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Relatório TEIP - 2010/2011

Índice

Introdução ……………………………………………………………………………………………………………… 2

I Parte: Resultados …………………………………………………………………………………………………… 3

1- Insucesso, abandono e absentismo ……………………………………………………………………… 3

2- Avaliação interna ………………………………………………………………………………………………… 5

3- Avaliação externa ………………………………………………………………………………………………… 6

4- Indisciplina …………………………………………………………………………………………………………… 9

5- Metas …………………………………………………………………………………………………………………… 10

5.1- Taxa por repetência por ano de escolaridade …………………………………………………... 10

5.2- Resultados nas provas de aferição e exames nacionais……………………………………… 10

5.3- Taxa de abandono por ciclo ……………………………………………………………………………… 11

5.4 – Taxa de absentismo por ciclo ………………………………………………………………………….. 11

5.5- Indisciplina ……………………………………………………………………………………………………….. 11

II Parte: Descrição de atividades em quatro eixos de ação……………………………………. 12

1- Ações/atividades de apoio à melhoria das aprendizagens …………………………………… 12

1 .1- Atividade S2 - Turmas G Mais …………………………………………………………………………. 12

1.2 – Atividade Q1 - Criação de Cefs ……………………………………………………………………….. 14

1.3 – Atividade S21 – A Par ... Eu Leio – Oficina de leitura ..…………………………………….. 23

1.4 – Atividade S1 – Assessorias Pedagógica -A Par... Eu aprendo ………………………… 25

2- Atividades de regulação do clima escolar e gestão de percursos escolares dos alunos

(prevenção do abandono, insucesso ou disciplina) …………………………………………………… 46

2.1 – Atividade S4 - Ação Tutorial - A Par ... Eu Passo ……………………………………………… 46

2.2 – Atividade P3 - Acamp'Arte - Projeto Diversidade e Inclusão …………………………. 49

2.3 – Atividade S16 – GPS – Gabinete de Promoção de Sucesso …………………………….. 54

2 .4 – Atividade Cid 5 - Bota Alegria – Animação Sócio cultural de Recreios ……………… 57

3- Atividades no domínio da gestão e organização do agrupamento ………………………. 60

3.1- Atividade P9 – REFRESH – Conferências, Seminários e Workshops ………………….. 60

3.2 - Atividade MAIS AV …………………………………………………………………………………………. 61

4- Ações/Atividades de relação escola – famílias - comunidade e parcerias educativas…63 4.1- Atividade CID 7 - Caminhada Entre Paredes……………………………………………………….. 63

4.2 – Atividade P8 - RAP -Rede de Apoio a Pais- ……………………………………………………….. 66

III Parte: Reflexão ……………………………………………………………………………………………………… 68

1- Balanço global ……………………………………………………………………………………………….. 68

2- Comentários …………………………………………………………………………………………………. 70

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2

Introdução

O relatório referente ao desenvolvimento do Projeto Educativo Trepar Paredes,

apoiado e acompanhado pelo programa TEIP II, no ano letivo 2010/2011, foi introduzido na

plataforma criada pela DGIDC, em julho de 2011, pela equipa TEIP do agrupamento.

Considerou-se adequado reunir os dados introduzidos na plataforma e elaborar o

presente relatório para conhecimento de toda a comunidade educativa. Desse modo, o

relatório está dividido em três partes, com base na estrutura da plataforma:

I parte - resultados relativos ao insucesso, abandono e absentismo, avaliação interna,

avaliação externa, indisciplina e metas;

II parte - descrição de doze atividades agrupadas em quatro eixos de ação,

selecionadas e descritas com base no guião apresentado pela DGIDC. Para as ações que não

alcançaram as metas foram apresentados planos de melhoria;

III parte - reflexão sobre o desenvolvimento do projeto, neste ano letivo.

Com a partilha deste relatório pretende-se garantir a apropriação, por parte de toda a

comunidade, de uma cultura de autoavaliação e de corresponsabilização em processos que

conduzam a uma contínua melhoria.

A equipa TEIP:

Olinda Pinto

Fátima Sousa

João Júlio

Teresa Marques

Lurdes Babo

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3

I Parte: Resultados

1- INSSUCESSO ABANDONO E INDISCIPLINA

1º CICLO

2º CICLO

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4

3º CICLO

CEF

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5

2 – AVALIAÇÃO INTERNA

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6

3 – AVALIAÇÃO EXTERNA

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4 – INDISCIPLINA

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5 – METAS

5.1- Taxa por repetência por ano de escolaridade

5.2- Resultados nas provas de aferição e exames nacionais

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5.3- Taxa de abandono por ciclo

5.4 – Taxa de absentismo por ciclo

5.5- Indisciplina

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II Parte: Descrição de atividades em quatro eixos de ação

1- AÇÕES/ATIVIDADES DE APOIO À MELHORIA DAS APRENDIZAGENS

1.1- Atividade S 2 - Turmas G Mais

PROCESSOS

As turmas, que intitulámos turmas G Mais (Geração Mais) destinaram-se a um grupo

restrito de alunos dos 5.º, 6º e 7.º anos de escolaridade e tiveram como objetivo primordial

vivenciar situações de uma gestão curricular diferenciada em função do perfil dos alunos,

capazes de promover a melhoria do sucesso escolar e a qualidade do sucesso de alunos em

risco. Essas turmas foram formadas por alunos com elevados níveis de absentismo e risco

de abandono escolar e com insucesso escolar repetido determinado por diversos fatores

(níveis de competência desfasados para o ano de escolaridade frequentado, ritmos de

aprendizagem lentos, elevado défice de motivação, baixa autoestima, dificuldades de

integração, alheamento progressivo em relação à escola e ao processo de escolarização,

pertença a estruturas familiares pouco estabilizadoras e com forte desvalorização do meio

escolar).

Destacamos as estratégias seguidas:

- Implementação de plano curricular específico: introdução de novas áreas (TIC –

Tecnologia de Informação e Comunicação; OAC – Oficina de Ambiente e Cidadania; ED –

Expressão Dramática; AOV – Área de Orientação Vocacional);

- Construção de projetos curriculares de turma (PCT) numa perspetiva interdisciplinar e

integrada do currículo.

- Realização de reuniões quinzenais das equipas pedagógicas para proceder à planificação

e/ou à avaliação do processo de ensino-aprendizagem.

- Implementação da parceria pedagógica, em quase todas as áreas curriculares, garantindo

a diferenciação pedagógica e a aplicação de novas metodologias.

- Implementação de plano de intervenção, com a colaboração do Mediador Social, para

alunos e famílias, na área da Formação Pessoal e Social;

- Desenvolvimento do PEP- CJ (Programa de experiências Positivas – Crianças e Jovens);

- Mediação de conflitos como uma prática instituída, na intenção de promover o “aprender

a ser e aprender a viver juntos”.

- Atenção constante à articulação dos vários intervenientes (nomeadamente professores,

técnicos e encarregados de educação).

- Estabelecimento de parcerias com instituições, tais como a RSI e a CPCJ, na procura de

respostas, destacando-se a atuação do Mediador do Município (de etnia cigana).

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RESULTADOS

Os alunos integrados nas turmas G Mais revelaram um aumento da assiduidade em

relação aos anos letivos anteriores e, de uma forma global, manifestaram o desejo e

vontade de prosseguir estudos, nomeadamente através da inscrição em turmas CEF ou

em anos de escolaridade subsequentes.

A implementação de novas áreas curriculares e programas específicos estimulou o

desenvolvimento pessoal e social dos alunos. Destacam-se a Expressão Dramática e o

Programa Experiências Positivas – Crianças e Jovens, desenvolvidos semanalmente com os

alunos como efetivas fontes potenciadoras do desenvolvimento de competências.

A presença dos pais na escola, em contactos regulares e em adesão às iniciativas, cresceu

ao longo do ano letivo, através das dinâmicas implementadas, com a colaboração dos

técnicos (Mediador Social e Animadora Sócio-cultural).

A articulação sistemática entre diferentes intervenientes (professores e técnicos)

contribuiu para a construção de respostas educativas adequadas e teve resultados

positivos nas aprendizagens, melhorando o sucesso escolar e a qualidade do sucesso

(objectivoTP1) e contribuindo para a prevenção do abandono e da indisciplina

(objectivoTP2).

Quadro I - Resultados escolares de alunos de turmas GMais (2010/2011)

Turmas Nº de

alunos

Transição/

Aprovação

Retenção/

Não

Aprovação

Transferidos Abandonos

5ºA 16 16 0 0 0

6ºA 14 12 1 0 1

7ºA 12 12 0 0 0

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1.2- Atividade Q1 – Criação de CEF’s

PROCESSOS

A criação dos CEF teve como objetivo prevenir os diferentes tipos de abandono

escolar, nomeadamente o desqualificado (alunos que atingem o limite da escolaridade sem

qualquer qualificação). Neste sentido e de acordo com as necessidades do meio e o

interesse dos alunos foram criadas neste ano letivo três novas turmas Tipo II (Andares,

Bombeiros e Cozinha). Deu-se continuidade às turmas CEF Tipo II de Cozinha e Florista.

Os cursos de educação e formação para jovens apresentam uma estrutura curricular,

acentuadamente profissionalizante, que integra quatro componentes de formação,

nomeadamente, sociocultural, científica, tecnológica e prática em contexto de trabalho,

compreendendo, ainda, uma prova de avaliação final, a PAF.

As equipas pedagógicas são constituídas por professores do quadro da escola já com

larga experiência, e por formadores externos, com um elevado grau de identificação com o

projeto educativo.

Há um constante acompanhamento dos alunos dos CEF por parte da Diretora, das

equipas pedagógicas, dos Serviços de Psicologia e Orientação, dos mediadores sociais e

animadores socioculturais.

Destacam-se como estratégias:

▪ Realização de reuniões periódicas com os encarregados de educação;

▪ Acompanhamento de alunos e famílias por parte dos mediadores sociais e serviços

de psicologia;

▪ Desenvolvimento de atividades interdisciplinares e participação em projetos;

▪ Trabalho cooperativo na realização de tarefas de pesquisa, sob a forma de trabalho

de grupo ou trabalho de pares;

▪ Realização de visitas de estudo a entidades formadoras, a feiras e exposições que

permitem a observação de aspetos da área técnica e a aquisição de competências de

natureza sociocultural, científica e inter-relacional.

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RESULTADOS

APROVEITAMENTO

Componente Sociocultural C

om

po

nen

te S

oci

ocu

ltu

ral C

urs

os

CEF

DISCIPLINAS Nivel 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Língua Port 0 5 52 24 2

Percentagem 0,00 6,02 62,65 28,92 2,41

Inglês 0 1 68 12 2

Percentagem 0,00 1,20 81,93 14,46 2,41

Educação Física 0 0 22 47 14

Percentagem 0,00 0,00 26,51 56,63 16,87

CMA 0 4 58 19 2

Percentagem 0,00 4,82 69,88 22,89 2,41

HSST 0 0 16 27 4

Percentagem 0,00 0,00 34,04 57,45 8,51

TIC 0 7 51 22 3

Percentagem 0,00 8,43 61,45 26,51 3,61

Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente sociocultural,

verificamos que o aproveitamento global é superior a 96,59%, números claramente positivos.

No que se refere a cada disciplina em particular, todos as cursos tiveram aproveitamentos

superiores a 80%, sendo que em alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser

observado através da análise dos gráficos anteriores.

Componente Científica

o

mp

on

ente

Cie

ntí

fica

Cu

rso

s C

EF DISCIPLINAS Nivel 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Matemática 0 5 55 20 3

Percentagem 0,00 6,02 66,27 24,10 3,61

Ciências Naturais 0 1 11 21 0

Percentagem 0,00 3,03 33,33 63,64 0,00

Física e Química 0 0 9 7 0

Percentagem 0,00 0,00 56,25 43,75 0,00

Artes Visuais 0 0 8 11 2

Percentagem 0,00 0,00 38,10 52,38 9,52

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Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente científica,

verificamos que o aproveitamento global é superior a 97%. No que se refere a cada disciplina

em particular, todos as cursos tiveram aproveitamentos superiores a 70%, sendo que em

alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser observado através da análise dos

gráficos anteriores.

Componente Tecnológica

Co

mp

on

ente

Tec

no

lógi

ca

DISCIPLINAS

Nivel

1

Nível

2

Nível

3

Nível

4

Nível

5

Decoração 0 0 13 18 3

Percentagem 0,00 0,00 38,24 52,94 8,82

Serviço Andares 0 0 5 6 2

Percentagem 0,00 0,00 38,46 46,15 15,38

Serviço Apoio Alojamento 0 0 5 8 0

Percentagem 0,00 0,00 38,46 61,54 0,00

Serviço Roupa e Lavandaria 0 0 5 8 0

Percentagem 0,00 0,00 38,46 61,54 0,00

Técnicas Extinção de Incêndios 0 1 6 9 0

Percentagem 0,00 6,25 37,50 56,25 0,00

Tecnologias de Base 0 1 11 4 0

Percentagem 0,00 6,25 68,75 25,00 0,00

Confeção Ementas Trad. Port. 0 7 21 2 3

Percentagem 0,00 21,21 63,64 6,06 9,09

Confeção Ementas Internacionais 0 5 23 2 3

Percentagem 0,00 15,15 69,70 6,06 9,09

Org. Ser. Coz. Confeção Ementas

Rest. 0 7 21 2 3

Percentagem 0,00 21,21 63,64 6,06 9,09

Arranjos e Adornos Florais para

Cerimónias 0 0 7 13 1

Percentagem 0,00 0,00 33,33 61,90 4,76

Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente tecnológica,

verificamos que o aproveitamento global é de 93%, números claramente positivos. No que se

refere a cada disciplina em particular, todos as cursos tiveram aproveitamentos superiores a

60%, sendo que em alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser observado

através da análise dos gráficos anteriores.

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Componente Geral

Componente

Geral Cursos

CEF

DISCIPLINAS

Nivel

1

Nível

2

Nível

3

Nível

4

Nível

5

Área Vocabular

Inglês 0 0 28 2 1

Percentagem 0,00 0,00 90,32 6,45 3,23

Área Vocabular

Francês 0 6 35 4 1

Percentagem 0,00 13,04 76,09 8,70 2,17

Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente geral,

verificamos que o aproveitamento global é superior a 93%. No que se refere a cada disciplina

em particular, todos os cursos tiveram aproveitamentos superiores a 70%, sendo que em

alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser observado através da análise dos

gráficos anteriores.

Atividades fora do âmbito letivo

3 – Promover a transição de alguns alunos para a vida ativa;

4 – Combater a desvalorização da cultura escolar;

5 - Promover uma cidadania participativa e democrática.

Todas as atividades desenvolvidas com os formandos fora do âmbito letivo têm como

objetivos gerais o enriquecimento dos discentes a nível profissional, académico e pessoal.

O contacto com aspetos que farão parte da vida profissional de cada curso é uma

preocupação na hora de propor as atividades, visando no futuro uma mais eficaz e menos

conturbada entrada no mercado de trabalho e na vida ativa.

Por outro lado, estas atividades contribuem para cativar e motivar os alunos para a

aprendizagem, uma vez que são realizadas fora da sala de aula, espaço que representa uma

certa clausura para muitos deles, o que contribui para a valorização e o interesse pela cultura

escolar.

Na tabela que se segue estão explicitadas as atividades mais relevantes realizadas pelos

cursos CEF da escola ao longo do ano letivo, bem como os principais objetivos de cada uma

delas.

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Data Intervenientes Atividades Objetivos

17/09/2010 CEF Cozinha 2 Visita à “Essência do Gourmet”, no Palácio da Bolsa no Porto

- Contactar com Chefes de Cozinha de renome através de workshops.

1/10/2010

CEF Bombeiro CEF Andares

“O Corpo Humano como nuca o viu”, na Alfândega do Porto

- Conhecer mais aprofundadamente o corpo humano a fim de melhorar os conhecimentos na área tecnológica do curso.

08/10/2010 CEF Andares CEF Cozinha 1

Grande @ -festa e concurso de criatividade para escolas, Lisboa, Pavilhão Atlântico

- Estimular o interesse pela leitura; - Desenvolver as relações interpessoais; Sensibilizar os alunos para a importância dos Direitos de Autor

20/10/2010 CEF Florista

Visita ao Palácio dos Duques, em Guimarães, e aos Jardins de Ponte de Lima

- Aprofundar conhecimentos acerca de artes florais.

20/10/2010 CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2

Feira da Gastronomia de Santarém

-Tomar conhecimento das exigências em contexto de trabalho na área de restauração. - Desenvolver capacidades de observação e de organização do trabalho. -Facilitar a consolidação de competências ao nível de gestão, de atitudes e comportamentos.

16,17/11/2010 CEF Cozinha 2

Congresso Nacional dos Profissionais de Cozinha, no Porto Palácio, Congress Hotel & Spa

- Tomar conhecimento do mundo das profissões e da qualificação. - Descobrir a importância da qualificação na construção de uma carreira profissional. - Apreciar a atividade de vários profissionais.

19 /11/ 2010 CEF Cozinha 1 Visita à Casa do Gaiato, Paço de Sousa

-Facilitar a consolidação de competências ao nível de gestão de atitudes, de comportamentos.

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-Participar em atividades interpessoais e de grupo, respeitando regras e critérios de convivência em diversos contextos.

9/12/2010 CEF Cozinha 2 Visita à “Euroskills”, em Lisboa

- Contactar de perto com o mundo do trabalho e instrumentos de oferta e procura.

2, 3, 4, e 5/01/2011

CEF Cozinha 2 Visita de Estudo a Madrid - Visita à Feira Internacional de Turismo

14/02/2011 CEF Florista Comemoração do Dia dos Namorados, na escola.

- Pôr em prática os conhecimentos adquiridos através da elaboração de elementos decorativos.

28/ 02/2011 CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2

“I Fórum Gastronómico da Escola Profissional de Esposende”

-Tomar conhecimento do mundo das profissões e da qualificação. -Descobrir a importância da qualificação na construção de uma carreira profissional. - Apreciar a atividade de vários profissionais.

17/03/2011

CEF Bombeiro CEF Cozinha 2 CEF Cozinha 1 CEF Florista CEF Andares

Visita à “Segurex” e á “Futurália”

- Conhecer as últimas tecnologias ao nível da segurança. - Contactar de perto com o mundo da oferta e procura de emprego.

24/03/2011 Maio/2011

CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2

Visita de estudo ao Regimento de Artilharia nº 5.

- Contribuir para a formação integral do aluno. - Facilitar a consolidação de competências ao nível de gestão, de atitudes e comportamentos., - Participar em atividades interpessoais e de grupo, respeitando regras e critérios de convivência em diversos contextos.

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31/03/2011

CEF Bombeiro CEF Cozinha 1 CEF Andares CEF Florista CEF Cozinha 2

Visita à “Qualifica”, na Exponor, no Porto

- Contactar de perto com o mundo da oferta e procura de emprego.

5,6, e 7/05/2011

CEF Bombeiro CEF Cozinha 2 CEF Florista CEF Cozinha 1 CEF Andares

“Invista”, no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, para promoção da oferta educativa da escola

- Promoção dos cursos CEF disponibilizados pela escola.

13/05/2011 CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2 CEF Andares

Cerimónia de assinatura do acordo entre a Living PlanIT SA e a Cisco Systems Inc., no âmbito do PlanIT Valley, na Quinta de Alvre, em Aguiar de Sousa, Paredes

- Pôr em prática os conhecimentos adquiridos ao nível da -formação tecnológica

20/05/2011

CEF Cozinha 2 CEF Cozinha 1 CEF Florista CEF Andares

Jantar de Finalistas

- Pôr em prática os conhecimentos adquiridos ao nível da formação tecnológica.

24/05/2011 CEF Cozinha 2 CEF Florista

Visita aos locais de estágio dos alunos.

- Conhecer os espaços ode irá decorrer a Formação Prática em Contexto de Trabalho.

2º e 3º períodos

CEF Bombeiro Saídas Pré-hospitalares

- Promover o contacto com a futura atividade profissional e fomentar a responsabilidade.

Para além destas atividades, os cursos CEF participaram em todas as atividades dirigidas à

comunidade escolar. Este é um aspeto importante, visto que os formandos destes cursos são

muitas vezes vistos com desconfiança por parte dos alunos do regime regular. Nestas

atividades foi promovido o contacto entre todos os alunos, com vista a melhorar as relações

que mantêm entre si, promovendo os valores de cidadania e democracia que devem

caracterizar a vida escolar

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Pontos fracos

A inscrição dos alunos para estes cursos nem sempre é feita tendo em conta o seu perfil

para o curso a frequentar, algumas vezes funciona como a única resposta possível.

Os alunos inseridos em turmas CEF têm frequentemente um percurso - escolar, familiar e

social - muito sinuoso, o que compromete o seu envolvimento no próprio processo de

ensino aprendizagem. Frequentam a escola porque a isso são obrigados, mas não se

reveem nela e a sua postura reflete isso, são alunos desmotivados, com dificuldade em

cumprir regras e muito resistentes às tarefas académicas.

O facto de as turmas CEF nem sempre terem uma sala base potencia situações de

incumprimento tanto em relação à pontualidade, como à gestão dos materiais, com

evidentes reflexos na qualidade das aprendizagens.

O elevado número de alunos por turma turma.

Os programas disciplinares são, desajustados à realidade destas turmas e propõem

abordagens para as quais muitos dos alunos não estão ainda preparados.

O recurso pouco frequente a metodologias de trabalho interdisciplinar, contribui para

manter, algumas vezes, um ensino compartimentado.

Pontos fortes

Aposta numa formação profissionalizante, com possibilidade de Formação em Contexto

de Trabalho.

Contratação de técnicos experientes e perfeitamente identificados com o Projeto

Educativo “Trepar Paredes”.

A oportunidade de os alunos, ao longo do curso, participarem em atividades que lhes

permitem reforçar as competências e os conhecimentos adquiridos, nas diferentes

componentes.

Possibilidade e perspetiva de inserção profissional e social.

Prosseguimento de estudo de um número assinalável de alunos.

O trabalho desenvolvido pelas equipas pedagógigas e a articulação com os serviços de

mediação social, SPO, EPIS e animação sociocultural, possibilita uma intervenção imediata

junto dos alunos, sempre que se identificam situações problemáticas.

Reforço da autoestima em grupos de alunos com descrença na Escola.

OPORTUNIDADES DE MELHORIA E SUGESTÕES

Reformulação do processo de encaminhamento e seleção dos alunos que pretendem

frequentar estes cursos.

Diminuição do número de alunos por turma.

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Atribuição de uma sala própria a cada turma CEF.

Diversificação das metodologias/estratégias (ex. recurso mais frequente a atividades

interdisciplinares e de trabalho de projeto…)

Avaliação global dos Cursos (de 1 a 5) - 4

Podemos concluir que os CEF contribuem para uma maior valorização da escola, não só

por parte dos alunos, mas das próprias famílias.

A experiência dos últimos anos mostra que os alunos passaram a valorizar a escola, ou seja

as suas representações face à escola alteraram-se profundamente, assim como os seus

projetos escolares e profissionais.

Uma parte dos alunos que termina este ano a escolaridade obrigatória, pensa matricular-

se em cursos profissionais e, num caso, seguir para a escola de Hotelaria. Outros pretendem

desempenhar funções profissionais que só conseguirão por terem frequentado o respetivo

Curso de Educação e Formação. A passagem pelo CEF contribuiu efetivamente para a sua

inserção escolar e profissional.

Em suma, os alunos do CEF, muitos dos quais que viveram situações de insucesso e

abandono escolar, concluíram com sucesso a escolaridade obrigatória e têm aspirações

escolares e profissionais que antes não tinham. As suas representações em relação à escola

mudaram e reconhecem que o curso foi uma oportunidade de reconciliação com a escola.

Também os familiares destes alunos começaram a olhar a escola de uma forma

diferente, a dar-lhe mais importância, a ter outras aspirações em relação aos filhos e a

acreditar que o CEF, além de possibilitar a conclusão do nono ano, pode ser a porta de

entrada no mundo do trabalho, uma saída para o futuro. Há mesmo alguns casos em que os

filhos mais novos são inscritos em CEF para seguirem o percurso escolar dos irmãos.

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1.3 Atividade S21 – A Par… Eu Leio - Oficina de leitura

PROCESSOS

O projeto Oficina da Leitura, destinado aos alunos do 2º ciclo, funcionou ao longo dos

2º e 3º períodos, nas aulas de EA, com a duração de 45 minutos. Envolveu 11 turmas de

5º. Ano e 12 turmas de 6º. ano, sendo monitorizados 168 leitores emergentes e médios,

sob a orientação do respetivo professor de LP e EA (14 professores). Pretendeu-se

desenvolver nos alunos atitudes favoráveis em relação à leitura com vista à melhoria das

aprendizagens. Nesse espaço, os alunos leram livros integrais ou excertos selecionados de

acordo com os temas e projetos do Plano de Atividades e em articulação com os programas

das outras áreas curriculares. As leituras selecionadas, que faziam parte do acervo da BE,

tiveram ainda em conta os diferentes níveis de competências linguísticas dos alunos, tendo

sido concebidas atividades a realizar pelos alunos, de forma colaborativa e individual.

RESULTADOS

Os alunos mostraram, regra geral:

Uma interação muito positiva entre eles, o espaço “ Biblioteca” e os livros.

Maior contacto com uma grande diversidade de livros de ficção e não ficção, como

evidencia o aumento de movimento de livros para a sala de aula.

Motivação para a leitura autónoma, como evidencia o número de requisições para

leitura domiciliária.

Aumento da interação dos alunos nas atividades de partilha de leituras na turma e

participação nas atividades do Plano de Atividades, como aconteceu no envolvimento dos

alunos nas atividades da Semana da Leitura.

Desenvolvimento de competências no domínio da língua materna, dado o seu caráter

transversal.

Um maior empenho na organização dos trabalhos sobre as obras que leram. Alguns

alunos aderiam com entusiasmo à leitura da obra integral, mas outros só liam quando

eram instados a fazê-lo.

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JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO

A implementação tardia da Oficina na área de EA implicou alterações na orientação

prevista para a área de EA, nem sempre permitindo cumprir e conciliar os objetivos

traçados.

Deficientes competências de leitura para construção de conhecimento autonomamente.

Falta de competências na utilização das TIC com o objetivo de trabalhos de pesquisa

PLANO DE MELHORIA

Alargar a Oficina de Leitura ao 1º ciclo para o desenvolvimento de competência de

pesquisa de informação em vários suportes.

Desenvolvimento de competências leitoras na utilização das TIC com objetivos de

estudo.

Promover a interdisciplinaridade, a partir de leituras integradas em projetos (PAA e PCT).

Rentabilização por parte dos professores dos recursos da BE com o objetivo de formar

leitores para a vida.

Fazer partilhas interturmas (Fóruns de leitores…).

Realizar mais atividades de pesquisa na BE.

Incluir no programa da área de Estudo Acompanhado, lecionada pelo professor

curricular de Língua Portuguesa da turma, 45 minutos semanais para a Oficina de Leitura.

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1.4- Atividade S1 - Assessorias pedagógicas - A par…Eu aprendo

PROCESSOS (METODOLOGIAS, TIPOS DE ARTICULAÇÃO, …)

1º ciclo

No 1º ciclo foram colocados três professores de assessoria pedagógica temporária, que

exerceram funções na EB/JI de Paredes e na EB/JI de Mouriz. Foram criadas orientações para

a implementação desta medida de apoio à melhoria das aprendizagens nas áreas de

matemática e língua portuguesa, destacando-se a elaboração do plano de intervenção/aluno,

o relatório de acompanhamento/progresso individual do aluno e o relatório de reflexão

crítica/turma. Os planos de intervenção definidos para cada aluno foram sistematicamente

avaliados e reajustados, em função dos progressos realizados. Em reuniões regulares, ao

longo do ano, os professores titulares, os professores de Assessoria pedagógica e os

coordenadores das escolas EB1/JI de Paredes e EB1/JI de Mouriz procuraram conhecer as

dificuldades dos alunos e (re)organizar a assessoria pedagógica temporária, face ao

diagnóstico das situações existentes em cada estabelecimento de ensino.

EB/JI de Paredes:

Na EB/JI de Paredes usufruiram de plano de intervenção, ao longo de todo o ano, alunos

das turmas PC3A e PC4A.

A seleção destas turmas teve em atenção alguns critérios de especificidade, tais como:

existência de alunos de dois niveis de escolaridade na mesma turma;

alunos com problemas graves (já observados pelo SPO);

as turmas possuirem, na sua composição, alunos de etnia cigana, alunos NEE e alunos

com retenção;

turmas nas quais os alunos evidenciaram dificuldades de aprendizagem nas avaliações

diagnósticas;

de acordo com informações dos professores constantes nos seus PCT´s.

A turma PC3A é composta por 24 alunos de dois anos de escolaridade: nove alunos do

1º ano e quinze alunos do 3º ano. Para além de já incluir alunos de etnia cigana e outros com

dificuldades de aprendizagem, foram ainda incluídos alunos transferidos para esta escola com

problemas graves, os quais foram observados e acompanhados pelo SPO.

A turma PC4A é composta por 24 alunos de dois anos de escolaridade: um do 3º ano e

vinte e três do 4º ano. A turma inclui duas alunas de etnia cigana, dois alunos com NEE e

quatro alunos com uma retenção. Para além disto, nove alunos evidenciaram dificuldades de

aprendizagem nas avaliações de diagnóstico.

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Os professores trabalharam em par pedagógico, apostando nas áreas de língua

portuguesa e matemática, assumindo cada professor um trabalho direto com cada grupo ou

ainda cooperando em atividades de compreensão de novos conteúdos e/ou na

implementação de novas metodologias (trabalho de projeto; lista de verificação de

competências; contratos de trabalho; …).

Na turma PC3A regista-se como metodologia o apoio individualizado e diferenciado

para um grupo específico de alunos numa perspetiva de parceria pedagógica, atendendo aos

diferentes níveis existentes na turma. Na turma PC4A investiu-se na coadjuvação pedagógica

beneficiando a mesma na sua totalidade, embora prestando uma atenção mais especial ao

grupo de alunos com mais dificuldades.

EB1/JI de Mouriz

Na EB1/JI de Mouriz foram traçadas dinâmicas diferentes, tendo sido implementados

planos de intervenção para alunos de todos os anos de escolaridade ao longo do ano letivo,

tentando desta forma que a assessoria conseguisse chegar a todos os alunos com

dificuldades, de forma equitativa, mesmo que tal facto não permitisse uma superação total

das dificuldades.

Assim, no 1º período foram alvo de intervenção as turmas de 3º e 4º anos. Em reunião

de escola, dada a evolução de alguns alunos dessas turmas e a existência de alunos com

dificuldades noutras três turmas do 2º ano, decidiu-se que seriam definidos planos de

intervenção. Assim sendo, no 2º período essas turmas foram contempladas pela assessoria

pedagógica temporária. Tendo presente que a dinâmica da assessoria se pauta pelo facto de

ser temporária e dever garantir a equidade e a igualdade de oportunidades, os alunos do 3º

ano deixaram de beneficiar de assessoria, uma vez que a avaliação dos seus planos de

intervenção permitiu identificar evoluções. No 3º período decorreram, de novo, algumas

alterações no grupo de alunos que usufruiram de intervenção tendo sido também

assessoradas as duas turmas do 1º ano.

Quanto às estratégias, nas turmas da EB1/JI de Mouriz, deu-se maior enfoque a:

apoio individualizado;

organização de estratégias que atenderam às caraterísticas e modos de aprendizagem

dos alunos, focando a intervenção em grupos específicos;

coadjuvação pedagógica beneficiando a turma na sua totalidade, embora prestando

uma atenção mais especial ao grupo de alunos com mais dificuldades.

Num balanço avaliativo realizado no final do 3º período, o gráfico seguinte dá conta da

articulação do trabalho (planificação, metodologias, avaliação) entre os professores

(professores titulares de turma) e os professores de assessoria pedagógica temporária) no 1º

ciclo.

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Por outro lado, esse balanço avaliativo refere que a assessoria pedagógica temporária

tem contribuído para a implementação de novas práticas organizacionais e pedagógicas, que

são destacadas no gráfico seguinte:

O trabalho realizado tem contribuido para:

1

4

6

5

6

3

2

1

0 2 4 6 8

Dar resposta de forma mais rápida, eficaz,

personalizada às necessidades imediatas dos

alunos

Implementar metodologias lúdico-pedagógicas

mais activas, diversif icadas e mais motivadoras

Melhorar a organização e gestão da aula

Aumentar a construção e preparação de

materiais

Nada

Pouco

Nem muito nem pouco

Bastante

Muito

Constatou-se, após realização de inquéritos de auscultação, que a assessoria permitiu:

Melhorar as dinâmicas na sala de aula;

Melhorar o comportamento, atitudes e postura na sala de aula e fora dela;

Melhorar o controle das atividades realizadas e a organização do caderno diário;

Aumentar a responsabilização dos alunos pelo seu percurso de ensino/aprendizagem;

Criar mecanismos de diferenciação pedagógica, através de um trabalho

individualizado;

Impulsionar a interação entre professor/professor e professores/alunos;

Trabalhar para o sucesso educativo dos discentes.

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2º / 3º ciclos e CEF

Os alunos que beneficiaram, no ano letivo 2010/2011, do plano de intervenção

assessorias pedagógicas, a língua portuguesa, a língua inglesa e matemática, foram

selecionados com base nos planos de recuperação e de acompanhamento e medidas

educativas especiais. Os alunos que no ano transato usufruíram de apoio pedagógico

acrescido e aqueles cujos resultados obtidos na avaliação diagnóstica de competências

realizada no início do ano letivo não foi satisfatória, foram igualmente propostos para

beneficiarem das medidas supramencionadas. É de salientar que, ao longo do ano, por

indicação dos professores das disciplinas em questão, outros alunos beneficiaram igualmente

desta medida por apresentarem grandes dificuldades nas suas aprendizagens. É importante

referir que ao contrário do ano anterior, no decorrer do presente ano letivo as turmas PCA

não foram contempladas com esta medida, uma vez que às mesmas lhes foram atribuídas

pares pedagógicos às disciplinas referenciadas. Assim sendo, os planos de intervenção foram

canalizados para turmas CEF tipo 2 por se detetarem algumas dificuldades de aprendizagem

sobretudo a língua portuguesa ao nível das competências da compreensão e expressão escrita

e da compreensão e expressão oral.

As atividades de assessoria pedagógica desenvolvidas nas aulas de língua portuguesa,

língua inglesa e matemática caraterizaram-se essencialmente por trabalho/ apoio em

pequenos grupos, apoio individualizado, auxilio a fichas de trabalho e recursos às TIC. Houve

também, a preocupação de trabalhar/preparar os alunos, para as provas de aferição (6ºanos)

e exames (9ºanos), através da resolução / autocorreção e correção (individual e coletiva) de

provas de anos anteriores. Estas atividades foram dinamizadas em contexto de sala de aula,

tendo sempre a preocupação do professor assessor assegurar que os alunos com plano de

intervenção acompanhassem os conteúdos abordados pelo(a) professor(a) titular da

disciplina.

Os professores trabalharam em par pedagógico, assumindo cada professor um trabalho

direto com cada grupo ou ainda cooperando em atividades de compreensão de novos

conteúdos e/ou na implementação de novas metodologias, dos Novos Programas de

Português e Novos Programas da Matemática. Este recurso possibilitou o envolvimento de um

número total de catorze docentes de língua portuguesa / língua inglesa ( grupos 210

/220/300) e de catorze matemática (grupos 230 /500). Saliente-se que a interação entre os

professores foi efetuada com base de um trabalho de planificação conjunta, embora não

tenham sido atribuídas horas conjuntas com esta finalidade. Face a este constrangimento os

professores socorreram-se de estratégias de comunicação interativa, nomeadamente através

de correio eletrónico e reuniões para além das horas letivas. Possibilitou aos docentes

envolvidos (professores titulares de turma e professores assessores) uma partilha de

experiências e saberes para além de um trabalho conjunto e de cooperação na organização e

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planificação das aulas. Contribui-se desta forma para uma melhoria das aprendizagens dos

alunos envolvidos. Igualmente houve a preocupação de preparar e organizar material

funcional, ajustável e adequado tendo em conta as dificuldades apresentadas pelos alunos,

bem como os seus interesses.

Nos gráficos que se seguem registam-se as atividades desenvolvidas com os alunos em

contexto de sala de aula:

1 – Áreas de Lingua Portuguesa e Lingua Inglesa

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2– Área de Matemática

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II – RESULTADOS OBTIDOS

1º CICLO

Num balanço avaliativo realizado no final do 3º período, com base nos relatórios de

reflexão elaborados pelos professores das turmas abrangidas pela assessoria, registam-se os

seguintes pontos fortes:

Motivação dos alunos com mais dificuldades;

Aumento da autoconfiança e da autonomia;

Desenvolvimento das competências da língua portuguesa e matemática;

Utilização de trabalho de pares;

Melhor ambiente dentro da sala de aula;

Acompanhamento individual;

Troca e partilha de saberes entre professores e alunos;

Contato com os mediadores sociais nos casos dos alunos de etnia cigana.

Em relação ao aproveitamento escolar dos alunos alvo de intervenção específica por

parte da assessoria pedagógica temporária, teve-se como ponto de partida os resultados da

avaliação do 1º período, que foram comparados com os resultados do 3º período. Os alunos

revelaram uma melhoria significativa no final do ano letivo. Assim, a maioria dos alunos,

conseguiu atingir as metas propostas e, desta forma, transitar de ano ou ciclo.

E.B.1 / J.I. de Paredes::

Na E.B.1 de Paredes, os alunos alvo de intervenção apresentaram os seguintes

resultados com base na sequinte classificação: Níveis: Fraco – 1; Não satisfaz – 2; Quase

Satisfaz – 3; Satisfaz – 4 ; Satisfaz Bastante -5; Sarisfaz Plenamente - 6

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Tal como se pode verificar pelo gráfico, a turma referida obteve bons resultados nas

suas aprendizagens.

Neste gráfico não está contemplada a aluna Tatiana (transferida no 3º período).

Na turma PC4A todos os alunos obtiveram melhorias nas suas aprendizagens, à exceção

do aluno Sérgio José Seabra que não conseguiu colmatar as suas dificuldades, tendo ficado

retido.

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EB1/JI de Mouriz

Como referido anteriormente, ao longo deste ano, na EB1/JI de Mouriz, os

alunos/turmas abrangidos pela assessoria foram reajustados, ao longo do ano. Dar-se-á conta

apenas dos resultados dos alunos, na escala supracitada, que tiveram mais tempo de apoio no

âmbito da assessoria pedagógica temporária. Desse modo, relativamente à turma CEM1A,

apenas abrangida no 3º período, não se apresentarão resultados, uma vez que o trabalho

desenvolvido foi orientado para um maior conhecimento das dificuldades e delineamento de

intervenções para o ano letivo seguinte.

No gráfico que se segue podemos observar os resultados dos alunos da turma CEM2A.

Esta turma beneficiou de assessoria no 2º e 3º períodos, havendo alunos que atingiram no

final do 2º período os objetivos terminando o plano de intervenção.

O gráfico da turma CEM2B dá conta das duas alunas que beneficiaram de plano de

intervenção nos 2º e 3º períodos. Ambas as alunas, ao longo do ano, estiveram a desenvolver

competências às duas áreas de aprendizagem a nível de 1º ano. No final do 3º período as

alunas desenvolveram as competências previstas nos seus planos de intervenção. Contudo, no

que diz respeito às competências previstas para o ano em que se encontram matriculadas (2º

ano), as mesmas não foram atingidas, pelo que as alunas não transitaram.

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No que diz respeito à turma CEM2C, as alunas Cláudia e Vânia ao longo do ano letivo

estiveram a desenvolver competências do 1º ano. Os outros dois alunos, Daniel e Diana,

acompanhavam a turma, mas com muitas dificuldades. A Diana beneficiou de plano de

intervenção somente a matemática, onde revelou dificuldades. As alunas Cláudia e Vânia não

transitaram de ano, pois não desenvolveram as competências de 2º ano. Contudo,

conseguiram atingir, satisfatoriamente, as competências previstas no seu plano de

intervenção (nível de 1º ano). Os alunos Daniel e Diana atingiram as competências mínimas

propostas e transitam para o terceiro ano.

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O gráfico anterior (CEM 3A) permite-nos verificar que beneficiaram de plano de

intervenção três alunos e conseguiram atingir as competências previstas para transitarem de

ano. Há ainda a salientar que os alunos desta turma usufruíram de assessoria somente no 1º

período.

Pela leitura do gráfico verificamos que nesta turma , CEM3B, beneficiou de assessoria

pedagógica apenas uma aluna e durante o 1º período. É uma aluna pouco autónma, muito

infantil e com fraco acompanhamento por parte dos encarregados de educação. A aluna não

atingiu as competências minimas previstas para o terceiro ano, pelo que não transitou.

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Através do gráfico podemos verificar que na turma CEM4A usufruíram de assessoria

pedagógica quatro alunos no 1º período. No final do 1º período os alunos, Paulo Nunes e

Gonçalo Brito deixaram de usufruir desta medida. Passaram a beneficiar de assessoria

pedagógica, no segundo período, somente as alunas Tatiana Nunes e Bruna Pacheco e

conseguiram atingir as competências mínimas para transitarem de ciclo.

No gráfico anterior constam os alunos com plano de intervenção da turma CEM4B no 1º

e 2º período. No final do 1º período deixaram esta medida os alunos Jorge Sousa e Marco

Ferreira e continuaram no 2º período os alunos Bruno Ferreira; Joana Reis e Paulo Barbosa à

disciplina de língua portuguesa. Estes alunos atingiram as competências mínimas e

transitaram de ano.

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O gráfico indica-nos que na turma CEM4C foram alvo de plano de intervenção, ao longo

do 1º e 2º período, 6 alunos. Estes alunos ao longo do ano revelaram algumas dificuldades em

desenvolver as competências previstas, mas transitaram de ano.

2º /3º ciclos e CEF

Na sua maioria os professores assessores e os professores titulares de turma estão

satisfeitos com os resultados obtidos, pese embora se tenham verificado níveis inferiores a 3,

os alunos tiveram uma evolução e uma melhoria bastante significativa ao nível da postura, do

comportamento, da organização dos cadernos diários e dos portefólios. Os planos de

intervenção foram bastante benéficos para assegurar processos de diferenciação e de apoio

às aprendizagens, melhorar o sucesso e a qualidade do sucesso e como forma de evitar o

abandono escolar precoce.

1 – Áreas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa

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2– Área de Matemática

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Analisando os resultados, verifica-se que ao longo do ano letivo houve uma diminuição

dos níveis inferiores a 3 dos alunos contemplados com plano de intervenção, a nível do

2º/3ºciclos e CEF, concluindo-se que as intervenções das assessorias pedagógicas

temporárias resultaram num trabalho profícuo, graças à persistência no trabalho, partilha de

ideias e saberes, planificações conjuntas com os professores titulares das disciplinas e

também a motivação, a adesão e empenho por parte dos alunos que desta medida

beneficiaram.

Ressalva-se que dado o caráter temporário desta medida, as discrepâncias existentes

entre a relação de níveis por período deve-se à necessidade da mobilidade dos alunos.

No gráfico seguinte destaca-se a reflexão dos alunos sobre as assessorias pedagógicas

temporárias, baseada nos inquéritos aplicados aos mesmos.

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3- JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO

Os resultados apresentados apontam para situações de alunos que não atingiram o

sucesso escolar pretendido. Consideramos que os resultados obtidos nesta atividade não

podem ser descritos apenas com o que apresentámos no ponto 2, pois temos situações de

alunos que, apesar dos resultados, foram recuperados para o processo de ensino-

aprendizagem.

A diversidade de alunos exige diferenciação de respostas. Fizemos um percurso que terá

de ser melhorado, mas que também terá de ser sempre percorrido, pois a existência de

dificuldades no processo de ensino-aprendizagem é uma realidade que terá de merecer

sempre a atenção de todos, numa escola atenta à promoção da equidade e da igualdade de

oportunidades. Por outro lado, cremos ter iniciado práticas colaborativas entre os

professores (professores titulares de turma/área curricular e professores de assessoria

pedagógica ou de apoio educativo) que precisam de ser cuidadas e melhoradas e ainda

práticas reflexivas no âmbito da diferenciação pedagógica que deverão ser aprofundadas, ao

nível das escolas/departamentos.

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4- PLANO DE MELHORIA/AÇÕES/PROJETOS A CONSIDERAR NO PLANO ANUAL DE ATIVIDADES DE

2011/2012

O AVEP rege-se pelo princípio da equidade e, nesse sentido, as oportunidades de

aprendizagem para todos são um imperativo a que as medidas de apoio à melhoria das

aprendizagens terão de dar resposta.

A criação das medidas de apoio à aprendizagem terá de possibilitar aos alunos uma

reflexão sobre a construção dos seus próprios processos de aprendizagem, levando-os à

corresponsabilizacão pelo sucesso/insucesso dos seus percursos educativos através de

mecanismos de autoavaliação e ainda do reforço da autoestima, autoconfiança e autonomia.

Por outro lado, teremos de ter presentes dinâmicas que garantam nomeadamente, o

aprofundamento de práticas colaborativas entre os professores envolvidos na preparação,

planificação e avaliação; a articulação entre docentes; a implementação de diferentes

dinâmicas de intervenção na sala de aula; a realização de um apoio individualizado e

motivador para os alunos com mais dificuldades.

Temos consciência que, no seguimento do percurso efetuado com as assessorias

pedagógicas temporárias, poderemos evoluir para um trabalho centrado noutras práticas

inovadoras que serão ainda mais rentáveis para as aprendizagens dos alunos que forem

contemplados. Ao dotar a escola/grupo/turma de mais docentes para trabalhar em parceria,

será imperioso que não se continue a dar aos alunos “mais do mesmo”, mas sim se criem

espaços/atividades criativas e criadoras que lhes permitam obter sucesso educativo e

qualidade na aprendizagem.

Ao nível da gestão da atividade pedagógica, com a finalidade de motivar os alunos para

o sucesso escolar, definimos dois objetivos:

1º Objetivo:

Proporcionar as melhores oportunidades para a construção e a organização social dos

processos de aprendizagem de todos os alunos.

Ações concretas:

1. Atribuição de um professor de assessoria pedagógica temporária/Apoio/tutor

aos alunos com dificuldades de aprendizagem/integração, intervindo

prioritariamente, nos primeiros anos de escolaridade (1º e 2º anos).

2. Contato regular com os mediadores sociais, nos casos de etnia cigana,

garantindo a intervenção com base nas características culturais destes alunos,

como fator de motivação.

3. Implementação dos pares de tutor-aluno/aluno em cada turma

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4. Implementação de dinâmicas de aprendizagem colaborativa nas turmas, em que

o sucesso de um aluno contribui para o sucesso da turma.

2º Objecttivo

Garantir oferta diversificada no acompanhamento dos alunos com desempenho escolar

insuficiente, nos diferentes níveis de ensino, com vista a garantir melhores resultados.

Ações concretas:

1. Instituição de mecanismos de apoio individualizado a alunos/grupos de alunos

com baixas de rendimento escolar (planos de intervenção)

2. Organização de Oficinas de Leitura/ Oficinas de Cálculo/Projetos de Apoio

(Projeto SOS), no 1º ciclo a desenvolver pelos professores de assessoria

pedagógica temporária ou professores de apoio, abrangendo o maior número

possível de turmas/alunos .

3. Instituição de mecanismos de apoio individualizado a alunos/grupos de alunos

com possibilidades de desenvolvimento adicional (planos de desenvolvimento)

ao longo do ano letivo

Ainda ao nível da gestão da atividade pedagógica, com a finalidade de apoiar e

entusiasmar os professores, propomo-nos aumentar o trabalho colaborativo entre os

professores.

Como ações concretas identificamos:

1. Criação de espaço semanal para trabalho conjunto das equipas

pedagógicas/grupos de professores de cada escola/CT;

2. Acompanhamento/monitorização dos apoios nas EB1, pelos coordenadores das

escolas;

3. Utilização regular de espaço online (plataforma Moodle) nas diferentes escolas

e/ou departamentos;

4. Publicação/partilha interna sistemática de práticas/dinâmicas das

turmas/escola/departamentos.

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2- AÇÕES/ATIVIDADES DE REGULAÇÃO DO CLIMA ESCOLAR E DE GESTÃO

DE PERCURSOS ESCOLARES DOS ALUNOS (prevenção do abandono, insucesso

ou disciplina)

2.1 – Atividade S4 - Ação Tutorial – A Par…Eu Passo

PROCESSOS

Respondendo ao plano de melhoria proposto no ano letivo anterior, foi definido e

implementado um regimento interno que orienta os procedimentos e a atuação da ação

tutorial. Desta forma, esta passou a beneficiar de uma bolsa de professores-tutores que

trabalharam em conjunto com os mediadores sociais na implementação dos planos de

acompanhamento individuais. Também se introduziu o relatório de acompanhamento

tutorial como base de avaliação trimestral do trabalho desenvolvido, bem como reuniões

regulares entre a equipa envolvida na atividade.

A ação tutorial constitui-se como uma resposta de apoio ao conselho de turma como

um dispositivo pedagógico especialmente orientado para estes alunos. Procurou ajudar os

alunos em risco de desorganização escolar e construir o seu próprio projeto de

aprendizagem e a redefinir os seus objetivos de sucesso. Teve como objetivo o

desenvolvimento e a implementação de medidas de apoio de aconselhamento e orientação

no estudo e na realização das tarefas escolares, tais como: organização dos cadernos

diários, gestão do tempo de estudo, planeamento e organização das tarefas, monitorização

comportamental, aplicação de métodos de estudo eficazes, treino de assertividade,

implementação de estratégias de resolução de problemas e conflitos, debate de crenças

disfuncionais relativas à escola, entre outras.

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RESULTADOS

A ação tutorial envolveu 29 professores, 4 técnicos e 62 alunos, o que corresponde

a um aumento considerável do número de envolvidos relativamente ao ano letivo

anterior. 86% dos tutorandos transitaram de ano.

Em termos qualitativos, observou-se uma evolução gradual e global nos níveis de

aproveitamento dos alunos, bem como da motivação para o processo ensino-

aprendizagem. Os resultados obtidos nesta atividade devem-se, não só ao grande

envolvimento de toda a comunidade escolar, mas sobretudo ao trabalho de

implementação da ação tutorial em articulação com as famílias.

As tutorias foram avaliadas trimestralmente por alunos, professores e técnicos,

dando conta das atividades desenvolvidas em cada período e demonstrando a eficácia

e as evidências do sucesso deste tipo de intervenção com os alunos.

Tutores: 33 (4 Técnicos)

Homens: 12

Mulheres: 21

Tutorandos: 62 (Não inclui os PCA`S, CEF`S)

2º Ciclo (33)

Rapazes: 20 – 1 aluno não aprovado

Raparigas: 13 – 2 alunas não aprovadas

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3º Ciclo (29)

Rapazes: 25 – 6 alunos não aprovados

Raparigas: 4 – 0 não aprovados

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2.2.- Atividade P3 - PROJETO DIVERSIDADE E INCLUSÃO - ACAMP’ARTE

PROCESSOS

Neste relatório final importa tornar presente que o projeto Diversidade e Inclusão Acamp’Arte

surgiu, no ano letivo 2008/2009, com o objetivo de encontrar respostas para os diversos

problemas identificados nos alunos de etnia cigana e melhorar o seu sucesso escolar,

nomeadamente através da implementação de novas estratégias educativas nas três escolas por

eles frequentadas (EB/JI Redonda / Madalena, EB1 Paredes e EB 2/3 Paredes).

De uma forma global, podemos destacar na implementação deste projeto:

Estratégias de caráter artístico

Dinamização de atividades ludicodidáticas e de caráter cultural nas escolas de 1º ciclo e nas

atividades de enriquecimento curricular de música, em parceria com a Academia de Música

de Paredes.

Criação do espaço semanal Acamp’Arte, na EB 2/3 de Paredes, tendo como princípio a

definição de ações e de atividades idealizadas e elaboradas pelos próprios alunos de etnia

cigana.

Estratégias de caráter social

Assessoria, pelo mediador social, ao diretor de turma no atendimento a pais e

encarregados de educação.

Assessoria, pelo mediador social, a professores (treino de habilidades de afrontamento em

situações problemáticas ou de crise).

Acompanhamento específico às famílias por parte dos mediadores (municipal e social) e

direções de turma.

Forte articulação interinstitucional na resolução de situações socioeconómicas que

constituem um entrave ao sucesso dos alunos.

Dinamização dos workshops de Saúde, higiene, alimentação e sexualidade para

encarregados de educação e do Programa de higiene “AcampArte” – promovido pelas

animadoras socioculturais em articulação com projeto Previne Paredes.

Estratégias implementadas na sala de aula

Assessorias pedagógicas temporárias/apoios individuais a Língua Portuguesa e Matemática

Oficina de leitura no âmbito da promoção da língua portuguesa.

Programa de tutoria.

Projeto de monitorização do comportamento

Programa de Experiencias Positivas (nos 2º e 3º ciclos)

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Formas de Articulação

Realização regular de reuniões entre os coordenadores das Escolas EB/JI Redonda e

EB/JI Paredes, a responsável pelo projeto da EB 2/3 de Paredes e o mediador social

permitiram delinear intervenções específicas ao longo deste ano letivo.

Implementação efetiva de recolha, avaliação e reflexão sistemática de dados, no

âmbito do sucesso escolar e assiduidade, relativamente aos alunos de etnia, bem

como o reajustamento de medidas, sempre que adequado.

Articulação regular e sistemática entre o mediador social e o mediador municipal para

avaliação, reflexão e intervenção nas diversas situações.

Articulação com a rede social local através de contatos telefónicos e/reuniões (CPCJ,

Segurança Social, CMP, CHTS).

Atividades mais significativas

Comemoração do dia internacional Cigano realizado no dia 8 de abril na Casa da Cultura,

em Paredes, que envolveu alunos e professores das três escolas com a apresentação de

diversas atividades (filme sobre o projeto Acamp’Arte “Olhares” e atuações musicais e de

danças tradicionais ciganas apresentadas pelos alunos).

Organização do evento comemorativo da diversidade cultural “Escola Multicolorida” (8

de junho), onde se expôs, em jeito de atividade final, tudo o que se fez ao longo dos 3 anos

do projeto. Contou com a dinamização de atividades artísticas e com a exposição/montra de

produtos, utensílios e tradições pertencentes às várias etnias e nacionalidades presentes no

agrupamento de escolas.

RESULTADOS

Consideramos que todas as dinâmicas anteriormente citadas contribuíram, em primeira

instância, para melhorar significativamente os níveis de absentismo e sucesso escolar dos alunos

visados pelo projeto.

A análise dos resultados permite registar, no final do presente ano letivo:

Aumento da assiduidade;

Significativa melhoria da motivação para o processo de ensino-aprendizagem;

Melhoria progressiva do aproveitamento escolar;

Aumento da autoestima, confiança e autonomia dos alunos;

Conclusão do 3º ciclo dos primeiros alunos de etnia do agrupamento;

Melhoria considerável das relações interpessoais;

Aumento significativo da valorização e participação das famílias na vida escolar;

Fortalecimento do ambiente educativo multicultural das escolas.

3º Período

Aproveitamento no 1º ciclo

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EB 1 Paredes

Turmas Nº de Alunos Aproveitamento

1º Ano 2 66,66%

2º Ano 2 58,33 %

3º Ano 3 61,11 %

4º Ano 2 100%

EB 1 Redonda, Madalena

Turmas Nº de Alunos Aproveitamento

1º Ano 1 50%

2º Ano 2 100%

3º Ano 2 91,66%

4º Ano 1 100% - Avaliada de acordo com o PEI

Aproveitamento nos 2º e 3º Ciclos

Nº de Alunos Aproveitamento

CEF Cozinha 1º ano 4 90,38%

CEF Florista 2º Ano 2 100%

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CEF Andares 1º Ano 2* * Transferência/acompanhado pela

CPCJ

6º A 2 80,76%

5º A 3 76,92%

5ºL 2 91,66%

Quadro comparativo dos resultados obtidos nos últimos dois anos de funcionamento do

projeto

Aproveitamento 2009/2010 2010/2011

1ºCiclo 81% 81%

2ºCiclo 50% 83%

3ºCiclo + CEF 100% 95%

Aproveitamento (%) obtido pelos alunos abrangidos pelo projeto Acamp’Arte nos últimos

dois anos letivos

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É de salientar, que durante este último ano de funcionamento do projeto, se conseguiu obter,

entre a população abrangida pelo projeto, mais sucesso escolar e maior homogeneidade de

resultados nos diferentes ciclos. Considera-se que estes resultados são reflexo da evolução dos

alunos a vários níveis, desde a assiduidade, às relações interpessoais, da motivação para o

processo de ensino-aprendizagem, à autoestima, confiança e autonomia, até à importância do

envolvimento e participação das famílias na vida escolar.

Destaca-se, sobretudo, nesta comparação, a melhoria muito significativa do aproveitamento no

2º ciclo, em mais de 30%, sendo que neste ciclo o numero de alunos aumentou bastante

relativamente ao ano transato.

É possível ainda referir outro tipo de resultados, que vão para além do trabalho realizado com

os alunos no agrupamento. Assim, registamos:

Apresentação do projeto Acamp’Arte em Budapeste (a 18, 19 e 20 de maio) pelo mediador

social, em conferência europeia de boas práticas de integração etnica cigana “Colourful

Media”, a convite de ONG de serviços humanitários da Hungria.

Realização de uma aula aberta de apresentação do projeto Acamp’Arte a convite dos

responsáveis pelo Curso Profissional de Animação Sociocultural da escola secundária de

Penafiel. Para além de abordado o funcionamento do projeto em si, realizou-se uma

pequena demonstração prática que reflete o efeito da atividade artística na valorização

escolar dos alunos pertencentes a meios culturais divergentes (“movimentos de inclusão”

dança tradicional, pelos alunos da EB1 de Paredes).

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2.3.- Atividade S16 – GPS – Gabinete de Promoção do Sucesso

PROCESSOS

Dinamização de atividades lúdicopedagógicas com temáticas mensais – dirigidas às turmas

do 2º ciclo com o objetivo de aproximar os alunos mais novos ao GPS e divulgar o seu papel

de espaço de atendimento em detrimento da ideia de o associar apenas a um espaço de

intervenção nas ocorrências disciplinares. Desempenha um papel de extrema importância na

ocupação dos tempos livres dos alunos, prevenindo comportamentos de risco e promovendo

a integração na escola.

Atendimento e aconselhamento a alunos e famílias em risco - quer por sinalização feita por

coordenadores de estabelecimento, professores titulares de turma ou diretores de turma,

quer por iniciativa própria, os alunos e a as famílias usufruem da possibilidade de serem

atendidos pela equipa do GPS;

Encaminhamento e acompanhamento de situações específicas para entidades locais –

avaliação de situações específicas de âmbito psicossocial, encaminhamento para as

estruturas locais adequadas à sua resolução e, sempre que pertinente, acompanhamento no

decurso da sua resolução no intuito de potenciar as mudanças e os progressos;

Intervenção em ocorrências disciplinares – baseado no princípio do time out. O aluno

indisciplinado é encaminhado para o GPS, onde é alvo de uma intervenção que tem como

objetivo incentivar a aquisição de competências sociais, de assertividade e de

responsabilização pelos seus próprios comportamentos, atitudes e escolhas;

Mediação de conflitos – aqui são implementadas estratégias e técnicas de resolução eficaz

de conflitos entre alunos, alunos e professores e/ou alunos e assistentes operacionais, de

acordo com o Modelo Integrado (J. C. Torrego, 2004).

Acompanhamento a turmas CEF e PCA – acompanhamento e assessoria técnica a turmas

com percursos alternativos de aprendizagem.

Articulação com projetos – colaboração e implementação de atividades relacionadas com o

PES e EPIS.

RESULTADOS

Foram alvo de intervenção por parte dos mediadores sociais: 64 situações sinalizadas

pelas EB1, 5 situações sinalizadas pelos JI e 31 situações sinalizadas pela EB2/3.

No âmbito do GPS, foram realizados 235 atendimentos individuais a alunos e famílias

pelos professores e pelos mediadores sociais.

Participaram nas atividades ludicopedagógicas 13 turmas do 2º ciclo, chegando assim a

cerca de 176 alunos que as avaliaram de forma extremamente positiva ao considerá-las

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maioritariamente com temas “muito importantes” e com “bastante” informação

aprendida. 95% dos alunos “gostaram muito” de participar.

Foram atendidas 566 ocorrências disciplinares, num total de 214 alunos.

As atividades do GPS foram avaliadas por docentes e alunos da EB2/3 e por docentes do

pré-escolar e do 1º ciclo. Verificaram-se algumas falhas ao nível desta avaliação, daí que

haja dados que podem não ser totalmente fiáveis. De qualquer forma, os resultados

obtidos a partir dos questionários tratados indicam opiniões bastante favoráveis acerca do

funcionamento do GPS, quer dos alunos quer dos professores. Ainda assim, também foi

possível verificar que continuam a existir limitações e constrangimentos na atuação do GPS

e dos mediadores sociais, sobretudo ao nível do pré-escolar e do 1º ciclo, sendo

fundamental colmatar estas lacunas o quanto antes.

JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO

- Maior dedicação ao 2º e 3º ciclos para dar resposta urgente a situações e a problemas-

chave de alunos que até ao momento não tinham tido qualquer ajuda;

- Dificuldades na articulação e na comunicação com os primeiros ciclos de ensino;

- elevado número de solicitações aos mediadores sociais, resultando em indisponibilidade

para dar resposta em tempo útil;

- elevada diversidade de situações de risco, exigindo especialização de respostas;

PLANO DE MELHORIA

Aumentar os canais de comunicação e de envolvimento entre a comunidade

educativa:

Criação de um gabinete de comunicação responsável pela divulgação das atividades;

Inclusão e publicitação do GPS e das atividades realizadas no site do agrupamento

Apostar mais divulgação das atividades do GPS e do papel dos técnicos no pré-escolar e

no 1º ciclo;

Constituir um espaço físico e um horário fixo de atendimento nos centros escolares;

Potenciar a intervenção precoce e de prevenção:

Atribuir maior carga horária aos mediadores sociais para intervenção no pré-escolar e

no 1º ciclo, numa ótica de trabalho de prevenção, em detrimento da remediação;

Criar um programa de formação em mediação de conflitos para alunos do 1º ciclo;

Alargar a implementação das atividades ludicopedagógicas ao 1º ciclo e ao 3º ciclos de

ensino;

Criar uma bolsa de temáticas/alunos referenciados para trabalho em pequeno grupo;

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Melhorar o processo avaliativo:

Alterar e melhorar os instrumentos de avaliação das atividades do GPS, adequando-

os aos diferentes ciclos de ensino;

Alocar mais recursos humanos (professores de 2º e 3º ciclo e coordenadores de

escola) ao GPS garantindo efetividade das dinâmicas existentes e um maior

envolvimento da comunidade educativa.

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2.4- Atividade CID 5 - Bota Alegria – Animação sócio-cultural de recreios

PROCESSOS

Foram implementadas atividades lúdico pedagógicas, na EB 2/3 Paredes, pelas

animadoras socioculturais (3 animadoras com um horário individual de 35 horas

semanais) e professores da EB 2/3 (num total 35 tempos semanais, no total), em

horário não letivo, intervalos e interrupções letivas, contribuindo para a melhoria do

clima de escola, bem como para a integração de alunos de diferentes etnias e

culturas. Foram ainda implementadas algumas atividades na EB/JI Paredes.

As animadoras sócio-culturais também desenvolveram um trabalho específico, diário,

junto dos alunos da EB 2/3 e da EB1/JI Paredes, destacando-se:

Par pedagógico em disciplinas artísticas (expressão dramática, educação física,

oficina de leitura, tic) em turmas de percurso curricular alternativo;

Acompanhamento lúdico pedagógico individual (atividades ocupacionais com

os alunos de etnia cigana e alunos com necessidades educativas especiais);

Workshop de caráter cultural e atividades de enriquecimento com alunos de

curso CEF (aulas de maquilhagem com alunos CEF Florista, atividades

desportivas/Natação com alunos CEF Cozinha1).

RESULTADOS

A atividade Férias Divertidas revelou-se uma mais valia na promoção de novas

experiências tendo abrangidos os seguintes alunos no ano 2010: Verão-80 alunos;

Natal - 65;Páscoa – 72. Em 2011 foram abrangidos 72 alunos na Páscoa e 150 no

verão.

Ao longo do ano letivo foram realizadas 32 atividades na EB 2/3, com uma elevada

participação dos alunos (uma média 330 alunos por período letivo), tendo 90% dos

participantes avaliado como muito interessantes. Relativamente ao 1º ciclo, foram

dinamizadas 6 atividades de caráter integrativo para os alunos de etnia cigana, nas

EB/JI Redonda e EB/JI Paredes.

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JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO

A atividade Bota Alegria estava prevista no âmbito da regulação do clima de escola.

Assenta na ideia de Paulo Freire que cabe à educação hoje a árdua tarefa não só de

transmitir conhecimentos, mas principalmente esperança, alegria. Paulo Freire refere

que a alegria na escola, não é só necessária, mas possível. Necessária porque,

gerando-se numa alegria maior – a alegria de viver –, a alegria na escola fortalece e

estimula a alegria de viver. É necessária também porque viver plenamente a alegria

na escola significa mudá-la, significa lutar para incrementar, melhorar, aprofundar a

mudança. Lutar pela alegria na escola é uma forma de lutar pela mudança do mundo.

Esta atividade foi implementada, primordialmente, na EB 2/3 por se ter considerado

ser esta escola que mais necessitava, numa primeira fase, de intervenção ao nível do

clima de escola. No entanto, considera-se que esta atividade poderá ser alargada aos

Centros Escolares (Centro Escolar de Mouriz – 290 alunos; Centro Escolar de Paredes

– 450 alunos).

De uma forma global, os resultados apresentados apontam para um grande sucesso

das atividades, no entanto, os efeitos no clima de escola não puderam ser medidos

pelo facto de não haver registos de anos anteriores, em que esta atividade não foi

implementada. A diversidade existente nas diversas escolas é um desafio à regulação

do clima de escola. Fizemos um percurso que terá de ser melhorado, mas que

também terá de ser sempre percorrido, pois a atenção à regulação do clima de escola

terá de levar à criação de diferentes estratégias de intervenção, agora que adotámos

uma cuidada atenção a este aspeto da vida das escolas. Por outro lado, cremos ter

iniciado práticas colaborativas entre os professores e as animadoras sócio-culturais

que precisam de ser melhoradas e ainda práticas reflexivas no âmbito da regulação do

clima de escola que deverão ser aprofundadas, ao nível das escolas/departamentos.

CONTRIBUIR PARA A REGULAÇÃO DO CLIMA DE ESCOLA

Objetivo 1

Promover o comportamento assertivo e positivo que se manifeste nos valores que a

escola defende.

Ações Concretas

1- Articulação com o GPS/RAP/Acamp’Arte na dinamização de Workshops de

interesse lúdico-pedagógico ou temáticas de interesse na escola e na

comunidade.

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2- Programa “Apanhei-te” nos espaços de recreio;

3- Construção de um Caderno de Boas Práticas baseado em experiências

positivas

4- Afetação de recursos (professores e técnicos) para o Bota Alegria

Objetivo 2

Promover a comunicação, a relação comunitária e a capacidade de iniciativa de modo

a desenvolver o sentimento de pertença.

Ações Concretas

1- Participação regular no gabinete de comunicação responsável pela divulgação

das atividades

2- Inclusão e publicitação do Bota Alegria e das atividades realizadas no site do

agrupamento

3- Dinamização de um plano de atividades, com o envolvimento dos alunos;

4- Parcerias com associações locais para a dinamização de atividades desportivas

e culturais e de voluntariado;

Objetivo 3

Garantir o acompanhamento dos alunos em risco insuficiente através de atividades

lúdico-pedagógicas.

Ações Concretas

1- Acompanhamento dos alunos das turmas PCA, CEF e com Necessidades

Educativas Especiais, no âmbito da animação sociocultural.

2- Integração em projetos específicos de promoção do sucesso escolar (ação

tutorial, …;

3- Dinamização do Programa Férias Divertidas nas interrupções letivas de Natal,

Carnaval, Páscoa e verão.

Indicadores

1- Número de atividades realizadas;

2- Percentagem de participação nas atividades realizadas;

3- Grau de Satisfação dos membros da comunidade envolvidos;

4- Perceções (de alunos, professores e pais) do clima de escola.

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4- AÇÕES/ATIVIDADES NO DOMÍNIO DA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO

AGRUPAMENTO E/OU DAS ESCOLAS

3.1- Atividade: P9 – REFRESH – Conferências, Seminários e Workshops

PROCESSOS

Implementação de práticas formativas e de reflexão através da dinamização de

workshops na área comportamental dirigido a docentes e assistentes operacionais.

Conflito no meio escolar – a intervenção do GPS – workshop dirigido a docentes

da equipa do GPS;

Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula (3 sessões) – workshop

dirigido a todos os docentes da EB2/3;

Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula – 1º ciclo – workshop

dirigido a coordenadores de estabelecimento do 1º ciclo e docentes do 4º ano de

escolaridade;

A (in)disciplina do recreio – workshop dirigido a assistentes operacionais do

agrupamento;

A razão do Joãozinho – um exercício de motivação escolar e aprendizagem –

workshop dirigido a docentes do centro escolar de Mouriz.

Os workshops foram elaborados e dinamizados pelos mediadores sociais.

RESULTADOS

Todos os workshops foram avaliados relativamente à importância do tema abordado, à

utilidade da informação transmitida, à clareza da explicação e à aplicabilidade das

dicas/informação.

Conflito no meio escolar – a intervenção do GPS – 100% considerou tema “muito

importante” e 87% considerou a informação transmitida “muito útil”.

Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula (3 sessões) – 96,2% avaliou o

tema como “muito importante” ou “importante” e 97,1% considerou a informação

transmitida como “muito útil” ou “útil”.

Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula – 1º ciclo – avaliado em 100%

como o tema sendo “muito importante” ou “importante”; avaliado em 100% como

a informação transmitida sendo “muito útil” ou “útil”.

A (in)disciplina do recreio – 100% considerou o tema “muito importante” ou

“importante”; 100% considerou a informação transmitida como sendo “muito útil”

ou “útil”.

A razão do Joãozinho – um exercício de motivação escolar e aprendizagem – 100%

considerou o tema “muito importante “ ou “importante” e também 100% avaliou a

informação transmitida como sendo “muito útil” ou “útil”.

Os dados confirmam a pertinência destas formações, bem como a satisfação dos

participantes que defendem a sua continuidade nos próximos anos letivos.

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3.2- Atividade MAIS AV

PROCESSOS

A ação “Mais AV” – mais avaliação – criou mecanismos que procuraram desocultar o

quotidiano das escolas do agrupamento, com vista a obter dados que permitissem delinear

modos de ação que assegurem o sucesso educativo dos alunos e promovam uma cultura de

qualidade, de exigência e de responsabilização.

Neste sentido, esta atividade seguiu um processo de autoavaliação refletido e

rigoroso, através da combinação dos modelos criados pela EPIS (Empresários pela Inclusão

Social) e pelo OBVIE (Observatório da Vida das Escolas da FPCE-UP) e ainda com os

contributos da DGIDC/TEIP no âmbito da monitorização e avaliação que têm sido

propostos.

A equipa de autoavaliação - constituída pela equipa TEIP, pela coordenadora da ação

Mais AV e pela consultora externa - construiu, sempre que necessário, indicadores e

instrumentos de recolha de dados. Destacam-se os relatórios específicos desenvolvidos

para as diferentes atividades, criados em função das respetivas caraterísticas e finalidades:

Medidas de apoio à aprendizagem: Assessorias, Turmas G+ (PCA), Tutorias, Centro de

Recursos/BE, Sala de Estudo); Medidas de promoção da disciplina (GPS (Gabinete de Apoio

ao Aluno e Família), Bota Alegria (Animação, de recreios e ocupação dos tempos livres.

Foi também elaborado um questionário online sobre as dinâmicas do agrupamento,

dirigido a todos os professores, técnicos e demais funcionários.

A aferição interna, através da aplicação de testes elaborados por equipas disciplinares

de cada departamento, constituiu uma oportunidade criada para a reflexão dos

professores sobre os seus próprios modos de trabalho pedagógico-didático. Assim, esta

aferição, para além de ser um elemento avaliativo dos alunos, teve como efeito a partilha e

validação do trabalho dos docentes. Neste sentido, assumimos a avaliação aferida como

uma forma de autocontrolo interno no AVEP.

RESULTADOS

Destacamos a organização do I Seminário do AVEP, produto direto da ação Mais AV, que

contou com a participação de todos docentes e técnicos do agrupamento. Cada

atividade TEIP foi apresentada, justificada e avaliada em posters (38 posters) que

permitiram a todos os presentes aprofundar o conhecimento que tinham sobre o

projeto TEIP, avaliá-lo e participar na perspetivação do futuro. Para isso, os participantes

foram depois divididos por workshops específicos dedicados a cada uma das ações TEIP:

Mais AV, Mais Cid, Mais P, Mais Q, Mais S. Esta opção teve como objetivo criar

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condições que permitissem imprimir uma dinâmica interativa e promotora da troca de

opiniões favorável a uma atitude de avaliação onde se quer delinear o futuro.

O próprio seminário, na sua organização e efeitos, foi alvo de avaliação, constituindo

assim mais um elemento de reflexão.

Foram criados espaços de reflexão entre equipas multidisciplinares que permitiram

encontrar respostas mais eficazes e participadas por todos os implicados no processo

educativo.

Foi feita a divulgação através das estruturas de gestão intermédia, plataforma moodle,

site, Blogs, e-mail, jornal.

Consideramos registar com resultados desta atividade:

Elaboração de planos de melhoria;

Reforço das estruturas intermédias;

Apropriação, por parte de toda a comunidade, de uma cultura de autoavaliação e de

corresponsabilização em processos que conduzam a uma contínua melhoria.

Reflexão constante sobre o nosso modo de funcionamento e a cultura que se tem vindo

a desenvolver para o cumprimento de metas coletivamente assumidas.

Criação de novos mecanismos que permitem monitorizar o projeto educativo e as

atividades que o concretizam.

Preocupação constante em cruzar dados, tirar conclusões, devolver os

resultados/relatórios a todas as estruturas/intervenientes e envolver todos os

interessados na definição de planos de ação e na reflexão sobre as metas e objetivos que

vão sendo estabelecidos.

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4- AÇÕES/ATIVIDADES - RELAÇÃO ESCOLA- FAMILIAS – COMUNIDADE E

PARCERIAS EDUCATIVAS

4.1- Atividade: CID 7 - Caminhada Entre Paredes

PROCESSOS

A Caminhada “Entreparedes”, na sua 5ª edição, foi uma atividade que teve como objetivo

proporcionar experiências de aprendizagem num contexto diferente do habitual e que

envolveu toda a comunidade educativa (alunos, professores, técnicos e famílias). Tendo o

concelho de Paredes como cenário percorremos um caminho desfrutando da sua beleza,

admirámos o património e pintalgámos o trilho com espetáculos alusivos ao tema “leitura –

energia – floresta”.

Principais estratégias:

Planificação da atividade pelo Departamento de Expressões, com a colaboração dos

outros departamentos e Biblioteca Escolar;

Divulgação a toda a comunidade educativa;

Contactos com estruturas locais;

Diversas visitas prévias aos locais da caminhada;

Constante ajustamento e delineamento de intervenções/tarefas com vista à

concretização da atividade;

Redefinição de estratégias, sempre que adequado, ao longo da preparação da atividade;

Divulgação às famílias dos alunos e comunidade em geral, através de brochuras e órgãos

de comunicação social;

Recolha de imagens em foto e vídeo;

Elaboração de álbum, filme e PowerPoint da atividade, para memória futura.

RESULTADOS

A Caminhada “Entre Paredes”, organizada pelo Departamento de Expressões, durante

o segundo período de 2010-2011, foi uma atividade de articulação por excelência,

entre as várias áreas curriculares, em todos os níveis de ensino, tornando-se também

a atividade de encerramento da Semana da Leitura. A mobilização da comunidade

educativa e o facto de esta ter acreditado na sua importância, tornou exequível este

desafio megalómano para o projeto educativo Trepar Paredes.

Reforço da ligação entre a escola e as famílias: cerca de 500 elementos (alunos,

professores, técnicos e famílias) participaram na Caminhada;

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Forte mobilização da comunidade educativa, destacando-se a participação dos

diferentes departamentos, em todos os momentos da atividade: planificação,

implementação e avaliação;

Forte leque de atividades de enriquecimento do currículo: leituras prévias sobre o

tema; elaboração de frases alusivas; criação de um poema sobre a Amazónia;

reutilização de materiais; seleção, criação e montagem de cenários; realização de

um percurso pela natureza; pequenos espetáculos de dança, música, leitura e

representação; curtas palestras sobre monumentos históricos ou assuntos de

interesse cultural; registo fotográfico da vida animal, da flora, dos usos e costumes,

de monumentos e de raridades; piquenique – convívio com proposta de alimentos

saudáveis; pintura de telas coletivas, alusivas à natureza; plantação de árvores;

espetáculo de encerramento integrando teatro, dança e música.

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4.2- Atividade P8 RAP-Rede de Apoio a Pais

PROCESSOS

Dinamização de encontros, sessões e/ou workshops subordinados a temas como a

psicologia infantil, a relação família-escola, a supervisão comportamental, a saúde, etc.,

no âmbito da implementação de uma rede de apoio a pais.

Os workshops foram elaborados e dinamizados pelos mediadores sociais a partir da

solicitação de coordenadores de escola ou de docentes dos diferentes ciclos de ensino do

agrupamento. Tinham como objetivo estabelecer um clima de confiança, propício à

partilha de experiências e de reflexão acerca de práticas parentais, respondendo a

dúvidas e questões que pais e encarregados de educação têm com frequência.

RESULTADOS

Todos os workshops foram avaliados relativamente à importância do tema abordado,

à utilidade da informação transmitida, à clareza da explicação e à aplicabilidade das

dicas/informação. De uma forma geral, os presentes avaliaram de forma extremamente

positiva os diferentes itens e solicitam mais formação. Contudo, foi o número de

participantes que ficou aquém das expetativas, sendo muito reduzido para o número de

encarregados de educação que o agrupamento engloba.

Foram realizados 11 workshops em 5 estabelecimentos de ensino, contando com a

presença de apenas 187 encarregados de educação.

JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO

Menor número de solicitações por parte do pré-escolar e do 1º ciclo do que o esperado;

Realização dos workshops com menos regularidade do que a prevista;

Ausência de um diagnóstico de necessidades de formação para pais por parte do pré-

escolar e do 1º ciclo;

Dificuldades na articulação e na comunicação entre estes ciclos de ensino e os técnicos

responsáveis pela dinamização dos workshops;

Ineficácia dos métodos de divulgação;

Pouca predisposição do público-alvo para participar nestas iniciativas.

PLANO DE MELHORIA

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Promover uma relação escola/comunidade cada vez mais responsável e de

intervenção direta no agrupamento:

Colaboração com a Associação de pais – apoio na elaboração do plano anual de

atividades formativas, culturais e recreativas;

Promover o aumento do número de inscrições de pais/EE nas associações de pais;

Implementação de um conjunto de encontros/sessões regulares;

Reforçar a importância da formação para pais e do papel dos técnicos junto do pré-

escolar e do 1º ciclo, incentivando a solicitação da realização destes momentos;

Criar pequenos grupos subordinados a temas específicos (famílias monoparentais,

pais divorciados, luto, etc);

Aumentar o número de temas disponíveis para a realização de workshops;

Tornar mais eficazes os meios de divulgação dos workshops:

Utilizar novos meios de publicitação: via site do agrupamento, e-mail, divulgação em

locais públicos, pela associação de pais, etc;

Alargar a formação à comunidade local;

Sensibilizar os pais para a pertinência da sua participação nestas iniciativas no início

do ano letivo nas reuniões com os diretores de turma;

Otimizar a relação com a rede social:

Recorrer aos parceiros locais para convocar pais e encarregados de educação,

estabelecendo parcerias na dinamização dos workshops/encontros;

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III Parte

1- BALANÇO GLOBAL

Balanço global sobre a implementação do projeto educativo TEIP “Trepar Paredes” ao longo

destes dois últimos anos letivo:

Pontos fortes

Mais recursos humanos e financeiros;

Definição de metas mais claras e objetivas;

Equipas pedagógicas multidisciplinares que, na sua ação, contribuem para o sucesso

educativo e integração dos alunos;

Maior interação entre departamentos e níveis de ensino;

Possibilidade de avaliar com maior rigor a diversidade de projetos implementados;

Diversificação da resposta educativa com implementação de práticas educacionais e

curriculares inovadoras e centradas na diferenciação pedagógica (assessorias, ação

tutorial, parcerias pedagógicas);

Ação do GPS (gabinete de apoio ao aluno e família) adequada aos perfis dos alunos do

agrupamento;

Sinalização e intervenção atempada em situações de risco (alunos e famílias);

Implementação de hábitos avaliativos e de reflexão interna;

Grande empenhamento por parte dos docentes;

Aumento das interações escola/meio;

Envolvimento da comunidade, através do estabelecimento de parcerias;

Oferta educativa - Criação de respostas alternativas no percurso escolar dos alunos, de

acordo com as necessidades que evidenciam;

Avaliação e reflexão dos resultados e sua mobilização;

Realização do I Seminário do AVEP que marcou o início de um procedimento de partilha

e de avaliação por todos reconhecido como muito positivo;

Iniciativas envolvendo os pais;

Maior partilha de experiências e materiais;

Criação de mecanismos que permitem a preparação da transição dos alunos para a vida

ativa.

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Pontos fracos

Dificuldade na divulgação e apropriação efetiva do projeto educativo por parte de alguns

elementos da comunidade educativa;

Inadequação da avaliação em algumas ações/atividades;

Insuficiente articulação com o pré-escolar e 1º ciclo no que se refere ao GPS;

Tempo e energia dispendido com os procedimentos de autoavaliação e que se revela

necessário para outras ações;

Reduzidos espaços de reflexão;

Pressão sentida para o cumprimento das metas;

Dificuldades resultantes da falta de espaços físicos

Oportunidades

Alargamento da oferta educativa e formativa;

Retaguarda de instituições do ensino superior e outros profissionais competentes;

Presença da consultora externa (amiga crítica) na equipa TEIP

Intervenção do GPS no pré-escolar e no 1º ciclo;

Reforço dos recursos humanos às atividades do GPS, Bota Alegria e Ação Tutorial;

Dinamização de atividades lúdicopedagógicas pelo GPS na EB2/3;

Reforço da avaliação psicológica de alunos do pré-escolar e do 1º ciclo, trabalhando

numa ótica preventiva;

Criação de um clima e cultura de escola que permitiu a implementação de um projeto

educativo ambicioso e eficazmente levado a cabo, com a colaboração, empenho,

dedicação e trabalho “extra” de toda a comunidade educativa (professores, alunos, pais,

funcionários, parceiros);

Criação de Parcerias;

Disponibilidade por muitos existente para reflexão e reestruturação de estratégias

Ameaças/constrangimentos

Dimensão do agrupamento;

Dificuldades nas práticas de monitorização e avaliação;

Dificuldade em transformar a cultura avaliativa numa cultura de reflexão e construção

efetiva de mudança;

Dificuldade de proporcionar tempos e espaços comuns para encontros reflexivos

semanais e para uma maior articulação entre os grupos/docentes para diagnóstico,

evolução das aprendizagens, avaliação de estratégias, reestruturação de medidas

implementadas, uniformidade nas metodologias de atuação face às regras, construção de

materiais, partilha de experiências, etc;

Sobrelotação de algumas escolas do agrupamento;

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Elevado número de problemas socioeconómicos;

Falta de oportunidades para trabalhar a diversidade cultural.

2 - COMENTÁRIOS

O AVEP é um agrupamento que, há muito, se apropriou e investe continuamente na

promoção da equidade e igualdade de oportunidades, tendo a implementação do Projeto

Educativo Trepar Paredes, ao longo dos anos letivos 2009/2010 e 2010/2011, com o

financiamento do Programa TEIP2 garantido novas dinâmicas que permitiram dar passos

significativos nesse sentido. Destacamos: as possibilidades criadas para uma maior

proximidade de trabalho entre os professores, com os alunos, com os técnicos e com outros

intervenientes (perito externo); a sistematização do que é feito no agrupamento; os espaços

de aprendizagem connosco próprios; o questionamento reflexivo na vida do agrupamento; os

momentos de partilha; os procedimentos e instrumentos de sistematização das ações que vão

sendo desenvolvidas e dos efeitos que vão sendo gerados; a monitorização, acompanhamento

e avaliação do projeto e das ações que o constituem; o reconhecimento de que a

monitorização e avaliação fazem a diferença no trabalho para o sucesso e na qualidade do

sucesso.

A criação das diversas dinâmicas que reconhecemos como positivas por promoverem uma

formação mais ampla e de melhor qualidade para os alunos foi facilitada por existir uma

adesão ao projeto mas também por ter como suporte significativo a ação dos técnicos que

integraram as estruturas do agrupamento. Dos 38 posters apresentados no I Seminário do

AVEP de partilha e reflexão sobre o projeto TEIP, mais de 50% refere a intervenção dos

técnicos existentes (Mediadores Sociais e Animadores sócio-culturais). A (re)elaboração do

Projeto Educativo que agora se fará, terá de ter presente os resultados obtidos mas também

os percursos efetuados e as condições a que podemos aceder. As equipas multidisciplinares,

qualificadas em diferentes áreas das ciências sociais e da educação, contribuíram para que a

missão da escola de educar, ajudar as crianças e jovens a ascender nos seus percursos de vida

seja efetivamente bem sucedida. E, neste sentido, apoiaram a ação dos professores que,

empenhadamente, têm como meta melhorar as aprendizagens e a formação dos alunos do

Agrupamento e contribuir para a melhoria das condições de vida da comunidade educativa.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.