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25/05/2017
1
Epidemiologia de doenças de plantasPatologia Florestal
Daniel Diego Costa Carvalho
Mestre em Fitopatologia (UFLA)
Doutor em Fitopatologia (UnB)
PFv003
Epidemiologia
O estudo de populações de patógenos em populaçõesde hospedeiros e da doença resultante desta interação,sob a influência do ambiente e a interferência humana.
Kranz (1974)
Epidemia: tx novas infecções >>>> tx remoção
Endemia: tx novas infecções ≈ tx remoção
doença sempre presente numa determinada área, sem estar em expansão.
1 – Conceitos em epidemiologia
Epidemia poliética
Agrios, 2005.
2 - Elementos de uma epidemia
Agrios, 2005.
3 - Condições que afetam o desenvolvimento de epidem ias
3.1 - Fatores do Hospedeiro
3.1.1 - Níveis de resistência genética ou suscetibilidade do hospedeiro
Teixeira et al., 2009.
Ex: Puccinia psidii x Eucalipto
3.1.2 - Grau de uniformidade genética das plantas hospedeiras
polinização cruzada < auto-polinizados < Propagação vegetativa
Old et al., 2003
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3.1.3 - Idade da planta hospedeira
Ex: Botrytis cinerea
Ex: Phytophthora
Ex: Alternaria solani
3.2. Fatores do Patógeno
3.2.1. Nível de virulência e agressividade
0
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Áre
a le
sion
ada
(mm
2 )
Dias após a inoculação
A
B
C
A > B > C
Virulência : fixa a data e varia os níveis dos isolados do patógeno
3.2. Fatores do Patógeno
3.2.1. Nível de virulência e agressividade
0
5
10
15
20
25
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Áre
a le
sion
ada
(mm
2 )
Dias após a inoculação
A D
Agressividade : fixa o nível dos diferentes isolados do patógeno e varia a data
A é mais agressivo que D
3.2.3 - Tipo de reprodução
Old et al., 2003.Santos et al., 2001.
Tombamento Fusarium sp.
FerrugemPuccinia
3.2.4. Ecologia e modo de disseminação do inóculo
Insetos x nematóides
Bursaphelenchus cocophilus
Rhyncophorus palmarum
http://agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/broca-do-olho-do-coqueiro_2062.html
Agrios, 2005.
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http://www.agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/anel-vermelho_2990.html
Monochamus alternatus
Bursaphelenchus xylophilus
Agrios, 2005.
Ophiostoma ulmi
Hylurgopinus rufipes
Insetos x fungos3.3 - Fatores do Ambiente
3.3.1 - Umidade: importante para Phytophthora e Pythium.
3.3.2 - Temperatura: Epidemias – faixa ótima de Tº para a planta, tempo de policiclos, vetores (inverno).
Cochliobolus miyabeanus em Arroz
Agrios, 2005.
3.3.3 - Luminosidade, pH
3.3.4 - Fertilidade do solo: N e K
3.4 - Fatores do Homem
3.4.1 - Seleção e preparo do local de plantio
3.4.2 - Seleção do material de propagação
3.4.3 - Práticas culturais
Monocultura contínuaMesma variedadeRestos culturaisPlantio adensado
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3.4.4 - Introdução de novos patógenos
Agrios, 2005.
Xanthomonas axonopodis pv. citri
4 - Quantificação de Doenças
4.1 – Métodos Diretos de Avaliação de Doenças
4.1.1 - Quantificação da Incidência
4.1.2 - Quantificação da Severidade
Escalas descritivas
Escalas diagramáticas
Old et al., 2003
Mancha parda da mandioca (Cercosporidium henningsii): 1, 2, 4, 8, 16 e 32% de severidade da doença (Michereff et al., 1999).
4.1.2 - Quantificação da Severidade
Escalas diagramáticas
4.1.2 - Quantificação da Severidade
Escalas descritivas
0 1 2 3 4Bizi, 2006
4.1.2 - Quantificação da Severidade
Escalas descritivas
Escalas diagramáticas
Índices de Infecção
Mckinney, 1923.
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Nota 0 – ausência de sintomasNota 1 – infecção leve – sem esp.Nota 2 – esp. menos 50%Nota 3 – esp. mais 50%Nota 4 – Infecção severa
Nota 0 – ausência de sintomas = 5Nota 1 – infecção leve – sem esp. = 2Nota 2 – esp. menos 50% = 1Nota 3 – esp. mais 50% = 1Nota 4 – Infecção severa = 1
Index = (nota 0 x 5) + (nota 1 x 2) + (nota 2 x 1) + (nota 3 x 1) + (nota 4 x 1)
(10 unidades x nota 4)X 100
Index = (nota 0 x 5) + (nota 1 x 2) + (nota 2 x 1) + (nota 3 x 1) + (nota 4 x 1)
(10 unidades x nota 4)X 100
Index = (0 x 5) + (1 x 2) + (2 x 1) + (3 x 1) + (4 x 1)
(10 x 4)X 100
Index = (0) + (2) + (2) + (3) + (4)
(40)X 100
Index = 11
40
X 100
Index = 0,275 x 100 = 27,50%
4.2. Métodos Indiretos de Avaliação de Doenças
Citrus tristeza virus
Agrios, 2005.
Agrios, 2005.
Anel vermelho do coqueiro: Bursaphelenchus cocophilus
5. Curvas de progresso de doenças
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6. Classificação epidemiológica de doenças Tipo de reprodução
FerrugemPuccinia
Old et al., 2003.Santos et al., 2001.
Tombamento Fusarium sp.
Doenças juros simples (Monocíclicas):
Inóculo inicial:Ex: clamidosporos previamente existentes no solo, escleródios....
Agrios, 2005.
Foto: D.D.C.Carvalho (2009).
Agrios, 2005.
Doenças juros compostos (Policíclicas):
Plantas doentes rendem novas plantas doentes durante o ciclo dacultura.
Agrios, 2005.
Sob condições favoráveis, epidemias de ferrugem da soja podemprogredir rapidamente de baixos níveis de detecção para desfolha daplanta dentro de um mês.
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Epidemiologia:
1 - Estudar a evolução das doenças em populações do hospedeiro;
2 - Avaliar prejuízos;
3 - Avaliar os efeitos simples e as interações entre resistência dohospedeiro, medidas sanitárias, uso de fungicidas.....
4 - Estabelecer estratégias de controle.
Bibliografia citada e recomendada:
AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5 ed. San Diego, Academic Press,2005, 948p.
BIZI, R.M. Alternativas de controle do mofo-cinzento e do oídio emmudas de eucalipto . Curitiba: Universidade Federal do Paraná - Pós-Graduação em Engenharia Florestal, 2006, 80p. (Dissertação deMestrado).
OLD, K.M.; WINGFIELD, M.J.; YUAN, Z.Q. A manual of diseases ofeucalypts in South-East Asia . Jakarta: Center for International ForestryResearch. 2003, 106p.
SANTOS, A.F.; AUER, C.G.; GRIGOLETTI JUNIOR, A. Doenças doeucalipto no sul do Brasil: identificação e controle. Colombo: EmbrapaFlorestas . Circular Técnica, 45. 2001. 20p.
TEIXEIRA, J.E.C.; GUEDES, F.T.P.; DIAS, D.C.; BONINE, C.A.V.;CAMARGO, L.E.A. Análise da herança da resistência a Puccinia psidii emprogênies de híbridos interespecíficos de eucalipto avaliadas sobcondições naturais de infecção. Tropical Plant Pathology, v.34, n.4,p.203-210, 2009.
Leitura Obrigatória:
MICHEREFF, S.J. Epidemiologia de doenças de plantas. Recife.Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento deagronomia – Fitossanidade. 2001. 13 p.
Este material é gratuito para download
Acesse: www.labfito.webnode.com