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Linha Do Tempo Da Deficiência

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Linha Do Tempo Da Deficiência

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Centro de Referncia em Educao e Atendimento Especializado do Cear CREAECECurso de Deficincia IntelectualTurma: Segunda-Feira ManhProfessora: Lucimary.Aluno: Jos Helder de Mesquita Filho

OndePerodoFato

Egito Antigo2500 a.C.Com o aparecimento da escrita no Egito Antigo, h indicativos mais seguros quanto existncia e s formas de sobrevivncia de indivduos com deficincia. Os remanescentes das mmias, os papiros e a arte dos egpcios apresentam-nos indcios muito claros no s da antiguidade de alguns males incapacitantes, como tambm das diferentes formas de tratamento que possibilitaram a vida de indivduos com algum grau de limitao fsica, intelectual ou sensorial.

Grcia AntigaEsparta400 a.C.Os bebs e as pessoas que adquiriam alguma deficincia eram lanados ao mar ou em precipcios. As amputaes traumticas das mos, braos e pernas ocorriam com freqncia no campo de batalha. Dessa forma, identifica-se facilmente um grupo de pessoas que adquiriu uma deficincia e permaneceu vivo.

Grcia AntigaAtenasSculo IV a.C.Influenciados por Aristteles que definiu a premissa jurdica at hoje aceita de que tratar os desiguais de maneira igual constitui-se em injustia os deficientes eram amparados e protegidos pela sociedade.

Egito Antigo300 a.C.Na Escola de Anatomia da cidade de Alexandria ficaram registros da medicina egpcia utilizada para o tratamento de males que afetavam os ossos e os olhos das pessoas adultas.

Imprio RomanoHistria AntigaNa Roma Antiga, tanto os nobres como os plebeus tinham permisso para sacrificar os filhos que nasciam com algum tipo de deficincia.No era costume a execuo sumria da criana (embora isso tambm ocorresse).De acordo com o poder paterno vigente entre as famlias nobres romanas, havia uma alternativa para os pais: deixar as crianas nas margens dos rios ou locais sagrados, onde eventualmente pudessem ser acolhidas por famlias da plebe (escravos ou pessoas empobrecidas).A utilizao comercial de pessoas com deficincia para fins de prostituio ou entretenimento das pessoas ricas manifesta-se, talvez pela primeira vez, na Roma Antiga.Esta prtica repetiu-se vrias vezes na histria, no s em Roma.

EuropaAntes do Sculo IVPais abandonavam as crianas dentro de cestos ou outros lugares considerados sagrados.Os que sobreviviam eram explorados nas cidades ou tornavam-se atraes de circos. O nascimento de indivduos com deficincia era encarado como castigo de Deus; eles eram vistos como feiticeiros ou como bruxos.Eram seres diablicos que deveriam ser castigados para poderem se purificar.

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Imprio RomanoSculo IVCom o surgimento do cristianismo no Imprio Romano, foram criados os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes e indivduos com deficincias.

EuropaSculo VA Igreja Catlica restringe a possibilidade de que deficientes atuassem como padres. Gelsio I, papa que reinou entre 492 a 496, reafirmou a orientao contrria aceitao de sacerdotes com deficincia, ao afirmar que os postulantes no poderiam ser analfabetos nem ter alguma parte do corpo incompleta ou imperfeita.

EuropaIdade MdiaSculos V a XVPredomnio de concepes msticas, mgicas e misteriosas sobre a populao com deficincia.As incapacidades fsicas, os srios problemas mentais e as malformaes congnitas eram considerados, quase sempre, como sinais da ira divina, taxados como castigo de Deus.A prpria Igreja Catlica adota comportamentos discriminatrios e de perseguio, substituindo a caridade pela rejeio queles que fugiam de um padro de normalidade, seja pelo aspecto fsico ou por defenderem crenas alternativas, em particular no perodo da Inquisio nos sculos XI e XII.

EuropaSculos XV a XVIISurgem novas ideias e transformaes marcadas pelo humanismo. Em tal poca, houve uma grande populao de pobres, mendigos e indivduos com deficincia, que se reuniam para mendigar. A sensao e a constatao da misria resultavam na esperana de que alguma coisa precisava ser feita para os pobres e deficientes.Os hospitais que mais pareciam prises sem qualquer tipo de tratamento especializado, iniciaram o desenvolvimento no atendimento s indivduos com deficincias, com assistncia especializada em ortopedia para os mutilados das guerras e para indivduos cegos e surdos.

EuropaSculo XVIIIRevoluo IndustrialA questo da habilitao e da reabilitao da pessoa com deficincia para o trabalho ganhou fora, pois as anomalia genticas, as epidemias e as guerras deixaram de ser as causas nicas das deficincias. O trabalho, muitas vezes em condies precrias, comeou a ocasionar acidentes mutiladores e tambm doenas profissionais.

MundoSculo XIXPercebe-se uma grande mudana para os indivduos com deficincia. Surge uma ateno especializada e no s institucional como os hospitais e abrigos. Comeam os estudos para os problemas de cada deficincia.

FranaSculo XIXPhilippe Pinel j propunha que indivduos com perturbaes mentais deveriam ser tratados como doentes, ao contrrio do que acontecia at ento, quando eram tratados com violncia e discriminao.

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FranaSculo XIXAparece a histria do meninolobo, o selvagem de Aveyron, Victor, reabilitado e educado pelo mdico Itard (1774-1830). A foi concebido o primeiro tratamento para deficientes

MundoSculo XIXInicia-se um aprofundamento de conhecimentos no campo biolgico, a fim de se buscarem as explicaes fisiolgicas e anatmicas das deficincias. Tal aprofundamento foi marcado pela participao mdica na reabilitao dos deficientes e tambm houve a preocupao com a educao dos deficientes.

Estados Unidos1811Neste pas foram tomadas providncias para garantir moradia e alimentao a marinheiros ou fuzileiros navais que viessem a adquirir limitaes fsicas. Assim, desde cedo, estabeleceu-se uma ateno especfica para pessoas com deficincia nos EUA, em especial para os veteranos de guerras ou outros conflitos militares.

Estados Unidos1867Depois da Guerra Civil norte-americana, foi construdo, na Filadlfia, o Lar Nacional para Soldados Voluntrios Deficientes, que posteriormente teria outras unidades.

Inglaterra1919Criada a Comisso Central da Gr-Bretanha para o Cuidado do Deficiente

MundoPs-GuerraDado o elevado contingente de amputados, cegos e outras deficincias fsicas e mentais, o tema ganha relevncia poltica no interior dos pases e tambm internacionalmente, no mbito da Organizao das Naes Unidas (ONU).

Mundo1981Declarado pela ONU como Ano Internacional da Pessoa Deficiente.

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BrasilAntes de 1500Entre as populaes indgenas que habitavam o territrio que viria a ser o Brasil, predominou a prtica de excluso das crianas e abandono dos que adquiriam uma deficincia.

BrasilPerodo da EscravidoA deficincia fsica ou sensorial nos negros escravos decorreu, inmeras vezes, dos castigos fsicos a que eram submetidos.Uma variedade de punies, do aoite mutilao, eram previstas em leis e contavam com a permisso (e muitas vezes anuncia) da Igreja Catlica.

BrasilAntes de 1726H relatos de crianas com deficincia que eram abandonadas em lugares assediados por bichos que muitas vezes as mutilavam ou matavam.

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Brasil1726Foram criadas as Rodas de Expostos onde as crianas eram colocadas e as religiosas as recolhiam. Essas religiosas proporcionavam alimentao, educao e todos os cuidados que necessitassem.

Brasil1854O atendimento escolar especial para os indivduos com deficincia teve incio no Brasil, com a criao do Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atualmente Instituto Benjamin Constant) pelo Imperador Dom Pedro II (1840-1889) por meio do Decreto Imperial n 1.428, de 12 de Setembro de 1854.

Brasil1857Em 26 de setembro de 1857, o Imperador, apoiando as iniciativas do Professor francs Hernest Huet, funda o Imperial Instituto de Surdos Mudos (atualmente Instituto Nacional de Educao de Surdos INES). Esse Instituto passou a atender indivduos surdos de todo o pas, a maioria abandonada pelas famlias.

Brasil1868Foi inaugurado no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1868, o Asilo dos Invlidos da Ptria, onde seriam recolhidos e tratados os soldados na velhice ou os mutilados de guerra, alm de ministrar a educao aos rfos e filhos de militares.

BrasilDcada de 40A criao dos hospitais-escolas, como o Hospital das Clnicas de So Paulo, na dcada de 40, significou a produo de novos estudos e pesquisas no campo da reabilitao.

BrasilDcada de 40Cunhou-se a expresso crianas excepcionais, cujo significado se referia a aquelas que se desviavam acentuadamente para cima ou para baixo da norma do seu grupo em relao a uma ou vrias caractersticas mentais, fsicas ou sociais

Brasil1950At 1950, segundo dados oficiais, havia 40 estabelecimentos de educao especial somente para deficientes intelectuais (14 para outras deficincias, principalmente a surdez e a cegueira).

Brasil1952Criao da Sociedade Pestallozzi de So Paulo.

Brasil1954Criao da Associao de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE do Rio de Janeiro.

Brasil1961 incluido na legislao e na dotao de recursos a chamada educao especial, o que ocorreu, pela primeira vez, na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961.

Referencias:1. http://www.bengalalegal.com/pcd-brasil, acessado em 22 de fevereiro de 2015.2. http://www.bengalalegal.com/pcd-mundial, acessado em 22 de fevereiro de 2015.3.