328

Click here to load reader

Reestruturando a Geografia Economica

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Versão em português do Relatório do Banco Mundial sobre desenvolvimento econômico, ano de publicação 2009.

Citation preview

  • relatrio sobre o desenvolvimento mund

    Reestruturando a Geografia Econmica

    THE WORLD BANK Washington, DC

  • B213r Banco Mundial Relatrio sobre o Desenvolvimento Mundial 2009: Reestruturando a

    Geografia Econmica./ Banco Mundial. So Paulo; Washington: Singular; Banco Mundial, 2008.

    xxp. ISBN: 978-85-86626-44-9 Ttulo Original: Wbrld Development Report 2009: reshaping economic

    geography, 1. Desenvolvimento econmico. I. Banco Mundial, relatrio, 2009. H.

    Ttulo. CDU: 338.1 CDD: 330.9172405

    World Development Report 2009: Reshapng Eco no mie Geography Copyright - 2008 by

    The International Bank for Reconstruction and Development/The World Bank

    Relatrio sobre o Desenvolvimento Mundial2009:Reestruturando a Geografia Econmica

    Copyright - 2008] by The International Bank for Reeonstrction and Development/The World Bank

    This work was originally published by The World Bank in Englsh as World Develop-ment Report 2009: ReshapngEcortomic. Geography in 2008. This Brazilian Portuguese translation was (lrranged by Editora Singular. Editora Singular is responsible for the quality of translation,~ In .case of any discrepancies, the original language will govern.

    Este t~abalho fi publicado originalmente em ingls pelo Banco Mundial como Relatrio sobre oDesenvolvimento Mundia/2009: Reestruturando a Geografia Econmica: Esta tradu-o para o portugus foi preparadapela Editora Singular. A Editora Singular responsvel pela qualidade da traduo. Em caso de discrepncias predomina o idioma original.

    Este volume um produto da equipe de Desenvolvimento e Reconstruo Internacional do Banco Mundial. Os resultados, interpretaes e discusses desenvolvidas nesse trabalho so de responsabilidade dos autores e no refletem necessariamente a opinio dos Diretores Executivos do Banco Mundial ou do governo que eles representam.

    O Banco Mundial ttogararite .. a exatido dos dados inclusos no presente trabalho. As fronteiras, cores, denominaes e outras informaes mostradas em qualquer mapa desse trabalho no implicam nenhum julgamento por parte do Banco Mundial relativo ao status de nenhum territrio nem endossam ou demonstram aceitao de tais fronteiras.

    Direitos e autorizaes Omateria[contido nesse trabalho possui direitos reservados e protegidos por lei. Cpia

    e/ou transmisso de partes ou do contedo integral desse trabalho sem permisso podem C()I1stituir violaoda legislao aplicveL O Banco Mundial estimula a disseminao do presente trabalho e, via de regra, ir prontamente autoriz-la. Para a permisso de fotoc-pia ou reimpresso de qualquer parte desse trabalho, favor enviar solicitao com infor-maes completas para Copyright Clearance Center, Inc., 222 Rosewood Drive, Danvers, MA01923, USA, telefone 978~750-8400, fax 978-750-4470, www.copyright.com. Quaisquer outras questes relativas a direitos ou autorizaes, incluindo direitos subsidirios, devem ser endereadas para OfficeofPublisher, World Bank, 1818 H Strect, NW, Washington, DC 20433,fax 202~522-2422, e-mail . Traduo: /os Igmicio Coelho Mendes Neto RevisO Tcnica: Paola Morsello Diagramao: Microart

    Editora Singular 2009 Editora Singular, Rua Jos Nbrega .Barbosa n.lOO, 02336-090 So Paulo - Brasil Tel/Fax: 55 11 3862-1242 www.editorasingular.com.br E-mail: [email protected]

  • Sumrio

    Apresentao xiii Agradecimentos xv Abreviaturas e Notas xvi

    Viso Geral 1 Lugar e prosperidade 1 O mundo no plano 8 Os mercados moldam o cenrio econmico 14 Instaurando o desenvolvimento 22

    Navegando este Relatrio 37 Alcance 38 Termos 39 Estrutura 44

    Parte I Ver o Desenvolvimento em 3-D 47

    Densidade 54 / Definir a densidade 56 Concentrao econmica- quanto mais rico, mais denso 64, Convergncia- rural-urbana e dentro das cidades 69 Diferenas para os atuais pases em desenvolvimento 77

    Distncia 81 Definir a distncia 82 Concentrao econmica nas reas avanadas 89 Divergncia, depois convergncia - entre as reas avanadas e atrasadas 93

    v

  • vi SUMRIO

    Diferenas para os atuais pases em desenvolvimento 102

    Divisies 106 Definir a diviso 107 Concentrao econmica 117 Divergncia, depois convergncia 121 Geografia, globalizao e desenvolvimento 128 Quais so as diferenas para os atuais planejadores? 131

    A.

    Parte li Moldas a Geografia Econmica

    Economias de escala e aglomerao 138 Um guia das economias de aglomerao 141 Um domnio diferente 145 Uma carteira de lugares 149 Captao das foras de mercado 156

    Mobilidade dos Fatores e Migrao 162 -- Do mercantilismo globalizao e autarquia, e de volta ao incio 164 Polticas prticas para administrar a migrao 186

    . Custos de transporte e especializao 188 O que aconteceu: dois sculos de experincia 192 Custos de transporte e economias de escala: duas dcadas de anlise 200 O que fazer: polticas de transporte no mundo em desenvolvimento 205 Transporte- um setor cada vez mais importante 213

    Parte UI Reformular os Debates em Poltica

    Concentrao sem Congesto 218

    Administrar uma carteira integrada de lugares Princpios da administrao de uma carteira de lugares Um quadro para a integrao 223 O quadro em ao 242 Uma estratgia para a urbanizao inclusiva 254

    Unidade, no Uniformidade 256

    218 220

    214

    134

    214

  • Sumrio -- vn

    Polticas para integrar as reas atrasadas e avanadas 256 As pessoas buscam oportunidades 258 Os pases buscam unidade 262 Um quadro de poltica para integrar as reas atntsadas e avanadas 264 O quadro em ao 273 Evitar a bakanizao: os benefcios polticos da integrao econmica 287

    Vencedores sem Fronteiras - Integrar os pases pobres aos mercados nu.mdiais 290 Integrao regional para incrementar a oferta, integrao global para incrmentar a demanda 292 Construir regies integradas: uma estrutura 296 A estrutura em ao 304

    Nota Bibliogrfica 319 Background papers for the World Development Report2009 321 Background notes for the World DevelopmentReport 2009 321

    Notas 323

    Referncias 337

    Indicadoies Selecionados 363 Sources and Definitions 378

    Indicadores Selecionados do Desenvolvimento Mundial 381 Fonte dos dados e metodologia 381 Classificao das economias e medidas sumrias 382

  • a e.raJ

    Embora o crescimento econmico tenda a ser desigual, o desenvolvimento econmico e social pode e ser inclusivo - esta a mensagem do Relatrio sobre o De$envolvimento Mundial deste ano. A medida que uma economia passa de renda baixa para alta, a atividade produtiva tende a concentrar-se espacialmente. Alguns lugares, por exemplo cidades, reas litorneas e pases fronteirios - so preferidos pelos agentes produtivos. A medida que os pases se desen-volvem, os mais bem-sucedidos so os que adotam politicas que conduzem a maior uniformi-c/ade da qualidade de vida da populao em todo o territrio nacional. A melhor maneira de

    :combinar os beneficios imediatos da concentrao da atividade produtiva com os beneficios de {qr~ogo pra.zo associados cotJvcrgttcia ds padres de vida a lntegra_ econ3rnica.

    Embora os problemas de integrao econmica no tenham soluiies simples, o princpio orien-tador pode ser relativamente simples: a combinao de polticas econmicas e sociais deve ser cali-brada para responder dificuldade do desafio ao desenvolvimento, determinado pela geografia conmica de cada lugar. Atualmente, a maior parte das discusses polfticas sobre disparidades geogr4.ificas .e desenvolvment,o ...... geralm. en. te come~.m .. .e term_._ in. am. c_om. __ consitf, .. e. 1i .. aes. s. o. bre in. ter-

    es orientadas para um :determinado luga'f...9Relatriasobre o Desenvolvimento Mundial ___ _;;,;::, J reestrutura. esse debi1Je ~Jn:ope 1c:lir t;eSs.a /li~ssMtodos:os ins.t1'Utn.entos; ue Jevo&lm ~Co"'

    "Jinte 'a o econmica a S4ber, i~titu,ies; infraestrutura e incentivos .. Ape ra fun menta -I}'\ ... esforos de integraa deyeriam sei instituies neutras do ponto deYJSta espacial.""A medida 1 "'

    . ""'"""""""'os de5afios impostos pel4ge()grajia tornam:-.se. tn.aiSdificeis, a resposta deve inclufruma zn "a-eStrutura ~ue c:or~.ecte os lugttr~. Em lgares onde a integrao ainda mais difcil, a resposta ! tu~~-. a deve ~er proporcionl1;tie)'IJ~. rpais abrangente: instituies que unam; infri:u~strutura que

    cqnecte e intervenes direcionadas para problmas espedficos e locais.

    Lugar e prosperidade O "lugar" a varivel mais importante

    na determinao do bem-estar de uma pes-soa. Nas prximas dcadas, uma pessoa nas-cida nos Estados Unidos ganhar cem vezes mais que uma pessoa llas

  • RELATORIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    1\ su;preendente ,do desenvolviment? e~on-. [ m1co - sua des1 uldade e descontinuidade no esp~. e maneira um tanto injusta, a prosperidade no chega a todos os lugares ao mesmo tempo. Isso se aplica a todas as esca-las geogrficas, desde a local at a nacional e a global. Por exemplo, as cidades rapidamente ultrapassam o campo; o padro de vida melhora em algumas provncias enquanto outras ficam atrasadas; alguns pases tor-nam-se ricos enquanto outros permanecem pobres. Se desenhssemos a densidade eco-nmica em um mapa-mndi, a topografia resultante seria acidentada, no plana.

    ! A localizao contnqa a ser importante em todas as etapas do de5envolvimento, mas- menos importante para os padres de vida nos pases ricos do que nos pases pobres. As estimativas provenientes de mais de 100 pes-quisas sobre.padro de vida indicam que em pases em desenvolvimento - como Brasil; Bulgria, Gana; Indonsia, Marrocos e Sri Lanka - os domiclios nas reas mais prs-peras tm um consumo mdio quase 75% mais elevado do que domiclios semelhantes situados nas reas mais atrasadas desses mes-mos pases. Em pases desenvolvidos como Canad, Japo e Estados Unidos, a diferena de nvel de consumo menor do que 25%. Em contrapartida, medida que um pas se torna mais rico, o fator localizao passa a ser mais importante para a produo econ-mica. Gana, Polnia e Nova Zelndia - trs pases de tamanho rndio, com reas de cerca de 250.000 krn2 - tm rendas nacionais bru-tas per capta extremamente diferentes, de cerca de US$ 600, US$ 9.000 e US$ 27.000, respectivamente. Nos trs.pases, a rea do quintil mais denso do ponto de vista eco-nmico produz cerca de 27% do produto interno bruto (PlB) em Gana, 31% na Pol-nia e 39% na Nova Zelndia.

    Em outras pa:lavJ:'llS, quando os pases se desenvolvem, a localizao importa menos para as famlias e mais para as empresas. O desenvolvimento parece conferir a um lugar a capacidade de colher as vantagens econ-micas associadas concentrao de produ-o, bem como de obter os benefcios so:ciais ligados convergncia de consumo. Nesse sentido, o desenvolvimento econmico traz consigo as condies de prosperidade ainda maior, em um Crculo vittuoso.

    Outro fato estilizado: as "vizinhanas" so importantes. lJma cidade prspera raramente deixa sua periferia mergulhada

    na pobreza. A prosperidade de uma provn-cia , m

  • .s a ()

    ()

    .s

    .

    . ,

    e ...

    e s

    )

    s s .

    superao dessa desvantagem. A inte-grao econmica uma maneira eficaz e a mais realista de aproveitar os bene-fcios imediatos da concentrao para alcanar os benefcios de l

  • 4 RELATRIO. S()BRE. O DESENVOLVIMENTO Ml,fNDIAL 2009

    urbanizao. No Leste Asitico, por exemplo, a parte mdiana dos Montes Urais de 65% se as tendncias atuais persistirem, a popula- para 32%,irnpondo a mudana da produ-o urbana dever aumentar em cerca de 450 o para as reas do leste. Aumentou a par-milhes de pessoas nas duas prximas dca- tidpao do leste na produo econmica das, medida que os pases da regio cresce- de 4% ernl925 para 28% no final do comu-rem, adicionando o equivalente a uma Paris nismo, cuja queda foi provavelmente pre~ por ms. No Sul da sia e na sia Central, cipitada pla ineficincia espacial que esses o aumento dever ser de quase 350 milhes esforos produziram. Como os governos do de pessoas. E na frica Subsaariana- se as mundOerndesenvolvimento prc~oc:uJ;ariFse' economias continuarem a crescer - a popu- tanto com as disparidades domsticas, eles lao urbana poder aumentar cerca de 250 pem ernfisco a competitividade econ~ .. milhes de 2005 a 2025. Em outras partes do mica e criarn condies para o colapso mundo em deseiwolvimento, as transforma- econmico~ As polticas para reduzir as dis- es dentro das reas urbanas sero igual- paridade;:s interestaduais ou entre provn-mente importantes. das na produo e nos padres de vida so

    A questo que se coloca se a crescente muito cful.lns - mas altamente ineficazes. conce;:ntrao humana aumentar a pros- Cercade ll:lilho de pessoas continuam a per idade econmica e social, ou se produ- viver nessas reas inspitas e atrasadas (ver zir congestionamento e degradao. Outra mapa kpa.nel b}. preocupao a divergncia de padres Em .escala internacional, o crescimento de vida entre aqueles que se beneficiam ao econi!lic concentrou a produo global mximo dessa concentrao geogrfica - em agunuis regies, com diferenas basicamente os residentes das reas urbanas renda proporCionais. Em 2000, cerca de em comunidades prsperas- e os que ficam 75% do:PIB mundial estavam concentrados\ para trs em aldeias ou os que vivem em na Arnrica do Norte, Europa Ocidental e favelas, cujo nmero estimado em cerca Nordeste da sia. Essa concentrao no de 1 bilho no mundo em desenvolvimento nova; H trs sculos, China e ndia res~ (ver mapa 1). At agora, a resposta (inefi- pondiaxtq}or cerca de dois teros da riqueza caz) a esse dilema tm sido tentar reduzir o mundiaL.bque era diferente naquela poca ritmo da urbanizao. queessespases tinham mais da metade da

    Em escala nacional, o crescimento eco- popul(finundial~ Unio Europeia, Japo nmico apresenta a mesma desigualdade e Estados Unidos tm menos de um sexto. semelhante, com lugares prximos aos Hoj~,preocupao no mbito interna-grandes mercados prosperando muito rnais conaf o elevado grau de pobreza, analfa- rapidamente que os lugares mais distantes. betistn.~Aimortalidade em algumas partes Na China, as provncias litorridts- princi~ do 111~n~o, comparado com a prosperi-palmente das trs reas conhecidas wtrio a dade, rlfv~;:Jde instruo e longevidade em Bacia do golfo de Bohai, o Delta do Rio das outros> ,As respostas polticas a essa situa. Prolas e o Delta do Rio Yangtze- contri- o incluem. a ajuda estrangeira e esfor" buram com mais da metade do PIB do pas os mltil.tcrais para facilitar o comrcio em 2005, embora ocupem menos de um internacional e os fluxos de investimento. quinto de sua rea. No Brasil, os estados do Mas as barreiras s exportaes agrcolas Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e So dos pases em desenvolvimento continuam Paulo) respondem por mais de 52% doPIB considveis; e a indiferena por pessoas do pais, mas ocupam menos de l5% de sua em lug

  • OS o

    e

    I o

    a-es i-m., a-r-

    i o o.

    as. m as

    ~s A r;. i o :a :JS i e A ~

    Viso Geral

    Mapa 1 Os maiores desafios n dasanvohllmento - nas escalas geogrficas local, nacional a internacional

    a. Um bilhio em favelas

    Populagl!o (em milhes) c::=J Regies do RDM ID0-250

    Fonte: a. UN Hilbitat2007; b. Banco Mundiil12003b;.Collier2007.

    5

  • 6 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO M\JNDIAL 2009

    da renda nacional bruta dos pases doadores e nem mesmo uma frao significativa do PIB dos pases que abrigam o "bilho mais pobre",1 os quais constituem 12o/o da popu-lao mundial, mas tm menos de 1 o/o do seu PIB (ver mapa 1, painel

  • . O Relatrio sobre o Desenvolvimento Mundial 2009 tem uma mensagem dife-

    ... J:ente: o crescimento econmico raramente

    .. c(equilibrado. As iniciat~YaS prematuras plira dissemin-lo de forma ~l.!ilibrada pelo . ,espao colocaro em rsco o progresso. Dois sculos de desenvolvimento econmico

    demonstram que as dispardades espaciais de renda e produo soineyitveis. Uma

    gerao de pesquisa econmica confirma isso: no existe um bom motivo para esperar que o crescimento econmico se dissemine de forma regular no espao. A experincia d pases que se desenvolvem com xito demonstra que a produo torna-se mais concentrada em termos de espao. As naes mais bem-sucedidas tambm ins-tituem polticas que tornam os padres de ida bsicos mais uniformes no espao~ rcodu o econmica concentra~

    A pnme1ra parte do Relat

  • l

    8 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    Estado do Rio de Janeiro (44.000 km2) Estado de Lagos 13.600 km'l Grande Cairo (86.000 km')

    Brasil (8,5 milhf!es de km'l Nigra {933.000 km'l Repblica rabe do Egito (995:000 km;l

    lest9 da sia (15,9 milhes de km'l Amrica do Sul {17,8 milhes de km1) Leste da frica (6,1 milhes de 1tm1l Norte da frica {6.0 milhes de km1l

    Dimenso maii importante Densidade Distineia liivisia Entrll pa!ses

    Segunda dimenaio mal$ importante

    Terceira dimenso mais importante

    Fonte: EqUipe do VVOR 2009.

    Das povoaes rurais e urbanas

    Distincia Por causa do congestionamento

    Diviso

    Entre as povoaes normais e as favelas

    Entre as raas atrasadas e as reas mais desenvolvidas Densidade Da populaao e da pobreza nas reas mais atrasadas Divilio Entre reas dentro dos palses

    Dlstncii Dos'imponantes mercados do mundo

    llenlidalla Ausnia de um grande pas prxmo

    Nota: Ao longo do relatrio, "reas" so comuni,dades econmicas ou unidades administrativas dentro dos pases, tais comoe,litiidos ou provincias; "regies" so agrupa'mentos de pases baseados na proximidade geogrfica.

    esto divididas. Embora a distncia seja importante no mbito internacional, para acesso aos mercados mundiais., as divises relacionadas 'J.Ip.permeabili-.dade" das fronteiras e s diferenas entre moedas e regulao so uma barreira mais difcil de superar do que a distn-cia. Ter uma economia grande e din-mica na "vizinhana" pode ajudar os pases menores, especialmente em regi-es afastadas dos mercados mundiais. No caso das economias da frica Central e da sia Central, a integrao interna-cional mais difcil.

    No entanto, o problema em potencial em cada uma dessas escalas geogrficas o mesmo - as pessoas esto em um lugar e a produo em outro. Os lugares atraem a produo e as pessoas com velocidades diferentes, e essas diferenas determinam as disparidades geogrficas de renda. Nas pro-vncias; nas naes e no mundo em geral, o desenvolvimento vem em ondas .e deixa para trs uma "paisagem" econmica cheia de irregularidades, os montes e vales, com prosperidade em alguns.Jugares e pobreza em outros.

    O mundo no plano O desenvolvimento no uniforme nem

    linear - em nenhuma escala geogrfica. O ctescimento chega mais cedo a alguns lugares do que a .outros~ As diferenas

    geogrficas de padres de vida niv,.r"''~'"' antes de convergirem, mais rapidamente escala locale mais lentamente medida a gegt~fia exerce sua influncia. fatos eropiricos, baseados nas ex]pet'lilcl:as de .Pafses que se desenvolveram com nos dois 6ltimos sculos.

    A prPdu,iio econmica torna-se mais concentrada

    medida que os pases se de!;envolvern; as pessoas e as atividades econmicas nam'-se mais concentradas. Mas a dade va#a dependendo da escala ""~-'"''-~

  • >-la

    rendimentos baixos e instituies

    A concentrao mais unifotme no tlltlbito nacional. Nesse caso, a melhor maneira de medi-la por meio de indicadores do lesenvolvimento de reas - o acmulo

    da produo e de pessoas nas reas mais importantes. Grande parte dessa transfor-mao geralmente est concluda quando os paises alcanam rendas per capita de cerca de US$ 10.000- U$$.11.000, apro-ximadamente o limiar para entrar nas rendas altas. Essa a experincia dos pa-ses que se desenvolveram com sucesso. A implicao que os pases em desen-volvimento devem esperarum autnento das disparidades sub nacionais de renda e produo quando ainda tm infraestru-tura e instituies subdesenvolvidas. A concentrao mais lenta em nvel inter-nacional e mais duradoura. A produo e a riqueza continuam a

  • 10 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    baixas de cerca de US$ 3.500. ( difcil fazer comparaes internacionais por-que os pases definem o termo "urbano" de forma diferente.3) Entre 2000 e 2005 o crescimento mdio da populao urbana nos pases de renda baixa foi de 3% ao ano, mais. que o dobro da taxa dos pa-ses de renda mdia e mais de trs vezes a taxa dos pases de renda alta. Algumas vezes, isso pode significar o crescimento rpido de umanica cidade, como Ban-gkok, Tailndia, produzindo concentra-o ainda maior; A parcela de residentes urbanos no con-

    sumo total dos domiclios tambm aumenta, Os moradores urbanos em Malui, Jordnia e Panam - pases com PIB per capita de aproximadamente US$ 160, US$ 1.600 e US$ 5.600, respectivamente - respondem por 36, 63 e 80% do consumo agregado.

    Essas transformaes espaciais esto inti-mamente ligadas transformao setorial dos pases, de agrrios a industrializados e depois, em uma economia ps-industrial, a servios. Os pases de alta renda de hoje em dia experimentaram uma pressa seme-lhante para se urbanizarem enquanto se industrializavam (ver captulo 1). Todas as evidncias indicam que a transio da ativi-dade rural para industrial ajudada, c no prejudicada, por um setor agrcola saudvel, o que ajuda as cidades pequenas e grandes a prosperarern.4 As pessoas deslocam-se para melhorar suas prprias vidas. Mas quando a agricultura vai bem, amgrao no faz bem somente s pessoas, mas tambm aos vilarejos de onde elas saem e s cidades onde se estabelecem.

    A concentrao nacional (nas reas principais) continua por muito tempo. O que verdade para as cidades grandes tambm verdade para as reas dentro dos pa.ses, mas a um ritmo mais lento. Como desenvolvimento, as. pessoas e a produo passam a concentrar~ se em algumas partes dos pases, chamadas reas, "principais". A densidade econmica aumenta nessas par-tes- Marmara, naTurquia, pr exemplo-, enquanto a renda em lugares economica-mente distantes - como o sudeste da Ana-. tlia, no leste - podem ficar bem pra trs. Essa concentrao difcil de quantificar; mas parece diminuir ou parar nas rendas

    per capita entre US$ 10.000 e 15.000 ( figura J, painel b).

    No irido, a concentrao aumenta damente. A parcela do consumo total reas mais hnportantes dos pases com das que variam entre US$ 500 e US$ 7. ..,.. Tadjiquisto, Monglia, El Salvador Argentina ~ aumenta de 30 para 65o/o, comparao entre as concentraes PIB em pases com a mesma rea-blica Dell1ocrtica Popular do l.aos, Polnia e Noruega - mas com ,.{>,.,,.,.,..,tttlnUrl. durant~ lilgum tempo. Uma . seinelharit da massa econmica est ocor-rendo no nvel internacional. Atualmente, 25o/o d PIB mundial cabe dentro de uma rea dotawanho de Camares e a metade, em urna rea do tamanho da Arglia. Em 1980; Unio Europeia (UEI.S), mrid d Norte e Leste Asitico representavam 70% d PIB mundial, em 2000 este vlot subi\1. par83%. Nessas regies, a atividade econrniC: concentrou-se em alguns pases durante algum tempo antes de se Em 1940;~conomia da Frana, rut;HJCUUl>Oriido representavam dois do PIB ~egional da UElS antes de cair para os cercii.d 50% de hoje. No Leste Asitico, a particip~o do Japo rio PIB da regio

    elevoii~se para 83o/o em 1975 e caiu 62o/o em 2000~

    N(")hmotivo para esperar que, quando prosperarem, outras partes do mundo no venham i experimentar os mesmos padres "-'ull1a CresCente concentrao em alguns

  • antes de se espalhar pelos vizinhos .captulo 3). .. ,.,., .. ,, .. de vida divergem antes de

    medida que as rendas aumentam, os de vida convergem dos locais onde

    . trlassa econmica se concentrou, bem onde isso no ocorreu, mas s depois

    divergirem.

    O consumo essencal dcs domidlios o que converge mais cedo. Os hiatos de con-sumo essencial entre os domiclios das zonas rural e urbana diminuem bastante rapidamente. Mesmo nos pases eni que

    a parcela urbana de 50-60%, essas dife-renas podem ser pequenas. As diferenas de taxas de pobreza entr as reas so mais persistentes e as diferenas ilitemacionas so mais persistentes ainda. Mas corno o mundo se desenvolveu; esses hiatos dimi-nuram em todas as escalas geogrficas.

    O acesso aos servios pblicos bsicos con-verge em seguida. As diferenas entre as reas rural e urbana em educao bsica, sade, fornecimento de gua potvel e saneamento persistem at os pases alcanarem ren4imentos mdios mais altos. Mas as disparidades desses servios dentro das cidades - mais vis-veis nas favelas - persistem muito alm dos elevados nveis de urbanizao e dos rendimentos mdios mais .altos. Os salrios e a _renda conVergem por ltimo. Na verdade, os salrios earenda divergem entre as reas mais atrasadas e as mais importantes 4e um ps.rpedida que ele passa pelas renda baixa-e:mdio-baixa, a mesma variao de .rendas per capita necessrias para o aumento da concen-trao territorial. E divergncia global de salrios e riqueza parece continuar por muito mais tempo. No Leste: Asitico as rendas per capita divergiram entre 1950 e 1970 enquanto o Japo avanava. Depois, a prosperidade do Japo seespalhoupara os pases v.izinhos e as rendas convergi-ram, enquanto os pases da regio que se integraram internacjonlmente prospe-ravam. Entre os pases da,Asia Ocidental, em contrapartida, no houve divergncia de renda- nem crescimento rpido.

    Vtso Geral

    Figura 2 Em todas as trs escalas geogrficas, as modelos de convergncia de padres de vida so semelhantes

    a. No mbito local, h divergncia e depois convergncia dos hiatos entre a rea rural e urbana

    Proporo do consumo per capita entre a rea rural e a urbana

    3 ~ .

    '- . :. . 2 ': . ..~. ... .r ... :-

  • 12 RELAT0RIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    de padro de vida (tais como o consumo, a renda ou o salrio per capita) levam muito tempo para convergir, algumas vezes at com divergncia inicial (ver figura 2). Em outros, tais como os indicadores de educao e sade, pode ser mais rpido.

    No mbito local, , a convergncia de padres de vida bsicos comea mais cedo. Os hiatos entre os nveis de. consumo das reas urbanas e rurais aumentam at os pases alcanarem nveis de renda mdio-alta (ver figura 2). Mas caem logo depois e tornam-se menores antes mesmo de alcan-arem os nveis de rendimento elevados de cerca de US$ 10.000 per capita. A diferena no acesso gua e ao saneamento entre zonas urbanas e rurais de 25% nos pases menos urbanizados. Nos pases com taxas de urbanizao de aproximadamente 50%, como Arglia, Colmbia e Africa do Sul, a disparidade de acesso de cerca de 15%. Em pases como Brasil, Chile, Gabo e Jor-dnia, a disparidade inferior a 10%.

    Esse padro tambm existe no interior dos pases. As provncias mais prsperas e urbanzadas tm disparidades menores de padro de vida entre as reas urbana e rural. Isso vlido at em pases com nveis de renda baixos, como China. ndia e Filipi-nas. Mas em reas altamente urbanizadas, as diferenas de padres de vida bsicos, como saneamento e escolas, tendem a per-sistir; Apesar do grande esforo dos gover-nos, por exemplo, as favelas continuam a caracterizar o cenrio urbano dos pases muito depois de eles alcanarem nveis de renda elevados. comum um tero da populao de uma cidade em desenvolvi-mento viverem favelas.

    Em nvel nacional, a divergncia de padres de vida ocorre rapidamente, mas a convergncia mais lenta. Nos. primeiros

    nveis derenda,.as disparidades de padres de vida entre provindas ou entre reas podem ser pequenas. Mas aumentam rapi-damente rtu~dida que os pases crescem; No Camboja, que tem renda baixa, por exemplo, a diferena de consumo familiar entre as reas adiantadas e atrasadas de quase 90%. Na Argentina, que tem renda mdia, essa diferena de 50%, mas no Canad de hoje de apenas 20%. Nos pa-ses em rpido crescimento do Leste Asitico

    e Leste Europeu, por exemplo, essas ridadesa\ll11entaram rapidamente.

    Algl.lns pases como o Chile so es. E~tre 1960 e 2000, o pas o~~or;,..,..., .. ;.._ tou Uma cOnvergncia geogrfica enj:Ju,,ri.a de rendimentos continua durante tempo .(l Cf:nivergncia mais lenta. O PIB global pr cpita aumentou quase dez vezes desde 182:A expectativa de vida uvn v ..... As tax.~~ de alfabetizao aumentaram de i:nenos d 20% para mais de 80%. Mas esses ganhos no tm sido compartilha-'" dos de maneira equitativa. A Europa e desmembramentos - Austrlia, Canad, Nova ZdJ)dia e Estados Unidos -, e mais recentemente o Japo e seus vizinhos, des-frut:arth de enormes aumentos de renda e padro de \fda.

    Com relao renda, a convergncia . aconteceu somente nas regies do mundo que crescem mais rapidamente. o padro . tem sido irregular dentro desses pases ..;. alguns paises lideram, o que provoca dispa- . r idade c1eriti:'o de sua "vizinhana", depois o cresdrrintoparece se espalhar pelos pases vizinh()s. Em outras regies como a Asia

    Ociden~al, no h divergncia - o que de pouco consolo, pois essas regies esto atrs da EurQp; das ramificaes da Europa e do Japo. A. importnCia das vizinhanas sei: det#dlfstrada graficamente por meio

    . compara~o entre as naes do Cone Sul da Amrica L~tina-Argentina, Brasil, Chile e Utug\:iai +.e Itlia, Pbrtugal e Espanha, no sul da ur6pa. Entre 1950 e 2006, a con-vergnda ho Sul da Europa foi de 1% ao ano, rnas na Amrica do Sul, foi de apenas 0,3%.

    A contrrio da renda, a desigual-dade global no acesso aos padres de vida

  • ia lo i o

    a-

    la

    - expectativa de yida e educao caindo desde 1930. Essas melhorias

    velocidade desde 1960 e foram as por todas as regies.

    diferente hoje, mas o oferece lies teis

    padres gerais de concentrao e onveJ:gnclta para os pases em desenvolvi-

    de hoje devero perman,ecer os mes-que caracterizaram s primeiros. pases

    desenvolver. Mas existem algumas dife-.,.,r,,~.r,nr causa.de motivos tecnolgicos e

    .Cidades maiores. Graas melhoria da ,,~u='-'''"''"' ... e dos transportes, o mundo est

    mais populoso e as cidades so muito '"'~"~ . ~v Entre 1985 e 2005, a populao

    dos pases em desenvolvimento mais de 8,3 milhes por ano, quase

    trs vezes o crescimento de 3 milhes ao ano dos atuais pases de renda alta entre 1880 e 1900, quando suas rendas eram compar-

    veis. No entanto, se a China e a !ndia forem excluidas, o aumento anual de menos de l,JS$ 4,5 milhes, cerca de 50% mais do que h um sculo. A grande diferena que as maiores cidades do mundo so atualmente muito maiores do que as grandes cidades do passado. Londres tinha menos de 7 milhes de habitantes em 1900; a maior cidade entre os pases de renda baixa de hoje (Mumbai) trs vezes maior. O mesmo ocorre com a Cidade do Mxico, a maior cidade entre os pases de renda mdia. O tamanho mdio das 100 maiores cidades do mundoaumen-

    . . ~ou quase 10 vezes de:sde qe tinham em 1990 (ver figura 3, painel ~:i) e qua$e dois teros dessas cidades esto nos pases em desenvolvimento.

    Mercados mais ampl~s. Por tlisa dos avanos nas comunicaes e. na tecnologia de transportes, a noo de mercados mais

    , global. O comrcio global representa hoje mais de 25o/o da produo global, quase 5 vezes mais do que em 1990 (ver figura3, pai-

    . nel b). A abertura para o comrcio estran-geiro e os fluxos de capital que tornam os mercados mais globais tambm aumenta as disparidades de renda S\lbil!lcionais e faz

    . que elas persistam por mais tempo nos pa-ses em desenvolvimento. Nem todas as par-tes de um pas so igualmente apropriadas

    Viso Geral

    para o acesso aos mercados mundiais, e os lugares do litoral e economicamente densos saem-se melhor. O PIB per capita da China em 2007 era igual ao da Gr-Bretanha em 191 L Xangai, a rea mais importante da China, tem hoje um PIB per capita igual ao da Gr-Bretanha em 1988, enquanto o PIB da atrasada Guizhouest mais prximo ao da Gr-Bretanha em 1930. Tudo isso de deve ao tamanho da China, abertura da China litornea para o mercado mundial e localizao de Xangai na costa. Figura 3 Os paises que se desenvolveram depois enfrentam um mundo diferente

    a. As cidades sio mais populosas Tamanho mdio da populao das 100 maiores cidades do mundo 7.0 .

    6.0

    5.0

    4.0

    3.0

    2.0

    1.0 0.7 0~2

    -

    2.0

    o 1820 1900 1950 2000 Ano

    b. Os mercados so mais internacionais Parcela do comrcio mundial no PIB 30

    25

    20

    15

    lO

    5

    o 1

    -1820 i 6 1900 1950 2000 Ano

    c. Mas o mundo est mais fragmentado .Nmero de fronteiras 700

    600 600

    500

    400

    300

    200 200

    100 75

    o 1820 1900 1950 2000 --

    Fonte: WDR 2009 team.

    13

  • 14 RELATR[O SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    Mais fronteiras. Embora os mercados estejam ficando mais internacionais por causa de melhores transportes e .comuni-caes, o mundo tornou-se politicamente mais fragmentado. Em 1900 havia cerca de 100 fronteiras internacionais (ver figura 3). Hoje, existem mais de 600, pois as naes da sia e da frica alcanaram a independn-cia dos colonizadores europeus, e a Unio Sovitica e outros paises comunistas dividi-ram-se em naes menores. A fragmentao do mundo em um nmero maior de naes significa mercados internos menores. Mas, ao mesmo tempo, a possibilidade de acesso aos mercados estrangeiros est crescendo. De qualquer forma, fronteiras mais tnues entre pases trazem agora compensaes para os produtores e trabalhadores.

    Essas diferenas tecnolgicas significam que o passado no oferece qualquer ensina-mento? As cidades dos pases em desenvol-vimento so grandes demais e esses pases estariam em situao melhor se o ritmo da urbanizao fosse mais lento? Os pases em desenvolvimento de hoje devem preocupar-se mais com as disparidades regionais de pro-duo e renda do que os pases desenvolvi-dos se preocupavam quando se encontravam em uma etapa similar de desenvolvimento? mais fcil hoje. para todos os pases em desenvolvimento ter acesso aos mercados globais e compensar as desvantagens associa-das s maiores fragmentaes? Este Relat-rio demonstra por que a resposta para todas essas perguntas no.

    Os mercados moldam o cenrio econmico

    As densidades crescentes de assentamen-tos humanos,.as migraes de trabalhadores e empresrios para encurtar as distncias at os mercados e reduziras divises causa-das por diferenas de moeda .e convenes entre pases so essenciais para o sucesso do desenvolvimento econmico. As transfor-maes espaciais nessas trs dimenses -densidade, distncia e diviso- foram mais acentuadas no Japo, na Amrica do Norte e na Europa Ocidental. Os deslocamentos rpidos e frequentes de pessoas e produtos ajudaram a Amrica do Norte, a Europa Ocidental e o Nordeste da sia a responde-rem por cerca de trs quartos da produo

    global, 111esmo contando com menos de sexto dapopulao mundial.

    As mesmas foras de mercado de merao, migrao e especializao mudando o cenrio econmico dos em desenvolvimento. mais de forma semelhante em abrangncia . rapidez. Cidiides que crescem, pessoas se deslocam e comrcio vigoroso tm os catalisadores do progresso do desenvolvido ao longo dos dois sculos:. Agora, essas foraS esto m

  • lianar seu vigsimo milionsimo aparelho.6 .A fbrica havia iniciado sua produo ape-. nas um ano antes. Sem ter a privilegiada condio administrativa de Shenzhen nem sua infraestrutura, Sriperumbudr pode estar a caminho de tornar-se um ncleo nacional, talvez at regional, de produtos eletrnicos. A chave sua proximidade da cidade de Chennai, tal como a proximidade

    Shenzhen de Hong Kong, na China, foi de grande ajuda para seu crescimento.

    Em 1965, quando a independncia foi imposta em Cingapura, ela no estava pr-

    . xiina a qualquer local prspero ou tran-Em vez disso, ficava entre a Malsia e

    alndonsia, dois pases pobres que haviam sido devastados pela guerra.entre coloniza-dores. Trs quartos da populao de Cinga-

    . pura vivia em cortios e favelas. Por volta .de 1980, a cidade j estava industrializada, , ~specialzando-se em eletrnica, muito

    .$emelhante ao que Shenzhen est fazendo agora. Em 1986 era o pOrto de contineres

    mais movimentado undo e o ncleo nanceiro do Sudeste.ASitiCo. Durante

    sua trajetria, Cingapur~ urbanizou suas favelas e integrou sua ~ulao pobre atravs de melhor disciplinal1lento do mer-cados de terras, criao de infraestrutura de transportes eficiente. e polticas habita-cionais. A prosperidade se espalhou pela vizinha Malsia. A prosperidade da Mal-sia, comandada pela manufatura, por sua vez, ajudou mais de 2 milhes de indon-sios que afluram em grande nmero para preencher vagas de empregos na construo civil e servios. Os empresrios de Cinga-pura voam pela sia, contribuindo para o crescimento econmico em lugares mais

    distantes do que Shenzhei1 e Sriperumbu-dur. O "pequeno ponto vermdho" no mapa '"'.como teria ironizado o presidente de um pas vizinho7 - transform()U-se,integrou-se aosseus arredores e superoua Gr-Breta-nha, seu antigo colonizador (ver mapa 2).

    Cingapura, Shenzhen e Sriperumbudur demonstram como economias de escala na produo, t}a mobilidaqe de. mo-de-obra h:!o caplfal, alm de custos de transpor-

    ~tes 1i'rrerage~ para produzir . rpllo crescimento econmico em ctfeS

    ~ . . -

    paises, grandes e pequenos. Esses elementos consutuem o motor de q"iifquer economia.

    Viso Geral

    O seu papel fundamential na prosperidade e reduo da pobreza o objeto dos trs pri-meiros captulos do livro de economia mais influente j escrito: A riqueza das naes, de AdamSmith.

    As economias de escala enfatizadas por Smith podem ser classificadas em trs tipos - aquelas que beneficiam exclusivamente as empresas; as compartilhadas por empresas do mesmo setor da indstria e mesma localiza-o; e aquelas em geral mais disponveis para produtores em uma grande rea urbana. Em 1999, com menos de 17.000 habitan-

    tes, Sriperumbudur era suficientemente grande para que a Hyundai montasse uma grande fbrica. Sete anos depois, em 2006, a cidade havia ajudado a Hyundai a produzir seu milionsimo automvel. Servios de educao bsica e de sade, a proximidade de um porto e infraestru-tura bsica foram tudo o que a cidade precisou para facilitar as economias de escala no nvel de fbrica. A evidncia que as economias de escala internas so elevadas em indstrias pesadas como a construo naval e baixas em indstrias leves como a de vesturio. A cidade dis-pe de trabalhadores suficientes para permitir estabelecer a correspondncia entre trabalhadores e empregos nas gran-des fbricas. Assim, cidades como Sripe-rumbudur so suficientemente grandes para possibilitar economias internas.

    A Regio Econmica Especial de Shen-zhen - com uma rea de apenas 300 km2 , mas uma populao de quase 3 milhes - abriga uma dinmica inds-tria de eletrnicos. Com uma disponibi-lidade imediata de jovens trabalhadores qualificados e semiqualificados, a rea est investindo em educao e pesquisa a fim de garantir que a cidade oferea tudo o que a indstria necessita. Seu porto recebe produtos intermedirios e de l saem produtos aciabados. Com-partilha instalaes dispendiosas, tais como portos para contineres de pri-meira qualidade e centros de conven-es e estabelece a correspondncia de trabalhadores com o crescente nmero de empregos medida que as empresas ampliam rapidamente suas operaes. A proximidade de Hong Kong, na China,

    15

  • 16 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    oferee acesso a financiamento, embora Shenzhen abrigue um setor financeiro em rpida expanso. E a concorrncia entre os inmeros fornecedores de pro-dutos origina custos menores. A rea um exemplo de excelncia no forneci-mento de, segundo o jargo de econo-mia, economias de localizao. Cingapura j passou por essas etapas e hoje um dos maiores centros de comr-cio do mundo. Oferecendo um ambiente econmico estvel, excelentes meios de transporte, boa habitao e financia-mento eficiente, Cingapura presta servi-os para toda a regio sia-Pacfico. Esses servios so utilizados por uma ampla gama de indstrias, de transportes at manufatura, educao e financiamento, seguros e imveis. Eles prosperam na densidade econmica. Com menos de 5 milhes de pessoas vivendo em menos de 700 km2 , Cingapura o pas com maior densidade populacional do mundo. Em 2006, suas exportaes de US$ 300 bilhes aproximaram-se daquelas da Federao Russa, que ocupa uma rea de mais de 16 milhes de kmz. A diver-sidade de Cingapura facilita a troca, a correspondncia e o aprendizado, ofere-cendo o que os economistas chamam de economias de urbanizao. Na maioria dos pases, essas cidades gran-

    des e pequenas coexistem. O estado do Rio de Janeiro,noBrasil, tem aproximadamente 14,5 milhes de habitantes. Volta Redonda, no muito longe da cidade do Rio, originalmente fornecia bens e servios para atender apenas s necessidades da CSN, a maior fabricante de ao da Amrica Latina. Duque de Caxias, a cerca de 15, kin do Rio, atende s necessi~ dades de uma indstria que fabrica produtos petroqumicos, E a dversificada metrpole do Rio de Janeiro, com cerca de 6 milhes de habitantes, presta servios financeiros aos assentamentos que a circundam. Junto com outras metrpoles como So Paulo, liga o Brasil ao resto da Amrica Latina e o mundo. O modelo to conhecido, que quase uma lei em economia urbana.

    As funes e os destinos das povoaes esto interligados. Os locais industriali-zados so diferentes dos seus antecesso-res agrrios, no apenas porque so mais

    concentrados, mas tambm porque mais especializados. As cidades podem ser timas para novas empresas, e menores podem ser mais adequadas mais consolidadas. Na agricultura, a . adut~a e colheita ocorrem no mesmo Isso no se aplica indstria e aos a empresas. Aqueda no custo dos tes e comunicaes permite que as separem ell1 termos espaciais a "so::I:Ilt:lluuJ da colheita". Os produtos podem ser proj tados e financiados em grandes cidades produzidos em cidades pequenas.

    Quando as empresas se ajustam mudanas das condies de mercado, lugares tm que desempenhar funes rentes ou correm o risco de perder tncia ecort()mica. O mais imvel de s insumos para a produo - a teria deve tomar.-se mvel entre usos. O aos oceanos e rios deveria ser a razo qual um local colonizado, mas a lidade d~ seus mercados de terras riP.ti>rrni.c nar .!!mgrande parte o quanto esse ir crescer; Os governos podem no bons em escolher lugares que Pr)sp,er~tr

  • para explorar oportunidades de As pessoas tambm se deslocam, mas

    vPrn-se u .... ., depressa pl~a aglomeraes , 11~,v,_, ...... ~ do que para aglomeraes distao-

    Assim que fbricas e pessoas chegam a ,.., ... .,,,.,, outras as imitam.

    No mbito local, o deslocamento em direo densidade gil nas economias q.ue crescem rapidamente, evidenciado

    uma migrao vel(lz da rea rural pa.ra a urbana que acompanha a tran-sio da agricultura para a indstria. Durante o perodo de crescimento da Repblica da Coreia, entre 1970 e 1995,

    proporo urbana da populao qua-druplicou para 82%, sendo a migrao

    responsvel por mais da metade desse aumento. No mbito nacional, os trabalhadores deslocam-se a fim de reduzir a distn-cia dos mercados em partes do pas que esto prosperando. Aproximadamente 3 milhes de pessoas deslocaram-se na

    . segunda metade da dcada de 1990 dos estados indianos de Bjhar e Uttar Pra-

    . desh para a adiantada Maharashtra e a prspera regio do Punjab (ver mapa 5). No Vietn, um pais muito menor, mais de 4 milhes de pessoa.,s migraram inter-namente durante o mesmo perodo. No mbito internacional, a migrao regional uma grandej>1cela da mobili-dade da mo-de-obra. A migrao entre

    vizinhos considervel:. Costa do Mar-fiJJ:l, India e a Repblica Islmica do Ir esto entre os dez principais destinos de seus vizinhos. Alemanha, .Itlia e Reino Unido ainda se classifi~~m entre os 10 primeiros em envio de dinheiro. Mas a migrao interregional lenta; Menos de 200 milhes dos 6,7 bilhes;de habitantes do planeta vivem fora da regio em que nasceram. Apenas 2 milhes de pessoas deslocam-se dos pases mais pobres para os pases desenvolvidos todos os anos, a metade deles para os Estados Unidos. Esse nmero no dever aumentar,

    embora os ganhos da maior migrao dos pases em desenvolvimento para os desen-yolvidos sejam considerV:ei.s.32 A migrao mternacional foi elevada no passado: ao todo, '20% dos europeus emigraram para novas terras nas Amricas, Austrlia e frica do

    Viso Geral

    Sul. Atualmente, esses movimentos so mais lentos. Apenas 500 mil chineses emigraram para outros pases em 2005. Mas a migrao interna aumentou no mundo em desenvol-vimento. Mais de 150 milhes de pessoas deslocaram-se internamente na China ape-sar das restries (ver mapa 2). Nos anos de elevado crescimento do Brasil, durante as dcadas de 1960 e 1970, quase 40 milhes de pessoas trocaram o campo pela cidade; ainda hoje, trabalhadores jovens migram em grande nmero (ver mapa 2). A migrao interna vigorosa no novidade. Entre 1820 e 2000, a renda per capita dos Estados Unidos aumentou 25 vezes, e os americanos ganha-ram a reputao de estarem entre os povos maisfelizes. No Japo, a migrao interna atingiu seu ponto mximo na dcada de 1960, enquanto o pas crescia para tornar-se a segunda maior economia do mundo.

    Apesar das agressivas polticas de desen-volvimento da rea, 1 ,7 milho de pessoas - mais mulheres do que homens - troca-ram a Alemanha Oriental pela Ocidental, o que ajudou a uniformizar os rendimen-tos. Desde a transio para economias de mercado, as empresas e pessoas esto esco-lhendo lugares mais apropriados para a pro-duo. Mais de 1 milho de pessoas- cerca de 12% da populao - saram da Sibria e do Norte e Extremo Oriental da Rssia e foram para regies no oeste da Rssia.

    A frica Ocidental mantm a mobili-dade da mo-de-obra regional por inter-mdio de cooperao institucional. Mas a frica independente geralmente menos

    Map 2 Settlements.of varying size facilitate different scale economias

    Source:WDR 2009team.

    17

  • 18 .. .: ~:> ::::i}::::::>:./::: .. . ::res de poli~.C;lS esi.?. . EspeciAt;i~o e comrcio quando os compreenden(lo q'lle o d~safio no. . corno CU$to~~ tf'atlSJJorte caem impedir as. pessbasg~ s~deslocare)ll, ~as.... < $~1$t~kde transport e coJnum. . .. > < .. ~Itiilld ~ti1o, especialmente nos

    A China ilus~ b~m os beneil::ios. Com SOanos(J?~sdea dcada de 1970, o c :ris1t/!:ii~Ct~~!~~~;/;:

  • Viso Geral

    Migrando para reduzir a d!~ncla ath dnsidde: apaSilr.dalf dificuldades, os.trabalhaderes chinesas migram

    radical mente a:lo~alizao dlS e a natureza do comrcio; Com

    de transporte eleyq~ ~~ ell:lpresas m que! estar pr:dn'l,S:'dos consumi-Mas quando os cu$f~s .e:transpode elas podem benefidar~$e. das econo~

    de escala internas~ l(lc~ e tirbai1~ts e o produto at os consumidores.

    Na esfera internacionalaconteceu o mesmo. Com custos de transporte elevados, a Ingla-t~rra impor~ava (!.penas .o que no podia cultivatouproduzitapreo razovel: espe-ciarias da ndia e carne da. Argentina em troca de produtos txteis e porcelana bri-tnicos. Quando os .custos de transporte cafram, ela importou mais especiarias e

    19

  • 20 RELATRIO SQBR~ O'I)ESENVOLVIMENTO ~:o:~I)lAL 2009

    mais carne. Mas comercializou tambm com a Frana e Alemanha ...,. .usque esco". cs por vinho francs, cerveja inglesa por cerveja alem. O comrcio para aten(ier s: necessidades bsicas foi acinparihado e rapidamente superado pelo comrcio para satisfazer a diversos desejos.

    Os custos de transporte e de comuni-caes mais baixos tornaram o mundo menor. Mas tornaram tambm a atividde econmica mais concentrada do ponto de vista geogrfico.

    Em nvel local, com a queda dos custos das viagem de casa at o trabalho e maior potencial para explorar as economias de escala, as cidades grandes e pequenas podem ficar maiores e mais densas.

    Em nvel nacional, como as reas mais adiantadas e mais atrasadas dentro dos pai-ses so interligadas por meios de transporte melhores, a produo mais concentrada nas reas mais densas economicamente, a fim de aproveitar as economias de aglomerao.

    Em nvel internacional, os pases que reduziram mais os custos de transporte foram os que mais se beneficiaram de um comrcio mais amplo. A maior especializa-o tornou esses pases ainda mais competi-tivos, concentrando o comrcio e a riqueza em algumas partes do inundo.

    As economias de escala tambm so evidentes no setor de transportes. Mais comrcio significa custos de transporte

    Mapa .. Migi'aildci.pil~ riduzirdist.iiada d~~~~OII!trabalhadores jovens do Brasil .dealocam-n iilos mllham para aproxiinaram-se da:1lilnsldede econlimica

    Map 5 Migrating to reduce distance lD density: Migration in lndia has been lus frenatic

    I,.,...,. !Number of wthinstate mgrants

    Fonts:WDR 2009 tesm, based on census data from the Censs pf lndia.

    Mgrationtotals .. 1.000,000 _,00,000

  • mais baixos, o que, por sua vez, significa mais comrcio. Isso particuta.rmente ver~ dadeiro para o comrcio intraindstria, que tem sido a parcela do comrcio internacional. de crescimento mais rpido nos ltimos 50 anos. Desde 1960, a participao do comr-cio intraindstria no total.mundial dobrou de 27 para 54%. O comrcio intraindstria regional pequeno na maioria das regies e elevado em algumas; 1! prximo a zero na Africa Central, Sia Central, Africa Oriental e Setentrional, Sul da Asia e Sul ela frica. Apresenta os ndices mais elevados.na Aus-trlia, Leste Asitico, Nova Zelndia, Am-rica do Norte e Europa Ocidental (ver figura 4).

    A cooperao regional avaQ.ou nmito mais depressa e foi muito mais adiante .nes-sas partes do mundo, o que explica por que os atritos de fronteiras em relao ao comr-cio diminuram. Ajudada por umaintegra- mais profunda, a preelaintra-regional do comrd na Unio Eliropeia elevou-se acima rlC:>s 60% (ver Geografi.a em>Movi mento: Superando a Diviso na Europa Oci-dental). No Leste Asitico; regio que cresce mais.rapidamente, a parcela do comrcio

    4. O comrcio intra-indstria il~all11 nd,atdai6tico, Amrica do Norte, Ocaania a Lette

    Sul dacMrica. 1 frica ~ldentalfll. i

    frica-e~tral f ' '" . No~.daAfiica -~::::.

    sia Central, Cucaso eTiirquf ~ fi:fcii ()ril!ntill lea ";"; AslaQclC:tental <

    soldaf\si

    Austrlia e NovZelandla

    .J:mne; Bl'lllhart 2008, para este Ralat6rio,. . . fndite GL, 3 dlgltos,comrclo lntragrupos

    Nota:The Grubei'Uoyd lndex is thefraction .. ofJotal trade that is accounted for by intraindustry trade~

    Viso Geral 21

    regional agora mais de 55% (ver Geogra-phy in Motion: Distance and Divison in East Asia - Geografia em movimento: distncia e diviso no Leste Asitico).

    O desenvolvimento em um mundo cada vez mais . especializado e concentrado ainda mais desafiador. Os pases em desen-volvimento tm custos de transporte mais elevados e mercados pequenos, elementos que no ajudam na especializao. Mas vrios pases- principalmente do Leste Asi-tico - demonstraram que esses mercados so acessveis aos pases de baixa renda. A resposta. est no componente do comrcio intraindstria que cresce mais rapidamente: comrcio de "bens intermedirios" de pro-duo {ver quadro 3).

    No setor agrcola, industrial e de servi-os, o potencial para fragmentar a produo quase ilimitado. A Tailndia pode no ser capaz de fabricar um aparelho de televi-so melhor que o Japo, mas pode fabricar peas de televisores com a mesma quali-dade e mais baratas. Apoiados pela China e Japo, os pases do Leste Asitico desen-volveram redes de produo que comer-cializam mercadorias intermedirias nos dois sentidos. os especializarem em uma pequena parte da cadeia de produo, eles se transformaram nesse componente mais . lucrativo e de crescimento mais rpido do comrcio produtivo.

    Os pases de outras regies tambm podem se beneficiar com o crescente comr-cio de produtos intermedirios. A chave para a maioria deles fazer um esforo combinado para reduzir os custos de trans-porte. Isso significa maior concentrao dentro dos pases em desenvolvimento, mas - ao permitir que eles se especializem nas primeiras etapas do desenvolvimento e explorem economias de escala - os ajudar a. convergir para o nvel de renda e padro de vida do mundo desenvolvido. Nas duas ltimas dcadas, essas interaes entre eco-nomias de escala, mobildade de capital e mo-de-obra, alm de custos de transporte

    foram o foco de interesse dos pesquisadores (ver quadro 4).

    Esses novos resultados devem mudar as expectativas sobre o.s mercados. Devem tambm dar informaes sobre o que os governos podem fazer para promover as

  • 22 RELATRI SBlU O DESENVOLVlMEN'I"O MriJi.t)AL 2009

    c,~t::i,c;~( ;' ' ... li> ' ,,,j;~> ;: ' .)4'i~~~~~::~ QVAOM 3 Qml)

  • Viso Geral

    . . . . . . ..

    pelas grandescid~~es(c~~ultartapftulo com ospalses vizinhos, no com . 4),_.. . . .. . ;. . . '.,.''.

    . . A lmplicao:os.formuladol's os distantes. Com uma queda nos custos de transporte, os palses devem .'Comerclalzar mais com palses que esto inls,distantes. Mas o comrcio tornou-se mais localizado do que globalizado .. Os parsescomercializam mais com pases parecidos porque, cada. vez mais,. a basedocomi'cioa explorao de economias dEtescala, n.o as diferenas de dons naturais .

    ... < depolftrcas devem concentrar-se' nsfunes das Cidades1 no, no seu tamanho. . . , : . < . , . .

    O ttlpltalhumiino.des/Oca"s*fkira ..... ;onde ele.~ tibult'dqnte; n . ..si:oo . J..

    ill1lllmOI

  • ";":

    24 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNI'>iAL 2009

    bens e servios semelhantes - comrio intra-indstria- yem .crescendo rapida-mente. Mas na.Afrca Ocidental, as fron-teiras internacionais so acentuadas pela burocracia e por pontos de inspeo il-citos, que dividem a regio e frustram os esforos dos meniliros da ECQWAS para se especializarem e comercializarem.

    medida que a lente da geografia eco-nmica ampliada, movimentos diferente~, tenses e limitaes ~so revelados. Em nivellocal, em lugaresc01;no Bogot,

    a terra deve acomodar um nmero cada vez maior de pessoas; Se os mercados de terras funci()narein bem; a terra ser mvel entre um uso e.outro e alocada produtivamente, AS cidades que fizerem isso da melhor forma crescero mais e atrairao atmesm'O um maiornmero de pessoas para sua densidade econmica.

    AS pessoas e produtos deslocam~se muito mais rpido em Bogot e em seus arredo-res do que na. Turquia. Mas,. mesmo na Turquia; as reas ocidentais sero mais prsperas e mais densas, mesmo que a um ritmo mais lento; As disparidades espaciais de renda e taxa de pobreza entre o Ocidente e o Oriente provavelmente se elevaro e depoi$ cairo quando as pes-soas se deslocarem para beneficiar-se da densidade econmica. Se os mercados de mo-de.,obra na Turquia forem flex-veis; as pessoas reduziro sua distncia econmica dessas aglomeraes.

    Em nvelinternacional, esses movimen-tos devero o(rrer em menor numero e at mesmo mais lentamente. se: os

    T &bela 2 Aglomerao, migrao 8 8specializa,io sllo as fof$1s mais imponentes - 8 a terra, mo-deobra e produtos intermedirios, os mercados da. fatoras mais sensveis

    Aglomeraio Acelerada pela migraio, mobilidade do capital a comrcio

    fator-chave da Terra produo Imvel

    Migrelo Influenciada pela aglomeralloa especializa~io Mio-de obra Mvel dentro: dos pafses

    Foote: Equipe do WDR 2009. .

    eglomeraio e pela mobilidade de fatoras Produtos intarmadiirioa M6vel dentro. dos pafsea aantn pases

    Nota: Ao longo do relatrio, "reas" slio comunidades econllmiclil;llriidada~ admil)isttatlvas dantro dos pases, tais como estados ou provlncias e "regies silo gruptls de plses b;ase~Utos " pr"idniidede geogrfica.

    met~cf~ regional e global fossem grad.os, os pases da .Afrka vL.u.1t:uLu especializariam em algumas tornariam competitivos nos mpdii:t,Is. Quando as divises nuem, t;is pases vizinhos cnni~>rcia:H, beris ~"&efyios semelhantes, mais pelos benefcios da .. ~., ...... ""'' o e da escala do que pelas di1,erelhl; de .caractersticas naturais. O

    poq~ cfri.pensar apenas pa:rCll:tlntenttc iniobllidade da terra e da mito-cte-ob mas ajudar a convergnda quando paises. em. desenvolvimento ex:Plorar o componente de ----_,_ mais rpido: comrcio de intfir#i'ditlrios. Os motivos particulares de cada

    so os:prindpais pilares do cenrio nmico~ mas estes podem ser rernrnlellil.< p~}a ao coletiva, principalmente goverrips, Vistos atravs da lente ~.&""'& fia ec:pnmi:ca, o uso da terra, a mbilid: da m.o .. do.obra e o comrcio de .intermedirios entram ~m:foco (ver 2), Os govrrtos deveriam dispensar especj;il terra, mo-de-obra .e cados de:.produtos. Quando esses no funcionam bem, as foras de o, migta,o e especializao ~,.d_, ......... . c.em e:~.;et;pnomia fica estagnada. f:t.:ici(inari:l,, a terra, a mo-de-obra e mera40s de produtos geram a etic:in!Cia.

    econrunia:~ue acompanha a rnlnrsntr'r &eogrfica e 'a igualdade que est a5SI0Cl~U1 co~vtrgnd.a dos padres de vida,

    Re~ ... .. ~; .. ,.tjitic. . a p~. a. a integraifu .. tcon6mim preocupao dos formuladores

    polticas que a produo se COllCe.ntr:at em al!Ju~slugares, e as pessoas em A:s cida4es tero densidade econtriica e campo a maior parte das pessoas de .renda .. As reas mais adiantadas tero massa: econmica,. enquanto as d bai~a tenda se concentraro nas ma1$ tt:ll,S~as; Alguns paises . . .. ... prte di.riqueza do mundo, e outros, tda pobreza do .. mundo. Mesmo que fosse porr, essa situao parece injusta. as di~:pa:tf~ades podem ser

    de'se~tabil~a11do partes de um pas,

  • '.polticas .. Os . . . ..... ......... . . ..mas de erradicao de~ .. ~~~.. t~ .. S. ;\!.i.n tC~lritiv-os cfiscais para empresas '\

    .. .fatura oferecidos pelosi!:. .i:l, ,el'lrios .~~.-,..-~ . .. ais e acesso comercial ptiefeil:'entci~tl os pases pobres aos m~:rc;:u:t()S 1::1e. desenvolvidos.

    Viso Geral

    frma, no crescimento econmico das reas atrasadas. No mbito interi1aional, o acesso preferencial dos pases menos desenvolvidos aos mercados pode acabar por dominar as

    es da primeira parte e a anlise das foras de mercado da segunda parte, a terceira . parte reformula esses debates, sugerindo uma mudana de direcionamento espacial para integrao espaci;a pr~ble~~~ de tl':s 9irilenses, os tr~s in~trul!l~ntos sc) necessrios.-:- ins-tituies, infraestrutUra e intervenes

    . . (espa(:ialO}erite direcionadas} .. Aprincipal di.tnecnsona escala.geogr-

    . fica local ~ del'l.sidade; na. escala nacional a distncia; e, internacionalmente, a diviso.

    . Em cadi uma dessas esc;d.s geogrficas, as

    25

  • RELATRIO SOBR.E O DE.S.ENYOLVIM~NTO MU)Ij])lAL 2009

    L de urbanizao incipiente N. Naes com poucas reas atrasadas I. Regies prximas a.os mercados mundiais

    Desafio de duas dimenses L. reas de urbanizao intermediria N. Naes com reas atrasadas dnsas 1. Regies distantes dos mercados mundiais

    Situao difcil de trs L reas de urbanizao avanada que tm divises dentro das dimenses cidades

    N. Naes com reas atrasadas densas e divises internas I. Regies distantes dos mercad.os com pequenas economias

    Fonte: Equipe do WOR 2009. Nota: Ao longo do relatrio, "reas so comunidades econmicas ou uni~ades adm.inlstrativas deniro dos pases, tais coiiiQ !lstildos ou provncias e regies" so agrupamentos de pases baseados na proximidade geogrfica.

    politicas criadas sem levar expHcitaniente em considerao o espao (ou seja, espacial-mente neutras) devem ser consideradas o instrumento principal. Em alguns lugares, estas podem realmente constituir a maior parte das polticas de integrao. A tarefa de integrao relativamente simples em reas de urbanizaoindpiente (como nos estados atrasados de muitos pases de babca renda), em pases com mobilidade de mo-:-de-obra e capital (como o Chile) ou em regies que esto prximas aos mercados mundiais {com() o Norte da Africa). Nes-ses lugares, o desafio integrao pode ser considerado como de uma nica dimenso. Polticas de cunho explicitamente espacial geralmente no so necessrias a este nivel. Instituies universais ou espacialmertte neutras- dispqniveis a todos i.ndependente-mente do local- constituem os fundamen~ tos e o suporte principal de uma poltica de integrao eficaz.

    Quando a tai:efa se torna mais compli-cada, essas instituies devem ser auxilia-das pela infraestrutura. Em nvel local, a' rpida urbanizao pode congestionar a rea, aumentando a. distncia econmica e desestimulando as' economias de aglo-merao. Em lugares tomo Mumbai, cuja popla~o dobrou desde a;dcada.de 1970, o aumento dos congestionamentos tem que ser tratado

  • ou de idioma desestimulam as baixa renda que yi~ em _reas

    e densamente povo~as a buscar em outro lugar. Nas regies mais

    e remotas (coql a .frica ou a sia Central), Uqi aglomerado tf~S peQtlena~ e pobres pod produzir

    errados,... doena; con-

    das grandes.cidades, as reas densamente povol'ldas em naes

    e os pases do "~ilho mais -aproximando-se dos. trs bilhes

    no incio - so os maiores desa-integrao. As respostas poltic~s no

    ser tmidas, mas devem ser tambm

    nl1ff-~>~n a uma urbanizao e inclusiva

    pas cresceu e atingiu um de renda mdia sem industrializao

    vaJtHL.o,av. Nenhum chegou renda . sem cidades vibrantes; Acorrida para .. . nos pases em desei:'lvolvimento

    catica, mas necessria. Parece . ter precedentes, mas. J ac~nteceu antes

    figuraS). Tinha de acoilt~er, porque ov1mento das pessoas e firchtasem dire~

    densidade presen:te .na: urbanizao intimamente ligado . Jt!lP.sf~J:'llao

    economia de. agri'ja ~m industrial ps-industrial. ' '' governos podem fadlitrs transfor-

    espaciais que estq. pQr trs dessas ~tJ,qauas setoriais. Dependendoda etapa

    oa1mz:ac:ao, a execuii,ci definio de J.U!-Lii.Ut=~ exigem que 5e preS;te ateno a

    aspectos da transfurmao geo-. .,.,."""'" O que no muda :q11~ l!ma base de

    '!'!;~ui.uioes (neutras do ponto de vista espa-deve ser universal e vir. em primeiro

    os investimentos.etp in.fraestrutura ' c;!~.conexo devem ser prQgra,mados e bem

    J,j)calizados e virem em segundo lugar e as iptervenes voltadas par o ~spao devem s~ menos utilizadas e vii pqr)tltii:nO

    A abordagem exige a.disdplina de seguir princpio de integrao !'!Pt~Sentadoante. A recompensad.ectald!sciplina

    urna transfor:mao espacil' eficiente e inclusiva (ver captulo 7), .

    Viso Geral

    Figure 5 Em guas mapeadas: o ritmo da urbanizaio de hoje tem precedentes Mudana nas parcelas rbanas desde 1800

    .-

    27

    Economias em desenvolvimento (Mediana), 1S852005 Economias de alta renda (Mdia),1880-1900

    Economis m desenvolvimento !Mdi), 1985-2005 EUA,IB00-1900

    Dinamarca, 1800-1900 Reino Unido, 1830-1850

    Alemanha, 18301850 I Can11d, iSB0-1900 ffi' p

    o . !1!!11 Bl!ll :

    5 10 15 Percentual

    Source: WOR 2009 team calculations based on data from various sources (see figure 1.13).

    Os princpios descritos no relatrio aju-dam a priorizar as polticas para as diferen-tes etapas de urbanizao, fornecendo os elementos de uma estratgia de urbaniza-o. O mapa 6 exibe trs reas da Colm-bia, cada uma delas com uma geografia especfica. Mas os. princpios so bastante universais.

    Urbaniza4o incipiente. Em lugares que so prindpahnente rurais, os gover-nos devem ser o mais neutros possvel e devem estabelecer as bases institucionais da possvel urbanizao em alguns luga-res. Boaspol$ticas agrrias so essenciais, bem c() mo plti~as pat:a fornecer ser- vios bsicos para todos. Por exemplo, a.universalizao dos direitos. terra na Dinamarca, na virada do sculo XVIII contiibui11 enottnem~llte para o salto da nao pra md1.1Sn-ializao h algumas dcadas. De f1:o . as polftias de fortale-cimento dos direitos propriedade rural so consideradas de grande ajuda para a rnaio.r produtivi

  • 28 RELATRIO SOBRE O DBSEN:VOLVIMJ)NTO MVNQlAL 2009

    doenas prevenveis, como o sarampo. Em 2000, mais de 80% haviam se urba-nizado, ql!CI.Se todqs sabiam ler escre-ver e estavam imunizados, e a renda da Repblica da Coreia havia alcanado a de Portugal de hoje; Outro bom exemplo a Costa Rica.

    Urbanizao intermediria. Nos luga-res onde a urbanizao ganhou velo-cidade, alm dessas instituies, os governos devem implantar a infraestru:-tura de ligao para que os benefcios do aumento. da densidade econmica sejam mais amplamente C()mpartilhados. A industrializao implica a alterao dos padres de uso da terra medida que as atividades se. concentram e exige o des-locamento rpido de bens e servios. As normas sobre o uso da. terra podem afe-tar as decises sobre localizao e con-tinuam a ser prioridade institucional. A proviso de servi~os sociais de forma espacialmente neutra deve continuar a fazer parte da integrao entre as .reas rurais e urbanas, de modo que as pessoas sejam atradas para as cidades pelas eco-nomias de aglomerao e no foradas a sair pela falta de escolas, servios de sade e de segurana pblica nas reas rurais. Mas, mesmo que esses servios sejam fornecidos, os custos de transp()rte

    Map 6 As urbanization advances. policies mll$t evolve

    podem subir rapidamente por cresente congestionamento, as esolhas de localizao dos rios; A infraestrutura de ligao sria para manter a integrao

    rea~ ... ()s governos estaduais que funCionem bem juntos podero necer a infraestrutura principal, sria para assegurar que a nr11sr:er1td:~ seja amplamente compartilhada, a jurisl,io administrativa mai~ pocfe ajti.d.ar a coordenar os tos eJri itlfraestrutura. Um bom Cbngqing, na China Ocidental quadroS).

    UrbaniZQ:o avanada. Nas reas mente urbanizadas, alm das es.: e da infraestrutura:, podem

    nec~sst1as intervenes l'llteC'inT!ta paralidar com o problema das Os set:vi~os e o aprendzado as pessoas estejam prximas a habitveis . Essa a etapa em que ... las podem comprometer a capacida

  • que as intervenes diredona, sero suficientes por siss, Essas

    ,., .. ,lenc4~s no funcionaro a menos instituies ligad~ terra e aos . bsicos sejam ,rioavelmente e que a infraestr:utura de trans-

    implanta& . Um desafio dimenses deve set enfrentado

    resposta d uma p0litica com trs que exija polti!:;as coordena~

    nveis federal, estadual e munici-governo. o sucesso de Cingapura

    mcmstra as vantagens dessa coorde-em uma cidade~~stad,q. Exemplos

    recentesso Xangi eGUangzhou, China. Um exemplo ainda mais

    ,.,., ... ..,.~ .. (e talvez mais geralmente aplic- Bogot, na Colmbia~

    experincia de urbanizdqres bem~suindica que a base d ma transfor-

    de rural para urban bem Sucedida conjunto de polticas neutras do ponto

    espacial- "instituies na forma deste Relatrio; Os investimentos

    infraestrutura que unemJugares cons-a segunda camada.Aiintervenes ficamente direcionadas devem ser

    .u ... o.u.c> somente quando o desafio for difcil, m~ sempre em

    com um esforoJ>lif~:tnelhorar as stlltUJc~s e a infraestrutur.~

    ,.,.., ... ~ .. ,de desenvolvimento de reas que inte~anttts naes Algum~ts partes de um pas so mais rop,ria.aas.p:ara a agricultltt~i: ~ polliica d ouso e a converso da terra. No

    urb,n~ao no!n~nc) ~!TI ..... campo, o plano concentra as terras desenvoMrnert~o. ~;formuladors rurais mediante a transferncia.de > ~e,,Ptlim~~ c:f~Y~r'J!::~~s~~ta~eh~.() direitos de uso para as empresas

    A~Cilln;,t.~leyan;l()pa~ o: .. . e agr[ctiltores. Nas c:idads lr,ttei'lora'~ratQI~.durhniZao p~. ~. f:las.e gr. andes, a criao de

    qufoJ~~sy~~~ 'rihCipls zol'!asin9ustriais uma parte vital . reas'costlrsrt$'d. . . '1980 de um contexto mais amplo. As .

    :e=i~~~ ~ . . "!r'~~~:tres . . ~~:e~~oYJ:~!~5;a~~::~r~5~!o . ~ qt~ngqii'!g e,

  • 30 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MN)IAL 2009

    favorecidos pelos mercados e os menos afor-tunados. As polticas podem acelerar a con-vergncia dos padres de vida bsicos, de modo que as populaes dos lugares menos afortunados no tenham que esperar por comodidades pblicas bsicas at que seus pases alcancem nveis de renda elevados. A experincia dos pases que se dese)lvolveram com xito tambm justifica a impacincia em igualar os padres de vida bsicos.

    Consideremos a Malsia. O crescimento econmico e as polticas governamentais reduziram a pobreza e aumentaram os padres de vida, acelerando o progresso no sentido de alcanar os Objetivos de Desen-volvimento do Milnio. Mas nos primeiros anos de crescimento (entre 1970 e 1976), as taxas de pobreza divergiram ligeiramente entre os diferentes estados, convergindo mais tarde, quando caram ein todos os estados (ver figura 6). Os indicadores de sade (mortalidade infantil) caram mais nos estados de crescimento mais lento, sugerindo que os mecanismos de impostos e transferncias funcionaram bem. Essa impacincia com a desigualdade espacial dos padres de vida est surtindo efeito em outros pases como China, Egito, Indon-sia, Mxico, Tailndia e Vietn.

    Mas nem todos os pases experimenta-ram convergncia geogrfica nos Indica~ dores de Desenvolvimento do Milnio. tais como mortalidade infantil, sade materna, educao bsica, gua potvel e sanea-mento. O que eles devem fazer~

    A resposta est na integrao das reas atrasadas e adiantadas usando polticas ajustadas ao nvel de dificuldade da integra-o. Embora os motivos econmicos sejam importantes, as condies socii:is e polticas influenciam a velocidade dessas ~uda11as espaciais. As escolhas que as pessoas fazem dos locais refletem as foras e as. tendncias das sociedades e das estruturas polticas~ Os mapas de pobreza fornecem um retrato de onde as pessoas de baixa renda se con-centram (elevada massa de pobreza- ou seja, as pessoas pobres") e quais os lugares mais pobres (elevada taxa de pobreza .:.. ou seja, "lugares pobres"). Esses mapas podem nos dizer muito sobre as condies sociais e polticas de um pais: o deslocamento das pessoas de baixa renda pode ser o melhor reflexo das restries mobilidade, porque

    figura 6 Convergncia teogrfica mais rilpida de padriies dei vida bsieos na Mal6sia %. de diferena anmi &l t&$BS minima .i! mxima 70 ..

    Fonte: Unid.ade de Pianejamento Ecanilmico da Mal$ia ~

    elas tm o motivo mais importante para se deslocarem e os menores recursos para faz-lo.

    Utlizando as informaes sobre on4e esto as pessoas de baixa renda c quais s~o os lugares pobres, a resposta das politiq(s podem ser adaptadas s condies do pais~ Pases com Ireas atrasadas escassa,

    mente povoadas. Na China,. as taxas mais elevadas de pobreza esto nas proV(!.c~ ~ o.este; mas as pessoas de baixa ren4a,, esto concentradas nas reas do sudeste e.central (ver mapa 7, painela)Aden~ sdade econmica e a densidade poptila-cional se sobrepem. O pai~ tem pou~s divises - as barreiras de idioma e oUtras barreiras no so grandes - e S pessoas,. inclusive as de baixa renda, podem des-. locar-se para reduzir sua distncia da densidade. As instituies espacialmente neutras que asseguram o bom funqona~ merit dos mercados. de terias. reforam ()S direitos de propriedade e pteStam set vios sociais. bsicos, como educaO e sade, e podem ser o principal suporte de uma estratgia de integrao ec()n~

    mk~ para roe~uzit a distn

  • .. : i (.

    Nordeste:Ji~~~s JO . e:tados. pobres esto no ~R~~s~e. os outros ..

    esto no Norte (v~pta:P~Z pain.el b); : a massa econmica ~ fof1centrao

    : oc1.br

  • 32 RELATRIO SOBRE O DES.ENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    Mapa 7. Trs tipos de paisas. diferentes desafios para dasanvolvimanta de rea a. China: Aa tal(as da pobrau dulsvadas no Ocidente, mas a maiorl1 .. pASoas de baixa renda vive no oriente

    ~~l, 16.IH!4.8 . :l4.s-35.4 35.lH6.6 sem informaD

    Fonte: Equipe RDM 2009~

    Densidade da pobreza

    Cada ponto represem S.lllllrpessoas de IN!ixa renda

  • necessrio, o que , desnecessrio , fracassar. Mas com a combinao aes, mesmo os,pases em,partes

    uuuv,,'-'''" ficaram n::n.i:iJp para, trs, sua desvl'J.tage'fh geogr-

    'm;anc:u:a de saber s; ~ Mes esto ver se o acesso ao mercado

    A'

  • 34 RELATRIO SOBRE O DES.ENVOLVlMENTO MUNDTAL 2009

    Mapa 8 O aesso,ao merndo distingue ragiiies da mundo

    Sources: Panel a:WDR 2009 team(sea chapter 3 fordetails}; llBliel b: MV&r:20081see chapter 9 for detailsl; panel c: WOR 2009 team (see chllpter Sfor detailsl.

  • : -:::.-:;::::.:::,::_: .. .... ~Pntt>s para os investidores por causa .

    tamanho de seu mer~@ potencial, "efeitos de mercadiJsdHmstic6s"

    ... v,, ......... gerar o impulso pkhi ~ especl t]ina qi.Jal hcarao: para o acesso ~~ #ercad()S,a mea:taa de distncia rekvante ~ econ- ..

    e no. eu~Iidiana. c~n) uma ~om bina.. . rizad~l~~ .: ;,..,#',af~et~oi! ~''!fri~. ~.

  • tregandcn este Relatrio

    m 1971, Simon I

  • 38

    -

    RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUND.IAL 2009

    governos podem ajudar ou prejUdicar essas transformaes. Esle Relatrio. se baseia nesse trabalho e suas implicaes para as polticas pblicas;

    As polticas governamentais so impor-tantes. Com o desenvolvimento, as pessoas e a produo se tornam mais concentradas - nas pequenas e grandes cidades, e .nas reas de pases mais prximos dos merca-dos internos e internacionais. Enquanto a atividade econmica se concentr em certas partes de uma nao ou do globo, mitas pessoas podem estar dispersas no campo ou em lugares distantes da prosperidade, talvez produzindo disparidades geogrficas consi-derveis nos padres de vida. Este Relatrio discute por que isso acontece e avalia qual alternativa tem sic:l.o mais eficaz para alte-rar a geografia econmica dos pases em desenvolvimento. A atividade econmica

    QUADRO 0.1 Sobre o que este RelatriQ n:fal~ ':'- ' -.' _. ..

    . .. . . . . " \" . . . : ,. ~ ._, :~. . . ' ... ' ..... Para conservar o foco do Relatrio, do caiT\po,o,ndeas preocupaes vrios aspeCtos importantes das {ndividals ~cada m so as transformaes espaciais no preocupaes de~todos;1 receberam a ateno que mereceriam A m!gra~o tambm pode ter num estudo mais complto; Os efeitos huito9ferentes nas.diversas principais aspectos desconsiderados socied~d~s;tan~ nos lugares que. -exceto quando ressaltam ou '.pessoas debpam:,mo naq\.leles qualificam as mensagens mais para pr,deviio~'J:I~ qu!lse sempre . importantes- so os eleitos soda/se ,traz r'c;(IJ'IlPe~as'e~nmtcas, ms, ambientais da geogr:afi econ,mtca c~mctmoskf!'l Ps,;se~tlmentoSal)ti- em mutao, ... . . . ir!'!lgr~rite:E!m~rnQitps.pafs,es,t!I!Tibl!m

    A aglomerao . .;, o cresciment'O. ;,0sig(\ifi~i;::iri!li$d~'ch. ' .. \' (/. , das cidades - pode ter algUns efeitos .. ,., ':,, A ~')kltiza ~o~a'pro~~o que, sociais e ambient!ls ben~~cos a qu lhrnspc;>rt ~~!S~~;~~~~

    origem urbana. Ma~ tami:m (oi .llUl\ nacioria:is e globais a intervenes Manter a investigao disiplinada que se enfatize certos aspectos das maes espaciais e se deixe outros de O resto destaintroduo resume o do 'eta,t:rio, esclarece seus termos e

    ~ia;,$1,ja eiitl'4tura.

    Alcance. Os g()vernos intervm manei)'.aincorreta) para distribuir cios .. d tesdmento econmico de mais .niforme no espao. Mesmo os imperativos so polticos, eles tm qncias econmicas. E mesmo se vos so econmicos, eles tm efeitos e amb'ie~tais. Assim, os formuladore~ politkS.nfrentam permutas-~~~ .. ~ cisam ~hegar a um compromisso. Os .econmicos dos erros podem ser duradouros~ reconhecer . .,..,r,nrt.!in,,.;., geografia. 'econmica significa . . . . que, ijmfj,yezque os produtores e as soast~m decises sobre onde se tais decises podem ser difceis de

    Os ,gVernos podem agir melhor moven~ ~ foras de mercado que pprei()n~tn tanto a conrnf'r

  • J:ClllJu.~ ......... ~ das foras de mercado de poltica importantes. Mas

    . ., .. , ........ ~espao do ql1e lhes pode ser num relatrio que rtiostr como

    econmica teonfigurada . desenvolvimento.

    Relatrio descreve. as transformaes necessrias para o desenvolvi-analisa essas mudanas usando

    da histria e~onmica e das recentes. Em seguida, ele revisita

    de poltica sobre urbanizao, regional e integrao

    Este o 3JD Relatrio sobre o :>lvim,ent:oMundial, e~ questes de trata foram abordads pr Relat-"~"'rn,rl">

  • 40 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO M."UNPIAL 20()9

    ~ ' , ' .' ' . . . . '."' . ,. . " '

    Este Relatrio fala sobre geografia e . Fel~t:iio ~~a uma ~grgah de pases : . desenvolvimento econmico, f'ocalizahdo qu~m~lfetalhada (lOque a~'S:e!~ a variabilidade espacial das condies :r,egiesp~dr'dof:ia.noMun"dil, .. e dos resultadosmais do que a;all~lise . que J:!pc;IE!l'Tlesconder uma varilo

    :~~~~:i:.~1:a~~e~:~~~~~~=~~;r~~s. .. .. . i19~~~~~~~~.od~~x~~i~;s ~og~~ficas. dentro dos parses como unidades d!. . .. . . . ~~qNtr roariterido~~ ~io~s~t~F\cl Y :\

    s;~=::~=~~ . ~r~r,gtlt&l~. Regiiies usadas n"te Rlltrilt

    Source: Equipe do RDM 2009;

    e quatro ml111icipalidades. (Xangai uma delas) qu:e compoem a China,. J:obrindo aproximadame'rtte '9,~ milhes

  • que a escolha da rea ou regio ria, essas escalas espaciais

    aos nveis de formulao de Este Relatrio alineja informar a

    de polfticas nesses' trs nveis-nacional e internacional.

    o, mas Mumbai, com 30.000 pes-por quilmetro quadrado,, a mais

    povoada. A disid;ncia significa I?ar.a ~h~gar aos ltiga:res com den~

    tSQt!O::p~>ltJtca . .-\'religio, a etnia e a, 'so alguns dos principais atributos que s divises entre lugares. Se as divises

    maiores entre as naes, tambm podem l

  • --

    '-

    42 ~

    ':...-

    '.__ ..

    RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    nos captulos 2 c 8) - ela qualificada de entr~.().~(~ga.r~sonde a produo ........... v:",." acordo. est cprientntda e .os .. .. ..... .

    A distncia pode ser medida com certa atfa5a49tAlguns desses llstr . .. preciso, mas quando a infra-estrutura pHtid>so espacialmente explcitos, esparsa. a distncia em linha reta diferente um programa de melhoramento das da distncia por rodovia ou ferrovia. Mui- numaeidade, o os incentivos fiscais de tos outros fatores, como a disponibilidade estado brasileiro para uma companhia e acessibilidade dos servios de transporte, motiva dos EUA, .ou os fundos es1:rutu1;a determinam a acessibilidade real. Quando de coeso da UE. Outros so des:tind

  • essas definies no correspondem --~ .. ~~ ao uso comum, um esclareci-

    adicional necessrio:

    primeiro lugar, a cegueira espacial significa neutralidade espacial. Um ,,uv~"' fiscal progr~ssivo~por exemplo,

    no ser neutro nos. seus efeitos ou resultados. As cidades. podem acabar

    , CntrnmtnCllo mais para a arrecadao que o campo, e q~ ~s~dos mais ricos

    contribuir mais do que os mais Mas o principiO O:ientd.or que

    alquotas dos impostos diferem no sOmente em funo do lugar; mas dos

    Navegando Este Relatrio

    QUADRO.O.l ./tmen5agemdesteRelat6rio no anti-equidade As polfticas de crescimento espaclairnente equllbradas so frequentemente justificadas. pela equidade. Unio Europia descreve sua polltica territorial.como sendgovernada pelo principio .. da solidrldade porque "almeja

    be~efkiar cidados e (gis que so ecorioinlcarnerite.sodalmerite destitu!dos (om relt() rn9ia da

    UE";~A pol!tla eq~IPara f!

  • RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    mentos no-conectivos tais como for-necimento de gua e energia. Neste Relatrio, o termo "infra-estrutura" reservado para os componentes espa-cialmente conectivos. Os servios pbli-cos no-conectivos so includos nas instituies, como o caso de servios bsicos como saneamento.

    Em terceiro lugar, cada uma dessas. categorias inclui as trs ferramentas de poltica governamental ..,. impostos, transferncias e despesas pblicas, e regulamentaes.

    Enfim, as iniciativas governamentais podem incluir mais de um instrumento~ O desenvolvimento de favelas pode ineluir medidas para melhorar o fun-cionamento dos mercados imobilirios urbanos formalizando direitos de pro-priedade, melhorando as ruas e ofere-cendo incentivos monetrios para que alguns moradores das favelas se mudem.

    Fato$ A Parte I. do Relatrio apresenta os sobre as transformaes espaciais mudanas de densidade "'-"'uvuu ...... , tnda e diviso. O tapitulo 1_ J11oWa desenv~lyhi~ilt acompa:nhad, .al.i;rriento 1\la .densidade e assren1tan11( humanos: nenhum pas atingiu de renda sem esse aumento ae.aeJrrSJI'-la(l( capftlo t~pandea ese'tra desenvQlVi}nento tai:tlQjn .

    3' in!)ra:as divis9es mt:e.nlac:toJla~s desa,celtam;. mas n lt'lllpe:aem,

    q:ntt.~ das ativJdadel) ec

  • Navegando Este Relatrio

    }Vov$'f;~~l'tqqos'da:geogn:~;fia econm:a: concentrao, convergncia e integrao

    porquE! ;Significa da empre~a llQ ~ to

    niltu reza quanto:'jst~orias vantagem cmPil!atlva

    Os lugares.d)f!1poucos . . sustentar a .. ~ofibintrao ruim prque o clrclo . mercado .e mcbild~e.

    ersiist:m:ia. Cuandb '\i!ll.lugar se para. as reasatrasdaS

    '"""" .. .-mnnr,. a aglomra~~o.eleve

    'entra.,G a regr~.,i2~ora forcas oleagJomera:o'~.~~la~ pe.lo

    mercado e pela ~obilidade

    . '

    depende dos custos detransporte, mas ;frelo no lineat; Quando

    tais custos so altos, asempress: evitam enviar seus produt~sem. longas distncias descentraU:zando sua produo. Portnto, aJcalzloda empresa p'ncipalmeriteideterminda pelo acesso local demanda:irnqvel, ,ta.fcol'(loagricutor~e lllriejros~.Para valores lnterrnediriosdos custos de comercializao, torF!a::se tadvel l:!astecer os mercados ' distrida,.e os lugares que .tiram proveit() do ~amanho

    do. mercado se valem disso e de.slancharn . com relaoaosoutroslug~i:es. Q~arido os custos de comerdlizao caem a .nrves baixos; Importa pouco vender e comprar localmente. Nesse cs, a .localizao da. empresa determinada principalmente pelo custo loal.dos elementos imveis, nduiiido o custo da terra e da habitao, mas tambm pel capacidade de realizar interaes face a face ou de encontrar uma boa match num mercado de trabalho especializdb.logo,

    . ,quando os custos de. comercializao ... ledinamsuficlentemente, certas ..

    'atividades se descentralizam. ern . r~o s diferenas qe cu~to e outras permanecem concentradas. .

    Converglncltf o objetivo; As foras de acesso de r:nercad e mo.bilidde tm implicat!s sobre a maneira como pensamos sobre a convergncia. A viso ddesenvolvimmto com i.m piocSso plano e linear cede lugr a um processo no-linear e mais irregular; A medida que urn pars cresce, os 11C>Vs. produtores se instalam pert da .produo.existerite, ampliando as diferenas de produo entre os.fugres atras~t{os eallanados. Quando a disparidade salrial se amplia, a indstria comea ase deslocar para Jugaresom baixos s.a.t.rios. Mas.isso no leva a um desenv()Mmento constante de todos. os. lugares. Acoritrrio, o desenvolvimento ocorre erT} ongas; de modo que certas res ou pases so

    tirados consecutivamente da pobreza .e impulsionados rapidamente atravs do processe> de.desenvolvimento. No mundo neoclssico, ficar para trs pode ser uma vantagem- os lugares mais atrasados podem desenvolver-se mais rapidamente. Porm, com as economias de agl9merao, quanto mais para trs fiauma rea, pas ou regio, mais difcil se torna o desenvolvimento. O que dev.riam faz.er os lugares atrasados?

    IntegraO a resposta. Como os custos de comercializao tanto altos como baixos podem incentivar a produo a se espalhar, as reas, pafses ou. regies atrasadas poderiam em princpio se voltar ou para a substituio de.importaes ou para a industrializao orientada para a exportao. Mas, com o passar do tempo, a substituio de importaes se torna menos factvel como estratgia de desenvolvimento. Por qu? Porque ela limita o acesso estrangeiro demanda imvel local, ao passo que a industrializao orientada para a exportao reduz o custo da compra de intermedirios estrangeiros para o processamento e a exportao. A participao decrescente da agricultura e a tendneia.da manufatura e dos servios a se aglomerarem reduziram a participao da demanda nos lugares atrasados. E a fragmentao da produo tornou mais importante o acesso aos insumos intermedirios. Ambas tornam vs as estratgias de desenvolvimento baseadas no isolamento da demanda imvel local. A observao de que certos pases ou provncias desenvolvidos industrializaram-se enquanto estavam fechados ao comrcio ajuda pouco para as reas, pases ou regies atrasadas de hoje. Aqueles que ficam para trs so to pequenos com relao economia mundial que o isolamento j no uma opo factvel.

    Fonte: contribuio de Dego Puga.

    e quando operam num tamanho ~uvamtente grande. Se for relativamente. transportar os produtos, a escala pode ai:nda .maior, j que .o m~rcado poten- maior. Os trabalhadores se deslocam

    para esses lugares, trazendo consigo tanto a oferta de mo de obra quanto a demanda por bens e servios. A medida que as pessoas se tornam maismveis e s custos de trans-porte e comuniCao caem, essas economias

    45

  • 46 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNI)IAL 2009

    de escala criam uma causalidade circular e cumulativa, na qual as atividades econ-micas se tornam ainda mais concentradas espacialmente. A concentrao crescente leva inevitavelmente congesto, que desa-celera o processo e eventualmente o reverte. A queda dos custos de transporte primeiro torna a concentrao possvel e, em seguida; quando atingem um nvel suficientemente baixo, torna~a desnecessria.

    A Parte li discute essas interaes num certo gi:au de detalhe, resumindo mais de um sculo de experincia e os mais recen-tes resultados oriundos de uma gerao de pesquisa que reconhece como a mobi-lidade dos fatores e a queda dos custos de transporte alimentam as economias de escala (ver quadro 0.2). Eles deveriam mudar o que podemos esperar dos merca-dos e o que os governos podem e devem fazer para facilitar a concentrao da produo e promover a convergncia dos padres de vid;

    O captulo 4 fornece provas das eco-nomias deaglorrterao - retornos de escala crescelltesassociad.os aos lugares, e no s fbricas - na produo de bens, servios e idiii~~ ~ugares de diferentes tamanhos proporcionam benefcios de aglomerao variveis, e a congesto asso-ciada concentrao espadalleva a uma carteira de lugares que facilita o cresci-mento econmico, com diferentes partes na dianteira dependendo do estgio de desenvolvimento.

    O captulo 5 explica a interao entre economias de escala e mobilidade dos fato-res, enfocando a migrao de trabalhadores. O capitulo 6 explica a relao no-linear entre custos de transporte e concentra-es geogrficas de produo, enfocando o comrcio intra-indstria, especialmente sensvel aos custos de transporte. Esses captulos resumem os novos resultados pro-porcionados pela interao tripartida entre economias de escala, mobilidade dos fato-res e custos de transporte - e suas impli-caes para a poltica de desenvolvimento (ver quadro 0.4).

    O arcaboUo polttico Causaiidde circular, desigualdade e bordCI.me4io compem um mundo politic~s

  • de poltica no so apenas de o aumento da densidade, mas

    de aliviar o problema.dadistn-nrctvocacta pela congesto crescente.

    inclui melhoras das institu-incentivar a densidade cres-

    tal como delineado h pouco - e e~ 11"'''""'v" em infra-estrutura para

    o problema creSCCf1te da distn-econmica.

    problemas tridimensOJ1aiS, a res-deve incluir polti~ls espacial-cegas, conectivas e direcionadas.

    reas altamente urbmizdas de um por exemplo, aos proi)lelllasde den-. e distncia se soma,Ill as divises

    das reas urbanas, mais percep-entre as partes formalmente esta-

    de uma metrpole e as favelas, o mercado imobilirio recorre a nVf~noes informais. Uma resposta de

    eficaz inclui instituies, infra-e incentivos.

    nvel nacional, uma resposta de pol-a de modo semelhante pode

    a integrar as reas atrasadas e avan-'"""'"''""'''" 8) e, no nvel internacional,

    pases pobres c()rl'l os mercados (captulo 9). .

    . todas as trs escalas geogrficas, de politica tm unia coisa em

    atualmente, eles comeam e aca-. com . discusses sobre intervenes

    tinham nvcis

  • 48 RELATRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL 2009

    Figura 0.1 Um auxilio navegaci011al para o leitor

    Fonte: Equipe RDM 2009.

    " .. : 1 o~NSiDAOE

    O Relatrio recorre experincia e anlise para disciplinar a investigao de uma rea de poltica to ampla e difcil como o prprio desenvolvimento, e ele deveria ser til para um grande nmero de leitores. Mas o Relatrio estruturado para ser acessvel aos leitores interessa-dos apenas em aspectos especficos desta investigao.

    O Relatrio tem partes descritivas, ana-lticas e prescritivas, e progride gradual-mente do positivo ao normativo. Cada parte uma seo de uma investigao integrada, mas cada uma pode sei lida separadamente. Os formuladores de