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PPC PROJETO POLTICO PEDAGGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMTICA CAMPUS VOLTA REDONDA - IFRJ
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PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE
LICENCIATURA EM MATEMTICA
Dezembro/2015
Curso Autorizado pela Resoluo
N 16, de 11/07/2008, Conselho
Diretor do CEFET Qumica/RJ,
atual IFRJ.
Ministrio da Educao MEC Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica SETEC Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio de Janeiro IFRJ
campus Volta Redonda
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1. IDENTIFICAO DA INSTITUIO
IFRJ - Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio de Janeiro
Reitor Paulo Roberto de Assis Passos
Pr-Reitor de Administrao, Planejamento
Miguel Roberto Muniz Terra
Pr-Reitor de Ensino Tcnico Marcelo Nunes Sayo
Pr-Reitor de Ensino de Graduao
Hudson Santos da Silva
Pr-Reitora de Ps-Graduao, Pesquisa e Inovao Mira Wengert
Pr-Reitora de Extenso Ana Carla dos Santos Beja
Diretor de Desenvolvimento Institucional e Expanso
Marcos Jos Clivatti Freitag
Diretor do Campus Arraial do Cabo Joo Gilberto da Silva Carvalho
Diretora do Campus Duque de Caxias Teresa Martins de Jesus Moura Martins
Diretor do Campus Engenheiro Paulo de Frontin
Rodney Cezar de Albuquerque
Diretora do Campus Mesquita Grazielle Rodrigues Pereira
Diretor do Campus Nilo Peanha/Pinheiral
Reginaldo Ribeiro Soares
Diretor do Campus Nilpolis Wallace Vallory Nunes
Diretora do Campus Paracambi Cristiane Henriques de Oliveira
Diretora do Campus Realengo
Sandra da Silva Viana
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Diretor do Campus Rio de Janeiro (Maracan) Florinda do Nascimento Cerssimo
Diretor do Campus So Gonalo
Tiago Giannerini da Costa
Diretor do Campus Volta Redonda Silvrio Afonso Albino Balieiro
Diretor de Implantao do Campus Avanado Resende
Aline Moraes da Costa
Diretor de Implantao do Campus Belford Roxo Fbio Soares da Silva
Diretor de Implantao do Campus So Joo de Meriti
No designado
Diretor de Implantao do Campus Niteri Renato Saldanha Bastos
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1.1. DADOS GERAIS DO IFRJ
CNPJ: 10.952.708/0009-53
Razo Social: Instituto Federal de Educao Cincia e Tecnologia do Rio de Janeiro
Nome de Fantasia: IFRJ Esfera Administrativa: Federal Administrao Indireta
Endereo: Rua Pereira de Almeida, n 88, Praa da Bandeira, Rio de Janeiro, RJ, CEP:20260-100
Telefone: (21) 2273-7640
Site Institucional: http://www.ifrj.edu.br
http://www.ifrj.edu.br/
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2. COMISSO DE IMPLANTAO DO CURSO DE GRADUAO DE LICENCIATURA EM MATEMTICA
Alexandre Mendes
Ana Paula Damato Bemfeito
Eduardo Dessupoio Moreira Dias
Elizabeth Augustinho
Isaque de Souza Rodrigues
Jos Arthur Duarte Camacho
Jos Ricardo Ferreira de Almeida
Katia Correia da Silva
Magno Luiz Ferreira
Marcia Amira Freitas do Amaral
Marcos Jos Clivatti Freitag
Marta Ferreira Abdala Mendes
Mnica Romitelli de Queiroz
Patrcia Chiganer Lilenbaum
Renata Arruda Barros
Slvia Cristina de Souza Trajano
Solange Nascimento da Silva
Tiago Soares dos Reis
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3. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
PROF. ANDR SEIXAS DE NOVAIS Licenciado em Matemtica
Especialista em Educao Matemtica Mestre em Ensino de Matemtica.
PROF. EDUARDO DESSUPOIO MOREIRA DIAS
Licenciado em Matemtica Mestre em Economia Aplicada
PROF. GIOVANA DA SILVA CARDOSO
Licenciada em Matemtica Licenciada em Pedagogia
Especialista em EAD, Educao Especial e Psicopedagogia Institucional
PROF. ISAQUE DE SOUZA RODRIGUES Licenciado em Matemtica
Mestre em Engenharia Nuclear
PROF. JOS RICARDO FERREIRA DE ALMEIDA Licenciado em Matemtica
Especialista em Matemtica Avanada Computacional Mestre em Matemtica
PROF. LUIZ FABIANO COSTA DE S
Tecnlogo em Processamentos de Dados Licenciado em Computao
Especialista em Ensino Superior e Profissional Especialista em Anlise Projetos e Gerencia de Sistemas
Mestre em Materiais
PROF. MAGNO LUIZ FERREIRA Licenciado em Matemtica
Mestre em Ensino de Matemtica
PROF MRCIA AMIRA FREITAS DO AMARAL
Licenciada em Pedagogia Especialista em Psicopedagogia: Diferenas na Aprendizagem
Mestre em Educao Doutora em Educao
PROF PATRCIA CHIGANER LILENBAUM
Licenciada em Lngua Portuguesa Mestre em Literatura Brasileira Doutora em Estudos Literrios
PROF. RAFAEL VASSALLO NETO
Licenciado em Matemtica Especialista e Matemtica Superior
Especialista em Metodologia do Ensino Superior Mestre em Educao Matemtica.
PROF RENATA ARRUDA BARROS
Licenciada em Matemtica Bacharel em Engenharia Eltrica
Mestre em Matemtica Doutora em Cincias
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NDICE
1. IDENTIFICAO DA INSTITUIO .......................................................................................................................... 2
1.1. DADOS GERAIS DO IFRJ ............................................................................................................................................ 4
2. COMISSO DE IMPLANTAO DO CURSO DE GRADUAO DE LICENCIATURA EM MATEMTICA ..................... 5
3. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ...................................................................................................................... 6
4. PERFIL DO CURSO .......................................................................................................................................... 9
4.1. DADOS GERAIS ......................................................................................................................................................... 9
4.2. GESTO E RECURSOS HUMANOS............................................................................................................................. 9
4.2.1. COORDENAO DO CURSO .................................................................................................................................. 9
4.2.2. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE .................................................................................................................... 11
4.2.3. CORPO DOCENTE ................................................................................................................................................ 12
5. JUSTIFICATIVA DE IMPLANTAO ....................................................................................................................... 14
5.1. HISTRICO DA INSTITUIO .................................................................................................................................. 14
5.2. HISTRICO DO CAMPUS ........................................................................................................................................ 18
5.2.1. INSERO REGIONAL .......................................................................................................................................... 19
5.2.2. ESTRUTURA FSICA .............................................................................................................................................. 19
5.3. CONTEXTO EDUCACIONAL ..................................................................................................................................... 20
5.4. JUSTIFICATIVA DE OFERTA ..................................................................................................................................... 21
6. PRINCPIOS NORTEADORES DO CURRCULO ....................................................................................................... 22
7. OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 24
7.1. OJETIVO GERAL ...................................................................................................................................................... 24
7.2. OBJETIVOS ESPECFICOS ........................................................................................................................................ 24
8. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO .................................................................................................................... 24
9. ORGANIZAO E ESTRUTURA CURRICULAR ....................................................................................................... 25
9.1. ORGANIZAO CURRICULAR ................................................................................................................................. 25
9.2. ESTRUTURA CURRICULAR ...................................................................................................................................... 28
9.2.1. DISCIPLINAS OBRIGATRIAS E OPTATIVAS ......................................................................................................... 33
9.2.2. ESTGIO SUPERVISIONADO ................................................................................................................................ 35
9.2.3. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO (TCC) ..................................................................................................... 35
9.2.4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES ........................................................................................................................ 36
9.3. FLUXOGRAMA DO CURSO ...................................................................................................................................... 38
9.4. FLEXIBILIDADE CURRICULAR .................................................................................................................................. 39
9.5. ESTRATGIAS METODOLGICAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM ........................................................................... 40
9.5.1. TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS ............................................................................................................................ 41
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9.6. ACOMPANHAMENTO PEDAGGICO E ATENDIMENTO DISCENTE......................................................................... 42
9.6.1. APOIO PARTICIPAO EM EVENTOS ............................................................................................................... 42
9.6.2. DIVULGAO DA PRODUO DISCENTE............................................................................................................. 42
9.6.3. MECANISMOS DE NIVELAMENTO DE CONTEDOS BSICOS ............................................................................. 42
9.6.4. ACOMPANHAMENTO PEDAGGICO E ATENDIMENTO DISCENTE ...................................................................... 43
9.6.5. PARTICIPAO DOS ALUNOS EM INICIAO CIENTFICA ................................................................................... 44
9.6.6. PARTICIPAO EM ATIVIDADES DE EXTENSO .................................................................................................. 45
9.6.7. MONITORIA ................................................................................................................................................ 45
10. AVALIAO ................................................................................................................................................ 46
10.1. AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO DO CURSO ........................................................................................... 46
10.2. AUTOAVALIAO ................................................................................................................................................ 46
10.3. AVALIAO DO ENSINO E APRENDIZAGEM ........................................................................................................ 47
11. SERVIOS E RECURSOS MATERIAIS ..................................................................................................................... 48
11.1. AMBIENTES EDUCACIONAIS .................................................................................................................................. 48
12. CERTIFICAO ...................................................................................................................................... 51
13. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................................................... 52
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4. PERFIL DO CURSO
4.1. DADOS GERAIS
Nome do curso: Licenciatura Plena em Matemtica
rea do Conhecimento: Ensino de Cincias e Matemtica
rea do Plano: Educao Matemtica
E-mail de contato: [email protected]
Forma de oferta: Presencial
Regime de Matrcula: Por Crditos
Periodicidade letiva: Semestral
Oferta anual de vagas: 60 vagas: 30 por semestre letivo
Turno de Funcionamento: Vespertino/Noturno
Forma de Acesso: A forma de acesso ao curso ocorrer em fase nica exclusivamente com
base no resultado do Exame Nacional de Ensino Mdio (ENEM). O nmero de vagas
oferecidas por semestre ser igual a 40. Desse total, haver uma reserva de 20% das vagas
para professores da Educao Bsica sem a formao em Licenciatura que atuem nas redes
municipais ou estaduais ministrando a disciplina de Matemtica. H tambm a possibilidade de
aproveitamento por transferncia externa ou reingresso, regulamentados por edital.
Tempo de Durao: Um tempo mnimo de oito e mximo de quinze perodos semestrais
letivos em fluxo normal, exceto, caso exista a oferta do Curso em mais de um turno, ou o
aluno curse algumas disciplinas em outro campus, ter a possibilidade de agilizar sua
concluso.
Pr-Requisito: Ensino Mdio Completo
4.2. GESTO E RECURSOS HUMANOS
4.2.1. COORDENAO DO CURSO
A coordenao do curso busca atuar de forma transparente no exerccio de suas funes
de gesto do curso de Licenciatura em Matemtica. O coordenador promove a divulgao
das informaes referentes ao curso e instituio, aos docentes e discentes do curso.
Possui insero institucional, conhecimento e comprometimento com o PPC e com os
regulamentos do curso, buscando atender aos docentes e discentes no que lhe
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solicitado. A coordenao do Curso de Licenciatura Plena em Matemtica eleita a cada
dois anos.
So funes do coordenador de curso as seguintes atividades, que devem ocorrer de
forma harmnica e fundamentada no modelo da anlise sistmica em que se procura
estabelecer uma viso global das aes a serem realizadas, observando-se os diferentes
nveis de tarefas:
Realizao de Reunies com os docentes, discentes, funcionrios, direo e
parceiros;
Superviso da frequncia de docentes e discentes;
Acompanhamento das prticas pedaggicas dos docentes;
Realizao de avaliaes sistemticas de desempenho de docentes;
Promoo da contnua reviso do Projeto Pedaggico do Curso e das avaliaes
dos contedos ministrados em cada perodo do curso.
Reavaliao sistemtica dos procedimentos acadmicos e administrativos do
curso;
Funes polticas: Liderana, entusiasmo, representao, divulgao do curso, e
articulao com outras instituies que possuam cursos de licenciatura em
matemtica;
Funes Acadmicas: Promover a elaborao e reviso do PPC, o
desenvolvimento atrativo das atividades acadmicas, a qualidade e regularidade da
avaliao, o desenvolvimento de atividades complementares, as atividades de
monitoria, o engajamento em extenso universitria, o acompanhamento do estgio
supervisionado e no-supervisionado, o estmulo iniciao cientfica e pesquisa;
Presidir reunies do colegiado de curso;
Cumprir e fazer cumprir decises do NDE de Curso, Conselhos e Administrao
Superior;
Orientar, apoiar e acompanhar o docente no processo de elaborao e execuo
do programa de ensino, numa perspectiva interdisciplinar;
Entrosar-se harmonicamente com as demais coordenaes de curso,
principalmente as coordenaes de licenciatura que possuam disciplinas comuns
na matriz curricular do curso.
O atual coordenador do curso, Prof. Jos Ricardo Ferreira de Almeida, trabalha 40h
semanais em regime de dedicao exclusiva, dedicando 20h semanais s atividades de
coordenao. Possui graduao em Licenciatura em Matemtica pela FERP/Volta
Redonda (2000), Especialista em Matemtica Avanada Computacional pela USS (2002) e
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Mestre em Matemtica pela UNICAMP (2010). Tem experincia de 14 anos no ensino
mdio e fundamental, nas redes pblicas e privadas do estado do Rio de Janeiro.
Atualmente Professor do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio de
Janeiro, atuando diretamente nas disciplinas do curso de Licenciatura em Matemtica.
Suas reas de pesquisa so Matemtica Aplicada, Cincia da Computao, com nfase
em Clculo Diferencial e Integral, Anlise Numrica, Desenvolvimento Orientado a Objetos
de aplicaes Desktop e WEB, Sistemas Operacionais Linux, atuando principalmente nos
seguintes temas: modelagem matemtica, simulao, desenvolvimento de software,
software livre.
Atualmente o coordenador insticucional do projeto PIBID/IFRJ. Participa de eventos da
rea de Matemtica e Ensino de Cincias Nacionais
(Currculo lattes: http://lattes.cnpq.br/5574824834060116).
4.2.2. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
A partir da regulamentao do NDE pela Resoluo CONAES N 01, de 17 de junho de 2010,
Parecer CONAES N 04/2010 e Ofcio Circular MEC/INE/DAES/CONAES N 074, de 31 de agosto
de 2010, houve a oficializao do ncleo docente, conforme a composio, regime de trabalho e
titulao exigidas, mesmo considerando que as atribuies conferidas a este ncleo especializado
j vinham sendo contempladas no mbito do curso.
O NDE do Curso de Licenciatura em Matemtica, campus Volta Redonda, foi alterado pela
Portaria N 124, de 25 de junho de 2015 do Gabinete da Reitoria sendo composto pelos docentes
constantes na Tabela 1.
TABELA 1- NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE
Professor Titulao Descrio dos Ttulos Experincia
(anos) Regime de Trabalho
Andr Seixas de Novais
Mestre Lic. em Matemtica; Especialista em Educao Matemtica; Mestre em Ensino de Matemtica.
11 40h
Eduardo Dessupoio Moreira Dias
Mestre Lic. em Matemtica, Mestre em Economia Aplicada
9 40h DE
Giovana da Silva Cardoso
Especialista Lic. em Matemtica, Lic. Em Pedagogia, Especialista em EAD, Educao Especial e Psicopedagogia Institucional.
24 40h DE
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Isaque Rodrigues de Souza
Mestre Lic. em Matemtica, Mestre em Engenharia Nuclear.
17 40h DE
Jos Ricardo Ferreira de Almeida
Mestre Lic. Em Matemtica, Especialista em Matemtica Avanada Computacional, Mestre em Matemtica.
14 40h DE
Luiz Fabiano Costa de S
Mestre
Tecnlogo em Processamentos de Dados, Lic. em Computao, Especialista em Ensino Superior e Profissional, Especialista em Anlise Projetos e Gerencia de Sistemas e Mestre em Materiais.
17 40h
Magno Luiz Ferreira Mestre Lic. Em Matemtica, Mestre em Ensino de Matemtica
8 40h DE
Mrcia Amira Freitas do Amaral
Doutor
Lic. Em Pedagogia, Especialista em Psicopedagogia: Diferenas na Aprendizagem, Mestre em Educao, Doutora em Educao
27 40h DE
Patrcia Chiganer Lilenbaum
Doutor Lic. em Portugus-Ingls, Mestre em Literatura Brasileira, Doutora em Estudos Literrios.
14 40h DE
Rafael Vassallo Neto Mestre
Lic. em Matemtica, Especialista e Matemtica Superior, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Educao Matemtica.
23 40h DE
Renata Arruda Barros Doutor Lic. em Matemtica, Mestre em Matemtica, Doutora em Cincias.
10 40h DE
4.2.3. CORPO DOCENTE
O curso de Licenciatura em Matemtica, do campus Volta Redonda, do Instituto Federal de
Educao, Cincia e Tecnologia - IFRJ conta com uma equipe de 21 docentes, todos efetivos;
sendo:
- 23,8% de Doutores,
- 71,4% de Mestres, e
- 4,8% de Especialistas.
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Do conjunto de professores do curso, a maioria est buscando melhorar a sua qualificao
acadmica, atravs de cursos de Mestrado e Doutorado.
TABELA 2 - DOCENTES ATUANTES NO CURSO
Professor Ttulo Regime de Trabalho
Disciplina
Andr Seixas de Novais Mestre 40 h 2P: Clculo I
Andrey Dione Ferreia Mestre 40 h DE 1P: Pr-clculo
8P: Geometria Espacial
Eduardo Dessupoio Moreira Dias
Mestre 40 h DE 1P: Pr-clculo
2P: Fundamentos da Matemtica
Giovana da Silva Cardoso Especialista 40 h DE
1P: CSPE
2P: HPL da Educao
6P: Estgio Supervisionado II
7P: Estgio Supervisionado III
Glauco Antoni Diniz Monteiro Mestre 40 h DE 1P: Geometria Analtica
2P: lgebra Linear I
Isabella Moreira de Paiva Correa
Mestre 40 h DE
4P: Metodologia do Ensino de Matemtica
5P: Matemtica em Sala de Aula I
6P: Matemtica em Sala de Aula II
Isaque Rodrigues de Souza Mestre 40 h DE 6P: Geometria Plana
Jaime Souza de Oliveira Mestre 40 h DE 3P: Libras
Jos Ricardo Ferreira de Almeida
Mestre 40 h DE
3P: lgebra Linear II
3P: Clculo II
5P: Clculo Numrico
Lgia Rodrigues Bernab Naves
Mestre 40 h DE 8P: Probabilidade e Estatstica
Luiz Fabiano Costa de S Mestre 40 h 4P: Introduo Programao
Magno Luiz Ferreira Mestre 40 h DE 6P: Histria da Matemtica
7P: Matemtica em Sala de Aula III
Mrcia Amira Freitas do Amaral
Doutor 40 h DE
1P: S. C. e Educao
3P: Didtica
5P: Estgio Supervisionado I
Marco Andr de Almeida Pacheco
Mestre 40 h DE 3P: Fsica Geral I
4P: Fsica Geral III
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Patrcia Chiganer Lilenbaum Doutor 40 h DE 2P: Produo de Textos Acadmicos
Rafael Vassallo Neto Mestre 40 h DE
6P: Pesquisa no Ensino de Matemtica
7P: Informtica no Ensino de Matemtica
7P: TCC I
8P: Matemtica em Sala de Aula IV
8P: TCC II
Raquel Giffoni Pinto Mestre 40 h DE 5P: Histria, Filosofia da Cincia
Renata Arruda Barros Doutor 40 h DE 4P: lgebra I
6P: Anlise Real I
Roberta Fosenca dos Prazeres
Mestre 40 h DE
4P: Clculo III
5P: lgebra II
5P: Nmeros Complexos
Solange Nascimento da Silva Doutor 40 h DE 1P: Comunicao e Informao
Tiago Soares dos Reis Doutor 40 h DE
7P: Anlise Real II
7P: Construes Geomtricas
8P: Matemtica Financeira
5. JUSTIFICATIVA DE IMPLANTAO
5.1. HISTRICO DA INSTITUIO
Com o Decreto-Lei n. 4.127 de fevereiro de 1942 houve a criao da Escola Tcnica de
Qumica, cujo funcionamento s se efetivou em 6 de dezembro de 1945, com a instituio do
curso Tcnico de Qumica Industrial (CTQI) pelo Decreto-Lei n. 8.300. De 1945 a 1946 o
CTQI funcionou nas dependncias da Escola Nacional de Qumica da Universidade do Brasil,
que hoje denominada de Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1946 houve a
transferncia dessa Escola para as dependncias da Escola Tcnica Nacional (ETN), onde
atualmente funciona o Centro Federal de Educao Tecnolgica Celso Suckow da Fonseca
(CEFET-RJ).
Em 16 de fevereiro de 1956, foi promulgada a Lei n. 3.552, segunda Lei Orgnica do Ensino
Industrial, o CTQI adquiriu, ento, condio de autarquia e passou a se chamar Escola
Tcnica de Qumica (ETQ), posteriormente, Escola Tcnica Federal de Qumica (ETFQ).
Quando, em 1985, ETFQ saiu do CEFET-RJ, passou a se chamar Escola Tcnica Federal de
Qumica do Rio de Janeiro (ETFQ-RJ). Cabe ressaltar que durante quatro dcadas a
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Instituio permaneceu funcionando nas dependncias da ETN/ETF/CEFET-RJ, utilizando-se
de trs salas de aula e um laboratrio. Apesar da Instituio possuir instalaes inadequadas,
o seu quadro de servidores de alta qualidade e comprometido com os desafios de um ensino
de excelncia conseguiu formar, em seu Curso Tcnico de Qumica, profissionais que
conquistaram cada vez mais espao no mercado de trabalho.
Em 1981,a ETFQ, confirmando sua vocao de vanguarda e de acompanhamento
permanente do processo de desenvolvimento industrial e tecnolgico da nao, lanou-se na
atualizao e expanso de seus cursos, criando o Curso Tcnico de Alimentos. O ano de 1985
foi marcado pela conquista da sede prpria, na Rua Senador Furtado 121/125, no Maracan.
Em 1988, o esprito vanguardista da Instituio novamente se revelou na criao do curso
Tcnico em Biotecnologia, visando ao oferecimento de tcnicos qualificados para o novo e
crescente mercado nessa rea.
Na dcada de 1990, a ETFQ-RJ foi novamente ampliada com a criao da Unidade de Ensino
Descentralizada de Nilpolis (UNED), passando a oferecer os cursos Tcnicos de Qumica e o
de Saneamento. Quando da criao do Sistema Nacional de Educao Tecnolgica (Lei
8.948, de 8 de dezembro de 1994), previa-se que todas as escolas tcnicas federais seriam
aladas categoria de CEFET.
A referida lei disps a transformao em CEFET das 19 escolas tcnicas federais existentes e,
ainda, aps a avaliao de desempenho a ser desenvolvido e coordenado pelo MEC, das
demais 37 escolas agrotcnicas federais distribudas por todo o Pas. A ETFQ-RJ teve as suas
finalidades ampliadas em 1999, com a transformao em Centro Federal de Educao
Tecnolgica de Qumica de Nilpolis - RJ, mudando sua sede para o municpio de Nilpolis.
Com a aprovao da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, Lei n 9394 de 1996
(Brasil, 1996), e as edies do Decreto n 2208 de 1997 (Brasil, 1997) e da Portaria MEC
646/97, as Instituies Federais de Educao Tecnolgica, ficaram autorizadas a manter
ensino mdio desde que suas matrculas fossem independentes da Educao Profissional.
Era o fim do Ensino Integrado. A partir de 2001, foram criados os curso Tcnicos de Meio
Ambiente e de Laboratrio de Farmcia na Unidade Maracan, e o curso Tcnico de
Metrologia na Unidade Nilpolis. Alm disso, houve a criao dos cursos superiores de
Tecnologia e os cursos de Licenciatura.
Em 2002, criado na Unidade de Nilpolis o Centro de Cincia e Cultura do CEFET
Qumica/RJ, um espao destinado formao e treinamento de professores, divulgao e
popularizao da cincia e suas interaes com as mais diversas atividades humanas. Em
2003, o CEFET de Qumica de Nilpolis/RJ passa a oferecer sua comunidade mais 3 cursos
de nvel superior: Licenciatura em Qumica, Licenciatura em Fsica e Curso de Tecnologia em
Qumica de Produtos Naturais, todos na Unidade Nilpolis. Em 2004 o CEFET de Qumica de
Nilpolis/RJ apresenta a seguinte configurao para o Ensino Superior: CTS em Produo
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Cultural (UNil), CTS em Processos Industriais (URJ), CTS em Produtos Naturais (UNil),
Licenciatura em Qumica (UNil), Licenciatura em Fsica (UNil).
Em outubro de 2004, a publicao dos Decretos n 5.225 e n 5.224, que organizaram os
CEFET definindo-os como Instituies Federais de Ensino Superior, autorizando-os a oferecer
cursos superiores de tecnologia (CST) e licenciaturas e estimula-os a participar mais
ativamente no cenrio da pesquisa e da ps-graduao do pas. Vrios projetos de pesquisa,
que antes aconteciam na informalidade, passaram a ser consagrados pela Instituio, o que
propiciou a formao de alguns grupos de pesquisa, o cadastramento no CNPq e a busca de
financiamentos em rgos de fomento.
Neste mesmo ano, se deu o incio do primeiro curso de ps-graduao Lato Sensu da
Instituio, na Unidade Maracan, chamado de Especializao em Segurana Alimentar e
Qualidade Nutricional. Ainda nesse ano, houve a aprovao de um projeto Finep que
possibilitou a criao e implantao do curso de Especializao em Ensino de Cincias em
agosto de 2005.
Com a publicao do Decreto n. 5773 de 9 de maio de 2006, que organizou as instituies de
educao superior e cursos superiores de graduao no sistema federal de ensino, houve a
consagrao dos CEFET como Instituies Federais de Ensino Superior, com oferta de
Educao Profissional em todos os nveis.
Em 2005, o CEFET de Qumica de Nilpolis/RJ voltou a oferecer o Ensino Mdio integrado ao
Tcnico, respaldado pelo Decreto n. 5.154 de 2004 (BRASIL, 2004). Neste mesmo ano, com
o Decreto 5.478, de 24 de junho de 2005, o Ministrio da Educao criou o Programa de
Integrao da Educao Profissional ao Ensino Mdio na Modalidade de Educao de Jovens
e Adultos (PROEJA) que induziu a criao de cursos profissionalizantes de nvel tcnico para
qualificar e elevar a escolaridade de jovens e adultos. Em 2006, com a publicao do Decreto
5.840, de 13 de julho, a instituio criou o curso Tcnico de Instalao Manuteno de
Computadores na modalidade de EJA que teve incio em agosto do mesmo ano, e tem,
atualmente, durao de 03 (trs) anos.
No segundo semestre de 2005, houve a criao do Ncleo Avanado de Arraial do Cabo com
o curso Tcnico de Logstica Ambiental, com oferta de curso concomitante ou subseqente.
Trata-se de um projeto apoiado pela prefeitura de Arraial do Cabo, e esto previstos cursos de
educao profissional nas reas de Meio Ambiente, Turismo e Pesca. Em 2006, houve a
criao do Ncleo Avanado de Duque de Caxias, (transformado em Unidade de Ensino pelo
plano de Expanso II) na regio de um dos maiores plos petroqumicos do pas, com o curso
Tcnico de Operao de Processos Industriais em Polmeros. Esto previstos cursos de
educao profissional voltados para as reas de Petrleo e Gs e Tecnologia de Polmeros.
Em 2007, houve a implantao da Unidade Paracambi com os cursos Tcnicos de
Eletrotcnica e de Gases e Combustveis, oferecidos de forma integrada ao ensino mdio.
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No 2 semestre de 2008, houve a implantao das Unidades Volta Redonda e So Gonalo,
que tambm fazem parte do plano nacional de expanso da Rede Federal de Educao
Profissional e Tecnolgica. A Unidade de Ensino So Gonalo situada no municpio do mesmo
nome, voltada para reas de Logstica de Portos e Estaleiros, Metalurgia, Meio Ambiente, e
tem hoje o curso Tcnico em Segurana do Trabalho. No caso da Unidade de Ensino Volta
Redonda, os cursos de educao profissional so voltados para as reas de Metalurgia,
Siderurgia, Metal-mecnica, Automao e Formao de Professores das reas de Cincias,
com os cursos Tcnicos em Metrologia e Automao Industrial e com os cursos de
Licenciatura em Matemtica e Fsica.
Em 29 de dezembro de 2008, o CEFET Qumica foi transformado em Instituto Federal de
Educao, Cincia e Tecnologia do Rio de Janeiro conforme a Lei n 11.892. Esta
transformao permitiu que todas as Unidades passassem a Campi, conforme a Portaria n
04, de 6 de janeiro de 2009, bem como incorporou a antigo Colgio Agrcola Nilo Peanha,
que pertencia a Universidade Federal Fluminense, que passou a ser o Campus Nilo Peanha
Pinheiral.
Ainda 2009, foi inaugurado o Campus Realengo, que faz parte do Plano Nacional de
Expanso da Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica, iniciada no Governo do
Presidente Luiz Incio Lula da Silva. Situado na zona oeste do municpio do Rio de Janeiro,
onde se concentram os menores IDHs do municpio, o Campus Realengo est voltado,
prioritariamente, para rea da Sade.
J em 2010 foi criado o Campus Avanado Paulo de Frontin e o Campus Avanado Mesquita
(que encontra-se em obras), dando continuidade ao plano de expanso da rede federal.
As mudanas polticas e econmicas do pas refletiram-se nas transformaes ocorridas no
CEFET de Qumica de Nilpolis/RJ, especialmente nos ltimos 12 anos, aps a promulgao
da LDB. importante ressaltar que a instituio mantm diversos convnios com empresas e
rgos pblicos para realizao de estgios supervisionados, consultorias e vem
desenvolvendo uma srie de mecanismos para integrar a pesquisa e a extenso aos diversos
nveis de ensino oferecidos pela Instituio e pelos Sistemas municipais e estaduais em suas
reas de atuao, colocando-se como um agente disseminador da cultura e das cincias em
nosso Estado. No que se refere aos Cursos de Licenciatura, destacam-se os Programas PIBID
e PRODOCNCIA, implementados nos municpios de Nilpolis, Volta Redonda e Duque de
Caxias.
Os Cursos que atualmente so oferecidos pelo Instituto Federal de Educao, Cincia e
Tecnologia/RJ so:
a) Nvel tcnico:
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Integrados ao Ensino Mdio: Agroindstria; Alimentos; Automao Industrial;
Biotecnologia; Controle Ambiental; Eletrotcnica; Farmcia; Informtica; Manuteno e
Suporte em Informtica; Mecnica; Meio Ambiente; Petrleo e Gs; Polmeros e Qumica.
Concomitante/Subsequente ao Ensino Mdio: Agropecuria; Informtica; Informtica
para Internet; Meio Ambiente; Metrologia; Petrleo e Gs; Polmeros; Qumica;
Secretariado e Segurana do Trabalho.
Educao a Distncia: Agente Comunitrio de Sade; Lazer e Servios Pblicos.
b) Graduao:
Bacharelados: em Cincias Biolgicas, em Farmcia; Fisioterapia; Terapia Ocupacional;
e, em Qumica.
Licenciaturas: em Matemtica; em Fsica; e, em Qumica.
Curso Superior de Tecnologia: em Gesto Ambiental; em Gesto de Produo Industrial;
em Processos Qumicos; em Produo Cultural; e, em Qumica de Produtos Naturais.
c) Ps-Graduao Stricto Sensu e Lato Sensu:
Cursos de Ps-Graduao Stricto Sensu: Mestrado Profissional em Ensino de Cincias
e Mestrado Profissional em Cincia e Tecnologia de Alimentos.
Cursos de Ps-Graduao Lato Sensu: Especializao em Segurana Alimentar e
Qualidade Nutricional; Especializao em Ensino de Cincias com nfase em Biologia e
Qumica; Especializao em Produo Cultural com nfase em Literatura Infanto-Juvenil;
Especializao em Gesto Ambiental; Especializao em Ensino de Histrias e Culturas
Africanas e Afro-Brasileira; e, Especializao em Ensino de Cincias e Matemtica.
5.2. HISTRICO DO CAMPUS
No segundo semestre de 2007, por conta do plano de Expanso II, o MEC selecionou o
municpio de Volta Redonda para implementar um campus do IFRJ. No final de 2007, o ento
Prefeito de Volta Redonda, Sr. Gottardo Neto, apresentou as dependncias do que seria o
futuro campus: a Escola Municipal Prof. Delce Horta, uma escola de educao bsica, com
20 salas de aulas e 40 anos de existncia. D-se incio s obras de reforma no prdio em
maio de 2008 e, no dia 27 de agosto de 2008, inicia-se a primeira aula no Curso Tcnico de
Metrologia.
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5.2.1. INSERO REGIONAL
O municpio de Volta Redonda est situado na microrregio do Vale Paraba Fluminense, distante
101,1 quilmetros da capital. Em seu territrio de cerca de 182 Km2, apresenta uma populao
estimada em 259.811 habitantes (IBGE, 2008). Sua populao apresentava uma mdia de 7,4
anos de estudo e uma Renda per capita mdia de 348,2 reais em 2000 (PNUD, 2003) .
Com um ndice de Desenvolvimento Humano Municipal de 0,815, segundo a classificao do
PNUD, o municpio est entre as regies consideradas de alto desenvolvimento humano (IDH
acima de 0,8) e, em relao aos outros municpios do Estado, Volta Redonda ocupa a 3 melhor
posio.
A cidade possui a terceira maior receita fiscal do Estado, apresenta crescimento do setor tercirio
em funo de uma das maiores rendas nominais do Estado do Rio de Janeiro.
O municpio de Volta Redonda, o mais desenvolvido da regio do Vale Paraba Sul Fluminense,
oferece boa infra-estrutura hospitalar, educacional e de hospedagem para realizao de eventos;
caracteriza-se por ser um importante centro regional cultural onde se encontram teatros, escolas
de msicas, galerias de arte e centros de convenes.
Tem como destaque em sua economia a indstria, principalmente a siderrgica, pela presena da
Companhia Siderrgica Nacional CSN, maior companhia siderrgica da Amrica Latina e outras
empresas perifricas; a metal-mecnica e a cimenteira. So tambm reas de importncia
econmica a prestao de servios, o comrcio e o turismo de negcios.
5.2.2. ESTRUTURA FSICA
O Campus Volta Redonda funciona com uma estrutura que engloba 20 salas de aula, dois
laboratrios de informtica, laboratrios de Qumica/Biologia, Metrologia, Automao Industrial e
Fsica, alm de uma biblioteca que conta com acervo de 5000 volumes.
Cursos oferecidos
Atualmente com aproximadamente 550 alunos, o Campus Volta Redonda funciona nos turnos
matutino, vespertino e noturno e oferece comunidade cursos tcnicos de nvel mdio e
superiores:
Cursos Tcnicos de Nvel Mdio:
Curso Tcnico em Automao Industrial (concomitante)
Curso Tcnico em Metrologia(subseqente)
Cursos Superiores de Graduao:
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Licenciatura em Matemtica
Licenciatura em Fsica
5.3. CONTEXTO EDUCACIONAL
A carncia de docentes para lecionar Matemtica, Fsica, Qumica e Biologia no Ensino Mdio
imps ao Ministrio da Educao a necessidade de buscar alternativas, com o objetivo de
minimizar os prejuzos causados pela ausncia dos mesmos na formao dos alunos das
redes municipais e estaduais de ensino. O Ministrio da Educao, em apoio aos Estados
quanto ao enfrentamento da carncia de professores nas escolas do Ensino Mdio, props
algumas aes que tm o intuito de atender s diferentes necessidades regionais. Entre
essas, est a oferta pelos Institutos Federais de cursos de Licenciatura nas reas de maior
demanda de professores.
Em funo da transformao do CEFET Qumica em IFRJ pela lei 1892 de 29 de Dezembro
de 2008, houve uma interseco entre o PDI1 2005-2009 com o vigente, que engloba o
perodo 2009-2013, no qual foram estabelecidas metas bem definidas no mbito das polticas
de acesso, permanncia e xito acadmico. Destacamos:
Articular polticas pblicas que oportunizem o acesso educao profissional,
estabelecendo mecanismos de incluso.
Criar mecanismos de acompanhamento da formao acadmica, na busca por
solues criativas e planejamento de aes para a permanncia e xito dos
estudantes.
Criar uma "cultura da avaliao" institucional.
Implementar aes que estimulem o desenvolvimento da "cultura de paz".
Consolidar e ampliar, progressivamente, a oferta de bolsas para estudantes.
Valorizar a diversidade humana, em todas as suas dimenses, objetivando a
eliminao das barreiras incluso educacional de todos os estudantes.
Criar ou aprimorar espaos destinados ao convvio da comunidade acadmica nos
campus.
Criar condies para a permanncia de alunos provenientes de cidades distantes.
No curso de Licenciatura em Matemtica do IFRJ-VR, a implementao destas polticas est
se dando atravs do desenvolvimento de um novo formato de avaliao. Podemos citar
tambm o oferecimento de bolsas de Iniciao Docncia PIBID. Esse projeto conta com a
participao de 34 alunos da Licenciatura em Matemtica e 9 professores de escolas pblicas
1 PDI Projeto de Desenvolvimento Institucional
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estaduais e municipais de trs municpios da regio sul fluminense, todos contemplados com
bolsas de auxlio. Alm disso, a instituio oferece bolsas de Iniciao Cientfica PIBIC. Em
consonncia com as estratgias anteriores, esto sendo desenvolvidas atividades
relacionadas com o PRODOCNCIA, projeto da CAPES de capacitao inicial dos
licenciandos. Dentre as principais atividades podemos destacar a monitoria voluntria
realizada pelos alunos.
5.4. JUSTIFICATIVA DE OFERTA
A carncia de docentes para lecionar Matemtica, Fsica, Qumica e Biologia no Ensino Mdio,
imps ao Ministrio da Educao a necessidade de buscar alternativas, com o objetivo de
minimizar os prejuzos causados pela ausncia dos mesmos na formao dos alunos das redes
municipais e estaduais de ensino. O Ministrio da Educao, em apoio aos Estados quanto ao
enfrentamento da carncia de professores nas escolas do Ensino Mdio, props algumas aes
que tm o intuito de atender s diferentes necessidades regionais. Entre essas, est a oferta
pelos Institutos Federais de Cursos de Licenciatura nas reas de maior demanda de professores.
A implementao do plano emergencial est fundamentada nos documentos que normatizam
o sistema educacional, entre os quais se destacam: a Constituio Federal de 1988 (Cap. III),
a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) n 9394/96, a Lei 10172/01-Plano Nacional de Educao
(Cap. IV) e a Resoluo n 03/97 da CEB/CNE. De acordo com a Constituio Federal, um
tero das vagas nas Universidades Pblicas deve ser oferecido para o perodo noturno, com o
intuito de atender aos alunos de baixa renda que precisam trabalhar.
Visando a uma melhoria global do nvel da Educao no Brasil, a atual LDB veio preconizar
um maior investimento na Educao Bsica. No entanto, para que haja um efetivo
desenvolvimento tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Mdio, torna-se necessria a
presena de um profissional de ensino qualificado e competente, notoriamente habilitado na
rea de Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias. Um professor, devidamente
habilitado, deve concluir o Curso de Licenciatura com uma formao profissional nos mbitos
tico, social e crtico, que possa conduz-lo a atividades intelectuais que produzam um
conjunto de conhecimentos a serem efetivamente utilizados pelos alunos, ou seja, que
possam levar os estudantes a uma posio crtica, inquiridora e reflexiva de sua realidade
social, poltica, filosfica e educacional.
O campus Volta Redonda est localizado no municpio que o centro econmico da regio
Sul Fluminense e, por conta disso, as populaes de diversas localidades de cidades vizinhas
utilizam os servios, comrcio e aparelhos pblicos e privados do municpio em seu entorno.
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Alm disso, a regio sul fluminense, por conta das diversas indstrias presentes, possui uma
alta demanda de mo de obra tcnica e qualificada. O campus Volta Redonda, tanto
diretamente com os cursos tcnicos, quanto indiretamente com as licenciaturas, assume como
compromisso a formao desses profissionais, primando sempre pelo comprometimento
poltico, tico, moral e cientfico com a educao no pas.
A Matemtica uma cincia bsica, de importncia vital para o embasamento de vastas reas
do conhecimento humano. Tal fato reflete-se na composio curricular de todas as escolas
pblicas e privadas do Ensino Fundamental e Mdio no pas, destacando-lhe uma ampla
carga horria em todas as suas sries.
Entretanto, existem poucas vagas anuais para cursos de licenciatura, na modalidade
presencial, em faculdades pblicas na regio Sul Fluminense. Alm das 60 vagas anuais em
licenciatura em matemtica e fsica do campus Volta Redonda, apenas a Universidade Federal
Fluminense (UFF) oferece cursos de licenciatura, sendo 64 vagas anuais para licenciatura em
qumica.
Portanto, o curso de licenciatura em matemtica do IFRJ o primeiro curso pblico presencial
de formao de professores de matemtica na regio sul do estado, o que, conjuntamente
com o exposto anteriormente, uma justificativa considervel para a implantao do curso.
6. PRINCPIOS NORTEADORES DO CURRCULO
O Projeto Pedaggico do Curso foi construdo de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais,
com o Projeto Pedaggico Institucional e demais documentos norteadores da profisso,
procurando atender, por meio de princpios metodolgicos e filosficos, s necessidades de
formao do estudante.
O currculo no pressupe uma relao de conhecimentos a transmitir e a serem absorvidos de
forma passiva. Para MOREIRA e SILVA (1995, p. 28), o currculo "um terreno de produo e de
poltica cultural, no qual os materiais existentes funcionam como matria-prima de criao,
recriao e, sobretudo, de contestao e transgresso".
Segundo FORQUIN (1996, p. 187), currculo "programa" de estudos, "programa" de formao,
ou ainda, o que verdadeiramente ensinado nas salas de aula, mesmo que, muitas vezes,
distanciado do que "oficialmente escrito". O currculo, ento, compreende "todas as aes
previamente organizadas pela escola".
Em sentido amplo, o currculo deve compreender tambm os contedos da socializao escolar,
no expressos, mas latentes, visto que ele um conjunto constitudo de saberes, contedos,
competncias, smbolos, valores. Por suas mltiplas e complexas faces, o currculo vai revelando
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o perfil do cidado / profissional que se pretende formar, o tipo de ideologia que se pretende
inculcar ou atingir, bem como a filosofia educacional que vai sedimentando todo o processo de
ensino e de aprendizagem.
O processo formativo do curso de Licenciatura em Matemtica est baseado na integrao e na
articulao entre cincia, tecnologia, cultura e conhecimentos especficos e no desenvolvimento
da capacidade de investigao cientfica. Essas so dimenses essenciais manuteno da
autonomia e dos saberes necessrios ao permanente exerccio das prticas do mundo do
trabalho, que se traduzem nas aes de ensino, pesquisa e extenso.
necessrio que se pense em mudanas dentro do contexto educacional, objetivando alcanar
novas metodologias voltadas prtica de ensino. Pois, o ensino da matemtica deve desmistificar
suas dificuldades de aprendizado, tornando-a um instrumento de compreenso do cotidiano
humano e, principalmente, formando cidados conscientes e criativos, abandonando a
memorizao, alienao e excluso.
No demais afirmar que o ensino, a pesquisa e a extenso devem se constituir como uma trade
integrada e indissocivel na formao de tcnicos, tecnlogos, graduados e profissionais ps-
graduados, voltados para o desenvolvimento cientfico, tecnolgico e cultural do pas e para a
transformao da sociedade.
Assim, mister o envolvimento dos alunos em projetos de pesquisa e extenso, que enriquecem
sua formao, dando-lhes vida e sentido. Nessa perspectiva, a articulao do Instituto com
empresas, sindicatos, movimentos sociais, organizaes no governamentais, outras instituies
de ensino e pesquisa, representa a busca de otimizar esforos, espaos e tempos na promoo
de objetivos comuns.
Por outro lado, podemos destacar que a pesquisa um processo de construo do conhecimento
que tem como metas principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum
conhecimento pr-existente. basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivduo que
a realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve. A pesquisa como atividade regular
tambm pode ser definida como o conjunto de atividades orientadas e planejadas pela busca de
um conhecimento. No IFRJ, a pesquisa desenvolvida com base nos projetos discentes
realizados anualmente. Esses projetos so desenvolvidos, quase sempre, por um grupo de
alunos, orientados por um ou mais professores.
A relao do conhecimento com o mundo do trabalho representa condio indispensvel para um
ensino de qualidade, no qual os contedos trabalhados sejam contextualizados e tratados de
forma inter e transdisciplinar, levando a uma constante reflexo e interveno na realidade atual.
Essa relao oportuniza o rompimento da dicotomia entre o saber e o saber fazer, objetivando
uma formao mais significativa.
Dessa forma, a prtica educativa deve promover o desenvolvimento do senso crtico do estudante
em relao ao mundo e ao pleno exerccio de sua cidadania, capacitando-o para as inovaes
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tecnolgicas. Essas premissas devem estar pautadas nos princpios da igualdade, da
solidariedade e da equidade, que esto em consonncia com os objetivos de melhorar as
condies de vida da populao, de criar mecanismos para uma melhor redistribuio da renda e
de, consequentemente, primar por uma maior justia social.
A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso deve promover a articulao das diferentes
reas de conhecimento e a inovao cientfica, tecnolgica, artstica e cultural.
7. OBJETIVOS
7.1. OJETIVO GERAL
Formar professores com amplo domnio da Matemtica e da prxis pedaggica, criando
profissionais reflexivos, competentes e crticos, capazes de promover o conhecimento
cientfico e a disseminao do saber matemtico.
7.2. OBJETIVOS ESPECFICOS
Propiciar ao licenciando uma formao slida dos conhecimentos especficos e pedaggicos,
beneficiando-o dos recursos cientficos e tecnolgicos disponveis na Instituio.
Estimular nos licenciandos a prtica reflexiva, a fim de que vivenciem experincias educativas
que contribuam para a sua prtica profissional.
Oportunizar espaos de reflexo e de criao coletivas, proporcionando a formao
continuada de docentes na interao com seus pares e estimulando a utilizao de
metodologias pedaggicas voltadas para o desenvolvimento de projetos.
Contribuir para a melhoria da Educao Bsica, atravs do desenvolvimento de competncias
prprias atividade docente, que ultrapassem o conhecimento cientfico e avancem para a
formao de competncias profissionais de carter poltico-pedaggico, referentes ao
conhecimento de processos de investigao e reflexo sobre a prtica cotidiana.
8. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
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O professor, assim esperado, deve ter um embasamento terico, prtico e pedaggico de tal
monta que o habilite a lecionar como uma pessoa de conhecimento, com a maior profundidade e
diversidade possvel, em sua rea especfica, bem como uma capacidade de lidar com problemas
e dificuldades que possam surgir no seu mbito de trabalho, seja na rea propedutica
profissional, seja na de relacionamentos dela emanantes.
O Egresso ser um professor com slido embasamento terico e, ao mesmo tempo, capaz de
transformar esse conhecimento em uma prtica consciente e autoreflexiva, de maneira que sua
formao conduza a uma viso clara de seu papel social de educador, apto a se inserir em
diversas realidades com sensibilidade para interpretar as aes dos educandos.
No que se refere s competncias e habilidades prprias do educador matemtico, o licenciado
em Matemtica dever ter as capacidades de:
1. perceber a prtica docente de Matemtica como um processo dinmico, carregado de
incertezas e conflitos, um espao de criao e reflexo, onde novos conhecimentos so
gerados e modificados continuamente;
2. elaborar propostas de ensino-aprendizagem de Matemtica para a educao bsica;
3. analisar, selecionar e produzir materiais didticos;
4. analisar criticamente propostas curriculares de Matemtica para a educao bsica;
5. desenvolver estratgias de ensino que favoream a criatividade, a autonomia e a
flexibilidade do pensamento matemtico dos educandos, buscando trabalhar com mais
nfase nos conceitos do que nas tcnicas, frmulas e algoritmos;
6. contribuir para a construo de projetos coletivos dentro da escola bsica.
9. ORGANIZAO E ESTRUTURA CURRICULAR
9.1. ORGANIZAO CURRICULAR
O modelo de formao pretendido pelo IFRJ baseia-se no princpio de que a formao do
professor deve se dar com a articulao entre os conhecimentos pedaggicos e os cientficos
desde o incio do curso, de modo a, efetivamente, formar professores de Matemtica e no
apenas Matemticos.
Por esta proposta, a prtica pedaggica se constituir em espao didtico-pedaggico de
responsabilidade de todos os docentes. O que se pretende que o licenciando no somente
venha a aprender, por exemplo, Geometria Espacial, mas que, de forma paralela ao
conhecimento cientfico, vivencie prticas para o ensino da Geometria Espacial, a partir de
novas metodologias, estratgias e materiais de apoio. Assim, a cada experincia de
magistrio, vivida desde o incio do curso, o licenciando ir construindo a sua prxis, num
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processo sinrgico e dialtico do espao escolar, com colegas e professores. Orientado por
este princpio, o Currculo construdo tem a prtica pedaggica presente desde os mdulos
iniciais, concretizada nas vivncias como alunos e no envolvimento com esta e com outras
escolas de Educao Bsica.
A proposta curricular tambm deu ateno construo do conhecimento interdisciplinar, tanto
no que diz respeito ampliao e ao aprofundamento dos conhecimentos na rea de
formao, quanto no que diz respeito s relaes com outros campos do saber, de modo a
possibilitar que sejam assimiladas as contribuies de outras reas, que sero agregadas
prtica profissional futura. Na Matriz Curricular apresentada, podem ser observados os
espaos destinados apreenso de conhecimentos em reas afins da formao e para conferir
maior flexibilizao curricular, o aluno dever escolher, dentre diferentes disciplinas optativas,
aquelas que julgar pertinentes ao seu processo de aprendizagem, que podero ser buscados,
inclusive, nas Matrizes Curriculares dos outros cursos superiores ofertados no IFRJ.
Na proposta apresentada enfatiza-se, ainda, a formao de competncias voltadas para a
investigao cientfica e a reflexo na ao. Pretende-se o aprofundamento dos conhecimentos
da prtica, fundamentados na anlise das situaes cotidianas, na busca da compreenso dos
processos de aprendizagem e no desenvolvimento da autonomia na interpretao dos fatos
imprevistos, presentes na realidade e que, muitas vezes, requerem soluo e controle
imediatos. Prope-se que as metodologias empregadas no desenvolvimento do Currculo
estejam voltadas para a formao de um profissional prtico-reflexivo: apto a agir na urgncia e
a decidir na incerteza.
Por fim, tratando-se da formao de um professor de Matemtica, esta proposta curricular
pretende desenvolver a capacidade de investigao cientfica. Acredita-se que as
competncias envolvidas no s so adequadas slida formao cientfica como so as
bases para a criao de prticas pedaggicas inovadoras e necessrias aplicao de
metodologias de ensino apoiadas no desenvolvimento de projetos.
Os contedos curriculares so compostos por 3172,5 horas distribudas da seguinte maneira:
1857 horas de disciplinas tericas, 451 horas de Atividades Prticas de Ensino e 95 horas de
prticas de laboratrio, 162 horas de disciplinas optativas, 202,5 horas de Atividades
Acadmicas Complementares e 405 horas de Estgio Supervisionado.
Os contedos das disciplinas Pr-Clculo, Clculo Diferencial e Integral I, II e III, abordam
tpicos referentes aos fundamentos matemticos, indispensveis ao acompanhamento de
diversas disciplinas do curso. A disciplina Pr-clculo, inclusive, tem a finalidade de minimizar
possveis deficincias dos alunos ingressantes em relao aos contedos da educao
bsica.
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As disciplinas da rea de Fsica (Fsica Geral I e Fsica Geral III) propiciam ao aluno o
embasamento fsico necessrio para compreenso de diversos fenmenos da Mecnica
Newtoniana, Eletricidade e do Magnetismo e verific-los experimentalmente. Estes conceitos
bsicos so tratados em vrias disciplinas.
O Elenco de disciplinas da rea pedaggica (Histria, Polticas e Legislao da Educao,
Sociedade, Cultura e Educao, Contemporaneidade, Subjetividade e Prticas Escolares e
Didtica) tem por finalidade capacitar os egressos para a formao docente.
As disciplinas que aliam as questes especficas s pedaggicas e que fornecem ferramentas
bsicas importantes na atuao profissional do professor de Matemtica foram reunidas nesse
grupo: Metodologia do Ensino de Matemtica, Matemtica em Sala de Aula I, II, III e IV.
No intuito de familiarizar o discente com as Tecnologias da Informao e Comunicao, so
desenvolvidas as disciplinas de Introduo Programao, Clculo Numrico e Informtica no
Ensino da Matemtica. Estas permitem o entendimento da estrutura geral de uma linguagem
de programao alm de aplic-los na execuo de diversos clculos matemticos e difundir
as ferramentas computacionais disponveis para o ensino de diversos contedos da
Matemtica.
A construo da linguagem e dos mtodos bsicos matemticos essencial na formao do
docente de Matemtica. Esse, alm de saber a Lgica Proposicional e a Teoria dos Conjuntos,
deve, a partir da Teoria dos Nmeros, compreender os conceitos de anis, grupos e
homomorfismos. Estes conhecimentos so abordados nas disciplinas de Fundamentos de
Matemtica, lgebra I e II.
As disciplinas Geometria Plana, Construes Geomtricas, Geometria Espacial tm como
objetivos construir habilidades geomtricas e possibilitar a compreenso dos diversos
aspectos da geometria essenciais prtica docente. Essa compreenso se d atravs do
aprendizado e da aplicao dos modelos geomtricos bidimensionais (figuras planas) e
tridimensionais (figuras espaciais) em estudos posicionais e mtricos.
Outros problemas geomtricos e fsicos so resolvidos a partir dos conhecimentos adquiridos
nas disciplinas de Geometria Analtica, lgebra Linear I e II, que introduzem o conceito de
vetores e suas operaes, coordenadas e equaes no plano e no espao, espaos vetoriais,
transformaes lineares, autovalores, autovetores e produto interno.
A disciplina Nmeros Complexos busca aprimorar o conceito de nmeros complexos bem
como suas operaes e aplicaes.
As disciplinas de Anlise Real I e II procuram estabelecer uma base slida em teoria moderna
do Clculo (Anlise), o que servir para ilustrar o nvel de rigor exigido atualmente na rea,
bem como preparar para estudos posteriores. Alm disso, essas disciplinas embasam
conceitos fundamentais para a atuao do egresso na Educao Bsica.
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O estudo do tratamento de dados, de probabilidade e de linguagem e mtodos da Matemtica
Financeira, essenciais para compreenso de informaes estatsticas, econmicas e
financeiras do cotidiano, desenvolvido nas disciplinas de Probabilidade e Estatstica e
Matemtica Financeira.
A disciplina Histria e Filosofia da Cincia contextualiza a evoluo histrica do conhecimento
cientfico e a disciplina Histria da Matemtica relaciona o processo de construo das idias
matemticas ao contexto histrico, filosfico e cultural de onde surgiram.
As disciplinas Comunicao e Informao, Produo de Textos Acadmicos e Pesquisa em
Ensino de Matemtica propiciam aos alunos uma maior conscientizao da importncia da
linguagem na atuao do magistrio e na produo dos projetos cientficos, possibilitando que
eles desenvolvam sua capacidade comunicativa. O professor, como comunicador, deve ter
suas habilidades de leitura e escrita desenvolvidas, de maneira que possa crescer
intelectualmente e estimular seus futuros alunos na busca pela informao e pela melhor
forma de express-la, na interpretao e na produo de textos cientfico-tecnolgicos; enfim:
na produo de conhecimento, que passa sempre pelo uso da linguagem.
O ensino de Lngua Brasileira dos Sinais passou a compor o currculo do curso de Licenciatura
em Matemtica, tal como preceituado pelo Decreto n5.626 de 22 de Dezembro de 2005,
sendo includa no terceiro perodo da matriz curricular do curso, sem pr-requisitos.
9.2. ESTRUTURA CURRICULAR
A estrutura curricular do Curso est composta por componentes curriculares que visam
contemplar cada um dos quatro eixos do perfil pretendido para o futuro professor, conforme
apresenta a Tabela 3.
TABELA 3 - E IXOS CURRICLARES NORTEADORES
Eixos Curriculares Componentes Curriculares
Domnio do contedo especfico de Matemtica
Componentes curriculares tericos de Matemtica, Fsica e afins.
Domnio da teoria e prxis pedaggica
Componentes curriculares de teoria pedaggica
Componentes curriculares de prtica de ensino
Estgio Curricular supervisionado
Capacidade interdisciplinar e contextualizadora
Componentes curriculares de outras reas tecno-cientficas
Componentes curriculares filosficos, histricos, etc
Capacidade de atualizao, de produo de conhecimento em sua rea de trabalho e difuso desta produo
Componentes curriculares de linguagem e expresso
Componentes curriculares de metodologia de pesquisa
Trabalho de Concluso de Curso
Estgio Curricular supervisionado
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Desta forma, para atender ao perfil do licenciado, os componentes curriculares selecionados
assim o foram pelas caractersticas formativas, informativas e reflexivas, complementando-se
de forma mtua e progressiva. A matriz curricular do curso de Licenciatura em Matemtica
apresentada na Tabela 4.
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TABELA 4 - MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMTICA
Matriz Curricular do Curso Superior de Licenciatura em Matemtica
Detalhamento da carga horria de disciplinas Tericas(T), Prticas de Ensino (PE) e Prticas de Laboratrio (PL)
Perodo Disciplina
Carga Horria (h) Pr-requisitos
T PE PL Total
1
Pr-Clculo 81 81 ----
Geometria Analtica 81 81 ----
Contemporaneidade, Subjetividade e Prticas Escolares 40 14 54 ----
Sociedade, Cultura e Educao 40 14 54 ----
Comunicao e Informao 27 27 ----
2
Clculo I 81 81 Pr-Clculo
Fundamentos de Matemtica 40 14 54 Pr-Clculo
lgebra Linear I 54 54 Geometria Analtica
Histria, Polticas e Legislao da Educao 40 14 54 ----
Produo de Textos Acadmicos 27 27 Comunicao e Informao
3
Clculo II 81 81
Clculo I
Geometria Analtica
lgebra Linear II 54 54 lgebra Linear I
Fsica Geral I 67 14 81
Clculo I
Geometria Analtica
LIBRAS 27 27 54 -----
Didtica 27 27 54 ----
4
Clculo III 81 81 Clculo II
lgebra I 54 54 Fundamentos de Matemtica
Introduo Programao 14 40 54 Fundamentos de Matemtica
Fsica Geral III 67 14 81
Fsica Geral I
Clculo II
Metodologia do Ensino de Matemtica 40 14 54 Pr-Clculo
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5
Nmeros Complexos 54 54 Geometria Analtica
lgebra II 81 81 lgebra I
Clculo Numrico 27 27 54
Clculo I
lgebra Linear I
Introduo Programao
Histria e Filosofia da Cincia I 40 14 54 ----
Matemtica em Sala de Aula I 27 27 54
Didtica
Metodologia do Ensino de Matemtica
6
Anlise Real I 54 54
Clculo I
lgebra I
Geometria Plana 67 14 81 Fundamentos de Matemtica
Histria da Matemtica 40 14 54 Histria e Fil das Cincias I
Matemtica em Sala de Aula II 27 27 54
Didtica
Metodologia do Ensino de Matemtica
Pesquisa em Ensino de Matemtica 54 54 Produo de Textos Acadmicos
7
Anlise Real II 81 81 Anlise Real I
Construes Geomtricas 40 41 81 Geometria Plana
Trabalho de Concluso de Curso I 27 27 De acordo com o item 9.2.3 deste documento.
Informtica no Ensino da Matemtica 27 27 54 Introduo Programao
Matemtica em Sala de Aula III 27 27 54
Didtica
Metodologia do Ensino de Matemtica
8
Probabilidade e Estatstica 67 14 81 Clculo I
Geometria Espacial 54 27 81 Geometria Plana
Matemtica Financeira 40 14 54 Pr-Clculo
Trabalho de Concluso de Curso II 27 27 De acordo com o item 9.2.3 deste documento.
Matemtica em Sala de Aula IV 27 27 54
Didtica
Metodologia do Ensino de Matemtica
Total 1857 451 95 2403
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A prtica de Profissional, em conformidade com a estrutura organizacional do Curso e em
consonncia com a Resoluo CNE/CP no 1, de 18/02/2002, estar presente ao longo de
todos os perodos letivos, conforme discriminado na Tabela 5. O resumo da carga horria total
do curso est apresentado na Tabela 6.
TABELA 5 - PRTICA PROFISSIONAL DURANTE O CURSO
TABELA 6 - TOTAL DE CARGA HORRIA DO CURSO
Disciplinas Obrigatrias
Terica 1857
2403 h PE 451
PL 95
Disciplinas Optativas 162 h
Estgio Supervisionado (mnimo) 405 h
Atividades Complementares: 202,5 h
TOTAL 3172,5 h
DISCIPLINA Horas Tericas Horas prticas profissionais
Histria, Polticas e Legislao da Educao 40 14
Sociedade, Cultura e Educao 40 14
Fundamentos de Matemtica 40 14
Contemporaneidade, Subjetividade e Prticas Escolares
40 14
Metodologia do Ensino de Matemtica 40 14
Didtica 27 27
Matemtica em Sala de Aula I - 54
Histria e Filosofia da Cincia I 40 14
Matemtica em Sala de Aula II - 54
Geometria Plana 67 14
Informtica no Ensino da Matemtica 27 27
Histria da Matemtica 40 14
Matemtica em Sala de Aula III - 54
Construes Geomtricas 40 41
Matemtica em Sala de Aula IV 40 14
Probabilidade e Estatstica 67 14
Geometria Espacial 54 27
Matemtica Financeira 40 14
LIBRAS 27 27
Carga horria total 669 465
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9.2.1. DISCIPLINAS OBRIGATRIAS E OPTATIVAS
As disciplinas obrigatrias foram apresentadas na Tabela 4. A
Tabela 7 apresenta as disciplinas optativas do curso.
Tabela 7 - Disciplinas Optativas
DISCIPLINAS OPTATIVAS Pr-requisito (s)
Ofe
rtad
as p
elo
pr
pri
o c
urs
o
lgebra III lgebra II lgebra Linear II
Anlise Complexa Nmeros Complexos Anlise Real II
Anlise no Rn Analise Real II
lgebra Linear II
Geometria Diferencial Analise Real II lgebra Linear II
Histria da Matemtica no Brasil Histria da Matemtica
Mtodos Numricos para EDO Clculo Numrico
Cultura, Filosofia e Matemtica
Educao Inclusiva
Introduo ao MatLab
Literatura e Cincia: intertextualidades, dilogos e propostas de interao didtica
Nmeros Transreais
Tpicos em Matemtica
Tpicos em Transmatemtica: Clculo Transreal
Transmatemtica
Tpicos em Transmatemtica: Clculo Transreal
Sele
cio
na
das d
e o
utr
os c
urs
os
Introduo Fsica
Fsica Geral II
Educao de Jovens e Adultos
Educao Inclusiva
Histria e Filosofia da Cincia II Histria e Filosofia da Cincia I
Introduo a Astronomia e Gravitao Fsica I
Metrologia Pr Calculo
Tpicos Complementares de Matemtica Clculo III
Tpicos Especiais em Educao
Metodologia do Ensino de Cincias
Aproveitamento de Estudos
Cincias Ambientais
Eletrnica para professors de Fsica
Liv
re
Esco
lha Ingls I
Ingls II Ingls I
Ingls III Ingls II
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Ingls IV Ingls III
Espanhol I
Espanhol II Espanhol I
Espanhol III Espanhol II
Espanhol IV Espanhol III
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9.2.2. ESTGIO SUPERVISIONADO
O Estgio Curricular Supervisionado de Ensino uma atividade obrigatria, desenvolvida a
partir do quinto semestre do curso. Por meio deste, busca-se a articulao entre o currculo
do curso e a prtica pedaggica, atendendo ao parecer n 21/2001 do CNE, que define o
estgio curricular como um tempo de aprendizagem em que algum se demora em algum
lugar ou ofcio para aprender a prtica do mesmo e, assim, poder exercer uma profisso
ou ofcio. Assim, o estgio o momento de efetivar um processo de ensino-aprendizagem
que ir se tornar concreto e autnomo quando da profissionalizao deste estagirio.
A carga horria de, no mnimo, 405 (quatrocentas) horas, ser distribuda da seguinte
forma: 81 (oitenta e uma) horas para Encontros Semanais de Superviso de Estgio; e 324
(trezentas e vinte e quatro) horas para Atividades de Estgio, baseados no seguinte
direcionamento metodolgico: I Conhecimento do contexto escolar; II Reflexo sobre a
realidade da escola; III Identificao das situaes que possam tornar-se objeto do plano
de estgio a ser desenvolvido; IV Elaborao do plano de estgio; V Aplicao do
plano de estgio; VI Avaliao;
O Estgio Curricular Supervisionado de Ensino do Curso de Licenciatura em Matemtica
desenvolvido tendo como princpio norteador o Regulamento do Estgio Curricular
Supervisionado dos cursos de Licenciatura.
Os alunos matriculados nas disciplinas Estgio I, II e III sero acompanhados pelo
professor-orientador destas disciplinas durante o desenvolvimento de suas prticas
pedaggicas.
A avaliao do Estgio Supervisionado assumir carter formativo durante a sua
realizao, servindo, ao seu final, para a qualificao do desempenho do aluno-estagirio.
O IFRJ possui diversos convnios firmados em escolas da rede pblica e particular, onde
sero desenvolvidas as atividades de estgio curricular, sendo responsvel pela
formalizao do estgio.
9.2.3. TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO (TCC)
Para a concluso do Curso, o licenciando, a partir das suas vivncias e experincias com a
prtica pedaggica, dever estruturar e apresentar um trabalho monogrfico sobre tema
pertinente aos contedos da sua formao especfica. Este trabalho poder basear-se na
observao da prtica docente, em estudos de casos ou outros, de modo que venha a ser
uma oportunidade de reflexo que envolva a trade formao-pesquisa-ao, sempre sob a
superviso e orientao de um professor do Curso. Como Trabalho de Concluso de
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Curso, o licenciando poder ainda elaborar projetos de investigao de temas especficos
do Curso com aplicaes no ensino da Matemtica.
So objetivos do TCC:
I. Promover o aprofundamento e a consolidao dos conhecimentos tericos e prticos
adquiridos durante o Curso de Graduao, de forma tica, crtica e reflexiva.
II. Estimular a produo e a disseminao do conhecimento, atravs da iniciao
pesquisa cientfica e produo de bens e produtos;
III. Desenvolver a capacidade de criao, inovao e empreendedorismo.
No Curso de Matemtica, o aluno, tendo concludo a disciplina Pesquisa em Ensino de
matemtica e 75 (setenta e cinco) % dos crditos referentes aos componentes curriculares
previstos na matriz curricular sugerida at o 6 perodo, inclusive, dever inscrever-se em
Trabalho de Concluso de Curso I e, ao longo dessa disciplina, elaborar seu Projeto de
TCC sob orientao docente. Ao trmino do 7 perodo, o projeto dever ser entregue
Coordenao do Curso. No 8 perodo, na disciplina Trabalho de Concluso de Curso II,
ocorrero as atividades de orientao e apresentao pblica. O TCC ser avaliado
considerando-se a qualidade do trabalho escrito e da apresentao oral.
As informaes referentes a elaborao, orientao, autorizao, execuo, apresentao
e avaliao do TCC esto disponveis no Regulamento dos Trabalhos de Concluso dos
Cursos de Graduao.
9.2.4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES
As atividades acadmico-cientfico-culturais constituem-se de experincias educativas que
visam ampliao do universo cultural dos licenciandos e ao desenvolvimento da sua
capacidade de produzir significados e interpretaes sobre as questes sociais, de modo a
potencializar a qualidade da ao educativa. As atividades complementares propiciam ao
licenciando uma complementao de sua postura de estudioso e pesquisador,
integralizando o currculo Para efeito de acompanhamento e registro da carga horria a ser
cumprida (202,5 horas, sendo 102,5 horas de atividades cientficas e 100 horas de
atividades culturais), estas atividades esto divididas nas seguintes categorias:
Palestras, seminrios, congressos, conferncias ou similares, que versem
sobre temas relacionados ao Curso;
Projetos de extenso cadastrados na Coordenao de Extenso da Unidade
em que se realiza o Curso;
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Cursos livres e/ou de extenso certificados pela instituio promotora, com
carga horria e contedos definidos;
Estgios extracurriculares em instituies conveniadas com o IFRJ;
Monitoria;
Atividades em instituies filantrpicas ou do terceiro setor;
Atividades culturais, esportivas e de entretenimento;
Iniciao cientfica;
Publicao, como autor, do todo ou de parte de texto acadmico;
Participao em rgos colegiados do IFRJ;
Participao em comisso organizadora de evento educacional ou cientfico.
As atividades acadmico-cientfico-culturais, obrigatrias para a integralizao do currculo
dos cursos de licenciatura do IFRJ, so regidas pelo Regulamento das Atividades
Complementares dos cursos de Licenciatura (Portaria n 19, de 12 de fevereiro de 2007).
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9.3. FLUXOGRAMA DO CURSO
Apresentamos a seguir o fluxograma do curso, que fornece uma idia global do mesmo.
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9.4. FLEXIBILIDADE CURRICULAR
A flexibilidade permite a disponibilizao de espaos para "experimentos pedaggicos e
epistemolgicos", levando-se em conta os processos de aquisio, de produo e de
socializao do conhecimento por metodologias que suscitem o aluno prtica desses
processos a partir de suas potencialidades e dos conhecimentos prvios adquiridos ao longo
de suas vivncias pessoais.
, portanto, pela flexibilidade que tambm se d a organizao da estrutura curricular, com a
incorporao de formas de aprendizagens significativas para o processo formativo do aluno
dentro dos princpios e objetivos previamente traados e cujas diretrizes se encontram
verdadeiramente voltadas para a incluso social. Nessa viso, na estrutura do currculo e em
sua dimenso tica que se concretizam os mltiplos saberes emanados e previstos nos mais
diferentes desenhos curriculares traados, espaos de convergncia e de convivncia de
ideologias e de valores fundamentais formao humana.
Se, sob diferentes perspectivas, a flexibilidade est prevista na construo dos currculos,
tambm a contextualizao e a (inter)/(trans) disciplinaridade jamais podem estar esquecidas
nessa construo, visto que, assim como a primeira pressupe um espao aberto para a
apropriao do saber sob a gide da liberdade, tambm a contextualizao e a (inter)/(trans)
disciplinaridade tornam o currculo um amplo instrumento gerador de aes, que objetiva no
a aquisio do conhecimento pelo conhecimento, mas a aquisio do conhecimento pelas
transformaes e pelos avanos da sociedade em geral.
Para a integralizao do curso, indispensvel que o discente complete todos os crditos
descritos no item 7.3. No entanto, a proposta curricular do curso prev 12 (doze) crditos
destinados s disciplinas optativas. A flexibilidade curricular est diretamente associada
escolha destas disciplinas por parte do discente. O rol de disciplinas optativas permite que o
discente transite nas mais diferentes reas do conhecimento, se desejar.
Por outro lado, o curso prev a acelerao de estudos a partir da abertura semestral de
processo de dispensa em disciplinas. Este se destina ao aproveitamento de estudos
realizados em cursos de graduao nas mais diferentes instituies de curso superior. Os
pedidos de aproveitamento de estudos devem seguir as regras do Regulamento de Ensino de
graduao.
O IFRJ possibilita aos estudantes o aproveitamento de estudos de cursos regulares de
graduao, na forma de Transferncia e Reingresso. Poder ser aproveitado percentual
mximo de 50% do total de crditos do curso de licenciatura em Matemtica do IFRJ.
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9.5. ESTRATGIAS METODOLGICAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
A metodologia utilizada no curso de Licenciatura em Matemtica tem por princpio permitir ao
licenciando vivenciar mltiplas possibilidades de aprendizado para alcanar os objetivos
educacionais apresentados no Projeto Pedaggico do Curso, que pressupem uma prtica
pedaggica que incentive a integrao de mltiplos saberes e que explore as potencialidades
de cada indivduo, no sentido de formar um profissional preparado para ser um
professor/educador.
Com esta vertente, o modelo de formao pretendido pelo IFRJ baseia-se no princpio de que
a formao inicial do professor deve se dar pela articulao dos conhecimentos pedaggicos
com os conhecimentos cientficos, desde o incio da formao, de modo a, efetivamente,
formar professores de Matemtica.
Nesta perspectiva, a Prtica Profissional no dever se constituir num componente parte,
mas em espao didtico-pedaggico de responsabilidade de todos os docentes. O que se
pretende que o licenciando no somente venha a aprender, por exemplo, o contedo de
Funes, mas que, de forma paralela ao conhecimento cientfico formado, vivencie boas
prticas para o ensino de Funes, a partir da utilizao, pelo professor formador, de novas
metodologias, estratgias e materiais de apoio. Assim, a cada experincia de magistrio,
vivida desde o incio do curso, o licenciando ir construindo a sua prxis, num processo
sinrgico e dialtico do espao escolar, com colegas e professores. Orientado por este
princpio, o Currculo construdo tem a prtica profissional presente desde os mdulos iniciais,
concretizada nas vivncias como alunos e no envolvimento com esta e com outras escolas de
Educao Bsica.
Esta Matriz curricular deu ateno tambm construo do conhecimento interdisciplinar,
tanto no que diz respeito ampliao e ao aprofundamento dos conhecimentos na rea de
formao, quanto oportunizando relaes com outros campos do saber, de modo a possibilitar
que sejam assimiladas as contribuies de outras reas, que sero agregadas prtica
profissional futura. Na Matriz Curricular apresentada podem ser observados os espaos
destinados apreenso de conhecimentos em reas afins com a da formao e aqueles que
possibilitam escolhas de acordo com o interesse do estudante, que podero ser buscados,
inclusive, nas Matrizes Curriculares dos outros cursos superiores ofertados no IFRJ.
Na Matriz curricular apresentada, enfatiza-se, ainda, a formao de competncias voltadas
para a investigao cientfica e a reflexo na ao. Pretende-se o aprofundamento dos
conhecimentos da prtica, fundamentados na anlise das situaes cotidianas, na busca da
compreenso dos processos de aprendizagem e no desenvolvimento da autonomia na
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interpretao dos fatos imprevistos, presentes na realidade e que, muitas vezes, requerem
soluo e controle imediatos.
Por fim, tratando-se da formao de um professor de Matemtica, esta proposta curricular
pretende desenvolver a capacidade investigativa no campo da Educao Matemtica.
Acredita-se que as competncias envolvidas no s so adequadas slida formao
cientfica, como so as bases para a criao de prticas pedaggicas inovadoras e
necessrias aplicao de metodologias de ensino apoiadas no desenvolvimento de projetos.
Alguns aspectos so imprescindveis para o envolvimento e o comprometimento com a
proposta pedaggica apresentada:
trabalhar de forma integrada, a fim de dar oportunidade aos licenciandos na vivncia
de experincias interdisciplinares;
utilizar estratgias didticas para resoluo de situaes-problema contextualizadas,
cujas abordagens sejam interdisciplinares;
participar de debates, Encontros, Seminrios, Mesas-Redondas, Congressos etc., a fim
de propiciar aos licenciandos os mecanismos e contedos necessrios ao melhor
desempenho de sua funo;
promover atividades que visem interao, comunicao e cooperao entre os
licenciandos e destes para com os docentes.
9.5.1. TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
A utilizao de recursos das tecnologias de informao e comunicao (TIC), por meio de
ambientes virtuais interativos de aprendizagem, poder se constituir em uma das
estratgias de ensino-aprendizagem complementar as aulas presenciais ou na forma de
disciplinas semipresenciais, nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais e da
legislao vigente. Dentre esta, destaca-se a Portaria MEC N 4.059/2004, que em seu
Art.1 prev a oferta de disciplinas na modalidade semipresencial, desde que respeitado o
limite de 20% da carga horria total do curso. Os docentes interessados devero
comprovar habilitao para o uso dos recursos didticos disponveis no ambiente virtual e
para a conduo das atividades programadas para a disciplina, segundo os princpios
norteadores do Projeto Pedaggico Institucional (PPI) e as orientaes da Coordenao de
Curso, ou demonstrar disponibilidade em participar de curso de formao a ser ofertado
pela Coordenao Geral de Ensino Aberto e Distncia (CEAD).
O planejamento da disciplina dever detalhar os contedos da ementa que sero
desenvolvidos no ambiente virtual, o cronograma, os objetivos de aprendizagem, as
estratgias de ensino/aprendizagem e de avaliao, os recursos/materiais didtico
pedaggicos a serem empregados, dentre outras informaes relevantes.
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As estratgias de orientao pedaggica dos docentes, de acompanhamento das
atividades desenvolvidas no ambiente virtual e de verificao da qualidade dos materiais
didtico-pedaggicos a serem disponibilizados para os estudantes por meio da plataforma
levaro em considerao os procedimentos estabelecidos no Regulamento do Ensino de
Graduao e demais orientaes emanadas pela Pr-reitoria de Ensino de Graduao e
pela Coordenao de Educao Aberta e Distncia.
9.6. ACOMPANHAMENTO PEDAGGICO E ATENDIMENTO DISCENTE
A seguir so descritas as estratgias de atendimento ao discente.
9.6.1. APOIO PARTICIPAO EM EVENTOS
O apoio a participao dos alunos, se d atravs da divulgao de eventos cientficos e da
promoo de eventos como o Encontro das Licenciaturas em Cincias e Matemtica, a
Semana de Tecno