45
UNIVERSIDADE DO BRASIL MUSEU NACIONAL Relatório Anual JOSÉ CANDIDO DE MEL0 CARVALHO, Ph. D. Diretor

Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

  • Upload
    lynhi

  • View
    220

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

UNIVERSIDADE DO BRASIL

MUSEU NACIONAL

Relatório Anual

JOSÉ CANDIDO DE M E L 0 CARVALHO, Ph. D. Diretor

Page 2: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

KELATóKIO DO MUSEU NACIONAL' REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 195 9, APRESENTADO PELO DIRETOK DA INSTITUIÇÃO, DR. JOlSÉ CANDIDO DE MEL0 CAR- VALHO, AO MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE

DO BRASIL, DR, PEDRO CALMON MONIZ DE BITTENCOURT

Page 3: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

CONTEÚDO

3 . ATMDADES CIENTÍFICO-CULTURAIS

)r 3.1 - EXPOSIÇÕES

3.1 .1 - Exposição de Aves do Brasil 3 .1 .2 - Exposição de Peixes 3.1 .3 - Exposição de Insetos 3 .1 .4 - Exposição temporária sobre o Museu de Ciência da

UNESCO 3 .1 .5 - Exposição temporária sobre a vida e obra de Charles

Darwin

3 . 3 - CURSOS, PALESTRAS E COMUNICAÇÕES

3.3 .1 - Curso de Botânica Sistemática V 3 . 3 . 2 - Curso de Introdução a Museologia

3 .3 .3 - Círculo de Palestras Culturais do Museu Nacional

3 . 4 - OUTRAS ATIVIDADES

3 .4 .1 - 141." Aniversário do Museu Nacional 3 .4 .2 - Simpósio sobre Resistência à Mudança 3 .4 .3 - Sociedade dos Amigos do Museu Nacional 3 .4 .4 - Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro 3 .4 .5 - Reunião de Zoólogos do Rio de Janeiro

v 3 .4 .6 - Imprensa, rádio, cinema e televisão e o Museu Nacional 3.4 .7 - Representações, Congressos, Intercâmbio Cultural e Con-

vênios.

4 .1 - DIVISAO DE ANTROPOLOGIA (D . A.) 4 . 2 - DIVISAO DE BOTÂNICA (D.B.) 4 .3 - DIVISAO DE GEOLOGIA (D. G.) 4 . 4 - DIVISAO DE ZOOLOGIA (D .Z.)

6.1 - SECRETARIA (S.) 6.2 - SECA0 DE ADMINISTRAÇÃO (S. A.) 6.3 - BIBLIOTECA (B.) 6 .4 - SERVIÇO DE FOTOGRAFIA E PROJEÇÕES (S.F.P.)

)r 6 .5 - SERVIÇO DE TAXIDERMIA (S.T.)

J
J
J
J
J
J
J
J
Page 4: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

y 6.6 - SERVIÇO DE DESENHO (S.D.) 6.7 - ALMOXARIFADO (A.) 6.8 - OFICINAS (O.) 6.9 - PORTARIA (P.)

J
J
Page 5: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

1. APRESENTAÇAO

Magnífico Reitor da Universidade do Brasil

Tenho a honra de encaminhar a Vossa Magnificência o relatório das atividades do Museu Nacional, no ano de 1959.

Ao findar o meu quarto ano de administração à frente desta tra- dicional instituição procurei, com a colaboração de meus colegas e com o apoio de Vossa Magnificência, continuar incrementando os trabalhos de pesquisa e educação que nos propusemos realizar.

As exposições públicas mereceram especial atenção, sendo-nos pos- sível terminar a magnífica sala de Aves do Brasil e deixar pràticamente acabadas a sala de Peixes e a sala dos Insetos. Essas três salas, dado o volume de material nelas apresentado e o zelo com que foram orga- nizadas, atestam o labor de nossos técnicos em pró1 da educação popular em larga escala.

A visitação ao Museu continuou em escala ascendente perfazendo um tot81, aproximado, de 350.000 visitantes.

Continuamos a ministrar o Curso de Botânica Sistemática, cujas au- las foram frequentadas por três grupos num total de 19 técnicos. Man- tivemos o nosso Círculo de Palestras Culturais e reavivamos a Socie- dade de Amigos do Museu Nacional destinada a prestar bons serviços complementares aos trabalhos do Museu. O intercâmbio cultural com outras instituições foi continuado, sendo o Museu local de reunião do Seminário sôbw Resistência à Mudança, promovido pelo Centro Latino- Americano de Pesquisas em Ciências Sociais, da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro e outras associações científicas e culturais. Promove- mos, também, uma reunião dos zoólogos do Rio de Janeiro, durante a qual foi decidida a realização do I" Congresso Brasileiro de Zoologia em 1960, no Museu Nacional.

Participamos ativamente do I" Congresso Sul-Americano de Zoolo- gia em La Plata, República Argentina, e dos XIII" Congresso Brasileiro de Geologia em São Paulo, X." Reunião Anual da Sociedade de Botânica na Universidade Rural, e IV Reunião Brasileira de Antropologia, em Curitiba.

Realizamos com êxito convênios com o Instituto de bleos do Mi- nistério da Agricultura e com o Sumane Institute of Linguistics, cuja colabomção com o Museu Nacional vem sendo feita de modo satisfatório.

3E com prazer que observamos continuarem os trabalhos de pesquisa nas várias Divisões técnico-científicas e diversos Setores do Museu. Du- rante o ano foram publicados 78 trabalhos, dos quais 44 editados pela Oficina Gráfica da U.B., perfazendo um total de 1.800 páginas editadas.

Ao ensejo das comemorações do 141." aniversário do Museu Nacional foi prestada uma homenagem especial ao Dr. EmiIio Joaquim da Silva Maia, primeiro Diretor da Seção de Zoologia e Anatomia Comparada do Museu, falecido em 1859.

Continuou o Museu Nacional a receber noticiário lisonjeiro da im- prensa, do rádio e da televisão no decorrer do ano, tendo sido iniciados alguns programas educativos pela televisão que mereceram crítica favo- rável do público em geral.

As Divisões técnico-científicas continuaram seus trabalhos normais, pesquisas de campo e de laboratório, destacando-se em 1959 acentuado

Page 6: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

progresso na reorganização do Herbário da D.B. e nos trabalhos de organização das Coleções da D.Z. Graças a um auxilio especial do C .Pq .U .B. foi-nos possível rever e organizar as coleções de Aves, Mo- luscos, Crustáceos e Equinodermas. Obtivemos, junto ao Exmo. Sr. Pre- sidente da República autorização para realizar concurso para preenchi- mento de vagas de naturalista que deverão ser lotados na D.B.

A Divisão de Educação ampliou bastante os trabalhos de atendi- mento ao público nas exposições, agindo, também, ativamente junto às escolas públicas e aos grupos de estudantes que procuram o Museu.

Foram normais os serviços administrativos, achando-se o Museu em dia com prestações de contas de adiantamento e auxílios recebidos du- rante o ano. Continuamos a sentir necessidade de aumentar o pessoal administrativo, a fim de podermos manter em dia o inventário do imenso acêrvo da instituição. As Divisões científicas ressentem-se de modo sig- nificativo, da falta de funcionários para êsse tipo de trabalho.

Funcionaram a contento a Biblioteca, o Serviço de Fotografia e Pro- jeções, Taxidermia, Desenho, Almoxarifado, Oficinas e Portaria. Inicia- mos durante o ano a organização de nossa Fototeca e também aparelha- mos melhor o S.F.P.

Os serviços de manutenção do Museu foram realizados na medida de nossa capacidade funcional. Com a necessidade de substituição do pessoal no Serviço Público, já foi autorizado pelo Exmo. Sr. Presidente da República o preenchimento de 10 vagas de serventes existentes em nosso quadro. Temos promessa do DASP de que isso seja feito no primeiro trimestre de 1960. Aquela morosidade é indiscutivelmente uma lacuna tremenda em nossa atual organização governamental e que necessita de correção imediata dados os grandes prejuízos que causa a administração em geral.

Continuamos em 1959 a receber auxílios do Conselho Nacional de Pesquisas, da CAPES, do MEC e do C .Pq.U.B. aos quais apresentamos nossos sinceros agradecimentos. Recebeu também o Museu Nacional uma subvenção de Cr$ 500.00,OO da P.D.F., pela primeira vez, apro- vada pela Câmara dos Vereadores. Foi a mesma reduzida pelo Exmo. Sr. Prefeito Municipal para Cr$ 250.000,OO para finalmente ser negada pelo Tribunal de Contas da P . D . F. Identifica-se assim a Prefeitura do Distrito Federal como autêntica madastra para esta Instituição, que tantos serviços lhe tem prestado há 141 anos.

Agradeço a Vossa Magnificência, aos egrégios Conselho de curadores e Conselho Universitário, ao operoso Diretor do DAC, e aos demais Diretores das Divisões da U.B. a colaboração recebida em 1959. Aos pesquisadores do Museu Nacional e demais servidores da instituição apresento também meus agradecimentos e manifesto meu contentamento por têrmos juntos cumprido nosso dever para com o Povo, a Educação e a Ciência.

J . C. M. Carvalho

Page 7: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

2. VISITANTES

VISITANTES ILUSTRES

1 . Pedro Calmon - Magnífico Reitor da Universidade do Brasil 2. Arthur Moses - Presidente da Academia Brasileira de Ciências 3. Lopo de Carvalho Coelho - Secretário Geral da Agricultura

da P.D.F. 4 . Themistocles Brandão Cavalcanti - Presidente do IBECC 5 . Alfred Métraux - UNESCO 6 . Amilcar Viana Martins - Diretor do Instituto Oswaldo Cruz 7. José de Paula Retto - Presidente da Fundação Brasil Central 8 . Francisco Marques dos Santos - Diretor do Museu Imperial 9 . Antonio Moreira Couceiro - Diretor da Divisão Técnico-Cientí-

fica do C.N.Pq. 10. Alcides Teixeira - Diretor do Instituto de Botânica, S. Paulo. 11. Luiz Aguiar Costa Pinto - Diretor do Centro Latino-Americano

Pesquisas e Ciências Sociais 12. Edwin Harris Colbert - American Museum of Natural History 13. A. Gameiro Reys - Diretor da Faculdade de Ciências da Univer-

sidade Central da Venezuela 14. Basset Maguire - The New York Botanical Garden 15. H.S. Irwin - Departamento de Bothnica da Universidade do

Texas 16. Juan Ibanez - Diretor do Centro de Cooperação Técnica da

UNESCO, Montevidéo 17. Delamare Deboutville - Laboratoire de Arago de Banyuls sur-

mer 18. Paul G. Smith - Department Vegetable Crops - University of

California 19. Walter A. Egler - Diretor do Museu Paraense Emilio Goeldi 20. Carlos Maria Gelly y Obes - Presidente do I . C. O .M. Argentino.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Total 324.193

O maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de Papai Noel, em 29 de novembro, com um total de 11.521 visitantes.

Page 8: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

A visitação em 1959 foi das 12 às 17 horas, exceto às segundas-feiras e feriados. Se conseguirmos construir uma subestação de força a fim de suplementar a energia elétrica atual, poderemos futuramente abrir o Museu à noite, no período de 19,30 às 21,30, facilitando a visitas50 pública.

Considerando o grande número de turmas de estudantes, visitantes interessados nas seções técnico-científicas e outras pessoas que penetram usualmente no Museu pela entrada de serviço, poderemos afirmar que a visitação, do Museu Nacional em 1959 atingiu um total aproximado de 350.000 pessoas.

Page 9: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

3. ATIVIDADES CIENTÍFICO-CULTURAIS

No decorrer de 1959 continuamos o trabalho de elaboração das novas exposições públicas, no setor de Zoologia. Devido ao volume do ma- terial e tamanho das salas foi-nos possível terminar a sala 10 - Zoologia com Aves do Brasil.

As salas 3 e 8, com Insetos e Peixes, respectivamente, ficaram prà- ticamente terminadas, restando apenas arrumacão de alguns mostruários.

O Naturalista WALTER DA SILVA CURVELLO continuou prestando sua eficiente colaboração na organização das referidas exposições.

A organização científica dessa exposição coube ao Diretor e ao Zo- ólogo HELMUT SICK, pôsto gentilmente à disposição do Museu Nacional pela Fundação Brasil Central; a dermoplastia, taxidermia e arranjo dos mostruários a cargo do dermoplasta CARL MIELKE, auxiliado pelos se- nhores EDILSON SOARES, BRAULIO DOS PRAZERES, ANDRÉ MAYER e ANTONIO ALDRIGHI, a supervisão museográfica a cargo do Naturalista WALTER CUR- VELLO. Colaboraram, também, na exposição vários outros servidores, sobretudo o técnico ARGENTINO VIEGAS FONTES, OS desenhistas ILDA VELOSO, S n v ~ o BOITONE, WALTER LEITE e YARLY BORBA RIBEIRO; OS zoólogos FER- NANDO DIAS DE AVILA PIRES, JoÁo MOOJEN DE OLIVEIRA, HERBERT FRANZONI BERLA e toda a equipe das Oficinas e Portaria do Museu Nacional. Consta a exposição de 44 mostruários (cada título em armário corres- ponde a um mostruário), pelos quais se distribuem 337 exemplares de aves, pertencentes a 292 espécies, 26 ninhos, 62 ovos, 46 fotografias, 4 desenhos, 9 peças e 46 textos explicativos ou alusivos aos títulos dos mostruários.

M~~struário 1 - O Gavião-Real

Material: Um exemplar de gavião-real - Harpia harpyja (L.) montado em

fragmento de tronco de árvore. Amostras de flechas de índios, com penas de gavião. Um exemplar da revista n." 2 do Museu Nacional aberta na página

que traz um artigo sobre o gavião-real. Ex-libris do Museu Nacional.

Fotografias: Ninho de gavião-real no rio Içana, Alto Rio Negro, Amazonas. Foto

J . C. M. Carvalho. fndios com paramentália confeccionada com penas de gavião-real.

Desenho: Colorido. Gaiola do gavião-real, construída pelos índios Waurá, Alto

Xingu, Mato Grosso.

Page 10: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Textos: Os índios Tupi costumam localizar o ninho do gaviáo-real, do qual

retiram os filhotes para criá-los e mantê-los em gaiolas a fim de ar- rancar periòdicamente suas penas.

O gavião-real é o maior e mais feroz dos rapineiros. Não existe ave, no mundo, que supere a força de nossa Harpia. Alimenta-se de macacos, preguiças, ouriços e pequenos mamíferos. Vive solitário nas grandes florestas, tornando-se agressivo ao homem apenas nas imedia- ções do ninho.

As penas do gavião-real são altamente valorizadas pelos índios que as utilizam em suas flechas.

O Museu Nacional adotou para seu "ex-libris" o gavião-real, emol- durado em estilo marajoara, como alegoria das atividades zoológicas e etnológicas da instituição.

Mostruário 2 - O joão-de-barro e seus associados

Material: Um exemplar de chopim-fêmea, Molothrus bmariensis (Gmel.) . Um exemplar de tuim, F q u s passeri?zus (Ridgw.) Um exemplar de pardal, Passe7 d,oimesticus (Linn.) Um exemplar de andorinha, Tridoprocne albiventer (Bodd.) . Um exemplar de canário-da-terra, Sicalis flaveolla Sharpe. Dois exemplares (casal) joão-de-barro, Furnarius rufus (Mmel.) peça

mostrando ninhos de joão-de-barro, superpostos. Peça mostrando a or- ganização interna do ninho do joão-de-barro.

Fotografias: Ninhos de joão-de-barro, construído na cruz de uma igreja - Carmo

do Rio Claro, Estado de Minas Gerais, Foto: J .C .M. Carvalho. Casal de andorinhas (Phaeopro~gne tapera), que criou seus filhotes

num velho ninho de joão-de-barro. Terezópolis, Estado do Rio de Janeiro, Foto: H. Sick.

Textos: O joão-de-barro é das aves mais populares do Brasil pela confecção

de seu ninho. que tem a forma e a consistência de um forno. Há al- gumas aves quê usam o ninho do joão-de-barro para criar seus próprios filhotes (inquilinismo) e outros cujos filhotes são criados pelo joão-de- barro (helotismo) .

O chopim usa, às vêzes, o ninho do joão-de-barro para depositar clandestinamente seus ovos, obrigando assim o dono da casa a cuidar da prole alheia ao mesmo tempo que da sua.

Ninho de joão-de-barro, cortado para mostrar sua estrutura-entrada e câmara para incubar. Na sua construção a pássaro amassa o barro com o bico para lhe dar maior consistência. Um casal leva 4 a 7 dias para construir o ninho, cujo pêso é de 3 a 5 quilos. O joão-de-barro pesa apenas 75 gramas.

Molstruário 3 - Nidificação. I

Material: João-de-pau, Phacellodomus rufifrom (Wied) e um ninho. Ninho de joão-de-pau, Phacello~domus rufifrons (Wied) com dois ovos. Andorinha, Stelgidopteryx ruficollis (Viell.) .

Page 11: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Barranco com dois ninhos de andorinha. Nhambu, Cqpturellus tataupa (Temm.), com 3 ovos. Ninho de japú. Sapú, Gymnostinqs yuracares Lafr. b d'Orb. Cochicho, Anumbius anumbi (Vieill.) .

Fotografias: Ninhos de cochicho. Minas Gerais, Foto J . C .M. Carvalho.

Mostruário 4 - Nidificação. I1

Material: Andorinhão, (Panyptila cccyenensis (Gmel.)) e seu ninho. Ninho de beija-flor, (Phaethornk squalidus (Temm.) ) numa folha

de samambaia. Uairapum, (Antilqhia galeata (Licht.) fêmea e seu ninho. Furnariídeo, (Geolbates poecilopterus (Wied) ) e seu ninho. Andorinhão, (Chaetura audrei Bearl & Hart.) e seu ninho com dois

ovos, no interior de uma chaminé, Rio de Janeiro.

Fotografias : Ninho de Panyptila num jatobá. Rio Teles Pires, Estado de Mato

Grosso. Foto: H. Sick. Andorinhão, (Chaetura audrei) alimentando filhotes. Niterói, Es-

tado do Rio de Janeiro. Foto: H. Sick.

Desenho: Esquema do ninho de Paruyptila, mostrando a colocação dos ovos.

Mostruário 5 - Insetívoras. I

Material: Anu-prêto, (Croltorphaga uni Linn.) - 2 exemplares. Anu-branco, (Guira guira (Gmel.) - 2 exemplares. Gavião quiri-quiri, (Falco sparve~ius Wied) . Alma-de-gato, (Piaya caina Sclat.) . Pica-pau-do-campo, (Colaptes campestris (Vieill.) - 2 exemplares.

Fotografias: Alma-de-gato ( P i ~ y a cayana (Linn.) ) comendo aranha. Alto Xingu,

Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick. Ninho de pica-pau-do-campo em cupinzeiro. Carmo do Rio Claro, Es-

tado de Minas Gerais. Foto: J . C. M. Carvalho.

Texto: 8 grande o número de aves que se alimentam de insetos e suas

larvas, tornando-se assim úteis as lavouras. Neste caso estão os anús, almas-de-gato, os pica-paus e até certos gaviões.

Mo~struário 6 - Insetívoras. I1

Material: Arapaçu, (Dendrocoltaptes platyrost.Fis Spix) . Arapaçu, (Xenopls rutilans Temm.) . João-bobo, (Malacoptila rufa Sclat.) .

Page 12: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Bico-de-agulha, (Galbula rufoviridis Cab) - 2 exemplares. Pica-pau-de-penacho, (Scapaneus rubricollis (Bodd.) ) . Bacurau, (Nyctidromus albicollis (Gmel.) ) . Ariramba-da-mata, (Brachygalba lugubris (Swains.)). Beija-flor grande, (Eupetomena macroura Salv.) . Andorinhão-de-coleira, (Streptcrprocne zonaris (Shaw) ) . - 2 exem-

plares.

Fotografia: Bem-te-vi, (Pitangus sulphuratus (Linn.)). Alto Xingu. Mato Grosso.

Foto: H. Sick.

Texto: Entre as aves que são insaciáveis comedoras de insetos e outros ar-

trópodes (aranhas, opiliões, escorpiões, etc.) figuram os mais diversos representantes do mundo alado, como andorinhões, arapaçus, pica-paus, arirambas, joão-bobo e até espécies noturnas como os bacuraus.

Mostruário 7 - Insetívoras. I11

Material: Andorinha, Iridoprocne leucorrhoa (Vieill.) . Cambaxirra, Trogolodytes musculus Naum. Filipe, Myophobus fasciatus (Iher.) . Andorinha-grande, Progne chalybea (Gmel.) - 2 exemplares. Galinha-do-mato, Formicarius ruficeps (Spix) . Papa-formigas, Dysithamnus mentalis (Temm.) . Pombinha-das-almas, Xolmis velata (Licht.) . Choca, Thamnophilus doliatus (Linn.) . Siriri, Tyrannus melancholicus Vieill. Bem-te-vi-do-mato, Myriodinastes solitarius (Vieill.) . Bem-te-vi-de-bico-chato, Megarynchus pitanguer (Linn.) .

Fotografia: Andorinhas, Progne chalybea durante a migração hibernal. Linha-

res, Estado do Espírito Santo. Foto: H. Sick.

Texto: Os métodos mais modernos de combate aos insetos prejudiciais ao

homem representam ainda quase nada em comparação com o combate incessante que lhes movem as aves insentívoras.

Mostruário 8 - Carnívoras. I

Material: Açanã, Herpetotheres cachinnans (Linn.) . Gavião-pega-pinto, Buteo magnirostris (Gmel.) . Gavião-pato, Spizastur melanoleucus (Vieill.) . Gavião-pomba, Leucopternis lacernulata (Temm.) . Foto do "gavião da Mesbla" - Falco perepinus Wils., da* América

Setentrional, que periòdicamente aparece no Brasil, Rio de Janeiro. Foto: S. Pinheiros, por cortesia do Jornal do Brasil.

Page 13: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Texto: O alimento básico dessas aves é carne, mas cada uma tem aptidões

peculiares e aperfeiçoa-se em caçar determinados animais. Raramente um gavião aprende a perseguir as aves domésticas, porque isso foge a seu regime habitual.

Mostruário 9 - Carnívoras. I1

Material: Corujão-orelhudo, Bubo virginianus Ridgw. Murucututu, Pulsatrix perspicillata (Lath.) - 2 exemplares. Suindara, Tyto alba (C.L. Brehm) - com um rato aprisionado em

forro de casa.

Fotografia: Murucututu, Pulsatrix perspicillata (Lath.) . Rio Araguaia, Goiás.

Foto: H. Sick. 1

Texto: Na escuridão da noite as corujas trabalham porfiadamente pelo

homem, destruindo ratos e morcegos. Dois a 5 ratos por dia são neces- sários a alimentação de uma coruja.

Mostruário 10 - Carnívoras. I11

Material: Urubu-rei, Sarcrnhamphus papa (Linn.) . Gavião-caboclo, Heterospizias meridionalis (Lath.) . Gavião-de-coleira, Falco fuscocaerulescens Vieill. Carancho, Polyborus plancus (Miller). Ovos de urubu, Coragyps atratus (Sharpe) - 2 exemplares.

Texto: Há variações muito grandes no regime das aves carnívoras: insetos,

peixes, sapos, répteis, aves, mamíferos. Muitas caçam diretamente, ou- tras preferem animais já mortos.

Mostruário 11 - Frugívoras. I

Material: Araçari, Pteroglossus castanotis (Sclat.) - em um ramo. Pavó, Pyroderus scutatus (Schaw.) . Araçari, Pteroglossus inscriptus (Swains.) - em um ramo. Gralha-azul, Cyanocorax cw~ulens (Vieill.) . Maracã, Orthopsittaca manilata (Bodd.) - 2 exemplares.

Fotografia: Macaubal no Alto Xingu, Estado de Mato Grosso, Foto: H. Sick.

Texto: Algumas aves frugívoras vomitam. as grandes sementes dos frutos

ingeridos sem danificá-las, contribuindo assim para a disseminação de espécies vegetais.

Page 14: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Mostruário 12 - Frugivoras. I1

Material: Araçari, Pteroglossus pluricinctus (Gould.) . Tucanaçu, Rhamphastos toco (P .L. S. Mull.) . Tiriba, Pyrrhura frontalis (Vieill.). - em um ramo 4 exemplares. Sanhaço, Thraupis saica (Linn.) . Bico-afiado, Oxyruncus cristatus (Swains) . Tucano-de-peito-branco, Rhamphastos cuvieiri (Wagl.) . Ovos de sanhaço, Thraupis sayaca (Linn.) - 4 exemplares.

Texto: As aves frugívoras podem ser afastadas dos quintais por espantalhos

ou outros processos, não convindo abatê-las ou envenená-las porque há ocasiões em que são úteis.

Mo~st~ruário 13 - Frugívoras. I11

Material: Cavalo-frouxo, Ampelion cucullatus (Swains) . Surucuá-de-barriga-vermelha, Trogonura surrucura (Vieill.) . Anambá-açu, Gymnoderus foetidus (Linn.) . Tiê-galo, Tachyphonus cristatus (Linn.) - casal. Tiê-sangue, Ramphocelus bresilius (Linn.) - casal em cactos. Cambada-de-chaves, Tangara mexicana (Linn.) . Tiê-preto, Tachyphomus coronatus (Vieill.) . Saíra-sete-cores, Tangara sebdm (P .L. S. Muller) . Aracuã, Ortalis guttata (Spix) - adulto e jovem.

Texto: Certos tipos de sementes são disseminadas depois de passarem pelo

tubo digestivo das aves que as ingerem ao comer os frutos.

Mostruário 14 - Especialização alimentar. I

Material: Cigana, Opisthocomus hoazin (P .L. S. Muller) - 2 exemplares. Tachã, Chauna torquata (Oken.) . Ovos de cigana - OprLsthocomus hoazim (Mull.) - 3 exemplares.

Fotografias: Ninho de cigana - Opisthocomus hoazin (P .L .S. Mull.). Foto: W.

Beebe. Anhinga - alimentação predileta da cigana. Foto: W. Beebe.

Texto: Certas aves, como a cigana e a tachã, alimentam-se quase exclusiva- mente das folhas tenras de plantas, como a anhinga, o turiá e os mururés.

Mostruário 15 - Especialização alimentar. I1

Material: Açanã, Laterallus melanophaius (Vieill.) . Gavião-carrapateiro, Milvago chimachima (Vieill.) . Narcejão, Capella undulata (Temm.) . Frango-dágua, Pardirallus maculatus (Bodd.) .

Page 15: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Marrequinha, O q u r a dominica (Linn.) - 2 exemplares. Gavião-caramujeiro, Rolstrhanus solciabilis (Vieill.) .

Texto: Algumas aves possuem regime alimentar restrito, dependendo da

existência dêsse alimento para sobreviverem.

Mostruário 16 - Ictiófagas

Material: Martim-pescador-grande, Megaceryle torquata (Linn.) Ariramba-da-mata, Chloroceryle inda (Linn.) . Alcatraz, Fregata ariel (Sharpe) . Ovos de alcatraz, Fregata sp. - Ilha da Trindade. 2 exemplares. Biguá-tinga, Anhinga anhinga (Linn.) . Ariramba-miudinho, Chloroceryle aenea (Pall.) . Ariramba-verde, Chloroceryle amazona (Lath.) .

Fotografia: Biguá-tinga, Anhinga anhinga (Linn.) . Santarém, Pará. Foto: H. Sick.

Texto: As aves ictiófagas possuem para capturar peixes adaptações pró-

prias, entre as quais se destaca o bico afilado e forte.

Mostruário 1 7 - Granívoras

Material: Pichocho, Sporophila frontalis (Verr.) . Bico-vermelho, Sporophila leucoptera (Vieill.) . Tico-tico-rei, Coryphospingus pileatus (Wied.) - 2 exemplares. Pássaro-preto, Gnorimopsar c h v i (Vieill.) . Fogo-apagou, Scardafella squamota (Less.) - 2 exemplares e 2 ovos

em ninho. Rola, Columbigallina talpacoti (Temm.) . Tsiu, Volatinia jacarina (Linn.) . Papa-capim - Spwophila albogularis (Spix.) .

Fotografia: Fogo-apagou, Scardafella squamota (Less.). Rio Araguaia. Goiás.

Foto: H. Sick.

Texto: Enquanto certas sementes só germinam passando através do tubo

digestivo de determinadas aves, outras são totalmente ali destruídas.

Mostruário 18 - Canoras. I

Material: Cardial, Paroaria dminica (Linn.) . Sabiá-coleira, Turdus albicollis (Vieill.) . Ninho de canário-da-terra dentro de crânio de boi. Canário-da-terra, Sicalis flaveola (Sharpe) - 2 exemplares. Ninho de canário-da-terra retirado de moirão de porteira. Sabiá-branco, Turdus amaurochalinm (Cab.) - 2 exemplares. Sabiá-laranjeira, Turdus rufiventris (Vieill.) e ninho com 4 ovos. Araponga, Procnia averano (Herm.) .

Page 16: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Fotografia: Rouxinol, Icterus croconatus (Wagi.) - Rio Tapajós, Pará. Foto:

H. Sick.

Texto: As aves canoras fazem parte integrante de cada família humilde

em nosso sertão. E pagam os carinhos com tesouros de música.

Mostruário 19 - Canoras. I1

Material: Soldado, Archiplanus albirostris (Vieill.) . Chopim-do-brejo, Pseudoleistes guirahura (Vieill.) . Ovos de japira, Cacipus haernorrhus (Sclat.) - 2 exemplares. Japira, Cacipus haemo~rrhus (Sclat.) - 2 exemplares e ninho. Xenxém, Cacius cela (Linn.) . Rouxinol-de-encontro-amarelo, Icterus cayanensis (Linn.) .

Fotografia: Ninhos de xexém - Rio Paru de Leste. Foto: J.C.M. Carvalho.

Texto: I3 pelo canto que as aves afirmam o domínio do território em volta

do ninho e traduzem suas variadas emoçóes.

Mostruário 20 - Canoras. 111

Material: Pintassilgo, Spinus magellanicus (Vieill.) . Pintassilgo, Hemithraupis guira (Linn.) . Bicudo-prêto, Oqzoborus crassirostris (Gmel.) . Coleirinha, Sporophila co~erubescens (Vieill.) e ninho com dois

OVOS. Ovos de bico-de-ferro, Saltator sp. - 3 exemplares. Caboclinho, Sporophila bouvreuil (P .L . S. Mull.) . Coleira, Sporophila corallis (Bodd.) . Pichochó, Sporophila frontalis (Verr.) .

Fotografia: Coleiros, Sporophila sp. - Rio das Mortes, Mato Grosso. Foto:

H. Sick.

Texto: I3 geralmente nas madrugadas e ao pôr do sol que as aves exibem

o máximo das atividades canoras de que são capazes em natureza.

Mostruário 21 - Polinizadoras

Material: Beija-flor, Thalurania glaucopis (Gmel.) - 2 exemplares. Beija-flor, Leucochloris albicollis (Vieill.) Ninho de beija-flor prêso numa avenca. Beija-flor, Chlorosti1bo.n. aureoventris (d'Orb. e Lafr.) sugando néc-

tar do gravatá - V e s i a lubbersi (Bak.). Ovos de beija-flor - 2 exemplares.

Page 17: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Beija-flor, Aphantochrora cirrochloris (Vieill.) , no ninho. Beija-flor, Stephanoxis lalandi (Vieill.) . Beija-flor, Eupetomena macroura (Gmel.) - sugando o néctar. Beija-flor, Vriesia petropoMtana L. B. Smith. Beija-flor, Anthracothosax migrico,ltis (Vieill.) . Ninho do beija-flor, Glaucis hirsuta (Gmel.) . Beija-flor, Colibri serrirostris (Vieill.) - sugando o néctar da gra-

vatá, Neurogelia sarmentosa (Reg.).

Fotografia: Canela-de-ema, Vellosia sp. Rio das Mortes, Estado de Mato Grosso.

Foto: H. Sick.

Texto: As aves polinizadoras, transportando o pólen, contribuem não só

para a fecundação das flores, como também para o aparecimento, atra- vés da hibridação, de novas formas vegetais.

Mostruário 22 - Campo e cerrado. I

Material: Pica-pau-carijó, Chrysopitilus melanochloros (Gmel.) . Seriema, Cariama cristata (Linn.) . Ovo de seriema. Ninho de pica-pau-do-cerrado. Carmo do Rio Claro, Estado de Mi-

nas Gerais. Curicaca, Theristicus caudatus (Bodd.) . Birro, Leuconerpes candidus (Otto) .

Fotografia: Cerrado no Alto Xingú, Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: As queimadas periódicas dos campos e cerrados do interior do

Brasil destróem não sòmente os ninhos e ovos das aves, como também o seu alimento.

Mostruário 23 - Campo e Cerrado. I1

Material: Tesoura, Muscivora tyrannus (Lnn.) . Perdiz, Rhyncotus rufescens (Temm.) . Coruja-buraqueira, Speotyto cunicularia (Sharpe) - e ninho. Caburé-de-orelha, Atus choliba (Vieill.) . Picapauzinho, Picumnus cirratus (Temm.) - 2 exemplares e ninho. Ninho cortado de picapauzinho - Picumnus cirratus Temm.

Fotografias: Cerrado perto de Brasilia, novo Distrito Federal, Estado de Goiás.

Foto: H. Sick. Coruja-buraqueira ao lado da entrada do seu ninho. Foto: C. Mielke.

Texto: As aves do campo e cerrado também dependem das matas ciliares

ou em capão para garantir sua reprodução e seu sustento.

Page 18: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Mostruário 24 - Campo e Cerrado. I11

Material: Saira, Tangara cayana (Linn.) . João-bobo, Nystalus chacuru (Vieill.) . Sanhaço-de-cerrado, Cypanagra hirundinacea (Less.) . Tesoura-do-brejo, Gubernetes Yetapa (Vieill.) . - 2 exemplares. Curicaca-real, Harpiprion caerulescens (Vieill.) . Saracura, Laterallus vioudis (P .L. S. Muller) . Maria-preta, Knipolegus lophotes (Herllm.) . Bico-de-pimenta, Satatolr atricollis (Vieill.) . Cochicho, Anumbius anumbi (Vieill.) .

Fotografia: João-bobo, Nystalus chacuru (Vieill.) Rio Araguaia. Goiás. Foto:

H. Sick.

Texto: Algumas aves do campo e cerrado possuem adaptação para corrida

veloz, a fim de fugir dos inimigos nos descampados, enquanto outras manifestam para êsse fim grande habilidade de voo.

Mo~truário 25 - Cinegéticas. I

Material: Mutum, Crax fasciolata (Spix.) . Pomba-trocaz, Columba picazuro (Temm.) . Azulona, Tinamius tao (Temm.) . Inhambú-da-mata, Crypturellus strigulosus (Temm.) . Jaó, Crypturellus undzllatus (Temm.) - 2 exemplares. Jacamim-de-costas-verdes, Psophia viridis (Spix.) . Jacutinga, Pipila cumnensis (Jacqu.) . Jacú, Penelope superciliares (Wied.) . Macuco, Tinamus solitarius (Vieill.) - e quatro ovos. Mutum, Cavalo - Mitu-mitu (Linn.) . Jacamim-de-costas-brancas, Pscrphia leucoptera (Spix.) .

Fotografias: Macuco Tinamus solitarius (Vieill.). Rio Doce, Estado do Espírito

Santo. Foto: H. Sick. Família trumaí com mutum, Crax fasciata Spix. Alto Xingu, Es-

tado de Mato Grosso. Foto: H. Sick. Jacamim-de-costas-verdes, Psophia virias Spix. Alto Xingu, Estado

de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: O verdadeiro lastro patrimonial de uma nação é constituído sobre-

tudo pelos seus recursos naturais - aves e outros animais, matas, cam- pos, rios.. . asses recursos representam um tesouro que podemos perder antes de aprender a usá-lo.

Mostruário 26 - Cinegéticas. I1

Material: Narceja, Gallinugo paraguaiae (Vieill.) . Pato-do-mato, Cairina moschata (Linn.) .

Page 19: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Marreca-toicinho, Poecilonetta balamensis (Linn.) . Marreca-cabocla, Dendrocygna antumnalis (Sclat. e Salv.) . Galinhola, Gallinago unduiata (Bodd.) . Pato-de-Crista, Sarkidiornis sylvicola (Ih. e Ih.) . Ovos de morcego, Gallinago paraguaiae (Vieill.) . Marrequinhos, 'Oqura dminica (Linn.) - 4 exemplares. Irerê, Dendrocygna viduata (Linn.) - adulto e jovem. Marrecão, Mochen jubata (Spix.) .

Fotografias: Caçada de Jaó. Alto Xingu, Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Caçada no Rio das Mortes, Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: Foi caçando para seu sustento que o homem aprendeu a criar e

manter animais domésticos. Ainda hoje, a caça esportiva presta reais serviços à ciência.

Mostruário 27 - Mata. I

Material: Ninho de cagacebo - Euscarthmornis sp. Tovacuçu, Gralharia varia (Bodd.) . Pomba-divina, Cblumba speciosa (Gmel.) . Juruviara, Vireo chivi (Vieill.) . Papa-formiga, Drymophila ferruginea (Temm.) . Pica-pau, Piculus chrysochloros (Vieill.) . Sebinho, Conirostrum speciosum (Temm.) . Pica-pau, Piculus erythropis (Vieill.) . Caneleirinho, Pachyramphus castaneus (Jard. e Selb.) . Taquara, Mornorphus geoffroyi (Sclatt.) .

Fotografia: Mata virgem ao Norte do rio Doce, Estado do Espírito Santo. Foto:

H. Sick.

Texto: As matas naturais são indispensáveis à nidificação, alimentação e

proteçáo de várias espécies da ornitofauna brasileira.

Mostruário 28 - Mata. I1

Material: Tico-tico-do-mato, Arremon fflavirostris (Swains.) . Arapaçu, Lepidocolaptes squamatus (Licht.) . Urú, Odontophorus capueira (Spix.) - 2 exemplares. Pica-pau-de-cabeça-amarela, Celeus flavescens (Gmel.) - 2 exem-

plares. Macuco, Tinamus solitarius (Vieill.) - adulto e jovem. Arapaçu, Sittasomus griseicapillus (Vieill.) . Tiê-de-tapete, Trichthraupis m,elenops (Vieill.) . Ariramba-da-mata, Brachygalba lugubris (Swains.) .

Fotografia: Pica-pau-carijó, Chrysoptilus melanochloros (Gmel.) . Rio Araguaia,

Estado de Goiás. Foto: H. Sick.

Page 20: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Texto: Muitas aves brasileiras estão de tal modo adaptadas a viver na

mata virgem, que desaparecerão com as derrubadas.

Mostruário 29 - Escravagismo

Material: Peixe-frito, Dromococcyx pavoninus (Pelz.) . Ovos de chopim, Molothrus bonariensis (Gmel.) - 4 exemplares. Ninho de joão-teneném, Synallaxis ruficapilla. Vieill. Saci, Tapera naevia (Linn.) . Chopim, Molothrus bonariensis (Gmel.) - 2 exemplares. Tico-tico, Zonotrichia capensis (P .L.S. Mull.) e ninho com 4 ovos

de chopim.

Fotografia: Beira de igarapé onde ocorre o peixe-frito, Dro~mococcyx phasianellus

(Spix.) Alto Xingu, Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Desenho: Saci, Tapera naevia (Linn.), catando. Original do prof. A. Miranda

Ribeiro (Museu Nacional).

Textos: O chopim, o saci e o peixe-frito põem ovos em ninhos de outros pás-

saros, que lhes criam os filhotes como se fossem sem. O peixe-frito deposita seus ovos em ninhos de pequenos pássaros.

(Tiravideos), como o cagacebo, Tocdirolstrum phumbeiceps Lafr. Ninho de joão-teneném, Synallaxis ruficapilla Vieill., no qual c/ saci,

Tapera naevia (Linn.) , costuma depositar seus ovos. Ninho de tico-tico, Zoinotricha capensis (P.L.S. Mu11.) no qual o

chopim, Molothrus bonariensis (Gmel.) põe seus ovos.

Mostruário 30 - Tangarás e Uirapurus

Material: Uirapuru, Pipra erythrocephala rubrocapilla (Temm.) . Uirapuru, Teleonema filicauda (Spix.) . Cabeça-encarnada, Chirosciphia pareola (Linn.) 2 exemplares. Rendeira, Manaeus manaeus (Linn.), e ninho com 2 ovos. Uirapuru, Pipra erythrociphala erythrociphala (Linn.) . Uirapuru, Pipra fasciicaudata (Sneth.) . Tangará, Chiroxiphia caudata (Show e Nodd.) - 2 exemplares.

Desenho: Dança de três machos de tangará, Chirosciphia caudata (Shaw e

Nodd.), diante de uma fêmea. Original de H. Sick.

Texto: Os tangarás são famosos por sua dança nupcial e os uirapurus pela

crença popular de atraírem simpatia e felicidade para seus possuidores.

Mostruário 31 - Ornamentais. I

Material: Saí-de-sete-côres, Tanga seledolz (P .L. S. Mull.) . Gaturamo, Chlorophonia cyanea (Thunb.) .

Page 21: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Anambé-roxo, Xipholena punicea (Pall.) . Arara-vermelha, Ara chloroptera (Gray.) Anambé-branco, Xipholena lamellipennis (Lafr.) . Saura, Pholenicircus carnifex (Linn.). Sanhaço-de-fogo, Piranga f lava (Vieill.) . Sanhaço-frade, Stephanophorus diadematus (Temm.) . Corrujão, Icteus croconotus (Wagl.) . Anarnbé, Cotinga maculata (P .L. S. Mu11.) .

Texto: 1

A plumária das aves ornamentais está intimamente ligada à vida artística dos índios brasileiros, proporcionando-lhes a satisfação dos seus mais elaborados impulsos estéticos.

Molstruário 32 - Ornamentais. I1

Material: Tiê-galo, Trachyphonus cristatus (Linn.) - 2 exemplares. Anambé-azul, Cotinga cayana (Linn.) . Tiê-sangue, Rhamphocelus bresilius (Sclat.) . Saí, Cyanerpes cyaneus (Linn.) - 2 exemplares. Saí, Dacnis flaviventer (Lafr. e d'Orb.) . Gralha, Cyanocorax chqsops (Vieill.) . Saí, Dacnis cayana (Linn.) - 2 exemplares. Príncipe, Pyrocephalus rubinus (Bodd.) . Canário-do-mato, Caryothraustes canadensis (Linn.) .

r--

Texto: Inúmeras aves brasileiras realizam a maravilha de combinar har-

moniosamente as côres mais aberrantes ou realçar as côres mais modestas.

Mostruário 33 - Paludícolas. I

Material: Lavadeira, Arundinicola leucoêephala (Linn.) e ninho. Saracura, Porphyops melanops (Vieill.) . Quero-quero, Belonopterus cayemensis (Gmel.) . Ovo de saracura, Aramides saracura (Spix.) - 1 exemplar. Carqueja, Eulica armillata (Vieill.) . Savacu, Uycticorax nycticorax (Bodd.) . Soco-í, Ixobrychus exilis (Temm.) . Macuquinho, Lochmia nematura (Licht.) . Patinho-dágua, Heliornia fulica (Bodd.) . Mergulhão-pequeno, Poliocephalus dominicus (Grant.) .

Texto: As aves paludícolas, cujo voo é curto e pesado, defendem-se em

geral dos inimigos mais correndo e escondendo-se na vegetação dos brejos.

Mostruário 34 - Paludícolas. I1

Material: Frango-d'água, Gallinula chloropus (Lath.) . Arapaj á, Cochlearius cochlearia (Linn.) .

Page 22: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Ovo de dorminhoco, Nyctanassa violacea (Linn.) . Massarico, Tringa flavips (Gmel.) . Garça-de-cabeça-preta, Pilherodius pileatus (Bodd.) . Canário-do-campo, Emberizoides berbicola (Vieill.) . Frango-d'água-azul, Porphynila martinica (Linn.) .

Fotografia: Filhotes de socó. Alto Xingú, Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: Pernas longas e dedos compridos são caracteres adaptativos que

muito favorecem a vida no meio palustre.

Mostruário 35 - Marinhas

Material: Batuira do mar, Hermatqus ostralegua Stresen. Atobá, Sula leucogaster (Bodd.) . Ovo de atobá, Sula sp. Gaivotão, Larus dominicanus (Licht.) . Trinta-réis, Sterna sp. AnÚ-corwa, Crotophaga rnçLj0.r (Gmel.) . Andorinha, Iridoplrocne albiventer (Bodd.) . Lavadeira, Fluvicola pica (Bodd.) . Batuíra, Nycticryphes semi-collaris (Vieill.) . Garça-da-mata, Agamia agami (Gmel.) .

Fotografia: Ariramba-verde, Chlo~oceryla amazona (Lath.) Alto Tapajós, Esta-

do do Pará. Foto: H. Sick.

Texto: As matas ciliares e praias dos rios fornecem abrigo e alimentação

a várias espécies de aves.

Mostruário 37 - Psitacídeos. I

Material: Jandaia, Aratinga auricapilla (Salv.) . Periquito, Tirica chiriri (Viell.) . Maracanã, Dioprittaca nobilis (Linn.) . Chaná, Amazona rhodocorytha (Salv.) . Periquito-rei, Pionopritt apileata (Scap.) . Catorra, Myiopsitta maracana (Vieill.) . Maracanã, Propyrrhura Maracana (Vieill.) . Arara-azul, Anodorhychus hyacinthinus (Lath.) .

Fotografia: fndio com periquito, Tirica chiriri (Vieill.). Alto Xingu, Estado de

Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: Os papagaios e seus afins são tão comuns e abundantes no Brasil

que os primeiros mapas após o descobrimento registravam nosso país como Terra do Papagaio.

Page 23: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Mostruário 38 - Psitacídeos. I1

Material: Maitaca, Pionus maximiliani (Kuhl.) . Marianinha-de-cabeça-preta, Pionites melanocephalus (Linn.) . Marianinha, Pionites leucogaster (Kuhl.) . Moleiro, Amazona farinosa (Bodd.) . Papagaio-verdadeiro, Amazo~za aestiva (Linn.) . Jandaia-de-cabeça-preta, Nendayus nenday (Vieill.) . Periquito, Tonit surda (Kuhl.) . Papa-cacáu, Amazona festiva (Linn.) .

Fotografia: Tuipara, Brotogeria tuipara (Gmel.) e moleiro, Amazona farinosa

(Bodd.), rio Tapajós, Estado do Pará. Foto: H. Sick.

Texto: A multidão imensa de jandaia, papagaio, araras e periquitos fazem

uma festa constante de gritaria e cores em todo sertão brasileiro.

Mostruário 39 - Mimetismo. Vida Noturna

Material: Mocho orelhudo, Rhinoptynx clamtor (Vieill.) . Bacurau, Padapr necunda (Vieill.) . Urutau, Nyctibius griseus (Gmelin) . Curiango-tesoura, Hydropsalis torquata (Gmel.) João-corta-pau, Setochalcis rufa (Bodd.) . Coruja-do-mato, Ciccaba borelliana (Bert.) .

Fotografias: Nidificação do urutau, Myctibius griseus (Gmel.) adulto e filhote.

Foto: Chalmers. Morro Velho, Estado de Minas Gerais. Caburé de orelha, Otus choliba (Vieill.). Alto Xingu, Estado de

Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: As aves noturnas em geral possuem plumagem macia e coloração

protetora.

Mostruário 40 - Tucanos e Araçaris

Material: Araçari, Pteroglossus bitorquatus Vig. Araçari-poca, Selenidera maculirostris (Licht.) - 2 exemplares. Tucano-grande-de-peito-branco, Rhamphastos cuvieri Wagl. Araçari, Pteroglossus aracari (Linn.) . Araçari-banana, Baillonius bailloni (Vieill.) . Tucano-pequeno-de-peito-branco, Thamphastos culminatus Gould. Ovo de tucano, Rhamphastos sp.

Fotografia: Araçari, Pteroglossus castanotis Sclat. em mãos de índia Waurá,

Alto Xingu, Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Page 24: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Texto: Há, no Brasil, muitas espécies de tucanos e araçaris de belo e

variado colorido. O bico grande e leve e a língua comprida, semelhante a uma pena, são característicos.

Mostruário 41 - Rapina. I

Material: Gavião, Micrstus gilvicollis (Vieill.) . Gavião, Accipiter superciliosus (Linn.) . Gavião-pomba, Leucopternes albicollis (Lath.) . Ovo de gavião-pescador, Pandiou sp. Tanató-pintado, Accipiter pectoralis (Bonap.) . Gavião, Harpagus diodon (Temm.) .

Fotografia: Gaviãozinho, Gampsonyx swainsonii Vig. Rio Araguaia. Estado de

Goiás. Foto: H. Sick.

Texto: A habilidade de v60 é altamente desenvolvida nas aves de rapina,

que aproveitam as correntes de ar quente em assunção para facilitar o seu v60 com diminuição do desgaste físico.

Mostruário 42 - Rapina. I1

Gavião-tesoura, Elanoides forficatus (Vieill.) . Gavião, Buteo albicaudatus Vieill. Ovo de caraucho, Polyborus planicus (Mill.) . Gavião-pega-macaco, Spizaetus Cyrannus (Wied.) .

Fotografia. Gavião-pomba, Ictinea plumbea (Gmel.), Alto Xingu, Estado de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: Bico adunco e garras fortes são adaptações ao meio, muito úteis

para a alimentação das aves de rapina.

Mostruário 43 - Aves Bizarras. I

Material: Guará, Guara rubra (Linn.) . Anhuma, anhima cornuta (Linn.) . Piaçoca, Jacara spinosa (Linn.) e ninho com ovos. 4 ovos. Beija-flor, Heliactin bilophum (Temm.) . Beija-flor, Lcphornis magnificus (Vieill.) . Hudu, Momotus nomota (Linn.) .

Fotografia: Pavãozinho do Pará, Eurypyga helias (Pall.) Alto Xingu, Estado

de Mato Grosso. Foto: H. Sick.

Texto: As extravagâncias de forma e de cores não têm finalidade. Ao con-

trário, muitas vêzes, elas representam desvantagens para o animal.

Page 25: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Mostruário 44 - Aves Bizarras. I1

Material: Curiquinha, Tonit hwtii (Temm.) . Mãe-da-lua, Nyctibius grandis (Geml.) . Ariramba-grande, Urogalba deu (Linn.) . Anambé-preto, Cephalopte~us ornatus Geoffr. S. Hill. Cigarra, Myornis auricularis (Vieill.) . Ovo de ema. Ovo de beija-flor. Viuvinha-tesoura, Colonia colonus (Vieill.) . Arapaçu, Campy lohramphus trochilirostris Licht. Araçari, Bau harnaisius beauharnaesii (Wagl.) . Galo-da-rocha, Rupicola rupicola (Linn.) - casal.

Texto: A beleza de cores e formas bizarras de nossa avifauna é uma con-

seqüência do clima tropical.

Legendas fora dos armários.

1 - "Vi muitas classes de pássaros.. . outro que quando a fêmea quer botar ovo o põe nas costas do macho e ali se incubam". Antonio Pigafetta - Primeira viagem ao redor do mundo - 1519.

2 - "Pela manhã, topamos aves a que chamam "fura-buchos". E neste dia, à hora de vésperas, houvemos vista de terra". Pero Vaz de Caminha - Carta a El-Rei D. Manoel - 1500.

3 - "0 tucano.. . é um animal maravilhosamente disforme e monstruoso. . . " André de Thevet - Singularidades da França antárctica - 1557.

4 - "Oacaoam.. . êstes pássaros comem cobras que tomam, e quan- do falam se nomeam pelo seu nome.. ." Gabriel Soares de Souza - Tratado descritivo do Brasil - 1587.

5 - "E trouxeram de lá muitos arcos e barretes de penas e aves, dêles verdes e amarelos, de que creio o capitão há de mandar amostra',. Pero Vaz de Caminha - Carta a El-Rei D. Manoel - 1500.

6 - "Entre todas as coisas de que na presente história se pode fazer menção, a que mais aprazivel e formosa se oferece à vista humana, é a grande variedade das finas e alegres cores das muitas aves que nesta província se criam". Pero de Magalhães Gandavo - História da Província de Santa Cruz - 1576.

7 - "Quanto, porém à plumagem (como julgareis depois de ouvir- me), não creio podemos achar em todo o mundo aves de mais deslumbrante beleza. . . " Jean de Lory - História de uma viagem à terra do Brasil - 1578.

8 - "Guanumbí.. . dêsse há vários gêneros, dos quais um, afirmam todos, é gerado da borboleta". José de Anchieta - Carta fazendo a descrição das inúmeras coisas naturais. . . na província de São Vicente. . . - 1560.

Page 26: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

9 - "Há também muitos pássaros singulares ali. Uma espécie chamada "urá-piranga" tem seus pastos perto do mar.. ." Hans Staden - Verdadeira história e descrição de wn País habitado por homens selvagens nús, ferozes e antropófagos.. . - 1557.

10 - "Eu creio seguramente que Plínio não mencionou uma milé- sima parte dos animais e aves que existem nesta região". Américo Vespucio - Carta a Lorenzo di Medici - 1501.

11 - "e eram tantas as aves, que com paus as matávamos". Pero Lopes de Souza - Diário de Navegação - 1530.

Organizada cientificamente pelo Naturalista PAULO DE MIRANDA RI- BEIRO com a colaboração do Zoólogo JosÉ CÂNDIDO DE MELO CARVALHO, nela prestou relevantes serviços o serviço de taxidermia sob a orien- tação do dermoplasta CARL MIELKE auxiliado pelos senhores EDILSON SOARES, BRAULIO DOS PRAZERES e ANTONIO ALDRIGHI. A supervisão museo- gráfica coube ao Naturalista WALTER DA SILVA CURVELLO.

Colaboraram ainda na elaboração da mesma os desenhistas ILDA VELOSO, SYLVIO BOITONE, MARCOS DE SOUZA e o técnico ARGENTINO FONTES. O setor de Oficinas trabalhou ativamente na sua conclusão. Um rela- tório detalhado dessa exposição será apresentado em 1960.

Iniciada em 1958, foi quase terminada no corrente ano. Planejada conjuntamente pelos Zoólogos JosÉ CÂNDIDO DE MELO CARVALHO e ROGER PIERRE HYPOLITE ARLÉ recebeu também a colaboração museográfica do Naturalista WALTER DA SILVA CURVELLO. Será indiscutivelmente uma das salas mais atrativas das exposições públicas do Museu. O seu re- latório completo será também apresentado em 1960.

3.1.4 - EXPOSI~ÃO TEMPORÁRIA SOBRE OS MUSEUS DE CIÊNCIA DA UNESCO

Oferecida ao Museu Nacional pela UNESCO através do Conselho Internacional de Museus (ICOM) .

Visando mostrar o que são os museus de ciências e suas finalidades, foi a Exposição montada pela Divisão de Educação, sob a supervisão do Naturalista JosÉ LACERDA DE ARAUOJO FEIO. Consta de 12 grupos com 24 painéis, tendo sido inaugurada por ocasião do 141." aniversário do Museu Nacional.

3.1.5 - EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA SOBRE A VIDA E OBRA DE CHARLES DARWIN

Organizada pela D .E. sob a supervisão do Naturalista JosÉ LACERDA DE ARAUJO FEIO, foi inaugurada solenemente em 3 de março com a pre- sença de representantes do Conselho Britânico, membros do Corpo Di- plomático e autoridades. A exposição permaneceu aberta ao público até 12 de março, tendo havido também projeções cinematográficas diárias.

3.2 - PUBLICAGõES

Vencendo as dificuldades criadas pelo aumento crescente do custo do papel mantivemos o mesmo rítmo de publicação dos anos anteriores, sendo possível editar um total de 1.620 páginas, sendo 31 Boletins, dois

Page 27: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

A CAMPANHA DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR e ao CONSELHO NACIONAL DE PESQUISAS, sob OS auspícios dos quais vem funcionando o referido Curso, desejamo's apresentar nossos agradecimentos.

O Museu Nacional colaborou com a Divisão de Ensino extracurri- cular do M.E.C. sob a Direção do Dr. SALVADOR JULIANELI para realiza- ção do Curso de Introdução à Museologia, organizado pela Professora MARIA BARRETO do Museu Nacional de Belas-Artes.

Foram proferidas 15 palestras durante o ano, versando sobre as- suntos de Ciências Naturais, Antropologia e Museografia. Um total de 10 alunos frequentou o curso até sua conclusão.

3 . 3 . 3 - CÍRCULO DE PALESTRAS CULTURAIS

As palestras culturais do Museu Nacional, iniciadas em 1956, ti- veram prosseguimento, tendo tido em 1959 um total de 15 conferências, das quais 13 foram proferidas por pesquisadores do Museu Nacional.

O menor número de palestras neste ano foi uma conseqüência do plano de transformá-las em Simpósios mensais (decisão da Congre- gação) o qual posteriormente se verificou ser inviável nas circuns- tâncias atuais. As palestras culturais, desta forma, só puderam ter início em 28 de julho.

As conferências observaram a seguinte ordem cronológica:

Julho

dia 28 - HELMUT SICK ('O gavião Falco peregrinus Bonap. e sua ocorrência no Brasil".

dia 4 - VICTOR STAWIARSKI "A coleção egiptológica do Museu Nacional e considerações sobre egiptologia".

dia 11 - FERNANDO DE AVILA PIRES "Considerações sobre o estudo dos Mamíferos".

dia 18 - WALTER DA SILVA CURVELLO "O enigma dos tectitos".

dia 25 - PAULO DE MIRANDA RIBEIRO "Resultados ictiológicos da viagem do Toku Maru".

Setembro

dia 1 - FRIEDRICH WILHELM SOMMER (D .N. P .M.) . "O estado atual da palinologia fóssil no Brasil".

dia 8 - SÔLON LEONTSINIS "A educação nos Museus e o serviço de empréstimo de ma- terial às escolas".

dia 15 - FAUSTO LUIZ DE SOUZA CUNHA "Trabalhos de campo em Paleontologia".

dia 22 - ALBERTO CASTELLANOS "Tipos de vegetação do Brasil".

Page 28: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Secretário: Prof. FUAD ATALA; 2." Secretário: Profa. MARGARETTE EMME- RICH; Tesoureiro: Dr. MAURY PINTO DE OLIVEIRA; Representante do Mu- seu Nacional: Dr. JosÉ CÂNDIW DE MELO CARVALHO.

Foi constituído ainda um Conselho Diretor, de caráter consultivo, constituído por 10 membros a saber: Drs. FRIEDRICH WILHELM SOMMER; JoÃo RIBEIRO MENDES; Tte. Cel. MOACYR ALVARENGA; Drs. JOAQUIM MATTOSO CÀMARA JUNIOR, JOSÉ LACERDA DE ARAUJO FEIO, LUIZ DE CASTRO FARIA; ANTENOR LEITÃO DE CARVALHO; EMMANOEL DE AZEVEDO MARTINS, LUIZ EMYGDIO DE MELLO FILHO e Prof. VICTOR STAWIARSKI.

Com a colaboração do Museu Nacional, foi possível instalar, numa dependência do andar térreo, a sede e a pequena loja para venda de publicações.

Foi nomeada uma Comissão para a revisão dos Estatutos, que se encontram no momento em fase de registro.

A Sociedade conseguiu em 1959 62 sócios e está empenhada numa campanha para incorporar novos associados, principalmente, no meio estudantil.

Iniciou-se também um programa de palestras culturais, tendo sido proferidas as seguintes: 27-8-59 - Conchas Curiosas de Todo do Mundo por Dr. MAURY PINTO DE OLIVEIRA; 24-9-59 Sôbre o gênero Heliconia por Dr. LUIZ EMYGDIO DE MELLO FILHO; 29-10-59 - Orquádeas Fluminenses por Dr. JUVENAL LARANJA; 26-11-59 - A aerofo'togrametria e suas apli- cações a História Natural por Comandante LUIZ ALBUQUERQUE, e 17-12-59 - Enciclopédia Infantil Brasileira - Mamiferos e Aves por Dra. FLÁVIA DA SILVEIRA LOBO.

3.4.4 - SOCIEDADE DE BIOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

Durante o ano de 1959 a Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro realizou 6 reuniões no Museu Nacional. Um total de 8 técnicos da instituição apresentou 16 comunicações à Sociedade no decorrer do ano. Sob a presidência do Dr. HERÁCLIDES DE SOUZA ARAUJO manteve-se a So- ciedade em atividade constante e em estreito contato com o Museu Nacional.

A convite do Museu Nacional, com a finalidade de programar um temário para o I" Congresso Brasileiro de Zoologia, realizou-se no dia 14 de dezembro uma reunião de Zoólogos do Rio de Janeiro.

Nessa reunião estabeleceu-se que a melhor data para o Congresso seria de 10 a 15 de outubro, sendo aceito unânimemente o temário pro- posto pelo Dr. JOSÉ CÂNDIDO DE MELO CARVALHO OU seja: Contribuições para o inventário crítico da Zoologia do Brasil (1500-1960).

O plenário escolheu o Museu Nacional como sede do I" Congresso Brasileiro de Zoologia, bem como deu a instituição poderes para or- ganizar a reunião com o auxílio de outras organizações onde se fazem pesquisas zoológicas no Brasil. A essa reunião compareceram 23 zoólogos.

A semelhança dos anos anteriores registram-se aqui as principais notícias sobre o Museu Nacional publicadas nos jornais ou divulgadas pelo rádio, cinema e televisão durante o ano de 1959.

Page 29: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Jornais

Correio da Manhã - 14-1-959 Oportunidades aos estudiosos de Botânica.

Correio da Manhã - 22-1-959 Descoberta nova alga parasita em S. Paulo.

Correio da Manhã - 27-1-959 Exposição centenária de C. Danvin promovida pelo Conselho Britânico - No Museu Nacional.

Correio da Manhã - 28-2-959 Não é brasileiro o Falcão da Mesbla que ataca os pombos na Cinelândia.

Gazeta de Noticias - 5-3-959 Centenário da origem das espécies.

O Globo - 5-3-959 O Museu Nacional comemora o centenário da obra de Damvin.

Correio da Manhã - 6-3-959 Não seria mesmo do Brasil gavião da torre da Mesbla.

Revista Visão - 6-3-959 Renova-se o velho Museu Nacional.

O Globo - 7-3-959 É falcão e come até pato!

Correio da Manhã - 8-3-959 Reforma da Quinta da Boa Vista de nada adiantará se o parque não for para outro local.

Jornal do Comércio - 8-3-959 Riqueza e pobreza do Museu Nacional.

O Globo - 11-3-959 Apanhado um gavião na rua do Passeio.

Correio da Manhã - 15-3-959 Turismo e Museus.

Correio da Manhã - 24-4-959 Charles Darwin - "O apóstata de Oxford".

Correio da Manhã - 27-4-959 A. Humboldt foi o descobridor científico da América Latina.

O Globo - 26-5-959 Sala de Aves do Brasil no Museu da Quinta.

Shopping News - 31-5-959 Aves do Brasil (300) no Museu Nacional

Jornal do Comércio - 31-5-959 Museu Nacional vai completar 141 anos.

Oltima Hora - 1-6-959 l\/luseu Nacional - Novas atrações.

Diário Carioca - 2-6-959 Museu da Quinta vai ganhar 300 pássaros.

A Noticia - 3-6-959 Museu Nacional completa seu 141." aniversário.

Diário de Noticias - 3-6-959 Exposição de Aves comemorará 141 anos do Museu Nacional.

O Globo - 4-6-959 O Museu da Quinta da Boa Vista comemora 141 anos de existência.

Jornal do Brasil - 5-6-959 Envelhece, renovando-se.

Page 30: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Col-reio da Manhã - 6-6-959 Museu Nacional festeja hoje 141 anos evocando vulto es- quecido: Silva Maia.

Correio da Manhã - 7-6-959 Correio leva hoje leitores em visita ao Museu Nacional.

Correio da Manhã - 9-6-959 Muito viu e aprendeu no Museu Nacional quem foi na visita - guiada do "Correio".

Correio da Manhã - 21-6-959 Em vez de curare e a sarabatana - índio Tukuna agora usa carabina.

Correio da Manhã - 19-7-959 Estudos da fauna fóssil da formação Pirabas.

Jornal do Brasil - 29-7-959 Gaviões malvados emigram dos Estados Unidos e podem chegar em novembro.

Diário Carioca - 29-7-959 Caça ao pombo é esporte do falcão.

O Globo - 30-7-959 E os gaviões voltarão. . .

Correio da Manhã - 9-8-959 Museu Nacional investiga novas ocorrências de fósseis em Minas Gerais.

Jornal do Comércio - 9-8-959 A origem dos deuses animais dos egípcios.

O Globo - 12-8-959 Colaboração técnico-científico entre o 1.0. e o Museu Na- cional.

Diário de Noticias - 18-8-959 Aparelhado o Museu Nacional para promover visitas guiadas.

Diário da Noite - 18-8-959 Museu bateu recorde de visitas em julho.

Jornal do Brasil - 29-8-959 Soldados serão proibidos de fazer ordem unida na Quinta da Boa Vista.

O Globo - 1-9-959 A Quinta voltará a ser como no tempo do Império.

Jornal do Comércio - 6-9-959 Conselho elevaria o nível da Ciência.

Tribuna da Imprensa - 2-10-959 Diretor do Museu diz: dinossauro, não.

Correio da Manhã - 4-10-959 Mandíbula de baleia, dente de lhama e ossada de urso.

Diário de Noticias - 5-10-959 Um osso de 300 anos não pode ser fóssil.

Diário de Noticias - 9-10-959 Mosca gigante ganhou nome e lugar no Museu.

Jornal do Brasil - 11-10-959 Museu Nacional abrirá Sala de Insetos com o maior ninho de marimbondo-tatú do mundo.

Jornal do Comércio - 14-10-959 Mais visitantes e remodelação no Museu Nacional.

Correio da Manhã - 1-11-959 Segredos da coleção egiptológica do Museu Naciona:.

Page 31: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

O Jornal - 5-11-959 Desperta a atenção do povo o Museu da Quinta da Boa Vista.

Cor~eio da Manhã - 9-11-959 Museu Nacional, quase 60 mil visitantes em julho.

Diário de Noticias - 9-11-959 O Museu Nacional.

Rádio

A Voz do Brasil - 2-6-959 141 anos do Museu Nacional.

Roquette Pinto - 3-6-959 Aniversário do Museu Nacional.

Rádio Ministério de Educação Atualidades Culturais: informações semanais sobre as Pa- lestras Culturais no Museu Nacional.

Cinema

Agência Nacional (D . F . B.) : Aniversário do Mweu Nacional.

Cinegráfica São Luiz - 6-6-959 Aniversário do Museu Nacional - Sala de Aves do Brasil.

Televisão

TV-Tupy (canal 6) - 6-6-959 Reportagem Ducal: 141 anos do Museu Nacional.

TV-Tupy (canal 6) - 30-5-959 Programa "Luz, Câmera e Açáo!" (no Museu Nacional).

TV-Continental (canal 9) - 11-7-959 Programa "Volante Palut" (externa diretamente do Museu).

TV-Tupy (canal 6) - 10-10-959 Televespertino - Mosca-gigante no Museu Nacional.

a) Representações

CONSELHO UNIVERSITARIO - Dr. José Cândido de Me10 Carvalho, Diretor; naturalista Emmanoel de Azevedo Martins (representante da Congregação) e naturalista H'aroldo Pereira Travassos (suplente).

CONSELHO CONSULTIVO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍS- TICO NACIONAL - Dr. José Cândido de Me10 Carvalho, Diretor M. N.

CONSELHO NACIONAL DE FISCALIZAÇAO DAS EXPEDICOES AR- TÍSTICAS E CIENTÍFICAS - Naturalista Paulo de Miranda Ribeiro.

CONSELHO FLORESTAL FEDERAL - Naturalista Bertha Maria Ju- lia Lutz.

INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇAO, CIENCIA E CULTURA - Naturalista José Lacerda de Araujo Feio.

CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇAO AOS ÍNDIOS - Dr. José Cân- dido de Me10 Carvalho, Diretor M.N.

INSTITUTO DE CIÉNCIAS SOCIAIS - Naturalista Luiz de Castro Faria. INSTITUTO DE DOCUMENTAÇAO E HIST6RIA DA P.D.F. - Dr.

José Cândido de Me10 ,Carvalho, Diretor M . N.

Page 32: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

5 . DIVISA0 DE EDUCAÇÃO

A direção da D.E. estêve com o Naturalista JosÉ LACERDA DE ARAUJO FEIO até 31 de março, quando pediu exoneração, voltando a dirigí-Ia o técnico de educação VICTOR STAWIARSKI.

SETOR ADMINISTRATIVO

Mantiveram-se atualizados os serviços de cadastro de material óp- tico, móveis, ferramentas, material de laboratório e livros. Foi adqui- rido 1 armário cirúrgico, 1 lâmpada excitadora para o projetor de cinema e 1 contador de visitantes. Durante o ano foram expedidos 45 ofícios e 9 cartas. Ofícios recebidos 28.

SETOR EDUCATIVO E CULTERAL

Entre as principais atividades sobressaem: a montagem da Exposição Comemorativa do Centenário da Obra de Darwin (3 a 12 de março) com o levantamento de um inquérito de frequência e a montagem da Exposição sôbre os Museus de Ciências da UNESCO, inaugurada em 5 de junho e que permanece ainda aberta ao público. A D.E. colaborou na reorganização da Sociedade de Amigos do Museu Nacional e pro- curou ampliar sua biblioteca educativa recebendo contribuições do INEP, da Embaixada dos Estados Unidos e por doação direta do Professor VICTOR STAWIARSKI.

Continuou a D.E. o serviço de visitas-guiadas ao público, sobretudo escolas e grupos mais interessados. Nesse sentido e como uma de suas atribuições precípuas, a D.E. atendeu a cêrca de 166 turmas de Profes- sores e alunos, orientando-os nas exposições. Essas visitas foram diri- gidas principalmente pelo Professor VICTOR STAWIARSKI e naturalistas- auxiliares da Divisão. ' Os dados abaixo, demonstrativos dessas ativida- des, foram organizados pela D .E.

Distribuição qualitativa

I - Grupos de estudantes.

1 . Curso primário 2. Curso ginasial 3 . Curso colegial 4 . Curso normal 5 . Curso superior 6 . Outros cursos

I1 - Grupos de visitantes

1. Professôres 2. Diversos

17 grupos 41 grupos 27 grupos 21 grupos 15 grupos 5 grupos

14 grupos 26 grupos

Page 33: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Distribuição Geográfica

I - Distrito Federal (95 grupos) A - Zona Urbana (75 grupos)

1. Norte 38 grupos 22,89% 2. Centro 21 grupos 12,65% 3. Sul 16 grupos 9,63%

B - Zona Suburbana (16 grupos) 1. Central 11 grupos 6,6276 2. Leopoldina 5 grupos 3,01%

C - Zona Rural (4 grupos) 2,4%

I1 - Cidades Satélites Niterói, Caxias, etc.

Estados Minas Gerais R.G. do Sul S. Paulo Bahia R. Janeiro Goiás Paraná E. Santo Pernambuco Diversos

IV - Estrangeiros

(55 grupos) 12 grupos 9 grupos 9 grupos 7 grupos 7 grupos 2 grupos 1 grupo 1 grupo 1 grupo 6 grupos

Durante o ano foram atendidos numerosos repórteres de jornais e revistas desta Capital, bem como representantes de companhias cine- gráficas aos quais foram fornecidos material para suas reportagens.

A D.E. ministrou 65 aulas durante o ano por solicitação de Profes- sores ou alunos. Entre os temas mais solicitados estão a Sala dos Em- baixadores, microscopia, evolução e fósseis, origem do homem, civiliza- ção egípcia, estudo dos protozoários, anatomia humana, minerais comuns e sua identificação.

Coube ao Diretor da D.E. cooperar com o Curso de Especialização de Professoras Primárias a cargo da Prof. HELOISA MARINHO do Instituto de Educação, ministrando aulas sôbre o desenvolvimento da criança, bem como sôbre a utilização do Museu, através das exposições de zoologia, no ensino de desenho as crianças. Comparação posterior dos desenhos e as reações das crianças no Museu Nacional e no Jardim Zoológico ve- rificou-se maior rendimento na visita ao Museu.

A Naturalista-auxiliar MYRIAM CHAPOT-PRÉVOST GLNO realizou uma série de 6 palestras no Instituto Pestalozi do Brasil, sob o título: As Ciências Naturais na Recreação Infantil. O Naturalista-auxiliar S O ~ N LEONTSINIS a convite da Campanha de Aperfeiçoamento e Expansão do Ensino Comercial (CAEC) participou como professor orientador na mesa de debates sobre o Ensino de Merceologia, proferindo em Petrópolis palestra sôbre o tema: Merceologia e Biologia no Ensino Comercial.

Em julho foi montada uma exposição sobre a vida e obra de CHARLES DARWIN, sendo a mesma remetida a Salvador, Bahia para figurar na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Page 34: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Também no mês de julho foi realizada um programa de Televisão com a TV Continental dedicado aos animais pré-históricos, civilização egípcia e meteoritos. esse programa teve ampla repercussão, recebendo o Museu inclusive um voto de louvor da Câmara Municipal.

TRABALHO PUBLICADO

SOLON LEONTSINIS - Da utilização dos mostruários de empréstimos no ensino de ciências naturais - Publ. Avuls. Mus. Nac. n." 20, 20 págs., 4 fotos.

Page 35: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

A parte positiva, ou seja fotografias das exposições, modernas e an- tigas, exposições temporárias, documentações, dependências do Museu Nacional e suas atividades, prédio do M.N., Jardim das Princesas, Quinta da Boa Vista, cursos e solenidades, visitantes e cientistas ilustres, bustos, quadros célebres, fotografias e fotocópias de funcionários, etc., foi clas- sificada e arquivada, estando em pleno funcionamento. A referida es- criturária também organizou a parte administrativa do S . F . P. cons- tante de:

Expediente recebido (desde 1941) ............ 27 Expediente remetido (desde 1946) ............ 33 Relatório anual (desde 1952) ................. 8 Relatório de excursão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

. . . . . . . . . . . . . . Pedidos de serviço (desde 1940) 2.000 ............ Pedidos de material (desde 1942) 1.000

Têrmo de responsabilidade de material ....... 23 Empréstimo, cessão e doação de material ..... 23 Publicações sobre fotografias ................. 1 Listas de diapositivos ......................... 10 Listas de filmes .............................. 12 Intercâmbio de filmes ........................ 1

Éste setor continua a cargo do Fotógrafo-contratado JoÃo GUIMA- RÁES LOBO, que com técnica e eficiência tem se desincumbido satisfatò- riamente de todas as tarefas que lhe são atribuídas.

Executou êste setor 264 filmes projetados (114 no 1." período e 150 no 2.") e 640 diversos (380 no 1." semestre e 260 no 2.9, totalizando 904 projeções.

No aniversário do Museu Nacional o setor organizou um programa de filmes especiais para as famílias dos funcionários, exibindo filmes cedidos gentilmente pela PAN AMERICAN WORLD SYSTEM, destacando- se, entre êles, o filme intitulado "Terras da Bíblia", que foi in- tensamente aplaudido.

Foram feitas, ainda, pelo Serv. Fotografias, cinco gravações: a pri- meira durante a exposição de DARWIN, com 833 pés, tornando sonoro um filme mudo (sem som) - exibição durante o período da referida exposição; a segunda gravação, por ocasião do 1." Seminário, também me- dindo 833 pés; as três últimas, já no 2." semestre, num total de 900 pés - aulas do Prof. WALTER DA SILVA CURVELLO, no Curso de Museologia.

6.5 - SERVIÇO DE TAXIDERMIA (S.T.)

Sob a chefia do dermoplasta CARL MIELKE e dos auxiliares BRAULIO DOS PRAZERES e EDILSON SOARES, O S.T. trabalhou ativamente em 1959, prestando relevante assistência à organização das novas exposições de Zoologia. Colaboraram com o Serviço durante alguns meses os taxider- mistas ANDRÉ MAYER do Museu Paranaense de História Natural e AN- TONIO ALDRIGHI do Serviço de Caça e Pesca do Ministério da Agricultura.

No primeiro semestre continuaram os trabalhos da Exposeição de Aves do Brasil, iniciados no último semestre de 1958. Em fins de ja-

Page 36: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

neiro e início de fevereiro, foi feita uma excursão a Carmo do Rio Claro, Minas Gerais, com o fito de preparar material novo para as exposições. Nesse período foram montadas artisticamente 30 exemplares de aves, 21 outros em série e 10 peças anatômicas. Para essa exposição monta- ram-se também 19 aves do Distrito Federal. O S.T. organizou a planta e planos de todos os mostruários da sala de Aves do Brasil, inclusive limpeza, restauração e montagem artística, em meio ambiente, de 335 aves das antigas exposições.

Após a conclusão da sala de Aves do Brasil, o S.T. iniciou os tra- balhos de organização, planejamento e execução da segunda sala de exposição de Peixes. Para êsse fim foram montados em meio líquido 46 exemplares de peixes, e limpos, restaurados e pintados 106 outros das antigas exposições. Foram ainda modelados 3 exemplares de peixes de piscicultura, preparados com modêlo aumentado, 3 exemplares de peixes abissais, 1 bacalhau salgado, 1 mulato-velho e 1 corvina.

Na sala de Insetos foram preparados 3 ambientes com casas de cupins, 1 com ninho de meliponídeo, 1 com ninho de maribondo-tatu, cabendo ao S.T. a montagem e fixação do material exposto nessa sala.

Coube ainda ao S.T. a preparação e corturne de 1 pele de tamanduá- bandeira, montagem de 1 ouriço-cacheiro, 1 coati-puru, 1 pinguin, mon- tagem artística de 1 mão-pelada, montagem em série de 2 micos e 1 gambá. Foram feitos moldes de gêsso de 1 gibóia e 1 intanha e infil- tração em parafina de 1 cobra, 2 lagartos e 1 rato para os mostruários de aves. Finalmente, executou-se ainda a limpeza e montagem, em ambiente, de 10 aves diversas para a sala de sistemática ornitológica.

6.6 - SERVIÇO DE DESENHO (S.D.)

Sob a chefia da desenhista HILDA ALVES VELLOSO O S.D. contribuiu ativamente para organização das novas exposições. Colaboraram nesse setor os senhores SYLVIO BUITONE, YARLI BORBA FREIRE, MARCOS ALVES DA SILVA e WALTER LEITE TEIXEIRA. O desenhista VICTOR FREDERICO DA SILVEIRA NASCIMENTO trabalhou todo o ano com o setor de ictiologia da D.Z. O artista Lu12 PAULO DE MIRANDA RIBEIRO executou 4 quadros para o mostruário de pesca, exemplifieando a pesca primitiva, pesca cabocla, comercial e esportiva. A desenhista HILDA ALVES VELLOSO Con- tribuiu com vários quadros em cores para a exposição de Aves do Brasil e segunda sala de Peixes.

6.7 - ALMOXARIFADO (A.)

Sob a chefia do almoxarife WALFRIDO JOSÉ DA SILVA procurou êsse Serviço desincumbir-se de suas tarefas, da melhor forma possível, dentre as condições de compressão de despesas determinadas pela alta admi- nistração do País. Durante o ano de 1959 foi o seguinte o movimento verificado:

Requisições de material a Div. Material da U.B. . . . . . . . . 74 Itens de material requisitado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254 Itens de material fornecido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.695 Itens de material entrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 890 Faturas despachadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

Da dotação total de Cr$ 1.289.800,OO foram gastos Cr$ 1.178.324,60 restando um saldo de Cr$ 111.475,40.

Page 37: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

TORRES (Conselho Nacional de Proteção aos fndios) e JoÃo MOOJEN DE OLIVEIRA (Novacap) .

Em 1959 foram nomeados efetivamente os seguintes naturalistas auxiliares: DIRCE LACOMBE DE ALMEIDA, SOLON LEONTSINIS, MYRIAM CHAPOT-PREVOST GINO, MARÍLIA DE CARVALHO ALVIM, LEDA DAU, WILMA TEIXEIRA ORMOND, JADIHEL LORÊDO JUNIOR, MÁRIO MOREIRA e IVAN CAR- NEIRO FREIRE. Foram contratados a pesquisadora-auxiliar ISOLDA ROCHA E SILVA ALBUQUERQUE e auxiliar-especializado MARIA DA CONCEIÇÃO COU- TINHO.

Foram promovidos a carreira de naturalista os naturalistas-auxiliares ALFREDO DE AZEVEDO e BALDOMEEM) BARCIA GONZÁLEZ. OS naturalistas JoÃo MOOJEN DE OLIVEIRA, EMMANOEL DE AZEVEDO MARGINS e LUIZ EMYG- DIO DE MELLO FILH~O foram promovidos à classe L; WALTER DA SILVA CURVELLO e CARLOS DE PAULA COUTO à classe K; os naturalistas-auxiliares FAUSTO LUIZ DE SOUZA CUNHA, MARÍLIA DE CARVALHO ALVIM, WILMA TEIXEIRA ORMOND, LEDA DAU e JADIHEL LBRÊDO JUNIOR foram promovi- dos à classe G; ALCEU LEMOS DE CASTRO à classe I; a bibliotecária SYLVIA GUEDES COSTA à classe L; e os auxiliares de portaria SETTÍMIO PIERI e JoÃo DA SILVA FERREIRA à classe G.

Foram exonerados e nomeados novamente o naturalista TARCISIO TORRES MESSIAS e O naturalista-auxiliar MARIO MOREIRA, e exonerada a pedido o bibliotecário ERCILA BACKER DE CASTRO. NO decorrer do ano foram aposentados o trabalhador MIGUEL AMARO DA SILVA e O artífice CUSTÓDIO TEIXEIRA DO AMARAL.

8. OBRAS

Durante o ano de 1959 foram realizadas as seguintes obras: reboco e pintura do corredor de entrada ao lado das escadarias de acesso ao 1." andar em frente à entrada principal; reforma geral com pintura, mu- dança de tubos condutores de eletricidade, reboco etc. em 7 salas de exposição do andar térreo; pintura de toda a área correspondente ao 1." andar do lado externo da ala direita do edifício; reforma e pintura da sala das publicações no andar térreo; pintura de toda a área corres- pondente ao 1." andar do lado externo da ala direita do edifício; re- forma e pintura da sala das publicações no andar superior; reforma e pintura do depósito de etnografia da D.A.; pintura do andar térreo e muros da parte externa posterior do edifício; substituição do ladrilho por cimento no vestiário dos serventes; reforma do sistema de condução de gás no Pavilhão Alipio de Miranda Ribeiro; consertos de várias portas, janelas, assoalhos, de várias partes do telhado, calhas e outras depen- dências do Museu.

As obras estiveram em parte entregues a Companhia Meridional S.A. sob administração do Museu Nacional.

9. ORÇAMENTO E USO DE AUXfLIOS

Foram as seguintes as dotações orçamentárias do Museu Nacional em 1959:

Verbas orçamentárias Cr$

Pessoal pago pelo Tesouro Nacional (M. E. C.) ........ 18.000.000,00 ............................... Pessoal pago pela U.B. 1.707.200,OO

.................................... Pessoal contratado 1.054.600.00 Ajuda de custo ....................................... 130. 000;00 Artigos de expediente ................................ 130.000,OO

Page 38: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de
Page 39: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de
Page 40: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de
Page 41: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de
Page 42: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de
Page 43: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de
Page 44: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de
Page 45: Relatório Anual do Museu Nacional: 1959 - [ de …flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1959).pdfO maior dia de visitação pública foi o correspondente à chegada de

Composto e impresso na Oficiria Griifica da Universidade do Brasil