Manual para Interpretação de Informações sobre Substâncias Químicas

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    1/68

    Manual para

    interpretao deinformaes sobre

    substncias qumicas

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    2/68

    Manual para interpretao dinformaes sobre substncias q

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    3/68

    Presidenta da RepblicaDilma Rousseff

    Ministro do Trabalho e Emprego

    Carlos Daudt Brizola

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    4/68

    Jos Tarcsio BuschinelliMina Kato

    Manual para interpretao d

    informaes sobre substncias q

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    5/68

    Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada aDisponvel tambm em: www.fundacentro.gov.br

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Servio de Documentao e Biblioteca SDB / FundacentrSo Paulo SP

    Erika Alves dos Santos CRB-8/7110

    CIS Classificao do Centre International dInformations de ScuritdHygiene du Travail

    CDU Classificao Decimal Universal

    1234567Buschinelli, Jos Tarcsio.1234567890Manual para interpretao de informaes sobre1234567substncias qumicas / Jos Tarcsio Buschinelli, Mina Kato1234567 So Paulo : Fundacentro, 2011.

    123456789062 p. ; 23 cm.1234567890ISBN 978-85-98117-68-312345678901.Substncia qumica Ficha de dados Interpretao1234567de linguagem. 2. Produtos qumicos Propriedades qumic1234567Segurana qumica. I. Kato, Mina. II. Ttulo.

    CISFy Zai Kimi

    CDU661:54.04

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    6/68

    Agradecemos Claudia Esteban e a Albertinhpor sua reviso tcnica e sugeste

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    7/68

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    8/68

    Lista de abreviaturas e siglas

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ACGIH American Conference of Governmental Industrial Hygienists

    AIHA American Industrial Hygiene Association

    ATSDR Agency for Toxic Substances & Diseases Registry

    BEI Biological Exposure IndexCAS Chemical Abstracts Service

    CCOHS Canadian Centre for Occupational Health and Safety

    CDC Centers for Disease Control and Prevention

    CE Comisso Europeia

    CL50 Concentrao Letal 50%

    DFG Deutsche ForschungsgemeinschaftDHMO Dihydrogen Monoxide ou Monxido de Di-hidrognio

    DL50 Dose Letal 50%

    ECHA European Chemicals Agency

    EINENC European Inventory of Existing Commercial Chemical Substances

    ELINCS European List of Notified Chemical Substances

    EPI Equipamentos de Proteo IndividualERPG Emergency Response Planning Values

    ESIS European Chemical Substances Information System

    FISPQ Ficha de Informao de Segurana de Produtos Qumicos

    GHS Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    9/68

    IPVS Imediatamente Perigoso para Vida ou Sade

    LC50 Lethal Concentration 50%

    LD50 Lethal Dose 50%

    LEO Limites de Exposio Ocupacional

    MSDS Material Safety Data Sheet

    NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health

    NPIC National Pesticide Information Center

    OECD Organization for Economic Co-operation and Development

    OIT Organizao Internacional do Trabalho

    OMS Organizao Mundial da Sade

    ONU Organizao das Naes Unidas

    OSHA Occupational Safety and Health Administration

    PEL Permissible Exposure Limit

    PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais

    REL Recommended Exposure Limit

    RTECS Registry of Toxic Effects of Chemical Substances

    SDS Safety Data Sheet

    SST Sade e Segurana no Trabalho

    STEL Short-Term Exposure Limit

    TLV Threshold Limit Value

    LT Limite de Tolerncia

    TWA Time-Weighted Average

    UE Unio Europeia

    UNCETDG United Nations Committee of Experts on the Transport of Dangerous Go

    UNEP United Nations Environment Programme

    US-EPA United States Environmental Protection Agency

    VRT Valor de Referncia Tecnolgico

    WEEL Workplace Environmental Exposure Levels

    WHO World Health Organization

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    10/68

    Sumrio

    Apresentao

    1 Introduo

    2 Conceitos e definies

    2.1 Substncia qumica

    2.1.1 Substncia qumica simples

    2.1.2 Substncia qumica composta

    2.1.3 Nmeros de identificao de uma substncia qumica

    2.2 Produtos qumicos

    3 Fontes de informao

    3.1 FISPQ Fichas de Informao de Segurana de Produtos Qumicos

    3.2 SDS ou MSDS

    3.3 GHS

    4 Como encontrar as informaes sobre produtos qumicos

    4.1 Composio qumica

    4.2 Usando o nmero CAS para encontrar informaes

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    11/68

    5.2.4 Estado fsico (State of matter)

    5.2.5 Temperatura de ebulio e presso de vapor (Boiling point and vapour pressure)

    5.2.6 Solubilidade (Solubility) 5.2.7 Densidade relativa de vapor ou do gs (Vapour or gas density)

    5.3 Principais perigos das substncias qumicas

    5.3.1 Incndio e exploso (Fire and explosion)

    5.3.2 Ponto de fulgor (Flash-point)

    5.3.3 Faixa de explosividade (Explosive range, flammable range)

    5.3.4 Temperatura de autoignio (Autoignition temperature)

    5.3.5 Exploso e incndio com material particulado (Dust hazard)

    5.4 Produtos gerados na combusto e na termodegradao (Combustion and thermal decomposition products)

    5.5 Danos sade

    5.5.1 Efeitos agudos ou por exposio de curto prazo (Acute effects or effects of short-term exposure)

    5.5.1.1 Efeitos locais

    5.5.1.2 Efeitos sistmicos

    5.5.1.3 DL50 e CL50 (LD50 and LC50)

    5.5.1.4 IPVS ou IDLH

    5.5.2 Efeitos crnicos ou por exposio de longo prazo (Chroniceffects or effects of long-term exposure)

    5.5.2.1 Classificao de carcinogenicidade

    5.6 Limites de exposio ocupacional (Occupational exposure limits)

    5.7 Monitoramento biolgico

    5.8 Converso de ppm para mg m-3

    5.9 Odor como propriedade de alerta (Warning property)

    6 Outras informaes

    6.1 Controle da exposio e equipamento de proteo individual

    6 11 Amostragem e anlise

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    12/68

    Apresentao

    Este manual foi escrito com a inteno de dar mais subsdios para a

    formaes sobre produtos qumicos para aqueles que no se especializaram nes

    mento. O objetivo se familiarizar com os itens que, primeira vista, podem no

    direta para Sade e Segurana do Trabalhador.

    Essas informaes sero de grande importncia antes, durante e depo

    de ambiente de trabalho e gerenciamento qualitativo de riscos, para delineamento

    preveno de acidentes e exposio a produtos qumicos e tambm para subsidiar o

    panhamento clnico-laboratorial nos Programas de Monitoramento da Sade do Tra

    Com o intuito de sermos prticos e didticos, apresentamos exempl

    os itens, com tabelas comparativas. Isso permite que o leitor tenha a possibilidadebase terica e aplic-la, utilizando as mesmas abordagens, ao produto qumico sob

    procurar informaes e interpretar os dados obtidos de forma correta.

    O texto no exaustivo, mas foi elaborado de modo a facilitar o aprofun

    cimento sobre o assunto as referncias bibliogrficas foram, sempre que poss

    linksna internet e colocadas ao longo do texto, facilitando a busca.Lembramos que as informaes e as fontes podem mudar com o temp

    fizer a consulta, fique atento s datas de publicao/disponibilizao dos dados

    es.

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    13/68

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    14/68

    1 Introduo

    Para uma boa gesto dos riscos qumicos nos ambientes de trabal

    corretas a respeito das substncias qumicas so de fundamental importncia p

    de um determinado produto sejam adequadamente dimensionados e gerenciados

    possvel, pr-requisito que as inmeras fontes de informao disponveis e atual

    tamente interpretadas.

    Atualmente, inclusive por fora da legislao,1,2,3,4 as empresas fornacerca da composio e dos efeitos dos produtos qumicos (nem sempre de for

    existe uma grande dificuldade de se interpretar corretamente as informaes di

    estas possam ser transformadas em conhecimento aplicvel na defesa da sade

    Essa dificuldade na interpretao atinge no s a populao em geral, mas tamb

    e muitos profissionais da rea de Segurana e Sade do Trabalhador.

    Esta realidade tem causado vrios problemas: por um lado, a proteo

    adequada, podendo trazer consequncias graves em termos de danos agudos e

    dos a sua sade por substncias com efeitos bem conhecidos e com informaes

    veis na literatura, inclusive com acesso pela internet; de outro, a proteo exagera

    frente a falsos perigos, o que acarreta, muitas vezes, problemas aos trabalhado

    no trabalho, utilizao de muitos equipamentos de proteo individual (EPIs) concgeral desconfortveis), coleta de sangue para exames inapropriados, entre outros,

    que geralmente repassado para a sociedade.

    A dificuldade em interpretar as informaes disponveis acerca dos efe

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    15/68

    H alguns anos, nos EUA, foi publicada na internet uma ficha de segur

    tncia denominada DHMO (Dihydrogen Monoxide ou Monxido de Di-hidrognio)

    es preocupantes, como a de que sua inalao, quando na forma lquida, geral

    minutos e a exposio a sua forma gasosa provoca graves leses de pele e do sAinda, que o seu contato com a pele provoca enrugamento e sua ingesto leva a a

    renal com um aumento da diurese.

    Tambm foi lanada, utilizando-se da internet, uma campanha pelo bagosa substncia6 (DMHO.ORG, 2011), pois: A inalao, mesmo de pequenas quantidades, provoca centenas de mortes p

    A prolongada exposio forma slida provoca graves leses de tecidos; A forma gasosa causa graves queimaduras;

    o principal componente da chuva cida; Contribui para a eroso dos solos;

    Contribui para curtos-circuitosde equipamentos eltricos; encontrada nas bipsias de leses pr-cancerosas e tumores.

    A campanha ainda complementa que, no obstante todos esses periggamente utilizado emmuitas atividades: como solvente industrial, em usinas nucledos EUA em sistemas de propulso de alguns navios, na fabricao de armas quna sntese qumica do poliestireno expandido, no desenvolvimento de plantas gecadas, na produo e na distribuio de agrotxicos e ainda um subproduto da qbonetos em fornalhas.

    Apesar de DHMO ser outra forma de denominar a guae no existir nas informaes veiculadas, a brincadeira gerou uma srie genuna de adeses pesubstncia aparentemente to malfica. Um dos casos documentados foi a de um pZelndia que escreveu ao Ministro da Sade, atravs do lder de sua bancada, indnistrio estaria fazendo para o banimento de tal produto. A troca de correspondnciseguir nas Figuras 1 e 2. A resposta do Ministro (Figura 2) foi concisa: a tal perigosa s

    Entre os inmeros sitessobre DHMO que podem ser encontrados na in

    ria de dois professores de Portugal, Associao Cientfica de Pesquisa Ambiental Monxido de Di-Hidrognio, diz que o objetivo em manter este site a melhoria dpas. Adverte:

    O nico perigo real associado ao Monxido de Di-hidrognio o medo, exclizado, da Qumica e da linguagem que lhe prpria. O que perigoso, isso

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    16/68

    tos qumicos existentes, independentemente dos tipos de fonte. No objetivo disas regulamentaes das fontes de informao.

    Os focos principais deste manual so, pois, as informaes referentes

    lho e Toxicologia Ocupacional, no entanto algumas informaes a respeito de outro

    tncias qumicas tambm sero tratadas. Sero utilizados exemplos com anlises

    vrias substncias, algumas bem familiares, outras nem tanto. Dar-se- ateno es

    frequentemente relegados a segundo plano, como as propriedades fsico-qumicas,

    fundamentais para dimensionar de forma correta os perigos do manuseio de qualq

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    17/68

    Figura 2 Resposta do Ministro da Sade ao deputado10

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    18/68

    2 Conceitos e definies

    Ateno:

    A seguir, sero apresentados alguns conceitos e definies para facilitar avir a seguir. uma reviso de qumica bsica. Quem j possui esse conhesiga para o item 3.

    2.1 Substncia qumica

    Substncia qumica qualquer material com uma composio bem d

    consegue separar por qualquer mtodo mecnico ou fsico e que mantm as mes

    fsicas e qumicas em qualquer amostra obtida. Pode ser simples ou composta.11

    2.1.1 Substncia qumica simples

    formada por somente um elemento qumico. Por exemplo: o hlio

    um s tomo deste elemento; o hidrognio, formado por dois tomos desse eleme

    escreve-se H2); o cloro (Cl2), formado tambm pela ligao de dois tomos; e o e

    oito tomos (S8).

    2.1.2 Substncia qumica composta

    formada por mais de um elemento, como a gua, que tem molcu

    tomos de hidrognio e um de oxignio (H2O), o sal de cozinha, que formad

    (NaCl), o clorofrmio (CHCl3), que formado por um tomo de carbono, trs de clo

    nio, e o benzeno, formado por seis tomos de carbono e seis de hidrognio (C 6H6

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    19/68

    orto-xileno cerca de 5C mais alto que o dos demais ismeros, enquanto que su

    menor que dos outros. Em algumas snteses qumicas, usam-se ismeros espec

    o meta-xileno matria-prima para o cido isoftlico, enquanto o orto-xileno usa

    de anidrido ftlico.12

    Figura 3 Xileno e seus ismeros

    Alm de propriedades fsico-qumicas, os efeitos das substncias nos

    mais tambm podem variar de acordo com a estrutura molecular. Por exemplo, a

    C6H14 pode representar uma substncia de cadeia linear denominada n-hexano (n d

    deia reta), que txica para os nervos perifricos dos seres humanos. O hexano d(iso-hexano ou 2-metil pentano), com a mesma frmula molecular, no possui este

    Resumindo:

    Substncias simples possuem s um elemento:Hlio = HeHidrognio = dois tomos ligados H-H escreve-se H

    2Cloro = dois tomos ligados Cl-Cl escreve-se Cl2Enxofre = oito tomos ligados em crculo escreve-se S 8

    Substncias compostas possuem mais de um elemento:gua = dois de hidrognio e um tomo de oxignio H2OSal de cozinha = um tomo de sdio e um de cloro NaClClorofrmio = um tomo de carbono, um de hidrognio e trs de cloro CHC

    Isomeria:Mesmo com frmula molecular idntica, as substncias possuem diferentepaciais, cada uma com propriedades fsico-qumicas prprias, podendo tertambm diferentes.

    Produto qumico: pode ser tanto uma s substncia qumica, como uma mistura

    Orto-xileno Meta-xileno Para-xileno

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    20/68

    indexando a produo cientfica na rea qumica. A partir de 1965, elaborou um s

    cada substncia qumica com um nmero. A numerao possibilita congregar sin

    tes nomes adotados em diversos idiomas e tambm permite separar os ismero

    ismeros do xileno mostrado anteriormente (Figura 3), os nmeros CAS para ortoe para-xileno so, respectivamente, 95-47-6, 108-38-3 e 106-42-3. O solvente

    (CAS: 75-09-2) recebe vrias denominaes somente em portugus: diclorometan

    tileno, Freon 30, R-30, DCM, MDC.

    O fungicida mancozebe pode ser encontrado no mundo inteiro com

    comerciais diversos: Carbamic acid, ethylenebis{dithio-}, manganese zinc compl

    dithioic acid, 1,2-ethanediylbis, manganous zinc salt; Dithane (mancozeb) M-4

    Dithane M-45; Mancozebe; Maneb com Zinco; Manganese, EBDC; Fore; Man

    ediylbis{carbamodithioato}}(2-)}-, {{1,2-ethanediylbis{carbamodithioato}}(2-)}Zinc

    Mankoceb; mankozeb; Manzate 200; Manzeb; Manzin 80; Mn-Zn Ethylene

    Nemispor; Pace fungicide (014504+113501); Penncozeb; Policar MZ; Policar

    Zinc ion and manganese ethylenebisdithiocarbamate 80%; Zinc ion and mangdithiocarbamate; Zinc manganese ethylenebisdithiocarbamate. Todas essas de

    nmero CAS 8018-01-7.

    Normalmente, o nmero CAS se aplica a substncias puras, mas h alg

    tambm o possuem, como, por exemplo, a mistura dos ismeros de xileno, que r

    mero CAS 1330-20-7, ou mesmo outras misturas comerciais de grande importnci

    que uma mistura de centenas de substncias qumicas, com o nmero CAS 800

    Existem tambm outros sistemas numricos de identificao de subst

    surgiram ao longo do tempo, como o da Organizao das Naes Unidas (ONU) ou

    (UE). O nmero da ONU (UN Numberou cdigo da ONU) existe somente para su

    (inflamveis, explosivas, txicas) e visa basicamente segurana no transporte.14

    O North America(NA) number usado pelo Departamento de Transpo

    o mesmo nmero UN, quando este existe. Complementarmente, adiciona um nm

    a substncia no possui o nmero UN.

    A Comisso Europeia (CE) atravs da Agncia Europeia de Produtos Q

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    21/68

    De importncia para sade e segurana do trabalho, h ainda o nmer

    xic Effects of Chemical Substances(RTECS) de responsabilidade da National Insti

    Safety and Health(NIOSH) dos EUA.16

    Nmeros de registros de substncias qumicas:

    Nmero CAS ( o CPF das substncias qumicas): o mais importante e maicom mais de 56 milhes de substncias registradas e entrada diria de cerca registros.17

    Outros registros:

    UN number: nmero das Naes UnidasNA number: nmero da Amrica do Norte (se no existir UN numberpara a suEU EINECS/ELINCS: nmero da Unio EuropeiaRTECS: Registro de efeitos txicos das substncias qumicas da NIOSH (EUA)

    2.2 Produtos qumicos

    Para os fins deste manual, denomina-se produto qumico uma subst

    simples ou composta, ou ainda misturas. As misturas podem ser de lquidos, slid

    tas, com slidos e lquidos ou gases e lquidos.

    Uma substncia qumica, seja simples ou composta, tem diferentes

    grau comercial com 70% a 90% de pureza, dependendo do produto; o grau far

    maior); e o grau PA (Para Anlise), que chega a 99,9% de pureza. Existem gramaiores para atender s especificaes de anlises especiais, como o nanograu

    Os trabalhadores esto normalmente expostos a produtos de grau co

    deve-se estar atento aos efeitos no somente da substncia propriamente dita, com

    possveis contaminantes, que, eventualmente, podem trazer agravos sade at

    prpria substncia. Quando a substncia contaminante for carcinognica, mutag

    reproduo e estiver presente em concentraes maiores que 0,1%, e se for coacima de 1%, a sua presena deve ser declarada20 (ver Tabela 1, p. 29).

    Alm dos contaminantes, pode ocorrer a formao de substncias nov

    radas por reaes qumicas entre os componentes de uma mistura ao longo do te

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    22/68

    (CAS 100-42-5) um lquido inflamvel incolor que, se no estiver estocado em co

    (temperatura < 25C, sem exposio luz solar direta, com adio de inibidor de p

    formar, em contato com o oxignio do ar, um perxido explosivo ou se polimerizar

    reno (CAS 9003-53-6), que slido temperatura ambiente. Outra substncia, a e96-45-7), possivelmente carcinognica para seres humanos (ver item 5.5.2.1

    carcinogenicidade), um produto secundrio na produo e tambm resultado da

    gicidas ditiocarbamatos. O mancozebe21 (CAS 8018-01-7) considerado um exem

    tiocarbonato de toxidade mediana (classe III), no carcinognico.22 O trabalhador r

    durante o processo de colheita e manipulao de frutas e verduras, pode estar ex

    ao fungicida original, como o mancozebe, mas tambm etilenotiureia, um possv

    Para mais informaes referentes ao armazenamento de substncias

    manuais de segurana de laboratrios.24,25

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    23/68

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    24/68

    3 Fontes de informao

    Existem vrias fontes de informaes acerca de produtos qumicos dis

    mos as principais para a rea de Sade e Segurana do Trabalho.

    3.1 FISPQ Fichas de Informao de Segurana de Produto

    As FISPQ foram institudas no pas por normas da Associao Brasile

    nicas (ABNT).26 As empresas fornecedoras de produtos qumicos devem disponclientes e os itens abaixo devem nela constar com a seguinte numerao:

    1. Identificao do produto e da empresa2. Identificao dos perigos

    3. Composio e informao dos ingredientes4. Medidas de primeiros socorros

    5. Medidas de combate a incndio6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento7. Manuseio e armazenamento8. Controle da exposio e EPIs

    9. Propriedades fsico-qumicas10. Estabilidade e reatividade11. Informaes toxicolgicas12. Informaes ecolgicas13. Consideraes sobre tratamento e disposio14. Informaes sobre transporte

    15. Regulamentaes16 Outras informaes

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    25/68

    Para esta publicao, os itens 2, 3, 4, 8, 9 e 11 sero de especial inte

    2 (composio) a informao mais importante, pois a partir dela que se pode pe

    tncia isoladamente em vrias fontes.

    O que so efeitos e perigos?

    Definies da ABNT:27

    Perigo: fonte potencialde dano e caracterstica intrnsecade um produto.

    Como exemplos: substncia, agente, fator ou condio irritante, carcinognica, explosiva, inflamvel, entre outros.

    Dano: leso fsica e/ou prejuzo sade, ao meio ambiente ou propriedade.

    Efeito(s): o resultado ou a consequncia de determinada substncia qumicExemplos: irritao de pele, irritao do trato respiratrio, irritao ou leso defgado, dano ao sistema reprodutor, carcinognese, mutagnese etc. a realcial de dano (perigo) da substncia, o que depende da dose, do tempo de expocontato, entre outras variveis.

    Cabe ao profi

    ssional de Sade e Segurana do Trabalho previnir a ocorrncia sequncias) do potencial de dano (perigo) dos produtos, evitando a exposio.

    3.2 SDS ou MSDS

    So as siglas em ingls para Safety Data Sheet (SDS) e Material

    (MSDS). So parecidas com as FISPQs brasileiras, mas cada pas tem suas pr

    sim, so muito heterogneas, no s em relao aos itens que as compem, mas

    definies dos perigos.

    Existem FISPQ, SDS e MSDS tanto para produtos comerciais de re

    produtores/fornecedores, quanto para substncias puras; e muitas vezes, para ess

    SDS publicadas por instituies pblicas, como, por exemplo, a Agncia de Prote

    EUA (United States Environmental Protection Agency US-EPA).28

    Vrias instituies de Sade e Segurana do Trabalho possuem base

    qumicas de acesso livre, como os linksdas instituies a seguir:

    Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo(INSHT)29 Espanha

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    26/68

    European Chemical Substances Information System(ESIS) da Joint Researchmisso Europeia.31

    International Programme on Chemical Safety (IPCS) ou Programa InternacioQumica uma atividade conjunta de cooperao do United Nations Enviro(UNEP), da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) e da Organizao(OMS) para disseminar informaes sobre produtos qumicos e seus potencde humana e ao meio ambiente. As fichas de segurana, denominadas InteSafety Cards(ICSCs), fornecem um resumo de informaes essenciais paratrabalhadores em ambientes de trabalho diversos.32

    Especificamente para produtos agrcolas e agrotxicos, podem-se con

    ses indicadas pela National Pesticide Information Center(NPIC) dos EUA.33

    Alm das bases de acesso livre, mas dentro deste universo de inform

    substncias e produtos qumicos, existem bases de dados de acesso pago que s

    e completas. Uma das mais completas, tanto em nmero de substncias, quanto e

    informaes e multiplicidade de referncias a CHEMINFO, de responsabilidade d

    for Occupational Health and Safety(CCOHS). Este material pode ser acessado ada Fundacentro nas unidades distribudas pelo Brasil.

    3.3 GHS

    A sigla GHS significa Globally Harmonized System of Classificatio

    Chemicals ou, em portugus, Sistema Globalmente Harmonizado para Classificde Produtos Qumicos. Como cada pas, agncia reguladora, instituio ou rgo

    rezas possuam sistemas e regulamentaes distintas para classificao e rotulag

    qumicas, a interpretao de informaes por parte dos interessados se tornava m

    como dificultava o cumprimento de todos os sistemas por parte das empresas. Ass

    zao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico (Organization for Econom

    Development OECD) e o Comit de Especialistas em Transporte de Cargas PeUnidas (United Nations Committee of Experts on the Transport of Dangerous G

    criaram em conjunto um sistema geral: o GHS.34

    O GHS no uma norma, mas um sistema composto por requisitos

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    27/68

    Esta norma, a 14.725, dividida em 4 partes: 1 Terminologia; 2 Sistema de Cla

    go; 3 Rotulagem; e 4 FISPQ.35,36,37,38

    Pela alterao introduzida em 2011, a Norma Regulamentadora n 26 d

    balho e Emprego (Portaria n 229, de 24 de maio de 2011),39 determina que produ

    no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurana e

    lhadores de acordo com os critrios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Ha

    sificao e Rotulagem de Produtos Qumicos (GHS), da Organizao das Naes

    informaes sobre produtos qumicos perigosos, elas devem ser apresentadas na

    segurana do produto qumico cujo formato e contedo devem tambm seguir o esta

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    28/68

    4 Como encontrar as informaes sobre produto

    A seguir sero descritos os principais passos para se encontrar inform

    tos qumicos.

    4.1 Composio qumica

    Inicialmente, deve-se buscar a composio qumica do produto que s

    Os produtos comerciais em geral so misturas, mas mesmo uma substncia pura

    em concentraes diversas.

    A FISPQ e os rtulos devem ser consultados a fim de se obter a com

    informaes bsicas do produto comercial. Atualmente, a FISPQ do produto, qua

    zada pelo fornecedor, pode ser obtida atravs da internet, no sitedo fabricante ou

    Como as informaes tcnicas dessas fichas so muito resumidas e se

    para a classificao de efeitos para sade, arriscado tomar decises baseand

    fonte. Alm disso, as propriedades e os efeitos de misturas comerciais so geralm

    interpretar, mesmo que estejam bem descritas.

    Ainda so disponibilizadas, por algumas empresas, composies

    acrescentam nada para a tomada de deciso de um profissional de Sade e Seg

    (SST). Na Figura 4, pode ser vista, como exemplo, a primeira pgina da FISPQ d

    tintas que traz como composio: solventes aromticos, lcoois, steres e aditivo

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    29/68

    da exposio ocupacional. As exposies ao tolueno e ao cloreto de metileno da

    avaliadas utilizando-se o cido hiprico urinrio e a carboxihemoglobina no sang

    respectivamente, alm de se poder realizar um monitoramento dos efeitos das v

    sade, que agora podem ser estudadas separadamente e de forma mais aprofund

    Se a informao da FISPQ fornecida pelo fabricante do produto refe

    no for detalhada, deve-se solicit-la ao fabricante, pois a NBR 14.725-4 de 200

    nome qumico ou comum da substncia e seu nmero CAS devem ser informado

    determina que, em caso de misturas, tambm devem ser informados os compone

    qumicos ou comuns, os respectivos nmeros CAS e suas faixas de concentraclasse de perigo da substncia, a qual pode ser vista na Tabela 1 (p. 29).

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    30/68

    XXXXXXX

    Figura 5 Reproduo da FISPQ de um removedor de tintas disponibilizada pelo fabricante aps

    Fonte: Arquivos da Coordenao de Sade no Trabalho, Fundacentro

    Tabela 1 Valores de corte/limites de concentrao para cada propriedade de ABNT 200940

    Classe de perigoValores

    conce

    Toxicidade agudaCorroso/irritao da peleLeses oculares graves/irritao ocular

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    31/68

    Ou seja, se uma substncia da mistura , por exemplo, irritante ocular,

    na FISPQ caso sua concentrao seja maior que 1,0%, mas, se for carcinognica

    da obrigatoriamente quando a concentrao for maior que 0,1%. Em casos de s

    fabricante pode omitir uma substncia da frmula, mas deve ser inserida uma frascondio, como segredo industrial ou informao confidencial, e ainda serem

    gos desse componente.41

    A obteno da composio detalhada do produto o primeiro passo pa

    liao dos perigos de substncias qumicas nos ambientes de trabalho e, a partir

    qumica, possvel obter do produto comercial as informaes relevantes para a sdo trabalhador, inicialmente para cada substncia de forma isolada e, mais tarde,

    A partir da composio, podem-se utilizar as ferramentas de busca da i

    trar informaes de cada componente.

    Ateno:

    A informao da composio detalhada de um produto, com os nomes qum

    CAS de cada ingrediente, de fornecimento obrigatrio no Brasil atravs da F

    posio detalhada no foi fornecida na ficha, deve ser exigido do fabricante.

    4.2 Usando o nmero CAS para encontrar informaesEm geral, a prpria FISPQ j fornece os nmeros CAS, como no caso d

    Mas se for necessria a busca, s entrar em alguma ferramenta de busca da inter

    da substncia em portugus mesmo e a sigla CAS, como no exemplo (Figura 6).

    Verifica-se que o nmero CAS 79-01-6 aparece em quase todos os

    feito com qualquer substncia. Se houver difi

    culdades nos buscadores da internelinkhttp://chemfinder.cambridgesoft.com/. necessrio registrar-se (gratuitamente

    site, e os nomes das substncias devem ser escritos em ingls.

    O nmero CAS auxilia muito na busca de informaes, pois se podem

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    32/68

    Para encontrar informaes, basta inserir nos buscadores da internet

    SDS e o nmero CAS da substncia que se deseja. Ainda utilizando o exemplo do t

    Figura 6 Reproduo de parte dos resultados da busca eletrnica por Tricloroetileno e

    Entre os milhares de resultados encontrados, os primeiros esto na Fig

    A maior parte do material disponibilizada pelas empresas produtoras

    79-01-6 MSDS SDS

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    33/68

    Figura 7 Reproduo de parte dos resultados da busca por 79-01-6 MSDS SDS

    4.3 Obteno de ficha completa na biblioteca da Fundacen

    Qualquer profissional da rea de SST do Brasil pode ter acesso ao ada Fundacentro atravs de carta, telefone ou e-mail, alm de pessoalmente. Na

    sobre produtos qumicos, a biblioteca dispe de vasto material. Existe uma base

    tncias qumicas que so as fichas toxicolgicas da CHEMINFO, j citada ante

    muito completas, atualizadas e com informaes de alta qualidade. Para acess

    basta solicitar biblioteca as fichas da CHEMINFO para as substncias desejad

    em ingls e pode haver dificuldades quanto grafia de substncias qumicas ne

    problema dos mltiplos sinnimos frequentes em qumica, sugerimos sempre qu

    feitos pelo nmero CAS.

    Alm da CHEMINFO a biblioteca da Fundacentro tambm possui outr

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    34/68

    5 Interpretao dos itens mais relevantes para SSade do Trabalhador

    Uma vez encontradas as informaes sobre os produtos qumicos, psua leitura e sua interpretao.

    5.1 Identificao qumica

    Inicialmente, deve-se verificar se a ficha disponvel da substncia que

    Como exemplo, a ficha do Clorofrmio da CHEMINFO:

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    35/68

    Figura 9 Reproduo da seo sobre identificao qumica da ficha do Etano(CAS:64-17-5) da base de dados CHEMINFO45

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    36/68

    5.2 Descrio

    Vrias caractersticas da substncia so apresentadas neste item.

    verificar se o que descrito na ficha corresponde ao que encontrado no ambien

    5.2.1 Aparncia e odor (Appearance and odour)47

    Acompanhe o exemplo do Clorofrmio:

    Figura 11 Reproduo do item Descrio da substncia qumica da ficha doClorofrmio da base de dados CHEMINFO48

    Ou seja, com uma traduo livre: lquido claro, incolor com odor doc

    agradveis que lembram o ter. Os algarismos (28, 29) so os nmeros das refer

    de onde foram retiradas essas informaes e que se encontram no final da ficha.

    Para Mercrio Metlico, a descrio :

    Figura 12 Reproduo do item Descrio da substncia qumica da ficha doMercrio Metlico da base de dados CHEMINFO49

    Ou seja, lquido branco prateado, inodoro, pesado e que se espalha fa

    5.2.2 Limiar de odor (Odour threshold)

    Como existe grande variao individual na capacidade olfativa das pes

    acerca do limiar de odor dado para uma faixa de concentrao do menor valomais sensveis) at o maior valor, e a mdia geomtrica da populao testada

    uma medida de tendncia central calculada multiplicando-se todos os n valor

    raiz de ndice n deste produto). No utilizada a mdia aritmtica por causa da g

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    37/68

    Figura 13 Reproduo do item Descrio do limiar de odor da ficha Clorofrmio da base de d

    No caso acima, foi dado apenas o limiar de deteco (perceber que

    qualquer), no sendo citado o de reconhecimento (identificar a substncia ou a fam

    Os valores descritos na literatura variam entre 0,6 (mnimo) e 1.413 ppm (mximo)

    derada realmente aceitvel foi entre 133 a 276 ppm.

    O que ppm?

    PPM (partes por milho) uma unidade de concentrao frequentemente utiliza

    traes de vapores ou gases no ar. Para outras unidades e converses, ver ite

    Para o Tricloroetileno:

    Figura 14 Reproduo do item Descrio do limiar de odor da ficha do Tricloroetileno da base d

    No caso anterior, foram definidos valores de 82 ppm para deteco e

    limiar de reconhecimento, e a faixa de variao ficou entre 0,5 e 167 ppm. A infor

    relevante: a substncia ocasiona cansao olfativo, isto , mesmo em altas concen

    se acostumam e passam a no mais sentir seu odor.

    J o Mercrio Metlico no tem odor:

    Figura 15 Reproduo do item Descrio do limiar de odor da ficha do Mercrio da base de

    Os exemplos mostram que o odor um sinal de que a substncia (que te

    tim l i t m i l h m ) t di N t t f lt d

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    38/68

    5.2.3 Composio/pureza (Composition/purity)

    Este item se refere s composies tpicas da substncia, seu grau de

    minantes mais comuns. Os graus de pureza variam muito, mas o grau comercial, u

    nas indstrias, varia tipicamente de 80% a 95%, com raros casos chegando a 99

    -se ficar atento presena de contaminantes, que, muitas vezes, um problema

    substncia em questo.

    Dibenzodioxinas policloradas (ou Policloro dibenzodioxinas PCDD

    substncias que podem estar presentes como impureza em vrios agrotxicos, co

    (CAS 87-86-5) e 2,4,5T (CAS 93-76-5). Dentre estes contaminantes, o 2,3,7,8-tetraxina TCDD (CAS 1746-01-6) reconhecidamente carcinognico e txico parahumano.53

    Ateno:

    Nunca uma substncia comercial 100% pura.s vezes, os contaminantes que esto em pequenas quantidades so to ou mque a prpria substncia. Sempre verifique o item que pode trazer a informacontaminantes mais frequentes para uma determinada substncia.

    Recordando o item 2.2: Os graus de pureza variam muito, mas o grau comeutilizado nas indstrias, varia tipicamente de 80% a 95%.

    5.2.4 Estado fsico (State of matter)

    Refere-se ao estado fsico (lquido, gasoso ou slido) do produto qu

    normais de temperatura e presso. Se as substncias estiverem na forma lquid

    podem se dispersar facilmente na atmosfera a partir de uma fonte e contaminar o tr

    da inalao. Os compostos slidos (no sublimveis) e lquidos no volteis, para

    cessitam ser mecanicamente dispersos na forma de pequenas partculas ou produ(de combusto, por exemplo) que emitem material particulado no ar ambiente.

    Se a forma descrita para o produto slida e foi observado que a sub

    te de trabalho lquida, deve-se verificar se no se trata de erro de identificao

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    39/68

    5.2.5 Temperatura de ebulio e presso de vapor (Boiling point and v

    pressure)

    A volatilidade importante para a exposio ocupacional a substnc

    maior a volatilidade, maior a exposio do trabalhador ao vapor do produto na atte de trabalho, independentemente do contato direto com o lquido. Mesmo a su

    absorvida com facilidade pela pele pode ter mais predisposio a penetrar no orga

    respiratrio.

    A volatilidade pode ser avaliada atravs da temperatura de ebulio

    de vapor. As duas variveis esto de certa forma relacionadas, pois, em geral, q

    temperatura de ebulio, maior a presso de vapor a uma dada temperatura. A

    exercida por um lquido na superfcie depende da temperatura em que o lquido se

    maior a temperatura, maior a presso de vapor. Quando a presso de vapor do

    presso atmosfrica (760 mmHg ao nvel do mar), a substncia entra em ebulio.

    estabelecida normalmente para as temperaturas de 20C ou 25C, que so as co

    te, e quanto maior a presso de vapor nessas temperaturas, maior a tendnc

    substncia e, portanto, maiores so as concentraes na atmosfera do ambiente d

    Tabela 2 Temperatura de ebulio e presso de vapor de substncias selecio

    Substncia Temperatura ebulio (C) Presso d

    ter etlico 34,5 537

    n-Hexano 68,7 150

    Benzeno 80,1 95

    Tolueno 110,6 28,4

    Acetato de butila 126 10

    Fenol 181,8 0,35

    n-Dodecano 216 0,3

    Na tabela acima, verifica-se que, geralmente, quanto maior a tempemenor a presso de vapor, ou seja, menor quantidade de vapor gerado no am

    ponto de vista prtico, para substncias com presses de vapor muito baixas, as e

    vapores so desprezveis.

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    40/68

    A taxa de evaporao utilizando o ter etlico como padro emprega um

    Por exemplo:

    Benzeno: 5,1 (acetato de butila = 1) / 2,8 (ter etlico = 1).

    Ou seja, o benzeno 5,1 vezes mais voltil do que o acetato de butila

    voltil do que o ter etlico.

    Isopropanol: 1,7(acetato de butila = 1) / 7,1 (ter etlico = 1)

    O lcool isoproplico 1,7 vez mais voltil que o acetato de butila e ce

    nos voltil que o ter etlico.

    5.2.6 Solubilidade (Solubility)

    A solubilidade da substncia em gua geralmente informada nas fic

    dem ser mais ou menos vagos (parcialmente solvel, pouco miscvel), mas h font

    informao de forma mais precisa, expressa em massa dissolvida em volume de

    de 20oC ou 25oC. Por exemplo, a solubilidade do sal de cozinha (NaCl) em gua

    to que a do sulfato ferroso (FeSO4) anidro de 25,6 g/100mL ou 256g/L de gua.

    As unidades so geralmente apresentadas em termos de massa da su

    relao ao volume do lquido (solvente):

    Grama por litro g/L ou g L-1

    Grama por mililitro g/mL ou g mL-1

    Miligrama por mililitro mg/mL ou mg mL -1

    Nmero de moles por litro mol/L ou mol L-1

    Proporo de massa em relao a volume % (m/v)

    Substncias pouco miscveis ou imiscveis em gua so chamadas d

    forma de avaliar a miscibilidade da substncia frente a solventes hidroflicos (gua)

    gordura) ao mesmo tempo o Coeficiente de partio leo/gua. Este coeficiente numrica como uma substncia lquida se distribui em uma mistura metade leo

    dadas temperatura e presso. Como existem muitos tipos de leos diferentes entre

    o leo, normalmente utilizado um lcool (octanol) que tem caractersticas fsico-

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    41/68

    Tabela 3 Exemplos de logKOW para algumas substncias58

    Substncia logKOW Interpretao

    Hexano 3,9 Cerca de 8 mil vezes mais solvel no octanol que na

    Butanol 0,88 Cerca de 7,5 vezes mais solvel no octanol que na

    Acetona -0,24 Cerca de 2 vezes mais solvel na gua que no octan

    Resumindo o KOW:

    o coeficiente octanol/gua (octanol/water). Mede como se reparte uma subem uma mistura com metade gua e metade octanol (lcool com caracterstica

    Como a variao da repartio muito grande entre as inmeras substncias, gua expresso como logaritmo base 10 (logKOW).

    Quanto maioro nmero, maiora solubilidade em leos e menorem gua.

    5.2.7 Densidade relativa de vapor ou do gs (Vapour or gas density)

    A densidade do vapor pode ser entendida como o peso do vapor

    e relativa ao ar atmosfrico, que, por conveno, tem a densidade definida co

    minada temperatura, geralmente a 200oC. Quanto menor a densidade de vapor

    disperso no ar do ambiente de trabalho. Uma elevada densidade de vapor, po

    que o vapor tender a permanecer mais prximo da superfcie lquida, ou se acum

    cho, ou no fundo dos tanques de armazenamento. Um vazamento dessas subst

    despercebido se os meios de deteco de perigos estiverem em locais acima dopodendo ocasionar acidentes.

    Tabela 4 Exemplos de densidades de vapor e estado fsico temperatura amalgumas substncias59

    Produto qumico Densidade de vapor (Ar = 1) Estado fsico tempe

    Metano 0,56 GsEtano 1,04 Gs

    xido de etileno 1,49 Gs, lquido

    Etanol 1,59 Lquido vo

    Butano 2 0 Gs

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    42/68

    5.3 Principais perigos das substncias qumicas

    Aps as caractersticas das substncias serem conhecidas, podem se

    cipais perigos.

    5.3.1 Incndio e exploso (Fire and explosion)

    Alm de trazerem a informao acerca de inflamabilidade e da exp

    substncia ou produto, a maior parte das fichas de informaes traz alguns parm

    quantific-los e compar-los com outros produtos.

    5.3.2 Ponto de fulgor (Flash-point)

    Ponto de fulgor a temperatura acima da qual um lquido inflamvel d

    possa pegar fogo. A combusto de lquidos inflamveis ocorre sobre a superfcie

    mistura de vapores e oxignio do ar. O prprio lquido no incendeia, assim, h ne

    evaporao para que o combustvel lquidofi

    que infl

    amvel. Os pontos de fulgor slaboratrio com metodologias normatizadas. Quanto mais baixo o ponto de fulgor,

    substncia. Solventes muito volteis tm, em geral, pontos de fulgor em temperatu

    Alguns exemplos de substncias puras podem ser vistas na Tabela 5:

    Tabela 5 Ponto de fulgor de algumas substncias puras60

    Substncia Ponto de fulgor C

    n-hexano -23

    Benzeno -11

    Etanol 15

    Fenol 79

    Clorofrmio no determinado (no infl

    Tambm so estabelecidos pontos de fulgor para misturas (como gas

    mas, nesse caso, h uma faixa de temperatura. Alguns exemplos podem ser visto

    T bel 6 Ponto de fulgor de lgum mi tur 61

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    43/68

    5.3.3 Faixa de explosividade (Explosive range, f lammable range)

    Uma exploso pode ocorrer quando um gs ou um vapor est misturad

    nada proporo (em volume) com o oxignio do ar atmosfrico e atingida por u

    (fagulha). Se a mistura estiver abaixo ou acima da faixa de explosividade, no h o

    so. Quanto mais ampla a faixa, maior o risco de exploso daquele produto. Algu

    ser vistos na tabela a seguir:

    Tabela 7 Faixas de explosividade de algumas substncias62

    Substncia Faixa de explosividade (%)Hidrognio 4,0 a 75

    n-Hexano 1,1 a 7,5

    Benzeno 1,2 a 7,8

    Metano 5,0 a 15,4

    Clorofrmio no aplicvel (no inflamvel, nem ex

    5.3.4 Temperatura de autoignio (Autoignition temperature)

    a temperatura na qual um lquido se incendeia sem necessitar de um

    So normalmente temperaturas bem elevadas, como se v nos exemplos da Tabe

    Tabela 8 Temperatura de autoignio de algumas substncias63

    Substncia Temperatura de autoignio (

    n-Hexano 225

    Etanol 363

    Fenol 715

    5.3.5 Exploso e incndio com material particulado (Dust hazard)

    No difcil entender que poeira de madeira ou de carvo mineral pos

    cndio, afinal, madeira e carvo so materiais combustveis. Mas uma nuvem de

    de muitos compostos orgnicos ou inorgnicos pode ser fonte de exploso se as co

    te forem propcias. Em uma determinada faixa de concentrao, um produto qumic

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    44/68

    Poeira de gros, farinhas, leite em p, acar, caf instantneo, de

    tecidos (algodo, couro ou sinttico) e utenslios plsticos e alguns metais como a

    so fontes conhecidas de combusto e exploso em locais de trabalho. A faixa de

    muitos materiais orgnicos est entre 10 e 50 g m-3 (em relao notao da umidadver item 5.6 Limite de exposio ocupacional), que corresponde, visualmente, a um

    Os limites inferiores da faixa de explosividade esto disponveis na lit

    produtos, mas os limites superiores so difceis de determinar com exatido e tm

    prtica..64 A seguir, um resumo das caractersticas fsico-qumicas dos fatores influ

    de exploses por p em suspenso.

    Tabela 9 Parmetros crticos para exploses de poeira65

    Fatores Condio crt

    Tamanho da partcula < 0,1 mm

    Concentrao da poeira 40 g m-3 a 4000

    ndice de umidade < 11%Oxignio > 12%

    Energia de ignio 10 mJ a 100 m

    Temperatura da ignio 410C a 600

    5.4 Produtos gerados na combusto e na termodegradao

    and thermal decomposition products)Na queima de madeira, gasolina, leo mineral ou gordura animal so p

    substncias que podem ser perigosas. Em condies normais de queima (combu

    material orgnico, alm de dixido de carbono, gua e nitrognio, dezenas de gru

    podem ser emitidas na atmosfera, muitas delas irritantes (SO2, NOx, acrolena e ou

    dos), asfixiantes (monxido de carbono CO) e outras carcinognicas (benzeno e

    netos policclicos aromticos). Por exemplo, motores de combusto a diesel emitem

    particulado, hidrocarbonetos variados e CO. Os motores de combusto a gasolina

    10% de CO por volume de combustvel.66

    I i d i l i (li ) li h i l

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    45/68

    Outro problema a chamada termodegradao (thermodecomposition

    position), que pode ocorrer em produtos no inflamveis, os quais podem se deg

    metidos a altas temperaturas, emitindo produtos potencialmente perigosos. Os

    como o clorofrmio, o tricloretileno, entre outros, degradam-se em temperaturassubstncias muito perigosas, como cido clordrico (HCl), cloro (Cl2) e fosgnio (C

    induzir efeitos pulmonares potencialmente fatais. Material plstico base de PV

    mas tambm se degrada emitindo as substncias citadas acima.67,68

    5.5 Danos sade

    Os danos sade se incluem entre os principais perigos das substnc

    virtude de sua importncia, foram detalhados nos tpicos a seguir.

    A exposio do trabalhador a uma determinada substncia pode oca

    locais, como sistmicos.

    5.5.1 Efeitos agudos ou por exposio de curto prazo (Acute effects oshort-term exposure)

    Efeitos agudos so aqueles que se desenvolvem rapidamente devido a

    nos de 24 horasde durao, em geral com elevadas doses/concentraes do ag

    fins de estudos laboratoriais com inalao, esse tempo definido como de at 4 ho

    podem ser locais, ou seja, nos locais de contato da substncia, como pele ou olhsistmicos, ou seja, com efeitos em rgos internos em funo da absoro da su

    Uma exposio de curto prazo a concentraes mais altas de um age

    causadora de efeitos agudos com ou sem sequelas.

    5.5.1.1 Efeitos locais

    A ABNT70 classifica os produtos qumicos como corrosivos para a pel

    danos irreversveispor contato de at 4 horas e irritantes quando o contato de

    danos reversveis pele.

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    46/68

    sveisem at 21 dias aps o contato. Por exemplo, o cido sulfrico concentrado

    provoca danos srios aos olhos, enquanto o etanol apenas irritante para a pele

    5.5.1.2 Efeitos sistmicos

    Efeitos sistmicos ocorrem quando a substncia absorvida pelo organ

    so observados em um ou vrios rgos ou sistemas, podendo deixar danos perm

    5.5.1.3 DL50 e CL50 (LD50 and LC50)

    Para uma comparao da toxicidade aguda entre as diferentes subsutilizado o parmetro Dose Letal 50 (DL50 Dose Letal para 50% da populao

    substncia administrada por via oral ou injetada, e a Concentrao Letal 50 (CL

    Letal para 50% da populao exposta) para gases ou vapores que so inalados.

    so obtidos experimentalmente em animais de laboratrio, em geral em ratos, cam

    coelhos, entre outros.

    Dose letal 50 (DL50): a dose mdia que levou morte metade (50%) damais de laboratrio submetida administrao daquela dose. A administdiferentes vias: oral, intravenosa ou outras (intraperitoneal, subcutnea, dobtidos so extrapolados com reservas para os seres humanos, mas podeperigo imediato de uma substncia qumica. Os resultados so apresentaou gramas por kilograma de peso (mg/kg, ou mg kg-1, ou g/kg, ou g kg -1) com a espcie, a idade, o sexo do animal e a via de introduo.

    Concentrao letal 50 (CL50): Tem o mesmo conceito do DL50, mas dcentrao mdia da substncia no ar ambiente inalada por animais de laboacordo com a espcie animal e o tempo de exposio. semelhante expno que diz respeito via de introduo no organismo, pois se refere contalado. Os resultados so apresentados em miligramas por litro de ar (mg/L em partes por milho (ppm) para contaminantes na forma de vapor de gmetro cbico (mg/m3 ou mg m-3) para material particulado (slido ou lquido

    Resumindo:

    DL50 e CL50

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    47/68

    5.5.1.4 IPVS ou IDLH

    IPVS significa Imediatamente Perigoso para Vida ou Sade, traduo de

    Dangerous to Life or Health). o parmetro para toxicidade aguda mais importa

    pacional. Em meados da dcada de 1970, a Occupational Safety and Health Ade o NIOSH dos Estados Unidos estabeleceram o valor IPVS ou IDLH para muita

    concentrao da substncia no ar ambiente a partir da qual h risco evidente de m

    efeito(s) permanente(s) sade, ou de impedir um trabalhador de abandonar uma

    A OSHA exige que, para o trabalhador estar em um ambiente com concentrao

    superior ou igual ao IPVS, ele deve estar protegido com respiradores com reserva

    do.72 A preocupao principal com substncias corrosivas, asfixiantes ou com eo sistema nervoso central. Este parmetro derivado de dados obtidos com anim

    acidentes ocorridos com trabalhadores expostos, quando disponveis, e expresso

    Comparando-se os valores de IPVS, pode-se ter uma ideia do risco de exposio d

    tre os listados na Tabela 10, a soluo de formaldedo tem o efeito irritante mais ev

    Tabela 10 Parmetros de toxicidade aguda de algumas substncias73

    SubstnciaCL50 (ppm) para

    ratos para 4 horasde exposio

    CL50 (ppm) paracamundongos para

    4 horas de exposio

    DL50 via oral,ratos

    (mg kg-1)

    DL5cam

    (

    Benzeno 13.700 13.200 930

    Etanol 32.380 30.000 7.060

    Soluo de

    formaldedo a35,5% em gua

    267

    Monxidode carbono

    1.807

    Gs sulfdrico 444 335

    5.5.2 Efeitos crnicos ou por exposio de longo prazo (Chronic effec

    long-term exposure)

    Os efeitos crnicos so geralmente persistentes e causados por exp

    baixas doses ou concentraes por longos perodos, de meses a anos. Esses efe

    ocorrer em rgos e sistemas que so alvos daquela substncia em particular

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    48/68

    troduo no organismo. E cada organismo receptor pode reagir de forma diferen

    suas vias metablicas e da capacidade de reparo. Assim, nem sempre possvel e

    encontrados em animais ou clulas cultivadas em laboratrio para o ser human

    assumir que todos os seres humanos venham a apresentar exatamente os meaos mesmos nveis de dose e de concentrao da substncia no ambiente de tra

    mesmo indivduo pode apresentar efeitos agudos e sequelas ocasionados por exp

    curto prazo, como pode apresentar efeitos crnicos diferentes dos agudos em e

    doses por longo tempo.

    A 2,3 butanodiona (CAS: 431-03-8) ou diacetil um dos componente

    aroma de laticnios como queijo (ocorre naturalmente, resultado da fermentao)

    lizada como aditivo alimentar em margarinas e pipocas para dar o aroma da ma

    considerado seguro para consumo humano como aditivo alimentar, mas h relatos d

    dores em fbrica de pipocas para microondas ou de manteiga que desenvolveram

    relacionada exposio a aromatizantes contendo esta substncia.74 Obviamente,

    estiveram expostos quase que diariamente, por um tempo relativamente longo, a

    siderveis de diacetil no ar pelo processo industrial que a quente e que volatiza

    situao bem distinta de consumidores de pipoca, ilustrando que tipos de exposie

    frequncia, concentrao ou dose, via) podem resultar em efeitos distintos (localiza

    As mudanas nos tamanhos das partculas podem alterar a via e a int

    o. No caso de nanoparticulas, suas propriedades podem ser muito diferentes

    em tamanhos grandes. Por exemplo, o dixido de titnio (TiO2, CAS 13463-67-7)de nanopartculas, tem efeitos inflamatrios pulmonares que no so observados q

    a partcula do mesmo material com dimetro ordinrio.75

    Alguns stios alvos, pela sua importncia, so citados parte nas fichas

    cos, como os efeitos ao sistema reprodutor e reproduo e ao sistema endcrino

    e embriotoxicidade so caractersticas das substncias que agem no desenvolvim

    fetos durante sua formao e gestao. A mutagenicidade a capacidade da subcdigo gentico de uma clula (mutao) e, ocorrendo em vulos e espermatozoid

    raes que podero aparecer nos descendentes dos expostos. A ao de substn

    o DNA ou o RNA tambm est relacionada formao de tumores. Carcinogenicid

    b t i i t d b t i t id d d i d i t

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    49/68

    5.5.2.1 Classificao de carcinogenicidade

    As informaes de carcinogenicidade da substncia normalmente so

    um cdigo de classificao dado por instituies como a Agncia Internacional de

    cer (International Agency for Research on Cancer IARC) e a American ConferenIndustrial Hygienists(ACGIH), que periodicamente atualizam suas listas.

    A IARC uma instituio da OMS que desenvolveu um critrio de est

    cao baseada nele, o qual organiza as substncias (e ainda exposies, hbitos

    dadas em 5 grupos:77

    1 Com certeza carcinognico para seres humanos

    2A Provavelmente carcinognico para seres humanos2B Possivelmente carcinognico para seres humanos

    3 No classificvel como carcinognico para seres humanos

    4 Provavelmente no carcinognico para seres humanos

    A ACGIH, entidade no governamental de higienistas ocupacionais (a

    se), classifi

    ca as substncias em 5 grupos:78

    A1 Carcinognico para humanos

    A2 Carcinognico para animais

    A3 Carcinognico para animais em condies especiais

    A4 No classificvel como carcinognico para humanos

    A5 No suspeito de carcinognico para humanos

    Tabela 11 Exemplos de substncias carcinognicas e sua classificao de acIARC (2011)79 e a ACGIH(2010)80

    Agente IARC

    Asbestos (fibras) 1

    Benzeno 1

    Clorofrmio 2B

    Etanol em bebidas alcolicas 1*

    xido de etileno 1

    Formaldedo 1

    Hematita (minrio de Fe) 3

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    50/68

    As classificaes nem sempre so concordantes, pois cada instituies em pocas diferentes e adota critrios distintos. Na tabela anterior, pode-sexemplos. O benzeno e as fibras de asbestos, por exemplo, esto classificados

    IARC e A1 pela ACGIH, enquanto que o clorofrmio, pela IARC, 2B (possivelmepela ACGIH A3 (carcinognico para animais em condies especiais). O etanol, ppela IARC, apresentado somente enquanto hbito de ingerir bebidas alcolicascancergeno confirmado, classe 1 (devido ao cncer de boca e estaria ligado aosbebidas alcolicas ou metablitos do etanol). O processo da minerao de hemalhadores a minerais radioativos e considerado cancergeno, enquanto que o minno o . Processos de combusto emitem geralmente vrias substncias irritante

    e, portanto, a exposio ocupacional de bombeiros considerada uma atividade cinognica pela IARC. Substncias utilizadas para desinfeco, que matam mictambm nocivas sade humana, como o xido de etileno e o formaldedo.

    5.6 Limites de exposio ocupacional (Occupational exposu

    Os efeitos causados pelas exposies a agentes qumicos de curto

    ambientes de trabalho so levados em conta para o estabelecimento de limitespacional (LEOs). Os critrios para definio de LEOs variam de uma instituio palguns deles tm valor legal em seus pases. Como a maioria dos LEOs so atumente, deve-se procurar sempre as referncias mais atuais em sua consulta. A tevalores ficarem cada vez menores, pois a cincia vai desvendando efeitos nocivosconcentraes cada vez mais baixas.

    No Brasil, os LEOs so denominados Limites de Tolerncia (LTs), sea concentrao ou intensidade mxima ou mnima, relacionada com a natureza sio ao agente, que no causar dano sade do trabalhador, durante a sua videstabelecidos nos Anexos 11 e 12 da Norma Regulamentadora n 15 do Ministrio

    prego, atrelada questo da insalubridade. Vrias organizaes e governos de ouestabelecem esses parmetros para uma exposio segura, e as fichas toxico

    CHEMINFO, normalmente trazem os valores da ACGIH e da OSHA (entidade ligaddo Trabalho do governo norte-americano):

    Os limites da ACGIH, que no tm valor legal nos EUA, so denominaValues (TLV), ou valores limites de fronteira. Referem-se s concentraes de su

    i dit i i d t b lh d t t

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    51/68

    O limite por mdia ponderada no tempo (TLV-TWA) a concentrao

    encontrados ao longo da jornada de trabalho (8 horas dirias, 40 horas semanais)

    em funo de inmeras variveis dos ciclos produtivos e ambientais. O limite de e

    ponderada de 15 minutos (TLV-STEL) no deve ocorrer mais de quatro vezes ao ao TLV-TWA. O limite de exposio Ceiling a concentrao mxima que no de

    qualquer momento da exposio no trabalho. Geralmente definida para substnc

    definio a mesma do valor-teto da legislao brasileira.84 Os valores de expos

    so importantes para as substncias irritantes, custicas e asfixiantes.

    Os LEOs so estabelecidos para concentraes de gases e vapores ou mana atmosfera do ambiente do trabalho. As unidades usadas so partes por mvolume ppm (v/v), vlidas somente para gases e vapores. A relao entre mparticulado, gases ou vapores e volume do ar expresso em mg m -3.

    Para converso de ppm para mg m-3, ver item 5.8.

    A ACGIH adverte que os TLVs no representam uma linha fina de s

    ambiente de trabalho saudvel e no saudvel, ou um ponto no qual ocorrer um

    TLVs no protegero adequadamente todos os trabalhadores. Algumas pessoas

    desconforto ou at efeitos adversos mais srios sade quando expostas a subst

    concentraes iguais ou mesmo inferiores aos limites de exposio. A ACGIH tamcada substncia, publicaes complementares ao livro do TLV,85 estudos tcnicovalores estabelecidos.

    Algumas fichas da CHEMINFO trazem, ao lado do limite, qual(is) o(s) de base para o estabelecimento daquele valor. Existem substncias que possuemgicos de exposio ou biomarcadores denominados de BEIs (Biological Exposufichas trazem esta informao junto com os valores de TLV.

    Da figura a seguir extrai-se que a ACGIH, em 2009, estabeleceu com

    do benzeno e TLV-STEL de 2,5 ppm, tendo como efeito crtico para o estabelecimenogenicidade (no caso, leucemia). Apesar dessa substncia possuir efeitos no siste

    hepticos e depressor da medula ssea (com anemia, leucopenia e trombocitope

    ncias), o limite foi estabelecido para a leucemia, visto que, para os outros efeitos

    i i i l d 86 A d i A1 d fi b i

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    52/68

    Figura 16 Reproduo do item sobre Exposio da ficha Benzeno da base de dados C

    Tambm alerta para existncia de indicador biolgico de exposio (B

    e remete o leitor para documentao da ACGIH.

    Ateno:

    Somente para benzeno, a legislao brasileira estabelece um limite especfi

    Valor de Referncia Tecnolgico (VRT), estabelecido pelo Anexo n 13-A, in

    pela Portaria SSST n 14, em 1995. O VRT o valor possvel de se atingir p

    processo do ponto de vista da tecnologia vigente. No exclui risco sade, se

    Limite de Tolerncia.88,89

    De acordo com a CHEMINFO, no caso do etanol no existe TLV-TW

    -STEL, e o efeito considerado o de irritao das vias areas superiores, visto

    efeitos (em sistema nervoso, hepticos etc.) as concentraes atmosfricas nec

    i l d O li it i t t lt (1 000 ) t

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    53/68

    Figura 17 Reproduo do item sobre Exposio da ficha Etanol da base de dado

    Para o Clorofrmio, somente definido TLV-TWA, pois a substncia

    e no carcinognica (A3). Os efeitos levados em conta para o estabelecimento

    danos hepticos e reproduo. Comparada ao etanol, 100 vezes menor.

    Figura 18 Reproduo do item sobre Exposio da ficha Clorofrmio da base de da

    O mercrio metlico, o nico metal lquido temperatura ambiente, ta

    cularidades em relao exposio. No caso deste metal, a notao Skinao lad

    chama a ateno para o fato de que o mercrio em forma metlica (lquida) pode se

    da pele, como tambm o caso do benzeno.

    Figura 19 Reproduo do item sobre Exposio da fichaMercrio Metlico da base de d

    Nos EUA, o instituto NIOSH, dos CDC, recomenda valores limites d

    Recommended Exposure Limits (REL) e a agncia encarregada da fiscalizao

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    54/68

    tuies que estudam e estabelecem valores limites para substncias qumicas pre

    de trabalho, como a Fundao Alem de Pesquisa (Deustsche Forschungsgemein

    Health and Safety Executive(HSE), do governo britnico.

    Comparaes entre efeitos agudos e crnicos e os parmetros de doses e

    Benzeno: sua concentrao letal 50% (CL50) de 13.000 ppm para camun(para seres humanos) de 500 ppm (ver Tabela 10). Estes valores contrastde exposio ocupacional (ver Figura 16), que de apenas 0,5 ppm, ou seja, vezes menor em relao ao CL50 e 1.000 vezes menor que o IDLH em consportncia de seu efeito crnico, a carcinogenicidade.

    Etanol: A CL50 para camundongos de 30.000 ppm, o IDLH de 3.300ppmlimite de exposio ocupacional de 1.000 ppm (Figura 17), ou seja, apenas que o CL50 para camundongos e cerca de 3,3 vezes em relao ao IDLH, poisvia inalatria no ocasiona efeitos crnicos em baixas concentraes.

    Benzeno x etanol: Interpretando as informaes sobre efeitos sade entre etncias, pode-se depreender que, para o etanol, do ponto de vista da exposiconsideram-se basicamente os efeitos agudos (irritante) e que, para o benzentos agudos (tambm depressor do sistema nervoso central e irritante da pelelevam-se em considerao os seus efeitos carcinognicos em exposies deque o etanol no causa, pelo menos em termos de exposio ocupacional aos

    5.7 Monitoramento biolgicoAlgumas poucas substncias possuem um indicador biolgico (IB) qu

    nado de maneira quantitativa sua exposio ocupacional. Os indicadores biol

    ou biomarcadores podem ser a prpria substncia, um metablito desta ou uma a

    quantificados no sangue, na urina ou em outra matriz biolgica. A correlao dest

    a exposio ou com efeitos da substncia tal que possibilita definir um ndice biol

    denominado pela ACGIH como Biological Exposure ndex(BEI).94 Na legislao brte para esses indicadores denominado ndice Biolgico Mximo de Exposio (

    importante ter certeza de que a substncia que se deseja monito

    trabalho possua o IB e que este seja til nas condies de exposio possv

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    55/68

    As fichas da CHEMINFO fornecem essa informao, como no exempl

    Figura 20 Reproduo do item sobre TLV da fichaBenzeno da base de dados C

    No caso acima, deve-se procurar a documentao especfica da ACGI

    a determinao de cido trans-trans mucnico na urina de final de jornada de tra

    mximo de 500 mg/g creatinina, ou a quantificao de cido fenilmercaptrico urin

    de jornada de trabalho, com um BEI mximo de 25 mg/g creatinina, corresponden

    cido para este solvente.97 Ambos so produtos da biotransformao do benzeno.

    Quanto ao mercrio metlico, a CHEMINFO traz a informao de qu

    se consultar a documentao da ACGIH, verifica-se que podem ser realizadas a

    prprio mercrio na urina ou no sangue com valores limites respectivamente de 315 mg L-1.98 Ambos os valores esto relacionados com um TLV-TWA de 0,025 mg

    brasileira, s h o IBMP para urina e o valor o mesmo que o da ACGIH.99

    Deve-se atentar para o fato de que, no se encontrando citao de IB d

    confirmando-se sua no existncia em fontes confiveis como a ACGIH ou a NR-7,

    monitoramento biolgicode exposio da substncia, pois o resultado no til, pfuso ao se considerar uma exposio descontrolada como adequada ou criar alar

    sies perigosas. importante lembrar que metais como zinco, cobre, alumnioe

    solventes como clorofrmio, vapores como cloroou amniae nuvem de cido clor

    IBs at o momento.

    5.8 Converso de ppm para mg m-3

    Os valores em LEO de gases e vapores podem ser expressos em ppm

    estabelecidos para as condies normais de temperatura e presso (CNTP). Par

    unidade para outra precisamos do peso molecular da substncia (expressa em Dalt

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    56/68

    a Para transformar mg m-3 em ppm.

    C (ppm) =C (mg m-3) 24,45 L*

    Peso molecular (g mol-1)

    * volume molar a 25C e presso de 1 ATM

    C (mg m-3) =24,45L

    C (ppm) Peso molecular (g.mol-1)

    b Para transformar ppm em mg m -3

    Em algumas fichas com informaes completas (como a CHEMINFO)

    trar o fator de converso j calculado como, por exemplo:

    Etanol: Peso molecular (PM) = 46,07Fatores de converso: 1 ppm = 1,88 mg m -3 e 1 mg m-3 = 0,53 ppm

    Benzeno: PM = 78,11

    Fatores de converso: 1 ppm = 3,19 mg m -3 e 1 mg m-3 = 0,31 ppm

    Mercrio metlico: PM = 200,59

    Fatores de converso: 1 ppm = 8,19 mg m

    -3

    e 1 mg m

    -3

    = 0,122 ppmLembrete:

    A converso de ppm para mg m-3 vlida somente para gases e vapores, pois

    de material particulado somente expressa em mg m-3.

    5.9 Odor como propriedade de alerta (Warning property)O odor um sinal da presena de substncia no ambiente, mas seu u

    troca de respiradores (assim como os sinais de irritao de vias areas) uma pr

    mendada pela OSHA desde 1998.100 Para a troca de respiradores, necessrio o

    uma estimativa do perodo de uso e da data de troca a partir do histrico de dados

    acordo com as instrues do fabricante de cartuchos e filtros.

    No seguro confiar no odor como propriedade de alerta em condi

    dade, pois: o organismo se acostuma sua presena constante, deixando de pe

    cansao olfativo para muitas substncias; ou, havendo uma mistura de substnc

    odor de uma substncia pode mascarar o de outra; e, ainda, o sistema olfativo pod

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    57/68

    no ar (por exemplo, no caso do benzeno), a percepo do odor utilizando o respir

    uma contaminao excessiva. Assim, o odor no serve como propriedade de aler

    ocupacional j seria excessiva, muito acima do LEO.

    O CHEMINFO apresenta o limiar de odor e sua viabilidade como pro

    Exemplos:

    Benzeno: a faixa do limiar de odor considerada aceitvel vai de 34

    geomtrica de 61 ppm), enquanto o TLV da ACGIH de 0,5 ppm, portanto, sua pr

    ruim. Sentido-se algum odor de benzeno no ambiente, no se deve permanece

    proteo respiratria adequada.

    Clorofrmio: a faixa de limiar de odor vai de 133 a 276 ppm (mdia geom

    enquanto o TLV da ACGIH de 10 ppm. Propriedade de alerta: ruim.

    Etanol: a faixa de limiar de odor vai de 49 a 716 ppm (mdia geomtric

    quanto que o TLV da ACGIH de 1000 ppm. Propriedade de alerta: boa. O odor

    no ambiente de trabalho. Quando o odor estiver mais penetrante ou mais intenso

    ambiente pode estar atingindo nveis acima daquele de ao ou se aproximando d

    Acetato de butila: a faixa do limiar de deteco vai de 0,063 a 7,4 ppm

    de 0,31ppm), enquanto o de reconhecimento vai de 0,038 a 12 ppm (mdia geom

    e o TLV-TWA de 150 ppm. Propriedade de alerta: boa.

    Ateno:

    Absoro atravs da pele e propriedade de alerta para uso de proteo respira

    Quando a substncia pode ser absorvida por via cutnea e h exposio do

    propicie este tipo de absoro, o odor no serve como propriedade de alerta p

    total do trabalhador, pois, mesmo que o limite de exposio seja maior que o

    absoro por via drmica no estar sendo considerada.

    Fenol: a faixa de limiar do odor fica entre 0,0045 a 1 ppm (mdia geom

    enquanto que o TLV da ACGIH de 5 ppm. Mesmo assim, considera-se que o o

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    58/68

    ser detectados via olfato e se o seu limiar de odor em relao a esses compostos

    LEOs, dos nveis de ao ou outros valores, como os ERPGs. A AIHA estabelece

    es de emergncia denominadas Emergency Response Planning Values(ERPG

    -guia para exposies no repetidas a substncias qumicas para serem usadasde planejamento e avaliao de planos de contingncia. Os ERPGs so apresen

    acordo com a intensidade de efeitos nocivos para uma exposio nica de uma ho

    No entanto, a ausncia de odor no significa ausncia de substncias

    de algumas substncias inodoras, mas perigosas, como no caso dos gases combu

    to de petrleo GLP), adicionam-se substncias com cheiro desagradvel e de f

    de odor baixo) como medida de preveno de acidentes.

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    59/68

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    60/68

    6 Outras informaes

    Fichas completas como as da CHEMINFO trazem ainda informaesavaliao, controle de exposio, entre outras.

    6.1 Controle da exposio e equipamento de proteo indiv

    As questes referentes avaliao ambiental e proteo respiratria

    encontradas em fichas como as da CHEMINFO.

    6.1.1 Amostragem e anlise

    A CHEMINFO e outras fontes fazem referncia aos mtodos validado

    e anlise de substncias nos ambientes de trabalho. Citam os nmeros dos m

    organismos e trazem um resumo destes.Exemplos:

    Figura 21 A Reproduo do item sobre Mtodos analticos OSHA da fichaBenzeno da base

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    61/68

    V-se que o mtodo da OSHA nmero 12 e da NIOSH 3700, 1501

    Figura 22 Reproduo do item sobre Mtodos analticos NIOSH da fichaMercrio da base d

    Somente a NIOSH validou mtodo analtico para mercrio, registrando-o

    Figura 23 Reproduo do item sobre Mtodos analticos da fichaFenol da base de da

    Esses dados so indicaes de bibliografia que devem ser consultadas

    avaliaes quantitativas de contaminao ambiental ou de exposio ocupacional. Utitativa de substncias qumicas apresentada em um laudo ambiental ou em um Prog

    de Riscos Ambientais (PPRA) deve citar sempre o mtodo que foi utilizado e suas ca

    ra no seja obrigatrio utilizar os mtodos aqui exemplificados (OSHA ou NIOSH). A

    leta e anlise devem estar descritas. Sem essas informaes, qualquer relatrio de

    incompleto e pode ser questionado.

    6.1.2 Proteo coletiva

    As medidas de controle de engenharia so descritas de maneira suc

    cuidados que devem ser tomados com esses equipamentos.

    Uma vez que o sistema de proteo coletiva vai ser definido depen

    fatores, como do tipo de processo, de sua atualizao tecnolgica, da disponibil

    entre outros, pode variar de caso para caso. Mesmo assim, as medidas de contro

    sideradas prioritrias e devem ser adotadas sempre que for verificado risco sad

    substitudo por equipamentos de proteo individual (para mais detalhes, consulte

    tadora n 9106 do MTE).

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    62/68

    Uma ficha pode trazer ainda outras informaes complementares que p

    o profissional de SST a tomar decises, como medidas de proteo da exposio d

    cuidados no manuseio e estocagem, aes em caso de derramamento acidental, c

    entre outras. Elas no foram detalhadas neste manual, pois so mais autoexplicativressaltar que o EPI no deve ser fornecido aos trabalhadores sem instrues e trei

    e que seu uso deve fazer parte de um programa geral de segurana, juntamente c

    medidas de engenharia e organizao do trabalho que promovam a sade do trab

    detalhes, consulte a Norma Regulamentadora n 6107 do MTE que foi recentemente

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    63/68

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    64/68

    7 Misturas

    Para as misturas comerciais, existem as FISPQs fornecidas pelo fabrianalis-las com os cuidados necessrios, j apresentados no item 4.1, e tambm

    de cada componente separadamente.

    No entanto, a anlise dos componentes separadamente invivel quan

    centenas de compostos, como os derivados de petrleo gasolina, diesel, aguar

    Em alguns casos, pode-se eleger aqueles de maior concentrao ou grupos de suExistem fichas para misturas comerciais com especificao de cada produto, o

    especificaes tcnicas definem as caractersticas de uma mistura, por exemplo, q

    produto que pode ser comercializado como querosene. So normatizadas por en

    tcnicas e publicadas por estas ou pelo fabricante do produto.

    No Brasil, possvel encontrar informaes sobre as especificaes t

    de produtos derivados de petrleo (combustveis ou no) no portal da BR Distribu

    analisa os derivados de petrleo, deve-se ficar atento faixa de destilao do pro

    terizar alguns de seus perigos, seja pela maior ou pela menor volatilidade, seja pe

    presena, na mistura, de substncias especificamente perigosas, como o benzen

    Exemplos:

    Querosene: a especificao tcnica informa que a faixa de destilao est entrComo a temperatura de ebulio do benzeno de 80,1C, impossvel que nha mais que traos desta substncia, a no ser que tenha sido propositadaps o fracionamento. A volatilidade do produto baixa, tendo em vista que a constituem possuem temperaturas de ebulio elevadas e, portanto pressb i

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    65/68

    Gasolina: a faixa de destilao vai de 27C a 220C111 e tambm abrange a faibenzeno, assim como o SPB, mas como possui faixa de destilao com tempque este solvente, a proporo de benzeno tende a ser menor. Mas, em algunse outros componentes podem ser adicionados posteriormente para aumento

    produto comercial. No Brasil, utiliza-se etanol para esse fim.

    7.1 Efeitos da exposio concomitante a diversas substnc

    A ficha da CHEMINFO fornece, s vezes, o item sinergismo toxicol

    synergisms), que trata da exacerbao do efeito esperado de uma substncia na

    por interao entre substncias na fase de distribuio no organismo ou no stitanto os efeitos aditivos, quanto os multiplicativos (sinergismo propriamente dito). O

    estudado em caso de interao medicamentosa, mas a exposio concomitante o

    rias substncias pode ser frequente em muitos ambientes de trabalho. Possveis p

    ocorrem, por exemplo, quando h exposio concomitante a misturas de vrias s

    am no sistema nervoso central (gasolina) ou a substncias que alteram a velocida

    (hidrocarbonetos clorados). Pode-se tambm pensar em situaes de exposio mitante ao uso de certos medicamentos.

    A frmula matemtica para ajustes de LEOs em exposies a mistur

    reproduzir a complexidade do fenmeno fisiolgico, mas h uma frmula simple

    um modelo aditivo. Para uso e exemplos da frmula, consulte o Apndice E112 da pu

    sobre TLVs e BEIs.

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    66/68

    8 Comentrios finais

    importante para todos profissionais da rea da Sade do Trabalhadtrabalhador conhecer as substncias que podem estar presentes nos ambientes

    perigos. Conhecer mais detalhadamente algumas propriedades dos produtos qu

    o planejamento e a tomada de decises na preveno de agravos relacionados a

    volvem agentes qumicos.

    Adotamos asfi

    chas da CHEMINFO como modelo para o nosso manuaqualidade e estarem disponveis na Fundacentro. Consequentemente, suas fon

    como a ACGIH, aparecem frequentemente em nosso texto. No entanto, h outras fi

    que podem e devem ser conferidas, bem como, certamente, outras organizaes

    informao relevantes. Por exemplo, no que diz respeito ao potencial carcinogni

    vale uma busca no sitedo Programa Nacional de Toxicologia (National Toxicology

    partamento de Sade dos EUA.

    Ateno aos linksaqui fornecidos mesmo durante a elaborao de

    sitesmodificaram seus endereos eletrnicos. Por isso, sempre tente encontrar os

    as informaes mais atualizadas.

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    67/68

    Sobre o livroComposto em arial 11 (corpo texto)

    BenguiatGot Bk BT 15 (ttulos)em papel offset 90g/m (miolo)

    e couch 150g/m (capa)no formato 21x28 cm

    Impresso: Grfica da FundacentroTiragem: 2.000

  • 7/31/2019 Manual para Interpretao de Informaes sobre Substncias Qumicas

    68/68

    ISBN 978-85-98117-68-3

    9 7 8 8 5 9 8 1 1 7 6 8 3