24
Edição 1098 Ano XXI 24 de março de 2015 Semanário Gratuito Sai à 3ª feira Diretor: João Tavares Conceição Siga-nos no PUB

Edição nª 1098

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Povo da Beira - O seu semanário regional gratuito, disponivel em toda a Beira Baixa.

Citation preview

Page 1: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 1·

Edição 1098 • Ano XXI • 24 de março de 2015 • Semanário Gratuito • Sai à 3ª feira • Diretor: João Tavares Conceição • Siga-nos noPUB

Page 2: Edição nª 1098

· 2· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Destaque

OleirosSabores do Mediterrâneo – Património Imaterial da Humanidade em destaque em Oleiros

As populações que ao longo dos séculos se fixaram na região da Beira Interior, em grande parte dominada por zonas de montanha e de floresta, pouco propícias à agricultura, perceberam desde cedo a importância da criação de gado caprino e ovino para o seu equilíbrio alimentar. Os beirões sempre aproveitaram, o melhor pos-sível, as carnes do gado miú-do, dando-lhes um lugar de destaque nas mesas de festa e preservando, nalguns casos, saberes dos antigos povos do Mediterrâneo. Nos fins-de--semana da Páscoa, nos dias

28 e 29 de março e 4 e 5 de abril, 9 restaurantes do con-celho* vestem-se de festa e participam na sétima edição do Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Mara-nho, no qual a carne de capri-nos marca o mote.

Os Maranhos, receita beirã, mais precisamente do Pinhal Interior, são prepara-dos com o bucho da cabra, sendo uma espécie de en-chido fresco recheado com carne de caprinos e alguns produtos do fumeiro, arroz e uma quantidade apreciável de ervas aromáticas, sobretudo hortelã. A sua receita é seme-

lhante a outras que se fazem em países do Mediterrâneo (como a Espanha, a França, o Líbano e a Turquia), o que nos faz pensar numa matriz culinária comum.

Receita exclusiva de

Oleiros, o Cabrito Estonado tem a particularidade de não ser esfolado, mas sim esto-nado (removendo apenas o que está à “tona”, o pelo). Ou seja, mantém a pele, com a qual é assado em forno de

lenha, pelo que esta se man-tém estaladiça. O cabrito não perde gordura e a sua carne ganha em suculência e sabor. Curiosamente, um livro de culinária do Al-andaluz me-dieval fala de um borrego es-tonado com óleo e Alexandre Dumas descreve, deliciado, a experiência de comer um borrego preparado à moda do deserto, na Tunísia, também assado com a pele.

Estes dois pratos nobres, genuínos Sabores do Mediter-râneo – Património Imaterial da Humanidade da UNES-CO, faziam parte das ementas dos casamentos e dos bati-

zados, das festas de aldeia e das celebrações do calendário litúrgico. Assim, na Páscoa, aproveite e vá até Oleiros de-liciar-se com a mais autêntica gastronomia nacional.

*Os estabelecimentos aderentes ao Festival Gas-tronómico são, em Oleiros: Callum (272 680 010), Casa Peixoto (272 682 250), Ideal (272 682 350), Maria Pinha (965 586 477), Prontinho (272 682 338), Regional (272 682 309), Salina (961 258 844), em Orvalho: Pérola do Orvalho (272 746 119) e em Ponte de Cambas: Slide (965 720 287).■

Oleiros veste-se de roxo na Semana SantaNo segundo fim-de-sema-

na do Festival Gastronómico, tem um motivo adicional para ir até Oleiros. De 1 a 5 de abril, no período correspondente à Semana Santa, a vila veste-se de roxo numa impressionante manifestação de solenidade e de fé. Estas são indescritíveis tradições seculares que não deixam ninguém indiferente, com procissões de rara bele-za ao anoitecer, pelas ruas do Centro Histórico da vila, abri-

lhantadas pela centenária ban-da da Sociedade Filarmónica Oleirense. Assim, tome nota e assista a estas celebrações na Quarta-feira Santa (dia 1 de abril); na Quinta-feira Santa (dia 2 de abril), com a Procis-são dos Fogaréus e Sexta-feira Santa (dia 3 de abril) com a Procissão do Enterro do Se-nhor.

No Domingo de Páscoa (dia 5 de abril), perto do meio--dia, tem lugar a Missa e Pro-

cissão da Ressurreição do Se-nhor. Tome parte na mais pura tradição Oleirense e assista a momentos apaixonantes e ar-rebatadores. Estas celebrações têm como intervenientes a Pa-róquia de Oleiros, a Santa casa da Misericórdia de Oleiros, a Irmandade do Santíssimo, a Sociedade Filarmónica Olei-rense, o Agrupamento 1080 CNE de Oleiros, os Bombei-ros Voluntários de Oleiros e a Guarda Nacional Republi-

cana e contam com o apoio promocional do Município de Oleiros.

Segundo D. João Maria Pereira d´Amaral e Pimentel, na sua obra memórias da vila de Oleiros, de 1881 “as Ima-gens que figuram na procissão são uma maravilha em escul-tura. A saber: de Nossa Se-nhora da Soledade, de S. João Evangelista e do Senhor Mor-to…o S. João com os olhos fitos no Céu, as lágrimas

banhando-lhe as faces e uma expressão de dor e resignação no semblante, que se comu-nica aos que a contemplam. A Imagem do Senhor Morto é uma escultura modelo do corpo humano, de tamanho natural e tão bem acabada que nada se lhe nota que devesse ser corrigido. A cor lívida, as chagas, o sangue e pisaduras, tudo está correspondente e tem a grande vantagem de ser a mesma Imagem que se prega

na cruz” por ter os braços ar-ticuláveis. “Não encontrámos outra que se lhe aproximas-se. Estimem e conservem os nossos Patrícios com cuidado estas Imagens, que são uma grande preciosidade, digna a todos os respeitos da maior estima … não permitindo que pintor algum lhes toque, a não ser de reconhecida perí-cia, para que não aconteça de-teriorar em lugar de melhorar tão perfeitas esculturas”. ■

Páscoa é tempo de Cabrito da Paz em OleirosPelo sétimo ano consecu-

tivo, o Município prepara-se para destacar um menu bei-rão com realce para um dos pratos mais antigos e difíceis de encontrar no Mundo. Em pleno período pascal, Oleiros oferece uma sugestão sucu-lenta dando destaque a uma receita medieval que se con-feciona desde tempos remotos em Oleiros. Trata-se do Cabri-to Estonado, património ima-terial de Oleiros que consiste numa forma de assar cabrito com uma longa história.

A primeira referência a esta iguaria com fortes marcas mediterrânicas aparece num livro de receitas árabe do Al-

-Andaluz e do Magrebe, no séc. XIII. Este prato, confecio-nado exclusivamente e desde sempre em Oleiros, é ainda mencionado pelo primeiro ocidental a chegar ao Tibete, o Oleirense Padre António de Andrade, no séc. XVII, sendo no séc. XIX referido por Ale-xandre Dumas. Considerado

um prato ecuménico e o mais histórico dos cabritos assa-dos, este é também conheci-do como "o Cabrito da Paz", uma vez que na sua origem era consumido igualmente pe-las três religiões descendentes do profeta Abraão, ou seja, por cristãos, judeus e muçul-manos.. ■

Viv´Arte em Oleiros nos dias 28 e 29 de marçoNo âmbito da inaugura-

ção do Trilho Internacional dos Apalaches português, nos dias 28 e 29 de março, coincidindo com o primeiro fim-de-semana da realização do 7.º Festival Gastronómi-co do Cabrito Estonado e do Maranho, a companhia de teatro Viv´Arte apresenta uma representação histórica do período Neolítico. “Na pe-gada do recolector nómada, sugere-se o rasto até à sua fixação sedentária, apren-dendo com ele a petiscar pe-dras no crepitar da fagulha, a secar peles, a fazer anzóis com ossos, a domesticar ani-mais, a descobrir os segredos da agricultura. A resistência aos vizinhos e invasores, ar-gamassando coragens onde o bom senso manda recuar e a recriação do espírito castre-jo, desabrochando de novo em flor montesinha, agreste e rijamente firme no seu pos-to altaneiro”.

Assim, no dia 28, terão lugar três recriações históri-cas. A primeira, das 11H45 às 12H15, terá lugar no Portelo. “Chegados das suas viagens,

os exploradores encontram o seu povoado à beira de sofrer um ataque. A tribo vizinha disputa-lhes as suas terras de cultivo. Preparam-se como podem refugiando as mulhe-res e as crianças pequenas, juntamente com as poucas provisões que têm armazena-das, indo depois os homens ocupar posições nas fortifi-cações, empunhando as pou-cas armas que possuem, com o intuito de se defenderem”. A segunda representação terá lugar das 18H às 18H45, no Orvalho, “com a recriação do quotidiano castrejo, com os seus ritos e costumes, o comércio e a indústria, a agricultura e a pastorícia, os medos e as alegrias, os so-

nhos e os terrores, o culto e as festividades, em suma, as existências cruzadas destes povos”. A encerrar a jorna-da, após a Ceia de Época, das 21H às 21H45haverá a conti-nuação da vivência castreja.

No segundo dia do even-to, 29 de pelas 15H, no Jardim Municipal, “a população de um povoado, vencida pelos seus inimigos e forçada a sair das suas terras, passa em mi-gração pelo Jardim Munici-pal, carregando todos os seus pertences consigo e passando pelas várias privações do exí-lio”. ■

Passeio TT Rota do Cabrito EstonadoNa sequência da reali-

zação do 7.º Festival Gas-tronómico do Cabrito Es-tonado e do Maranho, e no fim-de-semana seguinte (dia 11 de abril), vai ter lugar o Passeio TT Rota do Cabrito Estonado promovido pela Associação Trilhos do Es-treito. Não perca esta aven-tura gastronómica que alia

a adrenalina de um passeio TT à gastronomia genuína de uma região. Informações em www.trilhosdoestreito.pt, [email protected] ou 964303969. Os interessados em participar devem inscre-ver-se até ao dia 6 de abril em www.trilhosdoestreito.pt. As inscrições são limitadas a 25 veículos. ■

Page 3: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 3·Destaque

EDITORIAL

DIRETOR JOÃO TAVARES CONCEIÇÃO

As CPI’s

PUB

PUB

Moreira da Silva: “Existem 634 milhões de euros de investimento no setor das águas”

POR PATRÍCIA CALADO

Jorge Moreira da Sil-va, Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, anunciou na pas-sada sexta-feira, dia 20, que as redes municipais de água vão acolher um investimen-to de 634 milhões de euros.

“No âmbito do pro-grama operacional de sus-tentabilidade e eficiência no uso de recursos (PO SEUR), existem 634 mi-lhões de euros de investi-mento no setor das águas, tanto para o interior como para o litoral, essencial-mente alocados às redes de distribuição municipais”, explicou.

Recorde-se que na últi-ma Assembleia Municipal de Castelo Branco ficou demonstrado que a reestru-turação do setor das águas não foi vista com bons olhos, no entanto, o Gover-nante afirmou que esta re-

forma vai “envolver todos os municípios que fazem parte do sistema munici-pal”.

“É importante que se perceba que esta é a me-lhor forma de realizar os investimentos necessários no setor da água. O país ainda precisa de 3.700 ME para reabilitar as redes de distribuição e fazer ainda alguns investimentos em alta. Não havendo outra alternativa, a única forma é reorganizar as empre-sas”, acrescentou.

De acordo com Morei-ra da Silva, esta é uma rees-truturação exigente que vai implicar uma fusão entre o litoral e o interior, em que os cidadãos do litoral irão fazer um sacrifício com 30 cêntimos a mais nas suas tarifas, durante cinco anos, ao passo que no interior irão ser reduzidos três eu-ros.

“Este 1,5€ que paga-

rão a mais é aceitável no quadro em que os cidadãos do interior poderão ver as suas tarifas reduzidas. Esta reforma é indispen-sável, contamos aprová-la em breve em Conselho de Ministros”.

O Governante veio até à cidade albicastrense no âmbito dos “Encontros da Região com o Governo” promovido pela Federação Distrital do PSD de Caste-lo Branco. Manuel Frexes, Presidente da mesma, não poupou elogios ao Ministro do Ambiente, Ordenamen-to do Território e Energia.

“Tem tido uma atua-ção perfeitamente refor-mista nas pastas que tute-la, tem desenvolvido um trabalho muito notório inclusivamente com efei-tos muito benéficos para a nossa região, como por exemplo na questão do preço da água que vai bai-xar”. ■

Todos se vão es-forçando por de-monstrar que não

têm culpa de nada. Ape-sar das situações existi-rem, por muito que ime-diatamente desmentidas, não existem responsáveis. Todos atuaram dentro da legalidade e defendendo princípios coerentes com as funções que ocupavam. Assim enquanto uns não têm de pedir desculpa das suas atuações, outros pen-sam assumir as suas con-sequências, armados em Egas Moniz.

Obviamente vamos seguindo as inúmeras co-missões parlamentares de inquérito. E estas últimas têm sido bem interessan-tes. Ouvir Salgado dizer que o tramaram, quando era o dono disto tudo, é estranho. Mas difícil será ouvi-lo a dizer o que sabe, pois muitas cabeças rola-riam. Também a suposta lista VIP, não fosse o ri-dículo que cobre algumas personagens, seria motivo de riso. Quando se fala do acesso aos registos fiscais de qualquer cidadão, lá se advoga o princípio do sigilo fiscal, mas quando

foram as próprias Finan-ças a divulgar uma lista de devedores este sigilo foi esquecido. Quando Ronaldo ou Mourinho se queixaram da sua privaci-dade ser posta em causa, ninguém percebeu o que estava em causa. Quan-do surge uma suposta lista VIP, lá cai o carmo e a trindade, porque toda a gente acha que não se pode esconder informa-ção. Efetivamente nem todos os cidadãos são iguais, senão uns não te-riam guarda-costas ou po-licia à porta. No entanto o sigilo, que deveria ser cumprido com todos os cidadãos, ainda é um di-reito que nos assiste. E o problema não terá sido a criação de qualquer dis-positivo que cuidasse que a lei se cumprisse, mas sim as negações de tal facto. Discute-se quem sabia, quem mandou ou quem queria ser o polícia dos polícias. E aí as coisas descambaram. Quando já

não se podia tapar a luz do sol com a peneira, co-meçou o jogo do empur-ra, ou o que hoje ainda é mais refinado, a assunção de responsabilidade dos atos, por forma a salva-guardar terceiros.

Ninguém se pode di-zer limpo, quando man-tém a sujidade fora de vis-tas. Falta ética na atuação dos nossos políticos. De-veriam saber quanto estão expostos e preservar a sua imagem, como responsá-veis que são pelos desti-nos deste país. E, quanto cai mal, termos uma mi-nistra a fazer pagamentos antecipados ao FMI, à custa de tanta miséria que foi criada com as nossas poupanças. E dizem as más-línguas que ainda existem cerca de 200 ci-dadãos que devem, cada um, mais de um milhão de euros. Certas palavras, na boca de quem manda, têm um peso diferente. É pena não se pensar nisso atempadamente.

Manuel Frexes com Moreira da Silva

Idanha-a-Nova

Jovem de 24 anos morre vítima de despiste

O despiste de uma viatura ligeira em Ros-maninhal, provocou sá-bado a morte de Ricardo Malcata, um jovem de 24 anos de idade.

A vítima do acidente, que ocorreu pelas 06:53 na estrada nacional 353, perto de Rosmaninhal, era o condutor e único ocupante do veículo si-nistrado, disse à agência

Lusa fonte do CDOS (Comando Distrital de Operações de Socorro) de Castelo Branco.

Para o local foram mobilizados meios dos Bombeiros Voluntários e da GNR de Idanha-a-No-va e uma VMER (viatura médica de emergência e reanimação) do Hospital Amato Lusitano, de Cas-telo Branco. ■Fo

to in

Face

book

Page 4: Edição nª 1098

· 4· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Castelo Branco

Castelo Branco com olhos postos no futuro

Protocolo une Castelo Branco e FundãoPOR CRISTINA VALENTE

Castelo Branco e Fun-

dão, assinaram durante as comemorações dos 244 anos da elevação de Cas-telo Branco a cidade um protocolo de cooperação entre as duas autarquias para as áreas, social, cultu-ral e ambiental, colabora-ção no projeto do regadio a sul da Gardunha e va-lorização do sector agro--alimentar de que o queijo é um exemplo.

Um exemplo que no entender de Paulo Fernan-des não pode ser desvalori-zado, dada a importância do sector para a região “hoje provavelmente o queijo representa mais de 50 milhões de euros por ano para a região,

um queijo que já tem uma DOP e marcas extraordi-nárias nos dois municí-pios".

O protocolo prevê a realização de ações con-juntas no sentido de valori-zar a inequívoca qualidade dos produtos agro-alimen-tares da região, aumen-tando a notoriedade de denominação de origem protegida. As autarquia pretendem promover em conjunto a qualidade de excelência reconhecido dos queijos DOP da bei-ra baixa, nomeadamente Alcains, Castelo Branco, Fundão e Soalheira, e pro-mover ações que privile-giarão a internacionaliza-ção dos mesmos.

A colaboração em processos de inovação na

área da biotecnologia e agro indústria é outra das colaborações previstas no documento.

O autarca fundanense salienta o peso do sector na região “o sector agro--industrial nesta região,

que é uma coisa que nós não conseguimos monito-rizar muito bem, já vale mais de 200 milhões de euros por ano, estas duas regiões, a Cova da Beira e a Beira Interior Sul têm um PIB perto dos dois

mil milhões, portanto es-tamos a falar de 10% da riqueza criada no nosso território, estamos a falar de uma questão absoluta-mente vital para o nosso futuro comum”.

Para Luís Correia,

presidente da câmara de Castelo Branco, indepen-dentemente da estratégia de cada município, “o importante é sabermos construir em conjunto um futuro para a região, é importante que saibamos juntar os pontos fortes do município de Castelo Branco, com os do Fun-dão, e ter a noção onde podemos dar as mãos e fazer o caminho conjun-tamente".

Luís Correia lembra as infra-estruturas existen-tes no concelho de Castelo Branco, no agro alimentar, "na inovação e na inter-nacionalização", mas que podem ser complementa-res às infraestruturas e co-nhecimentos existentes no concelho do Fundão. ■

244º Aniversário da Cidade

POR CRISTINA VALENTE

No dia em que a cida-de comemorou 244 anos, Luís Correia, autarca albi-castrense falou do futuro da cidade. "De olhos postos no futuro, a Câmara Mu-nicipal, está a acompanhar os trabalhos do próximo quadro Comunitário, e si-multaneamente a definir a estratégia que nos permita o melhor aproveitamento dos fundos que vierem a ser disponibilizados" afir-ma Luís Correia.

Se as ajudas comunitá-rias para as autarquia vão diminuir, os apoios para as empresas vão ser uma realidade, por isso a autar-quia albicastrense, aposta na criação de serviços que possam "técnica e eficaz-mente" apoiar as empresas nesses processos de candi-daturas.

O futuro da cidade e do concelho, passa tam-bém pelo crescente papel que infra-estruturas como o Centro de Empresas Ino-vadoras, o Cataa e Inov--Cluster vão ter no apoio ao agro-alimentar em várias vertentes.

"Regista-se já uma nova dinâmica e nova von-tade de encetar novos ru-mos ao nível empresarial" afirma o autarca.

Paralelamente a autar-quia tem continuado com a reabilitação urbana, na ci-

dade e nas freguesias, e na aposta que é a ampliação de espaços verdes, "cami-

nho que já iniciámos com a aquisição do Vale do Ro-meiro, contíguo à rotunda

da Rotunda da Europa na inconfluência da Avenida da Europa e da Avenida

de Espanha. Este espaço, juntamente com o Barro-cal, o campo de obstácu-los, A quinta dos Cinco e a Quinta Pires Marques se-rão expoentes nesta pers-petiva".

A atratividade de uma cidade, para além do em-prego, dinâmica empresa-rial e qualidade de vida, mede-se também pela dinâ-mica cultural, por isso Luís Correia afirma que o futuro passa também por ai.

"A oferta pretende ser ampliada e diversificada, destaco o Centro de Cria-tividade, instalado na an-tiga Cicofato, no Cansado, o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, a valorização da alfaiataria e moda em Al-cains, a aquisição da anti-ga fábrica das Cordas em Cebolais para recordar e divulgar as antigas indus-trias dos Cebolais".

Na sessão solene este-ve presente uma comitiva da cidade Polaca de Pu-lawy , com a qual Castelo Branco está germinada, e que esteve durante uns dias de visita à cidade.

Atuou um grupo da Violas Beiroas , que pre-sentearam o autarca albi-castrense, com duas violas, "as primeiras fabricadas na associação". ■

Page 5: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 5·

POR PATRICIA CALADO

POVO da BEIRA: “Fio da Beira” é já um dos melhores do mundo, uma grande proeza tendo em conta os poucos anos da empresa?

Eduardo Rodrigues: Um dos nossos desafios da empresa é fazer um dos melhores produtos do mundo, isso felizmente conseguimos em tempo recorde. Não era previsível logo no segundo ano de produção de azeite, conse-guir essa proeza. Concor-reram mais de uma cente-na de azeites e ficámos nos seis melhores do mundo na categoria de Frutado Maduro. Este prémio é dos mais importantes do mun-do, e é entregue em junho em Nova Iorque, no dia 29 de junho. Para nós, dá-nos força para continuar.

POVO da BEIRA: Como tem sido o cresci-mento da empresa?

Eduardo Rodrigues: A empresa nasceu há meia dúzia de anos e tem ha-vido, todos os anos, um crescimento de cerca 70 hectares por ano. O nosso objetivo é chegar aos 500 ou 550, neste momento temos 400 hectares. Feliz-mente não temos tido mui-tas dificuldades, mas só ao fim de 10 anos, é que se atinge a produção razoável e queremos atingir um mi-lhão de litros.

POVO da BEIRA: A nível do mercado, como é feita a distribuição e para que países exportam?

Eduardo Rodrigues: O nosso mercado foi proje-tado na seguinte forma: na percentagem 30/40% para o nacional que vendemos ao Pingo Doce, em restau-rantes e outras casas.

Vai sair na Áustria, numa revista da especiali-dade, no próximo mês em que o produto do mês é o nosso azeite. Temos tam-bém contactos importan-

tes na Alemanha, Holanda e Suíça, são os países em que estamos com mais força. O Brasil é um mer-cado importante, muito explorado. Agora com a ida a Nova Iorque, para a entrega do prémio, vamos tentar arranjar um distri-buidor na América.

POVO da BEIRA: Sendo esta já uma empre-sa com uma boa dimen-são, quantas pessoas em-pregam?

Eduardo Rodrigues: Temos 12 empregados efetivos e, por vezes, re-corremos a mão-de-obra externa, na altura da poda, da plantação e da colha. Compramos azeitona aos pequenos agricultores que não têm forma de escoar o azeite. Infelizmente, o azeite era feito de forma artesanal, metiam em sa-cas, guardavam cerca de 15 dias e logicamente que isso perde a qualidade. Nós colhemos num dia e moemos nesse dia. Os agricultores trazem-nos a azeitona, nunca em sacas, assim conseguimos fazer

azeite de excelência.

POVO da BEIRA: Podemos então conside-rar que Castelo Branco é uma boa região para a produção de azeite?

Eduardo Rodrigues: No nosso país há três zo-nas especiais de azeite que é Mirandela, Castelo Branco e Moura no Alen-tejo. Mas levámos pontos em relação aos outros dois, porque nesta zona o clima é especial, tem am-plitudes térmicas muito grandes e fazem a diferen-

ça. Estamos numa zona de excelência para o azeite, isto é uma zona que tem muito azeite, mas nunca foi muito comunicada. Hoje em dia é preciso pro-duzir bem, mas comunicar melhor e nesta zona nunca houve muito essa comuni-cação.

Há 50 anos, houve uma grande quantidade de azeite, infelizmente essa cultura foi abandonada. Agora está-se a incremen-tar novamente a cultura do azeite, porque é de facto uma região propícia para

isso. Temos duas qualida-des excecionais, a Cobran-çosa de Trás-os-Montes e a Galega da Beira Baixa.

POVO da BEIRA: Apesar de ser uma zona propícia para a produção de azeite, acredita que ter a empresa sediada no in-terior do país não é uma dificuldade?

Eduardo Rodrigues: Muito pelo contrário, é uma vantagem. Caste-lo Branco está no centro do país, estamos a hora e meia de Lisboa, a duas ho-

ras do Porto, a uma hora de Espanha. Castelo Bran-co está na centralidade, in-felizmente há 20 anos não estava, mas hoje está.

POVO da BEIRA: Mesmo com as portagens?

Eduardo Rodrigues: Estivemos algum tempo sem portagens que não deveríamos ter estado, se temos autoestradas, temos de pagar portagens. A por-tagem efetivamente é mui-to cara, mas o utilizador tem de pagar. Temos todos de ter consciência que o encurtar uma viagem de quatro horas para uma e meia tem custos. Mas o preço que se paga devia ser mais racional, devia ter um preço bem mais baixo.

POVO DA BEIRA: Em relação às obras que se podem ver a serem fei-tas no terreno, qual é o intuito? Vai aumentar o terreno?

Eduardo Rodrigues: As obras eram para ter avançado já, mas como a estrada vai ser alargada, já cedemos o terreno que a Câmara Municipal precisa para tirar as curvas, porque vai ser arranjada a estrada do alto da Foz Giraldo até Salgueiro do Campo.

Só depois disso é que vamos preparar mais terre-no. Vão ser retirados mui-tos metros cúbicos.

POVO da BEIRA: Cedeu o terreno que a autarquia albicastrense precisava, um sinal de que mantém boas relações com o município…

Eduardo Rodrigues: A Câmara de Castelo Branco desde há muitos anos tem sido fundamen-tal. Em termos de logísti-ca, de entidade externa, tem colaborado sempre de uma forma muito ativa, daí a razão que estou aqui. Se não houvesse essas fa-cilidades e de puxar pela zona, talvez nada disto ti-vesse acontecido. ■

Castelo Branco

“Fio da Beira”: Um dos melhores azeites do mundo é produzido em Castelo BrancoEduardo Rodrigues levou um produto de Castelo Branco para as bocas dos cinco continentes. “Fio da Beira” já é um dos melhores azeites do mundo, encontra-se entre os seis melhores azeites do Mundo na Categoria Frutado Maduro, ficando em 1.º lugar dos finalistas no concurso mais respeitado do mundo do azeite, Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra 2015 – Mário Solinas. O POVO da BEIRA esteve à conversa com Eduardo Rodrigues.

Eduardo Rodrigues, proprietário da empresa

Situado no concelho de Castelo Branco, em Grade, o terreno conta com 400 hectares

Page 6: Edição nª 1098

· 6· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Castelo Branco

Investidos 583 mil euros em equipamentos novos no Hospital Amato LusitanoPOR PATRÍCIA CALADO

Foi aprovado, na pas-sada terça-feira, dia 17, em Conselho de Administra-ção, “um investimento no valor de 583 mil euros” para novos equipamentos para o Hospital Amato Lu-sitano.

“Temos vários equi-pamentos novos e temos estado a renovar alguns, ainda assim, para substi-tuir tudo é preciso mais de um milhão de euros”, anunciou Vieira Pires, Pre-sidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco.

Adiantou ainda que os equipamentos novos são arranjados “de acordo com os médicos” do Hos-pital Amato Lusitano, já que “todas as especialida-

des do hospital foram con-vidadas a informar quais as suas necessidades”.

Uma das modificações feitas no Hospital Amato Lusitano foi a ampliação das Urgências, que já se encontra em funcionamen-

to. De acordo com Vieira Pires, “a sala parece sim-ples, mas é complexa, pois no interior tem de passar tubos de oxigénio e mui-ta coisa que é necessário numa sala de urgência”.

O intuito da obra, que

apresentou um custo de mais de cem mil euros, pas-sa por dar mais conforto aos utentes.

“Evitar que os doentes estejam horas em macas vulgares para passarem a estar em macas confortá-

veis, foi a primeira inten-ção. A eficácia é maior e vai ser ainda maior quan-do tivermos a sala de rea-nimação completamente pronta. Falta um desvio na pediatria de modo a que tenhamos mais espaço e mais gabinetes médicos para que os doentes sejam observados isoladamente e não em conjunto com outros”, explicou.

Autarquia promove in-centivos para a fixação de médicos

Na visita de Luís Cor-reia, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Bran-co, ao novo espaço nas Ur-gências, Vieira Pires enalte-ceu o apoio que a autarquia albicastrense tem facultado no que toca à fixação de médicos na cidade, visto

que, recentemente o mu-nicípio cedeu habitação a duas médicas obstetras recentemente chegadas. Todavia, Vieira Pires frisou que são necessários mais incentivos.

“Os médicos nor-malmente são casados e com compromissos, têm de saber que esta cidade tem tudo, há condições de trabalho, tem as con-dições essenciais para que os filhos possam estudar cá. Não se justifica que tenham medo de vir para Castelo Branco”.

Uma opinião sustenta-da por Luís Correia que co-locou a autarquia ao dispor para “unir esforços” com a ULS de Castelo Branco de forma a “criar condi-ções para que os médicos venham” para a cidade al-bicastrense. ■

Mulheres empreendedoras do distrito homenageadasPOR PATRÍCIA CALADO

No mês em que se ce-lebra o Dia Internacional da Mulher, o Departamen-to Federativo das Mulhe-res Socialistas de Castelo Branco (DFMS – CB) não quis deixar passar esta tão importante efeméride em branco. Assim, 16 mulhe-res do distrito, que congre-gam esforços de mulheres dedicadas a causas diferen-tes, em domínios diferen-tes, foram homenageadas no passado sábado, dia 22, na Biblioteca Municipal.

Com empreendedoris-

mo como tema da home-nagem, o Departamento das Mulheres Socialistas homenageou mulheres de diversas áreas como cida-dania, intervenção social, atividade empresarial, in-vestigação e educação.

“Este ano escolhemos mulheres que não são to-das socialistas, se calhar 50% ou mais não serão. São 16, representam o es-forço que fazem das diver-sas áreas e são símbolo de mulheres trabalhadoras e dedicadas, sendo nessa vertente que as celebra-mos e homenageamos.

Revemo-nos no esfor-ço delas. Foram escolha da Comissão Política do

Federativo e também do Secretariado do Departa-mento”, contou Cristina

Granada, Presidente das Mulheres Socialistas de Castelo Branco.

Dolores Alvarinho, Helena Tomás, Margarida Afonso, Paula Peres, Ma-ria de Lurdes Barata, Ma-ria José Pereira Martins, Ana Paula Rafael, Vera Lúcia Lopes, Teresa Pre-ta, Guida Leal, Andreia Martins, Graça Sardinha, Idalina Costa, Conceição Morão, Sandra Vicente e Hortense Martins foram as homenageadas da noite.

Num apelo às mu-lheres, Cristina Granada afirmou que “em todas as áreas, as mulheres podem e devem intervir, podem e devem liderar”. ■

“Da Semente à Floresta” contou com 200 criançasPOR PATRÍCIA CALADO

Durante a semana de 16 a 20 de março, o Centro de Interpretação Ambiental recebeu “Da Semente à Flo-resta”, uma iniciativa que tinha como objetivo dar a co-nhecer às crianças o habitat floresta.

“Ao longo desta se-mana desenvolvemos workshops, explicámos às crianças e jovens que par-ticiparam nesta iniciativa a importância de semear, de plantar e de gerir. Não interessa só fazer floresta, temos de ter cuidado com a

sua gestão”, explicou Paula Teixeira, da Junta de Fre-guesia de Castelo Branco, ao POVO da BEIRA.

No último dia, passada sexta-feira, dia 20, o Centro de Interpretação Ambiental recebeu crianças do Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco.

“Hoje [dia 20] aos mais pequenos, o objetivo foi apenas explicar como apa-rece da plantinha à árvore”, referiu.

Assim, numa semana em que se comemorou o dia da árvore e a chegada da

primavera, a iniciativa en-volveu os mais novos numa atividade lúdico-pedagógica de compreensão da floresta como um todo, estimulando o conhecimento e promoven-do a componente lúdica em torno da descoberta do Habi-tat Floresta.

A iniciativa decorreu de uma parceria entre a Câmara Municipal de Castelo Bran-co, a Junta de Freguesia de Castelo Branco, o Centro de Interpretação Ambiental de Castelo Branco e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas / Parque Natural do Tejo Internacional.■

Page 7: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 7·Publicidade

Page 8: Edição nª 1098

· 8· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098

POR PATRICIA CALADO

Empossada no passa-do sábado, dia 21, Maria de Lurdes Pombo continua assim à frente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidarieda-de Social (UDIPSS). Com este mandato, seguem-se novidades.

“A Educação e a Saú-de passaram também a es-tarem presentes nas IPSS, muito importante e pensa-mos que é importante ter estes ministérios ao meu lado. Pela primeira vez foi celebrado um compromis-so de cooperação de 2015 a 2016 com a saúde e educa-ção, as expectativas são al-tas”, disse Maria de Lurdes

Pombo.De acordo com a re-

centemente empossada, a principal preocupação da UDIPSS está relacionada com a sustentabilidade das IPSS “não só para conti-nuar a realizar bons servi-ços aos seus utentes, mas

também para salvaguardar os postos de trabalho aí existentes”.

Satisfeita pelo facto de, apesar da crise, as IPSS não sofreram nenhuma redução no valor das compartici-pações, Maria de Lurdes Pombo mostrou-se satisfei-

ta com a novidade de Melo Bernardo diretor da Se-gurança Social de Castelo Branco.

“Este é um setor soli-dário emprega mais de qua-tro mil pessoas em Castelo Branco, para além disso, vão investir um milhão e

400 mil euros no distrito”, anunciou Melo Bernardo.

Lurdes Pombo sa-lientou que o bom funcio-namento da UDIPSS só resulta com a união dos re-presentantes da lista de Ma-ria de Lurdes Pombo.

“O momento é difícil,

estamos num distrito com baixa taxa de natalidade e onde os rendimentos são baixos, é nas IPSS que as comunidades locais são a única porta que está aber-ta para ajudar a resolver as dificuldades”, finalizou Maria de Lurdes Pombo. ■

Castelo Branco

IEFP comemora Dia Internacional da MulherPartindo da premis-

sa que “formar é mudar comportamentos” e em linha com o esforço de es-bater a discriminação entre géneros, o Serviço de For-mação do Centro de Em-prego e Formação Profis-sional de Castelo Branco, levou a efeito no âmbito da celebração do Dia Inter-nacional da Mulher, uma atividade dividida em duas frentes: desportiva e cultu-ral, que no fundamental se complementaram. O obje-

tivo passa por lutar contra o preconceito racial, se-xual, político, cultural, lin-guístico e/ou económico e ainda como já foi aludido reforçar a importância da não discriminação entre géneros.

Com efeito, no auditó-rio desta unidade orgânica do IEFP, cartazes, bola-chas em forma de mulher e de várias cores, dese-nhos feitos em café, curta--metragem, demonstrações práticas de maquilhagem,

manicure e penteados rea-lizadas pelas formandas do centro fizeram parte de uma Mostra intitulada “Nós e a Mulher” que contou também com a pre-sença da Amato Lusitano – Associação de Desenvol-vimento e com a Loja Já - IPDJ de Castelo Branco, que criaram um posto de informações sobre todos os projetos e valências que possuem e que visam a promoção dos direitos da Mulher e a igualdade de

género.Já no polidesportivo

do Centro de Emprego e Formação Profissional de Castelo Branco, e em simultâneo, com a Mos-tra, teve lugar o “Torneio de Futebol de Equipas Mistas” – que teve a par-ticipação de quatro equi-pas e visou a promoção da igualdade de género e oportunidades, bem como o convívio entre todos os pertencentes à comunidade formativa.■

Associação de Apoio à Criança contemplada com sala de snoezelenPOR PATRICIA CALADO

A Associação de Apoio à Criança, de Caste-lo Branco, viu o seu projeto aprovado, na quarta-feira, dia 18, no concurso “Mo-vimento Mais para To-dos” da SIC Esperança.

“Um Estímulo, uma Diferença para o Bem--Estar” deu nome ao pro-jeto apresentado pela IPSS albicastrense que consistia na construção de uma sala de snoezelen, ou seja, uma sala de estimulação senso-rial.

“Concorremos em de-zembro ao projeto da SIC Esperança, Movimento Mais para Todos, que é importantíssimo no apoio às IPSS para desenvolver projetos. Fomos agracia-dos pelo projeto de insta-lação de uma sala Snoeze-

len que depois será aberta à comunidade”, revelou João Benquerença, Presi-dente da associação.

A sala Snoezen, que será construída nas novas instalações, nas Fontaí-nhas, tem como intuito estimular os sentidos dos utentes.

“Terá umas camas,

será uma sala almofadada com sons, imagens e cores. Será bastante importante para eles, pois vai estimu-lar os sentidos e acalmá--los”, explicou.

De acordo com João Benquerença, a Associação de Apoio à Criança está já a preparar-se para a cons-trução da sala que vai levar

cerca de três meses até ficar pronta.

“Agora vamos receber o financiamento da nova sala e já estamos em ne-gociações com a empresa que vai construir. A cons-trução da sala requer al-gum cuidado e apresenta materiais específicos, com especificidades na parte

elétrica”, contou.

Utentes promovem criações na loja da Páscoa

Tal como acontece to-dos os anos na altura do Natal, este ano a Associa-ção de Apoio à Criança aproveitou a época pascal para abrir novamente a portas da loja ao público. Com lembranças alusivas à Páscoa e todas criadas pelos utentes desta IPSS, a loja situada ao lado do Pingo Doce na Avenida 1.º de maio, está aberta a to-dos os que queiram ajudar comprando estas pequenas grandes criações.

“É a primeira vez que abrimos na Páscoa, é uma celebração importante e achámos que devíamos abrir para dar mais abertu-

ra ao que fazemos e ao que os utentes fazem. Estamos aqui mais uma vez para demonstrar a dinamização e criatividade dos nossos utentes e o que se faz den-tro da instituição”, referiu João Benquerença.

Segundo o presiden-te da IPSS, os utentes ao longo do ano estão sempre ocupados nestas criações, inclusivamente para outras instituições. Nesta loja, todos as criações vêm de produtos reciclados, já que, os utentes estão já sensibi-lizados no que toca a esta matéria.

“Estes materiais são produtos reciclados, é im-portante para eles senti-rem motivação ao reutili-zar os produtos. E, claro, também sensibilizam a comunidade para a reci-clagem”. ■

Maria de Lurdes Pombo volta a presidir a União Distrital das IPSS

Page 9: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 9·Castelo Branco

PUB

Queijo produzido em Alcains já tem marca“Alcains Terra de Se-

leção” é o nome da mais recente marca criada no concelho albicastrense, que partiu dos produtores de queijo de Alcains.

Por ocasião da 10.ª edição da Feira do Queijo de Alcains, a Casa Agrí-cola Cabeço do Carvão, Monte da Pedra da Lé-gua e Tapada das Sortes, criaram um agrupamen-to informal de empresas

para acrescentar valor aos produtos de reconhecida qualidade produzidos nes-ta vila. Assim, esta ideia surgiu da necessidade de promover, divulgar e di-fundir o que de melhor se faz na vila de Alcains, abrangendo os diversos produtos agroindustriais e industriais como é o caso de queijos, enchidos, do-çaria, horticultura, têxtil e cantaria, entre outros.

Com esta marca re-cém-criada, a intenção é

alargar o número de pro-dutores, não só de queijo

mas também de outros produtos, que se queiram juntar a esta iniciativa.

Para o efeito, foi cria-do um selo identificativo que irá constar em todos os produtos de forma a distingui-los de outros de origem diversa.

Este projeto assume--se, igualmente, como uma aposta na promoção do turismo local, procuran-do alcançar públicos mais

distantes que identifiquem a vila de Alcains com os produtos de excelência nela produzidos.

Apesar de ser ainda recente, “Alcains Terra de Seleção” é já uma marca registada acessível a todos os produtores que se en-quadrem neste conceito. O lançamento vai ser rea-lizado durante a Feira do Queijo de Alcains, já no próximo fim-de-semana. ■

PSD questiona executivo sobre criação de urbes ilegais em redor da cidade

POR CRISTINA VALENTE Na última reunião

pública do executivo, Pau-lo Moradias, vereador do PSD, questionou o executi-vo sobre a forma como está a ser tratada e acompanha-da a situação das famílias que foram despejadas após a demolição do Bairro do Grilo.

"A demolição do bair-ro que tantos problemas criou, acabou com vários problemas, mas criou ou-tros, como a criação de urbes ilegais em redor da cidade e não só" afirmou Paulo Moradias.

O vereador do PSD

quis esclarecer se o "boa-to" que circula na cidade, "de que a câmara dá di-nheiro para que essas fa-mílias abandonem o con-celho, é ou não verdade?" questionou.

Luís Correia, autarca albicastrense, diz que essa é uma questão que desde o inicio está a ser tratada com "pinças".

"Depois da demolição do bairro, tivemos que re-solver o problema destas famílias, porque é de fa-mílias que estamos a falar. O que temos estado a fazer é resolver a situação com muito cuidado e paciên-cia" afirmou o autarca. ■

PUB

Os grandes e saborosos hamburgueres desde 3,50 euros (Menu).Pratos diários, vários grelhados.

Aceitamos reservas para Grupos.

Venha conhecer o nosso serviço!TEL. 272 088 399 TLM. 963 583 771

Avenida da Carapalha Nº31, Loja A - 6000 401 Castelo Brancowww.facebook.com/pages/BOM-GARFOSiga o nosso jornal em recortes.pt

Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco

Nova exposição mostra parte da coleção de Norlinda e José LimaPOR CRISTINA VALENTE

O Centro de Cultura

Contemporânea de Caste-lo Branco vai receber nos últimos seis meses do ano parte da coleção de Norlin-da e José Lima.

José Lima, empresário de sucesso da indústria do calçado de S. João da Ma-deira, colocou no ato de colecionar a mesma atitu-de que adotou no mundo empresarial. José Lima soube ir mais além, soube ver para além do óbvio e, acima de tudo, quis ir mais longe.

Fruto das várias via-gens que realizou a traba-lho, José Lima teve opor-tunidade de ver de perto a arte pela qual se viria a apaixonar – a arte contem-porânea. Sendo esta a ala-vanca que o fez começar a colecionar na década de 80. Começou a fazê-lo por instinto e, claro, por pai-xão.

Juntamente com Nor-linda Lima reuniu um acervo, agora em depósito no Município de S. João da Madeira, que faz da Co-leção Norlinda e José Lima uma referência no panora-ma do colecionismo priva-do português.

Constituída por cerca de 1000 obras, são várias as razões que tornam esta coleção uma referência e um caso quase singular no

contexto português:o facto de ter um arco

temporal bastante alarga-do – desde o pós II Guerra Mundial até à atualidade; o facto de integrar tanto artistas nacionais como in-ternacionais e ainda o facto de integrar artistas oriun-dos de países com pouca representação nas coleções nacionais - países da Amé-rica Latina, África e Ásia.

Nesta coleção tanto

podemos encontrar um Andy Wharol como um Miquel Barceló, uma Cin-dy Sherman como uma Lygia Pape, um Julião Sar-mento como um Robert Rauschenberg; podemos encontrar um Kcho, um Erró, um José Bechara ou uma Helena Almeida. É quase inevitável não ficar surpreendido com a diver-sidade desta extraordinária coleção.■

Page 10: Edição nª 1098

· 10· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Fundão

COM RÁDIO COVA DA BEIRA

Os territórios de baixa densidade vão ser o tema em destaque do intercâm-bio europeu de juventude que decorre no concelho do Fundão até final do mês.

A iniciativa resulta de uma candidatura apresen-tada ao programa “Eras-mus Mais”, no valor de 45 mil euros, e que permite a deslocação à região de seis dezenas de jovens oriundos de Espanha, Malta, Azer-baijão, República Checa, Bulgária, Macedónia, Tur-quia, Roménia e Ucrânia.

Miguel Gavinhos, vice presidente da câmara mu-nicipal, refere que o progra-ma deste intercâmbio, para além de atividades culturais e desportivas, contempla um conjunto de visitas a

vários pontos do concelho, por forma a permitir aos jo-vens ter um contacto mais próximo com a realidade do concelho “todos estes jo-vens vão ficar alojados no seminário do Fundão, este intercâmbio será comple-tamente gratuito para os participantes uma vez que todos os custos associados a viagens e alojamento são abrangidos pelo valor da candidatura; vamos ter um programa vasto asso-ciado a esta temática da baixa densidade, designa-damente projetos que te-nham sido inovadores em territórios desta natureza, vamos visitar por exemplo Janeiro de Cima e Caste-lo Novo onde eles podem conhecer casos de sucesso de empresas e outros que tenham vingado na Beira

Interior”. O autarca acrescenta

que em cima da mesa está também a hipótese de jo-vens residentes no conce-lho virem a participar em intercâmbios que decorram noutros países “já foram contactadas diversas agên-cias nacionais que estão a desenvolver programas semelhantes a estes e já te-mos perto de 60 vagas para jovens do concelho dentro de projetos que já formali-zaram a sua pré inscrição; agora terá de haver esse recrutamento e nós já ti-vemos oportunidade de mostrar essa janela junto das associações juvenis porque em muitos casos são oportunidades únicas para os jovens saírem da sua região e conhecerem realidades completamente

distintas”. O parceiro local para a

dinamização deste projeto é o grupo de convívio e ami-zade nas Donas e para o seu presidente da direção, Sér-gio Salvado, ele reveste-se de grande importância para a coletividade uma vez que marca a sua estreia interna-cional neste domínio “nós já tivemos na área do des-porto alguns atletas a par-ticiparem em competições internacionais mais na área da juventude vai ser a nossa estreia e este é um dos maiores intercâmbios de jovens, senão o maior, realizado na nossa região e sendo nós uma associação juvenil isso também nos permite abrir portas para que os nossos jovens co-nheçam outras realidades internacionais”. ■

“Ilustrações da Divina Comédia de Dante, por Salvador Dalí” n’A Moagem

Já está patente a expo-sição “Ilustrações da Divi-na Comédia de Dante, por Salvador Dalí” n’ A Moa-gem – Cidade do Engenho e das Artes até ao dia 30 de junho.

Nesta exposição po-

dem ser vistas 100 gravu-ras da Coleção Barony of Fulwood Trust, sendo que pode ser visitada de terça--feira a domingo, das 14 horas às 17H30. A entrada tem o custo de cinco eu-ros.■

Município promove “Férias com Pinta”

À semelhança de anos anteriores, o Município e o Projeto Matriz irão promo-ver, até sexta-feira, o pro-grama ocupacional “Fé-rias com Pinta”, com um conjunto de atividades que dará a oportunidade aos jovens dos seis aos 12 anos de ocupar os seus tempos livres, ao longo das férias escolares da Páscoa.

O programa propõe diferentes tipos de ativida-des adaptadas aos gostos e exigências de cada faixa etária, sempre em contac-to com a arte, a ciência, o desporto e a natureza, divi-didas pelos seguintes clubes de atividades: turismo, ar-queologia, jogos aquáticos, ateliers, equitação e ativida-des radicais. ■

Já começou o Festival Gastronómico “Fundão, Aqui Come-se Bem – Sabores da Páscoa”!

Inserido na Quadragé-sima - Ciclo de Tradições da Quaresma e Semana Santa do concelho, o Muni-cípio organiza assim, até ao dia 5 de abril, a sexta edição do Festival Gastronómico “Fundão, Aqui Come-se Bem –Sabores da Páscoa”, em 18 restaurantes e seis pastelarias do concelho.

Neste festival parti-cipam os restaurantes As Tílias, Boguinhas, Canti-nho dos Grelhados, Eclip-se, Hermínia, Marisqueira Bela Vista, Moagem d’ Avó, O Alambiquede Ouro, O Barros e O Beiral (Fun-dão), Fiado Restaurante (Janeiro de Cima), O La-garto (Castelo Novo), Hotel

Rural Casa da Eira (Pêro Viseu), Gruta da Beira (EN 18 – Alcaria), O Mário (Cruzamento de Alcaria), Papas e Migas (Alcaria), O Pipo (Souto da Casa) e O Fernandes (Telhado), as-sim como as pastelarias A Laranjinha, Arte e Doce, Cachito, Flor do Fundão, Formiga e Paris (Fundão).

A gastronomia é tam-bém reflexo das tradições quaresmais, que ainda hoje se assumem como um acontecimento central do ano litúrgico, reproduzin-do-se em cada casa e em cada família reunida nes-ta época pascal, criando e preservando a identidade gastronómica do Fundão. ■

Fundão acolhe intercâmbio juvenil europeu

Page 11: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 11·Idanha-a-Nova

Alcafozes recebe IV Festival dos Espargos, Criadilhas e Tortulhos

Alcafozes, concelho de Idanha-a-Nova, acolhe este sábado e domingo, a quarta edição do Festival dos Espargos, Criadilhas e Tortulhos.

Durante dois dias, ha-verá tasquinhas tradicio-nais com variados pratos de produtos silvestres, co-zinha ao vivo, workshops, oficinas temáticas para crianças e um passeio pe-destre em busca de cogu-melos.

O evento conta ainda com animação infantil, carrossel e jogos “à moda antiga”, animação de rua, concertos e uma feira com os melhores produtos re-gionais.

Estarão presentes con-ceituados chefes de cozi-nha que vão confecionar imaginativos e apetitosos pratos com produtos silves-tres e regionais.

A organização irá atri-buir três prémios: maior tortulho, maior criadilha e tasquinha mais original de produtos silvestres.

Na manhã de domin-go realiza-se o passeio pe-destre “Rota dos Produtos Silvestres”, com a partici-pação do especialista na-cional em micologia José Luís Gravito Henriques. Um workshop sobre o mesmo tema será apresen-tado ao início da tarde, por este especialista.

O forte cartaz musical é outro dos atrativos do festival. O sábado propõe espetáculos da afamada artista Rebeca, do bicam-peão nacional de beat box André Oliveira, natural de Idanha-a-Nova, e do grupo idanhense União Portu-guesa.

Na tarde de domingo as atenções recaem sobre o concerto Via Sacra, da Filarmónica Idanhense com o Coro Notas Soltas, na Igreja Matriz de Alca-fozes às 15H30. Seguem-se as atuações da Juventuna, do Grupo de Adufeiras de Idanha-a-Nova e do grupo de música popular Fora d’Horas. ■

25 de março, no Instituto Superior de Agronomia

Recomeçar vai ser possível, em Idanha-a-NovaIdanha Green Valley,

Idanha Experimenta, Idanha Vive e Idanha Made In. Se quer mudar de vida, estes são conceitos a reter. No próximo dia 25 de março, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova vai a Lisboa apresentar o pro-jeto RECOMEÇAR. Um conceito ambicioso que tem como finalidade a melho-ria das condições de vida e a atração de talento para o município. A par da apresen-tação oficial do projeto, todos os interessados vão poder informar-se diretamente jun-to das entidades responsáveis e de pioneiros (pessoas que já trocaram a vida da cidade por Idanha e estarão em Lis-boa para partilhar a sua expe-riência).

A enorme concentração demográfica existente nos centros urbanos está a tornar--se incomportável e os condi-cionamentos que daí advêm levam a um descontentamen-to geral. Seja pelo aumento do custo de vida (cuidados infantis, habitação, combustí-veis, etc.), pelo distanciamen-

to da natureza e da qualidade de vida, pela crescente falta de segurança ou pelo cons-trangimento na mobilidade, há cada vez mais pessoas com vontade de mudar.

Idanha-a-Nova quer ser a alternativa e por isso vai lançar o Programa RE-COMEÇAR. Um projeto ambicioso que vai posicionar Idanha como um município onde é possível conciliar o bem-estar e a proximidade da natureza com o empreende-dorismo, a inovação e o pro-fissionalismo.

O programa assenta a marca Idanha-a-Nova em quatro pilares: Idanha Green Valley, um pilar ligado ao co-nhecimento e inovação na ru-ralidade e ao posicionamento mundial do território nesta área; Idanha Experimenta, que dará aos interessados a oportunidade de experimen-tar a vida rural; Idanha Vive, com a criação de condições especiais para quem vive ou pretende viver naquele terri-tório; e Idanha Made In, que apoiará tudo o que é produzi-

do localmente. O Presidente da Câ-

mara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, vai fazer a apresentação oficial do Pro-grama RECOMEÇAR no próximo dia 25 de março, juntamente com a consultora Internacional Bloom Consul-ting (especialista na análise e no desenvolvimento de mar-cas-território.), responsável pelo projeto, e um conjunto de pessoas que viajarão até Lisboa para partilhar os seus bons exemplos. Todos os

interessados em mudar de vida estão convidados para a apresentação, durante a qual terão a oportunidade de se in-formar sobre os projetos.

Idanha é um dos maio-res municípios do País. Tem cerca de 1400 quilómetros quadrados, paisagens diver-sificadas e apresenta um pa-trimónio municipal histórico--cultural muito significativo. Para o Presidente da Câmara Municipal, é uma terra de oportunidades, de qualidade de vida, de animação e oferta

cultural. É objetivo da Câma-ra Municipal acompanhar quem esteja a pensar mudar--se para o município de for-ma personalizada.

«Os seus projetos de vida, seja na área da Edu-cação, na Habitação ou no Projeto Profissional/Empresarial serão acompa-nhados de forma personali-zada, durante o tempo que for necessário, até que haja sucesso no projeto de trans-ferência. A nossa filosofia é ajudar os que aqui vivem, os

que querem para cá vir e os que querem regressar. Que-remos que aqui construam um projeto de vida familiar e profissional. Podem trazer as suas empresas, ou criá-las cá de raiz. Criamos oportu-nidades para a implementa-ção de empresas na região, ao mesmo tempo que fo-mentamos a criação de em-prego que outros poderão abraçar», explica Armindo Jacinto.

«Idanha-a-Nova tem um imenso potencial. Apos-támos, pelas características do município, numa nova marca rural e no seu posicio-namento como uma alter-nativa às grandes cidades. O total foco do município neste projeto irá possibilitar que a inovação seja transver-sal aos 4 pilares que o supor-tam e que Idanha não só seja vista, mas seja efetivamente um local onde encontramos todas as condições para Re-começar.», acrescenta Filipe Roquette, diretor geral da Bloom Consulting em Por-tugal. ■

PUB

Novo jardim de Salvaterra do Extremo é já um sucesso

Salvaterra do Extre-mo tem um novo jardim que é já um grande su-cesso entre a população local.

O novo espaço de la-zer disponibiliza três equi-pamentos de fitness e está

preenchido com árvores, plantas, arbustos, relva, fonte e bancos e mesa de madeira.

Com poucos dias de vida, o jardim tem sido procurado por muitas pes-soas da freguesia, que ali

se juntam para fazer exer-cício físico, confraternizar e apanhar sol. O espaço foi construído pela União das Freguesias de Mon-fortinho e Salvaterra do Extremo, dando nova vida e dignidade a este local.■

Page 12: Edição nª 1098

· 12· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Destaque

Descida do IVA: Falta coragem para tomar a decisão acertadaSegundo a AHRESP, o IVA a 23% é responsável pelo desaparecimento de milhares de empregos, fruto do encerramento de "milhares de empresas". Cálculos da associação dão conta de menos 43 mil postos de trabalho entre 2008 e 2014, dos quais 12.700 entre 2013 e 2014. A AHRESP estima que entre 2014 e 2015, "o nível de desemprego será ainda pior", devido à "desistência empresarial, por culpa da manutenção da taxa nos 23%". POVO da BEIRA foi ouvir José Manuel Esteves diretor geral da Associação de Hotelaria, Restauração e Simulares de Portugal.

POR CRISTINA VALENTE

POVO da BEIRA: A AHRESP entregou em setembro a segunda pe-tição a pedir a reposição da taxa de IVA nos 13% no setor, este é um as-sunto que volta a estar na ordem do dia. Que argu-mentos têm a Associação para mostrar a importân-cia desta descida para o setor?

JOSÉ MANUEL ESTEVES : O principal argumento do Governo foi o equilíbrio orçamen-tal, para atingir as metas do deficit. Esta questão remonta a 2011, em pro-funda crise económica e financeira, onde a neces-sidade de atingir metas de receitas fiscais acordadas com a TROIKA era uma “obsessão”, e neste con-texto todos os setores de atividade foram chama-dos a contribuir para o cumprimento deste obje-tivo, inclusive a Restaura-ção, através do aumento da taxa do IVA nos Servi-ços de Alimentação e Be-bidas de 13% para 23%, ou sejam, um aumento de 77%!

No entanto, e logo em 2011, a AHRESP alertou o Governo que esta medi-da iria provocar o efeito contrário nas receitas do Estado, derivado do en-cerramento de milhares de empresas, e da destrui-ção de muitos milhares de postos de trabalho, que as entidades oficiais, nomeadamente o INE e o Banco de Portugal, têm vindo a confirmar.

As últimas informa-ções disponíveis divul-gadas pelo INE, revelam que entre 2011 e 2013 houve uma queda do vo-lume de negócios de 1,2 mil milhões de euros, re-presentando uma queda de 16,7% no período em causa.

PB : Acredita que os decisores vão ser sensí-veis aos vossos argumen-tos?

JME: Estamos em crer que todos são, porém

falta a coragem para to-mar a decisão acertada.

A taxa de IVA nos serviços de restauração e bebidas foi pela 14ª vez discutida em Assembleia da República. Atrevemo--nos a dizer que nunca ne-nhuma temática causou tanta celeuma, polémica e dúvida.

A AHRESP vem apelando e argumentan-do desde o final de 2011, com estudos encomenda-dos a entidades indepen-dentes, monitorizações constantes, inquéritos aos empresários, análises es-tatísticas, Petições, ações de sensibilização da opi-nião pública, reuniões constantes com membros do governo, contudo o IVA, no âmbito dos 19 países da UEM – União Europeia Monetária, Portugal é o país com a maior taxa de IVA nos Serviços de Alimentação e Bebidas, 23%, quando a média destes 19 países é de 13,6%. De notar que países como Espanha e

Itália, a taxa é de 10%, ou seja, Portugal tem uma taxa 130% mais elevada.

Estamos certos que com o arranque da cam-panha eleitoral este será um dos temas políticos mais relevantes, dado ser conhecida a divergência entre as principais for-ças eleitorais sobre este tema. Assim, há a expe-tativa legítima, que caso ocorra uma mudança de partido no Governo em 2016, a taxa de IVA seja reposta no valor de 2011, permitindo que o setor volte a crescer. Até lá, e infelizmente, 2015 será mais um ano de sobrevi-vência, encerramentos e mais postos de trabalho eliminados, nas empresas do setor da Restauração e Bebidas.

PB: Os empresários de hotelaria, restauração e similares, queixam-se do aumento de despesas/obrigações como os direi-tos conexos e as "peque-nas fortunas" cobradas

por algumas empresas de HACCP. Que soluções propõe a AHRESP para estas situações?

JME: O nosso setor é sobrecarregado por mais de uma centena de impos-tos e taxas, o IVA é uma delas. As nossas empresas para além das obrigações fiscais têm dificuldade, neste momento de cum-prir com as suas obriga-ções junto de toda a ca-deia de valor. O aumento do IVA, não afeta apenas as nossas empresas e em-presários, afeta também os nossos fornecedores, os nossos clientes. São obrigações atrás de obri-gações, são imposições le-gais, técnicas, fiscais, que assoberbam a atividade das nossas empresas.

A AHRESP tem um plano de ação sobre cada uma delas, sendo o seu objetivo a diminui-ção drástica das mesmas, quer a nível local, quer a nível nacional. O alívio destes Custos de Contex-to são vitais para a sobre-vivência das pequenas e

médias empresas do nos-so setor, que constituem a maioria do nosso tecido empresarial. As Tertúlias da AHRESP, evento local promovido pela Associa-ção, que está a percorrer a zona centro, procuram esse envolvimento e cons-ciencialização local, me-diar as dificuldades dos empresários e o poder lo-cal, são o objetivo.

PB: A AHRESP for-malizou recentemente um Acordo com a Câma-ra Municipal de Lisboa, que contempla uma re-dução de 15%, no tari-fário da taxa de resíduos urbanos. Esse acordo é para se estender a ou-tras autarquias? Nomea-damente às autarquias do Distrito de Castelo Branco?

JME: Sim, esse é o objetivo. A AHRESP iniciará um périplo de ne-gociações, com base nos mesmos princípios (Ser-viços de Utilidade Públi-ca), com as restantes 307 autarquias de Portugal.

Portagens contribuem para redução drástica de clientes

POR CRISTINA VALENTE

POVO da BEIRA: Os associados da AHRESP têm sido bastante contestatários em relação às portagens na A23, considerando-as mo-tivo de redução de visitan-tes à região, e logo menos clientes. O que já fez a As-sociação para demostrar a quem de direito esta insa-tisfação, e o que pode vir a fazer?

JORGE LOUREIRO: Infelizmente, o impacto das portagens é desastroso e por demais evidente. A par do IVA, esta é sem sombra de dúvida, a segunda razão de uma diminuição drástica do fluxo dos clientes, na zona centro.

A comunicação acerca de como proceder ao paga-

mento das portagens é mui-to deficiente, para além do pesado custo, a ineficiente comunicação acaba por afas-tar e desmotivar o visitante. Como promover um destino interno, que conta já com um handicap = custo de acessi-bilidade tão elevado face ao litoral? Esta é uma das ques-tões que nos preocupa, pois a AHRESP crê e aposta na diversidade da oferta turís-tica portuguesa, como por exemplo a Gastronomia, um elemento fundamental e tão caracterizador da nossa ofer-ta turística.

A AHRESP conjunta-mente com o Turismo do Centro, já reuniu com o Se-cretário de Estado das In-fraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Mon-teiro, sobre esta matéria, e

impacto da mesma, nas nos-sas depauperadas, e cada vez mais isoladas empresas.

PB: Quanto às escolas de Hotelaria, o distrito de Castelo Branco tem próxima a escola de Portalegre que os empresários consideram uma mais-valia, mas que corre o risco de ser encerra-da. O que pode a AHRESP fazer para tentar evitar o fe-cho.

JL: A AHRESP está atenta e preocupada com esta situação, tendo já desenvol-vido alguns contactos com o Turismo de Portugal, respon-sável pela reorganização da rede de oferta formativa do país, no sentido de o sensi-bilizar para o impacto de um possível encerramento, de um polo formativo tão importan-te como o de Portalegre.

Jorge Loureiro, coordenador da zona centro da AHRESP, e Presidente da Delegação de Viseu da AHRESP, considera o impacto das portagens nas empresas associadas da AHRESP "desastroso" . Por outro lado o responsável congratula-se com o facto de a Escola de Gestão de Idanha-a-Nova lecionar o curso de Gestão Hoteleira.

Page 13: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 13·Destaque

Descida do IVA: Falta coragem para tomar a decisão acertadaSegundo a AHRESP, o IVA a 23% é responsável pelo desaparecimento de milhares de empregos, fruto do encerramento de "milhares de empresas". Cálculos da associação dão conta de menos 43 mil postos de trabalho entre 2008 e 2014, dos quais 12.700 entre 2013 e 2014. A AHRESP estima que entre 2014 e 2015, "o nível de desemprego será ainda pior", devido à "desistência empresarial, por culpa da manutenção da taxa nos 23%". POVO da BEIRA foi ouvir José Manuel Esteves diretor geral da Associação de Hotelaria, Restauração e Simulares de Portugal.

Portagens contribuem para redução drástica de clientes

PB: Qual é a sua opi-nião, sobre o facto de em Idanha-a-Nova, um conce-lho do interior, e dos mais

desertificados do país, o Politécnico de Castelo Branco, ter apostado no curso de Gestão Hoteleira?

JL: Achamos muito positivo, e saudamos a re-siliência da Escola Superior de Gestão do Instituto Po-litécnico de Castelo Bran-co, que tem sabido manter uma relevante qualidade na sua oferta formativa, sendo mesmo uma referência para muitas instituições de edu-cação e formação profissio-nal, que, no interior do país, se confrontam com as difi-culdades específicas das pe-riferias dos grandes centros de decisão, e de mercados de procura formativa mais alargados.

Quantos mais e melho-res técnicos tenhamos no se-tor do Turismo, mais ganha a qualidade da nossa oferta turística, e mais garantia de satisfação do turista que nos visita, teremos. ■

Jorge Loureiro, coordenador da zona centro da AHRESP, e Presidente da Delegação de Viseu da AHRESP, considera o impacto das portagens nas empresas associadas da AHRESP "desastroso" . Por outro lado o responsável congratula-se com o facto de a Escola de Gestão de Idanha-a-Nova lecionar o curso de Gestão Hoteleira.

PB: Qual é a posi-ção da AHRESP sobre a aprovação pelo Parla-mento Europeu sobre de-finição de taxas máximas cobradas nas transações realizadas com cartões de débito e de crédito dentro da União Europeia. Que procura, travar a existên-cia de comissões classi-ficadas como excessivas cobradas aos comercian-tes?

JME: A AHRESP congratula-se com a po-sição do Parlamento Eu-ropeu sobre esta matéria, uma vez que a reforma do mercado de pagamentos é urgente, na medida em que a Europa necessita de estar pronta para aprovei-tar as oportunidades ofe-recidas pela SEPA (Single European Payments Area) e pelos rápidos desenvol-vimentos tecnológicos.

A fixação máxima das Interchange Fees (Co-missão Interbancárias) em 0,2% nas operações a débito, e de 0,3% nas operações a crédito, só pecam por tardias, pois

permitirão que as nossas empresas vejam reduzi-das as taxas que lhes são cobradas pelas operações com cartões de débito e de crédito, que são das mais elevadas da Euro-pa, facto reconhecido pelo próprio Presidente da Comissão Europeia, e pela Comissária Europeia da Concorrência. Como exemplo, em 2014, Por-tugal tinha taxas signifi-cativamente superiores a Espanha, em alguns ca-sos superiores a 1.000% (mil por cento), um fa-tor que nos retira, entre muitos outros, a compe-titividade internacional.

A AHRESP desde sempre que tem vindo a lutar contra estas taxas, razão pela qual apresen-tou, em julho de 2007, uma Queixa na Autori-dade Concorrência contra o monopólio e posição dominante da SIBS e da UNICRE, a qual, infeliz-mente, foi arquivada em novembro de 2010, altura em que já existiam mais “acquirers” no mercado

para além do NetPay do BPN (primeiro concor-rente da UNICRE a surgir em 2006, e que no setor da Restauração e Bebidas, com o apoio da AHRESP, conquistou mais de 25% das nossas empresas em apenas um ano de ativida-de), nomeadamente a Cai-xa Geral de Depósitos e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

Assim, com este novo pacote legislativo, as nossas empresas pode-rão escolher livremente “acquirers” no mercado europeu e usufruir de con-dições mais vantajosas (o que hoje não é possível). Por outro lado, a pressão competitiva para os “ac-quirers” domésticos irá levar a uma diminuição das taxas a nível nacional para todas as empresas, resultando em benefícios generalizados, indepen-dentemente da sua dimen-são. A própria UNICRE, no seu preçário de 2015, já revelou uma redução das taxas cobradas face ao preçário de 2014. ■

IMI

Paulo Núncio diz que aumento não ultrapassará os 10% em média

Em entrevista à Renas-cença, o secretário de Es-tado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, diz que, em média, o IMI pago pelos portugueses vai aumentar 10%, este ano. "Os números que têm sido apresentados na comunicação social não fazem nenhum sentido", garante o governante.

Paulo Núncio diz que há 350 mil famílias que beneficiam da isenção per-manente do pagamento do IMI, isenção essa criada pelo atual Governo. Estão abrangidas famílias do pri-meiro escalão do IRS [rendi-mentos até sete mil euros] e que tenham casas avaliadas até 66 mil euros. Foi tam-bém este Governo que fez com que esta isenção que, antes, tinha de ser comuni-cada pelo contribuinte, pas-sasse a ser automática em 2015.

Há diversas cláusulas

de salvaguarda no IMI que se mantêm em 2015 e nos anos seguintes. Em particu-lar, mantém-se a cláusula de salvaguarda especial que im-pede que o aumento por ano chegue a 75 euros que chega a um milhão de famílias de baixos recursos (1º escalão do IRS), e cujas casas foram objeto de um processo de avaliação geral.

Em 2015, os aumentos do IMI só serão aplicados a cerca de 30% dos proprietá-rios. Isto porque a cláusula foi sendo aplicada ao longo de três anos e este ano já só se aplica a um terço das pes-soas.

A cláusula geral tinha dois critérios: ou os 75 euros por ano ou um terço da di-ferença. Um exemplo: numa casa em que alguém pagava 100 e depois da avaliação ge-ral passa a pagar 400, a dife-rença é 300. Um terço desse valor é 100, que é superior a

75 euros. E as pessoas paga-vam 100. Há muitas famílias que já esgotaram o valor da cláusula e que em 2015 já es-tão a pagar o valor da avalia-ção. Por isso, o último ano já só aproveita a 30%.

Os valores de aumentos que têm sido apresentados na comunicação social não fazem nenhum sentido. Em média, o valor do aumento do IMI este ano será muito inferior, não deverá chegar aos 10% para as famílias da cláusula geral de acor-do com as estimativas do OE2015. São valores muitís-simo diferentes e muito mais baixos dos que têm sido re-feridos.

Os 500% de aumento a que o aumento poderá che-gar, segundo foi veiculado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, é “um número claramente des-proporcionado” afirmou o governante. ■

PUB

Page 14: Edição nª 1098

· 14· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Vila de Rei

Alunos Vilarregenses na “Festa da Música” em Tomar

Os alunos do 5.ºB, 6.ºA e 8.ºB do Ensino Articulado de Música do Agrupamento de Escolas de Vila de Rei e os alunos da Orquestra Clássica da Escola de Música de Vila de Rei estiveram presentes, na tarde de 14, na iniciati-va “Festa da Música”, que assinalou o 35.º aniversário da Associação de Cultura Canto Firme – Conservató-rio de Artes.

A iniciativa, que teve lugar na sede da Associa-

ção, em Tomar, contou igualmente com a presença da Orquestra de Sopros e de Coros Infantis e Juvenis de Tomar, Mação e Vila de Rei na abertura das festivi-dades, seguindo-se diversas atuações ao longo de toda a tarde.

As atuações dos gru-pos Vilarregenses foram alvo de bastantes elogios, com os alunos a serem brindados com fervorosos aplausos pelo muito públi-co presente no evento.■

Biblioteca Municipal José Cardoso Pires recebe CentroLivro Primavera

A Biblioteca Munici-pal José Cardoso Pires tem patente mais uma edição da CentroLivro Primavera até dia 6 de abril.

Os visitantes voltam assim a ter oportunidade de adquirir as mais variadas obras do mundo da litera-tura, incluindo os autores e

os best-sellers que o público mais aprecia, com diversos descontos e promoções.

Integradas na progra-mação da CentroLivro, serão ainda desenvolvidas outras atividades de pro-moção da educação, do livro e da leitura na comu-nidade.■

Município disponibiliza dados de Contratação Pública de bens e serviços

O website do Municí-pio, disponível em www.cm-viladerei.pt, dispo-nibiliza aos seus visitan-tes, através do separador “Balcão Virtual”, todos os dados de contratação pública referentes a bens, serviços e empreitadas do Município de Vila de Rei.

Desta forma, os in-teressados poderão ter acesso a todos os dados referentes aos Concursos Públicos ou contratos de Ajuste Direto realizados pelo Município (Relató-rios Preliminares e Finais, empresas convidadas, va-lores praticados e critérios

de adjudicação).Paulo César Luís,

Vice-Presidente da Autar-quia e responsável pelo pelouro da Inovação, In-formática e Informação,

adianta que “o website do Município, através da sua ferramenta de Balcão Virtual disponibiliza to-dos os dados referentes à contratação pública da

Autarquia, numa medida que vem também reforçar a transparência económi-co-financeira que tem ca-racterizado o nosso Mu-nicípio.”■

Museu da Geodesia recebeu alunos de Queluz em palestra sobre Vila de Rei

Quatro turmas de alu-nos do 10.º ano da Escola Secundária Padre Alberto Neto, do Agrupamento de Escolas Queluz - Be-las, marcaram presença no Museu da Geodesia, no passado dia 16, onde parti-ciparam numa conferência com o “Concelho de Vila de Rei” como principal te-mática.

A ação inseriu-se no programa da disciplina de Geografia e nas celebrações da Semana da Cultura, e teve o objetivo de permitir aos alunos a obtenção de

conhecimentos alusivos à demografia Vilarregense e os apoios à natalidade que têm permitido a Vila de Rei aumentar a sua população nos últimos anos.

Técnicos da Autarquia realizaram uma apresen-tação de diapositivos com todas as características do Concelho (localização, de-mografia, fauna e flora, hidrografia, diagnóstico social e medidas de apoio à fixação da população), ten-do os alunos demonstrado a sua satisfação com os resul-tados práticos desta visita. ■

Dia do Pai celebrado na Piscina Coberta de Aprendizagem

O Complexo de Pis-cinas volta a assinalar as comemorações do Dia do Pai com um conjunto de atividades entre as crian-ças e os seus progenitores que decorreu de quarta--feira, dia 18, a sexta-feira, dia 20.

As crianças das Cre-ches e Jardins-de-Infância do Concelho, das aulas de Natação para Bebés e Natação para Crianças da Escola de Natação do Mu-nicípio e das Atividades de Enriquecimento Cur-ricular do Agrupamento de Escolas de Vila de Rei, têm, ao longo destes dias, a oportunidade de convi-

dar os seus pais para, gra-tuitamente, participarem nas suas aulas.

Com o objetivo de

fortalecer os laços fami-liares entre pais e filhos, a iniciativa vai possibilitar a realização de diversas

brincadeiras e jogos aquá-ticos que permitem vários momentos de alegria e di-versão.■

Jovens Vilarregenses visitam FuturáliaO Vilarregense F.C.,

com o apoio do Município de Vila de Rei, organizou, no passado dia 14, uma visita à Futurália – Oferta Educati-va, Formação e Empregabili-dade, realizada na FIL – Fei-ra Internacional de Lisboa.

A iniciativa contou com a adesão de 12 jovens que tiveram a assim a oportuni-dade de conhecer e tirar dú-vidas sobre os diferentes cur-sos, programas académicos nacionais e internacionais e analisar diferentes questões relevantes para as suas esco-lhas de futuro.

Os participantes mos-traram a sua satisfação com os resultados da visita, sa-

lientando a importância da iniciativa que conseguiu novamente juntar no mes-

mo espaço estudantes, pais, professores e instituições de ensino.■

Page 15: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 15·Oleiros

Autarquia atribui Bolsas de Estudo-Empréstimo a estudantes de Medicina

Foi, na passada quar-ta-feira, dia 18, publicado, em Diário da República, o Projeto de Regulamento para Atribuição Excecio-nal de Bolsas de Estudo--Empréstimo a Estudantes de Medicina pelo Municí-pio de Oleiros. A medida tem como objetivo refor-çar a fixação de médicos na área do concelho, no-meadamente jovens. Este é um regime excecional de atribuição de bolsas de estudo-empréstimo, sendo as mesmas atribuídas tanto a alunos a estudar em Por-tugal como no estrangeiro e implicam, desde logo, um compromisso de hon-ra de prestarem serviços e fixarem residência perma-nente no concelho, após a conclusão do curso.

A medida pretende colmatar a falta de médi-cos, sobretudo médicos de família, que permitam dar resposta às necessidades de cuidados de saúde de uma população maiorita-

riamente idosa. No caso particular do concelho oleirense, verifica-se que há mais de trinta anos ne-nhum médico fixou resi-dência no concelho.

Por outro lado, esta medida pretende impul-sionar o desenvolvimento económico, educacional, social e cultural do con-celho, diminuindo as as-simetrias sociais existen-tes, ao mesmo tempo que pretende apoiar os jovens oriundos de famílias mais carenciadas no prossegui-

mento de estudos no ensi-no superior.

No futuro, caso o Mu-nicípio se venha a depa-rar com a falta de outros quadros qualificados para responder às necessidades da população, poderão vir a ser criadas novas bolsas de estudo, através da apro-vação de Regulamento Municipal no qual serão estabelecidas as condições para a atribuição das bol-sas aos estudantes, aten-dendo às especificidades de cada curso.■

Sessão de Esclarecimento sobre Reabilitação Urbana

Realizou-se na passada terça-feira, dia 17 pelas 10 horas, no auditório da Casa da Cultura, uma sessão de esclarecimento sobre a Área de Reabilitação Urba-na (ARU) de Oleiros. Sen-do este um projeto que pre-tende contrariar o estado de degradação do espaço urba-no, através do incentivo à sua requalificação por inter-

médio de alguns benefícios fiscais que irão ser conce-didos. A Operação de Rea-bilitação Urbana (ORU) de Oleiros encontrou-se em discussão pública até à pas-sada segunda-feira, dia 23.

Pretende-se assim pro-mover e valorizar do espaço urbano de forma integrada, com o consequente incre-mento da qualidade de vida

da população, através de uma Operação de Reabili-tação Urbana (ORU) que será apresentada nesta ses-são à população.

Esta medida surgiu em articulação com o Quadro de Referência Estratégi-ca Nacional (2014-2020) pretendendo contrariar o estado de degradação dos centros urbanos (edifícios,

infraestruturas e espaços exteriores), fruto do enve-lhecimento, da sobrecar-ga de usos, da escassez de recursos económicos para novos investimentos e para manutenção ou do desajus-tamento dos desenhos aos novos modos de vida, ao mesmo tempo que preten-de fomentar a qualidade de vida das comunidades.■

PUB

AVISO N.º 6/2015Extrato

Projeto de Regulamento para Atribuição Excecional deBolsas de Estudo-Empréstimo a Estudantes de Medicina

Nos termos do disposto no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 no-vembro, informam-se todos os interessados que foi publicado no Diário da República, 2.ª série, de 18 de março de 2015, o Edital n.º 205/2015, pelo qual se encontra aberto, pelo prazo de 30 dias a contar da data da publicação na 2.ª série do Diário da República, um período de discussão pública ao Projeto de Regulamento para Atribuição Excecional de Bolsas de Estudo-Empréstimo a Estudan-tes de Medicina.O Projeto de Regulamento poderá também ser consultado nas Jun-tas de Freguesia do Município de Oleiros todos os dias úteis durante o horário de expediente ou através do sítio eletrónico da Câmara Municipal de Oleiros (www.cm-oleiros.pt).Os contributos deverão ser apresentados nos termos do referido avi-so.

Paços do Concelho, 18 de março de 2015

O Presidente da Câmara,Dr. Fernando Marques Jorge

POM de Oleiros é o primeiro a ser aprovado em 2015 no distrito

Realizou-se no passa-do dia 19 de março, no Au-ditório da Casa da Cultura de Oleiros, a primeira reu-nião de 2015 da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI) de Oleiros, na qual foi apresentado e aprovado por unanimidade o Plano Operacional Muni-cipal (POM) de Defesa da Floresta Contra Incêndios referente ao corrente ano. Esta aprovação é a primeira do distrito e refere-se a um documento elaborado pelo

Gabinete Técnico Florestal do Município que congre-ga o planeamento anual de todos os meios envolvidos no dispositivo DFCI du-rante o período crítico.

Como nota adicional nesta edição do POM, foi referida a incorporação de uma nova viatura afeta à Junta de Freguesa de Mos-teiro, a qual irá reforçar o dispositivo, nomeadamen-te no que se refere à vigi-lância do território durante a época de incêndios flores-tais. ■

Page 16: Edição nª 1098

· 16· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Proença-a-Nova

Banco de manuais escolares usados é criado no concelhoA Biblioteca Muni-

cipal, em parceria com a Associação de Pais e En-carregados de Educação do Agrupamento de Es-colas de Proença-a-Nova, aderiu ao Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares. Esta é uma ini-ciativa de âmbito nacional que agora é replicada no concelho, sendo o terceiro banco de manuais escola-res no distrito.

Assim, quem tiver livros que já não utilize, pode entregá-los na Bi-

blioteca para integrarem este banco de manuais escolares: o propósito é empresta-los a quem deles necessite, independente-mente da sua localização geográfica. Da mesma forma, um residente no concelho pode solicitar um livro de outro banco de manuais escolares: os CTT são parceiros desta iniciativa e enviam as en-comendas sem qualquer custo para os promotores da troca.

Criado de forma in-

formal por um grupo de cidadãos, este projeto pro-move a criação e divulga-ção de bancos de recolha e partilha gratuita de livros escolares a nível nacio-nal. “Reutilizar é ainda melhor que reciclar” é o lema do Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares, que destaca o princípio de gratuitidade do mesmo: em caso al-gum poderá haver troca de dinheiro no empréstimo dos manuais. A Biblioteca Municipal, que recebe os

livros, terá simplesmente a tarefa de os gerir, con-soante as solicitações que recebe.

Adicionalmente, po-dem também ser entre-gues livros já “em fim de vida”, ou seja, manuais que não tenham condições para serem emprestados. Neste caso, o movimento reutilizar.org envia-os ao Banco Alimentar contra a Fome que, por sua vez, os recicla em troca de dinhei-ro que usará para comprar comida.■

Proencenses avaliados a nível físico Mais de 200 avaliações

do nível físico foram rea-lizadas durante a Semana da Prevenção e Combate à Obesidade, que decorreu de 9 a 14 de março nos di-versos equipamentos des-portivos do Município, a maior parte realizadas a

pessoas que não participam regularmente nas ativida-des disponíveis.

A organização, a cargo do Grupo de Desporto e da Unidade Móvel de Saú-de da Câmara Municipal, considera a iniciativa um sucesso, tendo sido excedi-

das as expetativas iniciais. “Esta semana tinha como objetivo sensibilizar as pessoas para a problemá-tica da doença do século XXI que é responsável, em muitos casos, por doenças cardiovasculares e diabe-tes”, afirmou Nuno Alves,

do Grupo de Desporto do Município. “Está provado que o exercício físico con-trolado e regular baixa o risco de diabetes e os ín-dices da obesidade”, con-clui.

Já quanto aos níveis de colesterol, glicémia e

tensão arterial, os parti-cipantes mostraram-se, regra geral, mais atentos à sua saúde. “O principal problema que observámos foi realmente o excesso de peso e a falta de exercício físico regular”.

O Grupo de Desporto

espera que o número de uti-lizadores nas diversas ativi-dades e no ginásio aumente cerca de dez por cento até porque foram preparados mais de meia centena de planos de treino, adequa-dos às características de cada avaliado.■

Mais de 200 pessoas participam em conferência sobre a floresta

Rentabilidade do pinheiro bravo permite criar futuro diferente para a espécie

Confirmando o inte-resse que o setor florestal tem para a economia re-gional e nacional, mais de 200 pessoas participa-ram na conferência que teve lugar este sábado, 21 de março, no Centro Ciência Viva da Floresta (CCVFloresta) dedicada ao tema “Floresta e Terri-tório: Riscos, Economia e Políticas”. Organizada pela Comunidade Inter-municipal da Beira Baixa (CIMBB), em conjunto com a Câmara Munici-pal de Proença-a-Nova e o CCVFloresta, esta ini-ciativa teve precisamen-te como objetivo debater questões fundamentais so-bre um dos principais re-cursos endógenos do país, com especial incidência no pinheiro bravo. João Paulo Catarino, presiden-te da CIMBB e do muni-cípio anfitrião, considera que o pinheiro bravo será uma cultura inviável se for utilizada exclusivamente, ou quase, na produção de energia.

“A importância des-ta indústria no passado,

no presente e no futuro é inquestionável. Contudo, terá de ser complemen-tada com uma indústria que transforme, com ino-vação, médios e grandes diâmetros e complemen-tada também com a resi-nagem”, salientou.

Durante a conferên-cia, muitos foram os mo-tivos apontados para um presente menos otimista para esta espécie, todos li-gando de forma estrutural floresta e território: face à tendência de despovoa-mento das zonas rurais, a floresta é das primeiras a sofrer as consequências da desertificação e do pro-gressivo envelhecimento da população do interior pois, não sendo limpa com tanta regularidade, torna--se mais vulnerável a in-cêndios florestais de gran-de dimensão que dizimam tanto as propriedades limpas, como as que estão abandonadas. Adicional-mente, os fenómenos mi-gratórios e emigratórios colocaram novas gerações longe das raízes dos seus antepassados, deixando de

cuidar e valorizar os seus terrenos de floresta, con-tribuindo para a proble-mática do cadastro, quan-do se estima a existência de um milhão de hectares de terrenos privados aban-donados.

A presidente do Ins-tituto de Conservação da Natureza e Florestas referiu precisamente que apenas 2,5% das proprie-

dades florestais perten-cem ao Estado e a outras entidades públicas, sendo os restantes possuídos por comunidades locais e enti-dades privadas.

“Atendendo ao regi-me de propriedade priva-da dominante, a melhor política de gestão das flo-restas para valorizar a sua função de conservação da natureza e de salvaguarda

da biodiversidade passa obrigatoriamente por ga-rantir a viabilidade eco-nómica dos sistemas de produção”, afirmou Pau-la Sarmento.

A encerrar a conferên-cia, a presidente da Co-missão de Coordenação e Desenvolvimento Regio-nal do Centro chamou a atenção para a necessida-de de ocupar o território,

requalificar as pessoas e incentivar o investimento na fileira. Ana Abrunhosa elencou uma série de me-didas previstas no próxi-mo Quadro Comunitário de Apoio, nomeadamente o PDR que define os ins-trumentos de apoio finan-ceiro para esta fileira, que abrangem áreas como a proteção e reabilitação do espaço, a prevenção do risco de incêndio e ações de estabilização nas fases posteriores aos fogos flo-restais bem como apoios para a beneficiação da flo-resta.

“Constata-se que as fileiras florestais que pro-duzem sustentabilidade para todos os seus agen-tes criam riqueza para os seus proprietários e para o território. No caso do pinheiro bravo, precisa-mos de complementar a indústria atual com in-dústria inovadora que crie produto final com valor acrescentado, de forma a remunerar todos os agen-tes da fileira, incluindo os proprietários”, sintetizou o presidente da CIMBB. ■

Page 17: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 17·Sertã

CCD Sertã conquistou pódios, tacs e recorde em Ponte de Sor

O CCD da Sertã par-ticipou nos Campeonatos Regionais de Piscina de 25 metros que se realizaram na cidade de Ponte de Sor. A prova contou com a pre-sença de mais de 220 nada-dores em representação das Associações de Natação do Interior Centro e do Alente-jo. No total estiveram pre-sentes 18 clubes.

A Equipa da Sertã par-ticipou com cerca 21 nada-

dores, 12 femininos e nove masculinos, dos escalões de

infantis, juvenis e juniores, tendo sido um dos clubes

com mais participantes, nes-ta que é a prova mais impor-tante da primeira metade da época a nível regional. Quanto aos resultados, fo-ram muito positivos tendo--se verificado uma forte ati-tude competitiva e uma boa qualidade no desempenho.

A Equipa da Sertã conquistou um total de 76 medalhas, 28 de primeiro lugar, 26 de segundo e 22 de terceiro. ■PUB

O crescente envelhecimento da população portuguesa, aliado às transformações que a nossa sociedade está a ser sujeita, provoca uma necessidade de infraestruturas onde os idosos possam viver com a máxima qualidade de vida. A Casa dos Mestres surge como uma resposta válida a esta situação, apresentando uma filosofia que assenta na promoção do bem-estar, conforto, apoio ao utente e à famí-lia, combate à solidão e supervisão permanente As nossas instalações possuem climatização, quartos duplos e individuais com WC, sa-las de estar e de convívio, ginásio e capela.Sustentados pela tranquilidade e harmonia da natureza envolvente, criámos um ambiente único e acolhedor, só para si.

[email protected] www.centrosocialmarmeleiro.pt GPS: 39º45'40.8"N 8º04'24.6"W

Centro Social do Marmeleiro Rua Manuel Lourenço 6100-424 Marmeleiro SRT Tel: 274 602 684 | Fax: 274 602 694

PUB

Sertã às escuras durante uma hora

À semelhança de anos anteriores, a autar-quia aderiu à denominada “Hora do Planeta”. Esta iniciativa, a que se asso-ciam inúmeras entidades públicas e privadas, decor-re à escala mundial e con-siste em desligar todas as luzes, interiores e exterio-res dos edifícios e monu-mentos emblemáticos das cidades, assim como das residências particulares no próximo sábado, entre as 20H30 e as 21H30.

Deste modo, a Câma-ra Municipal pretende des-ligar as luzes do edifício dos Paços do Concelho,

da Casa da Cultura, do Jardim da Cerrada e das margens da ribeira desde as Piscinas Municipais até à ponte viária da Carvalha, na Sertã, durante a “Hora do Planeta”.

Pretende-se que cida-dãos e entidades em todo o mundo desliguem as suas luzes durante uma hora, a “Hora do Planeta”, como forma de mostrar a diferença na luta contra as alterações climáticas. Este evento simbólico pretende estimular a tomada de me-didas para reduzir as emis-sões de carbono de forma contínua e diária. ■

Crianças passam a “Noite na Biblioteca”

Na noite de sexta-feira para sábado, a Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes recebe a quarta edição da iniciativa “Noi-te na Biblioteca.” Assim, aquele espaço vai ganhar vida durante a noite, num serão que promete muitas aventuras e surpresas.

Refira-se que, nas edi-ções anteriores de “Noite na Biblioteca”, participa-ram várias crianças muni-das de saco-cama, pijama

e chinelos, que tiveram a oportunidade de viver uma aventura inesquecível, mui-to diferente daquilo a que estavam habituadas.

Promovida pela Câ-mara Municipal da Sertã, esta iniciativa tem como principal objetivo fomentar o contacto de forma lúdica com mundo maravilhoso dos livros e das histórias. Inicia-se às 19 horas de 27 de março e termina às 9 ho-ras do dia seguinte. ■

Cernache do Bonjardim

Instituto Vaz Serra recebe diploma de qualidade do projeto Eco-escolasCOM RÁDIO CONDESTÁVEL

Na passada sexta--feira, dia 20, o Instituto Vaz Serra (IVS) assinalou o Dia Mundial da Árvore com um conjunto de ini-ciativas.

Os alunos plantaram mais uma árvore no recin-to da escola, descerraram um painel de azulejos alu-sivo ao nome do projeto onde se pode ler “A cuidar do ambiente desde 2007” e içaram a Bandeira Eco--Escola. Além destes as-petos foi ainda dado a co-nhecer que o IVS recebeu o Diploma de elevada qua-lidade no âmbito do pro-jeto Eco-escolas por, entre outros aspetos, ostentar consecutivamente, desde 2007/2008, o galardão que dá nome ao projeto.

“Algo que merece-mos, fruto do trabalho de

toda a comunidade educa-tiva e que reflete a preocu-pação ambiental de toda a comunidade escolar”, explicou Carlos Miranda, Diretor Pedagógico deste estabelecimento de ensino.

O programa em ques-tão é desenvolvido em Cer-nache há vários anos e no decurso deste tempo são reconhecidas algumas alte-rações de hábitos ambien-tais. Carlos Miranda exem-plifica que “antes eram deixados mais resíduos no

chão e hoje são em menor quantidade. Conseguimos um grande volume de re-ciclagem, para além de despertarmos a consciên-cia ambiental nos nossos jovens”, atesta o diretor.

Uma das professoras que desenvolveu o projeto durante os últimos cinco anos foi Elga Silva. À Rá-dio Condestável confessou que “o trabalho foi um de-safio e foi interessante”, sentindo por isso orgulho na receção do diploma já

referido. “Os alunos levaram

bons hábitos para casa e isso foi bom”, disse a pro-fessora, considerando que uma das práticas que foi bem conseguida foi a da reciclagem.

Quem tem a respon-sabilidade de seguir com o projeto é a professora Ana Lavrador. Sentindo o peso da responsabilidade con-fessou que irá “continuar o bom trabalho que foi desenvolvido até aqui por forma a manter os galar-dões obtidos nesta área do ambiente”.

Neste momento são alguns os projetos que es-tão a ser desenvolvidos, nomeadamente a preser-vação das cameleiras e a construção de um jardim, à base de pacotes de sumo, que será posteriormente colocado a concurso. ■

Page 18: Edição nª 1098

· 18· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Desporto

Distritais de Futsal

CB Oleiros Retaxo Carv. FormosoPenamacorenseLadoeiroProençaCP FerroAlcaria

1414141414141414

Jgs Pts39362322191392

Play-Off - 18/4/2015

CB Oleiros - PenamacorenseRetaxo - Carv Formoso

12345678

14ª Jornada - 14/3/2015CB Oleiros 3-1 Penamacorense

Proença 6-5 Ladoeiro Retaxo 11-2 Alcaria

CP Ferro 3-3 Carv Formoso

Carapalha com excelente resultado em Espanha

A Associação Cultural e Desportiva da Carapalha (ACDC) congratula-se por mais um excelente resulta-do obtido no II Open In-ternacional de Taekwondo, realizado na cidade de Pla-sencia, em Espanha no dia 14 de março, pela sessão de Taekwondo. “Foi um excelente resultado em re-presentação da associação, dignificando o nome da cidade de Castelo Branco, da região e do país. Estas conquistas devem-se es-

sencialmente ao trabalho desenvolvido pelo Mestre Sebastião Fernandes com os alunos e familiares des-ta modalidade, bem como pelas condições que dis-põem nesta casa”, reitera, José Perquilhas, presidente da coletividade.

Os atletas das Escolas de Artes Marciais Koreanas da Associação Cultural e Desportiva da Carapalha, junto com o Mestre Sebas-tião Fernandes, destaca-ram-se perante as restantes

equipas que representaram o país.

Neste eventos estive-ram presentes cerca de 350 atletas, com a participação em prova do campeão olím-pico da seleção de Espanha.

“Pelo numero de atle-tas presentes, torna ainda mais gratificante esta con-quista. Sendo esta prova no estrangeiro, para este atleta tem outro sabor. Vencer em Espanha, um dos principais países euro-peus da modalidade, com

vários atletas e treinado-res mundiais e olímpicos é muito importante e gra-tificante, demonstra o nos-so trabalho desenvolvido diariamente dentro desta casa. Fomos bem acolhi-dos pela organização Gim-nasio Losan e promotor: Federação Extramadura de

Taekwondo, onde assina-mos o protocolo de coope-ração técnica entre Castelo Branco e a Extremadura Espanhola”, concluiu o di-rigente.

As próximas provas In-ternacionais, iniciam-se no dia 28 e 29 do corrente mês, em Peniche. ■

Taekwondo

Associação de Ténis de Castelo Branco participa em Idanha-a-Nova

Nos dias 14 e 15 de março decorreu, o cam-peonato regional de ténis de sub 14 nos campos de ténis de Idanha-a-Nova. A prova contou com a presença de atletas de vários clubes sendo que o clube da casa foi como já é hábito o mais repre-sentado com a presença de oito atletas. O novo campeão regional é Hen-rique Brancal do Clube de Campo da Covilhã e o vic- campeão é Fran-cisco Fernandes do Clube Ténis de Idanha-a-Nova que atingiu a final depois de uma meia final muito disputada com Vasco Vaz do CCC, e que ficaria de-cidida apenas no tiebreak do terceiro set. Em pares sagraram-se campeões regionais Henrique Bran-cal/Vasco Vaz do CCC frente a Francisco Fer-nandes/Ricardo Macha-do do CTIN. No mês de

fevereiro já se tinha reali-zado o regional de sub 18 nos campos da associação tendo-se sagrado vence-dor em singulares o atleta do RibaClub, Rodrigo Ra-malho e sendo vice cam-peão João Varão do Clube Ténis de Idanha. Em pa-res assistiu-se a uma final inteiramente idanhense com o par João Varão/Tobias Martins a levar a

melhor sobre João Gon-çalo/João Ferrer. O nível exibido pelos atletas reve-la a crescente importân-cia que este desporto tem vindo a conseguir entre os jovens da região e deixa um maior desafio aos clu-bes do distrito no sentido de lhes proporcionar cada vez mais e melhores con-dições de treino e compe-tição. ■

Raia Aventura avança em várias frentes A Associação Clube

Raia Aventura inaugurou no passado dia 22 de Março, a sua pista de treino para tiro com arco.

Este espaço situado junto ao campo de Paintball desta mesma associação, na freguesia de Caféde, visa permitir a prática desta mo-dalidade a várias distâncias, e com alvos “FITA” ou em 3D, que simula animais. Neste evento estiveram pre-sentes uma dezena de prati-cantes, femininos e mascu-linos, e de várias vertentes da modalidade como foi o caso dos arcos recurvos, ar-cos históricos e de arcos de roldanas (compound). Neste evento, esteve também um representante da Federação de Arqueiros e Besteiros de Portugal (FABP), onde elo-giou o espaço e a dinâmica desta associação, ficando em aberto a organização de uma prova do Campeonato Na-cional de Arcos Históricos no distrito.

Em fevereiro, foi tam-bém o mês em que a Raia Aventura inaugurou a sua escola de escalada, que era uma ambição de vários anos, e que agora é uma realidade. Este espaço está situado nas instalações da Academia Raia Aventura, nas antigas piscinas municipais perto do Castelo.

Esta estrutura foi um in-vestimento de cerca de dois mil euros, que conta com uma parede com vários ân-gulos de inclinação com cer-

ca de 20m2 e uma parede de ângulos variáveis com cerca de 15m2. Esta aposta feita no inicio deste ano já está a dar os seus frutos dado que o grupo de escalada já tem cerca de 20 atletas, e que irão estar filiados na Federação de Campismo e Montanhis-mo de Portugal. A escola de escalada funciona todas as segundas, quartas e sextas, das 18 ás 22 horas, e com uma saída para paredes na-turais ao fim de semana uma vez por mês.■

Nacional de Futsal2ªDivisão-Série D 14/15

Fase Manutenção

FátimaBairro Boa EsperançaCasal Velho EléctricoOlho Marinho Acad. Caranguejeira CP Miranda Corvo Associação Soujovem

11111111

Jgs Pts

21191714111073

12345678

1ª Jornada - 21/3/2015

Miranda Corvo 7-3 Soujovem Olho Marinho 0-2 Fatima

Casal Velho 4-2 CaranguejeiraElectrico FC 2-2 Boa Esperança

2ª Jornada - 4/4/2015

Soujovem - Electrico FCFatima - Miranda Corvo

Caranguejeira - Olho MarinhoBoa Esperança - Casal Velho

Page 19: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 19·Desporto

34332922181414131313

Jgs Pts

15151515151515151515

Campeonato Distrital

Águias do Moradal AlcainsAD EstaçãoARC Oleiros Ac. FundãoBelmonteVila Velha de RódãoAtalaia do CampoProença-a-NovaPedrogão

123456789

10

16ª Jornada 29/3/2015

Ac. Fundão - AlcainsÁ.g. do Moradal - AD EstaçãoBelmonte - Vila V.de Ródão

Proença-a-Nova - Atalaia do Campo ARC Pedrogão - Oleiros

POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Num jogo aguardado com enorme expetativa, dado que as duas equipas necessitavam de pontuar, o Benfica e Castelo Bran-co conseguiu arrancar uma vitória perante um adversário nada fácil, e sempre capaz de causar surpresas quando ataca-va. No entanto, os en-carnados foram a equipa mais acutilante, podendo inclusive no intervalo es-tar a vencer, não fosse um potente remate de João Rui ter embatido na trave do guardião Bruno Lúcio.

Na etapa comple-mentar o técnico Ricardo António numa jogada de mestre, substituiu Tomé por Baldé, com este joga-dor a fazer de imediato o

primeiro e único golo do encontro. Em vantagem os albicastrenses conti-nuaram a dominar, po-dendo mesmo aumentar a vantagem aos 72 mi-nutos, quando João Rui

desperdiçou uma grande penalidade, que resultou numa boa defesa do guar-da-redes algarvio. No res-caldo deste castigo, Vila viria o cartão vermelho direto.

Vitória justa da me-lhor equipa em campo, que na próxima jornada, sábado, 28 de Março, terá uma deslocação difícil ao reduto do Nogueirense.

Boa arbitragem ■

Benfica CB

Árbitro: Jorge FaustinoAuxiliares: Rui Freire e José Meira (AF Leiria)

Benfica CB: Hidalgo, André Cunha, Tomé (58, Baldé), Tomás, Job (88, Carlos André), Ragner (72, Vasco Matos), Marocas, Fábio Marinheiro, Fábio Santos, Dani Matos e João Rui.Treinador: Ricardo AntónioMarcador: Baldé (60)Cartão amarelo: Job (23), Dani Matos (80) e Vasco Matos (86)

Louletano 1

Estádio Municipal de Castelo Branco

Louletano: Bruno Lúcio, Jackson, André Vieira, Vila, Ravera (62, Atabú), Leandro, Fausto, Cordeiro, Pedro Machado (70, Pias,), Bruno Torres (62, Vilela) e Nuno Moreira.Treinador: Luís ManuelCartão amarelo: Cordeiro (55)Cartão vermelho: Vila (72)

0

Campeonato Nacional Seniores – Fase Subida

Encarnados vencem com justiça

Campeonato Nacional Seniores - Série E

Mafra OperárioBenfica C.BrancoCasa Pia 1º Dezembro AD NogueirenseCaldasLouletano

66666666

Jgs Pts

12111097774

12345678

7ª Jornada - 28/3/2015

Louletano - Mafra Operário - Casa Pia

1º Dezembro - Caldas Nogueirense - Benfica CB

Castelo Branco

A cidade de Ponte de Sôr recebeu a 14 e 15 de mar-ço, o Campeonato Regional de Categorias, contado com a participação de 224 atletas distribuídos por 19 clubes dos Distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco e Guarda.

A prova foi organizada pela Associação de Natação do Interior Centro, “encer-ra” a época desportivo de inverno.

A ANAR fez-se repre-sentar por 15 atletas 9 femi-ninas e 6 masculinos, sendo um torneio de dois dias, onde cada nadador partici-pa em cerca de 10 provas, exige uma capacidade de so-frimento e superação.

Os resultados obtidos pela ANAR revelam o tra-balho desenvolvido diaria-

mente, com 65 subidas ao pódio onde 38 foram no lugar mais alto, 16 segundos lugares e 11 terceiro, distri-buídos varias categorias etá-rias e por género.

De destacar as parti-cipações de Rita Cardozo vencendo todas a provas

do estilo de Costas (50, 100 e 200 metros); Luís Viana vencendo as provas de 50 e 100 bruços; António Este-ves dominado por completo as provas de fundo e meio fundo (200, 400, 800 e 150 metros livres); Soraia Car-valho vencendo os 800, 400

livres, 200 bruços; Cláudia Lopes vencedora dos 400 li-vres e 400 estilos, 200 livres e 200 estilos e 100 livres em infantis A.

Pedro Riscado vence-dor dos 400 estilos e 200 mariposa; Beatriz Fradique nos 200 livres. ■

ANAR termina época de inverno em prova na Ponte Sôr

Elétrico FC 2 ARB Boa Esperança 2

Foi um jogo difícil e emotivo, onde o resultado final acaba por se ajustar ao que se passou durante os 40 minutos.

A primeira parte foi ex-tremamente equilibrada, e o 0-0 ameaçava tornar-se o resultado ao intervalo, mas uma expulsão exagerada de Rui Pedro precipitou o 1-0 para os locais mesmo a aca-bar a primeira parte.

Na segunda parte o domínio da Boa Esperança

foi evidente e Paul foi um mero espetador na sua ba-liza. No entanto, em contra ataque, o Electrico acaba por chegar ao 2-0, num re-sultado totalmente injusto nesta fase. A BBE apostou em GR avançado e acaba por chegar ao empata fruto de dois golos, um de Artur e outro de Machado já den-tro dos três minutos finais.

Resultado justo que mantém a BBE na rota da projetada manutenção. ■

O programa Acerte o Passo, da Associação de Profissionais de Educação Física de Castelo Branco, esteve presente na Meia Maratona de Lisboa com um total de 23 pessoas. Com três estreantes na dis-tância de 21 quilómetros, e com os restantes a concluir a Mini numa jornada de confraternização também com outros grupos albi-

castrenses, nomeadamente a Associação de Apoio à Criança e os Alcains Athle-tics, entre os mais de 35 mil que passaram a ponte de 25 de Abril numa magnifica manhã de primavera.

O desafio tinha sido lançado aos participantes do programa “Acerte o Pas-so”, à alguns meses atrás, tendo quer nas sessões realizadas todas as terças

e sextas na zona de lazer quer nas sessões que cada um realiza em autonomia ir contruindo a forma física que possibilitou concluir as suas provas sempre numa perspetiva de bem estar, saúde e de conquistas de realizações pessoais.

A Associação de Pro-fissionais de Educação Física de Castelo Branco contou com o apoio da Câ-

mara Municipal de forma a proporcionar a cada um dos participantes um dia ines-quecível pela participação numa prova desta dimen-são.

Foram estreantes na Meia Maratona as atletas do “Acerte o Passo”, Fáti-ma Pedroso e Inês Ferreira e o jovem João Pedro Ra-malho, sendo certo que o es-forço realizado nos treinos e

na prova, deu os seus frutos quando viveram a emoção de cruzar a meta e receber a tão almejada medalha.

O programa Acerte o Passo continua a funcionar todas as terças e sextas fei-ras no edifício da lagoa na Zona de Lazer, entre as 18 e as 19 e 30 e é aberto a to-dos os adultos interessados, sendo a participação gratui-ta. ■

Acerte o Passo participa em Maratona de Lisboa

15ª Jornada 22/3/2015

AD Estação 2-0 Ac. FundãoVila V.de Ródão 2-2 Á.g. do Moradal

Atalaia do Campo 2-0 Belmonte Oleiros 2-1 Proença-a-Nova Alcains 6-0 ARC Pedrogão

6ª Jornada - 22/3/2015

Benfica CB 1-0 LouletanoMafra 1-0 Operário

1º Dezembro 2-0 Casa Pia Caldas 1-1 Nogueirense

Page 20: Edição nª 1098

· 20· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Cultura

Sugestões de Cristina Valente

Cinema no Cine-Teatro Avenida

Livros & LeiturasPENSAMENTOS DE SANTA TERESA DE JESUS

Compilação das me-lhores reflexões de Santa Teresa de Jesus, conhe-cida também por Teresa d’Ávila, no momento em que se assinalam os 500 anos do seu nascimento.

Ao longo da sua obra reside o desvenda-mento da “verdadeira oração” e dos meios para a ela aceder, através de uma cândida e eficiente linguagem figurada. Tão assiduamente poética na forma do conteúdo e na forma da expressão da sua prosa testemunhal e reflexiva, Teresa d’Ávila não se coíbe de sugestões críticas (ou mesmo de denúncias ético-sociais) e sobretudo de alusões irónicas a atitu-des e contradições no seio das sociedades cristãs e das instituições eclesiais.

Um livro de pensamentos que pretende pôr os cristãos em contacto com a grande mestre e doutora que é Teresa de Jesus.

As sinopses publicadas são da inteira responsabilidade das editoras

Longinos Solana SaenzTeresa d’Ávila, Santa Teresa de Jesus, nasceu na

cidade de Ávila, Espanha, a 28 de Março de 1515 (m. 1582), foi uma religiosa, Carmelita, mística e es-critora, no século XVI. Doutora da Igreja Católica é um dos expoentes máximos do espiritualismo cristão.

N.º de páginas: 128PVP: 14,90€

Christine Lucas acorda todos os dias assustada e confusa. Dorme ao lado de um homem que diz ser seu marido numa casa que ele diz ser deles, mas nada disto lhe é familiar. Christine sofre de am-nesia psicogénica, como resultado de um aciden-te traumático, e não se lembra de nada do seu passado mais recente - do acidente ou de Ben, que todos os dias tem de se apresentar e lhe explicar a vida que têm em comum.

Entretanto, o Dr. Nasch, um neuropsicólogo com quem Christine tem vin-do a trabalhar, sem o co-nhecimento de Ben, para recuperar a sua memoria, força-a a questionar tudo o que lhe dizem e todos aqueles que fazem parte da sua vida: estará Ben a dizer a verdade sobre o que se passou? Quais serão as verdadeiras in-tenções do Dr. Nasch? Será a sua condição uma simples consequência do acidente?

Dia 1 de abril - sessão às 21h30M/16 - Bilhete: 4 euro

Antes de adormecer

Castelo Branco - Cine-Teatro AvenidaDia 27 às 21:30 - Teatro M/16Bilhete 5 euros

Thomas, um homem de 33 anos, vive com a mãe incapa-citada numa aldeia chamada Inishfree. Sai todos os dias de casa, munido de uma agenda, para inspeccionar o comporta-mento dos habitantes da aldeia e assegurar o cumprimento dos valores morais e éticos. Tem a convicção de que se trabalhar muito poderá salvar o mundo, erradicar o pecado e sentar-se ao lado de Deus. En-contra-se escondido num de-pósito abandonado no campo desde o trágico acontecimento. Está só, fechado e com alguns

objetos indispensáveis: a farda do pai e gravadores antigos de fita magnética.Há uma atmosfera de violên-cia iminente e constante contra um mundo que não o entende, violência contra um homem que não entende o mundo que o rodeia.

Misterman de Enda Walsh

Dia 30 de março - sessões às 18h e 21h30M/12 - Bilhete: 4 euro

Olhos grandes

No final dos anos 1950 e início dos anos 1960, o pintor Walter Kea-ne tinha alcançado um sucesso inacreditável, revolucionando a comer-cialização da arte popu-lar com as suas pinturas enigmáticas de crianças com olhos grandes. A bi-

zarra e chocante verdade acaba, no entanto, por ser descoberta: as obras de Walter não tinham sido criadas por ele, mas pela sua mulher, Marga-ret. Os Keane viviam até então uma grande menti-ra com a qual enganavam o mundo...

Prefácio de José Carlos Seabra Pereira

Alcains - Museu do CanteiroAté 26 de abril

O Museu do Canteiro e a Bi-blioteca Municipal de Castelo Branco acolhem a exposição "Pedras que Jogam - Jogos de Tabuleiro de Outras Épo-cas", desenvolvida pelo De-partamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Museu da Cidade - Câmara Municipal de Lisboa.A exposição "Pedras que jo-gam - Jogos de Tabuleiro de Outras Épocas" é uma ini-ciativa que surge da procura de ligações da Matemática a diversas atividades humanas, neste caso o "jogo", e a outras áreas do saber como a Arqueo-logia, a História, o Património, a Sociologia e a Antropologia. O "jogo", cuja origem é, cer-tamente, tão antiga como o

próprio Homem, é uma ativi-dade que estando submetida a regras que estabelecem quem vence e quem perde, tem, natu-ralmente, uma grande afinida-de com o próprio exercício da Matemática. Esta exposição é uma viagem ao longo dos tempos antigos onde nos pode-mos encontrar com peças que foram acumuladas ao longo dos séculos e constituem uma herança cultural do nosso país.

Pedras que jogam, Jogos de tabuleiro de outras épocas

Castelo Branco - Centro de Cultura ContemporâneaDia 28 às 21:30Bilhete 5 euros

Concerto inaugural da home-nagem, pela Câmara Municipal de Castelo Branco, a Eugénia Lima. Com a evolução do acordeão no tempo, mais precisamente do Bayan, surge a vontade des-tes quatro amigos com um vas-to currículo musical, premiados em vários concursos nacionais e internacionais, se juntarem para divulgar em quarteto um vasto repertório para esta formação.Viajando desde o Barroco ao Contemporâneo, passando pela Música Tradicional Portu-guesa esta formação interpreta obras originais de Gerhard Maasz (“Suite Baroque”) , Vi-torino Matono (“Homenagem

ao Tango”, “Desgarrada”), e transcrições e adaptações de As-tor Piazzolla (“Ballet Tango”) e G.Rossini (“Die Italiennerin in Algier” e abertura do “Barbeiro de Sevilha”).Pedro Santos, Carisa Marce-lino, Nelson Almeida e Paulo Neto convida-o a viajar ao som dos Bayan Quartet.

Bayan Quartet, Homenagem A Eugénia Lima

Castelo Branco - Antigo Edifício dos CTTÚltimos dias, termina a 29 de março

Rui Monteiro trabalha os senti-dos e não apenas o da visão. As duas séries que apresenta mos-tram-se à vista, mas apelam ao tacto e ao ouvido, e sobretudo à imaginação do observador para, com a visão, chegar ao som e ao toque que as imagens não têm, mas proporcionam.Não quer afirmar a sua obra como arte, nem se diz artista, nem a questão sequer o preo-cupa. A obra que desenvolve é uma pesquisa de emoções e sensações, que procura forma-lizar pela fotografia, alheio ao

mundo e às questões canden-tes, num retiro interior volun-tário dedicado ao ver simples-mente.E nesse ver investe um duplo sentido: apenas e de forma simples.

Ver simplesmente... de Rui Monteiro

Page 21: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 21·Opinião* P

or d

ecis

ão p

esso

al, o

aut

or d

o te

xto

não

escr

eve

segu

ndo

o N

ovo

Aco

rdo

Ort

ográ

fico

POR JOÃO DE SOUSA TEIXEIRA

MEMÓRIA POR NUNO DUARTE M. FIGUINHA

Diz Que É Uma Espécie de VIPs

POR FRANCISCO POMBO LOPES

Parabéns Castelo BrancoFoi em 1771 que D. José I concedeu a categoria de Cidade

a Castelo Branco. Muitos foram, os que ao longo dos seus 244 anos, desde a elevação a cidade, con-tribuíram para o seu cres-cimento qualitativo. Não querendo esquecer outros períodos importantes e de-cisivos da história da nos-sa cidade, quero contudo, salientar que foi em 1997 que Castelo Branco ini-ciou um novo período da sua história, caracterizado pelo forte desenvolvimen-to social, económico e cultural. Castelo Branco é

hoje uma das cidades com melhor qualidade de vida em Portugal. A cidade mudou, diga-se para mui-to melhor. Foram criados equipamentos e serviços que permitem assegurar uma qualidade de vida, reconhecida pelos muní-cipes e por quem nos visi-ta. Período este, marcado pelo desenvolvimento de medidas de apoio social, de investimento na edu-cação, de implementação de condições para atração de investimento público e privado, permitindo a manutenção e criação de postos de trabalho. Caste-

lo Branco é hoje uma cida-de de média dimensão de referência no nosso país, moderna, mas que não es-quece o seu passado, pre-servando a sua identidade cultural. A obra realizada é vasta, os seus frutos con-tribuíram e contribuem para o bem-estar dos seus munícipes, para uma cida-de e concelho com futuro. É notório o cuidado em unir o passado e o futuro, a devolução de antigos edifí-cios à cidade, preservando no essencial a sua traça arquitetónica, criando também inovadores equi-pamentos, infraestruturas

e serviços que contribuem para a economia, cultura, educação, apoio Social, em suma para o bem-estar da população. A valoriza-ção do património cultu-ral da nossa região, con-juntamente com medidas que permitem dinamizar o turismo e a nossa eco-nomia, como é exemplo a promoção dos nossos produtos regionais a nível local, nacional e interna-

cional, através do desen-volvimento e participação em diversas iniciativas, numa aposta contínua na inovação. Castelo Bran-co tem hoje uma agenda cultural diversificada e de elevada qualidade, que vai ao encontro dos seus munícipes e que traz até à nossa cidade cada vez mais cidadãos de outros municípios. Um desen-volvimento que procura

satisfazer as necessida-des da geração atual, sem comprometer capacidade de atender as necessida-des das gerações futuras. A crítica é sempre mais fácil, fazer, isso é mais di-fícil e fazer bem, isso para alguns é impossível. A rea-lidade é inegável, Castelo Branco é hoje conhecida pelo seu dinamismo, pela sua ambição em melhorar cada vez mais.

É provável que faça parte daquele gru-po humano que

reivindica o dom, ou sim-plesmente a lábia, de ter memória selectiva. Era suposto lembrar-me dos pormenores dos eventos que determinaram o meu estatuto de cidadão ima-culado e cumpridor dos mais nobres valores da minha estirpe, mas não, nem de perto, nem de longe.

Claro que, ao lon-go da vida, nem sempre nos lembramos de anotar com precisão o que é ou o que vai ser importante para o resto da nossa efé-mera existência. Por ou-tro lado, só é realmente assumido como relevante o que à posteriori cons-tatámos que assim foi. Sem essa comprovação, as coisas são o que são nesse momento e nessas circunstâncias e… logo se vê.

Lembro-me de por-menores tão pueris como do primeiro jogo de ber-linde que ganhei, que deu lugar a uma violenta dis-cussão com o adversário, incapaz de assumir a der-rota. Dito de forma sim-ples, apertei-lhe o papo até o desgraçado vomitar o seu orgulho e o abafa em jogo. Era de vidro cristalino, listado como um arco-íris e enorme. Coisa para custar mais de dez tostões. Durante algum tempo só eu tive

tamanha preciosidade, até que outros jogos e vaidades impuseram as suas leis.

Foi na Devesa, à saí-da da escola. Ele vestia uma gabardina exage-radamente comprida, já surrada de lama nas bai-nhas de tanto esfregar o chão e eu uma canadiana que me dava pelos joe-lhos e se abotoava com umas cordinhas brancas, em forma de infinito, entrelaçadas em botões semelhantes a pipas de madeira.

Mas nem todas as memórias têm esta niti-dez e precisão. Não digo que sejam de episódios mais importantes ou que, de forma impressiva, pu-dessem condicionar o meu futuro imediato ou a longo prazo, mas na ver-dade não recordo um avo duma boa parte de acon-tecimentos, dos quais apenas guardo algo como uma foto ou um bilhete--postal, estático e de di-minuta legenda…

Apesar disso, não creio que valha a pena a autocensura, do género não te lembras porque não te convém ou al-guma fizeste para te es-queceres dessa maneira. Opto antes pela tese o que for soará. Por outro lado, acredito que qual-quer psiquiatra me faria imediatamente o boneco, mas assim não teria gra-ça nenhuma e, no fundo,

isto nem sequer é uma queixa.

Em seu tempo, fiz também a minha sema-na de campo militar. Era o fim incontornável da instrução de três meses e, a avaliar pelo que nos transmitiam, o golpe de asa para todos os filhos da pátria. A partir dali era o futuro auspicioso, a honra e o serviço dedica-do à causa comum.

É claro que tudo isto tem que se lhe diga, de-signadamente a “causa comum”, que é uma es-pécie de conceito que se vai transmitindo pela hie-rarquia abaixo até não fa-zer sentido, em escusado esbanjamento do léxico castrense, já por si limita-do e grosseiro.

Com algum espanto verifico hoje pelos jornais e afins, que pessoas muito mais importantes que eu não se recordam quem lhes pagou um milhão de euros há meia dúzia de anos, que se esqueceram e ninguém os convidou a pagar os seus impostos, que assinaturas ou despa-chos fizeram, envolvendo (quero dizer, prejudican-do) o país inteiro, etc.

Acho até que por conveniência serão capa-zes de não se lembrarem quem são ou como se chamam. Por mim não ouvirão qualquer nome. Seria fastidioso.

Não há memória duma pandilha assim.

V.I.P. – Very Impor-tant People”. Mui-to se tem falado

ultimamente desta expres-são, sem que muitos saibam sequer o seu significado. E atenção que não me estou a referir ao recente apoio que, um “suposto” VIP televisivo, nomeadamente José Castelo Branco, famoso pelos seus gostos “diferentes”, digamos assim…que veio a público demonstrar apoio ao seu pri-mo…António Costa (sim, o líder do Partido Socialista)!

Falo da suposta lista de contribuintes mediáticos, daí a popular designação de “lista VIP”, onde constariam pessoas da área política, fi-nanceira e económica e até artística, a cujo cadastro terá sido aplicado um filtro que permite detetar quem lhe acede. E, a existir, como e para quê funcionaria tal coi-sa? «Se for feito um acesso a determinados contribuin-tes é disparado um alarme e a pessoa que fez o acesso é notificada para se justifi-car», explica Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.

Ou seja, supostamente, sempre que um funcionário das Finanças tentava aceder ao cadastro de um dos contri-buintes dessa lista, fosse por mera “cusquice”, engano ou mesmo a pedido do próprio, seria lançado uma espécie de alerta online, indicando que essa ficha estava a ser con-sultada. As denúncias sobre a existência deste “lote” de contribuintes, tornaram-se “mediáticas” na sequência das notícias sobre as alega-das dívidas fiscais do primei-ro-ministro Passos Coelho e por posteriormente ter sido

noticiado que funcionários da Autoridade Tributária es-tavam a ser investigados por alegadamente terem consul-tado os dados fiscais do pri-meiro-ministro. Mas, verda-de seja dita, alguém gostava que qualquer pessoa andasse a “vasculhar” os seus dados pessoais nas finanças, sem que qualquer motivo houves-se para o fazer? Acaso quem andou a fazer isso, estava tão “assoberbado” de trabalho que até tinha tempo para andar a “coscuvilhar” dados pessoais alheios sem que a tal o obrigassem?

O certo é que Paulo Ralha, que “curiosamente” além de presidente do Sindi-cato dos Trabalhadores dos Impostos, também já foi can-didato pelo Bloco Esquerda, nas últimas legislativas, não se tem cansado de pedir mais demissões do que aquelas que já houve!

Saber se a existência ou não dessa lista importa para alguma coisa? Nada disso! Algum contribuinte foi lesado pela existência ou não dessa lista? Não! Sabem realmente se existe ou se foi pura utopia? Não! Depois dizem até que “a curiosidade dos funcionários tributários não é bem vista pelos supe-riores”! Claro! Então se se queixam tanto que a autori-dade tributária tem funcioná-rios a menos e depois ainda os há com tempo disponível para andar a “cuscar” vidas alheias, o que estavam à es-pera? É normal, não? Mas parece que só interessa é pe-dir demissões e pronto! Haja paciência!

E que tal Paulo Ralha e restante “oposição gover-nativa”, tecer considerações

sobre, sei lá…por exemplo, o facto da ida do líder do Syri-za e atual primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras a Es-panha, a um congresso do Podemos, ter custado ao par-tido espanhol perto de 6.000 euros, entre deslocação, alojamento e alimentação. E Tsipras não foi sozinho. Levou a esposa e três asses-sores do Syriza. E as despe-sas daquele fim-de-semana foram totalmente custeadas pelo partido espanhol, entre bilhetes de avião, aluguer de automóveis em Madrid, alojamento num hotel do centro da capital espanhola e uma jantar com membros da cúpula do Podemos. Gente “simples”, portanto…

Ou podiam opinar sobre a recente derrocada eleitoral socialista em França, onde os socialistas, que atual-mente controlam a maioria dos concelhos, estão neste momento a atravessar uma queda vertiginosa de popu-laridade depois do falhanço do Governo em recuperar a economia francesa… Sim, o mesmo que os Socialistas nacionais idolatravam até há bem pouco tempo…

Ou então opinar sobre as “propostas” de António Costa, recentemente anun-ciadas e que apenas trazem despesa sem nunca dizer onde vai buscar o dinheiro…Enfim…

Mas isso já não seria populismo e falar numa lista “VIP” deixa logo o povo a pensar que se fala de privi-legiados quando a realidade nada tem a ver! E assim só posso concluir que quem faz isso deliberadamente, é que é realmente “VIP”, mas de “Very Ignorant People”!

Page 22: Edição nª 1098

· 22· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098Lazer

Diretor: João Tavares Conceição (TF1034)

Coordenação: Cristina Valente (CP2370)([email protected])

Redação:José Manuel R. Alves (CP8361)Patricia Calado (TP2076)

Colaboradores:Paulo Jorge MarquesÁlvaro BaptistaAna Paula AtanásioArmando SoaresCarlos ValeCésar AmaroClementina LeiteCristina GranadaEduardo BastosFernando JorgeFilipe AntunesGuilherme AlmeidaJoão Carlos NunesLuís MalatoMário MarinhoNuno FiguinhaPatrícia AndréPedro PittéRicardo PortugalJoão TeixeiraCarlos AlmeidaFrancisco Pombo Lopes

Conceção gráfica:Leticia Ramos Pina([email protected])

Publicidade:Gustavo Teixeira([email protected])

Secretária de Administração:Florinda Cruz([email protected])

Sede:Press IbéricaComunicação Social, LdaRua Nova ConselheiroAlbuquerque BL 3, Lj.76000- 252 CASTELO BRANCONIF: 506 583 023Tel: 272 324 432Telem: 962 221 308

Impressão:Coraze - Oliveira de AzeméisTelf.: 256040526 / 910253116 / [email protected] no ICS: 117 501Depósito Legal: 74145/94Empresa Jornalística: 218 326Tiragem Semanal: 10.000 exemplaresDistribuição gratuitaEste jornal escreve segundo o novo Acordo OrtográficoTodos os artigos de opi-nião e assinados pelos respetivos autores, são da sua inteira responsabili-dade não podendo em circunstância alguma o Povo da Beira ser respon-sabilizado pelo conteúdo dos mesmos. Reservamo--nos no direito de não publicar, caso os artigos enviados não respeitem a legislação em vigor e o Estatuto Editorial do jornal.

Povo da Beira

PUB

SUSANA LOURO SOLICITADORA

Rua Mouzinho Magro, nº336000-251 Castelo BrancoMail: [email protected]

Tel: 968 667 047

CLASSIFICADOSPUB

Senhor divorciado

procura senhora

Contactar: 960206268PUB

Tlm.: 913 566 410

Senhor 66 anosDivorciado, sem vicios, procuro senhora dos 55 aos 62, honesta e simples para uma vida a dois

PASSATEMPOS SOLUÇÕESSudoku

873514926169382547452796381235847169641239875987651432396425718718963254524178693

1 9 2 6

6 8 2 5

4 5 2 9

2 7 1 6

4 1 2 9

7 6 4 2

9 4 2 8

7 9 5 4

5 4 8 9

Modo de preparação:Pica-se a cebola, lavam-se os pimentos, livrando-os das sementes e cor-

tando-os em tiras finas. Laminam-se os champignons. Pica-se o alho e a salsa, pica-se o tomate, cortam-se as salsichas em cubos e reserva-se. Numa frigideira com um pouquito de azeite salteia-se as salsichas e reserva-se. Na mesma frigideira, colocamos a cebola e os pimentos e deixa-se puxar, por cerca de 7-8 minutos em lume brando. Juntam-se os champignons e deixa--se cozinhar cerca de 5 minutos, sempre em lume brando. Junta-se o alho e a salsa, mexe-se e cozinha mais dois minutos e junta-se o tomate picado, deixa-se reduzir cerca de dois minutos e retifica-se o sal. Adiciona-se o vi-nho branco e as salsichas reservadas, sobe-se um pouquinho o lume até começar a ferver e está pronto.

Ingredientes:6 Salsichas400g.de champignons1 Pimentos verdes1 Pimento vermelho1 Cebola 2 Tomates maduros

5 Dentes de alho1 Raminho de salsa200ml.de vinho brancoAzeiteSal e pimenta

POR MÁRIO MARINHO - chef

Salsichas em molho de champignons

ARRENDA-SE Com um bom sótão com a mesma área

devidamente remodelado e legalizado na Cruz de Montalvão, em Castelo Branco, com bons acessos e amplo parque de estacionamento

privado.Renda Mensal: 250 eurosInforma: 272 343 493 - 933 302 088

Armazém com 90m²

PUB

Vende-seSemi-eixo traseiro completo

de máquina retro-escavadoraCatterpillar Step Modelo 430

BOM PREÇOTelefone: 964 674 811

PUB

PUB

ALUGAM-SE 2 QUARTOS

961 807 077- 272 083 271

Mobilados e com serventia de cozinha completamente equipada

Quinta Pires Marques(Junto ao CALL CENTER/ ESCOLA AGRÁRIA)

Estudantes e/ou Trabalhadores M/F

ANEDOTASQual é o antónimo de Skate?

Molhei-te!

Vão dois grãos de areia no deserto e diz um para o outro:

- Não olhes agora, mas acho que estamos a ser seguidos...

PUB

Cartomante - VidenteAlmeirim e Sertã

Trinta anos de experiência feita com sinceridade e acredite, olhando bem fun-do e apenas nos seus olhos, leio toda a carta da sua vida se preciso for e ajudo a re-solver todos os vossos problemas de negocios, amor, inveja, mau olhado, desactiva-ção de magía negra, aconselhamentos e outros problemas de difícil solução, para que tenha a vida que sempre sonhou! Honestidade, sigilo e caracter são outro dom que fa-

zem a verdade da minha vida!

Telem.: 918 283 485

Por que o elefante não pega fogo?Porque ele já é cinza.

Page 23: Edição nª 1098

Edição 1098 • 24 de março de 2015 • Povo da Beira · 23·

Oleiros

Destaque

O Trilho português dos ApalachesO trilho português dos

Apalaches, correspondendo à GR- 38 Grande Rota Mu-radal-Pangeia, situa-se no Concelho de Oleiros e con-siste num projeto de escala internacional com aproxi-madamente 37 km que inclui uma via de BTT, a Escola de Escalada Crista de Zebro e uma via ferrata (a segunda do país). Este representará a aproximação do maior tri-lho contínuo de pegadas do mundo (situado no continen-te americano) à Europa. As sensações e as emoções são uma constante ao longo do relevo apalachiano da Serra do Muradal e permitem rea-lizar um passeio magnífico por majestosos pontos de interesse, como os esplêndi-dos miradouros naturais no topo das cristas rochosas ou os diversos fósseis que se en-contram a revesti-las (como em nenhum outro ponto do Mundo).

Recorde-se que em Olei-

ros, para além da GR 38, existe outra Grande Rota, a GR 33 – Grande Rota do Zêzere, a qual atravessa o concelho longitudinalmen-te, no seu limite norte, junto ao rio, numa extensão de 53 km. Também a GR 21 – Grande Rota das Aldeias do Xisto, intercepta o concelho em dois pontos, a Este e Oes-te do Concelho.O porquê do nome?

A Grande Rota Mu-radal-Pangeia enaltece a montanha quartzítica do Muradal e evoca o supercon-

tinente Pangeia que existiu há 200 milhões de anos, do qual Oleiros e toda aquela re-gião do Maciço Ibérico fize-ram parte. A união da outro-ra imensa massa continental partida pelo Atlântico faz-se hoje pelo Trilho Internacio-nal dos Apalaches, “o maior trilho contínuo de pegadas humanas do mundo”.A inauguração do Trilho português dos Apala-ches

O programa da inaugu-ração do Trilho Internacio-nal dos Apalaches português,

estende-se por dois dias: 28 e 29 de março. O primeiro dia (sábado) está reservado para a cerimónia oficial de inau-guração, para o encontro das comunidades que habitam em torno da Serra do Mu-radal e para a realização do passeio pedestre com cerca de 23 km, durante o qual haverá reforço alimentar, música folk, almoço e repre-sentações teatrais de época a cargo dos Viv´Arte. No final da jornada haverá uma Ceia Lusitana.

Este mega evento prolonga-se até domingo, 29 de março. Nesse dia, quem esti-ver por Oleiros pode ainda participar no passeio pe-destre Pinhal Total e almo-çar num dos restaurantes aderentes do Festival Gas-t ronómico

do Cabrito Estonado e do Maranho. Pelas 15H haverá uma demonstração teatral de época, também a cargo dos Viv´Arte, no Jardim Municipal de Oleiros. À hora do jantar, para quem ainda não tiver degustado as famosas iguarias gastronó-micas Oleirenses pode ainda fazê-lo num dos restaurantes aderentes do Festival Gas-tronómico.

A participação é gra-tuita e limitada, requerendo

inscrição prévia.■

Trans Pangaean Challenge em Oleiros em abril

Graças à existência da GR 38 – Grande Rota Mu-radal-Pangeia no concelho de Oleiros, correspondente ao Trilho Internacional dos Apalaches português, uma das mais reputadas com-petições de ultra running em todo o mundo, o Trans Pangaean Challenge, vai ter uma das suas 4 provas em Portugal, de 19 a 25 de abril de 2015. A prova no formato português vai rece-ber o nome The Crossroads e compreende um total de 265 km distribuídos por 6 etapas, ao longo de 7 dias.

Com a chancela da Land´s End Expedition

Racing, esta competição consiste num conjunto de 4 provas de endurance em autonomia realizadas em torno do International Appalachian Trail (IAT),

no formato 250 km/7 dias, em etapas contínuas, num total de 1000 km. Com os objetivos principais assentes em questões relacionadas com a superação individual, tão em voga hoje em dia, a iniciativa foi apoiada desde a primeira hora pelo Mu-nicípio de Oleiros e outras entidades. A organização da competição é da respon-sabilidade de um grupo de ultra runners internacional com sede no Canadá, o Land´s End Expedicion Ra-cing, cujos membros preten-dem vencer os desafios mais exigentes e têm corrido as provas mais desafiantes por todo o mundo. ■

Pinhal Total promove Rota das SesmariasDepois da realização

de várias Rotas anuais (dos Açudes, das Capelas, das Alminhas, “Todos com a Floresta”, do Cabrito, das Fontes e do Callum), a asso-ciação Pinhal Total Oleiros Aventura, com o apoio do Município de Oleiros e da Junta de Freguesia de Olei-ros-Ameira, leva a efeito no próximo dia 29 de março, com início pelas 9H00, jun-to ao Jardim Municipal de Oleiros, a oitava edição do seu ciclo de passeios pedes-tres, os quais habitualmente se integram no âmbito do Festival Gastronómico do Cabrito Estonado e do Ma-ranho que decorre neste e no próximo fim-de-semana em vários restaurantes do Con-celho de Oleiros.

Este ano com o títu-lo “Rota das Sesmarias” e um percurso de cerca de 9 Km, a iniciativa insere--se nas comemorações do Ano Internacional da Luz e enquadra-se na inauguração do Trilho Internacional dos Apalaches português. Por esse motivo e em articula-ção com o evento, o passeio contempla a visita às gravu-ras rupestres de Oleiros, as

quais sugerem uma presen-ça humana antiga (pela pas-sagem e marcação do terri-tório), a partir do Neolítico.

No mesmo dia, pelas 15H, no Jardim Municipal, aquele período histórico volta a estar em evidência com a representação a car-go da Companhia de Teatro Viv´Arte. “Na pegada do recolector nómada, sugere--se o rasto até à sua fixação sedentária, aprendendo com ele a petiscar pedras no crepitar da fagulha, a secar peles, a fazer anzóis com ossos, a domesticar animais, a descobrir os se-gredos da agricultura. A resistência aos vizinhos e invasores, argamassando coragens onde o bom senso manda recuar e a recriação

do espírito castrejo, desa-brochando de novo em flor montesinha, agreste e rija-mente firme no seu posto altaneiro”.

É assim que no dia 29, após uma dura jornada, “a população de um povoado, vencida pelos seus inimigos e forçada a sair das suas terras, passa em migração pelo Jardim Municipal, carregando todos os seus pertences consigo e passan-do pelas várias privações do exílio”.

Os interessados em par-ticipar no passeio pedestre Rota das Sesmarias poderão inscrever-se presencialmente na sede da associação, tele-fonicamente através do nú-mero 969044123 ou no web-site www.pinhaltotal.com. ■

Próximas atividades agendadas para o Trilho português dos Apalaches:21 de abril – Passagem da 3.ª etapa do de-

safio The Crossroads, correspondendo à 2.ª prova do Trans Pangaean Challenge. Organi-zação: Land´s End Expedition Racing.23 de maio – 10.ª GeoRota do Orvalho. Orga-nização: Junta de Freguesia de Orvalho.7 de junho – 9.º Passeio pedestre Trilhos do Estreito. Organização: Associação Trilhos do Estreito.4 de outubro – Trail Rota dos Apalaches. Or-ganização: Associação Pinhal Total Oleiros Aventura.

Page 24: Edição nª 1098

· 24· Povo da Beira • 24 de março de 2015 • Edição 1098ÚltimaPUB