Nbr Iso 10012-1

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NOV 1993

NBR ISO 10012-1

Requisitos de garantia da qualidade para equipamento de medioABNT-Associao Brasileira de Normas TcnicasSede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28 andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereo Telegrfico: NORMATCNICA

Parte 1: Sistema de comprovao metrolgica para equipamento de medioCB-25 - Comit Brasileiro da Qualidade CE-25:000.03 - Comisso de Estudo de Tecnologia de Suporte NBR ISO 10012-1 - Quality assurance requirements for measuring equipment Part 1: Metrological confirmation system for measuring equipment Descriptors: Measuring instruments. Standard measures. Reference materials. Test equipment. Quality assurance. Quality control. Definitions. Specifications A presente Norma equivalente a ISO 10012-1:1992 Descritores: Instrumentos de medida. Medidas padro. Materiais de referncia. Equipamento de ensaio. Garantia da qualidade. Controle da qualidade. Definies. Especificaes. 14 pginas

Copyright 1990, ABNTAssociao Brasileira de Normas Tcnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

SumrioIntroduo 1 Objetivo 2 Referncias normativas 3 Definies 4 Requisitos Anexos A - Diretrizes para determinao de intervalos de comprovao para equipamentos de medio B - Bibliografia

- por um fornecedor ao especificar produtos ou servios oferecidos; - por interesse de consumidor ou empregado, ou por rgos legislativos ou de regulamentao; - na avaliao ou auditoria em laboratrios. Esta NBR ISO 10012-1 inclui tanto requisitos (no item 4) quanto orientaes na implementao destes. No intuito de distinguir claramente entre requisitos e orientao, no item 4 esta ltima apresentada em tipo itlico, com o texto emoldurado, sob o ttulo ORIENTAO, aps cada pargrafo correspondente. O texto sob o ttulo ORIENTAO , apenas, para informao e no contm requisitos. Afirmaes feitas nesse texto no devem ser interpretadas como adicionais, limitadoras ou modificadoras de qualquer requisito.NOTA - O uso do gnero masculino nesta NBR ISO 10012-1 no tem a inteno de excluir o gnero feminino, quando aplicado a pessoas. Similarmente, o uso do singular no exclui o plural (e vice-versa) quando o sentido o permitir.

IntroduoEsta NBR ISO 10012-1 usada na relao comprador/fornecedor, sendo ambos os termos interpretados no sentido mais amplo. O fornecedor pode ser um fabricante, um instalador ou uma organizao de assistncia tcnica responsvel por fornecer um produto ou um servio. O comprador pode ser um rgo de suprimentos ou um cliente que usa o produto ou servio. Os Fornecedores se tornam compradores quando adquirem insumos e servios de subfornecedores ou de outras fontes externas. O objeto da negociao relativa a esta NBR ISO 10012-1 pode ser um projeto, um item, um produto ou um servio. Esta NBR ISO 10012-1 pode ser aplicada, mediante acordo, e a outras situaes. Referncia a esta NBR ISO 10012-1 pode ser feita: - por um comprador ao especificar produtos ou servios requeridos;

1 Objetivo1.1 Esta NBR ISO 10012-1 contm requisitos de garantia da qualidade para um fornecedor assegurar que medies

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sejam realizadas com a exatido pretendida, bem como orientaes quanto implementao destes. 1.2 Esta NBR ISO 10012-1 especifica as principais caractersticas do sistema de comprovao a ser utilizado para os equipamentos de medio do fornecedor. 1.3 Esta NBR ISO 10012-1 aplicada apenas a equipamentos de medio utilizados na demonstrao da concordncia com a especificao. Esta NBR ISO 10012-1 no se ocupa extensivamente de outros elementos que possam afetar resultados de medies tais como mtodos de medio, competncia do pessoal, etc., pois estes so tratados mais especificamente em outras normas, como naquelas mencionadas em 1.4. 1.4 Esta NBR ISO 10012-1 aplicvel:

NBR 19003:1990 (ISO 9003), Sistemas da qualidade - Modelo para garantia da qualidade em inspees e ensaios finais. NBR 19004:1990 (ISO 9004), Gesto da qualidade e elementos do sistema da qualidade - Diretrizes. ISO/IEC GUIDE 30:1991, Terms and definitions used in connection with reference materials. ABNT ISO/IEC GUIA 25:1993, Requisitos gerais para a capacitao de laboratrios de aferio e ensaios. BIPM/IEC/ISO/OIML, International vocabulary of basic and general terms in metrology: 1984.

3 Definies- a laboratrios de ensaio, incluindo aqueles prestadores de servios de aferio, abrangemdo laboratrios possuidores de um sistema da qualidade em conformidade com o ABNT ISO/IEC GUIA 25; - a fornecedores de produtos ou servios possuidores de um sistema da qualidade no qual resultados de medio so utilizados para demonstrar conformidade com requisitos especificados, incluindo sistemas operacionais que atendem aos requisitos das normas NBR 19001 (ISO 9001), NBR 19002 (ISO 9002) e NBR 19003 (ISO 9003). A orientao fornecida pela NBR 19004 (ISO 9004) tambm importante; - a outras organizaes onde a medio utilizada para demonstrar conformidade com requisitos especificados. 1.5 O papel do comprador de monitorizar a conformidade do fornecedor com os requisitos desta NBR ISO 10012-1 pode ser desempenhado por uma terceira parte, como uma organizao de credenciamento ou certificao. Para os propsitos desta NBR ISO 10012-1, so aplicveis as definies a seguir relacionadas que, em sua maioria, baseiam-se na terminologia internacional de termos bsicos e gerais em metrologia (VIM): 1984. Tambm so relevantes os termos definidos na NBR ISO 8402, cujas referncias pertinentes so indicadas entre colchetes aps as definies. 3.1 comprovao metrolgica: Conjunto de operaes necessrias para assegurar-se de que um dado equipamento de medio est em condies de conformidade com os requisitos para o uso pretendido.NOTAS 1 Comprovao metrolgica normalmente inclui, entre outras atividades, aferio, alguma calibrao ou manuteno necessria e subseqente reaferio, bem como alguma lacrao ou etiquetagem necessria. 2 Nesta NBR ISO 10012-1, faz-se referncia a este termo usando-se apenas comprovao.

2 Referncias normativasAs normas relacionadas contm disposies que, atravs de referncias neste texto, constituem prescries desta NBR ISO 10012-1. Na poca da publicao desta NBR ISO 10012-1, as edies indicadas eram vlidas. Todas as normas esto sujeitas a reviso, e as partes interessadas dos acordos baseados nesta NBR ISO 10012-1 so encorajadas a investigar a possibilidade da utilizao das edies mais recentes das normas indicadas a seguir. A ABNT mantm registros das normas vlidas atualmente. NBR ISO 8402:1993, Gesto da qualidade e garantia da qualidade - Terminologia. NBR 19001:1990 (ISO 9001), Sistemas da qualidade - Modelo para garantia da qualidade em projetos/desenvolvimento, produo, instalao e assistncia tcnica. NBR 19002:1990 (ISO 9002), Sistemas da qualidade - Modelo para garantia da qualidade em produo e instalao.

3.2 equipamento de medio: Todos os instrumentos de medio, padres de medio, materiais de referncia, dispositivos auxiliares e instrues necessrias para a execuo da medio, incluindo o equipamento de medio usado no decorrer do ensaio e da inspeo, bem como aquele usado na aferio.NOTA - Nesta NBR ISO 10012-1, o termo equipamento de medio engloba instrumentos de medio, e padres de medio Alm disso, um material de referncia considerado uma espcie de padro de medio.

3.3 medio: Conjunto de operaes que tem por objetivo determinar o valor de uma grandeza. [VIM, 2.01] 3.4 mensurando: Grandeza submetida medio.NOTA - Conforme apropriado, esta pode ser a grandeza medida ou a grandeza a ser medida.

[VIM, 2.09]

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3.5 grandeza de influncia: Grandeza no sujeita medio, mas que influencia o valor do mensurando ou a indicao do instrumento de medio. EXEMPLOS temperatura ambiente; freqncia de uma voltagem alternada medida. [VIM, 2.10] 3.6 exatido da medio: Proximidade entre o resultado de uma medio e o valor real (convencional) do mensurando.NOTAS 1 Exatido um conceito qualitativo. 2 Deve-se evitar o uso do termo preciso no lugar de exatido.

NOTAS 1 A correo igual ao erro sistemtico considerado, mas com sinal oposto. 2 Uma vez que o erro sistemtico no possa ser conhecido exatamente, a correo est sujeita a incerteza.

[VIM, 3.14] 3.10 instrumento de medio: Dispositivo destinado a fazer medio, quer s, quer em conjunto com equipamentos suplementares. [VIM, 4.01] 3.11 calibrao: Operao que tem por objetivo levar o instrumento de medio a uma condio de desempenho e ausncia de erros sistemticos, adequados ao seu uso. [VIM, 4.33] 3.12 faixa de medio especificada: Conjunto de valores, para um mensurando, dentro do qual se assume que o erro do instrumento de medio estar dentro dos limites especificados.NOTAS 1 Os limites superior e inferior da faixa de medio especificada so chamados, algumas vezes, de capacidade mxima e capacidade mnima, respectivamente. 2 Em alguns outros campos do conhecimento, faixa usada para significar a diferena entre o maior valor e o menor.

[VIM, 3.05] 3.7 incerteza da medio: Resultado de uma avaliao que tem por fim caracterizar a faixa dentro da qual se espera que o valor real do mensurando se encontre, geralmente com uma dada probabilidade.NOTA - A incerteza da medio inclui, em geral, muitos fatores. Alguns destes podem ser estimados com base na distribuio estatstica de resultados de sries de medies e podem ser caracterizados por desvios-padres experimentais. Estimativas de outros fatores podem somente ser baseadas na experincia ou em outras informaes.

[VIM, 3.09] 3.8 erro (absoluto) de medio: Resultado de uma medio menos o valor real do mensurando.NOTAS 1 Ver valor real ( de uma grandeza) e valor real convencional (de uma grandeza) em VIM. 2 O termo se relaciona igualmente com - a indicao; - o resultado no-corrigido; - o resultado corrigido. 3 As partes conhecidas do erro de medio podem ser compensadas pela aplicao de correes apropriadas. O erro de um resultado corrigido pode somente ser caracterizado por uma incerteza. 4 Erro absoluto, que tem um sinal, no deve ser confundido com o valor de um erro absoluto que o mdulo de um erro.

[VIM, 5.04] 3.13 condies de referncia: Condies de uso para um instrumento de medio estabelecidas para ensaios de desempenho, ou para garantir uma comparao vlida entre resultados de medies.NOTA - As condies de referncia geralmente especificam valores de referncia ou faixas de referncia para as grandezas de influncia que afetam o instrumento de medio.

[VIM, 5.07] 3.14 resoluo (de um dispositivo indicador): Expresso quantitativa da capacidade de um dispositivo indicador permitir uma distino significativa entre valores imediatamente prximos da grandeza indicada. [VIM, 5.13] 3.15 estabilidade: Capacidade de um instrumento de medio manter constantes suas caractersticas metrolgicas.NOTA - comum considerar a estabilidade em relao ao tempo. Quando a estabilidade considerada em relao a outra grandeza qualquer, esta condio deve ser declarada explicitamente.

[VIM, 3.10] 3.9 correo: Valor que, adicionado algebricamente a um resultado no-corrigido de uma medio, compensa um erro sistemtico considerado.

[VIM, 5.16]

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3.16 derivao: Lenta variao com o tempo de uma caracterstica metrolgica de um instrumento de medio. [VIM, 5.18] 3.17 limites de erro permissvel (de um instrumento de medio): Valores extremos de um erro, permitidos pelas especificaes, regulamentos, etc. para um dado instrumento de medio. [VIM, 5.23] 3.18 padro (de medio): Medida material, instrumento de medio, material de referncia ou sistema de medio que definem, concretizam, conservam ou reproduzem uma unidade, ou um ou mais valores de uma grandeza, para transfer-los a outros instrumentos de medio, por comparao. EXEMPLOS: a) massa-padro de 1kg; b) bloco-padro; c) resistncia-padro de 100 W ; d) clula-padro de Weston; e) padro de freqncia de csio atmico; f) soluo de cortisol, em soro humano, como padro de concentrao. [VIM, 6.01] 3.19 material de referncia: Material ou substncia dos quais uma ou mais propriedades so suficientemente bem estabelecidas para serem usadas para a aferio de um aparelho, a avaliao de um mtodo de medio ou a atribuio de valores a materiais.NOTA - Esta definio foi extrada do ISO/IEC Guide 30, onde existem vrias notas.

nais ou nacionais, atravs de uma cadeia ininterrupta de comparaes.NOTA - A cadeia ininterrupta de comparaes chamada de cadeia de rastreabilidade.

[VIM, 6.12] 3.23 aferio: Conjunto de operaes que estabelece, sob condies especficas, a relao dos valores indicados por um instrumento ou sistema de medio, ou dos valores representados por uma medio material ou de um material de referncia com os valores correspondentes de uma grandeza determinada por um padro de referncia.NOTAS 1 O resultado de uma aferio permite a estimativa de erros de indicao de um instrumento de medio, sistema de medio ou medida material, ou a atribuio de valores a marcas em escalas arbitrrias. 2 A aferio pode determinar tambm outras propriedades metrolgicas. 3 O resultado de uma aferio pode ser registrado num documento, s vezes chamado de certificado de aferio ou relatrio de aferio. 4 O resultado de uma aferio, algumas vezes, expresso como uma correo ou um fator de aferio, ou uma curva de aferio.

[VIM, 6.13] 3.24 auditoria (da qualidade): Exame sistemtico e independente para determinar se as atividades da qualidade e seus resultados esto de acordo com as disposies planejadas, e se estas esto implementadas efetivamente e se so adequadas consecuo dos objetivos.NOTA - A auditoria da qualidade se aplica essencialmente, mas no est limitada, a um sistema da qualidade ou aos elementos deste, a processos, produtos ou servios. Tais auditorias so chamadas, freqentemente, de auditorias do sistema da qualidade, auditoria da qualidade do processo, auditoria da qualidade do produto, auditoria da qualidade do servio.

[VIM, 6.15] 3.20 padro (de medio) internacional: Padro reconhecido por um acordo internacional para servir, internacionalmente, como a base para a fixao do valor de todos os outros padres da referida grandeza. [VIM, 6.06] 3.21 padro (de medio) nacional: Padro reconhecido por uma deciso nacional oficial para servir, em um pas, como a base para a fixao do valor de todos os outros padres da referida grandeza.NOTA - O padro nacional em um pas , freqentemente, um padro primrio.

[NBR ISO 8402, 4.9] 3.25 anlise crtica pela administrao (do sistema da qualidade): Avaliao formal, pela alta administrao, do estado e adequao do sistema da qualidade em relao poltica da qualidade e seus objetivos. [NBR ISO 8402, 3.9]

4 Requisitos4.1 Generalidades

[VIM, 6.07] 3.22 rastreabilidade: Propriedade do resultado de uma medio pela qual esta pode ser relacionada com os padres de medio apropriados, geralmente internacioO fornecedor deve documentar os mtodos usados para implementar os dispositivos desta NBR ISO 10012-1. Esta documentao deve ser parte integrante do sistema da qualidade do fornecedor, bem como ser especfica

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quanto aos equipamentos que so sujeitos a estes dispositivos, em termos de atribuio de responsabilidades e aes a serem tomadas. O fornecedor deve colocar disposio do comprador evidncias objetivas de que a exatido requerida obtida. 4.2 Equipamento de medio O equipamento de medio deve ter as caractersticas metrolgicas requeridas para o uso pretendido (por exemplo: exatido, estabilidade, faixa e resoluo). O equipamento e a documentao devem ser mantidos de forma a levar em considerao quaisquer correes, condies de uso (incluindo condies ambientais), etc. que sejam necessrias para atingir o desempenho requerido. O desempenho requerido deve ser documentado. ORIENTAO O conjunto de caractersticas metrolgicas (requisitos especficos) um componente essencial do sistema de comprovao. Espera-se que o fornecedor inclua em seus procedimentos uma lista dos requisitos especificados. Fontes usuais de tais requisitos incluem literatura do fabricante, regulamentos, etc. Sempre que as fontes forem inadequadas, o fornecedor deve, ele mesmo, determinar os requisitos. 4.3 Sistema de comprovao O fornecedor deve estabelecer e manter um sistema documentado efetivo para a gesto, comprovao e uso de equipamentos de medio, incluindo os padres de medio utilizados para demonstrar a conformidade com requisitos especificados. Este sistema deve ser projetado para garantir que todos os equipamentos de medio tenham um desempenho conforme pretendido. O sistema deve prover a preveno de erros fora dos limites especificados de erro permissvel, pela imediata deteco das deficincias e pronta ao para sua correo. O sistema de comprovao deve levar em considerao todos os dados pertinentes, incluindo aqueles disponveis de qualquer sistema de controle estatstico de processo utilizado pelo ou para o fornecedor. Para cada equipamento de medio, o fornecedor deve designar um membro competente da sua equipe como representante autorizado para garantir que as comprovaes sejam executadas de acordo com o sistema e que o equipamento apresente condies satisfatrias. Nos casos em que algumas ou todas as comprovaes de um fornecedor (incluindo a aferio) so substitudas ou complementadas por servios de terceiros, o fornecedor deve garantir que estes terceiros tambm atendem aos requisitos desta NBR ISO 10012-1 na extenso necessria para assegurar a conformidade do fornecedor com os requisitos.

ORIENTAO O propsito de um sistema de comprovao assegurar que o risco de um equipamento de medio produzir resultados com erros inaceitveis permanea dentro de limites aceitveis. Recomenda-se o uso de mtodos estatsticos adequados para analisar os resultados de aferies anteriores, para avaliar os resultados de aferio de diversos equipamentos de medio similares e para prever incertezas cumulativas. [Ver NBR 19004:1990 (ISO 9004), 13.1] O erro imputvel aferio deve ser to pequeno quanto possvel. Na maioria das reas de medio no deveria ser maior do que um tero e, de preferncia, um dcimo do erro permissvel do equipamento comprovado quando em uso. comum fazer a aferio associada a alguma comprovao sob as condies de referncia, mas quando sabido que as condies de operao so significativamente diferentes das condies de referncia, a aferio pode ser realizada dentro de valores apropriados das grandezas de influncia. Quando isto for impraticvel, a devida correo deve ser feita considerando-se as diferenas nas condies. Para um equipamento comercial usual aceitar as informaes de desempenho dadas pelo fabricante como critrio de desempenho e exatido satisfatrios. No entanto, algumas vezes necessrio adequar as informaes dadas pelo fabricante. Quando no h informao do fabricante sobre o desempenho, os critrios para um desempenho satisfatrio devem ser determinados pela experincia. Alguns instrumentos, como os detectores de zero e os detectores de coincidncia, necessitam de aferio e comprovao peridicas, apenas no sentido restrito de verificao funcional para garantir que esto operando corretamente. Uma verificao muito til de que o instrumento de medio continua a medir corretamente pode ser feita pela utilizao de um padro de trabalho aplicado ao instrumento pelo usurio. Esta verificao demonstrar se, no valor ou valores verificados e dentro das condies de verificao, o instrumen-to ainda est operando corretamente. O padro de trabalho necessita ser aferido e comprovado, e deve ser simples e robusto de forma que os resultados obtidos por ele possam, com confiana, ser atribudos ao instrumento e no a mudanas no prprio padro de trabalho. O uso de um padro de trabalho, de maneira nenhuma, substitui a aferio e comprovao regular do instrumento, mas seu uso pode evitar a utilizao de um instrumento que, dentro do intervalo entre duas comprovaes formais, perca a conformidade com as especificaes.

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4.4 Auditoria peridica e anlise crtica do sistema de comprovao O fornecedor deve executar, ou mandar executar, auditorias peridicas e sistemticas da qualidade do sistema de comprovao para garantir sua contnua e efetiva implementao e conformidade com os requisitos desta NBR ISO 10012-1. Baseado nos resultados da auditoria da qualidade e outros fatores pertinentes, tais como realimentao por parte dos compradores, o fornecedor deve analisar criticamente o sistema e modificlo, quando necessrio. Os planos e procedimentos para a auditoria da qualidade e anlise crtica, devem ser documentados. A conduo da auditoria da qualidade e da anlise crtica, bem como as aes corretivas subseqentes, devem ser registradas. 4.5 Planejamento O fornecedor deve analisar criticamente qualquer requisito relevante do comprador, ou outros requisitos tcnicos, antes de iniciar o trabalho em produtos e servios, e deve assegurar que os equipamentos de medio (incluindo padres de medio) necessrios para o desempenho do trabalho esto disponveis e possuem a exatido, estabilidade, faixa e resoluo adequados para a aplicao pretendida. ORIENTAO Esta anlise crtica deve ser executada o mais cedo possvel, de modo a permitir um planejamento abrangente e efetivo do sistema de comprovao do fornecedor. 4.6 Incerteza de medio Ao efetuar medies e ao relatar e fazer uso dos resultados, o fornecedor deve levar em conta todas as incertezas significativas identificadas no processo de medio, inclusive aquelas atribuveis ao equipamento de medio (inclusive aos padres de medio), e aquelas para as quais contriburam os procedimentos pessoais e o ambiente. Ao estimar as incertezas, o fornecedor deve levar em conta todos os dados pertinentes, incluindo aqueles disponveis de qualquer sistema de controle estatstico de processo utilizado pelo ou para o fornecedor. ORIENTAO Uma vez demonstrado pela aferio que o equipamento de medio tem desempenho correto (dentro das especificaes), admite-se normalmente que os erros surgidos durante o uso no excedem os limites especificados de erro permissvel. Parte-se do pressuposto de que o equipamento continue assim at a prxima aferio e comprovao. Pode no ocorrer desta forma se o equipamento estiver sob condies de uso freqentemente bem mais severas, quando comparadas com as

condies controladas da aferio. Pode ser pertinente compensar o fato, reduzindo os limites de aceitao do produto. A extenso desta reduo depende de circunstncias particulares e uma questo a ser julgada, baseando-se na experincia. (Ver item 4.17) A utilizao de mtodos estatsticos recomendada para monitorizar e controlar a incerteza de medio de forma contnua. [Ver NBR 19004:1990), item 13.1] 4.7 Procedimentos de comprovao documentados O fornecedor deve definir e utilizar procedimentos documentados para todas as comprovaes realizadas. O fornecedor deve assegurar que todos os procedimentos documentados sejam adequados s suas finalidades. Os procedimentos devem conter, em particular, informaes suficientes para garantir a sua implementao correta, para assegurar consistncia de utilizao entre uma aplicao e outra, bem como resultados de medio vlidos. Os procedimentos devem estar disponveis, conforme necessrio, para a equipe envolvida na execuo das comprovaes. ORIENTAO Os procedimentos podem ser limitados, mas no necessariamente, a uma compilao de prticas de medio padro publicadas e a instrues escritas do comprador ou do fabricante de um instrumento. A quantidade de detalhes dos procedimentos deve ser compatvel com a complexidade do processo de comprovao. Estes mtodos podem ser elaborados, utilizandose tcnicas de controle estatstico do processo, quando os padres e instrumentos de medio so intercomparados internamente, quando as derivaes e falhas so determinadas, e quando as aes corretivas necessrias so tomadas. O controle estatstico do processo um suporte aferio regular e refora a confiana nos resultados da medio durante os intervalos entre comprovaes. 4.8 Registros O fornecedor deve manter os registros da marca, tipo e srie (ou outra identificao) de todos os instrumentos de medio relevantes (inclusive os padres de medio). Estes registros devem demonstrar a capacidade de medio de cada equipamento de medio. Qualquer certificado de aferio ou outra informao relevante, pertinente ao funcionamento, deve estar disponvel. ORIENTAO Os registros podem ser manuscritos, datilografados, microfilmados ou armazenados numa memria eletrnica, ou magntica, ou em outro meio de armazenamento de dados.

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O tempo mnimo de reteno destes registros depende de muitos fatores como: requisitos do comprador, requisitos reguladores ou legais, responsabilidade civil do fabricante, etc. Os registros relativos aos principais padres de medio podem estar sujeitos a reteno indefinida. Os resultados de aferio devem ser registrados com detalhes suficientes de modo que a rastreabilidade de todas as medies possa ser demonstrada e qualquer medio possa ser reproduzida sob condies semelhantes s condies originais, facilitando, assim, a soluo de quaisquer irregularidades. As informaes registradas devem incluir: a) a descrio e identificao individual do equipamento; b) a data em que cada comprovao foi realizada; c) os resultados de aferio obtidos aps, e quando relevante, antes de qualquer calibrao e manuteno; ORIENTAO Em alguns casos, o resultado da aferio apresentado como o atendimento, ou o no atendimento, a um requisito. d) os intervalos especificados para a comprovao; e) a identificao dos procedimentos de comprovao; f) os limites especificados para os erros permissveis; g) a fonte de aferio utilizada para obter rastreabilidade; h) as condies ambientais relevantes e uma declarao sobre quaisquer correes necessrias para este caso; i) uma declarao das incertezas envolvidas na aferio do equipamento e seus efeitos cumulativos; j) os detalhes sobre quaisquer manutenes, tais como, assistncia tcnica, calibraes, reparos e modificaes realizadas; k) qualquer limitao ao uso; l) a identificao da(s) pessoa(s) que realizou(aram) a comprovao; m) a identificao da(s) pessoa(s) responsvel(eis) por assegurar a exatido da informao registrada; n) a identificao individual (tal como o nmero de srie) de qualquer certificado de aferio e outros documentos pertinentes.

O fornecedor deve manter claramente documentados os procedimentos relativos reteno (inclusive durao) e salvaguarda dos registros, os quais devem ser mantidos at que no haja mais a probabilidade de sua utilizao. ORIENTAO O fornecedor deve tomar todas as providncias necessrias para assegurar que os registros no sejam destrudos inadvertidamente. 4.9 Equipamento de medio no-conforme Qualquer equipamento de medio - que tenha sofrido algum dano, - que tenha sido sobrecarregado ou manuseado impropriamente, - que apresente algum mau funcionamento, - cujo funcionamento est sujeito a dvidas, - que tenha ultrapassado o intervalo estabelecido para a comprovao, e - cuja integridade do lacre foi violada, deve ser retirado de operao, segregado, e identificado ou etiquetado de forma bem visvel. Este equipamento no deve retornar ao uso at que as causas da no-conformidade tenham sido eliminadas, e at ser ele novamente comprovado. Se os resultados de aferio anterior a qualquer calibrao ou manuteno, forem tais que indiquem risco de erros significativos em qualquer uma das medies realizadas com o equipamento antes da aferio, o fornecedor deve tomar as aes corretivas necessrias. ORIENTAO Quando o equipamento de medio considerado inexato, ou de alguma maneira, deficiente, usual calibrar, recondicionar ou repar-lo at que ele funcione corretamente. Na impossibilidade de assim proceder, deve-se rebaixar sua classificao ou sucat-lo. O rebaixamento de classificao deve ser adotado somente com muito cuidado, uma vez que equipamentos aparentemente idnticos podem ter erros permissveis diferentes, fato que notado somente pelo exame cuidadoso da etiqueta mencionada em 4.10. Neste caso, torna-se necessria uma recomprovao para um conjunto de requisitos menos severo.

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No caso de um instrumento de multifunes ou multifaixas, quando possvel demonstrar que este continua intacto em uma ou mais das suas funes ou faixas, ele pode continuar a ser utilizado nas funes e/ou faixas preservadas, desde que seja devidamente etiquetado, indicando as restries de seu uso. Todas as providncias necessrias devem ser tomadas para evitar o uso do instrumento nas funes ou faixas, em que o defeito se apresenta. 4.10 Etiqueta de comprovao O fornecedor deve assegurar que todo equipamento de medio seja, de maneira segura e durvel, etiquetado, codificado ou identificado de outra forma quanto ao seu estado de comprovao. Qualquer limitao na comprovao, ou qualquer restrio de uso, deve tambm ser indicada no equipamento. Quando a utilizao de etiqueta ou cdigo for impraticvel ou inadequada, procedimentos alternativos efetivos devem ser estabelecidos e documentados. ORIENTAO A etiquetagem pode ser feita utilizando uma etiqueta auto-adesiva segura, uma etiqueta amarrada ao equipamento ou uma marcao durvel no equipamento de medio. Qualquer etiqueta de comprovao deve indicar, claramente, a prxima data da comprovao de acordo com o sistema do fornecedor, o representante autorizado (ver 4.3) responsvel pela comprovao, e a data da ltima comprovao. Devem ser tomadas todas as providncias necessrias para evitar o uso indevido, intencional ou acidental, de etiqueta. O equipamento de medio que no requerer comprovao, deve ser claramente identificado como tal, de modo a diferenciar-se dos demais que a requerem, mas cuja etiqueta se perdeu ou extraviou. ORIENTAO Esta condio pode ser atendida atravs de documentao. Nos casos em que uma parte significativa da capacidade total do equipamento de medio no estiver coberta pela comprovao, este fato deve estar indicado na etiqueta de comprovao. ORIENTAO Um exemplo um instrumento multifaixas que comprovado e utilizado em apenas algumas das suas faixas. 4.11 Intervalos de comprovao Os equipamentos de medio (inclusive padres de medio) devem ser comprovados a intervalos apropriados (normalmente peridicos), estabelecidos com base na sua estabilidade, propsito e uso. Os intervalos devem ser tais que a comprovao seja realizada novamente

antes de ter ocorrido qualquer provvel mudana na exatido que seja significativa para o uso do equipamento. Dependendo dos resultados das aferies em comprovaes anteriores, os intervalos de comprovao podem ser reduzidos, caso seja necessrio, para garantir uma exatido contnua. Os intervalos de comprovao no podem ser aumentados, exceto quando os resultados de aferies em comprovaes anteriores fornecerem indicaes claras de que tal ao no afeta a confiana na exatido do equipamento de medio. O fornecedor deve ter critrios objetivos especficos nos quais se baseiam as decises que afetam a escolha do intervalo de comprovao. Ao determinar se as mudanas nos intervalos de comprovao so adequadas, o fornecedor deve levar em conta todos os dados pertinentes, incluindo aqueles disponveis de qualquer sistema de controle estatstico do processo utilizado pelo ou para o fornecedor. ORIENTAO O objetivo da comprovao peridica do equipamento de medio assegurar que o equipamento no sofreu deteriorao na exatido e evitar que ele seja utilizado quando existir uma significativa possibilidade de produzir resultados errados. impossvel determinar um intervalo de comprovao to pequeno que realmente exclua a possibilidade do equipamento se tornar defeituoso antes de expirar o prazo previsto para a prxima comprovao. Uma comprovao freqente dispendiosa e tira o equipamento de servio, exigindo a sua substituio ou a interrupo do trabalho em que estava sendo utilizado. Portanto, necessrio que um compromisso, entre o intervalo e o custo da comprovao, seja estabelecido. At que evidncias estatsticas suficientes das taxas de no-conformidade tenham sido obtidas por uma organizao em particular, os intervalos de comprovao somente podem ser determinados a partir da experincia de terceiros (cujas circunstncias podem ser diferentes) ou por estimativa. Em certos campos de aplicao, o fornecedor pode ter que determinar os intervalos de comprovao de acordo com requisitos legais ou tcnicos. Recomendaes para a escolha dos intervalos de comprovao encontram-se no anexo A. 4.12 Lacre de integridade O acesso a dispositivos no equipamento de medio, cujo ajuste afete seu desempenho, deve ser lacrado ou protegido de outra maneira, no estgio apropriado da comprovao, a fim de evitar adulteraes por pessoal no autorizado. Os lacres devem ser projetados de tal modo que qualquer adulterao seja claramente notada.

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O sistema de comprovao do fornecedor deve conter instrues para o uso de tais lacres e para a retirada de uso de equipamentos com lacres danificados ou quebrados. ORIENTAO O requisito de utilizao de lacre no se aplica a dispositivos que esto previstos para serem calibradas pelo usurio sem a necessidade de referncias externas; como, por exemplo, os calibradores de zero. As decises sobre que instrumentos devem ser selados, os controles ou calibraes lacrados, bem como que materiais devem ser utilizados para o lacre, tais como etiquetas, solda, arame, tinta, etc., so, normalmente, deixadas a cargo do fornecedor. A forma pela qual o fornecedor implementa , em detalhes, o programa de utilizao de lacre deve ser documentada. Nem todo equipamento de medio requer a utilizao de lacre. 4.13 Uso de produtos e servios de terceiros O fornecedor deve-se assegurar de que os produtos e servios de terceiros tm o nvel de qualidade requerido, nos casos em que estes produtos ou servios (inclusive a aferio) afetem significativamente a confiabilidade das medies do fornecedor. ORIENTAO O fornecedor pode assegurar-se da qualidade de produtos e servios de terceiros usando, quando disponveis, fontes formalmente credenciadas. (No entanto, o uso de tais fontes no diminui a responsabilidade do fornecedor para com o comprador.) Quando no so usadas fontes externas credenciadas, e o prprio fornecedor faz a avaliao de terceiros, pode ser exigida dele uma evidncia formal de sua competncia para fazer tal avaliao. 4.14 Armazenamento e manuseio O fornecedor deve estabelecer e manter um sistema para recebimento, manuseio, transporte, armazenamento e expedio de equipamentos de medio, a fim de evitar abusos, mau uso, danos e modificaes das caractersticas dimensionais e funcionais. Providncias devem ser tomadas, bem como documentadas, para evitar mistura de equipamentos similares. ORIENTAO Embora os requisitos desta NBR ISO 10012-1 se apliquem especificamente aos equipamentos de medio que fazem parte do sistema de medio do prprio fornecedor, obviamente de boa prtica se estenderem os cuidados aos equipamenstos de medio que pertenam ao comprador, mas que foram recebidos pelo fornecedor para reparos, manuteno ou aferio. Os requisitos relativos ao manuseio de equipamentos recebidos para ensaio ou aferio por um laboratrio so encontrados no ABNT ISO/IEC GUIA 25.

4.15 Rastreabilidade Todo equipamento de medio deve ser aferido utilizandose padres de medio que sejam rastreveis a padres de medio internacionais ou nacionais compatveis com as recomendaes da Conferncia Geral para Pesos e Medidas (CGPM). Nos casos em que no existam padres de medio internacionais ou nacionais (por exemplo, para dureza), a rastreabilidade deve ser estabelecida em relao a outros padres de medio (por exemplo, materiais de referncia apropriados, padres de medio de consenso, ou padres de medio industriais) que sejam aceitos internacionalmente no campo respectivo. Todos os padres de medio empregados no sistema de comprovao devem estar cobertos por certificados, relatrios ou folhas de dados para o equipamento, que atestem a fonte, data, incerteza e as condies sob as quais os resultados foram obtidos. Cada documento deve estar assinado por signtario aprovado que ateste a exatido dos resultados. O fornecedor deve manter evidncias documentadas de que cada aferio da cadeia de rastreabilidade foi executada. ORIENTAO Em alguns pases, os padres nacionais de medio so estabelecidos por um decreto oficial em termos de um artefato especfico (ou um grupo deles) como padro de medio em vez de o serem com referncia aos requisitos tcnicos recomendados pela CGPM. Contudo, em quase todas as situaes em que esta NBR ISO 10012-1 tem probabilidade de ser usada, as diferenas destas duas fontes de rastreabilidade dificilmente daro margem a problemas na metrologia prtica. A rastreabilidade vlida pode ser alcanada atravs do uso de valores aceitos de constantes fsicas naturais (por exemplo, temperaturas de mudanas de fase), de materiais de referncia, de tcnicas de auto-aferio do tipo relao entre grandezas e de montagem de escalas. A incerteza resultante pode ser maior do que a que seria obtida pela comparao direta a um padro de medio internacional ou nacional. Um exemplo de auto-aferio do tipo relao entre grandezas na proporo de 1:1 o mtodo de pesagem dupla de Gauss usando uma balana de braos nominalmente iguais. No campo das medies eltricas podem ser obtidas muitas propores exatas, usando-se transformadores adequadamente construdos (divisores de tenso indutivos) e comparadores de corrente contnua. Um exemplo de montagem de uma escala, o estabelecimento de uma escala exata de massas pela intercomparao de massas de valor unitrio, utilizando-as em combinaes apropriadas para resultar em uma escala 1, 2, 3, 4, 5, etc. Na prtica, por economia, freqentemente usado um conjunto de massas 1-1, 2-2, 5, 10, 20-20, 50, etc. Mtodos similares so usados em outros campos de medio, contudo preciso tomar cuidado para que os componentes sejam realmente aditivos.

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O fornecedor pode prover a evidncia documentada de rastreabilidade pela obteno de suas aferies por uma fonte formalmente credenciada. 4.16 Efeito cumulativo das incertezas O efeito cumulativo das incertezas de cada etapa sucessiva em uma cadeia de aferies deve ser levado em considerao para cada padro de medio e equipamento comprovado. Aes devem ser tomadas quando a incerteza total comprometer significativamente a capacidade de se fazerem medies dentro dos limites de erro permissvel. Os componentes significativos da incerteza total devem ser registrados. Tambm deve ser registrado o mtodo de combinao destes componentes. ORIENTAO Uma cadeia de aferies implica que o valor de cada padro de medio na cadeia tenha seu valor determinado, usando-se outro padro de medio, normalmente de incerteza menor, at um padro internacional ou nacional de medio. 4.17 Condies ambientais Os padres e equipamentos de medio devem ser aferidos, calibrados e usados em ambiente controlado na extenso necessria para assegurar a validade dos resultados das medies.

Deve-se dar a devida considerao temperatura, taxa de mudanas de temperatura, umidade, iluminao, vibrao, controle de poeira, limpeza, interferncia eletromagntica e outros fatores que podem afetar os resultados das medies. Quando pertinentes, estes fatores devem ser continuamente monitorizados e registrados, e, caso seja necessrio, devem ser aplicadas correes aos resultados da medio. Os registros devem conter os dados originais e os corrigidos. As correes, quando aplicadas, devem ser criteriosamente fundamentadas. ORIENTAO O fabricante de um padro ou instrumento de medio fornece normalmente uma especificao com as faixas e cargas mximas, juntamente com as condies ambientais limites para o uso correto do dispositivo. Quando esta informao est disponvel, ela deve ser usada para estabelecer as condies de uso e para determinar se necessrio qualquer controle para manter estas condies. permitido limitar as condies de uso, mas desaconselhvel ampli-las. 4.18 Pessoal O fornecedor deve assegurar que todas as comprovaes so realizadas por uma equipe com as qualificaes, treinamento, experincia, aptido e superviso adequados.

/ANEXO A

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Anexo A(informativo)

Diretrizes para determinao de intervalos de comprovao para equipamentos de medioNOTA - Este anexo baseado no Documento Internacional N 10 OIML

Neste anexo so apresentados alguns mtodos para a seleo inicial dos intervalos de comprovao e para o ajuste desses intervalos com base na experincia.

A.1 Introduo A.2 Escolha inicial dos intervalos de comprovaoUm aspecto importante da operao eficiente de um sistema de comprovao o estabelecimento do perodo mximo entre sucessivas comprovaes de padres e equipamentos de medio. Um grande nmero de fatores influencia a freqncia de comprovao. Os mais importantes entre estes, so: a) tipo de equipamento; b) recomendaes do fabricante; c) dados de tendncia conseguidos por registros de aferies anteriores; d) registro histrico de manuteno e assistncia tcnica; e) extenso e severidade de uso; f) tendncia a desgaste e derivao; g) freqncia de verificao cruzada com outros equipamentos de medio, em especial padres de medio; h) freqncia e formalismo das aferies em uso; i) condies ambientais (temperatura, umidade, vibrao, etc.); j) exatido pretendida da medio; k) conseqncias de um valor medido incorretamente ser aceito como correto devido a defeito do equipamento. De modo geral, no se pode ignorar o custo ao se determinar os intervalos de comprovao, tornando-se este, portanto, um fator limitador. Por todos os fatores relacionados, bvio que seria impossvel elaborar uma listagem de intervalos de comprovao aplicvel universalmente. mais til apresentar diretrizes sobre como os intervalos de comprovao podem ser estabelecidos e, posteriormente, analisados criticamente quando a comprovao estiver implementada de forma rotineira. Existem dois critrios bsicos e opostos que precisam estar em equilbrio quando da deciso sobre os intervalos de comprovao para cada equipamento de medio. So eles: a) o risco de o equipamento de medio no estar em conformidade com a especificao, quando em uso, deve ser to pequeno quanto possvel; b) os custos de comprovao devem ser mantidos no mnimo. A base para a deciso inicial na determinao de intervalos de comprovao , invariavelmente, a chamada intuio tcnica. Algum com experincia em medies em geral ou no equipamento de medio a ser comprovado em particular e, de preferncia, com conhecimento de intervalos usados por outros laboratrios, faz uma estimativa para cada equipamento, ou grupo de equipamentos, quanto extenso de tempo em que ele deve-se manter dentro da tolerncia aps a comprovao. Os fatores a serem considerados so: a) recomendao do fabricante do equipamento; b) extenso e severidade de uso; c) influncia do ambiente; d) exatido pretendida da medio.

A.3 Mtodos para anlise crtica dos intervalos de comprovaoUm sistema que mantm intervalos de comprovao sem anlise crtica, determinados to somente pela intuio tcnica, no considerado suficientemente confivel. Uma vez que a comprovao esteja estabelecida de forma rotineira, deve ser possvel um ajuste nos intervalos, a fim de se otimizar o equilbrio entre riscos e custos, como foi mencionado na introduo. Provavelmente, deve-se chegar concluso de que os intervalos escolhidos inicialmente no esto dando os resultados timos desejados: determinados equipamentos podem ser menos confiveis do que o esperado; sua utilizao pode no ser a esperada; pode ser suficiente uma comprovao parcial em determinados equipamentos em vez de uma comprovao plena; a derivao determinada pela aferio regular do equipamento pode mostrar que intervalos de comprovao maiores so possveis sem o aumento dos riscos, etc. Se a escassez de recursos financeiros ou humanos exigir uma dilatao dos intervalos de comprovao, no se deve esquecer que os custos com o uso de equipamentos de medio inexatos podem ser significativos. Se for feita uma estimativa destes custos, pode-se concluir que mais econmico investir na comprovao reduzindo seus intervalos. Existe uma gama de mtodos disponveis para anlise crtica dos intervalos de comprovao. Eles diferem quanto ao fato de: - os equipamentos serem tratados individualmente ou em grupos (por exemplo, por fabricante ou por tipo);

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- os equipamentos no estarem em conformidade com as especificaes devido a derivaes com o passar do tempo, ou pelo uso; - os dados estarem disponveis, e se atribuir importncia ao histrico das aferies dos equipamentos. No existe um mtodo ideal adequado a toda a gama de equipamentos existentes. A.3.1 Mtodo 1: Ajuste automtico ou escalonado Cada vez que um equipamento comprovado de forma rotineira, o intervalo subseqente pode ser estendido, caso seja considerado dentro dos limites de tolerncia, ou reduzido, se estiver fora destes limites. Esta resposta escalonada pode produzir um ajuste rpido dos intervalos, alm de ser de fcil execuo e no exigir grandes esforos administrativos. Quando os registros so mantidos e utilizados, possveis falhas com um grupo de equipamentos podem ser evidenciadas, indicando a necessidade de uma modificao tcnica ou manuteno preventiva. Uma desvantagem de sistemas que tratam de equipamentos individualmente pode ser a dificuldade em manter a carga de trabalho de comprovao uniforme e balanceada, requerendo um planejamento detalhado antecipado. A.3.2 Mtodo 2: Grfico de controle So escolhidos os mesmos pontos de aferio de cada comprovao e os resultados so levados a um grfico em funo do tempo. A partir destes grficos, so calculadas a disperso e a derivao, sendo esta ou a derivao mdia num intervalo de comprovao ou, no caso de um equipamento muito estvel, a derivao ao longo de vrios intervalos. A partir destes nmeros pode ser calculada a derivao efetiva. O mtodo de difcil aplicao, especialmente no caso de equipamentos complicados e seu uso praticamente s possvel com processamento automtico de dados. Antes de iniciar os clculos, necessrio um conhecimento considervel da lei de variabilidade do equipamento, ou de um equipamento similar. Tambm neste mtodo difcil atingir uma carga de trabalho equilibrada. Contudo, permite uma variao considervel dos intervalos de comprovao em relao queles preestabelecidos, sem que se invalidem os clculos; a confiabilidade pode ser calculada e, pelo menos teoricamente, fornece intervalos de comprovao eficientes. Alm disso, os clculos de disperso indicam se os limites da especificao do fabricante so razoveis e se a anlise da derivao encontrada pode ajudar a indicar a sua causa. A.3.3 Mtodo 3: Histrico Os equipamentos de medio so inicialmente agrupados com base na sua similaridade de construo e na semelhana esperada de sua confiabilidade e estabilidade. O intervalo de comprovao definido para o grupo, com base inicial na intuio tcnica. Em cada grupo de equipamentos, a quantidade de equi-

pamentos que retornam no seu intervalo de comprovao estabelecido e apresentam erros excessivos, ou que, de alguma maneira, esto no-conformes, determinada e expressa como proporo da quantidade total de equipamentos, daquele grupo, comprovados durante um dado perodo. Ao determinar os equipamentos no-conformes, os que estiverem visivelmente danificados, ou os que forem devolvidos pelo usurio como suspeitos, ou defeituosos, no so considerados, uma vez que eles no devem causar erros de medio. Se a proporo de equipamentos no-conformes excessivamente alta, deve-se reduzir o intervalo de comprovao. Se um subgrupo em particular (tal como de um fabricante ou tipo especfico) no se comportar como os demais componentes do grupo, este subgrupo deve ser removido para um grupo diferente, com intervalos de comprovao diferentes. O perodo durante o qual o desempenho avaliado deve ser to pequeno quanto possvel, compatvel com a obteno de uma quantidade, estatisticamente significativa, de equipamentos comprovados de um determinado grupo. Se a proporo de equipamentos no-conformes de um determinado grupo for comprovadamente muito baixa, pode ser economicamente justificvel ampliar o intervalo da comprovao. Outros mtodos estatsticos podem ser usados. A.3.4 Mtodo 4: Tempo em uso Este mtodo uma variao dos mtodos anteriores. O mtodo bsico permanece inalterado, mas o intervalo de comprovao expresso em horas de uso em vez de meses decorridos. Um equipamento pode ser provido de um indicador de tempo e quando este alcanar um certo valor especificado, o equipamento encaminhado para comprovao. A importante vantagem terica deste mtodo que o nmero de comprovaes realizadas e, portanto, o custo de comprovao variam diretamente com o perodo de tempo durante o qual o equipamento usado. Alm disso, existe uma verificao automtica da utilizao do equipamento. Contudo, h inmeras desvantagens prticas e estas incluem: a) o mtodo no pode ser usado com instrumentos de medio passivos (por exemplo, atenuadores) ou com padres de medio passivos (resistores, capacitores, etc.); b) o mtodo no deve ser usado quando o equipamento sabidamente sujeito a derivao ou deteriorao, quando guardado na prateleira, ou quando manipulado, ou submetido a uma srie de ciclos curtos de liga/desliga; de qualquer maneira deve-se ter o histrico como apoio; c) o custo inicial para a compra e instalao de indicadores de tempo adequados alto, e uma vez que os usurios podem interferir no seu uso, talvez seja necessria uma atividade de superviso, o que tambm aumenta os custos;

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d) ainda mais difcil conseguir um fluxo de trabalho uniforme com este mtodo do que com os anteriormente mencionados, uma vez que o laboratrio de aferio no tem conhecimento da data na qual termina o intervalo de comprovao. A.3.5 Mtodo 5: Ensaio em servio ou de caixa preta Este mtodo complementar comprovao plena. Pode fornecer informaes preliminares teis sobre as caractersticas do equipamento de medio entre as comprovaes plenas e pode dar orientao sobre a adequao do programa de comprovao. Este mtodo uma variao dos mtodos 1 e 2 e especialmente adequado para instrumentos complexos e bancadas de ensaio. Os parmetros crticos so verificados freqentemente (uma ou at mais vezes por dia) por um dispositivo de aferio porttil ou de preferncia uma caixa preta construda especificamente para verifi-

car os parmetros selecionados. Se, pela utilizao da caixa preta, detectado que o equipamento est noconforme, ele encaminhado para uma comprovao plena. A grande vantagem deste mtodo que ele proporciona disponibilidade mxima ao usurio do equipamento. bastante conveniente para equipamentos distantes geograficamente do laboratrio de aferio, uma vez que uma comprovao plena feita, apenas, quando realmente necessria, ou com intervalos de comprovao ampliados. A principal dificuldade reside em decidir sobre os parmetros crticos e o projeto da caixa preta. Embora teoricamente o mtodo apresente um alto grau de confiabilidade, ao mesmo tempo ligeiramente ambguo, uma vez que o equipamento pode falhar em algum parmetro que no seja medido pela caixa preta. Alm disso, as caractersticas da prpria caixa preta podem no ser constantes, e ela prpria precisa ser comprovada regularmente.

/ANEXO B

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Anexo B(informativo)

Bibliografia[1] NBR 19000:1990 (ISO 9000), Normas de gesto da qualidade e garantia da qualidade - Diretrizes para seleo e uso. [2] ABNT ISO/IEC Guia 43, Desenvolvimento e operao de ensaios de proficincia de laboratrio [3] OIML International Document N. 10, Guidelines for the determination of recalibration intervals of measuring equipment used in testing laboratories. [4] OIML International Document N. 16, Principles of assurance of metrological control. [5] AQAP 7 (NATO), Guide for evaluation of a contractors measurement and calibration system. [6] European Organization for Quality, Glossary of terms used in the management of quality.