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PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2000, 20 (3), 24-27 24 “Para que serve o psicólogo? Para que serve a Psicologia?” Partindo dessas perguntas for- muladas por Bezerra (1992), propomos um re- corte mais específico: “Para que serve o psi- cólogo no hospital geral? E ainda, se estamos nos referindo a uma instituição médica, local de uma prática hierarquizada a partir do saber e da atuação médica, para onde os sujeitos se dirigem em busca de uma medicação que dê conta dos seus sofrimentos, quer sejam do corpo, quer sejam da alma, “para que serve então, a Psicologia no hospital geral? A atuação do psicólogo na clínica privada, aten- dendo a uma clientela de classe social mais favorecida, assim como sua inserção nos am- bulatórios e hospitais de saúde mental, mes- mo que muitas vezes subordinada aos para- digmas da psiquiatria, já é prática estabelecida. Aliás, é para esse tipo de atuação, principal- mente, que se volta a formação do psicólogo. A graduação em psicologia enfatiza o modelo psicodinâmico e suas aplicações clínicas na área da saúde mental deixando de lado as temáticas relacionadas à saúde pública e às questões macrossociais. Os hospitais gerais constituem um novo cam- po de trabalho para o psicólogo, não só em função da proposta de atenção integral à saú- de, como também em função da crise en- frentada pela clínica privada. A abertura de concursos e de possibilidades de atuação do psicólogo nestas instituições, faz com que o O Psicólogo no Hospital Geral Resumo: A inserção do psicólogo no campo da saúde, mais especificamente no hos- pital geral, é discutida a partir da reflexão sobre o funcionamento da equipe inter- disciplinar, com suas resistências, competitividade e corporativismos; as peculiarida- des do atendimento na rede pública, considerando-se o sistema de saúde e a realida- de social dos pacientes atendidos; e o modelo de atendimento psicológico priorizado na graduação, que promove uma concepção abstrata e a-histórica do sujeito desvinculada do seu contexto sócio-político e cultural. Palavras Chave: Psicologia, Hospital Geral,Formação AcadêmicaInterdisciplinaridade. Eliane Carnot de Almeida Psicóloga, Mestre em Saúde Coletiva IMS/UERJ. Especialista em Medicina Psicossomática - IMPSIS Especialista em Psicologia Médica UERJ.Coordenadora do Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar HGVF°. Segall Abstract: This paper discusses the introduction of the Psychologist in health care, specifically in a General Hospital, talking as a starting point some considerations on the workings of an interdiciplinary professional group, its resistances, competitiveness and collectivism; the peculiarities of the Brazilian National Health care and the social reality of its patients; and the standardized model of psychological care adopted in graduate teaching, which leads to an abstract and a-historical conception of the individual disjointed from its social, political and cultural context. Key-words: Psychology, General Hospital, Graduation, Interdiciplinarity.

O Psicólogo No Hospital Geral

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PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO, 2000, 20 (3), 24-27

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“Para que serve o psicólogo? Para que servea Psicologia?” Partindo dessas perguntas for-muladas por Bezerra (1992), propomos um re-corte mais específico: “Para que serve o psi-cólogo no hospital geral? E ainda, se estamosnos referindo a uma instituição médica, localde uma prática hierarquizada a partir do sabere da atuação médica, para onde os sujeitos sedirigem em busca de uma medicação que dêconta dos seus sofrimentos, quer sejam docorpo, quer sejam da alma, “para que serveentão, a Psicologia no hospital geral?

A atuação do psicólogo na clínica privada, aten-dendo a uma clientela de classe social maisfavorecida, assim como sua inserção nos am-bulatórios e hospitais de saúde mental, mes-

mo que muitas vezes subordinada aos para-digmas da psiquiatria, já é prática estabelecida.Aliás, é para esse tipo de atuação, principal-mente, que se volta a formação do psicólogo.A graduação em psicologia enfatiza o modelopsicodinâmico e suas aplicações clínicas na áreada saúde mental deixando de lado as temáticasrelacionadas à saúde pública e às questõesmacrossociais.

Os hospitais gerais constituem um novo cam-po de trabalho para o psicólogo, não só emfunção da proposta de atenção integral à saú-de, como também em função da crise en-frentada pela clínica privada. A abertura deconcursos e de possibilidades de atuação dopsicólogo nestas instituições, faz com que o

O Psicólogo no Hospital GeralResumo: A inserção do psicólogo no campo da saúde, mais especificamente no hos-pital geral, é discutida a partir da reflexão sobre o funcionamento da equipe inter-disciplinar, com suas resistências, competitividade e corporativismos; as peculiarida-des do atendimento na rede pública, considerando-se o sistema de saúde e a realida-de social dos pacientes atendidos; e o modelo de atendimento psicológico priorizadona graduação, que promove uma concepção abstrata e a-histórica do sujeitodesvinculada do seu contexto sócio-político e cultural.Palavras Chave: Psicologia, Hospital Geral,Formação AcadêmicaInterdisciplinaridade.

Eliane Carnot deAlmeida

Psicóloga, Mestre emSaúde Coletiva

IMS/UERJ.Especialista em

MedicinaPsicossomática - IMPSIS

Especialista emPsicologia Médica

UERJ.Coordenadorado Curso de

Especialização emPsicologia Hospitalar

HGVF°.

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Abstract: This paper discusses the introduction of the Psychologist in health care,specifically in a General Hospital, talking as a starting point some considerations on theworkings of an interdiciplinary professional group, its resistances, competitiveness andcollectivism; the peculiarities of the Brazilian National Health care and the social realityof its patients; and the standardized model of psychological care adopted in graduateteaching, which leads to an abstract and a-historical conception of the individualdisjointed from its social, political and cultural context.Key-words: Psychology, General Hospital, Graduation, Interdiciplinarity.

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profissional se volte para este campo, muitasvezes sem uma reflexão mais cuidadosa so-bre a especificidade desse trabalho.

A formação em Psicologia não inclui o debatesobre a saúde em seus aspectos políticos, so-ciais e econômicos. O sujeito psicológico étomado à margem desses processos, sem umadiscussão mais abrangente sobre a saúde, quepermita uma apreensão do processo deadoecimento como parte de um contextomais amplo, complexo e multideterminado,fundamental para o embasamento da práticado psicólogo no hospital geral.

Dessa forma, o profissional se insere numaequipe de saúde, marcada pela hierarquia dosaber médico, tentando transpor para sua prá-tica o modelo clínico aprendido na gradua-ção, sem a compreensão da complexidade docampo da saúde no Brasil.

Segundo Spink (1992), a atuação do psicólo-go no hospital geral é mais do que um novocampo de trabalho, ela aponta para a necessi-dade de novas técnicas e para a emergênciade um novo campo de saber. O atendimen-to individual, clínico, priorizado na graduação,é substituído pelas ações integradas com aequipe.

Biomedicina e Subjetividade:Um Diálogo Possível?

Camargo JR (1997) denomina a medicina oci-dental contemporânea de “biomedicina”, de-nominação esta que reflete a vinculação daracionalidade médica com o conhecimentoproduzido pela Biologia. Segundo o autor, essaracionalidade vincula-se a um imaginário ci-entífico correspondente à racionalidade damecânica clássica, que se fundamenta em trêsproposições básicas:

l estabelecimento de leis gerais, aplicáveisa todas as situações semelhantes, não seocupando de casos particulares;

l universo visto como uma grande máquina,subordinada a princípios de causalidade li-near, e

l possibilidade de isolamento de partes paraanálise, entendendo-se que o funciona-mento do todo se dá necessariamente pelasoma de suas partes.

Assim, a medicina que se constitui a partir des-se paradigma, é uma medicina do corpo, daslesões e das doenças.

Contrapondo-se a essa visão mecanicista,Birman (1991) chama a atenção para o discur-so naturalista da medicina que legitima as prá-ticas de medicalização do espaço social, si-lenciando as dimensões simbólica, ética e po-lítica do processo saúde-doença. Segundo oautor, a saúde se inscreve num corpo que ésimbólico, marcado pela linguagem, peloscódigos culturais, o que impede sua represen-tação como uma máquina regida por proces-sos bioquímicos e imunológicos.

A introdução das ciências humanas no campoda saúde promove uma relativização do dis-curso biológico através da crítica à hegemoniado saber médico e à exclusão de outros sabe-res na discussão sobre a saúde. Também comuma proposta crítica em relação ao discursobiologizante da medicina, a Psicologia Médi-ca, utilizando-se de conceitos da psicanálisecomo transferência e contratransferência, res-salta a importância da relação médico-pacien-te, com a proposta de “ensinar” ao médico aperceber o sentido latente dos sintomas dopaciente e as influências da relação que seestabelece entre o médico e o paciente noprocesso terapêutico.

Teria, então, o psicólogo, a função de redire-cionar o olhar médico para a individualidadede cada paciente, dos aspectos subjetivos en-volvidos no adoecer, humanizando, assim, oatendimento médico?

Mas se assim o for, não estaríamos sobreva-lorizando o discurso psicológico, reafirmandoa hegemonia de um saber em relação a ou-tro? Como, então, integrar numa equipe, sa-beres oriundos de racionalidades diversas?

Segundo Silva (1998), no hospital geral o idealdo trabalho solidário em equipe geralmente ésubstituído por uma organização de trabalhoque promove a competição entre as especia-lidades e o corporativismo, gerando situaçõesde conflito.

Entendemos que trabalhar numa equipe inter-disciplinar não significa buscar uma síntese desaberes, ou uma identidade de objeto teóri-

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co, mas a possibilidade de diálogo entre disci-plinas vizinhas que em muitos momentos pos-suem temáticas comuns, interfaces, mas quemantêm a especificidade do seu saber. Signi-fica o questionamento da hegemonia do sa-ber médico no sentido de promover a substi-tuição da hierarquia estabelecida, pela inter-locução entre os diversos saberes.

Profissionais e Pacientes naRede Pública: (ainda a pergunta)Um Diálogo Possível?

O atendimento na rede pública demarca ain-da outras questões. Silva (1988) chama a aten-ção para o desgaste sofrido pelos profissionaisque pode vir a se expressar através de doen-ças ou irritação, assim como para a naturaliza-ção da rotina de trabalho, muitas vezes alie-nante e geradora de tensões.

Costa (1989), Boltanski (1989) e outros auto-res, enfatizam as peculiaridades da clientelaatendida nestas unidades. A maioria da po-pulação que busca o atendimento na redepública é constituída por pessoas inseridas numuniverso sócio-cultural diferente daquele vivi-do por quem os atende1. Muitas vezes as ex-plicações fornecidas ao profissional para seussintomas resultam de adaptações entre o “dis-curso oficial”, produzido pela equipe de saú-de, e sua própria cultura, numa tentativa dedar sentido à experiência vivida. Essas expli-cações, segundo Almeida (1998), são vistas,freqüentemente pela equipe, como crendiceou ignorância, dificultando, ou até mesmo im-pedindo, a comunicação entre eles.

Reforçando esse desencontro, a utilização queo médico faz de uma linguagem própria criauma barreira lingüística que impede que opaciente compreenda o que se passa com seupróprio corpo e que se estabeleça uma rela-ção de cooperação entre ambos.

Da mesma forma, a situação estabelecida pelapsicoterapia é completamente estranha a essepaciente. Segundo Costa (1989), o pacientenunca, ou raramente foi questionado sobreseu desejo ou sua história, estando acostuma-do a, “quando doente, procurar um médico;se for mal de amor, um pai de santo ou umamigo; se for pecado, um padre” (Costa,1989:31), mas nada que se assemelhe ao en-quadre psicoterápico.

Essa estranheza sentida pelo paciente frenteao atendimento psicoterápico é reforçada peloaparato médico que propõe um atendimentoobjetivo, super-especializado, excluindo do seucampo de atuação tudo que singularize o su-jeito. O atendimento a esse corpo visto atra-vés de máquinas, mensurado, pesado, radio-grafado, dispensa cada vez mais o contatohumano.

Num CTI, local de maior expressão da racio-nalidade médica a partir da utilização da maisalta tecnologia e da urgência dos atendimen-tos, a relação que se estabelece é, principal-mente, entre a equipe e os aparelhos quemantêm vivos os pacientes. Segundo Ribei-ro (1991), no CTI neonatal, apesar do discur-so oficial sobre a necessidade de atenção aosbebês pré-termo, o contato pessoal entre aequipe e o bebê, seja através do olhar, dotoque, ou da palavra a ele dirigida, ou entre aequipe e os pais, é reduzido a um mínimo, oque, segundo diversos autores, representa fa-tor de risco para o desenvolvimento dessesbebês.

Os bebês pré-termo são vistos como um cor-po a ser salvo, um “vir-a-ser” (Ribeiro, 1991)e, portanto, algo que ainda não é. Assim, aequipe se volta para a manutenção da vida docorpo físico, não atentando para outros fato-res importantes na constituição desse bebêenquanto sujeito. Nesse sentido, é de espe-cial importância o cuidado com a manuten-ção do vínculo mãe-bebê, que deve levar emconta não só os aspectos emocionais dos paiscomo também fatores como as característicasdo CTI, que tendem a minimizar a participa-ção dos pais nos cuidados com o bebê; o con-texto político e econômico que promove ocaos do sistema público de saúde, fazendocom que, muitas vezes, bebês nascidos emum município sejam atendidos em outro, difi-cultando, assim, o acesso dos pais; a situaçãosocial da família que muitas vezes impede aconstância das visitas, entre outros.

Outro exemplo que podemos citar é o aten-dimento ao paciente no setor cirúrgico, mui-tas vezes solicitado no sentido de diminuir suaansiedade favorecendo uma melhor aceitaçãoaos procedimentos médicos. Em nossa práti-ca2 tem sido recorrente a afirmação dos ci-rurgiões de que a criança atendida pela Psico-logia antes da cirurgia apresenta uma melhorrecuperação do ato cirúrgico.

Eliane Carnot de Almeida

1 - Pesquisa sobre o perfil dosmédicos no Brasil mostra, entreoutras, as seguintes carac-terísticas do médico no Rio deJaneiro: perfil jovem da profis-são - 58,4% dos médicos commenos de 45 anos de idade; altosíndices de parentesco entre osmédicos - 51,5% com parentesdiretos também médicos; 68,5%com atividade no setor público;65% com renda mensal decla-rada entre 1000 a 4000 dólares.(Machado, 1996)

2 - Atividades de supervisão aosalunos do Curso de Especia-lização em Psicologia Hospitalardo Hospital Getúlio Vargas Filho.

A maioria dapopulação que

busca o atendimen-to na rede pública

é constituída porpessoas inseridas

num universo sócio-cultural diferente

daquele vivido porquem os atende1.

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É certo que esse é um resultado positivo donosso trabalho, mas para além desse resulta-do, importa mais sabermos de que forma nos-so trabalho pode ser facilitador da elaboraçãodessa experiência vivida pela criança, das an-gústias e temores que ela e sua família viven-ciam nesse momento. Já não podemos maisentender o exercício profissional do psicólo-go atrelado à prática médica, a serviço da doci-lização do paciente aos procedimentos médi-cos, nem restrito ao objetivo de ensinar aomédico a reconhecer os aspectos psicológi-cos envolvidos no adoecer ou na relação mé-dico-paciente.

Conclusão

O psicólogo, ao integrar a equipe de saúde,deve favorecer o funcionamento interdis-ciplinar, facilitando, quando necessário, a co-municação entre seus membros. Seu traba-

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Referênciasbibliográficas

Recebido em 23/07/99 Aprovado em 02/10/99

lho com o paciente é bastante específico, atu-ando de forma situacional, no sentido não sóda resolução de conflitos, mas também dapromoção de saúde. Portanto, pensar a in-serção do psicólogo no hospital geral, especi-almente numa instituição pública, não podedispensar a reflexão sobre a situação do siste-ma público de saúde, sua organização, as pos-sibilidades de acesso da população aos servi-ços, as condições em que se dá o trabaho dosprofissionais, as características sociais da po-pulação atendida, em fim, o conhecimento ea articulação de todos os fatores envolvidosno processo saúde-doença.

Se não estivermos atentos a todas essas ques-tões, como então, responder às perguntas ini-ciais que nos fizemos? E se não soubermosrespondê-las, como esperar o reconhecimen-to da nossa prática no interior dessas institui-ções?

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Eliane Carnot de AlmeidaRua Cosme Velho, 639/201 Bl.02

Cosme Velho - RJ CEP: 22241-090e-mail: [email protected]

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