C O N C E I T O S E P R O P O S TA S

JUNG E A EDUCACAÇÃO

FORMAÇÃO

• Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicanalista suíço, foi fundador da escola analítica da psicologia.

• Ele nasceu no ano de 1875 no dia 26 de julho , em Kesswil, Suíça.

• Seu pai era um pastor protestante, e, sua vivência, aguçou o pensamento analítico de Jung acerca da espiritualidade. 

FORMAÇÃO

• Graduou-se em medicina em 1902, pelas universidades de Basiléia e Zurich, teve amplo conhecimento cultural e intelectual. 

• Sua produtiva carreira se materializou na publicação de dezenas de estudos, trabalhos, seminários e outras obras.

• Já octogenário, reuniu em livro as memórias de toda a sua vida.

• Carl Gustav Jung morreu aos 85 anos, em 06 de junho de 1961como um dos mais influentes pensadores do século 20.

CONTATO COM FREUD EM 1909

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

• Autor do livro: Cláudio Saiani - professor de Matemática

• “Ver aluno e professor como pessoas é o principal objetivo deste estudo...”

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

• A contribuição desta obra é investigar/estudar de que forma a teoria junguiana pode auxiliar o professor em sua prática.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

• A importância da psicologia analítica para a educação• Psicologia analítica e

educação• A importância do

inconsciente para a educação individual

DIVERGÊNCIAS COM FREUD

• Valorização da psiquê como realidade em si, não como reflexo da natureza sexual.

• Valorização dos fenômenos espirituais e das aspirações pessoais como forças motrizes para o desenvolvimento da personalidade, em vez da natureza sexual.

• Oposição à generalização metodológica e dogmatismo propostos pela escola freudiana.

• Fatores emocionais, ideológicos e conjunturais.• "Seu deplorável dogmatismo foi o motivo principal

que me levou a separar-me dele e seguir meu próprio caminho”

ESTRUTURA CONCEITUAL

• Cultura – A consciência em seu grau mais elevado, é natural a um ambiente de calma e estabilidade garantidora dos significados de uma sociedade no decorrer do tempo.

• Consciência – Jung propõe que exista um inconsciente coletivo e um pessoal. Reconhece a consciência como pré-requisito para a humanidade e a individualidade. Propõe que haja uma homoestase entre consciente e inconsciente que se equilibram por processos compensatórios. Começa com o controle dos instintos. Mas sua exacerbação é um risco à humanidade.

• “Uma consciência inflada é sempre egocêntrica e consciente apenas de sua própria existência.” Jung

ESTRUTURA CONCEITUAL

• Conteúdo consciente – O caldo que o Ego assume como parâmetro para ação. Fruto da percepção, não se limita à intelectualização e não pode ser obtido apenas pela mente. É resultado sempre de reflexões sobre as experiências vividas. (Ex.: Saber que fogo queima não me faz evitar o fogo. Só uma experiência refletida com o foto faria com que eu escolhesse qual seria minha relação com o fogo.)

• Conteúdos inconscientes – Indiferenciados (Self), incontroláveis, afetam o indivíduo e se comunicam com o consciente por símbolos, arquétipos, sonhos e sintomas.

• “A consciência é a função da atividade que mantém a relação de conteúdos psíquicos com o ego.” Jung

ESTRUTURA CONCEITUAL

• Função Transcendente – Como o homem é feito de opostos irreconciliáveis, precisa de um terceiro componente, fora dele, que reconcilie e redima as forças opostas. Os símbolos e deuses realizam isso. Considerava a condição mais importante da psiquê, produto do homem como necessidade.• Ego e Simbiose – A criança participa da

identidade e da dinâmica dos pais, e num processo de individuação o ego vai se diferenciando dos pais e do mundo, definindo o que lhe diz respeito.

ESTRUTURA CONCEITUAL

• Opostos – a natureza tem opostos fundidos e irreconciliáveis (bem e mal), que devem ser discernidos pela consciência com a redenção possibilitada pelos símbolos.• Arquétipo – Símbolos produzidos pela

coletividade, possuindo em cada um os dois opostos, com um amplo espectro de valores, que existem independente do indivíduo e se manifestam na cultura.

ESTRUTURA CONCEITUAL

• Self – a totalidade da personalidade, princípio unificador da psique humana (consciente e inconsciente), possuindo posição central de autoridade sobre a vida do indivíduo. É uma imagem arquetípica potencial do homem mais pleno, tendo em sua realização o objetivo da vida.• Persona – máscara que faz a mediação entre o

ego e a sociedade. Os papeis que o indivíduo veste durante sua vida. É saudável e necessário vestir uma persona com certa frequencia e é sinal de imaturidade não possuí-la.

FINALIDADE DA EDUCAÇÃO

• Apoiar o processo de formação da consciência civilizada, do ego, da persona, da sombra…

• Servir de experimentação social. “Nessa luta pela independência, a escola desempenha papel muito importante por ser o primeiro ambiente que a criança encontra fora da família”.

• Ajudar a criança a descobrir e desenvolver seu self.• Dar exemplos sadios a apoiar o desenvolvimento da

personalidade da criança. • "A finalidade dessa educação é conduzir a criança

para o mundo mais amplo e dessa forma completar a educação dada pelos pais."

FINALIDADE DA EDUCAÇÃO

• “De acordo com a verdadeira finalidade da escola, o mais importante não é abarrotar de conhecimentos a cabeça das crianças, mas sim contribuir para que elas possam tornar-se adultos de verdade. O que importa não é o grau de saber com que a criança termina a escola, mas se a escola conseguiu ou não libertar o jovem ser humano de sua identidade com a família e torná-lo consciente de si próprio.”

CONTEÚDO

• Conhecimentos necessários ao convívio com o meio, com os instintos e com as tradições culturais locais/universais.• Para Jung o conteúdo representa, no máximo,

metade do papel da escola e do professor, sendo este, seu exemplo de homem e cidadão, o melhor conteúdo a ser esperado no processo educativo. A isso ele chama “educação psíquica”.

MÉTODO

• “É preciso que ele mesmo [o professor] seja uma pessoa correta e sadia; o bom exemplo é o melhor método de ensino. Por mais perfeito que seja o método, de nada adiantará, se a pessoa que o executa não se encontrar acima dele em virtude do valor de sua personalidade.”

• “Exempla docent — o exemplo é o melhor dos mestres!”

• Desde que o relacionamento pessoal entre a criança e o professor seja bom, pouca importância terá se o mé todo didático corresponde ou não às exigências mais mo dernas. O êxito do ensino não depende do método.”

PROFESSOR

• “É muito importante que o professor esteja consciente desse seu papel. Sua tarefa não consiste apenas em meter na cabeça das crianças certa quantidade de ensinamentos, mas também em influir sobre as crianças, em favor de sua personalidade total. Essa atuação sobre a personalidade, no mínimo, é tão importante como a atividade docente, se não até mais importante, pelo menos em certos casos.”

• Deve ser constantemente reeducado e ser reflexivo quanto à sua psiquê.

• “Por isso o professor precisa abrir sua personalidade á criança ou, ao menos, dar a oportunidade de que ela mesma encontre esse aces so.”

PROFESSOR / ALUNO

Consciente

Inconsciente

Professor Aluno

CriançaIgnorante

Adulto Instruído

B B'

A

C

D

D'

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

• Na relação professor/aluno a “transferência” é um dos fenômenos mais importantes, possibilitando ao aluno experiências fora da família. • O professor é outro pai/mãe diferente do seus, os

colegas de classe são outros irmãos e irmãs.• Quanto mais ciente de sua individualidade, seu

self e mais reflexivo o aluno, mais poderá se relacionar com os outros.

SUJEITO / ALUNO

• ”Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.” • Indivíduo, possuidor de uma alma, transcendente,

que precisa de mecanismos para se relacionar de maneira saudável consigo mesmo e com o outro, sujeito cultural que se realiza buscando e alcançando ser mais parecido com o self.• "Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo

e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der"