Upload
nguyencong
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Relatório TEIP - 2010/2011
Relatório TEIP - 2010/2012
1
Relatório TEIP - 2010/2011
Índice
Introdução ……………………………………………………………………………………………………………… 2
I Parte: Resultados …………………………………………………………………………………………………… 3
1- Insucesso, abandono e absentismo ……………………………………………………………………… 3
2- Avaliação interna ………………………………………………………………………………………………… 5
3- Avaliação externa ………………………………………………………………………………………………… 6
4- Indisciplina …………………………………………………………………………………………………………… 9
5- Metas …………………………………………………………………………………………………………………… 10
5.1- Taxa por repetência por ano de escolaridade …………………………………………………... 10
5.2- Resultados nas provas de aferição e exames nacionais……………………………………… 10
5.3- Taxa de abandono por ciclo ……………………………………………………………………………… 11
5.4 – Taxa de absentismo por ciclo ………………………………………………………………………….. 11
5.5- Indisciplina ……………………………………………………………………………………………………….. 11
II Parte: Descrição de atividades em quatro eixos de ação……………………………………. 12
1- Ações/atividades de apoio à melhoria das aprendizagens …………………………………… 12
1 .1- Atividade S2 - Turmas G Mais …………………………………………………………………………. 12
1.2 – Atividade Q1 - Criação de Cefs ……………………………………………………………………….. 14
1.3 – Atividade S21 – A Par ... Eu Leio – Oficina de leitura ..…………………………………….. 23
1.4 – Atividade S1 – Assessorias Pedagógica -A Par... Eu aprendo ………………………… 25
2- Atividades de regulação do clima escolar e gestão de percursos escolares dos alunos
(prevenção do abandono, insucesso ou disciplina) …………………………………………………… 46
2.1 – Atividade S4 - Ação Tutorial - A Par ... Eu Passo ……………………………………………… 46
2.2 – Atividade P3 - Acamp'Arte - Projeto Diversidade e Inclusão …………………………. 49
2.3 – Atividade S16 – GPS – Gabinete de Promoção de Sucesso …………………………….. 54
2 .4 – Atividade Cid 5 - Bota Alegria – Animação Sócio cultural de Recreios ……………… 57
3- Atividades no domínio da gestão e organização do agrupamento ………………………. 60
3.1- Atividade P9 – REFRESH – Conferências, Seminários e Workshops ………………….. 60
3.2 - Atividade MAIS AV …………………………………………………………………………………………. 61
4- Ações/Atividades de relação escola – famílias - comunidade e parcerias educativas…63 4.1- Atividade CID 7 - Caminhada Entre Paredes……………………………………………………….. 63
4.2 – Atividade P8 - RAP -Rede de Apoio a Pais- ……………………………………………………….. 66
III Parte: Reflexão ……………………………………………………………………………………………………… 68
1- Balanço global ……………………………………………………………………………………………….. 68
2- Comentários …………………………………………………………………………………………………. 70
Relatório TEIP - 2010/2012
2
Introdução
O relatório referente ao desenvolvimento do Projeto Educativo Trepar Paredes,
apoiado e acompanhado pelo programa TEIP II, no ano letivo 2010/2011, foi introduzido na
plataforma criada pela DGIDC, em julho de 2011, pela equipa TEIP do agrupamento.
Considerou-se adequado reunir os dados introduzidos na plataforma e elaborar o
presente relatório para conhecimento de toda a comunidade educativa. Desse modo, o
relatório está dividido em três partes, com base na estrutura da plataforma:
I parte - resultados relativos ao insucesso, abandono e absentismo, avaliação interna,
avaliação externa, indisciplina e metas;
II parte - descrição de doze atividades agrupadas em quatro eixos de ação,
selecionadas e descritas com base no guião apresentado pela DGIDC. Para as ações que não
alcançaram as metas foram apresentados planos de melhoria;
III parte - reflexão sobre o desenvolvimento do projeto, neste ano letivo.
Com a partilha deste relatório pretende-se garantir a apropriação, por parte de toda a
comunidade, de uma cultura de autoavaliação e de corresponsabilização em processos que
conduzam a uma contínua melhoria.
A equipa TEIP:
Olinda Pinto
Fátima Sousa
João Júlio
Teresa Marques
Lurdes Babo
Relatório TEIP - 2010/2012
3
I Parte: Resultados
1- INSSUCESSO ABANDONO E INDISCIPLINA
1º CICLO
2º CICLO
Relatório TEIP - 2010/2012
4
3º CICLO
CEF
Relatório TEIP - 2010/2012
5
2 – AVALIAÇÃO INTERNA
Relatório TEIP - 2010/2012
6
3 – AVALIAÇÃO EXTERNA
Relatório TEIP - 2010/2012
7
Relatório TEIP - 2010/2012
8
Relatório TEIP - 2010/2012
9
4 – INDISCIPLINA
Relatório TEIP - 2010/2012
10
5 – METAS
5.1- Taxa por repetência por ano de escolaridade
5.2- Resultados nas provas de aferição e exames nacionais
Relatório TEIP - 2010/2012
11
5.3- Taxa de abandono por ciclo
5.4 – Taxa de absentismo por ciclo
5.5- Indisciplina
Relatório TEIP - 2010/2012
12
II Parte: Descrição de atividades em quatro eixos de ação
1- AÇÕES/ATIVIDADES DE APOIO À MELHORIA DAS APRENDIZAGENS
1.1- Atividade S 2 - Turmas G Mais
PROCESSOS
As turmas, que intitulámos turmas G Mais (Geração Mais) destinaram-se a um grupo
restrito de alunos dos 5.º, 6º e 7.º anos de escolaridade e tiveram como objetivo primordial
vivenciar situações de uma gestão curricular diferenciada em função do perfil dos alunos,
capazes de promover a melhoria do sucesso escolar e a qualidade do sucesso de alunos em
risco. Essas turmas foram formadas por alunos com elevados níveis de absentismo e risco
de abandono escolar e com insucesso escolar repetido determinado por diversos fatores
(níveis de competência desfasados para o ano de escolaridade frequentado, ritmos de
aprendizagem lentos, elevado défice de motivação, baixa autoestima, dificuldades de
integração, alheamento progressivo em relação à escola e ao processo de escolarização,
pertença a estruturas familiares pouco estabilizadoras e com forte desvalorização do meio
escolar).
Destacamos as estratégias seguidas:
- Implementação de plano curricular específico: introdução de novas áreas (TIC –
Tecnologia de Informação e Comunicação; OAC – Oficina de Ambiente e Cidadania; ED –
Expressão Dramática; AOV – Área de Orientação Vocacional);
- Construção de projetos curriculares de turma (PCT) numa perspetiva interdisciplinar e
integrada do currículo.
- Realização de reuniões quinzenais das equipas pedagógicas para proceder à planificação
e/ou à avaliação do processo de ensino-aprendizagem.
- Implementação da parceria pedagógica, em quase todas as áreas curriculares, garantindo
a diferenciação pedagógica e a aplicação de novas metodologias.
- Implementação de plano de intervenção, com a colaboração do Mediador Social, para
alunos e famílias, na área da Formação Pessoal e Social;
- Desenvolvimento do PEP- CJ (Programa de experiências Positivas – Crianças e Jovens);
- Mediação de conflitos como uma prática instituída, na intenção de promover o “aprender
a ser e aprender a viver juntos”.
- Atenção constante à articulação dos vários intervenientes (nomeadamente professores,
técnicos e encarregados de educação).
- Estabelecimento de parcerias com instituições, tais como a RSI e a CPCJ, na procura de
respostas, destacando-se a atuação do Mediador do Município (de etnia cigana).
Relatório TEIP - 2010/2012
13
RESULTADOS
Os alunos integrados nas turmas G Mais revelaram um aumento da assiduidade em
relação aos anos letivos anteriores e, de uma forma global, manifestaram o desejo e
vontade de prosseguir estudos, nomeadamente através da inscrição em turmas CEF ou
em anos de escolaridade subsequentes.
A implementação de novas áreas curriculares e programas específicos estimulou o
desenvolvimento pessoal e social dos alunos. Destacam-se a Expressão Dramática e o
Programa Experiências Positivas – Crianças e Jovens, desenvolvidos semanalmente com os
alunos como efetivas fontes potenciadoras do desenvolvimento de competências.
A presença dos pais na escola, em contactos regulares e em adesão às iniciativas, cresceu
ao longo do ano letivo, através das dinâmicas implementadas, com a colaboração dos
técnicos (Mediador Social e Animadora Sócio-cultural).
A articulação sistemática entre diferentes intervenientes (professores e técnicos)
contribuiu para a construção de respostas educativas adequadas e teve resultados
positivos nas aprendizagens, melhorando o sucesso escolar e a qualidade do sucesso
(objectivoTP1) e contribuindo para a prevenção do abandono e da indisciplina
(objectivoTP2).
Quadro I - Resultados escolares de alunos de turmas GMais (2010/2011)
Turmas Nº de
alunos
Transição/
Aprovação
Retenção/
Não
Aprovação
Transferidos Abandonos
5ºA 16 16 0 0 0
6ºA 14 12 1 0 1
7ºA 12 12 0 0 0
Relatório TEIP - 2010/2012
14
1.2- Atividade Q1 – Criação de CEF’s
PROCESSOS
A criação dos CEF teve como objetivo prevenir os diferentes tipos de abandono
escolar, nomeadamente o desqualificado (alunos que atingem o limite da escolaridade sem
qualquer qualificação). Neste sentido e de acordo com as necessidades do meio e o
interesse dos alunos foram criadas neste ano letivo três novas turmas Tipo II (Andares,
Bombeiros e Cozinha). Deu-se continuidade às turmas CEF Tipo II de Cozinha e Florista.
Os cursos de educação e formação para jovens apresentam uma estrutura curricular,
acentuadamente profissionalizante, que integra quatro componentes de formação,
nomeadamente, sociocultural, científica, tecnológica e prática em contexto de trabalho,
compreendendo, ainda, uma prova de avaliação final, a PAF.
As equipas pedagógicas são constituídas por professores do quadro da escola já com
larga experiência, e por formadores externos, com um elevado grau de identificação com o
projeto educativo.
Há um constante acompanhamento dos alunos dos CEF por parte da Diretora, das
equipas pedagógicas, dos Serviços de Psicologia e Orientação, dos mediadores sociais e
animadores socioculturais.
Destacam-se como estratégias:
▪ Realização de reuniões periódicas com os encarregados de educação;
▪ Acompanhamento de alunos e famílias por parte dos mediadores sociais e serviços
de psicologia;
▪ Desenvolvimento de atividades interdisciplinares e participação em projetos;
▪ Trabalho cooperativo na realização de tarefas de pesquisa, sob a forma de trabalho
de grupo ou trabalho de pares;
▪ Realização de visitas de estudo a entidades formadoras, a feiras e exposições que
permitem a observação de aspetos da área técnica e a aquisição de competências de
natureza sociocultural, científica e inter-relacional.
Relatório TEIP - 2010/2012
15
RESULTADOS
APROVEITAMENTO
Componente Sociocultural C
om
po
nen
te S
oci
ocu
ltu
ral C
urs
os
CEF
DISCIPLINAS Nivel 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
Língua Port 0 5 52 24 2
Percentagem 0,00 6,02 62,65 28,92 2,41
Inglês 0 1 68 12 2
Percentagem 0,00 1,20 81,93 14,46 2,41
Educação Física 0 0 22 47 14
Percentagem 0,00 0,00 26,51 56,63 16,87
CMA 0 4 58 19 2
Percentagem 0,00 4,82 69,88 22,89 2,41
HSST 0 0 16 27 4
Percentagem 0,00 0,00 34,04 57,45 8,51
TIC 0 7 51 22 3
Percentagem 0,00 8,43 61,45 26,51 3,61
Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente sociocultural,
verificamos que o aproveitamento global é superior a 96,59%, números claramente positivos.
No que se refere a cada disciplina em particular, todos as cursos tiveram aproveitamentos
superiores a 80%, sendo que em alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser
observado através da análise dos gráficos anteriores.
Componente Científica
o
mp
on
ente
Cie
ntí
fica
Cu
rso
s C
EF DISCIPLINAS Nivel 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
Matemática 0 5 55 20 3
Percentagem 0,00 6,02 66,27 24,10 3,61
Ciências Naturais 0 1 11 21 0
Percentagem 0,00 3,03 33,33 63,64 0,00
Física e Química 0 0 9 7 0
Percentagem 0,00 0,00 56,25 43,75 0,00
Artes Visuais 0 0 8 11 2
Percentagem 0,00 0,00 38,10 52,38 9,52
Relatório TEIP - 2010/2012
16
Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente científica,
verificamos que o aproveitamento global é superior a 97%. No que se refere a cada disciplina
em particular, todos as cursos tiveram aproveitamentos superiores a 70%, sendo que em
alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser observado através da análise dos
gráficos anteriores.
Componente Tecnológica
Co
mp
on
ente
Tec
no
lógi
ca
DISCIPLINAS
Nivel
1
Nível
2
Nível
3
Nível
4
Nível
5
Decoração 0 0 13 18 3
Percentagem 0,00 0,00 38,24 52,94 8,82
Serviço Andares 0 0 5 6 2
Percentagem 0,00 0,00 38,46 46,15 15,38
Serviço Apoio Alojamento 0 0 5 8 0
Percentagem 0,00 0,00 38,46 61,54 0,00
Serviço Roupa e Lavandaria 0 0 5 8 0
Percentagem 0,00 0,00 38,46 61,54 0,00
Técnicas Extinção de Incêndios 0 1 6 9 0
Percentagem 0,00 6,25 37,50 56,25 0,00
Tecnologias de Base 0 1 11 4 0
Percentagem 0,00 6,25 68,75 25,00 0,00
Confeção Ementas Trad. Port. 0 7 21 2 3
Percentagem 0,00 21,21 63,64 6,06 9,09
Confeção Ementas Internacionais 0 5 23 2 3
Percentagem 0,00 15,15 69,70 6,06 9,09
Org. Ser. Coz. Confeção Ementas
Rest. 0 7 21 2 3
Percentagem 0,00 21,21 63,64 6,06 9,09
Arranjos e Adornos Florais para
Cerimónias 0 0 7 13 1
Percentagem 0,00 0,00 33,33 61,90 4,76
Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente tecnológica,
verificamos que o aproveitamento global é de 93%, números claramente positivos. No que se
refere a cada disciplina em particular, todos as cursos tiveram aproveitamentos superiores a
60%, sendo que em alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser observado
através da análise dos gráficos anteriores.
Relatório TEIP - 2010/2012
17
Componente Geral
Componente
Geral Cursos
CEF
DISCIPLINAS
Nivel
1
Nível
2
Nível
3
Nível
4
Nível
5
Área Vocabular
Inglês 0 0 28 2 1
Percentagem 0,00 0,00 90,32 6,45 3,23
Área Vocabular
Francês 0 6 35 4 1
Percentagem 0,00 13,04 76,09 8,70 2,17
Ao analisarmos o aproveitamento dos formandos às disciplinas da componente geral,
verificamos que o aproveitamento global é superior a 93%. No que se refere a cada disciplina
em particular, todos os cursos tiveram aproveitamentos superiores a 70%, sendo que em
alguns casos o aproveitamento foi de 100%, como pode ser observado através da análise dos
gráficos anteriores.
Atividades fora do âmbito letivo
3 – Promover a transição de alguns alunos para a vida ativa;
4 – Combater a desvalorização da cultura escolar;
5 - Promover uma cidadania participativa e democrática.
Todas as atividades desenvolvidas com os formandos fora do âmbito letivo têm como
objetivos gerais o enriquecimento dos discentes a nível profissional, académico e pessoal.
O contacto com aspetos que farão parte da vida profissional de cada curso é uma
preocupação na hora de propor as atividades, visando no futuro uma mais eficaz e menos
conturbada entrada no mercado de trabalho e na vida ativa.
Por outro lado, estas atividades contribuem para cativar e motivar os alunos para a
aprendizagem, uma vez que são realizadas fora da sala de aula, espaço que representa uma
certa clausura para muitos deles, o que contribui para a valorização e o interesse pela cultura
escolar.
Na tabela que se segue estão explicitadas as atividades mais relevantes realizadas pelos
cursos CEF da escola ao longo do ano letivo, bem como os principais objetivos de cada uma
delas.
Relatório TEIP - 2010/2012
18
Data Intervenientes Atividades Objetivos
17/09/2010 CEF Cozinha 2 Visita à “Essência do Gourmet”, no Palácio da Bolsa no Porto
- Contactar com Chefes de Cozinha de renome através de workshops.
1/10/2010
CEF Bombeiro CEF Andares
“O Corpo Humano como nuca o viu”, na Alfândega do Porto
- Conhecer mais aprofundadamente o corpo humano a fim de melhorar os conhecimentos na área tecnológica do curso.
08/10/2010 CEF Andares CEF Cozinha 1
Grande @ -festa e concurso de criatividade para escolas, Lisboa, Pavilhão Atlântico
- Estimular o interesse pela leitura; - Desenvolver as relações interpessoais; Sensibilizar os alunos para a importância dos Direitos de Autor
20/10/2010 CEF Florista
Visita ao Palácio dos Duques, em Guimarães, e aos Jardins de Ponte de Lima
- Aprofundar conhecimentos acerca de artes florais.
20/10/2010 CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2
Feira da Gastronomia de Santarém
-Tomar conhecimento das exigências em contexto de trabalho na área de restauração. - Desenvolver capacidades de observação e de organização do trabalho. -Facilitar a consolidação de competências ao nível de gestão, de atitudes e comportamentos.
16,17/11/2010 CEF Cozinha 2
Congresso Nacional dos Profissionais de Cozinha, no Porto Palácio, Congress Hotel & Spa
- Tomar conhecimento do mundo das profissões e da qualificação. - Descobrir a importância da qualificação na construção de uma carreira profissional. - Apreciar a atividade de vários profissionais.
19 /11/ 2010 CEF Cozinha 1 Visita à Casa do Gaiato, Paço de Sousa
-Facilitar a consolidação de competências ao nível de gestão de atitudes, de comportamentos.
Relatório TEIP - 2010/2012
19
-Participar em atividades interpessoais e de grupo, respeitando regras e critérios de convivência em diversos contextos.
9/12/2010 CEF Cozinha 2 Visita à “Euroskills”, em Lisboa
- Contactar de perto com o mundo do trabalho e instrumentos de oferta e procura.
2, 3, 4, e 5/01/2011
CEF Cozinha 2 Visita de Estudo a Madrid - Visita à Feira Internacional de Turismo
14/02/2011 CEF Florista Comemoração do Dia dos Namorados, na escola.
- Pôr em prática os conhecimentos adquiridos através da elaboração de elementos decorativos.
28/ 02/2011 CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2
“I Fórum Gastronómico da Escola Profissional de Esposende”
-Tomar conhecimento do mundo das profissões e da qualificação. -Descobrir a importância da qualificação na construção de uma carreira profissional. - Apreciar a atividade de vários profissionais.
17/03/2011
CEF Bombeiro CEF Cozinha 2 CEF Cozinha 1 CEF Florista CEF Andares
Visita à “Segurex” e á “Futurália”
- Conhecer as últimas tecnologias ao nível da segurança. - Contactar de perto com o mundo da oferta e procura de emprego.
24/03/2011 Maio/2011
CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2
Visita de estudo ao Regimento de Artilharia nº 5.
- Contribuir para a formação integral do aluno. - Facilitar a consolidação de competências ao nível de gestão, de atitudes e comportamentos., - Participar em atividades interpessoais e de grupo, respeitando regras e critérios de convivência em diversos contextos.
Relatório TEIP - 2010/2012
20
31/03/2011
CEF Bombeiro CEF Cozinha 1 CEF Andares CEF Florista CEF Cozinha 2
Visita à “Qualifica”, na Exponor, no Porto
- Contactar de perto com o mundo da oferta e procura de emprego.
5,6, e 7/05/2011
CEF Bombeiro CEF Cozinha 2 CEF Florista CEF Cozinha 1 CEF Andares
“Invista”, no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, para promoção da oferta educativa da escola
- Promoção dos cursos CEF disponibilizados pela escola.
13/05/2011 CEF Cozinha 1 CEF Cozinha 2 CEF Andares
Cerimónia de assinatura do acordo entre a Living PlanIT SA e a Cisco Systems Inc., no âmbito do PlanIT Valley, na Quinta de Alvre, em Aguiar de Sousa, Paredes
- Pôr em prática os conhecimentos adquiridos ao nível da -formação tecnológica
20/05/2011
CEF Cozinha 2 CEF Cozinha 1 CEF Florista CEF Andares
Jantar de Finalistas
- Pôr em prática os conhecimentos adquiridos ao nível da formação tecnológica.
24/05/2011 CEF Cozinha 2 CEF Florista
Visita aos locais de estágio dos alunos.
- Conhecer os espaços ode irá decorrer a Formação Prática em Contexto de Trabalho.
2º e 3º períodos
CEF Bombeiro Saídas Pré-hospitalares
- Promover o contacto com a futura atividade profissional e fomentar a responsabilidade.
Para além destas atividades, os cursos CEF participaram em todas as atividades dirigidas à
comunidade escolar. Este é um aspeto importante, visto que os formandos destes cursos são
muitas vezes vistos com desconfiança por parte dos alunos do regime regular. Nestas
atividades foi promovido o contacto entre todos os alunos, com vista a melhorar as relações
que mantêm entre si, promovendo os valores de cidadania e democracia que devem
caracterizar a vida escolar
Relatório TEIP - 2010/2012
21
Pontos fracos
A inscrição dos alunos para estes cursos nem sempre é feita tendo em conta o seu perfil
para o curso a frequentar, algumas vezes funciona como a única resposta possível.
Os alunos inseridos em turmas CEF têm frequentemente um percurso - escolar, familiar e
social - muito sinuoso, o que compromete o seu envolvimento no próprio processo de
ensino aprendizagem. Frequentam a escola porque a isso são obrigados, mas não se
reveem nela e a sua postura reflete isso, são alunos desmotivados, com dificuldade em
cumprir regras e muito resistentes às tarefas académicas.
O facto de as turmas CEF nem sempre terem uma sala base potencia situações de
incumprimento tanto em relação à pontualidade, como à gestão dos materiais, com
evidentes reflexos na qualidade das aprendizagens.
O elevado número de alunos por turma turma.
Os programas disciplinares são, desajustados à realidade destas turmas e propõem
abordagens para as quais muitos dos alunos não estão ainda preparados.
O recurso pouco frequente a metodologias de trabalho interdisciplinar, contribui para
manter, algumas vezes, um ensino compartimentado.
Pontos fortes
Aposta numa formação profissionalizante, com possibilidade de Formação em Contexto
de Trabalho.
Contratação de técnicos experientes e perfeitamente identificados com o Projeto
Educativo “Trepar Paredes”.
A oportunidade de os alunos, ao longo do curso, participarem em atividades que lhes
permitem reforçar as competências e os conhecimentos adquiridos, nas diferentes
componentes.
Possibilidade e perspetiva de inserção profissional e social.
Prosseguimento de estudo de um número assinalável de alunos.
O trabalho desenvolvido pelas equipas pedagógigas e a articulação com os serviços de
mediação social, SPO, EPIS e animação sociocultural, possibilita uma intervenção imediata
junto dos alunos, sempre que se identificam situações problemáticas.
Reforço da autoestima em grupos de alunos com descrença na Escola.
OPORTUNIDADES DE MELHORIA E SUGESTÕES
Reformulação do processo de encaminhamento e seleção dos alunos que pretendem
frequentar estes cursos.
Diminuição do número de alunos por turma.
Relatório TEIP - 2010/2012
22
Atribuição de uma sala própria a cada turma CEF.
Diversificação das metodologias/estratégias (ex. recurso mais frequente a atividades
interdisciplinares e de trabalho de projeto…)
Avaliação global dos Cursos (de 1 a 5) - 4
Podemos concluir que os CEF contribuem para uma maior valorização da escola, não só
por parte dos alunos, mas das próprias famílias.
A experiência dos últimos anos mostra que os alunos passaram a valorizar a escola, ou seja
as suas representações face à escola alteraram-se profundamente, assim como os seus
projetos escolares e profissionais.
Uma parte dos alunos que termina este ano a escolaridade obrigatória, pensa matricular-
se em cursos profissionais e, num caso, seguir para a escola de Hotelaria. Outros pretendem
desempenhar funções profissionais que só conseguirão por terem frequentado o respetivo
Curso de Educação e Formação. A passagem pelo CEF contribuiu efetivamente para a sua
inserção escolar e profissional.
Em suma, os alunos do CEF, muitos dos quais que viveram situações de insucesso e
abandono escolar, concluíram com sucesso a escolaridade obrigatória e têm aspirações
escolares e profissionais que antes não tinham. As suas representações em relação à escola
mudaram e reconhecem que o curso foi uma oportunidade de reconciliação com a escola.
Também os familiares destes alunos começaram a olhar a escola de uma forma
diferente, a dar-lhe mais importância, a ter outras aspirações em relação aos filhos e a
acreditar que o CEF, além de possibilitar a conclusão do nono ano, pode ser a porta de
entrada no mundo do trabalho, uma saída para o futuro. Há mesmo alguns casos em que os
filhos mais novos são inscritos em CEF para seguirem o percurso escolar dos irmãos.
Relatório TEIP - 2010/2012
23
1.3 Atividade S21 – A Par… Eu Leio - Oficina de leitura
PROCESSOS
O projeto Oficina da Leitura, destinado aos alunos do 2º ciclo, funcionou ao longo dos
2º e 3º períodos, nas aulas de EA, com a duração de 45 minutos. Envolveu 11 turmas de
5º. Ano e 12 turmas de 6º. ano, sendo monitorizados 168 leitores emergentes e médios,
sob a orientação do respetivo professor de LP e EA (14 professores). Pretendeu-se
desenvolver nos alunos atitudes favoráveis em relação à leitura com vista à melhoria das
aprendizagens. Nesse espaço, os alunos leram livros integrais ou excertos selecionados de
acordo com os temas e projetos do Plano de Atividades e em articulação com os programas
das outras áreas curriculares. As leituras selecionadas, que faziam parte do acervo da BE,
tiveram ainda em conta os diferentes níveis de competências linguísticas dos alunos, tendo
sido concebidas atividades a realizar pelos alunos, de forma colaborativa e individual.
RESULTADOS
Os alunos mostraram, regra geral:
Uma interação muito positiva entre eles, o espaço “ Biblioteca” e os livros.
Maior contacto com uma grande diversidade de livros de ficção e não ficção, como
evidencia o aumento de movimento de livros para a sala de aula.
Motivação para a leitura autónoma, como evidencia o número de requisições para
leitura domiciliária.
Aumento da interação dos alunos nas atividades de partilha de leituras na turma e
participação nas atividades do Plano de Atividades, como aconteceu no envolvimento dos
alunos nas atividades da Semana da Leitura.
Desenvolvimento de competências no domínio da língua materna, dado o seu caráter
transversal.
Um maior empenho na organização dos trabalhos sobre as obras que leram. Alguns
alunos aderiam com entusiasmo à leitura da obra integral, mas outros só liam quando
eram instados a fazê-lo.
Relatório TEIP - 2010/2012
24
JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO
A implementação tardia da Oficina na área de EA implicou alterações na orientação
prevista para a área de EA, nem sempre permitindo cumprir e conciliar os objetivos
traçados.
Deficientes competências de leitura para construção de conhecimento autonomamente.
Falta de competências na utilização das TIC com o objetivo de trabalhos de pesquisa
PLANO DE MELHORIA
Alargar a Oficina de Leitura ao 1º ciclo para o desenvolvimento de competência de
pesquisa de informação em vários suportes.
Desenvolvimento de competências leitoras na utilização das TIC com objetivos de
estudo.
Promover a interdisciplinaridade, a partir de leituras integradas em projetos (PAA e PCT).
Rentabilização por parte dos professores dos recursos da BE com o objetivo de formar
leitores para a vida.
Fazer partilhas interturmas (Fóruns de leitores…).
Realizar mais atividades de pesquisa na BE.
Incluir no programa da área de Estudo Acompanhado, lecionada pelo professor
curricular de Língua Portuguesa da turma, 45 minutos semanais para a Oficina de Leitura.
Relatório TEIP - 2010/2012
25
1.4- Atividade S1 - Assessorias pedagógicas - A par…Eu aprendo
PROCESSOS (METODOLOGIAS, TIPOS DE ARTICULAÇÃO, …)
1º ciclo
No 1º ciclo foram colocados três professores de assessoria pedagógica temporária, que
exerceram funções na EB/JI de Paredes e na EB/JI de Mouriz. Foram criadas orientações para
a implementação desta medida de apoio à melhoria das aprendizagens nas áreas de
matemática e língua portuguesa, destacando-se a elaboração do plano de intervenção/aluno,
o relatório de acompanhamento/progresso individual do aluno e o relatório de reflexão
crítica/turma. Os planos de intervenção definidos para cada aluno foram sistematicamente
avaliados e reajustados, em função dos progressos realizados. Em reuniões regulares, ao
longo do ano, os professores titulares, os professores de Assessoria pedagógica e os
coordenadores das escolas EB1/JI de Paredes e EB1/JI de Mouriz procuraram conhecer as
dificuldades dos alunos e (re)organizar a assessoria pedagógica temporária, face ao
diagnóstico das situações existentes em cada estabelecimento de ensino.
EB/JI de Paredes:
Na EB/JI de Paredes usufruiram de plano de intervenção, ao longo de todo o ano, alunos
das turmas PC3A e PC4A.
A seleção destas turmas teve em atenção alguns critérios de especificidade, tais como:
existência de alunos de dois niveis de escolaridade na mesma turma;
alunos com problemas graves (já observados pelo SPO);
as turmas possuirem, na sua composição, alunos de etnia cigana, alunos NEE e alunos
com retenção;
turmas nas quais os alunos evidenciaram dificuldades de aprendizagem nas avaliações
diagnósticas;
de acordo com informações dos professores constantes nos seus PCT´s.
A turma PC3A é composta por 24 alunos de dois anos de escolaridade: nove alunos do
1º ano e quinze alunos do 3º ano. Para além de já incluir alunos de etnia cigana e outros com
dificuldades de aprendizagem, foram ainda incluídos alunos transferidos para esta escola com
problemas graves, os quais foram observados e acompanhados pelo SPO.
A turma PC4A é composta por 24 alunos de dois anos de escolaridade: um do 3º ano e
vinte e três do 4º ano. A turma inclui duas alunas de etnia cigana, dois alunos com NEE e
quatro alunos com uma retenção. Para além disto, nove alunos evidenciaram dificuldades de
aprendizagem nas avaliações de diagnóstico.
Relatório TEIP - 2010/2012
26
Os professores trabalharam em par pedagógico, apostando nas áreas de língua
portuguesa e matemática, assumindo cada professor um trabalho direto com cada grupo ou
ainda cooperando em atividades de compreensão de novos conteúdos e/ou na
implementação de novas metodologias (trabalho de projeto; lista de verificação de
competências; contratos de trabalho; …).
Na turma PC3A regista-se como metodologia o apoio individualizado e diferenciado
para um grupo específico de alunos numa perspetiva de parceria pedagógica, atendendo aos
diferentes níveis existentes na turma. Na turma PC4A investiu-se na coadjuvação pedagógica
beneficiando a mesma na sua totalidade, embora prestando uma atenção mais especial ao
grupo de alunos com mais dificuldades.
EB1/JI de Mouriz
Na EB1/JI de Mouriz foram traçadas dinâmicas diferentes, tendo sido implementados
planos de intervenção para alunos de todos os anos de escolaridade ao longo do ano letivo,
tentando desta forma que a assessoria conseguisse chegar a todos os alunos com
dificuldades, de forma equitativa, mesmo que tal facto não permitisse uma superação total
das dificuldades.
Assim, no 1º período foram alvo de intervenção as turmas de 3º e 4º anos. Em reunião
de escola, dada a evolução de alguns alunos dessas turmas e a existência de alunos com
dificuldades noutras três turmas do 2º ano, decidiu-se que seriam definidos planos de
intervenção. Assim sendo, no 2º período essas turmas foram contempladas pela assessoria
pedagógica temporária. Tendo presente que a dinâmica da assessoria se pauta pelo facto de
ser temporária e dever garantir a equidade e a igualdade de oportunidades, os alunos do 3º
ano deixaram de beneficiar de assessoria, uma vez que a avaliação dos seus planos de
intervenção permitiu identificar evoluções. No 3º período decorreram, de novo, algumas
alterações no grupo de alunos que usufruiram de intervenção tendo sido também
assessoradas as duas turmas do 1º ano.
Quanto às estratégias, nas turmas da EB1/JI de Mouriz, deu-se maior enfoque a:
apoio individualizado;
organização de estratégias que atenderam às caraterísticas e modos de aprendizagem
dos alunos, focando a intervenção em grupos específicos;
coadjuvação pedagógica beneficiando a turma na sua totalidade, embora prestando
uma atenção mais especial ao grupo de alunos com mais dificuldades.
Num balanço avaliativo realizado no final do 3º período, o gráfico seguinte dá conta da
articulação do trabalho (planificação, metodologias, avaliação) entre os professores
(professores titulares de turma) e os professores de assessoria pedagógica temporária) no 1º
ciclo.
Relatório TEIP - 2010/2012
27
Por outro lado, esse balanço avaliativo refere que a assessoria pedagógica temporária
tem contribuído para a implementação de novas práticas organizacionais e pedagógicas, que
são destacadas no gráfico seguinte:
O trabalho realizado tem contribuido para:
1
4
6
5
6
3
2
1
0 2 4 6 8
Dar resposta de forma mais rápida, eficaz,
personalizada às necessidades imediatas dos
alunos
Implementar metodologias lúdico-pedagógicas
mais activas, diversif icadas e mais motivadoras
Melhorar a organização e gestão da aula
Aumentar a construção e preparação de
materiais
Nada
Pouco
Nem muito nem pouco
Bastante
Muito
Constatou-se, após realização de inquéritos de auscultação, que a assessoria permitiu:
Melhorar as dinâmicas na sala de aula;
Melhorar o comportamento, atitudes e postura na sala de aula e fora dela;
Melhorar o controle das atividades realizadas e a organização do caderno diário;
Aumentar a responsabilização dos alunos pelo seu percurso de ensino/aprendizagem;
Criar mecanismos de diferenciação pedagógica, através de um trabalho
individualizado;
Impulsionar a interação entre professor/professor e professores/alunos;
Trabalhar para o sucesso educativo dos discentes.
Relatório TEIP - 2010/2012
28
2º / 3º ciclos e CEF
Os alunos que beneficiaram, no ano letivo 2010/2011, do plano de intervenção
assessorias pedagógicas, a língua portuguesa, a língua inglesa e matemática, foram
selecionados com base nos planos de recuperação e de acompanhamento e medidas
educativas especiais. Os alunos que no ano transato usufruíram de apoio pedagógico
acrescido e aqueles cujos resultados obtidos na avaliação diagnóstica de competências
realizada no início do ano letivo não foi satisfatória, foram igualmente propostos para
beneficiarem das medidas supramencionadas. É de salientar que, ao longo do ano, por
indicação dos professores das disciplinas em questão, outros alunos beneficiaram igualmente
desta medida por apresentarem grandes dificuldades nas suas aprendizagens. É importante
referir que ao contrário do ano anterior, no decorrer do presente ano letivo as turmas PCA
não foram contempladas com esta medida, uma vez que às mesmas lhes foram atribuídas
pares pedagógicos às disciplinas referenciadas. Assim sendo, os planos de intervenção foram
canalizados para turmas CEF tipo 2 por se detetarem algumas dificuldades de aprendizagem
sobretudo a língua portuguesa ao nível das competências da compreensão e expressão escrita
e da compreensão e expressão oral.
As atividades de assessoria pedagógica desenvolvidas nas aulas de língua portuguesa,
língua inglesa e matemática caraterizaram-se essencialmente por trabalho/ apoio em
pequenos grupos, apoio individualizado, auxilio a fichas de trabalho e recursos às TIC. Houve
também, a preocupação de trabalhar/preparar os alunos, para as provas de aferição (6ºanos)
e exames (9ºanos), através da resolução / autocorreção e correção (individual e coletiva) de
provas de anos anteriores. Estas atividades foram dinamizadas em contexto de sala de aula,
tendo sempre a preocupação do professor assessor assegurar que os alunos com plano de
intervenção acompanhassem os conteúdos abordados pelo(a) professor(a) titular da
disciplina.
Os professores trabalharam em par pedagógico, assumindo cada professor um trabalho
direto com cada grupo ou ainda cooperando em atividades de compreensão de novos
conteúdos e/ou na implementação de novas metodologias, dos Novos Programas de
Português e Novos Programas da Matemática. Este recurso possibilitou o envolvimento de um
número total de catorze docentes de língua portuguesa / língua inglesa ( grupos 210
/220/300) e de catorze matemática (grupos 230 /500). Saliente-se que a interação entre os
professores foi efetuada com base de um trabalho de planificação conjunta, embora não
tenham sido atribuídas horas conjuntas com esta finalidade. Face a este constrangimento os
professores socorreram-se de estratégias de comunicação interativa, nomeadamente através
de correio eletrónico e reuniões para além das horas letivas. Possibilitou aos docentes
envolvidos (professores titulares de turma e professores assessores) uma partilha de
experiências e saberes para além de um trabalho conjunto e de cooperação na organização e
Relatório TEIP - 2010/2012
29
planificação das aulas. Contribui-se desta forma para uma melhoria das aprendizagens dos
alunos envolvidos. Igualmente houve a preocupação de preparar e organizar material
funcional, ajustável e adequado tendo em conta as dificuldades apresentadas pelos alunos,
bem como os seus interesses.
Nos gráficos que se seguem registam-se as atividades desenvolvidas com os alunos em
contexto de sala de aula:
1 – Áreas de Lingua Portuguesa e Lingua Inglesa
Relatório TEIP - 2010/2012
30
Relatório TEIP - 2010/2012
31
2– Área de Matemática
Relatório TEIP - 2010/2012
32
Relatório TEIP - 2010/2012
33
II – RESULTADOS OBTIDOS
1º CICLO
Num balanço avaliativo realizado no final do 3º período, com base nos relatórios de
reflexão elaborados pelos professores das turmas abrangidas pela assessoria, registam-se os
seguintes pontos fortes:
Motivação dos alunos com mais dificuldades;
Aumento da autoconfiança e da autonomia;
Desenvolvimento das competências da língua portuguesa e matemática;
Utilização de trabalho de pares;
Melhor ambiente dentro da sala de aula;
Acompanhamento individual;
Troca e partilha de saberes entre professores e alunos;
Contato com os mediadores sociais nos casos dos alunos de etnia cigana.
Em relação ao aproveitamento escolar dos alunos alvo de intervenção específica por
parte da assessoria pedagógica temporária, teve-se como ponto de partida os resultados da
avaliação do 1º período, que foram comparados com os resultados do 3º período. Os alunos
revelaram uma melhoria significativa no final do ano letivo. Assim, a maioria dos alunos,
conseguiu atingir as metas propostas e, desta forma, transitar de ano ou ciclo.
E.B.1 / J.I. de Paredes::
Na E.B.1 de Paredes, os alunos alvo de intervenção apresentaram os seguintes
resultados com base na sequinte classificação: Níveis: Fraco – 1; Não satisfaz – 2; Quase
Satisfaz – 3; Satisfaz – 4 ; Satisfaz Bastante -5; Sarisfaz Plenamente - 6
Relatório TEIP - 2010/2012
34
Tal como se pode verificar pelo gráfico, a turma referida obteve bons resultados nas
suas aprendizagens.
Neste gráfico não está contemplada a aluna Tatiana (transferida no 3º período).
Na turma PC4A todos os alunos obtiveram melhorias nas suas aprendizagens, à exceção
do aluno Sérgio José Seabra que não conseguiu colmatar as suas dificuldades, tendo ficado
retido.
Relatório TEIP - 2010/2012
35
EB1/JI de Mouriz
Como referido anteriormente, ao longo deste ano, na EB1/JI de Mouriz, os
alunos/turmas abrangidos pela assessoria foram reajustados, ao longo do ano. Dar-se-á conta
apenas dos resultados dos alunos, na escala supracitada, que tiveram mais tempo de apoio no
âmbito da assessoria pedagógica temporária. Desse modo, relativamente à turma CEM1A,
apenas abrangida no 3º período, não se apresentarão resultados, uma vez que o trabalho
desenvolvido foi orientado para um maior conhecimento das dificuldades e delineamento de
intervenções para o ano letivo seguinte.
No gráfico que se segue podemos observar os resultados dos alunos da turma CEM2A.
Esta turma beneficiou de assessoria no 2º e 3º períodos, havendo alunos que atingiram no
final do 2º período os objetivos terminando o plano de intervenção.
O gráfico da turma CEM2B dá conta das duas alunas que beneficiaram de plano de
intervenção nos 2º e 3º períodos. Ambas as alunas, ao longo do ano, estiveram a desenvolver
competências às duas áreas de aprendizagem a nível de 1º ano. No final do 3º período as
alunas desenvolveram as competências previstas nos seus planos de intervenção. Contudo, no
que diz respeito às competências previstas para o ano em que se encontram matriculadas (2º
ano), as mesmas não foram atingidas, pelo que as alunas não transitaram.
Relatório TEIP - 2010/2012
36
No que diz respeito à turma CEM2C, as alunas Cláudia e Vânia ao longo do ano letivo
estiveram a desenvolver competências do 1º ano. Os outros dois alunos, Daniel e Diana,
acompanhavam a turma, mas com muitas dificuldades. A Diana beneficiou de plano de
intervenção somente a matemática, onde revelou dificuldades. As alunas Cláudia e Vânia não
transitaram de ano, pois não desenvolveram as competências de 2º ano. Contudo,
conseguiram atingir, satisfatoriamente, as competências previstas no seu plano de
intervenção (nível de 1º ano). Os alunos Daniel e Diana atingiram as competências mínimas
propostas e transitam para o terceiro ano.
Relatório TEIP - 2010/2012
37
O gráfico anterior (CEM 3A) permite-nos verificar que beneficiaram de plano de
intervenção três alunos e conseguiram atingir as competências previstas para transitarem de
ano. Há ainda a salientar que os alunos desta turma usufruíram de assessoria somente no 1º
período.
Pela leitura do gráfico verificamos que nesta turma , CEM3B, beneficiou de assessoria
pedagógica apenas uma aluna e durante o 1º período. É uma aluna pouco autónma, muito
infantil e com fraco acompanhamento por parte dos encarregados de educação. A aluna não
atingiu as competências minimas previstas para o terceiro ano, pelo que não transitou.
Relatório TEIP - 2010/2012
38
Através do gráfico podemos verificar que na turma CEM4A usufruíram de assessoria
pedagógica quatro alunos no 1º período. No final do 1º período os alunos, Paulo Nunes e
Gonçalo Brito deixaram de usufruir desta medida. Passaram a beneficiar de assessoria
pedagógica, no segundo período, somente as alunas Tatiana Nunes e Bruna Pacheco e
conseguiram atingir as competências mínimas para transitarem de ciclo.
No gráfico anterior constam os alunos com plano de intervenção da turma CEM4B no 1º
e 2º período. No final do 1º período deixaram esta medida os alunos Jorge Sousa e Marco
Ferreira e continuaram no 2º período os alunos Bruno Ferreira; Joana Reis e Paulo Barbosa à
disciplina de língua portuguesa. Estes alunos atingiram as competências mínimas e
transitaram de ano.
Relatório TEIP - 2010/2012
39
O gráfico indica-nos que na turma CEM4C foram alvo de plano de intervenção, ao longo
do 1º e 2º período, 6 alunos. Estes alunos ao longo do ano revelaram algumas dificuldades em
desenvolver as competências previstas, mas transitaram de ano.
2º /3º ciclos e CEF
Na sua maioria os professores assessores e os professores titulares de turma estão
satisfeitos com os resultados obtidos, pese embora se tenham verificado níveis inferiores a 3,
os alunos tiveram uma evolução e uma melhoria bastante significativa ao nível da postura, do
comportamento, da organização dos cadernos diários e dos portefólios. Os planos de
intervenção foram bastante benéficos para assegurar processos de diferenciação e de apoio
às aprendizagens, melhorar o sucesso e a qualidade do sucesso e como forma de evitar o
abandono escolar precoce.
1 – Áreas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa
Relatório TEIP - 2010/2012
40
Relatório TEIP - 2010/2012
41
2– Área de Matemática
Relatório TEIP - 2010/2012
42
Analisando os resultados, verifica-se que ao longo do ano letivo houve uma diminuição
dos níveis inferiores a 3 dos alunos contemplados com plano de intervenção, a nível do
2º/3ºciclos e CEF, concluindo-se que as intervenções das assessorias pedagógicas
temporárias resultaram num trabalho profícuo, graças à persistência no trabalho, partilha de
ideias e saberes, planificações conjuntas com os professores titulares das disciplinas e
também a motivação, a adesão e empenho por parte dos alunos que desta medida
beneficiaram.
Ressalva-se que dado o caráter temporário desta medida, as discrepâncias existentes
entre a relação de níveis por período deve-se à necessidade da mobilidade dos alunos.
No gráfico seguinte destaca-se a reflexão dos alunos sobre as assessorias pedagógicas
temporárias, baseada nos inquéritos aplicados aos mesmos.
Relatório TEIP - 2010/2012
43
3- JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO
Os resultados apresentados apontam para situações de alunos que não atingiram o
sucesso escolar pretendido. Consideramos que os resultados obtidos nesta atividade não
podem ser descritos apenas com o que apresentámos no ponto 2, pois temos situações de
alunos que, apesar dos resultados, foram recuperados para o processo de ensino-
aprendizagem.
A diversidade de alunos exige diferenciação de respostas. Fizemos um percurso que terá
de ser melhorado, mas que também terá de ser sempre percorrido, pois a existência de
dificuldades no processo de ensino-aprendizagem é uma realidade que terá de merecer
sempre a atenção de todos, numa escola atenta à promoção da equidade e da igualdade de
oportunidades. Por outro lado, cremos ter iniciado práticas colaborativas entre os
professores (professores titulares de turma/área curricular e professores de assessoria
pedagógica ou de apoio educativo) que precisam de ser cuidadas e melhoradas e ainda
práticas reflexivas no âmbito da diferenciação pedagógica que deverão ser aprofundadas, ao
nível das escolas/departamentos.
Relatório TEIP - 2010/2012
44
4- PLANO DE MELHORIA/AÇÕES/PROJETOS A CONSIDERAR NO PLANO ANUAL DE ATIVIDADES DE
2011/2012
O AVEP rege-se pelo princípio da equidade e, nesse sentido, as oportunidades de
aprendizagem para todos são um imperativo a que as medidas de apoio à melhoria das
aprendizagens terão de dar resposta.
A criação das medidas de apoio à aprendizagem terá de possibilitar aos alunos uma
reflexão sobre a construção dos seus próprios processos de aprendizagem, levando-os à
corresponsabilizacão pelo sucesso/insucesso dos seus percursos educativos através de
mecanismos de autoavaliação e ainda do reforço da autoestima, autoconfiança e autonomia.
Por outro lado, teremos de ter presentes dinâmicas que garantam nomeadamente, o
aprofundamento de práticas colaborativas entre os professores envolvidos na preparação,
planificação e avaliação; a articulação entre docentes; a implementação de diferentes
dinâmicas de intervenção na sala de aula; a realização de um apoio individualizado e
motivador para os alunos com mais dificuldades.
Temos consciência que, no seguimento do percurso efetuado com as assessorias
pedagógicas temporárias, poderemos evoluir para um trabalho centrado noutras práticas
inovadoras que serão ainda mais rentáveis para as aprendizagens dos alunos que forem
contemplados. Ao dotar a escola/grupo/turma de mais docentes para trabalhar em parceria,
será imperioso que não se continue a dar aos alunos “mais do mesmo”, mas sim se criem
espaços/atividades criativas e criadoras que lhes permitam obter sucesso educativo e
qualidade na aprendizagem.
Ao nível da gestão da atividade pedagógica, com a finalidade de motivar os alunos para
o sucesso escolar, definimos dois objetivos:
1º Objetivo:
Proporcionar as melhores oportunidades para a construção e a organização social dos
processos de aprendizagem de todos os alunos.
Ações concretas:
1. Atribuição de um professor de assessoria pedagógica temporária/Apoio/tutor
aos alunos com dificuldades de aprendizagem/integração, intervindo
prioritariamente, nos primeiros anos de escolaridade (1º e 2º anos).
2. Contato regular com os mediadores sociais, nos casos de etnia cigana,
garantindo a intervenção com base nas características culturais destes alunos,
como fator de motivação.
3. Implementação dos pares de tutor-aluno/aluno em cada turma
Relatório TEIP - 2010/2012
45
4. Implementação de dinâmicas de aprendizagem colaborativa nas turmas, em que
o sucesso de um aluno contribui para o sucesso da turma.
2º Objecttivo
Garantir oferta diversificada no acompanhamento dos alunos com desempenho escolar
insuficiente, nos diferentes níveis de ensino, com vista a garantir melhores resultados.
Ações concretas:
1. Instituição de mecanismos de apoio individualizado a alunos/grupos de alunos
com baixas de rendimento escolar (planos de intervenção)
2. Organização de Oficinas de Leitura/ Oficinas de Cálculo/Projetos de Apoio
(Projeto SOS), no 1º ciclo a desenvolver pelos professores de assessoria
pedagógica temporária ou professores de apoio, abrangendo o maior número
possível de turmas/alunos .
3. Instituição de mecanismos de apoio individualizado a alunos/grupos de alunos
com possibilidades de desenvolvimento adicional (planos de desenvolvimento)
ao longo do ano letivo
Ainda ao nível da gestão da atividade pedagógica, com a finalidade de apoiar e
entusiasmar os professores, propomo-nos aumentar o trabalho colaborativo entre os
professores.
Como ações concretas identificamos:
1. Criação de espaço semanal para trabalho conjunto das equipas
pedagógicas/grupos de professores de cada escola/CT;
2. Acompanhamento/monitorização dos apoios nas EB1, pelos coordenadores das
escolas;
3. Utilização regular de espaço online (plataforma Moodle) nas diferentes escolas
e/ou departamentos;
4. Publicação/partilha interna sistemática de práticas/dinâmicas das
turmas/escola/departamentos.
Relatório TEIP - 2010/2012
46
2- AÇÕES/ATIVIDADES DE REGULAÇÃO DO CLIMA ESCOLAR E DE GESTÃO
DE PERCURSOS ESCOLARES DOS ALUNOS (prevenção do abandono, insucesso
ou disciplina)
2.1 – Atividade S4 - Ação Tutorial – A Par…Eu Passo
PROCESSOS
Respondendo ao plano de melhoria proposto no ano letivo anterior, foi definido e
implementado um regimento interno que orienta os procedimentos e a atuação da ação
tutorial. Desta forma, esta passou a beneficiar de uma bolsa de professores-tutores que
trabalharam em conjunto com os mediadores sociais na implementação dos planos de
acompanhamento individuais. Também se introduziu o relatório de acompanhamento
tutorial como base de avaliação trimestral do trabalho desenvolvido, bem como reuniões
regulares entre a equipa envolvida na atividade.
A ação tutorial constitui-se como uma resposta de apoio ao conselho de turma como
um dispositivo pedagógico especialmente orientado para estes alunos. Procurou ajudar os
alunos em risco de desorganização escolar e construir o seu próprio projeto de
aprendizagem e a redefinir os seus objetivos de sucesso. Teve como objetivo o
desenvolvimento e a implementação de medidas de apoio de aconselhamento e orientação
no estudo e na realização das tarefas escolares, tais como: organização dos cadernos
diários, gestão do tempo de estudo, planeamento e organização das tarefas, monitorização
comportamental, aplicação de métodos de estudo eficazes, treino de assertividade,
implementação de estratégias de resolução de problemas e conflitos, debate de crenças
disfuncionais relativas à escola, entre outras.
Relatório TEIP - 2010/2012
47
RESULTADOS
A ação tutorial envolveu 29 professores, 4 técnicos e 62 alunos, o que corresponde
a um aumento considerável do número de envolvidos relativamente ao ano letivo
anterior. 86% dos tutorandos transitaram de ano.
Em termos qualitativos, observou-se uma evolução gradual e global nos níveis de
aproveitamento dos alunos, bem como da motivação para o processo ensino-
aprendizagem. Os resultados obtidos nesta atividade devem-se, não só ao grande
envolvimento de toda a comunidade escolar, mas sobretudo ao trabalho de
implementação da ação tutorial em articulação com as famílias.
As tutorias foram avaliadas trimestralmente por alunos, professores e técnicos,
dando conta das atividades desenvolvidas em cada período e demonstrando a eficácia
e as evidências do sucesso deste tipo de intervenção com os alunos.
Tutores: 33 (4 Técnicos)
Homens: 12
Mulheres: 21
Tutorandos: 62 (Não inclui os PCA`S, CEF`S)
2º Ciclo (33)
Rapazes: 20 – 1 aluno não aprovado
Raparigas: 13 – 2 alunas não aprovadas
Relatório TEIP - 2010/2012
48
3º Ciclo (29)
Rapazes: 25 – 6 alunos não aprovados
Raparigas: 4 – 0 não aprovados
Relatório TEIP - 2010/2012
49
2.2.- Atividade P3 - PROJETO DIVERSIDADE E INCLUSÃO - ACAMP’ARTE
PROCESSOS
Neste relatório final importa tornar presente que o projeto Diversidade e Inclusão Acamp’Arte
surgiu, no ano letivo 2008/2009, com o objetivo de encontrar respostas para os diversos
problemas identificados nos alunos de etnia cigana e melhorar o seu sucesso escolar,
nomeadamente através da implementação de novas estratégias educativas nas três escolas por
eles frequentadas (EB/JI Redonda / Madalena, EB1 Paredes e EB 2/3 Paredes).
De uma forma global, podemos destacar na implementação deste projeto:
Estratégias de caráter artístico
Dinamização de atividades ludicodidáticas e de caráter cultural nas escolas de 1º ciclo e nas
atividades de enriquecimento curricular de música, em parceria com a Academia de Música
de Paredes.
Criação do espaço semanal Acamp’Arte, na EB 2/3 de Paredes, tendo como princípio a
definição de ações e de atividades idealizadas e elaboradas pelos próprios alunos de etnia
cigana.
Estratégias de caráter social
Assessoria, pelo mediador social, ao diretor de turma no atendimento a pais e
encarregados de educação.
Assessoria, pelo mediador social, a professores (treino de habilidades de afrontamento em
situações problemáticas ou de crise).
Acompanhamento específico às famílias por parte dos mediadores (municipal e social) e
direções de turma.
Forte articulação interinstitucional na resolução de situações socioeconómicas que
constituem um entrave ao sucesso dos alunos.
Dinamização dos workshops de Saúde, higiene, alimentação e sexualidade para
encarregados de educação e do Programa de higiene “AcampArte” – promovido pelas
animadoras socioculturais em articulação com projeto Previne Paredes.
Estratégias implementadas na sala de aula
Assessorias pedagógicas temporárias/apoios individuais a Língua Portuguesa e Matemática
Oficina de leitura no âmbito da promoção da língua portuguesa.
Programa de tutoria.
Projeto de monitorização do comportamento
Programa de Experiencias Positivas (nos 2º e 3º ciclos)
Relatório TEIP - 2010/2012
50
Formas de Articulação
Realização regular de reuniões entre os coordenadores das Escolas EB/JI Redonda e
EB/JI Paredes, a responsável pelo projeto da EB 2/3 de Paredes e o mediador social
permitiram delinear intervenções específicas ao longo deste ano letivo.
Implementação efetiva de recolha, avaliação e reflexão sistemática de dados, no
âmbito do sucesso escolar e assiduidade, relativamente aos alunos de etnia, bem
como o reajustamento de medidas, sempre que adequado.
Articulação regular e sistemática entre o mediador social e o mediador municipal para
avaliação, reflexão e intervenção nas diversas situações.
Articulação com a rede social local através de contatos telefónicos e/reuniões (CPCJ,
Segurança Social, CMP, CHTS).
Atividades mais significativas
Comemoração do dia internacional Cigano realizado no dia 8 de abril na Casa da Cultura,
em Paredes, que envolveu alunos e professores das três escolas com a apresentação de
diversas atividades (filme sobre o projeto Acamp’Arte “Olhares” e atuações musicais e de
danças tradicionais ciganas apresentadas pelos alunos).
Organização do evento comemorativo da diversidade cultural “Escola Multicolorida” (8
de junho), onde se expôs, em jeito de atividade final, tudo o que se fez ao longo dos 3 anos
do projeto. Contou com a dinamização de atividades artísticas e com a exposição/montra de
produtos, utensílios e tradições pertencentes às várias etnias e nacionalidades presentes no
agrupamento de escolas.
RESULTADOS
Consideramos que todas as dinâmicas anteriormente citadas contribuíram, em primeira
instância, para melhorar significativamente os níveis de absentismo e sucesso escolar dos alunos
visados pelo projeto.
A análise dos resultados permite registar, no final do presente ano letivo:
Aumento da assiduidade;
Significativa melhoria da motivação para o processo de ensino-aprendizagem;
Melhoria progressiva do aproveitamento escolar;
Aumento da autoestima, confiança e autonomia dos alunos;
Conclusão do 3º ciclo dos primeiros alunos de etnia do agrupamento;
Melhoria considerável das relações interpessoais;
Aumento significativo da valorização e participação das famílias na vida escolar;
Fortalecimento do ambiente educativo multicultural das escolas.
3º Período
Aproveitamento no 1º ciclo
Relatório TEIP - 2010/2012
51
EB 1 Paredes
Turmas Nº de Alunos Aproveitamento
1º Ano 2 66,66%
2º Ano 2 58,33 %
3º Ano 3 61,11 %
4º Ano 2 100%
EB 1 Redonda, Madalena
Turmas Nº de Alunos Aproveitamento
1º Ano 1 50%
2º Ano 2 100%
3º Ano 2 91,66%
4º Ano 1 100% - Avaliada de acordo com o PEI
Aproveitamento nos 2º e 3º Ciclos
Nº de Alunos Aproveitamento
CEF Cozinha 1º ano 4 90,38%
CEF Florista 2º Ano 2 100%
Relatório TEIP - 2010/2012
52
CEF Andares 1º Ano 2* * Transferência/acompanhado pela
CPCJ
6º A 2 80,76%
5º A 3 76,92%
5ºL 2 91,66%
Quadro comparativo dos resultados obtidos nos últimos dois anos de funcionamento do
projeto
Aproveitamento 2009/2010 2010/2011
1ºCiclo 81% 81%
2ºCiclo 50% 83%
3ºCiclo + CEF 100% 95%
Aproveitamento (%) obtido pelos alunos abrangidos pelo projeto Acamp’Arte nos últimos
dois anos letivos
Relatório TEIP - 2010/2012
53
É de salientar, que durante este último ano de funcionamento do projeto, se conseguiu obter,
entre a população abrangida pelo projeto, mais sucesso escolar e maior homogeneidade de
resultados nos diferentes ciclos. Considera-se que estes resultados são reflexo da evolução dos
alunos a vários níveis, desde a assiduidade, às relações interpessoais, da motivação para o
processo de ensino-aprendizagem, à autoestima, confiança e autonomia, até à importância do
envolvimento e participação das famílias na vida escolar.
Destaca-se, sobretudo, nesta comparação, a melhoria muito significativa do aproveitamento no
2º ciclo, em mais de 30%, sendo que neste ciclo o numero de alunos aumentou bastante
relativamente ao ano transato.
É possível ainda referir outro tipo de resultados, que vão para além do trabalho realizado com
os alunos no agrupamento. Assim, registamos:
Apresentação do projeto Acamp’Arte em Budapeste (a 18, 19 e 20 de maio) pelo mediador
social, em conferência europeia de boas práticas de integração etnica cigana “Colourful
Media”, a convite de ONG de serviços humanitários da Hungria.
Realização de uma aula aberta de apresentação do projeto Acamp’Arte a convite dos
responsáveis pelo Curso Profissional de Animação Sociocultural da escola secundária de
Penafiel. Para além de abordado o funcionamento do projeto em si, realizou-se uma
pequena demonstração prática que reflete o efeito da atividade artística na valorização
escolar dos alunos pertencentes a meios culturais divergentes (“movimentos de inclusão”
dança tradicional, pelos alunos da EB1 de Paredes).
Relatório TEIP - 2010/2012
54
2.3.- Atividade S16 – GPS – Gabinete de Promoção do Sucesso
PROCESSOS
Dinamização de atividades lúdicopedagógicas com temáticas mensais – dirigidas às turmas
do 2º ciclo com o objetivo de aproximar os alunos mais novos ao GPS e divulgar o seu papel
de espaço de atendimento em detrimento da ideia de o associar apenas a um espaço de
intervenção nas ocorrências disciplinares. Desempenha um papel de extrema importância na
ocupação dos tempos livres dos alunos, prevenindo comportamentos de risco e promovendo
a integração na escola.
Atendimento e aconselhamento a alunos e famílias em risco - quer por sinalização feita por
coordenadores de estabelecimento, professores titulares de turma ou diretores de turma,
quer por iniciativa própria, os alunos e a as famílias usufruem da possibilidade de serem
atendidos pela equipa do GPS;
Encaminhamento e acompanhamento de situações específicas para entidades locais –
avaliação de situações específicas de âmbito psicossocial, encaminhamento para as
estruturas locais adequadas à sua resolução e, sempre que pertinente, acompanhamento no
decurso da sua resolução no intuito de potenciar as mudanças e os progressos;
Intervenção em ocorrências disciplinares – baseado no princípio do time out. O aluno
indisciplinado é encaminhado para o GPS, onde é alvo de uma intervenção que tem como
objetivo incentivar a aquisição de competências sociais, de assertividade e de
responsabilização pelos seus próprios comportamentos, atitudes e escolhas;
Mediação de conflitos – aqui são implementadas estratégias e técnicas de resolução eficaz
de conflitos entre alunos, alunos e professores e/ou alunos e assistentes operacionais, de
acordo com o Modelo Integrado (J. C. Torrego, 2004).
Acompanhamento a turmas CEF e PCA – acompanhamento e assessoria técnica a turmas
com percursos alternativos de aprendizagem.
Articulação com projetos – colaboração e implementação de atividades relacionadas com o
PES e EPIS.
RESULTADOS
Foram alvo de intervenção por parte dos mediadores sociais: 64 situações sinalizadas
pelas EB1, 5 situações sinalizadas pelos JI e 31 situações sinalizadas pela EB2/3.
No âmbito do GPS, foram realizados 235 atendimentos individuais a alunos e famílias
pelos professores e pelos mediadores sociais.
Participaram nas atividades ludicopedagógicas 13 turmas do 2º ciclo, chegando assim a
cerca de 176 alunos que as avaliaram de forma extremamente positiva ao considerá-las
Relatório TEIP - 2010/2012
55
maioritariamente com temas “muito importantes” e com “bastante” informação
aprendida. 95% dos alunos “gostaram muito” de participar.
Foram atendidas 566 ocorrências disciplinares, num total de 214 alunos.
As atividades do GPS foram avaliadas por docentes e alunos da EB2/3 e por docentes do
pré-escolar e do 1º ciclo. Verificaram-se algumas falhas ao nível desta avaliação, daí que
haja dados que podem não ser totalmente fiáveis. De qualquer forma, os resultados
obtidos a partir dos questionários tratados indicam opiniões bastante favoráveis acerca do
funcionamento do GPS, quer dos alunos quer dos professores. Ainda assim, também foi
possível verificar que continuam a existir limitações e constrangimentos na atuação do GPS
e dos mediadores sociais, sobretudo ao nível do pré-escolar e do 1º ciclo, sendo
fundamental colmatar estas lacunas o quanto antes.
JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO
- Maior dedicação ao 2º e 3º ciclos para dar resposta urgente a situações e a problemas-
chave de alunos que até ao momento não tinham tido qualquer ajuda;
- Dificuldades na articulação e na comunicação com os primeiros ciclos de ensino;
- elevado número de solicitações aos mediadores sociais, resultando em indisponibilidade
para dar resposta em tempo útil;
- elevada diversidade de situações de risco, exigindo especialização de respostas;
PLANO DE MELHORIA
Aumentar os canais de comunicação e de envolvimento entre a comunidade
educativa:
Criação de um gabinete de comunicação responsável pela divulgação das atividades;
Inclusão e publicitação do GPS e das atividades realizadas no site do agrupamento
Apostar mais divulgação das atividades do GPS e do papel dos técnicos no pré-escolar e
no 1º ciclo;
Constituir um espaço físico e um horário fixo de atendimento nos centros escolares;
Potenciar a intervenção precoce e de prevenção:
Atribuir maior carga horária aos mediadores sociais para intervenção no pré-escolar e
no 1º ciclo, numa ótica de trabalho de prevenção, em detrimento da remediação;
Criar um programa de formação em mediação de conflitos para alunos do 1º ciclo;
Alargar a implementação das atividades ludicopedagógicas ao 1º ciclo e ao 3º ciclos de
ensino;
Criar uma bolsa de temáticas/alunos referenciados para trabalho em pequeno grupo;
Relatório TEIP - 2010/2012
56
Melhorar o processo avaliativo:
Alterar e melhorar os instrumentos de avaliação das atividades do GPS, adequando-
os aos diferentes ciclos de ensino;
Alocar mais recursos humanos (professores de 2º e 3º ciclo e coordenadores de
escola) ao GPS garantindo efetividade das dinâmicas existentes e um maior
envolvimento da comunidade educativa.
Relatório TEIP - 2010/2012
57
2.4- Atividade CID 5 - Bota Alegria – Animação sócio-cultural de recreios
PROCESSOS
Foram implementadas atividades lúdico pedagógicas, na EB 2/3 Paredes, pelas
animadoras socioculturais (3 animadoras com um horário individual de 35 horas
semanais) e professores da EB 2/3 (num total 35 tempos semanais, no total), em
horário não letivo, intervalos e interrupções letivas, contribuindo para a melhoria do
clima de escola, bem como para a integração de alunos de diferentes etnias e
culturas. Foram ainda implementadas algumas atividades na EB/JI Paredes.
As animadoras sócio-culturais também desenvolveram um trabalho específico, diário,
junto dos alunos da EB 2/3 e da EB1/JI Paredes, destacando-se:
Par pedagógico em disciplinas artísticas (expressão dramática, educação física,
oficina de leitura, tic) em turmas de percurso curricular alternativo;
Acompanhamento lúdico pedagógico individual (atividades ocupacionais com
os alunos de etnia cigana e alunos com necessidades educativas especiais);
Workshop de caráter cultural e atividades de enriquecimento com alunos de
curso CEF (aulas de maquilhagem com alunos CEF Florista, atividades
desportivas/Natação com alunos CEF Cozinha1).
RESULTADOS
A atividade Férias Divertidas revelou-se uma mais valia na promoção de novas
experiências tendo abrangidos os seguintes alunos no ano 2010: Verão-80 alunos;
Natal - 65;Páscoa – 72. Em 2011 foram abrangidos 72 alunos na Páscoa e 150 no
verão.
Ao longo do ano letivo foram realizadas 32 atividades na EB 2/3, com uma elevada
participação dos alunos (uma média 330 alunos por período letivo), tendo 90% dos
participantes avaliado como muito interessantes. Relativamente ao 1º ciclo, foram
dinamizadas 6 atividades de caráter integrativo para os alunos de etnia cigana, nas
EB/JI Redonda e EB/JI Paredes.
Relatório TEIP - 2010/2012
58
JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO
A atividade Bota Alegria estava prevista no âmbito da regulação do clima de escola.
Assenta na ideia de Paulo Freire que cabe à educação hoje a árdua tarefa não só de
transmitir conhecimentos, mas principalmente esperança, alegria. Paulo Freire refere
que a alegria na escola, não é só necessária, mas possível. Necessária porque,
gerando-se numa alegria maior – a alegria de viver –, a alegria na escola fortalece e
estimula a alegria de viver. É necessária também porque viver plenamente a alegria
na escola significa mudá-la, significa lutar para incrementar, melhorar, aprofundar a
mudança. Lutar pela alegria na escola é uma forma de lutar pela mudança do mundo.
Esta atividade foi implementada, primordialmente, na EB 2/3 por se ter considerado
ser esta escola que mais necessitava, numa primeira fase, de intervenção ao nível do
clima de escola. No entanto, considera-se que esta atividade poderá ser alargada aos
Centros Escolares (Centro Escolar de Mouriz – 290 alunos; Centro Escolar de Paredes
– 450 alunos).
De uma forma global, os resultados apresentados apontam para um grande sucesso
das atividades, no entanto, os efeitos no clima de escola não puderam ser medidos
pelo facto de não haver registos de anos anteriores, em que esta atividade não foi
implementada. A diversidade existente nas diversas escolas é um desafio à regulação
do clima de escola. Fizemos um percurso que terá de ser melhorado, mas que
também terá de ser sempre percorrido, pois a atenção à regulação do clima de escola
terá de levar à criação de diferentes estratégias de intervenção, agora que adotámos
uma cuidada atenção a este aspeto da vida das escolas. Por outro lado, cremos ter
iniciado práticas colaborativas entre os professores e as animadoras sócio-culturais
que precisam de ser melhoradas e ainda práticas reflexivas no âmbito da regulação do
clima de escola que deverão ser aprofundadas, ao nível das escolas/departamentos.
CONTRIBUIR PARA A REGULAÇÃO DO CLIMA DE ESCOLA
Objetivo 1
Promover o comportamento assertivo e positivo que se manifeste nos valores que a
escola defende.
Ações Concretas
1- Articulação com o GPS/RAP/Acamp’Arte na dinamização de Workshops de
interesse lúdico-pedagógico ou temáticas de interesse na escola e na
comunidade.
Relatório TEIP - 2010/2012
59
2- Programa “Apanhei-te” nos espaços de recreio;
3- Construção de um Caderno de Boas Práticas baseado em experiências
positivas
4- Afetação de recursos (professores e técnicos) para o Bota Alegria
Objetivo 2
Promover a comunicação, a relação comunitária e a capacidade de iniciativa de modo
a desenvolver o sentimento de pertença.
Ações Concretas
1- Participação regular no gabinete de comunicação responsável pela divulgação
das atividades
2- Inclusão e publicitação do Bota Alegria e das atividades realizadas no site do
agrupamento
3- Dinamização de um plano de atividades, com o envolvimento dos alunos;
4- Parcerias com associações locais para a dinamização de atividades desportivas
e culturais e de voluntariado;
Objetivo 3
Garantir o acompanhamento dos alunos em risco insuficiente através de atividades
lúdico-pedagógicas.
Ações Concretas
1- Acompanhamento dos alunos das turmas PCA, CEF e com Necessidades
Educativas Especiais, no âmbito da animação sociocultural.
2- Integração em projetos específicos de promoção do sucesso escolar (ação
tutorial, …;
3- Dinamização do Programa Férias Divertidas nas interrupções letivas de Natal,
Carnaval, Páscoa e verão.
Indicadores
1- Número de atividades realizadas;
2- Percentagem de participação nas atividades realizadas;
3- Grau de Satisfação dos membros da comunidade envolvidos;
4- Perceções (de alunos, professores e pais) do clima de escola.
Relatório TEIP - 2010/2012
60
4- AÇÕES/ATIVIDADES NO DOMÍNIO DA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO
AGRUPAMENTO E/OU DAS ESCOLAS
3.1- Atividade: P9 – REFRESH – Conferências, Seminários e Workshops
PROCESSOS
Implementação de práticas formativas e de reflexão através da dinamização de
workshops na área comportamental dirigido a docentes e assistentes operacionais.
Conflito no meio escolar – a intervenção do GPS – workshop dirigido a docentes
da equipa do GPS;
Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula (3 sessões) – workshop
dirigido a todos os docentes da EB2/3;
Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula – 1º ciclo – workshop
dirigido a coordenadores de estabelecimento do 1º ciclo e docentes do 4º ano de
escolaridade;
A (in)disciplina do recreio – workshop dirigido a assistentes operacionais do
agrupamento;
A razão do Joãozinho – um exercício de motivação escolar e aprendizagem –
workshop dirigido a docentes do centro escolar de Mouriz.
Os workshops foram elaborados e dinamizados pelos mediadores sociais.
RESULTADOS
Todos os workshops foram avaliados relativamente à importância do tema abordado, à
utilidade da informação transmitida, à clareza da explicação e à aplicabilidade das
dicas/informação.
Conflito no meio escolar – a intervenção do GPS – 100% considerou tema “muito
importante” e 87% considerou a informação transmitida “muito útil”.
Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula (3 sessões) – 96,2% avaliou o
tema como “muito importante” ou “importante” e 97,1% considerou a informação
transmitida como “muito útil” ou “útil”.
Estratégias disciplinares em contexto de sala de aula – 1º ciclo – avaliado em 100%
como o tema sendo “muito importante” ou “importante”; avaliado em 100% como
a informação transmitida sendo “muito útil” ou “útil”.
A (in)disciplina do recreio – 100% considerou o tema “muito importante” ou
“importante”; 100% considerou a informação transmitida como sendo “muito útil”
ou “útil”.
A razão do Joãozinho – um exercício de motivação escolar e aprendizagem – 100%
considerou o tema “muito importante “ ou “importante” e também 100% avaliou a
informação transmitida como sendo “muito útil” ou “útil”.
Os dados confirmam a pertinência destas formações, bem como a satisfação dos
participantes que defendem a sua continuidade nos próximos anos letivos.
Relatório TEIP - 2010/2012
61
3.2- Atividade MAIS AV
PROCESSOS
A ação “Mais AV” – mais avaliação – criou mecanismos que procuraram desocultar o
quotidiano das escolas do agrupamento, com vista a obter dados que permitissem delinear
modos de ação que assegurem o sucesso educativo dos alunos e promovam uma cultura de
qualidade, de exigência e de responsabilização.
Neste sentido, esta atividade seguiu um processo de autoavaliação refletido e
rigoroso, através da combinação dos modelos criados pela EPIS (Empresários pela Inclusão
Social) e pelo OBVIE (Observatório da Vida das Escolas da FPCE-UP) e ainda com os
contributos da DGIDC/TEIP no âmbito da monitorização e avaliação que têm sido
propostos.
A equipa de autoavaliação - constituída pela equipa TEIP, pela coordenadora da ação
Mais AV e pela consultora externa - construiu, sempre que necessário, indicadores e
instrumentos de recolha de dados. Destacam-se os relatórios específicos desenvolvidos
para as diferentes atividades, criados em função das respetivas caraterísticas e finalidades:
Medidas de apoio à aprendizagem: Assessorias, Turmas G+ (PCA), Tutorias, Centro de
Recursos/BE, Sala de Estudo); Medidas de promoção da disciplina (GPS (Gabinete de Apoio
ao Aluno e Família), Bota Alegria (Animação, de recreios e ocupação dos tempos livres.
Foi também elaborado um questionário online sobre as dinâmicas do agrupamento,
dirigido a todos os professores, técnicos e demais funcionários.
A aferição interna, através da aplicação de testes elaborados por equipas disciplinares
de cada departamento, constituiu uma oportunidade criada para a reflexão dos
professores sobre os seus próprios modos de trabalho pedagógico-didático. Assim, esta
aferição, para além de ser um elemento avaliativo dos alunos, teve como efeito a partilha e
validação do trabalho dos docentes. Neste sentido, assumimos a avaliação aferida como
uma forma de autocontrolo interno no AVEP.
RESULTADOS
Destacamos a organização do I Seminário do AVEP, produto direto da ação Mais AV, que
contou com a participação de todos docentes e técnicos do agrupamento. Cada
atividade TEIP foi apresentada, justificada e avaliada em posters (38 posters) que
permitiram a todos os presentes aprofundar o conhecimento que tinham sobre o
projeto TEIP, avaliá-lo e participar na perspetivação do futuro. Para isso, os participantes
foram depois divididos por workshops específicos dedicados a cada uma das ações TEIP:
Mais AV, Mais Cid, Mais P, Mais Q, Mais S. Esta opção teve como objetivo criar
Relatório TEIP - 2010/2012
62
condições que permitissem imprimir uma dinâmica interativa e promotora da troca de
opiniões favorável a uma atitude de avaliação onde se quer delinear o futuro.
O próprio seminário, na sua organização e efeitos, foi alvo de avaliação, constituindo
assim mais um elemento de reflexão.
Foram criados espaços de reflexão entre equipas multidisciplinares que permitiram
encontrar respostas mais eficazes e participadas por todos os implicados no processo
educativo.
Foi feita a divulgação através das estruturas de gestão intermédia, plataforma moodle,
site, Blogs, e-mail, jornal.
Consideramos registar com resultados desta atividade:
Elaboração de planos de melhoria;
Reforço das estruturas intermédias;
Apropriação, por parte de toda a comunidade, de uma cultura de autoavaliação e de
corresponsabilização em processos que conduzam a uma contínua melhoria.
Reflexão constante sobre o nosso modo de funcionamento e a cultura que se tem vindo
a desenvolver para o cumprimento de metas coletivamente assumidas.
Criação de novos mecanismos que permitem monitorizar o projeto educativo e as
atividades que o concretizam.
Preocupação constante em cruzar dados, tirar conclusões, devolver os
resultados/relatórios a todas as estruturas/intervenientes e envolver todos os
interessados na definição de planos de ação e na reflexão sobre as metas e objetivos que
vão sendo estabelecidos.
Relatório TEIP - 2010/2012
63
4- AÇÕES/ATIVIDADES - RELAÇÃO ESCOLA- FAMILIAS – COMUNIDADE E
PARCERIAS EDUCATIVAS
4.1- Atividade: CID 7 - Caminhada Entre Paredes
PROCESSOS
A Caminhada “Entreparedes”, na sua 5ª edição, foi uma atividade que teve como objetivo
proporcionar experiências de aprendizagem num contexto diferente do habitual e que
envolveu toda a comunidade educativa (alunos, professores, técnicos e famílias). Tendo o
concelho de Paredes como cenário percorremos um caminho desfrutando da sua beleza,
admirámos o património e pintalgámos o trilho com espetáculos alusivos ao tema “leitura –
energia – floresta”.
Principais estratégias:
Planificação da atividade pelo Departamento de Expressões, com a colaboração dos
outros departamentos e Biblioteca Escolar;
Divulgação a toda a comunidade educativa;
Contactos com estruturas locais;
Diversas visitas prévias aos locais da caminhada;
Constante ajustamento e delineamento de intervenções/tarefas com vista à
concretização da atividade;
Redefinição de estratégias, sempre que adequado, ao longo da preparação da atividade;
Divulgação às famílias dos alunos e comunidade em geral, através de brochuras e órgãos
de comunicação social;
Recolha de imagens em foto e vídeo;
Elaboração de álbum, filme e PowerPoint da atividade, para memória futura.
RESULTADOS
A Caminhada “Entre Paredes”, organizada pelo Departamento de Expressões, durante
o segundo período de 2010-2011, foi uma atividade de articulação por excelência,
entre as várias áreas curriculares, em todos os níveis de ensino, tornando-se também
a atividade de encerramento da Semana da Leitura. A mobilização da comunidade
educativa e o facto de esta ter acreditado na sua importância, tornou exequível este
desafio megalómano para o projeto educativo Trepar Paredes.
Reforço da ligação entre a escola e as famílias: cerca de 500 elementos (alunos,
professores, técnicos e famílias) participaram na Caminhada;
Relatório TEIP - 2010/2012
64
Forte mobilização da comunidade educativa, destacando-se a participação dos
diferentes departamentos, em todos os momentos da atividade: planificação,
implementação e avaliação;
Forte leque de atividades de enriquecimento do currículo: leituras prévias sobre o
tema; elaboração de frases alusivas; criação de um poema sobre a Amazónia;
reutilização de materiais; seleção, criação e montagem de cenários; realização de
um percurso pela natureza; pequenos espetáculos de dança, música, leitura e
representação; curtas palestras sobre monumentos históricos ou assuntos de
interesse cultural; registo fotográfico da vida animal, da flora, dos usos e costumes,
de monumentos e de raridades; piquenique – convívio com proposta de alimentos
saudáveis; pintura de telas coletivas, alusivas à natureza; plantação de árvores;
espetáculo de encerramento integrando teatro, dança e música.
Relatório TEIP - 2010/2012
65
4.2- Atividade P8 RAP-Rede de Apoio a Pais
PROCESSOS
Dinamização de encontros, sessões e/ou workshops subordinados a temas como a
psicologia infantil, a relação família-escola, a supervisão comportamental, a saúde, etc.,
no âmbito da implementação de uma rede de apoio a pais.
Os workshops foram elaborados e dinamizados pelos mediadores sociais a partir da
solicitação de coordenadores de escola ou de docentes dos diferentes ciclos de ensino do
agrupamento. Tinham como objetivo estabelecer um clima de confiança, propício à
partilha de experiências e de reflexão acerca de práticas parentais, respondendo a
dúvidas e questões que pais e encarregados de educação têm com frequência.
RESULTADOS
Todos os workshops foram avaliados relativamente à importância do tema abordado,
à utilidade da informação transmitida, à clareza da explicação e à aplicabilidade das
dicas/informação. De uma forma geral, os presentes avaliaram de forma extremamente
positiva os diferentes itens e solicitam mais formação. Contudo, foi o número de
participantes que ficou aquém das expetativas, sendo muito reduzido para o número de
encarregados de educação que o agrupamento engloba.
Foram realizados 11 workshops em 5 estabelecimentos de ensino, contando com a
presença de apenas 187 encarregados de educação.
JUSTIFICAÇÃO DO DESVIO
Menor número de solicitações por parte do pré-escolar e do 1º ciclo do que o esperado;
Realização dos workshops com menos regularidade do que a prevista;
Ausência de um diagnóstico de necessidades de formação para pais por parte do pré-
escolar e do 1º ciclo;
Dificuldades na articulação e na comunicação entre estes ciclos de ensino e os técnicos
responsáveis pela dinamização dos workshops;
Ineficácia dos métodos de divulgação;
Pouca predisposição do público-alvo para participar nestas iniciativas.
PLANO DE MELHORIA
Relatório TEIP - 2010/2012
66
Promover uma relação escola/comunidade cada vez mais responsável e de
intervenção direta no agrupamento:
Colaboração com a Associação de pais – apoio na elaboração do plano anual de
atividades formativas, culturais e recreativas;
Promover o aumento do número de inscrições de pais/EE nas associações de pais;
Implementação de um conjunto de encontros/sessões regulares;
Reforçar a importância da formação para pais e do papel dos técnicos junto do pré-
escolar e do 1º ciclo, incentivando a solicitação da realização destes momentos;
Criar pequenos grupos subordinados a temas específicos (famílias monoparentais,
pais divorciados, luto, etc);
Aumentar o número de temas disponíveis para a realização de workshops;
Tornar mais eficazes os meios de divulgação dos workshops:
Utilizar novos meios de publicitação: via site do agrupamento, e-mail, divulgação em
locais públicos, pela associação de pais, etc;
Alargar a formação à comunidade local;
Sensibilizar os pais para a pertinência da sua participação nestas iniciativas no início
do ano letivo nas reuniões com os diretores de turma;
Otimizar a relação com a rede social:
Recorrer aos parceiros locais para convocar pais e encarregados de educação,
estabelecendo parcerias na dinamização dos workshops/encontros;
Relatório TEIP - 2010/2012
67
III Parte
1- BALANÇO GLOBAL
Balanço global sobre a implementação do projeto educativo TEIP “Trepar Paredes” ao longo
destes dois últimos anos letivo:
Pontos fortes
Mais recursos humanos e financeiros;
Definição de metas mais claras e objetivas;
Equipas pedagógicas multidisciplinares que, na sua ação, contribuem para o sucesso
educativo e integração dos alunos;
Maior interação entre departamentos e níveis de ensino;
Possibilidade de avaliar com maior rigor a diversidade de projetos implementados;
Diversificação da resposta educativa com implementação de práticas educacionais e
curriculares inovadoras e centradas na diferenciação pedagógica (assessorias, ação
tutorial, parcerias pedagógicas);
Ação do GPS (gabinete de apoio ao aluno e família) adequada aos perfis dos alunos do
agrupamento;
Sinalização e intervenção atempada em situações de risco (alunos e famílias);
Implementação de hábitos avaliativos e de reflexão interna;
Grande empenhamento por parte dos docentes;
Aumento das interações escola/meio;
Envolvimento da comunidade, através do estabelecimento de parcerias;
Oferta educativa - Criação de respostas alternativas no percurso escolar dos alunos, de
acordo com as necessidades que evidenciam;
Avaliação e reflexão dos resultados e sua mobilização;
Realização do I Seminário do AVEP que marcou o início de um procedimento de partilha
e de avaliação por todos reconhecido como muito positivo;
Iniciativas envolvendo os pais;
Maior partilha de experiências e materiais;
Criação de mecanismos que permitem a preparação da transição dos alunos para a vida
ativa.
Relatório TEIP - 2010/2012
68
Pontos fracos
Dificuldade na divulgação e apropriação efetiva do projeto educativo por parte de alguns
elementos da comunidade educativa;
Inadequação da avaliação em algumas ações/atividades;
Insuficiente articulação com o pré-escolar e 1º ciclo no que se refere ao GPS;
Tempo e energia dispendido com os procedimentos de autoavaliação e que se revela
necessário para outras ações;
Reduzidos espaços de reflexão;
Pressão sentida para o cumprimento das metas;
Dificuldades resultantes da falta de espaços físicos
Oportunidades
Alargamento da oferta educativa e formativa;
Retaguarda de instituições do ensino superior e outros profissionais competentes;
Presença da consultora externa (amiga crítica) na equipa TEIP
Intervenção do GPS no pré-escolar e no 1º ciclo;
Reforço dos recursos humanos às atividades do GPS, Bota Alegria e Ação Tutorial;
Dinamização de atividades lúdicopedagógicas pelo GPS na EB2/3;
Reforço da avaliação psicológica de alunos do pré-escolar e do 1º ciclo, trabalhando
numa ótica preventiva;
Criação de um clima e cultura de escola que permitiu a implementação de um projeto
educativo ambicioso e eficazmente levado a cabo, com a colaboração, empenho,
dedicação e trabalho “extra” de toda a comunidade educativa (professores, alunos, pais,
funcionários, parceiros);
Criação de Parcerias;
Disponibilidade por muitos existente para reflexão e reestruturação de estratégias
Ameaças/constrangimentos
Dimensão do agrupamento;
Dificuldades nas práticas de monitorização e avaliação;
Dificuldade em transformar a cultura avaliativa numa cultura de reflexão e construção
efetiva de mudança;
Dificuldade de proporcionar tempos e espaços comuns para encontros reflexivos
semanais e para uma maior articulação entre os grupos/docentes para diagnóstico,
evolução das aprendizagens, avaliação de estratégias, reestruturação de medidas
implementadas, uniformidade nas metodologias de atuação face às regras, construção de
materiais, partilha de experiências, etc;
Sobrelotação de algumas escolas do agrupamento;
Relatório TEIP - 2010/2012
69
Elevado número de problemas socioeconómicos;
Falta de oportunidades para trabalhar a diversidade cultural.
2 - COMENTÁRIOS
O AVEP é um agrupamento que, há muito, se apropriou e investe continuamente na
promoção da equidade e igualdade de oportunidades, tendo a implementação do Projeto
Educativo Trepar Paredes, ao longo dos anos letivos 2009/2010 e 2010/2011, com o
financiamento do Programa TEIP2 garantido novas dinâmicas que permitiram dar passos
significativos nesse sentido. Destacamos: as possibilidades criadas para uma maior
proximidade de trabalho entre os professores, com os alunos, com os técnicos e com outros
intervenientes (perito externo); a sistematização do que é feito no agrupamento; os espaços
de aprendizagem connosco próprios; o questionamento reflexivo na vida do agrupamento; os
momentos de partilha; os procedimentos e instrumentos de sistematização das ações que vão
sendo desenvolvidas e dos efeitos que vão sendo gerados; a monitorização, acompanhamento
e avaliação do projeto e das ações que o constituem; o reconhecimento de que a
monitorização e avaliação fazem a diferença no trabalho para o sucesso e na qualidade do
sucesso.
A criação das diversas dinâmicas que reconhecemos como positivas por promoverem uma
formação mais ampla e de melhor qualidade para os alunos foi facilitada por existir uma
adesão ao projeto mas também por ter como suporte significativo a ação dos técnicos que
integraram as estruturas do agrupamento. Dos 38 posters apresentados no I Seminário do
AVEP de partilha e reflexão sobre o projeto TEIP, mais de 50% refere a intervenção dos
técnicos existentes (Mediadores Sociais e Animadores sócio-culturais). A (re)elaboração do
Projeto Educativo que agora se fará, terá de ter presente os resultados obtidos mas também
os percursos efetuados e as condições a que podemos aceder. As equipas multidisciplinares,
qualificadas em diferentes áreas das ciências sociais e da educação, contribuíram para que a
missão da escola de educar, ajudar as crianças e jovens a ascender nos seus percursos de vida
seja efetivamente bem sucedida. E, neste sentido, apoiaram a ação dos professores que,
empenhadamente, têm como meta melhorar as aprendizagens e a formação dos alunos do
Agrupamento e contribuir para a melhoria das condições de vida da comunidade educativa.
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.