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 1 Raciocínio Lógico e Leitura e Interpretação de Textos 2012 Curso: Nome do aluno: RA: Turma: Profª. Drª. Christiane Mázur Lauricella

Raciocínio Lógico Leitura e Interpretação de Texto

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Racionínio Lógico

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    Raciocnio Lgico

    e

    Leitura e Interpretao de Textos

    2012

    Curso:

    Nome do aluno:

    RA: Turma:

    Prof. Dr. Christiane Mzur Lauricella

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    APRESENTAO

    O contedo deste material pedaggico, intitulado Raciocnio Lgico e Leitura e Interpretao de Textos,

    apoia-se nas competncias e nas habilidades previstas nas diretrizes do Exame Nacional de Desempenho dos

    Estudantes (Enade) no que se refere ao componente de Formao Geral.

    O Enade, definido na Lei n 10.861, de 14 de abril de 2004, parte integrante do Sistema Nacional de

    Avaliao da Educao Superior (Sinaes). Alm de outros aspectos, esse exame prev a formao de profissionais

    ticos, competentes e comprometidos com a sociedade em que vivem. Solicita que o egresso do ensino superior

    evidencie a compreenso de temas que transcendam o seu ambiente prprio de formao e que sejam

    importantes para a realidade contempornea, tanto no mbito nacional como no mundial.

    As questes e os exemplos contextualizados aqui apresentados so formulados de modo a verificar a

    capacidade do aluno em ler e interpretar textos, raciocinar logicamente, obter concluses por mtodos indutivos e

    dedutivos, estabelecer relaes entre situaes diversas, analisando-as criticamente, verificar contradies,

    questionar a realidade que o cerca e propor solues.

    Os temas abordados incluem tecnologia, arte, cultura, ecologia, biodiversidade, geopoltica, relaes de

    gnero e de trabalho, sociodiversidade e responsabilidade social.

    Em resumo, este material visa a promover o desenvolvimento da prtica reflexiva, orientando o indivduo

    em como resolver os problemas propostos, sugerindo modelos de formulao de questes que exijam do leitor o

    raciocnio crtico e abrangente, interligando conhecimentos.

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    Lgica: use o raciocnio para resolver problemas!

    Lgica - alguns exemplos...

    Provavelmente voc j ouviu algum dilogo como os exemplos que seguem.

    Dilogo 1

    Susana: No Brasil se fala portugus?

    Luiz: lgico que sim!

    Dilogo 2

    Adriana: A Itlia um pas da Europa?

    Clara: Sim. Isso lgico!

    Dilogo 3

    Luiz: Voc vai prestar algum concurso pblico neste ano?

    Carlos: Sim, vrios... Vou precisar de muita sorte!

    Luiz: Sorte e muito raciocnio lgico!

    Esses dilogos indicam que a palavra lgica est relacionada com uma resposta (concluso) baseada na

    racionalidade. No seu prprio dia a dia, voc j deve ter percebido a inteno das pessoas quando se referem

    palavra lgica...

    Pensando assim, podemos dizer que a lgica nos ajuda a diferenciar os raciocnios vlidos dos raciocnios no

    vlidos e a tomar decises segundo critrios que envolvem pensar sobre o problema.

    Vejamos um exemplo simples: vamos supor que, de fato, todas as lanchonetes do Brasil vendessem

    refrigerantes. A partir dessa frase, poderamos concluir que, no Brasil, todos os refrigerantes so vendidos apenas

    em lanchonetes?

    No, esse raciocnio no vlido, pois dizer que todas as lanchonetes do Brasil vendem refrigerantes no a

    mesma coisa que dizer que todos os refrigerantes do Brasil so vendidos em lanchonetes.

    Enfim, a lgica nos auxilia a tomar como ponto de partida os conhecimentos aceitos como verdadeiros e, ento,

    formular leis gerais, fazer encadeamentos de ideias e concluir sobre novas verdades (argumentao).

    Voc quer mais um exemplo? Ok! Veja a questo a seguir, extrada do Enade 2009.

    Exemplo 1 (Enade 2009). A urbanizao no Brasil registrou marco histrico na dcada de 1970, quando o

    nmero de pessoas que viviam nas cidades ultrapassou o nmero daquelas que viviam no campo. No incio deste

    sculo, em 2000, segundo dados do IBGE, mais de 80% da populao brasileira j era urbana. Considerando

    essas informaes, estabelea a relao entre as charges:

  • 4

    PORQUE

    BARALDI, Mrcio. http://www.marciobaraldi.com.br/baraldi2/component/joomgallery/?func=detail&id=178. Acesso em 05 out. 2009.

    Com base nas informaes dadas e na relao proposta entre essas charges, CORRETO afirmar que

    a) a primeira charge falsa e a segunda verdadeira.

    b) a primeira charge verdadeira e a segunda falsa.

    c) as duas charges so falsas.

    d) as duas charges so verdadeiras e a segunda explica a primeira.

    e) as duas charges so verdadeiras, mas a segunda no explica a primeira.

    Vamos pensar um pouco nessa questo, usando a lgica...

    O texto inicial diz que a urbanizao no Brasil registrou marco histrico na dcada de 1970, quando o nmero de

    pessoas que viviam nas cidades ultrapassou o nmero daquelas que viviam no campo. No incio deste sculo, em

    2000, segundo dados do IBGE, mais de 80% da populao brasileira j era urbana. Ou seja, houve uma inverso

    do percentual de pessoas que viviam no campo e na cidade: antes, a maioria da populao do Brasil vivia no

    campo; hoje, a maioria da populao do Brasil vive na cidade.

    Isso se traduz nas charges da seguinte maneira: hoje temos enxadas paradas (ou seja, pouca gente no

    campo) e inchadas paradas (ou seja, muita gente na cidade). Pela leitura do texto inicial e pela lgica,

    conclumos que as duas charges so verdadeiras!

    Agora, vamos analisar a palavra PORQUE, que liga as duas charges. Essa palavra indica que a segunda charge

    seria a causa e a primeira charge seria a sua consequncia. Voc concorda com isso? Usando a lgica, conclumos

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    que esse raciocnio NO correto, pois foi a sada de pessoas do campo (primeira charge - causa) que ocasionou

    o caos urbano (segunda charge - consequncia) e no o contrrio.

    Assim podemos concluir, pela nossa anlise lgica de causa e efeito, que as duas charges so verdadeiras,

    mas a segunda no explica a primeira, ou seja, alternativa (e).

    IMPORTANTE. O aluno que no estivesse atento sobre essa relao de causa e efeito poderia,

    equivocadamente, apontar a alternativa (d) como correta!

    A alternativa (d) afirma o seguinte: as duas charges so verdadeiras e a segunda explica a primeira. Para que ela

    estivesse correta, a ordem das figuras deveria ser a apresentada abaixo.

    PORQUE

    De modo geral, podemos pensar no esquema a seguir.

    CONSEQUNCIA (fato resultante de outro)

    CAUSA (um fato que d origem a outro)

    PORQUE

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    Exemplo 2 (Enade 2009 com adaptaes).

    No princpio, Deus criou o cu e a terra. Essa frase bblica encontrada no Manual de Estilo da Editora Abril

    como exemplo de clareza, simplicidade e impacto, destacando que se a primeira frase no levar segunda, seu

    texto est morto

    PORQUE

    A abertura da matria deve trazer a informao mais importante.

    Considerando essas assertivas, CORRETO afirmar que

    a) a primeira falsa e a segunda verdadeira.

    b) a primeira verdadeira e a segunda falsa.

    c) as duas so falsas.

    d) as duas so verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

    e) as duas so verdadeiras, mas a segunda no justifica a primeira.

    A alternativa correta a (d), pois ambas as assertivas so verdadeiras e o fato de a abertura da matria trazer a

    informao mais importante gera a orientao contida no Manual de Estilo da Editora Abril.

    Lgica Fundamentos Processos Dedutivos e Indutivos.

    PROPOSIO: sentena que diz alguma coisa com palavras ou smbolos, cujo contedo pode ser ou

    verdadeiro (V) ou falso (F).

    EXEMPLO 1. Morangos so frutas.

    A proposio do exemplo 1 verdadeira porque morangos so frutas.

    EXEMPLO 2. O planeta Terra tem a forma cbica.

    A proposio do exemplo 2 falsa porque o planeta Terra no tem a forma cbica.

    EXEMPLO 3. O nmero 2,73 um nmero inteiro.

    A proposio do exemplo 3 falsa porque 2,73 no um nmero inteiro.

    EXEMPLO 4. O nmero 273 um nmero inteiro.

    A proposio do exemplo 4 verdadeira porque 273 um nmero inteiro.

    EXEMPLO 5. Como voc vai?

    A sentena do exemplo 5 no uma proposio, pois seu contedo no pode ser classificado como verdadeiro ou

    falso.

    PERGUNTA: uma proposio pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo?

    RESPOSTA: NO NA LGICA CLSSICA! Vejamos o porqu disso (e mais um pouco) com os PRINCPIOS DA

    LGICA descritos a seguir.

    PRINCPIOS DA LGICA.

    PRINCPIO DA IDENTIDADE: uma proposio verdadeira ser sempre verdadeira e uma proposio falsa ser

    sempre falsa.

    Exemplo: A caneta caneta.

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    PRINCPIO DO NO CONTRADITRIO: uma proposio nunca pode ser verdadeira e falsa simultaneamente.

    Exemplo: A caneta no no caneta.

    PRINCPIO DO TERCEIRO EXCLUDO: uma proposio ou ser verdadeira ou ser falsa, no existindo outra

    possibilidade.

    Exemplo: Ou aquilo caneta ou aquilo no caneta.

    NEGAO DE UMA PROPOSIO.

    Se uma PROPOSIO VERDADEIRA, a sua NEGAO FALSA.

    Se uma PROPOSIO FALSA, a sua NEGAO VERDADEIRA.

    EXEMPLO 1.

    PROPOSIO: Morangos so frutas.

    NEGAO: Morangos no so frutas

    A proposio do exemplo 1 verdadeira, consequentemente a sua negao falsa.

    EXEMPLO 2.

    PROPOSIO: Renata tem cabelos loiros.

    NEGAO: Renata no tem cabelos loiros.

    Se a proposio do exemplo 2 for verdadeira, a sua negao falsa.

    Se a proposio do exemplo 2 for falsa, a sua negao verdadeira.

    Cuidado: A sentena Renata tem cabelos castanhos no a negao (completa) da sentena Renata tem

    cabelos loiros. Negar que Renata tenha cabelos loiros deve incluir as possibilidades de Renata ter cabelos

    castanhos, ruivos, pretos...

    EXEMPLO 3.

    PROPOSIO: O nmero 2,73 um nmero inteiro.

    NEGAO: O nmero 2,73 no um nmero inteiro.

    A proposio do exemplo 3 falsa, consequentemente a sua negao verdadeira.

    EXEMPLO 4.

    PROPOSIO: O nmero 273 um nmero inteiro.

    NEGAO: O nmero 273 no um nmero inteiro.

    A proposio do exemplo 4 verdadeira, consequentemente a sua negao falsa.

    CONECTIVOS.

    Os conectivos so palavras que ligam proposies, ou seja, so palavras usadas na formao de outras

    sentenas. Os principais conectivos so as partculas e, ou, se e somente se e se... ento.

    CONJUNO: CONECTIVO E.

    Exemplo: Ccero estuda de manh e Mrcia trabalha tarde.

    DISJUNO: CONECTIVO OU.

    Exemplo: O Brasil est situado na Amrica do Sul ou a Itlia est situada na Europa.

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    IMPLICAO: CONDICIONAL SE... ENTO.

    Exemplo: Se So Paulo um estado do Brasil, ento todo paulista brasileiro.

    EQUIVALNCIA: CONDICIONAL SE E SOMENTE SE.

    Exemplo: Eva ser aprovada se e somente se tirar nota maior do que 6 no exame de Matemtica.

    EXEMPLOS PROPOSIES COMPOSTAS (LIGADAS POR CONECTIVOS).

    EXEMPLO 1 CONJUNO: CONECTIVO E.

    PROPOSIO COMPOSTA: Carolina vestir roupa branca e ir ao cinema.

    Se Carolina vestir roupa branca e tambm for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina vestir roupa branca e no for ao cinema, a proposio acima ser falsa (F).

    Se Carolina no vestir roupa branca e for ao cinema, a proposio acima ser falsa (F).

    Se Carolina no vestir roupa branca e no for ao cinema, a proposio acima ser falsa (F).

    UMA SENTENA FORMADA POR DUAS PROPOSIES CONECTADAS PELA CONJUNO E

    VERDADEIRA SE E SOMENTE SE AMBAS AS PROPOSIES FOREM VERDADEIRAS, CONFORME

    ESQUEMA QUE SEGUE.

    PROPOSIO P PROPOSIO Q P E Q

    VERDADEIRA VERDADEIRA VERDADEIRA

    VERDADEIRA FALSA FALSA

    FALSA VERDADEIRA FALSA

    FALSA FALSA FALSA

    EXEMPLO 2 DISJUNO: CONECTIVO OU.

    PROPOSIO COMPOSTA: Carolina vestir roupa branca ou ir ao cinema.

    Se Carolina vestir roupa branca ou for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina vestir roupa branca, mas no for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina no vestir roupa branca, mas for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina no vestir roupa branca e no for ao cinema, a proposio acima ser falsa (F).

    UMA SENTENA FORMADA POR DUAS PROPOSIES CONECTADAS PELA CONJUNO OU FALSA

    SE E SOMENTE SE AMBAS AS PROPOSIES FOREM FALSAS, CONFORME ESQUEMA QUE SEGUE.

    PROPOSIO P PROPOSIO Q P OU Q

    FALSA FALSA FALSA

    VERDADEIRA VERDADEIRA VERDADEIRA

    VERDADEIRA FALSA VERDADEIRA

    FALSA VERDADEIRA VERDADEIRA

    EXEMPLO 3 IMPLICAO: CONDICIONAL SE... ENTO.

    PROPOSIO COMPOSTA: Se Carolina vestir roupa branca, ento ela ir ao cinema.

    Se Carolina vestir roupa branca e for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina vestir roupa branca, mas no for ao cinema, a proposio acima ser falsa (F).

    Se Carolina no vestir roupa branca, mas for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina no vestir roupa branca e no for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    A CONJUNO CONDICIONAL (IMPLICAO) FALSA SE E SOMENTE SE A PRIMEIRA PROPOSIO

    FOR VERDADEIRA E A SEGUNDA PROPOSIO FOR FALSA, CONFORME ESQUEMA QUE SEGUE.

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    PROPOSIO P PROPOSIO Q P IMPLICA Q

    VERDADEIRA FALSA FALSA

    VERDADEIRA VERDADEIRA VERDADEIRA

    FALSA VERDADEIRA VERDADEIRA

    FALSA FALSA VERDADEIRA

    EXEMPLO 4 EQUIVALNCIA: CONDICIONAL SE E SOMENTE SE.

    PROPOSIO COMPOSTA: Carolina ir ao cinema se e somente se ela usar roupa branca.

    Se Carolina vestir roupa branca e for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina no vestir roupa branca e no for ao cinema, a proposio acima ser verdadeira (V).

    Se Carolina no vestir roupa branca, mas for ao cinema, a proposio acima ser falsa (F).

    Se Carolina vestir roupa branca e no for ao cinema, a proposio acima ser falsa (F).

    A CONJUNO BICONDICIONAL (EQUIVALNCIA) VERDEIRA SE E SOMENTE SE OU AS DUAS

    PROPOSIES FOREM VERDADEIRAS OU AS DUAS PROPOSIES FOREM FALSAS, CONFORME

    ESQUEMA QUE SEGUE.

    PROPOSIO P PROPOSIO Q P IMPLICA Q

    VERDADEIRA VERDADEIRA VERDADEIRA

    FALSA FALSA VERDADEIRA

    FALSA VERDADEIRA FALSA

    VERDADEIRA FALSA FALSA

    EXEMPLOS NEGAES DE PROPOSIES.

    EXEMPLO 1.

    PROPOSIO: Todas as brasileiras so vegetarianas.

    NEGAO: Pelo menos uma brasileira no vegetariana.

    OBS: Basta uma nica brasileira no ser vegetariana para que a proposio acima se torne falsa. Pense um pouco

    sobre isso!

    EXEMPLO 2.

    PROPOSIO: Slvia sabe cozinhar e nadar.

    NEGAO: Slvia no sabe cozinhar ou no sabe nadar.

    OBS: A proposio acima se torna falsa se Slvia no souber cozinhar ou se Slvia no souber nadar. Pense um

    pouco sobre isso!

    EXEMPLO 3.

    PROPOSIO: Se hoje fizer sol, ento vou praia amanh.

    NEGAO: Hoje faz sol e no vou praia amanh.

    Pense um pouco sobre isso!

    EXEMPLO 4.

    PROPOSIO: Se hoje chover, ento no vou praia amanh.

    NEGAO: Hoje chove e vou praia amanh.

    Pense um pouco sobre isso!

    Agora, reflita sobre as perguntas que seguem...

  • 10

    Pergunta 1. Voc acha que a sentena 100% das meninas do Brasil no gostam de futebol falsa ou

    verdadeira? Por qu?

    Pergunta 2. Qual a negao (completa) de 100% das meninas do Brasil no gostam de futebol?

    Pergunta 3. Qual a negao (completa) de se eu ganhar na loteria, ento nos casaremos logo?

    Pergunta 4. Qual a negao (completa) de Andr carismtico e desenvolto?

    EXERCCIO RESOLVIDO. Existem trs suspeitos de invadir uma rede de computadores: Luiz, Thais e Felipe.

    Sabe-se que a invaso foi de fato cometida por um ou por mais de um deles, j que podem ter agido

    individualmente ou no. Sabe-se, ainda, que:

    I. Se Luiz inocente, ento Thais culpada.

    II. Ou Felipe culpado ou Thais culpada, mas no os dois.

    III. Felipe no inocente.

    Com base nessas consideraes, conclui-se que

    a) somente Luiz inocente.

    b) somente Thais culpada.

    c) somente Felipe culpado.

    d) Thais e Felipe so culpados.

    e) Luiz e Felipe so culpados.

    Resposta correta: (e).

    Justificativa.

    Por III, sabemos que Felipe culpado, pois Felipe no inocente.

    Por II, sabemos que Thais inocente, visto que Felipe culpado e foi dito que ambos no so culpados

    simultaneamente.

    Por I, como sabemos que Thas inocente, ento Luiz no inocente, ou seja, Luiz culpado.

    EXERCCIO RESOLVIDO. Gottlob Frege (1848-1925) pensava que toda linguagem humana significativa podia

    ser reduzida a frmulas lgicas, ou seja, expresses simblicas abstratas que se pareciam um pouco com a

    lgebra. Em suas tentativas de sistematizar a linguagem humana, abriu o caminho para a nova cincia moderna,

    a lingustica. Sua filosofia da linguagem influenciou muito Bertrand Russell (1872-1970) e seu pupilo, Ludwig

    Wittgenstein (1889-1951).

    Ludwig Wittgenstein foi um filsofo austraco que contribuiu com diversas inovaes nos campos da lgica,

    filosofia da linguagem, epistemologia, dentre outros. Estudou Engenharia Mecnica em Berlim e concluiu seu

    doutoramento em Engenharia. Wittgenstein se envolveu em problemas e questes da filosofia da linguagem que

    Frege e Russel estavam desenvolvendo, sendo muito influenciado por Russell. Preocupavam-se muito com a

    enigmtica questo: O que faz a linguagem ter significado?. Os filsofos da linguagem geralmente gastam

    muito do seu tempo imaginando por que, por exemplo, as palavras frango e fritas tm o significado que tem.

    O jovem Wittgenstein desenvolveu sua prpria explicao de como as palavras adquirem seu significado. Para

    ele, a palavra significativa porque representa a realidade, tal como o faz um quadro; isto , uma sentena (ou

    como os filsofos costumam dizer, uma proposio) tem sentido se, e apenas se, descreve acuradamente um

    possvel estado de coisas. Isto chamado de teoria pictrica do significado, descrita no nico livro que ele

  • 11

    publicou em vida, Tractatus Logico-Philosophicus. Esse livro foi escrito nas trincheiras durante a Primeira Guerra,

    quando Wittgenstein servia como voluntrio no exrcito austraco.

    Uma das frases mais clebres de Wittgenstein Os limites da linguagem so os limites do meu mundo.

    Ludwig Wittgenstein (26 de abril de 1889 29 de abril de 1951).

    Disponvel em . Acesso em 12 mar.2009.

    Fonte. Fique por dentro da filosofia. So Paulo: Cosac & Naify, 2001.

    Frege, Russell e Wittgenstein pensaram na linguagem significativa em termos da lgica. Vamos refletir um pouco

    sobre dois princpios da lgica, denominados de Princpio do Terceiro Excludo e Princpio da No Contradio,

    que podem ser resumidos como segue:

    Uma afirmao ou verdadeira ou falsa (ou seja, uma afirmao no pode ser verdadeira e falsa

    simultaneamente).

    Se uma afirmao verdadeira, a sua negao falsa (e vice-versa).

    Vejamos um exemplo:

    Afirmao: Luza morena.

    Negao: Luza no morena.

    Se Luza for morena, ento a afirmao verdadeira, e a sua negao falsa. Caso contrrio, a afirmao falsa

    e a sua negao verdadeira.

    Considere a afirmao: Todo brasileiro corintiano. Qual a negao total dessa afirmao (ou seja, a mnima

    condio para que essa afirmao seja falsa)?

    a) Nenhum brasileiro corintiano.

    b) Existe brasileiro que no corintiano.

    c) Todo no brasileiro corintiano.

    d) Todo no brasileiro no corintiano.

    e) Todo brasileiro no corintiano.

    Resposta correta: (b).

    Justificativa.

    Se pelo menos um brasileiro no for corintiano, a proposio Todo brasileiro corintiano torna-se falsa. Ou

    seja, se existir brasileiro que no seja corintiano ento se nega que Todo brasileiro corintiano. Ou ainda,

    basta que um nico brasileiro no seja corintiano para que Todo brasileiro corintiano seja uma proposio

    falsa.

  • 12

    Deduo: raciocnio que parte de uma proposio geral para uma proposio particular.

    Deduo - Exemplo 1.

    Toda mulher vaidosa.

    Maria mulher.

    Logo, Maria vaidosa.

    Deduo - Exemplo 2.

    Todos os paulistanos so paulistas.

    Todos os paulistas so brasileiros.

    Todos os paulistanos so brasileiros.

    Induo: raciocnio que parte de uma proposio particular para o geral.

    Induo - Exemplo 1.

    Todos os peixes observados no aqurio so de cor laranja.

    Todos os peixes so de cor laranja.

    Induo - Exemplo 2.

    Todos os alunos observados no responderam a questo 7.

    Todos os alunos no responderam a questo 7.

    EXERCCIO RESOLVIDO. O texto a seguir ironiza dois posicionamentos opostos: o primeiro refere-se ao

    mtodo cientfico, construdo por princpios indutivos; o segundo refere-se ao mtodo criacionista, construdo por

    princpios dedutivos.

    Disponvel em . Acesso em 12 mar. 2009.

    O mtodo indutivo um processo mental por meio do qual se infere uma verdade geral ou universal, no contida

    nas partes examinadas. O objetivo dos argumentos levar a concluses cujo contedo muito mais amplo do

    que o das premissas nas quais se baseiam. O mtodo dedutivo um processo mental, contrrio induo, por

    meio do qual possvel, a partir de uma ou mais premissas aceitas como verdadeiras a obteno de uma

    concluso necessria e evidente. Com base nos conceitos e na ilustrao, qual alternativa constitui um exemplo

    de mtodo cientfico indutivo?

  • 13

    a) O corvo 1 negro.

    O corvo 2 negro.

    O corvo 3 negro.

    O corvo "n" negro.

    -------------------------

    (Todo) corvo negro.

    b) Jos e Antnio so homens.

    Todos os homens morrem.

    Logo, Jos e Antnio morrero.

    c) As uvas caem, ento a raposa as come.

    A raposa come somente uvas maduras.

    As uvas esto verdes ou caem.

    Logo, a raposa come unicamente uvas que caem.

    d) Todos os homens so mortais.

    Scrates homem.

    Portanto, Scrates mortal.

    e) 100% dos calouros universitrios so capazes de ler livros do sexto perodo.

    Fbio calouro universitrio.

    Fbio capaz de ler livros do sexto perodo.

    Resposta correta: (a).

    Justificativa.

    Na alternativa (a), utiliza-se de raciocnio indutivo, pois parte-se de proposies particulares (corvo 1, corvo

    2...) para se fazer uma concluso geral (todo corvo).

    Pelo que discutimos at o momento, voc j deve ter percebido que a leitura atenta de textos e

    imagens e uma boa dose de raciocnio lgico so fundamentais para resolvermos problemas e

    questes...

    Ento, vejamos outros exemplos do uso de raciocnio lgico e de leitura e interpretao de textos...

  • 14

    Exemplo 1 (adaptado Fuvest 2009). Analise o contedo da charge que segue.

    A crtica contida na charge refere-se, principalmente, ao

    a) ato de reivindicar a posse de um bem, o qual, no entanto, j pertence ao Brasil.

    b) desejo obsessivo de conservao da natureza brasileira.

    c) lanamento da campanha de preservao da floresta amaznica.

    d) uso de slogan semelhante ao da campanha O petrleo nosso.

    e) descompasso entre a reivindicao de posse e o tratamento dado floresta.

    Comentrios.

    O descompasso citado na alternativa correta, ou seja, alternativa (e), refere-se contradio mostrada nos

    dois planos de figuras da charge. No plano de fundo, podemos observar uma floresta destruda e abandonada,

    com rvores queimadas (o tratamento dado floresta). J no plano de frente, vemos um presidente pregando

    uma placa de reivindicao e posse (A Amaznia nossa) na nica rvore viva (ou seja, que ainda no foi

    destruda).

    Observe que o enunciado solicita a crtica PRINCIPAL da charge. Logo, pode haver alternativas que, embora

    eventualmente corretas, no traduzam a ideia preponderante (principal).

    Pense um pouco sobre os motivos que tornam as alternativas (a), (b), (c) e (d) invlidas.

    Exemplo 2. Imagine que a diretoria de uma empresa tenha realizado, durante os meses de janeiro a julho de

    2009, 8 (oito) encontros com representantes de seus funcionrios a fim de discutirem projetos institucionais que

    atendam aos parmetros de sustentabilidade.

    Assinale a alternativa correta.

    a) Pelo menos um dos encontros ocorreu na segunda-feira.

    b) Pelo menos um dos representantes dos funcionrios da rea financeira.

    c) Pelo menos em dois meses houve mais de um encontro.

    d) Pelo menos dois dos encontros ocorreram no mesmo dia da semana.

  • 15

    e) Pelo menos um dos representantes dos funcionrios a favor do desenvolvimento de aes sustentveis.

    Comentrios.

    Se no perodo de janeiro a julho de 2009 ocorreram 8 encontros e a semana tem apenas 7 dias, houve pelo

    menos dois encontros no mesmo dia da semana, ou seja, alternativa (d).

    Pense nisso e tambm nos motivos que tornam as outras alternativas incorretas.

    Exemplo 3. Suponha que na escola Aprender a aprender, todas as salas que possuem mais de trinta carteiras

    situam-se no 2 andar. Sabe-se que Isabela estuda nessa escola, em uma sala no 2 andar. Considerando essas

    informaes, assinale a alternativa correta.

    a) A sala onde Isabela estuda tem trinta carteiras.

    b) A sala onde Isabela estuda tem mais de trinta carteiras.

    c) A sala onde Isabela estuda tem menos de trinta carteiras.

    d) Nada se pode afirmar sobre a quantidade de carteiras da sala onde Isabela estuda.

    e) Na escola Aprender a aprender, h dois andares com salas de aula.

    Comentrios.

    Foi dito que todas as salas que possuem mais de trinta carteiras situam-se no 2 andar. Ou seja, no h salas

    com mais de trinta carteiras em outros andares alm do 2 andar. Os dados apresentados no permitem concluir

    que h apenas salas com mais de trinta carteiras no 2 andar. De modo mais geral, os dados apresentados no

    permitem qualquer concluso sobre a quantidade de carteiras do 2 andar, ou seja, alternativa (d).

    Pense nisso e tambm nos motivos que tornam as outras alternativas incorretas.

    Agora a sua vez!

    Use o raciocnio lgico, leia e interprete textos e imagens, faa comparaes, estabelea relaes e

    contradies, elabore solues, enfim, utilize sua capacidade analtica para resolver as questes que

    seguem.

    Boa sorte!

  • 16

    Questo 1 (Enade 2010 com adaptaes). Analise a charge abaixo.

    Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Disponvel em . Acesso em 07 dez. 2010.

    A charge acima representa um grupo de cidados pensando e agindo de modo diferenciado, frente a uma deciso

    cujo caminho exige um percurso tico. Considerando a imagem e as ideias que ela transmite, avalie as

    afirmativas a seguir.

    I. A tica no se impe imperativamente nem universalmente a cada cidado; cada um ter de escolher por

    si mesmo os seus valores e ideias, isto , praticar a autotica.

    II. A tica poltica supe o sujeito responsvel por suas aes e pelo seu modo de agir na sociedade.

    III. A tica pode se reduzir ao poltico, do mesmo modo que o poltico pode se reduzir tica, em um

    processo a servio do sujeito responsvel.

    IV. A tica prescinde de condies histricas e sociais, pois no homem que se situa a deciso tica, quando

    ele escolhe os seus valores e as suas finalidades.

    V. A tica se d de fora para dentro, como compreenso do mundo, na perspectiva do fortalecimento dos

    valores pessoais.

    correto apenas o que se afirma em

    a) I e II. b) I e V. c) II e IV. d) III e IV. e) III e V.

    Questo 1. Justificativa e comentrios.

    Questo 2 (Enade 2009 com adaptaes). O Ministrio do Meio Ambiente, em junho de 2009, lanou

    campanha para o consumo consciente de sacolas plsticas, que j atingem, aproximadamente, o nmero

    alarmante de 12 bilhes por ano no Brasil. Veja o slogan dessa campanha:

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  • 17

    O possvel xito dessa campanha ocorrer porque

    I. se cumprir a meta de emisso zero de gs carbnico estabelecida pelo Programa das Naes Unidas

    para o Meio Ambiente, revertendo o atual quadro de elevao das mdias trmicas globais.

    II. deixaro de ser empregados, na confeco de sacolas plsticas, materiais oxibiodegradveis e os

    chamados bioplsticos que, sob certas condies de luz e de calor, se fragmentam.

    III. sero adotadas, por parcela da sociedade brasileira, aes comprometidas com mudanas em seu modo

    de produo e de consumo, atendendo aos objetivos preconizados pela sustentabilidade.

    IV. haver reduo tanto no quantitativo de sacolas plsticas descartadas indiscriminadamente no ambiente,

    como tambm no tempo de decomposio de resduos acumulados em lixes e aterros sanitrios.

    Esto CORRETAS somente as afirmativas

    a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.

    Questo 2. Justificativa e comentrios.

    Questo 3 (Enade 2010 com adaptaes). Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

    Istopos radioativos esto ajudando a diagnosticar as causas da poluio atmosfrica. Podemos, com essa

    tecnologia, por exemplo, analisar o ar de uma regio e determinar se um poluente vem da queima do petrleo ou

    da vegetao.

    Outra utilizao dos istopos radioativos que pode, no futuro, diminuir a rea de desmatamento para uso da

    agricultura a irradiao nos alimentos. A tcnica consiste em irradiar com istopos radioativos para combater os

    micro-organismos que causam o apodrecimento dos vegetais e aumentar a longevidade dos alimentos,

    diminuindo o desperdcio. A irradiao de produtos alimentcios j uma realidade, pois grandes indstrias que

    vendem frutas ou suco utilizam essa tcnica.

    Na rea mdica, as solues nucleares esto em ferramentas de diagnstico, como a tomografia e a ressonncia

    magntica, que conseguem apontar, sem interveno cirrgica, mudanas metablicas em reas do corpo. Os

    exames conseguem, inclusive, detectar tumores que ainda no causam sintomas, possibilitando um tratamento

    precoce do cncer e maior possibilidade de cura.

    Correio Popular de Campinas, 22 ago. 2010, p.B9 (com adaptaes).

    A notcia anterior

    a) comenta os malefcios do uso de istopos radioativos, relacionando-os s causas da poluio atmosfrica.

    b) elenca possibilidades de uso de istopos radioativos, evidenciando, assim, benefcios do avano tecnolgico.

    c) destaca os perigos da radiao para a sade, alertando sobre os cuidados que devem ter a medicina e a

    agroindstria.

    d) prope solues nucleares como ferramentas de diagnstico em doenas de animais, alertando para os

    malefcios que podem causar ao ser humano.

    e) explica cientificamente as vrias tcnicas de tratamento em que se utilizam istopos radioativos para matar

    os micro-organismos que causam o apodrecimento dos vegetais.

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  • 18

    Questo 3. Justificativa e comentrios.

    Questo 4 (Enade 2011 com adaptaes). Leia o texto que segue.

    O desenvolvimento de redes de relacionamento por meio de computadores e a expanso da Internet abriram

    novas perspectivas para a cultura, a comunicao e a educao.

    De acordo com as ideias do texto acima, a cibercultura

    a) representa uma modalidade de cultura ps-moderna de liberdade de comunicao e ao.

    b) constituiu negao dos valores progressistas defendidos pelos filsofos do Iluminismo.

    c) banalizou a cincia ao disseminar o conhecimento nas redes sociais.

    d) valorizou o isolamento dos indivduos pela produo de softwares de codificao.

    e) incorpora valores do Iluminismo ao favorecer o compartilhamento de informaes e conhecimentos.

    Questo 4. Justificativa e comentrios.

    Questo 5 (Enade 2011). A definio de desenvolvimento sustentvel mais usualmente utilizada a que procura

    atender s necessidades atuais sem comprometer a capacidade das geraes futuras. O mundo assiste a um

    questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e tambm na cultura poltica. A crise

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    A cibercultura pode ser vista como herdeira legtima (embora distante) do projeto progressista dos filsofos do

    sculo XVII. De fato, ela valoriza a participao das pessoas em comunidades de debate e argumentao. Na

    linha reta das morais da igualdade, ela incentiva uma forma de reciprocidade essencial nas relaes humanas.

    Desenvolveu-se a partir de uma prtica assdua de trocas de informaes e conhecimentos, coisa que os

    filsofos do Iluminismo viam como principal motor do progresso.

    (...) A cibercultura no seria ps-moderna, mas estaria inserida perfeitamente na continuidade dos ideais

    revolucionrios e republicanos de liberdade, igualdade e fraternidade. A diferena apenas que, na

    cibercultura, esses valores se encarnam em dispositivos tcnicos concretos. Na era das mdias eletrnicas, a

    igualdade se concretiza na possibilidade de cada um transmitir a todos; a liberdade toma forma nos softwares

    de codificao e no acesso a mltiplas comunidades virtuais, atravessando fronteiras, enquanto a fraternidade,

    finalmente, se traduz em interconexo mundial.

    LEVY, P. Revoluo virtual. Folha de S. Paulo. Caderno Mais, 16 ago. 1998, p.3 (adaptado).

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  • 19

    ambiental no planeta, quando traduzida na mudana climtica, uma ameaa real ao pleno desenvolvimento das

    potencialidades dos pases.

    O Brasil est em uma posio privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga

    elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da gua doce existentes

    no planeta; grande extenso de terras cultivveis; diversidade tnica e cultural e rica variedade de reservas

    naturais.

    O campo do desenvolvimento sustentvel pode ser conceitualmente dividido em trs componentes:

    sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econmica e sustentabilidade sociopoltica.

    Nesse contexto, o desenvolvimento sustentvel pressupe

    a) a preservao do equilbrio global e do valor das reservas de capital natural, o que no justifica a

    desacelerao do desenvolvimento econmico e poltico de uma sociedade.

    b) a redefinio de critrios e instrumentos de avaliao de custo-benefcio que reflitam os efeitos

    socioeconmicos e os valores reais do consumo e da preservao.

    c) o reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais serem ilimitados, deve ser traado um novo modelo

    de desenvolvimento econmico para a humanidade.

    d) a reduo do consumo das reservas naturais com a consequente estagnao do desenvolvimento econmico

    e tecnolgico.

    e) a distribuio homognea das reservas naturais entre as naes e as regies em nvel global e regional

    Questo 5. Justificativa e comentrios.

    Questo 6 (Enem 2009 com adaptaes). Leia o texto da figura que segue.

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  • 20

    O texto tem o objetivo de solucionar um problema social,

    a) descrevendo a situao do pas em relao gripe suna.

    b) alertando a populao para o risco de morte pela Influenza A.

    c) informando a populao sobre a iminncia de uma pandemia de Influenza A.

    d) orientando a populao sobre os sintomas da gripe suna e procedimentos para evitar a contaminao.

    e) convocando toda a populao para se submeter a exames de deteco da gripe suna.

    Questo 6. Justificativa e comentrios.

    Questo 7. Leia o texto a seguir.

    Aquecimento global

    Emitimos cerca de 9 bilhes de toneladas de monxido de carbono (CO2) por ano, sendo que menos da

    metade dessa quantidade permanece na atmosfera. O CO2 um dos causadores do efeito estufa, juntamente

    com o metano (CH4) e os clorofluorcarbonos (CFCs).

    Medindo a concentrao de carbono em rochas, os cientistas determinaram um aumento sbito na

    concentrao de carbono na atmosfera entre as eras paleocena e eocena. Esse evento, seguido de uma queda

    lenta na concentrao de carbono, foi denominado Evento Termal Mximo do Paleoceno-Eoceno (PETM) e

    estendeu-se por cerca de 150 mil anos, at que todo o carbono em excesso fosse reabsorvido (figura 1).

    Figura 1. Comparao das concentraes de CO2 no PETM e atuais. Fonte. National Geographic Brasil. Edio especial CO2. outubro 2011.

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  • 21

    Acredita-se que o PETM foi desencadeado por um aumento da temperatura global, que teria causado o

    derretimento dos depsitos de hidrato de metano, liberando metano na atmosfera. Uma molcula de metano

    contribui cerca de 20 vezes mais para o aquecimento da atmosfera do que uma molcula de CO2. Com o tempo,

    o metano passa por um processo de oxidao, produzindo CO2, o que continua provocando elevao na

    temperatura.

    O PETM teve como consequncia um aumento da acidez dos mares, provocando a extino de algumas

    espcies e a migrao de outras em direo aos polos, alm da diminuio do tamanho dos mamferos durante o

    perodo de concentrao alta de carbono na atmosfera.

    Estamos lanando cada vez mais CO2 na atmosfera e a temperatura do planeta vem aumentando desde o

    incio da era industrial. questo de tempo at atingirmos uma temperatura global similar que antecedeu o

    PETM, fazendo com que o metano das reservas de hidrato de metano existentes nos polos e no fundo dos

    oceanos seja liberado, causando um novo episdio de aumento de temperatura global com todas suas

    implicaes vida no planeta.

    Fonte. National Geographic Brasil. Edio especial CO2. outubro 2011 (com adaptaes).

    a) Como o aquecimento global observado atualmente desencadearia outro evento similar ao PETM?

    b) A concentrao de CO2 estimada para 2100 equivalente a qual concentrao na poca do PETM (anterior ao

    pico de CO2, no pico, na regio de plat ou na regio de queda de concentrao de CO2)?

    c) Cite duas sugestes para evitar que outro evento como o PETM venha a ocorrer.

    Resposta - Item a Questo 7. ___________________________________________________________________________________

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    Resposta - Item b Questo 7.

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    Resposta - Item c Questo 7.

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  • 22

    Questo 8. Considere o trecho da reportagem reproduzido abaixo e a charge para analisar as afirmativas que

    seguem.

    A cada temporada de matrculas, o trote volta a preocupar. Mas ele tambm uma forma de inserir os calouros

    na nova fase, algo que os antroplogos costumam chamar de "ritual de passagem". Trata-se de uma tradio

    medieval - no sentido temporal da palavra. Sim, a prtica do trote persiste desde a Idade Mdia.

    Segundo Antonio Zuin, professor do departamento de Educao da Universidade Federal de So Carlos (UFSCar),

    os candidatos aos cursos das primeiras universidades europeias no podiam frequentar as mesmas salas que os

    veteranos e, portanto, assistiam s aulas a partir dos "vestbulos" - locais em que eram guardadas as vestimentas

    dos alunos. "As roupas dos novatos eram retiradas e queimadas, e seus cabelos, raspados. Essas atividades eram

    justificadas, sobretudo, pela necessidade de aplicao de medidas profilticas contra a propagao de doenas",

    explica Zuin, que tambm autor do livro O Trote na Universidade: Passagens de um Rito de Iniciao.

    Disponvel em . Acesso em 18 out. 2011.

    Disponvel em . Acesso em 05 out. 2011.

    I. A charge contrape uma das formas de se praticar o trote universitrio ao problema da pobreza na

    sociedade brasileira.

    II. Na charge, os motoristas reagem de maneira semelhante aos pedidos dos dois personagens.

    III. A charge mostra que o acesso s universidades tem sido ampliado e, assim, as classes sociais menos

    favorecidas tambm podem estudar.

    IV. De acordo com o professor citado na reportagem, o trote caracteriza-se como um smbolo da passagem

    para a vida universitria e como uma forma de discriminao, o que tambm ilustrado na charge.

    Est correto o que se afirma apenas em

    a) I e II. b) II e IV. c) I e IV. d) II e III. e) I.

    Questo 8. Justificativa e comentrios.

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  • 23

    Questo 9 (Enade 2011). Excluso digital um conceito que diz respeito s extensas camadas sociais que

    ficaram margem do fenmeno da sociedade da informao e da extenso das redes digitais. O problema da

    excluso digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicaes diretas e indiretas

    sobre os mais variados aspectos da sociedade contempornea.

    Nessa nova sociedade, o conhecimento essencial para aumentar a produtividade e a competio global.

    fundamental para a inveno, para a inovao e para a gerao de riqueza. As tecnologias de informao e

    comunicao (TICs) proveem uma fundao para a construo e aplicao do conhecimento nos setores pblicos

    e privados. nesse contexto que se aplica o termo excluso digital, referente falta de acesso s vantagens e

    aos benefcios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econmicos, polticos ou culturais.

    Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmaes a seguir.

    I. Um mapeamento da excluso digital no Brasil permite aos gestores de polticas pblicas escolherem o pblico-

    alvo de possveis aes de incluso digital.

    II. O uso das TICs pode cumprir um papel social, ao prover informaes queles que tiveram esse direito negado

    ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econmica.

    III. O direito informao diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses esto focados nas relaes entre

    os indivduos e, aqueles, na relao entre o indivduo e o conhecimento.

    IV. O maior problema de acesso digital no Brasil est na deficitria tecnologia existente em territrio nacional,

    muito aqum da disponvel na maior parte dos pases do primeiro mundo.

    correto apenas o que se afirma em

    a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV.

    Questo 9. Justificativa e comentrios.

    Questo 10 (Enem 2004).

    A conversa entre Mafalda e seus amigos

    a) revela a real dificuldade de entendimento entre posies que pareciam convergir.

    b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas.

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  • 24

    c) expressa o predomnio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posies

    divergentes.

    d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate poltico de idias.

    e) mostra a preponderncia do ponto de vista masculino nas discusses polticas para superar divergncias.

    Questo 10. Justificativa e comentrios.

    Questo 11 (Enade 2007). Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina, no Vaticano, um

    marco da civilizao ocidental. Revolucionria, a obra chocou os mais conservadores pela quantidade de corpos

    nus, possivelmente resultado de secretos estudos de anatomia, uma vez que, naquele tempo, era necessria a

    autorizao da Igreja para a dissecao de cadveres. Recentemente, perceberam-se algumas peas anatmicas

    camufladas entre as cenas que compem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande

    quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada como o artista imortalizou

    a comunho da arte com o conhecimento. Uma das cenas mais conhecidas A criao de Ado. Para esses

    pesquisadores, ela representaria o crebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.

    Considerando essa hiptese, uma ampliao interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria

    a) o Criador dando a conscincia ao ser humano, manifestada pela funo do crebro.

    b) a separao entre o bem e o mal, apresentada em cada seo do crebro.

    c) a evoluo do crebro humano, apoiada na teoria darwinista.

    d) a esperana no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.

    e) a diversidade humana, representada pelo crebro e pela medula.

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  • 25

    Questo 11. Justificativa e comentrios.

    Questo 12 (Enade 2010 com adaptaes). Leia as asseres abaixo.

    Para preservar a lngua, preciso o cuidado de falar de acordo com a norma padro. Uma dica para o bom

    desempenho lingustico seguir o modelo de escrita dos clssicos. Isso no significa negar o papel da gramtica

    normativa; trata-se apenas de ilustrar o modelo dado por ela. A escola um lugar privilegiado de limpeza dos

    vcios de fala, pois oferece inmeros recursos para o domnio da norma padro e consequente distncia da no

    padro. Esse domnio o que levar o sujeito a desempenhar competentemente as prticas sociais; trata-se do

    legado mais importante da humanidade.

    PORQUE

    A linguagem d ao homem uma possibilidade de criar mundos, de criar realidades, de evocar realidades no

    presentes. E a lngua uma forma particular dessa faculdade [a linguagem] de criar mundos. A lngua, nesse

    sentido, a concretizao de uma experincia histrica. Ela est radicalmente presa sociedade.

    Fonte. XAVIER, A. C. & CORTEZ, S. (orgs.). Conversas com Linguistas: virtudes e controvrsias da Lingustica. Rio de Janeiro: Parbola

    Editorial, p. 73-73, 2005 (com adaptaes).

    Analisando a relao proposta entre as duas asseres acima, assinale a opo correta.

    a) As duas asseres so proposies verdadeiras e a segunda uma justificativa correta da primeira.

    b) As duas asseres so proposies verdadeiras, mas a segunda no uma justificativa correta da primeira

    c) A primeira assero uma proposio verdadeira e a segunda uma proposio falsa.

    d) A primeira assero uma proposio falsa e a segunda uma proposio verdadeira.

    e) As duas asseres so proposies falsas.

    Questo 12. Justificativa e comentrios.

    Questo 13. O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) uma medida comparativa de pobreza, alfabetizao

    e esperana de vida para os diversos pases do mundo. Seu clculo resulta em valor que vai de 0 (zero) a 1 (um),

    sendo que, quanto mais prximo da unidade, mais desenvolvido considerado o pas. A escolaridade inclui a

    alfabetizao dos adultos e a educao primria, secundria e terciria da populao em geral. O PIB per capita

    entra no clculo do IDH como um substituto de uma medida do padro de vida ou de distribuio de renda. O

    grfico abaixo mostra a evoluo do IDH de 1975 a 2004 para vrias regies do planeta.

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  • 26

    Com base nos dados apresentados no grfico, pode-se concluir que

    a) todos os continentes apresentaram aumento no valor do IDH no perodo de 1975 a 2004.

    b) o fator que mais influencia o aumento do IDH o aumento do nmero de matrculas no ensino primrio,

    secundrio e de nvel superior.

    c) os pases rabes nunca tero valores de IDH comparveis aos da Europa.

    d) o leste da sia mais desenvolvido que o sul do continente.

    e) os pases da frica logo atingiro valores de IDH correspondentes aos do sul da sia.

    Questo 13. Justificativa e comentrios.

    Questo 14. Viver sem eletricidade afeta muitas dimenses do desenvolvimento humano. Os servios de

    gerao, distribuio e uso de energia desempenham um papel fundamental no apenas no apoio ao crescimento

    econmico e gerao de empregos, mas tambm no reforo da qualidade de vida das pessoas. Cerca de 1,6

    bilhes de pessoas no mundo no tm acesso a tais servios. A maioria vive na frica subsaariana e no sul da

    sia, onde apenas cerca de um quarto das pessoas utiliza modernos servios de energia. Essas pessoas vivem

    sem uma lmpada eltrica em suas casas e dependem da queima de biomassa (madeira e estrume animal) para

    obter energia. Enquanto o acesso energia est aumentando em todo o mundo em desenvolvimento, o

    progresso dessas naes continua lento e desigual.

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  • 27

    Sabendo que um IDH > 0,8 indica alto desenvolvimento humano, que 0,5 < IDH < 0,799 indica mdio

    desenvolvimento humano e que IDH < 0,5 indica baixo desenvolvimento humano, pode-se dizer que o quadro

    acima mostra que

    a) sem a disponibilidade das modernas fontes de energia, no se atinge o alto desenvolvimento humano.

    b) todos os pases que utilizam biomassa como sua principal fonte de energia tm alto desenvolvimento humano.

    c) o IDH do Afeganisto no foi calculado por falta de energia eltrica.

    d) no h relao entre o uso de energia eltrica e o desenvolvimento.

    e) Moambique tem o menor valor de IDH, pois utiliza mais biomassa que os demais pases para gerar energia.

    Questo 14. Justificativa e comentrios.

    Questo 15 (Enem 2007). lcool, crescimento e pobreza

    O lavrador de Ribeiro Preto recebe em mdia R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80, esse

    trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. A mecanizao da colheita o obrigou a ser mais produtivo. O

    corta-cana derruba agora oito toneladas por dia. O trabalhador deve cortar a cana rente ao cho, encurvado. Usa

    roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que no seja lanhado pelas folhas da planta. O

    excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio, cibra, convulso. A fim de aguentar dores e cansao, esse

    trabalhador toma drogas e solues de glicose, quando no farinha mesmo. Tem aumentado o nmero de mortes

    por exausto nos canaviais. O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta US$ 8 bilhes. Gera toda a

    energia eltrica que consome e ainda vende excedentes. A indstria de So Paulo contrata cientistas e

    engenheiros para desenvolver mquinas e equipamentos mais eficientes para as usinas de lcool. As pesquisas,

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  • 28

    privada e pblica, na rea agrcola (cana, laranja, eucalipto etc.) desenvolvem a bioqumica e a gentica no pas.

    Folha de S. Paulo, 11/3/2007 (com adaptaes).

    Confrontando-se as informaes do texto com as da charge acima, conclui-se que

    a) a charge contradiz o texto ao mostrar que o Brasil possui tecnologia avanada no setor agrcola.

    b) a charge e o texto abordam, a respeito da cana-de-acar brasileira, duas realidades distintas e sem relao

    entre si.

    c) o texto e a charge consideram a agricultura brasileira avanada, do ponto de vista tecnolgico.

    d) a charge mostra o cotidiano do trabalhador, e o texto defende o fim da mecanizao da produo da cana-

    de-acar no setor sucroalcooleiro.

    e) o texto mostra disparidades na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e condies precrias

    de trabalho, que a charge ironiza.

    Questo 15. Justificativa e comentrios.

    Questo 16 (Enade 2008). mile Durkheim e Marcel Mauss figuram entre grandes expoentes da sociologia

    francesa. Ambos contriburam para a elaborao de noes como representaes individuais e representaes

    coletivas. Em uma de suas formulaes clssicas, a noo de representaes coletivas em oposio de

    representaes individuais definida como as maneiras de agir e pensar, consagradas pela tradio e impostas

    pela sociedade aos indivduos. Considerando essa definio, assinale a opo correta.

    a) A prece, na qualidade de fenmeno religioso, um ato individual e, por essa razo, trata-se de uma

    representao individual.

    b) Durante a realizao de ritos funerrios, o choro e a lamentao decorrentes do sentimento de perda do ente

    querido so expresses de uma representao individual.

    c) A noo de pessoa e os sobrenomes so impostos aos membros de uma sociedade conforme a tradio

    desta.

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  • 29

    d) Uma vez criada, a tradio se transmite de gerao a gerao de forma inalterada nas representaes

    coletivas.

    e) Direito e moral, religio e magia, mitos e contos so comuns a muitas sociedades e essa generalidade que

    faz deles representaes coletivas.

    Questo 16. Justificativa e comentrios.

    Questo 17 (Enade 2009). Leia o trecho abaixo.

    A partir da leitura desse trecho, INCORRETO afirmar que

    a) a feira de equipamentos eletrnicos, smbolo da modernidade e da tecnologia sofisticada, representativa do

    contrrio do que se pensa sobre o serto nordestino.

    b) as expresses isolamento, esquecimento e religiosidade, utilizadas pelos cineastas, so consideradas

    adequadas para expressar a atual realidade sertaneja.

    c) o termo serto tem conotao pejorativa, por implicar atraso e pobreza; por isso, seu uso deve ser

    cuidadoso.

    d) os entrevistados manifestam o desejo de contribuir para a desmitificao da imagem do serto nordestino,

    congelada no imaginrio de parte dos brasileiros.

    e) revela o estranhamento que comum entre pessoas mal informadas e simplificadoras, que veem o serto

    como uma regio homognea.

    Questo 17. Justificativa e comentrios.

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    O serto vai a Veneza

    Festival de Veneza exibe Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, de Karim Anouz e Marcelo Gomes, feito a

    partir de uma longa viagem pelo serto nordestino. [...] Rodaram 13 mil quilmetros, a partir de Juazeiro do

    Norte, no Cear, passando por Pernambuco, Paraba, Sergipe e Alagoas, improvisando dia a dia os locais de

    filmagem. Estvamos procura de tudo que encetava e causava estranhamento. Queramos romper com a ideia

    de lugar isolado, intacto, esquecido, arraigado numa religiosidade intransponvel. Eu at evito usar a palavra

    serto para ter um novo olhar sobre esse lugar, conta Karim. A ideia era afastar-se da imagem histrica da

    regio na cultura brasileira. Encontramos um universo plural que tem desde uma feira de equipamentos

    eletrnicos a locais de total desolao, completa Marcelo.

    CRUZ, Leonardo. Folha de S. Paulo, p. E1, 05.09.2009.

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  • 30

    Questo 18 (Enade 2009). Leia os grficos abaixo.

    Relacione esses grficos s seguintes informaes:

    O Ministrio da Cultura divulgou, em 2008, que o Brasil no s produz mais da metade dos livros do continente

    americano, como tambm tem parque grfico atualizado, excelente nvel de produo editorial e grande

    quantidade de papel. Estima-se que 73% dos livros do pas estejam nas mos de 16% da populao. Para

    melhorar essa situao, necessrio que o Brasil adote polticas pblicas capazes de conduzir o pas formao

    de uma sociedade leitora. Qual das seguintes aes NO contribui para a formao de uma sociedade leitora?

    a) Desacelerao da distribuio de livros didticos para os estudantes das escolas pblicas, pelo MEC, porque

    isso enriquece editoras e livreiros.

    b) Exigncia de acervo mnimo de livros, impressos e eletrnicos, com gneros diversificados, para as bibliotecas

    escolares e comunitrias.

    c) Programas de formao continuada de professores, capacitando-os para criar um vnculo significativo entre o

    estudante e o texto.

    d) Programas, de iniciativa pblica e privada, garantindo que os livros migrem das estantes para as mos dos

    leitores.

    e) Uso da literatura como estratgia de motivao dos estudantes, contribuindo para uma leitura mais

    prazerosa.

    Questo 18. Justificativa e comentrios.

    Questo 19 (Enade 2009). Leia o trecho abaixo.

    Quais as possibilidades, no Brasil atual, de a cidadania se enraizar nas prticas sociais? Essa uma questo que

    supe discutir as possibilidades, os impasses e os dilemas da construo da cidadania, tendo como foco a

    dinmica da sociedade. Antes de mais nada, preciso dizer que tomar a sociedade como foco de discusso

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  • 31

    significa um modo determinado de problematizar a questo dos direitos. Os direitos so aqui tomados como

    prticas, discursos e valores que afetam o modo como as desigualdades e diferenas so figuradas no cenrio

    pblico, como interesses se expressam e os conflitos se realizam.

    TELLES, 2006 (adaptado).

    Na abordagem salientada nesse trecho, qual direito social voc destacaria para diminuir as desigualdades de

    renda familiar no Brasil? Apresente dois argumentos que deem suporte sua resposta.

    Questo 20 (Enade 2005). Leia e relacione os textos a seguir.

    Comparando a proposta com a charge, pode-se concluir que

    a) o conhecimento da tecnologia digital est democratizado no Brasil.

    b) a preocupao social preparar quadros para o domnio da informtica.

    c) o apelo incluso digital atrai os jovens para o universo da computao.

    d) o acesso tecnologia digital est perdido para as comunidades carentes.

    e) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidado um excludo social.

    Questo 20. Justificativa e comentrios.

    Questo 21 (Enade 2008). Nos anos recentes, a noo de excluso social tem sido utilizada como um conceito

    terico pelas cincias sociais e como uma categoria emprica pelos movimentos sociais e pela gesto pblica.

    Resposta - Questo 19.

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  • 32

    Embora no haja consenso sobre o conceito de excluso, h alguns aspectos frequentemente lembrados a esse

    respeito: ruptura de laos sociais; precria insero no mundo do trabalho e baixas condies de qualidade de

    vida; frgil incorporao dos direitos de cidadania. Considerando como vlidos esses aspectos, correto afirmar

    que haver excluso social quando houver

    I. relaes de conflito em uma sociedade.

    II. trabalho infantil.

    III. trabalho para todos, mas com remunerao diferenciada.

    IV. falta de saneamento bsico em algumas comunidades.

    V. baixo ndice de eleitoras mulheres.

    Esto certos apenas os itens

    a) I, II e III.

    b) I, III e IV.

    c) I, IV e V.

    d) II, III e V.

    e) II, IV e V.

    Questo 21. Justificativa e comentrios.

    Questo 22 (Enem 2008). Calcula-se que 78% do desmatamento na Amaznia tenha sido motivado pela

    pecuria cerca de 35% do rebanho nacional est na regio e que pelo menos 50 milhes de hectares de

    pastos so pouco produtivos. Enquanto o custo mdio para aumentar a produtividade de 1 hectare de pastagem

    de 2 mil reais, o custo para derrubar igual rea de floresta estimado em 800 reais, o que estimula novos

    desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as rvores de valor comercial que foram abatidas para a

    criao de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restries

    pecuria nessas reas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio de soja, o qual, posteriormente, foi

    proibido em reas de florestas. poca, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptaes). A partir da situao-problema

    descrita, conclui-se que

    a) o desmatamento na Amaznia decorre principalmente da explorao ilegal de rvores de valor comercial.

    b) um dos problemas que os pecuaristas vm enfrentando na Amaznia a proibio do plantio de soja.

    c) a mobilizao de mquinas e de fora humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da

    produtividade de pastagens.

    d) o supervit comercial decorrente da exportao de carne produzida na Amaznia compensa a possvel

    degradao ambiental.

    e) a recuperao de reas desmatadas e o aumento de produtividade podem contribuir para a reduo do

    desmatamento na Amaznia.

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  • 33

    Questo 22. Justificativa e comentrios.

    Questo 23 (Enade 2004 com adaptaes). Analise a charge abaixo.

    A charge de Millr aponta para

    a) a fragilidade dos princpios morais.

    b) a defesa das convices polticas.

    c) a persuaso como estratgia de convencimento.

    d) o predomnio do econmico sobre o tico.

    e) o desrespeito s relaes profissionais.

    Questo 23. Justificativa e comentrios.

    Questo 24 (Enem 2004). O movimento hip-hop to urbano quanto as grandes construes de concreto e as

    estaes de metr, e cada dia se torna mais presente nas grandes metrpoles mundiais. Nasceu na periferia dos

    bairros pobres de Nova Iorque. formado por trs elementos: a msica (o rap), as artes plsticas (o grafite) e a

    dana (o break). No hip-hop os jovens usam as expresses artsticas como uma forma de resistncia poltica.

    Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso poltico a

    favor dos excludos, sobretudo dos negros. Apesar de ser um movimento originrio das periferias norte-

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  • 34

    americanas, no encontrou barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade o que, no entanto, no

    significa que o hip-hop brasileiro no tenha sofrido influncias locais. O movimento no Brasil hbrido: rap com

    um pouco de samba, break parecido com capoeira e grafite de cores muito vivas (adaptado de Cincia e Cultura,

    2004).

    De acordo com o texto, o hip-hop uma manifestao artstica tipicamente urbana, que tem como principais

    caractersticas

    a) a nfase nas artes visuais e a defesa do carter nacionalista.

    b) a alienao poltica e a preocupao com o conflito de geraes.

    c) a afirmao dos socialmente excludos e a combinao de linguagens.

    d) a integrao de diferentes classes sociais e a exaltao do progresso.

    e) a valorizao da natureza e o compromisso com os ideais norte-americanos.

    Questo 24. Justificativa e comentrios.

    Questo 25. Considere a afirmao: Para todo estudante de Direito, existe uma estudante de Psicologia que

    tem a mesma idade. Qual a negao total dessa afirmao (ou seja, a mnima condio para que essa

    afirmao seja falsa)?

    a) Todos os estudantes de Direito e de Psicologia tm a mesma idade.

    b) Para todo estudante de Direito no existe estudante de Psicologia com a mesma idade.

    c) No existem estudantes de Direito e de Psicologia com a mesma idade.

    d) Nenhuma estudante de Psicologia tem a mesma idade de qualquer estudante de Direito.

    e) Existe estudante de Direito para o qual no existe estudante de Psicologia que tem a mesma idade.

    Questo 25. Justificativa e comentrios.

    Questo 26 (Enem 2003). No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os ndices de

    violncia. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:

    CAMPANHA CONTRA A VIOLNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE

    A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notcia, esse

    problema poderia ter sido evitado com a seguinte redao:

    a) Campanha contra o governo do Estado e a violncia entram em nova fase.

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    b) A violncia do governo do Estado entra em nova fase de campanha.

    c) Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violncia.

    d) A violncia da campanha do governo do Estado entra em nova fase.

    e) Campanha do governo do Estado contra a violncia entra em nova fase.

    Questo 26. Justificativa e comentrios.

    Questo 27 (Enem 2003). A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espcies, ecossistemas, como a funes,

    e coloca problemas de gesto muito diferenciados. carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade

    pode significar:

    a eliminao da ao humana, como a proposta da ecologia radical;

    a proteo das populaes cujos sistemas de produo e cultura repousam num dado ecossistema;

    a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matria-prima, para produzir

    mercadorias.

    (Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. Conservao da biodiversidade em ecossistemas tropicais)

    De acordo com o texto, no tratamento da questo da biodiversidade no Planeta,

    a) o principal desafio conhecer todos problemas dos ecossistemas, para conseguir proteg-los da ao

    humana.

    b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equilbrio

    ecolgico.

    c) deve-se valorizar o equilbrio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus

    recursos.

    d) o enfoque ecolgico mais importante do que o social, pois as necessidades das populaes no devem

    constituir preocupao para ningum.

    e) h diferentes vises em jogo, tanto as que s consideram aspectos ecolgicos, quanto as que levam em

    conta aspectos sociais e econmicos.

    Questo 27. Justificativa e comentrios.

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    Questo 28 (Enem 2007 com adaptaes). A figura abaixo parte de uma campanha publicitria.

    Essa campanha publicitria relaciona-se diretamente com qual afirmativa?

    a) O comrcio ilcito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, uma ameaa para a biodiversidade

    nacional.

    b) A manuteno do mico-leo-dourado em jaula uma medida que garante a preservao dessa espcie

    animal.

    c) O Brasil, primeiro pas a eliminar o trfico do mico-leo-dourado, garantiu a preservao dessa espcie.

    d) O aumento da biodiversidade em outros pases depende do comrcio ilegal da fauna silvestre brasileira.

    e) O trfico de animais silvestres benfico para a preservao das espcies, pois lhes garante a sobrevivncia.

    Questo 28. Justificativa e comentrios.

    Questo 29. Charles Darwin (18091882) nasceu na Inglaterra e comeou a se interessar por histria natural na

    universidade enquanto era estudante de Medicina e Teologia. Durante quase cinco anos, Darwin foi

    acompanhante de Robert FitzRoy, capito do barco ingls Beagle, em uma expedio que deveria mapear a costa

    da Amrica do Sul. Essa viagem estabeleceu a sua reputao como um naturalista, e fez dele um dos precursores

    do campo da Ecologia.

    As pesquisas feitas durante a viagem fundamentaram sua Teoria da Evoluo, servindo de base para o famoso

    livro Origem das Espcies, que foi publicado em 1859. Darwin se tornou um eminente gelogo no meio

    cientfico. Foi um naturalista britnico, que alcanou fama ao convencer a comunidade cientfica da ocorrncia da

    evoluo e propor uma teoria para explicar como ela se d por meio da seleo natural e sexual.

    Darwin teve seguidores em vrios cantos do mundo. No Brasil, Fritz Mller (18211897) foi considerado pioneiro

    no apoio factual teoria da evoluo apresentada por Darwin. Doutorou-se em Filosofia e em Medicina. Foi um

    grande naturalista (estudou a biologia de animais marinhos, insetos e Botnica), professor de matemtica e de

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    cincias naturais. Correspondeu-se com diversos cientistas de todo o mundo, principalmente com Charles Darwin.

    Mller contribuiu para fundamentar e enriquecer a teoria da evoluo das espcies por seleo natural de Darwin

    e projetou o Brasil no cenrio da cincia europeia.

    Os avanos cientficos de Darwin contriburam para a investigao cientfica e a problematizao sobre a origem

    das espcies, comprovando o conceito de diversidade ao observar que espcies parecidas viviam distantes e se

    adaptavam s condies do meio. Essa posio cientfica contrape, portanto, a teoria criacionista, a qual

    incorpora todas as crenas de que as origens do universo e da vida so atribuveis ao sobrenatural e de que Deus

    criou o mundo e tudo o que h nele, a partir do nada.

    Charles Darwin Fritz Mller no Brasil

    Disponvel em < http://www.mulleriana.org.br/mulleriana/muller_nomura.asp, http://dererummundi.blogspot.com/2009/02/darwin-entre-

    nos.html> e . Acesso em 16.03.2009.

    Com base no texto acima, qual dos postulados abaixo est diretamente relacionado ao pensamento evolucionista

    de Darwin e Fritz Mller?

    a) As caractersticas adquiridas pelo uso so transmitidas de gerao a gerao.

    b) O rgo ou outra estrutura qualquer se desenvolve quando o meio externo impe tal necessidade.

    c) Por meio da seleo natural, as espcies so representadas pelos indivduos cada vez mais adaptados.

    d) A evoluo resulta de modificaes nos genes dos indivduos, que por sua vez, so transmitidos aos seus

    descendentes.

    e) A mutao uma alterao na sequncia das bases do DNA.

    Questo 29. Justificativa e comentrios.

    Questo 30 (Enem 2007). O Aedes aegypti vetor transmissor da dengue. Uma pesquisa feita em So Lus

    MA, de 2000 a 2002, mapeou os tipos de reservatrio onde esse mosquito era encontrado. A tabela abaixo

    mostra parte dos dados coletados nessa pesquisa.

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    De acordo com essa pesquisa, o alvo inicial para a reduo mais rpida dos focos do mosquito vetor da dengue

    nesse municpio deveria ser constitudo por

    a) pneus e caixas dgua.

    b) tambores, tanques e depsitos de barro.

    c) vasos de plantas, poos e cisternas.

    d) materiais de construo e peas de carro.

    e) garrafas, latas e plsticos.

    Questo 30. Justificativa e comentrios.

    Questo 31 (Enade 2007 com adaptaes). Leia os poemas abaixo.

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    Questo 31. Justificativa e comentrios.

    Questo 32 (Enem 2002). Narizinho correu os olhos pela assistncia. No podia haver nada mais curioso.

    Besourinhos de fraque e flores na lapela conversavam com baratinhas de mantilha e miostis nos cabelos.

    Abelhas douradas, verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura fina - achando que era exagero usarem

    coletes to apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados excessivos que as borboletas de toucados de

    gaze tinham com o p das suas asas. Mamangavas de ferres amarrados para no morderem. E canrios

    cantando, e beija-flores beijando flores, e camares camaronando, e caranguejos caranguejando, tudo que

    pequenino e no morde, pequeninando e no mordendo. LOBATO, Monteiro. Reinaes de Narizinho. So Paulo:

    Brasiliense, 1947.

    No ltimo perodo do trecho, h uma srie de verbos no gerndio que contribuem para caracterizar o ambiente

    fantstico descrito. Expresses como camaronando, caranguejando e pequeninando e no mordendo criam,

    principalmente, efeitos de

    a) esvaziamento de sentido.

    b) monotonia do ambiente.

    c) estaticidade dos animais.

    d) interrupo dos movimentos.

    e) dinamicidade do cenrio.

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    Questo 32. Justificativa e comentrios.

    Questo 33 (Enem 2002). O autor da tira utilizou os princpios de composio de um conhecido movimento

    artstico para representar a necessidade de um mesmo observador aprender a considerar, simultaneamente,

    diferentes pontos de vista.

    Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja composio foi

    adotado um procedimento semelhante

    Questo 33. Justificativa e comentrios.

    Questo 34 (Enem 2003). A Propaganda pode ser definida como divulgao intencional e constante de

    mensagens destinadas a um determinado auditrio visando criar uma imagem positiva ou negativa de

    determinados fenmenos. A Propaganda est muitas vezes ligada ideia de manipulao de grandes massas por

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