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ab negócios classificados DOMINGO, 21 DE AGOSTO DE 2011 1 no verso empregos Para anunciar ligue ou acesse classificados.folha.com.br Você pode pagar em até vezes no cartão de crédito 06 páginas 218 anúncios EVENTO Grifes alagoanas apostam em renda e bordado Pág. 4 h CAMILA MENDONçA DE SãO PAULO Com a proximidade do ve- rão e do final de ano, as “pop- up stores” (lojas temporárias) ganham cada vez mais adep- tos –empresários que querem aproveitar locais badalados para expor a marca e vender. O modelo chegou ao Brasil há cerca de seis anos e, se- gundo especialistas consul- tados pela Folha, tem como estratégia aliar a divulgação do negócio a vendas, e testar a receptividade de um produ- to no mercado em espaço que tem data para fechar. Foi o que fez Ronald Hein- richs, 37, diretor da Meu Mó- vel de Madeira, loja virtual de móveis sustentáveis de de- sign próprio. No início do ve- rão de 2009, ele investiu R$ 50 mil em “pop-up” na praia de Jurerê, em Florianópolis. Durante dois meses, as pe- ças ficaram expostas em um espaço de 120 m². “Nossa es- tratégia é 100% digital, mas fizemos a loja para que as pessoas tivessem contato com os produtos”, explica. REPETECO Em 2010, Heinrichs abriu uma segunda “pop-up” no mesmo local. O investimento de R$ 60 mil incluiu totens para compras virtuais. A ação, conta, ajudou a empresa a crescer: o número de funcionários dobrou de 15 para 30 e as vendas foram de 900 para 4.500 itens por mês. A escolha pela alta tempo- rada em uma praia que rece- be turistas não foi por acaso, afirma o empreendedor. No caso das sócias da loja Misturinha, Gabriela Salda- nha, 38, e Mônica Kornfeld, 41, a opção por formar “pop- ups” nas altas temporadas de verão e inverno também não. “É o tempo de uma coleção [de roupa] nascer e morrer”, afirma Saldanha. O negócio, iniciado em 2005, era em formato de even- tos de cinco a dez dias. Há um ano, foram para shoppings, onde ficam seis meses. “É uma maneira diferente de entrar no mercado, com custo menor que o de uma lo- ja fixa”, compara Saldanha. Em média, as empresárias investem R$ 55 mil em “pop- ups” em shopping. “O retor- no depende das marcas”, diz. Empresas de qualquer seg- mento podem investir no mo- delo, que exige de três a qua- tro meses de planejamento, afirmam especialistas. Mas, ressalva José Ricardo Scaroni, professor de marke- ting da ESPM-RJ (Escola Su- perior de Propaganda e Mar- keting), “é preciso fazer uma escolha do produto ou servi- ço” ofertado. Definir o foco em um item, avalia, facilita a elaboração da estratégia pa- ra atingir o consumidor. » LEIA MAIS nas págs. 2 e 3 Empresários investem em loja temporária para crescer ‘Pop-up store’ atende a qualquer segmento; planejamento é de 3 a 4 meses As empresárias Gabriela Saldanha (à esq.) e Mônica Kornfeld Carlos Cecconello/Folhapress Índice 5 Empresas compra e venda Franquias/repres. e sociedades Empresas/inst./ prod. e serviços Máquinas, equip. e motores Agências de aproximação Alim. / eventos / festas / bufês Animais: produtos e serviços 6 Antigüidades / coleções Aulas e cursos Comunicados Confecções, roupas e acessórios Créditos e serviços financeiros Detetives Diversos Esoterismo Informática Instrumentos musicais Leilões Mensagens religiosas Móveis para escritório Móveis, decoração, jardinagem Náutica / aeronáutica Profissionais liberais Recados pessoais Serviços funerários Transp. / entregas / mudanças Turismo / lazer Acompanhantes Clínicas de massagem Livraria

Pop up store é opção para empresários

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negóciosclassificados

┆ ┆ ┆ Domingo, 21 DE Agosto DE 2011 1

no versoempregos

Para anunciar ligueou acesse

classificados.folha.com.brVocê pode pagar ematévezes no cartão de crédito

06páginas218anúncios

EVENTOGrifes alagoanasapostam emrenda e bordadoPág. 4h

camilamendonçade são paulo

Coma proximidade do ve-rãoedo finaldeano,as“pop-upstores” (lojas temporárias)ganhamcadavezmais adep-tos–empresáriosquequeremaproveitar locais badaladospara expor amarca e vender.OmodelochegouaoBrasil

há cerca de seis anos e, se-gundo especialistas consul-tados pela Folha, tem comoestratégia aliar a divulgaçãodonegócio a vendas, e testara receptividadedeumprodu-tonomercadoemespaçoquetem data para fechar.Foi o que fez RonaldHein-

richs, 37, diretor da MeuMó-veldeMadeira, lojavirtualdemóveis sustentáveis de de-signpróprio.No início do ve-rão de 2009, ele investiu R$50mil em “pop-up” na praiade Jurerê, em Florianópolis.Durantedoismeses, aspe-

ças ficaram expostas em umespaço de 120m². “Nossa es-tratégia é 100% digital, masfizemos a loja para que aspessoas tivessem contatocom os produtos”, explica.

repetecoEm 2010, Heinrichs abriu

uma segunda “pop-up” nomesmo local.O investimentode R$ 60 mil incluiu totenspara compras virtuais.A ação, conta, ajudou a

empresa a crescer: o númerode funcionáriosdobroude 15

para 30 e as vendas foramde900para4.500 itenspormês.Aescolhapela alta tempo-

rada emuma praia que rece-be turistas não foi por acaso,afirma o empreendedor.No caso das sócias da loja

Misturinha, Gabriela Salda-nha, 38, e Mônica Kornfeld,41, a opção por formar “pop-ups”nasaltas temporadasdeverãoe inverno tambémnão.“É o tempo de uma coleção[de roupa] nascer e morrer”,afirma Saldanha.

O negócio, iniciado em2005,eraemformatodeeven-tosdecincoadezdias.Háumano, foram para shoppings,onde ficam seis meses.“É uma maneira diferente

de entrar no mercado, comcustomenorqueodeumalo-ja fixa”, compara Saldanha.Emmédia, as empresárias

investemR$ 55mil em “pop-ups” em shopping. “O retor-nodependedasmarcas”,diz.Empresasdequalquerseg-

mentopodeminvestirnomo-

delo, que exigede três a qua-tro meses de planejamento,afirmam especialistas.Mas, ressalva JoséRicardo

Scaroni, professordemarke-ting da ESPM-RJ (Escola Su-perior de Propaganda eMar-keting), “é preciso fazer umaescolha do produto ou servi-ço” ofertado. Definir o focoemum item, avalia, facilita aelaboração da estratégia pa-ra atingir o consumidor.

» LEIA MAIS nas págs. 2 e 3

Empresários investememloja temporáriaparacrescer‘Pop-up store’ atende a qualquer segmento; planejamento é de 3 a 4meses

as empresáriasGabriela Saldanha (à esq.)e mônica Kornfeld

Carlos Cecconello/Folhapress

Índice5 Empresas compra e venda

Franquias/repres. e sociedadesEmpresas/inst./ prod. e serviçosMáquinas, equip. emotoresAgências de aproximaçãoAlim. / eventos / festas / bufêsAnimais: produtos e serviços

6 Antigüidades / coleçõesAulas e cursosComunicadosConfecções, roupas e acessóriosCréditos e serviços financeirosDetetivesDiversosEsoterismoInformáticaInstrumentosmusicaisLeilõesMensagens religiosasMóveis para escritórioMóveis, decoração, jardinagemNáutica / aeronáuticaProfissionais liberaisRecados pessoaisServiços funeráriosTransp. / entregas /mudançasTurismo / lazerAcompanhantesClínicas demassagemLivraria

2 negócios H H H Domingo, 21 DE Agosto DE 2011 ab

de são paulo

Alinhar o produto ao localéestratégicoedefineosuces-so de uma loja temporária.A escolha da região deve

ser feita com base no fluxo enoperfil daspessoasque cir-culampelaárea, assimcomoé realizado no planejamentode uma empresa fixa.“Apesar de temporário, o

negócionãopodeserencara-do como provisório”, consi-dera Silvio Laban, professordemarketing do Insper (Ins-tituto de Ensino e Pesquisa).Segundo ele, “o investi-

mentopodeser tentadorpor-que é de curto prazo”. Mas,completa, seopúblico for in-compatívelaoproduto,ocus-to poderá ser alto.O comércio nos arredores

também deve ser levado emconta, aponta Dalton Viesti,coordenador de graduaçãoda Trevisan Escola de Negó-cios. “Oempresáriodevecap-tarseoseuprodutoéumane-cessidade local”, afirma ele.É importante ainda, orien-

ta Viesti, verificar se o artigoou o serviço não é comercia-lizado nas proximidades.

O localmuitas vezes ajudaa traçar estratégias, poisaproximaoempresáriodeumnovo consumidor.

descobertaÉ o que atestam as empre-

endedoras Ananda Cruz, 31,e Daphne Barroso, 26.Desde 2007, elas aprovei-

taram feiras no Rio de Janei-ropara testar a receptividadeda Beberuga, marca de rou-pas de bebês que desenham.“Decidimosabrirumalojaemfeira para ver se o negóciorenderia”, conta Cruz.Dedoisemdoismeses,elas

investem R$ 6.000 em “pop-up”deseisdias.Comotêmoselementos e a infraestruturaque compõem a loja, o custonão pesa, dizem. O retorno,afirma Cruz, “compensa”.A experiência que tiveram

em feiras fez com que elaspercebessem a dificuldadeque mães tinham de sair pa-racomprarprodutos infantis.“Vimos que há demanda pa-ra umnovomodelo de negó-cio”, comenta Cruz.Antes, as vendas eram fei-

tas exclusivamente pela in-ternet.Agora,asempresárias

tambémdeixamumamalanacasa da cliente, que temdoisdias para escolher algumaspeças antes que elas retor-nem para buscar omaterial.

INUsItadoMais que uma loja tempo-

rária,uma“pop-upstore”di-fere de empresas fixas pelamaneira de apresentar-se aopúblico —tanto na localiza-çãocomonaorganizaçãodosespaços interno e externo.“Para abrir uma ‘pop-up

store’, éprecisoestarmotiva-doa criar algodiferente”, as-sinalaAlbertoSerrentino, só-cio da GS&MD—Gouvêa deSouza, de consultoria.Ele explica que a loja deve

estimular o consumidor de“maneira inusitada”.Para isso,aescolhaeacon-

cepção do espaço interno fa-zemdiferença. “Vocêprecisacriar situaçãoecenárioatípi-cos, para que o consumidorpercebaque trata-sedeopor-tunidade única de aquisiçãode um produto que não estádisponível em lugar algum.”A estratégia, diz Serrenti-

no, inclui criaruma identida-de visual forte damarca.

Estudo do local ditavalidade demodeloMapeamento de localização e organização de espaçosinterno e externo definem sucesso de loja temporária

de são paulo

Letícia Pimenta, 43, inves-tiu R$ 12 mil para abrir, em2009, um restaurante quefuncionaria por quatro diasem Belo Horizonte (MG).A empresária, que já era

dona de um bufê na mesmacidade havia dez anos, apos-tou no espaço, criando logo-tipo e nome próprios.O desempenho do restau-

rante de congelados “gour-mets”J’Adorerendeuem2010convite à empresária paramontá-lo por 15 dias em umevento em Tiradentes (MG).O investimento, dessavez,

foi de cerca de R$ 14 mil. Asduas“pop-ups”nãogeraram

“grandes lucros”, indica aempresária. “Foi mais umaação demarketing”, diz.As iniciativas, no entanto,

foramosembriõesdo restau-rante fixoqueabriunesteanona capital mineira.“Uma ‘pop-up’podeservir

como teste de mercado”,aconselha José Ricardo Sca-roni, professor demarketingdaESPM-RJ (Escola SuperiordePropagandaeMarketing).O especialista explica que

a loja temporária funcionacomo primeiro passo para oestabelecimentodeumnegó-cio permanente.“Se a experiência der cer-

to,seránaturalque issoacon-teça”, afirma Scaroni.

Iniciativapodeserembriãoparaestabelecerempreendimento fixo

DE SÃO PAULO - Para abrir umaloja temporária, o empresáriotem aomenos dois caminhos.Um é abrir uma Sociedade emConta Participativa, em queum dos sócios pode ser pes-soa física, geralmente o loca-dor do imóvel, e o registro éfeito em cartório. O valor é ba-seado no capital social.Outro é apostar em Socieda-de de Propósito Específico —entre pessoas jurídicas; o pro-cessodeaberturaéomesmodeuma limitada e o gasto chegaa R$ 5.000, dizem advogados.

Parceria com locador éopçãopara sociedade

LEGISLAÇÃO

DE SÃO PAULO -Disseminaroco-mércio justo e auxiliar peque-nos comerciantes a fomenta-rem seus negócios com práti-cas simples e baratas —essescasos ilustram possibilidadesde utilização de loja temporá-ria como ferramenta social.Em São Paulo, a agência depublicidade nova S/B implan-tou,demaioa junho,umauni-dade no largo da Batata (zonaoeste), que auxiliou gratuita-mente30empresários. “Agen-te queria atender a negóciosque não tinham condições dearcar comatendimentoprofis-

sional”, diz BobVieira daCos-ta, sócio-diretor da agência.NoRiode Janeiro, a Fair TradePlace, loja-eventopatrocinadapelo Sebrae (Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas) iniciada em ju-nho, fechaemsetembro.“Ven-demos itens de pequenos pro-dutoresde regiõespobres, quenão têm acesso ao mercado”,explicaAnaAsti,presidentedaOrganização Mundial de Co-mércio Justo na América Lati-na.A ideiaédiminuir interme-diários e valorizar a região deorigem do produtor.

Ação éutilizada como ferramenta socialDO bEm

Daphnebarroso eAnandaCruz emateliê de costura, noRJ

paula Giolito/Folhapress

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CHAMEA ATENÇÃO

Uma loja com prazo devalidade deve se expor.Use a criatividade parafazer a ambientação dolocal e instigar a curiosida-de dos consumidores

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PRAZO DE VALIDADE Passo a passo para montar uma loja temporária

Fontes: consultores e empresários

DEFINA OOBJETIVO

Uma “pop-up store” ajudaa difundir a marca,promover um produto edar retornos rápidos –se onegócio já é conhecido.Escolher um dessescaminhos ajuda o empre-endedor a mapearpossíveis resultados

ESCOLHAO LOCAL

Éprecisoalinharopúblico-alvoàpopulaçãoda região–quenãodeveoferecer itens semelhantes

MAPEIEO EVENTO

Se a ideia émontar emevento, defina aquelesque estejam ligados aoseu negócio

DELIMITEO PERÍODO

Já que o objetivo é sertemporário, mesmo se ofoco não for retornofinanceiro, o ideal serádefinir épocas do ano degrande fluxo de pessoascom vontade de comprar,como Natal, Dia das Mães,Dia dos Namorados e Diadas Crianças. Considerandoas estações do ano, o verãoé amelhor época

TRÊS MESES ANTES

DOIS MESES ANTES

UMMÊS ANTES

PLANEJEO CAIXA

O risco de não conseguirum retorno financeiroimediato existe; por isso,negocie o valor do aluguele evite grandes gastos comreforma oumontagem deespaço

ESTABELEÇAUMAIDENTIDADEVISUAL

A loja deve ter nome ecenografia característicos.A estratégia facilita alembrança do consumidor

ORGANIZEA PAPELADA

O processo de abertura deuma “pop-up” é semelhanteao de abertura de uma lojafixa. É possível constituir aempresa de duas formas:como SCP (Sociedade emConta de Participação) ouSPE (Sociedade de Propósi-to Específico). O tempomédio para a abertura daloja temporária é de quatromeses

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DIVULGUE O PRAZODE VALIDADE

A ideia é evitar que aspessoas deixem de conhe-cer o negócio, criando asensação de oportunidadeúnica

TENHAESTOQUE

Esteja preparado para terboas vendas e não decepcio-nar os consumidores quequerem conhecer o produto.Se ele faltar, será mais difícilconsolidar a marca

APOSTE EMINOVAÇÃO

Ao abrir uma segunda lojatemporária, tente manter aidentidade visual

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IlustraçãoDiogo

Shiraiwa

Zé Carlos Barretta/Folhapress

André Hidalgo investiu em reforma; só não trocou cortinas

de são paulo

Atémeadosde2009,oses-tilistas da Casa de Criadores,emSãoPaulo, tinhampoucocontato com o público finalde seus produtos. Era preci-sounir o olhar criativo ao co-mercial, na avaliação de An-dré Hidalgo, 45, fundador ediretor-artístico.Em novembro daquele

ano, o empresário abriuumaloja temporária. Por seisme-ses,oscriadores tiveramcon-tato direto com o público.Mas, para ele, o tempopo-

deria ter sido maior. “Lojanão énosso ‘business’ e a in-tenção não era lucro, por is-so, cometemos erros de pla-nejamento”, conta Hidalgo.Abrevidadedonegócio faz

os empreendedores erraremmais, segundo especialistas.Para oprofessordemarke-

ting da ESPM-RJ (Escola Su-perior de Propaganda eMar-keting) JoséRicardoScaroni,é uma “armadilha” pensar

que erros cometidos na ges-tão de uma “pop-up” sãotransitórios como o negócio.“Eles [os erros] podem im-

pactaramarcanegativamen-teedemaneirapermanente.”Entre os erros comuns es-

táa confusãoentre “pop-up”e bazar. “Ela não serve paraqueimarproduto”,orientaAl-bertoSerrentino,daGS&MD.Dalton Viesti, da Trevisan

Escola de Negócios, comple-menta: “Temde ter [estoque]eoferecer exatamenteaquiloque o consumidor espera”.Essa foi umadas falhas de

Hidalgo. “Não tínhamos es-quema de reposição.” Sempeças, o faturamento caiudeR$60milnoprimeiromêspa-ra R$ 40mil no último.Outro ponto é o custo de

montagem. Hidalgo desem-bolsouR$ 50mil na reforma.“[Os gastos] poderiam ter

sido R$ 20 mil.” No local re-servadoaosclientes,Hidalgosó manteve as cortinas dosprovadores.

Curtoprazoexigeatençãomaior aerroEmpresários negligenciamaspectosvitais como estoque e investimento