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    Sumário

    VERBOS  ....................................................................................................................................................................... 3

    MORFOLOGIA ............................................................................................................................................................... 43

    PRONOMES .................................................................................................................................................................. 55

    SINTAXE ........................................................................................................................................................................ 70

    GABARITOS ................................................................................................................................................................... 79

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    VERBOS

    1 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação ) 

    Os direitos “nossos” e os “deles” 

    Não é incomum que julguemos o que chamamos “nossos” direitos superiores aos direitos do “outro”. Tanto no nívelmais pessoal das relações como nos fatos sociais costuma ocorrer essa discrepância, com as consequências desempre: soluções injustas. 

    Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu senhor, Luís Gama (1830 - 1882), advogado, jornalista e escritor mestiço, abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu uma frase que se tornoucélebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre emlegítima defesa". A frase causou tumulto e acabou por suspender a sessão do júri, despertando tremenda polêmica àépoca. Na verdade, continua provocando.Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria aplaudido por uns e acusado por outros dedemonizar o “proprietário”. Como se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários de quem subjugaacabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais polêmicas, sobre tais direitos, nem deveriam existir,mas existem; será que terão fim?O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que passou muitos anos na prisão por conta desuas ideias socialistas, propunha, em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma escolha nossa condutasubsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias para então responder à seguinte pergunta:“Quem sofre?” Para Gramsci, o sofrimento humano é um parâmetro que não se pode perder de vista na avaliação dasdecisões pessoais ou políticas.

    (Abelardo Trancoso, inédito)Na frase Dissess e alguém iss o hoje, seria aplaudido p or mu itos, ao passo que un s po uco s o c ond enariam comveemência, a correlação entre tempos e modos verbais continuará adequada caso se substituam as formassublinhadas, na ordem dada, pora) Diria - será - condenemb) Diga - será - condenarãoc) Diria - fosse - condenassemd) Diga - terá sido - condeneme) Teria dito - teria sido - condenassem

    2 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação ) Ambos os verbos indicados entre parênteses deverão adotar uma forma do singular  para preencherem de modoadequado a lacuna da frase:a) Ao tempo de Luís Gama, a um proprietário jamais se ...... (aplicar ) quaisquer penas por atos que ...... (haver )representado uma tortura a um escravo.b) Para Gramsci, os sofrimentos que para alguém ...... (advir ) de uma decisão ...... (dever ) ser levados em conta porquem viesse a tomá-la.c) ...... (ser ) de se lamentar que tais ocorrências ainda ...... (ter ) havido.d) Caso ...... (continuar ) a ocorrer tais fatos, ...... (haver ) que se tomar providências.e) ..... (ocorrer ) a Luís Gama argumentos que jamais se ...... (ver ) antes.

    3 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação ) Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado na frase os p art idários d e quem s ub jug a acabam po rdem on izar a reação do sub jugado , ele deverá assumir a seguinte forma:a) acabam demonizando.b) acabam sendo demonizados.c) acabará sendo demonizada.d) acaba por ter sido demonizado.e) acaba por ser demonizada.

    4 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação / ) Novas fronteiras do mundo globalizado

     Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar que vivemos em um mundo semfronteiras, como se o espaço estivesse definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizerque a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites. Se a diferença entre o “Primeiro” e o“Terceiro” mundo é diluída, outras surgem no interior deste últi mo, agrupando ou excluindo as pessoas.

    Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de

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    lugares remotos. Neste caso, não seria o outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado ànoção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países em desenvolvimento), que apesar demuitas vezes próximos se afastam dos ideais cultivados pela modernidade.

    (Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 220)

    Todas as formas verbais estão adequadamente empregadas quanto ao sentido e corretamente flexionadas na frase:a) Ainda ontem nos contemos diante do seu entusiasmo, desistindo de o dissuadir de que nós é que estávamos certos.b) O que contribue para a globalização não diminui os abismos que sempre se interporam entre as classes sociais.

    c) Muitas pessoas já se contraporam, no passado, aos abusos que adviram com as novidades tecnológicas.d) O que sobrevier à globalização proverá ou não de razão os argumentos utilizados pelo autor do texto.e) Se alguém se dispor a concordar com suas opiniões, satisfazer-se-á em se manter passivo diante da globalização?

    5 - ( FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Engenharia Civil - Conhecimentos Básicos ) Nosso jeitinho

    Um amigo meu, estrangeiro, já há uns seis anos morando no Brasil, lembrava-me outro dia qual fora sua principaldificuldade - entre várias - de se adaptar aos nossos costumes. “Certamente foi lidar com o tal do jeitinho”, explicou.“Custei a entender que aqui no Brasil nada está perdido, nenhum impasse é definitivo: sempre haverá como se dar um jeitinho em tudo, desde fazer o motor do carro velho funcionar com um pedaço de arame até conseguir que o primo doamigo do chefe da seção regional da Secretaria de Alimentos convença este último a influenciar o Diretor no despacho

    de um processo”. Meu amigo estrangeiro estava, como se vê, reconhecendo a nossa “informalidade” - que é o nome chique do tal do jeitinho. O sistema - também batizado pelos sociólogos como o do “favor” - não deixa de ser simpático, embora estejalonge de ser justo. Os beneficiados nunca reclamam, e os que jamais foram morrem de inveja e mantêm esperanças. Até o poeta Dr ummond tratou da questão no poema “Explicação”, em que diz a certa altura: “E no fim dá certo”. Essaconclusão aponta para uma espécie de providencialismo místico, contrapartida divina do jeitinho: tudo se há de arranjar, porque Deus é brasileiro. Entre a piada e a seriedade, muita gente segue contando com nosso modo tão jeitoso deviver.

    É possível que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do jeitinho: a informatização detudo, a rapidez da mídia, a divulgação instantânea nas redes sociais, tudo se encaminha para alguma transparência,que é a inimiga mortal da informalidade. Tudo se documenta, se registra, se formaliza de algum modo - e o jeitinho passa a ser facilmente desmascarado, comprometido o seu anonimato e perdendo força aquela simpáticaclandestinidade que sempre o protegeu. Mas há ainda muita gente que acha que nós, os brasileiros, com nossa

    indiscutível criatividade, daremos um jeito de contornar esse problema. Meu amigo estrangeiro, por exemplo, não perdeu a esperança.

    (Abelardo Trabulsi, inédito)Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os tempos modernos tenhamcomeçado a desfavorecer a solução do jeitinho, a forma obtida deverá ser:a) tenha começado a ser desfavorecida.b) comecem a desfavorecer.c) terá começado a ser desfavorecida.d) comecem a ser desfavorecidos.e) estão começando a se desfavorecer.

    6 - ( FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária ) Vaidade do humanism o  

     Ad by CoolSaleCoupon | Close A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas , aponta para o vazio, para o sentimento que habita o vão. Mas é possível tratar dela com mais condescendência do que os moralistas rigorosos que costumam condená-lainapelavelmente. Pode-se compreendê-la como uma contingência humana que talvez seja preciso antes reconhecercom naturalidade do que descartar como um vício abominável. Como se sabe, a vaidade está em todos nós em graus ecom naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que corresponde não a um mérito abstratoda pessoa, a um dom da natureza que nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamentetenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo chão que foi marcado pelo nosso melhoresforço, pelo nosso trabalho de humanistas. 

    Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais, dos direitos constituídos e do papel dos indivíduos, pela liberdade do pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte

    literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais íntimos; por todas as formas, enfim, deconhecimento que ainda tomam o homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo devertiginoso avanço tecnológico,esteja em fazer da tecnologia uma aliada preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de

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    um mundo mais justo - todas estas dimensões de maior peso do que qualquer virtualidade. O grande professor eintelectual palestino Edward Said, num livro cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho -Humanismo ecríti ca democ ráti ca - afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que partimos”; “o ato de ler é o ato decolocar-se na posição do autor, para quem escrever é uma série de decisões e escolhas expressas em palavras”.Nesse sentido, toda leitura é o compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito escritor - compartilhamento justificadonão necessariamente poradesão a um ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliação do pontode vista do outro. Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja esta a nossa vaidade de humanistas.(Derval Mendes Sapucaia, inédito)O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar em número com o elemento sublinhado na

    frase:a) Em que (consistir ), em nossa época, práticas efetivamente humanistas, que nos definam pelo que essencialmentesomos?b) A quantos outros vícios não se (curvar ) quem costuma julgar a vaidade como o mais abominável de todos?c) Vaidades, (haver ) muitas delas pelo mundo; poucas são, no entanto, as que se justificam.d) Todo aquele que (abominar ) as fraquezas humanas deveria buscar discerni-las e qualificá-las, antes de as julgar.e) Aos avanços tecnológicos (poder ) seguir-se uma sensata parceria com outras atividades de que o homem é capaz.

    7 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário - Administrativa ) 

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     Antigamente, a forma de jogar de um time ...... uma década. Vários jogadores entravam e saíam, mas algumacoisa ......, uma verdade de fundo, parecida com aquela que num artista podemos chamar de “estilo”. Isso ......definitivamente nos anos 90.

    (Adaptado de DAM ATTA, Roberto. Trechos dos ensaios “Ofutebol como filosofia” e “Antropologia do óbvio”. Disponíveisemestadao.com.br e usp.br/revistausp. Acesso em 10/05/2014)

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    Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:a) durou - permanece - terminasse b) durava - permanecia - termina c) durara - permanecera - terminaria d) durava - permanece - terminara e) durou - permanecesse - terminava 

    8 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Contabilidade ) Da utilidade dos prefáciosLi outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 100% dos casos o prefaciador é convocadocom o compromisso exclusivo de falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio aindaaponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Noscasos mais graves, o prefácio adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou antecipaestrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ouensaios). Quer dizer: mais do que inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres.Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e prefaciadores, embora concorde que muitas vezesela proceda - o que não justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livrosque li, a melhor coisa era o prefácio - fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto principal. Há casos célebresde bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém

    controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e inteligente do que o amigo cujotexto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio eo texto principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto.

    Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para umlivrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como sefosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também linda). Não havia dúvida: o poeta,embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas eleconseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio acabou sendo, sozinho, mais uma provada imaginação de um grande gênio poético.

    (Aderbal Siqueira Justo, inédito)

    O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:a) As características a que (dever ) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-prazeres.b) Há casos em que o prefácio se (revelar ) um componente inteiramente inútil de um livro.c) Às vezes, numa bibliografia (ganhar ) mais destaque as páginas de um prefácio do que o texto principal de um livro.d) Não é incomum que se (recorrer ) a frases de Machado de Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas.e) O autor confessa o que a muitos (parecer ) impensável: é possível gostar mais de um prefácio do que do restante daobra.

    9 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Contabilidade ) Transpondo-se para a voz passiva a frase vou glosar uma observação de Machado de Assis, a forma verbal resultantedeverá sera) terei glosado

    b) seria glosadac) haverá de ser glosadad) será glosadae) terá sido glosada

    10 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário - Administrativa ) 

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    O trecho que admite transposição para a voz passiva encontra-se em:

    a) ... que estão no nível dos olhos do comprador... b) ... o consumidor já não precisa do vendedor... c) ... na história houve tal concentração de imagens... d) ... as mercadorias são não apenas visíveis... e) ... a publicidade invadiu as revistas... 11 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Judiciária ) 

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    O texto abona o seguinte comentário:

    a) (linha 7) Na frase Nem sempre fatais, são bastante debilitantes, em que se apresenta o perfil das doençasnegligenciadas, indicam-se dois relevantes traços possíveis de sua constituição.b) (linha 10) A frase A maioria desses distúrbios [...] conta com tratamentos efetivos é passível de ser transposta para avoz passivac) (linha 9) Infere-se corretamente que o desafio do Brasil é enfrentar tanto a prevenção, quanto a cura de quatro dasdoenças negligenciadas, visto que não há ocorrências das demais em solo brasileiro.d) (linha 10) O comentário pelo menos para a fase aguda constitui uma restrição, assim como é restritiva a expressão Amaioria desses distúrbios, mas, no contexto, esses limites estão associados a avanços, ainda que nem sempregarantidos.e) (linha 10) A correlação entre pode ser prevenida e conta com tratamentos efetivos evidencia, por meio das formasverbais, a incoerência, respectivamente, entre as possibilidades técnicas e as ações levadas a efeito

    12 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro); Flexão verbal demodo (indicativo, subjuntivo, imperativo); )  Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

    Vitalino

     A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetaremos palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via noterreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ...Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tãoingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura.Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, acasa de farinha etc.

     Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas dointerior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sidoencomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente,

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    quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os[irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eramrealmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) estábolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando osmeus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer.Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é deuma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que

    murcha num vaso está acima de minhas forças.

    *plasmar = moldar, modelar*plástica = arte de plasmar; forma do corpo*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481)

     A mãe de Vitalino era louceira.O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o sublinhado acima está em:a) ... como os via no terreiro da casa ...b) ... que se dê com mais prazer .c) ... onde nasceu, a rosa na roseira etc .

    d) ... que me põe doente ...e) ... Vitalino não está sozinho, não.

    13 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Constitucional, Administrativo e Eleitoral ) 

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    Considerada a norma-padrão da língua, tem consistência o seguinte comentário:a) (linha 32) assim como decisivo está grafado em conformidade com as normas da gramática, o estão as palavras"proesa" e "deslise".b) (linha 2) a forma preocuparam-se exemplifica a existência de verbo que aceita um pronome oblíquo átono do mesmonúmero e pessoa do sujeito, o chamado verbo pronominal.c) (linhas 4 e 5) em que explicasse a sua origem, a palavra destacada remete a todos os seres, não se admitindo apossibilidade de superposição de elementos retomados pelo pronome.d) (linha 7) no segmento de Tales a Anaxímenes, as preposições demarcam aqueles que integram um grupo, semcontemplar a categoria temporal.

    e) (linhas 20 e 21) se, em lugar de o ponto de vista, se tratasse de distintos pontos, a formulação "os distintos pontos devista reflexivos-críticos" estaria em concordância com as normas gramaticais.

    14 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Tributário, Financeiro e Cidadania ) 

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    Considerada a norma-padrão da língua, tem consistência o seguinte comentário:a) (linha 2) a forma preocuparam-se exemplifica a existência de verbo que aceita um pronome oblíquo átono do mesmo

    número e pessoa do sujeito, o chamado verbo pronominal.b) (linhas 4 e 5) em que explicasse a sua origem, a palavra destacada remete a todos os seres, não se admitindo apossibilidade de superposição de elementos retomados pelo pronome.c) (linha 7) no segmento de Tales a Anaxímenes, as preposições demarcam aqueles que integram um grupo, semcontemplar a categoria temporal.d) (linhas 20 e 21) se, em lugar de o ponto de vista, se tratasse de distintos pontos, a formulação "os distin- tos pontosde vista reflexivos-críticos" estaria em concordância com as normas gramaticais.e) (linha 32) assim como decisivo está grafado em conformidade com as normas da gramática, o estão as palavras"proesa" e "deslise".

    15 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Sistemas ) 

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    Está correta a seguinte flexão para o plura;a) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos.b) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder : os meios digitais privilegiam as mensagensdiretas e não tem tempo a perder.c) é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por naturezad) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos existem acima de qualquer dúvidas.e) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos.

    16 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior - Administração de Empresas ) Delicadezas colhidas com mão leve

    Era sábado e estávamos os dois na redação vazia da revista. Esparramado na cadeira, Guilherme roía o que lherestava das unhas, levantava-se, andava de um lado para outro, folheava um jornal velho, suspirava. Aí me veio comesta:

    - Meu texto é melhor que eu. A frase me fez rir, devolveu a alegria a meu amigo e poderia render uma discussão sobre quem era melhor,

    Guilherme Cunha Pinto ou o texto do Guilherme Cunha Pinto. Os que foram apenas leitores desse jornalista tãoespecial, morto já faz tempo, não teriam problema em escolher as matérias que ele assinava, que me enchiam de umainveja benigna.

    Inveja, por exemplo, da mão leve com que ele ia buscar e punha em palavras as coisas mais incorpóreas edelicadas. Não era com ele, definitivamente, a simplificação grosseira que o jornalismo tantas vezes se concede, com a

    desculpa dos espaços e horários curtos, e que acaba fazendo do mundo algo chapado, previsível, sem graça.Guilherme não aceitava ser um mero recolhedor de aspas, nas entrevistas, nem sair à rua para ajustar os fatos a uma pauta. Tinha a capacidade infelizmente rara de se deixar tocar pelas coisas e pessoas sobre as quais ia escrever, semideias prontas nem pé atrás. Pois gostava de coisas e de pessoas, e permitia que elas o surpreendessem. Olhava-ascom amorosa curiosidade - donde os detalhes que faziam o singular encanto de suas matérias. O personagem maisbatido se desdobrava em ângulos inéditos quando o repórter era ele. Com suavidade descia ao fundo da alma de seusentrevistados, sem jamais pendurá-los no pau de arara do jornalismo inquisitorial. Deu forma a textos memoráveis e produziu um título desde então citado e recitado nas redações paulistanas: “Picasso morreu, se é que Picasso morre”.  

    (Adaptado de: WERNECK Humberto. Esse inferno vai acabar .Porto Alegre: Arquipélago, 2001. p.45 e 46)

    Na frase Caso os leitores .... .. (vir) a ler o jornal c om maior rigo r, certamente ... .. . (poder) perceber os

    estereótipos que .... .. (predominam ) nas reportagens d e hoje , as lacunas serão corretamente preenchidas, naordem dada, por:a) vierem - poderiam - predominariamb) virem - poderão - predominamc) viessem - poderão - predominassemd) vierem - podem - predomineme) viessem - poderiam - predominam

    17 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior - Administração de Empresas ) Considerado o contexto e transpondo-se para a voz passiva o segmento sem jamais pendurá-los no pau de arara, aforma resultante será :a) sem que jamais fossem pendurados no pau de arara.

    b) sem que no pau de arara jamais se os pendurasse.c) sem que jamais tivessem sido pendurados no pau de arara.d) sem que o pau de arara jamais os pendurasse.e) sem que jamais se pendurassem no pau de arara.

    18 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Técnico Sistemas Metroviários )  Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

    Não há melhor representante da boemia paulistana do que o compositor e cientista Paulo Vanzolini. Por mais incrívelque possa parecer, ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso. A obra do zoólogo-compositor retrata as contradições da metrópole. São Paulo, nos anos 1960, já era um estado que

    reunia parte significativa do PIB brasileiro. No meio da multidão de migrantes, imigrantes e paulistanos, Vanzolini usava

    a mesma lupa de suas pesquisas para observar as peculiaridades do dia a dia urbano: uma briga de bar, a habilidadede um batedor de carteira e, em Capoeira do Arnaldo, os fortes laços que unem campo e cidade.

    Em 1967, Paulo Vanzolini lança o primeiro LP. A história desse disco é curiosa. Foi o primeiro trabalho feito pelo seloMarcus Pereira. A música Volta por cima estava fazendo muito sucesso. Só que o já lendário Vanzolini ainda não tinha

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    disco autoral e andava irritado com as gravadoras por ter sido preterido pelo americano Ray Charles na escolha daconfecção de um LP. Aos poucos, Marcus Pereira ganhou a confiança do compositor, que acabou cedendo aolançamento do LP Onze sambas e uma capoeira, com arranjos de Toquinho e Portinho e participação de ChicoBuarque, Adauto Santos, Luiz Carlos Paraná, entre outros. As músicas eram todas de Vanzolini: Praça Clóvis, Sambaerudito, Chorava no meio da rua.

    Vanzolini não era um compositor de muitos parceiros.Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e PaulinhoNogueira. Só mesmo a pena elegante do crítico da cultura Antonio Candido para sintetizar a obra de Vanzolini: “Comoautor de letra e música ele é de certo modo o oposto da loquacidade, porque não espalha, concentra; não esbanja,economiza - trabalhando sempre com o mínimo para atingir o máximo”. 

    (Adaptado de DINIZ, André. Almanaque do samba. Rio de Janeiro, Zahar, 2012, formato ebook ).

    ... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso.O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima se encontra em:a) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira.b)  As músicas eram todas de Vanzolini .c) Por mais incrível que possa parecer ...d) ... os fortes laços que unem campo e cidade.e) ... porque não espalha...

    19 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Assistente Administrativo Júnior ) 

     Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

    O criador da mais conhecida e celebrada canção sertaneja, Tristeza do Jeca (1918), não era, como se poderiaesperar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivão de polícia e dono de loja Angelino Oliveira. Gravada por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim como nos “tempos modernos da música‘americanizada’ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez quemarca a transição entre os meios rural e urbano, pelo menos em termos de música brasileira.

    Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma dasua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar ao passado e, assim, “cada toadarepresenta uma saudade”. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo meio rural da miséria, das catástrofes naturais, mas pelo íntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que a música, caipira ou sertaneja, ganhou forma.

    “A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e éigualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, em todas essascomposições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para registrar uma situação dedesenraizamento, de dependência e falta”, analisa a cientista política Heloísa Star ling.

     Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: “foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja surgiu como umcampo específico no interior da MPB. Mas, se num período inicial, até 1930, ‘sertanejo’ indicava indistintamente asmúsicas produzidas no interior do país, tendo como referência o Nordeste, a partir dos anos de 1930, 'sertanejo' passoua significar o caipira do Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de São Paulo. Assim, se Jararaca e Ratinho, ícones da passagem dosertanejo nordestino para o ‘caipira’, trabalhavam no Rio, as duplas dos anos 1940, como Tonico e Tinoco, trabalhariamem São Paulo”. 

    (Adaptado de: HAAG, Carlos. “Saudades do Jeca no século XXI”.In: Revista Fapesp, outubro de 2009, p. 80-5.)

    ...'sertanejo' indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país... (último parágrafo)

    Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:a) vinham indicadas.b) era indicado.c) eram indicadas.d) tinha indicadoe) foi indicada.

    20 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) Questão de gosto

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     A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão degosto”, é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, oumesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de gosto.  Levada a séri o, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste dareflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamosconversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute.Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença - tudo serelativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão

    ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise estética. O autoritarismo dogosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem gostedas fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas contradições.

    (Emiliano Barreira, inédito)Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida correspondência quanto ao tempo verbal na seguinteconstrução:a) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas ditatoriais serão apreciadas por ele?b) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios haverão de ser enfrentados por nós.c) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido dispensadas pela questão de gosto.d) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram apagadas pelo autoritarismo.e) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao capricho tem sido proclamada pelosacomodados.

    21 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) Questão de gosto

     A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão degosto”, é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, oumesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de gosto.Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste dareflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamosconversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute.Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença - tudo serelativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão

    ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise estética. O autoritarismo dogosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem gostedas fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas contradições.

    (Emiliano Barreira, inédito)Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais em:a) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de concordar.  b) Seria necessário que todos gostassem das fórmulas ditatoriais do gosto para que se impeça um debate calcado emprincípios argumentativos.c) Caso um de nós a tome em sentido absoluto, a questão de gosto acabará por impedir que debatamos com algumaseriedade.d) Caso sejam levadas a sério, suas ponderações teriam soterrado as tais razões de gosto que alegassem os seusinterlocutores.

    e) Somente nos restaria engolir em seco, se admitirmos que a tal da questão de gosto tivesse alguma relevância.

    22 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Judiciária Formas nominais do verbo (particípio,gerúndio, infinitivo); ) 

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    Observadas as orientações da gramática normativa, é pertinente o seguinte comentário:a) (linha 18) No segmento submetidos aos tiranos, tem- se exemplo de emprego de particípio atribuindo à frase valortemporal.b) (linhas 16 a 21) Tanto em ele comenta, quanto em Por aí se vê, observa-se o emprego do tempo presente pelopretérito (presente histórico), para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado.c) (linhas 4 e 5) Outra redação para independentemente dos benefícios concretos que a sua fruição pode trazer aoshomens estará clara e correta se tiver a formulação "em nada dependendo dos benefícios concretos que podem

    advirem da sua fruição aos homens".d) (linhas 7 a 9) Em E, efetivamente, que valor teriam a descoberta da verdade (...) ou a realização da justiça, o valorda sequência implica uma vírgula obrigatória depois da conjunção “ou”. 

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    e) (linha 8) Se as normas preveem a possibilidade de ocorrer o verbo no singular no caso de haver uma sucessão desubstantivos que indicam gradação de um mesmo fato, seria correto empregar "teria", em vez de teriam.

    23 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) 

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    É correta a seguinte informação:a) (linhas 23 e 24) Em gerando uma emulação com a qual a cultura teve muito a ganhar, a substituição do segmentodestacado por "que" preserva a correção e o sentido originais.b) (linhas 16 e 17) Em Há 200 anos, os livros deixaram de ser privilégio das bibliotecas públicas ou particulares, osentido da expressão destacada sinaliza, por uma questão de lógica, a presença de uma ideia não explícita na frase.c) (linhas 33 e 34) No contexto, o segmento nem mesmo a ração do gato revela que, para o autor, a Amazon teria de

    assumir gastos com esse item, ainda que não o fizesse com aluguel, escritório etc.d) (linha 33) Não havendo no texto a construção de algum sentido que justifique o emprego da expressão, acaracterização de funcionários - humanos -, com evidente redundância de informação, deve ser consideradainadequação de linguagem.e) (linhas 6 e 25-26) Nas frases A ameaça começa pela expressão "livros físicos" e Ela vende livros "físicos", nota-sedistinta colocação das aspas, grafia que exigiria uniformização, pois não haveria prejuízo de matiz algum de sentido.

    24 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa )  A construção destacada que, devido ao tempo e modo verbais empregados, expressa fato iniciado no passado e quese prolonga até o momento em que se fala é:a) Com sorte, os livros continuarão "físicos". (último parágrafo)b) ...todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro.

    (3º parágrafo)c) Foi nelas que leitores e escritores aprenderam a se encontrar e trocar ideias. (4º parágrafo)d) ...leitores e escritores aprenderam a se encontrar. (4º parágrafo)e) Pelos últimos mil anos, dos manuscritos aos incunábulos e aos impressos a laser, os livros têm sido chamados delivros. (3º parágrafo)

    25 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) Observadas a regência e a flexão verbal, está correta a seguinte frase:a) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensou que, se expusesse com calma seus motivos, poderiaobter sua concordância.b) A casa que, na época, nos instalamos era a que podíamos pagar, mas tínhamos um pacto: se todos se mantessemfirmes em seus empregos, moraríamos melhor.

    c) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assinados e requis transferência para outro setor da administração.d) Dizem que é ele que obstroi a discussão, por isso, para defender-se, aludiu o nome do responsável pelo atraso.e) Medio, sim, seu encontro com esse advogado mais experiente, pois sei como você está temeroso pelo poder deargumentação do promotor

    26 - ( FCC - 2014 - Câmara Municipal de São Paulo - SP - Procurador Legislativo ) 

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     A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é:a) A alma frágil fixa seu amor na terra natal.

    b) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo.c) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios.d) Investiguei mais de perto o conceito de exílio.e) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval.

    27 - ( FCC - 2014 - Câmara Municipal de São Paulo - SP - Procurador Legislativo ) 

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    Todas as formas verbais estão corretamente empregadas, grafadas e flexionadas na frase:a) O autor do texto parece considerar que já está para se proscrever a validade do livro convencional.b) Um direito que não se pustula, como o da alfabetização, é um direito que se fragiliza.

    c) Foi grande sua emoção quando, alfabetizado, sentiu-se capaz de destrinçar o sentido de um texto.d) O prazer da leitura é um direito que poucos assessam nos países mais pobres.e) Eles se absteram de votar porque achavam que encontrariam dificuldade na leitura das instruções.

    28 - ( FCC - 2014 - SABESP – Advogado ) 

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    É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, por meio das ações e projetosde Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos.

    O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado na frase acima está em:a) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas...b) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes...c) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável...d) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento humano.e) ... e reforce a identidade das comunidades. 

    29 - ( FCC - 2014 - SABESP - Analista de Gestão – Administração ) Maias usavam sistema de água eficiente e sustentável

    Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia da América Central tinha um métodosustentável de gerenciamento da água. Esse sistema hidráulico, aperfeiçoado por mais de mil anos, foi pesquisado poruma equipe norte-americana.

     As antigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações. O caso do sistema de coleta earmazenamento de água dos maias é um exemplo disso. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram umaescavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala.

    Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado narevista científica PNAS, foram descobertas a maior represa antiga da área maia, a construção de uma barragemensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatório de água em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligadaao início da colonização da região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a água dosreservatórios.

    No sistema havia também uma estação que desviava a água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriama necessidade de água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de maiscinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul.

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    No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados edebatidos pelos pesquisadores. Par a Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão pessoal éque o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altamente bem-sucedida queagiram como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tãoseveramente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. 

    Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muitodos reservatórios que eram preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além dacapacidade do ambiente, levando em consideração as limitações tecnológicas da civilização. “É importante lembrar queos maias não estão mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito viva na América

    Central”, lembra o pesquisador. 

    (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013,www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)

    Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final da transcrição, o verbo quedeverá permanecer no singular está em:a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)c) No sistema havia também uma estação... (várias estações)d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água . (os povos quehabitavam a América Central)e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser

    publicado)

    30 - ( FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão - Informática ) Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E o inverso é mais do queverdadeiro.

    Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos clássicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrouna ocasião uma lei antiga: a de que livro bom rende filme ruim.

    Vinte anos depois, repetiu a façanha, novamente com Ramos, ao adaptar o livro Memórias do Cárcere (1953). São osfilmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos dacultura brasileira no século 20.

     Além das transposições das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como NelsonRodrigues e Guimarães Rosa. É o único cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras.

    Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar.O cineasta viu o autor uma única vez, em 1952, num almoço em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tãoencabulado diante do ídolo que não teve coragem de puxar conversa.

    O contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), deGraciliano. Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelsonficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo para ela. Mas Graciliano não gostou da ideia. A relação artística começaria de fato uma década depois, com o escritor já morto. "Queria fazer um filme sobre a seca. Criei uma história original, mas era muito superficial. Então me lembrei

    de Vidas Secas". Durante as filmagens, o mais difícil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, acachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literaturae do cinema nacional.

    (Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha d e S.Paulo , 26/06/2013) O segmento em que a forma verbal exprime acontecimento passado anterior a outro igualmente passado está em:a) Nelson ficara encantado com a personagem... (6o parágrafo)b) Vinte anos depois, repetiu a façanha... (3o parágrafo) qcc) Tem sido assim desde 1963... (2o parágrafo)d) Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena... (6o parágrafo)e) Quebrou na ocasião uma lei antiga... (2o parágrafo)31 - ( FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão - Informática Flexão verbal de tempo (presente, pretérito,futuro); Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo); ) 

    Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E o inverso é mais do queverdadeiro.

    Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos clássicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrou

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    na ocasião uma lei antiga: a de que livro bom rende filme ruim.

    Vinte anos depois, repetiu a façanha, novamente com Ramos, ao adaptar o livro Memórias do Cárcere (1953). São osfilmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos dacultura brasileira no século 20.

     Além das transposições das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como NelsonRodrigues e Guimarães Rosa. É o único cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras.

    Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar.O cineasta viu o autor uma única vez, em 1952, num almoço em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tãoencabulado diante do ídolo que não teve coragem de puxar conversa.

    O contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), deGraciliano. Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelsonficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo para ela. Mas Graciliano não gostou da ideia. A relação artística começaria de fato uma década depois, com o escritor já morto. "Queria fazer um filme sobre a seca. Criei uma história original, mas era muito superficial. Então me lembreide Vidas Secas". Durante as filmagens, o mais difícil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, acachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literaturae do cinema nacional.

    (Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha d e S.Paulo , 26/06/2013) Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de Graciliano. (6o parágrafo)

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está empregado em:a) Criei uma história original... b) O cineasta viu o autor uma única vez... c) ... que se mata no fim do romance. qcd)  A relação artística começaria de fato uma década depois... e) ... e imaginava um desfecho positivo para ela. 

    32 - ( FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão - Informática ) Pondera Paulo Mendes Campos, na crônica O amor acaba, que “quando a alma se habitua às províncias empoeiradas

    da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar”. 

    Sem que nenhuma outra alteração seja feita, a frase acima se manterá gramaticalmente correta caso overbo habitua seja substituído por:a) cultivab) adaptac) harmonizad) equilibrae) encaixa

    33 - ( FCC - 2014 - SABESP - Tecnólogo - Sistemas ) 

    http://www.questoesdeconcursos.com.br/imprimir?an=2014&ar=&at=&bt=Filtrar&cd=&cg=&di=1&dt=&es=&in=&mc=&md=&ni=&nt=&og=1&page=4&pp=5&pv=&rc=&ri=&rs=&ss=16170&te=&tg=http://www.questoesdeconcursos.com.br/imprimir?an=2014&ar=&at=&bt=Filtrar&cd=&cg=&di=1&dt=&es=&in=&mc=&md=&ni=&nt=&og=1&page=4&pp=5&pv=&rc=&ri=&rs=&ss=16170&te=&tg=http://www.questoesdeconcursos.com.br/imprimir?an=2014&ar=&at=&bt=Filtrar&cd=&cg=&di=1&dt=&es=&in=&mc=&md=&ni=&nt=&og=1&page=4&pp=5&pv=&rc=&ri=&rs=&ss=16170&te=&tg=

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    Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente...

     A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a forma verbal:a) poderiam ter vindo a derrubar.b) poderiam ter derrubado.c) poderia ter sido derrubado.d) poderiam ter sido derrubados.e) poderia terem sido derrubados.

    34 - ( FCC - 2014 - SABESP - Advogado ) Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente...

     A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a forma verbal:a) poderiam ter vindo a derrubar.b) poderiam ter derrubado.c) poderia ter sido derrubado.d) poderiam ter sido derrubados.e) poderia terem sido derrubados.

    35 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Informática ) 

    Menino do mato

    Eu queria usar palavras de ave para escrever.Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem[ nomeação. Ali a gente brincava de brincar com palavrastipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira a brincadeira falou:Já vem você com suas visões!Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveise nem há pedras de sacristias por aqui.Isso é traquinagem da sua imaginação.O menino tinha no olhar um silêncio de chão

    e na sua voz uma candura de Fontes.O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisas de verassim: eu via a manhã pousada sobre as margens dorio do mesmo modo que uma garça aberta na solidãode uma pedra.Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras.  Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi umsapo com olhar de árvore.Então era preciso desver o mundo para sair daquelelugar imensamente e sem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas

     pela inocência.O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias para a gente bem entender a voz das águas edos caracóis. A gente gostava das palavras quando elas perturbavamo sentido normal das ideias.Porque a gente também sabia que só os absurdosenriquecem a poesia.

    (BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa , São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.)  A frase que admite transposição para a voz passiva está em:a) Isso é traquinagem da sua imaginação. b) ... nem há pedras de sacristias por aqui. 

    c) Já vem você com suas visões!  d) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. e) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. 

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    36 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Informática - Banco de Dados ) Menino do mato

    Eu queria usar palavras de ave para escrever.Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem[ nomeação. Ali a gente brincava de brincar com palavras

    tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira a brincadeira falou:Já vem você com suas visões!Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveise nem há pedras de sacristias por aqui.Isso é traquinagem da sua imaginação.O menino tinha no olhar um silêncio de chãoe na sua voz uma candura de Fontes.O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisas de verassim: eu via a manhã pousada sobre as margens dorio do mesmo modo que uma garça aberta na solidãode uma pedra.

    Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi umsapo com olhar de árvore.Então era preciso desver o mundo para sair daquelelugar imensamente e sem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência.O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias para a gente bem entender a voz das águas edos caracóis. A gente gostava das palavras quando elas perturbavamo sentido normal das ideias.

    Porque a gente também sabia que só os absurdosenriquecem a poesia.

    (BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa , São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.)  A frase que admite transposição para a voz passiva está em:a) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis.b) Isso é traquinagem da sua imaginação. c) ... nem há pedras de sacristias por aqui. d) Já vem você com suas visões!  e) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. qc

    37 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Civil ) 

    Menino do mato

    Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem [nomeação.

     Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouviraa brincadeira falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras desacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação. O menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua vozuma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisasde ver assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão deuma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criação:Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente esem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a gente aprendia naquele lugarera só ignorâncias para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quando

    elas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só os absurdos enriquecem a poesia.(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 

    Considere as frases abaixo.

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    I. No verso O que a gente aprendia naquele lugar er a  só ignorâncias, o verbo destacado pode ser flexionado no plural,sem prejuízo para a correção e o sentido original.

    II. Em seguida ao termo voz , no verso e na sua voz uma candura de Fontes, pode-se acrescentar uma vírgula, semprejuízo para a correção e o sentido original.

    III. Sem que nenhuma outra alteração seja feita, no verso e nem há pedras de sacristias por aqui , o verbo pode sersubstituído por existe, mantendo-se a correção e o sentido original.

    Está correto o que se afirma APENAS em:a) II e III.b) I e III.c) II.d) III.e) I e II.

    38 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Civil ) Menino do mato

    Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem [nomeação.

     Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouviraa brincadeira falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras desacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação. O menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua vozuma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisasde ver assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão deuma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criação:Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente esem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a gente aprendia naquele lugarera só ignorâncias para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quandoelas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só os absurdos enriquecem apoesia.(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 

     A frase que admite transposição para a voz passiva está em:a) Isso é traquinagem da sua imaginação. b) .. nem há pedras de sacristias por aqui. c) Já vem você com suas visões!  d) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. e) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. 

    39 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Contadoria ) 

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     A frase que admite transposição para a voz passiva está em:a) .. para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis.b) Isso é traquinagem da sua imaginação.c) ... nem há pedras de sacristias por aqui.d) Já vem você com suas visões!  e) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. 

    40 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador ) 

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    Tinham seus prediletos ... (4o parágrafo).

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:a) Dumas consentiu.b) ... levaram com eles a instituição do “lector”. c) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos...d) Despontava a nova capital mundial do Havana.e) .. que cedesse o nome de seu herói...

    41 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Flexão verbal de número(singular, plural); ) 

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    O verbo flexionado no plural que também estaria corretamente flexionado no singular, sem que nenhuma outraalteração fosse feita, encontra-se em:a) Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais...b) Sempre me pareceram sem sentido as guerras...c) São Paulo são muitas cidades em uma.d) São Paulo não tem símbolos que dêem conta de...e) .. onde as informações diversas se misturam... 

    42 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) 

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    Estão flexionados nos mesmos tempo e modo os verbos que se encontram em:a) ... os navios batiam nos recifes submersos da beira- mar... / ... a escolha diante do herói era clara... b) Quando chegou a hora... / As versões da fábula variam...c) ... que ele e seus homens não teriam firmeza... / ... que todos os tripulantes tapassem os ouvidos...d) ... e fez de tudo para... / ... até que estivessem longe da zona de perigo.e) Ulisses sabia que ele e seus homens... / O navio atravessou incólume a zona de perigo. 

    43 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador ) 

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     A voz reflexiva está empregada em:a) ... fitava-me os bugalhos enormes... (último parágrafo)b)  A desconhecida amiga exigia de mim um sacrifício... (2o parágrafo)c) Uma voz chegou-me, fraca... (2o parágrafo)

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    d) Nunca me havia aparecido criatura mais simpática.(4o parágrafo)e) ... achei-me ridículo e vazio...(último parágrafo)

    44 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) No texto abaixo, Graciliano Ramos narra seu encontro com Nise da Silveira.

    Chamaram-me da porta: uma das mulheres recolhidas à sala 4 desejava falar comigo. Estranhei. Quem seria? Eonde ficava a sala 4? Um sujeito conduziu-me ao fim da plataforma, subiu o corrimão e daí, com agilidade forte, galgou

    uma janela. Esteve alguns minutos conversando, gesticulando, pulou no chão e convidou-me a substituí-lo. Que?Trepar-me àquelas alturas, com tamancos?

    Examinei a distância, receoso, descalcei-me, resolvi tentar a difícil acrobacia. A desconhecida amiga exigia de mimum sacrifício; a perna, estragada na operação, movia-se lenta e perra; se me desequilibrasse, iria esborrachar-me no pavimento inferior. Não houve desastre. Numa passada larga, atingi o vão da janela; agarrei-me aos varões de ferro,olhei o exterior, zonzo, sem perceber direito por que me achava ali. Uma voz chegou-me, fraca, mas no primeiroinstante não atinei com a pessoa que falava. Enxerguei o pátio, o vestíbulo, a escada já vista no dia anterior. No patamar, abaixo de meu observatório, uma cortina de lona ocultava a Praça Vermelha. Junto, à direita, além de umagrade larga, distingui afinal uma senhora pálida e magra, de olhos fixos, arregalados. O rosto moço revelava fadiga, aoscabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos.

    Referiu-se a Maceió, apresentou-se:

    - Nise da Silveira.

    Noutro lugar o encontro me daria prazer. O que senti foi surpresa, lamentei ver minha conterrânea fora do mundo,longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara agrandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se de tomar espaço.Nunca me havia aparecido criatura mais simpática. O marido, também médico, era meu velho conhecido MárioMagalhães. Pedi notícias dele: estava em liberdade. E calei-me, num vivo constrangimento.

    De pijama, sem sapatos, seguro à verga preta, achei-me ridículo e vazio; certamente causava impressão muitoinfeliz. Nise, acanhada, tinha um sorriso doce, fitava-me os bugalhos enormes, e isto me agravava a perturbação,magnetizava-me. Balbuciou imprecisões, guardou silêncio, provavelmente se arrependeu de me haver convidado paradeixar-me assim confuso.

    (RAMOS, Graciliano, Memórias do Cárcere, vol. 1. São Paulo, Record, 1996, p. 340 e 341)

    Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida...

     Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, mantém- se a correção gramatical substituindo-se os elementosgrifados pelo que se encontra em:a) Saberia-a - tinha-me afirmadob) Tê-la-ia sabido - teria-me afirmadoc) Sabê-la-ia - me afirmariad) Saberia-a - ter-me-ia afirmadae) Sabê-la-ia - me teria afirmado

    45 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) Texto I

    Tudo é grandioso na Amazônia, o maior bloco remanescente de floresta tropical do planeta. Com pouco mais de 6,8milhões de quilômetros quadrados, espalha-se por nove países da América do Sul - a maior parte está no Brasil, quedetém 69% da área coberta pela floresta. Estima-se ainda que ela abrigue quase 25% de todas as espécies de seresvivos da Terra, além de 35 milhões de pessoas (20 milhões somente no Brasil). A Amazônia tem também a maior baciafluvial do mundo, fundamental para a drenagem de vários países e para a geração de chuvas. É o maior reservatório deágua doce do planeta, com cerca de 20% de toda a água doce disponível. Por isso, é um dos reguladores do clima e doequilíbrio hídrico da Terra.

     Apesar de tanta grandiosidade, são as alterações em pequena escala, como a abertura de clareiras para a extraçãoseletiva de madeira, que podem representar uma das principais ameaças à conservação do ecossistema, destaca obiólogo Helder Queiroz, diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. De modo geral, explica Queiroz,as principais ameaças à Amazônia estão hoje associadas às práticas que levam direta ou indiretamente à perda de

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    hábitats e à redução de populações de plantas e de animais. "Muitas árvores com madeira de grande valor comercialsão fundamentais para a alimentação de diversos animais", diz Queiroz.Hoje, a perda de ambientes naturais é maior numa região conhecida como Arco do Desmatamento, que se estende dosul ao leste da Amazônia Legal - uma área de 5 milhões de km2  que engloba oito estados. O Arco do Desmatamento,definido pela fronteira da expansão agropecuária - que converte grandes extensões de floresta em pastagens -,concentra cerca de 56% da população indígena do país. As regiões de várzea, em terrenos mais baixos, no interior da floresta amazônica, também têm atraído a atenção do poder público durante a elaboração de estratégias de conservação do ecossistema. Boa parte dessa região é inundada pelas chamadas águas brancas, de origem andina, ricas em sedimentos e nutrientes. Nesses trechos, a vegetação

    tende a ser mais abundante. Devido a essa riqueza em recursos naturais, as florestas de várzea sofrem mais com aconstante ocupação humana. Todas as grandes cidades amazônicas, e boa parte das pequenas, estão localizadasnessas áreas. 

    (Adaptado de: ANDRADE, Rodrigo de Oliveira, Pesquisa Fapesp, outubro de 2013. p. 58-60)

    Texto II

    Em 1985, depois de examinar com atenção a intensa urbanização da Amazônia, que nas últimas décadas do século XXacusou as maiores taxas do Brasil, a geógrafa política Bertha Koiffmann Becker (que morreu em julho de 2013) lançou

    a expressão "floresta urbanizada" para definir a região, valorizada até então apenas pelas matas. Ela preferia usar aexpressão Arco do Povoamento Consolidado em vez da mais comum, Arco do Desmatamento, para designar as áreasde ocupação humana nas bordas da floresta, pela simples razão de que essa área está ocupada por muitas cidadesgrandes, estradas e plantações de soja, além de pecuária e mineração.Bertha Becker argumentava que era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação. Suasconferências, os debates com colegas acadêmicos e com homens do governo e os 19 livros que publicou ajudaram aenriquecer a visão sobre a Amazônia, hoje vista como um espaço complexo, resultante da interação de forças políticase econômicas. Seu trabalho influenciou a elaboração de novas estratégias para a organização desse território.

    (Adaptado de: Pesquisa Fapesp, agosto de 2013. p. 56).

    - que converte grandes extensões de floresta em pastagens - (Texto I, 3º parágrafo)

    Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser:a) tinham convertido.b) foi convertida.c) são convertidas.d) deveria converter.e) foram convertidos.

    46 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) 

    No texto abaixo, Graciliano Ramos narra seu encontro com Nise da Silveira.

    Chamaram-me da porta: uma das mulheres recolhidas à sala 4 desejava falar comigo. Estranhei. Quem seria? Eonde ficava a sala 4? Um sujeito conduziu-me ao fim da plataforma, subiu o corrimão e daí, com agilidade forte, galgouuma janela. Esteve alguns minutos conversando, gesticulando, pulou no chão e convidou-me a substituí-lo. Que?Trepar-me àquelas alturas, com tamancos?

    Examinei a distância, receoso, descalcei-me, resolvi tentar a difícil acrobacia. A desconhecida amiga exigia de mimum sacrifício; a perna, estragada na operação, movia-se lenta e perra; se me desequilibrasse, iria esborrachar-me no pavimento inferior. Não houve desastre. Numa passada larga, atingi o vão da janela; agarrei-me aos varões de ferro,olhei o exterior, zonzo, sem perceber direito por que me achava ali. Uma voz chegou-me, fraca, mas no primeiroinstante não atinei com a pessoa que falava. Enxerguei o pátio, o vestíbulo, a escada já vista no dia anterior. No patamar, abaixo de meu observatório, uma cortina de lona ocultava a Praça Vermelha. Junto, à direita, além de uma

    grade larga, distingui afinal uma senhora pálida e magra, de olhos fixos, arregalados. O rosto moço revelava fadiga, aoscabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos.

    Referiu-se a Maceió, apresentou-se:

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    - Nise da Silveira.

    Noutro lugar o encontro me daria prazer. O que senti foi surpresa, lamentei ver minha conterrânea fora do mundo,longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara agrandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se de tomar espaço.Nunca me havia aparecido criatura mais simpática. O marido, também médico, era meu velho conhecido MárioMagalhães. Pedi notícias dele: estava em liberdade. E calei-me, num vivo constrangimento.

    De pijama, sem sapatos, seguro à verga preta, achei-me ridículo e vazio; certamente causava impressão muitoinfeliz. Nise, acanhada, tinha um sorriso doce, fitava-me os bugalhos enormes, e isto me agravava a perturbação,magnetizava-me. Balbuciou imprecisões, guardou silêncio, provavelmente se arrependeu de me haver convidado paradeixar-me assim confuso.

    (RAMOS, Graciliano, Memórias do Cárcere, vol. 1. São Paulo, Record, 1996, p. 340 e 341)

     A voz reflexiva está empregada em:a) ... fitava-me os bugalhos enormes... (último parágrafo)b)  A desconhecida amiga exigia de mim um sacrifício... (2o parágrafo)c) Uma voz chegou-me, fraca... (2o parágrafo)d) Nunca me havia aparecido criatura mais simpática.  (4o parágrafo)

    e) ... achei-me ridículo e vazio... (último parágrafo)

    47 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro); Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo); ) Texto III

    Este caderno de Jorge de Lima bem que se poderia chamar "as impressões dum homem que esteve no cárcere". E sãoestes poemas mesmo um canto comovido à terra de que ele esteve segregado. E há neles qualquer coisa dassurpresas e dos espantos que sofre um homem que tudo via em névoa, ao sair de uma operação de catarata. As corescomo que vivem com outra intensidade.Tudo isso nos versos de Jorge de Lima está contado com muita força e comoção. Da boa e legítima comoção que é a

    que vem da simplicidade, que é a que sai das fontes mais preciosas do coração. [...]É vinda de dentro da terra, da vida sentimental do Nordeste, a maior parte dos poemas desse caderno. Quem osescreveu fez como um desterrado que a saudade conduziu ao retorno. E que voltasse com todos os sentidos atacadosde fome. E se encontra o Nordeste por toda a parte em seus poemas. [...] É ainda no caráter puramente regionalista desua poesia que se distingue o Sr. Jorge de Lima. Porque o seu regionalismo não é um limite à sua emoção e não tem por outra parte o caráter de partido político daquele que rapazes de S. Paulo oferecem ao país com as insistências deanúncios de remédio. O regionalismo do jovem poeta nordestino é a sua emoção mais que a sua ideologia. O Nordestenão vem em sua poesia como um tema ou uma imposição doutrinária, vem como a expressão lírica de um nordestinoevocar a sua terra. 

    (Nota preliminar a Poemas escolhidos. REGO, José Lins do. in: LIMA, Jorge de. Poesias completas. Rio de Janeiro:José Aguilar Editora, 1974, vol. I, p. 140-142)

    Texto IV

    Já uma vez me afoitei a sugerir esta ideia: a necessidade de reconhecer-se um movimento distintamente nordestino derenovação das letras, das artes, da cultura brasileira - movimento dos nossos dias que, tendo se confundido com aexpansão do muito mais opulento "modernismo" paulista-carioca, teve, entretanto, condições próprias - "ecológicas", poderia dizer-se com algum pedantismo - de formação, aparecimento e vida.Desse "movimento do Nordeste" pode-se acrescentar que foi uma espécie de parente pobre, capaz de dar ao ricovalores já quase despercebidos de outras partes do Brasil e necessitados apenas dos novos estímulos vindos do Sul edo estrangeiro para se integrarem no conjunto de riqueza circulante e viva constituída por elementos genuinamentebrasileiros, essenciais ao desenvolvimento da nossa cultura em expressão honesta do nosso ethos, da nossa história e

    da nossa paisagem e em instrumento de nossas aspirações e tendências sociais como povo tanto quanto possívelautônomo e criador. [...]Experiência brasileira não falta a Jorge de Lima: ele é bem do Nordeste. Não lhe falta o contato com a realidade afro-nordestina. E há poemas seus em que os nossos olhos, os nossos ouvidos, o nosso olfato, o nosso paladar se juntam

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     para saborear gostos e cheiros de carne de mulata, de massapê, de resina, de muqueca, de maresia, de sargaço; parasentir cores e formas regionais que dão presença e vida, e não apenas encanto literário, às sugestões das palavras:que parecem lhes dar outras condições de vida além da tecnicamente literária. [...]Jorge de Lima, um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, [...] põe o estrangeiro que se aproxima da poesia brasileira em contato com uma das nossas maiores riquezas: a interpretação de culturas, entre nós tão livre, aolado do cruzamento de raças. Dois processos através dos quais o Brasil vai-se adoçando numa das comunidades maisgenuinamente democráticas e cristãs do nosso tempo. 

    (Nota preliminar a Poemas negros. FREYRE, Gilberto in: LIMA, Jorge de. Poesias completas. Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1974, v. I, p. 157 e 158)

    O Nordeste não vem em sua poesia como um tema ou uma imposição doutrinária... (Texto III, 3º parágrafo)

    Nos segmentos transcritos do Texto III, o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifadoacima está em:a) ... fez como um desterrado...b) ... "as impressões dum homem que esteve no cárcere".c) ... que tudo via em névoa...d) ... a que sai das fontes mais preciosas do coração.e) E que voltasse com todos os sentidos atacados de fome.

    48 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Judiciária Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro); Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo); ) O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueir