16
MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO APRESENTADO AO Exmo. Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopes Ministro da Agricultura, Industria e Commercio PELO Professor BRUNO LOBO Director do Museu Nacional ANNO DE 1919 +# +# RIO DE JANEIRO IMPRENSA NACIONAL +# 1920

APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

MUSEU NACIONAL DO R I O DE JANEIRO

APRESENTADO AO

Exmo. Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopes Ministro da Agricultura, Industria e Commercio

PELO

Professor BRUNO LOBO Director do Museu Nacional

ANNO DE 1919

+# +# RIO DE JANEIRO

IMPRENSA NACIONAL +# 1920

Page 2: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Secções e Labora- torios . . . . . .

Divulgação da His- toria Natural. . .

Generalidades. Pessoal. Congregação. Secretaria. Archivo. ,

Bibliotheca.

Geologia, Mineralogia e Paleontologia. Botanica. Zoologia. Anthropologia e Ethnographia. Entomologia Geral e Applicada. Chimica Geral (Analytica). Dadivas.

Generalidades. Mostruarios, visitantes e guias. Escola de Botanica. Conferencias. Praticantes. Collecçi3es didacticas e mappas muraes. Archivos e outras publicações.

Edificio do Museu - Conclusão.

Page 3: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio - Museu ~ a c i o n a l do Rio de Janeiro. - Em 15 de março de 1920 - S/n.

Sr. Ministro.

Cumprindo o Regulamento, passo a relatar o que de mais importante occorreu, cm 1919, no Museu Nacional.

Tentlo por fim cstudar e divulgar a Historia Natural, continba este Instituto, dentro das possibilidaclcs orçamen- tarias, a executar trabalhos de alta importancia, todos attinentes a l ~ e m conliecer ou a tornar conhecidas as riquezas naturaes do Brasil.

Inicialmente convem assiçnalar o amor c o interesse com que o pul~lico lioiira o Muscu Nacional lial~ituado, como está, a adriiirar nos seus mostruarios os especimens representativos do nosso solo, flora e fauna.

E' comtudo digno de registro iião ter ainda o Museu ~ a c i o n a l , como acoiitece aos i~s t i tu tos corigeneres de outros paizes, recebido um donativo que permittisse o deseilvolvimento mais amplo de tão util organização.

Nào necessitamos sómcilie do auxilio do Povo, mas tambem dos hcneficios dos afortunados, afini tle que possa o Museu Nacional contar alem do que o GOVC~IIO lhe dB, com o que nos poderá favorecer a iniciativa particular.

Page 4: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Dada a organização do Museu, tudo sendo supprids pelo Governo, convem accentuar e com justiça a atmos- phera de prestigio com que o Governo brasileiro cerca este Instituto quer pelo lado material, quer moral.

+R

Tendo em 1919 passa'do pelo Ministerio da Agricul- tura, Industria e Commercio tres ministros, fica aqui re- gistrado o nosso agradecimento pelo constante interesse por todos manifestado por este Instituto.

Apesar de estar ò Poder Executivo autorizado a re- formar o Museu Nacional, não se valeu comtudo desta autorização. De facto a reforma que mais necessita o Museu 6 o augmento de suas dotações orçameiltarias, afim dc que se possa desenvolver convenientetilente, preenchendo os fins a que se destina.

Feitas estas coi~siderações preliminares, passarei a referir os ~ r inc ipaes acontecimentos do anno passado na vida intima do Museu Nacional.

PESSOAL DO MUSEU NACIONAL

Director - Bruno Lobo. Secretario - Bertha M. J. Lutz. Escriptursrio - Jogo ,4. Faria Lacerdn.

Page 5: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

A divulgação da Historia Natural, a propagação do g0sto.e interesse pela riiesma e a s opportunidades de travar conhecimento com os differentes typos de rochas, plantas e aniiliaes do Paiz e, em s r áo nlenor, com os typos que representam o solo, a flora e a fauna de outros paizes, eis um dos principaes fins a que se destina o Museu Nacional, á semelhança dos outros institutos congeneres, patrios e estrangeiros.

E m paiz novo como o nosso em que, devido a ex- tensão do territorio e as dificuldades do estudo, estamos ainda bem longe da systematização dos conhecimeiltos sobre estructura geoloçica e inineralogica, flora, fauna e habitantes regionarios, faltam forçosamente aos leigos as opportunidades de adquirirem noções elementares e exaatas sobre a Historia Natural. Um instituto como o Museu Nacional tem pois a obrigação dc diffundir o resul- tado das investigações feitas pelos especialistas.

O serviço de divulgação, feito pelo Museu Nacional, in- teressando não sómente a uma classe de ~studiosos 111as a muitas, desde o grande publico que percorrc as salas de ex- posição por simples curiosidacle até aos especialistas clue vem pescluizar apenas um grupo limitadissimo, ou estão erii busca de um outro specimen para fazer estudos coil~pa- rativoç, verificar ou refutar uma Iiypothese, deve afim de satisfazer a todas as exigeilcias, abranger differentes processos. - E' o que teni sido feito, adoptando-se os se- guintes :

a ) ~Io~ t rua r ios scientificameiitc organizados ; I,) Guias das collecçóes i~clles expostas ; c) Escola dc Botanica systeinatica ;

Page 6: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

d) Conferencias sobre questões do interesse geral ; e) Admissáo de praticnntes nas diflerentes secções ; f ) Distribuicão de collecções didacticas ; g) Archivos do Muscu Nacional e outras publicações.

Ó conjuncto dos rnostruarios do Museu Nacional, scien- tificamente organizados, occupa um vasto numero de salas, achando-se re~~eser i t adas , com excepção apenas da de Chimica, todas as Secções do Museu.

No pavimento terreo os fosseis, no primeiro andar as collecções mineralogicas e as collecções antl~ropologicas, ethnograpl-iicas e arclieologicas, i10 segundo andar as col- lecções zoologicas e botanicas.

Achando-se o Museu diariamente. franqueado ao publico, clas 8 ás 17 horas com excepção da segunda- feira, dia destinado á limpeza, é comtudo o domingo o dia de maior affluxo de visitantes.

A media diaria de visitantes é de 100 a 150, e l e vando-se aos domingos e dias feriados a 2.000 e 3 .O00 e excepcionalmente a 10.000.

O total aiinual foi, em 1919, de 162.594, na seguinte escala mensal :

. Janeiro . . . . . . . . . . . . . 6.893 Fevereiro . . . . . . . . . . . 8 .O55 Mai'ço. . . . . . . . . . . . . 11.236 Abril. . . . . . . . 9.739 -

A transportar. . . . . . . . . 35.923

Page 7: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Tranupctrte. Maio . . . . Junho . . . Julho. . . . Agosto . . . Setembro . . Outubro. . .

' Novembro . . Dezembro . .

Total . .

Tomando por base a população da Capital, pbde-se dizer que A annualmente visit-ado, approximadamente, por 1 por 10 dos habitantes da cidade do Rio de Janeiro.

Nos annos anteriores, 1916 a 191 -, foi visitado por um total annual de :

Afim de tornar mais interessante 6 mais proveitoso o estudo das collecções expostas, a Directoria do Museu Na- cional tem procurado cumprir a disposição regulamentar, publicando guias explicativos das c01 lecções.

No correr do anno passado foi publicado o Guia das Collecções de Archeologia clnssica do Museu Na- cional, elaborado pelo a r . Alberto Childe, conservador das mesmas. Já: foi anteriormente publicado o Guia de Anthropologia, trabalho do professor Roquette Pinto, achando-se em andamento os guias dag collecções ethno- graphicas, zsologicas, mineralogicas, etc.

2 .

Page 8: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Ao lado da collecção de plantas conservadas em alcool, ou seccas, dos exemplares de folhas, flores e fructos, ma- deiras de lei e outros productos vegetaes os mais diversos e do material do herbario existente na Secção de Botanica, vae sendo organizado nos jardins annexos, um mostruario vivo, de plantas de pequeno porte, semelhante ao que se encontra com enorme lucro para os estudiosos, no " JARDIN DES PLANTES ", do " Museum d'Histoire Naturelle de Paris ", e nas Escolas de Botanica, annexas a outros museus.

Os planos da mesma foram estabelecidos pelo p ~ o - fessor Alberto Sampaio, cohprehendendo representantes de todas a s familias pertencentes á nossa flora, assim como algumas plantas exuticas, devendo cada familia ser repre- sentada por generos ou especies typicas e no caso das fami- lias heterogeneas, pelas differentes formas de transição, alem do typo, ou typos, principaes.

As conferencias do Museu Nacional, dado o favor e a preferencia cio publico, não são ainda bastante niime- . rosas, mas constituem, assim mesmo, uma tentativa sus- ceptivel de um desenvolvimento posterior mais amplo, com . o fim de introduzir no Brasil o ensino superior e especiali- zado nas Sciencias Naturaes.

No correr do anno de 1919, foram realizadas, apds autorização da Congregação, a s seguintes:

Professor Aliplo de Miranda Ribeiro - Os Psittncideos brasileiros, segundo as collecç6es do Museu Nacional da Comrriiss;io Rondon.

Profesuor Antonio Peryassú - Os Insectos hematophagos brasi- loiros, nocivos ao homem.

Page 9: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

' Professor Roquette Pinto - Antliropologia das novas nações da Eiiropa.

Professor Alberto Betim Paes Lemc - Acti~idade Scientifica de Costa Sena e H. Gorceis.

Professor Alberto Childe - Geographia e Archeologia.

As circumstailcias impõm ao Museu. Nacioiial tambem . a obrigação de ministrar o ensino especialisado da Historia ~ á t u r a l , formando futuros naturalistas. O Museu Nacional procura desempenhar esta funcção pela admissão, nas differentes secções, de praticantes, entre os quaes poder8 talvez mais tarde, recrutar novos elementos de trabalho.

Foi em 1919 fr.eyuentado pelos seguintes praticantes :

Abigail Esther de Mattos ; Rlercedes de Andrade Braga ; Homero Passos Werneck de Carvalho ; ,Tos6 Domingiies clos Santos Pilho ; Adalherto Mello Mattos ; Vicente Baptista da Silva ; Francisco João cle Deus ; Octavio Brandão Rego ; l'linio Cavalcante.

Al6m dos praticantes acima referidos alguns niedicos se interessaram pelas pescluisas do professor Antonio Peryassú sobre os culicideos do Brasil.

Não se limitando sua actividade apenas ao desenvol- vimento do ensino das Scieilcias Naturacs dentro do Ins-

. tituto, procura o Museu Nacional contribuir tambem para

Page 10: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

o desenvolvimento c10 mesmo nos estahelecimeiltos de en- sino superior e secundario, dando-lhe um cunho pratico, pela, ílistrihiiição da collecções didacticas de I-Iistoria Na- tural,

Essa iniciativa da Directoria do Museu Nacional tem sido muito apreciada nos circulos pedagogicos, afluindo sempre grande numero de pedidos de collecções, tendo mesmo o Conselho Superior do Ensino applaudido este serviço, considerado de grande valor.

Em 1919 clistribuiram-se 90 collecções, enviadas aos seguintes estabeleciilientm :

Instituto Osnraldo Cruz, Bello Horizonte ; Instituto Pasteur - Belém ; Instituto Icitasato - Japão ; La1)oratorio Bacteriologico da Saude Pul~licn ; Directoria de Hygiene de Minas Geraes; Archivo Publico e Museu do Estado da Bahia; Hopital du Val de Grâce, Par is ; Cornell University -Estados-Unidos da Aillerica (10

Norte ; Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro ; Faculdade de Medicina de Bclém ; Faculdade cle Medicina de Bello Horizonte; Faculdade de Pharniacia e Odontologia tlo Estado

tlo Rio Grancle do Sul ; Escola de Pharmacia e Odontologia ; Escola Norma1 Primaria. de Campinas ; Escola Martins Junior, Eangií ; Escola Domestica de Nata1 ; Escola de Pharmacia de Beléin ; Escola de Engenharia de Juiz de F(íra ; Escola Normal de Artes e Officios Wenceslau Braz ;

1074

Page 11: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Escola de Humanidades do Rio de Janeiro ; Escola Normal de Santa Cruz, Juiz de Ftira; Escola de Pharmacia e Odoiltologia de Pouso Alcgrc ; Escola Normal de Santa Rita do Ssl'ucaliy ; Escola de Agronomia e Veterinaria do Ps rd ; Escola Normal da P a r a l ~ y ba ; Escola Nacional de I3ellas Artcs ; Escola de I-Iumaniclades (10 Rio tlc Jaiicir.6 ; Instituto Polytecl-inico ; Gyrnnasio Leopoldinense ; Gymnasio Santo Antonio ; Gymnasio de Itaeiuubá Gymnasio Brasileiro ; Gymnasio Paes de Carvallio, HelBm ; Gymnasio Pernambuçano ; Gymnasio 25 de Seteml)ro ; Gymnasio Mineiro ; Gymnasio Espirito Santense ; Lyceu Rio Branco; Lyceu e Escola Normal de Can~pos; Lyceu Francez ; Lyceu de Cuyahá ; Lyceu do Ceará ; Lyceu Official do Maranhão ; Lvceu da Parahyba ; Instituto La-Fayettc ; Instituto Technico Profissional de Alfenas ; Instituto Commercial do Rio dc Janeiro ; Instituto Lauro Sodr6, Pará ; Instituto Propedeutico de Ponte-Nova ; Instituto Julio de Castilhos ; 2" Grupo Escolar de Lorena ; Grupo Escolar Gahriel Prestes ;

Page 12: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Grupo Escolar S. Matlicus ; Grupo Escolar Dr . Alcides Gonçalves ; Grupo Escolar da Onqa do Pitanguy ; Federaçao das Girl Guides ; Collegio Pedro I1 ; Collegio Pio de Villa ColOn ; Patronatos Asricolas (7 collecçõcs) ; Estcriiato e Semi-Internato Santo Ignacio ; A-lçademi,z de Comrnercio do Rio de Janeiro ; Sociedade 13erseveraiic,a e Auxilio dos I',mprcgaclos

_ (:ominercio de Maceió, Alagoas ; Curso Propcdeutico Dr. \Vasliirigton Garcia; etc., ctc.

Além das collecções didacticas cle Historia Natural, cliamou a si o Museu Nacional a conlecção de rnappas' muraes, os quaes j A estão sendo organizados.

Com o auxilio das collecqões clidacticas c dos mappas ri~uraes será possivel ensinar a FIistorin Natural, nos cliversos estal~elccimeiitos dc eiisiiio, clocumciitai~do o p-o- fcssor a prelecc,,?~ com os elementos do solo, flora e fauiia do Brasil. Demais, represeiita tini dos mcios cle mellior tornar conliecido o nosso paiz aos que se iniciam na vida pratica.

* 0 s Archivos do Museu Nacional, que encerram os

resultados das pesc~uisas c traball~os scicntificos reali- zados i10 mesmo e que represeiitam a contrihuição c10 nosso Instituto á sciencia brasileira, consolidando ao mesmo tempo a s relações intellectuaes do paiz com o estrangeiro, coilstit uem o instrumento mais elevado e de

Page 13: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

inaior alcailcc de que clispomos para a divulgação dos coi~liecimentos de Historia Natural.

Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram us hrcl-iivos ao seu XXII volume, que vae sendo distribuitlo, emquanto c~uc os originaes do XXIII c XXIV se acham cm via cle irriprcssão na Impreiisa Nacional.

Dos 22 volumcs publicados, appareceiSarn os ultimos dois 13111 1919, constituindo o primeiro delles, o volume XXI, a coiltinuação da ol~rcz i10 prol'essor Miranda Ril~eiro sol~re os Peixos do Brasil, emcluailto ([ue o XXII cncerra coiltribiiiçõcs variadas, senilo (ledicado A comrnen~oraçZo do 1)rinieiro Cci-itenario do Miiseu Nacional, ([ue occorrcu cm 1918, coiltcildo ainda um iiidice systcmatico dc tocloç os artigos pul~licados nos 22 voliimcs dos hrcliivos jti tlistribuiclos.

Para maior clai.esa, trai~sci.eveinos os: summarios dor dois volumes :

SU~XXIAl~Ill I>O V ~ I , I I J I E SSI

I . 1i';~rrnii. Brasilicnsc, l)uixcs, 'i'oiiio V - (I3loliLhorobr:i1icliios :lsl)iroplioros) - I'liysoclisti .

1)riincii.a partc - ltescnha 1listoi.ica. Scgunda partc - Il:lcutlicrobra~~cliios, Lisl)iroplioros, l'liysoclisti ; Terceira parte -- Bibliograpliia e inclice.

SUMMARIO DO VOLUME XXLL

I. Disçiirso proiiuiiciado na scs3ão c;oiniricirioralivri. (lu Ccnteiiario tlo fi1iisci1 Nacional - l'rof'cssor Escragnolle Saiinay ;

11. O Jluseli Nacional de Historia Natural - I'fofesçor Bruiio Lobo :

Page 14: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

111. Cciilenario do IIIuscii Niicional - Professor Royiiette Pinto ; 1V. Synthese Geologica do Brasil- l'rofcssor Albcrto Rctiin I'a(*s

Lcrne ; V. Secqão de llotanica iio priineiro seculo dc cxistcnc:ia do

JStiscu Nacional - l)rof(~ssor Alberto .José de Sarnpaio ; VI. 1)ajur;i. c Oity-Coró - Adolpho Uuckc ; VII. A Zoologia no seciilo do Museu Nacional do liio clc .Janeiro -

I'rofessor Alipio de Niraiida Ribciro ; VIII. Orchitlaccas dos arredores ela cidailc. dc S. ZJaulo - h'. C:.

1 lochnc ; IX. Ijiographia dc -iiitoiiio 1,uiz Patricio da Silba hIailso - I'ro-

fcssor 13asilio dc RIagal 1i;íies ; S. Especics novas cla Flora (10 Estado cle Rlinas Gcracs - 1)i.o-

fcssor Alvaro da Silveira ; XI. Illia da Trindadc - L'rofessor Bruno 1,obo ; XII. Informações sobre o material Iiclinintliologico collcccionaclo

na Illia da Trindade, em 1916 - Dr. Lauro Travassos; XIII. A faiina vertebrada da Ilha da Tr;ndadc - Profc~ssor Alipio

de Mirnncla Ribeiro ; XIV. A historical skclch ot'the tlcvclopiiieiit ot niining iii Urnsil

- 'l'lieo~~hilus Ilcnry I,ec ; XV . Algumas iiolas sobrc: Elhiivlog'a o 1'olklvi.c na 1'1O1.i~ C h vi-

filriilti - Carlos Tcscliauer S. 6 . ; XVI . Aiitonina preliislorica - Erincliiio S. tlc Lcrio , XVIi. Lcs llotuçuclos i1';tprie Ics observatioiis recucilies pcritl;i~il i u ~

si:jous chcz eiix cii 4951 - 1 1 . SI. RIaiiizcr - Traducqfão dc A . Chilrlc ; SVIII . Inilicc Geral 110s Ascliivos do Muscu Nacioiial - Vulurnes

I a XXII - 1876 a 1919 - Orgaiiizado por Ucrtlia M. J. 1,ut~.

illdm tlus Arcliivos tlo Miiscu Nacioiial, estão em ai~dnrnci~to oiitras publica~ões dc Hisioria Natiira1 da lavra dos professores do Museu, todas cllas visaildo pesquisas e trabalhos do nosso Instituto.

Page 15: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

Entre estas conveni rcalcar o traballio do professor Mirlanda Ribciro sol~i-c o.; Peixes do Brasil, ora em impressão na 1inl~i.cnsa Nacional, por dcteriiliilaqiio do Ministro Pereira Lima.

EDIFICIO DO MUSEU

O cclificio do Muscu ileccssita clc urgcntcs 0111-as de coi~ser\ração, afiiil de screm cvitados maiores damnos.

Na coheri,iirn esistein mais de mil metros tle callia de col~rc precisando ser soldada cm inultiplos pontos, con- vinclo ainda, segundo a opinião cle profissional consultaclo, quc a s costuras da mesma sejam cravadas c que igual- mente se,jaa construidas varias caixas de cobre para fa- cilitar o escoamento das aguas.

JA ao correr c10 anno foram feitas nesta callia pertv clc setecentas soldas, sendo necessario ainda, segundo cal- culo al)proximado, tlespeilcler nove contos (9: 000$000) para executar o concerto acima rcfcriclo.

As perfurações da calha d'agun c o levant~trncnto das tcllias por occasião das grandes chuvas permittcm u passagem da agua, provocando granclcs rnanclias nas paredes internas do edificio, justamente nas salas de espo- sic,ão, o que causa muito má impressão.

De mais, todo o edificio necessita pintura extcrila, essencial 5, hoa conservação do mesmo.

E' iiccesst~rio taml,cn~ n5o esquecer cluc coiitiiifin in 11 tilada i decortxçào artistica da antiga sala do tlirono, liojc sala da Congregação c10 Museu Nacional. Essa deco- ração, talvez a mais rica de todas as que existem no Rio

Page 16: APRESENTADO AO Sr. Dr. Ildefonso Simões Lopesflanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/RAMN (1919).pdfcoi~liecimentos de Historia Natural. Pu1)licados periodicameiite, jd clicgaram

de Janeiro, exeçutada por Bragalcli em 1860, bem merece ser restaurada. (Vide figs. 1, 2, e 3.)

Os pnneaux do tecto, arriados c trailsferidos para n Escola Nacional de Bellas Artes, podem ser reproduzitlos, o que cliniiiluirá muito o custo da reproducçao.

A mu$ilac,ão actualmeiite existente, dada, de um lado, a riqueza da decoracão mural, de outro o taboatlo fosco do tecto agora applicaclo representa ntio só u n ~ grande dc- samor ás nossas tradicões historicas, como t a n l l ~ m unl atkentado ao nosso patriinonio artistico.

Ha quatro annos que seguidamente expõe esta Dire- ctoria tal situação ao Governo, aguardando as provi- dencias do Poder Executivo junto ao Poder Legislativo pai*" que seja votada a ver l~a necessaria ao custeio das obras indicadas.

São estas Sr. Ministro, a s principaes occurrencias verificadas i10 Museu Nacional de Historia Natural, durante o aniio de 1919.

Da rapicla esposiç50 feita, completada por numerosos informes, dados quasi semaiialmeilte ao Sr. Ministro, bem é possivel ao Governo da Repuhlica avaliar do esforce dos que trahalhani no Muscu Nacional.

Saude e fraternidade.