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PLENÁRIA NACIONAL DE ENTIDADES DE BASE (PNEB Páscoa) 2012 Escola de Cuiabá (Universidade Federal de Mato Grosso) Dia 05/04/12 Espaço de Análise de Conjuntura Diego FEAB Análise de Conjuntura faz-se para tomar decisões; Traça-se para organizar tática e estratégia; 3 Fatores são importantes: 1) Situação e organização da Classe Trabalhadora; 2) Situação e organização da Classe Dominante; 3) Como se posicionam o Estado; Cenário Mundial Crise mundial Vivemos num período de maior hegemonia do Capitalismo mundial; Disputa intercapitalista e disputa de países socialista (Cuba) e China (Socialismo de mercado); Disputa intercapitalista divide em dois blocos. Grandes potencias estão mais afetadas pela crise e os BRICS deram uma segurada na crise. A China tem grande influência na economia mundial e tem ameaçado o poderio militar do EUA; Eleições dos EUA 2 partidos de direita; Democratas que é o partido do Obama tem uma posição agressiva mais branda em relação a posição do partido republicano; Sob o ponto de vista dos Estados- Pauta do dia- Desenvolvimento sustentável e economia verde- uso da terra para a agricultura gera renda, gera lucro, mas o mercado de terras tem que se manter constante; Eco-92 define que 8% são recursos naturais de uso coletivo; Perspectivas para a Rio +20 é de 50%; Cenário na América Latina Vivemos em um dos momentos mais interessantes porque estamos em um processo de crescimento dos governos progressistas, mas no contexto de luta de classes não estão influenciando muito; Os governos progressistas não fazem questão de mexer nas reformas estruturantes e sim investem forte no assistencialismo. Os movimentos sociais tem avançado no ponto de vista da articulação política com suas divergências; Brasil

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PLENÁRIA NACIONAL DE ENTIDADES DE BASE (PNEB Páscoa) 2012 – Escola

de Cuiabá (Universidade Federal de Mato Grosso)

Dia 05/04/12

Espaço de Análise de Conjuntura

Diego FEAB

Análise de Conjuntura faz-se para tomar decisões; Traça-se para organizar tática e

estratégia;

3 Fatores são importantes:

1) Situação e organização da Classe Trabalhadora;

2) Situação e organização da Classe Dominante;

3) Como se posicionam o Estado;

Cenário Mundial

Crise mundial

Vivemos num período de maior hegemonia do Capitalismo mundial;

Disputa intercapitalista e disputa de países socialista (Cuba) e China (Socialismo de

mercado); Disputa intercapitalista divide em dois blocos.

Grandes potencias estão mais afetadas pela crise e os BRICS deram uma segurada na crise.

A China tem grande influência na economia mundial e tem ameaçado o poderio militar do

EUA; Eleições dos EUA – 2 partidos de direita; Democratas que é o partido do Obama tem

uma posição agressiva mais branda em relação a posição do partido republicano;

Sob o ponto de vista dos Estados-

Pauta do dia- Desenvolvimento sustentável e economia verde- uso da terra para a

agricultura gera renda, gera lucro, mas o mercado de terras tem que se manter constante;

Eco-92 define que 8% são recursos naturais de uso coletivo; Perspectivas para a Rio +20 é

de 50%;

Cenário na América Latina –

Vivemos em um dos momentos mais interessantes porque estamos em um processo de

crescimento dos governos progressistas, mas no contexto de luta de classes não estão

influenciando muito; Os governos progressistas não fazem questão de mexer nas reformas

estruturantes e sim investem forte no assistencialismo. Os movimentos sociais tem avançado no

ponto de vista da articulação política com suas divergências;

Brasil

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Neoliberalismo clássico- grandes potenciais

Social Neoliberalismo

Neo Desenvolvimento – momento em que vivemos

Social Desenvolvimentismo

Desenvolvimento Social Popular

Setores progressistas, setores conservadores, Setores socialistas

Vivemos em um momento em que a vida das pessoas tem melhorado e ao mesmo tempo a

qualidade de vida das pessoas ainda não está boa; as pessoas estão no nível de consumo muito

alto;

30 milhões de pessoas ascederam socialmente; Contexto dessa política econômica está

chegando o limite; É necessário fazer reformas estruturantes; Vivemos em um momento onde

não conseguimos fazer reformas agrárias, reformas urbanas;

Processo muito duro de dificuldades de organizar a classe trabalhadora;

Alguns setores progressistas sindicais estão deixando de fazer a luta; Passamos por um

processo de captação;

Limites desse último ano estão difícil para a classe trabalhadora: Código florestal;

Reforma Política no Brasil – não passa de uma reforma do processo eleitoral;

Estamos numa defensiva estratégica –

3 elementos

Educação – Entrou num grande processo de mercantilização e segue ocorrendo nesses

últimos anos em menor medida; Proposta da Reforma Universitária pelo Tarso foi um caos onde

previa cursos pagos nas universidades; Lei de Inovação Tecnológica foi autoriza; Fundações;

Prouni e Reuni; Universidades privadas hoje fazem o que querem (repressão). Por outro lado

permitiu o acesso da classe trabalhadora; REUNI: metas no padrão da USP porque era

considerada uma universidade de excelência relação de 18:1; Aceleramento de graduação e pós-

graduação; Criação de cursos tecnológicos para o mercado; PNE vai ser aprovado que tem

avanços em relação do analfabetismo funcional; Entrou muito coisa de Educação no campo; 7

% do PIB pra Educação que vai jogar recursos para dentro das universidades públicas. Meta

para 2020.

Juventude

Vivemos um processo de proletarização precária da juventude brasileira. De maneira geral,

existe uma movimentação clara por parte da esquerda brasileira no sentido de se criar

ferramentas de organização da juventude brasileira.

Axé – Relações Públicas do MST

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Elementos extraídos do caderno 1 de formação do MST.

Temos que fazer a análise de conjuntura com olhar central no nosso inimigo, o capitalismo.

Muitos intelectuais passam o seu tempo no exercício teórico de analisar, mas esquecem do

central, que é o trabalho de base, a organização do povo e fazer luta.

Da composição do capitalismo, da violência que este modelo traz para todos os Estados onde

está implantado. Onde os governantes destes Estados defendem o modelo em detrimento da

defesa de seu povo, criando inclusive as rinchas entre os povos dos países periféricos.

1 – Características do Capitalismo – decomposição do sistema

Pra inicio da análise, é preciso conhecer o chão onde você está pisando.

2) - crise mundial

- prioridade de capital no Brasil

3) Contradição do agronegócio

a) concentração de terra

b) condições ambientais – ele de natureza degradante

c) alimentação homogênea no mundo

d) saúde: não consegue produzir sem veneno, aumentando as doenças dos consumidores

principalmente o câncer.

3) Dados da Fome:

100 milhões de pessoas sem teto, 1 bilhão de famintos, 1,1 bilhões na pobreza.

Em Cuiabá há comunidades que vivem nestas exatas condições, como em qualquer outra grande

cidade. O governo passa a gerar empregos, mas a qualificação profissional para acessar estes

empregos, essa gente não tem! Mesmo para empregos considerados mais simples, há filas

enormes de concorrentes para as poucas vagas disponíveis.

4) Como se encontra a Sociedade?

Um dos piores e mais fortes valores construídos pelo capitalismo, é o individualismo e o

consumismo, onde nada passa a satisfazer a ilusória sensação de necessidade.

5) Como tratam o que é do povo?

Os governantes atuam como os peões do agronegócio, os agentes a serviço do capitalismo, onde

o resultado é sempre o mesmo, quem é rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez mais

pobre. Estas experiências são notadas em qualquer lugar, como no MT o caso da Linha de

Ferro, que na materialidade vem a favorecer o escoamento das lavouras de soja do grupo Mage.

6) Muitas vezes quando se vai falar do Capital, caímos na ênfase da análise do governo,

mas independente do governante colocado, o modelo segue o mesmo. Temos que rever

o objetivo da análise, fugindo da busca rasa de um culpado primário e voltar os olhos

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pro inimigo maior, real, o Capitalismo.

7) E como esse modelo controla a classe trabalhadora: Se vermos quem ocupa os cargos de

poder na sociedade (igreja, reitores, diretores, vereadores,....), estes em sua ampla

maioria, atuam de forma a contribuírem com a sustentação do atual modelo.

8) Corrupção no Brasil. Brasil ocupa o 59° lugar no ranking de corrupção. Levantamento

foi baseado na percepção de empresários...

9) Passamos por um longo período achando que a mudança viria, mas no mudou, num

momento em que muitos dos principais militantes e quadros das organizações populares

entraram na institucionalidade. Outro processo que ocorreu foi de desmantelamento e

desarticulação dos movimentos sociais, onde cada entidade/movimento/partido puxa pra

um lado, inclusive com a dificuldade de construir lutas unitárias. Saem varias

manifestações sobre a mesma pauta ao mesmo tempo e que não dialogam. Com o

avanço da tecnologia, isso tem se agravado ainda mais, onde em qualquer casa há

notebooks, dificultando ainda mais pra necessidade de reunir e organizar a juventude,

por exemplo. Desafio de aglutinar e construir lutas unificadas e massivas.

10) Nossas pautas continuam sendo as mesmas de muitos anos atrás, como a luta pelos

Direitos Humanos, moradia, educação, saúde, etc.

11) A juventude não tem espaço, o consumismo tomou conta, o capital impôs uma política

de consumo e a venda da força de trabalho. Mas não tem trabalho, a eles se justificam

que não há mão de obra qualificada.

12) O capital tem roubado nossa cultura, o jovem já não tem mais identidade, sendo um

poço de depósito de uma cultura externa.

13) No governo Lula, o discurso político foi de esquerda, mas o projeto pouco teve

apontado neste sentido.

14) Econômico: passamos ainda por processo de concentração de renda

15) Nestes governos, muitos são os ministros que tem caído, e muitas são as pautas

conservadoras que passam pelo aparato do Estado (congresso, senado, governo...)

16) A reforma agrária não tem andado.

17) Tem se aumentado o comercio de terra para estrangeiros, especialmente em áreas de

fronteira.

18) No atual momento, especialmente na questão urbana, o foco do governo é operar para

os grandes eventos que serão sediados no Brasil, como é o caso da Copa do Mundo,

Olimpíadas, etc. onde a pobreza e os pobres estão sendo removidos de seus lugares de

vivência, sendo escondidos da sociedade para a burguesia internacional não ver.

19) Diante destes desafios, temos que estar organizados:

- Formação ideológica: formação de quadros, para atuarem nos MSPs;

- Fazer lutas: com bandeiras unificadas, lutas massivas.

- Ter pauta unificada

- Priorizar o trabalho com a juventude

- Priorizar o trabalho com as mulheres

- Fazer trabalho de base

- Construir meios de comunicação alternativos

- Fortalecer a Via Campesina

- Construir o Projeto Popular da Nação.

Abertura para debate:

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Stela: além da copa, o mundo se volta pra Rio + 20, momento de pautar e fortalecer

ainda mais a Economia Verde, totalmente voltada pra lógica do Capital. Onde nos

devemos dar atenção para a Cúpula dos Povos, que ocorrerá paralelamente na Rio + 20.

Estima-se que cerca de 10 mil pessoas estarão passando pelo acampamento da Cúpula

dos Povos, e cerca de 500 internacionalistas circularão por lá.

Tropeço: No âmbito da formação profissional, pra quem está servindo a educação? no

ano passado sairam dados da distribuição das verbas para as instituições de ensino

superior e técnico, onde o Estado vem favorecendo a formação de Mao de obra barata

para sustentação do modelo de desenvolvimento adotado do capital. Na universidade

tiveram fazendo um comitê pra debater as manifestações e reflexos disso mais

localmente, como a questão do transporte e agricultura.

Volpato: Dois momentos importantes que estarão acontecendo são as eleições

presidenciais nos EUA e na Venezuela. Onde a direta na Venezuela tem feito muita

força na pressão ao governo. E se ganhar, entraremos num retrocesso político grande na

AL.

Toni: No cenário atual, a China pode passar a controlar grande parte do mercado

mundial, onde a previsão é de que em 2014 aponte como a maior potencia econômica

mundial, passando os EUA. Mas sabemos que isso não ocorre linearmente, até devido

ao poderio bélico dos EUA e sua capacidade de intervenção militar mundialmente

“aceita”. Assim, acho que a Rio + 20 vai ser um momento agitativo mas também de

lutar em todas as regiões do Brasil. Temos que colocar força nestas discussões e

estarmos levando nossa análise de conjuntura para estes espaços.

Negão: da Rio + 20, já está acontecendo este debate em vários países do mundo, e será

um momento mais simbólico.

Diego: No Brasil, tem ocorrido os debates preparatórios para a Rio + 20 em todas as

capitais dos estados, e em todos os estados isso vem ocorrendo. A questão é que quem

ta dando a linha é a ONU, e nenhum estado nacional consegue contrapor ou ter seu

posicionamento mais fortemente aceito. Na prática é que nós não estamos conseguindo

acompanhar este debate mais firmemente.

Belau: É espantoso o como conseguem fechar monetariamente o preço de todo o

processo, da arvore, da aldeia indígena, na floresta, e jogar isso para os mercados

futuros.

Volpato: nesse contexto, o grande foco são as áreas indígenas, onde não mais será

necessário retirar estes povos, mas sim isolar suas reservas e gerar lucro a partir disso.

Negão: é estranho a forma da exploração posta, se determinado momento a concervação

ambiental gera lucro, vão conservar, e se determinado momento já não gera lucro, então

desmata. Essa questão ambiental é muito complicado, no debate do código florestal,

diziam que quem queriam preservar nossas florestas eram os europeus, que já tinham

derrubado suas reservas, e que agora queriam frear nosso desenvolvimento preservando

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nossos recursos.

Belau: nesse sentido, a partir do momento que quantificam monetariamente uma

reserva, o proprietário poderá balancear o que lhe gera mais lucro, preservar ou

desmatar, tudo é mercadoria.

Diego: Joao Pedro usou essa frase no conea de Pira, onde disse que nos períodos de

crise os capitalistas estudaram mais rosa Luxemburgo do que nós. Em momentos de

crise, os capitalistas espertos retiram seu capital financeiro para os recursos naturais,

materiais primas, para num posterior período de crescimento, ter os meios (riqueza)

para alavancar seu crescimento, vai produzir quem tiver meios para isso, quem deter os

minérios, florestas, a água. Isso é necessário estudarmos para o próximo período.

Outra coisa é que não podemos crer que após o capitalismo vamos chegar no

socialismo. O socialismo ou a barbárie ainda é o grande dilema de nosso tempo. O que

vai determinar isso será a luta de classe. Nesse sentido, a direita nunca antes se colocou

para organizar a juventude, recentemente, a um Blogueiro da Veja foi destacado pra

coordenar a campanha da chapa de direita ao DCE da USP. Existe o capitalismo e existe

a corrupção, isso se muda com a forma de fazer política, com a estrutura do Estado, etc.

O golpe de 64 foi precedido por um grande movimento de lavar as calçadas do Brasil,

isso foi pensado e dirigido por alguém, que se apropriou do símbolo para uma causa.

2. REPASSES DAS INSTÂNCIAS:

Cuiabá: nesse período foi bastante corrido. Semestre passado construíram um seminário

dos agrotóxicos na UFMT, e logo depois começaram os corres do EIV, onde teve alguns

problemas internos onde a ENEBio se afastou do processo de construção. Enquanto

NTP, a escola passou a compor o coletivo LGBTT dentro da universidade. Planejaram

pro próximo semestre um curso de formação em gênero, mas ainda não há nada

definido, não para este semestre.

Criação de uma cartilha compondo ainda a questão de raça e etnia. Vamos tentar

terminar para próximo espaço da FEAB. Estamos articulando junto com a ENEBio a ida

para o ERA CO, puxando os pré ERAs na escola. E fazendo os corres para o CONEA. A

escola ainda compõem o Comitê da Campanha dos Agrotóxicos e num processo de

rearticulação da Via Campesina aqui no estado do MT.

Dourados: No ultimo Conea assumiram a CO do ERA-CO, nesse processo avaliaram

que foi negativo ter o seminário de construção do ERA fora do local sede do encontro.

A construção do Encontro agora está bem engajada. Escola compõem o comitê estadual

da campanha. Estão compondo o grupo de agroecologia na perspectiva da politização

do debate. Estão com dificuldade com distanciamento da base. Estão fazendo já os

corres para viabilizar a participação da escola no CONEA de Cruz das Almas. Estão

fazendo exercício de pensar mais a federação quanto à sucessão. Também tiveram uma

aproximação junto aos movimentos que atuam na região, como o MST e os indígenas.

Estão pensando na possibilidade de construção do EIV Dourados.

Cruz: Assumiram no ultimo CONEA a CO do Congresso. Passaram pelo processo de

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ocupação da Reitoria. Participaram da PS. Puxaram o seminário interno de formação e

construção da proposta do Congresso e posteriormente, o seminário de construção do

CONEA. Se dividiram para acompanhar alguns EIVs enquanto CPP’s e também com

estagiários. Estiveram participando de algumas lutas, como a da Via em Brasília. Estão

com a tarefa de constituir o comitê local da campanha dos agrotóxicos, onde puxaram 2

atividades. Vão se dividir para acompanhar o ERA NE e SE. Santiago foi para o

acampamento da juventude da Via AL. Participaram do ato na comunidade do quilombo

dos macacos, em área dita da Marinha. Rolou alguns espaços de formação, como o CF1.

A mulherada de Cruz está compondo um coletivo de mulheres na escola. No momento,

estão dando mais foco na construção dos Pre- ERAs na escola, onde há FEAB, ABEEF,

ENEBio e cursos próximos como de Agroecologia. Estão avaliando a possibilidade de

enviar enquanto CO um representante para os Encontros Regionais de todo país. Estão

visualizando alguns professores para toparem a somar força no projeto de EIV.

Rural: Assumiram no ultimo CONEA a CR III. Com todas as limitações do ano

passado, tiveram um repasse da antiga CR3. A partir disso fizeram o planejamento e

tiraram como foco a reaproximação do Espírito Santo à FEAB. Conseguiram fazer

passadas em quase todas as escolas da regional, menos Campos, Lavras e Alegre. O

trabalho tem sido construído junto com a ABEEF, que é também Regional da ABEEF.

Neste ano, já fizeram varias passadas novamente, inclusive em instituições que são

IFES. Já preparando para os pré-ERAs. Em santa Teresa, aproveitaram pra acompanhar

o seminário de questão agrária, mas com dificuldade por ter limitações quanto a relação

com MSP. Estão pensando na possibilidade de fazer um Encontro de Estudantes de

Agronomia no ES, estarão afinando as conversas e pensando metodologia e data para o

encontro. Na rural, participaram do processo de debate da eleição do DCE da UFRRJ,

onde parte do grupo passou a compor uma das chapas, que venceu o processo. Isso com

dificuldades, já que estavam puxando as campanhas do agrotóxico e o abaixo assinado

do código florestal, além do processo de aproximação de mais gente ao grupo. A escola

tem na construção do EIV um método diferente de seleção de estagiários, como o

seminário de questão Agrária e a Carta de Intenção dos estagiários. O EIV aconteceu

mais tarde que os demais, e agora está em processo de avaliação, pra logo mais já passar

a articular o EIV 2013. Estão junto a MOC na construção do ERA. O grupo hoje é

composto por 9 pessoas, sendo 8 mulheres e 1 homem. Estiveram pensando em novos

métodos de dialogar nas calouradas, e disto resultou na criação de um Fanzine da

federação. Durante o CONEA, era um grupo bastante novo, com gente de poucos meses

de federação, mas o processo de construção estão sentindo um crescimento e um

acúmulo significativo para o grupo. Estiveram se aproximando do processo de

construção da Cúpula dos Povos que acontecerá em Junho. Parte do grupo também está

engajado na construção do Levante Popular da Juventude, e outros no DCE. Estão

construindo ainda enquanto FEAB, ABEEF e outros coletivos, uma organicidade

melhor para a campanha dos agrotóxicos. Estão ainda com a proposta de construir um

material de acúmulo sobre o desenvolvimento deste trabalho enquanto CR e um resgate

da instância, para servir de acumulo para a federação. Estão debatendo também, a partir

das discussões feitas após o XXI CLACEA, na Argentina, das instancias que foram

destinadas para a FEAB, neste sentido, se dispõem para assumirem a construção do

Encontro do Cone Sul da CONCLAEA (Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil).

Campos: No CONEA assumiram o NTP de historia e comunicação. Logo após, em

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outubro, tropeço fez passadas no sul para resgatar materiais históricos da federação,

aproveitando a passada no sul, articularam uma passada da FEAB no Uruguai, junto a

AEA, onde falaram um pouco do CLACEA e apresentaram o documentário “O Veneno

Está na Mesa”. Onde a AEA participou do CLACEA e hoje é CO. Ao voltar do

CONEA, a escola entrou para o CA. Também foram sede da PS. Recentemente,

estiveram enviando um companheiro para o CNF. Agora o desafio para o próximo ano é

de retomar os trabalhos no CA, já que devido a muitas tarefas e enfraquecimento do

grupo (saída de pessoal), ficou a desejar o trabalho no CA. Com conversas internas,

junto a professores, surgiu a ideia de construir um Encontro Local de Agroecologia.

Este encontro vai ser de 20 a 22 de abril, para não cobrir a data do ERA SE e já

agitando para o ERA. Dia 17 tem confirmado uma aula junto aos calouros, na sua

primeira aula, falando um pouco da FEAB, CA e DCE. Em dezembro do ano passado,

também estiveram presentes no CBA, em Fortaleza.

Coordenação Nacional: Participamos do repasse da ex-CN de Pira em setembro e

planejamento 1° semestre CN SM/FRED WEST em Pira. Após tivemos a realização PS na

Escola de Campos – RJ e a distribuição dos militantes da CN para as regiões. Então foram

realizados os seminários de Planejamento das Regionais e as passadas organizativas dos grupos

e mobilizativas para os Encontros Regionais. Ajudamos na construção do Congresso Brasileiro

de Agroecologia em Fortaleza. Realizamos planejamento 2° semestre CN – em Santa Maria,

auxiliamos na construção dos EIVs pelo Brasil e fizemos as passadas mobilizativas para os

Encontros Regionais. Tivemos a realização, junto com ABEEF e ENEBIO, do II Curso

Nacional de Formação (CNF) – Brasília e estamos em fase final de construção e mobilização

para os EIVs.

3. Grupo de Trabalho de Formação:

O que a CN veio discutindo enquanto proposta para trazer a PNEB, é uma proposta de

refletirmos sobre os rumos do GT. O primeiro espaço do GT foi na PNEB de Aracajú, o

segundo na OS de Viçosa, para discutir os rumos do ME. A próxima na PS de Campos, onde

provocamos para se pensar espaços de formação regionais. Hoje estaríamos na quarta reunião

deste GT. Pouco tem participado do GT. Isto coloca o GT num plano de não funcionalidade

deste GT, por conta que isto acaba ficando a cargo da Coordenação Nacional. Outra que as

escolas não vão enviar a mesma pessoa para todos os espaços do GT. Desta magnitude, acaba

por não ter capacidade de decisão porque as pessoas chegaram naquele momento para pensar

formação para a federação, e outra porque não há sequência de participação, e por isso de

acumulo para a federação. Mas na CN entendemos que este GT surge de uma reflexão real

sobre como se constrói os espaços nacionais de formação. Disso resultou algumas crises,

provocadas em alguns espaços nacionais de formação anteriores. Por isso temos que refletir. Por

um lado, na vida real, este GT não tem funcionado na vida real, por outro lado há uma

necessidade de enquanto federação pensarmos o processo de formação. Neste sentido, não a

titulo de deliberação mas de encaminhar para o conea a tomada de decisão, apontamos para a

extinção deste GT, e que a federação reflita e construa outras formas de participação na

construção de propostas de formação para a federação.

Abertura pra debate:

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Volpato: em outras organizações sociais, como nos MSPs, a ferramenta dos GTs existem e

funcionam, pois ali são compostas por um coletivo que tem uma permanência na contribuição e

acumulo deste GT para a organização. Devido a nossas condições particulares enquanto ME de

agronomia, não temos esta realidade.

Toni: Ao longo do processo, desde o primeiro momento, nós não tivemos avançando nas pautas

de proposição de formação política para a federação. Fica muito a cargo da decisão da CN, e o

que precisamos é um processo de formação política continuada para a federação, e não

momentânea, a isso vemos que as CRs tem um papel importante, de estar em sintonia entre o

trabalho nas escolas e a CN. Não temos uma forma definida de como construir isso. Portanto da

necessidade de refletirmos e construirmos este debate em nossas escolas, para que possamos

chegar ao CONEA com algo mais elaborado e podermos fazer os devidos encaminhamentos

diante desta situação.

Pete: Não entendo de como se propõe uma extinção de um GT sem uma proposta.

(esclarescimento: a proposta é que as escolas discutam sobre isto até o conea)

Tropeço: neste sentido, penso que realmente não teria possibilidade das escolas estarem

enviando os mesmos militantes para este espaço. E que devemos fazer este esforço reflexivo

para o próximo CONEA.

Stela: Temos um instrumento que não veio dando certo neste período, é uma ferramenta

importante, mas pela dinâmica e limitações da federação, não veio funcionando. Para outras

instancias da federação, o trabalho é construído sempre com um processo de leitura, conhecer,

aproximar e entender a dinâmica das escolas, dos trabalhos, para depois pensarmos na forma de

atuar. Neste sentido, não devemos temer que, se caso não haja uma saída viável para sanar estas

limitações, de extinguir esta ferramenta e criarmos outra forma de avançarmos quanto a

formação.

Belau: Acho que uma das formações que antecede a esta, é um momento de formação da

própria federação, para a formação dos militantes da FEAB, e isso desemboca no CONEA, que

abrange todas as demandas da federação, onde discutimos as bandeiras da federação, mas não

debatemos a formação de seus militantes. Proposta de trazer um espaço de formação sobre a

própria federação para o próximo CONEA.

Diego: Na FEAB muitas foram as formas de pensar e construir as propostas de formação para a

federação, como os seminários de formação política pra federação. Hoje, o criar ferramentas não

é o problema, formas, métodos, a questão é nos colocarmos para avançar neste desafio. A FEAB

deve retomar a construção de um Plano de Formação Política para a federação.

Negão: o desafio da formação política na federação surge nas escolas, onde não se tem claro a

funcionalidade e o quando puxar espaços como CF1, etc. Esta construção deve ser constante. E

esta constância deve ser também a nível geral da federação.

Volpato: avaliando hoje os espaços de formação que a FEAB tem, ou constrói, são os EIVs, mas

que é uma formação a parte da vida da federação.

Page 10: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Belau: neste desafio de reconstrução de um plano nacional de formação, temos muitos desafios,

também no sentido das CRs de modo geral, estar tendo dificuldade em cumprir com seu papel

de acompanhamento e leitura do processo das escolas, e isso dificulta em conseguirmos ter uma

leitura de como avançar na caminhada da formulação quanto a formação.

Negão: o que acontece muito nos espaços nacionais é a dificuldade de conseguirmos chegar a

estes espaços nacionais, tanto na questão de vagas quanto dos custos. Até nesta PNEB sentimos

essa dificuldade de deslocamento que temos. Os camaradas que aqui vêm, tem que passar por

um processo de formação até entender da necessidade mesmo de estamos contribuindo na

organização, de desprendendo para isso.

Belau: um dos meios é pelo acumulo dos mais velhos, que deveriam estar pensando os espaços

de formação para a própria escola, e a partir disso termos os sujeitos identificados para estar

enviando para os espaços específicos da Federação, como curso de coordenadores, etc.

Tropeço: esta proposta de construção de espaços regionais de formação foi trazida pela CN de

Curitiba, onde refletiram quanto a demanda de se construir isso, demanda e as condições reais

de fazer isso, mas a formação deve ser encarada com maior seriedade pelas escolas, elas estarem

puxando estes processos, e não apenas estar esperando as formações da FEAB a nível nacional.

Negão: Estas deficiências na formação como um todo é muito visível em nossos congressos,

onde temos meia dúzia de companheiros que fazer as intervenções, outros que ficam só olhando,

e outros que estão dormindo ou dando voltas. Isto é um reflexo deste processo.

Estela: Não podemos nos iludir que o trabalho de base vai se dar num momento de plenária de

um Congresso, isso deve ser feito no dia a dia nas nossas escolas, no acompanhamento diário,

etc. Isto torna o processo cansativo, sentimos que lutamos pelas mesmas pautas do que há 10

anos atrás, isso mostra que não avançamos. Mas precisamos pensar em momentos que permitam

nós aproximar mais gente da federação.

Diego: Pelo visto, não tivemos divergências da proposta trazida pela CN, e os elementos

trazidos pelos companheiros foram muito ricos.

Dia 06/04/12

Manhã:

Campanha pela Curricularização da extensão

Page 11: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Diego - A ideia partiu da necessidade de voltarmos a formular a respeito da questão da

formação profissional, já que estávamos, enquanto federação, um tanto quanto ausentes desse

debate.

O profissional da agronomia no Brasil surge no sentido de conduzir ou auxiliar no processo

produtivo que estava sob transição ao final da escravatura, neste sentido o profissional se molda

ao longo dos diversos períodos históricos e suas necessidades hegemônicas no campo

econômico e produtivo.

A FEAB protagonizou um grande cenário de luta a respeito desta questão da formação

profissional em meados dos anos 80 com as mobilizações e discussões promovidas a respeito do

currículo mínimo.

Na formulação da campanha partimos, além da ideia da necessidade de acumular sobre este

debate da formação profissional (que foi historicamente construído pela FEAB), formular algo

no sentido de aglutinar o conjunto dos estudantes, desta forma entendemos que a pauta da

formação profissional se constitui como uma pauta capaz de atrair os estudantes pelo fato de

estar fazendo proposições a respeito da sua realidade direta, sem perder o debate e o fundo

ideológico.

Outra faceta importante da campanha é o fato de não se prender puramente no denuncismo, mas

avançar. Avançar e propor para o conjunto da sociedade nossa posição a respeito de um dos

pontos que acreditamos na construção do processo educacional.

Neste sentido acreditamos na necessidade do desenvolvimento deste projeto se dar nas

universidades com o protagonismo dos estudantes, a partir disso nos referenciamos no processo

que está ocorrendo na educação superior do Uruguai, onde o ME vem pautando e gerindo a

questão da extensão universitária curricular.

Acima de tudo acreditamos que apesar deste debate ser um debate de certa forma moderado e

que não resolve por si só os problemas do mundo, ele apresenta um fundo ideológico muito

forte e apresenta uma proposição muito concreta na realidade educacional do país, além de se

constituir como um debate massivo que pode se constituir como ferramenta para que possamos

nos aproximar com maior intensidade dos estudantes de agronomia de maneira geral.

Um dos fatos importantes é que buscamos que essa campanha não se dê de maneira descolada

da realidade da luta de classes em que vivemos, neste sentido está colocada a necessidade de

revindicarmos a formação de um profissional com consciência social e ecológica.

Martin – A campanha parte da necessidade de ampliarmos a nossa base social organizada dentro

da Universidade.

Ao conhecer a realidade, as reflexões sobre os problemas dela são colocadas na pauta, permite

uma abertura para a evolução do processo de consciência.

Qual a contribuição que a FEAB da para a sociedade organizada? Existe a necessidade sentida

pelos movimentos de falta de bons técnicos trabalhando no campo.

A questão ecológica parte da necessidade de formarmos profissionais aptos a trabalhar as

questões ambientais que estão colocadas no cenário da produção camponesa, na academia e na

Page 12: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

sociedade de maneira geral. Neste sentido podemos fazer o link com a questão da agroecologia,

que se constitui como uma das nossas proposições pro campo brasileiro a fim de construir as

bases de uma produção ecológica camponesa

Diego: A pauta ambiental está em ascensão na sociedade de maneira geral nos dias de hoje, e

neste sentido se constroem as bases do chamado capitalismo verde, neste sentido temos o dever

de incidir sobre essa discussão. Também devemos rearticular nossos militantes além desta

questão da agroecologia e da questão ambiental de maneira geral, também devemos aproximá-

los dos debates sobre a extensão universitária de maneira geral, principalmente através dos

espaços que são historicamente construídos na academia.

Discussão de textos: “Tempo Histórico e Elementos para uma agricultura ecológica e

camponesa” e “Sem a prática não dá, extensão universitária nos currículos já!”

Volpato: É importante frisar e amarrar o caráter popular da extensão universitária que estamos

propondo, não pretendemos com isso fazer uma extensão acrítica e academicista.

Pete: A necessidade de uma extensão com esse caráter diferenciado é uma pauta que emana da

própria sociedade e da comunidade rural.

Estela: É importante avaliarmos o caráter da extensão colocada hoje nas universidades e

superarmos a lógica do extensionismo conservador.

Negão: É importante disputarmos um modelo de ensino que tenha caráter sistêmico, o que pode

nos levar a forjar a formação de profissionais com uma visão mais ampla e holística a respeito

das problemáticas sociais e ecológicas da sociedade em que e stamos colocados.

Belau: É uma luta que não vai beneficiar somente o público da agronomia, mas a sociedade

como um todo, isso faz com que ela aumente ainda mais seu poder de diálogo com os diversos

públicos.

Kelle: É importante colocar de maneira clara, as distinções existentes entre os diferentes

modelos de extensão que estão colocados hoje, deixar claro o caráter a da extensão que

defendemos.

Estela: Uma das problemáticas do ensino atual é a fragmentação do conhecimento, o que faz

com que esta pauta se coadune ainda mais com a realidade dos estudantes.

Diego: Os estudantes de maneira geral sentem uma angústia latente em virtude do conhecimento

torto que está colocado para sua formação, ensino este que os proporciona uma formação

extremamente rasa e acrítica.

Belau: Devemos inserir nesse processo de construção a participação dos movimentos sociais, a

campanha neste momento ainda deixa a desejar no sentido de propor claramente qual o sentido

e como vai se dar na realidade das universidades esta extensão.

Page 13: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Volpato: Acredita ser uma boa opção a construção de seminários com os movimentos sociais

para que estes possam estender estas demandas. Devemos acumular este debate também com os

grupos de extensão das universidades.

Diego: Devemos fomentar a discussão de pra quem que serve a extensão universitária que está

colocada hoje. A extensão antes de resolver problemas, serve pra formar pessoas e modificar o

caráter do ensino. A luta por um novo modelo de universidade e educação vai muito de encontro

com a ideia lançada pela campanha.

Volpato: Os próprios órgãos de assistência técnica sente a falta da formação de profissionais

aptos para exercerem esta profissão, ou seja, as categorias profissionais também estão sendo

sentidas pelas categorias profissionais. O grande desafio nesse momento é fazer com que as

escolas verdadeiramente consigam tocar essa campanha no seu dia a dia e que ela tenha

continuidade a longo prazo com outras escolas na CN.

Martin: é um dever do estado estar acompanhando estes espaços de construção da extensão

universitária, pra que a universidade cumpra seu papel social.

Diego: A previsão é que num primeiro momento tenhamos uma boa aceitação da estudantada de

maneira geral e num segundo momento estar trabalhando algumas questões referentes ao pacote

tecnológico e a critica ao modelo agrícola que está colocado.

Tarde:

Campanhas:

Em Defesa do Código Florestal

Felipe: Aos fins do ano de 2007, com a constatação do avanço do desmatamento na Amazônia e

a devastação de maneira geral, setores ligados aos movimentos sociais e à ONGs ambientalistas,

juntamente com o ministério do meio ambiente, começam a pautar a regularização das áreas

agrícolas e o cumprimento das determinações do atual código florestal.

Porém com a visualização do prejuízo que este processo traria, inclusive pra agricultura

familiar, já que não considerava as diferenças geográficas, sociais e ambientais e com a

articulação dos setores conservadores da sociedade, principalmente através da bancada ruralista

do congresso, os diversos setores da sociedade passam a discutir a elaboração de um novo

código florestal.

Ao longo deste processo vislumbramos uma articulação muito bem elaborada entre estes setores

conservadores e alguns setores cooptados da esquerda, neste sentido a elaboração do novo

código florestal representou muitos recuos na luta pela preservação ambiental, já que a

aprovação deste projeto, tal qual sua situação atual, representaria a possibilidade real de avanço

das fronteiras agrícolas no Brasil e consequentemente o avanço do capital no território

brasileiro.

Neste sentido, movimentos sociais, movimento estudantil e ONGs ambientalistas se articulam

para barrar este projeto, lançando a campanha Em Defesa do Código Florestal.

Enquanto FEAB, de maneira geral não conseguimos montar uma articulação estruturada desta

campanha a nível nacional, por todas as nossas dificuldades estruturais e financeiras, neste

sentido nossas ações ficaram um tanto quanto restritas a nível local e na maioria das vezes as

Page 14: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

nossas intervenções se deram em conjunto com a Abeef, que foi uma das executivas que mais

pautou de forma estruturada a questão.

Neste momento o código se encontra em discussão na câmara dos deputados e a partir de um

acordo entre a bancada governista e a bancada ruralista, envolvendo a aprovação da Lei geral da

copa, tudo indica que este projeto será votado e aprovado até final de abril.

A partir disso, as organizações que compõem a campanha, vislumbram a necessidade de

encampar a luta pelo “Veta, Dilma”, já que a melhor saída neste momento seria se organizar

para pressionar o executivo para a não aprovação deste projeto que representa um avanço

gigantesco do capital no campo brasileiro e um retrocesso significativo em torno das pautas

ambientais.

No CONEA de Belém tiramos como indicativo continuar pautando a campanha Em Defesa do

Código Florestal e estar encampando a questão do “Veta, Dilma”.

Belau: Em Salvador se tem comitê da campanha, existe essa possibilidade de articulação.

Bolander: Em São Paulo também temos comitê, que está tendo uma inserção maior das ONGs

que estão pautando a causa. Estamos apresentando dificuldades estruturais de se inserir de

maneira satisfatória nestes comitês e devido as dificuldades conjunturais, estes estão focando

neste momento mais as atividades agitativas a nível local.

Tropeço: Integrantes do grupo de FEAB - Campos estiveram em Brasília no dia 7 de março

participando de um dos atos que estão ocorrendo em conjunto com diversas organizações contra

a provação do código florestal.

Estela: Na Rural, a Abeef está acompanhando o comitê estadual mais de perto, nós da FEAB

estamos pegando os repasses deles e, a partir disso, tentando construir ações em conjunto. Esta

questão do “Veta, Dilma”, entretanto, ainda não está orgânica entre todas as forças quem

compõem o Movimento Estudantil.

Negão: Realmente não conseguimos, de maneira geral, articular esta campanha a nível nacional,

não conseguimos construir esse debate de maneira estruturada e nesse momento pela conjuntura

difícil que a questão está apresentando fica ainda mais difícil de construir a mobilização. Em

suma, a campanha não atingiu a população de maneira geral, não conseguiu se inserir na pauta

do dia do conjunto da população.

Volpato: Essa desarticulação na câmara dos deputados, que vem demonstrando uma grande

dificuldade de resolução desta problemática e atrasos constantes nas votações, vem justamente

no sentido de imprimir um ritmo que acabe por promover a desarticulação dos setores

organizados da sociedade.

Diego: Creio que devemos continuar tocando esta campanha, desenvolvê-la mais no sentido

agitativo e focalizar os esforços para pressionar o poder executivo, encampando a campanha

pelo “Veta, Dilma”.

Contra os agrotóxicos e pela vida

Page 15: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Mártin: O trabalho foi feito de maneira mais agitativa, na tentativa de aproximação das escolas

dos comitês, no sentido de propor uma organicidade às escolas. Uma das ferramentas mais

utilizadas foi a questão do documentário, como ferramenta de massificação da pauta.

Nossa conjuntura aponta um avanço do agronegócio, o que gera uma polarização muito grande

e organizada neste debate, sendo que sua movimentação na mídia se deu numa intensidade

considerável. A partir do momento em que a ANVISA lançou o PARA, contribuindo com

elementos para a luta contra os agrotóxicos houve uma movimentação contra ofensiva dos

setores conservadores na mídia, com diversos mecanismos. Como saldo de elementos pra

discussão temos um panorama muito positivo e estamos conseguindo, de maneira geral, colocar

estes elementos pro debate do conjunto da sociedade.

O comitê está articulado com várias organizações (Movimentos Sociais, ONGs, redes de

pesquisadores, movimento estudantil...)

No seminário de dezembro com a secretaria operativa foi colocado que os comitês estão

organizados em 20 estados do país, porém os níveis de organização se dão de maneira muito

distinta nestes diversos locais.

O documentário teve alcance não só no Brasil, mas também pra alguns países da comunidade

mundial, sendo que este representou um alcance muito largo e positivo. Principalmente através

da Via Campesina o debate foi alargado para outros países, de nossa parte levamos o debate

enquanto FEAB, pro Encuentro de los Estudiantes latino americanos y caribeños e no CLACEA

na Argentina em janeiro de 2012.

Diante de todo este cenário de crítica ao modelo que está colocado no campo brasileiro, que se

deu principalmente através do lançamento do documentário e das cartilhas, está se abrindo um

cenário de proposição de modelo por nossa parte (agroecologia).

No planejamento para esse ano a ideia é discutirmos os danos dos agrotóxicos pra saúde

humana, a maior dificuldade nesse sentido é acumular alguns conhecimentos científicos no

campo da saúde humana para ter embasamento real no debate, embora alguns apontamentos

nesse sentido já foram dados (Ex: agrotóxico no leite materno, contaminação da água).

Foi confeccionado um abaixo-assinado fazendo o pedido ao governo federal, para que este

proíba os produtos já proibidos em outros países, para que deixemos de ser o depósito mundial

dos agrotóxicos, são argumentos muito profundos nesta discussão.

Outra questão a ser denunciada são as políticas de incentivo fiscal para o desenvolvimento deste

setor.

O apontamento para o próximo período se constitui em sair do panorama da denúncia e focar na

nossa proposição de modelo para o campo brasileiro (agroecologia).

Como conquista tivemos a proibição da pulverização aérea em algumas localidades, o site da

campanha foi criado (www.contraosagrotoxicos.org.br). A ideia é aperfeiçoar o vídeo, no

sentido de adequa-lo às novas proposições da campanha. Além disso, muitos materiais didáticos

estão sendo produzidos.

Também estão sendo debatidas as formas de organização do desenvolvimento da campanha nas

comunidades a nível local.

Page 16: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

A cartilha “Agrotóxicos II” está saindo, no sentido de avançar no processo organizativo e na

elaboração teórica.

Na nossa avaliação a campanha vem avançando de maneira geral, porém os setores

conservadores da sociedade tem reagido das mais diferentes formas. Nós, enquanto FEAB,

estamos trabalhando bem a questão, o grande desafio neste momento é levar este debate para os

ERAs e também para sua preparação, bem como buscar uma aproximação das escolas aos seus

respectivos comitês.

Bolander: Tivemos uma reunião na escola Florestan Fernandes com as organizações que

constroem a campanha, no começo da gestão de CN da ESALQ, que foi o momento em que

começamos a articular os trabalhos dentro da federação e também a dinâmica operacional dos

comitês a nível nacional. Hoje alcançamos um bom nível de maturidade no debate e temos boas

perspectivas. Nós, enquanto escola, estamos acompanhando o comitê estadual da campanha e

tentando imprimir uma melhor organicidade ao nosso processo. Também estamos articulando

espaços com a ABEEF e a ENEBIO, no sentido de construir a campanha de maneira coletiva.

Em suma, temos boas perspectivas de articulação.

Tropeço: Em campos trabalhamos um painel sobre os agrotóxicos, o ato público do EREA foi

voltado pra essa temática e estamos nos articulando para desenvolvermos práticas futuras.

Estela: Estamos articulados nessa campanha, inclusive ela nos possibilita estreitar os laços de

maneira muito positiva com as demais executivas de curso e organizações. Esta construção da

escola está se dando tanto no campo teórico quanto no campo prático, promovendo ações

amplas de massificação da campanha. Temos como prioridade buscar a inserção ao comitê

estadual e trabalhar a ideia de criar um comitê local. Porém a nível local já estamos nos

articulando com outras organizações estudantis para promovermos ações coletivas na prática.

Pete: Estamos nos articulando para participar dos eventos que promovem discussões neste

sentido, bem como ampliar essas relações para construir a campanha de maneira orgânica.

Kelle: Em Cuiabá estamos construindo ações bem como acompanhando as discussões do comitê

daqui.

Belau: Estamos acompanhando os debates do comitê estadual, e neste momento, de forma

conjunta com as outras organizações, estamos com a tarefa de criar os comitês locais da

campanha, para isso temos como meta inicial propor formação neste cenário local, com fim de

aglutinação inicial destas organizações. Também estamos nos articulando para criar o comitê

dos quatro campis da UFRB, e dentro da universidade também estamos propondo trabalhos em

conjunto com os grupos de agroecologia, no sentido de expandir esta discussão.

Mártin: O cenário da construção do conhecimento nos cursos de agronomia do Brasil são, de

maneira geral, cenário que incentivam a construção de um modelo agrícola irracional, a partir

disso devemos explorar suas contradições para trabalhara denúncia do modelo (a partir dos

elementos trazidos pela campanha) e a proposição de um novo modelo produtivo no campo

brasileiro (agroecologia).

Negão: O debate dos agrotóxicos é central porque tem a capacidade de aglutinar o interesse do

conjunto da sociedade, já que a questão da saúde pública é um debate amplo e de interesse de

todos.

Page 17: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Volpato: O espaço dos ERAs é um espaço importante de divulgação da campanha e isto deve

ser garantido, a fim de servir também como apresentação para os militantes que estão

conhecendo as executivas.

Negão: A partir desse debate dos agrotóxicos podemos também fazer o link com o debate dos

transgênicos, já que estes tem intrínseca ligação no processo econômico e político.

Volpato: Na conjuntura que vivemos, as vezes até o próprio produtor está descrente da

possibilidade de produzir fora do modelo tecnológico, então o debate dos agrotóxicos colado

com a proposição de uma alternativa vem no sentido, inclusive de mudar este panorama.

Toni: O documentário produzido gerou uma aceitação tão grande na sociedade, que nós não

demos conta de acompanhar este debate na sociedade e estar trabalhando ele da melhor maneira.

E fica claro que num primeiro momento a campanha trabalho a denuncia do modelo agrícola do

agronegócio e a promoção de um modelo de agricultura ecológica, já num segundo momento a

proposição é se trabalhar de maneira clara a proposição da agroeocologia enquanto modelo

produtivo para o campo brasileiro. Outro fato importante é a capacidade de se casar este debate

com o debate da campanha da FEAB pela curricularização da extensão universitária, acho que é

um desafio muito bom que se coloca.

Diego: Particularmente tive dúvidas a respeito da real capacidade da campanha, até pela gama

ampla de alianças que envolvia sua construção, porém os nichos alcançados por ela, as pautas

que foram tocadas e a estruturação do seu desenvolvimento provaram que a ideia da campanha

realmente poderia alcançar horizontes prósperos, o que realmente veio a se concretizar. Outro

fato importante é que a pauta não fica restrita as comunidades agrícolas, mas se expande ao

conjunto da sociedade e também forja um saldo negativo na balança econômica, o que se

constitui como um grande elemento de debate. Temos que ter cuidado nos rumos da campanha

em termos do debate dos orgânicos.

Volpato: Muitos estudantes tem resistência ao debate por querer ingressar neste mercado como

profissionais.

Martin: Em minha opinião, não conseguimos responder a provocação da Kátia Abreu no vídeo,

por exemplo, então temos que acumular nestas questões para nos qualificarmos para o debate. E

temos que focalizar no debate do modelo, o mercado dos orgânicos, por exemplo, produz

enormes contradições, o próprio camponês que produz o alimento não tem acesso a ele, além do

fato das cadeias do complexo agroindustrial estarem cada vez mais subordinando o produtor

rural, inclusive o agricultor camponês.

Toni: No discurso da Kátia Abreu fica claro a pressão estabelecida no debate, que acaba por

forçar o setor conservador a se expor e mostrar sua verdadeira face pra sociedade.

Martin: Durante a cúpula dos povos terá um espaço do comitê de articulação pela luta contra os

agrotóxicos e pela soberania alimentar, esse será um excelente espaço de articulação entre as

diversas organizações (dia 18 de junho).

Noite:

Sexualidade:

Page 18: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Prof(a). Vera

O capitalismo é uma sociedade que se estrutura encima de uma base econômica extremamente

contraditória, porém a contradição não se dá unicamente sob bases econômicas, um desses eixos

é o gênero. Sendo que este se funda sob uma base histórica que é o patriarcado.

O ser humano nasce com diferenças biológicas sexuais distintas, porém a sociedade também nos

referencia sob bases sócio históricas de construção social de gênero. Essas distinções são

construídas e aperfeiçoadas. Neste sentido mulheres ou homens que não correspondem a essas

bases sofrem um processo de exclusão social.

Isso nos evidencia que a sociedade burguesa não distingue ou divide as pessoas unicamente na

esfera das relações econômicas e produtivas, mas no conjunto das relações sociais. Neste

sentido naturalmente, na construção destas bases e referenciais sociais, são delegados papéis e

atributos distintos para homens e mulheres.

A luta pelo combate as relações de exploração de classes não deve ser desligada da luta pelo

combate as relações de opressão, sejam elas, de gênero, de raça ou de orientação sexual. Diante

disso as relações de poder são construídas sob bases de classe, gênero, raça e orientação sexual.

Pondera-se aqui também a importância da construção dessas bases e valores por parte das

superestruturas sociais, seja a partir da família, da escola, da igreja ou das instituições de

maneira geral.

Em suma, não nascemos com recorte de gênero definido, nascemos com distinções de sexo, ou

seja, nascemos macho ou fêmea e somos socialmente construídos sob as bases de gênero,

homem ou mulher.

De forma geral podemos constatar que estes vícios de opressão se espraiam e são praticados por

todos os setores da sociedade, de maneira geral.

Se faz muito importante a questão simbólica no processo de naturalização das relações de

opressão, ou seja, quando o individuo naturaliza a sua condição de submissão aos preceitos

sociais colocados.

Prof. Manuel

A sociedade onde vivemos se estrutura sob a heteronormatividade, que tem características de

classe, gênero, raça e sexualidade, sendo que estes tem limites referenciais convencionais. Seres

sociais colocados fora dos limites da heteronormatividade perdem automaticamente a sua

capacidade de afirmar sua humanidade sob as bases da sociedade onde estamos colocados.

Essas características são construídas historicamente pela sociedade a partir de dogmas, valores e

mitos, que criam esses elementos sociorreferenciais de opressão e exclusão. São construídos

também conceitos e preconceitos a partir de falsos elementos, por exemplo, o mito da

promiscuidade da população homoafetiva, na verdade se dá muito em função da condição de

vulnerabilidade social mais intensas que este público se encontra.

A questão da masculinidade também deve ser discutida, no sentido de entender suas relações

com o heterossexualismo e com o homossexualismo, ou seja, qual a relação entre os

comportamentos, hábitos e costumes das pessoas com sua orientação sexual. Qual a

Page 19: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

interferência das noções de família burguesa (heterossexuais) com a construção das relações

homoafetivas.

A luta de contraposição a este processo deve se dar de maneira ampla, interligada e cuidadosa,

para que não caiamos em alguns riscos como, por exemplo, o risco do academicismo, neste

sentido a luta deve se dar de maneira interligada entre os diversos segmentos da sociedade.

De forma geral, os pontos de unidade dessas bandeiras de luta tem estado muito fragilizadas e a

articulação muitas vezes não se efetua na prática da luta.

PL 122 criminalização da homofobia: A aprovação na câmara está em um cenário difícil, muito

em virtude da organização da bancada evangélica. O PL vem no sentido de criminalizar os atos

de homofobia, outra questão se faz latente é a necessidade de discutirmos o verdadeiro sentido

do caráter laico do estado brasileiro, já que a questão religiosa interfere de forma direta na

discussão da sexualidade.

De maneira geral o poder judiciário vem avançando em maior intensidade a respeito desta

questão em comparação ao poder legislativo.

Quando não temos uma rede proteção social facilmente um homossexual é agredido,

violentado.. Quando existe a rede (associação, partido, movimento) a violência pelo menos tem

resposta.

Precisamos discutir outras formas de opressão do padrão de beleza, os gordos e gordas, os

baixinhos e baixinhas, os “não bombados”.

Intervenções:

Negão: Os debates sobre machismo, racismo e homofobia vem se colocando na sociedade e se

vem sinalizando sinais desse processo, sinais de avanço da causa por igualdade, diante disso a

esquerda deve acumular e pensar um projeto de país sob a real base étnica e social do nosso

país.

Kelle: A esquerda, de maneira geral, não trabalha de maneira qualificada a questão de gênero,

seja no sentido de a grande maioria dos seus quadros serem homens ou também pelo fato da

formulação muitas vezes não atenderem as demandas e necessidades das questões de gênero,

sexualidade e etnia.

Na FEAB estamos em fase de acumulo na questão do debate racial, de gênero e principalmente

de sexualidade.

Dia 07/04/12

Page 20: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Bandeiras da FEAB

Abertura de ponto: o espaço da PNEB tem a função principal de deliberar quanto as bandeiras

da federação até o próximo CONEA, desde que não contrapõem as deliberações que já foram

construídas e encaminhadas no último CONEA.

A metodologia deste espaço se constitui semelhante a metodologia das PNEBs do CONEA,

com abertura de ponto de cada bandeira e momento de discussão de cada bandeira.

Leitura das Deliberações:

1) Análise de Conjuntura – contemplado no debate durante o espaço da PNEB para

este tema.

2) ME Geral: Deliberações:

- nossa militância deve pôr em pratica nossa disputa dentro dos DCEs, CA’s, etc.

- A FEAB deve articular as Semanas Nacionais de Mobilização, junto a demais executivas e

junto ao FENEX.

Apontamentos:

- Fenex tem sido um fórum que participamos, mas que precisa um pouco mais de

acompanhamento. Acreditamos que para o próximo FENEX devemos apresentar ao fórum a

campanha e uma proposta de material contra os agrotóxicos. Apresentar em forma de

documento pra debate, um material formativo sobre a proposta da campanha de

curricularização da extensão.

- Articular a semana Nacional de Mobilização, com sugestões de pautas como 10 PIB

educação, Agrotóxico, Código Florestal, Curricularização da Extensão, Fechar escolas é

Crime. Período: ultima semana de maio. Articulando com demais executivas. Mobilização:

elaborar uma carta de orientações; um dia nacional de mobilização pela internet.

- No ultimo FENEX, a FEAB se fez presente com a representação da CN, e alguns

militantes de outras escolas. Dentre os encaminhamentos lá gerados, foi construída uma

carta cujo FENEX não deliberou, mas ela foi assinada pela maioria das executivas que lá se

fizeram presentes. A FEAB não assinou esta carta. Esta carta está aberta para as executivas

que ainda queiram assinar, que o faça até o dia 08/04, domingo (leitura da carta). Neste

sentido, devido às divergências evidentes entre as deliberações da FEAB e o conteúdo desta

carta quanto a análise de conjuntura, campanha pelos 10 % PIB para a educação, etc., a

proposta é de que a FEAB mantenha o posicionamento de não assinar esta carta.

Page 21: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

Abertura para debate:

- Pelo momento, o FENEX se coloca como um bom espaço para firmarmos e ampliarmos a

articulação da Campanha dos Agrotoxicos, e um bom momento para darmos visibilidade a

campanha da Curricularização da Extensão.

- A proposta é trazermos uma pauta mais abrangente, mas garantindo a autonomia das

escolas em pautar suas demandas mais específicas e regionalizadas, num caráter mais

agitativo.

Encaminhamentos:

- Carta ao Fenex: não assinada.

- Semana Nacional de Mobilização: encaminhado.

3) Me Agro: Leitura das Deliberações:

- continuidade das campanhas código florestal e agrotóxico

- encampar a luta pela reformulação dos PPP’s dos cursos, base agroecologica.

- devemos acumular sobre a formulação de cursos de formação regionalizados.

- dar continuidade nos seminários regionais.

- Campanha Veta Dilma

Apontamentos:

- No sentido de acumulo sobre os PPP’s, proposta de que os NTP’s e toda e qualquer escola

que assim quiser contribuir, poça estar trazendo ao próximo CONEA, contribuições quanto

ao PPP’s dos cursos de agronomia.

Abertura pra Debate:

- Com o andar da campanha da curricularização da extensão, vai motivar que as escolas

acumulem quanto aos PPP’s.

- sentimos a demanda em formação política para a federação, neste sentido, e de acordo com

as deliberações do ultimo CONEA, reafirmamos a importância da construção de espaços de

formação nas regionais da federação, de acordo com o que as escolas das regionais estão

sentido, avaliando, demandando.

Page 22: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

4) Universidade: Leitura das deliberações:

Abertura:

- Tendo em vista o processo da construção do Encontro de Egressos da FEAB, a ocorrer em

Brasília, propomos neste espaço da PNEB o momento de darmos uma discutida sobre o que

a FEAB espera de seus egressos.

5) Formação Profissional: Abertura de ponto:

- final de agosto vai ser construído o Congresso Camponês, no sentido de articular os

movimentos os próximos passos na luta contra o agronegócio. Colocam como centralidade

do debate a questão da luta pela Reforma Agrária.

Proposta: Proposta de elaboração de um documento pela CN sobre formação profissional e

questão agrária para colocar qual a necessidade de profissionais diferentes para contribuir no

congresso camponês que ocorrerá em agosto em Brasília que contará com a presença da Via,

FETAF e CONTAG, sendo um marco importante na articulação de mais setores para debater a

questão agrária e sua necessidade de reforma.

6) Agroecologia: - No CBA se observou poucas iniciativas e reflexões novas, quem vem acumulando mais

fortemente um processo de pensar um modelo de agroecologia transformador não participa do

congresso e pouco sistematiza estas concepções. Para o próximo período um apontamento seria

o exercício de construir uma brigada da FEAB para a jornada de agroecologia que acontece no

mês de julho, em Londrina – PR.

7) Movimentos Sociais Populares: É importante que os grupos que constroem EIV façam um documento de acúmulo para a

federação e não só relatos do que foi o EIV. Vai acontecer a cúpula dos povos em junho

com um acampamento específico da via campesina e vão acontecer manifestações na data

da cúpula. De 18 a 22 deste mês vai acontecer a 5 festa nacional das sementes crioulas. E no

mês de abril temos também o Abril vermelho, construção dos movimentos sociais.

8) Ciência e Tecnologia: - Devemos acumular na compreensão do que é, como é colocada a ciência e tecnologia hoje,

cujo método de análise se da pela fragmentação do todo e o estudo aprofundado de uma das

Page 23: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

pequenas partes, o estudo de cada uma destas pequenas partes, e entendendo que assim

compreenderemos o todo.

- Devemos acumular para o próximo CONEA o debate sobre a Transgenia na perspectiva

do debate da C&T.

- Faz tempo que temos dificuldade de aprofundar a leitura sobre diversas questões, inclusive

sobre o debate das inovações tecnológicas (não é bom, mas melhor do que tava antes).

A abordagem da agroecologia enquanto uma ciência construída pelo povo e pelo

conhecimento histórico tem que ser apropriado pelos militantes das agrárias que querem

debater e convencer pessoas sobre a importância da utilização dessa tecnologia enquanto

agente transformador da sociedade. Temos que aliar o debate da construção de tecnologias

utilizáveis pela agricultura familiar para facilitar a implantação deste sistema em pequenas

propriedades e que consiga ser mais produtivo, sempre se lembrando de se utilizar de

ferramentas como os censos agropecuários para derrubar os argumentos de produtividade

dos latifúndios.

9) Juventude,cultura, valores, gênero, raça, etnia, sexualidade: - Devemos acumular no debate das drogas, as condições dos usuários das distintas classes

ou condições de vida apresentam grande diferenças. Além disso, o cenário global, e os

elementos históricos deste debate apontam pra importância de darmos maior ênfase para

este debate, afim de avançarmos no sentido da legalização das drogas.

- questão da cultura, é importante entendermos os eixos da cultura, no sentido da dominação

e da existência, assim, faz-se a reflexão de qual a importância ou intencionalidade que

estamos dando para as nossas culturais. Vemos que nossos militantes acabam

descriminando muito as musicas populares, que a ampla maioria da população ouve, e

entende por popular, aqueles artistas dos quais a ampla maioria da população brasileira

desconhece ou não ouve.

- Raça X Etnia: a partir de estudos feitos, compreendemos que a origem a separação entre

raças, ou seja, de não considerar o negro/índio (...) enquanto raça humana, e passou a

atribuir adjetivos, sempre pejorativos. Esta realidade continua atual até hoje.

- Gênero – aborto: a dificuldade na deliberação no ultimo CONEA, deve-se ao fato de

pouca formação sobre o tema. Onde a desigualdade entre as classes no momento da

possibilidade e realização de um aborto são gigantes. Trata-se simplesmente de um direito

de escolha das mulheres!

- Lei Maria da Penha: sempre que entrávamos na discussão da violência contra mulher na

FEAB, caíamos na lei Maria da penha. Disso, entendemos que foi uma contribuição muito

significativa, mas que apresenta suas falhas e, na pratica, o Estado brasileiro não tem

garantido estruturalmente que esta lei fosse cumprida.

- Auto-organização: assim como trabalhadores não chamam a burguesia para discutir como

devem caminhar, também as mulheres só estarão livres através da auto-organização,

caminhando junto com os companheiros homens da mesma luta rumo ao socialismo!

Page 24: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

- Curso de Formação Feminista: deliberamos para acumular para a construção, a ABEEF

deliberou pela construção. Este processo acabou não andando como se pretendia, sendo

muito pouco provável sua realização até o CONEA. Deste processo, fazemos a critica a CN

pelo fato de ter deixado sobre a única mulher da CN a tarefa de Construção do Curso, esta

critica vem no sentido de contribuir para evitarmos que no próximo CONEA, as

intervenções colocadas sobre as pautas feministas não fiquem a cargo apenas das mulheres.

- Raça: historicamente brancos e negros vem sendo tratados de forma diferentes, desiguais

quanto a oportunidades/possibilidades. Assim, nós negros devemos sim ser tratados de

forma não igual a um branco no sentido de reaver o abismo sócio-racial construído ao longo

do tempo. As diferenças sociológicas ainda são gritantes.

- Sobre o curso, pela demanda de formação referente ao feminismo, ele deveria ser

realizado não somente para as mulheres, mas para os homens também.

- percebemos que nossa militância carece também de acumulo, de formação a temas mais

inerentes a nossa conduta militante diária, como, por exemplo, do papel da juventude, da

cultura, nos entendermos enquanto sujeitos.

- CN e NTPzão deve realizar um documento de acumulo sobre o aborto para encaminhar

para o FENEX.

10) História e Comunicação: - NTP Comunicação, referente a CONCLAEA, conseguiu estabelecer alguns contatos e

fazer passada no Uruguai, na AEA.

- Propostas:

- ntp de H & Comunicação organize uma brigada de registro e documentação para o

Encontro dos Egressos.

Foi criado um email para mandar material para ser colocado no blog –

[email protected]

11) Relações Internacionais: - Passada no Paraguay: no Paraguay não tem uma organização específico dos estudantes de

agronomia. A maioria das pessoas se organizam nos sindicatos rurais. A abertura de

contatos se deu mais com estudantes de outros cursos, especialmente das humanas.

- Repasse do CLACEA: A estrutura organizativa da Conclaea sofreu algumas modificações,

neste ano as giras (passadas) não vão ser centralizadas na CG e haverá a realização de dois

encontros regionalizados com caráter de pré-clacea (Cone Sul – Brasil, Argentina, Chile,

Uruguai e Paraguai e o Encontro Caribe Andino – Colômbia, Equador, Venezuela, México,

etc..) diante disso, o Brasil vai fazer passada no Paraguai de novo, Uruguai vai ser sede do

próximo CLACEEA, o Brasil continua com a secretaria de comunicação e a Argentina

enquanto coordenação geral, porém sem fazer as giras centralizadas. O Brasil fica

responsável pelo encontro do cone sul da CONCLAEA e deve acontecer entre setembro e

outubro, já o Encontro Caribe Andino fica a cargo da Colômbia.

Page 25: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

- Encaminhamentos:

- Coordenação Brasil da CONCLAEA: Tropeço (Campos), Pete (Dourados) e Felipe (CN) -

*até o CONEA, no Conea devemos eleger nova coordenação Brasil.

- CO Encontro Cone Sul da CONCLAEA:

CN + coordenação Brasil da Conclaea ficam de articular e definir a escola sede até maio.

- Passadas no Paraguai: Dourados (Pete)

Temos que pensar na viabilização financeira das passadas no Paraguai.

Dia 08/04/12

CONEA: Tivemos nosso Seminário Interno de Construção entre os dias 27 e

28/10/2011 onde realizamos formação com as professoras Rosi e Iolanda. Debatemos e

chegamos ao consenso com proposta de temática. Propomos a temática das Populações Negras,

voltando-se principalmente para o rural. Fechamos a data do Seminário de Construção do

CONEA que aconteceu nos dias 02, 03 e 04 de Dezembro de 2011. No seminário de construção

deliberamos pela temática proposta pela C.O que será abordada nos dois Painéis Principais:

Painel I: “As populações negras do campo e a disputa por território com o

Agronegócio”

Painel II: “O Povo Negro e a Consolidação da Agronomia”

Ficou definida ainda a grade do Congresso e os outros espaços do congresso.

Page 26: RELATORIA PNEB - CUIABÁ/MT 2012

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º

6:00 horas Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada

6:30 as 7:30

horas

Café

Café

Café

Café

Café

Café

Café

Café

8:00 as 11:30

horas

Chegada GI-

Painel I

Gênero

Painel Paralelo Vivências e

Oficinas

GT PNEB

PNEB

Oficina ATO

PF

11:30 às 13:30

horas

Almoço / Tempo

Trabalho

Almoço /

Tempo

Trabalho

Almoço /

Tempo

Trabalho

Almoço /

Tempo

Trabalho

Almoço /

Tempo

Trabalho

Almoço /

Tempo

Trabalho

Almoço / Tempo

Trabalho

Almoço /

Tempo

Trabalho

Almoço /

Tempo

Trabalho

14:00 as 17:30

Inscrições-

Chegada

GD 1

Socialização

Painel 2

GD 2

Troca de

experiência

PREB 2

Vivências e

Oficinas

GT PNEB

PNEB

ATO

PF

17:30 as 18:30

horas

Janta

Janta

Janta

Janta

Janta

Janta

Janta

Janta

Janta

19:00 as 22:00

horas

Abertura /

Apresentação das

Escolas

PREB1

Reunião das

escolas

Socialização

Enc. Egressos

Cultural

Socialização das

Vivências

Sucessão

PREB III

Cultural

PF

22:00 as 00:00

h

C.O Agro canção Regional

Regional

Agro canção

Regional

PF

A reitoria tem nos apoiado na construção do 55º CONEA no que tem estado ao seu

alcance. Temos tido apoio logístico para participar de nossos espaços nacionais da FEAB.

Apoio logístico para viagens de articulação para o congresso. Temos garantidas as salas de aula

para alojamento, uso da estrutura do Restaurante Universitário, impressão de material de

divulgação, material de consumo, dentre outros.