56
Protocolos Clínicos e Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Brasil como Estratégia de Uso Racional de Uso Racional de Medicamentos Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Protocolos Clínicos e Diretrizes Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde Terapêuticas do Ministério da Saúde

do Brasil como Estratégia de Uso do Brasil como Estratégia de Uso Racional de MedicamentosRacional de Medicamentos

Prof. Dr. Paulo D. Picon

Page 2: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Paulo D. PiconFormação e Declaração de Conflito de Interesses

• Médico pela UFRGS - 1980

• Médico de Saúde Pública - SES/RS - 1982

• Mestrado em Medicina - UFRGS – 1991

• Fellow na Escola de Medicina de Harvard - 1992

• Doutorado em Medicina - UFRGS - 1996

• Prof. Titular de Farmacologia - Univ. Passo Fundo - 1985

• Prof. Adjunto Medicina Interna - UFRGS - 1987

• Comendador - Ordem do Mérito Médico - Brasil - 2002

• Nenhum conflito de interesses com a grande Indústria Farmacêutica ou de Equipamentos

• Projetos de Pesquisa para a indústria Gaúcha e Brasileira com o objeto específico de atender a legislação de registro ou de

controle de qualidade dos produtos pela ANVISA-MS

Page 3: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Temas abordados Temas abordados Por que Protocolos?Por que Protocolos? Iniciativa Pioneira – Política Nacional Iniciativa Pioneira – Política Nacional

Baseada em Evidências CientíficaBaseada em Evidências Científica Imprevisibilidade dos “Uso Judicial de Imprevisibilidade dos “Uso Judicial de

Medicamentos”Medicamentos” A consulta pública como estratégia de A consulta pública como estratégia de

consenso nacionalconsenso nacional As portarias do Ministério da SaúdeAs portarias do Ministério da Saúde O livro e as estratégias de Atenção O livro e as estratégias de Atenção

Farmacêutica no SUS – papel dos Centros de Farmacêutica no SUS – papel dos Centros de Referência Referência

Os Protocolos como estratégia de Os Protocolos como estratégia de convencimento Médico e Jurídicoconvencimento Médico e Jurídico

Page 4: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

A Solidão do Processo de Decisão Autonomia e Responsabilidades

Dr

Page 5: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Physicians and the Pharmaceutical Industry Physicians and the Pharmaceutical Industry Is a gift just a gift?Is a gift just a gift?

1.1. Viagem para participar de eventosViagem para participar de eventosRC = 7,9 (1,1-55,6) para solicitar inclusão no hospitalRC = 7,9 (1,1-55,6) para solicitar inclusão no hospitalRC = 4,5 a 10x (comparado com 2,5 a 3,5x – nacional)RC = 4,5 a 10x (comparado com 2,5 a 3,5x – nacional)

2.2. Ouvir conferências dos Ouvir conferências dos SpeakersSpeakers das Companhias das CompanhiasTto. adequado RC = 8,4 (2,1 - 39,8)Tto. adequado RC = 8,4 (2,1 - 39,8)Tto. Inadequado (100% x 79% para não ouvintes)Tto. Inadequado (100% x 79% para não ouvintes)

3.3. EMC –IndústriaEMC –Indústria2,5 a 3 x – efeitos positivos da nova droga2,5 a 3 x – efeitos positivos da nova droga 5,5 a 18,7% taxa de prescrição5,5 a 18,7% taxa de prescrição

4.4. Receber HonoráriosReceber HonoráriosRC = 4,0 (1,0 a 16,8) para drogas que “ocasionalmente” beneficiamRC = 4,0 (1,0 a 16,8) para drogas que “ocasionalmente” beneficiamRC = 29,1 (3,4 a 246,6) para drogas que “frequentemente” beneficiamRC = 29,1 (3,4 a 246,6) para drogas que “frequentemente” beneficiam

5.5. Financiamento de pesquisasFinanciamento de pesquisasRC = 9,5 (2,6 – 35,7) requisitar a nova drogaRC = 9,5 (2,6 – 35,7) requisitar a nova droga

Page 6: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Pharmaceutical industry sponsorship and research Pharmaceutical industry sponsorship and research outcome and quality: systematic reviewoutcome and quality: systematic review

BMJ 2003;326:1-10BMJ 2003;326:1-10

ObjetivosObjetivos: investigar se o financiamento pela indústria : investigar se o financiamento pela indústria produtora está associado com resultados favoráveis produtora está associado com resultados favoráveis nos EC e se os métodos aplicados nestes estudos nos EC e se os métodos aplicados nestes estudos diferem dos financiados por outras fontesdiferem dos financiados por outras fontes

MétodosMétodos: Medline Jan/96 a Dez/2002. 30 estudos : Medline Jan/96 a Dez/2002. 30 estudos incluídos por 3 pesquisadores.incluídos por 3 pesquisadores.

ResultadosResultados: estudos financiados pela indústria tiveram : estudos financiados pela indústria tiveram RC de 4,05 (IC 95% 2,8-5,5 -95%) de apresentar RC de 4,05 (IC 95% 2,8-5,5 -95%) de apresentar resultados favoráveis para a nova drogaresultados favoráveis para a nova droga

ExplicaçõesExplicações: seleção inapropriada do grupo controle e : seleção inapropriada do grupo controle e viés de publicaçãoviés de publicação

Page 7: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

“A verdade sobre a indústria farmacêutica: Como eles nos enganam e o que fazer a respeito”Marcia Angell MD, ex-Editora Chefe do The New England Journal of Medicine, Conferencista Senior em Medicina Social da Escola de Medicina de Harvard

Duas teses são desenvolvidas neste livro:

•“…romper a dependência dos profissionais médicos em relação à indústria farmacêutica.”

•“…controle inapropriado que a indústria detém sobre a avaliação dos seus próprios produtos.”

Page 8: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

HARLOT plc: an amalgamation of the world’s twooldest professions David L Sackett, Andrew D Oxman on behalf of HARLOT plc BMJ 2003;327

How to Achieve positive Results without actually Lying to Overcome the Truth

Page 9: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Dos autores declararam ter algum tipo de conflito de interesses.

Autores construiram Guidelines para doenças relevantes para companhias das quais possuiam ações.

Dos Guidelines não declararam qualquer datalhe de conflito de interesses dos autores.

Page 10: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

www.plosmedicine.org May 2005;2(5):e138

Os Jornais deveriam criticar os estudos, não publicá-los.

Page 11: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Pressupostos Pressupostos 1: < o n1: < o noo de estudos conduzidos; de estudos conduzidos; 2: < o tamanho do efeito;2: < o tamanho do efeito; 3: > flexibilidade dos desenhos, definições, 3: > flexibilidade dos desenhos, definições,

desfechos e modelos de análise;desfechos e modelos de análise; 4: > o interesse financeiro e outros interesses 4: > o interesse financeiro e outros interesses

escusos;escusos; 5: quanto “mais quente” o campo da pesquisa 5: quanto “mais quente” o campo da pesquisa

com > ncom > noo de equipes de investigadores investigadores

< probabilidade do achado

representar a verdade!

Pode-se provar que a maioria dos achados científicos são falsos.

A maioria dos achados de pesquisas são falsos para a maioria dos desenhos experimentais e campos de pesquisa.

Page 12: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Brasil: Situação Atual

Receita

Mandado

Financiadores MS/SES/SMS

Page 13: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Medicamentos “Excepcionais”Medicamentos “Excepcionais”1.1. ImigluceraseImiglucerase

2.2. Interferon peguiladoInterferon peguilado

3.3. Micofenolato Mofetil Micofenolato Mofetil

4.4. Olanzapina Olanzapina

5.5. Interferon BetaInterferon Beta 1a (22ug) 1a (22ug)

6.6. EritropoetinaEritropoetina

7.7. CiclosporinaCiclosporina

8.8. Interferon betaInterferon beta 1b (0,3 mg) 1b (0,3 mg)

9.9. Hormônio do CrescimentoHormônio do Crescimento

10.10. Tacrolimus (1mg)Tacrolimus (1mg)

11.11. Tacrolimus (5 mg)Tacrolimus (5 mg)

12.12. Interferon betaInterferon beta 1a (44) 1a (44)

13.13. Acetato de leuprolidaAcetato de leuprolida

14.14. Dornase alfaDornase alfa

Percentual dos gastos MS

2003 = 63.7% do total

2004 : ± 400.000 pts = R$ 823Mi

2005 ± R$ 1bilhão

Fonte: DAF/SCTIE/MS 2003

1 Pac. 60 kg = R$ 864.000,00/ano

1 g = R$ 4,4 Milhões

Page 14: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Protocolos Clínicos e Diretrizes Protocolos Clínicos e Diretrizes TerapêuticasTerapêuticas

31 Portarias Ministeriais31 Portarias Ministeriais Distribuído 27 estadosDistribuído 27 estados Recurso Técnico das SEsRecurso Técnico das SEs Objeto de Objeto de

convencimento do convencimento do judiciáriojudiciário

Sugestão de Sugestão de implementação CRs e implementação CRs e de Câmaras Técnicasde Câmaras Técnicas

Page 15: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Diretrizes: diagnóstico e tratamentoDiretrizes: diagnóstico e tratamento Termo de Consentimento InformadoTermo de Consentimento Informado Fluxograma Médico: diagnóstico e tratamentoFluxograma Médico: diagnóstico e tratamento Fluxograma Farmacêutico: critérios de Fluxograma Farmacêutico: critérios de

dispensaçãodispensação Guia de Orientações aos pacientes e cuidadoresGuia de Orientações aos pacientes e cuidadores Ficha Farmacoterapêutica: Atenção Ficha Farmacoterapêutica: Atenção

FarmacêuticaFarmacêutica

Estrutura dos Protocolos Clínicos e Estrutura dos Protocolos Clínicos e Diretrizes TerapêuticasDiretrizes Terapêuticas

Page 16: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

PCDT da Hepatite C 2001: PCDT da Hepatite C 2001: 11aa interface interface com o Superior Tribunal de Justiçacom o Superior Tribunal de Justiça

Audiência com o Ministro Nilson NavesPresidente do STJ

“...a meu ver, causa lesão à ordem administrativa inserta na ordem pública.”

Ação no STJ 3.900 pacientes portadores de vírus C solicitaram tratamento com Interferon peguilado –”nome comercial” - SES - SP. Custo estimado R$ 159.000.000,00 - PET 1966

Page 17: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Tribunal de Contas da UniãoTribunal de Contas da UniãoRelatórios de Avaliação 2004 e 2005Relatórios de Avaliação 2004 e 2005

www.tcu.gov.brwww.tcu.gov.br ““Os PCDTs foram considerados pontos Os PCDTs foram considerados pontos

positivos na racionalização da positivos na racionalização da prescrição...”prescrição...”

..”Reduz variabilidade, riscos e custos...”..”Reduz variabilidade, riscos e custos...” ““Todas as Unidades visitadas possuíam o Todas as Unidades visitadas possuíam o

livro dos Protocolos em suas farmácias..”livro dos Protocolos em suas farmácias..” ““Ainda não teve início o processo de Ainda não teve início o processo de

revisão e atualização dos PCDT de 2002”revisão e atualização dos PCDT de 2002”

Page 18: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Presidente do Tribunal de Justiça Presidente do Tribunal de Justiça do RSdo RS

Março de 2003Março de 2003 Audiência do Audiência do

Secretário da Saúde Secretário da Saúde com o Presidente do com o Presidente do Tribunal de Justiça do Tribunal de Justiça do RSRS

Reuniões com Reuniões com DesembargadoresDesembargadores

Audiência com o Audiência com o Proc. Geral Justiça RSProc. Geral Justiça RS

Page 19: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Grupo de Assessoria em Farmacologia Clínica

Equipe Técnica dentro da PGE-RS

Câmara Técnica de FC Palácio do MP RS “Forte Apache”

Sede das Reuniões da CTFC: Palácio do Ministério Público - “Forte Apache”

Sede das Reuniões da CTFC: Palácio do Ministério Público - “Forte Apache”

5 PCDT

Palácio da Justiça - Brasília

Palácio da Justiça Porto Alegre

Page 20: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Uso Judicial de Medicamentos Uso Judicial de Medicamentos SES-RSSES-RS

Imprevisibilidade = Planejamento Zero!Imprevisibilidade = Planejamento Zero!

Ex. Palivizumab – Bloqueados R$ 28.800,00Ex. Palivizumab – Bloqueados R$ 28.800,00 Prescrição ½ amp Im/ mês/3 mesesPrescrição ½ amp Im/ mês/3 meses Preço ampola 100 mg = R$ 3.725,61Preço ampola 100 mg = R$ 3.725,61 Data do Bloqueio: 12/agosto/2005Data do Bloqueio: 12/agosto/2005

Detalhe: 2 gêmeos - 3 amp. seriam suficientesDetalhe: 2 gêmeos - 3 amp. seriam suficientes Metanálise: Metanálise: risco hospitalização, se usada nos 3 risco hospitalização, se usada nos 3

meses que antecedem o meses que antecedem o inverno europeuinverno europeu!!

Page 21: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Meretíssimo, cuidado com o Meretíssimo, cuidado com o Novo!Novo!

Laronidase AldurazymeLaronidase Aldurazyme® (MPS I) (MPS I) registro anvisa 22/08/2005registro anvisa 22/08/2005

Solicitações Administrativas à Solicitações Administrativas à SES-RS junho 2003SES-RS junho 2003

Ação Judicial SES-RS: Liminar Ação Judicial SES-RS: Liminar individual em 10/10/ 2005individual em 10/10/ 2005

Custo estimado U$ Custo estimado U$ 300.000/paciente/ano300.000/paciente/ano

Page 22: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

N = 266 N = 345 N = 286 N = 154

Processos Judiciais de Medicamentos Procuradoria do

Interior do RS 2005

Page 23: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Processos Judiciais de Medicamentos Procuradoria do

Interior do RS 2005

Page 24: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Processos Judiciais de Medicamentos Procuradoria do

Interior do RS 2005

N = 266N = 345N = 286N = 154

Total do Estado n ± 330/mês

Page 25: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

2002 2003 2004 2005

PoA

Interior

Total

Aumento do número de ações judiciais por medicamentos em Porto Alegre e no Interior do RS

Page 26: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Câmara Técnica em Fibrose Câmara Técnica em Fibrose Cística - RSCística - RS

Acordo entre Secretário Estadual Saúde Acordo entre Secretário Estadual Saúde e Procurador Geral Justiça RSe Procurador Geral Justiça RS

Coordenação Promotora Synara ButelliCoordenação Promotora Synara Butelli Coord. Técnica Dr. Paulo PiconCoord. Técnica Dr. Paulo Picon 20 técnicos representantes das 20 técnicos representantes das

instituições de saúde – reuniões no instituições de saúde – reuniões no Palácio MP-RSPalácio MP-RS

Produção de 5 Protocolos de Produção de 5 Protocolos de Tratamento: Tratamento: www.saude.rs.gov.brwww.saude.rs.gov.br

Page 27: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Doutor, cuidado com os tratamentos Doutor, cuidado com os tratamentos longos!longos!

Interferon Beta 1-a e Beta 1-bInterferon Beta 1-a e Beta 1-b

Esclerose MúltiplaEsclerose Múltipla

Associados a Associados a Hepatotoxicidade GraveHepatotoxicidade Grave

Casos de evolução para Casos de evolução para transplante hepáticotransplante hepático

Alerta FDA: IFN beta 1-b risco de transplante por hepatite medicamentosa e beta 1-a hepatite grave www.fda.gov/medwatch/safety/2005/

Page 28: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Consulta Pública do PCDT da Artrite Reumatóide: Julho 2002

Peso em kg

A mesma carta!! Solicitando Inibidores da COX-2 (Vioxx)

“…os inibidores de COX-2 estão associados com infarto do miocárdio…”

Page 29: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

PCDT do Transplante Hepático em PCDT do Transplante Hepático em Portadores do vírus da Hepatite BPortadores do vírus da Hepatite B

Prescrições de Gamaglobulina Hiperimune da Hepatite B em doses elevadas: 10.000 UI/dia durante internaçãoBase científica: série de casos.Série da Australiana com doses baixas e mesma eficácia.PCDT Brasil adotou doses baixas.Dificuldade de convencimento dos transplantadores

Page 30: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

PCDT da Esquizofrenia RefratáriaPCDT da Esquizofrenia Refratária

Olanzapina continua a ser prescrita independente da confirmação de refratariedade.

Alta taxa de prescrição para pacientes idosos

Alerta do FDA: antipsicóticos atípicos aumentam a mortalidade em pacientes idosos www.fda.gov/medwatch/safety/2005/

Page 31: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Doutor, cuidado com os anticorpos Doutor, cuidado com os anticorpos monoclonais!monoclonais!

InfliximabInfliximab infecções e morte por sepse infecções e morte por sepse

1 caso de Tuberculose no dorso do pé!1 caso de Tuberculose no dorso do pé! NatalizumabNatalizumab Ac Monoclonal humanizado Ac Monoclonal humanizado

contra contra αα4-integrinas causa desmielinização4-integrinas causa desmielinização

3 de 3000 pts. ECR (EM ou Crohn). Áreas multifocais de desmielinização cerebral por 3 de 3000 pts. ECR (EM ou Crohn). Áreas multifocais de desmielinização cerebral por reativação de infecção por poliomavirus JC.reativação de infecção por poliomavirus JC.

Page 32: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Lições do GeftinibeLições do Geftinibe

Ac Monoclonal específico/receptor células epiteliais

Aprovado por estudo de fase I - FDA para Ca de pulmão

Não aprovado na Anvisa ECR fase III: ineficaz Apesar disso: uso compassivo

permanece no RS.

Page 33: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Centro de Atenção em Hepatite C Dados dos pacientes

Centro de Atenção em Hepatite C Dados dos pacientes

264 pacientesHSP 206

HNSC 58

Em tratamento:134 pacientes

Interrupção por ausência de RV: 36 (13,6%) pac.

Interrupção por EA:22 (8,3%) pac.

Término:74 pacientes

PCR negativo:34/45 pacientes (76%)34/(45+36+22) = 33%

PCR positivo:11/45 pacientes (24%)

11/103=11%

48 sem. 48 sem.

Neutropenia (3)

Transt. psiquiátricos (2)

Astenia e sint. gripais (2)

Morte (2)

Ascite/Cirr. desc. (2)

Hipertensão exacerbada (1)

Diabete desc. (1)

Edema de disco óptico (1)

Outros: (8)

Page 34: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Compartilhamento de ampolasCompartilhamento de ampolas

Exemplo:Exemplo:

Dose: 1,5 mcg /kg Dose: 1,5 mcg /kg

Paciente com 60 kg: 90 mcg (0,56 ml)Paciente com 60 kg: 90 mcg (0,56 ml)

Ampola 80 mcg/0,7 mlAmpola 80 mcg/0,7 ml

Sobra 0,14 mlSobra 0,14 ml

A cada 4 aplicações A cada 4 aplicações 1 sem custo 1 sem custo

Interferon Peguilado – Hepatite CInterferon Peguilado – Hepatite C

Page 35: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Economia de ± R$ 1.500.000,00/2 anos

Centro de Atenção em Hepatite C Impacto Financeiro e Satisfação

Centro de Atenção em Hepatite C Impacto Financeiro e Satisfação

Excelente

Bom

Regular

Ruim

78,5%21,5%

Page 36: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Centro de Referência de AlzheimerCentro de Referência de AlzheimerSES-HCPASES-HCPA

Avaliação de +1000 processos solicitando medicamentos para “melhorar a memória em idosos”.

Revisão dos processos pelo grupo de Experts resultou em 94% de indeferimento – sem indicação técnica

Alerta FDA: galantamina aumenta mortalidade cardiovascular www.fda.gov/medwatch/safety/2005/

Metanálise: “...recommendation of cholinesterase inhibitors for the treatment of Alzheimer's disease is questionable.”BMJ 2005 6;331:321-7

Page 37: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Centro de Referência de Nutrição e Centro de Referência de Nutrição e Suplementos NutricionaisSuplementos Nutricionais

SES-HCPASES-HCPA

Avaliação por Experts de 700 processos solicitando suplementos nutricionais.

Apenas 25% destes continham informações sobre o estado nutricional dos pacientes.

Apenas 12% deferidos:

Trabalho apresentado na Semana Científica do HCPA Set. 2005

alimento x nutriente fórmulas inadequadas diagnósticos errados

Page 38: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Por conseguinte, estou desconstituindo a sentença, ordenando que se faça a prova quer da necessidade real da parte, quer da possibilidade de substituir esse caríssimo leite por outro com igual efeito terapêutico ou, então, obter um fornecedor por preço menor.

Câmara Técnica da PGE Resultados com o Judiciário RS -

Acórdãos

Page 39: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

“...Não há prova alguma de que a autora, realmente, necessite dos medicamentos indicados na inicial, e na posologia prescrita, exceto a opinião do seu médico assistente. A única lealdade desse médico é com seu paciente. Daí, para ele pode pretender o impossível: ....Também pode ter a preferência por algum laboratório ou marca...”(APEL CÍVEL Nº 70011178837, 4ª CC, Rel. Des. Araken de Assis, j. 11-05-05)

Câmara Técnica da PGE Resultados com o Judiciário RS -

Acórdãos

Page 40: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Centro de Referência de EritropoetinaCentro de Referência de EritropoetinaHCPA-SES/RSHCPA-SES/RS

Avaliação das doses utilizadas em Porto Alegre e no Estado do RS

±3500 pac. no RS – R$ 3.215.000,00/ano

Porto Alegre: 625 pac. 12 amp (4000UI) por mês

Nenhuma informação do peso

Dispensação nas farmácias do SUS

Page 41: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Buscar a menor dose clinicamente

eficaz

Buscar a menor dose clinicamente

eficaz

Autores:

Paulo Picon e Patricia Prolla

Consultores Internacionais:

Ernest Beutler, Ari Zimhran

Page 42: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Lições da Imiglucerase CR HCPA-Lições da Imiglucerase CR HCPA-SES/RSSES/RS

1.1. DNAr DNAr 2.2. Aprovada por ECR pequenoAprovada por ECR pequeno3.3. Sem definição de dose mínima eficazSem definição de dose mínima eficaz4.4. Custo de R$ 864.000,00/ano/ptCusto de R$ 864.000,00/ano/pt

Centro de Referência do RSCentro de Referência do RS

23 pts em 2 anos23 pts em 2 anos

Economia deEconomia de

R$ 10.000.000,00R$ 10.000.000,00

Page 43: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

SP: 137 pctes

MG: 73 pctes

RJ: 59 pctes

RS: 22 pctes

PR: 26 pctes

Page 44: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

SP: 31.835 fr/ano

MG: 13.949 fr/ano

PR: 5.249 fr/ano

CE: 3.586 fr/ano

RJ: 12.077 fr/ano

RS: 2.943 fr/ano

Page 45: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

SP: 232 fr/ano/pcte

DF: 224 fr/ano/ pcte

PR: 201 fr/ano/pcte

CE: 225 fr/ano/pcte

RJ: 201 fr/ano/pcte

RS: 127 fr/ano/pcte

Page 46: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

30 U/Kg/inf

15 U/Kg/inf

DOSE INICIAL DE IMIGLUCERASE NO REINO UNIDO

Dados fornecidos pelo Prof. Timothy Cox, 2006

75%

Page 47: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

15 U/Kg/inf

30 U/Kg/inf60 U/Kg/inf

Dados fornecidos pelo Prof. Ari Zimran, 2006

DOSE INICIAL DE IMIGLUCERASE EM ISRAEL

90%

Page 48: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

60 U/Kg/inf

70%

Data courtesy Prof. Paulo Picon, Ida Schwartz, and Barbara Krug

DOSE INICIAL DE IMIGLUCERASE NO RIO GRANDE DO SUL (antes da implementação do Centro)

Page 49: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

30 U/Kg/inf

50%

DOSE INICIAL DE IMIGLUCERASE NO RIO GRANDE DO SUL (após a implementação do Centro)

15 U/Kg/inf25%25%

60 U/Kg/inf

Page 50: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Toxina BotulínicaToxina Botulínica

Uma só cidade do RS consome mais TxB2 do que todas as outras cidades juntas (exceto Porto Alegre).

Surgimento de uma terceira apresentação comercial foi seguido de numerosas críticas por parte dos usuários e médicos – “Toxina Chinesa”

Centros de Referência do HCPA: impacto imediato reduzindo as compras da SES-RS (R$ 50.000,00/mês) “efeito educador”.

Page 51: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

2003 2004 2005

Reais

Unidades

Gastos Brutos com Toxina Botulínica da SES-Rio Grande do Sul - Brasil

PCDT

Page 52: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Imunossupressores não contemplados no Imunossupressores não contemplados no PCDT do MS para Transplante RenalPCDT do MS para Transplante Renal

Projetos de Pesquisa com diferentes esquemas de imunossupressores durante a indução do transplante colocam o Gestor Estadual na obrigatoriedade de dispensação na alta.• O MS ou a SES foram convidados para financiar estes estudos?

Page 53: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Implementação dos Protocolos na Prática do SUS

Page 54: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

448 pg

406 pg textos das Portarias com os Protocolos Clínicos

do Ministério da Saúde

Porto Alegre - Janeiro de 2006

Des. Wellington Pacheco de Barros

Page 56: Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde do Brasil como Estratégia de Uso Racional de Medicamentos Prof. Dr. Paulo D. Picon

Muito obrigado!Muito obrigado!

[email protected]@hcpa.ufrgs.br