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8/16/2019 RESUMO - Concepções Liberais e Progressistas
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TEORIAS NÃO CRÍTICAS DA EDUCAÇÃO (LIBERAIS)
PEDAGOGIA TRADICIONAL Surge com a consolidação do capitalismo: formar uma nova visão de mundo;
Papel da escola: preparar os alunos por meio da assimilação dos conteúdos para assumirem sua posição na sociedade,
sendo formadas para se adaptarem aos diversos papéis sociais já existentes e não para questioná-los;
Conteúdos: conhecimentos tradicionais, transmitidos como verdade – seguiam a lógica do adulto;
Relação professor-aluno: autoritária;
Papel do Professor: centro do processo que domina o conteúdo;
Papel do Aluno: passivo, mero receptor do que o professor ensinava; Disciplina: imposta, rígida;
Método de ensino: principalmente exposição oral – passos de Herbart;
Assimilação do conteúdo pela memorização e repetição;
Concepção de Aprendizagem: inatismo – as condições do indivíduo para aprender são inatas, nascemos com
potencialidades a serem desenvolvidas naturalmente;
Ensino: papel de aprimorar o que o indivíduo já traz consigo desde o nascimento;
Avaliação: classificatória, com ênfase em reprodução de conteúdos memorizados – contribuía para a reprodução dasrelações sociais das classes presentes no capitalismo.
Figura do Pedagogo: com o decorrer dos tempos, esse personagem foi sendo incorporado as escolas, e passou,
coerentemente com a concepção tradicional, a assumir o papel de favorecer o ajustamento do aluno à família e a escola, a
fim de que não se desvie das normas;
8/16/2019 RESUMO - Concepções Liberais e Progressistas
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ESCOLA NOVA
Duas vertentes: a) diretiva b) não diretiva;
Papel do pedagogo: promover ações de orientação vocacional (lazer, social, psicológico-emocional e estudos), sempre
utilizando como método a orientação de grupo e buscando a integração entre os interesses e necessidades individuais e os
da sociedade;
ESCOLA NOVA – VERTENTE “DIRETIVA”
Papel da escola: adequar as pessoas à sociedade, adequando as necessidades individuais às necessidades sociais;
Conteúdos: Valorização do interesse do aluno e dos conhecimentos que ele traz. Maria Montessori: a organização desses
conteúdos deve ser estruturada de modo a promover desafios cognitivos e situações problemáticas a serem resolvidos pelos
alunos coletivamente – “aprender a aprender”;
Relação professor-aluno: democrática, a fim de promover um clima harmonioso;
Papel do Professor: papel secundário, facilitador da aprendizagem, criar de condições para que os alunos aprendessem;
Papel do Aluno: ator principal, centro do processo de ensino-aprendizagem;
Disciplina: não deveria ser imposta, sendo negociada com os alunos;
Método de ensino: ideia da pesquisa – baseado no aprender fazendo, de modo que eram valorizados a pesquisa, a
descoberta, o estudo do meio natural e social, o método de solução de problemas;
Concepção de Aprendizagem: interacionismo construtivista, de Jean Piaget – o homem constrói o conhecimento durante a
vida, na interação homem-meio, respeitando aos estágios de desenvolvimento e aos interesses individuais;
Avaliação: A aprendizagem é mais importante que ensino;
Alguns autores: Anís io Teixeira; Maria Montessor i; John Dewey.
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ESCOLA NOVA – VERTENTE “NÃO DIRETIVA”
Papel da escola: preparar o indivíduo para desempenhar papéis sociais, criando pessoas mais democráticas e
autorrealização pessoal;
Conteúdos: não possuíam relevância – importância na criação de condições, onde os alunos estudassem por si próprios;
Relação professor-aluno: pessoal, favorecendo a criação de clima adepto à mudança;
Papel do Professor: transmissor do saber, com papel secundário, sendo facilitador da aprendizagem;
Papel do Aluno: ator principal, centro do processo de ensino-aprendizagem;
Método de ensino: dispensável, devendo cada professor desenvolver seu próprio estilo, para facilitar a aprendizagem;
Concepção de Aprendizagem: Rogers propunha um método clínico que valorizava os aspectos emocionais, a aceitação do
aluno pelo professor (técnicas: trabalhos em grupos, pesquisas, jogos, dinâmicas, etc.);
Avaliação: auto avaliação; aconteciam por meio de debates entre alunos, relatórios de pesquisa, trabalhos em grupo, sempre
privilegiando o “aprender a fazer fazendo”.
Alguns autores: Carl Rogers.
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PEDAGOGIA TECNICISTA
Período de ditadura militar no Brasil – Industrialização e urbanização;
Papel da escola: formar mão de obra para o mercado de trabalho, onde a escola deveria seguir a lógica da empresa,
principalmente da indústria, para ser mais eficaz e produtiva;
Conteúdos: baseados em informações, princípios e leis, sendo organizados por especialistas;
Relação professor-aluno: distanciada, estruturada, objetiva – deveria evitar subjetividade;
Papel do Professor: técnico a quem cabia transmitir conteúdo pré-definido pelos especialistas, com estratégias também pré-
definidas;
Papel do Aluno: indivíduo responsivo – cabia um papel passivo, de aceitação do ensino que lhe era imposto;
Disciplina:
Método de ensino: expositiva, microensino e instrução programada - todas as atividades coletivas de discussão, reflexão ou
debate eram consideradas desnecessárias e mesmo dificultadoras do ensino;
Nem o professor e nem o aluno eram os atores principais, e sim os materiais didáticos e recursos audiovisuais;
Concepção de Aprendizagem: Behaviorismo de Skinner, que entendia a aprendizagem como modificação do desempenho;
Ensino: organizado, planejado, mensurável;
Avaliação: controle dos resultados de maneira quantitativa: ocorria por meio de testes, provas, sempre ao final de um período
letivo;
Alguns autores: Skinner .
8/16/2019 RESUMO - Concepções Liberais e Progressistas
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TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS DA EDUCAÇÃO
Críticas porque reconhecem a relação entre educação e sociedade, e reprodutivistas pois “chegam invariavelmente à
conclusão de que a função própria da educação consiste na reprodução da sociedade em que ela se insere”;
Tem em comum: a sociedade capitalista é dividida em duas classes: donos dos meios de produção e trabalhadores; a
educação capitalista reforça as situações de exploração dos trabalhadores pelos donos dos meios de produção; a sociedade
capitalista é injusta, mas tenta parecer igualitária.
TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO COMO VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
Principais autores: Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron;
Ideia central:
O sistema de ensino impõe as crianças o capital cultural da classe dominante, desenvolvendo o habitus (formação
durável, produto da manifestação de princípios “que interessam”, cujo efeito se perpetua mesmo após o final da ação
pedagógica;
A escola só valoriza os conhecimentos da classe dominante, onde as crianças da classe trabalhadora tendem a não
trazer de casa os mesmos conhecimentos (trazem outros) e têm mais dificuldades na escola;
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TEORIA DA ESCOLA COMO APARELHO IDEOLÓGICO DE ESTADO
Principais autores: Louis Althusser;
Ideia central:
O Estado representa, na verdade, a classe dominante;
O Estado tem vários aparelhos ideológicos;
A escola é um destes aparelhos ideológicos;
A classe dominante, por meio do Estado (que gerencia os sistemas educacionais), transmite sua ideologia;
A transmissão da ideologia pela escola garante que se mantenha as coisas como estão;
TEORIA DA ESCOLA DUALISTA
Principais autores: Christian Baudelot e Roger Establet;
Ideia central:
A escola é, aparentemente, para todos, indiferente de sua origem de classe, mas, na realidade, não é bem assim;
Os alunos da burguesia (classe dominante) são direcionados para a rede secundário-superior ;
Os alunos do proletariado são direcionados à rede primário-profissional; Papel da escola primária: impor a ideologia burguesa e ocultar a existência de outra ideologia do proletariado;
Desvalorização do trabalho manual;
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TEORIAS CRÍTICAS DA EDUCAÇÃO
Não negam que a educação tenda a reproduzir o status quo, mas defendem que é possível fazer outra educação;
Apostam no caráter transformador da escola;
Propõem uma educação compromissada com a classe popular;
São contra hegemônicas;
PEDAGOGIA LIBERTÁRIA
Proposta pedagógica do anarquismo (teoria social e movimento político que questiona/nega o poder do Estado);
Papel da escola: desenvolver mecanismos de mudanças institucionais e ano aluno, com base na participação grupal;
exercer uma transformação na personalidade do aluno no sentido libertário e auto gestionário; Conteúdos: surge com base nas necessidades e interesses do grupo, sendo colocados à disposição do aluno, mas não são
exigidos;
Método de ensino: método indutivo, baseada na vivência grupal, na autogestão, na iniciativa dos alunos;
Concepção de aprendizagem: método racional, experimental, científico;
Papel do Professor: orienta e catalisa as discussões;
Avaliação: não há uma avaliação formalmente estabelecida;
Não se efetivou em grande escala exatamente por propor a superação da escola burguesa.
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PEDAGOGIA LIBERTADORA
Principal autor: Paulo Freire;
Concepção de aprendizagem: a educação é um ato político, e a conscientização das massas é uma ferramenta em prol da
transformação da sociedade;
Papel da escola: propõe a formação da consciência política do aluno por meio da problematização da realidade, com foco
na educação popular;
Método de ensino: educação problematizadora, por meio de um método dialógico, ativo, que exige uma relação de autêntico
diálogo entre aprendizes e educador;
Relação professor-aluno: deve ser horizontal, sem hierarquia e nem diferenciação, onde educador e educandos se
posicionem como sujeitos envolvidos no ato do conhecimento;
Conteúdos: originam-se da problematização das vivências do grupo, denominados temas geradores;
Avaliação: não faz sentido propor ações formais de avaliação, onde o resultado da aprendizagem pode ser medido pelas
mudanças que traz para a vida;
Papel do Pedagogo: A pedagogia libertadora, embora tenha alcançado a educação formal (escolar), não tinha como foco
inicial essa realidade, e sim os grupos de cultura popular, adultos que se reuniam em sindicatos, associações, igrejas etc. Por
isso, não faz parte de suas formulações a preocupação com a presença de um profissional como o pedagogo.
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PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Surge no Brasil no período de redemocratização, pós-ditadura militar;
Principal autor: Dermeval Saviani;
Papel da escola: socializar os conhecimentos e saberes universais, principalmente para as classes populares;
Conteúdos: relevantes, mas não acríticos. Selecionados de acordo com a relevância para a vida na atualidade;
Relação professor-aluno: interativa e respeitosa, ambos em sujeitos do processo ensino-aprendizagem, mas em papéis
diferentes;
Papel do Professor: agente de transformação, que organiza e direciona o processo de ensino – é um profissional com
competência técnica e compromisso político;
Papel do Aluno: sujeito ativo da aprendizagem;
Metodologia: busca relações entre o senso comum (o que o aluno já sabe sobre o tema) e o conhecimento científico; busca
a superação dialética do senso comum;
Método de ensino: baseado na dialética, segue os passos a seguir: prática social (ponto de partida); problematização;
instrumentalização; catarse; prática social (ponto de chegada);
Avaliação: é importante e faz parte do diagnóstico do processo ensino-aprendizagem;
Papel do Pedagogo: compreende-se o pedagogo como um profissional que está ao lado do professor, contribuindo para que
ele reflita sobre sua prática e sobre a educação de maneira geral.