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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O PAPEL DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS
JOSÉ CARLOS BAPTISTA PESSOA
ORIENTADORA
PROF. LUCIANA MADEIRA
RIO DE JANEIRO – RJ
2015
DOCUM
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EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O PAPEL DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes IAVM Instituto a Vez do Mestre
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista para o curso em Auditoria e
Controladoria.
Prof.: Luciana Madeira
3
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, por possibilitar que eu esteja
vivendo esse momento em minha vida.
Agradeço a todos meus familiares e amigos pelo apoio, incentivo e
compreensão.
Aos professores e funcionários da Universidade IAVM, por todo o
respeito, dedicação e incentivo recebido durante o período que estudei na
instituição.
A todos os colegas de sala, pelo companheirismo, amizade e pelos
momentos felizes vividos durante todo o curso.
4
RESUMO
A Contabilidade Gerencial aborda a relevância na gestão das micro e
pequenas empresas, por se constituir num instrumento que capacita o gestor a
tomar decisões baseadas em informações mais aprofundadas sobre a situação da
empresa em determinado período. E é caracterizada como um enfoque no
fornecimento de informações para os administradores, no caso, uma ferramenta
para a administração, que e necessária dentro dos procedimentos contábeis na
contabilidade financeira, contabilidade de custos, nas analises financeiras, etc.
Vem se Observando que a maioria das micro e pequenas empresas
não possuem sistemas gerenciais, e esse é um dos fatores que explica o alto
índice de mortalidade de tais organizações antes de completarem dois anos de
atuação no mercado. Considerando essa realidade, são apresentados os principais
aspectos relativos às micro e pequenas empresas no Brasil, bem como da
Contabilidade Gerencial, identificando pontos que demonstram sua importância no
gerenciamento de tais organizações.
A ABORDAGEM DO TEMA: Micro e pequenas empresas, A
Contabilidade Gerencial, Processo decisório de informações para a tomada de
decisões.
5
METODOLOGIA
A pesquisa é descritiva, e trata de um trabalho Bibliográfico e
material disponibilizado na internet, através do qual foi feita uma abordagem da
micro e pequena empresa. Os principais autores utilizados na realização deste
trabalho foram MARION, MATARAZZO e PADOVEZE. Que mostrou a importância
da contabilidade gerencial para esse tipo de empresas, que na maioria das vezes
não a utiliza.
O trabalho teve como foco as pequenas empresas do setor de
comércio varejista, sendo esta sua delimitação.
Através de livros e trabalhos publicados na internet, foi possível
elaborar a pesquisa e determinar a importância da contabilidade gerencial para
micro e pequenas empresas em seus aspectos contábeis e fiscais.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
CAPITULO I – A Empresa .......................................................................................8
1.1 Números que Fundamentam os Rumos da Empresa .......................................9
1.2 Benefícios Diretos para a Empresa ...................................................................9
1.3 Como as Informações podem ser Organizadas ................................................9
1.4 Diferencial Competitivo ....................................................................................10
CAPITULO II – O Objetivo......................................................................................11
2.1 A Contabilidade Gerencial ...............................................................................11
2.2 O Papel da Contabilidade Gerencial ...............................................................13
2.3 A Importância da Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas ............14
CAPITULO III – A Proposta....................................................................................16
3.1 Ferramenta para analise de Desempenho.......................................................16
3.1.1 Índice de Liquidez.......................................................................................18
3.1.2 Índice de Rotatividade................................................................................21
3.1.3 Índice de Rentabilidade..............................................................................26
3.1.4 Índice de Endividamento............................................................................32
CONCLUSÃO.........................................................................................................35
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA............................................................................36
INDICE ...................................................................................................................37
7
INTRODUÇÃO
O motivo do trabalho, principalmente e convencer os gestores que a
contabilidade gerencial e significativamente de suma importância para as suas
tomadas de decisões, nos seus negócios em tempo hábil e preciso. Além disso,
exalta a importância para tal empreendimento futuro.
O tema deste estudo é o papel da contabilidade gerencial para micro e
pequenas empresas, a Contabilidade Gerencial,
A questão central deste trabalho, e a Importância da Contabilidade
Gerencial para Micro e pequenas Empresas. O tema sugerido é de fundamental
relevância, pois o motivo do trabalho, principalmente e convencer os gestores que
a contabilidade gerencial e significativamente de suma importância para as suas
tomadas de decisões, nos seus negócios em tempo hábil e preciso, além disso,
exalta a importância para tal empreendimento futuro.
O objetivo geral deste trabalho é descrever a importância da
contabilidade gerencial como ferramenta indispensável á empresa de médio e
pequeno porte, a sua utilização e definição, em seus aspectos contábeis e fiscais.
• Definir exemplos de controles gerenciais que poderão ser utilizados
pela pequena empresa.
• Apresentar resultados positivos na utilização da contabilidade nas
micro e pequenas empresas.
• Mostrar a definição de micro e pequenas empresas, em seus
aspectos contábeis e fiscais.
• Extrair informações das demonstrações para as tomadas de decisões.
Neste Trabalho, serão abordados três capítulos. No Primeiro falarei
sobre os procedimentos da Empresa e seus fundamentos, o Segundo sobre os
Objetivos que a Contabilidade Gerencial pode proporcionar para a empresa, e o
terceiros e sobre a proposta que podemos solucionar para as empresas com seus
índices nas tomadas de decisões.
8
CAPITULO I
A EMPRESA
Segundo Padoveze (2005, p.3), “as empresas nascem a partir de
investimentos nas operações necessárias para vender os produtos e serviços
escolhidos”. Nesta nova visão, para que haja os recursos necessários para que a
empresa cresça e se desenvolva, são necessários investimentos que servirão
como parâmetros iniciais da etapa financeira da empresa.
Ainda, segundo Padoveze (2005, P.3), “a finalidade da empresa é criar
valor para seu proprietário”. Este valor é o lucro que o investidor espera, ou ainda o
preço pelo risco que este está correndo ao aplicar seu capital em um determinado
investimento.
Outro fator importante que contribui para a mortalidade das pequenas
empresas é que os proprietários em sua maioria não utilizam a contabilidade como
ferramenta de administração do negócio. Esse fato está ligado muitas vezes à
escassez de recursos financeiros para contratar assessoria específica e é um dos
fatores que contribui para isso (Marion, 2005).
O Conselho Federal de Contabilidade conceitua através da NBC T
19.13 (CFC, 2008, p. 403), que “A Escrituração contábil simplificada para
microempresa e empresa de pequeno porte. Esta norma estabelece critérios e
procedimentos específicos a serem observados pela entidade para a escrituração
contábil simplificada dos seus atos e fatos administrativos, por meio de processo
manual, mecanizado ou eletrônico. Esta norma aplica-se a entidade definida como
empresário e sociedade empresária enquadrada como microempresa ou empresa
de pequeno porte, nos termos da legislação vigente. A permissão legal de adotar
uma escrituração contábil simplificada não desobriga a microempresa e a empresa
de pequeno porte a manter escrituração contábil uniforme dos seus atos e fatos
administrativos que provocaram ou possam vir a provocar alteração do seu
patrimônio”.
9
1.1 Números que Fundamentam os Rumos da Empresa
Usada para definir o melhor tipo de investimentos, produtos e serviços
que geram lucros ou prejuízo, a contabilidade gerencial tem como base
a contabilidade societária (espécie de prestação de contas interna, para os
gestores ou donos do negócio, e externa, destinada aos bancos, funcionários,
fornecedores, etc). Surgiu nos anos 80 nos Estados Unidos e teve uma guinada em
seu conceito quando softwares começaram a implantar melhorias de qualidade
para aumentar o lucro da empresa.
1.2 Benefícios Diretos para a Empresa
Ter todas as informações gerenciais disponíveis em um clique numa
espécie de banco de dados é o cenário ideal para qualquer gestor. E
a contabilidade gerencial pode fornecer isso com o objetivo de subsidiar a empresa
para que tenha vantagem competitiva e crescimento sustentável. Identificar,
mensurar e reduzir custos operacionais são atitudes que ajudam na tomada de
decisão com base nessas informações e tem relação direta com o planejamento e
controle, bem como com a forma de administrar diversas áreas utilizando melhor os
recursos do negócio.
1.3 Como as Informações Podem ser Organizadas
As informações contábeis são o coração da empresa na tomada de
decisões. Entretanto, para que funcionem adequadamente, precisam estar
organizadas de forma eficiente, ainda mais levando em consideração o grande
volume delas. Para administrá-las é preciso um bom sistema que entenda tudo isso
de forma estratégica. Quando isso é realizado, gera impacto direto em custos
operacionais, produtividade, rapidez na comunicação e, claro, na tomada de
decisões.
10
1.4 Diferencial Competitivo
A contabilidade gerencial deixou de ser um luxo para se tornar um
diferencial competitivo. Ter a informação correta na hora certa é estar um passo à
frente da concorrência. Sem um sistema que organiza tudo isso, a tarefa se torna
bem complicada, assim como a falta de um olhar crítico para a seleção dessas
informações torna-se arriscado para qualquer negócio, dos pequenos às empresas
de grande porte. Além de tudo isso, as constantes mudanças na legislação e
impostos justificam um profissional contábil por perto, permitindo que a empresa
esteja focada em seu negócio.
Agrupar dados qualitativos e quantitativos exige técnica especializada
que só a contabilidade gerencial pode fornecer de maneira correta. Os sistemas de
gestão contábil adequados também fazem parte desse contexto, já que organizam
as informações de forma ágil e administra maior volume de dados, com mais
segurança.
No Capitulo seguinte, será abordado o tema objetivo. Que descreve
como a contabilidade gerencial e de suma importância para micro e pequenas
empresas.
11
CAPITULO II
O OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é descrever a importância dos conceitos de
micro e pequenas empresas, a contabilidade como ferramenta indispensável à
gerência das empresas. Mostrar a importância da contabilidade como instrumento
nas tomadas de decisões empresariais, buscando desenvolver o raciocínio crítico
sobre as analise, a avaliação e a interpretação dos relatórios contábeis e sua
utilização e definição nos seus aspectos contábeis e fiscais.
Este trabalho também delimita a descrever a micro e pequenas
empresas, principalmente as do setor de comércio varejista. Suas definições,
mostrar as vantagens da utilização da contabilidade gerencial nesse tipo de
processo que e o de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar
e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos
organizacionais.
2.1 A Contabilidade Gerencial
A contabilidade Gerencial tem por objetivo, facilitar o planejamento,
controle, avaliação de desempenho nas tomadas de decisões.
Auxiliar os empresários nas tomadas de decisões, a fim de controlar,
planejar e corrigir as falhas da empresa, proporcionando um melhor
gerenciamento.
Elaborar planos administrativos e instrumentos de apoio ás funções,
focando a avaliação de resultados.
Auxiliar no gerenciamento de departamento, enxergar e corrigir
problemas, ajudar a empresa a crescer e gerar lucros, e diminuir a taxa de
mortalidade empresarial e o desemprego.
12
As formas dos relatórios são orçamentos, contabilidade por
responsabilidade, relatórios de desempenho, de custos, relatórios não rotineiros
para facilitar a tomada de decisão.
O contador gerencial pela própria natureza das funções que lhe são
solicitadas a desempenhar necessitará de formação bem diferente daquela exigida
para o profissional que atua na contabilidade formal. Estudará contabilidade como
sistema de informação integrado ao Sistema de Informação Global da Empresa,
voltando ao atendimento da necessidade de informação.
O ponto fundamental da Contabilidade Gerencial é o uso de
informação contábil para a administração, pois os dados contidos em seus
relatórios propiciam fortes influências no planejamento estratégico empresarial.
Portanto todo tipo de empresa deve utilizar a contabilidade gerencial
para direcionar seus negócios presentes e futuros e para que isso ocorra é
necessário um sistema gerencial eficaz. O profissional contábil que exerce a função
gerencial recebe o nome de Controller, e este não se prende totalmente aos
princípios tradicionais aceitos pelos contadores (RICARDINO, 2005).
Para Ricardino (2005), a contabilidade gerencial passou a ser um
processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação,
interpretação e comunicação de informações que são usadas pelos
administradores para o planejamento, avaliação e controle de uma organização. A
principal ferramenta que o Controller utiliza para realizar seu papel na empresa é o
sistema contábil utilizado por ela. Esse sistema deve ser integrado basicamente por
três ramos contábeis: geral, fiscal e de custos. Portanto a primeira tarefa do
Controller deve ser a de estabelecer um plano de contas apto a atender as
necessidades da empresa na qual este gerencia. É através de relatórios que os
usuários do sistema contábil poderão comparar o que foi planejado com o que foi
realizado; portanto o Controller deve fornecer informações claras, e objetivas para
atender estes usuários, que podem ser internos e externos.
O controller precisa ser um profissional altamente qualificado, que
definirá todo fluxo de informações da empresa, garantindo que as informações
corretas cheguem aos interessados dentro de prazos adequados e que a alta
13
administração somente receba informações úteis à tomada de decisões.
(CREPALDI, 1998).
2.2 O Papel da Contabilidade Gerencial
A Contabilidade Gerencial Segundo Padoveze (1997), esta
relacionada com o fornecimento de informações para os administradores – isto é,
aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela sua
organização e controle de suas operações. A Contabilidade Gerencial pode ser
cadastrada com a Contabilidade Financeira, que é relacionada com o fornecimento
de informações para os acionistas, credores e outros que estão fora da
organização.
A Contabilidade Gerencial pode ser considerada como um sistema de
informação destinado a auxiliar seus usuários no processo de tomada de decisões.
Desde a antiguidade com as transações ocorridas em organizações remotas, com
demanda de produtos de troca, já eram conhecidos controles gerenciais simples,
que atendiam as necessidades das informações daquela época. Com a Revolução
industrial, houve um desenvolvimento na prática da contabilidade gerencial, devido
à necessidade das organizações buscarem um aperfeiçoamento em suas
informações para obter uma melhor administração e um eficiente controle em seus
negócios (Figueiredo, Caggiano, 1997).
A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente,
como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis
já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na
analise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num
grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação
diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo
decisório (ludícibus, 1998, p. 21).
14
A Contabilidade gerencial, para ser utilizada como instrumento no
processo de tomada de decisões, necessita de integração com: a contabilidade de
custos, e por sua vez, com todos os procedimentos contábeis e financeiros ligados
a orçamento empresarial, a planejamento empresarial, a fornecimento de
informações contábeis e financeiras para decisão entre cursos de ação alternativos
que recaem, sem sombra de dúvida, no campo da contabilidade gerencial.
(...), que requerem informações contábeis (além das de outras disciplinas) que não
são facilmente encontradas nos registros da contabilidade financeira. Na melhor
das hipóteses, requerem um esforço extra de classificação, agregação e
refinamento para poderem ser utilizadas em tais decisões (Iudícibus, 1998, p. 22).
2.3 A Importância da Contabilidade para pequenas e medias
empresas
No mundo corporativo, a contabilidade também encontra resistência
para ser utilizada de forma abrangente. O setor contábil ou mesmo a área de
controladoria na maioria das vezes são reconhecidos como a área da empresa que
existe apenas para atender as exigências dos órgãos de arrecadação de impostos
do governo. Essa visão restrita se aplica principalmente às micros, pequenas e até
médias empresas.
Como elas correspondem à maior parte do universo das empresas
existentes no Brasil, a classe contábil vem fazendo um enorme esforço para tentar
esclarecer que a utilidade, aplicabilidade, necessidade e benefícios da
contabilidade vão muito além do suporte ao pagamento dos impostos.
Mas, mesmo com todos os esforços, a maior parte dos empresários da
pequena e média empresa ainda faz pouco uso da contabilidade para gerenciar os
negócios.
Diante deste cenário é importante destacar aspectos muitas vezes não
compreendidos ou conhecidos, que contribuem para o uso limitado da
15
contabilidade. Eles reforçam porque é importante que os administradores se
esforcem para mantê-la funcionando bem dentro da empresa. Veja alguns motivos:
1) Possibilita a prática de economia tributária na distribuição de lucro
para os sócios da empresa, com substancial redução dos impostos pagos na
pessoa física;
2) É imprescindível diante da necessidade de solicitação de
recuperação judicial;
3) Facilita a relação com as instituições financeiras no acesso a linhas
de créditos;
4) Representa a verdadeira situação patrimonial da empresa. Serve de
prova para o sócio que quer sair da sociedade para fins de apuração de haveres ou
venda de participação;
5) Prova, em juízo, a situação patrimonial nas disputas que possam
existir entre herdeiros e sucessores de sócio falecido;
6) Comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia
contábil;
7) Auxilia na defesa de reclamações trabalhistas quando as provas a
serem apresentadas dependam de perícia contábil;
8) Serve para afastar da empresa o risco de autuações fiscais
relacionadas a tributos federais, estaduais e municipais ou como suporte nas
defesas contra auto de infração.
No capitulo seguinte será abordado o tema, a proposta. Que descreve
como as ferramentas para analises de desempenho, são muito eficazes nas suas
tomadas de decisões para os administradores.
16
CAPITULO III
A PROPOSTA
E demonstrar a importância da utilização da contabilidade gerencial
no processo de tomada de decisão empresarial. Ao levar em consideração o objeto
do artigo nota-se que o profissional contábil que exerce a função gerencial, deve ter
um amplo conhecimento nos diversos ramos contábeis, bem como planejamento
estratégico, legislação tributária, além de estar atento aos avanços tecnológicos.
Para que este possa atender às necessidades da empresa diante do mercado
atual. Nota-se que a contabilidade gerencial vem obtendo um importante destaque
na atualidade. Pois, ela é responsável por levar informações indispensáveis à alta
administração da empresa, tais como, auxilio a redução de custos, planejamento
estratégico e empresarial, como também o aumento da lucratividade.
3.1 Ferramentas para Analise de Desempenho
A Avaliação do desempenho da empresa pode ser medida e
acompanhada por índices.
Segundo Matarazzo (1998, p. 147), “os índices constituem a técnica
de análise mais empregada. Muitas vezes, na prática, ou mesmo em alguns livros,
confunde-se Análise de balanços com extração de índices. A característica
fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou
financeira da empresa”.
Os índices são relações que se estabelecem entre dois números e
justificam-se, quando se deseja analisar a situação econômica e financeira de uma
entidade, pelo fato de que a observação de certas relações ou percentuais é mais
significativa do que a apreciação de todos os itens contidos nas demonstrações.
Ainda segundo Matarazzo (1998, p.148) alerta: "o importante não é o
cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permita
17
conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada na
análise [...]".
Os índices padrões possibilitam ao analista verificar o desempenho
da empresa, comparando com o índice de outras empresas, tornando-se assim,
uma forma prática para avaliação da empresa. O importante é ponderá-los sob-
diversos aspectos, por isso, os índices devem ser avaliados pela comparação ao
longo de vários exercícios e pela comparação com índices de outras empresas ou
índices-padrões.
Para Matarazzo (1998), os índices orientam a empresa na
identificação de alguma variável que esteja em desequilíbrio, portanto é de suma
importância que se saiba analisar e compará-los com empresas do mesmo setor
para não julgar através de números errados. Os índices têm como função
apresentar as situações econômicas ou financeiras da empresa, auxiliando no
sentido de alertar para futuros problemas.
Para Gitman (1997), os índices de liquidez são utilizados para avaliar
a capacidade de pagamento da empresa, isto é constituem uma apreciação sobre
se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos, no curto prazo.
São índices que a partir do confronto dos ativos circulantes com as
dividas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa.
Ainda segundo Gitman (1997), Trata-se de uma forma de garantir que
os objetivos e planos elaborados em relação a áreas específicas de operação da
empresa sejam viáveis e internamente coerentes. O fato de o planejamento obrigar
a administração a refletir sobre os objetivos e fixar prioridades, talvez seja o mais
importante resultado do processo.
A título de exemplo, apresentamos alguns demonstrativos simples que
poderão ser enriquecidos, dependendo da necessidade do usuário que, por sua
vez, deve ser estimulado a usar esses instrumentos na administração de sua
empresa.
18
3.1.1 – Índices de Liquidez
Para os Administradores, estes índices indicam a capacidade financeira
da empresa para fazer face aos compromissos assumidos com terceiros,
comparando-se os valores Circulantes a Curto ou a Longo Prazo, O quociente
resultante da aplicação da fórmula é o indicativo da saúde financeira e capacidade
da empresa em honrar seus compromissos. Os principais índices de liquidez são:
Liquidez Imediata = Disponibilidade / Passivo circulante: Expressa a
fração de reais que a empresa dispõe de imediato para saldar cada R$ 1,00 de
suas dívidas. Tendência desejável = Ascendência
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante: Para cada
R$ 1,00 de dívida em curto prazo a empresa dispõe do resultado da equação
acima em reais para quitar. Tendência desejável = Ascendência
Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante:
Mostra a capacidade de liquidação das obrigações sem lançar mão dos estoques.
Tendência Desejável = Ascendência
Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável em Longo Prazo) /
(Passivo Circulante + Exigível em Longo Prazo): Revela quanto à empresa
possui em caixa e a realizar para quitar suas dívidas com terceiros. Tendência
desejável = Ascendência
Diante desse cenário do índice de liquidez que indica a capacidade
financeira da empresa, farei uma comparação com valores fictícios de duas
empresas do mesmo segmento de varejo, que e o foco do trabalho.
19
A Empresa ABC Comercio Varejista LTDA, teve no ano de 2010 seu ativo
circulante e passivo circulante, os seguintes valores:
Ativo Circulante
Disponível 95.000,00
Duplicatas a Receber 30.000,00
Total 125.000,00
Passivo Circulante
Fornecedores 45.000,00
Impostos a Recolher 25.000,00
Outras Dividas 10.000,00
Total 80.000,00
Com essas informações acima da Empresa ABC Comercio Varejista LTDA,
montarei um cenário da capacidade financeiro da empresa:
Liquidez Seca ; Corrente e Geral
Ativo Circulante / Passivo Circulante
125.000,00 / 80.000,00 = 1,50
Liquidez Imediata
Disponível / Passivo Circulante
95.000,00 / 80.000,00 = 1.20
Verificando os índices acima, contatamos que a empresa esta com a
capacidade financeira muito boa para honrar seus compromissos junto com
terceiros. Tanto no curto prazo como no longo prazo. Já que expressa a fração de
reais que a empresa dispõe de imediato para saldar cada R$ 1,00 de suas dívidas.
20
A Empresa Leo Comercio Varejista LTDA, teve no ano de 2010 seu ativo circulante
e passivo circulante, os seguintes valores:
Ativo Circulante
Disponível 55.000,00
Duplicatas a Receber 30.000,00
Total 85.000,00
Passivo Circulante
Fornecedores 65.000,00
Impostos a Recolher 18.000,00
Outras Dividas 11.000,00
Total 94.000,00
Com essas informações acima da Empresa Leo Comercio Varejista LTDA,
montarei um cenário da capacidade financeiro da empresa:
Liquidez Seca ; Corrente e Geral
Ativo Circulante / Passivo Circulante
85.000,00 / 94.000,00 = 0,90
Liquidez Imediata
Disponível / Passivo Circulante
55.000,00 / 94.000,00 = 0,60
Verificando os índices acima, contatamos que a empresa esta com a
capacidade financeira muito Ruim para honrar seus compromissos junto com
terceiros. Tanto no curto prazo como no longo prazo.
Os índices apontados pela empresa de 0,90 e 0,60 e considerado
excessivamente baixo, Já que para honrar seus compromissos com terceiros a
21
empresa necessita da fração de reais para dispor de imediato para saldar cada R$
1,00 de suas dívidas. Este e um cenário muito ruim para a empresa
3.1.2 – Índices de Rotatividade
Para os Administradores, estes índices indica o número de vezes que
um produto ou mercadoria é reposto nas prateleiras de um estabelecimento
durante um período de tempo, no decorrer de um ano. Quanto maior for o giro de
estoque maior será, certamente, o volume de vendas e a margem de lucratividade.
São eles:
Rotação do Ativo = Ativo Total / Vendas Mensais: Expressa o número
de meses de vendas que seria necessário para cobrir o patrimônio global da
empresa. Tendência desejável = quanto menor, melhor. Para melhor análise deste
índice, aconselhamos uma análise detalhada da rotação dos elementos do ativo. A
finalidade é verificar qual o ativo específico cujo giro por mais lento está
contribuindo para o giro lento do ativo total. Muitas vezes, a culpa reside no
estoque e nos valores a receber: aqueles por causa da super. Estocagem na
espera, de acréscimo nos preços de compra; esta usualmente como consequência
de uma inadequada política de crédito e cobranças.
Rotação dos Estoques = Estoques / Custos dos Produtos Vendidos:
Mostrar quantos meses o estoque demora em ser vendido. Tendência normal =
estabilidade.
Rotação do Patrimônio = Patrimônio Líquido / Vendas Mensais:
Expressa a quantidade de meses de vendas que seria necessário para cobrir o
total dos recursos próprios investidos na empresa. A redução sucessiva deste
22
índice, numa série desejável até certo ponto, significaria que a empresa está se
apossando de uma fatia maior do mercado, cujo atendimento, mais cedo ou mais
tarde, necessitará aumentar seu patrimônio líquido em termos contábeis. É um
sintoma de crescimento altamente desejável, quando não seja explosivo e
configure volume de negócios superior às possibilidades do financiamento de
vendas pelo patrimônio líquido. Uma elevação neste índice significará que o
volume de vendas não está acompanhando o crescimento da empresa e, portanto,
em médio prazo, os lucros proporcionados pelas vendas serão insuficientes para
remunerar o capital investido.
Rotação do Capital de Giro = Capital de Giro Próprio / Vendas
Mensais: Demonstra a proporção de capital de giro que a empresa possui para
fazer face ao seu volume mensal de vendas. Expressas a quantidade de reais de
capital de giro foi necessário para se conseguir cada real de vendas. O índice
resultante de um pequeno capital de giro por alto volume de vendas, será
logicamente baixo e significará não somente uma baixa proporção de capital de
giro para o financiamento das vendas, mas que a empresa tem necessidade de
recorrer a financiamento de terceiros e, naturalmente, parte dos lucros ficará então
com terceiros. Se esse índice for declinante, arrochará naturalmente a situação.
Tendência normal = Estabilidade
Rotação do Ativo Circulante = Ativo Circulante / Vendas Mensais: O
volume de vendas a prazo de uma companhia exige um volume de capital
circulante, contabilmente classificado como disponível e ativo realizável, que lhe é
diretamente proporcional. Maiores vendas a prazo, maior necessidade de capital
circulante, embora essa proporcionalidade possa ser quebrada no caso de o
aumento das vendas serem financiado, total ou parcialmente, por fornecedores:
Expressa o número de meses de vendas seria necessário para cobrir o total de
recursos circulantes da empresa. Deve o capital circulante aumentar na proporção
23
do incremento das vendas, sob pena de em médio prazo, a companhia sentir sérias
limitações financeiras na sua capacidade de produção. A rotação do ativo
circulante, quando em elevação significa que a empresa mantém em circulação
recursos progressivamente superior às suas necessidades de financiamento das
vendas. Quando em regressão significa que o aumento das vendas não está sendo
correspondido por um aumento de recursos destinados ao financiamento do
volume adicional de vendas.
Rotação de Contas a Receber = Duplicatas a Receber / Vendas
Diárias: O saldo das contas a receber será sempre relativo às vendas mercantis.
Representa o número de dias que a empresa deverá esperar para receber as
dívidas de clientes. A elevação deste índice significará um atraso relativo na
cobrança de contas a receber, isto é, impontualidade de clientes, a menos que o
valor da venda média sofra acentuado declínio. Tendência = Estabilidade
Rotação de Pagamentos = Fornecedores / Compras Diárias:
Expressa o número de dias que a empresa demora para liquidar duas dívidas. Se
uma empresa demora muito mais para receber suas vendas a prazo do que para
pagar suas compras a prazo, irá necessitar mais capital de giro adicional para
sustentar, criando-se um círculo vicioso difícil de romper. Uma das poucas
alternativas no caso é trabalhar, se for possível, com ampla margem de lucro sobre
as vendas e tentar esticar ao máximo os prazos de pagamento adicionalmente a
uma política agressiva de cobrança e desconto bancário. Tendência = Estabilidade
Posicionamento relativo: Conhecer a relação existente entre os prazos
de recebimento e de pagamentos. Um quociente muito alto significa que a empresa
tem dificuldades em liquidar suas dívidas. Consideramos que a influência dos
quocientes vistos é muito grande sobre a posição presente e futura de liquidez (a
curto e em longo prazo). A medida que diminuirmos o prazo médio de recebimento
em relação ao prazo médio de pagamento, estaremos propiciando condições mais
24
tranquilas para obter posicionamento estáticos de liquidez mas adequadas. Como o
excesso de recebíveis diminui o “Giro do Ativo” é preciso aumentar a margem de
lucro sobre as vendas para compensar o efeito negativo do giro baixo. Isto nem
sempre é possível / como dificilmente poderemos modificar sensivelmente o prazo
médio de pagamentos, resta agirmos sobre o prazo médio de recebimento e sobre
a margem de lucro. Tendência normal = Manter-se em torno de 1 (um)
Diante desse cenário do índice de rotatividade, irei apresentar o Giro de
Estoque (GE) ou Rotatividade do Estoque (RE). E o numero de vezes que um
produto ou mercadoria é reposto nas prateleiras de um estabelecimento durante
um período de tempo, no decorrer de um ano. Quanto maior for o giro de estoque
maior será o volume de vendas e a margem de lucratividade.
Formula do giro de estoque:
GE = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final / Estoque (Médio)
Estoque Médio = Estoque Inicial + Estoque Final / 2
Com essas informações irei apurar o giro de estoque da Empresa ABC Comércio
Varejista LTDA, para fazer seu inventaria anual.
Valores aleatórios.
Compra de Mercadorias no ano – R$ 290.000,00
Estoque inicial – R$ 70.000,00
Estoque final – R$ 90.000,00
25
Calcular o Estoque Médio e o Giro de Estoque.
EM = EI + EF / 2
EM = 70.000,00 + 90.000,00 / 2
EM = 80.000,00
GE = EI + C – EF / EM
GE = 70.000,00 + 290.000,00 – 90.000,00 / 80.000,00
GE = 3,37
Obs. O tempo Médio que o estoque girou foi de 3,37
Tempo Médio (TM)
TM = 365 dias / 3,37 = 108,31 dias
Obs. A empresa girou seu estoque em média 3 vezes ao ano, e fez a cada 108
dias.
26
3.1.3 Índices de Rentabilidade
Para os Administradores, estes índices também denominados de
Quocientes de Retorno do Investimento, servem, basicamente, para medir a
lucratividade obtida em determinado período.
A rentabilidade do capital investido na empresa é conhecida através do
confronto entre contas ou grupo de contas da Demonstração do Resultado do
Exercício ou conjugando-as com grupos de contas do Balanço Patrimonial.
Margem Líquida das Vendas = Lucro Líquido / Vendas: Demonstra a
quantidades de reais “de lucro” contido nas vendas. A tendência desejável deve ser
crescente.
Lucratividade das Vendas = Lucro Operacional / Vendas: A utilização
do lucro operacional para cálculo deste índice, dá a este, um total relacionamento
com as vendas, pois no lucro líquido são computadas as receitas e despesas não
operacionais, e por força da lei nº 6.404/76, ainda o saldo resultante de diferença
entre as correções monetárias do ativo permanente e do patrimônio líquido.
Demonstra a quantidade de reais de lucro operacional, usufrui a empresa, em cada
real de vendas. Seu valor absoluto, baixo ou alto, deve ser cortejado com o valor
absoluto do índice de rotação dos estoques, já que uma baixa lucratividade de
vendas pode ser perfeitamente compensada com um giro mais veloz dos estoques
e um giro lento destes, em geral, lucratividade elevada sobre as vendas. Um índice
de lucratividade ascendente é de tendência desejável.
Retorno do Investimento = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido:
Indica a proporção do patrimônio líquido que a empresa auferiu em forma de lucro.
A principal tarefa da administração financeira ainda é a maximizar o valor do
mercado para o possuidor das ações e estabelecer um fluxo de dividendos
compensador. Daí o nome de índice dos acionistas. A permanência deste índice
27
num nível constante é uma tendência aceitável. Uma tendência ascendente deste
índice deve ser encarada com atenção, de vez que a instalação de empresas
concorrentes é relativamente fácil. Por outro lado, o retorno do investimento é fator
geralmente sob consideração dos órgãos governamentais de regulamentação de
preços.
Retorno do Investimento Total = Lucro Líquido / Ativo Total: Indica à
quantidade de unidades de reais a empresa obteve em remuneração a seu
patrimônio total. Por outro lado, se invertermos o denominador com o numerador
obteremos o número de meses ou anos (conforme o caso) levará a empresa para
recuperar o investimento no ativo. Consideramos este índice como sendo de vital
importância para uma segura análise de empresa, e que, quando em ascensão sua
tendência é desejável.
Aplicação em Estoques = Estoques / Capital de Giro Próprio: Dos
estágios do ciclo clássico do capital de giro caixa/estoque/contas a receber/caixa,
os estoques constituem o elo de menor liquidez, já que os direitos a receber são
mais facilmente transferíveis a terceiros. Daí a utilidades de se conhecer, através
deste índice a proporção de capital de giro que se encontra investida em estoque, e
a natural conveniência de se procurar manter essa proporção ao nível mais baixo
possível, sem afetar, todavia, o volume da produção/venda. Apenas sob altas taxas
de inflação, um aumento controlado da proporção pode ser considerado aceitável.
A constância deste índice é a tendência normal desejável.
Aplicação de Contas a Receber = Duplicatas a Receber / Capital de
Giro Próprio: Demonstra a proporção do valor do capital de giro investido em
contas a receber. Na realidade, procura-se, através dele, buscar a tendência do
comportamento de contas a receber que, em parte, pode ser conhecida através do
índice de rotação das contas a receber. Tendo este último, todavia, o valor das
28
vendas como denominador, sua tendência sofre o impacto das oscilações das
vendas. O índice de aplicação em contas a receber apresenta, quase sempre, um
desenvolvimento mais uniforme de tendência. Um índice ascendente poderá indicar
um atraso relativo de cobrança, similarmente à tendência ascendente deste índice,
além de, obviamente, significar o crescimento relativo das contas a receber no
capital de giro. A tendência declinante é desejável, mas não pode ser duradoura,
tendo em vista os prazos normais concedidos aos clientes.
Comprometimento do Capital de Giro = Passivo Exigível á Longo
Prazo / Capital de Giro Próprio: Demonstra até que ponto o endividamento da
empresa em longo prazo foi incorrido para reforçar o capital de giro, pois é esta a
finalidade do passivo exigível em longo prazo. Um índice igual a 01 (um) significará
que a empresa não possui, em giro, qualquer parcela de seu próprio capital, o qual
consequentemente estará totalmente investido no ativo permanente. Neste caso, o
índice de imobilizações técnicas tende a ser também igual a 01 (um) e estará
configurado um limite além do qual o risco assumido na política financeira da
empresa será muito grande. Um índice maior que 01 (um) demonstrará que a
empresa incorreu em empréstimos em longo prazo para investir em seu ativo
permanente ou, pior ainda, para eliminar déficits de capital de giro provocados por
prejuízos sofridos em suas operações. Quanto menos for o índice, abaixo de 01
(um), maior o potencial da empresa para conseguir empréstimos em longo prazo. A
tendência desejável deste índice é declinante.
Diante dos índices acima, irei apresentar um balanço patrimonial e a
demonstração de resultado de empresa ABC Comércio Varejista LTDA, para expor
a situação econômica do empreendimento no que tange a rentabilidade. É
importante salientar, que o usuário deverá utiliza-lo nos diversos fatores que
influenciam diretamente no comportamento das entidades, mediante o processo do
gestor na tomada de decisões.
29
Balanço Patrimonial da ABC Comércio Varejista LTDA em 31/12/x1
Demonstração do Resultado do Exercício da ABC Com. Var. LTDA 31/12/x1
CONTAS VALOR (R$)
Receita Liquida de Vendas 1.071.225,00
(-) Custo Mercadoria (450.000,00)
(=) Lucro Bruto 621.225,00
(-) Despesas Operacionais (410.760,00)
(+) Receita Operacional 18.085,00
(=) Resultado Operacional (antes Res. Financ.) 228.550,00
(+) Receita Financeira 36.000,00
(-) Despesa Financeira (8.550,00)
(=) Resultado Operacional 256.000,00
(+ ou -) Resultado não Operacional (26.000,00)
(=) Resultado do Exercício antes das Provisões 230.000,00
(-) Provisões (36.000,00)
(=) Lucro ou Prejuízo do Exercício 194.000,00
CONTAS VALOR R$
Ativo Circulante
Ativo Realizável a L/Prazo
Ativo Permanente
600.000,00
100.000,00
300.000,00
TOTAL DO ATIVO 1.000.000,00
Passivo Circulante
Passivo Exigível a L/Prazo
Patrimônio Liquido
294.000,00
200.000,00
506.000,00
TOTAL DO PASSIVO 1.000.000,00
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Esta interpretação consiste numa avaliação do significado de cada indice.
Giro do Ativo
Vendas Líquidas / Ativo Total
1.071.225,00 / 1.000.000,00 = 1,07
O quociente de 1,07 indica que os investimentos totais efetuados na
empresa giraram mais de uma vez. Portanto, para saber se este quociente é
satisfatório ou não, deve-se analisar a Margem de Lucro Líquido.
Margem de Lucro Líquido
Lucro Líquido / Vendas Líquidas
194.000,00 / 1.071.225,00 = 0,18 ou 0,18 * 100 = 18%
O quociente de 0,18 obtido indica que para cada real em vendas, a
empresa obteve R$ 0,18 de lucro líquido. Conjugando o resultado desse quociente
com o do anterior, podemos dizer que o volume de vendas efetuado foi suficiente
para cobrir os custos, restando ainda uma margem de lucro.
Rentabilidade do Ativo
Lucro Líquido / Ativo Total
194.000,00 / 1.000.000,00 = 0,19 ou 0,19 * 100 = 19%
O quociente de 0,19 revela que para cada real investido no Ativo houve
uma lucratividade de R$ 0,19. Para melhor identificar a importância deste indicador,
calcula-se através do índice, o tempo de retorno do Capital investido :
31
1 ano = 19%
X anos = 100%
X= 100.1 / 19 = 5,26 anos
Conclui-se que, utilizando exclusivamente os lucros apurados, a ABC
Comércio Varejista LTDA, precisará de 5,26 anos para dobrar os investimentos
efetuados em seu Ativo.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Lucro Líquido / Patrimônio líquido
194.000,00 / 506.000,00 = 0,38 ou 0,38 * 100 = 38%
O quociente de 0,38 indica que a ABC Comércio Varejista LTDA, obteve
R$ 0,38 de Lucro Líquido para cada real de Capital Próprio investido.
Calculando o prazo de retorno do capital investido, tem-se :
1 ano = 38%
X anos = 100%
X = 100.1 / 38 = 2,63 anos
Pelos cálculos efetuados, os proprietários da ABC Comércio Varejista
LTDA, terá de volta o valor do capital que investiu na empresa em 2,63 anos.
Como o exemplo trata apenas de um Exercício Social, considera-se para
efeito de cálculo, somente o Ativo desse Exercício e não a média entre os Ativos.
32
3.1.4 Índice de Endividamento
Para os Administradores, estes índices de forma inversa aos Índices de
Liquidez. Os quocientes de endividamento retratam a posição relativa do capital
próprio da Empresa, em contraposição ao capital de terceiros, revestindo-se de
maior importância por indicar o seu grau de dependência perante os recursos
captados em Bancos, Fornecedores e outros credores. Quanto menor for o índice
de endividamento, maior será o seu grau de liquidez.
Este índice revela o grau de endividamento da empresa. A análise desse
indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da
empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios
ou de Terceiros e em que proporção.
É por meio desses indicadores que apreciaremos o nível de
endividamento da empresa.
Perfil do Endividamento (PE): Indica a proporção de obrigações de curto
prazo em relação às obrigações Totais.
PE = Passivo Circulante x 100 / Exigível Total
Participação de Capital de Terceiros (PCT): Representa quanto a
empresa tomou emprestado de capital de terceiros para cada real de capital
próprio.
PCT = Exigível Total x 100 / Patrimônio Líquido
Grau de Imobilização (GI): Indica quantos reais foram aplicados no Ativo
Permanente comparados com os recursos que compõem o Patrimônio Líquido.
GI = Ativo Permanente / Patrimônio Líquido
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ATIVO
Circulante 353.676,00
Realizável a L/Prazo 82.303,00
Permanente 210.622,00
Total do Ativo 628.601,00
PASSIVO
Circulante 263.692,00
Exigível a L/Prazo 77.166,00
Patrimônio Liquido 287.743,00
Total Passivo 628.601,00
Com base nos valores acima, irei exemplificar a Participação de Capitais de
Terceiros de uma empresa no ano de 2010 valores aleatorios.
PCT = PC + ELP * 100 / PL
PCT = 263.692,00 + 77.166,00 / 287.743,00
PCT = 1,184591 * 100 = 118,46
Obs.: Isso significa que para cada R$ 100,00 de Capital Próprio , a empresa utiliza
R$ 118,46 de Capital de Terceiros.
Com base nos valores acima, irei exemplificar a Perfil do Endividamento de uma
empresa no ano de 2010.
PE = PC / PC + ELP * 100
PE = 263.692,00 / 236.692,00 + 77.166,00
PE = 0,7736124 * 100 = 77,36
34
Obs.: Isso significa que o percentual da dívida total que vence a Curto Prazo.
Desse modo, para cada R$ 100,00 de dívida que a empresa tem, R$ 77,36 vence a
Curto Prazo, ou seja, num período inferior a um ano.
Com base nos valores acima, irei exemplificar a Grau de Imobilização do
Patrimônio Liquido de uma empresa no ano de 2010.
IPL = AP / PL * 100
IPL = 210.622,00 / 287.743,00
IPL = 0,731979 * 100 = 73,20
Obs.: Isso significa que para R$ 100,00 de Capital Próprio a empresa tem aplicado no Ativo Permanente R$ 73,20.
35
CONCLUSÃO
O trabalho identificou à micro e pequenas empresas, sua
classificação, importância e a participação no Brasil, isso identificado pelo grande
número de pequenos negócios em funcionamento, estas contribuem de maneira
significativa para a geração de empregos e riquezas, o que mostra sua vital
importância no PIB nacional.
A Lei do Simples, embora tenha trazido uma forma simplificada de
apuração dos impostos, também trouxe as indefinições sobre ter ou não uma
contabilidade estruturada. Desta forma, muitos pequenos empresários deixaram de
usar a contabilidade como ferramenta no dia-a-dia das empresas, e passaram a vê-
la apenas como uma ferramenta na apuração de impostos.
Existem ferramentas simplificadas da contabilidade gerencial que
aplicadas á micro e pequenas empresas serão de grande utilidade na tomada de
decisão, gerenciamento e planejamento dessas empresas:
• Balanço Patrimonial que possibilitará uma visão da empresa em seus
diferentes aspectos.
• Demonstração de Resultados, onde através deste o gestor poderá
acompanhar a geração de resultados na empresa.
• Elaboração de Índices Financeiros e Econômicos, onde através
destes que são tiradas as informações necessárias aos empresários.
O trabalho mostrou que a contabilidade gerencial é de vital
importância para qualquer empresa, em especial a micro e pequenas empresas do
setor de comercio varejista, que foi o foco da pesquisa.
O planejamento financeiro em seus diversos ângulos de estudo será
mais bem elaborado se a empresa mantiver um sistema de contabilidade integrado,
que possibilite a qualquer tempo extrair dados contábeis e as informações de
grande utilidade, que será a base de uma administração segura e bem sucedida.
36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, Princípios fundamentais e
normas brasileiras de contabilidade. 3.ed. Brasília: CFC, 2008. p. 403.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: teoria e pratica. São
Paulo: Atlas, 1998.
FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. Controladoria Teoria e Prática.
2.ed. São Paulo: Atlas, 1997.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo:
Harbra, 1997.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro de 07 Nov. 2013, p. 21-22.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade
empresarial. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: Abordagem básica e
gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas S/A, 1998. p. 147-148.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à administração financeira. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005. p. 3.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de
informação contábil. São Paulo: Atlas, 1997.
RICARDINO, Álvaro. Contabilidade Gerencial e Societária: origens e
desenvolvimento. São Paulo: Saraiva, 2005.
www.revista.inf.br, Revista Científica Eletrônica de Ciências Contábeis – ISSN:
1679-3870 Ano V - 09-04, 2007.
37
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO .................................................................................................2
AGRADECIMENTO .................................................................................................3
RESUMO .................................................................................................................4
METODOLOGIA ......................................................................................................5
SUMÁRIO ................................................................................................................6
INTRODUÇÃO .........................................................................................................7
CAPÍTULO I
A EMPRESA ............................................................................................................8
1.1 - Números que Fundamentam os Rumos da Empresa .....................................9
1.2 – Benefícios Diretos para a Empresa ................................................................9
1.3 – Como as Informações podem ser Organizadas .............................................9
1.4 – Diferencial Competitivo .................................................................................10
CAPÍTULO II
O OBJETIVO .........................................................................................................11
2.1 – A Contabilidade Gerencial ............................................................................11
2.2 – O Papel da Contabilidade Gerencial ............................................................13
2.3 – A Importância da Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas ........14
CAPÍTULO III
A PROPOSTA .......................................................................................................16
3.1 – Ferramentas para Analises de Desempenho ...............................................16
3.1.1 – Índice de Liquidez ..................................................................................18
3.1.2 – Índice de Rotatividade ...........................................................................21
3.1.3 – Índice de Rentabilidade .........................................................................26
3.1.4 – Índice de Endividamento .......................................................................32
CONCLUSÃO ........................................................................................................35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................36
ÍNDICE ...................................................................................................................37