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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - CONSTRUÇÃO CIVIL II 08/06/2016 1 Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas Construção Civil II ( TC-025) Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Construção Civil PINTURAS 2016 Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas. PINTURA Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas 3 DEFINIÇÃO Camada de recobrimento de uma superfície, obtida pela aplicação de tintas e vernizes, através de técnicas específicas. Na construção civil é uma camada de acabamento na forma de uma película aderente, estratificada e de espessura total = 1,0 mm Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas 4 FUNÇÕES Decoração Proteção da base (durabilidade dos substratos) Impedir corrosão de metais. Reduzir absorção de água em materiais porosos. Retardar degradação das superfícies. Funções especiais Garantir higiene, retardar chama Reduzir reflexão da radiação infravermelho Propiciar superfícies com propriedades autolimpantes e anti-estáticas Identificar/sinalizar Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas 5 FERRAMENTAS Pincéis/trinchas Rolos Desempenadeiras de aço Espátula Lixas Revolver/ Pistola Escovas de Aço Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas 6 FERRAMENTAS Pincéis e trinchas: utilizados na aplicação de esmaltes, impregnantes, vernizes, tintas látex e complementos para pintar cantos, recortes e pequenas áreas Rolos de lã de carneiro e lã sintética: utilizados para aplicação de tintas látex Rolos de lã sintética de cerdas baixas: possuem pêlos mais curtos para aplicação de produto epóxi e tintas látex Rolos de espuma de poliéster: rolos desenvolvidos para a aplicação de esmaltes, vernizes e complementos Rolos de espuma rígida: utilizados na aplicação de acabamentos texturizados;

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PARANÁ - CONSTRUÇÃO CIVIL II

08/06/2016

1

Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas

Construção Civil II

( TC-025)

Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Construção Civil

PINTURAS

2016

Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas

Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas

Na construção civil a pintura representa uma

operação de grande importância, uma vez que as

áreas pintadas são, normalmente, muito

extensas, implicando num alto custo.

Há uma tendência natural em considerar a pintura

uma operação de decoração, porém, além de

decorar e proteger o substrato, a tinta pode

oferecer melhor higienização dos ambientes,

servindo também para sinalizar, identificar, isolar

termicamente, controlar luminosidade e podendo

ainda ter suas cores utilizadas para influir

psicologicamente sobre as pessoas.

PINTURA

Prof.ª Dr.ª Barbara Talamini Villas Bôas

3

DEFINIÇÃO

Camada de recobrimento de uma superfície, obtida pela

aplicação de tintas e vernizes, através de técnicas

específicas.

Na construção civil é uma

camada de acabamento

na forma de uma película

aderente, estratificada e

de espessura total = 1,0

mm

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4

FUNÇÕES

• Decoração

• Proteção da base (durabilidade dos substratos)

– Impedir corrosão de metais.

– Reduzir absorção de água em materiais porosos.

– Retardar degradação das superfícies.

• Funções especiais

– Garantir higiene, retardar chama

– Reduzir reflexão da radiação infravermelho

– Propiciar superfícies com propriedades

autolimpantes e anti-estáticas

– Identificar/sinalizar

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5

FERRAMENTAS

Pincéis/trinchas

Rolos

Desempenadeiras de aço

Espátula

Lixas

Revolver/

Pistola

Escovas de Aço

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6

FERRAMENTAS

Pincéis e trinchas: utilizados na aplicação de esmaltes,

impregnantes, vernizes, tintas látex e complementos para

pintar cantos, recortes e pequenas áreas

Rolos de lã de carneiro e lã sintética: utilizados para

aplicação de tintas látex

Rolos de lã sintética de cerdas baixas: possuem pêlos

mais curtos para aplicação de produto epóxi e tintas látex

Rolos de espuma de poliéster: rolos desenvolvidos para a

aplicação de esmaltes, vernizes e complementos

Rolos de espuma rígida: utilizados na aplicação de

acabamentos texturizados;

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FERRAMENTAS

Desempenadeiras de aço: utilizadas para aplicação de

massas niveladoras ou texturas

Desempenadeira de plástico rígido: utilizada para

aplicação de texturas

Lixas: utilizadas para uniformizar a superfície e criar

aderência para a tinta

Espátulas de aço: utilizadas para aplicação de massas

niveladoras, texturas ou na remoção de tinta seca;

Escovas de aço: utilizadas para eliminar partes soltas ou

mal aderidas à superfície a ser pintada

Pistola ou revolver de pintura: utilizados para aplicação de

esmaltes e vernizes

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• Características:

Cobertura de tinta em locais de difícil

acesso (Cantoneira, Curvas etc..);

Melhor acabamento nestas áreas;

Escorrimento

Desperdícios ;

Volatilização da tinta e do solvente .

IMERSÃO

TIPOS DE PINTURA

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• Características:

Custo (não necessita de

equipamentos especiais);

Riscos das cerdas

Desperdícios de tinta ;

Acabamento não uniforme .

PINCEL

TIPOS DE PINTURA

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• Características:

Custo (não necessita de equipamentos especiais);

– Custo

Riscos das cerdas

Espirros de tinta na aplicação ;

Não cobre bem os cantos .

ROLO

TIPOS DE PINTURA

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• Características:

Alinhamento na aplicação;

Uniformidade na aplicação;

Menor Desperdício de Tinta;

Tempo reduzido na aplicação.

Custo (necessidade de compressor de ar;

Névoa na aplicação (Poluição) ;

Manutenção dos equipamentos .

PISTOLAS

TIPOS DE PINTURA

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• Características:

Uniformidade na aplicação;

Melhor aproveitamento da tinta (Reutilização);

Melhor acabamento das peças;

Maior resistência da pintura.

Pintor (Sem necessidade de qualificação)

Custo (necessidade de compressor de ar; filtro

Manutenção dos equipamentos .

ELETROSTÁTICA

TIPOS DE PINTURA

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TINTAS

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• RESINAS

• PIGMENTOS

• SOLVENTES

• ADITIVOS

COMPONENTES

TINTAS

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• RESINAS

São responsáveis pela formação da

película protetora na qual se converte a

tinta depois de seca.

Tipos:

PVA e Acrílicas

Poliacrílicos puros

Copolímeros acrilo-estireno

Vinil acrílico

COMPONENTES

TINTAS

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• PIGMENTOS

São partículas (pó) sólidas e insolúveis.

Tipos:

Ativos - conferem cor e

poder de cobertura à tinta

Inertes (ou cargas) – proporcionam

lixabilidade, dureza e consistência,

entre outras características.

COMPONENTES

TINTAS

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• SOLVENTES

Líquidos voláteis utilizados nas diversas

fases de fabricação das tintas.

Confere à tinta as condições ideais de

pintura, visando facilitar sua aplicação,

seu alastramento, etc.

COMPONENTES

TINTAS

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• ADITIVOS

Componentes que participam em

pequena quantidade na composição da

tinta, porém podem modificar

significativamente as suas

propriedades.

Os aditivos mais comuns são: secantes,

anti espumantes, anti sedimentantes,

anti pele, bactericidas e fungicidas.

COMPONENTES

TINTAS

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• Resinas Sintéticas ou orgânicas:

PVAc

Acrílico

Poliuretana

Epoxi

Base de borracha

• Resinas Inorgânicas

Base de cimento ou cal

Porosas

• Resinas Naturais

Caseína, óleo de linhaça

CLASSIFICAÇÃO

TINTAS

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• Latex PVA:

TIPOS

TINTAS

A Tinta Látex possui grande rendimento e durabilidade, sendo hoje a

tintas mais utilizada

Ótimo desempenho nas repinturas.

Indicada para pinturas internas sobre superfícies de reboco, massa

corrida, massa acrílica, texturas, gesso, madeiras, etc.

Sendo as cores desenvolvidas com alta tecnologia, ficando assim,

firmes e sólidas.

PVA é o material usado na produção

Não é adequado a áreas molhadas

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• Acrílica:

TIPOS

TINTAS

Indicada para superfícies de alvenaria interna e externa.

Diferença do látex é que contém resinas acrílicas

Alta impermeabilidade, adequada para pinturas externas e áreas úmidas

Acabamentos como semibrilho e fosco.

Com este tipo de tinta pode-se produzir texturas que são obtidas através

de instrumentos específicos como rolos, vassouras, espátulas e outros,

para cada tipo de acabamento especificado pelo profissional

especializado, que são a ranhura, o vassourado, etc.

Mais cara que o látex

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• Esmaltes TIPOS

TINTAS

Não é solúvel em água

Utilizada em superfícies de ferro ou madeira.

Seu acabamento dá a sensação de uma película formada sobre a

superfície, por isso, não é muito adequada para uso direto sobre a parede,

pois dependendo da aplicação podem surgir bolhas ou descascamento.

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• Epóxi e Poliuretano

TIPOS

TINTAS

Sintéticas. Não é solúvel em água

Específicas para aplicação em áreas molhadas e até inundadas, como

piscinas e caixas d´agua.

• Verniz

Ambientes externos e internos de madeira.

Acabamentos brilhante e fosco e nos padrões Mogno,

Imbuia, Cedro e Cerejeira.

Podem possuir filtro solar.

• Cal

Muito barato;

Fácil aplicação;

Usado em muros e exteriores.

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TINTAS

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TINTAS

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SUPE

RCÍCIES

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PREPARO

SUPERFÍCIES

A superfície deve estar firme, limpa, seca, sem poeira, gordura, sabão ou mofo.

Partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas, raspando-se ou escovando-se a superfície.

Profundas imperfeições da parede devem ser corrigidas com reboco.

As imperfeições rasas da superfície devem ser corrigidas com Massa Acrílica (reboco externo) ou com Massa Corrida (reboco interno).

Manchas de gordura ou graxa devem ser eliminadas com água e detergente.

Partes mofadas devem ser lavadas com uma solução 1:1 de água sanitária. Em seguida, enxaguar a superfície.

Deve-se eliminar qualquer espécie de brilho, usando-se uma lixa de grana adequada.

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28

ALVENARIA E CONCRETO

SUPERFÍCIES

Cura da parede

Lavagem com detergente

Secagem total

Aplicação do selador (opcional)

Secagem

Aplicação da tinta

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29

PREPARO DA MADEIRA

SUPERFÍCIES

A madeira deve estar seca, teor de umidade

entre 5 e 12%

Remover graxas, gorduras e resinas com a

aplicação de solventes.

Lixar quando necessário

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PREPARO DA MADEIRA

SUPERFÍCIES

Buracos e frestas devem ser calafetados com

massa específica para madeira e depois

lixados após secagem.

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PINTURA EM MADEIRA

SUPERFÍCIES

A pintura é feita após a preparação da

superfície e geralmente tem 3 etapas:

◦Seladora

◦1ª demão

◦2ª demão ou acabamento

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32

PINTURA EM METAL

SUPERFÍCIES

Remover gorduras, graxas e sujeira.

Limpeza de metais ferrosos por lixamento,

escovamento ou jateamento

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33

PINTURA EM METAL - PRIMER

SUPERFÍCIES

Primeira demão da pintura

Cria aderência da tinta ao metal

Protege contra corrosão

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34

PINTURA EM METAL - REVESTIMENTO

SUPERFÍCIES

Aplicada sobre o primer

Deve ser compatível com o primer

Protege contra intempéries

Dá acabamento

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35

PINTURA DE PAVIMENTOS

SUPERFÍCIES

Proteção e resistência

Concreto e asfalto

Sinalização horizontal

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PINTURA DE TELHADOS

SUPERFÍCIES

Limpeza das telhas

Fundo selador

Tinta látex acrílica, resina acrílica ou esmalte

sintético para acabamento

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PINTURA PISOS - EPÓXI

SUPERFÍCIES

Preparação, tratamento de fissuras

Fundo primer, polimento

Pintura Epóxi

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38

NORMAS DE PINTURA

NORMAS

NBR 11702: tintas para construção civil: tintas para edificações não

industriais –classificação. ABNT, 2010. Errata: 2011.

NBR 13245: tintas para construção civil —Execução de pinturas em

edificações não industriais —Preparação de superfície. ABNT, 2011.

NBR 16211: tintas para construção civil: verniz brilhante à base de

solvente para uso interior -requisitos de desempenho de tintas para

edificações não industriais. ABNT, 2013.

NBR 15494: tintas para construção civil -Tinta brilhante à base de

solvente com secagem oxidativa-requisitos de desempenho de

tintas para edificações não industriais. ABNT, 2010.

NBR 14940: tintas para construção civil -Método para avaliação de

desempenho de tintas para edificações não industriais -

Determinação da resistência à abrasão úmida. ABNT, 2010.

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39

NORMAS DE PINTURA

NORMAS

NBR 14942: tintas para construção civil -Método para avaliação de

desempenho de tintas para edificações não industriais -

Determinação do poder de cobertura de tinta seca. ABNT, 2012.

NBR 14943: tintas para construção civil -Método para avaliação de

desempenho de tintas para edificações não industriais -

Determinação do poder de cobertura de tinta úmida. ABNT, 2003.

NBR 15078: tintas para construção civil -Método para avaliação de

desempenho de tintas para edificações não industriais -

Determinação da resistência à abrasão úmida sem pasta abrasiva.

ABNT, 2004, versão corrigida 2015.

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SOLUÇÕES PROBLEM

AS

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41

PROBLEMAS

PINTURAS

No processo de pintura, existem vários fatores

envolvidos:

•Condições da superfície;

•Condições do meio ambiente;

•Características e limitações do produtos;

•Fator humano.

Diante dessas e outras variáveis, durante ou

mesmo após o término da pintura, podem ocorrer

problemas .

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42

PROBLEMAS COMUNS

PINTURAS

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43

BOLHAS

PROBLEMA

São pontos na pintura que se levantam em

formato de bolhas. Podem ser muito pequenos

(micro) ou maiores. Normalmente, aparecem em

pontos isolados e tem sua causa bem evidente.

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44

BOLHAS

Causa 1: Podem ocorrer quando for aplicada

massa corrida PVA em exteriores, pois o

produto é indicado apenas para superfícies

internas.

Solução 1: Remover, por meio de raspagem,

toda a massa corrida PVA. Aplicar Fundo

Preparador de Paredes. Aplicar Massa Acrílica.

CAUSA e SOLUÇÃO

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45

BOLHAS

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 2: Ocorre quando o pó não foi

eliminado após lixamento da massa PVA ou

quando a tinta não foi devidamente diluída.

Solução 2: Lixar e raspar as partes soltas;

Eliminar o pó; Diluir a tinta na proporção

indicada na embalagem e repintar.

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46

BOLHAS

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 3: A parede apresentou infiltração de

umidade que ocorrem principalmente em

rodapés, parede de divisa, muros encostados

em barrancos, lajes, etc..

Solução 3: Contatar profissional especializado

para encontrar a origem da umidade e proceder

com a solução. Repintar, utilizando técnicas de

repintura recomendada pelo fabricante.

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DESCASCAMENTO

PROBLEMA

É quando a tinta começa a se soltar da

superfície, em geral ocorre por falta de

aderência em superfícies que receberam pintura

sobre partes soltas, reboco não curado,

superfícies com brilho ou com infiltração de

umidade.

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48

DESCASCAMENTO

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 1: A aderência da tinta sobre a superfície

pulverulenta não é boa, ocasionando o

descascamento.

Solução 1: Raspar ou escovar a superfície até a

remoção total das partes soltas ou mal aderidas;

Aplicar uma ou duas demãos de Fundo

Preparador de Paredes, Repintar.

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49

DESCASCAMENTO

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 2: A superfície, como madeira ou metal,

apresenta um acabamento liso ou com brilho,

prejudicando assim a aderência.

Solução 2: Raspar, lixar até remoção completa

do brilho e das partes soltas. Certificar-se de

que a superfície está porosa; Remover o pó;

Repintar

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50

DESCASCAMENTO

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 3: A superfície apresentou infiltração de

umidade, originando o descascamento

Solução 3: Contratar profissional especializado

para encontrar a origem da umidade e proceder

com a solução. Repintar, utilizando técnicas de

repintura com problemas indicada pelo

fabricante.

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51

EFLORECÊNCIA

PROBLEMA

É caracterizada pelo aparecimento de manchas

esbranquiçadas na superfície pintada.

Obs: Dependendo da cor, a mancha pode

apresentar outra coloração.

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EFLORECÊNCIA

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa : Acontece quando a tinta foi aplicada

sobre reboco úmido ou devido à infiltração. Isso

ocorre devido à migração de umidade do interior

para o exterior, carregando consigo sais solúveis.

Enquanto a umidade ou os sais solúveis não

tiverem sido totalmente eliminados, a situação

persistirá.

Solução : Eliminar eventuais infiltrações;

Aguardar a secagem da superfície;

Raspar a superfície afetada; Aplicar uma demão

de Fundo Preparador e repintar.

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MANCHAS - CHUVA

PROBLEMA

São manchas que aparecem na superfície

recém pintada, devido a pingos de chuva ou

água em pontos isolados.

Também podem ocorrer em superfícies recém

pintadas expostas a baixa temperatura. É mais

comum ocorrer em cores intensas e

acabamento fosco.

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MANCHAS - CHUVA

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa : Os pingos de chuva, água e baixas

temperaturas provocam a extração de

substâncias solúveis que afloram e mancham o

filme da tinta.

Solução : Lavar toda a superfície com água limpa

em abundância,.

É normal o aparecimento de espuma, não se

preocupe.

OBS : É importante que a lavagem da superfície seja feita o mais rápido

possível, pois, se acontecer após alguns dias, as manchas

permanecerão. O tempo de cura/secagem da tinta látex é de 20 dias.

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MOFO, BOLOR OU FUNGOS

PROBLEMA

São manchas que aparecem na superfícies,

devido à proliferação de micro organismos que

se desenvolvem em condições ambientais e

superficiais favoráveis. São diferentes das

algas, pois não necessitam de luz para

sobreviver.

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56

MOFO, BOLOR OU FUNGOS

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa : Mofo, bolor e fungos constituem-se num

grupo de seres vivos vegetais, que se proliferam

em condições favoráveis, principalmente em

climas quentes e úmidos, mal ventilados ou mal

iluminados, produzindo o escurecimento da

película da tinta e decompondo-a.

Solução : Lavar a superfície com uma solução de

água sanitária na proporção de 1:1, molhando

constantemente a superfície com a solução

durante um período de 6 horas. Enxaguar a

superfície com água em abundância. Deixar

secar. Repintura

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57

ENRUGAMENTO

PROBLEMA

Normalmente, ocorre após a aplicação de

esmalte ou verniz de base alquídica. Certos

pontos da pintura ficam com aspecto enrugado.

Em alguns casos, a secagem desses pontos é

retardada e existe uma perda de brilho.

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58

ENRUGAMENTO

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa : Ocorre quando são aplicadas demãos de

tinta espessa, aplicação sobre a superfície ou em

ambientes com temperatura excessivamente

quente ou diluição de esmalte ou verniz de base

alquídica com thinner ou solvente não

recomendado pelo fabricante

Outra razão pode ser não respeitar o intervalo

entre as demãos.

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59

ENRUGAMENTO

CAUSA e SOLUÇÃO

Solução : Remover toda a tinta com auxílio de

removedor ;

Limpar bem a superfície com pano embebido em

aguarrás, certificar-se da total remoção do

removedor da superfície.

Aplicar o sistema de pintura seguindo todas as

recomendações do fabricante, inclusive

utilizando o solvente recomendado e respeitando

o intervalo entre demãos.

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60

BAIXA COBERTURA

PROBLEMA

É quando se aplica várias demãos de tinta e a

pintura anterior ou fundo ainda pode ser visto,

dando um aspecto manchado.

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61

BAIXA COBERTURA

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 1: Excesso de diluição. Uma das

causas mais comuns é a diluição excessiva, ou

seja, quando se adiciona uma quantidade de

diluente bem maior que a recomendada pelo

fabricante.

Solução 1: Não diluir em excesso;Sempre

respeitar as informações e aplicar o produto de

acordo com as instruções contidas nas

embalagens.

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62

BAIXA COBERTURA

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 2: Devido à Homogenização: Utilização

de instrumento cilíndrico para homogeneização

ou falta de homogeneização do produto antes

de aplicar.

Solução 2: Homogeneizar a tinta com

ferramenta retangular até o produto alcançar

uma boa consistência.

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63

BAIXA COBERTURA

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 3: Devido ao Tipo de Superfície:

Superfícies muito absorventes (reboco novo,

massa corrida, gesso).

Solução 3: Se o produto já foi aplicado, serão

necessárias mais demãos, se ainda não foi

aplicado, aplicar previamente o fundo para a

superfície, conforme indicado na embalagem .

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64

DIFERENÇA DE TONALIDADE

PROBLEMA

É quando uma mesma cor apresenta

tonalidades diferentes durante a aplicação do

produto na superfície

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DIFERENÇA DE TONALIDADE

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 1: Devido ao tamanho do ambiente :

Se o ambiente a ser pintado for pequeno e

pouco iluminado, pode ocorrer o escurecimento

da tonalidade, devido à falta de iluminação.

Solução 1: Se não for possível aumentar a

iluminação do ambiente, será necessário clarear

a tinta com utilização de branco ou escolher

outra tonalidade.

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DIFERENÇA DE TONALIDADE

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 2: Devido à absorção :

Parede com absorção diferente pode causar

diferença de tonalidade e manchas.

Solução 2: Aplicação de nova demão geral até

uniformizar a absorção e tonalidade.

DICA : Quando você realizar retoques isolados

de massa na superfície, antes de aplicar um

demão geral, aplique de uma a duas demãos

sobre esse retoque.

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BAIXA LAVABILIDADE

PROBLEMA

É quando durante o processo de limpeza da

superfície, a tinta se desgasta com muito

facilidade

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BAIXA LAVABILIDADE

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 1: Devido à diluição :

Se a diluição utilizada no produto for além da

especificada na embalagem, a película formada

pela tinta se torna frágil.

Solução 1: Diluir conforme indicado na

embalagem.

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BAIXA LAVABILIDADE

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa 2: Número insuficiente de demãos ou

curto intervalo entre demãos : Se o número

de demãos não for suficiente ou se o intervalo

entre elas for muito curto, a película torna-se

fraca, saindo com facilidade na limpeza.

Solução 2: Aplicação de uma demão geral,

respeitando o intervalo e diluição indicados na

embalagem.

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ESCORRIMENTO

PROBLEMA

É quando há excesso de tinta na superfície e

ela escorre.

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ESCORRIMENTO

CAUSA e SOLUÇÃO

Causa: Escorrimento da tinta logo após ser

aplicada: Diluição excessiva e utilização de

solventes não especificados, aplicação de uma

camada muito espessa ou sob condições de frio

ou umidade.

Solução: Se a tinta estiver úmida, passe o rolo

novamente sobre o local, a fim de uniformizar a

superfície. Se já estiver seca, lixe a superfície e

aplique uma nova demão de tinta, respeitando a

diluição e retirando o excesso de tinta do rolo.

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CONTRIBUIÇÃO ALUNOS DA GRADUAÇÃO DA UFPR

Alexandre Wolf

Fernanda Medeiros

Fernando Scheffer

Luis Felipe Pereira

Yuri Schmidt

Daniel Francisco Xavier Marques

Gustavo Figueiredo Braga

Leonardo Luis Bernardi

Luísa Comim Nascimento

Nicole Hatori Gickehorn

Pedro Augusto Mendes Bueno

REFERÊNCIAS

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73

MATTOS, Marianna Costa. Planejamento da vida útil na construção civil

[manuscrito]: uma metodologia para a aplicação da Norma de

Desempenho (NBR 15575) em sistemas de revestimentos de pintura /

Marianna Costa Mattos. - 2013..

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575-1:2013 -

Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos - Desempenho - Parte 1:

Requisitos gerais, 2013.

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575-4:2013 -

Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos - Desempenho - Parte 4:

Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e

externas,2013.

Noronha, Marcos Paulo Pereira Métodos de Inspeção Final Visando a

Obtenção da Conformidade na Entrega de Unidades Habitacionais ao

Cliente/ Marcos Paulo Pereira Noronha – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola

Politécnica, 2013.

REFERÊNCIAS

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Câmara Brasileira da Indústria da Construção C172d Desempenho de

edificações habitacionais: guia orientado para atendimento à norma

ABNT NBR 15575/2013. /Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

—Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013.

ABRAFITI Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Programa

Setorial de Qualidade de Tintas Imobiliárias, 2016.

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 13245:2011 -

Tintas para construção civil — Execução de pinturas em edificações não

industriais — Preparação de superfície, 2011.

Manual Treinamento Tintas Coral – Problemas e Soluções

REFERÊNCIAS