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PLENÁRIA NACIONAL DE ENTIDADES DE BASE (PNEB Páscoa) 2012 – Escola
de Cuiabá (Universidade Federal de Mato Grosso)
Dia 05/04/12
Espaço de Análise de Conjuntura
Diego FEAB
Análise de Conjuntura faz-se para tomar decisões; Traça-se para organizar tática e
estratégia;
3 Fatores são importantes:
1) Situação e organização da Classe Trabalhadora;
2) Situação e organização da Classe Dominante;
3) Como se posicionam o Estado;
Cenário Mundial
Crise mundial
Vivemos num período de maior hegemonia do Capitalismo mundial;
Disputa intercapitalista e disputa de países socialista (Cuba) e China (Socialismo de
mercado); Disputa intercapitalista divide em dois blocos.
Grandes potencias estão mais afetadas pela crise e os BRICS deram uma segurada na crise.
A China tem grande influência na economia mundial e tem ameaçado o poderio militar do
EUA; Eleições dos EUA – 2 partidos de direita; Democratas que é o partido do Obama tem
uma posição agressiva mais branda em relação a posição do partido republicano;
Sob o ponto de vista dos Estados-
Pauta do dia- Desenvolvimento sustentável e economia verde- uso da terra para a
agricultura gera renda, gera lucro, mas o mercado de terras tem que se manter constante;
Eco-92 define que 8% são recursos naturais de uso coletivo; Perspectivas para a Rio +20 é
de 50%;
Cenário na América Latina –
Vivemos em um dos momentos mais interessantes porque estamos em um processo de
crescimento dos governos progressistas, mas no contexto de luta de classes não estão
influenciando muito; Os governos progressistas não fazem questão de mexer nas reformas
estruturantes e sim investem forte no assistencialismo. Os movimentos sociais tem avançado no
ponto de vista da articulação política com suas divergências;
Brasil
Neoliberalismo clássico- grandes potenciais
Social Neoliberalismo
Neo Desenvolvimento – momento em que vivemos
Social Desenvolvimentismo
Desenvolvimento Social Popular
Setores progressistas, setores conservadores, Setores socialistas
Vivemos em um momento em que a vida das pessoas tem melhorado e ao mesmo tempo a
qualidade de vida das pessoas ainda não está boa; as pessoas estão no nível de consumo muito
alto;
30 milhões de pessoas ascederam socialmente; Contexto dessa política econômica está
chegando o limite; É necessário fazer reformas estruturantes; Vivemos em um momento onde
não conseguimos fazer reformas agrárias, reformas urbanas;
Processo muito duro de dificuldades de organizar a classe trabalhadora;
Alguns setores progressistas sindicais estão deixando de fazer a luta; Passamos por um
processo de captação;
Limites desse último ano estão difícil para a classe trabalhadora: Código florestal;
Reforma Política no Brasil – não passa de uma reforma do processo eleitoral;
Estamos numa defensiva estratégica –
3 elementos
Educação – Entrou num grande processo de mercantilização e segue ocorrendo nesses
últimos anos em menor medida; Proposta da Reforma Universitária pelo Tarso foi um caos onde
previa cursos pagos nas universidades; Lei de Inovação Tecnológica foi autoriza; Fundações;
Prouni e Reuni; Universidades privadas hoje fazem o que querem (repressão). Por outro lado
permitiu o acesso da classe trabalhadora; REUNI: metas no padrão da USP porque era
considerada uma universidade de excelência relação de 18:1; Aceleramento de graduação e pós-
graduação; Criação de cursos tecnológicos para o mercado; PNE vai ser aprovado que tem
avanços em relação do analfabetismo funcional; Entrou muito coisa de Educação no campo; 7
% do PIB pra Educação que vai jogar recursos para dentro das universidades públicas. Meta
para 2020.
Juventude
Vivemos um processo de proletarização precária da juventude brasileira. De maneira geral,
existe uma movimentação clara por parte da esquerda brasileira no sentido de se criar
ferramentas de organização da juventude brasileira.
Axé – Relações Públicas do MST
Elementos extraídos do caderno 1 de formação do MST.
Temos que fazer a análise de conjuntura com olhar central no nosso inimigo, o capitalismo.
Muitos intelectuais passam o seu tempo no exercício teórico de analisar, mas esquecem do
central, que é o trabalho de base, a organização do povo e fazer luta.
Da composição do capitalismo, da violência que este modelo traz para todos os Estados onde
está implantado. Onde os governantes destes Estados defendem o modelo em detrimento da
defesa de seu povo, criando inclusive as rinchas entre os povos dos países periféricos.
1 – Características do Capitalismo – decomposição do sistema
Pra inicio da análise, é preciso conhecer o chão onde você está pisando.
2) - crise mundial
- prioridade de capital no Brasil
3) Contradição do agronegócio
a) concentração de terra
b) condições ambientais – ele de natureza degradante
c) alimentação homogênea no mundo
d) saúde: não consegue produzir sem veneno, aumentando as doenças dos consumidores
principalmente o câncer.
3) Dados da Fome:
100 milhões de pessoas sem teto, 1 bilhão de famintos, 1,1 bilhões na pobreza.
Em Cuiabá há comunidades que vivem nestas exatas condições, como em qualquer outra grande
cidade. O governo passa a gerar empregos, mas a qualificação profissional para acessar estes
empregos, essa gente não tem! Mesmo para empregos considerados mais simples, há filas
enormes de concorrentes para as poucas vagas disponíveis.
4) Como se encontra a Sociedade?
Um dos piores e mais fortes valores construídos pelo capitalismo, é o individualismo e o
consumismo, onde nada passa a satisfazer a ilusória sensação de necessidade.
5) Como tratam o que é do povo?
Os governantes atuam como os peões do agronegócio, os agentes a serviço do capitalismo, onde
o resultado é sempre o mesmo, quem é rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez mais
pobre. Estas experiências são notadas em qualquer lugar, como no MT o caso da Linha de
Ferro, que na materialidade vem a favorecer o escoamento das lavouras de soja do grupo Mage.
6) Muitas vezes quando se vai falar do Capital, caímos na ênfase da análise do governo,
mas independente do governante colocado, o modelo segue o mesmo. Temos que rever
o objetivo da análise, fugindo da busca rasa de um culpado primário e voltar os olhos
pro inimigo maior, real, o Capitalismo.
7) E como esse modelo controla a classe trabalhadora: Se vermos quem ocupa os cargos de
poder na sociedade (igreja, reitores, diretores, vereadores,....), estes em sua ampla
maioria, atuam de forma a contribuírem com a sustentação do atual modelo.
8) Corrupção no Brasil. Brasil ocupa o 59° lugar no ranking de corrupção. Levantamento
foi baseado na percepção de empresários...
9) Passamos por um longo período achando que a mudança viria, mas no mudou, num
momento em que muitos dos principais militantes e quadros das organizações populares
entraram na institucionalidade. Outro processo que ocorreu foi de desmantelamento e
desarticulação dos movimentos sociais, onde cada entidade/movimento/partido puxa pra
um lado, inclusive com a dificuldade de construir lutas unitárias. Saem varias
manifestações sobre a mesma pauta ao mesmo tempo e que não dialogam. Com o
avanço da tecnologia, isso tem se agravado ainda mais, onde em qualquer casa há
notebooks, dificultando ainda mais pra necessidade de reunir e organizar a juventude,
por exemplo. Desafio de aglutinar e construir lutas unificadas e massivas.
10) Nossas pautas continuam sendo as mesmas de muitos anos atrás, como a luta pelos
Direitos Humanos, moradia, educação, saúde, etc.
11) A juventude não tem espaço, o consumismo tomou conta, o capital impôs uma política
de consumo e a venda da força de trabalho. Mas não tem trabalho, a eles se justificam
que não há mão de obra qualificada.
12) O capital tem roubado nossa cultura, o jovem já não tem mais identidade, sendo um
poço de depósito de uma cultura externa.
13) No governo Lula, o discurso político foi de esquerda, mas o projeto pouco teve
apontado neste sentido.
14) Econômico: passamos ainda por processo de concentração de renda
15) Nestes governos, muitos são os ministros que tem caído, e muitas são as pautas
conservadoras que passam pelo aparato do Estado (congresso, senado, governo...)
16) A reforma agrária não tem andado.
17) Tem se aumentado o comercio de terra para estrangeiros, especialmente em áreas de
fronteira.
18) No atual momento, especialmente na questão urbana, o foco do governo é operar para
os grandes eventos que serão sediados no Brasil, como é o caso da Copa do Mundo,
Olimpíadas, etc. onde a pobreza e os pobres estão sendo removidos de seus lugares de
vivência, sendo escondidos da sociedade para a burguesia internacional não ver.
19) Diante destes desafios, temos que estar organizados:
- Formação ideológica: formação de quadros, para atuarem nos MSPs;
- Fazer lutas: com bandeiras unificadas, lutas massivas.
- Ter pauta unificada
- Priorizar o trabalho com a juventude
- Priorizar o trabalho com as mulheres
- Fazer trabalho de base
- Construir meios de comunicação alternativos
- Fortalecer a Via Campesina
- Construir o Projeto Popular da Nação.
Abertura para debate:
Stela: além da copa, o mundo se volta pra Rio + 20, momento de pautar e fortalecer
ainda mais a Economia Verde, totalmente voltada pra lógica do Capital. Onde nos
devemos dar atenção para a Cúpula dos Povos, que ocorrerá paralelamente na Rio + 20.
Estima-se que cerca de 10 mil pessoas estarão passando pelo acampamento da Cúpula
dos Povos, e cerca de 500 internacionalistas circularão por lá.
Tropeço: No âmbito da formação profissional, pra quem está servindo a educação? no
ano passado sairam dados da distribuição das verbas para as instituições de ensino
superior e técnico, onde o Estado vem favorecendo a formação de Mao de obra barata
para sustentação do modelo de desenvolvimento adotado do capital. Na universidade
tiveram fazendo um comitê pra debater as manifestações e reflexos disso mais
localmente, como a questão do transporte e agricultura.
Volpato: Dois momentos importantes que estarão acontecendo são as eleições
presidenciais nos EUA e na Venezuela. Onde a direta na Venezuela tem feito muita
força na pressão ao governo. E se ganhar, entraremos num retrocesso político grande na
AL.
Toni: No cenário atual, a China pode passar a controlar grande parte do mercado
mundial, onde a previsão é de que em 2014 aponte como a maior potencia econômica
mundial, passando os EUA. Mas sabemos que isso não ocorre linearmente, até devido
ao poderio bélico dos EUA e sua capacidade de intervenção militar mundialmente
“aceita”. Assim, acho que a Rio + 20 vai ser um momento agitativo mas também de
lutar em todas as regiões do Brasil. Temos que colocar força nestas discussões e
estarmos levando nossa análise de conjuntura para estes espaços.
Negão: da Rio + 20, já está acontecendo este debate em vários países do mundo, e será
um momento mais simbólico.
Diego: No Brasil, tem ocorrido os debates preparatórios para a Rio + 20 em todas as
capitais dos estados, e em todos os estados isso vem ocorrendo. A questão é que quem
ta dando a linha é a ONU, e nenhum estado nacional consegue contrapor ou ter seu
posicionamento mais fortemente aceito. Na prática é que nós não estamos conseguindo
acompanhar este debate mais firmemente.
Belau: É espantoso o como conseguem fechar monetariamente o preço de todo o
processo, da arvore, da aldeia indígena, na floresta, e jogar isso para os mercados
futuros.
Volpato: nesse contexto, o grande foco são as áreas indígenas, onde não mais será
necessário retirar estes povos, mas sim isolar suas reservas e gerar lucro a partir disso.
Negão: é estranho a forma da exploração posta, se determinado momento a concervação
ambiental gera lucro, vão conservar, e se determinado momento já não gera lucro, então
desmata. Essa questão ambiental é muito complicado, no debate do código florestal,
diziam que quem queriam preservar nossas florestas eram os europeus, que já tinham
derrubado suas reservas, e que agora queriam frear nosso desenvolvimento preservando
nossos recursos.
Belau: nesse sentido, a partir do momento que quantificam monetariamente uma
reserva, o proprietário poderá balancear o que lhe gera mais lucro, preservar ou
desmatar, tudo é mercadoria.
Diego: Joao Pedro usou essa frase no conea de Pira, onde disse que nos períodos de
crise os capitalistas estudaram mais rosa Luxemburgo do que nós. Em momentos de
crise, os capitalistas espertos retiram seu capital financeiro para os recursos naturais,
materiais primas, para num posterior período de crescimento, ter os meios (riqueza)
para alavancar seu crescimento, vai produzir quem tiver meios para isso, quem deter os
minérios, florestas, a água. Isso é necessário estudarmos para o próximo período.
Outra coisa é que não podemos crer que após o capitalismo vamos chegar no
socialismo. O socialismo ou a barbárie ainda é o grande dilema de nosso tempo. O que
vai determinar isso será a luta de classe. Nesse sentido, a direita nunca antes se colocou
para organizar a juventude, recentemente, a um Blogueiro da Veja foi destacado pra
coordenar a campanha da chapa de direita ao DCE da USP. Existe o capitalismo e existe
a corrupção, isso se muda com a forma de fazer política, com a estrutura do Estado, etc.
O golpe de 64 foi precedido por um grande movimento de lavar as calçadas do Brasil,
isso foi pensado e dirigido por alguém, que se apropriou do símbolo para uma causa.
2. REPASSES DAS INSTÂNCIAS:
Cuiabá: nesse período foi bastante corrido. Semestre passado construíram um seminário
dos agrotóxicos na UFMT, e logo depois começaram os corres do EIV, onde teve alguns
problemas internos onde a ENEBio se afastou do processo de construção. Enquanto
NTP, a escola passou a compor o coletivo LGBTT dentro da universidade. Planejaram
pro próximo semestre um curso de formação em gênero, mas ainda não há nada
definido, não para este semestre.
Criação de uma cartilha compondo ainda a questão de raça e etnia. Vamos tentar
terminar para próximo espaço da FEAB. Estamos articulando junto com a ENEBio a ida
para o ERA CO, puxando os pré ERAs na escola. E fazendo os corres para o CONEA. A
escola ainda compõem o Comitê da Campanha dos Agrotóxicos e num processo de
rearticulação da Via Campesina aqui no estado do MT.
Dourados: No ultimo Conea assumiram a CO do ERA-CO, nesse processo avaliaram
que foi negativo ter o seminário de construção do ERA fora do local sede do encontro.
A construção do Encontro agora está bem engajada. Escola compõem o comitê estadual
da campanha. Estão compondo o grupo de agroecologia na perspectiva da politização
do debate. Estão com dificuldade com distanciamento da base. Estão fazendo já os
corres para viabilizar a participação da escola no CONEA de Cruz das Almas. Estão
fazendo exercício de pensar mais a federação quanto à sucessão. Também tiveram uma
aproximação junto aos movimentos que atuam na região, como o MST e os indígenas.
Estão pensando na possibilidade de construção do EIV Dourados.
Cruz: Assumiram no ultimo CONEA a CO do Congresso. Passaram pelo processo de
ocupação da Reitoria. Participaram da PS. Puxaram o seminário interno de formação e
construção da proposta do Congresso e posteriormente, o seminário de construção do
CONEA. Se dividiram para acompanhar alguns EIVs enquanto CPP’s e também com
estagiários. Estiveram participando de algumas lutas, como a da Via em Brasília. Estão
com a tarefa de constituir o comitê local da campanha dos agrotóxicos, onde puxaram 2
atividades. Vão se dividir para acompanhar o ERA NE e SE. Santiago foi para o
acampamento da juventude da Via AL. Participaram do ato na comunidade do quilombo
dos macacos, em área dita da Marinha. Rolou alguns espaços de formação, como o CF1.
A mulherada de Cruz está compondo um coletivo de mulheres na escola. No momento,
estão dando mais foco na construção dos Pre- ERAs na escola, onde há FEAB, ABEEF,
ENEBio e cursos próximos como de Agroecologia. Estão avaliando a possibilidade de
enviar enquanto CO um representante para os Encontros Regionais de todo país. Estão
visualizando alguns professores para toparem a somar força no projeto de EIV.
Rural: Assumiram no ultimo CONEA a CR III. Com todas as limitações do ano
passado, tiveram um repasse da antiga CR3. A partir disso fizeram o planejamento e
tiraram como foco a reaproximação do Espírito Santo à FEAB. Conseguiram fazer
passadas em quase todas as escolas da regional, menos Campos, Lavras e Alegre. O
trabalho tem sido construído junto com a ABEEF, que é também Regional da ABEEF.
Neste ano, já fizeram varias passadas novamente, inclusive em instituições que são
IFES. Já preparando para os pré-ERAs. Em santa Teresa, aproveitaram pra acompanhar
o seminário de questão agrária, mas com dificuldade por ter limitações quanto a relação
com MSP. Estão pensando na possibilidade de fazer um Encontro de Estudantes de
Agronomia no ES, estarão afinando as conversas e pensando metodologia e data para o
encontro. Na rural, participaram do processo de debate da eleição do DCE da UFRRJ,
onde parte do grupo passou a compor uma das chapas, que venceu o processo. Isso com
dificuldades, já que estavam puxando as campanhas do agrotóxico e o abaixo assinado
do código florestal, além do processo de aproximação de mais gente ao grupo. A escola
tem na construção do EIV um método diferente de seleção de estagiários, como o
seminário de questão Agrária e a Carta de Intenção dos estagiários. O EIV aconteceu
mais tarde que os demais, e agora está em processo de avaliação, pra logo mais já passar
a articular o EIV 2013. Estão junto a MOC na construção do ERA. O grupo hoje é
composto por 9 pessoas, sendo 8 mulheres e 1 homem. Estiveram pensando em novos
métodos de dialogar nas calouradas, e disto resultou na criação de um Fanzine da
federação. Durante o CONEA, era um grupo bastante novo, com gente de poucos meses
de federação, mas o processo de construção estão sentindo um crescimento e um
acúmulo significativo para o grupo. Estiveram se aproximando do processo de
construção da Cúpula dos Povos que acontecerá em Junho. Parte do grupo também está
engajado na construção do Levante Popular da Juventude, e outros no DCE. Estão
construindo ainda enquanto FEAB, ABEEF e outros coletivos, uma organicidade
melhor para a campanha dos agrotóxicos. Estão ainda com a proposta de construir um
material de acúmulo sobre o desenvolvimento deste trabalho enquanto CR e um resgate
da instância, para servir de acumulo para a federação. Estão debatendo também, a partir
das discussões feitas após o XXI CLACEA, na Argentina, das instancias que foram
destinadas para a FEAB, neste sentido, se dispõem para assumirem a construção do
Encontro do Cone Sul da CONCLAEA (Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil).
Campos: No CONEA assumiram o NTP de historia e comunicação. Logo após, em
outubro, tropeço fez passadas no sul para resgatar materiais históricos da federação,
aproveitando a passada no sul, articularam uma passada da FEAB no Uruguai, junto a
AEA, onde falaram um pouco do CLACEA e apresentaram o documentário “O Veneno
Está na Mesa”. Onde a AEA participou do CLACEA e hoje é CO. Ao voltar do
CONEA, a escola entrou para o CA. Também foram sede da PS. Recentemente,
estiveram enviando um companheiro para o CNF. Agora o desafio para o próximo ano é
de retomar os trabalhos no CA, já que devido a muitas tarefas e enfraquecimento do
grupo (saída de pessoal), ficou a desejar o trabalho no CA. Com conversas internas,
junto a professores, surgiu a ideia de construir um Encontro Local de Agroecologia.
Este encontro vai ser de 20 a 22 de abril, para não cobrir a data do ERA SE e já
agitando para o ERA. Dia 17 tem confirmado uma aula junto aos calouros, na sua
primeira aula, falando um pouco da FEAB, CA e DCE. Em dezembro do ano passado,
também estiveram presentes no CBA, em Fortaleza.
Coordenação Nacional: Participamos do repasse da ex-CN de Pira em setembro e
planejamento 1° semestre CN SM/FRED WEST em Pira. Após tivemos a realização PS na
Escola de Campos – RJ e a distribuição dos militantes da CN para as regiões. Então foram
realizados os seminários de Planejamento das Regionais e as passadas organizativas dos grupos
e mobilizativas para os Encontros Regionais. Ajudamos na construção do Congresso Brasileiro
de Agroecologia em Fortaleza. Realizamos planejamento 2° semestre CN – em Santa Maria,
auxiliamos na construção dos EIVs pelo Brasil e fizemos as passadas mobilizativas para os
Encontros Regionais. Tivemos a realização, junto com ABEEF e ENEBIO, do II Curso
Nacional de Formação (CNF) – Brasília e estamos em fase final de construção e mobilização
para os EIVs.
3. Grupo de Trabalho de Formação:
O que a CN veio discutindo enquanto proposta para trazer a PNEB, é uma proposta de
refletirmos sobre os rumos do GT. O primeiro espaço do GT foi na PNEB de Aracajú, o
segundo na OS de Viçosa, para discutir os rumos do ME. A próxima na PS de Campos, onde
provocamos para se pensar espaços de formação regionais. Hoje estaríamos na quarta reunião
deste GT. Pouco tem participado do GT. Isto coloca o GT num plano de não funcionalidade
deste GT, por conta que isto acaba ficando a cargo da Coordenação Nacional. Outra que as
escolas não vão enviar a mesma pessoa para todos os espaços do GT. Desta magnitude, acaba
por não ter capacidade de decisão porque as pessoas chegaram naquele momento para pensar
formação para a federação, e outra porque não há sequência de participação, e por isso de
acumulo para a federação. Mas na CN entendemos que este GT surge de uma reflexão real
sobre como se constrói os espaços nacionais de formação. Disso resultou algumas crises,
provocadas em alguns espaços nacionais de formação anteriores. Por isso temos que refletir. Por
um lado, na vida real, este GT não tem funcionado na vida real, por outro lado há uma
necessidade de enquanto federação pensarmos o processo de formação. Neste sentido, não a
titulo de deliberação mas de encaminhar para o conea a tomada de decisão, apontamos para a
extinção deste GT, e que a federação reflita e construa outras formas de participação na
construção de propostas de formação para a federação.
Abertura pra debate:
Volpato: em outras organizações sociais, como nos MSPs, a ferramenta dos GTs existem e
funcionam, pois ali são compostas por um coletivo que tem uma permanência na contribuição e
acumulo deste GT para a organização. Devido a nossas condições particulares enquanto ME de
agronomia, não temos esta realidade.
Toni: Ao longo do processo, desde o primeiro momento, nós não tivemos avançando nas pautas
de proposição de formação política para a federação. Fica muito a cargo da decisão da CN, e o
que precisamos é um processo de formação política continuada para a federação, e não
momentânea, a isso vemos que as CRs tem um papel importante, de estar em sintonia entre o
trabalho nas escolas e a CN. Não temos uma forma definida de como construir isso. Portanto da
necessidade de refletirmos e construirmos este debate em nossas escolas, para que possamos
chegar ao CONEA com algo mais elaborado e podermos fazer os devidos encaminhamentos
diante desta situação.
Pete: Não entendo de como se propõe uma extinção de um GT sem uma proposta.
(esclarescimento: a proposta é que as escolas discutam sobre isto até o conea)
Tropeço: neste sentido, penso que realmente não teria possibilidade das escolas estarem
enviando os mesmos militantes para este espaço. E que devemos fazer este esforço reflexivo
para o próximo CONEA.
Stela: Temos um instrumento que não veio dando certo neste período, é uma ferramenta
importante, mas pela dinâmica e limitações da federação, não veio funcionando. Para outras
instancias da federação, o trabalho é construído sempre com um processo de leitura, conhecer,
aproximar e entender a dinâmica das escolas, dos trabalhos, para depois pensarmos na forma de
atuar. Neste sentido, não devemos temer que, se caso não haja uma saída viável para sanar estas
limitações, de extinguir esta ferramenta e criarmos outra forma de avançarmos quanto a
formação.
Belau: Acho que uma das formações que antecede a esta, é um momento de formação da
própria federação, para a formação dos militantes da FEAB, e isso desemboca no CONEA, que
abrange todas as demandas da federação, onde discutimos as bandeiras da federação, mas não
debatemos a formação de seus militantes. Proposta de trazer um espaço de formação sobre a
própria federação para o próximo CONEA.
Diego: Na FEAB muitas foram as formas de pensar e construir as propostas de formação para a
federação, como os seminários de formação política pra federação. Hoje, o criar ferramentas não
é o problema, formas, métodos, a questão é nos colocarmos para avançar neste desafio. A FEAB
deve retomar a construção de um Plano de Formação Política para a federação.
Negão: o desafio da formação política na federação surge nas escolas, onde não se tem claro a
funcionalidade e o quando puxar espaços como CF1, etc. Esta construção deve ser constante. E
esta constância deve ser também a nível geral da federação.
Volpato: avaliando hoje os espaços de formação que a FEAB tem, ou constrói, são os EIVs, mas
que é uma formação a parte da vida da federação.
Belau: neste desafio de reconstrução de um plano nacional de formação, temos muitos desafios,
também no sentido das CRs de modo geral, estar tendo dificuldade em cumprir com seu papel
de acompanhamento e leitura do processo das escolas, e isso dificulta em conseguirmos ter uma
leitura de como avançar na caminhada da formulação quanto a formação.
Negão: o que acontece muito nos espaços nacionais é a dificuldade de conseguirmos chegar a
estes espaços nacionais, tanto na questão de vagas quanto dos custos. Até nesta PNEB sentimos
essa dificuldade de deslocamento que temos. Os camaradas que aqui vêm, tem que passar por
um processo de formação até entender da necessidade mesmo de estamos contribuindo na
organização, de desprendendo para isso.
Belau: um dos meios é pelo acumulo dos mais velhos, que deveriam estar pensando os espaços
de formação para a própria escola, e a partir disso termos os sujeitos identificados para estar
enviando para os espaços específicos da Federação, como curso de coordenadores, etc.
Tropeço: esta proposta de construção de espaços regionais de formação foi trazida pela CN de
Curitiba, onde refletiram quanto a demanda de se construir isso, demanda e as condições reais
de fazer isso, mas a formação deve ser encarada com maior seriedade pelas escolas, elas estarem
puxando estes processos, e não apenas estar esperando as formações da FEAB a nível nacional.
Negão: Estas deficiências na formação como um todo é muito visível em nossos congressos,
onde temos meia dúzia de companheiros que fazer as intervenções, outros que ficam só olhando,
e outros que estão dormindo ou dando voltas. Isto é um reflexo deste processo.
Estela: Não podemos nos iludir que o trabalho de base vai se dar num momento de plenária de
um Congresso, isso deve ser feito no dia a dia nas nossas escolas, no acompanhamento diário,
etc. Isto torna o processo cansativo, sentimos que lutamos pelas mesmas pautas do que há 10
anos atrás, isso mostra que não avançamos. Mas precisamos pensar em momentos que permitam
nós aproximar mais gente da federação.
Diego: Pelo visto, não tivemos divergências da proposta trazida pela CN, e os elementos
trazidos pelos companheiros foram muito ricos.
Dia 06/04/12
Manhã:
Campanha pela Curricularização da extensão
Diego - A ideia partiu da necessidade de voltarmos a formular a respeito da questão da
formação profissional, já que estávamos, enquanto federação, um tanto quanto ausentes desse
debate.
O profissional da agronomia no Brasil surge no sentido de conduzir ou auxiliar no processo
produtivo que estava sob transição ao final da escravatura, neste sentido o profissional se molda
ao longo dos diversos períodos históricos e suas necessidades hegemônicas no campo
econômico e produtivo.
A FEAB protagonizou um grande cenário de luta a respeito desta questão da formação
profissional em meados dos anos 80 com as mobilizações e discussões promovidas a respeito do
currículo mínimo.
Na formulação da campanha partimos, além da ideia da necessidade de acumular sobre este
debate da formação profissional (que foi historicamente construído pela FEAB), formular algo
no sentido de aglutinar o conjunto dos estudantes, desta forma entendemos que a pauta da
formação profissional se constitui como uma pauta capaz de atrair os estudantes pelo fato de
estar fazendo proposições a respeito da sua realidade direta, sem perder o debate e o fundo
ideológico.
Outra faceta importante da campanha é o fato de não se prender puramente no denuncismo, mas
avançar. Avançar e propor para o conjunto da sociedade nossa posição a respeito de um dos
pontos que acreditamos na construção do processo educacional.
Neste sentido acreditamos na necessidade do desenvolvimento deste projeto se dar nas
universidades com o protagonismo dos estudantes, a partir disso nos referenciamos no processo
que está ocorrendo na educação superior do Uruguai, onde o ME vem pautando e gerindo a
questão da extensão universitária curricular.
Acima de tudo acreditamos que apesar deste debate ser um debate de certa forma moderado e
que não resolve por si só os problemas do mundo, ele apresenta um fundo ideológico muito
forte e apresenta uma proposição muito concreta na realidade educacional do país, além de se
constituir como um debate massivo que pode se constituir como ferramenta para que possamos
nos aproximar com maior intensidade dos estudantes de agronomia de maneira geral.
Um dos fatos importantes é que buscamos que essa campanha não se dê de maneira descolada
da realidade da luta de classes em que vivemos, neste sentido está colocada a necessidade de
revindicarmos a formação de um profissional com consciência social e ecológica.
Martin – A campanha parte da necessidade de ampliarmos a nossa base social organizada dentro
da Universidade.
Ao conhecer a realidade, as reflexões sobre os problemas dela são colocadas na pauta, permite
uma abertura para a evolução do processo de consciência.
Qual a contribuição que a FEAB da para a sociedade organizada? Existe a necessidade sentida
pelos movimentos de falta de bons técnicos trabalhando no campo.
A questão ecológica parte da necessidade de formarmos profissionais aptos a trabalhar as
questões ambientais que estão colocadas no cenário da produção camponesa, na academia e na
sociedade de maneira geral. Neste sentido podemos fazer o link com a questão da agroecologia,
que se constitui como uma das nossas proposições pro campo brasileiro a fim de construir as
bases de uma produção ecológica camponesa
Diego: A pauta ambiental está em ascensão na sociedade de maneira geral nos dias de hoje, e
neste sentido se constroem as bases do chamado capitalismo verde, neste sentido temos o dever
de incidir sobre essa discussão. Também devemos rearticular nossos militantes além desta
questão da agroecologia e da questão ambiental de maneira geral, também devemos aproximá-
los dos debates sobre a extensão universitária de maneira geral, principalmente através dos
espaços que são historicamente construídos na academia.
Discussão de textos: “Tempo Histórico e Elementos para uma agricultura ecológica e
camponesa” e “Sem a prática não dá, extensão universitária nos currículos já!”
Volpato: É importante frisar e amarrar o caráter popular da extensão universitária que estamos
propondo, não pretendemos com isso fazer uma extensão acrítica e academicista.
Pete: A necessidade de uma extensão com esse caráter diferenciado é uma pauta que emana da
própria sociedade e da comunidade rural.
Estela: É importante avaliarmos o caráter da extensão colocada hoje nas universidades e
superarmos a lógica do extensionismo conservador.
Negão: É importante disputarmos um modelo de ensino que tenha caráter sistêmico, o que pode
nos levar a forjar a formação de profissionais com uma visão mais ampla e holística a respeito
das problemáticas sociais e ecológicas da sociedade em que e stamos colocados.
Belau: É uma luta que não vai beneficiar somente o público da agronomia, mas a sociedade
como um todo, isso faz com que ela aumente ainda mais seu poder de diálogo com os diversos
públicos.
Kelle: É importante colocar de maneira clara, as distinções existentes entre os diferentes
modelos de extensão que estão colocados hoje, deixar claro o caráter a da extensão que
defendemos.
Estela: Uma das problemáticas do ensino atual é a fragmentação do conhecimento, o que faz
com que esta pauta se coadune ainda mais com a realidade dos estudantes.
Diego: Os estudantes de maneira geral sentem uma angústia latente em virtude do conhecimento
torto que está colocado para sua formação, ensino este que os proporciona uma formação
extremamente rasa e acrítica.
Belau: Devemos inserir nesse processo de construção a participação dos movimentos sociais, a
campanha neste momento ainda deixa a desejar no sentido de propor claramente qual o sentido
e como vai se dar na realidade das universidades esta extensão.
Volpato: Acredita ser uma boa opção a construção de seminários com os movimentos sociais
para que estes possam estender estas demandas. Devemos acumular este debate também com os
grupos de extensão das universidades.
Diego: Devemos fomentar a discussão de pra quem que serve a extensão universitária que está
colocada hoje. A extensão antes de resolver problemas, serve pra formar pessoas e modificar o
caráter do ensino. A luta por um novo modelo de universidade e educação vai muito de encontro
com a ideia lançada pela campanha.
Volpato: Os próprios órgãos de assistência técnica sente a falta da formação de profissionais
aptos para exercerem esta profissão, ou seja, as categorias profissionais também estão sendo
sentidas pelas categorias profissionais. O grande desafio nesse momento é fazer com que as
escolas verdadeiramente consigam tocar essa campanha no seu dia a dia e que ela tenha
continuidade a longo prazo com outras escolas na CN.
Martin: é um dever do estado estar acompanhando estes espaços de construção da extensão
universitária, pra que a universidade cumpra seu papel social.
Diego: A previsão é que num primeiro momento tenhamos uma boa aceitação da estudantada de
maneira geral e num segundo momento estar trabalhando algumas questões referentes ao pacote
tecnológico e a critica ao modelo agrícola que está colocado.
Tarde:
Campanhas:
Em Defesa do Código Florestal
Felipe: Aos fins do ano de 2007, com a constatação do avanço do desmatamento na Amazônia e
a devastação de maneira geral, setores ligados aos movimentos sociais e à ONGs ambientalistas,
juntamente com o ministério do meio ambiente, começam a pautar a regularização das áreas
agrícolas e o cumprimento das determinações do atual código florestal.
Porém com a visualização do prejuízo que este processo traria, inclusive pra agricultura
familiar, já que não considerava as diferenças geográficas, sociais e ambientais e com a
articulação dos setores conservadores da sociedade, principalmente através da bancada ruralista
do congresso, os diversos setores da sociedade passam a discutir a elaboração de um novo
código florestal.
Ao longo deste processo vislumbramos uma articulação muito bem elaborada entre estes setores
conservadores e alguns setores cooptados da esquerda, neste sentido a elaboração do novo
código florestal representou muitos recuos na luta pela preservação ambiental, já que a
aprovação deste projeto, tal qual sua situação atual, representaria a possibilidade real de avanço
das fronteiras agrícolas no Brasil e consequentemente o avanço do capital no território
brasileiro.
Neste sentido, movimentos sociais, movimento estudantil e ONGs ambientalistas se articulam
para barrar este projeto, lançando a campanha Em Defesa do Código Florestal.
Enquanto FEAB, de maneira geral não conseguimos montar uma articulação estruturada desta
campanha a nível nacional, por todas as nossas dificuldades estruturais e financeiras, neste
sentido nossas ações ficaram um tanto quanto restritas a nível local e na maioria das vezes as
nossas intervenções se deram em conjunto com a Abeef, que foi uma das executivas que mais
pautou de forma estruturada a questão.
Neste momento o código se encontra em discussão na câmara dos deputados e a partir de um
acordo entre a bancada governista e a bancada ruralista, envolvendo a aprovação da Lei geral da
copa, tudo indica que este projeto será votado e aprovado até final de abril.
A partir disso, as organizações que compõem a campanha, vislumbram a necessidade de
encampar a luta pelo “Veta, Dilma”, já que a melhor saída neste momento seria se organizar
para pressionar o executivo para a não aprovação deste projeto que representa um avanço
gigantesco do capital no campo brasileiro e um retrocesso significativo em torno das pautas
ambientais.
No CONEA de Belém tiramos como indicativo continuar pautando a campanha Em Defesa do
Código Florestal e estar encampando a questão do “Veta, Dilma”.
Belau: Em Salvador se tem comitê da campanha, existe essa possibilidade de articulação.
Bolander: Em São Paulo também temos comitê, que está tendo uma inserção maior das ONGs
que estão pautando a causa. Estamos apresentando dificuldades estruturais de se inserir de
maneira satisfatória nestes comitês e devido as dificuldades conjunturais, estes estão focando
neste momento mais as atividades agitativas a nível local.
Tropeço: Integrantes do grupo de FEAB - Campos estiveram em Brasília no dia 7 de março
participando de um dos atos que estão ocorrendo em conjunto com diversas organizações contra
a provação do código florestal.
Estela: Na Rural, a Abeef está acompanhando o comitê estadual mais de perto, nós da FEAB
estamos pegando os repasses deles e, a partir disso, tentando construir ações em conjunto. Esta
questão do “Veta, Dilma”, entretanto, ainda não está orgânica entre todas as forças quem
compõem o Movimento Estudantil.
Negão: Realmente não conseguimos, de maneira geral, articular esta campanha a nível nacional,
não conseguimos construir esse debate de maneira estruturada e nesse momento pela conjuntura
difícil que a questão está apresentando fica ainda mais difícil de construir a mobilização. Em
suma, a campanha não atingiu a população de maneira geral, não conseguiu se inserir na pauta
do dia do conjunto da população.
Volpato: Essa desarticulação na câmara dos deputados, que vem demonstrando uma grande
dificuldade de resolução desta problemática e atrasos constantes nas votações, vem justamente
no sentido de imprimir um ritmo que acabe por promover a desarticulação dos setores
organizados da sociedade.
Diego: Creio que devemos continuar tocando esta campanha, desenvolvê-la mais no sentido
agitativo e focalizar os esforços para pressionar o poder executivo, encampando a campanha
pelo “Veta, Dilma”.
Contra os agrotóxicos e pela vida
Mártin: O trabalho foi feito de maneira mais agitativa, na tentativa de aproximação das escolas
dos comitês, no sentido de propor uma organicidade às escolas. Uma das ferramentas mais
utilizadas foi a questão do documentário, como ferramenta de massificação da pauta.
Nossa conjuntura aponta um avanço do agronegócio, o que gera uma polarização muito grande
e organizada neste debate, sendo que sua movimentação na mídia se deu numa intensidade
considerável. A partir do momento em que a ANVISA lançou o PARA, contribuindo com
elementos para a luta contra os agrotóxicos houve uma movimentação contra ofensiva dos
setores conservadores na mídia, com diversos mecanismos. Como saldo de elementos pra
discussão temos um panorama muito positivo e estamos conseguindo, de maneira geral, colocar
estes elementos pro debate do conjunto da sociedade.
O comitê está articulado com várias organizações (Movimentos Sociais, ONGs, redes de
pesquisadores, movimento estudantil...)
No seminário de dezembro com a secretaria operativa foi colocado que os comitês estão
organizados em 20 estados do país, porém os níveis de organização se dão de maneira muito
distinta nestes diversos locais.
O documentário teve alcance não só no Brasil, mas também pra alguns países da comunidade
mundial, sendo que este representou um alcance muito largo e positivo. Principalmente através
da Via Campesina o debate foi alargado para outros países, de nossa parte levamos o debate
enquanto FEAB, pro Encuentro de los Estudiantes latino americanos y caribeños e no CLACEA
na Argentina em janeiro de 2012.
Diante de todo este cenário de crítica ao modelo que está colocado no campo brasileiro, que se
deu principalmente através do lançamento do documentário e das cartilhas, está se abrindo um
cenário de proposição de modelo por nossa parte (agroecologia).
No planejamento para esse ano a ideia é discutirmos os danos dos agrotóxicos pra saúde
humana, a maior dificuldade nesse sentido é acumular alguns conhecimentos científicos no
campo da saúde humana para ter embasamento real no debate, embora alguns apontamentos
nesse sentido já foram dados (Ex: agrotóxico no leite materno, contaminação da água).
Foi confeccionado um abaixo-assinado fazendo o pedido ao governo federal, para que este
proíba os produtos já proibidos em outros países, para que deixemos de ser o depósito mundial
dos agrotóxicos, são argumentos muito profundos nesta discussão.
Outra questão a ser denunciada são as políticas de incentivo fiscal para o desenvolvimento deste
setor.
O apontamento para o próximo período se constitui em sair do panorama da denúncia e focar na
nossa proposição de modelo para o campo brasileiro (agroecologia).
Como conquista tivemos a proibição da pulverização aérea em algumas localidades, o site da
campanha foi criado (www.contraosagrotoxicos.org.br). A ideia é aperfeiçoar o vídeo, no
sentido de adequa-lo às novas proposições da campanha. Além disso, muitos materiais didáticos
estão sendo produzidos.
Também estão sendo debatidas as formas de organização do desenvolvimento da campanha nas
comunidades a nível local.
A cartilha “Agrotóxicos II” está saindo, no sentido de avançar no processo organizativo e na
elaboração teórica.
Na nossa avaliação a campanha vem avançando de maneira geral, porém os setores
conservadores da sociedade tem reagido das mais diferentes formas. Nós, enquanto FEAB,
estamos trabalhando bem a questão, o grande desafio neste momento é levar este debate para os
ERAs e também para sua preparação, bem como buscar uma aproximação das escolas aos seus
respectivos comitês.
Bolander: Tivemos uma reunião na escola Florestan Fernandes com as organizações que
constroem a campanha, no começo da gestão de CN da ESALQ, que foi o momento em que
começamos a articular os trabalhos dentro da federação e também a dinâmica operacional dos
comitês a nível nacional. Hoje alcançamos um bom nível de maturidade no debate e temos boas
perspectivas. Nós, enquanto escola, estamos acompanhando o comitê estadual da campanha e
tentando imprimir uma melhor organicidade ao nosso processo. Também estamos articulando
espaços com a ABEEF e a ENEBIO, no sentido de construir a campanha de maneira coletiva.
Em suma, temos boas perspectivas de articulação.
Tropeço: Em campos trabalhamos um painel sobre os agrotóxicos, o ato público do EREA foi
voltado pra essa temática e estamos nos articulando para desenvolvermos práticas futuras.
Estela: Estamos articulados nessa campanha, inclusive ela nos possibilita estreitar os laços de
maneira muito positiva com as demais executivas de curso e organizações. Esta construção da
escola está se dando tanto no campo teórico quanto no campo prático, promovendo ações
amplas de massificação da campanha. Temos como prioridade buscar a inserção ao comitê
estadual e trabalhar a ideia de criar um comitê local. Porém a nível local já estamos nos
articulando com outras organizações estudantis para promovermos ações coletivas na prática.
Pete: Estamos nos articulando para participar dos eventos que promovem discussões neste
sentido, bem como ampliar essas relações para construir a campanha de maneira orgânica.
Kelle: Em Cuiabá estamos construindo ações bem como acompanhando as discussões do comitê
daqui.
Belau: Estamos acompanhando os debates do comitê estadual, e neste momento, de forma
conjunta com as outras organizações, estamos com a tarefa de criar os comitês locais da
campanha, para isso temos como meta inicial propor formação neste cenário local, com fim de
aglutinação inicial destas organizações. Também estamos nos articulando para criar o comitê
dos quatro campis da UFRB, e dentro da universidade também estamos propondo trabalhos em
conjunto com os grupos de agroecologia, no sentido de expandir esta discussão.
Mártin: O cenário da construção do conhecimento nos cursos de agronomia do Brasil são, de
maneira geral, cenário que incentivam a construção de um modelo agrícola irracional, a partir
disso devemos explorar suas contradições para trabalhara denúncia do modelo (a partir dos
elementos trazidos pela campanha) e a proposição de um novo modelo produtivo no campo
brasileiro (agroecologia).
Negão: O debate dos agrotóxicos é central porque tem a capacidade de aglutinar o interesse do
conjunto da sociedade, já que a questão da saúde pública é um debate amplo e de interesse de
todos.
Volpato: O espaço dos ERAs é um espaço importante de divulgação da campanha e isto deve
ser garantido, a fim de servir também como apresentação para os militantes que estão
conhecendo as executivas.
Negão: A partir desse debate dos agrotóxicos podemos também fazer o link com o debate dos
transgênicos, já que estes tem intrínseca ligação no processo econômico e político.
Volpato: Na conjuntura que vivemos, as vezes até o próprio produtor está descrente da
possibilidade de produzir fora do modelo tecnológico, então o debate dos agrotóxicos colado
com a proposição de uma alternativa vem no sentido, inclusive de mudar este panorama.
Toni: O documentário produzido gerou uma aceitação tão grande na sociedade, que nós não
demos conta de acompanhar este debate na sociedade e estar trabalhando ele da melhor maneira.
E fica claro que num primeiro momento a campanha trabalho a denuncia do modelo agrícola do
agronegócio e a promoção de um modelo de agricultura ecológica, já num segundo momento a
proposição é se trabalhar de maneira clara a proposição da agroeocologia enquanto modelo
produtivo para o campo brasileiro. Outro fato importante é a capacidade de se casar este debate
com o debate da campanha da FEAB pela curricularização da extensão universitária, acho que é
um desafio muito bom que se coloca.
Diego: Particularmente tive dúvidas a respeito da real capacidade da campanha, até pela gama
ampla de alianças que envolvia sua construção, porém os nichos alcançados por ela, as pautas
que foram tocadas e a estruturação do seu desenvolvimento provaram que a ideia da campanha
realmente poderia alcançar horizontes prósperos, o que realmente veio a se concretizar. Outro
fato importante é que a pauta não fica restrita as comunidades agrícolas, mas se expande ao
conjunto da sociedade e também forja um saldo negativo na balança econômica, o que se
constitui como um grande elemento de debate. Temos que ter cuidado nos rumos da campanha
em termos do debate dos orgânicos.
Volpato: Muitos estudantes tem resistência ao debate por querer ingressar neste mercado como
profissionais.
Martin: Em minha opinião, não conseguimos responder a provocação da Kátia Abreu no vídeo,
por exemplo, então temos que acumular nestas questões para nos qualificarmos para o debate. E
temos que focalizar no debate do modelo, o mercado dos orgânicos, por exemplo, produz
enormes contradições, o próprio camponês que produz o alimento não tem acesso a ele, além do
fato das cadeias do complexo agroindustrial estarem cada vez mais subordinando o produtor
rural, inclusive o agricultor camponês.
Toni: No discurso da Kátia Abreu fica claro a pressão estabelecida no debate, que acaba por
forçar o setor conservador a se expor e mostrar sua verdadeira face pra sociedade.
Martin: Durante a cúpula dos povos terá um espaço do comitê de articulação pela luta contra os
agrotóxicos e pela soberania alimentar, esse será um excelente espaço de articulação entre as
diversas organizações (dia 18 de junho).
Noite:
Sexualidade:
Prof(a). Vera
O capitalismo é uma sociedade que se estrutura encima de uma base econômica extremamente
contraditória, porém a contradição não se dá unicamente sob bases econômicas, um desses eixos
é o gênero. Sendo que este se funda sob uma base histórica que é o patriarcado.
O ser humano nasce com diferenças biológicas sexuais distintas, porém a sociedade também nos
referencia sob bases sócio históricas de construção social de gênero. Essas distinções são
construídas e aperfeiçoadas. Neste sentido mulheres ou homens que não correspondem a essas
bases sofrem um processo de exclusão social.
Isso nos evidencia que a sociedade burguesa não distingue ou divide as pessoas unicamente na
esfera das relações econômicas e produtivas, mas no conjunto das relações sociais. Neste
sentido naturalmente, na construção destas bases e referenciais sociais, são delegados papéis e
atributos distintos para homens e mulheres.
A luta pelo combate as relações de exploração de classes não deve ser desligada da luta pelo
combate as relações de opressão, sejam elas, de gênero, de raça ou de orientação sexual. Diante
disso as relações de poder são construídas sob bases de classe, gênero, raça e orientação sexual.
Pondera-se aqui também a importância da construção dessas bases e valores por parte das
superestruturas sociais, seja a partir da família, da escola, da igreja ou das instituições de
maneira geral.
Em suma, não nascemos com recorte de gênero definido, nascemos com distinções de sexo, ou
seja, nascemos macho ou fêmea e somos socialmente construídos sob as bases de gênero,
homem ou mulher.
De forma geral podemos constatar que estes vícios de opressão se espraiam e são praticados por
todos os setores da sociedade, de maneira geral.
Se faz muito importante a questão simbólica no processo de naturalização das relações de
opressão, ou seja, quando o individuo naturaliza a sua condição de submissão aos preceitos
sociais colocados.
Prof. Manuel
A sociedade onde vivemos se estrutura sob a heteronormatividade, que tem características de
classe, gênero, raça e sexualidade, sendo que estes tem limites referenciais convencionais. Seres
sociais colocados fora dos limites da heteronormatividade perdem automaticamente a sua
capacidade de afirmar sua humanidade sob as bases da sociedade onde estamos colocados.
Essas características são construídas historicamente pela sociedade a partir de dogmas, valores e
mitos, que criam esses elementos sociorreferenciais de opressão e exclusão. São construídos
também conceitos e preconceitos a partir de falsos elementos, por exemplo, o mito da
promiscuidade da população homoafetiva, na verdade se dá muito em função da condição de
vulnerabilidade social mais intensas que este público se encontra.
A questão da masculinidade também deve ser discutida, no sentido de entender suas relações
com o heterossexualismo e com o homossexualismo, ou seja, qual a relação entre os
comportamentos, hábitos e costumes das pessoas com sua orientação sexual. Qual a
interferência das noções de família burguesa (heterossexuais) com a construção das relações
homoafetivas.
A luta de contraposição a este processo deve se dar de maneira ampla, interligada e cuidadosa,
para que não caiamos em alguns riscos como, por exemplo, o risco do academicismo, neste
sentido a luta deve se dar de maneira interligada entre os diversos segmentos da sociedade.
De forma geral, os pontos de unidade dessas bandeiras de luta tem estado muito fragilizadas e a
articulação muitas vezes não se efetua na prática da luta.
PL 122 criminalização da homofobia: A aprovação na câmara está em um cenário difícil, muito
em virtude da organização da bancada evangélica. O PL vem no sentido de criminalizar os atos
de homofobia, outra questão se faz latente é a necessidade de discutirmos o verdadeiro sentido
do caráter laico do estado brasileiro, já que a questão religiosa interfere de forma direta na
discussão da sexualidade.
De maneira geral o poder judiciário vem avançando em maior intensidade a respeito desta
questão em comparação ao poder legislativo.
Quando não temos uma rede proteção social facilmente um homossexual é agredido,
violentado.. Quando existe a rede (associação, partido, movimento) a violência pelo menos tem
resposta.
Precisamos discutir outras formas de opressão do padrão de beleza, os gordos e gordas, os
baixinhos e baixinhas, os “não bombados”.
Intervenções:
Negão: Os debates sobre machismo, racismo e homofobia vem se colocando na sociedade e se
vem sinalizando sinais desse processo, sinais de avanço da causa por igualdade, diante disso a
esquerda deve acumular e pensar um projeto de país sob a real base étnica e social do nosso
país.
Kelle: A esquerda, de maneira geral, não trabalha de maneira qualificada a questão de gênero,
seja no sentido de a grande maioria dos seus quadros serem homens ou também pelo fato da
formulação muitas vezes não atenderem as demandas e necessidades das questões de gênero,
sexualidade e etnia.
Na FEAB estamos em fase de acumulo na questão do debate racial, de gênero e principalmente
de sexualidade.
Dia 07/04/12
Bandeiras da FEAB
Abertura de ponto: o espaço da PNEB tem a função principal de deliberar quanto as bandeiras
da federação até o próximo CONEA, desde que não contrapõem as deliberações que já foram
construídas e encaminhadas no último CONEA.
A metodologia deste espaço se constitui semelhante a metodologia das PNEBs do CONEA,
com abertura de ponto de cada bandeira e momento de discussão de cada bandeira.
Leitura das Deliberações:
1) Análise de Conjuntura – contemplado no debate durante o espaço da PNEB para
este tema.
2) ME Geral: Deliberações:
- nossa militância deve pôr em pratica nossa disputa dentro dos DCEs, CA’s, etc.
- A FEAB deve articular as Semanas Nacionais de Mobilização, junto a demais executivas e
junto ao FENEX.
Apontamentos:
- Fenex tem sido um fórum que participamos, mas que precisa um pouco mais de
acompanhamento. Acreditamos que para o próximo FENEX devemos apresentar ao fórum a
campanha e uma proposta de material contra os agrotóxicos. Apresentar em forma de
documento pra debate, um material formativo sobre a proposta da campanha de
curricularização da extensão.
- Articular a semana Nacional de Mobilização, com sugestões de pautas como 10 PIB
educação, Agrotóxico, Código Florestal, Curricularização da Extensão, Fechar escolas é
Crime. Período: ultima semana de maio. Articulando com demais executivas. Mobilização:
elaborar uma carta de orientações; um dia nacional de mobilização pela internet.
- No ultimo FENEX, a FEAB se fez presente com a representação da CN, e alguns
militantes de outras escolas. Dentre os encaminhamentos lá gerados, foi construída uma
carta cujo FENEX não deliberou, mas ela foi assinada pela maioria das executivas que lá se
fizeram presentes. A FEAB não assinou esta carta. Esta carta está aberta para as executivas
que ainda queiram assinar, que o faça até o dia 08/04, domingo (leitura da carta). Neste
sentido, devido às divergências evidentes entre as deliberações da FEAB e o conteúdo desta
carta quanto a análise de conjuntura, campanha pelos 10 % PIB para a educação, etc., a
proposta é de que a FEAB mantenha o posicionamento de não assinar esta carta.
Abertura para debate:
- Pelo momento, o FENEX se coloca como um bom espaço para firmarmos e ampliarmos a
articulação da Campanha dos Agrotoxicos, e um bom momento para darmos visibilidade a
campanha da Curricularização da Extensão.
- A proposta é trazermos uma pauta mais abrangente, mas garantindo a autonomia das
escolas em pautar suas demandas mais específicas e regionalizadas, num caráter mais
agitativo.
Encaminhamentos:
- Carta ao Fenex: não assinada.
- Semana Nacional de Mobilização: encaminhado.
3) Me Agro: Leitura das Deliberações:
- continuidade das campanhas código florestal e agrotóxico
- encampar a luta pela reformulação dos PPP’s dos cursos, base agroecologica.
- devemos acumular sobre a formulação de cursos de formação regionalizados.
- dar continuidade nos seminários regionais.
- Campanha Veta Dilma
Apontamentos:
- No sentido de acumulo sobre os PPP’s, proposta de que os NTP’s e toda e qualquer escola
que assim quiser contribuir, poça estar trazendo ao próximo CONEA, contribuições quanto
ao PPP’s dos cursos de agronomia.
Abertura pra Debate:
- Com o andar da campanha da curricularização da extensão, vai motivar que as escolas
acumulem quanto aos PPP’s.
- sentimos a demanda em formação política para a federação, neste sentido, e de acordo com
as deliberações do ultimo CONEA, reafirmamos a importância da construção de espaços de
formação nas regionais da federação, de acordo com o que as escolas das regionais estão
sentido, avaliando, demandando.
4) Universidade: Leitura das deliberações:
Abertura:
- Tendo em vista o processo da construção do Encontro de Egressos da FEAB, a ocorrer em
Brasília, propomos neste espaço da PNEB o momento de darmos uma discutida sobre o que
a FEAB espera de seus egressos.
5) Formação Profissional: Abertura de ponto:
- final de agosto vai ser construído o Congresso Camponês, no sentido de articular os
movimentos os próximos passos na luta contra o agronegócio. Colocam como centralidade
do debate a questão da luta pela Reforma Agrária.
Proposta: Proposta de elaboração de um documento pela CN sobre formação profissional e
questão agrária para colocar qual a necessidade de profissionais diferentes para contribuir no
congresso camponês que ocorrerá em agosto em Brasília que contará com a presença da Via,
FETAF e CONTAG, sendo um marco importante na articulação de mais setores para debater a
questão agrária e sua necessidade de reforma.
6) Agroecologia: - No CBA se observou poucas iniciativas e reflexões novas, quem vem acumulando mais
fortemente um processo de pensar um modelo de agroecologia transformador não participa do
congresso e pouco sistematiza estas concepções. Para o próximo período um apontamento seria
o exercício de construir uma brigada da FEAB para a jornada de agroecologia que acontece no
mês de julho, em Londrina – PR.
7) Movimentos Sociais Populares: É importante que os grupos que constroem EIV façam um documento de acúmulo para a
federação e não só relatos do que foi o EIV. Vai acontecer a cúpula dos povos em junho
com um acampamento específico da via campesina e vão acontecer manifestações na data
da cúpula. De 18 a 22 deste mês vai acontecer a 5 festa nacional das sementes crioulas. E no
mês de abril temos também o Abril vermelho, construção dos movimentos sociais.
8) Ciência e Tecnologia: - Devemos acumular na compreensão do que é, como é colocada a ciência e tecnologia hoje,
cujo método de análise se da pela fragmentação do todo e o estudo aprofundado de uma das
pequenas partes, o estudo de cada uma destas pequenas partes, e entendendo que assim
compreenderemos o todo.
- Devemos acumular para o próximo CONEA o debate sobre a Transgenia na perspectiva
do debate da C&T.
- Faz tempo que temos dificuldade de aprofundar a leitura sobre diversas questões, inclusive
sobre o debate das inovações tecnológicas (não é bom, mas melhor do que tava antes).
A abordagem da agroecologia enquanto uma ciência construída pelo povo e pelo
conhecimento histórico tem que ser apropriado pelos militantes das agrárias que querem
debater e convencer pessoas sobre a importância da utilização dessa tecnologia enquanto
agente transformador da sociedade. Temos que aliar o debate da construção de tecnologias
utilizáveis pela agricultura familiar para facilitar a implantação deste sistema em pequenas
propriedades e que consiga ser mais produtivo, sempre se lembrando de se utilizar de
ferramentas como os censos agropecuários para derrubar os argumentos de produtividade
dos latifúndios.
9) Juventude,cultura, valores, gênero, raça, etnia, sexualidade: - Devemos acumular no debate das drogas, as condições dos usuários das distintas classes
ou condições de vida apresentam grande diferenças. Além disso, o cenário global, e os
elementos históricos deste debate apontam pra importância de darmos maior ênfase para
este debate, afim de avançarmos no sentido da legalização das drogas.
- questão da cultura, é importante entendermos os eixos da cultura, no sentido da dominação
e da existência, assim, faz-se a reflexão de qual a importância ou intencionalidade que
estamos dando para as nossas culturais. Vemos que nossos militantes acabam
descriminando muito as musicas populares, que a ampla maioria da população ouve, e
entende por popular, aqueles artistas dos quais a ampla maioria da população brasileira
desconhece ou não ouve.
- Raça X Etnia: a partir de estudos feitos, compreendemos que a origem a separação entre
raças, ou seja, de não considerar o negro/índio (...) enquanto raça humana, e passou a
atribuir adjetivos, sempre pejorativos. Esta realidade continua atual até hoje.
- Gênero – aborto: a dificuldade na deliberação no ultimo CONEA, deve-se ao fato de
pouca formação sobre o tema. Onde a desigualdade entre as classes no momento da
possibilidade e realização de um aborto são gigantes. Trata-se simplesmente de um direito
de escolha das mulheres!
- Lei Maria da Penha: sempre que entrávamos na discussão da violência contra mulher na
FEAB, caíamos na lei Maria da penha. Disso, entendemos que foi uma contribuição muito
significativa, mas que apresenta suas falhas e, na pratica, o Estado brasileiro não tem
garantido estruturalmente que esta lei fosse cumprida.
- Auto-organização: assim como trabalhadores não chamam a burguesia para discutir como
devem caminhar, também as mulheres só estarão livres através da auto-organização,
caminhando junto com os companheiros homens da mesma luta rumo ao socialismo!
- Curso de Formação Feminista: deliberamos para acumular para a construção, a ABEEF
deliberou pela construção. Este processo acabou não andando como se pretendia, sendo
muito pouco provável sua realização até o CONEA. Deste processo, fazemos a critica a CN
pelo fato de ter deixado sobre a única mulher da CN a tarefa de Construção do Curso, esta
critica vem no sentido de contribuir para evitarmos que no próximo CONEA, as
intervenções colocadas sobre as pautas feministas não fiquem a cargo apenas das mulheres.
- Raça: historicamente brancos e negros vem sendo tratados de forma diferentes, desiguais
quanto a oportunidades/possibilidades. Assim, nós negros devemos sim ser tratados de
forma não igual a um branco no sentido de reaver o abismo sócio-racial construído ao longo
do tempo. As diferenças sociológicas ainda são gritantes.
- Sobre o curso, pela demanda de formação referente ao feminismo, ele deveria ser
realizado não somente para as mulheres, mas para os homens também.
- percebemos que nossa militância carece também de acumulo, de formação a temas mais
inerentes a nossa conduta militante diária, como, por exemplo, do papel da juventude, da
cultura, nos entendermos enquanto sujeitos.
- CN e NTPzão deve realizar um documento de acumulo sobre o aborto para encaminhar
para o FENEX.
10) História e Comunicação: - NTP Comunicação, referente a CONCLAEA, conseguiu estabelecer alguns contatos e
fazer passada no Uruguai, na AEA.
- Propostas:
- ntp de H & Comunicação organize uma brigada de registro e documentação para o
Encontro dos Egressos.
Foi criado um email para mandar material para ser colocado no blog –
11) Relações Internacionais: - Passada no Paraguay: no Paraguay não tem uma organização específico dos estudantes de
agronomia. A maioria das pessoas se organizam nos sindicatos rurais. A abertura de
contatos se deu mais com estudantes de outros cursos, especialmente das humanas.
- Repasse do CLACEA: A estrutura organizativa da Conclaea sofreu algumas modificações,
neste ano as giras (passadas) não vão ser centralizadas na CG e haverá a realização de dois
encontros regionalizados com caráter de pré-clacea (Cone Sul – Brasil, Argentina, Chile,
Uruguai e Paraguai e o Encontro Caribe Andino – Colômbia, Equador, Venezuela, México,
etc..) diante disso, o Brasil vai fazer passada no Paraguai de novo, Uruguai vai ser sede do
próximo CLACEEA, o Brasil continua com a secretaria de comunicação e a Argentina
enquanto coordenação geral, porém sem fazer as giras centralizadas. O Brasil fica
responsável pelo encontro do cone sul da CONCLAEA e deve acontecer entre setembro e
outubro, já o Encontro Caribe Andino fica a cargo da Colômbia.
- Encaminhamentos:
- Coordenação Brasil da CONCLAEA: Tropeço (Campos), Pete (Dourados) e Felipe (CN) -
*até o CONEA, no Conea devemos eleger nova coordenação Brasil.
- CO Encontro Cone Sul da CONCLAEA:
CN + coordenação Brasil da Conclaea ficam de articular e definir a escola sede até maio.
- Passadas no Paraguai: Dourados (Pete)
Temos que pensar na viabilização financeira das passadas no Paraguai.
Dia 08/04/12
CONEA: Tivemos nosso Seminário Interno de Construção entre os dias 27 e
28/10/2011 onde realizamos formação com as professoras Rosi e Iolanda. Debatemos e
chegamos ao consenso com proposta de temática. Propomos a temática das Populações Negras,
voltando-se principalmente para o rural. Fechamos a data do Seminário de Construção do
CONEA que aconteceu nos dias 02, 03 e 04 de Dezembro de 2011. No seminário de construção
deliberamos pela temática proposta pela C.O que será abordada nos dois Painéis Principais:
Painel I: “As populações negras do campo e a disputa por território com o
Agronegócio”
Painel II: “O Povo Negro e a Consolidação da Agronomia”
Ficou definida ainda a grade do Congresso e os outros espaços do congresso.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
6:00 horas Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada Alvorada
6:30 as 7:30
horas
Café
Café
Café
Café
Café
Café
Café
Café
8:00 as 11:30
horas
Chegada GI-
Painel I
Gênero
Painel Paralelo Vivências e
Oficinas
GT PNEB
PNEB
Oficina ATO
PF
11:30 às 13:30
horas
Almoço / Tempo
Trabalho
Almoço /
Tempo
Trabalho
Almoço /
Tempo
Trabalho
Almoço /
Tempo
Trabalho
Almoço /
Tempo
Trabalho
Almoço /
Tempo
Trabalho
Almoço / Tempo
Trabalho
Almoço /
Tempo
Trabalho
Almoço /
Tempo
Trabalho
14:00 as 17:30
Inscrições-
Chegada
GD 1
Socialização
Painel 2
GD 2
Troca de
experiência
PREB 2
Vivências e
Oficinas
GT PNEB
PNEB
ATO
PF
17:30 as 18:30
horas
Janta
Janta
Janta
Janta
Janta
Janta
Janta
Janta
Janta
19:00 as 22:00
horas
Abertura /
Apresentação das
Escolas
PREB1
Reunião das
escolas
Socialização
Enc. Egressos
Cultural
Socialização das
Vivências
Sucessão
PREB III
Cultural
PF
22:00 as 00:00
h
C.O Agro canção Regional
Regional
Agro canção
Regional
PF
A reitoria tem nos apoiado na construção do 55º CONEA no que tem estado ao seu
alcance. Temos tido apoio logístico para participar de nossos espaços nacionais da FEAB.
Apoio logístico para viagens de articulação para o congresso. Temos garantidas as salas de aula
para alojamento, uso da estrutura do Restaurante Universitário, impressão de material de
divulgação, material de consumo, dentre outros.