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ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR 1,60 EM FOCO 2 UALG FALHA ELEIÇÃO DO CONSELHO GERAL 3 ÁGUAS DO ALGARVE REQUALIFICA LAGOA DOS SALGADOS 4 ALGARVE SAI À RUA NO SÁBADO 5 TAVIRA ACOLHE EMPRESA E FUTURO 6 VICTOR GUERREIRO OUVE EMPRESÁRIOS 8 VILA REAL REVITALIZA DIA DA ANDALUZIA 9 CLASSIFICADOS 10 Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1098 • Semanário à sexta-feira • 1 de Março de 2013 • Preço 1 PUB > O Fundo Diocesano Social geri- do pela Caritas da região está sem dinheiro à espera das doações qua- resmais, até lá está a zero. Mais do que a ajuda dos católicos o que se pede é o apoio de todos os algarvios em prol de quem mais necessita de auxílio p. 2 Caritas pede solidariedade aos algarvios Eleições na UAlg nas mãos de Fernando Ulrich D.R. Victor Guerreiro quer a ACRAL ao serviço dos associados > Candidato faz périplo pela região a escutar os associados p. 8 Eleições para o Conselho Geral: Parte do acto eleitoral foi invalidada pela Comissão Eleitoral por actos imputados à lista A, cabe a Fernando Ulrich a decisão final > 3 Águas do Algarve intervém na Lagoa dos Salgados Assine o Descubra as vantagens no interior Ganhe um plano de saúde Belleform Plus com descontos até 60% em medicina dentária, estética e ginásio Veja anúncio pág. 6 PUB CA Habitação PUB > 1,2 milhões de euros para manter a qualidade e sustenta- bilidade daquele que é um dos locais de nidificação de aves migratórias mais importantes do Algarve. Um novo colector e uma intervenção directa na Lagoa dos Salgados integram o projecto que conta com luz verde da Agência Portuguesa de Ambiente e estudo de impacto am- biental favorável. p. 4 D.R. D.R. Algarve sai à rua neste sábado p. 5 D.R.

POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

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> UAlg falha eleição do Conselho Geral: Sufrágio a meia haste depois de invalidação da eleição dos representantes dos estudantes > ELEIÇÕES: Victor Guerreiro quer a ACRAL ao serviço dos associados > Fundo Social da Igreja sem dinheiro: Caritas e Bispo do Algarve apelam à solidariedade para com os mais necessitados > Algarve sai à rua no sábado com manifestações em Faro, Portimão e Loulé > Águas do Algarve requalifica Lagoa dos Salgados > Parque Ribeirinho de Faro concluído em 2014 > Tavira acolhe X Seminário Internacional Empresa e Futuro > Vila Real revitaliza Dia da Andaluzia > Assembleia Municipal censura Macário Correia > Hoteleiros criticam falta de estratégia do Governo • E AINDA Caderno de Artes & Letras CULTURA.SUL • POUPE centenas de euros ao assinar o POSTAL por 30€ anuais com o Plano de Saúde gratuito em medicina dentária, estética e ginásio • NÃO PERCA O POSTAL de dia 15: o indispensável sobre o Algarve ☺

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Page 1: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

ÀS SEXTAS EMCONJUNTO COM OPÚBLICO POR €1,60

EM FOCO 2 UALG FALHA ELEIÇÃO DO CONSELHO GERAL 3 ÁGUAS DO ALGARVE REQUALIFICA LAGOA DOS SALGADOS 4 ALGARVE SAI À RUA NO SÁBADO 5

TAVIRA ACOLHE EMPRESA E FUTURO 6 VICTOR GUERREIRO OUVE EMPRESÁRIOS 8 VILA REAL REVITALIZA DIA DA ANDALUZIA 9 CLASSIFICADOS 10

Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1098 • Semanário à sexta-feira • 1 de Março de 2013 • Preço € 1

PUB

> O Fundo Diocesano Social geri-do pela Caritas da região está sem dinheiro à espera das doações qua-resmais, até lá está a zero.Mais do que a ajuda dos católicos o que se pede é o apoio de todos os algarvios em prol de quem mais necessita de auxílio p. 2

Caritas pede solidariedade aos algarvios

Eleições na UAlg nas mãos

de Fernando Ulrich

d.r.

Victor Guerreiro quer a ACRALao serviçodos associados > Candidato faz périplo pela regiãoa escutar os associados p. 8

Eleições para o Conselho Geral: Parte do acto eleitoral foi invalidada pela Comissão Eleitoral por actos imputados à lista A, cabe a Fernando Ulrich a decisão final > 3

Águas do Algarve intervém na Lagoa dos Salgados

Assine o

Descubra as vantagens no interior

Ganhe um

plano de saúde Belleform Plus com descontos até 60% em medicina dentária, estética e ginásio

Veja anúncio pág. 6

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CA Habitação

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> 1,2 milhões de euros para manter a qualidade e sustenta-bilidade daquele que é um dos locais de nidificação de aves migratórias mais importantes do Algarve.Um novo colector e uma intervenção directa na Lagoa dos Salgados integram o projecto que conta com luz verde da Agência Portuguesa de Ambiente e estudo de impacto am-biental favorável. p. 4

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Algarve sai à ruaneste sábado

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2 | 1 de Março de 2013

em foco

Pedro Ruas/Ricardo [email protected]

O FundO diOcesanO sOcial, a ferramenta da Diocese do Al-garve gerida pela Caritas para ajudar as famílias carenciadas em resultado de situações de desemprego esgotou-se.

Com o fundo a zeros a Ca-ritas só “a partir de meados de Abril”, refere o responsável máximo da organização no Algarve, poderá voltar ao ter-reno para ajudar os algarvios num ano de enormes dificul-dades. Ajudar é a palavra de ordem e o POSTAL junta-se a esta causa e explica-lhe como a Caritas desenvolve a sua acção social e como cada um de nós pode ajudar a minorar as di-ficuldades de muitas famílias da região.

Que Portugal está a braços com a mais profunda crise des-de 1974 não restam dúvidas e, neste panorama, os algarvios não só não fogem à regra como têm sido dos mais afec-tados pela situação que assola o país. Neste contexto econó-mico adverso é cada vez maior o número de famílias que, por toda a região, necessita de au-xílio para fazer face à proble-mática situação económico--financeira.

Entre as instituições que no terreno apoiam as famílias em maiores dificuldades está a Caritas que, segundo Carlos Oliveira, presidente da organi-zação ligada à Igreja Católica, regista “um aumento das so-licitações de ajuda” em 2013, face a 2012, uma evolução que tem “tendência manter-se”.

Mais pedidos de ajuda e Me-nos recursos para respon-der Uma das ferramentas da Caritas para ajudar as famílias carenciadas é o Fundo Dioce-sano Social, um instrumento da Diocese do Algarve gerido pela Caritas, cujo objectivo pas-sa por “ajudar famílias que te-nham um, dois ou mais mem-bros no desemprego e que por essa via sintam maior dificulda-

de em cumprir com as despesas no pagamento da renda, despe-sas domésticas, medicamentos ou propinas”.

A 15 de Fevereiro deste ano o fundo esgotou os mais de 10 mil euros que tinha para 2013 e encontra-se a zeros, impos-sibilitando a acção da Caritas nesta área do apoio social. As dificuldades prendem-se com o aumento do número de pe-didos de ajuda e a falta de do-ações que permitam financiar o fundo.

De acordo com Carlos Oli-veira, o Fundo Diocesano So-cial distribuiu 53 mil euros em 2011, 36 mil euros em 2012 e em 2013 e até ao momento, mais de 10 mil euros em aju-das, que nos três anos benefi-ciaram 167 processos de um total de 173 casos analisados.

Regista-se, pois, um decrés-cimo das verbas angariadas para a ajuda através deste fun-do social, com o presidente da Caritas no Algarve a esclarecer que as mesmas têm origem, na sua maioria, em donativos re-alizados durante a Quaresma, nas renúncias quaresmais dos cristãos algarvios, em donativos

de empresas e particulares.

apoio social à espera da pás-coa Carlos Oliveira adianta que em “meados de Abril já estarão reunidos mais fun-dos” para auxiliar as famílias que os procuram, fruto das “re-núncias quaresmais deste ano que vão reverter novamente para este efeito”.

O fundo espera assim pela Páscoa para reactivar a sua função, não obstante a crise que afecta também quem doa implica, para se manter a ca-pacidade de resposta e mes-mo alargá-la, que sejam mais as pessoas e empresas a con-tribuir para esta ferramenta social.

Carlos Oliveira apela assim “à doação de todos os algar-vios em prol de todos os que na região precisam de ajuda”, num esforço a que o POSTAL se associa certo de que a soli-dariedade dos algarvios dará provas da sua força, para tan-to basta que faça a sua doação através do multibanco ou de depósito bancário na conta com o NIB 0018 0000 0617 2136 0017 8.

diocese do algarve cede con-tributo penitencial quares-Mal Na mensagem quaresmal, o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas também revela preo-cupação com a situação da-queles que mais apoios pre-cisam numa “crise económica e social que tarda dar mostras de passar”. O constante au-mento da taxa de desemprego no Algarve leva a que o bispo reclame a “mobilização, neste tempo quaresmal, na união da fé e caridade ao serviço dos mais necessitados”.

À semelhança do que acon-teceu nos últimos dois anos o Conselho Presbiteral indicou que o contributo penitencial desta Quaresma também vai reverter para o Fundo Dio-cesano Social, manifestando “reconhecimento a quantos se servem deste meio para a par-tilha fraterna”, cujo contributo “pode ser prestado nas comu-nidades paroquiais ou através de depósito bancário”.

outros projectos de acção social Além da gestão ope-racional do Fundo Diocesano Algarve, a Cáritas Algarve não

tem tido mãos a medir no apoio prestado às famílias mais carenciadas ou que atravessam momentos de grande aperto financeiro.

Os últimos números dispo-níveis, referentes ao ano de 2011, revelam que os serviços de acção social da Cáritas na re-gião prestaram auxílio a 1.421 famílias, num total superior a quatro mil pessoas abrangidas. Quanto aos tipos de atendi-mento mais frequentes, pren-dem-se com “a distribuição de alimentos, vestuário e medica-mentos”, mas a Cáritas, quer na sua sede em Faro, quer nos centros paroquiais autónomos, procura atender ao máximo número possível de pedidos.

Na sede funciona ainda o refeitório social, que em 2012 serviu “cerca de três mil re-feições”, o centro infantil “O Despertar” e há ainda o Lar da Mãe, um centro de acolhi-mento para mães solteiras, com capacidade para quatro mães em simultâneo, que pro-visoriamente encontram aqui as condições de conforto e hi-giene de que elas e os bebés necessitam.

Em plena Semana Nacional da Cáritas, que começou no passado dia 24 de Fevereiro e se prolon-ga até 3 de Março, decorre, por todo o país, um peditório para fazer face ao crescente número de pedidos de ajuda e o presi-dente da instituição no Algarve adianta que há “170 voluntá-rios espalhados pela região”, aproveitando para apelar a que os algarvios possam contribuir para esta causa com o repto de que “se cada algarvio desse um euro poderíamos ajudar muitas das pessoas que nos procuram”.

Quanto à crise económica que o país atravessa, Carlos Oliveira mostra-se preocupado com “a si-tuação do aumento do desem-prego na região que tem levado a que muitas pessoas fiquem em situação débil para poder sustentar as suas famílias”. “Infe-lizmente não se vislumbra uma luz ao fundo do túnel, mas como cristão e homem com esperança

acredito que esta situação se pos-sa inverter”, conclui.

“Sabendo que o povo algar-vio é muito solidário, ainda assim tem-se verificado um recuo ao nível das doações, porque as pessoas também têm tido as suas dificuldades”, diz. Contudo, Carlos Oliveira reforça o apelo a todos quan-tos queiram apoiar as restantes causas solidárias da Cáritas, o que podem fazer através de de-pósito bancário no NIB 0010 0000 2271 5720 1017 1.

Fundo Social da Igreja sem dinheiroCaritas e Bispo do Algarve apelam à solidariedade para com os mais necessitados

Ô Carlos Oliveira, presidente da Caritas do Algarve

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d.r

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ficha técnica

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: [email protected]

Director: Henrique Dias(CP 3259).

Director Comercial: Basílio Pires Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Helga Simão, Humberto Ricardo (CP 388), Pedro Ruas. Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defe-sa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire, inscrito sob o nº 211 612 no Registo das Empresas Jornalísticas. Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT.

Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Tiragem desta edição:8.805 exemplares

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 FaroTelef.: 289 820 850 ¦ Fax: 289 878 342

[email protected] ¦ www.advogados.com.pt

Apoio à acção social da Caritas:

Ô Fundo Diocesano Social:

Depósito bancário ou transfe-rência multibanco para a conta com NIB:

0018 0000 0617 2136 0017 8

Ô Outras obras sociais da Caritas:

Depósito bancário ou transfe-rência multibanco para a conta com NIB:

0010 0000 2271 5720 1017 1

RECORTE E FAÇA O SEU DONATIVO

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região

1 de Março de 2013 | 3

Ricardo [email protected]

As eleições pArA o Conse-lho GerAl (CG) da Univer-sidade do Algarve (UAlg), o órgão responsável pela defi-nição da estratégia para a aca-demia algarvia, realizaram-se na quinta-feira da passada se-mana e deixaram a academia a ferro e fogo.

Tudo seria perfeitamente normal, não fosse o facto da Comissão Eleitoral (CE) ter invalidado a eleição dos re-presentantes dos estudantes do subsistema universitário. Assim, apenas foram eleitos os representantes dos pro-fessores e investigadores, dos estudantes do subsistema po-litécnico e dos funcionários não docentes.

A manter-se a decisão da CE, já confirmada pelo mes-mo órgão em resposta às re-clamações apresentadas, sabe o POSTAL, o acto eleitoral terá de ser repetido.

Recorde-se que da decisão das reclamações por parte da CE cabe recurso hierárquico para o presidente do CG e que da decisão deste caberá, nos termos gerais de direito, recurso contencioso para os tribunais administrativos.

As rAzões dA invAlidAção dA eleição Na acta da CE que torna públicos os resultados eleitorais provisórios, o órgão responsável pelo acompanha-mento do processo eleitoral faz saber que ocorreram “inci-

dentes que configuraram prá-ticas reiteradas de apelo ao voto e propaganda eleitoral por parte da Lista A dos estu-dantes do subsistema univer-sitário que influíram decisiva-mente nos resultados finais”.

O documento da CE es-clarece que em face dos “in-cidentes” registados, e “por unanimidade”, decidiu “que o procedimento eleitoral re-lativo ao corpo eleitoral dos estudantes do subsistema universitário é inválido, pelo que deve ser repetido”.

Na base da decisão da CE estão “apelos ao voto duran-te o dia do acto eleitoral”, “acompanhamento de estu-dantes desde as salas de aula até às mesas de voto” e “ac-ções diversas de membros da Lista A do corpo de estu-dantes praticadas durante o período de reflexão e o acto eleitoral”, apurou o POSTAL

junto de fontes ligadas à academia.

Situações que os cabeça-de--lista das listas C e D também confirmaram ao POSTAL e que os levaram a manifestar o seu apoio à decisão da CE de invalidar o acto eleitoral com base nos factos alegadamente praticados pela lista A lidera-da pela presidente da Asso-ciação Académica da UAlg, Filipa Brás da Silva.

De acordo com o que o POSTAL apurou, a CE avi-sou mesmo a lista A, no dia do acto eleitoral, para que cessasse as práticas violado-ras das regras democráticas de reserva durante o dia de eleições, mas nem assim se sustiveram as práticas alega-damente ilícitas.

Filipa Brás da Silva, em declarações ao POSTAL, re-cusou-se a prestar esclareci-mentos sobre o assunto, mas

confirmou a reclamação face à decisão da CE, negando a prática dos actos que lhes fo-ram imputados.

Pouco esclarecedoras, as declarações da cabeça-de--lista da lista A não colhem face a um coro de confir-mações dos actos pratica-dos que vai de professores às listas concorrentes.

o que se segue “Não será de-certo Fernando Ulrich que enviará o assunto para a sede judicial”, avançou ao POSTAL uma fonte da UALg que afir-ma que “a probabilidade está

toda do lado da confirmação da decisão da CE, fortemente alicerçada do ponto de vista jurídico, por parte do presi-dente do CG”.

A ser assim, a menos que Filipa Brás da Silva queira recorrer para os tribunais o acto repetir-se-á.

Não obstante, no novo acto eleitoral a candidata de-verá poder voltar a concorrer, uma vez que o regulamento eleitoral, a que o POSTAL teve acesso, está carregado de omissões não se vislum-brando uma base para punir directamente a alegada lista

prevaricadora.A democracia far-se-á vin-

gar apenas com novo acto eleitoral, permitindo mesmo uma estratégia de vitimiza-ção da lista A, num caminho que por falta de qualidade do regulamento eleitoral deixa espaço a que tudo o que ale-gadamente se passou passe quase incólume.

Talvez seja hora de rever o regulamento eleitoral e ga-rantir que o mesmo assegure eleições em condições bas-tantes relativamente a um dos órgãos fundamentais da universidade.

UAlg falha eleição do Conselho GeralSufrágio a meia haste depois de invalidação da eleição dos representantes dos estudantes

dr

Ô Acto eleitoral terá de ser repetido

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ViA AlGARViAnA

Almargem promove travessiaA AssoCiAção ambientalista Almargem organiza a 6ª Tra-vessia da Via Algarviana, que este ano conta com o apoio da empresa Águas do Algarve. As inscrições estão abertas e o nú-mero de participantes é limita-do. Este ano, a travessia é feita

no sentido de Alcoutim-Cabo de S. Vicente e, mais uma vez, os participantes podem esco-lher entre fazer o caminho a pé, de burro ou em BTT.

A travessia pedestre decorre de 16 a 29 de Março, o percur-so em burros de carga decor-

re de 23 a 29 de Março, sendo que em BTT a travessia decorre de 25 a 29 de Março.

Para mais informações, os interessados devem consul-tar o regulamento em http://www.viaalgarviana.org ou www.almargem.org.

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Page 4: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

4 | 1 de Março de 2013

região

Águas do Algarve requalifica Lagoa dos Salgados1,2 milhões de euros para garantir sustentabilidade da zona lacustre

d.r.

ARRANCA EM SETEMBRO a em�preitada da Lagoa dos Salga�dos, no concelho de Albufeira, que até Abril de 2014 prome�te requalificar a zona lacustre de elevada importância am�biental. A obra está a cargo da Águas do Algarve (AdA) que, como afirmou ao POSTAL Te-resa Fernandes, responsável pela área de comunicação da empresa, “investirá neste pro�jecto 1,2 milhões de euros”.

“O projecto prevê o apro�fundamento de valas, a cria�ção de ilhotas e a construção de um dique com 1,25 metros de altura que dividirá a lagoa em duas metades ligadas por comportas”, esclarece Teresa Fernandes, que sublinha a importância da obra numa zona que “necessita de inter�venção urgente para a respec�tiva preservação”.

Ainda no âmbito desta obra,

será constru�da uma condu��da uma condu�da uma condu�ta elevatória de saneamento para a área entre a Marina de Albufeira e a Lagoa dos Salga�dos, que permitirá que a Esta�ção de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Albufeira Poente, que abastece a lagoa, trate uma maior quantidade

de águas residuais, ao mesmo tempo que determinará a me�lhoria da qualidade das águas balneares da zona.

O projecto, que tem luz verde da Agência Portuguesa de Ambiente e estudo de im�pacto ambiental aprovado, é uma das obras que a AdA tem

em fase de arranque, a que se soma a empreitada de adução de água às zonas de Benfarras, Vale Covo e Pedra de Água, no concelho de Loulé � que arranca de imediato e tem um prazo de execução de 360 dias � e a em�preitada de limpeza e manu�tenção do colector que abran�ge a zona entre Lagoa e a ETAR da Companheira em Portimão, cujo concurso público foi ago�ra lançado, uma obra determi�nante para a futura construção da nova ETAR que servirá Porti�mão e as áreas envolventes.

A Lagoa dos Salgados serve de habitat para cerca de 150 espécies de aves, sendo mun�dialmente reconhecida como local de referência para a sua observação, o que tem mere�cido inúmeros pedidos de pro�tecção por parte de organiza�ções ambientalistas nacionais e internacionais. Ricardo Claro

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Ô Teresa Fernandes, da área de comunicação da Águas do Algarve

CARTÓRIO NOTARIAL DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL DE AMÉLIA DE BRITO

MOURA DA SILVA

CERTIFICA, para efeitos de publicação, nos termos do disposto do artigo cem, número um do Código do Notariado, que no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e treze, a folhas cento e vinte e quatro e seguinte do livro de notas para escrituras diversas número vinte e quatro deste Cartório, foi lavrada uma escri-tura de Justificação Notarial, em que HELENA MARIA VIEGAS PIRES e marido JOSÉ DE BRITO PIRES, casados sob o regime da comunhão geral, ambos na-turais da freguesia e concelho de São Brás de Alportel, onde residem no sítio da Barracha, Caixa Postal 655-A, contribuintes fiscais números 133.558.703 e 133.558.622, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte prédio:

Rústico, sito em Estiramantens, freguesia de Santo Estêvão, concelho de Tavira, composto por terra de pastagem e cultura com árvores, que confronta de norte com Maria Cheiras, de sul e poente com caminho público e de nascente com José Felicidade Lopes, com a área total de sete mil duzentos e quarenta metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1054, com o valor patri-monial actual de cento e quarenta e cinco euros e quarenta e quatro cêntimos, que é o atribuído.

Que o indicado prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira e que desconhecem qual o artigo que lhe correspondia na antiga matriz rústica, por não possuírem elementos que lhes permitam fazer essa correspondência.

Que metade do referido bem veio à sua posse em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e nove, por partilha meramente verbal feita por óbito da mãe da primeira outorgante mulher, Rosa Viegas Pires, solteira, maior, residente que foi no citado sítio da Barracha, partilha essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública.

A restante metade veio à sua posse em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e nove, por doação meramente verbal feita pelo tio da primeira outor-gante mulher, Manuel Pires Viegas, solteiro, maior, residente que foi no referido sítio da Barracha, doação essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública, dado o falecimento do doador.

Que desde essas datas e sem qualquer interrupção, entraram na posse do refe-rido prédio, pessoalmente e em nome próprio, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por ele proporcionadas, nele praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao exercício do direito de propriedade, procedendo assim, como seus donos e senhores, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pelo que exerceram uma posse pa-cífica, contínua e pública e isto, como se disse, por prazo superior a vinte anos.

Que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriram o dito prédio por USUCAPIÃO, título esse que, por sua natureza não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais.

São Brás de Alportel, vinte e um de Fevereiro de dois mil e treze.

A Notária,

Amélia de Brito Moura da Silva

CONTA REGISTADA SOB O N.º PA000 171/2013

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

Tribunal Judicial de TaviraSecção Única

Rua Dr. Silvestre Falcão – 8800-412 Tavira

Telef: 281 320 970 Fax: 281 093 519 Mail: [email protected]

1ª Publicação

ANÚNCIOProcesso: 89/06.9TBTVR-ALiquidação Judicial de SociedadesN/Referência: 1423563Data: 19-02-2013Autor: Ministério PúblicoRéu: Pedrito – Produtos Hoteleiros e Alimentares, Lda

Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(s) Réu(s) Réu: Pedrito – Produtos Hoteleiros e Alimentares, Lda, NIF – 501675922, domicílio: Rua Dr Parreira 11, 8800-000 Tavirapara, no prazo de 10 dias, pronunciar-se sobre o conteúdo do requerimento inicial, cuja cópia se encontra neste Tribunal, nos termos do artº 1124º do Código Processo Civil.O prazo é contínuo, suspendendo-se, no entanto, nas férias judiciais e durante o período compreendido entre 15 e 31 de Julho.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte.Fica advertido de que Não é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

A Juíza de Direito,Dra. Telma Capa de Brito

O Oficial de Justiça,Arnaldo José O. Pereira

Notas:

· Solicita-se que na resposta seja indicada a referência deste documento

· A apresentação de contestação, implica o pagamento de taxa de justiça autoliquidada. Sendo requerido nos Serviços de Segurança Social benefício de apoio judiciário na modalidade de nomeação de patrono, deverá o citando, juntar aos presentes autos, no prazo da contestação, documento comprovativo da apresentação do referido requerimento, para que o prazo em curso se interrompa até notificação da decisão do apoio judiciário (vd nº 4 e 5 do artº 25º da Lei 30-E/2000, de 20/12).

· As férias judiciais decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro; de domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 1 a 31 de Agosto.

· Nos termos do art.º 32.º do CPC, é obrigatória a constituição de advogado nas causas da competência de tribunais com alçada, em que seja admissível recurso ordinário; nas causas em que seja admissível recurso, independentemente do valor; nos recursos e nas causas propostas nos tribunais superiores.

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

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Tribunal Judicial de TaviraSecção Única

Rua Dr. Silvestre Falcão – 8800-412 Tavira

Telef: 281 320 970 Fax: 281 093 519 Mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 148/13.1TBTVRInterdição / InabilitaçãoN/Referência: 1427933Data: 21-02-2013Requerente: Ministério PúblicoRequerido: António Jorge Viegas GonçalvesFaz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido António Jorge Viegas Gonçalves, com residência em domicílio: Sítio de S. Pedro Cx 516-A, 8800-000 Tavira, para efeito de ser decretada a sua interdição por ano-malia psíquica.

O Juíz de Direito,

Dra. Telma Capa de Brito

O Oficial de Justiça,

Noélia Guerreiro

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

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NOVO ESPAÇO REPRESENTA INVESTIMENTO DE 3.5 MILHÕES

Parque Ribeirinho de Faro concluído em 2014O PROJECTO DE REQUALIFICA-ÇÃO ambiental do parque ri�beirinho de Faro vai avançar nas próximas semanas, sendo previs�vel que a empreitada, cujo valor estimado ronda os três milhões e meio de euros, esteja conclu�da no in�cio do próximo ano.

Após os trezentos dias pre�vistos no prazo de execução, o renovado espaço, que se si�tua entre o Teatro das Figuras

e Montenegro, contará com uma área de intervenção de 16 hectares, ao dispor dos fa�renses e visitantes.

Aos inúmeros espaços verdes juntam�se diversos equipamen�tos e valências com destaque para a criação de um anfitea�tro ao ar livre com capacida�de para 250 pessoas, além de observatórios de aves, bares e restaurantes, praças, mobiliário urbano, equipamentos despor�

tivos, percursos interpretativos pedestres e de bicicleta, que de�certo tornarão este espaço num grande e agradável jardim com todas as condições, incluindo rede wireless, para quem quei�ra disfrutar da zona ribeirinha, fazer exerc�cio f�sico ou sim�plesmente passear.

O projecto agora aprova�do foi apresentado a concur�so há um ano, no âmbito do programa Polis Litoral da Ria

Formosa, e vai englobar um investimento de 3.5 milhões de euros, comparticipado em 85% por fundos comunitários.

PR/RC

Ô Requalificação avança

d.r.

Page 5: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

região

1 de Março de 2013 | 5

Pedro Ruas/Ricardo [email protected]

ESTÁ MARCADO PARA ESTE SÁBADO, dia 2 de Março, mais um conjunto de manifestações promovidas pelo movimento “Que se lixe a troika”, que se es-tenderá a todo o país e até ao estrangeiro, envolvendo mais de 40 cidades.

O Algarve não é excepção e as cidades de Faro, Portimão e Loulé aderem ao movimento que pretende “o fim da austeri-dade e do empobrecimento do país”. O objectivo passa por en-cher as ruas, dando provas da “onda gigante de indignação” que teve o expoente máximo na manifestação de 15 de Se-tembro do ano passado, uma das mais concorridas manifes-tações de que há memória.

Aproveitando a presença da delegação da troika no nosso

país este é, segundo os respon-sáveis do movimento, “o mo-mento oportuno para os por-tugueses darem uma avaliação negativa à troika”.

ALGARVE ADERE AO PROTESTO Na cidade de Faro, o protes-to está marcado para as 16 horas, no Largo do Carmo, e Nuno Viana, subscritor do movimento na capital algarvia, ouvido pelo POSTAL, refere a necessidade dos algarvios fa-zerem ouvir “a revolta que sen-tem contra um Governo que é o garante da troika para um programa de miséria, de em-pobrecimento e destruição do estado social”.

Para Nuno Silva, a troika “é um Governo não eleito que decide sobre o nosso presente e condiciona o nosso futuro e usaremos a nossa voz para exi-gir a demissão do Governo, de

forma a que seja dado ao povo a decisão sobre o seu futuro”.

Neste sentido, o subscritor do movimento revela que fo-ram dinamizadas oficinas po-pulares na ajuda da criação de materiais que vão ser usados durante a manifestação e a pintura de um mural no Lar-go do Carmo representativo

do protesto.Também João Vasconcelos,

elemento do núcleo de Porti-mão do movimento “Que se lixe a troika”, apela à mobili-zação massiva dos algarvios que acorram à Praça Manuel Teixeira Gomes, na tarde de sábado, e demonstrem a sua “indignação” sobre o actual

estado do país. “A situação é muito gravo-

sa e este Governo está a levar Portugal para o desastre social e económico”, acusa o subscri-tor do movimento que exige ainda “a demissão do actual Governo e que sejam convoca-das novas eleições para que se possam mudar as políticas de-sastrosas que temos assistido”.

João Vasconcelos refere que “os portugueses andam a ser roubados, nos salários, nas pensões e impostos” e teme que Portugal “se torne numa Grécia ou pior”, pelo que “é necessário que os portugueses e neste caso os algarvios se façam ouvir no protesto”, conclui.

Loulé também é umas das cidades que aderem à mani-festação, estando igualmen-te marcado o início da mes-ma às 16 horas na Praça da República.

Algarve sai à rua no sábadoManifestações têm lugar em Faro, Portimão e Loulé

Ô Movimento pretende o fim da austeridade e do empobrecimento

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CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL Nº 7/2013

Jorge Manuel do Nascimento BotelhoPresidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 19 de fevereiro de 2013 foram tomadas as seguintes deliberações:1. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 25/2013/CM, referente à 1.ª alteração ao Mapa de Pessoal – Ano 2013;2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 26/2013/CM, referente à RECRIA - Reprogramação financeira dos compromissos Ordem Terceira da Nossa Senhora do Monte do Carmo de Tavira;3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 27/2013/CM, referente ao paga-mento mensal das transferências às freguesias, no âmbito da delegação de competências - ANO 2013;4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 28/2013/CM, referente ao Pro-cedimento concursal para ocupação de um posto de trabalho para a carreira/categoria de assistente operacional — Coveiro;

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 19 de fevereiro do ano 2013

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

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CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

De harmonia com o Art.º 24º dos Estatutos desta Caixa, convoco, por este meio, a Assembleia Geral Ordinária da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO SOTAVEN-TO ALGARVIO, C.R.L., para reunir no Auditório deste Sede, na RUA BORDA D’ÁGUA DE AGUIAR, N.º 1 - 2º, em TAVIRA, pelas 15:00H do dia 25 de Março de 2013 (Segunda-feira).

Não havendo à hora referida número legal de associados para a Assembleia poder deliberar regularmente, a mes-

ma funcionará uma hora depois com qualquer número de presenças.

Ordem de Trabalhos

1. Informações gerais;

2. Discussão e votação do Relatório, Balanço e Contas do Exercício de 2012 bem como o respec-tivo Parecer do Conselho Fiscal;

3. Apresentação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;

4. Eventuais outros assuntos de interesse corrente.

Tavira, 22 de Fevereiro de 2013

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Eng.º José Macário Correia

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

JUVENTUDE

Guias celebram Dia do Pensamento

AS GUIAS das companhias de Faro, Loulé, Tavira e Monchique realizaram no sábado da passa-da semana, em Portimão, e no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Pensamento, uma actividade regional que reuniu cerca de 150 elementos.

Ao longo do dia as Guias re-alizaram diversas actividades, tais como, a divulgação do Projecto Acção Saca-Rolhas, simulação de uma “Feira Inter-nacional do Guidismo” , jogos lúdicos sobre o Guidismo e ac-tividade de animação no Servi-ço de Pediatria do Centro Hos-pitalar do Barlavento Algarvio.

d.r.

d.r.

Tavira acolhe Empresa e Futuro pág. 6

Page 6: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

6 | 1 de Março de 2013

região

O SemináriO internaciOnal empreSa e FuturO regressa este ano na sua décima edição e, pela primeira vez, além das habituais palestras na Univer-sidade do Algarve, que garan-tem sempre casa cheia para ouvir os oradores convidados pela organização liderada por Carlos Vieira, terá lugar o de-senvolvimento de actividades fora do âmbito universitário.

Segundo Carlos Vieira, em declarações ao POSTAL, “foi sempre uma ambição deste projecto que o entrosamento entre a universidade e o mun-do empresarial fosse uma rea-lidade a cada momento mais reforçada”. Recorde-se que desde a primeira edição os es-pecialistas internacionais que ocupam a posição de oradores no seminário fizeram um péri-plo pelas empresas algarvias de destaque no sentido de aproxi-mar a academia algarvia da re-alidade empresarial da região.

Desta vez terão lugar duas ini-ciativas em Tavira, uma no Salão Nobre da Câmara, sob a forma de um workshop na área agro--alimentar, e outra no Hotel Por-ta Nova, que assumirá a forma de um jantar/palestra, respec-tivamente às 16 e 19 horas da próxima terça-feira, dia 5.

Na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo (ESGHT), o seminário decorre no dia 6, a partir das 9 horas e, uma vez mais, debaterá a inovação, o empreendedorismo e as boas práticas da gestão e organiza-

ção de empresas com nomes como Richard Brandt, Jay Hollowell, Kanes Rajah e Car-los Vieira, entre os oradores.

Destaque para a presença do reitor da Universidade Peruana Inca Garcilaso De La Vega, Luís Cervantes Liñan, que se fará acompanhar por uma comiti-va do corpo docente daquela instituição, numa acção que Carlos Vieira sublinha, “po-derá ser o embrião de uma frutífera transferência de co-nhecimento entre a autarquia tavirense e as autarquias peru-anas e da América Latina”.

O docente da (ESGHT) des-taca que esta nova aborda-gem do seminário acolhida este ano pela ATIVAR TAVIRA e pela autarquia tavirense é um caminho que se preten-de que venha a estender-se a outras câmaras do Algarve, na procura constante do desen-volvimento e transferência de conhecimento. Ricardo Claro

Tavira acolhe Empresa e FuturoSeminário sai do âmbito da Universidade do Algarve

d.r.

Ô Carlos Vieira

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Page 7: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

1 de Março de 2013 | 7

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Page 8: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

Ricardo [email protected]

PARA VICTOR GUERREIRO, empresário das conheci-das lojas “VictorVictoria”, a quem se têm juntado cada vez mais associados descon-tentes com a actual situação da ACRAL, a Direcção da as-sociação está de costas vira-das para os empresários.

Se as eleições fossem hoje, só poderiam votar pouco mais de quinhentos associa-dos quando a ACRAL já teve mais de quatro mil associa-dos, apurou o POSTAL.

“A ACRAL está hoje abaixo do nível zero com a péssima prestação da actual direc-ção”, que Victor Guerreiro classifica de “gestão ruinosa e irresponsável”.

“Era suposto a maior As-sociação da região, a ACRAL, ter uma intervenção em prol do tecido empresárial. Infeliz-mente, a actual Direcção tem agido em interesse próprio e não dos seus associados. Como tem sido público na co-municação social, a gestão da ACRAL tem sido ruinosa: em

quatro anos, a actual Direcção criou um passivo muito supe-rior a um milhão de euros e que ainda está por apurar na totalidade”, diz o candidato.

Segundo Víctor Guerreiro, “após um ano sem apresentar contas, o balancete analítico denuncia transferências de milhares de euros para con-tas de alguns actuais dirigen-tes, ainda por explicar, além das despesas em quilómetros e cartões de crédito. Uma si-tuação gravosa ao ponto de ter levado o Ministério Públi-co a avançar com uma inves-tigação criminal à ACRAL”, lamenta Victor Guerreiro.

Para o candidato à presi-dência da ACRAL ,“chegou o momento de dizer basta! É necessário contar com uma equipa séria e com vontade efectiva de apoiar o nosso tecido empresarial”. “Se for eleito, uma das primeiras ati-tudes que tomarei é uma au-ditoria externa às contas dos anos anteriores doa a quem doer!”, conclui.

É FUNDAMENTAL OUVIR OS EMPRESÁRIOS Perante a ac-

tual situação, a candidatura de Victor Guerreiro e da sua equipa iniciou na passada segunda-feira a primeira reu-nião em Lagos, onde todos os empresários presentes foram unânimes em defender que é urgente a associação recupe-rar a sua credibilidade junto dos seus associados. Na terça--feira foi a vez de Loulé, hoje, sexta-feira, reúne-se em São Brás de Alportel, e na próxi-ma segunda-feira em Albu-feira. Na semana seguinte, na terça-feira a reunião está marcada para Olhão e na quarta-feira para Vila Real de Santo António. Faro, Por-timão, Tavira e Silves são al-guns dos concelhos onde a candidatura de Victor Guer-reiro também reunirá com os empresários locais.

As eleições para os órgãos sociais estão marcadas para 5 de Abril, apesar da convo-catória do acto eleitoral, que deveria já ter sido enviada aos associados no passado dia 9, só ter chegado aos as-sociados na passada segunda--feira pelo correio.

Junto da convocatória, uma

nota explicativa do actual presidente da Assembleia Geral refere as razões que levaram às eleições só terem sido marcadas 14 meses após o que deveria ter sido o fim do actual mandato.

Igualmente, junto foi en-viada uma nota assinada pelo actual presidente, João Rosado, que diz estranhar a

razão que terá levado a haver, pela primeira vez na história da ACRAL, uma segunda lista a concorrer.

Para João Rosado, “a situ-ação financeira é estável e o ano de 2013 começou da me-lhor forma com cerca de 2,25 milhões de euros aprovados, e mais 2,5 milhões de euros em aprovação, o que perfaz

cerca de cinco milhões de eu-ros potenciais”.

Para Victor Guerreiro, “se há fundos comunitários para pagar dívidas, a actual Direcção que diga quais são esses fundos aos associados”, ironizando que “como actu-almente grande parte dos empresários vive em situa-ção de grande dificuldade era importante saber que fundos são esses para os as-sociados poderem pagar as suas dívidas também”. E re-lembra, que “a actual Direc-ção passou de 25 mil euros [na presidência de Álvaro Viegas entre 1999 e 2002] para 600 mil euros em con-tas correntes com a banca. Só o negócio ruinoso da explo-ração do jornal “O Algarve” já soma 300 mil euros de prejuízos quando as quotas anuais dos associados ron-dam os 100 mil euros, além das dívidas a vários forne-cedores e aos investimentos que ainda estão por realizar em parceria com algumas autarquias que se encontram hoje descontentes com a ac-tual Direcção”.

8 | 1 de Março de 2013

região

d.r.

Victor Guerreiro ouve empresários Candidato à ACRAL sente o pulso à região e explica as razões da sua candidatura

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Tribunal Judicial de TaviraSecção Única

Rua Dr. Silvestre Falcão – 8800-412 Tavira

Telef: 281 320 970 Fax: 281 093 519 Mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 64/13.7TBTVRInterdição / InabilitaçãoN/Referência: 1425880Data: 18-02-2013Requerente: Ondina Maria dos Santos GuerreiroRequerido: Wilson Guerreiro dos Santos Deodato

Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da publicação do anúncio, citando:Requerido: Wilson Guerreiro dos Santos Deodato, filho de Hugo dos Santos Deodato e de Ondina Maria dos Santos Guerreiro, nascido em 31-05-1995, domicílio: Urba-nização Gilberto Ferro, lt 19, 1º Dt.º, Santa Luzia, 8800-564 Taviracom última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste na interdição do requerido, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afixados.

A Juíza de Direito,Dra. Lara Rodrigues

O Oficial de Justiça,Joan Santos Gonçalves de Sousa

Notas:

· Solicita-se que na resposta seja indicada a referência deste documento

· As férias judiciais decorrem de 22 de Dezembro a 3 de Janeiro; de domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 1 a 31 de Agosto.

· Nos termos do art.º 32.º do CPC, é obrigatória a constituição de advogado nas causas da competência de tribunais com alçada, em que seja admissível recurso ordinário; nas causas em que seja admissível recurso, independentemente do valor; nos recursos e nas causas propostas nos tribunais superiores.

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

Monte-pio Artístico TavirenseAssociação Socorros Mútuos

Convocatória da

Assembleia-Geral OrdináriaNos Termos do artigo 40, nº 1 Ponto 2, alínea a e b dos Estatutos, convoco a Assembleia-Geral Ordinária para o dia 22 de Março de 2013, sexta-feira, pelas 17 horas, na sede do Monte-Pio Artístico Tavirense, na rua Tenente Couto n.º 6, no 1º andar, em Tavira, na “Casa da Matilde”, com a seguinte ordem de trabalhos:

1 - Aprovação ou Rejeição do Relatório e Contas e Parecer do Conselho Fiscal referente ao ano de 2012

2 - Informações

Nos termos do artigo 41, Ponto 1, dos Estatutos, a Assembleia-Geral fun-cionará com qualquer número de Associados pelas 18 horas.

Tavira, 6 de Fevereiro de 2013

A Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

Maria José Sousa Martins

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

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Page 9: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

região

1 de Março de 2013 | 9

AproveitAndo o feriAdo do outro lado do Guadiana, Vila Real de Santo António tem agendadas uma série de ini-ciativas com o intuito de rece-ber as centenas de espanhóis esperados durante o fim-de--semana que, normalmente, visitam a cidade por ocasião do Dia da Andaluzia, ontem, quinta-feira, assinalado.

Na tentativa de promover o comércio do Centro Histó-rico de Vila Real e revitalizar uma data que já trouxe mais turistas do que nos últimos anos, estão a decorrer até ao próximo domingo, a I Feira do Comércio Tradicional de Vila Real, na Praça Marquês de Pombal, e o I Outlet Têxtil/Feira de Stocks, no Centro Cul-tural António Aleixo.

Se na principal praça da ci-dade os produtos relaciona-dos com artesanato, doçaria, frutos secos, cerâmicas, pro-dutos hortícolas e as indis-pensáveis tasquinhas são as

maiores atracções, a Feira de Stocks traz à cidade um vas-to leque de ofertas de comer-ciantes que aproveitam para escoar os produtos a preços mais acessíveis e apresentar novas colecções.

O coordenador da Associa-

ção de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) em Vila Real, José Guedes, sublinha a importância de uma iniciativa conjunta entre a autarquia local, a ACRAL, a Associação Cultural de Vila Real e a empresa municipal

Sociedade de Gestão Urbana, como forma de “revitalizar uma data que ultimamente tem fracassado”, do ponto de vista comercial, e espera que possam ser “quatro bons dias para o comércio local e para o centro histórico de Vila Real”.

José Guedes lembra ainda que a esta “festa do comér-cio” se associaram cerca de 30 lojas do centro histórico que apresentam descontos até domingo.

Paralelamente, estão ainda marcados para o fim-de-sema-na espectáculos musicais de associações locais, bem como, carrosséis e animação de rua para os mais novos.

A Feira de Comércio Tradi-cional funciona entre as 9,30 e as 20 horas, ao passo que o Outlet Têxtil está aberto ao público, também até domin-go, entre as 9.30 e as 22 horas, excepto no último dia do cer-tame, que encerra às 20 horas.

PR/RC

Vila Real revitaliza Dia da AndaluziaFeira de Comércio Tradicional e de Stocks para chamar turistas espanhóis

d.r.

Ô Iniciativa visa promover o comércio local

Santa Casa da Misericórdia de TaviraInstituição fundada em 1498

ComunicadoA Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Tavira informa que no dia 19 de Março, pelas 11 horas, será celebrada Missa na Igreja de São José, em hora do Santo padroeiro, São José.

Porque esta celebração se reveste do mais alto sig-nificado para a Irmandade, convidam-se todos os irmãos da Misericórdia e tavirenses em geral, a par-ticiparem neste ato litúrgico.

Tavira, 01 de Março de 2013

CONVOCATÓRIAConvocam-se, nos termos legais e estatutários, os accionistas da socie-dade denominada EMPET – Parques Empresariais de Tavira, EM, pessoa colectiva n.º 505 873 567, com sede nos Paços do Município de Tavira, Praça das República, concelho de Tavira, para a Assembleia Geral Ordinária a realizar nos escritórios da empresa sitos na Rua 1º de Maio, n.º 38, em Tavira, no dia 18 de Março de 2013, pelas 17 horas, com a seguinte

Ordem de trabalhos:

1. Informações, pelo Conselho de Administração, sobre a atividade da empresa;

2. Apreciação e Deliberação sobre o Relatório de Gestão, Contas e Parecer do Fiscal Único relativos ao ano de 2012;

3. Apreciação e Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;

4. Apreciação e Deliberação sobre o projeto do Edifício de Serviços Partilhados;

5. Apresentação e Deliberação sobre o projeto de construção de 12 armazéns;

6. Outros assuntos de interesse geral para a empresa.

Tavira, 15 de Fevereiro de 2013

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

João de Almeida Vidal

(POSTAL do ALGARVE, nº 1098, de 1 de Março de 2013)

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Assembleia Municipal censura Macário CorreiaSob propoStA do pS, a As-sembleia Municipal de Faro aprovou sexta-feira da passada semana uma moção de censu-ra para reprovar a continuidade do presidente da autarquia aos comandos da câmara da cidade.

A moção foi aprovada com 17 votos a favor, 14 contra e uma abstenção e refere que “a um autarca e em especial a um presidente da Câmara, como autoridade administrativa que é, cabe respeitar e fazer respei-

tar a lei, devendo ser nesta ma-téria um exemplo para todos os cidadãos”.

O documento aprovado aponta para o facto de que “um presidente da Câmara que não respeita a lei nem acata as legítimas decisões dos tribunais, é um presiden-te sem autoridade para impor aos demais o respeito pela Lei” e conclui ainda que “a falta de autoridade do presidente da Câmara, afecta a confiança dos

cidadãos no funcionamento das instituições e em última análise no Estado de Direito como garante último da nos-sa Democracia”.

A moção de censura não fará cair Macário Correia, que já afirmou que se manterá em funções até ao limite, com o Tribunal Constitucional a fa-zer saber que a sentença que determina a perda de manda-to ainda não transitou em jul-gado, pelo que juridicamente

o autarca exerce, pelo menos por enquanto, as suas funções de forma legítima.

Ricardo Claro

d.r.

Page 10: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

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A família enlutada cumpre o doloroso dever de agradecer re-conhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 11 de Fevereiro, para o Ce-mitério de Conceição de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Agradecem também a todos os amigos que rezaram Missa do 7º Dia pelo seu eterno descanso, celebrada dia 17 de Fevereiro, às 11.00 horas na Igreja de Santa Maria em Tavira.

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AGRADECIMENTOA família enlutada cumpre o doloroso dever de agradecer reco-nhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 14 de Fevereiro, para o Cemitério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade.Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso, celebrada no dia 19 de Fevereiro, pelas 8.45 horas, na Igreja de Santiago de Tavira.

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73 ANOSAGRADECIMENTO

A sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao fune-ral do seu ente querido, realizado no dia 12 de Fevereiro, para o Cemitério de Conceição de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade.Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia pelo seu eterno descanso, celebrada no dia 17 de Fevereiro, às 17,00 horas, na Igreja de Nossa Senhora do Mar em Cabanas.

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aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. d.J.

Page 11: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

1 de Março de 2013 | 11

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AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última mora-da ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

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Page 12: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

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O PlanO EstratégicO na-ciOnal dE turismO (PENT) foi criticado pela principal as-sociação de hoteleiros do Al-garve, pelo facto de apresentar objectivos “demasiado vagos” e não apontar caminhos para atingir as metas ou montantes para financiar projectos.

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) conside-ra que o PENT “apresenta um conjunto de intenções e con-siderações interessantes, mas não aprofunda nem concretiza nenhuma delas, nem apresen-ta soluções concretas para os principais problemas que o sector vem enfrentando”.

“O Plano não identifica nem as fontes de financiamento nem os montantes financei-ros para a execução de cada um dos programas e projec-tos enunciados, nem define as

‘Grandes Linhas Orientadoras’ subjacentes a um plano desta natureza”, refere a AHETA em comunicado.

ImprecIsões sobre a aprecIa-ção da actIvIdade turístIca A associação algarvia criticou a existência de “imprecisões sobre a apreciação da actividade turís-tica” no texto apresentado para discussão pública, que define, segundo a associação, “estraté-gias desajustadas das necessi-dades, designadamente no que se refere à ideia de hostilizar os mercados” onde o país está en-raizado, “em nome da aposta em mercados emergentes”.

A AHETA considera a es-tratégia “desaconselhável e tecnicamente errada e, por conseguinte, potencialmen-te danosa para a economia do turismo” de Portugal e do Algarve.

A falta de mecanismos fi-nanceiros adequados também torna “impossível” a “ideia no-bre” de capitalizar as empresas através do reescalonamento das suas dívidas, alertou ain-da a AHETA, frisando que “a contradição entre as medidas objectivas definidas e as pro-postas sugeridas é demasiado evidente”.

“As questões relacionadas com a competitividade da acti-vidade turística, não se encon-tram contempladas”, dando como exemplos “o transporte aéreo, a qualificação da oferta pública de turismo, a promo-ção turística, o marketing e vendas, a gestão aeroportuária, a distribuição e a importância dos novos canais de comercia-lização e, sobretudo, a necessi-dade da sua articulação e inter-ligação com a oferta”.

A AHETA defende, por isso,

que o PENT é “demasiado sub-jectivo e desfocado das realida-des” e pode vir a ser “um ele-mento perturbador junto dos agentes do sector”, por “não

incorporar entendimentos fundamentais da acção polí-tica para promover o desen-volvimento do turismo”, aler-tando que assim a política de

turismo sairá enfraquecida e a actividade turística não recon-quistará a sua competitividade no futuro próximo.

Lusa

Hoteleiros criticam Governo Plano Estratégico Nacional de Turismo em causa

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última Tiragem desta edição:8.805 exemplares

O POSTAL regressa no dia 15 de Março

Page 13: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

Exposição:

Tavira mostraDieta Mediterrânica

p. 5

www.issuu.com/postaldoalgarve8.805 EXEMPLARES

Gosto de poesia e depois...

p. 9

Da minha biblioteca:

O Retorno de Dulce Maria Cardoso

p. 11

Grande ecrã:

Cineclubes de Faro e Tavira exibem Amour

p. 3

Espaço ALFA:

Preto e branco é slow

p. 7

Espaço Cultura:

Moeda de ouro histórica regressa a casa em Portimão

p. 10

Mensalmente com o POSTAL

em conjuntocom o PÚBLICO

MARÇO 2013n.º 55

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Page 14: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

01.03.2013 2 Cultura.Sul

Foram esta semana atribu-ídos os Óscares e o brilho e glamour do cinema regres-saram, uma vez mais, aos ecrãs de milhões de pessoas em todo o mundo.

A sétima arte mantém a capacidade inequívoca de fazer sonhar, de proporcio-nar viagens nas geografias e nos tempos, sejam eles reais ou ficcionados, mas o cine-ma dá também sinais menos positivos, em particular em Portugal e muito em espe-cial no Algarve.

Cada vez mais a discussão já não é a da sobrevivência do cinema dito ‘alterna-tivo’ ou ‘não comercial’, face ao cinema de massas ‘hollywoodesco’ e comercial, quando nem este já resiste à crise.

As salas de cinema en-cerram umas atrás das ou-tras no país e na região, su-cumbindo aos ditames do cinema visto em casa, em suporte físico ou através de downloads da web legais ou ilegais, em plasmas e siste-mas vídeo e áudio cada vez mais sofisticados.

A romaria ao grande ecrã é cada vez menor, seja ele o comercial ou dos cineclu-bes. Os apoios aos cineclu-bes e ao cinema como um todo, soçobram perante os apertos das contingências orçamentais e para que as populações tenham acesso a esta forma de Cultura vêm agora as autarquias, força-das, dar apoio à projecção das obras cinematográficas.

Pouco, muito pouco, para garantir que a sétima arte mantém lugar merecido en-tre as formas de expressão cultural por terras de Portu-gal e dos Algarves. Assim vai a penúria a que se votam as manifestações culturais em muitos casos e que importa denunciar para que não se padeça de falta de alertas para uma situação a que importa pôr cobro atempa-damente, pelo cinema e pela Cultura.

O brilho dos Óscares

Ficha Técnica:

Direcção:GORDAAssociação Sócio-Cultural

Editor:Ricardo Claro

Paginação:Postal do Algarve

Responsáveispelas secções:• Contos da Ria Formosa:

Pedro Jubilot• Espaço ALFA:

Raúl Grade Coelho• Espaço AGECAL:

Jorge Queiroz• Espaço CRIA:

Hugo Barros• Espaço Educação:

Direcção Regionalde Educação do Algarve

• Espaço Cultura:Direcção Regionalde Cultura do Algarve

• Grande ecrã:Cineclube de FaroCineclube de Tavira

• Juventude, artes e ideias: Jady Batista• Da minha biblioteca:

Adriana Nogueira• Momento:

Vítor Correia• Panorâmica:

Ricardo Claro• Património:

Isabel Soares• Sala de leitura:

Paulo Pires

Colaboradoresdesta edição:Ana Lúcia CruzJoão VenturaMiguel GodinhoTelma VeríssimoTiago PeresVera Teixeira de Freitas

Parceiros:Direcção Regional de Cul-tura do Algarve, Direcção Regional de Educação do Algarve, Postal do Algarve

e-mail redacção:[email protected]

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on-line em: www.issuu.com/postaldoalgarve

Tiragem:8.805 exemplares

Os dez mandamentosdo empreendedor

A crónica de hoje é dedicada à identificação dos dez man-damentos do empreendedor. Qualquer empreendedor, para ser bem sucedido, tem de ter co-nhecimento dos principais fato-res que o vão apoiar no desen-volvimento do seu negócio. O percurso não é fácil, nem igual para todos, mas o empreende-dor deve mentalizar-se que, in-dependentemente da atividade, existem linhas de orientação a considerar, as quais identifi-camos como “Os dez manda-mentos do empreendedor”. Es-tes mandamentos foram alvo de uma profunda e rigorosa análise e não ficavam por aqui. Contudo, e em última instância, poderão invadir o facebook do CRIA com todas as sugestões que acharem necessárias.

Os dez mandamentos do empreendedor são: 1) Usarás sempre o teu processo criativo.

Este é gratuito e é a tua melhor arma para tornares a empresa mais competitiva; 2) Elaborarás o melhor Plano de Negócios de todas as “Eras”. Falharás! Mas nada temas, pois a prática faz a perfeição; 3) Estarás atento ao mercado: concorrência, clien-tes, produtos, redes de distri-buição...; 4) Reforçarás a tua

rede de contactos, respeitando os compromissos assumidos; 5) Criarás um Plano de Marketing eficiente e não o negligencia-rás em nenhum momento; 6) Promoverás um ambiente de trabalho estimulante para os teus colaboradores. Um bom líder é aquele que, entre mui-tas outras competências, sabe/aprende a comunicar de forma clara, motiva os seus colabora-

dores e valoriza-os; 7) Investirás (tempo ou recursos) de forma recorrente na inovação, seja ela de produto, processo e/ou organizacional; 8) Trabalharás de forma contínua na imagem da tua empresa. A imagem vale mais do que mil palavras e re-presenta a captação ou perda de clientes; 9) Apoiarás de for-

ma contínua a tua formação e a dos teus colaboradores; 10) Tra-balharás para o presente, sem nunca comprometer os objeti-vos futuros. A visão estratégica é alma do negócio.

Na realidade, a estes dez mandamentos, podíamos acres-centar muitos outros. Contudo, estes são os principais e não re-comendamos que sejam negli-genciados. A título de exemplo,

o Plano de Negócios e o Plano de Marketing costumam não ter a devida atenção. O Plano de Negócios, por norma, costu-ma ser feito numa fase inicial, tendo em vista a captação de financiamento. Mas este é mais do que uma mera apresentação do nosso negócio. O PN permi-te-nos perceber o que não está a correr bem, quando começa-mos a ter mais custos do que o esperado. No que concerne ao Marketing, mais especificamen-te o marketing digital, muitas vezes os conteúdos divulgados através das redes sociais não são coerentes com o Core Business da empresa. Este é um dos erros mais comuns. Por último, gos-taríamos de deixar claro, que a fórmula que funciona por vezes com uma empresa, pode não funcionar com outra. Por este motivo é premente “sair da cai-xa”, que é um excelente exercí-cio para ativar a aprendizagem contínua, tal como recorrer a especialistas. Arrisco, também, dizer que para cada manda-mento existe um especialista pronto para dar apoio. O que pode ser crucial, não só para encontrar as melhores soluções para a empresa, como também para rentabilizar ao máximo os recursos disponíveis. Portanto, dez mandamentos igual a su-cesso garantido!

Eu nunca desisti

Hoje vou contar uma his-tória.

Era uma vez um rapaz apaixonado pela arte de deslizar nas vagas. Era com uma prancha de bodyboard que entre Olhão e Sagres fa-zia quilómetros e mais qui-lómetros à procura da onda perfeita.

Não era fácil! A costa sul do Algarve chega a estar se-

manas sem receber ondula-ção. Apesar das adversidades o sonho não abrandava, ele treinava muito, os seus ob-jectivos eram claros.

Aquela vontade de evo-luir, a fome de vencer era forte. Começou por se des-tacar a nível regional. Mais tarde começou a frequentar as praias da zona de Lisboa onde o nível dos atletas era mais alto. Carcavelos, Costa da Caparica, Peniche e Eri-ceira eram alguns dos locais que serviam de palco para os seus treinos. Passados alguns anos já disputava os lugares cimeiros dos circuitos na-cional e europeu. Chegando mesmo a vencer alguns dos seus ídolos.

Hoje aos trinta e oito anos

e agora empresário continua a colocar o seu empenho, a sua criatividade e alegria no dia-a-dia da sua empresa. O

seu novo sonho.Eu nunca desisti e tu?Não esperes mais, agarra o

teu sonho e segue em frente! 

d.r.

As t-shirts da marca

d.r.

Ricardo [email protected]

Editorial Espaço CRIA

Ana Lúcia CruzGestora de Ciência e Tecnologia no CRIA - Divisão de Empreen-dedorismo e Transferênciade Tecnologia da UAlg

Juventude, artes e ideias

Tiago PeresEmpresárioMiau, miau mó/Sagres t-shirts

Page 15: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

01.03.2013  3Cultura.Sul

Cineclube de TaviraProgramação: www.cineclubetavira.com281 971 546 | 965 209 198 | 934 485 [email protected]

SESSÕES REGULARES

7 MAR | O Sabor do Leite Creme, Portugal, 2012 (74’), M/6Na presença de Hiroatsu Suzukie Rossana Torres 11 MAR | Half Nelson - Encurralados, Ryan Fleck, E.U.A., 2006 (106’), M/16, (10 horas, entrada livre)

11 MAR | CARANDIRU, Hector Babenco, Brasil/Argentina/Itália, 2003 (145’), M/16, (14.30 horas, entrada livre)14 MAR | Aguirre, Der Zorn Gottes (Aguir-re, O Aventureiro), Werner Herzog, Alema-nha, 1972 (93’), M/1221 MAR | Marti, Dupa Craciun (Terça, De-pois do Natal), Radu Muntean, Roménia, 2010 (99’), M/1628 MAR | Amour (Amor), Michael Haneke, França/Alemanha/Aústria, 2012 (116’), M/16

“OBJETIVO INTERIOR”Até 23 MAR | Galeria de Arte da Praçado Mar - QuarteiraExposição de fotografia e vídeo de Ana Gonzalez, Elsa Ramos, Ana Oliveira e Eduardo Pinto. Quatro olhares, conhecimentos e sonhos, um misto que cada artista reinterpretaAg

endar

Cineclube de Faro Programação: cineclubefaro.blogspot.pt

IPJ | às terças-feiras | 21.30 horas | entrada paga

5 MAR | HOLy MOTORS, Leos Carax,França/Alemanha, 2012, 115’12 MAR | AMOR, Michael Haneke, França/Alemanha, 2012, 127’19 MAR | REALITy, Matteo Garrone, Itália/França, 2012, 116’26 MAR | 4:44 ÚLTIMO DIA NA TERRA, Abel Ferrara, EUA; 2011, 85’

Sede | às quintas-feiras | 21.30 horas | entrada livre

7 MAR | BARRAvENTO, Brasil, 1962, 81’14 MAR | DEUS E O DIABO NA TERRADO SOL, Brasil, 1964, 118’21 MAR | TERRA EM TRANSE, Brasil, 1967, 108’28 MAR | ANTóNIO DAS MORTES, Brasil, 1969, 100’

Março é um mês fortíssimo pelas nossas bandas

Nem sequer referimos as nomeações – ou o Óscar arrebatado – por Amor, pois isso é o que menos diz desta obra-prima, dura mas sensível, realista e lúcida, sobre um amor como o retratado entre os magníficos Eman-nuelle Riva (um escândalo não ter ganho o Óscar para Melhor Actriz) e Jean-Louis Trin-tignant. Basicamente, um amor como todos desejamos para nós.

Holy Motors, por seu lado, é um OFNI (objec-to fílmico não identificado), indefinível e qua-se indescritível, no meio de toda a sua erosão, loucura, fantasia, surrealismo, inconformismo e rebeldia. É impossível ficar-lhe indiferente.

Também Reality, ao jeito franco e sincero da veia neo-realista italiana, nos confronta com os nossos próprios preconceitos face àqueles cujo principal objectivo na vida é conseguirem participar num reality show… embora, por isso mesmo, se torne um verda-deiro libelo contra o que esse lixo televisivo provoca nos mais ingénuos e carentes.

Ferrara é Ferrara, um dos poucos autores da cinematografia norte-americana, e este seu retrato do fim do mundo é uma confissão angustiada e terna do fim dos nossos mun-dos, os pessoais, tragados pelos vórtices da-

queles que, lá fora, se encarregam de destruir os nossos sonhos.

Na nossa sede, como habitualmente, às quintas-feiras, optámos por partilhar o enor-me Glauber Rocha, unanimemente conside-rado o maior realizador brasileiro de todos os tempos, mostrando os seus quatro mais relevantes filmes, produzidos na década de 60 do século passado.

Cineclube de Faro

Cena do filme Amor

d.r.

Espaço AGECAL

Por uma paisagem algarvia

O grau de desenvolvimento de um território pode medir-se pelo tipo de apropriação que dele se faz.

Os processos de ocupação do espa-ço revelam a relação entre o meio am-biente e as populações, o modo como estas se distribuem, e dão forma aos seus hábitos e costumes, à cultura e à economia e são fundamentais para perceber o nível de adaptação das co-munidades ao território, a sua capaci-dade organizacional, tendo em conta

que a uma paisagem natural tam-bém corresponde, inevitavelmente, uma paisagem humana, económica, cultural.

Nesse sentido, a preocupação com a definição dos modelos mais adequados de desenvolvimento para cada território deve ser uma exigência constante por parte de quem nele habita, devendo estes ser revistos sempre que necessário. É fundamental uma reflexão per-

sistente e continuada sobre que ca-minhos seguir, que orientações, que padrões de apropriação.

Para o Algarve, esse trabalho de es-tudo já se vem a fazer desde há mui-to tempo, por diferentes instituições, pessoas e disciplinas, com fracos re-sultados práticos. Não precisamos de ser especialistas – basta percorrermos o território – para percebermos que, em termos de ocupação e gestão do espaço, muitos erros têm vindo ulti-

mamente a ser cometidos, por incú-ria ou incapacidade de administração, especialmente no que aos últimos 50 anos concerne. Por aqui, a utilização do solo sempre esteve adaptada às necessidades básicas das populações.

Até meados do século XX, no li-

toral, as citriculturas e horticulturas complementavam as actividades pesqueiras; no barrocal, era clara a riqueza das quintas, das hortas, do sequeiro e das várias indústrias asso-ciadas e, nos montes da serra, as pe-quenas parcelas lavradas, em terrenos frequentemente roubados às ribeiras, ali permitiam, bem ou mal, fixar as escassas populações. Uma realidade integrada numa escala local, regional, perfeitamente sustentável. Contudo, a partir dos anos 60 e 70, o progressivo abandono dos campos e da agricultu-ra tradicional, um turismo de massas crescente e a decorrente betonização do litoral, a multiplicação de equipa-mentos a partir de modelos que nada tinham a ver com a realidade do ter-ritório, foram consentidos por todos, com base numa evolução que se dizia imprescindível.

Passados 50 anos e já com uma grande e importante porção de terri-

tório adulterada, assiste-se novamen-te, um pouco por todo o lado, a uma multiplicação de grandes complexos de estufas – agora, já em alumínio – associados a novas práticas agrícolas de tipo intensivo, altamente intrusivas na paisagem, decorrentes também, é certo, das alterações nas formas de consumo das populações, mas pondo em risco aquilo que desde sempre foi a realidade mais nobre do território: a riqueza da sua paisagem natural, o seu maior activo, até em termos turísticos. É bom que se pense nisto a sério antes de nos lançarmos de cabeça numa nova cantiga de progresso, completamente desligada das necessidades mais pró-ximas (e mais salutares) das comuni-dades, e onde os riscos se começam já a evidenciar: uma paisagem altamente artificializada, com benefícios apenas para uns quantos e com todos os pre-juízos que daí advêm outra vez para a realidade da região.

Grande ecrã

Miguel GodinhoTécnico Superior de Património Cultural – Sócio da AGECAL

“ENSEMBLE DE FLAUTAS DE LOULÉ E CORODE CÂMARA VOZART”2 MAR | 18h00 | Convento de Stº António – LouléNo concerto serão interpretadas peças de autores como Tielman Susato, Jacques Arcadelt. Arcangelo Corelli, Georg Philipp Telemann, J.S Bach, Gustav Holst, José Maurício Nunes Garcia, entre outros

d.r.

Até meados do século XX, no litoral, as citriculturas e hor-ticulturas complementavam

as actividades pesqueiras

d.r.

d.r.

Page 16: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

01.03.2013 4 Cultura.Sul

Programar um teatro em tempos de crise

Em 2012 passaram pelo TEMPO 24.333 espectadores que assistiram a 103 sessões, 32 das quais protagonizadas por artistas ou entidades lo-cais. Apostando em parcerias com artistas e produtores, o TEMPO apresentou uma pro-gramação diversificada em

géneros, formas e expressões artísticas, pensada a partir das expectativas, necessidades e desafios culturais de diferen-tes segmentos de públicos, cruzando o que veio de fora com projectos locais como convém a um teatro de proxi-midade em que a comunida-de se revê. Uma programação artística e cultural, ainda, que visou a promoção de qualida-de de vida com sentido, e não apenas como entretenimento, mas como estratégia de cria-ção e sustentabilidade, de civi-lidade comum, de valores, de estilos e resultados de vida me-lhor, humanistas e solidários.

Em 2013, queremos con-tinuar a contrariar a crise fa-zendo do TEMPO um palco de cidadania cultural, estimulan-do iniciativas culturais locais, acolhendo propostas cívicas, promovendo parcerias com ar-tistas, pondo em prática ideias empreendedoras de forma a as-segurar a sustentabilidade do projecto com base na ideia de que mesmo em tempos de crise

é possível promover cultura e entretenimento com sentido.

Por isso, nos dias que cor-rem, e mais do que nunca, como forma de afrontar e vencer as dificuldades que a crise nos coloca, acreditamos que programar um teatro mu-nicipal deve ser mais do que fazer suceder espectáculos a espectáculos.

Daí que a programação do TEMPO, ainda que fortemente condicionada pelos limites e as possibilidades orçamentais cada vez mais reduzidas, mas também pelas ofertas dos pro-dutores e artistas numa lógi-ca de parceria, continue a ser pensada a partir de um pla-

no de actividades conforme à ideia de espectáculos e acções que mediatizam a comunica-ção no seio da comunidade em que se insere, combinan-do o que vem de fora com aquilo que acontece e se cria localmente.

Eis porque, a par das pro-gramações artísticas contem-porâneas de natureza institu-cional que o TEMPO tem vindo a apresentar desde a sua aber-tura e às quais pretende dar continuidade agora numa ló-gica de parceria com artistas e produtores, seja nossa vontade abrirmo-nos, também, a pro-gramações amadoras, alterna-tivas, perseguindo uma ideia de proximidade e predisposi-ção para receber projectos ar-tístico-culturais diferenciados que ao invés de conflituarem antes se complementam numa lógica de programação cultu-ral diversificada em géneros, formas e expressões artísticas e pensada para todos os públi-cos como se exige a um teatro municipal.

TEMPO aposta em programação diversificada

Teatro Municipal de Faro Programação: www.teatromunicipaldefaro.pt

5 MAR | Concerto Pedagógico (exclusivamente para público escolar), 10.30 horas, duração 60’8 MAR | Comemoração do Dia Internacional da Mulher (dança, fados, música popular e tradi-cional portuguesa, jazz e folclore), 21.30 horas, duração: 140’, preço: 1 €10 MAR | Concerto Promenade - Suite Pulcinella, 12 horas, duração: 60’, preço: entre 5 e 10 €15 MAR | 9º Festival de Flamenco de Faro - Casta Flamenca, com Felipe Mato & Almudena Serrano21.30 horas, duração: 60’, preço 10 €16 MAR | 9º Festival de Flamenco de Faro - Luz de Luna, com Oscar de los Reyes & Luna Fabiola,21.30 horas, duração: 60’, preço 10 €A partir 20 de MAR | Visitas Encenadas - Atrás do Pano III, Os Cantos Confidenciais, 10, 11.15 e 14.30 horas , duração: 60’, preço 3 €De 21 a 23 MAR | DANÇARTE - 10º Concurso Internacional de Dança, 9.30 horas, duração: 120’ (gala), preço: 10 € (Gala)

Cine-Teatro LouletanoProgramação: http://cineteatro.cm-loule.pt

1 MAR | Miguel Ângelo (música), 21.30 horas, duração: 1h10, preço: 12 €5 MAR | “Gala do Desporto”, 21 horas, entrada livre7 MAR | “Conversas à 5.ª”, com Xana (ciclo), 21 horas, duração: 1h10, entrada livre9 MAR | “Jasmina Jolie & Orquestra Desvarietées – Cosmopolitan Cabaret” – Vozes de Mulheres, 21.30, preço: 10 €14 MAR | “Linha Vermelha” (cinema), 21 horas, duração: 1h20, preço: 3 €16 MAR | “O Deus da Matança”, pela ACTA, 21.30 horas, duração: 1h05, preço: 5 €17 MAR | “Mucancas – Estória de uma Escola Paga”, de Rui Sena (documentário), 21 horas, 3 €21 MAR | “Improvisos à 5.ª”, com Sextas à Solta (ciclo), 21 horas, duração: 1h20, entrada livre23 MAR | “Amália por Júlio Resende” (música), 21.30 horas, duração: 1h, preço: 10 €24 MAR | “Sininho e o Segredo das Fadas” (cinema), 15.30 horas, duração: 1h15, preço: 3 €

27 MAR | “E Tudo o Casamento Levou”, com Maria João Abreu e Almeno Gonçalves (teatro), 21.30 horas, duração: 1h40, preço: 10 €28 MAR | “Deste Lado da Ressurreição”, de Joaquim Sapinho (cinema), 21.30 horas, duração: 1h56, preço: 3 €

AMO - Auditório Municipal de Olhão Programação: www.cm-olhao.pt/auditorio

16 a 28 MAR | Exposição de Henrique Dentinho – Formosa Ria (escultura)16 MAR | Mestre André (música infantil)22 MAR | “Canções – Pedro Abrunhosa”, 21.30 horas

TEMPO - Teatro Municipal de PortimãoProgramação: www.teatromunicipaldeportimao.pt

8 MAR | “Cinemas às 6.ªS – Womens Are Heroes”, 21.30 horas, duração: 1h25, preço: 3 €9 MAR | “O Bicho da Malha” (teatro), 16 horas, duração: 0h35, preço: 6 € / 4 € (crianças até 12 anos)15 MAR | “Cinemas às 6.ªS – Uma Vida Melhor”, 21.30 horas, duração: 1h50, preço: 3 €16 MAR | “Os Reis da Comédia” (teatro), 21.30 horas, duração: 2h, preço: 15 €22 MAR | “Água – A Seiva da Terra” (música), 21 horas, duração: 1h, preço: 6 €

Aqui há espectáculo

João VenturaDirector Artístico do TEMPO - Teatro Municipal de Portimão

Primeiro começamos por acompanhar este casal em situações banais, situações por que todos já passamos. Depois acha-mos que eles são extremamente engraça-dos e rimo-nos a bom rir. Rimo-nos do dia

atribulado do seu casamento, da condu-ção dela, das saídas dele, da maneira como planeiam as suas férias, de como falam dos seus pais, dos seus amigos. Rimo-nos a bom rir de tanto e tão pouco.

Dest

aque 27 MAR | “E Tudo o Casamento Levou”, com Maria João Abreu e Almeno Gonçalves

(teatro), 21.30 horas, duração: 1h40, preço: 10 €

Rodrigo Leão leva ao palco o seu mais recente trabalho “Songs (2004 – 2012)”, um álbum que reúne canções

cantadas em inglês que desde Cinema têm pontuado a discografia e ainda três inéditos.De

staq

ue 2 MAR | SONGS TOUR 2013 (música), Rodrigo Leão, 21.30 horas, duração: 75’, preço: 25 €

O Coração dos meus espectáculos tem nome: Canção. E tem uma função: Contar Histórias, minhas e de outros, onde não há heróis nem vilões mas sim palavras que apetece cantar.

A Canção bate por si ao ritmo fugaz que atravessa o tempo. Pode ser uma valsa fran-

cesa ou uma arriscada acrobacia de Dylan, mas todas as Canções empurram esse cor-po fugidio a que se chama espectáculo para os braços do público. E, assim abraçados, celebramos juntos o pulsar de versos re-motos, agora aprisionados pela nossa Voz comum.

Dest

aque 22 MAR | “Canções – Pedro Abrunhosa”, 21.30 horas

d.r.

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01.03.2013  5Cultura.Sul

A missão de dar a conhecer a impor-tância da participação portuguesa na candidatura transnacional da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade conhece agora uma nova e decisiva fase com a abertura da exposição Dieta Mediter-rânica - Património Cultural Milenar, inaugurada no passado sábado, no Palácio da Galeria, em Tavira.

A importância da exposição, no âmbito da candidatura apresentada a 30 de Março do ano passado, passa por divulgar o conceito multidisci-plinar da dieta mediterrânica e fazer com que os algarvios, e não só, se apercebam, contactem e reconheçam um património cultural que é nosso, mas que se alarga ao conjunto de pa-íses e comunidades que partilham o modo de vida mediterrâneo.

Numa área geográfica que abran-ge três continentes, 25 países e 473 milhões de pessoas, há algo que as aproxima numa confluência civili-zacional, quer nas formas particu-lares de vida em comunidade, quer nos usos e costumes, e que se prende com a ideia de uma dieta que é muito mais do que comida, é um modo de vida antes, durante e depois de uma típica refeição.

O conjunto de artes, conhecimen-tos, práticas e tradições que se esten-dem desde a terra ou do mar até à mesa, desde as colheitas ou da pes-ca, à preparação e confecção dos ali-mentos até aos hábitos do consumo da refeição enquanto fenómeno so-cial são paralelos comuns nos países mediterrânicos.

A candidatura a Património Cultu-ral Imaterial da Humanidade da die-ta mediterrânica agora a concurso é composta por Portugal (Tavira), Es-panha (Soria), Itália (Cilento), Grécia (Koros), Croácia (Hvar e Brac), Chipre (Agros) e Marrocos (Chefchaouen).

No que se refere aos alimentos, o pão, o azeite e o vinho compõem a tríade alimentar mediterrânica por excelência, contudo, a constante pre-sença do pomar de sequeiro com fru-tos como a alfarroba, a amêndoa ou o figo, os produtos do mar, sejam eles peixe, marisco, bivalves ou moluscos, as hortícolas e leguminosas ou as er-vas aromáticas e o próprio mel são também identificados enquanto ele-mentos comuns do regime alimentar

que dá corpo à alargada candidatura.O circuito da exposição é tão trans-

versal como a própria cultura medi-terrânica e começa por explicitar o património cultural e as paisagens culturais da região mediterrânica, para depois dar a devida atenção às especificidades da região de Tavira, representante nacional da candida-tura, continuando pelas formas ali-mentícias, desde a serra até ao mar, das colheitas e pescarias à confecção, onde há ainda uma cozinha equipada para workshops culinários represen-tativos da dieta mediterrânica.

Abertura concorrida

No dia da inauguração, o Palácio da Galeria contou com casa cheia, com pessoas de todas as idades a marcar presença numa exposição que preten-de também ser um testemunho da he-rança cultural mediterrânica que per-dura há três mil anos e que tem sabido ser mantida de geração em geração e que é agora proposta, de forma alar-gada, a património cultural imaterial.

Presente esteve Jorge Botelho, au-tarca tavirense, que lembrou a res-ponsabilidade de levar a cabo esta exposição no âmbito da candidatura e que resulta “de um esforço de dois anos em que trabalhamos em gabi-

netes de seis ministérios deste Gover-no para que a candidatura entregue a 30 de Março de 2012, na sede da UNESCO em Paris, pela mão do nosso embaixador, pudesse tomar forma”.

Para o edil, o objectivo da expo-sição passa por “mostrar às pesso-as o trabalho que estamos a fazer e que nós esperamos que no fim do ano seja o reconhecimento de Ta-vira como património imaterial da humanidade”. A importância desse

reconhecimento é, segundo Jorge Botelho, “fundamental no futuro da economia local, no âmbito do turis-mo e dos postos de trabalho para os jovens, porque uma terra que é patri-mónio da humanidade decerto trará muitos turistas, quer de Verão, quer de Inverno”.

Também Jorge Queiroz, que coorde-nou a candidatura em Tavira, salienta o carácter informativo da exposição, dada “a necessidade de haver um es-

paço relacionado com a candidatura transnacional que pudesse permitir às pessoas ter acesso às várias dimensões da dieta mediterrânica”.

Para Jorge Queiroz, a exposição é também “um instrumento que as es-colas, os nutricionistas, os médicos e os produtores agrícolas podem e devem utilizar”, adiantando que vão ser organizadas “visitas, workshops e sessões culinárias”.

O Cultura.Sul ouviu ainda a di-rectora regional de Cultura, Dália Paulo, que também enveredou pela importância de dar a conhecer este regime alimentar enquanto forma cultural, porque “só faz sentido se for apropriada pelas pessoas, pelos algarvios, que ainda hoje têm este tipo de dieta”.

Dália Paulo sublinha “o carácter didáctico da exposição que vai per-mitir abarcar um leque muito grande de pessoas e sobretudo de jovens e crianças que, com ela, podem apro-priar-se, voltar a olhar e preservar a paisagem cultural e a dieta medi-terrânica, criando uma consciência que ajudará também a preservar essa mesma identidade cultural”, conclui.

A exposição está aberta ao públi-co de terça a domingo, durante, pelo menos o resto do ano, com entrada gratuita para os residentes do con-celho de Tavira e preços que variam entre um e dois euros, consoante a idade.

Pedro Ruas / Ricardo Claro

Jorge Botelho e Jorge Queiroz

Panorâmica

“RODRIGO LEÃO”2 MAR | 21.30 | Teatro das Figuras - FaroUm dos mais reconhecidos compositores portugue-ses contemporâneos apresenta o seu último trabalho, “Songs”, reunindo canções cantadas em inglês que desde “Cinema” têm pontuado a sua discografia

Agendar

“ALGUNS ARTISTAS DA TERRA”Até 23 MAR | Galeria Zem Arte - São Brásde AlportelExposição procura abrir novas perspectivas de in-terpretação, ao reunir alguns artistas da terra, de quem ali nasceu e cresceu, mas também de quem ali enraizou a vida

Tavira mostra dieta mediterrânica em exposição

Palácio da Galeria teve casa cheia no dia da inauguração

fotos: pedro ruas

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01.03.2013  7Cultura.Sul

“OUVIR A MÚSICA”Até 26 MAR | Galeria de Arte Pintor SamoraBarros - AlbufeiraOs instrumentos musicais combinados com uma temática acentuadamente naturalista dão o mote a esta exposição, em que Natallia Yaskevich recorre tanto à técnica de acrílico como ao óleo sobre tela

“CONCERTO ACADÉMICO”2 MAR | 16.00 | Armazém Regimental de LagosOs alunos da Academia de Música de Lagos, das clas-ses de canto, cravo e fagote, dos professores Joana Godinho, Elsa Mathei e Emily Mcintyre, respectiva-mente, vão proporcionar uma audição de final do segundo período lectivoAg

endar

Preto e branco é slow

Hoje, ainda encontramos fotografias a preto e branco, feitas a partir de filme e reveladas em laboratório, sobretudo em portefólios com aspirações artísti-cas. Estranha-se esta opção que implica horas de dedicação e paciência, quan-do existem alternativas aparentemente melhores.

Esta tendência aparece em movimen-tos que criticam o entusiasmo predador de todos os momentos, facilitado pela generalização do uso da fotografia di-gital. Os adeptos destas tendências dão por perdida a batalha contra o tempo e a perda de memória, que nos leva a querer registar tudo. Para eles a pressa priva-nos da reflexão. Reclamam o direi-to ao prazer de fazer, ao envolvimento com o tema e ao respeito pelos assuntos

fotografados. Primam a qualidade.Ao lado da palavra fotografia surgem

expressões como slow ou zen. Trata-se de uma forma ideológica de encarar a fotografia: fotografar por opção estéti-ca, valorizando, não apenas o resulta-do final, mas todo o processo criativo. Para além do mérito inestimável de sal-vaguarda da memória, o que conta é o poder transformador e expressivo que uma imagem pode conter: dar a ver de outras formas, suscitar emoções, parti-lhar ideias, contar histórias.

Os autores regressam aos métodos anteriores atraídos pelo lado artesanal, de contacto direto com os materiais, participando de forma ativa em todas as fases do processo. Recorrem ainda ao pin-hole ou aos fotogramas. Encantam--se com as máquinas com história e com as imagens que proporcionam.

O preto e branco em concreto tem uma longa tradição, que há muito dei-xou de se explicar pelas limitações téc-nicas. No princípio era feito desta forma porque não se conseguia fazer a cores. Agora faz-se a preto e branco e “à anti-ga” porque se quer e se gosta: funciona, é sedutor e faz lembrar as fotografias do tempo dos nossos avós.

d.r.

Espaço ALFA

Telma VeríssimoFormadora na ALFA

Momento

Sem fatura

Foto de Vítor Correia

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01.03.2013 8 Cultura.Sul

“JUNTOS QUEBRAMOS AS BARREIRAS”2 MAR | 21.00 | TEMPO - Teatro Municipalde PortimãoConcerto solidário que conta com a voz de Helena Kupert e a Orquestra de Sopros do Conservatório do Algarve, com a participação especial de Beto Kalulu e Ondina Santos, em prol da Associação Rafael Carole

“FMI E OS 40 E TAL MAMÕES”À QUI, SEX, SÁB | 21.00 | Boa Esperança Atlético Clube PortimonenseÉ seguindo as directrizes impostas pela Troika, para cortar nas despesas, mas mantendo a qualidade de sempre, que o Boa Esperança apresenta esta revista à portuguesa

ArquiMendes

Francisco Mendes terminou o cur-so de arquitectura na capital, e o so-nho de ter o seu próprio gabinete tornara-se realidade, numa vivenda que o sogro construíra para o efeito, ali em plena quinta do lago, onde os canais da ria formosa se fecham, mas se abre terra a um novo mundo prometido. Por isso lhe dedicou, a ci-tação do famoso inventor grego que ele tanto apreciava: Dêem-me uma ala-vanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo, colocando-a na parede da entrada do escritório.

As coisas até nem estavam a correr mal no primeiro ano, mas a sorte co-meçou a sorrir-lhe mais rapidamente quando teve o bonito gesto de con-vidar para sócios, João Neves, um colega de curso que estava sem tra-balho, e Carlos Desidério, um amigo advogado ainda a acabar o estágio. E para isso nem fora preciso mudar o nome inicial da firma ArquiMENDES, já que essa designação empresarial englobava as iniciais dos apelidos dos três amigos/sócios MEndes, Ne-ves & DESidério.

Em menos de três anos já tinham sido superadas todas as expectativas em relação às metas a atingir a lon-go prazo. Em qualquer deles já eram visíveis assinaláveis sinais exteriores de riqueza. Desde velozes e moder-nos carros a vivendas de luxo, até ao recentemente remodelado atelier. Mas tudo isso implicava muito tem-po passado em vertiginosas marato-nas de trabalho. Se bem que depois compensado com estadias, embora curtas, passadas em resorts paradisí-acos algures no planeta.

Numa bela manhã Francisco deslo-cava-se ao volante do seu novo bmw, quando reparou numa indicação que apontava para uma nova urbaniza-ção de condomínio fechado a inau-gurar em breve. Lembrou-se que ti-nha projectado aqueles Refúgios de Sonho dentro de um Sonho, embora já nem fizesse bem ideia onde ficavam localizados. Como ainda tinha tem-po para chegar à importante reunião

que tinha nesse dia, decidiu ir ver como tinham ficado as casas, algo que não era habitual fazer.

Saiu da via do infante. Passou por duas urbanizações mas nenhuma lhe parecia ter sido desenhada por si. Continuou estrada fora até que entrou por um caminho de terra batida e que terminava numa pequena e sossega-da clareira. Mas que sítio tão bonito, foi o que os seus sentidos leram. Cada vez, se torna mais difícil encontrar um lugar assim não habitado, um espaço assim sem casas. Não se ouvia qual-quer barulho a não ser o dos pássaros chilreando nas árvores o que aquecia o ar naquele final de inverno. Parou o carro e saiu. Respirou fundo sem es-forço. Sentiu-se estranhamente calmo,

relaxado. Viu as horas no telemóvel e reparou que não tinha rede. Sobrava--lhe ainda algum tempo. De repen-te pensou não ir à reunião para que o esperavam, como se fosse apenas uma falta a uma aula chata na escola. Seria dos comprimidos que andava a tomar para o stress que o deixavam assim tão descontraído. E ali era o sítio ideal para descansar. Estar sozinho por uns instantes. Sem casas, sem barulho, sem carros, sem pessoas. Subitamen-te sentiu nostalgia da vida de infância passada ao ar livre no campo. Podia um homem que tem tanto, contentar--se assim com tão pouco? Só queria fe-

char os olhos e descansar, sem pensar em nada, e dormir sem saber que esta-va a dormir. Sozinho. Chegou mesmo a pensar que queria ficar assim para sempre. Podia mesmo tomar mais uns quantos comprimidos e… Não chegou a fazê-lo. Adormeceu, naturalmente. Mas teria dormitado apenas durante cinco minutos ou uma ou duas ho-ras? perguntou-se. Ligou o telemóvel. Já tinha rede. Estava quase na hora marcada para a reunião e viu que ti-nha para aí uma dúzia de chamadas não atendidas. Pode um homem de negócios, bem sucedido, permitir--se a chorrilho de pensamentos ego-ístas e nefastos, nos dias de crise em que vivemos? Não, nem mesmo um pensamento desviante dura para sem-

pre. Ligou para a empresa. Adormeci, explicou-se. Daqui a quinze minutos estou aí! Até já.

Francisco voltou a ficar animado. Era habitual por estes dias ter oscila-ções de humor mas percebeu ter to-mado a decisão mais acertada. Imagi-nou o que seria a empresa sem ele, o seu ideólogo, fundador e… veio-lhe à cabeça a conhecida frase que diz que ninguém é insubstituível - a vida conti-nua, mas mesmo assim é melhor que eu lá esteja para me certificar como é feita a divisão dos lucros, pensou cheio de certezas.

Os sócios mostravam-se eufóricos

com o grande negócio que se anun-ciava para esse dia. O ambiente era de tal modo inebriante que só quando entrou na sala grande de reuniões percebeu que a reunião estava atra-sada. Comunicaram-lhe então que o advogado do inglês telefonara a dizer que tinham um problema com o voo.

Ao fim do dia quando fechou o es-critório, para ir festejar com os ami-gos, as letras no logótipo da empre-sa, pareceram-lhe mais brilhantes do que nunca. Ao voltar a casa já de ma-drugada, Francisco era um homem ainda muito mais rico do que quando saiu de manhã.

Acordou às 3 da tarde, sobressal-tado, e de repente lembrou-se que com toda esta agitação dos últimos

dias, com reuniões, projectos, viagem a Londres, entrevistas, etc… já não via os filhos e a mulher praticamente há mais de quatro ou cinco dias. Lem-brou-se que eles também eram parte da sua vida, - eram a sua vida, tentou corrigir-se do lapso, mentalmente. Levantou-se e pensou que poderia ir buscar as crianças, mas resolveu te-lefonar para o colégio antes de sair. Perguntou se o José e a Sónia Mendes já tinham saído. Responderam do ou-tro lado que os meninos nem sequer tinham ido. O que teria acontecido? Ele não sabia de nada. Apercebeu-se o quanto se estava a afastar dos seus pe-

quenos e como estava a perder tudo o que de importante estava a acontecer nas suas vidas. Ligou para a mulher. Não atendeu o telemóvel. Achou es-tranho e telefonou para o trabalho. Não tinha voltado depois do almoço.

De manhã as crianças tinham fica-do com a avó para a seguir ao almoço irem à consulta de rotina dos 6 e dos 4 anos, respectivamente. Dina esque-cera-se de tirar o telefone do silêncio depois da consulta. A seguir foram comer os seus gelados preferidos na marina antes do regresso a casa.

Achou então que a sogra teria a resposta para todas as perguntas mas esta também não estava em casa. As chamadas que fazia para a cunhada eram enviadas para a caixa de men-sagens.

Francisco estava agora sentado nos degraus da entrada de sua casa. Alguém haveria de aparecer, ou tele-fonar. Ia esperar. Tivera o bom senso de não entrar em pânico. Não queria pensar que a família o tinha aban-donado, não podia pensar sequer que eles pensassem que ele os tinha abandonado. Começou a sentir-se culpado da sua ausência, como pai e marido, de os deixar tanto tempo sós e de ele próprio se sentir só. Não queria acabar sozinho numa praia a desenhar círculos como o matemáti-co que tanto o inspirara.

Dina só se apercebeu das chama-das não atendidas, quando agarrou o telemóvel, para o colocar na mala, depois de estacionar no jardim junto à porta da garagem. As crianças cor-reram felizes para o pai que as abra-çou efusivamente.

Olha que surpresa! O que é que fa-zes aqui ? Ah!... já sei!, conseguiste encontrar o caminho para casa, mas perdeste a chave ? inquiriu a mulher ironicamente.

Estava só à vossa espera para jan-tarmos? Desculpou-se no momento.

Depois de deixar as crianças no quarto a dormir, Francisco desceu à sala, onde Dina o esperava com um ar muito sério. Precisamos conversar, Francisco Mendes! Mas a conversa não durou muito. Fizeram amor mes-mo ali no sofá da sala.

Na manhã seguinte durante o ba-nho, tal como Arquimedes, gritou ‘Eureka’, quando descobriu o que fazer nesse dia. Ao pequeno-almoço Francisco anunciou a toda a família, que estava de férias… finalmente. Hoje ficamos todos juntos em casa, boa?

Pedro [email protected]

Contos de Inverno na Ria Formosa

d.r.

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Page 21: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

01.03.2013  9Cultura.Sul

É urgente a Poesia

Apesar da existência, em Portugal, de alguns (poucos) projectos consis-tentes de promoção da leitura com jovens em escolas e bibliotecas, no cômputo geral verifica-se uma enor-me carência a nível quer de formação específica nesta área, quer, no tocante ao mercado editorial, de obras (fic-ção, poesia e outras) para essa faixa

etária, quer ainda de outras ferra-mentas de trabalho (orientações, la-boratórios, estudos e práticas testa-dos, descritos e sistematizados) que possam ser úteis aos diversos profis-sionais que trabalham com públicos entre os 13/14 e os 18/19 anos.

Vejamos o caso da Poesia. Subsiste ainda por vezes uma fraca prepara-ção, por falta de perfil, motivação, background teórico e/ou criatividade, de certos mediadores (entre docentes e promotores informais da leitura), o que torna difícil um conhecimento crítico, actualizado e mais abrangente e diversificado da produção poética existente no país.

É claro que a quase completa inexistência, no Algarve e não só, de livrarias (as mais mediáticas são um exemplo gritante) – e até de algumas bibliotecas – que privi-legiem simultaneamente uma políti-ca efectiva de fundos de catálogo, incluindo obrigatoriamente um “cânone” de autores e obras de re-ferência, a par de uma estratégia

de divulgação regular e sistemática das (inúmeras) novas vozes poéti-cas de qualidade emergentes no mercado prejudica claramente os profissionais que se movem neste universo cada vez mais exigente e plural. Restam a Internet e as en-comendas online, através dos sites das editoras, e as sugestões de bas-tidores entre colegas para suprir em parte essa grave lacuna.

A constante curiosidade, pesqui-sa e reflexão individuais/institucio-nais tornam-se, assim, essenciais para a aquisição de ferramentas (textos/antologias, temas e estra-tégias de “contágio” junto do pú-blico jovem) que possam combater eficazmente os preconceitos de não poucos adolescentes em relação à poesia: chata, complicada, estra-nha, vaga, inútil e (algo) “louca”/

lunar. É importante também o re-curso a diálogos interdisciplina-res como veículo de reinvenção e universalização da poesia, usan-do elasticamente a música/spoken word, cinema, artes plásticas, fo-tografia, tecnologias digitais e ou-tras áreas de forma a estimular, surpreender e desassossegar posi-tivamente os jovens. A poesia pode ter ainda um papel relevante no ensino de matérias extraliterárias, como ponto de partida e espécie de mediador/”passaporte” para se chegar depois aos objectivos didác-ticos que as chamadas disciplinas exactas procuram almejar.

Três sugestões: Contos dos subúrbios, uma pérola de estranha beleza poé-tica de Shaun Tan (Contraponto); O silêncio dos livros seguido de Esse vício ainda impune, dois ensaios saudavel-mente divergentes e polémicos de George Steiner e Michel Crépu (Gra-diva); e Bibliotecas cheias de fantasmas, um livro para quem gosta de livros, de Jacques Bonnet (Quetzal).

d.r.

Desafios de um arqueólogo

Após o convite que me foi endere-çado para escrever esta rubrica, pensei inicialmente em dedicá-la a um dos sítios arqueológicos que tenho inves-tigado. No entanto, decidi retomar um texto há muito iniciado sobre uma questão que me tem vindo a perturbar. Este foi forjado mentalmente nas pau-sas nocturnas forçadas, entre fraldas e biberons e apenas recentemente resga-tei estas ideias e decidi passá-las para o papel. Trata-se de uma reflexão pesso-al sobre o meu contributo profissional enquanto arqueóloga, relativamente à comunidade em que me insiro e a muito discutida, mas pouco esclareci-da, questão da função social da nossa profissão.

Nós, os arqueólogos, e nomeada-mente os arqueólogos que cumprem funções públicas, lidamos diariamente com diversas situações que nos obri-gam a adequar a nossa postura face à realidade em questão. A multiplicidade das nossas tarefas enquanto investiga-dores, apreciadores de licenciamentos urbanísticos, técnicos em reuniões de obra, prospectores, escavadores, etc. obriga-nos a dominar um conjunto de técnicas mas, de igual forma, a possuir características pessoais que permitam criar uma empatia com as pessoas com quem lidamos relativamente à nossa actividade. E vamos ser claros, a ar-queologia é uma actividade fascinante para a maioria das pessoas, mas o caso muda completamente de figura quan-

do ela acontece ao vivo no seu quintal e principalmente às suas custas.

Li algures que se trata de uma utopia da nossa parte pensar que um promo-tor imobiliário, ao ver a sua obra con-dicionada por razões patrimoniais, irá ficar agradado ou pelo menos irá compreender esta necessidade. Habi-tualmente a reacção inicial é considerar a condicionante, seja ela um acompa-nhamento ou escavação arqueológica, como um encargo extra sem qualquer tipo de mais-valia para o projecto em questão, situação agravada pela actual conjuntura económica do país e espe-cialmente do sector da construção.

Muitas das vezes, a forma como o promotor é informado da obrigato-riedade de realizar uma intervenção arqueológica dificulta o processo. Ge-ralmente recebe um ofício de uma enti-dade da administração pública, seja ela central ou autárquica, onde encontra uma extensa fundamentação técnica sobre a condicionante a aplicar. Trata--se de pareceres feitos por técnicos para serem lidos por outros técnicos, utilizando uma linguagem complexa, uma vez mais, de cariz iminentemente técnico. Não questiono a necessidade de os efectuar nesses termos, pois a apreciação técnica é fundamental para apoiar a decisão de quem de direito e por princípio deve ser o mais completa possível. No entanto, questiono a sua utilidade quando lida pelo tal promo-tor que falávamos anteriormente, que muitas das vezes está a ter o primeiro contacto com esta realidade e com es-ses termos. Não faz ideia do que se trata um acompanhamento arqueológico, quem o deve fazer e em que condições.

Não nos podemos nunca esquecer que nos dirigimos tanto a um arquitec-to habituado a lidar com estas questões como a um senhor que a muito custo pretende legalizar a sua obra clandes-tina ou remodelar a sua habitação com condições precárias. Com isto não pre-tendo afirmar que o arquitecto será à

partida mais sensível às questões patri-moniais do que alguém sem formação académica. A realidade desmente este pressuposto. Muitas das vezes encon-tramos mais interesse e compreensão pela actividade arqueológica em al-guém cuja vivência se encontra liga-do à terra e à sua comunidade do que alguém com habilitações académicas superiores.

A minha interrogação pessoal diz respeito ao modo como informamos as pessoas, como transmitimos a alguém a necessidade de cumprir pressupostos técnicos que lhe são desconhecidos.

Acredito que um esforço conjunto para simplificar a linguagem dos do-cumentos dirigidos ao público irá, a médio prazo, produzir efeitos benéfi-cos no modo como este percepciona a actividade arqueológica. Considero que simplificar a linguagem não é necessa-riamente sinónimo de “baixar de nível” como muitos poderão crer. Trata-se sim-plesmente de assumir que o funcioná-rio público tem a obrigação de informar com clareza e com respeito por quem lê um documento que, em última ins-tancia, o vai obrigar a custos acrescidos. Estas ideias que aqui exponho não são novidade, há muito que Sandra Fisher--Martins, fundadora da Português Claro, batalha pelo direito à informação numa linguagem clara e acessível.

Nós, os arqueológos, temos a obriga-ção, para além de garantir a salvaguar-da dos vestígios arqueológicos, de sen-sibilizar o público em geral para estas questões. Penso que esta sensibilização deverá ser feita de um modo contínuo, diário, em todos os contactos pessoais e profissionais que fazemos, de uma forma clara, perceptível, que desper-te interesse de quem nos ouve, quem nos lê, na esperança que um dia estas mesmas pessoas quando confrontadas com uma realidade arqueológica este-jam mais receptivas à sua salvaguarda. Trata-se de um desafio profissional que todos devemos assumir.

Poesia e jovens, um desafio possível

Espaço ao Património Sala de leitura

d.r.

Muitos não fazem ideia do que se trata um acompanhamento arqueológico

(ou Como fazer alguém custear uma intervenção arqueológica com um sorriso…)

Vera Teixeira de FreitasArqueóloga no Museu de Portimão/ Uniarq – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa

Paulo PiresProgramador do Departamento So-ciocultural do Município de Silves

[email protected]

Page 22: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

01.03.2013 10 Cultura.Sul

Áureus de Faustina regressa ao Algarve quarenta anos depois

Dos cofres da Caixa Geral de Depó-sitos para o Museu de Portimão, será este o percurso de regresso ao Algarve que fará a moeda de ouro Áureus de Faustina, retornando assim ao “con-texto histórico de onde nunca deveria ter saído”, diz José Gameiro, director do Museu de Portimão.

Quarenta e três anos depois de ter sido entregue à guarda da Caixa Ge-ral de Depósitos, a moeda romana retirada do Rio Arade no âmbito das dragagens de desassoreamento reali-zadas em 1970, é entregue à guarda do Museu de Portimão por despacho de secretário de Estado da Cultura, ca-bendo agora à Direcção Geral do Patri-mónio Cultural, em articulação com o Museu de Portimão e com a autarquia local, levar a cabo os restantes actos administrativos que tornem possível o regresso físico da moeda à cidade do Arade onde foi encontrada.

José Gameiro, em declarações ao Cultura.Sul, afirma-se convencido de que o objecto histórico “poderá estar no museu para apresentação pública por altura do quinto aniversário da

instituição, que se realizará na sema-na de 18 a 25 de Maio”.

Para a vinda da moeda o museu não necessita de criar quaisquer condições específicas, assegura o responsável pela instituição, uma vez que do ponto de vista das con-dições para acolher o objecto a insti-tuição está preparada. “O Museu de Portimão integra a Rede Portuguesa de Museus, cujas exigências técnicas tornam aptos os museus que a inte-gram para receber este tipo de pa-trimónio”, refere o responsável, que destaca a importância de “no Algarve, a par do de Portimão, os museus de Albufeira, Faro e Tavira também inte-grarem esta rede, dotando a região de um conjunto de espaços que permi-tem assegurar que o património de relevo da região pode manter-se em instituições regionais com capacida-de para assegurar a respectiva segu-rança e salvaguarda”.

Quanto à integração da moeda no acervo visitável do museu também não serão necessárias adaptações. Segundo o responsável máximo do

Museu de Portimão a moeda integra-rá o discurso museológico já existen-te na instituição, especificamente a exposição “Portimão – Território e Identidade”, que abrange o legado patrimonial resultante das dragagens do Arade e que se dedica também à compreensão da relação do Arade como porta entre o Mediterrâneo e

o Atlântico.Destaque para o facto da moeda

em causa ser a única do seu género em ouro que se sabe ter sido encon-trada na zona do Arade, o que revela bem a importância museológica e pa-trimonial do achado a par do acervo de objectos de cerâmica e várias pe-ças em metal em exibição no Museu

de Portimão e que constituem prova factual da relevância da presença ro-mana na zona de Portimão e do Rio Arade enquanto via de comunicação e palco comercial daquele tempo.

A moeda cunhada entre os anos de 152 e 156 da nossa era em honra de Faustina Junior, esposa do impera-dor Marco Aurélio, foi entregue pela então Junta Autónoma dos Portos do Barlavento Algarvio à guarda da Caixa Geral de Depósitos, onde per-maneceu até agora. Um facto que José Gameiro compreende, dada “a ine-xistência à época de um museu com condições para acolher um objecto com este valor histórico-patrimonial”.

No anverso, o exemplar apresenta o busto de Faustina à direita, com o cabelo ondulado, apanhado sobre a nuca e a legenda FAUSTINA AUG. P II AUG FIL, ou seja, Faustina Augusta Pia, filha de Augusto, título ostentado pelo Imperador em curso, Antonino Pio, ao passo que no reverso está gra-vada uma pomba caminhando, e a legenda CONCORDIA.

Ricardo Claro

Moeda de ouro romana retirada do Rio Arade volta a Portimão

d.r.

Na senda da Cultura

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Page 23: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

01.03.2013  11Cultura.Sul

“CONCERTO DE MIGUEL ÂNGELO”1 MAR | 21.30 | Cine-Teatro LouletanoO carismático vocalista dos Delfins regressa aos pal-cos com o seu primeiro disco a solo, que conta com a participação de Rui Fadigas (baixo), Mário Andrade (guitarra eléctrica), Rogério Correia (guitarra de 12 cordas) e Samuel Palitos (bateria)

“E TUDO O CASAMENTO LEVOU”29 MAR | 21.30 | Centro Cultural de LagosUma divertida comédia, encenada por Heitor Lou-renço e protagonizada por Almeno Gonçalves e Ma-ria João Abreu, dupla que promete um serão muito divertido

Dulce Maria Cardoso aborda a descolonização no romance O Retorno

O Retorno – Dulce Maria Cardoso

Dulce Maria Cardoso an-dou muito tempo esquecida das nossas livrarias, jornais e revistas literárias, mas não dos seus leitores, que cativou desde o primeiro romance. Em contrapartida, o seu quarto e último livro, O Retorno, mere-ceu atenção de todos e foi, ain-da em 2011 (apesar de ter sido lançado já em outubro) consi-derado o melhor romance, e por isso recebeu o Prémio Es-pecial da Crítica dos Prémios de Edição LER/Booktailors.

Uma das grandes qualida-des que encontro neste livro é a de poder ser compreendido mesmo por uma pessoa que não passou pela situação de retornada nem tem memória desse tempo, como é o meu caso. Apesar de acreditar que

quem tenha vivido a situação o entenderá com outra emo-ção e entendimento, acredito também que a Literatura (usei maiúsculas propositadamen-te) se faz desta capacidade de ser universal e de quebrar barreiras. Por exemplo, a von-tade de integração e de aceita-ção dentro de um grupo onde somos recém-chegados já foi sentida por muitos dos leito-res (um emprego novo, uma terra nova, uma nova escola, etc.) e é essa reminiscência que nos faz compreender tão bem a jovem Milucha: «A mi-nha irmã tem vergonha de ser retornada, finge que é de cá e esconde o cartão que tem o ca-rimbo vermelho, aluna retor-nada, o cartão que dá direito a um lanche na cantina. A mi-nha irmã cheia de fome mas sem coragem de ir à cantina para que os de cá não vejam o cartão, aluna retornada. A minha irmã a achar que pode não ser retornada apesar das roupas grandes, da pele ainda queimada pelo sol de lá, de se rir sem medo que os lábios sangrem, um sorriso bonito, a minha irmã a fingir que não é

retornada, a dizer pequeno-al-moço, frigorífico, autocarro, furos, em vez de matabicho, geleira, machimbombo, bor-las» (p. 150)

Um dos aspetos de que mais gostei, foi o do ponto de vista escolhido: o de Rui, um jovem de 15 anos, que acompanha-mos durante dois anos, atra-vés de quem vemos o mundo, mas que não nos deixa ver tudo quanto se passa à volta ou dentro de si. Uma sabedo-ria na construção da narrativa leva o leitor a surpreender-se, pois, apesar de não perder o fio à meada, a narração não segue uma linha cronológica, levando-nos a deduzir o que se passa ou passou, ou que o narrador/personagem sabe ou não, mas que não nos quer contar. A idade, longe de in-fantilizar, devolve pureza à his-tória. A pontuação escolhida, onde pontifica a ausência de marcação de discurso direto, provocando uma interseção constante entre o que é visto, o que é dito e o que é pensado, contribui para, por um lado, nos envolvermos na confusão de sentimentos por que passa

Rui, e, por outro, para irmos

acompanhando a interceção entre acontecimentos, através das lembranças (ou constru-ções da imaginação) do nar-rador. Há um exemplo muito claro, que se estende ao longo de cinco páginas (59-63). A família, sem o pai, que tinha sido levado preso perante o filho, aguarda em Luanda transporte para a metrópole. Cada um dos 18 parágrafos que constituem aquele capí-tulo onde se conta a situação vivida no aeroporto termina com uma frase da situação presenciada por Rui, contada no capítulo anterior, como se um parágrafo tivesse sido des-feito em frases a estalarem na cabeça do adolescente, com a atenção ao pormenor que sempre acontece em momen-tos de grande tensão, memória em forma de imagens soltas e de sons, sem seguir necessaria-mente a ordem dos aconteci-mentos: «O jipe desaparece de-pois da casa da Editinha». «As mãos do pai amarradas atrás das costas». «Vamo matáti cum tuá arma e tuá bala». «A poeira demora a assentar». «A balalai-ca branca do pai ensopada de sangue». «O isqueiro Ronson

Varaflame caído ao pé do can-teiro». «A mãe de braços caídos no fim da rua». «O sangue do pai no asfalto». «Os vasos da es-cada tombados». «O pai meti-do à força no jipe». «As mãos do preto no braço do pai». «A minha irmã sem conseguir descer as escadas». «A Pirata a ganir com o pontapé do pre-to». «Os olhos aflitos do pai». «Os pretos a rirem quando o jipe arranca». «A arma do pai nas mãos do preto». «A arma do pai apontada à cabeça». «A mãe a correr por dentro da po-eira que não assenta».

As personagens secundárias representam muitos tipos: os que eram contra o regime, os que eram a favor, os que se alegraram com a colonização, os que culparam os descoloni-zadores, mas não procura en-contrar culpados, mas mostrar quadros e vidas desenraizadas.

Ainda em Angola, a mãe costumava dizer: «Esta terra não nos pertence enquanto não lhe conhecermos o cora-ção, enquanto não lhe conhe-cermos o coração esta terra não guardará as nossas mar-cas nem reconhecerá os nossos passos» (p. 151). E o que Rui

vê, depois de quase dois anos a viver num quarto de hotel, é que «a metrópole é velha e já não tem um pedaço de terra selvagem onde a mãe possa inventar um coração» (p. 195).

No entanto, este livro fala de esperança. Uma esperan-ça assente da força do pai um pai que, fisicamente, também é forte, que acredita conse-guir reconstruir a sua vida. Fala de libertação. A liberta-ção dos medos que tolhem a vida. Fala de crescimento. Não apenas de Rui, mas de todos, inclusive do pai. Fala de ter-nura. Entre o casal, entre pais e filhos, entre irmãos, entre fi-lhos e pais. Mas uma ternura não lamecha. Porque a mãe tinha «crises» e «demónios», os filhos poupavam-na e não se queixavam das privações e provocações que lhes aconte-ciam na escola: desprezo, frio, fome. As professoras escreviam (pp. 149-50) «recados, a aluna tem muito frio, a aluna está sempre a tremer nas aulas, a aluna tem de vir mais agasa-lhada. Nunca mostrámos à mãe os recados […]. Era o que faltava mostrar os recados das professoras à mãe».

d.r.

Da minha biblioteca

Adriana NogueiraClassicistaProfessora da Univ. do [email protected]

A capa do livro de Dulce Maria Cardoso

Agendar

Page 24: POSTAL 1098 - 1 MAR 2013

01.03.2013 12 Cultura.Sul

Os anos que nos separam do final do próximo Quadro Estru-tural Comunitário, 2020, constituirão a últi-ma oportunidade para a Região do Algarve empreen-der um caminho de construção, estrutu-ração e consolidação do que se convencio-nou chamar cluster das Indústrias Cultu-rais e Criativas.

Seguindo a Estratégia Europa 2020, o caminho que a região algarvia tem que percorrer pauta-se pela inclusão de três cate-gorias de conhecimento, complementares e particu-larmente importantes para a construção de um setor cultural e criativo dinâmico.

A necessidade de desenvol-vimento seminal deste setor respeita a toda a sociedade, tornando-se imperiosa a ne-cessidade de convocar todos os agentes que nesta área ope-ram, ou que sobre ela refle-tem. Embora seja esta a força maior do setor cultural e cria-tivo, que, ao dizer respeito a toda a sociedade, transforma todos os cidadãos em poten-ciais produtores e consumido-res, também é esta abrangên-cia o seu principal problema na definição de um cluster criativo, ao que urge chamar as entidades com responsa-bilidade regional para lhe dar consistência. Quando se fala de cultura e criatividade, pondo-lhe, ou não, o prefi-xo de indústrias, surge uma pluralidade de discursos que, embora não incorretos - pois somos todos produtos da cul-tura em que estamos inseridos e todos temos a faculdade de ser criativos -, refletem abor-dagens diferentes, muitas vezes sem nos apercebermos daquilo que queremos tratar. A economia da cultura, ao ser um campo próprio, de ativi-dade e de conhecimento, ne-cessita de ser abordada com o saber específico de quem nela trabalha, de forma a construir--se um quadro institucional próprio que permita que a

atividade floresça e seja o mais plural possível.

No tempo presente, é impe-rioso que o quadro em que as Indústrias Culturais e Criativas se vão desenvolver na região algarvia comece a ganhar a robustez de um cluster com dinâmicas próprias e capaz de ser um pólo agregador de novas “empresas”, produtos e serviços. Após as primeiras atividades de-senvolvidas pela CCDR Algarve,

torna-se imperioso o desenvol-vimento sustentado, neste ano de 2013, de ações que permi-tam estruturar, e guiar, o cami-nho a desenvolver até ao ano de 2020, sob pena de o próximo quadro estrutural de apoio co-munitário ser subaproveitado, no que respeita às indústrias culturais e criativas.

É, agora, necessário traçar as linhas com que a região vai en-frentar a construção de um teci-do forte ao nível das indústrias culturais e criativas e para isso é importante conhecermos, e re-conhecermos, o plano onde nos propomos intervir, realizando um estudo de levantamento do setor, informando, com ações de divulgação, formação e ne-tworking, intra e extra regional, propondo economias de escala, de aglomeração e de conheci-mento, onde todos os stakehol-ders sejam ouvidos, informa-dos, e se potenciem sinergias entre os agentes. É imperiosa a realização de um documen-to que contenha o diagnóstico do setor cultural e criativo, que aponte caminhos para o futu-ro, com ações concretas, e que balize os próximos sete anos de atividade que as instituições regionais têm o dever de pres-tar aos seus agentes na região algarvia.

Direção Regional de Cultura do Algarve

2020 o horizonte de sustentação das Indústrias Culturais e Criativas no Algarve

Espaço cultura

A economia da cultu-ra, ao ser um campo próprio, de atividade e de conhecimento, necessita de ser abor-dada com o conheci-mento específico de quem nela trabalha, de forma a construir--se um quadro insti-tucional específico que permita que a atividade floresça e seja o mais plural possível

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