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Conheça a história do circo X a.C. – Sabe-se que nessa época, visitantes vindos de terras distantes foram recepcionados pelo imperador chinês com extravagantes festejos, que tinham seu ponto alto nas apresentações de números acrobáticos. Todos se admiraram diante da sensação de perigo contida naqueles exercícios, nos quais, com as mãos, arremessavam-se para o alto pesados objetos aparados com os pés e novamente lançados em direção ao companheiro de cena. O sucesso foi tanto que, a partir daí, o imperador decidiu que todos os anos seriam realizados espetáculos do gênero durante as colheitas, celebrando a generosidade do solo. A tradição é cultivada até hoje. Século VI a.C. – Criação do primeiro circo, aos moldes do que conhecemos hoje, a se tornar famoso. Foi o Circus Maximus, com capacidade para 150 000 pessoas, em Roma. Em 40 a.C., ele foi destruído por um incêndio e deu lugar ao Coliseu, onde eram apresentadas excentricidades como animais exóticos, engolidores de fogo e gladiadores. Século XVIII – Registros de 1758 mostram que nesse período os ingleses já assistiam e prestigiavam espetáculos a céu aberto, com homens evoluindo em pé sobre o lombo de um ou mais cavalo. Era comum caravanas virem de longe com o intuito de participar desse evento. Aos poucos, com o avanço do século, a exibição eqüestre transformou-se em um acontecimento social imperdível. 1768 – Encantado com essas apresentações, o ex-militar inglês Philip Astley inovou e transferiu esse tipo de apresentação para dentro de uma arena de 13 metros de circunferência. É o primeiro exemplo do circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje. Para quebrar a seriedade das apresentações, o circo de Astley, localizado em Londres, alternava números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista. 1782 – O termo circus é utilizado pela primeira vez. Foi quando o rival de Astley, Charles Hughes, abriu as portas do Royal Circus. Século XIX – Inspirados no sucesso do circo inglês, há o surgimento de diversos circos fixos em várias cidades européias. A diáspora nesse período é tão notável que muitas famílias circenses, resultantes da associação entre militares e artistas ambulantes, expandiram para outros continentes a exibição de seus dotes. 1871 – William Cameron Coup e Phineas T. Barnum inauguram um monumental circo na próspera cidade de Nova York. Eles o anunciava como “o maior espetáculo da Terra”. 1884 – Surge a poderosa dinastia circense dos irmãos Ringling. Conhecidos como “Os reis do circo”, eles absorveram inúmeras companhias e se tornaram a maior organização itinerante do planeta, levando seus espetáculos aos quatro cantos do mundo. 1984 – Surge no Canadá o Cirque du Soleil. Criado pelo Club des Talons Hauts, grupo de artistas em pernas de pau, malabaristas e pirofagistas, a grande empresa de

Linha do tempo circo

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Conheça a história do circo

X a.C. – Sabe-se que nessa época, visitantes vindos de terras distantes foram recepcionados pelo imperador chinês com extravagantes festejos, que tinham seu ponto alto nas apresentações de números acrobáticos. Todos se admiraram diante da sensação de perigo contida naqueles exercícios, nos quais, com as mãos, arremessavam-se para o alto pesados objetos aparados com os pés e novamente lançados em direção ao companheiro de cena. O sucesso foi tanto que, a partir daí, o imperador decidiu que todos os anos seriam realizados espetáculos do gênero durante as colheitas, celebrando a generosidade do solo. A tradição é cultivada até hoje.

Século VI a.C. – Criação do primeiro circo, aos moldes do que conhecemos hoje, a se tornar famoso. Foi o Circus Maximus, com capacidade para 150 000 pessoas, em Roma. Em 40 a.C., ele foi destruído por um incêndio e deu lugar ao Coliseu, onde eram apresentadas excentricidades como animais exóticos, engolidores de fogo e gladiadores.

Século XVIII – Registros de 1758 mostram que nesse período os ingleses já assistiam e prestigiavam espetáculos a céu aberto, com homens evoluindo em pé sobre o lombo de um ou mais cavalo. Era comum caravanas virem de longe com o intuito de participar desse evento. Aos poucos, com o avanço do século, a exibição eqüestre transformou-se em um acontecimento social imperdível.

1768 – Encantado com essas apresentações, o ex-militar inglês Philip Astley inovou e transferiu esse tipo de apresentação para dentro de uma arena de 13 metros de circunferência. É o primeiro exemplo do circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atrações que compõem o espetáculo ainda hoje. Para quebrar a seriedade das apresentações, o circo de Astley, localizado em Londres, alternava números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista.

1782 – O termo circus é utilizado pela primeira vez. Foi quando o rival de Astley, Charles Hughes, abriu as portas do Royal Circus.

Século XIX – Inspirados no sucesso do circo inglês, há o surgimento de diversos circos fixos em várias cidades européias. A diáspora nesse período é tão notável que muitas famílias circenses, resultantes da associação entre militares e artistas ambulantes, expandiram para outros continentes a exibição de seus dotes.

1871 – William Cameron Coup e Phineas T. Barnum inauguram um monumental circo na próspera cidade de Nova York. Eles o anunciava como “o maior espetáculo da Terra”.

1884 – Surge a poderosa dinastia circense dos irmãos Ringling. Conhecidos como “Os reis do circo”, eles absorveram inúmeras companhias e se tornaram a maior organização itinerante do planeta, levando seus espetáculos aos quatro cantos do mundo.

1984 – Surge no Canadá o Cirque du Soleil. Criado pelo Club des Talons Hauts, grupo de artistas em pernas de pau, malabaristas e pirofagistas, a grande empresa de

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espetáculos, que está constantemente em cartaz em vários países do mundo, acrescentou uma sensibilidade artística às performances acrobáticas ao mesmo tempo em que afastou o uso de animais.

Data (??) – Surge o Circo Nacional da China que, junto com o Cirque du Soleil, representa uma inovação da arte circense do final do século XX.

Século XIX – No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já havia um número expressivo de famílias ciganas que, fugidas de pontos diversos da Europa, faziam exibições de doma de animais, ilusionismo, pirofagia e exibições com cavalos.

1834 – Tem-se pela primeira vez o registro da chegada ao Brasil de um circo formalmente organizado, o dos Chiarinis, considerados uma das maiores dinastias italianas de circo.

1837 – Esse ano entra para a nossa história como o ano em que o primeiro elefante pisou em terras brasileiras, com a finalidade de se exibir no Circo Olímpico, no Rio de Janeiro.

1860 – Nas décadas de 1860 e 1870 o Brasil começa a fazer parte da rota das tournées de circos estruturados estrangeiros que chegam através de Buenos Aires, mas procedentes da Europa, destinando-se ao Rio de Janeiro.

1977 – Instalação da primeira escola de circo no Brasil, a Piolin, em São Paulo. Em 1982, surgiu a Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro.

Final da década de 1970 – Surge em vários países simultaneamente um novo movimento, que pode ser chamado de Circo Contemporâneo. Na Austrália, com o Circus Oz (1978), e na Inglaterra, com os artistas de rua fazendo palhaços, truques com fogo, andando em pernas de pau e com suas mágicas.

Legenda da foto:

Circo de Astley, em Londres, desenhado por Thomas Rowlandson e Augustus Pugin para o livro "Microcosm of London" (1808-1811)