onde os usuários poderão co-nhecer melhor a instituição e contar suas experiências pessoais. “O projeto busca também valorizar o concei-

to de hospitalidade, cada vez mais presente em hote-laria hospitalar e que, espe-cialmente lá, já vem sendo implantado de forma bem efetiva”, afirma Fabiana.Os ambientes aparecem

com clima confortável e aconchegante, através do uso de materiais de qua-lidade e cores agradáveis. Para que haja de fato o foco no ser humano, hu-manizando assim o espaço, o projeto seguiu as normas de acessibilidade, utilizou recursos de áudio e vídeo e iluminação para criar uma atmosfera mais acolhedora.Segundo Fabiana, o con-

forto foi pensado nas cir-culações amplas; no mo-biliário estável, seguro e de qualidade e nos reves-timentos. “Para a segu-rança utilizamos materiais adequadas a este tipo de ambiente, de fácil limpeza e fácil manutenção; foram colocadas catracas eletrô-nicas na entrada e todo o projeto foi revisado junto ao corpo de bombeiros”.Já na escolha dos reves-

timentos, além da identi-dade visual, foram levados em consideração critérios como resistência e isola-mento térmico. “Utilizamos em alguns locais o revesti-mento da Wicanders para piso, parede e forro, que é um produto visualmente

semelhante ao piso viníli-co, mas é um composto de cortiça e lâmina de madeira altamente resistente”.Este produto funciona

como isolante térmico e acústico, é resistente ao fogo, de fácil limpeza e manutenção, resistente ao alto tráfego e, consequen-temente, à abrasão, é anti--bactericida, além de ser esteticamente muito boni-to. Para batentes e guarni-ções foram definidos reves-timento di-noc da 3M, uma película de PVC com adesi-vo permanente de extrema resistência e durabilidade e não propaga chamas.de acordo com a arqui-

teta, o maior desafio em projetos hospitalares em geral é conciliar todas as necessidades (médicos, enfermeiros, manutenção, pacientes, acompanhan-tes, diretores) com prazos e custos. “Especificamente neste projeto, trabalhamos na área de maior circulação de pessoas, o que exigiu um bom planejamento de obra. Outro desafio foi con-ceber soluções inteligentes para que conseguíssemos melhorar a iluminação e o pé-direito dos corredores, já que tínhamos muitas in-terferências de toda a infra--estrutura do edifício loca-lizada no entre-forro do térreo”, finaliza.

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foi inaugurado, em março deste ano, no mesmo prédio da unidade pon-te Estaiada, em são paulo, o novo Centro integrado Cardiológico e Neuro-vascular do Grupo fleury. “Convidados pelo Grupo, nós visitamos diversos

espaços, analisamos e fizemos ensaios e simulações de implantação, chamados test fit. Vários lugares não se adequaram ao programa, até o edifício tower brid-ge Corporate ser analisado. Nele foi implantada a unidade fleury ponte Estaiada e um Centro integrado Cardiológico e Neurovascular, em uma área de mais de 3 mil m²”, conta Antonio Carlos rodrigues, da ACr arquitetura e planejamento, responsável pelo projeto.A unidade Ponte Estaiada fica no térreo do edifício e conta com um mix com-

pleto de exames de análises clínicas e de imagem, além de espaço totalmente dedicado ao público feminino para diversos diagnósticos, como exames de ma-mografia, ultrassonografia, densitometria óssea, colposcopia, entre outros.Já o Centro integrado Cardiológico e Neurovascular está no 1º pavimento e dis-

ponibiliza serviços multidisciplinares para investigação diagnóstica de situações clínicas específicas nas áreas de cardiologia e medicina neurovascular.A unidade ponte Estaiada e o Centro integrado Cardiológico e Neurovascular

são as primeiras construídas integralmente dentro do novo branding do fleury Medicina e Saúde, lançado em junho de 2013 com o conceito “Fleury. Um cen-tro de referência em você”. “o conceito se traduz na humanização dos espaços para os clientes, de forma acolhedora e fora de um ambiente hospitalar, além de equipado com os mais modernos recursos tecnológicos e um corpo médico qualificado e especializado em diagnósticos”, explica João de Lucca, Diretor de infraestrutura do Grupo fleury.

Centro Cardiológico e Neurovascular do Grupo Fleury, em São Paulo, traz projeto com certificação LEED, materiais e técnicas diferenciados

Inovação em Diagnóstico

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O serviço disponibiliza ain-da os resultados de alguns exames em tempo reduzi-do. Também, destaca-se o benefício do relatório inte-grado com a interpretação dos resultados dos exames feita por diferentes especia-listas, o que pode facilitar a realização do diagnósti-co. Para o cardiologista do Centro Integrado Cardio-lógico e Neurovascular do Fleury, Ibraim masciarelli, nenhum exame único for-nece todas as respostas ne-cessárias para o diagnóstico e a tomada de conduta em diferentes cardiopatias. “Os especialistas do Fleury irão analisar os resultados em conjunto e informarão ao médico solicitante a con-clusão a qual chegaram, de modo a somar a experiência de todos e os resultados de cada exame para o benefí-cio de médicos e clientes. Estas conclusões serão en-viadas por meio de um re-latório integrado que reúne todos os resultados e a aná-lise feita pela equipe médica do Fleury”, explica. Para trazer a comodidade

ao cliente, o Centro Integra-do Cardiológico e Neuro-vascular estará interligado à Unidade Ponte Estaiada. A Unidade contará tam-bém com o espaço ‘Saúde da Mulher’, com exames de mamografia, ultrassonogra-fia, densitometria óssea e colposcopia, entre outros.

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O Centro Integrado Car-diológico e Neurovascular ocupa uma área de 2.100 m² do Edifício Tower Bridge Corporate. Entre os espa-ços estão um aconchegan-te café, com o já tradicional lanchinho do Fleury, sala de atendimento especial para os clientes que desejarem ou precisarem ser recebidos de forma mais privativa e uma sala de reuniões com infraestrutura e tecnologia para atender à demanda de discussões com médicos externos.A Unidade Ponte Estaiada

ocupa 900 m² de área, no térreo do Edifício, e conta com um café, salas de cole-ta e de exames de imagem. Além de Wi-Fi gratuito, en-tre os itens de entreteni-mento que estarão dispo-níveis para os clientes nos dois espaços, estão livros e caixas com conteúdos sur-preendentes assinadas pela curadoria de entretenimen-to Inexplorado. Os exames são realiza-

dos em sequência, em um ambiente equipado com modernas tecnologias e amparados por médicos es-pecializados em diagnósti-cos. Os serviços disponíveis são: tomografia, ressonân-cia magnética, gama geral e gama CZT, teste ergométri-co e teste cardiopulmonar, ecocardiograma, ecocar-diograma transesofágico, ecocardiograma bike stress,

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tilttest e raios x.A empresa de arquitetura

enfrentou alguns desafios na concepção deste projeto. Por exemplo, projetar um centro diagnóstico diferen-ciado, com equipamentos de última geração, cujo pro-jeto arquitetônico transmi-tisse esta ideia. Além de in-corporar ao projeto o novo branding do Fleury com inovação, de adaptar às for-mas, recursos e restrições de um edifício que não foi projetado para receber um centro de medicina diag-nóstica e conseguir a certi-ficação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), categoria Platinum.Todas as etapas de plane-

jamento para a adaptação dos andares em que as no-

vas unidades foram insta-ladas são norteadas pelos elevados padrões de sus-tentabilidade exigidos pelo LEEd (Leadership in Energy & Environmental design - Liderança em Energia & de-sign para o Meio Ambiente), organização que estabele-ce normas para edificações sustentáveis. Foram usados materiais reciclados e de rápida renovação. Ainda pensando em minimizar o transporte dos materiais, ACR pensou nas distâncias entre os fabricantes e a obra. Com relação à susten-tabilidade, em 3.300 m2 de área, 90% de toda a ilumi-nação é feita em LED. Foram usados aço, madeira, pisos e forros certificados e fabrica-dos com material reciclado.

“Além de projetar a ar-quitetura, materializamos o branding da marca neste projeto, desenhamos todos os móveis e compatibili-zamos todos os projetos complementares, interfe-rindo diretamente em to-dos eles. Inúmeras reuniões foram necessárias para tal integração multidiscipli-nar”, diz o arquiteto.de acordo com ACR, o

desenvolvimento de um projeto para centro diag-nóstico é diferente daquele realizado em um hospi-tal, pois o usuário não está necessariamente doente, mas não dispensa cuidados especiais como acessibilida-de, privacidade e instala-ções médico-hospitalares, conforme as normas da vi-

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gilância sanitária. “Em con-trapartida, um centro diag-nóstico é denso, ou seja, tem uma grande diversida-de de exames, especialida-des, equipamentos e salas, completamente diferen-tes umas das outras, com grande sinergia ao mesmo tempo em que apresen-ta restrições. Seu projeto é como montar um imenso e complexo quebra-cabeças”.Para acomodar a infraes-

trutura necessária foi cons-truído um mezanino entre o térreo e o 1º pavimento, que abriga equipamentos de climatização, elétricos e armazenamento de dados. “Cortamos uma laje pro-tendida para instalar um elevador panorâmico de macas e reforçamos a es-

trutura para receber o peso da ressonância magnética”, explica o arquiteto.O lobby, de espaço gene-

roso no térreo, com 11 me-tros de pé-direito e muito mármore e vidro, teve sua altura reduzida para nove metros. A madeira, com o objetivo de conferir uma escala mais humana e produzir um espaço mais aconchegante, foi usada como revestimento em al-guns ambientes. Além dis-so, o elevador panorâmico e blocos brancos de dife-rentes alturas, com luzes de LEd, criam uma atmos-fera moderna e instigan-te. “Desenhamos os cafés em madeira, explorando linhas curvas e contínuas, dando a sensação de abri-

go ao cliente. A atmosfera intimista e aconchegante lembra o fundador, Dr. Gas-tão Fleury e sua tradicional hospitalidade.”As salas de espera foram

conceituadas como loun-ges, usando luz indireta e luz natural quando possível. Cada móvel ou canto dos espaços foram pensados com o objetivo de trazer in-tenção a cada detalhe.Já as salas dedicadas aos

exames foram projetadas de forma a oferecer confor-to ao paciente, sem perder a percepção técnica que es-tes espaços exigem, como assepsia e tecnologia.As áreas de colaborado-

res também receberam o mesmo cuidado. Cores inu-sitadas e materiais quentes,

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como madeira, promovem ambientes acolhedores.Os elementos de marcenaria seguem a

mesma linguagem da nova marca através da mistura de materiais e desenhos sofisti-cados. De forma funcional, grandes painéis dão acabamento aos elementos técnicos (como quadros elétricos) camuflando-os e mantendo a mesma elegância.“Corredores ambientes” foram desen-

volvidos para amenizar a sensação des-confortável de longos deslocamentos e quebrar a monotonia das distâncias criadas pelo programa e pela planta do pavimento. Faixas tridimensionais retro iluminadas e as paredes com a marca do Fleury em baixo relevo criam um trajeto mais interessante e o aspecto Hitech des-tes ambientes reflete a alta tecnologia empregada nesta unidade.Inúmeras maquetes eletrônicas foram

desenvolvidas para apurar o desenho dos móveis projetados onde se alinhou necessidades específicas com design limpo e essencial.ACR desenvolveu junto ao cliente di-

versos novos conceitos, como a praça de recepção com seu banco de madeira que envolve uma árvore e vários outros mó-veis especiais, específicos e peculiares à unidade, detalhes de forros e pisos para configurar as esperas em lounges, deta-lhamento exaustivo de soluções para que a infraestrutura técnica e suas especifici-dades não sobressaíssem ao conceito vi-sual do projeto.Para assessorar no desenvolvimento de

um projeto sustentável a equipe da ACR contou com uma grande equipe de proje-tistas, para auxiliar em questões como ar condicionado, elétrica, hidráulica, estrutu-ra metálica e de concreto, acústica, sus-tentabilidade e elevador, com destaque para o projeto de automação e proteção contra incêndio, feito por Marcos Khan e de iluminação, por Esther Stiller. “Tudo

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é automático nesta unida-de, desde a iluminação até o ar-condicionado, com monitoramento remoto completo”, conta o arqui-teto. O responsável pela intervenção cenográfica institucional foi a “Filmes de Abril” e a decoração é de Ellen Sacco e Carmen mansur.O projeto contém algumas

inovações interessantes, en-tre elas o emprego de um revestimento mural vinílico, mais conhecido como pa-pel de parede, em todo o empreendimento. “O vinil é um material de acabamen-to mural com propriedades funcionais. Em combinação com um suporte de algo-dão, ele é especialmente resistente, durável, de cor firme, além de ser resistente

também à luz e aos impac-tos. É aplicável sem costuras e de fácil manutenção, du-rando de dez a quinze anos. Ele é adequado para uso em espaços que devem satisfa-zer rigorosos requisitos de higiene, manutenção e du-rabilidade”, explica ACR.Além dos revestimentos

vinílicos, merecem desta-que também os painéis de mDF revestidos com resina PET com até 80% de ma-terial reciclado, no qual foi impresso em baixo relevo a marca Fleury. Assim como os vasos sanitários suspen-sos com saída horizontal, os mictórios secos, ecologi-camente corretos, que não usam água ou substâncias químicas, as portas de cor-rer automáticas para dividir setores e o sistema desen-

volvido para as portas dos sanitários com duplo sentido de abertura, possibilitando resgate em caso de qualquer intercorrência. A ampla pes-quisa de materiais para aten-der às normas de combate a incêndio e pré-requisitos de sustentabilidade e a pesqui-sa de luminárias LEd para cada ambiente e situação, inclusive com desenho de algumas delas, também são diferenciais deste projeto.Mais uma curiosidade so-

bre as novas unidades é que o edifício foi construí-do para receber escritórios. Por isso, as lajes vibram em frequências aceitáveis para escritórios, mas superam os índices permitidos para uma ressonância magné-tica, por exemplo. Então, o equipamento não poderia

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operar se fosse instalado diretamente na laje. “Este foi um desafio que a equipe de infraestrutura do Gru-po Fleury superou. Usamos uma laje de concreto arma-do de 30 cm de espessura, que é apoiada em 42 molas diretamente na laje existen-te. Este conjunto pesa apro-ximadamente 32 toneladas”, comenta de Lucca.A tecnologia é utilizada

também por microscópios eletrônicos e estúdios de gra-vação. Toda a laje existente sob esta solução precisou ser

perfeitamente nivelada com material epóxi autonivelan-te. A sala tem aproximada-mente 65 toneladas consi-derando o peso próprio, o equipamento de ressonân-cia magnética, a blindagem magnética (feita em aço silício), a blindagem de ra-diofrequência (feita em alu-mínio), a laje flutuante e os reforços estruturais em vigas de aço executados por baixo da laje existente no edifício.Ainda sobre o ambiente

da ressonância magnética, a sala é totalmente huma-

nizada com janelas e pai-néis luminosos, criando um ambiente ainda mais agra-dável e aconchegante. “O ambiente dispõe também de luz natural com ampla visibilidade externa, bem como de ferramentas de controle e monitoramento, altamente avançado, dos sistemas vitais da infraes-trutura, como ar-condicio-nado e energia, por meio do BMS (Building Mana-gement System) específico de nosso Centro”, finaliza o Diretor do Grupo.

Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo

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Fachada da unidade na Av. do Contorno, incluindo acesso de veículos e entrada de pedestres para a galeria de lojas (com acesso alternativo do Hall Principal)

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União dos tempos

A Unimed-BH ganha-rá um novo Centro Médico e Centro

de Inovação. O empreen-dimento consiste em uma central de consultórios mé-dicos para atendimento aos associados da cooperativa e um Centro de Inovação voltado à capacitação e promoção do conhecimen-to médico científico e pro-

Projeto do Centro Médico e Centro de Inovação da Unimed-BH alia modernidade e história

fissional. “Esta combinação é um diferencial que a ini-ciativa oferece à cidade de Belo Horizonte (MG) e aos usuários e associados da Unimed”, diz Antônio de Pádua Fialho, arquiteto li-der do projeto desenvolvi-do pela Dávila Arquitetura.O primeiro bloco tem 14

andares, dispõe de 142 consultórios de diversas

especialidades. Além dis-so, contará com completa estrutura administrativa e serviços de apoio como rouparia (processamento externo), área de higieniza-ção, o arsenal (pré-lavagem e esterilização externa, ma-nutenção, almoxarifado, farmácia satélite (central de abastecimento farma-cêutico), um laboratório

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e Centro de Radiologia e Exames. O segundo bloco é des-

tinado ao Centro de Ino-vação, com salas de aula, laboratório de simulação e habilidades, laboratório de informática, biblioteca e salas multifuncionais. No segundo pavimento, estão salão de eventos e áreas administrativas. No ter-ceiro e quarto andares, há auditório para aproximada-mente 300 pessoas. A edi-ficação possui também três elevadores para macas. Na área comum aos dois

blocos, há quatro pavi-mentos de garagem, com três elevadores exclusivos e escadas, com área de 12.258,72. O primeiro deles se caracteriza pelo acesso de veículos e acesso alter-nativo de pedestres feitos

pela Avenida do Contorno, com faixas de acumula-ção, de carga e descarga com a intenção de liberar o pavimento térreo para utilização exclusiva dos pedestres. São, ao todo, 322 vagas de veículos, 12 vagas para portadores de mobilidade reduzida, 24 vagas de moto, três vagas de carga e descarga e 24 vagas para bicicletas. Nes-te mesmo pavimento há uma casa tombada pelo CdPCM-BH (Conselho de-liberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte) que foi totalmente restaurada. A área total construída co-berta do conjunto é de 26.466,82 m². Os materiais das fachadas serão em alu-mínio, vidro e cerâmica.O fato de os dois mo-

dernos blocos estarem, respeitosamente, à volta de uma praça e uma casa histórica conferem desta-que ao projeto. “O parti-do escolhido é gerador de toda a imagem do projeto e, sem dúvida, seu maior destaque. A modernidade que respeita a história, a gentileza urbana. O parti-do em dois blocos setori-za as funções do comple-xo e dá dimensão urbana à imagem corporativa do cliente”, destaca Fialho.Porém, o fato dos blo-

cos estarem localizados ao redor de um patrimônio tombado trouxe algumas restrições legais ao projeto: a altimetria das edificações no entorno, por exemplo, impõe afastamentos míni-mos e a não ocupação de áreas, observações tais que

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Fachada principal (Rua dos Inconfidentes). Em primeiro plano, à esquerda, a casa preservada. À direita, o Centro de Inovação. Ao centro, a Galeria de Acesso, que leva ao Centro Médico (no segundo plano)

tiveram negociação direta com o órgão e foram utili-zadas na concepção inicial do projeto. “Trabalhamos para tirar partido e valori-zar a preservação do patri-mônio histórico da cidade, de maneira que a casa pre-servada não apenas foi to-talmente restaurada, como funcionalmente incorpo-rada ao empreendimento. desta forma, o que de iní-cio parecia uma limitação à construção, tornou-se um

diferencial para o Centro Médico e Centro de Inova-ção Unimed-BH”, comenta o arquiteto.Além da casa e da praça

histórica, os novos Centros da Unimed-BH terão tam-bém uma praça de con-vivência descoberta, com paisagismo, um grande hall principal para acesso aos blocos com oito lojas, que compõem a humanização da área do acesso principal feito pela rua dos Inconfi-

dentes. “Nos pavimentos de consultórios, foram con-siderados espaços amplos e confortáveis para a es-pera com iluminação natu-ral e área de convívio dos médicos em um pavimento específico. Pensamos em espaços descobertos com paisagismo para climatizar as áreas maiores de estar”, revela o arquiteto Antônio de Pádua.Também para atender

ao conceito de humaniza-

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ção, a iluminação natural foi integrada nas diretri-zes iniciais do projeto para torná-lo mais humano e agradável. Os consultórios têm iluminação natural e a maior parte das áreas do empreendimento também. Em áreas de grande fluxo de pessoas foi previsto uma iluminação zenital comple-mentar e uma integração a área de paisagismo.A sustentabilidade tam-

bém integra a nova cons-trução. Está presente em todas as etapas da implan-tação de um empreen-dimento, das premissas do cliente, passando pelo projeto, obra e a opera-ção do edifício. “O projeto teve ‘atitudes’ sustentá-

veis. Entre elas podemos citar o respeito ao patri-mônio cultural da cidade através da preservação, revitalização e valoriza-ção da casa. A orientação das fachadas, a busca pela economia de energia, a presença da luz natural, a reutilização da água de chuva, a construção de te-lhados verdes com vege-tação típica do bioma da cidade, buscando contri-buir com o clima, respeitar a flora e fauna local.”A tecnologia é outro

ponto que está relevan-temente presente no pro-cesso. Há um rigor técnico em relação aos resultados que devem ser alcança-dos pelo desempenho da

edificação para que ela cumpra satisfatoriamen-te os seus objetivos. “Um bom exemplo é o caso dos vidros da fachada. Para chegar a um desem-penho térmico adequado com um custo otimizado, foram feitas simulações computacionais de de-sempenho da fachada. Entre os vários parâme-tros que tinham influência no desempenho estava o vidro. Assim, com base em especificações técni-cas dos fabricantes foi es-pecificado um vidro feito com uma tecnologia que possibilitou diminuir a carga térmica da edifica-ção, economizando ener-gia”, finaliza o arquiteto.

Antônio de Pádua Fialho, Afonso W. de Oliveira e Alberto Dávila, Arquitetos da dávila que lideraram o projeto do Centro Médico e Centro de Inovação UNIMEd-BH

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Centro integradoNovo INCA integrará pesquisa, educação e atendimento em um único complexo

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Com 74 anos de histó-ria, o INCA (Instituto Nacional de Câncer),

no Rio de Janeiro, está pas-sando por uma reestrutu-ração que visa garantir a infraestrutura necessária para que a instituição es-teja preparada, no futuro, para o desafio do controle do Câncer no País, além de ampliar sua atuação e reco-nhecimento internacional.Trata-se da criação de um

moderno Campus Integra-do, que concentrará em um só lugar, as áreas de pes-quisa, assistência, educa-ção, prevenção, vigilância e detecção precoce da doen-ça. O Novo INCA integrará as 18 unidades do hospital, que estão espalhadas pelo Rio de Janeiro, na Praça da Cruz Vermelha, onde está localizado o HC1 (primei-ro e principal hospital da instituição). O projeto foi elaborado pelo Consórcio mHA-RAF. “A ideia desta integração

é favorecer o desenvolvi-mento de um modelo téc-nico científico, assim como a logística e o fluxo de atendimento”, conta André Tadeu Bernardo de Sá, di-retor-administrativo da ins-tituição.de acordo com o arquiteto

Flávio Kelner, do Consórcio mHA-RAF, o conceito deste trabalho buscou transfor-mar o instituto e seu entor-no urbano imediato, além de melhorar a relação e sensação dos usuários em relação à doença e à saú-de. “Para resumir em uma palavra o conceito deste projeto, poderíamos usar o termo integração’’, diz. A licitação do projeto do

Novo INCA, foi uma licita-ção internacional com dis-puta acirrada, aconteceu em 2009 e o Consórcio mHA-RAF foi consagrado vencedor. “Foram necessá-rios dez meses de trabalho para desenvolver passo a passo do que deveria ser

feito na área de 148 mil m²”, diz Salim Lamha Neto. Ao adentrar o Campus,

o público poderá perceber cada um dos setores atra-vés das formas dos prédios que farão parte do com-plexo. “Um grande e aco-lhedor pátio interno, com dimensões reais de uma praça foram o ponto de partida para a implantação do projeto”, revela Kelner.O terreno, onde as obras já

foram iniciadas, possui, em uma das esquinas, o HC1 (primeiro prédio do INCA), e próximo a ele funcionava o Hospital dos Servidores do Estado da Guanabara, que mais tarde foi cedido pelo governo do Estado ao INCA. “Para realizar a am-pliação foi preciso derrubar todos os prédios que havia no terreno (exceto o HC1), até porque havia a neces-sidade de se aprofundar o terreno em três subsolos para colocar os bunkers da radioterapia”, conta Kelner.

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O prédio está situado na região central do Rio de Janeiro, que faz parte de uma área de preservação, a APAC da Cruz vermelha, que determina a altura dos prédios por quadras. “Como nossa quadra é muito grande, ocupamos um espaço que permi-te edifícios altos e baixos, deste modo o conjunto de edificações em formato de U terá uma construção de-crescente.”Mas o destaque do pro-

jeto vai para a junção das instituições em um único complexo de maneira flui-da, através de um elemento que faz a ligação do prédio antigo com o novo. Ele-mento esse que se traduz

em varandas, no fundo do prédio antigo, que passa-rá a ser a frente do prédio novo. “A ideia é manter a fachada antiga, que possui características modernistas. Para que haja uma conver-sa entre os prédios, o novo edifício possui algumas ca-racterísticas também mo-dernistas, para que possa ser enxergado como uma releitura do prédio antigo”, explica Kelner.O ponto de partida da

implantação é um grande e acolhedor pátio inter-no, uma praça central. Ela proporcionará conforto e segurança aos frequenta-dores, com acolhimento necessário e com fácil aces-so aos setores do estabe-

lecimento. Os transeuntes também poderão cruzar o local – o que permite a in-tegração do INCA à cidade. Em torno da praça central estarão os blocos – um edifício existente, que será reformado, e três “blocos” novos. A integração não se fará

apenas internamente. A nova praça será da cidade e permitirá aos transeuntes o cruzamento da grande quadra, integrando so-cialmente instituto com a cidade. A água, enquanto fonte de vida, foi interpre-tada através de uma queda d´água que permeia todos os platôs do embasamen-to até o nível do 3º sub-solo, inseridos no projeto

paisagístico. “Para resumir em uma palavra o conceito deste projeto poderíamos usar o termo: integração. Um grande e acolhedor pátio interno com dimen-sões reais de uma praça é o ponto de partida para a implantação deste projeto. A árvore, símbolo de vida, é interpretada através da criação de elementos me-tálicos espalhados pelos jardins”, conta o arquiteto. O prédio antigo será todo

retrofitado, e deixará de ser assistencial, passando a atuar como setor adminis-trativo e de pesquisa. Deste modo, a logística da obra é facilitada, permitindo que o novo prédio seja cons-truído, os pacientes sejam

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transferidos e só então as obras comecem no edifício já erguido.A humanização foi traba-

lhada no projeto logo na entrada do complexo, atra-vés das praças de chegada, que permitem ao paciente acesso a todos os prédios, acolhendo-o logo ao aden-trar. A iluminação também colabora com o processo. A maneira com que os blocos foram criados permite que quase todos os ambientes tenham iluminação natural. Na praça há um elemen-to escalonado que traz luz para o subsolo.Ao adentrar o campus

haverá a sensação de per-

correr cada um dos setores e também as formas dos prédios que farão parte do complexo, que são: o atual prédio sede do INCA, re-modelado e ajustado; o grande bloco como pano de fundo para as áreas de atendimento e internação o volume escalonado que emerge do subsolo por suas áreas de tratamento e por fim, o elegante volu-me que flutua e recebe os usuários na entrada da pra-ça. Neste elemento central e perceptível por todos, es-tará localizado o centro de pesquisa. Além do hospital, o novo

INCA terá este amplo cen-

tro de pesquisas, denomi-nado Unidade de desenvol-vimento Tecnológico, com centro de estudos centra-lizado, salas de pesquisa e ensino em unidades de atenção, e auditório para 600 pessoas. A área para serviços de apoio logístico terá novos entrepostos de lavanderia e central de ma-terial esterilizado, além de contar com uma farmácia maior e um serviço de nu-trição dietética mais com-pleto. Finalmente, entre os serviços prediais haverá en-trepostos de almoxarifado e farmácia, setor de limpeza, central de resíduos, guarda de cadáveres para remoção,

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oficina de manutenção e central de utilidades.O centro de pesquisa es-

tará dentro de uma pon-te “flutuante”, batizada de “Ponte da Esperança”, pois é uma inspiração para que os pesquisadores consigam descobrir a cura do câncer. “A ponte de dois andares, translúcida, onde ficará o setor de pesquisa, foi assim definida, no sentido de en-xergar que o trabalho que está sendo realizado ali é no sentido de buscar o tra-tamento”, comenta o dire-tor-administrativo do INCA. Os revestimentos utiliza-

dos na fachada serão pla-cas de cerâmica, construin-do uma fachada ventilada,

colocadas de uma maneira que ventila a fachada devi-do a camada de ar que fica entre o revestimento e o tijolo. E brises solares, para atenuar a incidência do sol. Além disso, para remeter ao modernismo os prédios terão formas sinuosas.A sustentabilidade tam-

bém foi pensada durante o desenvolvimento deste pro-jeto, uma vez que o mesmo busca atender aos critérios de certificação LEED. Di-versos aspectos ecologica-mente corretos estão pre-vistos, como a valorização da luz natural, reservató-rios para captação de águas da chuva para reuso (tam-bém para retardo da água

“A ideia é manter a fachada antiga, que possui características modernistas. Para que haja uma conversa entre os prédios, o novo edifício possui algumas características também modernistas, para que possa ser enxergado como uma releitura do prédio antigo”

Flávio Kelner, Consórcio mHA-RAF

na rede pluvial, prevenindo enchentes nas ruas próxi-mas), economia de ener-gia e reaproveitamento da água. Essas medidas permitirão

aos sistemas funcionalida-de para proporcionar não só a gestão de energia al-tamente eficiente, mas ao mesmo tempo permitir aos seus ocupantes prosseguir a sua vida com a máxima qualidade e conforto. “A água e a árvore, enquanto fonte e ciclo de vida foram interpretadas através de elementos metálicos e uma queda d’água que vai até o terceiro nível do subsolo inseridos no projeto paisa-gístico”, conta Kelner.

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Construção Sustentável

No que tange à enge-nharia do Novo Centro Integrado do INCA, os de-safios foram grandes des-de o princípio. O projeto de infraestrutura foi ela-borado em parceria com a Consultrix Engenheiros Associados, e o projeto de estrutura em parceria com a Mac Engenharia de Projetos S/C. “Neste início, já eram enormes os desa-fios de estrutura e supe-restrutura”, explica Salim. “O empreendimento seria implantado em um terre-no com necessidade de desmanche de rocha, com três subsolos totalmente submersos no lençol freá-tico. Além disso, foi feita

uma análise e recupera-ção da estrutura do prédio existente. Para todos esses desafios, encontramos as melhores soluções.” Estão sendo implanta-

das soluções atuais que trarão benefícios ao meio ambiente. “Itens como eco-nomia de energia e rea-proveitamento de água estarão presentes para que, no futuro, o comple-xo possa obter a certifica-ção verde, que reconhece empreendimentos proje-tados e operados visando a diminuição dos impactos ao meio ambiente”, expli-ca o Vice-Diretor do INCA e coordenador do comitê estratégico do novo Cam-

pus, Luiz Augusto maltoni.Com larga experiência

em projetos sustentáveis e sócia-fundadora do Green building Council Brasil, a MHA Engenharia, empresa líder do Consórcio MHA-RAF, obteve o certificado ISO 14001, 9001 e 18001 em 2009, e a re-certifi-cação em 2013. “Sempre nos preocupamos com o meio ambiente. E percebe-mos que, como geramos um produto de inteligên-cia que vai ser executado, temos que nos preocupar com o que o cliente vai fazer com esse produto, e ajudá-lo a respirar o pro-blema ambiental da mes-ma forma que os nossos

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profissionais”, explica o sócio-fundador da mHA, Salim Lamha Neto. Uma série de ações previstas no projeto

do INCA tem a sustentabilidade como pre-missa: canteiro de obras de baixo impacto, cobertura verde, uso de tintas a base de água nas áreas internas, elevadores inte-ligentes, torneiras com temporizador de vazão e arejadores, vasos sanitários com válvula de duplo fluxo, reuso de água, valo-rização da iluminação natural, lâmpadas de alta eficiência e baixo consumo, coleta se-letiva de lixo e gestão de resíduos, coletor solar para pré-aquecimento da água, célu-las fotovoltaicas para geração de energia elétrica, pavimentação drenante, proteção solar nas fachadas, bicicletário, etc. Estes sistemas e funcionalidades são integrados no projeto para proporcionar não só a ges-tão de energia altamente eficiente, mas ao mesmo tempo permitir a seus ocupantes maior conforto e qualidade de vida. Neste projeto específico, o Consórcio

mHA-RAF une sua experiência à consulto-ria de uma empresa especializada no LEEd, um dos sistemas de sustentabilidade mais conhecidos no mundo. “O LEED é como o selo verde do edifício, mostra que aquele prédio foi feito com preocupação ambien-tal”, explica o sócio-fundador da mHA.Os sistemas e estruturas de alta tecnolo-

gia que serão instalados permitirão avan-ços nas pesquisas e na qualidade do aten-

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dimento do instituto. Será possível, por exemplo, fa-zer transmissões médicas da sala de cirurgia para qualquer lugar do mun-do. “Como o INCA vai ser um ambiente de formação de profissionais de onco-logia, as instalações têm que estar voltadas para isso também”, completa Washington Luiz de Souza Júnior, diretor-adjunto da mHA Engenharia. Além de 14 salas de grande porte, o novo centro cirúrgico tam-bém conta com duas salas preparadas para robótica e procedimentos minima-mente invasivos. O INCA ainda terá programa para teste de novas drogas,

banco de sangue de cor-dão umbilical e placentário ampliado e um Ciclotron na nova unidade de pro-dução de radiofármacos. O projeto executivo

de instalações hidráuli-cas também foi desen-volvido para atender os requisitos da certificação LEEd, com isso foram pro-postas soluções visando economia de água em tor-no de 30% através da utili-zação de componentes de redução de vazão e pres-são nas peças sanitárias e a reutilização das águas, proveniente do tratamen-to dos esgotos e de águas pluviais nas bacias sanitá-rias, mictórios e irrigação

dos jardins. “Para o siste-ma de geração de água quente foi proposta a uti-lização de coletores sola-res com backup através de aquecedores instantâneos a gás natural, visando a economia de consumo de energia elétrica”, explica Edmar Nacaratti, Gerente de projetos da MHA e res-ponsável pelo projeto de hidráulica.Já os sistemas de gases

medicinais, foram distri-buídos aos ambientes a partir de tubulações, pru-madas, posicionadas em três shafts, que percor-rem verticalmente todos os pavimentos. Em cada pavimento, através de dis-

“Sempre nos preocupamos com o meio ambiente. Como geramos um produto de inteligência que vai ser executado, temos que nos preocupar com o que o cliente vai fazer e ajudá-lo a respirar o problema ambiental da mesma forma que os nossos profissionais”

Salim Lamha Neto, Consórcio mHA-RAF

tribuições horizontais en-tre os forros, foi previsto um duplo anel, atendido a partir de cada uma das três prumadas nos shafts. Este duplo anel foi estrategica-mente posicionado e estu-dado para que o funciona-mento dos ambientes não sofra com interrupções de gases medicinais. Em função de ser uma

instituição de saúde, as coletas e a disposição dos efluentes são conduzidos de forma independente e, dependendo da sua clas-sificação, foram propos-tos tratamentos primários, por exemplo, na separação do gesso, gordura e tem-po de decaimento para os

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efluentes radioativos, para posteriormente, serem en-caminhados à estação de tratamento de efluentes ETE.O projeto de engenharia

das instalações elétricas também foi desenvolvido de forma a cumprir os re-quisitos da certificação am-biental LEEd, garantindo desta forma, atendimento aos critérios de eficiência energética para a certifi-cação. Dentre as medidas adotadas para promover economia de energia e ga-rantir eficiência energética, estão a utilização de lâm-padas de alto rendimento e baixo consumo de ener-gia, tais como, lâmpadas fluorescentes de última geração e LEd’s; a especi-ficação de cabos elétricos dimensionados de acordo com os requisitos de que-das de tensão, previstos conforme requisitos da norma ASHRAE, minimi-zando bastante as perdas elétricas por efeito joule nos circuitos; e a especifi-cação de motores elétricos de alto rendimento.“O projeto de instalações

elétricas foi concebido, considerando-se a instala-ção de uma cabine de en-trada e medição de energia no pavimento térreo do bloco “C”, e seis subesta-ções localizadas próximas aos centros de cargas dos blocos “A”, “B”, “C” e “d”, de forma a se obter o melhor custo benefício possível

para as instalações elétri-cas do empreendimento”, conta Arnaldo Pieri, Geren-te de projetos da mHA.O fornecimento de ener-

gia por parte da conces-sionária Light, será feito por meio de dois circuitos elé-tricos (13,8 kV) provenien-tes de duas subestações distintas da concessionária (Sto Antônio e Frei Caneca), minimizando-se, ao má-ximo, os riscos da falta de energia no hospital.No pavimento cobertura

do bloco “B”, foi projetada uma usina de geração de energia elétrica, por meio de grupos geradores à die-sel, de forma a suprir em 100% as necessidades de energia para o empreen-dimento, em caso de falta de fornecimento por parte da concessionária Light, e também, para o caso de utilização do sistema em horário de ponta.Para garantir a seguran-

ça dos pacientes, nos ca-sos específicos das cargas elétricas alimentadas pelos sistemas IT Médico (UTI’s, Centros Cirúrgicos), cargas dos sistemas de telecomu-nicações, de Segurança e de Automação Predial, foram utilizados no pro-jeto, sistemas UPS’s (NO BREAK’s), capazes de suprir energia “Sem Interrupção”, com autonomia mínima de dez minutos, suficientes para suportarem as cargas, quando houver falta de

energia por parte da con-cessionária, até que o sis-tema de geração de ener-gia da usina de geradores assuma o suprimento da mesma.“Essas medidas propor-

cionam confiabilidade ao sistema elétrico do em-preendimento, com boas condições de utilização das instalações para o caso de falta de fornecimento de energia por parte da concessionária Light, ga-rantindo desta forma, se-gurança e bem-estar aos funcionários e pacientes do hospital”, diz Pieri.Para o caso das car-

gas elétricas classificadas como sendo do grupo 2 (UTI’s, Centros Cirúrgicos, RPA’s, e etc), definidas con-forme norma NBR-13534 foi prevista no projeto, a alimentação dessas cargas por meio de sistema IT-Médico, de forma a garan-tir continuidade da alimen-tação elétrica, para o caso de ocorrência de falha à terra, impedindo desta for-ma, que haja desligamento do sistema elétrico.Foram ainda adotados

em projeto, algumas ou-tras medidas que também garantem segurança aos pacientes e demais usuá-rios do hospital, como a alimentação da rede de média tensão (13,8kV) para as subestações do empreendimento, com to-pologia do tipo não radial

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(em anel), fazendo com que em caso de falha de alimentação por um dos circuitos (anel 1), seja uti-lizado o outro circuito (anel 2) e a utilização de transformadores backups nas subestações, garan-tindo segurança para os pacientes do hospital, e praticidade para os encarregados pela manutenção.Todos os sistemas de Teleco-

municações do hospital estão integrados e trafegarão em uma única rede de alta disponibilida-de e preparada para futuras ex-pansões. “Essa integração auxilia nos diversos sistemas de gestão da instituição. A disponibilização das informações em tempo real, proporciona aos usuários como-didade e fácil acesso em qualquer área do hospital ou até mesmo, remotamente, via Internet”, expli-ca o Gerente de projetos Fábio Rabaça Andrade.Para isso, foi projetado um sis-

tema de cabeamento estrutura-do, com backbones redundan-tes, englobando VoIP (Telefonia IP), PACS – “Picture Archivingand Communications Systems” (Siste-ma de arquivamento, disponibili-zação e distribuição de imagens médicas digitais na rede), Rede Wireless em todo hospital, sis-tema de Relógio Centralizado, sistema de Controle de Senhas/Gerenciamento de Fila, dentre outros. A rede de telecomunica-ções também foi projetada para trafegar os sistemas de seguran-ça, por exemplo, o sistema de CFTV (Circuito Fechado de Tele-visão) e de Controle de Acesso, ambos utilizando tecnologia IP nativa.Em termos de climatização, o

HistóriaPrincipal centro de desenvolvimento científico e de inovação para o con-

trole do câncer no País, o INCA tem origens que remetem à década de 1930. Naquele momento, observava-se um aumento da mortalidade por doenças degenerativas em geral, sobretudo por câncer. Criado em 1937, como Cen-tro de Cancerologia do Serviço de Assistência Hospitalar do Distrito Federal (que na época era o Rio de Janeiro), transformou-se em Instituto do Câncer em 1944. Foi apenas em 1946 que a instituição conseguiu uma sede própria, na Praça da Cruz Vermelha, para a qual se mudaria 11 anos depois. O INCA ganhou seu nome atual em 1961, com a aprovação de um regi-

mento que lhe atribuiu novas competências nos campos científico, educa-cional e assistencial. Com o passar dos anos, a instituição foi sendo cada vez mais projetada como um centro médico-hospitalar especializado, de ensino e de pesquisa. Na década de 1980, o INCA passou a contar com um centro de transplante de medula óssea e um serviço de suporte terapêu-tico oncológico. Nos anos 1990, a instituição adquiriu oficialmente a res-ponsabilidade de assistir o Ministério da Saúde na formulação da política nacional de prevenção e controle do câncer. Pouco a pouco, foi consolidando sua liderança no controle do câncer no

Brasil: absorveu três hospitais existentes e implementou um programa de qualidade total. Inaugurou, às vésperas do novo milênio, um centro de su-porte terapêutico oncológico, dedicado aos cuidados paliativos. Criou um conselho de bioética, para discutir questões morais e filosóficas. Participou do planejamento de centros de oncologia em hospitais em todo o País. Com todas essas novidades e atividades, sentiu-se a necessidade de

integrar as unidades do INCA. Para manter a qualidade dos serviços, fez-se necessário o planejamento de uma reforma e ampliação. “O nú-mero de novos casos de câncer no Brasil em um ano supera o número total de casos de AIdS nos últimos 25 anos”, ressalta o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini. “Esta informação mostra que o país não deve poupar investimentos que levem à redução da incidência e da mortalidade por câncer e à melhoria da qualidade de vida dos pacien-tes com a doença”, completa. O INCA já é referência na pesquisa e controle do câncer, e após a reforma

se tornará o maior campus público de diagnóstico da América Latina. O novo Campus Integrado reunirá as unidades assistenciais da instituição, integrando ensino, pesquisa, assistência e administração. Ele servirá de modelo para os Centros de Referência de Alta Complexidade em Oncolo-gia. “A idéia é fazer as melhores instalações possíveis, para ser de primeiro mundo mesmo”, explica Washington Luiz de Souza Jr, Coordenador di-retor adjunto da mHA Engenharia. “É para ser um hospital de referência, não só em pesquisa e tratamentos na área da oncologia, mas também em arquitetura, em instalações, em tudo”.

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hospital será atendido por uma central de água gela-da (CAG) constituída por três chillers com compres-sores centrífugos de alta eficiência, e duas bombas de calor para geração si-multânea de água gela-da e água quente, para o sistema de reaquecimento de ar das salas de cirurgia, UTI, Isolamentos e áreas de Imagem. As torres de resfriamen-

to de circuito fechado de água permitem a preser-vação da qualidade da água de condensação por eliminar o contato direto com o ambiente externo poluído.Um andar técnico no

5º pavimento permitirá

a instalação de diver-sos equipamentos que atenderão ao Centro Ci-rúrgico, CmE e UTI. Isto permitirá a manutenção adequada de equipa-mentos e seus periféri-cos sem a necessidade de acesso de mecânicos nas áreas atendidas pe-los respectivos condicio-nadores de ar. Além da minimização do nível de ruído nos ambientes por conta da distância entre o ambiente climatizado e o condicionador de ar.Todas as salas de cirurgia,

Centro de Terapia Celular, salas de manipulação pa-renteral, de quimioterá-picos e de farmacêuticos terão condicionadores de

ar dotados com sistema de filtragem com filtros abso-lutos tipo HEPA. Todos os quartos de isolamentos nas internações serão cli-matizados com 100% de ar externo e controle da pres-são estática do ambiente, sendo positiva para pa-cientes imuno-deprimidos e negativa para pacientes infectocontagiosos.Cada uma das salas

técnicas de ressonância magnética, de tomografia computadorizada, da sala central de segurança e da sala de Nobreak terá dois condicionadores de ar, sendo um operante e ou-tro reserva, para garantir a climatização dos ambien-tes 24 horas por dia.

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Números

• Projeto executivo de estrutura moldada In Loco.

• Volume: 37.185 m³.

• Armação: 4.660 toneladas

• Estrutura metálica: 1.555 toneladas.

• 6 subestações

• 1 usina de geração de energia elétrica

• Sistemas UPS contendo 7 no-breaks com capacidade 1340 Kva

e 4 no-breaks Potência elétrica total instalada: 22.250 Kva

• Potência de grupo de geradores total instalados: 4 grupos de

geradores à diesel com capacidade para 2500 Kva / 2000 KW

• Reservatório para 440.000 litros de água fria potável

• Reservatório para 1.100.000 litros de água fria de reuso

• Sistema de geração de água quente de 510 placas solares

• 6 reservatórios térmicos com capacidade de 7500 litros cada

• 14 aquecedores de gás natural com potencia de 34.000 kcal/h

400 leitos

• 3800 Toneladas de Refrigeração

• Sistema de coleta de águas pluviais com sistema de recupera-

ção de 36.000 litros e retenção e retardo de 194.000 litros

• Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários visando reuso

com capacidade de tratamento de 440.000 litros/dia.

• Reserva técnica para hidrantes e sprinklers com capacidade de

240.000 litros para combate a incêndio.

• 600 pontos de TV

• 30 centrais de chamadas de enfermagem, 650 ambientes aten-

didos.

• 80 estações de atendimento para controle de senhas, 20 esta-

ções de cadastro.

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Espaço agradável

O paisagismo tem ganhado cada vez mais espaço na

criação ou recriação de ambientes, sejam eles em-presariais, residenciais ou dentro de instituições de saúde. Esse desdobramen-to da arquitetura propor-ciona beleza e bem-estar aos locais, além de colocar o ser humano em contato com a natureza de maneira

Áreas paisagísticas ganham espaço dentro das instituições de saúde e também colaboram com a sustentabilidade

harmônica. Entre seus mais usuais elementos estão ar-ranjos de flores, quedas d’água, peixes ornamen-tais, pássaros e até jardins tropicais. A técnica, que começou

como uma disciplina com-plementar à arquitetura, precisa ser trabalhada sem chocar-se com as carac-terísticas arquitetônicas da instituição. “Por isso,

é preciso seguir a mesma linha da edificação, pois a beleza vem da harmonia. Se tenho uma arquitetu-ra japonesa, por exemplo, posso seguir a linha, mas dar ares mais modernos, menos carregado”, diz Be-nedito Abuud, arquiteto paisagista.de acordo com o arqui-

teto, na área da saúde, o paisagismo começa a ser

desenvolvido de uma for-ma mais intensa, recente-mente, mas muitas insti-tuições estão buscando nele seu diferencial. “Fora do País, muitas institui-ções já adotaram a téc-nica como uma forma de melhorar o bem-estar de seus pacientes. Há inclu-sive pesquisas no exterior que mostram a ligação entre o paisagismo e a

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melhora de pessoas que precisam ficar interna-das”, diz.Abbud, que já fez diver-

sos projetos na área hos-pitalar, incluindo institui-ções como o Hospital São Camilo, Edmundo Vascon-celos e Samaritano, acre-dita que esses projetos buscam trazer uma espé-cie de oasis para dentro da instituição de saúde. “Muita gente acredita que deus está presente na na-tureza, por isso, o espaço paisagístico é tão impor-tante dentro de um espa-ço como este. Hoje, fala-se muito em ‘Terapeutic Gardens’, que são lugares para a pessoa encontrar a natureza e se encontrar”, garante o arquiteto.Para ganhar mais espaço

dentro das instituições, a criatividade tem sido forte aliada do paisagis-mo. Um exemplo está na implantação de jardins no terraço dos centros de saúde, uma vez que é cada vez mais comum o crescimento dos hospitais de maneira vertical. “Uma outra inovação são os jar-dins criados especialmen-te para crianças. Nesses casos, o projeto trabalha com animais, como pás-saros, peixes e cachorros”, diz Abbud. Porém, a criação de

áreas paisagísticas dentro

de instituições hospitala-res, exige alguns cuida-dos para garantir que não haja contaminação e risco à saúde dos pacientes. A terra é uma das princi-pais preocupações dos arquitetos que trabalham com projetos paisagísti-cos. “Para evitar o conta-to com ela, uma alternati-va bastante utilizada por nós é a sobreposição de pedriscos para minimizar os riscos”, explica Abbud.Para os pacientes que

não podem ficar na área externa, para evitar qual-quer tipo de contami-nação provinda do am-biente, há uma técnica envolvendo o “paisagismo virtual” sendo aplicada em vista ao bem-estar dessas pessoas. “O trabalho é fei-to através de fotografias e projeções da natureza dentro dos leitos”.

sustentabilidadeAlém de colaborar com a

humanização do ambiente e o bem-estar dos pacien-tes, os espaços paisagís-ticos também são aliados da sustentabilidade, uma vez que permitem a im-plantação de técnicas que favorecem a umidade do ar, a redução do consumo de água e energia.Um exemplo é o piso

permeável desenvolvido pelo escritório de Benedi-

to Abbud e pela ABCT. O revestimento possibilita a pavimentação sem que haja impermeabilização do terreno, deste modo a chuva consegue permear na terra, permitindo que a água evapore, evitando as ilhas de calor. Outro produto é o “Tech

Garden”, através do qual a água da chuva cai e é reservada, criando um “jardim sobre lages”. O material feito de placas de plástico reciclado per-meáveis, cria um lençol freático, gerando um va-zio entre a lage e o jar-dim. A água fica retida neste jardim que irriga a vegetação por capilarida-de, diminuindo os gastos com bombas e energia elétrica. A técnica pos-sibilita inclusive a utili-zação de água de reuso. “A sustentabilidade será incorporada nos projetos arquitetônicos de manei-ra natural. Antigamente, os projetos buscavam alternativas de fora de sua região para os pro-jetos paisagísticos. Hoje não, aceita-se a utilização de plantas nativas, por exemplo. As certificações também tem crescido de maneira visível, a ameri-cana LEEd, do GBC, e a francesa ARQUA, que vem ganhando espaço no Bra-sil”, finaliza o arquiteto.

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Perspectiva do novo prédio Pompeia

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Investimento de pontaNova unidade do Hospital São Camilo contou com preocupações em sustentabilidade, tecnologia e qualidade durante o processo de obras

Perspectiva do novo prédio Pompeia

O Hospital São Ca-milo, em São Pau-lo, investe em sua

nova unidade, Pompeia desde 2005. Com previsão de término das obras para outubro de 2014, o projeto arquitetônico do novo edi-fício apresenta 72 quartos, 14 leitos de UTI, seis salas cirúrgicas e 104 vagas de estacionamento. O projeto foi baseado na necessida-de de proporcionar melhor atendimento ao paciente. “A segurança do usuário é alvo constante na ela-boração de plantas arqui-tetônicas que possibilitam a funcionalidade assisten-cial, garantindo condições seguras e ergonômicas na “ótica” do funcionário, mé-dico, parceiros e clientes”, afirma Rogério Quintela, diretor de Operações da

Rede de Hospitais São Ca-milo de São Paulo.A estrutura física foi pla-

nejada para que tanto o paciente quanto seu acom-panhante estejam em um ambiente acolhedor, com estímulos positivos de co-res, sons e luzes, que con-tribuem para recuperação da saúde. “Um ambiente hospitalar bem estrutu-rado e sinalizado traduz, de imediato, ao cliente a preocupação do hospital com a sua permanência neste local e de que suas necessidades foram prio-rizadas em cada detalhe”, considera.A incorporação de uma

nova torre possibilitará o atendimento crescente da demanda de clientes, ao oferecer estrutura funcio-nal, hotelaria arrojada e

atualizada, contando com equipamentos de alta tec-nologia. Áreas como cen-tro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva e Unida-des de Internação, se in-tegrarão com os espaços hoje existentes, aumen-tando sua capacidade e possibilitando a interdição de algumas áreas antigas para modernização das mesmas.O plano de expansão da

Rede de Hospitais São Ca-milo respeita uma lingua-gem e identidade visual, que busca padronizar gra-dualmente os ambientes externos e internos das Unidades Pompeia, Santa-na e Ipiranga. A humaniza-ção também se faz presen-te nas instituições da rede São Camilo. A instituição Pompeia é mais um claro

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exemplo de humanização e eco eficiência, através do uso das varandas nas áreas de internação, na ilumina-ção natural de todos os ambientes, no uso equi-librado e harmônico de materiais, cores, texturas e formas que ocorre em todo o hospital. “A iluminação auxilia neste processo de humanização, assim como nas questões de sustenta-bilidade, por isso temos a preocupação constante de gerar o aproveitamento do excelente clima brasileiro que precisa estar sempre presente na nossa arqui-tetura, reduzindo o con-sumo de energia pelo uso minimizado da iluminação artificial, mais destinada

ao uso noturno”, diz José Francisco Bias Fortes Neto, diretor de Infraestrutura da Planova Engenharia.Além desta, outras me-

didas de sustentabilidade também foram adotadas no projeto da unidade Pompeia, como o uso de água com soluções eco-nômicas nas áreas mo-lhadas, soluções de alta tecnologia, como os ba-nheiros prontos fabrica-dos industrialmente e os painéis pré-fabricados de concreto que compõem as fachadas. Além disso, foram aplicadas nas pare-des divisórias em “drywall”, forros de gesso acartona-do e forro removível nas circulações, onde corre

horizontalmente os siste-mas: elétrico, hidráulico, ar condicionado, gases e etc. Os pisos vinílicos em man-ta com paginações em co-res harmônicas, proteção solar nos ambientes de maior permanência pela existência das varandas e tecnologia construtiva lim-pa com o mínimo de resí-duos também fazem parte do projeto.“A sustentabilidade é tra-

balhada com base em uma construção atenta ao meio ambiente, ou seja, im-plantação de ações como: compra responsável, im-plantação de programa de gestão ambiental com o intuito de reduzir os impac-tos gerados pelas ativida-

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des, incluindo nesse item, a diminuição do impacto do uso de energia, água e re-cursos materiais (inclusive rejeitos) e a implantação da gestão de resíduos sólidos e da gestão da qualidade, diminuindo a perda de ma-teriais”, afirma Fortes Neto.A escolha dos revesti-

mentos também é proces-so importante dentro do projeto de uma instituição de saúde. No caso da uni-dade Pompeia do Hospital São Camilo foram utiliza-dos pisos em granito nas grandes circulações e halls principais; porcelanato téc-nico antiderrapante nas áreas molhadas de apoio, como: depósito de material de limpeza, expurgo, roupa

suja, etc. O granito levigado foi aplicado nos pisos dos banheiros de internação e varandas e o revestimento cerâmico nas áreas molha-das como: banhos, sanitá-rios, expurgos, etc. O grani-to flameado está presente nas circulações externas de pedestres. Além disso, nas circulações externas de veí-culos foi aplicado piso em membrana flexível imper-meabilizante . Já as paredes receberam pintura acrílica tipo hospitalar, exceto atrás das camas de internação, onde foi utilizado revesti-mento vinílico rígido com a finalidade de maior prote-ção a parede.de forma geral, a logísti-

ca da obra compreendeu a

demolição de parte do edi-fício existente, escavação e terraplenagem, construção da ampliação do bloco, execução das instalações das diversas disciplinas, interligação com o prédio existente, start up e comis-sionamento do sistema e entrega. “O processo apre-sentou algumas dificulda-des no underground, que somente foram possíveis de serem detectadas na fase de escavação e terraplanagem, acarretando em pequenas alterações nos projetos ar-quitetônicos e, consequen-temente, nas instalações, exigindo do time envolvido total integração na busca da solução final”.Na fase da construção

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civil, a tecnologia está presente na execução de painéis pré-fabricados na fachada e na utilização do sistema de produção de banheiros independentes, vindo prontos da fábrica e não interferindo no cantei-ro. “Já no que diz respeito a infraestrutura, houve um investimento na aquisição de equipamentos eletro-médicos e em um sistema de automação que possi-bilita assistir a operação”.Em função da construtora

ter certificação para quali-dade, meio ambiente, segu-rança e saúde ocupacional, para cada atividade reali-zada no processo de obras, são mensurados os riscos e os impactos gerados. “Tam-bém são seguidos os pro-

cedimentos para garantir a qualidade do empreendi-mento e com isso melhorar a satisfação de nosso clien-te”, garante o diretor de In-fraestrutura da Planova.No que diz respeito às ins-

talações elétricas, o projeto contempla o que há de mais moderno, desde painéis elétrico, IT-Médico, sistema de iluminação, automação, chamada de enfermagem, CFTV e detecção de in-cêndio. “O sistema elétrico utilizado nessa obra esta seguindo um Plano diretor de infraestrutura na qual possui premissas de asse-gurar a continuidade ope-racional do prédio com base em redundâncias operacionais e controle assistido de suas funções”

afirma Fortes Neto.Para garantir a segurança

dos pacientes foi seguida, a rigor, a NBR 5410 com a aplicação de soluções in-tegradas para supervisão, diagnóstico, e localização de falhas de isolamento em locais médicos gru-po 2. Além da automa-ção predial, prevendo a comunicação aos siste-mas de IT-médico e CFTV, voltados à segurança dos pacientes, também foi retrofitado o sistema de chamada de enfermagem, visando uma comunicação mais rápida e segura entre os usuários em seus leitos, e os postos de enferma-gem, detecção e combate à incêndio, visando a inte-gridade dos pacientes.

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Um empreendimento da proporção da unida-de Pompeia do Hospital São Camilo exige con-forto térmico de mesma envergadura. A utiliza-ção de ar-condicionado hospitalar deixou de ser uma opção para tornar-se item obrigatório de qualidade de vida, bem-estar e apoio à descon-taminação. Desde o ar condicionado terapêuti-co, dentro de salas cirúr-gicas, que apresentam situações para hiper ou hipotermia, controlando a umidade e os particula-dos em suspensão, até o dimensionamento do ar- condicionado hospitalar para manter a temperatu-ra agradável as áreas de fluxo de pessoas, fluxo de materiais, sanitários, etc.“As orientações norma-

tivas são rigorosamente seguidas para as diversas áreas do hospital, cada qual com recomendações e exigências específicas, observando tipo de fil-tragem e qualidade do ar para cada ambiente, ob-servando segmentação, cascata de pressão para

isolamento, UTI e Centros Cirúrgicos”, diz Wadi Tadeu Neaime, diretor da Clima-press Ar Condicionado.O sistema de ar condi-

cionado que está sendo montado no novo edifí-cio do Hospital São Ca-milo, segue os padrões dos blocos em funcio-namento, ou seja: é do-tado de sistema central de ar condicionado com expansão indireta por central de água gelada e condicionadores fan&coil diversificado e dedicado para cada nível de utili-zação hospitalar.Para garantir o sucesso

na montagem e o êxi-to do empreendimento, qualquer sistema cen-tral de ar condicionado precisa ser previamente projetado para atender o perfil de utilização que se deseja. “É preciso se-guir os passos do projeto e principalmente ser fiel no suprimento do ma-terial conforme previsto e projetado, garantindo assim a performance do sistema”, afirma Neaime.Além disso, todos os

passos da climatização

do ambiente visam a proteção e respeito ao meio ambiente, sem des-perdício de materiais. “Promovemos a monta-gem completa do siste-ma e posta em marcha segura no prazo reque-rido, aplicando logísti-ca descomplicada com profissionais estimulados para garantia de produti-vidade. Tudo com traba-lho seguro e socialmente correto”, conta o diretor da Climapress.A tecnologia também

é aliada neste processo de implantação do sis-tema de ar condiciona-do. “O desta unidade do Hospital São Camilo é a mais moderna e mun-dialmente utilizada, com materiais de boa origem, ambientalmente corre-tos, eficiência energética e todas as demais orien-tações da Norma Técnica NBR 7256 emanada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas para ambientes de saúde, complementadas ainda por normas internacio-nais da Ashrae, Ahri e Smacna”, finaliza Neaime.

Ambiente agradável

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fiCHA tÉCNiCA

Nome do empreendimento: Hospital São Camiloprevisão de entrega: outubro/2014- 72 quartos- 14 leitos de UTI- 6 salas cirúrgicas- 104 vagas no estacionamento

Arquitetos responsáveis:Zanettini Arquitetura Planejamento e Consultoria Ltda.Arqº. Sigbert Zanettini Engenheiros responsáveis: Execução:Execução Civil e interveniência: Planova Planejamento e Construções S.A. e Engº mauro Cunha Fatureto instalações Elétricas e Hidráulicas: Engemon Engenharia & Telecomunicações Ltda. e Engª. Josy Nascimento sistema de HVAC: Climapress Tecnologia em sistemas de Ar Condicionado, Engº Edgar Marzola Pedro e White Martins, entre outras projetos estruturais: Jorgeny Catarina Gonçalves Engenheiros Associados S/C Ltda e Arqª Jorgeny Catarina Gonçalves projetos Elétrico: Interativa Engenharia, Engº. Fabio Benvindo e Engº. Diego Amorim projetos Hidráulico e incêndio: Interativa Engenharia, Engº. Fabricio Benvindo, Engº. Bruna Opsfelder, Engº. Lucas Fernandes e Engº. Thayla Franchelle projetos Automação: microblau Controles e Automação Engº. Eduardo Sachi projetos de HVAC: Unitempo Engenharia projeto de Gases medicinais: White Martins Praxair Incs Construtora:Execução Civil e interveniência: Planova Planejamento e Construções S.A. e Engº mauro Cunha Fatureto interiores:Zanettini Arquitetura Planejamento e Consultoria Ltda. e Arqº. Sigbert Zanettini paisagismo: Benedito Abbud Colaboradores: Engº. Gleiner Ferreira Ambrósio, Engº. Julio Cesar Ferreira de Freitas e mariane de Assis Chagas Coordenação da obra: Engº. Julio Cesar Ferreira de Freitas Gerenciamento de licitação: Dir. Operacional Rogério Quintela Pirotto, Engº. Gleiner Ferreira Ambrósio e Engº. Julio Cesar Ferreira de Freitas

CONSTRUÇÃOCl

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Saúde em focoEstado do Pará terá dois novos hospitais e um ambulatório universitário

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A Universidade do Estado do Pará (UEPA) receberá um novo ambu-latório universitário com o ob-

jetivo de contribuir, ainda mais, com o ensino dos cursos de saúde da institui-ção e a assistência à população. “Que-remos oportunizar ao aluno universitá-rio a consolidação dos conhecimentos com a prática, promovendo a integra-ção entre a universidade e a rede de assistência especializada à população do município de Belém e hospitalar na região paraense”, afirma o Vice Diretor do CCBS Emanuel de Jesus Soares de Sousa.O projeto prevê a implantação de um

complexo de ambulatórios de clínicas especializadas e deverá ocupar 1.247m² de área construída, em um espaço to-tal de 4.988m², distribuídos em quatro pavimentos, a contar do subsolo ao se-gundo andar, com 114 compartimen-tos para comportar 64 ambulatórios, auditório, sala multiuso, duas biblio-tecas, dois espaços de acolhimento da residência médica, três salas para tu-toria, especialização, equipamentos e Raio-X. Além de farmácia, almoxarifado Hospital materno infantil Vista 01

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CONSTRUÇÃOIn

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e distribuição de medi-camentos, três salas de emergência, atendimen-to e quatro salas de es-pera. Haverá também os espaços destinados para atendimento ao público e administração, como recepção, espera, coor-denação geral e três se-cretarias, sendo uma por pavimento. “No que diz respeito

a área de infraestrutu-ra operacional o projeto prevê uma central telefô-nica, sala de informática, três copas (uma por an-dar), seis vestiários com banheiros para funcio-nários (dois por andar), central de máquinas para dois elevadores, esca-das e nove banheiros ao público, três para porta-dores de necessidades especiais, um para cada pavimento”, conta o ar-quiteto da dPJ Arquitetos José Freire.Mas os investimentos

do Estado em saúde não terminam no novo am-bulatório da UEPA. Dois hospitais serão construí-dos na cidade de Alta-mira, onde está sendo erguida a Hidroelétrica de Belo monte. O Hospi-tal Geral de Altamira será para atendimento da po-pulação como um todo, com 100 leitos, entre os quais dez serão para UTI

perspectiva - Clínica uEpA

perspectiva - Hospital Geral de Altamira

freire, paulo e Derenji

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e dez para observação. Já o Hospital Materno In-fantil de Altamira contará com 70 leitos, sendo que 30 estão distribuídos en-tre UTI materno, UTI in-fantil e UTI neonatal. “Essas obras são frutos

da parceria entre a Nor-te Energia, o Estado do Pará e o município de Al-tamira, bem como fazem parte dos compromissos de compensação social, assumidos pela empresa para a construção e fun-

cionamento da Usina Hi-drelétrica de Belo Mon-te”, conta José Lázaro de Brito Ladislau, Gerente de Saúde da Norte Ener-gia.Os projetos levaram em

conta a humanização dos espaços internos atra-vés de amplos espaços de estar e espera para funcionários, pacientes e acompanhantes, sempre com materiais adequa-dos ao conforto visual, sonoro e luminoso, além

de adequadamente colo-ridos. A sustentabilidade tam-

bém foi considerada, especialmente no som-breamento das fachadas, reduzindo a radiação so-lar nos ambientes inter-nos e potencializando o condicionamento de ar. “Utilizamos também telhas termo acústicas, protegendo o prédio da intensa radiação que ocorre na região”, finali-za Freire.

perspectiva - Clínica uEpA

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Conhecimento e novas descobertasGrupo São Cristóvão Saúde investe em instituto de ensino e pesquisa

Centenário, o Grupo São Cristóvão Saú-de, que nasceu em

1911, como Sociedade In-ternacional Beneficente dos Chauffeurs do Estado de São Paulo, investe cons-tantemente em seu cresci-

mento. Com três Unidades: Hospital e Maternidade São Cristóvão, em São Paulo, Plano de Saúde São Cristóvão e Hotel Recanto São Cristóvão, em Campos do Jordão, a instituição in-veste agora no IEP (Insti-

tuto de Ensino e Pesquisa) “Maria Patrocinia Pereira Ventura”- “Dona Cica”.O edifício, com área total

de dois mil m², abrigará o novo centro acadêmico, que dentre as suas inú-meras atividades fomen-

tará as pesquisas na área da saúde e o ensino para qualificação e aprimora-mento profissional. Dentre os principais cursos estão o de Atualização de Enfer-magem, em parceria com a Faculdade Albert Einstein,

Centro Ambulatorial Unidade II

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Fachada 3D IEP

IEP - Recepção

MBA in Company em Gestão de Saú-de, em parceria com a Fundação Ge-túlio Vargas, além de palestras, ofi-cinas, e workshops que envolvem a instituição como um todo. “Teremos também a nova área da Educação Continuada com duas salas de aula com capacidade para 50 pessoas, uma sala de Simulação Realística, onde os alunos poderão interagir mais diretamente com o que está sendo ministrado”, conta Cibeli Bag-nato Boihagian, arquiteta da Verzino Arquitetura.O local contará com um auditório

comportando 140 lugares e quatro salas multifuncionais, com capaci-dade para 130 pessoas totalmente climatizados e equipados com os mais modernos equipamentos de automação e multimídia. O novo Centro Administrativo São Cristó-vão também se mudará para um dos pavimentos do novo prédio, assim como um setor referente ao Centro de Reabilitação e Prevenção à Saúde, com atividades educativas e de pre-venção aos beneficiários, com salas mutifucionais e Dança Sênior.O destaque do projeto está na mo-

dernização, através da integração dos setores, da otimização inteligen-te dos espaços agregados a um edi-fício com arquitetura moderna e de-sign arrojado. De acordo com Cibeli Bagnato Boihagian, uma experiência prévia, feita no Centro Ambulatorial Américo Ventura II, inaugurado em maio de 2013, mostrou sucesso nes-te tipo de implantação, por exem-plo, um cartão magnético através do qual é liberada energia para utiliza-

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IEP - Recepção e Biblioteca

ção dos equipamentos de som, ví-deo, energia, computadores e ar-condicionado. “Funcionou muito bem e estamos implantando neste projeto. Iremos utilizar iluminação de LEd para todas as áreas e mate-riais de acabamento cada vez mais modernos”, conta. A humanização, sempre presen-

te nos projetos da Verzino Arqui-tetura, também se fez presente. Através da participação do CEO da instituição, Engº Valdir Pereira Ventura, e dos envolvidos no se-tor foram projetadas áreas onde o fluxo é fundamental para dar di-nâmica e eficiência aos trabalhos, ambientes aconchegantes, design moderno, mobiliários bem dimen-sionados e práticos para quem vai utilizar, cada qual com sua pecu-liaridade. “O mais importante para nós é que o projeto sirva para atender diretamente as necessida-des do cliente”.dentro deste conceito, a ilumina-

ção natural foi outro ponto impor-tante trabalhado, principalmente em se tratando de salas de aula. O edifício será em estrutura metálica com fechamento em vidro refleti-vo azul e prata, facilitando, assim, a incidência solar. Além disso, o LED foi utilizado permitindo, além da economia de energia, baixa manu-tenção e gerando pouco calor, o

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IEP - Recepção

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que melhora, consequen-temente, a eficiência da climatização do ambiente.Com relação ao mobiliá-

rio, a proposta é trabalhar com ambientes e móveis coloridos e descontraí-dos, onde serão utilizados material como divisórias acústicas retráteis para dar mais mobilidade aos am-bientes, 3form, com textu-ras diferenciadas para divi-dir algumas áreas, além de mDF’s com acabamento de madeira e detalhes em vidros coloridos. “Teremos também várias paredes em destaques com madeira para dar um aconchego ao

ambientes e painéis foto-gráficos com personagens e eventos dos setores para conferir uma identidade ao local. Os desenhos dos mobiliários estão sendo projetados por nós, sem-pre com a aprovação e sugestões do CEO da Ins-tituição, Engº Valdir Ventu-ra, e dos colaboradores de setor envolvido”, revela a arquiteta. Já os revestimentos foram

especificados conforme as normas técnicas de cada ambiente. Para o auditório e áreas de estudo e dança foi utilizado o piso de PVC e também o vinilico, com

maior conforto térmico e acústico. Nas áreas de cir-culação serão aplicados mármores, quartzo na-tural e porcelanatos com paginações bem coloridas e diferenciadas para cada ambiente.O hospital tem vários

programas de economia, tanto de energia quanto de água, além do trabalho de reciclagem. Com isso, a empresa de arquitetura procurou desenvolver um projeto de fácil execução, com salas multifuncionais que se interagem, dividi-das com divisórias retrá-teis, sistema de automa-

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ção total do prédio, desde o sistema de câmeras, o uso dos equipamentos de multimídia até a economia da energia, através do uso consciente e da liberação para cada ambiente, conforme a sua necessidade. “Já temos esta experiência feita no Centro Am-

bulatorial Américo Ventura II, inaugurado em maio de 2013, onde através de um cartão magné-tico é liberada energia para utilização dos equi-pamentos de som, vídeo, energia, computadores e ar-condicionado.

outros projetos

A Verzino Arquitetura já desenvolveu diversos pro-jetos para o Grupo São Cristovão, em sua maioria, criando novas áreas a partir da otimização de espaços existentes. Por exemplo, o CTI com 15 leitos, a UAPS (Unidade de Apoio ao Pronto-Socorro) com 12 leitos, a reforma do Pronto-Socorro Infantil e do Pronto-So-corro Adulto. Também a nova unidade do Centro de Reabilitação e Prevenção à Saúde, as novas instalações da unidade comercial e a reforma da maternidade. As obras da nova sede do Centro Ambulatorial Amé-

rico Ventura II, a reforma e ampliação do Centro Am-bulatorial Américo Ventura I e de modernização e am-pliação de várias áreas administrativas, assim como a construção de um estacionamento anexo ao hospital também foram projetadas pela Verzino. O projeto e a execução de um Lactário, a reestruturação do SNd e a reforma geral de alguns andares, assim como a criação de uma UTI Pediátrica, também fazem parte do currí-culo de parcerias entre a empresa de arquitetura e o grupo de saúde.

“Teremos também a nova área da Educação continuada com duas salas de aula com capacidade para 50 pessoas, uma sala de Simulação Realística, onde os alunos poderão interagir mais diretamente com o que está sendo ministrado”

Cibeli Bagnato Boihagian, Arquiteta da Verzino Arquitetura

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Além de investir no Insti-tuto dona Cica, o Hospital São Cristovão, realizou também, recentemente, obras de aprimoramento em seu Centro Ambula-torial, o Américo Ventura II. Preocupada com cada detalhe para favorecer o bem-estar dos pacientes, a instituição buscou o que há de mais apropriado no mercado para suas insta-lações. Um bom exemplo está na instalação de divi-sórias Acústicas em Vidro Total, que permitem rece-ber comunicação visual, e o Vidro/madeirado, com portas maciças de correr e portas de dobradiças. O projeto do centro am-

bulatorial especificou divi-sórias industriais, com aca-bamentos como Piso ao Teto Linha Área Reta, Meia

O crescimento não paraCega, meia Vidro duplo la-minado de seis mm, com película branca interna nos dois lados do vidro, sendo acabamento BP Madeira-do e perfil anodizado ace-tinado. Também, portas de correr em BP Madeirado, com frisos em alumínio, batente e perfil em alumí-nio anodizado acetinado e divisória Piso ao Teto Linha Área Reta, Vidro Duplo Total com película bran-ca, sistema de junta seca e perfil anodizado acetina-do. Portas de dobradiças em BP madeirado, perfil e batente alumínio anodi-zado acetinado também faziam parte das especifi-cações.“Em se tratando de pro-

jetos especiais como este, da arquiteta Cibeli Bagna-to, da Verzino Arquitetura,

foram solicitadas divisórias industriais com enfoque no tema “Aquário”, nas quais a criatividade da ar-quiteta tornou o ambiente propício ao público alvo, as crianças. Quem entra no local, não se sente em um hospital”, diz Viviane Ses-tari, Gerente Comercial da marcetex.De acordo com Viviane,

a maior preocupação na instalação de divisórias em uma instituição de saúde está ligada ao atendimento das exigências da Vigilân-cia Sanitária, que incluem ambiente limpo, arejado, sem frestas e ranhuras. “As divisórias industriais, para o ambiente hospitalar, são produtos de fácil rema-nejamento, com 100% de aproveitamento de mate-riais, e que não precisa de

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CONSTRUÇÃOEs

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inar constantes manutenções, além de serem produtos de fácil limpeza.

Considerando também, que proporcionam ao ambiente entrada de luz natural, amplitude ao espaço, beleza e sofisticação”, diz.No mercado de divisórias hospitalares, um item interessante e que

vem sendo utilizado, são as divisórias inteligentes, com algumas van-tagens: vidros com maior resistência, termo acústicos e com privaci-dade instantânea através de LCD. Com um toque, passa-se de vidro transparente para vidro opaco, tendo assim total privacidade e sofis-ticação. De acordo com a Gerente Comercial, esse tipo de divisória tem sido bastante utilizado em berçários, salas de parto e UTIs.Mas alguns critérios precisam ser levados em consideração na hora

de definir as divisórias para o projeto de uma instituição de saúde, como a procedência do material fornecido (se o material é certifi-cado, atendendo ao normas da ABNT); os processos de produção (manual ou mecanizado), visando a qualidade do material; garantias do produto e instalação; mão de obra especializada na prestação dos serviços e certificação e laudos que comprovem a acústica, se-gurança e sustentabilidade. Assim como itens de segurança (vidros laminados, pois caso haja um grande impacto no mesmo, quebram mas não soltam da estrutura) e atendimento técnico e instrutivo para aquisição dos produtos, no que se trata da funcionalidade, er-gonomia e melhor aproveitamento dos painéis, já que as divisórias podem ser remanejadas e reaproveitadas em outros ambientes.

De olho no mercado

A Marcetex atua no mercado corporativo desde 1983, com a fabricação de divisórias industriais e marcenaria especial, certificadas pelos laudos de Acústica, Segurança e Sustenta-bilidade. A empresa acompanha as tendências de mercado e está em constante investimento para melhorias no aten-dimento aos arquitetos e aos clientes, oferecendo o que há de melhor na prestação de serviços. Prioriza todos os pro-cessos, desde fabricação, frete e instalação, próprios para garantir a agilidade e qualidade dos materiais fornecidos. Juntamente com a fabricação de divisórias, a Marcetex in-corpora à marcenaria, sendo um grande diferencial e uma excelente opção para projetos especiais.

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Projeto completoHospital Unimed Rio Verde foca em flexibilidade, humanização e sustentabilidade

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A cidade de Rio Verde (GO) ganhará um Hospital Uni-med. A obra, com previsão de entrega para dezembro de 2014, tem um projeto planejado em três fases e po-

derá ter 96 leitos. Hospital da Unimed Rio Verde, inicialmen-te, contará com Day-Hospital, Centro Cirúrgico e Internação. O projeto em questão foi desenvolvido pela L+M Gets, em 2009, e revisado em 2014. “Este hospital recebeu um primei-ro projeto desenvolvido em um terreno que, em função de uma série de questões ambientais e tombamento, ficou teve a construção do mesmo inviabilizada no local”, conta Andreia Rossi, Gerente de Contrato da empresa.Com isso, foi feita uma alteração do terreno e, desta forma,

um novo projeto baseado nas premissas discutidas ante-riormente. O destaque de todo o projeto desenvolvido pela L+M, está no atendimento às necessidades do cliente alinha-das com a pesquisa do mercado, definindo a anatomia do edifício. “As atividades e processos são a parte viva das es-tratégias e táticas do empreendimento”, completa Andreia.

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desde o início do pro-jeto (Plano diretor), os vetores de crescimento e as etapas de implantação do empreendimento fo-ram definidas, bem como as estimativas de inves-timentos em obras, in-corporação de mobiliário e tecnologias para cada fase. “Portanto, é funda-mental se projetar pen-sando nesta expansibili-dade e flexibilidade. Neste caso, o projeto é de um prédio totalmente novo, não tendo as implicações de adequações com áreas existentes”, diz a Gerente de Contrato.Por se tratar de um edifí-

cio vinculado à saúde, a hu-manização foi trabalhada

no detalhamento do edi-fício, tomando partido da mesma, a fim de criar es-paços agradáveis. A ilumi-nação contribuiu para isso, sendo pensada de forma a ter o melhor desempenho para cada ambiente a que se destina, seja técnico, as-sistencial ou de conforto. “É um ítem importante na composição estética dos ambientes, por mais técni-co que ele possa ser, sem-pre é possível tomar parti-do da mesma, afim de criar ambientes mais agradá-veis. Optamos por, sempre que possível, tomar parti-do da iluminação natural”, diz Andreia.Já a escolha dos reves-

timentos ficou vinculada

diretamente ao seu de-sempenho e funciona-lidade em cada um dos ambientes. “O bom senso foi usado na escolha dos materiais de acabamen-to, alinhando desempe-nho, estética e custo”.A sustentabilidade e a

tecnologia também não ficaram de fora do proje-to. A primeira buscou oti-mizar ao máximo as insta-lações, utilizando sempre medidas como o aqueci-mento solar e a reutiliza-ção de água. Já a função da segunda, foi alinhar o desempenho dos am-bientes compostos por espaços, redes e sistemas de infraestrutura, mobi-liário e equipamentos.

“Este hospital teve um primeiro projeto desenvolvido em um terreno que, em função de uma série de questões ambientais e tombamento, ficou inviabilizada a construção do mesmo no local”,

Andreia Rossi, Gerente de Contrato da empresa

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Nova InstituiçãoCeará ganhará Centro de Alta Complexidade em Oncologia

Um Centro de Alta complexidade em Oncologia (CACON)

com 23.724,00 m² de área construída, será implanta-do na cidade de Fortaleza (CE). Trata-se de um pro-

jeto ligado à Unidade do Hospital Universitário Wal-ter Cantídio da Universida-de Federal do Ceará e será construído no Campus de Porangabussu.A instituição representa-

rá a abertura do primeiro Centro de Alta Complexi-dade em Oncologia no se-tor público do Estado do Ceará, que funcionará no regime de Hospital dia, exceto para a Unidade de

perspectiva CACoN

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Eduardo Teixeira, Arquiteto da Arquitec

“As exigências físicas relativas às atividades de Radioterapia e medicina Nuclear definiram sua localização no subsolo, garantindo a proteção ambiental necessária e minimizando o impacto volumétrico urbano. Foram criados fossos externos ajardinados que captam iluminação natural e humanizam as áreas de espera deste pavimento”

Eduardo Teixeira, Arquiteto da Arquitec eAida Montenegro, Arquiteta da Montenegro

Pronto Atendimento (Ur-gência e Emergência) que funcionará de forma refe-renciada, incluindo tam-bém as atividades de io-doterapia que exigem um período de internação. A área disponibilizada,

em formato retangular, contribuiu para a defini-ção da nova ocupação. O volume e o aspecto for-mal do edifício foram es-colhidos para atender às necessidades do progra-ma. “O projeto está sendo

desenvolvido por um con-sórcio entre a Montenegro Arquitetura e a Arquitec Arquitetos Associados, e deu-se atendendo, na ín-tegra, a RdC 50, de 21 de fevereiro de 2002”, dizem os arquitetos Eduardo Tei-

Aline Ferro, Arquiteta da Arquitec

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xeira, da Arquitec, e Aida Montenegro, da Monte-negro.O espaço foi dividido em

dois blocos articulados por um elemento cen-tral, que internamente, se configura em um grande Atrium, até o quarto pa-vimento. “É externamente, este elemento que marca a entrada principal, capta ventilação e iluminação natural e determina a lo-calização das principais

circulações verticais”, ex-plica Aida.Sua fachada é composta

por brises horizontais que protegem o interior da in-solação e das chuvas com vento, comuns na cidade de Fortaleza (CE). Uma grande marquise metáli-ca, de cor vermelha, une e marca os dois acessos principais do Pronto Aten-dimento e do acesso geral. A edificação é composta de um subsolo e oito pa-

TÉRREO

vimentos acima do térreo.No lado sul do prédio, foi

criado um outro acesso para uma área destinada somente aos pedestres e usuários do campus em uma manifestação física da ideia de escola como uma comunidade. Esta área dá acesso a outras unidades da universidade, entre elas, à cantina e ao Diretório Acadêmico.A forma levemente cur-

vada dos blocos laterais na

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SUBSOLO

sua fachada principal sua-viza o impacto da edifica-ção com o ambiente urba-no, já que não foi possível, devido a exiguidade do terreno, garantir o afasta-mento desejado. Todas as fachadas foram

projetadas prevendo uma cuidadosa proteção contra a insolação. Internamente, as circulações periféricas se configuram como es-paços intermediários entre

as áreas externas e inter-nas. Elas funcionam como elementos de diminuição do calor nos ambientes de maior permanência. Escadas rolantes conec-

tam o térreo aos quatro primeiros pavimentos, onde estão situados os setores de tratamentos quimioterápicos e os con-sultórios das várias clini-cas médicas. “Elas dão maior flexibilidade de

acesso e permitem uma melhor interação espacial, otimizando o uso dos ele-vadores”, garantem os ar-quitetos.A escada, em estrutu-

ra metálica, é outro pon-to focal do projeto. Essa parte se localiza também no Atrium, no lado oposto a entrada principal e atin-ge todos os pavimentos. O coroamento da edifi-

cação se dá com um teto

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5O Pavimento - Centro Cirúrgico

plano em estrutura metá-lica que se lança em ba-lanço além dos limites da edificação. Revestido, na sua parte inferior, em ma-deira sintética confere à edificação um caráter aco-lhedor e contemporâneo.O zoneamento das ativi-

dades evitou, ao máximo, o cruzamento dos pacien-tes com a equipe técnica da instituição. “Em função disso, temos os conjuntos de consultórios, salas de exames, e salas de edu-cação continuada e seus respectivos ambientes de

apoio com acessos inter-nos independentes das áreas de circulação e es-pera dos pacientes”.Segundo Teixeira e Aida,

o conceito da acessibilida-de universal acompanhou o projeto desde sua con-cepção. Todos os acessos, circulações, comunicação visual e ambientes espe-cíficos foram projetados para as pessoas com de-ficiência locomotora e vi-sual. “As exigências físicas relativas às atividades de Radioterapia e Medici-na Nuclear definiram sua

localização no subsolo, garantindo a proteção ambiental necessária e minimizando o impacto volumétrico urbano. Fo-ram criados fossos exter-nos ajardinados que cap-tam iluminação natural e humanizam as áreas de espera deste pavimento”, contam os arquitetos.A linguagem dos quatro

primeiros pavimentos é a mesma, com suas áreas de espera adjacentes às áreas de atendimento ambula-torial. As esperas foram projetadas com grandes

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7O Pavimento - Centro de Estudos

aberturas, usufruindo de ventilação e iluminação naturais. “O aproveitamen-to dos recursos naturais, além de contribuir para a qualidade ambiental, mini-miza os custos de energia, conferindo à edificação um caráter de comprome-timento sustentável”.Os consultórios estão

dispostos em forma de ilha, em torno de uma área central que abriga uma sala de discussão de casos e permite a circulação da equipe entre os consultó-rios com seus respectivos

ambientes de apoio.“Todos os ambientes fo-

ram concebidos e dimen-sionados levando em con-ta um estabelecimento de saúde/ensino. Assim, além dos fluxos e dimensões atendendo essa dualida-de, temos salas de educa-ção continuada em todos os pavimentos e um Cen-tro de Estudos no sétimo pavimento”, argumentam os arquitetos.O Centro de Estudos é

composto de Salas de Aula, Biblioteca Virtual, Sala de Vídeo Conferên-

cia, Auditório para 200 lu-gares e um foyer que será utilizado também como área de convivência da equipe técnica, estudan-tes e convidados. “É uma área aberta com jardim e vista para a cidade,que possibilita minimizar o es-tresse dos profissionais da área da saúde”.A facilidade de manu-

tenção e o cuidado com o paciente determinou a utilização de placas de porcelanato antiderra-pante revestindo o piso da maioria dos ambientes

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Marisa e Aida Montenegro, Montenegro Arquitetura

internos. Nas áreas exter-nas, assim como no piso da escada interna, foi uti-lizado o granito também com acabamento antider-rapante. O Centro Cirúrgico é re-

vestido, no piso, de man-ta vinílica e de tinta epóxi nas paredes, garantindo maior facilidade na limpe-za e descontaminação dos ambientes. Salas de Aula, Biblioteca e Auditório re-ceberam revestimentos acústicos, tanto no piso como nas paredes.O projeto também levou

em consideração aspectos de sustentabilidade, uti-lizando recursos naturais de iluminação e ventila-ção, revestimentos de ma-terial reciclado de garrafas pet, iluminação econômi-

ca e divisórias internas em drywall, que geram um menor resíduo durante a construção e promovem flexibilidade de layout. Um pátio de carga e des-

carga evita a utilização da rua para o abastecimento, e para a coleta dos resí-duos sólidos. A Central de Resíduos Sólidos propor-ciona ambientes necessá-rios à separação das várias categorias dos resíduos e a seleção dos recicláveis.O projeto de Instala-

ções evita o desperdício de água potável na edifi-cação, criando um siste-ma duplo de alimentação d’água. Este sistema pre-vê o uso racional de água potável com redução do volume de esgoto pro-duzido. A captação das

águas das chuvas, o poço profundo e a reciclagem das águas utilizadas em lavatórios e chuveiros irá suprir o sistema que ali-mentará as descargas dos aparelhos sanitários, dos expurgos, mictórios, irri-gação dos jardins e lava-gem dos carros.“Todos os despejos qui-

micamente contaminados serão devidamente neutra-lizados antes de irem para a rede pública de esgoto. Os projetos de arquitetura e instalações foram desen-volvidos focando medidas mais sustentáveis no senti-do de buscar a certificação LEEd (Leadership in Energy and Environment design), direcionado aos Edifícios Verdes”, ressaltam Teixeira e Aida.

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Marisa e Aida Montenegro, Montenegro Arquitetura

fiCHA tÉCNiCA

Nome do empreendimento: Centro de Alta Complexidade em Oncologia ArQuitEC Arquitetos AssociadosArquitetos:Eduardo de Barros TeixeiraAline Ferro Beserra

moNtENEGro Arquitetura + urbanismoArquitetos:Aida Matos MontenegroMarisa Matos Montenegro

Empresa sub contratada: Oficina14 Arquitetura

Coordenação: Arquiteta Aida Matos Montenegro

Comunicação Visual:mAD - montenegro Arte Digital: Mateus Matos MontenegroAcústica: André GrieserEstrutura metálica: RCM Estruturas Metálicas S/S - Engº Raimundo Calisto de Melo NetoCálculo Estrutural: mD Engenheiros Associados - Engº Alexandre de Vasconcelos Teixeira, Engº marcelo C. A. Silveira e Engª Denise Jucá T. Silveira

fundações: Tecnord Tecnologia Nordeste de Solos e Fundações Ltda. - Engº Alan Kélcio Figueirêdo Scipião

instalações prediais: BT Soluções e Serviços em Instalações Ltda. - Francisco Webston Torquato de Lima, Francisco Benício de Oliveira Filho, Felipe Nunes de Farias, Francisco Itaimbé matias de Oliveira, Raimundo Nonato Cavalcante Viana, Valdenio da Silva Vieira e Álvaro Luiz Furtado magalhães

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PLANO dIRETORIn

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No mercado de ar-quitetura hospita-lar desde 2011, o

escritório Studio d, situ-ado na cidade de Salva-dor, no Estado da Bahia, tem à frente o arquiteto darlan Blohem, forma-do em 2004, pela UNIT (Universidade Tiraden-tes) e especializado em Arquitetura e Sistemas de Saúde pela Univer-sidade Federal da Bahia desde 2010. “Os projetos de saúde tem sua con-cepção obedecendo as normas do Ministério da Saúde e ANVISA (Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária), além de aten-der a humanização be-neficiando seus usuários, por isso apresentam um perfil diferenciado das demais edificações”, diz Blohem. Seu escritório desen-

volve projetos arquite-tônicos exclusivamente para estabelecimentos assistenciais de saúde, como hospitais, clínicas, farmácias, laboratórios, indústrias farmacêuticas

Escritório na Bahia dedica-se especialmente ao desenvolvimento de projetos na área da saúde

Foco em Saúde

e de alimentos. Entre os serviços prestados estão a execução dos projetos, orientação técnica com vistas para concepções e adequações segundo as normas do Ministério da Saúde, ANVISA e minis-tério do Trabalho.dentro dessas normas e

sempre em busca de atu-alização e novas técnicas, tem sido incorporado aos projetos do Studio d no-vos materiais de acaba-mento, que facilitam as especificações técnicas de ambientes que devem sempre garantir o fácil manejo da higienização. “O controle da infecção hospitalar tem encontra-do como grande aliado o emprego correto dos ma-teriais de acabamento”.Entre as tintas, por

exemplo, aquelas sem cheiro garantem a ocu-pação rápida dos espaços reformados nas unidades. Já os metais com aciona-mento via sensor, cada vez mais sensíveis, evi-tam o contato das mãos dos profissionais com o

objeto. Outro destaque fica para os novos reves-timentos, que requerem cada vez menos juntas e apresentam maior resis-tência. “Atualmente, exis-te uma gama enorme de materiais específicos ao emprego em edifícios de saúde. Quando utiliza-dos de maneira correta, contribuem muito para o bom funcionamento a que se propõem”, afirma Blohem.Especializado no setor,

o arquiteto acredita que os projetos brasileiros têm conseguido implan-tar as mais modernas técnicas e materiais, não perdendo em nada para aqueles desenvolvidos no exterior. “Os projetos nacionais estão voltados a nossa realidade e não seria correto graduar em uma escala comparativa aos trabalhos internacio-nais. São projetos muito bons no que se propõem a atender e não deixam a desejar em nada, pois o País possui bons profis-sionais no ramo”, garante.

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portifólioHospital Municipal de Governador Mangabeira (reforma e ampliação)Centro - Governador Mangabeira - BahiaHospital Municipal de Santo Estevão (reforma e ampliação)Centro - Santo Estevão - BahiaHospital municipal de Simões Filho (reforma e ampliação)Centro - Simões Filho - BahiaHospital Municipal de Medeiros Neto (reforma e ampliação)Centro - Medeiros Neto - BahiaHospital Municipal de Laje (reforma e ampliação)Centro - Laje - BahiaHospital Municipal de Brotas de Macaúbas (reforma e ampliação)Centro - Brotas de Macaúbas - BahiaHospital Municipal de Tapiramutá (construção)Centro - Tapiramutá - BahiaHospital Municipal de Mortugaba (reforma e ampliação do centro de imagem)Centro - Mortugaba - BahiaHospital Municipal de Bonito (reforma e ampliação)Centro - Bonito - BahiaHospital Municipal de Coribe (reforma e ampliação)Centro - Coribe - BahiaHospital municipal de São Félix do Coribe (reforma e ampliação)Centro - São Félix do Coribe - BahiaHospital Municipal de Wanderley (reforma e ampliação)Centro - Wanderley - BahiaHospital Municipal de Santo Amaro (reforma e ampliação)Centro - Santo Amaro - BahiaHospital Municipal de Itapicuru (reforma e ampliação)Centro - Itapicuru - BahiaHospital Municipal de Belmonte (reforma e ampliação)Centro - Belmonte - Bahia

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PLANO dIRETORIn

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Hospital da Bahia (reforma do centro de oncologia, UTI adulto e cme)Pituba - Salvador - Bahia

Unidade de Pronto Atendimento de Simões Filho (construção)Cia - Simões Filho - Bahia

Centro de Diagnósticos de Simões Filho (construção)Cia - Simões Filho - Bahia

Centro Médico de Capim Grosso (construção)Centro - Capim Grosso - Bahia

Clínica Gastrocentro (construção)Vilas do Atlântico - Lauro de Freitas - Bahia

Clínica da dor (reforma e ampliação)Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia

Clínica de Cirurgia Plástica Júlio Monteiro (reforma e ampliação)Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia

Clínica de Cirurgia Plástica Luís Lopes (reforma)Centro Médico Iguatemi - Pituba - Salvador - Bahia

Clínica de Cirurgia Plástica Life Center (reforma)Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia

Clínica de Cirurgia Plástica Nova Face (reforma)Ondina - Salvador - Bahia

Clínica de Cirurgia do Rio Vermelho (construção)Rio Vermelho - Salvador - Bahia

Clínica Gasten (construção)Centro - Feira de Santana - Bahia

Clínica Odontologica Reface (reforma)Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia

Clínica Oncologica de Alagoinhas (construção)Alagoinhas - Bahia

Central de Material Esterilizado - Sete (reforma e ampliação)Águas Claras - Salvador - Bahia

Lavanderia Hospitalar Limpidez (construção)Centro - Santo Antônio de Jesus - Bahia

Lavanderia Hospitalar Santa Bárbara (construção)Bonfim - Salvador - Bahia

Hospital dia Proalivio (reforma)Valença - Bahia

Hospital dia de Jequié (reforma)Jequié - Bahia

Hospital dia Salvanest (reforma)Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia

Hemocentro São Lucas (reforma)Hospital Português - Barra - Salvador - Bahia

Unifisio - Clinica de Fisioterapia (reforma)Hospital da Bahia - Pituba - Salvador - Bahia

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Hospital no rio Grande do sul investe em ampliação e reformas

Reflexo do crescimento

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O Hospital Mãe de deus, localizado em Porto Alegre (RS), está passando por obras de ampliação e modernização.

No projeto, estão considerados os acessos, fluxos internos, distância e dificuldades de comunicação dos serviços assistenciais e áreas de apoio, bem como as condições de segurança e conforto dos pacientes.“Acredito que a principal característica do

projeto de expansão do Hospital Mãe de deus reside no fato de, simultaneamente, viabilizar uma ampliação significativa de uni-dades assistenciais importantes como Ur-gência/Emergência, Centro Cirúrgico e UTI, assim como readequar o encaminhamento dos distintos fluxos, tais como: pacientes, vi-sitantes, acompanhantes, pessoal, material, etc”, comenta o arquiteto responsável pelo projeto, Paulo Cassiano.O projeto considera, em especial, os servi-

ços ambulatoriais e as facilidades de acesso e independência dos serviços de pacientes não internados. “Ao mesmo tempo, as am-pliações possibilitarão a flexibilidade dos apartamentos privativos e semi privativos, que poderão ser facilmente transformados ou mesmo adequados a pacientes de maior risco e complexidade de acordo com a de-manda”, comenta Claudio Seferin, diretor Geral do Hospital mãe de Deus.Todos os ambientes são customizados nos

quesitos de iluminação, conforto térmico (isolamento e ar condicionado) e sistemas de comandos hospitalares específicos. As equipes multidisciplinares de projetistas de-senvolveram um projeto atendendo às de-mandas funcionais e legais que um projeto

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hospitalar exige. Baseado nas exigências

das certificações ambien-tais, a sustentabilidade está sendo fortemente trabalhada. O projeto de expansão foi concebi-do, procurando respeitar ao máximo os conceitos de sustentabilidade, seja através da utilização de elementos de fachada em função da insolação, seja através da definição dos projetos complementares (Climatização, Estrutural, Elétrico, Hidrossanitário). Na maioria das situ-

ações, as paredes são executadas utilizando o sistema de “drywall”, os forros são confecciona-dos com gesso acartona-do e nos pisos aplica-se material vinílico em man-ta. As paredes e os forros, posteriormente, recebem pintura acrílica ou epóxi nas unidades assistenciais consideradas críticas sob o ponto de vista do con-trole de infecção. Não se recomenda a utilização de tinta a base de PVA na área hospitalar. A humanização, assim

“Acredito que a principal característica do projeto de expansão do Hospital Mãe de deus reside no fato de, simultaneamente, viabilizar uma ampliação significativa de unidades assistenciais importantes como Urgência/Emergência, Centro Cirúrgico e UTI, assim como readequar o encaminhamento dos distintos fluxos, tais como: pacientes, visitantes, acompanhantes, pessoal, material, etc”

Paulo Cassiano, Arquiteto

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como a tecnologia, foi tra-balhada no projeto, mos-trando-se de maneira interligada. “Os avanços tecnológicos proporcio-nam melhor qualidade no atendimento ao paciente. Sobretudo no aspecto que julgo da maior importân-cia, que se refere ao res-peito e consideração per-manentes a privacidade e autonomia do paciente”.de acordo com Cassia-

no, alguns exemplos que ilustram os conceitos de humanização utilizados no hospital são a implan-tação de elevadores com dimensões que permitam a entrada do leito hospi-talar, evitando as indese-jáveis transferências de pacientes. As camas ele-trônicas, particularmente nas unidades de interna-ção, para permitir que o próprio paciente possa ajustá-la à posição que se sinta mais confortável, também são recomendá-veis. Assim como a ins-talação de equipamentos de diagnóstico por ima-gem como Raio X, Tomo-grafia, Ressonância mag-nética entre outros que forneçam imagens digi-tais, associados a equi-pamentos que processem os exames de laboratório de forma rápida e precisa. “Concebemos o projeto

arquitetônico de forma

a proporcionar aos pa-cientes e funcionários um ambiente agradável, tran-quilo, harmônico, através da utilização de cores e revestimentos em tons claros e da máxima trans-parência possível com o ambiente externo para possibilitar a incidência de iluminação natural”, diz o arquiteto.

revestimentosCom relação à defini-

ção dos revestimentos, os projetos na área da saúde necessitam de aprovação nas vigilâncias sanitárias locais, que por determi-nação da ANVISA (Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária), exigem que as superfícies sejam forros, paredes ou pisos unifor-mes, lisos e monolíticos, permitindo sua total as-sepsia. “Sem dúvida que a es-

colha de revestimentos adequados constitui-se no fator fundamental para viabilizar a redução dos custos de manuten-ção e custeio do hospital em funcionamento e, si-multaneamente, propiciar melhores condições de assepsia das áreas, co-laborando de forma de-cisiva para minimizar o número de infecções hos-pitalares”, diz o arquiteto.Por isso, Cassiano acre-

dita que a especificação do piso a ser utilizado é de grande relevância, uma vez que este deverá ser suficientemente re-sistente para absorver os impactos produzidos pelo tráfico pesado de camas, macas, carros de trans-porte, aparelhos, etc.Os pisos vinílicos são

uma opção que atende as necessidades dos revesti-mentos para instituições de saúde por serem lisos, possuírem poucas juntas e permitirem fácil limpeza. Além de serem resisten-tes aos procedimentos de desinfecção comuns aos estabelecimentos de saú-de. “As mantas vinílicas podem revestir uma área de 40m² de uma só vez. Isso significa um número muito reduzido de juntas. Estas juntas são soldadas à quente e evitam o acú-mulo de sujeira”, diz o en-genheiro Sérgio durgante, Gerente Nacional de Ven-das da Pisotech.Existe uma vasta dispo-

nibilidade de cores e de padrões que ajudam na visualização da sujeira e na programação de um sistema de limpeza mais eficiente. De acordo com durgante, os pisos viní-licos são indicados para todas as áreas hospitala-res, desde aquelas de bai-xo risco de infecção (nível

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1) até as de muito alto ris-co (nível 4).Os principais critérios a

serem levados em consi-deração na hora de esco-lher os pisos para institui-ção hospitalar devem ser os custos de manutenção, durabilidade, resistência à abrasão, eficiência na limpeza e resistência quí-mica. Além da resistência à carga pesada, fácil ro-lagem, superfícies à pro-va d´água, resistência nas juntas e conforto acústico.

deve-se considerar tam-bém a possibilidade de restauração das mantas e a criação de desenhos/paginações, que são um diferencial deste tipo de revestimento. Contem-plando estes itens, dificil-mente haverá uma troca prematura dos revesti-mentos, evitando gastos inesperados durante uma nova obra ou reforma.“O cuidado com recur-

sos como a água e o con-sumo de energia elétrica

são questões do dia a dia de um hospital. O revesti-mento vinílico em manta requer pouca água para sua limpeza. A tecnologia IQ, disponível nas mantas homogêneas Tarkett, por exemplo, geram uma eco-nomia de água de até 50% se comparada a de um produto convencional”.Para garantir a maior

durabilidade dos pisos, alguns cuidados são ne-cessários também na preparação do contrapi-

so. A base precisa estar seca, nivelada e curada, preferencialmente imper-meabilizada. A instalação deve ser realizada por uma equipe especializa-da, que utilize as ferra-mentas e procedimentos validados pelo fabricante. “Um fator chave de su-cesso é manter a equipe responsável pela higieni-zação familiarizada com os simples procedimen-tos de limpeza do piso”, finaliza o engenheiro.

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Criado pela duPont™ e lançado nos Es-tados Unidos em

1967, o Corian® é uma evolução para o merca-do da construção que tem beneficiado também o se-tor da saúde. O material é a combinação perfeita de minerais naturais e políme-ro acrílico puro. Sólido, não poroso e homogêneo é composto por 1/3 de acrí-lico, 2/3 de minerais natu-rais e pigmento. O Corian é fabricado em placas de 12 mm (3,65x0,76m) e 6 mm (2,49x0,76m) de espessura. O produto é distribuído

no Brasil por uma rede de Processadores Autoriza-dos, que são treinados pela produtora da matéria-

produto de alta resistência, não poroso e homogêneo começa a ser utilizado em instituições de saúde

Inovação no mercado-prima para fabricar e ins-talar projetos de Corian® sob medida. Seus cortes são realizados com tupias manuais, com serras circu-lares ou centros de usina-gem (CNC). As superfícies de Corian® são lixadas a seco, com uma lixadeira ro-to-orbital. Não é necessário usar nenhum tipo de verniz ou massa polidora. “Além disso, são produzidos tam-bém adesivos de Corian®, na mesma cor da placa, que são usados para colar as bancadas e cubas”, explica Pedro Solares, Presidente da don Artesano, uma das processadoras Premium do produto no Brasil.Por ser completamente

sólido e totalmente não

poroso, nada é absorvido pela superfície de ®Corian. Por isso, oferece excelen-te resistência a manchas e pode ser facilmente limpo. Para o setor hospitalar, é possível executar frontões e cantos curvos, que impe-dem o acúmulo de sujeiras e umidade, e facilitam a limpeza e a desinfecção da superfície. “É possível pro-duzir lavatórios cirúrgicos ergonômicos sem qualquer emenda e assim garantir fácil manutenção e higiene absoluta”, diz Solares.O material pode ser uti-

lizado também em ban-cadas e móveis por ter aspecto monolítico e não deixar frestas ou rejuntes onde possa haver acúmulo

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de sujeiras e microorganis-mos. Suas grandes placas também são favoráveis ao revestimento de áreas de parede em salas de cirur-gia com plena integração dos equipamentos.Além disso, testes laborato-

riais realizados pela empresa comprovaram que o vírus do HIV pode ser facilmente eli-minado com o uso de água sanitária das superfícies de-senvolvidas com o Corian.O Hospital do Coração,

HCor, localizado na capi-tal paulista, tem utilizado o Corian® em suas insta-lações e equipamentos. O Banco de Sangue da ins-tituição, por exemplo, que

realiza entre 900 e 1000 transfusões por mês, ofe-rece aos doadores um am-biente absolutamente lim-po, higiênico, confortável e alegre. O material foi im-plantado em todo o Banco de Sangue, desde a coleta até a liberação, passando por processamentos e pro-vas de compatibilidade. O laboratório do HCor

recebeu benefícios seme-lhantes, onde o Corian foi aplicado nas bancadas, pias e caixas de utensílios da área laboratorial. Um suposto derramamento de produtos infectados nas bancadas, por exemplo, pode ser facilmente remo-

vido e limpo, pois a ausên-cia de recortes e emendas elimina a sobra de resíduos.O material também foi

amplamente utilizado em diversos hospitais, clínicas e laboratórios de referen-cia do Rio de Janeiro, tais como: Hospital do Cére-bro, Hospital Samaritano e Hospital das Américas, Clinica de Imagem do Es-tado do Rio de Janeiro e o Laboratório Biomérieux.” Na última instituição cita-da, Corian foi utilizado em pias, bancadas e mesas de preparação de material, contribuindo com a bele-za, higiene e até a segu-rança”, finaliza.

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O Hospital Alvorada Brasília, no distri-to Federal, é um

hospital geral e referência em ortopedia e alta com-plexidade. Dispõe de 229 leitos, divididos em 129 apartamentos individuais, 42 leitos de enfermaria, 29 de Unidade de Terapia In-tensiva (UTI) Adulto, oito unidades semi-intensivas Adulto, 16 leitos de Uni-dade de Terapia Intensi-va Pediátrica (UTI) e oito apartamentos VIP. Além disso, possui um Hospi-tal dia com 17 leitos e 12 salas cirúrgicas. Por mês, aproximadamente 11 mil pessoas são atendidas, em caráter emergencial no pronto-socorro. Em 2013, a instituição

conquistou a acredita-ção da Joint Commission International (JCI), mais importante órgão certi-ficador dos serviços de instituições de saúde no mundo. “Nós contamos com uma equipe multidis-ciplinar altamente treina-da, com protocolos para

o diagnóstico e tratamen-to precoce de condições como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto cardíaco e sepse. Com es-tes protocolos, agilizamos os procedimentos ideais para estas condições, nas quais cada minuto faz di-ferença no resultado final. O saldo destas práticas é excelente, comparados com os melhores hospitais do mundo”, diz Fernando Moisés José Pedro, diretor Técnico do Hospital Alvo-rada Brasília.A instituição conta tam-

bém com uma Ala Vip de arquitetura moder-na e que reúne atendi-mento personalizado e serviços exclusivos a pa-cientes particulares ou das categorias premium dos planos de saúde. São oito apartamentos com metragens que variam de 60m² a 78m², todos com área privativa para o acompanhante, além de dockStation para iPods, laptop e televisão de LED. O hospital tem disponí-

Hospital Alvorada Brasília passa por diversas obras de ampliação e aprimoramento

Revitalização total

veis serviços como con-cierge, camareira e cardá-pio vip, que une nutrição, dietética e gastronomia. Além disso, há um menu de travesseiros, ameni-ties Trousseau e enxovais Trussardi, além de revis-tas e jornais de preferên-cia do paciente.Outro diferencial do

hospital é o protocolo de atendimento específi-co para pacientes idosos internados com fraturas, que permite a realização de procedimentos cirúr-gicos com mais agilidade, acelerando o processo de reabilitação. “Durante toda a internação, desde a entrada no pronto-socor-ro, o cliente é acompanha-do por uma equipe multi-profissional que segue um protocolo criado especi-ficamente para o melhor cuidado do paciente com mais de 65 anos e com fratura ortopédica, que necessita de tratamento cirúrgico. Há um profis-sional responsável por ge-renciar todas as ações ne-

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cessárias para minimizar o tempo de hospitalização, intermediando o contato com os médicos para que o procedimento possa ser realizado em até 48 ho-ras”, explica o diretor Téc-nico do Hospital.A instituição foi inaugu-

rada em 1961. Em 1999, ocorreu a construção de mais duas torres. O Alvo-rada terá, nos próximos meses, uma área dedica-da ao atendimento am-bulatorial de pacientes ortopédicos. “Em para-lelo, estamos construin-do um moderno Centro de Reabilitação motora. Como uma referência em ortopedia, o objetivo é

que a instituição ofereça toda estrutura para este tipo de paciente, desde o diagnóstico até a alta do tratamento”. O Hospital se prepara também para inaugurar o pronto-socor-ro infantil no primeiro se-mestre de 2015. Enquanto isso, outras obras ocorre-ram e continuam ocorren-do no hospital.As mais recentes obras

da instituição foram di-vididas em sete macro etapas, caracterizadas por suas especificidades: revitalização em quatro pavimentos de leitos de internação com 11 apar-tamentos cada andar; re-vitalização da UTI adulto,

composta de 21 leitos de internação intensiva, sen-do três isolamentos para pacientes infectados e to-das instalações de apoio e sistema de filtragem, arrefecimento e renova-ção de ar de acordo com as normas vigentes. Além da execução da UTI neo-pediátrica, composta de cinco leitos neonatais de alto risco, seis leitos neo-natais de cuidados inter-mediários, dois leitos pe-diátricos, um isolamento, posto de coleta de leite, estar para os pais, bem como todas instalações de apoio e sistema de fil-tragem, arrefecimento e renovação de ar de acor-

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do com as normas vigentes.Foram realizadas obras tam-

bém na CME, dotada de duas autoclaves, e uma termodesin-fectora nas instalações do Pron-to-Socorro infantil e Hemodi-nâmica. “Estamos na etapa final das obras de reforma do Pron-to-Socorro adulto, trabalhando para substituição de toda infra-estrutura de entrada de energia do hospital com ampliação da carga energética fornecida pela concessionária e melhora de todo o sistema de distribuição interna”, conta Paulo Muniz, di-retor da Conbral Construtora.de acordo com Muniz, por to-

das as etapas da obra estarem sendo executadas com o hospi-tal em atividade, foi necessário adequar o horário de trabalho da equipe de acordo com a dis-ponibilidade da instituição, bem como colocar em campo uma equipe capacitada e treinada.Um processo de reestrutura-

ção elétrica também está sen-do realizado no hospital, onde a cada reforma de ambiente, está sendo implantada uma ideologia de restrição específi-ca de circuitos de emergência, subdivididos e classificados de acordo com a característica de sua utilização. “Estamos agora trabalhando para ampliação da carga recebida pelo hospital da concessionária e implantação de uma unidade rebaixadora de energia interna”, conta muniz.Para garantir a segurança dos

pacientes, antes dessas instala-ções é feito um estudo prévio do impacto da atividade, ob-servando a área afetada e junto

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com a equipe técnica do hospi-tal, a empresa atua para garan-tir através de redundâncias que nenhuma área vital seja afetada.“Nas instalações elétricas, uti-

lizamos também artifícios para favorecer a economia de ener-gia, por exemplo, a utilização de lâmpadas fluorescentes e LED, especificação de equipa-mentos de ar-condicionado com maior eficiência energéti-ca, readequação de fios e ca-bos, dentre outros”, comenta o Diretor da Conbral.A preocupação com a susten-

tabilidade também está inseri-da nas obras do Hospital Alvo-rada Brasília. Apesar de a obra não possuir certificação LEED, a construtora responsável pelo processo possui a certificação ISO 9001:2008 e PBPQ-H SIAC nível A, regimento dezembro de 2012. Com isso, dispensa cuidados, por exemplo, aos resíduos sólidos recolhidos e transportados por empresas terceirizadas, especializadas, credenciadas pelo GDF, até área determinada pelo GDF.A sustentabilidade também

está presente nas diretrizes do hospital como um todo, atra-vés da reciclagem de resíduos

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(hoje, em média, 23% dos resíduos são reciclados); redutores de vazão em todas as torneiras e chu-veiros da instituição; ins-talação de sensores de presença em dMLs, áreas de expurgo e outras áreas e oficinas de reciclagem.Já a humanização se faz

presente através de es-paços como a brinque-doteca, espaço Religioso Ecumênico, localização externa de restaurantes, farmácia, cabeleleiros, serviço de táxi, igrejas, entre outros. Há também instalações especificas e preparadas com mobiliá-

rio adequado a pacientes com cirurgia de quadril, decoração temática nos andares da pediatria e concierge para atendi-mento médico no centro cirúrgico, a fim de apro-ximar o relacionamento médico-paciente com informações esclarece-doras aos familiares no pós-cirúrgico. “Fora da área física, te-

mos também um projeto de zooterapia, chamado Amicão, com visitas se-manais. Disponibilizamos uma equipe especial, como as assistentes ao cliente, para acompanhar

toda a estada do pacien-te e para garantir exce-lência no atendimento”, revela Pedro. A tecnologia é outro

ponto importante presen-te no processo, através da informatização da área hospitalar, da utilização de rede cabeada com a intenção de facilitar diag-nósticos em tempo curto e a automação dos equi-pamentos. Os avanços tecnológicos, estão pre-sentes nas instalações de ar-condicionado, exaus-tão, instalações elétricas e revestimentos adequados ao sistema hospitalar.

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AMPLIAÇÃOAt

ualiz

ação

O Hospital Adven-tista de Manaus (AM) nasceu em

1976 através da Clínica Adventista de manaus. O prédio alugado foi adaptado e passou a ter quatro apartamentos. Apesar de algumas limi-tações técnicas, a clínica se destacou pelo alto pa-drão de atendimento. O crescimento continuou e, em 1986, já reconhecido como hospital, a institui-ção possuía 13 aparta-mentos, sete consultórios médicos, posto de coleta para exames laborato-riais e escritório do plano Garantia de Saúde. Nesse mesmo ano, ini-

ciava-se a construção das novas instalações no dis-trito Industrial da cidade, que foi inaugurado em ja-neiro de 1990. Já em 1992, houve a implantação da escola de enfermagem. Pouco depois, em 1995, aconteceu uma nova rees-truturação, e a montagem

Hospital em Manaus investe em reformas para aprimorar seu atendimento

Mudança constante

do Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Em 2009, o crescimento

continuou dando sinais. Houve a inauguração da terceira unidade de en-fermagem com 14 leitos de alto nível, a nova far-mácia, o pronto-socorro, com mais de 1000 m² de construção, CTI Neonatal pediátrico com 11 leitos, e unidade de maternida-de com 20 leitos.Localizado em uma área

de 75.488 m², a institui-ção continua crescendo. Os reflexos desse proces-so de expansão podem ser vistos através dos úl-timos investimentos“A instituição Adven-

tista tem três linhas de desenvolvimento cristão que contemplam a co-munidade com intuito de evangelizar, mostrando a fé Cristã Adventista. Uma destas linhas de evange-lismo é a saúde, através da qual faz-se o papel do Hospital Adventista de

Manaus”, explica Marcelo Brasil, da Marcelo Brasil Arquitetura, responsável pelo mais recente projeto de aprimoramento físico da instituição.Além da saúde, as outras

duas linhas seguidas pela instituição adventista en-globam a educação, que une escolas e as univer-sidades em todo o Brasil, educando para a eternida-de. E as igrejas Adventis-tas, que fecham este ciclo de evangelismo Cristão.Além da nova concep-

ção arquitetônica que o Hospital Adventista de Manaus está implantan-do em sua estrutura físi-ca, foram desenvolvidas também lojas de conve-niência com lanchonete, restaurante, livraria, ban-co 24 horas e área de vi-vência, além de uma loja de produtos naturais. “Conseguimos agregar ao tratamento diferenciado serviços que previnem doenças, como alimentos

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saudáveis e praticidade em um só lugar”, conta o arquiteto.Além disso, foram cria-

dos ambientes internos aconchegantes a todos os frequentadores do lugar, por exemplo, o lounge de entrada para os visitantes, assim como a recepção do atendimento de marcação de consulta, callcenter, apartamentos pediátricos, atendimento infantil, en-fermarias e outros. O novo projeto visa

melhorar as áreas exis-tentes de atendimentos

e hotelaria hospitalar, com acréscimo de apro-ximadamente 14 mil m², agregando à estrutura já existente do hospital, qualidade e eficiência de seus serviços. A grande novidade é a construção de um heliponto para atendimentos de emer-gência. “Nossa maior dificul-

dade hoje resume-se no crescimento da demanda de pacientes a procura de bons serviços. Daí nosso cuidado em ampliar e me-lhorar a cada dia nossos

serviços, pois com esta grande demanda vem também a responsabili-dade de um atendimen-to de qualidade. Preocu-pados com isto, estamos sempre obedecendo aos pré-requisitos das leis do município, corpo de bom-beiros, vigilância sanitária e tendo como referencia a RDC 50”.Com foco na humani-

zação do hospital, três pontos foram levados em consideração: a ilumina-ção, as cores e o confor-to Higrotérmico e suas

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ramificações, principal-mente, por se tratar de uma região com altos ní-veis de umidade relativa do ar. “Utilizamos a ilu-minação artificial, sendo essa, nossa primeira pre-ocupação, uma vez que a iluminação tem uma for-te influencia sobre as co-res, principalmente sobre o equilíbrio fisiológico e psicológico, contribuin-do para o bem-estar fí-sico dos pacientes. Tudo visando o conforto am-biental destes ambien-tes”, conta Brasil.

AMPLIAÇÃOAt

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ação

Além disso, houve tam-bém o cuidado com as co-res de cada ambiente. Em alguns espaços trabalhou--se com tonalidades dife-rentes, luminosidade, rele-vos e contrastes cromáticos na busca pelo equilíbrio e conforto ambiental aos usuários. “Esta preocupa-ção esteve também no mo-biliário escolhido. A ideia era trabalhar com cores homogêneas, que intera-gissem com as tonalidades dos ambientes e a ilumi-nação, ou seja, superfícies neutras em relação à cro-

matização de cada ambien-te”, explica o arquiteto.Como o projeto foi cons-

truído visando não somen-te o bem-estar dos pa-cientes, mas também sua segurança, todos os mate-riais especificados obede-cem as normas hospitalares vigentes. “Decidimos tudo cuidadosamente, como o tipo de piso, pintura, en-tre outros. A escolha dos materiais corretos facilita e garante a segurança contra qualquer tipo de infecção ou contaminação que o ambiente possa sofrer”.

“A instituição Adventista tem três linhas de de-senvolvimento cristão, que contemplam a co-munidade com intuito de evangelizar, mostran-do a fé Cristã Adventista. Uma destas linhas de evangelismo é a saúde, através da qual faz-se papel do Hospital Adventista de Manaus”

Marcelo Brasil, Marcelo Brasil Arquitetura

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O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), localizado

em Recife, é referência no tratamento do câncer na região. Possui atualmente 268 leitos e realiza, men-salmente, uma média de 1,5 mil atendimentos na triagem, 7,5 mil consultas,

Crescimento da demanda leva hospital em Pernambuco a construir novo bloco

Ampliação necessária

700 cirurgias e 25 mil trata-mentos de quimioterapia.Ao lado de seu prédio já

existente, que passará por reformas futuramente, foi inaugurado, no início de abril, um prédio anexo. Com um investimento de, apro-ximadamente, R$ 27 mi-lhões, o novo espaço conta

com sete pavimentos, em 10.413,77 m² de área cons-truída e abriga a emergên-cia do hospital, duas uni-dades de terapia intensiva (UTI), com 20 leitos e um pavimento reservado para uma Central de Transplante de medula Óssea.A nova emergência do

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Hospital de Câncer pos-sui 31 leitos, divididos por classificação de ris-co. Isso significa um au-mento de seis vezes em relação à emergência atual, que possui cinco leitos. O novo bloco tem um centro cirúrgico com 12 salas; e o número de leitos de UTI sairá de 10 para 20, um crescimento de 100%. Ao todo, serão construídas 14 enferma-rias (dois leitos em cada uma, totalizando 28) e cinco apartamentos (cada um com um leito).“Este bloco também é

acessado por passarela elevada que interligará o seu 2° pavimento, que é ocupado pela enfermaria, ao 2° pavimento do Bloco do IMEC, que é ocupado pela internação. Foi tam-bém projetada e constru-ída uma praça interna, ao ar livre, dando um grande diferencial a humaniza-ção do hospital”, explica

Roberto Freitas, arquiteto da RBF Empreendimen-tos.No terreno, que é de

esquina, encontra-se o acesso de ambulâncias, que possui sua área de embarque e desembar-que na lateral da edifica-ção, também marcado por uma marquise e ligado di-retamente a urgência e às áreas de apoio. O acesso ao pavimento do subso-lo, que abriga o estacio-namento coberto, pode ser feito por duas rampas para veículos ou escada, que se encontra na lateral direita do edifício.A nova estrutura tam-

bém abrigará uma Uni-dade de Transplante de Medula Óssea, com área de 914 metros quadrados e 15 leitos. Além da obra do prédio anexo ao HCP, existe um projeto que prevê a reforma da área que abrigava o centro ci-rúrgico do antigo prédio.

No local, será acomodado o setor de diagnóstico e imagens, com colonos-copia, endoscopia, reve-lação, tomografia, ultras-som, ecocardiograma, entre outros. Foi constru-ída uma passarela inter-ligando os dois prédios. “Havia ainda a necessida-de de abrigar novos ser-viços de atendimento na intenção de concentrar os tratamentos de onco-logia no HCP (objetivo do governo do estado de Pernambuco), como é o caso da Central de Trans-plante de Medula Óssea (CTmO)”, conta Freitas.O Bloco Existente (IMEC)

irá sofrer alterações no pavimento térreo, onde estão localizados a UTI e o Bloco Cirúrgico. Esses dois setores passarão a ocupar o 3º e o 4º pavimentos do bloco anexo, respec-tivamente, em suas atu-ais áreas, será instalado o Centro de Diagnóstico.

“Havia ainda a necessidade de abrigar novos serviços de atendimento na intenção de concentrar os trata-mentos de oncologia no HCP (objetivo do governo do estado de Pernambuco), como é o caso da Central de Transplante de Medula Óssea (CTMO)”

Roberto Freitas, Arquiteto da RBF Empreendimentos

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Hospital das Clínicas de Niterói (RJ) realiza obra focada em qualidade, mas sem deixar de lado as questões ambientais

Hospital de Clínicas de Niterói (HCN), no Estado do Rio de

Janeiro, foi inaugurado em 1991. Desde então já pas-sou por várias ampliações e encontra-se em moder-nização permanente de seu parque tecnológico. Com cerca de 190 leitos, sendo 70 de Unidades de Trata-mento Intensivo (UTIs) para adulto, criança e recém-nascidos, suítes privativas e enfermarias, a instituição destaca-se no tratamento dos portadores de patolo-gias de alta complexidade. dessa forma, é referência no atendimento de poli-traumatizados (vítimas de acidentes e de violência ur-bana), doenças cardíacas e neurológicas, em cirurgias e transplantes de órgãos.Sua mais recente amplia-

ção ocorreu com o hospital em funcionamento e, para isso, foi necessário que a empresa de engenharia adotasse um cronograma de atividades ajustado às necessidades da direção do hospital. Assim, a rea-lização dos trabalhos com impacto direto na rotina da instituição foi precedida de

Qualidade Sustentável

uma avaliação conjunta e, consequente, tomada de medidas que visassem mi-tigar o efeito das mesmas. “Um bom exemplo são as alterações na subestação de energia elétrica do hos-pital. Foi montado todo um plano de reserva para ela, evitando falhas operacio-nais com a avaliação das áreas que deveriam ficar condicionadas e prioritá-rias em caso de falha, bem como a aferição antecipada de prazos de execução dos serviços”, relata Fernando Martins, diretor de Ope-rações de Edificações da EMPA Engenharia/Grupo Teixeira Duarte.Para o sucessos desses

processos a parceria com a engenharia o hospital foi importante, uma vez que, internamente, a instituição pôde colaborar com as in-tervenções necessárias para as adaptações e interliga-ções entre as novas áreas a serem construídas atra-vés da elaboração de pro-gramações detalhadas dos trabalhos específicos que seriam realizados pela equi-pe da obra. “A engenharia do hospital pôde acompa-

nhar e, sempre que possí-vel, trabalhar em conjunto, a fim de viabilizar as tarefas em menor prazo para que a operação da instituição não fosse interrompida de for-ma alguma”, conta.Devido às dificuldades de

localização da obra foi ne-cessário implantar um pla-no de aprovisionamentos e encomendas de materiais muito rigorosos, de forma que garantisse o equilíbrio entre o material consumi-do/incorporado na execu-ção da obra e o espaço dis-ponível para efetuar o seu armazenamento/estoque. Para alcançar este objeti-

vo foram criados mapas de controle das datas limites de entrega dos materiais em função do planejamen-to mensal da obra. Neste controle foi também ne-cessário considerar as di-mensões dos transportes, limitados pelo espaço dis-ponível para acesso à obra e local de parqueamento. A obra foi realizada em

uma única etapa, teve início com as fundações, seguiu-se a superestrutura de con-creto e finalizou com a exe-cução dos acabamentos e

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instalações especiais. Entre elas a elétrica, que repre-sentou uma parte significa-tiva de toda a construção, cerca de 30%.As instalações elétricas

neste edifício foram distri-buídas de forma a separar as prioridades hospitalares, assim no caso da falta de energia da concessionária não haverá interferências nas áreas de necessidade vital como UTI Neo Natal e Salas de Cirurgia. A ali-mentação elétrica exter-na chega à subestação de transformação de 11,4KV / 0,22KV trifásico, 60HZ. No quadro geral de baixa ten-são de distribuição são fei-

tas três divisões de priori-dade das cargas no prédio. A UTI Neo Natal conta

com um gerador exclusivo de 80KVA, que garante mais 12 horas de funcionamento na ausência da energia elé-trica da rede. O sistema de IT-Médico está presente nas salas de cirurgia e UTI para atendimento das normas hospitalares de segurança ao paciente e ao médico, garantindo energia elétrica estabilizada por uma hora no caso da falta de energia da concessionaria. Foi instalado também um

No-Break específico para atender às circulações e pontos de tomadas estabi-

lizadas, que atendem com-putadores e equipamentos sensíveis a variações da rede externa. Para garan-tia de evacuação do prédio com segurança foram ins-talados blocos autônomos junto aos circuitos de ilu-minação das circulações e escadas. “Todos os cabos utilizados possuem baixa emissão de fumaça e gases tóxicos e evitam a propaga-ção de chamas”, diz martins.Outros cuidados como a

instalação de dispositivos de proteção supressão de surto (proteção contra raios atmosféricos), curto circuito e proteção mecânica para impedir o contato direto de

condutor vivo foram insta-lados em todos os quadros.A economia de energia

também foi visada dentro das instalações elétricas. Por isso, todos os equi-pamentos instalados são novos e atendem as mais recentes normas de con-sumo normatizadas no Brasil. Também foram ins-taladas lâmpadas de LEd e lâmpadas fluorescentes em toda a edificação e al-guns pontos de circulação, possuem sensores de pre-sença, o que evita os circui-tos permanecerem ligados sem circulação de pessoas. Além disso, o sistema de ar condicionado possui con-

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trole e supervisão automáticos, que são monitorados através da automação predial. “O novo edifício conta também com vidros instados na fachada e nos prismas que iluminam os leitos, banheiros, área da lanchonete, salas de reuniões e outros”.Apesar da importância e do volume das instalações

elétricas, a principal dificuldade da construção esteve ligada a sua localização, confinada entre diversos edifí-cios e junto a uma das vias mais movimentadas de Ni-terói (RJ). “Com uma frente de acesso à obra de apenas 12 m de largura, foi difícil efetuar as operações de carga e descarga, bem como o armazenamento de materiais para abastecer a obra”, conta o diretor de Operações de Edificações da EmPA Engenharia/Grupo Teixeira Duarte.Um segundo ponto está relacionado com a alteração

profunda que os projetos sofreram a meio do pro-cesso construtivo, modificando mais de 50% do tipo de utilização previsto para os pisos no projeto inicial. “Foi necessária a mobilização de meios em obra para efetuarem uma análise cuidadosa aos projetos e per-manente comunicação com as diferentes equipes de modo a efetuar a devida compatibilização. Houve ain-da a preocupação de realizar a procura de soluções técnicas que viabilizassem a execução em curto prazo”.

meio ambientePor ter sido executada por uma empresa com certi-

ficação ISO 14001, foi implantado na obra todo o sis-tema previsto nesta norma. Este compreende, entre outros requisitos, o controle de geração, manuseio e descarte de resíduos através do PGRE (Plano de Geren-ciamento de Resíduos e Efluentes). O controle de re-cursos naturais (como água e energia elétrica), foi reali-zado através do levantamento de aspectos e impactos gerados pelas atividades executadas, bem como suas respectivas medidas de controle. Foram ainda realiza-dos, ao longo da construção, e de forma periódica, os controles de nível de ruído ambiental e de poluição dos equipamentos utilizados no processo construtivo.“Recebemos visitas de auditores externos para

avaliação da implementação da ISO 14001 junto ao cliente, com resultado bastante satisfatório, elevando a pontuação da avaliação anterior. Para além desta, internamente, realizamos nossas próprias auditorias para avaliação levantamento e atendimento dos re-

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quisitos legais aplicáveis a nos-sa obra”, explica martins.dentro desta preocupação

ambiental também foram tra-tados os entulhos, através do PGRE (Plano de Gerenciamento de Resíduos e Efluentes). Deste modo, o entulho gerado pela construção é enviado para um aterro sanitário autorizado e legalizado, onde é feita a reci-clagem do material recebido. “Todo o resíduo gerado pela obra é transportado com o res-pectivo Manifesto de Transpor-te de Resíduo. Tanto a transpor-tadora quanto o aterro sanitário possuem as correspondentes licenças de operação”.Apesar do edifício não possuir

a certificação LEED, além das medidas ambientais aplicadas durante as obras, o prédio foi contemplado com uma fachada em pele de vidro e janelas nos quartos e banheiros dos leitos que permitem o aproveitamen-to da luz natural, na área inter-na do edifício. Para este fim e, sendo um edifício confinado, o projeto prevê a execução de prismas de iluminação que ga-rantem a entrada franca de luz natural para todos os quartos de internamento. Todas as lu-minárias e sancas são de lâmpa-das fluorescentes ou lâmpadas de LEd, que possuem baixo ní-vel de consumo de energia elé-trica, entre outras medidas de seleção de equipamentos com eficiência energética ajustada às necessidades do edifício.

Qualidade

Para garantir a qualidade dos processos, durante a exe-cução da obra, foi implantado o sistema de qualidade que respeita o cumprimento de duas ISSO que a empresa pos-sui, assim como a certificação no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H.O processo da qualidade aplica-se logo na fase de sele-

ção dos fornecedores de materiais e serviços até à finaliza-ção das atividades executadas pela empresa. São utilizados formulários de qualificação e avaliação de fornecedores. Os materiais são analisados durante o recebimento e para cada tipo são feitas conferências por amostragem. “Reali-zamos treinamentos com as equipes de campo de acordo com as atividades executadas por cada um, com base nas instruções de trabalho. Após a execução de cada atividade é feita a verificação através de um formulário preenchido e assinado pelo responsável daquela área”, revela o diretor de Operações de Edificações da EMPA Engenharia/Grupo Teixeira Duarte , Fernando martins. As ferramentas de medição são verificadas com equipa-

mentos calibrados em laboratório e certificado pelo INME-TRO. E além disso, periodicamente é realizada a pesquisa de satisfação do cliente. “Para controlar de maneira eficaz os requisitos aplicáveis, utilizamos uma planilha de moni-toramento e medição que contempla todo o sistema de gestão integrado (Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Se-gurança)”.As não conformidades identificadas nos produtos, servi-

ços associados e no processo executivo são registradas nos sistema para estabelecer ações de correção das mesmas e prevenção de possíveis novas não conformidades. “Ao recebermos os projetos do cliente, realizamos a análise crí-tica para verificar diversos pontos, como compatibilidade e detalhamento de informações. Em caso de necessidade de alteração, é utilizado formulário específico”, diz.O processo de contratação de colaboradores também é

assegurado pela qualidade através do quadro de compe-tências e avaliações periódicas de habilidades específicas.

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Obra de ampliação em hospital no Sul do País utiliza material reciclado com enfoque em sustentabilidade

Fundado em 1916, o Hospital dona Hele-na, em Joinville (SC),

é mantido pela Associa-ção Beneficente Evangéli-ca de Joinville. A maior ci-dade catarinense, foi uma das primeiras instituições hospitalares do país a cer-tificar todos os serviços pelas normas ISO e é tam-bém pioneiro na adequa-ção de seu sistema à ISO 9001/2000 - versão 2008.Ancorada e harmonizada

com um moderno sistema de gestão, que no planeja-mento estratégico e na afi-nada visão de futuro, o seu elo mais profundo e sua mais significativa bandeira,

Consciência ambiental

a instituição não para de crescer. Com pronto aten-dimento adulto e infantil 24 horas e cinco unidades de internação, o hospital disponibiliza excelente es-trutura para o atendimen-to materno-infantil, clinica e cirúrgica. E também um Centro de Ensino e Pesqui-sa e Centro diagnóstico com hemodinâmica, ultra-som e radiologia invasiva e não invasiva. O hospital investiu em um novo bloco para ampliar suas possibi-lidades de atendimento e infraestrutura.A obra foi dividida entre

o estudo de viabilidade, projeto, fundação, estrutu-

ra, alvenaria, revestimento e pintura. “Em todo o pro-cesso, a principal dificulda-de apresentada esteve no acesso e compatibilização de horários para carga e descarga de materiais devi-do à localização central da obra. Em diversas ocasiões, o trabalho foi realizado nos fins de semana para não haver interrupção do trân-sito no local”, conta mSc.Vanderley L. marchi, enge-nheiro civil e de segurança. A logística da obra en-

volveu planejamento cri-terioso do canteiro. Houve redução de uso de espa-ços do hospital (uma das soluções empregadas foi o

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corte e dobra fora do can-teiro), disposição adequa-da dos materiais (próxima a sua utilização) e compa-tibilização de carga e des-carga em horários de fluxo de veículos nos arredores do hospital.Estiveram presentes no

canteiro: equipamentos de medição a laser, gruas e smartphones, que garan-tem a comunicação, rece-bimento / visualização de projetos e documentos on-line e, elevadores de carga para transporte de mate-

riais. Além disso, todos os projetos foram desenvol-vidos com o uso de com-putadores e softwares de última geração, o que torna a tecnologia bastante pre-sente nesta construção.O processo de obras le-

vou em consideração as questões ambientais, pro-curando minimizar os im-pactos provenientes da construção através do uso consciente de recursos na-turais, destino adequado de resíduos e utilização de materiais reciclados, como

o P.U.R (espuma de poliu-retano rígido), subproduto gerado por uma indústria de refrigeração local). “O uso dos resíduos de PUR foi uma proposta apro-vada pelo Hospital dona Helena, como alternativa à substituição do EPS na confecção de laje nervura-da”, explica Vanderley.de acordo com o enge-

nheiro, este tipo de utiliza-ção de PUR trouxe algumas vantagens econômicas e socioambientais. Por exemplo, o material que

normalmente é descarta-do (PUR) gerou uma redu-ção na ordem aproximada de 15% do custo total dos materiais de enchimento utilizados na confecção de lajes nervuradas. Além disso, permite, durante o processo “padrão” de des-tinação final, a redução do impacto ambiental provo-cado por sua deposição em aterros e preserva fon-tes naturais, uma vez que reduz a retirada de maté-rias-primas de fontes natu-rais não renováveis.

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Os resíduos da obra fo-ram separados e conforme a categoria, definido seu destino. materiais como ferro, argamassa, acaba-mento, tijolo, telha, bor-racha, papelão, plásticos e madeira, foram reciclados.Já os resíduos provenientes da escavação do terreno foram utilizados na incor-poração às áreas de aterro ou removidos e transpor-tados até áreas licenciadas para bota-fora. O concreto foi reaproveitado através da aplicação das sobras em placas de concreto nos passeios. “Nós não possuí-mos a certificação LEED,

mas desenvolvemos prá-ticas para garantir a cons-cientização de nossos co-laboradores no sentido de gerar uma construção sustentável com benefícios sociais e ambientais. Outro ponto importante, é o uso frequente da tecnologia e dos materiais sustentáveis disponíveis”, garante.Para que a instituição

pudesse ser mantida em funcionamento durante o processo de obras foi fei-to o isolamento da área na qual era realizada a cons-trução através de paredes divisórias e tapumes entre as obras e as instalações

do hospital que estavam em funcionamento. Na área antiga, os colabora-dores usaram roupas es-terilizadas para poderem acessar o local onde eram realizados os serviços. E para minimizar ruídos. Visando o bem-estar dos pacientes, foram utiliza-das soluções com menos impacto como a funda-ção com hélice contínua.“ desde 1987, a Construtora Stein executa serviços de construção civil no local, sem nunca haver paralisa-do o atendimento dos pa-cientes do Hospital dona Helena”, afirma Vanderley.

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Obra da nova torre do Hospital 9 de Julho terá certificação LEED e utiliza tecnologia no processo de construção

Tecnologia e sustentabilidade

Na busca continua de ampliar as suas ins-talações físicas, com

modernidade e alta tecno-logia, o Hospital 9 de Julho estabelecido em São Paulo (SP), encontra-se em fase final de execução das obras da Nova Torre de inter-nação, aumentando a sua capacidade em 120 apar-tamentos, um andar exclu-sivo de apartamentos Vips, auditório e demais áreas de apoio. Trata-se de uma edificação com 09 andares e 08 subsolos (para estacio-namento de veículos), sete elevadores e que será Inter-ligada com o prédio antigo (“Bloco A”), em todos os ní-veis, mantendo a circulação entre os blocos existentes.O projeto foi concebido

visando a certificação LEED, conferida pelo USGBC (Uni-ted States Green Building Council). A sustentabilidade é uma das características mais fortes desta obra e o desenvolvimento dos pro-jetos foram feitos de forma

a atender os requisitos de uma edificação sustentável. Pensando nisso, “O H9J dis-ponibilizou uma consultoria contratada para acompa-nhar a certificação do em-preendimento e uma em-presa de comissionamento das instalações, ambas vi-sitam a obra mensalmente garantindo o atendimento a todos os requisitos, critérios e especificações”.A Planservice foi contrata-

da pelo H9J para prestação de serviços técnicos espe-cializados de engenharia para o gerenciamento de projetos e obras de implan-tação da Nova Torre.“Na fase de coordenação

de projetos, para garantir ao H9J receber material técnico com qualidade e atendendo aos critérios de certificação, criamos uma rotina de aná-lise do material recebido e através da emissão das RACs (Relatórios de Aná-lise Crítica), eram feitos os comentários e observações de ordem técnica, minimi-

zamos a possibilidade de ocorrência de incompatibi-lidades dos projetos execu-tivos e inconformidade com as exigências técnicas”, co-menta Luiz Eduardo Maciel Miller, diretor da Planservi-ce Engenharia, gerenciado-ra da obra.Um dos grandes desafios

deste projeto é o local da obra. O empreendimento está localizado em uma área no-bre e muito densa da cida-de, além de ser uma região hospitalar, tornando a logís-tica de abastecimento de suprimentos para a cons-trução bastante difícil e isso tem exigido muito trabalho no dia a dia para superar as dificuldades. Trata-se de região de quadrilátero, a entrega dos materiais em caminhões de maior porte somente é possível entre às 22 horas e às 6 horas. O ho-rário de trabalho também é restrito das 7 horas às 20 horas, não sendo possível estender as jornadas de trabalho, inclusive de haver

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atividades nos finais de se-mana, fazendo com que o planejamento das ativida-des seja muito bem feito para o atendimento do pra-zo da obra.O canteiro de obras foi lo-

calizado estrategicamente no 6º subsolo, com a finali-dade de evitar interferências de circulação de materiais e com frentes de serviços para a conclusão das obras.“Na fase de escavações,

Viabilizamos com a parti-cipação do hospital e da construtora a execução parcial do túnel passando por baixo do bloco A. Este túnel faz parte do projeto do novo sistema viário de acesso ao estacionamento do hospital pela Rua Eng.º monlevade. Com isso cria-mos antecipadamente ao planejamento inicial, mais uma opção para a retirada de material escavado dos subsolos, conseguindo uma maior produção desta ativi-dade”, revela.Está sendo praticada a

política de boa vizinhança e, com isso, conseguiu-se manter o funcionamen-to normal do hospital e o bom relacionamento com quem está ao redor duran-te as atividades da obra, principalmente nas etapas que geram maior ruído. É mantida a rotina de acor-

dos de horários de trabalho diminuindo o impacto para os pacientes do hospital e para os vizinhos. “Durante a execução da interligação da Nova Torre, será ne-cessário desativar alguns quartos do prédio antigo (mais próximos da obra) para diminuir o incômodo do barulho para os pacien-tes”, comenta o diretor da Planservice. Sendo o Hospital 9 de Ju-

lho referência em tecnolo-gia no setor da saúde, esta não poderia estar fora do processo de construção da Nova Torre. Um exemplo está no

processo de concretagem das estruturas, no qual foi utilizado o “placing boom”, que tem entre suas vanta-gens a redução do tempo de concretagem, permi-tindo o alcance de 30 m de raio, racionalização de mão de obra e distribuição eficaz do concreto.Temos também tecnolo-

gias de produtos aplicados à obra, como é o caso da execução do contrapiso com material autonivelan-te, além da facilidade de aplicação, devido a sua alta fluidez, produz uma superfície lisa e plana em curto espaço de tempo.Outro exemplo se refere

à implantação do Sistema

de Correio Pneumático, que poderá reduzir os riscos inerentes ao transporte das medicações até os pontos de entrega, permitindo o alto desempenho nesta ati-vidade e aumentando a efi-ciência operacional.A chamada de enferma-

gem integrada com todos os departamentos do hos-pital, tais como hotelaria, engenharia, manutenção, se-gurança e postos médicos tam-bém demonstram a tecnologia utilizada.As instalações elétricas

foram bem pensadas para contribuírem com a redu-ção de custos em energia, segurança e sustentabili-dade. Elas começam pela entrada de energia que se dará via sistema elétrico fornecido pela Eletropau-lo em tensão de 34,5 KV. “Está sendo construída a nova cabine de entrada e medição de energia que alimentará a Nova Torre e também os demais blocos existentes da instituição”.Haverá ainda um sistema

interno de medição e con-trole de consumo de ener-gia para os sistemas.“Foram previstos três gru-

pos geradores de 1500 KVA que atenderão todas as car-gas do complexo hospitalar no caso de haver falha do sistema de transformação

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ou a falta de fornecimento de energia da concessioná-ria”. Estes geradores entra-rão em operação escalo-nando as cargas instaladas até que o seu desempenho assuma as cargas totais.Para garantir a segurança

dos usuários e colaborado-res do Hospital 9 de Julho, foram seguidas todas as premissas solicitadas pela NR10. Todos os sistemas, quando necessário, serão utilizados DRs. “Teremos in-formações da tensão de alimentação em todos os espelhos e tomadas, todas as estruturas metálicas in-clusive as que estiverem embutidas na alvenaria se-rão aterradas e equipoten-cializadas com o sistema de aterramento geral do em-preendimento através das BEL’s e da BEP”. Além disso, as luminárias do hospital também estão sendo ater-radas no SPdA (Sistema de Proteção de descarga At-mosférica), que foi projeta-do utilizando-se o conceito de Gaiola de Faraday com

as resistências de aterra-mento de no máximo dez ohms conforme NR10.Para favorecer a economia

de energia, em grande par-te da instituição serão ins-taladas luminárias tipo LEd, e também lâmpadas fluo-rescentes. “Serão instalados sensores de presenças em alguns ambientes para evi-tar que lâmpadas fiquem acessas sem necessidade”.O calor emitido pelos

Chillers do sistema de Ar Condicionado será apro-veitado para aquecer a água utilizada nos chuvei-ros e duchas higiênicas. Na cobertura do edifício tam-bém foi previsto um sis-tema de aquecimento por placas solares. Além disso, haverá um sistema de au-tomação integrado para o controle de temperatu-ra das áreas comuns que, além de proporcionar um ambiente agradável, trará economia de energia. Os Chillers utilizados para o sistema de ar condiciona-do são de alto rendimento

e possuem selo verde de consumo de energia.Com enfoque no meio

ambiente, todo o entulho é retirado e enviado a aterros autorizados pela Prefeitura. O material descartado da obra é separado e classifi-cado por tipo (madeira, aço, gesso, restos de blocos, etc.) e enviado para as Unidades de Recebimento de Peque-nos Volumes de Entulho. Os materiais com possibilidade de reciclagem são enviados a usinas de reciclagem.Como a instituição ain-

da está em obras, a nossa fiscalização técnica man-tém-se atenta no acompa-nhamento da execução dos serviços em conformidade com os projetos, memo-riais, especificações e nor-mas, ativando nos momen-tos necessários consultores e empresas especializadas em controle tecnológico. Com a gestão praticada do avanço físico e financeiro das obras, estamos aten-dendo ao planejamento aprovado pelo cliente.

“durante a execução da interligação da nova torre com o prédio antigo, será necessário desativar alguns quar-tos do prédio antigo (mais próximos da obra) para di-minuir o incomodo do barulho para os pacientes”,

Luiz Eduardo Maciel Miller, diretor da Planservice Engenharia,

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fiCHA tÉCNiCA

Nome do empreendimento: Nova Torre de Internação do Hospital 9 de JulhoEndereço: Rua Peixoto Gomide, 545/569Data do projeto: Em andamento, na fase finalobra: 02/05/2012 a 30/10/2014 (Nova Torre) e 02/05/2012 a 28/02/2015 (Interligação)Área do terreno: 1.556m²Área total construída: 17.600m² (Nova Torre) + 4.500m² (Interligação) = 22.100m² (total)Nº pavimentos: 18 pavimentos, sendo 8 subsolos de estacionamento, térreo, 1º pavimento de auditório, 7 pavimentos tipo de internação e um pavimento VIP de InternaçãoVagas de estacionamento: 223 vagas de carro e 54 vagas de motoAdicional : São 120 quartos de internação, sendo 8 VIPs

Empresas sub-contratadas:Arquitetura: Arquitetura Fiorentiniinteriores: Solange Medina design de InterioresCoordenação: Planservice Engenheiros Associados

Colaboradores:Gerenciamento de licitação: Planservice Engenheiros Associados

projetos:Ar-condicionado: MHA EngenhariaConsultoria de caixilhos: BimetalElétrico e hidráulico: MHA EngenhariaGases medicinais: MHA Engenhariaprojeto de fundações e contenções: Apoio Assessoria e Projeto de FundaçõesEstrutura de concreto: Jorgeny Catarina Gonçalves Engenheiros AssociadosLuminotécnico: Senzi Consultoria Luminotécnicaimpermeabilização: Proassp Assessoria e Projetosprevenção e combate a incêndio: MHA EngenhariaAssessoria legal: michel Sola Consultoria e Engenharia (Viário) e Planemac (Prefeitura)

obra:Construção: Afonso França Engenharia e Comércioinstalações Elétricas, Hidráulicas, Ar-condicionado, Combate a incêndio: Heating Cooling Tecnologia TérmicaGases medicinais: White Martins Gases Industriais

fornecedores de material e serviço:Aço: Arcellor Mittal / ManetoniAndaimes: MillsAr-condicionado: Heating CoolingConcreto: ConcrevitDivisórias e portas: Airo / Ergon

Detalhes da obra:Drywall: Jota Wall / Office FlexElevadores: Atlas SchindlerEsquadrias madeira: Airo / ErgonEsquadrias metálicas: Bimetalferragens: La Fonteferragens de portas: La Fontefios: Prismian / 3MGruas: Locabensimpermeabilização: Vetor 9instalações Hidráulicas e Elétricas: Heating CoolingJuntas de dilatação: LBF Pisosrevestimento vinílico de parede: Bravargen

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pinturas: Artecorpiso Vinílico: ACE Revestimentosrevestimento Cerâmico: Cecrisa / Portobelloporcelanato: Cecrisa / Portobellorevestimento fachada: Bimetal (Pele de Vidro)Sistema de fixação: incluso no fornecimento da Bimetalterraplanagem: Irmãos GomesVidros: Glassecmão de obra Civil: mGA / Sintondira / Nivelmix / LBF Pisos

fornecedores de Equipamentos:Acabamentos de elétrica: Pialplus Água fria, geradores, caldeiras: TigreÁgua Quente: UnicapCombate a incêndio: Mannesmann / Confabi / ApoloDetectores de fumaça: HochikiDistribuição de água quente e fria: Heating CoolingEscadas/exaustão mecânica: ProjelmecGeradores: SotreqLouças: decametais sanitários: deca e docolpressurização: Projelmecremoção de entulho: Recicláveis (Coopere Centro) e Entulho (Marushin)fundação: MGA (sapatas da Nova Torre) e Engesonda (estacas da Interligação)furação de laje: Diamond Fix

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Base

da

obra

Primeiros passosUnimed Joinville passa por processo de estaqueamento em sua obra de ampliação

ENGENHARIA

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O Hospital Unimed Joinville, em San-ta Catarina, está

passando por uma rees-truturação com o objeti-vo de transformar-se na mais bem estruturada ins-tituição de saúde da cida-de. Serão mais 172 leitos, que somados aos atuais, chegarão a 337, divididos em duas novas torres, de nove andares cada. Partes dos pavimentos devem ser destinadas a vagas de estacionamento.A obra, que deve durar

cinco anos, foi dividida em seis etapas, come-çando pela execução do estaqueamento do Bloco A. Posteriormente, foram executados o Bloco B, a Radiologia, Bloco C e a ligação entre os prédios existentes e o Bloco A.“No inicio do processo,

o terreno onde foi exe-

cutado o bloco A, apre-sentava blocos enormes de fundações, de cons-truções antigas presente no local, além do fraco suporte de carga do solo para suportar o peso do maquinário. Precisamos remover todo o material e deixar o terreno com ca-pacidade adequada para suportar o maquinário que viria a ser utilizado, servindo, posteriormen-te, como base para o es-tacionamento que está em funcionamento atual-mente”, conta Jimmy Ri-chard Paza Bernardo Pe-reira, engenheiro civil da Inácio Estaqueamento. durante a etapa de or-

çamento, o projeto foi analisado pela empresa que realizou o proces-so de estaqueamentos e constatou-se, através de avaliação técnica, que o

mesmo apresentava um dimensionamento conser-vador. “Levantamos então a hipótese de ser reali-zada uma adequação do projeto original, o que resultou em uma econo-mia de aproximadamente de 40% no valor total da etapa de estaqueamen-to”, explica Jimmy Ri-chard Paza Bernardo Pe-reira, engenheiro civil da Inácio Estaqueamento.Com este novo projeto

foi dado inicio a execução dos serviços de estaquea-mento, utilizando o proces-so de estacas tipo Hélice Contínua Monitorada, que resume-se, basicamente, em cinco etapas: locação das estacas com apare-lhos topográfico de ultima geração, perfuração das estacas de acordo com projeto até a cota de as-sentamento, garantindo a

“Até o sistema de estaqueamento utilizado foi escolhi-do para que não houvesse perturbação com barulho e vibrações. O sistema de Hélice continua visa minimizar estes impactos, além do horário de serviço respeitan-do o sossego dos pacientes e funcionários”

Jimmy Richard Paza Bernardo Pereira, Engenheiro Civil da Inácio Estaqueamento

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Base

da

obra

ENGENHARIA

carga exigida, concreta-gem das estacas, injetan-do concreto conforme a retirada do trado helicoi-dal até o nível do terreno. Além da remoção do ma-terial retirado pela perfu-ração, acumulado entorno do furo e da colocação de armadura de aço especi-ficada em projeto com a utilização de espaçadores para garantir o recobri-mento da mesma.de acordo com o en-

genheiro, o processo foi fracionado deste modo para que não interferis-

se no funcionamento do hospital, pois assim é possível ir mobilizar os serviços internos da insti-tuição, realocando as no-vas áreas e abrindo novas frentes de trabalho sem comprometer o bom fun-cionamento. “Até o siste-ma de estaqueamento utilizado foi escolhido para que não houvesse perturbação com baru-lho e vibrações. O siste-ma de Hélice. Continua visa minimizar estes im-pactos, além do horário de serviço, respeitando o

sossego dos pacientes e funcionários.”O Sistema Monitorado

utilizado no processo emite relatórios instantâ-neos de todo o processo executivo, desde a perfu-ração até a concretagem, unindo tecnologia e mão de obra em favor da boa produtividade. A utilização de topografia foi outro ponto onde a tecnologia esteve presente na obra, através de um novo equi-pamento, foi possível ga-nhar tempo e qualidade do serviço.

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tom

ação

Tecnologia de PontaNovo prédio do HCor investe em automação

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O Hospital do Co-ração, HCor, em São Paulo, ganhou

um novo prédio no início deste ano. O Edifício Dr. Adib Jatene permaneceu em processo de obras por quatro anos, dando ori-gem a uma edificação de 14 andares, além do tér-reo, e mais cinco subso-los. Além disso, em outros dois pavimentos estão instalados auditórios. Um centro cirúrgico, com

duas salas híbridas, sendo uma para cirurgias car-diovasculares e outra para neurocirurgias também integra o prédio. Além disso, no subsolo do edifí-cio, está uma Gamma Kni-fe, equipamento utilizado para radiocirurgias em tratamentos oncolTógicos, que trabalha associada a um tomógrafo. Para interligar a nova

edificação ao prédio anti-go do HCor, foram cons-truídas duas passarelas. Uma exclusiva para o transporte de pacientes e outra para livre circula-ção, ligando o auditório a lanchonete e a ala social do hospital. “Ainda para a união entre os prédios há um túnel no terceiro subsolo, que faz a ligação

operacional. Toda a co-municação entre a parte de lavanderia, farmácia e demais necessidades ope-racionais são realizadas através deste túnel”, con-ta Ayrton Siqueira, enge-nheiro do HCor.No mesmo prédio, foi

desenvolvido também um pavimento voltado para o tratamento oncológico e seis andares de interna-ção com 38 apartamentos, sendo dez deles “VIP’s”, com ante-sala e decora-ção diferenciada. Todo o sistema elétrico

do Edifício Adib Jatene utiliza a regeneração de energia com enfoque na sustentabilidade. “Con-tamos com a certificação LEEd, o projeto e a obra foram concebidos nessa vi-são. É um prédio totalmen-te voltado para a sustenta-bilidade em seus sistemas”, revela o engenheiro. Outros pontos de sus-

tentabilidade considera-dos foram a instalação BMS (Building Manage-ment System), que con-trola todos os sistemas prediais de forma inte-grada, tornando-os mais eficientes e diminuindo o consumo de energia. “Fo-ram utilizados vidros de

alto desempenho (alta ilu-minação / baixa absorção térmica), motores de alto rendimento e iluminação com lâmpadas de LEd (Li-ght-Emitting diode) para diminuição de consumo de energia”.Mas não é só a sustenta-

bilidade que merece des-taque no novo prédio do HCor. A tecnologia tam-bém foi implantada no projeto como um todo para otimizar os proces-sos dentro da instituição. Foram desenvolvidos sis-temas de Áudio, Vídeo e Automação, que atendem as salas do Gamma Kni-fe e da Tomografia no 5° subsolo, além das salas de reunião de 16, 14 e 10 lu-gares no 1° pavimento. O auditório, no 2° pavimen-to, as salas de Cirurgia Hí-brida e de Neurocirurgia, assim como a Ressonân-cia Magnética, no 4° pa-vimento também foram automatizadas. “O projeto foi desenvol-

vido de forma a atender as necessidades de uma au-tomação dedicada, visan-do à realização de ativi-dades como telemedicina, treinamentos, palestras, workshops e transmissões ao vivo das atividades ci-

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ação

rúrgicas, através de um sistema de áudio e vídeo integrado projetado com a capacidade de transmitir os eventos para ambien-tes específicos do próprio edifício, bem como para algumas unidades exter-nas do HCor”, diz Roberto Luigi Bettoni, Presidente da BETTONI Automação e Segurança.Além desses recursos,

o projeto de automação compreendeu a capaci-dade de registro (grava-ção) e difusão via satélite, enviando os programas para entidades, institutos e outros hospitais conve-niados. Outro diferencial é a previsão para a futura integração com os prédios 123 e 147 para a transmis-são e recepção dos sinais de áudio e vídeo a fim de que os conteúdos so-bre cirurgias realizadas e

QuAsE DuAs DÉCADAs DE AutomAção

Fundada em 1995, a BETTONI destaca-se nos grandes empreendimentos na-cionais e internacionais, como os de engenharia e planejamento através de projetos de sistemas de alta tecnologia. Sempre mantendo o mais elevado padrão técnico e procurando a melhor relação custo-benefício, tem expertise em sistemas de automação predial, segurança, cabeamento estruturado, tele-comunicações, áudio, vídeo e multimídia. Sediada em Santo André, na Grande São Paulo, a empresa possui projetos implantados na maioria dos Estados bra-sileiros e no continente Africano. Devido à capacitação de seu corpo técnico, tem expertise necessária para que os projetos elaborados conquistem os selos AQUA e LEED em sustentabilidade.

eventos sejam comparti-lhados nas edificações do HCor, disponibilizando a intercomunicação entre as unidades para a realização das conferências e treina-mentos. “Para isso, os con-teúdos registrados serão disponibilizados em ser-vidores para que possam ser acessados via rede lo-cal ou pela Internet, pro-vendo um webcasting em tempo real quando neces-sário”, explica Bettoni.A automação predial

responde também pelo gerenciamento de conte-údo e pelo controle dos equipamentos para a rea-lização de transmissão das cirurgias e procedimentos, bem como o controle dos recursos de áudio e vídeo dos ambientes de forma local e remota. “Fazendo uso da tecnologia projeta-da, o HCor terá capacida-

de de expandir e realizar vários tipos de atividades, que, muitas vezes, eram realizadas de forma limi-tada em edifícios de ter-ceiros. Permitirá, ainda, o alcance de um novo pata-mar de qualidade e servi-ço, a exemplo de teleme-dicina, ensino a distância e eventos em geral”, expli-ca Roberto Luigi Bettoni, Presidente da BETTONI Automação e Segurança.Os equipamentos de au-

tomação, áudio e vídeo estão abrigados em salas dedicadas, visando, inclu-sive, a integridade e inde-pendência do sistema. “O edifício do HCor torna-se uma referência quanto a realização de cirurgias utilizando-se das tecno-logias mencionadas para transmissão e recepção de áudio e vídeo”, finaliza Bettoni.

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O novo prédio do HCor, Edifício Dr. Adib Jate-ne, conta com Sistemas de Automação Predial, Circuito Fechado de Te-levisão IP e Controle de Acesso e Alarme. Estes utilizam conceitos ino-vadores na aplicação de suas soluções que vi-sam planejar as melho-res alternativas para os sistemas de utilidades, integrada e preparada para operá-los de for-ma proativa na gestão e na responsabilidade pela garantia da performance

Controle virtual

e, assim, liberar o HCor para concentrar-se em sua atividade fim. “Isso garante maior economia no consumo de energia elétrica, redução de per-das com furtos e roubos, otimização da operação através do planejamen-to de manutenções, au-mento da confiabilidade, agilidade e segurança para o Edifício Dr. Adib Jatene”, conta Alexandre Gushiken, Gerente Geral da Servtec Sistemas de Automação.Com quase 4.000 pon-

tos de monitoramento e controle, os sistemas de Automação Predial e Segurança Eletrônica integram as instalações elétricas, o sistema de ar condicionado e o siste-ma de pressurização de escadas. Gerenciados de maneira integrada, esses permitem que os eleva-dores se distribuam de forma a diminuir ao má-ximo o tempo de espe-ra de seus usuários, ou que as luzes se acendam e apaguem automatica-mente dependendo da

luminosidade externa, ou ainda que o sistema de ar condicionado interprete a temperatura e o fluxo de pessoas existentes em cada localidade de uma edificação e dimensione automaticamente o fluxo de renovação de ar para cada área. Os sistemas de elevadores, sistema de chamada de enferma-gem, sistema de controle de acesso e o sistema de circuito fechado de tele-visão finalizam a lista de subsistemas monitora-dos.

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ação

Eles permitem total cobertura às áreas de circulação, sendo uma ferramenta imprescindí-vel à segurança do hos-pital. As 100 câmeras instaladas são dotadas de inteligência que, por exemplo, detectam a movimentação em locais ou horários pré-deter-minados, tomando ações automáticas e pré-defini-das, supervisionadas pelos operadores da central de monitoramento. “O Sistema de Contro-

le de Acesso e Segurança Patrimonial permite um gerenciamento controla-do e supervisionado das pessoas (funcionários, for-necedores, parceiros, pa-cientes e visitantes), limi-tando assim áreas restritas e críticas. Com um total de 230 pontos de moni-toramento e controle. O sistema conta com portas controladas, bloqueios de passagens e software de-dicado ao controle dos

visitantes e parceiros do HCor”, explica.Isso tudo permite uma

expressiva redução de custos operacionais, di-minuição (em gastos com seguros) de perdas e furtos com aumento da segurança e agilidade, otimização da operação através do planejamento de manutenções, além de conferir um maior grau de sustentabilidade para este edifício que busca o selo LEEd (Leadership in Energy and Environ-mental design), o cha-mado “Green Building”, uma certificação mundial conferida somente para empreendimentos susten-táveis, que consomem me-nos energia, otimizam o uso dos recursos naturais e reduzem drasticamen-te o impacto ambiental em sua utilização, uma exigência cada vez mais presente no mercado mundial.“A solução de Automa-

ção Predial, Controle de Acesso e Circuito Fecha-do de Televisão IP, im-plantado pela Servtec no Edifício Dr. Adib Jatene é diferenciado, pois bus-ca maximizar o desen-volvimento possível no empreendimento, respei-tando seguir as diretrizes da eficiência energética, segurança e sustentabi-lidade”.Para que fossem instala-

do, estes sistemas utiliza-ram infraestrutura com-partilhada e interface com as áreas de elétrica, hidráulica, ar condiciona-do, detecção e combate a incêndio. “Tínhamos o suporte. Nossa dificulda-de esteve no curto perí-odo de execução progra-mado para a atuação da Servtec. Este desafio foi superado com a colabo-ração das empresas en-volvidas, o total apoio do HCor e a nossa experiên-cia na área hospitalar”, garante Gushiken.

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ESTRUTURATe

cnol

ogia

As instituições de saúde estão cada vez mais ligadas

à tecnologia, por isso o espaço para a instalação de equipamentos de IT--médico dentro de clíni-cas e hospitais começou ganhar ainda mais im-portância nos projetos arquitetônicos. Para que haja infraestrutura físi-ca para a colocação dos aparelhos, o projeto ar-quitetônico/elétrico deve contemplar a instalação e alocação dos sistemas IT--médico em acordo com

Alta Tecnologiaprojetos arquitetônicos abrem espaço para a implantação de sistemas de it-médico

as normas técnicas. “A estrutura física do

hospital precisa ter espa-ços técnicos (piso técnico) para alocação dos trans-formadores de separação, nichos/espaços nas pare-des dos locais de grupo 2 (centro cirúrgicos, UTI´s, RPA) para instalação dos painéis elétricos e espaços para alocação dos anun-ciadores de alarme”, ex-plica o engenheiro Sérgio Castellari, diretor da RdI Bender, empresa especia-lizada em IT-médico. de acordo com Castellari,

o sistema IT-médico, hoje em dia, é implantado nos grandes hospitais brasi-leiros em atendimento as normas técnicas/leis na-cionais e internacionais. “As normas/leis brasileiras são da portaria do Ministé-rio da Saúde 2662, RdC50 ANVISA e NBR13534”, diz.Este tipo de tecnologia

pode evitar o desliga-mento de equipamentos eletromédicos de monito-ramento e sustentação da vida, prevenindo choques e microchoques elétricos nos pacientes. “Estamos

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pioneirismo

A RdI Bender é pioneira no Brasil do sistema IT-médico, participando ativamente dos comitês de normas técnicas, em particular a NBR13534 (Instalações Elétricas em EAS) e a NBR5410.Hoje, a empresa produz, na Alema-

nha, os dSI, localizadores de falha e anunciadores de alarme. E no Brasil, os transformadores de separação e os quadros/painéis elétricos do siste-ma IT-médico. São fabricados os pai-néis certificados TTA/PTTA e sistemas de localização de falhas e supervisão de corrente de fuga em esquemas TN-S e TT.

presentes em mais de 70 países, implementando tecno-logias avançadas e visando maior segurança elétrica aos pacientes.” No Brasil, fornecemos os sistemas IT-médico desde o ano 1995, os principais hospitais adotaram os nossos produtos justamente por apresentarem tecnolo-gias de ponta”, conta o engenheiro.Entre as novidades da RdI Bender estão o multimedi-

dor de energia para sistemas IT-médico, o CP700, de-senvolvido em 2013, que proporciona a integração de todos os sistemas, centralizando as informações para manutenção/engenharia. Também o sistema ATICS, que irá proporcionar maior confiabilidade do suprimento de energia dos sistemas IT-médico, e o equipamento Table-au, que centraliza os controles e alarmes da sala cirúrgica via um painel touch screen com todos os dados, coman-do e gerenciamento.“O destaque fica para o sistema de localização de falhas

automático, que apresenta o que há de mais moderno e funcional do mundo, pois atende fielmente as normas internacionais e nacionais, apresentando uma alta con-fiabilidade dos resultados e funcionamento”, finaliza.

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ESTRUTURATe

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Hospital ContemporâneoPresente na Feira HOSPITALAR, a simulação da edificação em saúde apresenta as inovações para o setor

Maior evento glo-bal de saúde da América Lati-

na, a HOSPITALAR 2014, Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laborató-rios, Farmácias, Clínicas e Consultórios está em sua 21ª edição. Um dos destaques da feira é o Hospital Contemporâneo, montado pela L+m GETS. Trata-se de um hospital equipado com as novi-dades na área de cons-trução em saúde que demonstra aos visitantes o valor de ter o projeto pronto e funcionando.desde 1995, a HOSPI-

TALAR abriga o Hospital Contemporâneo, no qual os visitantes podem co-nhecer produtos e servi-ços para projetar, cons-truir, equipar, mobiliar,

administrar e manter am-bientes de saúde. O pro-jeto montado dentro da Feira HOSPITALAR ressal-ta a importância das ino-vações e das tecnologias para a melhoria da qua-lidade de vida, da saúde e do bem-estar das pes-soas.Nesse espaço, a L+M

GETS e uma aliança de fornecedores mostram ao público tudo o que é necessário para entre-gar ambientes prontos, de materiais e sistemas construtivos a especifi-cações de serviços não assistenciais: manuten-ção de equipamentos e do edifício, produção e transporte de dietas, processamento de rou-pas, esterilização de ma-teriais, segurança, higie-ne, e muito mais.Todos os anos são apre-

sentadas as novidades

em diversos segmentos, desde sistemas que redu-zem o consumo de água e energia elétrica até no-vos softwares de gestão. A estrutura do espaço será montada com aço modular (que permite a reutilização do material), as paredes terão reves-timentos bactericidas (solução para centros cirúrgicos) e forros que atendem às exigências acústicas e de higiene, com proteção anti-fogo.desde a sua fundação,

em 1987, a L+M GETS, única empresa da Amé-rica Latina a ter conheci-mento e prática na cria-ção de espaços prontos para usar, defende a in-tegração de tecnologia e sustentabilidade nos ambientes de saúde, de pequenos consultórios até grandes hospitais. A empresa realiza consul-

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toria e o projeto inicial, gestão de montagem e infraestrutura, cons-trução, instalação de sistemas tecnológicos e equipamentos hospi-talares, projeto de tec-nologia e treinamento e capacitação de pessoas, desenvolvendo todo o processo até a entrega do hospital totalmente pronto para funcionar.Responsável pelas es-

truturas metálicas do Hos-pital Contemporâneo há seis anos, a BMC Cons-truções Metálicas visa

estruturas que possibili-tem obras mais rápidas com menor transtorno no processo e aumentem a versatilidade nos pro-jetos de obras. “No ano passado, levamos para o Hospital Contemporâneo as principais inovações no mercado de cons-truções em aço. Neste ano, continuaremos pri-mando pelas inovações, apresentando matérias e montagem mais recente em obras em aço para hospitais”, diz Ulisses Magosso, Gerente Co-

mercial da BMC Constru-ções metálicas.de acordo com Ma-

gosso, entre as vanta-gens da construção em aço estão a contribuição com o meio ambien-te, com materiais 100% recicláveis e ausência de entulho. “Além dis-so, no caso de obras de ampliação ou retrofit o simples fato de reduzir o prazo de uma obra, reduz proporcionalmen-te as interferências com o funcionamento do hospital”, finaliza.

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Health

Retr

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Adequação necessáriaHospital Samaritano retrofita sua Ala Norte aproximando as características entre o novo e o antigo dentro da instituição

ARQ reforma

Com mais de cem anos trabalhando em prol da saúde

e do bom atendimento, o Hospital Samaritano, em São Paulo, passou por obras de Retrofit em sua Ala Norte. O processo foi dividido em sete fases e executado no prazo de 60

dias. A reforma consiste na modernização dos leitos (17 por andar), da enfer-maria e das áreas de apoio do térreo ao 6º andar da Ala Norte.“A instituição está come-

morando 120 anos de exis-tência, portanto não é difí-cil notarmos as diferenças

entre as áreas construídas recentemente (Ala Oes-te) das mais antigas (Alas Norte e Lane) do comple-xo hospitalar. Com o Retro-fit conseguimos aproximar bastante, no aspecto visual e de segurança, essas áre-as”, comenta Carlos Ro-sencrantz, engenheiro da

Construtora Clark.A logística da construção

seguiu os seguintes pas-sos: demolição das áreas a serem reformadas, inclu-sive com a remoção das louças, dos metais e das esquadrias e luminárias a serem descartadas. Na se-quência, foram executadas

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as instalações de infraes-trutura elétrica e hidráuli-ca, bem como os sistemas de incêndio (sprinkler) e ar condicionado. Os servi-ços de revestimentos dos banheiros e áreas úmidas vieram na terceira etapa, em paralelo com a colo-cação dos pisos vinílicos (mantas), necessários para liberação do pessoal da marcenaria.No que diz respeito às

instalações elétricas, essas foram totalmente refor-madas e adequadas à nor-ma NBR 5410, com a troca de todos os pontos de ali-mentação (tomadas e in-terruptores) para o padrão novo (três pinos). Foram instalados também qua-dros novos de alimenta-ção com a implementação de disjuntores do tipo dR, que impedem e cortam a corrente no caso de con-tato de qualquer individuo com a rede elétrica (to-madas), evitando choques e acidentes. “Além disso, para favorecer a econo-mia de energia, todas as luminárias foram trocadas por modelos mais moder-nos que utilizam lâmpadas mais econômicas e eficien-tes que as antigas”.“Como o prazo da obra é

bem apertado (60 dias por andar), tudo é feito em pa-

ralelo, ou seja, buscamos sempre iniciar um serviço tão logo haja uma frente mínima liberada. Em con-sequência disto, temos o pessoal da marcenaria en-trando na obra ao mesmo tempo em que ainda esta-mos assentando os pisos dos banheiros ou a manta dos leitos à frente”, co-menta Carlos Rosencrantz.Para garantir o pleno fun-

cionamento da instituição durante o processo de obras. As áreas que pas-saram pelo retrofit foram isoladas com tapumes de divisórias navais, veda-das com fitas adesivas em todo seu contorno, de for-ma que impedisse a passa-gem de poeira. “Nas solei-ras das portas de acesso à obra foram mantidos pa-nos úmidos e limpos para dificultar também a saída de sujeira nos sapatos dos funcionários pelos corre-dores do hospital”.Os horários de uso de

marteletes e de demolição eram restritos e depen-diam sempre da área e do andar de atuação. Nas pro-ximidades das UTI’s e dos Centros Cirúrgicos a limita-ção era maior do que nas áreas de leitos tradicionais. “Nossa maior dificuldade na execução deste tipo de obra, é trabalhar com

o hospital em operação e funcionamento nos outros andares e áreas adjacentes, sem que haja interrupção nos atendimentos médicos e nas internações. A quan-tidade de interferências que tivemos que resolver e a atenção redobrada com relação à limpeza e remo-ção dos entulhos é/foi uma preocupação constante”, diz Rosencrantz.O setor de engenharia

do hospital auxiliou bas-tante na resolução dos problemas que, natural-mente, surgem em refor-mas de prédios antigos, principalmente pela falta de projetos das instalações existentes, bem como nas interferências com as áre-as em funcionamento do hospital que não poderiam parar. “A experiência e vi-vencia do pessoal da enge-nharia do hospital no seu dia a dia também ajudou bastante na resolução de conflitos e negociação dos horários de serviços espe-ciais, como os dos cortes nas alimentações de água e gases medicinais para as intervenções necessárias da obra.”A sustentabilidade este-

ve bastante presente no processo de obras. O Hos-pital Samaritano tem um programa de separação e

descarte de entulhos e re-síduos de construção, que reverte a verba obtida para os programas sociais da entidade. “As esquadrias de alumínio usadas, os mó-veis velhos, as tubulações e fiações de cobre são sepa-rados e vendidos para em-presas de sucata”, comenta Carlos Rosencrantz.Os entulhos foram re-

tirados da obra através de carrinhos fechados ou ensacados, por caminhos isolados e sempre pelos elevadores de serviço em horários pré-definidos em conjunto com o hospital, até uma área no subso-lo, onde se localizam as caçambas. “As Caçambas são retiradas por empresa homologada e os entulhos despejados em aterros certificados”, reforça. A tecnologia também

está presente nesta cons-trução através do uso de materiais modernos, mais resistentes e fáceis de lim-par, que dificultam o acu-mulo de sujeira, como as mantas vinílicas, utilizadas nos pisos dos leitos e cor-redores, com seus rodapés arredondados, ou ainda nos porcelanatos e pisos cerâmicos PEI-5 das áreas molhadas, que foram re-juntados com repóxi, ma-terial menos porosos.

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Health

Aprim

oram

ento

ARQ reforma

Primor pelo bom atendimentoHospital no rio de Janeiro passa por adaptações constantes para melhor atender seus usuários

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O Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, desde a sua funda-ção, em 1980, tem a preocupação e

o empenho de garantir a qualidade de sua infraestrutura predial e de suas instalações. Para isso, está sempre realizando obras de reformas e adequações dos setores internos e externos, através do levantamento de ne-cessidades e fluxos de trabalhos, atendendo também as legislações vigentes. No ano de 2008, foi inaugurado o prédio do Centro de Convenções e o Ambulatório de Oftalmolo-gia. “As obras trouxeram o sinergismo entre os profissionais treinados e equipamentos de ponta, permitindo a excelência na assistência aos nossos pacientes”, afirma Cristina maria Oliveira dos Anjos, engenheira civil que res-ponde pelas obras da instituição.Além disso, HSVP está sempre visando

manter seu parque tecnológico atualizado. Recentemente, trocou seu aparelho de he-modinâmica por um equipamento de última geração, o AlluraXper FD 20, com sistema de detecção digital tipo flat. Este aparelho pode realizar cortes tomográficos e reconstruções de imagens em 3d ou com superposições coloridas, marcando as regiões de interesse. Outra aquisição do hospital foi a nova uni-dade de tomografia computadorizada, que com modelo multislice, permite a aquisição de imagens de forma rápida e com qualida-de, para atender a crescente demanda da ins-tituição. “Estamos finalizando também o processo

de aquisição de todo parque tecnológico e do novo CTI de 20 leitos, que contemplará equipamentos modernos de monitorização, ventilação pulmonar, camas elétricas, entre outros. Quanto à qualificação profissional, nosso programa de educação continuada se mantém constantemente atuante na atuali-zação dos profissionais”, conta o Diretor mé-dico do hospital, márcio Neves. A tecnologia sempre esteve presente na insti-

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tuição, incluindo o processo de construção das áreas fí-sicas. Por exemplo, na mais recente obra realizada no HSVP, dividida em prédio de apoio, prédio principal, centro de convenções e sis-tema de combate a incên-dio, a empresa responsável pelas instalações buscou

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inovar com responsabili-dade e compromisso. “Um exemplo é nosso processo de pré-fabricação das ins-talações, o que reduz sig-nificativamente o tempo de execução e as interfe-rências com as atividades fins”, revela Elço Delmiro, diretor de Instalações a

Araujo Abreu Engenharia e Serviços.de acordo com delmiro,

a principal dificuldade en-contrada na obra esteve em sua última fase, que exigia a execução dos trabalhos com todos os setores em funcionamento. “Tínhamos interferências diversas e

“Estamos finalizando também o processo de aquisição de todo parque tecnológico e do novo CTI de 20 leitos, que contemplará equipamentos modernos de monitorização, ventilação pulmonar, camas elétricas, entre outros. Quanto à qualificação profissional, nosso programa de educação continuada se mantém constantemente atuante na atualização dos profissionais”,

Márcio Neves, Diretor-médico do Hospital São Vicente de Paulo

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o coração do hospital não parou: centros cirúrgicos, CTI s, etc”, conta. Para que a instituição

pudesse ser mantida em funcionamento durante o processo de obras, os ser-viços foram programados com os gestores dos seto-res envolvidos de maneira que não houvesse interfe-rências nas atividades fins da instituição. “Atuávamos em conjunto com o hos-pital, e para isso precisá-vamos estar em harmo-nia, sintonizados. Credito o sucesso de executar a obra com o hospital a ple-no vapor a esta parceria”,

afirma Delmiro.Na última reforma, feita

com o hospital em fun-cionamento, o setor de engenharia da instituição teve participação fun-damental para que tudo corresse bem, sem preju-ízos ou danos a pacientes e colaboradores. O processo envolveu ins-

talações elétricas de baixa e média tensão, com distri-buição de tomadas, luminá-rias e pontos de forças para os diversos equipamentos existentes. Para favorecer a economia de energia foram instalados controladores de demanda, cuja função é de

descartar as cargas não es-senciais, evitando assim, o consumo de energia acima do programado e gerando uma economia considerá-vel.Para garantir a qualidade

dos serviços instalados, a empresa provedora das instalações, junto ao hos-pital, manteve avaliações sistemáticas sobre o pro-cesso. “Não só levamos em consideração questões de qualidade de material e execução, como processos, cumprimento de prazos e satisfação do cliente”, con-ta o diretor da Araujo Abreu Engenharia e Serviços.

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Nome do empreendimento: Hospital São Vicente de PauloArquitetos responsáveis: período de 1993 até 2009 : Arquiteta Ana Luiza Perez Sepulchreperíodo de 2010 a presente data : Drawtech Arquitetura Ltda. Engenheiros responsáveis :

Engenharia civil : Cristina Maria Oliveira dos AnjosEngenharia eletromecânica : Artur Fernandes do Nascimento Neto Engenharia biomédica : Manoel domingos Romero Gonzalez

Construtora :

interiores: NM Engenharia, C LOPEZ Engenharia, Araujo Abreu Engenharia e Serviçospaisagismo: Sandro Ward PaisagismoColaboradores: Equipe interna de Manutenção e Obras e Empresas prestadoras de serviços

Coordenação da obra e Gerenciamento de licitação:

Engenharia civil : Cristina Maria Oliveira dos AnjosEngenharia eletromecânica : Artur Fernandes do Nascimento Neto Engenharia biomédica : Manoel domingos Romero Gonzalez

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Renovação funcionalReformulações do Hospital e Maternidade Santa Tereza (SP) destacam-se pela estética e excelente tratamento na volumetria, expansibilidade e flexibilidade

Com uma estrutura mo-derna e uma localização privilegiada capaz de dis-pensar cuidados especiais desde o nascimento até a terceira idade, o Hospital e Maternidade Santa Tereza, localizado em Campinas (SP), destaca-se por ofere-cer uma completa lista de serviços hospitalares. A ins-tituição possui a missão de tornar a estadia de seus pa-cientes o mais breve possí-vel, tendo como filosofia de trabalho a qualidade e

a satisfação dos pacientes, dentro dos mais rigorosos critérios de atendimento.Uma das principais carac-

terísticas da atual arquite-tura do Santa Tereza é a reunião de várias edifica-ções habitacionais. O pré-dio que, nos últimos anos, recebeu uma conceituada reestruturação, antes, apre-sentava vários obstáculos funcionais resultantes de um aglomerado de casas não articuladas e com di-fícil acesso de pacientes,

acompanhantes, visitantes, fornecedores, viaturas ex-ternas e ambulâncias.Além disso, o local precisa-

va de uma marcante trans-formação de todo seu único pavimento térreo, pois não tinha espaços para perma-nência, atendimento e es-tacionamento de veículos. Tais obras foram realizadas na 1ª etapa da reforma da instituição e complementa-das por uma construção na 2ª etapa de um novo bloco.de acordo com Siegbert

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Zanettini, arquiteto res-ponsável por esta reestru-turação da instituição, foi efetuada uma marcante transformação espacial in-terna ao longo da 1ª etapa. Já na 2ª fase, foi possível desenvolver uma esquina contendo seis pavimentos com 30 leitos de internação e três de UTI. “Nessa nova etapa, com a setorização mais integrada de toda a parte térrea com a nova área na esquina do terre-no, foram edificados quatro pavimentos de internação, equipados com todos os serviços de enfermagem. Na cobertura foi instalado um solarium rodeado de jardins para estar e convívio dos usuários”, completa.As obras realizadas no

Santa Tereza são carac-

terizadas pela renovação funcional, estética e um excelente tratamento na volumetria resultante e no desing das fachadas, com um visual totalmente novo e atual.O trabalho de arquitetura

também levou em consi-deração a expansibilidade e a flexibilidade do Plano Diretor. Prova disso, é que o projeto atende tanto à legislação atual, quanto à futura. “Como todos os projetos de nossa autoria, a preocupação com o ho-mem e o uso correto dos espaços e ambientes são condições estruturais na concepção arquitetônica. deste modo, trabalhamos a humanização dentro da instituição”, afirma Zanet-tini.

devido à falta de espa-ço para a criação do can-teiro de obras e o fato do hospital estar situado na área central de Campinas, a construção contou com tecnologias de produção industrializada com estru-tura metálica, lajes de steel deck e divisórias drywall, tornando o canteiro de obras um local de monta-gem.Já no que tange à ilumi-

nação, o projeto determina orientação solar examinada em profundidade, que con-tribui para a utilização diur-na da iluminação natural. Em relação aos revestimen-tos, o arquiteto obedeceu uma cuidadosa preocu-pação com qualidade, de-sempenho e facilidade de limpeza e manutenção.

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ARQ reformaRepleto de históriaO Hospital Santa Tereza (ex-Clínica Pierro) nasceu dos objetivos do médico Celso Pas-

choalino Pierro em fundar, em Campinas (SP), um centro especializado em tratamento de câncer. movido pelo ideal, Pierro deu início às obras deste, que seria um atuante centro hospitalar do município, a Clínica Pierro, fundada em 1º de abril de 1949, que inicialmente, funcionou como Hospital de Câncer.Vendo o crescimento da instituição, 24 anos mais tarde, o hospital buscava a amplia-

ção de seu atendimento através da construção da cidade médica, projeto de caracte-rísticas modulares, que o transformaria em um dos mais importantes centros de assis-tência da América Latina. No entanto, a obra foi interrompida pelo falecimento de seu idealizador. A Cidade médica foi então, doada para a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, onde passou a funcionar a Faculdade de medicina da instituição.Com a morte de Celso Pierro, assumiu a clínica, Luiz Piccoloto Júnior, que permane-

ceu em sua direção até 1º de outubro de 1980, quando o hospital foi transferido aos médicos José Carlos Penna Tobar e Januário Pardo Mêo Júnior, que deram sequência à tão importante obra, dentro de uma nova dinâmica, e dos mais rigorosos critérios de hospital de alto padrão.Em outubro de 1985, Dr. José Carlos Penna Tobar adquiriu a parte de seu até então

sócio e assumiu a direção do hospital, continuando com a política de modernizar e equipar a instituição, sendo o responsável pela criação da maternidade e U.T.I adulto e neonatal, com recursos de primeira linha para dar assistência completa a todo tipo de paciente que dela necessitar.O ano de 2004 marcou os 55 anos de fundação desta casa que grandes serviços presta

à coletividade, nas várias etapas que abrangem desde seu fundador à atual direção, que segue o fiel propósito de amparar e promover o ser humano.

“Como todos os projetos de nossa autoria, a preocupa-ção com o homem e o uso correto dos espaços e am-bientes são condições estruturais na concepção arquite-tônica. Deste modo, trabalhamos a humanização dentro da instituição”

Siegbert Zanettini, Arquiteto

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Hospital viValle passa por ampliação e aumenta o número de leitos

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O Hospital viValle, em São José dos Cam-pos (SP), inaugu-

rou, em janeiro desse ano, mais nove leitos de interna-ção. As obras fazem parte da política de constante melhoria nos serviços de saúde prestados e aumen-tam a capacidade de aten-dimento do hospital sem abrir mão da humanização no atendimento.As instalações para inter-

nação contam com móveis planejados e funcionalida-des para um tratamento eficaz e conforto do pa-ciente durante a sua esta-dia. Agora, com 61 leitos disponíveis, aumentam o número de procedimentos realizados e internações clínicas, oferecendo mais agilidade no agendamento de cirurgias.dada à complexidade

e a criticidade em que os serviços precisaram ser executados, dentro de um curto espaço de tempo, a construtora responsá-vel pela obra precisou ser minuciosa nos detalhes. “A construção executada em redes de hospitais tra-zem uma peculiaridade. Tivemos de desenvolver os serviços com margem zero de retrabalho, pois

não poderíamos atrasar a obra. Estávamos em uma unidade hospitalar, e por mais que existissem todos os cuidados necessários com as demais alas da ins-tituição, nós sabíamos que aquela movimentação im-pactava no funcionamen-to da rede”, diz Alexandre Martins, diretor Comercial da Construjac, empresa responsável pelas obras.Apesar disso, a planta

onde a ampliação foi exe-cutada facilitou os trabalhos com iluminação técnica, humanização e informa-ções extraídas do projeto e do Plano Diretor local. “Certamente, a execução dos trabalhos teriam ou-tra conotação se a planta, humanização e iluminação fossem precárias”, afirma martins.Atendendo às especifica-

ções do contrato, a cons-trutora também alocou o que tem de melhor com relação à mão de obra e aplicação de materiais.“ devido a estrutura de pa-drão elevado estabelecido pelo hospital, tivemos de alocar mão de obra espe-cializada e de alta quali-ficação. Apesar disso ser praxe na construtora, o viValle exigiu algo a mais”.

Além das obras de am-pliação do Plano de Expan-são, que prevê um aumen-to em 150% da capacidade de operação da instituição, há também outras melho-rias que já vêm sendo im-plementadas nos últimos anos. Em 2011, o Pronto Atendimento passou por uma reforma que resultou em uma ampliação de 40 m², oferecendo 50% a mais de leitos na ala. No ano seguinte, o hospital inau-gurou o Centro Cardio-vascular Avançado, com capacidade para procedi-mentos coronários pouco invasivos e abriu uma nova Unidade de Terapia Inten-siva, dobrando a capacida-de de internação.O Hospital viValle con-

quistou, em 2013, a cer-tificação ONA III, selo da Organização Nacional de Acreditação, conferido pelo Instituto Qualisa de Gestão, que confirma a excelência de serviços hospitalares e atualmente está em pro-cesso para a Acreditação Internacional. As melho-rias físicas e o investimen-to nos processos internos fazem parte da busca con-tínua pela excelência na prestação de serviços em saúde.

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Nome do empreendimento: Rede D’OR São Luiz S/A – Hopital viValleEndereço: Av. Lineu de moura, 995 – Vale dos Pinheirosresponsável: Fernando Vc de marcoAspectos do projeto:Nome da obra: ampliação leitos de internaçãosetor da obra: saúdetipo da obra: construçãoData do projeto: início – nov/2012 / término – jan/14Área do terreno: 10.294 m²Área total construída: 4.500 m²Área construída obra 11 leitos: 600 m²No pavimentos: 01Vagas de estacionamento: 120 Gerente de obra e projetos: Engº Flávio Lantelmeresponsável por execução: Engº Sandro derenzi Belodi

Empresas sub-contratadas:obra (empresas responsáveis)Arquitetura: RAF Arquitetura e Planejamento LtdaConstrutora: • Civil: Construjac Martins Ltda• Instalações Elétricas: Landim Comércio de Produtos Elétricos e Serviços Ltda - ME• Climatização: Officenter Refrigeração e Comércio Ltda• Estrutura Metálica/Cobertura: Servale Estruturas Metálicas • Gases Medicinais: Enimed Engenharia

interiores: RAF Arquitetura e Planejamento LtdaCoordenação: Arq. Cynthia KalichszteinColaboradores: Arq. Cleber Tozuki; Élcio machado; Joana Caldeira; Roberto GoboGerenciamento de licitação: Engenharia Corporativa Rede d’or São Luiz

projetos (empresas responsáveis):Ar-condicionado: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria LtdaConsultoria de caixilhos: RAF ArquiteturaElétrico e hidráulico: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria LtdaGases medicinais: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltdaprojeto de fundações: Gepro Engenharia LtdaLuminotécnico: RAF Arquiteturaimpermeabilização: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltdaprevenção e combate a incêndio: Moya Engenharia, Projetos e Consultoria Ltda

fornecedores de material e serviço:Aço/ estruturas metálicas: metalúrgica Gerdau / Servale Estruturas metálicas / Fercoi S/Abancadas de aço inox: OficinoxAndaimes: Santa Izaura Locações de Equipamentos Ar-condicionado: Officenter Refrigeração e Comércio Ltda Concreto: HolcimDivisórias: Comercial Capizzani Imp. Forros Div. Ltda eppportas: Andorra Madeiras

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Detalhes da obra:Drywall: Gesso Acartonado Ref. Lafarge Gypsum Esquadrarias madeira: Portas em madeira, revestida em fórmica moldau nº 848 e fórmica topmat l515Esquadrarias metálicas: Caixilhos em alumínio anodizado tipo maxim-arEstrutura metálica: Comercial Gerdau ferragens de portas: Papaiz Linha designfios: Cabo Flex 2,5 mm à 95 mm Nambei e BrascooperGranito: Branco Itaunas para lavatórios leitos / Aliança Granitos para revestimento piso corredor e rampaimpermeabilização: manta Asfáltica Viapol, Viaplus – Otto Baumgartrevestimento vinílico de parede: Tecelagem Lady Ltdapiso vinílico: Tarkett, Micra Premiunrevestimento cerâmico: Portobello porcelanato: Eliane Platno off white para banheiro leitos revestimento cerâmico paredes internas: Porcelanato Portobello; Cerâmica Portobello AntartidaVidros: Delta Esquadrias de Alumínio e Vidros

fornecedores de equipamentos:Acabamentos de Elétrica: Pial Plus/LegrandÁgua fria: Tigre bombas de recirculação: Rowa Press max 26Calhas e rufos: Franciele Elaine moreira Silvestre Soares - MECombate a incêndio: R&S Instalações Hidráulicas Detectores de fumaça: Ascael Distribuição de água quente e fria: R&S Instalações Hidráulicassinalização: Fluir ComercialLouças: C&C Materiais de Construção Ltdametais sanitários: C&C Materiais de Construção Ltdaremoção de entulho: Jc Locações de Caçambasfundação: Eh Fundações Ltdatubos e tubulações: Tigreplacas de Drywall: Comercial Capizzani Imp. Forros Div. Ltda Epp batente metálico: Serralheria Totem

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Investindo em crescimentoInstituição constrói novos blocos para melhorar o fluxo

O projeto de arqui-tetura desenvol-vido para o novo

bloco do Hospital Santa Joana, em São Paulo, a MultiEmergência, foi fun-damentado na implan-tação de um novo fluxo de atendimento para os clientes e na implantação da tecnologia de RFID para monitoramento des-se novo curso. Toda a in-fraestrutura foi pensada e planejada através de reuniões periódicas com os setores envolvidos no desenvolvimento: médi-cos, tecnologia, farmácia, enfermagem, marketing e comunicação, hospita-lidade e diretoria, para atender da melhor forma ao novo fluxo.O projeto foi desenvol-

vido com base em três pilares: a ampliação dos espaços de atendimen-to aos clientes, a prepa-ração da infraestrutura para instalação da tecno-logia RFID e sistemas de

atendimento e registro de pacientes, além da se-torização das áreas para atendimento aos pacien-tes conforme a classifi-cação na avaliação inicial do atendimento.Para reduzir os impac-

tos causados aos clientes e colaboradores por uma obra deste porte, além de atender aos prazos do cronograma de obras, o planejamento sugeriu a divisão dos trabalhos. A primeira etapa foi ini-ciada em maio de 2010 e previa a criação de um novo espaço com estru-tura em alumínio e vidro para abrigar a nova re-cepção da emergência. Esta ampliação foi signi-ficativa e de grande im-portância, pois permitiu que fosse utilizada como “coringa”, nos momentos em que os espaços pre-cisavam ser realocados para abrir caminho para outras fases. Foram contempladas a

modernização de todo o sistema de climatiza-ção, renovação da rede elétrica e lógica, instala-ção de painéis de gases medicinais em todos os atendimentos, reforma dos postos de enferma-gem e troca de mobiliá-rio, trazendo ainda mais conforto, modernidade e excelência aos serviços de assistência à saúde.A ambientação dos es-

paços traz a preocupa-ção com o conforto e segurança dos usuários, sejam clientes ou colabo-radores, utilizando mate-riais de fácil manutenção e higienização, seguindo tendência minimalista e sem modismos. O vidro e o aço foram utilizados no balcão de atendimento da nova recepção por se-rem materiais que estão sempre em evidência, e não deixam que o tempo imprima neles a marca de ultrapassados, mantendo um constante conceito de

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modernidade e atualidade. Outro material utili-

zado, nas bancadas de preparo de medicamen-tos dos postos de enfer-magem, por exemplo, é a superfície de quartzo, que tem tecnologia bac-tericida, baixa porosida-de e proporciona dureza e resistência. O Silestone também é uma opção de muita beleza, além de ser sustentável. Ambien-tes elegantes, com tons neutros, que trazem ares de calma e tranquilidade são dosados com cores de bem-estar em painéis

de alumínio composto e acrílico.Nesta obra foram cons-

truídos também um novo Centro Cirúrgico, Novo Centro Obstétrico, além de outras áreas vitais do hospital, tudo levando em consideração as questões ambientais. “Nós desen-volvemos o trabalho de engenharia no que tan-ge à elétrica, hidráulica, gases medicinais e água gelada, sempre sepa-rando os materiais que poderiam ser reciclados para destinação correta”, conta o engenheiro Ivan

Machado Terni, diretor da Terni Engenharia.Além da preocupa-

ção ambiental a empre-sa também cuidou para que as instalações fos-sem desenvolvidas de tal maneira a garantir a se-gurança dos pacientes, por exemplo, através da implantação de um sis-tema de ponta no que diz respeito a fuga de corrente elétrica. “Além disso, pensamos também na economia de energia, aplicando automação em iluminação e ar-condi-cionado”, finaliza.

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