Upload
truongphuc
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
O ESPORTE EDUCACIONAL COMO MEDIADOR
NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA
E DO BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR
MACIEL, Marilis Balzer1 – SEED/PR [email protected]
FINCK, Silvia Christina Madrid2 – UEPG/PR
RESUMO - Este trabalho discute o tema da violência e suas manifestações focando especificamente o Bullying no contexto escolar. As ações e estratégias de intervenção foram organizadas e abordadas através da tematização do esporte com enfoque educacional e mediador na prevenção da violência e do Bullying na escola. Estas intervenções foram aplicadas em turmas de 5ª séries do Ensino Fundamental de uma Escola Estadual Pública de porte médio da cidade de Ponta Grossa/PR, como medidas preventivas educativas em relação à violência, possibilitando-lhes a vivência de situações pedagógicas que contribuíssem para uma formação mais humana. No desenvolvimento das ações foram utilizados estratégias e instrumentos visando à avaliação diagnóstica, ações, discussões, reflexões e a análise dos dados coletados no desenvolvimento do projeto. Os recursos foram utilizados para informar, sensibilizar e conscientizar os alunos sobre o Bullying, o esporte foi vivenciado por meio de jogos, estimulando nos alunos a criatividade, a cooperação, o diálogo e a incorporação de valores humanos. Educar através do esporte é acreditar numa sociedade melhor, menos competitiva, mais solidária e cooperativa, que privilegia a formação do homem na sua totalidade, transformando-o num cidadão crítico, emancipado, que sabe o valor de ganhar e perder respeitando o adversário. Palavras-chave: Esporte. Bullying. Aulas de Educação Física.
1 Licenciada em Educação Física, Especialista em Ciência da Educação Motora. Atua na Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, no município de Ponta Grossa, professora PDE desenvolveu o projeto, que é a temática deste trabalho, na escola onde é docente. É pesquisadora participante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar e Formação de Professores (GEPEFE/UEPG/CNPq). 2 Doutora em Ciência da Atividade Física e do Esporte (UNILEON/ES). Mestre em Educação (UNIMEP/SP). Professora Adjunta da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR) atua no Curso de Licenciatura em Educação Física e no Programa de Mestrado em Educação da UEPG. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar e Formação de Professores (GEPEFE/UEPG/CNPq). Professora Orientadora do PDE e do projeto que é tema deste trabalho.
2
ABSTRACT - This paper discusses the issue of violence and its manifestations specifically focusing on Bullying in the school context. The actions and intervention strategies were organized and addressed by the sports thematization focused educational and mediator in the prevention of violence and Bullying at school. These measures were applied in groups of 5 th grade student at a State School Public medium-sized city of Ponta Grossa, such as preventive education for violence, giving them the experience of teaching situations that contribute to a training More human. In the development of actions were used strategies and tools aimed at the diagnostic evaluation, actions, discussions, reflections and analysis of data collected in the project development. The funds were used to inform, sensitize and educate students about Bullying, the sport was experienced through games, stimulating the students' creativity, cooperation, dialogue and the incorporation of human values. Educate through sport is to believe in a better society, less competitive, more caring and cooperative, which favors the formation of man as a whole, making it a critical citizen, emancipated, who knows the value of winning and losing respect the opponent. Wordkeys: Sport. Bullying. PE Classes.
INTRODUÇÃO
Percebemos que há violência nos dias atuais é considerada uma das
maiores preocupações da sociedade, afeta praticamente todas as pessoas
independente da classe social a que pertencem, causando medo, angustia, e uma
sensação de impotência frente a tantas ocorrências. A escola também é alvo da
violência, o que acaba comprometendo sua identidade, pois ao mesmo tempo em
que é considerado um local de aprendizagem de valores, do exercício da cidadania,
da ética e da razão, é noticiada como lugar de incivilidades, brigas, invasões,
depredações e até mortes.
Atualmente uma manifestação de comportamento que denota graus variados
de violência tem chamado à atenção de educadores, o Bullying, o mesmo foi visto
por muito tempo como simples brincadeira, não sendo, portanto levado muito a sério,
porém a proporção da ocorrência de fatos nas escolas nesse sentido vem
ocasionando grande preocupação para pais, professores e estudantes, pois estudos
revelam que este tipo de violência pode ocasionar muitos problemas, prejudicando o
desenvolvimento psíquico, físico, moral, cognitivo e afetivo social daqueles alunos
3
que estão envolvidos de alguma forma com esse tipo de situação onde a violência
está presente.
O QUE É O BULLYING?
O Bullying é uma manifestação de violência, tal termo é de origem inglesa e
segundo Pereira (2002, p. 160) está associado ao termo agressividade por não
existir uma tradução fiel, cujo sentido seja a agressão deliberada entre iguais, o que
justifica, de certa forma, que seja assim utilizado no Brasil por não existir uma
tradução fiel associada a essa terminologia.
A palavra “Bully” significa “valentão”, que seria o autor das agressões. A
vítima, ou o alvo é a que sofre os efeitos dessa violência. Também existem as
vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem
agressões, porém também são vítimas de Bullying praticado por outros.
Para Botelho et al. (2007), o Bullying compreende todas as formas de
atitudes agressivas, intencionais e repetidas (de maneira insistente e perturbadora)
que ocorrem sem motivação evidente e de forma velada, sendo adotadas por um ou
mais estudantes contra outro (s), dentro de uma relação desigual de poder. Este
fenômeno se manifesta sutilmente, podendo ser sob a forma de “brincadeiras”,
“apelidos”, trotes, gozações e agressões físicas.
Estudos realizados sobre o Bullying revelam que muitas tragédias e suicídios
foram cometidos por indivíduos que sofreram este tipo de violência em algum
momento da sua vida. Portanto, não podemos ignorar este problema que, muitas
vezes acontece na escola, e por não ser algo explícito passa muitas vezes
despercebido pela maioria dos profissionais que atuam nesse contexto.
O Bullying pode ser considerado um problema mundial que ocorre em
grande parte das escolas, independentemente de serem públicas ou privadas, de
sua localização ou dos turnos de funcionamento. Trata-se de uma forma de violência
quase invisível, que vai diminuindo o outro, no caso a vítima. Suas consequências
afetam todos os envolvidos, porém, os maiores prejudicados são as vítimas diretas,
que suportam de forma silenciosa seu sofrimento. O que justifica o silêncio das
4
vítimas, muitas vezes, é o medo de represálias do (s) agressor (es), que os ataques
se tornem ainda mais persistentes e cruéis, a falta de apoio e compreensão quando
se queixam aos adultos, à vergonha, o sentimento de incompetência e o
merecimento dos ataques.
Segundo Lopes Neto e Saavedra (apud Botelho et al, 2007) existem dois
tipos de ações de Bullying, as diretas que são subdivididas em físicas (bater, chutar,
tomar pertences) e verbais (apelidos, insultos, atitudes preconceituosas), e as ações
indiretas ou emocionais que são relacionadas com a disseminação de histórias
desagradáveis, indecentes ou pressões sobre a vítima, a principal intenção, nesse
caso, é que a pessoa seja discriminada e excluída de seu grupo social.
Inúmeras são as causas de tanta violência, mas percebemos que as
desigualdades sociais, o consumismo e a carência de valores morais e éticos
contribuem para a incidência destas ocorrências nas escolas.
Sabemos que não existe “receita” para acabar com a violência, mas como
educadores não podemos deixar de tratar pedagogicamente temáticas relacionadas
a essa questão social problemática e de fazer a nossa parte, na busca de
encaminhamentos, estratégias a fim de fundamentar uma educação voltada para o
desenvolvimento de valores tais como: o respeito às diferenças, a tolerância, a ética,
a cooperação, a solidariedade, a compaixão, entre outras.
Certamente o desenvolvimento de ações pedagógicas voltadas para
princípios que contemplem tais valores contribuirá para uma educação para a paz e
a formação de pessoas mais humanas.
Como educadores precisamos construir na escola uma cultura da paz com
objetivo de criar práticas alternativas para combater a violência. Conflitos fazem
parte da vida humana, não podemos negá-los mais precisamos encontrar meios
para enfrentá-los.
A Educação Física por meio dos seus conhecimentos tem muito a contribuir
para o combate das muitas formas de violência, propiciando situações pedagógicas
que levem o aluno a refletir sobre suas atitudes, dentro desta cultura de paz
desenvolvendo valores e princípios morais, sociais, culturais e afetivos.
5
O ESPORTE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A PREVENÇÃ O ÀS
MANIFESTAÇÕES DO BULLYING NA ESCOLA
No contexto atual, percebemos que os problemas relacionados à violência, a
indisciplina e ao desrespeito estão diretamente interligados à crise de valores
presente na sociedade e consequentemente entre as pessoas. Diante de tantas
mudanças sociais e tecnológicas, as pessoas passaram a dar menos importância a
valores, como a solidariedade, o respeito, a cooperação, o amor ao próximo.
Precisamos dentro do processo educacional, estimular o respeito mútuo, a justiça, o
diálogo, a auto-estima, levando os alunos a refletirem e a fazerem opções positivas
frente à realidade.
Segundo Martinelli (1996, p. 15), os valores humanos são fundamentos
morais e espirituais da consciência humana.
A causa dos conflitos que afligem a humanidade está na negação dos
valores como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial
individual e conseqüentemente do potencial social.
A vivência dos valores alicerça o caráter, e reflete-se na conduta como uma
conquista espiritual da personalidade.
Segundo as Diretrizes Curriculares para a Educação Pública do Estado do
Paraná - Educação Física (DCEs/PR, 2006) a conscientização dos alunos passa
pelo entendimento da corporalidade3 e da importância dos valores para o seu
desenvolvimento integral, compreendendo como um conjunto de afetividade,
cognição e o ser corporal, visando um melhor entendimento sobre os fatores que
afetam positiva ou negativamente o seu desenvolvimento.
Acreditamos que de acordo com as abordagens que fundamentam o
trabalho da Educação Física a ser desenvolvido no contexto da escola, a abordagem
Crítico-Emancipatória (Kunz, 2000) aponta um encaminhamento teórico
metodológico que possibilita o alcance dos objetivos pretendidos com o
desenvolvimento do trabalho que foi proposto inicialmente.
Os estudos do professor Kunz (2000) apontam que o ser humano deve ser
analisado de forma integral, como Ser Humano. “Não são corpos que correm, saltam
3 Segundo as DCE’s (2006, p. 26) a corporalidade é entendida como a construção histórica e social do corpo.
6
e brincam, mas sim Seres Humanos que se movimentam". O Se-Movimentar" é
"uma conduta significativa, um acontecimento mediado por uma relação
significativa."
Kunz (2000) critica o movimento nos esportes, quanto à padronização dos
movimentos predeterminados e a execução dos gestos mecânicos visando à
melhoria do rendimento e habilidades na prática da Educação Física Escolar.
Para o ensino dos esportes é necessária uma transformação didático-
pedagógica, priorizando movimentos livres e espontâneos. É necessário pensar no
sujeito que está aprendendo, no ser humano que se movimenta, respeitando as
dimensões afetivas, cognitiva, sociais e motoras.
Desta forma a proposta Crítico-Emancipatória não busca apenas auxiliar o
aluno a melhor organizar e praticar o esporte, mais é uma tarefa de reflexão crítica
sobre todas as formas de encenação esportiva, com os seus interesses e os seus
problemas vinculados ao contexto sócio-político.
O aluno enquanto sujeito do processo de ensino deve ser capacitado para sua participação na vida social, cultural e esportiva, o que significa não somente a aquisição de uma capacidade de ação funcional, mas a capacidade de conhecer, reconhecer e problematizar sentidos e significados nesta vida, através da reflexão crítica (KUNZ, 2000, p. 31).
Assim o esporte aparece como determinante para o desenvolvimento
integral do ser humano, educar através do esporte é formar o homem e uma
sociedade melhor, menos competitiva, mais solidária e cooperativa, que privilegia o
homem e não o atleta, o cidadão crítico, participativo, emancipado e solidário, que
respeita o adversário tanto na vitória como na derrota.
Segundo Assis de Oliveira (2001), o esporte na escola pode contemplar os
princípios de competição, mas deve ser pensado para a coletividade, atingindo as
necessidades de toda a turma, sejam elas de divertimento, de prazer, de recriação,
superando as ideologias tidas como verdadeiras e as normas e regras sociais
estabelecidas.
O papel da Educação Física é transcender o senso comum e desmistificar
formas arraigadas e equivocadas em relação às diversas práticas e manifestações
corporais (DCE’s Educação Física, 2006, p. 21).
7
Desta forma torna-se importante propiciar situações de aprendizagem para o
desenvolvimento dos alunos oportunizando o debate e o aprofundamento do
conhecimento científico como forma de educar visando mudanças de atitudes.
Assim buscamos caminhos para trabalharmos e abordarmos o tema da
violência na escola, especificamente o Bullying, elegemos o esporte para ser
desenvolvido numa perspectiva educacional nas aulas de Educação Física.
Acreditamos que o desenvolvimento dos seus diversos conhecimentos possibilita o
enfoque pedagógico de temáticas relacionadas à violência, com o objetivo de
minimizar a agressividade entre os alunos.
Desenvolvemos estratégias através da prática do esporte, com enfoque
educacional, visando à mediação de intervenções para reflexões/ações sobre a
violência e o Bullying na escola. Informamos, sensibilizamos e conscientizamos os
alunos sobre o Bullying. Refletimos e discutimos sobre as diversas formas de
violência que acontecem no âmbito esportivo.
Situações de ensino aprendizagem para a tematização dos valores que ele
proporciona, ensinando a não agredir fisicamente nem psicologicamente explicando
as razões para esse comportamento propondo alternativas que conduzam ao
autocontrole das forças que atuam no interior das pessoas.
O esporte é um dos fenômenos sociais de maior significado, sendo acima de
tudo um patrimônio cultural, exercendo grande influência sobre as crianças e
adolescentes nos mais diferentes aspectos, entre eles: de comportamento, de
preferência em relação a determinadas práticas, na forma de se vestirem, entre
outras (FINCK, 1995).
OS CAMINHOS PERCORRIDOS: AS ETAPAS DO DESENVOLVIMEN TO DO
PROJETO NA ESCOLA
Seguindo as estratégias das ações propostas no projeto, iniciamos o
trabalho com a aplicação de um questionário com o objetivo de realizarmos uma
avaliação diagnóstica do aluno, a fim de levantarmos dados principalmente sobre
sua vida familiar, se já sofreu algum tipo de agressão na escola, em casa ou se já
8
praticou alguma atitude agressiva. Para a formulação das questões usamos como
referência o questionário aplicado pela Instituição inglesa Kidscape (1984), que há
anos dedica-se ao tema Bullying.
O questionário foi elaborado com dezesseis (16) questões e foi aplicado
para alunos de turmas de 5ª séries do ensino fundamental, na faixa etária entre dez
(10) e treze (13) anos, de uma escola pública estadual, de porte médio, situado na
região central do Município de Ponta Grossa/PR. As questões foram respondidas por
noventa e cinco (95) alunos que estavam presentes no dia da sua aplicação, desse
total de alunos quarenta e nove (49) são do sexo masculino e quarenta e seis (46)
do sexo feminino.
Para uma melhor visualização dos resultados dos questionários, utilizamos
além da descrição dos resultados uma forma gráfica para retratar as respostas dos
alunos.
Questão 1 : Você mora:
A primeira questão teve por objetivo verificarmos com quem o aluno (a) mora. A
maioria cinquenta e um (51) alunos responderam que moram com o pai e a mãe,
cinco (5) alunos responderam que moram com o pai, trinta e um (31) alunos moram
com a mãe e seis (6) alunos responderam que moram com os avós.
51
5
31
6com mãe e pai
somente como pai
somente coma mãe
com avós
Questão 2 : Sua casa localiza-se:
Por ser um Colégio localizado na região central, a segunda questão teve por objetivo
analisarmos em que região o aluno reside. O resultado aponta que apenas quinze
9
(15) alunos moram no centro e que setenta e sete (77) moram em bairros diferentes
da cidade.
15
77
no centro
no bairro
Questão 3 :
Você conversa em casa sobre tudo? (drogas, brigas)?
Esta questão teve como objetivo analisarmos o relacionamento dos pais com os
filhos, através do diálogo. Temas como drogas, sexo, violência são abordados em
casa? Os resultados afirmam que sessenta e quatro (64) alunos conversam sobre
todos os assuntos em casa e que trinta e um (31) alunos não têm este diálogo com
os pais.
64
31
sim
não
Questão 4: Você sofre agressão dentro de casa? Se a resposta for sim, que tipo de
agressão?
O objetivo desta questão era descobrirmos se os alunos sofrem algum tipo de
agressão dentro de casa. A maioria dos alunos oitenta e sete (87) responderam não
sofrer nenhum tipo de agressão em casa. Os dois (2) alunos que responderam sim
um disse sofrer agressões verbais, e o outro agressões físicas.
10
2
87
sim
não
Questão 5: Na escola você já foi chamado ou apelidado por “nomes” que você não
gostou?
A quinta pergunta teve como objetivo descobrir se os alunos já foram apelidados
pelos colegas e como se sentiram em relação ao apelido. Os resultados mostram
que a maioria cinquenta (50) alunos já receberam algum tipo de apelido e que trinta
e oito (38) nunca foram apelidados.
50
38 sim
não
Questão 6: Quanto tempo durou?
Nesta questão temos por objetivo analisarmos a ocorrência de Bullying nos alunos
por apelidos maldosos. Dos alunos que responderam que recebem apelidos dezoito
(18) dizem que a duração foi de uma semana, oito (8) alunos que durou várias
semanas, quatorze (14) que aconteceu durante todo o ano e nove (9) alunos
responderam que os apelidos vêm acontecendo a muitos anos caracterizando assim
casos típicos de Bullying.
11
18
8
14
9 uma semana
váriassemanas
durante o anopassado
ocorre hámuitos anos
Questão 7: Qual era sua reação diante do apelido?
Nesta questão os alunos poderiam marcar mais de uma alternativa.
As respostas foram bem diversificadas, mas a maioria trinta (30) dos alunos
afirmaram não ter dado importância/atenção para os apelidos que receberam, não
caracterizando assim casos de Bullying, porém tivemos doze (12) respostas de
alunos que pediram ajuda aos professores e coordenação do Colégio, treze (13)
responderam que pediram para que parasse(m), quatro (4) reagiram chorando, nove
(9) responderam que se ofenderam e dois (2) responderam terem faltado mais as
aulas por causa dos apelidos.
30
12
13
4
92
não deiatenção
me ofendi
pedi queparasse (m)
chorei
pedi ajuda
faltei mais asaulas
Questão 8: Na escola, alguma vez você já sofreu alguma atitude agressiva?
Nesta questão os alunos poderiam marcar todas as atitudes agressivas que já
sofreram. O objetivo desta pergunta era analisarmos quais atitudes agressivas
acontecia entre os alunos. A maioria das respostas cinquenta e três (53), afirmam
12
que foram empurrados, trinta e cinco (35) dizem terem sido chutados, quatorze (14)
já foram roubados no Colégio, nove (9) responderam terem vivenciado outro tipo de
agressão enquanto que vinte (20) respostas afirmam nunca terem sofrido nenhum
tipo de agressão no Colégio.
35
13
53
14
9
20chutado
ferido
empurrado
roubado
outros
nunca
Questão 9 : Se você já sofreu alguma atitude agressiva descrita acima, quanto
tempo durou?
Esta questão teve por objetivo descobrir se a agressão que o aluno sofria se
caracterizava um caso de Bullying. Dos alunos que em algum momento sofreram
alguma agressão quarenta e sete (47) responderam terem sido agredidos apenas
uma vez, seis (6) alunos responderam que pelo menos uma vez na semana eram
agredidos, três (3) alunos responderam que as agressões aconteciam de três a seis
vezes por semana, e quatorze (14) alunos responderam que as agressões
aconteciam várias vezes por semana.
47
6
3
14
uma vez
uma vez porsemana
três a seisvezes porsemana
várias vezespor semana
13
Questão 10 : Onde ocorreu?
A décima questão teve por objetivo analisarmos em que local aconteciam com
maiores freqüências às agressões.
Dos lugares indicados cinquenta e dois (52) alunos responderam sofrer agressões
no recreio e dezesseis (16) na entrada/saída da escola onde geralmente não existe
a presença de um supervisor, doze (12) alunos responderam que acontecia na sala
de aula, nove (9) alunos disseram que sofriam as agressões nos corredores e seis
(6) alunos responderam que as agressões aconteciam em outros locais do Colégio.
12
9
52
16
6sala de aula
corredores
recreio
entrada/saídada escola
outros
Questão 11: Você já foi excluído, ameaçado, discriminado ou perseguido pelos seus
colegas na escola, mesmo sem motivo aparente?
Esta questão tem como objetivo analisarmos se entre os alunos ocorre agressão
psicológica como a discriminação, a exclusão, a ameaça, a perseguição, etc. Dos
alunos que responderam a esta questão cinquenta e um (51) disseram que não,
nunca sofreram este tipo de agressão e trinta e oito (38) responderam que sim.
38
51
sim
não
14
Questão 12 : Se você respondeu sim, com que freqüência isso aconteceu?
Esta questão teve por objetivo verificarmos a frequência destas agressões e
analisarmos a relação deles com o fenômeno Bullying. Vinte e três (23) alunos
responderam que sofreram algum tipo de ameaça, discriminação ou perseguição
pelo menos uma vez, o que não caracteriza casos de Bullying, quatro (4) alunos
responderam apenas uma vez na semana, três (3) alunos disseram receber estas
agressões três a seis vezes por semana, e dez (10) alunos responderam que já
sofreram algum tipo de agressão psicológica várias vezes por semana.
23
4
3
10
uma vez
uma vez porsemana
três a seisvezes porsemana
várias vezespor semana
Questão 13: Quantas pessoas o “atacaram”?
Esta questão teve por objetivo analisarmos a quantidade de alunos envolvidos com
algum tipo de agressão. Quatorze (14) responderam que eram atacados sempre por
um colega, dezesseis (16) responderam que os ataques aconteciam por dois ou três
colegas, três (3) responderam que eram agredidos por quatro a nove colegas, nove
(9) responderam que eram atacados por mais de nove colegas e seis (6) não
souberam dizer quantos colegas o atacaram.
14
16
3
9
6sempre umcolega
dois ou trêscolegas
quatro a novecolegas
mais de novecolegas
não sei dizerquantos
15
Questão 14: Como você se sentiu em relação a estes “ataques”?
A décima quarta questão teve por objetivo analisarmos a reação dos alunos ao
passarem por alguma situação de agressão. Dos alunos que responderam trinta e
quatro (34) disseram terem sentido raiva do colega(s), treze (13) responderam que
se sentiram mal, sete (7) ficaram assustados, seis (6) alunos responderam que não
queriam ir para a escola, enquanto que cinco (5) alunos responderam que não se
incomodaram com os ataques.
57
34
13
6não meincomodei
me sentiassustado
tive raiva
me senti mal
não queria irpara a escola
Questão 15 : Você já praticou alguma atitude agressiva com algum colega na
escola?
A décima quinta questão teve por objetivo analisarmos se os alunos que eram
agredidos por colega(s), também praticavam atitudes agressivas. Apesar de trinta e
dois (32) alunos afirmarem nunca ter praticado alguma atitude agressiva
observamos que cinquenta e nove (59) já estiveram envolvidos com algum tipo de
agressão. Entre as agressões destaca-se: vinte e cinco (25) alunos agrediram
chutando, onze (11) ferindo, trinta e seis (36) empurrando, um (1) roubando e dez
(10) alunos responderam terem cometidos outros atos agressivos.
25
11
361
10
32 chutando
ferindo
empurrando
roubando
outros
nunca
16
Questão 16: Qual a quantidade de colegas que você já atingiu com as atitudes
praticadas descritas acima?
Esta questão teve por objetivo detectarmos quantas crianças em algum momento na
escola já sofreram com algum tipo de agressão. Dos alunos que responderam vinte
e seis (26) disseram que atacaram apenas um colega, quatorze (14) responderam
terem atacado de dois a três colegas, treze (13) responderam de quatro ou mais
colegas e nove (9) alunos disseram não saber o número de colegas que já haviam
atacado.
26
14
13
9 um colega
dois ou trêscolegas
quatro ou maiscolegas
outros
Analisando as respostas dos questionários verificamos claramente a
existência do Bullying no Colégio e a importância de termos esta consciência sobre o
tema, obtendo subsídios para a análise das causas e efeitos desta prática entre os
alunos.
A etapa seguinte teve por objetivo principal buscar o entendimento por parte
dos alunos sobre o fenômeno denominado Bullying: o que é, como ocorre, quais são
suas consequências, quem são os autores e vítimas, entre outras. O
encaminhamento pedagógico do trabalho se deu através de duas aulas teóricas em
cada turma, onde utilizamos a TV pendrive com a apresentação de slides sobre o
Bullying.
Apresentamos várias imagens de casos de Bullying como meio de
sensibilizá-los e incentivá-los a obterem conhecimentos sobre o tema. As aulas
despertaram bastante interesse dos alunos, alguns já conheciam o termo Bullying
principalmente os meninos pela existência de um jogo de vídeo game com esse
nome e com ações que o caracterizam como o referido fenômeno acontece.
17
No final de cada uma das aulas fizemos “a roda da conversa” para debater
questões sobre o tema, alguns alunos relataram casos vivenciados e/ou observados
de Bullying no seu bairro, na escola e na própria sala de aula.
Com o objetivo de divulgar os conhecimentos sobre Bullying na escola e
também ampliar as discussões, evidenciando-o como uma ação violenta,
incentivamos os alunos a procurarem imagens em jornais, revistas, internet, imagens
que retratassem esse tipo de violência no ambiente escolar. Todo o material
coletado pelos alunos foi guardado, muitos não encontraram imagens e reportagens
que retratassem o tema especificamente, então acabaram trazendo recortes de
todos os tipos de violência que foram também aproveitados para as discussões.
Para o desenvolvimento do trabalho selecionamos alguns subtemas
decorrentes da temática maior (Bullying), entre eles: conceitos, autores, vítimas,
consequências, frases de conscientização, frases de alerta, poesias, violência,
Bullying, entre outros. Em seguida os alunos se organizaram em pequenos grupos e
desenvolveram trabalhos que partiram dos temas/subtemas. As estratégias
empregadas pelos alunos foram o diálogo, a elaboração da síntese do grupo
finalizando com a confecção e exposição de cartazes. Utilizamos duas aulas para a
realização dos trabalhos e cada grupo apresentou o seu para a turma toda,
posteriormente os cartazes foram expostos e fixados nas paredes dos corredores da
escola.
A sequência do trabalho se deu através de ações voltadas para o
desenvolvimento do esporte com enfoque educacional, visando contribuir na
prevenção da violência e do Bullying na escola.
O trabalho foi de extrema importância e relevância para o desenvolvimento
de ações no contexto escolar, voltadas para a ampliação de estratégias
metodológicas que contribuíram para fomentar as discussões e reflexões com os
alunos, bem como informá-los, possibilitando-lhes a vivência de situações
pedagógicas que contribuíram para sua formação humana, sedimentando também
valores importantes para sua cidadania.
As atividades propostas nesta etapa do trabalho foram direcionadas no
sentido de serem diversificadas e motivadoras, possibilitando despertar o interesse
dos alunos, buscando envolvê-los e conscientizá-los.
18
Nesse sentido desenvolvemos o Esporte, especificamente as modalidades
do basquetebol e handebol, visando à aprendizagem, principalmente, por meio de
jogos com enfoque cooperativo, estimulando nos alunos a criatividade, a
cooperação, o diálogo e a incorporação de valores humanos. No final das aulas,
organizávamos os alunos em um círculo (“roda de conversa”) e dialogávamos sobre
o que tínhamos vivenciado, os alunos davam sugestões, e aproveitávamos para
resolver eventuais conflitos que surgiam durante o jogo, sempre orientando e
levando-os a refletir sobre seus atos.
O próximo passo foi à apresentação do filme “Lucas um Intruso no
Formigueiro,” o filme aborda o tema Bullying e valores humanos como a amizade, o
respeito, o aprendizado em relação à valorização das pessoas, suas habilidades, o
trabalho em grupo e o respeito às diferenças individuais.
Para análise e reflexão do filme, “Lucas um Intruso no Formigueiro”, os
alunos responderam algumas questões, com o objetivo de verificarmos o
entendimento sobre a temática que os alunos obtiveram assistindo ao filme, como
por exemplo, se conseguiram entender a mensagem que o mesmo transmite em
termos de violência, Bullying, valores tais como: a importância do trabalho em grupo,
o respeito às diferenças, o apreço da amizade, a importância da solidariedade, entre
outros.
Utilizamos esta técnica haja vista que nos debates muitos alunos por
timidez, acabam não expondo suas idéias, desta forma todos tiveram a oportunidade
de se expressar.
Uma nova etapa do trabalho foi desenvolvida numa aula, ministrada para
cada uma das turmas, o seu desenvolvimento se deu através da apresentação de
slides que mostravam os dois lados do esporte, isto é o lado positivo e o lado
negativo, os quais estão relacionados com as ações das pessoas que fazem parte
do contexto esportivo, entre eles: dirigentes, técnicos, atletas, jogadores
profissionais, torcidas etc.
Os slides foram elaborados considerando as seguintes questões: Como as
pessoas vêem os esportes? O esporte é sinônimo de saúde? O esporte é
transmissor de grandes exemplos? O esporte pode contribuir para manter as
crianças e jovens longe das drogas e da criminalidade? Como e porque ocorre a
utilização de doping nos esportes? Quais as consequências da utilização do doping
19
para a saúde do esportista? Podemos vencer respeitando as regras e o adversário?
Será que vencer a qualquer “preço” é válido? Após a apresentação e explicação dos
temas, os alunos manifestaram suas opiniões, citaram exemplos de doping, de
violência principalmente no futebol entre as torcidas, as lutas livres, o salário dos
jogadores, etc.
Neste sentido tratamos da temática da Violência (Bullying) num âmbito maior
e relacionamos com o contexto esportivo, focando situações que estão presentes no
cotidiano do esporte, principalmente o profissional.
A relevância desta etapa está em tratar pedagogicamente do fenômeno
esporte num contexto ampliado, utilizando situações que estão próximas dos alunos
e que são veiculadas pelos meios de comunicação, principalmente a televisão.
Nessa etapa foram utilizados xerox dos slides referente à etapa seis (6), que
tratou dos aspectos positivos e negativos do Esporte. As cópias foram distribuídas
para os alunos, que se organizaram em grupos, complementando o trabalho também
com outras imagens. Os alunos organizaram cartazes utilizando gravuras,
reportagens e frases, o trabalho foi direcionado com o objetivo maior de evidenciar
os bons e maus exemplos manifestados pelas pessoas que fazem parte do contexto
esportivo, visando à reflexão de como o esporte pode contribuir para a formação das
pessoas.
Uma nova etapa foi desenvolvida de forma sequenciada com a anterior,
onde os alunos puderam contribuir pesquisando novas imagens e gravuras,
reportagens e frases, as quais foram utilizadas na confecção dos cartazes,
ampliando a divulgação do tema na escola.
Utilizamos xérox dos slides referente à etapa anterior, que tratou dos
aspectos positivos e negativos do Esporte. As cópias foram distribuídas para os
alunos, que se organizaram em grupos, complementando o trabalho também com
outras imagens.
Os alunos organizaram cartazes utilizando gravuras, reportagens e frases, o
trabalho foi direcionado com o objetivo maior de evidenciar os bons e maus
exemplos manifestados pelas pessoas que fazem parte do contexto esportivo,
visando à reflexão de como o esporte pode contribuir para a formação das pessoas.
Na última etapa assistimos ao filme “Coach Carter, Treino para a Vida”
resgatando aspectos fundamentais tratados durante o desenvolvimento do trabalho,
20
o filme contextualiza o universo dos alunos e da escola, onde o Esporte também é
evidenciado e ocupa um papel importante no processo de formação dos educandos.
Este filme foi selecionado por tratar de questões relacionadas à educação, a
escola e ao esporte, aborda também valores e princípios importantes não só para a
prática do esporte, mas para a vida. A história real e inspiradora de um treinador que
decide mostrar os diversos aspectos dos valores de uma vida ao suspender seu time
campeão por causa do desempenho acadêmico dos atletas. Dessa forma, Carter
recebe elogios e críticas, além de muita pressão para levar o time de volta às
quadras. É aí que ele deve superar os obstáculos de seu ambiente e mostrar aos
jovens um futuro que vai além de gangues, prisão e até mesmo do basquete.
Os alunos após assistirem ao filme “Coach Carter – Treino para a vida”, se
organizaram em círculo onde fizemos comentários sobre o que aprenderam e quais
as cenas que mais lhes chamou a atenção.
Em seguida colocamos uma cartolina ao centro e cada aluno, através de
uma palavra ou uma frase pode registrar seus conhecimentos sobre os temas
abordados no filme, como a valorização dos estudos, a auto-estima, o trabalho em
equipe, o aprender a ganhar e perder assim como ocorre na vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos dizer que o Bullying acontece em grande parte das escolas e que
todas as medidas de intervenção são de extrema importância para a prevenção e o
combate desta mazela social.
Percebemos que nas turmas onde realizamos as ações de intervenções
contra o Bullying ocorreram algumas mudanças que puderam ser observadas no dia
a dia na escola, entre elas a visão dos alunos sobre o tema, e a melhora nos
relacionamentos e no comportamento dos mesmos de maneira geral.
Segundo o educador Gabriel Chalita (2008), ninguém gosta de viver a violência, nem como professor, nem como aluno, nem como vítima, nem como agressor, tampouco como testemunha de atos desumanos. Cada qual escolhe agir de acordo com as habilidades que desenvolveu e modelos que conheceu; todos querem ser felizes, protegidos e acolhidos, ter sua importância e talentos reconhecidos e valorizados. Uns conquistam pela
21
força, outros pelo carinho, outros desistem. Essa necessidade é tão imprescindível que sua ausência pode levar uma pessoa ao suicídio; alguns acabam ficando cruéis, alguns se protegem e outros se defendem da crueldade. Mas há, ainda, os que não sabem nem se proteger, nem se defender, eles se escondem, se isolam e são esquecidos pelos demais; poucos se sensibilizam a ponto de buscar envolver poucos para formar muitos. São poucos porque talvez muitos não acreditem que sejam capazes de transformar algo. Os poucos que realmente acreditam e se mobilizam serão muitos até que sejam todos. (CHALITA, 2008, p.198).
Muitas vezes diante de tantas violências e injustiças nos sentimos
impotentes, sem saber como agir ou intervir e até mesmo nos questionamos se o
que fazemos na nossa caminhada profissional reflete de forma positiva na vida dos
alunos.
Neste sentido acreditamos termos contribuído dentro da nossa disciplina na
formação de pessoas melhores, conscientes de um problema que se um dia vier a
acontecer com ela ou alguém da sua família com certeza saberá como enfrentar ou
pedir ajudar.
REFERÊNCIAS
BARBIERI. C. A. S. Esporte educacional: uma possibilidade para a restauração do
humano no homem. Canoas: ULBRA, 2001. 160p.
BOTELHO R. G; SOUZA J. M. C. Bullying e educação física na escola : características, casos, consequências e estratégias de intervenção. Revista de Educação Física, nº 139, dez. 2007. BRACHT, V. A constituição as teorias pedagógicas da educação física. Caderno Cedes - Corpo e Educação , Campinas, n. 48, p. 69-88, agos. 1999. BRACHT, V. (et. al.). Pesquisa em ação: educação física na escola. Ijuí: UNIJUI, 2005.128p. CHALITA, G. Pedagogia da amizade-bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008. COACH Carter. Direção: Thomas Carter. Produção: David Gale; Brian Robbins; Michael Tollin. Estados Unidos da América: Paramount Home Entertainment, 2005. Duração: 1 DVD (136 min.). son; color. SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino de educação física. Coletivo de autores. São Paulo: Cortez, 1992.
22
DIAS, K. P. Educação Física X Violência: uma abordagem com meninos de rua. Rio de Janeiro: Sprint,1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação-SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública Educação Básica do Estado do Paraná. Educação Física. Curitiba, 2006. FINCK, S. C. M. Educação Física e Esporte: uma visão na Escola Pública. 1995, 138 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Educação Motora). Pós Graduação em Educação, Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 1995. FREIRE, J. B. Pedagogia do Esporte. In: MOREIRA, W. W; SIMÕES, R. Fenômeno esportivo no início de um novo milênio. Piracicaba: UNIMEP, 2000. p. 91-95. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GALLARDO, J. S. P. (org.). Educação Física Escolar: do berçário ao ensino médio. 2 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. GUIMARÃES, A. M. A dinâmica da violência escolar: conflito e ambigüidade. Campinas: Autores Associados, 1996. HASSENPFLUG, W. N. Educação pelo esporte: educação para o desenvolvimento humano pelo esporte. São Paulo: Saraiva: Instituto Ayrton Senna, 2004. KUNZ, E. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: UNIJUÍ, 1991. KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: UNIJUÍ, 2000. LUCAS: um intruso no formigueiro. Direção: John A. Davis. Produção: Estados Unidos da América: Warner, 2006. 1 DVD (88 min.). son; color. MARTINELLI, M. Aulas de transformação: o programa de educação em valores humanos. São Paulo: Peirópolis,1996. MORAES, R. Violência e educação. Campinas: Papirus,1995. PEREIRA, B.O. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Imprensa Portuguesa. Porto, 2002. PUEBLA, E. Educar com o coração: uma educação que desenvolve a intuição. São Paulo: Peirópolis,1997. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E ESPORTES DE PERNAMBUCO. Esporte educacional: uma proposta renovada. Brasília, 1996. VELÁZQUEZ, C. C. Educação para a paz: promovendo valores humanos na escola através da educação física e dos jogos cooperativos. Santos: Projeto Cooperação, 2004.