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Abrantes · Constância · Mação · Sardoal · Vila Nova da Barquinha · Vila de Rei jornal abrantes de JULHO 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5545 · ANO 116 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO SOCIAL FESTIVIDADE DESPORTO Mação esteve em Mostra durante 5 dias A festa contou com 81 expositores, muita animação, gastronomia, desporto e incluiu um concerto de David Fonseca. Pág. 5 Vítimas de Violência Doméstica “denunciam com mais facilidade” A Câmara Municipal de Abrantes aprovou a aquisição do imóvel, onde nasceu Maria de Lourdes Pintasilgo, para acolhimento de emergência de vítimas de violência do- méstica. Pág. 12 Abrantes cidade Centenária A preparar o futuro para mais 100 anos 100 anos de Sport Abrantes e Benfica Numa reportagem assinada por José Martinho Gaspar é-nos dado um olhar na história e os principais feitos deste clube centenário. Pág. 25 e 26 Móveis . Colchões . Sofás Decoração . Artesanato 241 377 494 ALFERRAREDE Ao lado da SAPEC, em frente às bombas combustíveis BP MOVÍRIS MÓVEIS Foto: Fernando Baio Página 10 NESTA EDIÇÃO PUBLICIDADE

Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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Jornal de Abrantes, Sardoal, Mação, Vila de Rei, Constância e VN Barquinha

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Abrantes · Constância · Mação · Sardoal · Vila Nova da Barquinha · Vila de Rei

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JULHO 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5545 · ANO 116 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITAGRATUITO

SOCIAL

FESTIVIDADE

DESPORTO

Mação esteve em Mostra durante 5 dias

A festa contou com 81 expositores, muita animação, gastronomia, desporto e incluiu um concerto de David Fonseca. Pág. 5

Vítimas de Violência Doméstica “denunciam com mais facilidade”

A Câmara Municipal de Abrantes aprovou a aquisição do imóvel, onde nasceu Maria de Lourdes Pintasilgo, para acolhimento de emergência de vítimas de violência do-méstica. Pág. 12

Abrantes cidade Centenária

A preparar o futuro para mais 100 anos 100 anos de Sport

Abrantes e Benfica

Numa reportagem assinada por José Martinho Gaspar é-nos dado um olhar na história e os principais feitos deste clube centenário. Pág. 25 e 26

Móveis . Colchões . Sofás Decoração . Artesanato

241 377 494ALFERRAREDE

Ao lado da SAPEC, em frente às bombas combustíveis BP

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2 JULHO 20162016

IDADE? 36NATURALIDADE /RESIDÊNCIA? Lisboa / SardoalPROFISSÃO? Técnica de Comuni-cação Autárquica UMA POVOAÇÃO? Ilha do Baleal. Um local onde me consigo encon-trar e reencontrar.UM CAFÉ? Quatro Talhas, no Sar-doal. Embora sendo muito mais do que um café porque tem res-taurante, é um sítio onde beber um café ou um copo com amigos é sempre agradável devido à exce-

lente seleção musical, ambiente e simpatia. PRATO PREFERIDO? Bacalhau as-sado com migas UM RECANTO PARA DESCO-BRIR? Berlengas. Um dos poucos lugares onde a mão do homem, a evolução e a tecnologia não se fa-zem sentir…UM DISCO? “Momento” de Pedro Abrunhosa porque, por muitas ve-zes que o oiça, consegue sempre desligar-me do Mundo.UM FILME? “O Pianista” por ser ba-seado numa autobiografia é uma história inspiradora que prova que a força interior do ser humano é sem-pre superior às contrariedades da vida. UMA VIAGEM? S. Miguel, Açores… fi ca sempre algo por ver e (re)des-cobrirUMA FIGURA DA HISTÓRIA? Ma-dre Teresa de Calcutá. Para mim, um exemplo do verdadeiro altruísmo.

UM MOMENTO MARCANTE? Quando aos 15 anos os meus pais me disseram que iria viver para o Sardoal. Aquilo que para uma ado-lescente, que sempre tinha vivido na cidade, parecia um verdadeiro pesadelo foi na realidade o mo-mento que viria a mudar a minha vida para melhor. Encontrei uma terra pela qual me apaixonei e na qual me sinto como se sempre aqui tivesse vivido. UM PROVÉRBIO? “O Homem só envelhece quando os lamentos substituem os seus sonhos” (Provér-bio chinês) UM SONHO? Nunca deixar de acre-ditar que o Amor é a nossa melhor bússola UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Fazer qualquer um dos percursos pedes-tres do concelho de Sardoal e deix-ar-se encantar pela beleza natural única deste concelho.

ABERTURA

AbrantesQualidade de informação para um jornalismo de qualidade

FICHA TÉCNICA

DiretoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

RedaçãoMário Rui Fonseca

(CP.4306)[email protected]

ColaboradoresAlves Jana e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo 962 108 785

[email protected]

Cristina [email protected]

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho

244 819 [email protected]

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

ImpressãoUnipress Centro Gráfico, Lda.

ContactosTel: 241 360 170 / Fax: 241 360 179

[email protected]

Editora e proprietáriaMedia On

- Comunicação Social, Lda.Capital Social: 50.000 eurosNº Contribuinte: 505 500 094

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Detentores do capital socialLena Comunicação SGPS, S.A. 80%

Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

GerênciaFrancisco Rebelo dos Santos,

Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis

Artigo nº16 da Lei de Imprensa Transparência

da PropriedadeA Lena Comunicação SGPS, S.A. é ainda

detentora de 75 % da Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda.,

proprietária do Semanário Região de Leiria e de 69,94% da empresa Editorial Jornal da Bairrada.

Lda., proprietária do Jornal da Bairrada.A Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. detém ainda uma participação de 12,56% da empresa Editorial Jornal da Bairrada. Lda.

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617

jornal abrantesde

Anabela Diogo, Abrantes

Conheço bem a Aldeia do Mato. Costumo procurar os recantos da Barragem, tomar um café e apro-veitar a paisagem. É um sítio muito agradável até no inverno. Este ano faço conta de voltar.

Margarida Nunes, Abrantes

Já estive na Aldeia do Mato e no Carvoeiro. Gostei imenso do Car-voeiro tem bons espaços e acessos, tem uma piscina ótima e uma zona de bar agradável. A Aldeia do Mato não tem tão bons acessos, mas a zona balnear é muito boa. Este ano quero voltar com os meus amigos.

Joana SantosAlvega

Adoro as praias fl uviais da região. Gosto da Aldeia do Mato, mas por vezes é um pouco confusa, devido ao facto de estar muito em voga. Em Vila de Rei gostei muito de conhecer a praia de Bostelim e Fernandaires e Carvoeiro em Mação. São praias mais calmas, apropriadas para estar em família com uma qualidade de água muito boa.

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

EDITORIAL

Conhece as praias fl uviais da região? Qual recomenda?

SUGESTÕES

Cláudia Costa

Alve

s Ja

na

Joana Margarida Carvalho

Diretora

Risco Máximo Semanalmente chega a informa-

ção por parte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera de que al-guns concelhos do Médio Tejo apre-sentam risco “máximo” ou “muito ele-vado” de incêndio. Segundo estes cálculos é incontornável perceber que estamos numa região particular-mente favorável à ocorrência de in-cêndios e de que os anos anteriores deram provas disso mesmo da forma mais violenta e feroz possível.

Estamos no verão, está acionada a Fase Charlie. Foi noticiado que o dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais vai ter este ano um orçamento superior a 70 milhões de euros, onde vão estar envolvidos mais de 9.700 operacionais, mais de 2.000 viaturas e 47 meios aéreos, um dispositivo idêntico ao de 2015.

Promove-se a sensação de que tudo está operacionalizado para cor-rer bem ou pelo menos melhor do que nos anos anteriores. Contudo, certo é que os incêndios chegam e quando chegam, tal como no ano passado foi possível assistir, é para destruir em massa a fl oresta e todos os recursos de que a mesma dispõe, já para não falar da ameaça que re-presenta às habitações e às popu-lações.

Assim é necessário questionar o que realmente está a ser feito de ano para ano no trabalho de prevenção. Con-hecesse-se projetos para a fl oresta, levados a cabo pelas autarquias, pe-las associações e nas ZIF, no entanto parece não ser sufi ciente, para mini-mizar o risco “máximo” que assombra a região por esta altura do ano.

Efetivamente, esta questão dos in-cêndios deverá exigir uma discussão alargada sobre o assunto, sendo que todos os anos imputam-se responsa-bilidades, trocam-se acusações, sabe-se que não existe um cuidado parti-cular com a fl oresta, que muitas cor-porações de bombeiros estão mal equipadas e vivem com difi culdades, que o negócio dos meios de com-bate a incêndios está bem instalado e que as transformações climatéri-cas estão a elevar o risco da multipli-cação de fogos. Enfi m, são de facto muitas condicionantes que de uma vez por todas nos devem preocupar a todos!

Joana Margarida Carvalho

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3JULHO 20162016 ENTREVISTA

Rita Soares é a diretora da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abran-tes, que abriu as portas a 30 de Maio passado. Médica pela Univer-sidade Nova de Lisboa, residia em Abrantes e trabalhava em Santa-rém quando foi desafi ada a chefi ar esta USF.

O que é esta USF para quem a constrói por dentro?

É um sonho tornado realidade, a concretização de vários anos de trabalho para encontrar a equipa certa e para prestar o melhor ser-viço à população. Tudo começou há alguns anos quando a Dra. Ma-ria do Céu e a Dra. Sofi a Theriaga, diretora do ACES, me desafiaram a vir para Abrantes, para colma-tar esta carência. Em Santarém es-tava já numa USF, de tipo B, ou seja, com benefícios no salário, que per-dia vindo para cá. Mesmo assim, decidi aceitar o desafi o.

Foi difícil chegar cá? Foi. Primeiro, que me deixassem

sair de Santarém, porque a carên-cia é generalizada. O primeiro pe-dido de mobilidade foi recusado, só ao segundo consegui. O mesmo com a Dra. Joana, para vir de Lis-boa. O Dr. Nuno já foi por con-curso. Além disso, encontrar cole-gas mais seniores, que estivesses dispostos a entrar num processo desafi ante, com outro tipo de ho-rário, que exige trabalho na orga-nização, pois a dinâmica da equipa tem de ser construída pelos pró-prios membros, em vez de cada um cumprir as regras da organiza-ção [local]. Mas a equipa está radi-ante, muito motivada, e isso refl e-te-se nos utentes que já consegui-ram ter médico de família.

Quais são, agora, os mai-ores desafi os?

Tivemos muitos desafi os prévios, antes de abrirmos, com os pedidos de material, com a organização da funcionalidade, exigiu muito tra-

balho de todos. Mas as pessoas já estavam desejosas de começar a trabalhar e agora estamos numa fase… de lua de mel. (risos) Esta-mos a fazer o que nos move.

Há problemas de contexto? Nomeadamente de doen-tes que não tinham mé-dico de família há anos…

Não sei se tem havido proble-mas, mas vejo que os doentes têm de ser “educados” neste sen-tido: há programas defi nidos pela Direção-Geral de Saúde, que de-fi ne o que deve ser feito nos vá-rios programas, de doença e de prevenção, mas os doentes, por causa da falta de médicos, estão habituados a tomarem a sua sa-úde nas mãos e fazerem o melhor que podem. Por isso, vêm pedir este ou aquele exame, que não é o que está definido para aquele caso, porque não é o mais indi-cado. Ainda não houve choques, mas já ouvi rumores de que não queremos passar exames. Não é verdade, é porque não se justifi -cam. Há programas desenhados e nós, como profi ssionais, temos de os adequar ao caso individual de cada doente e explicar-lhe o que é o melhor para si.

Com o trabalho de equipa méd-ico-enfermeiro, o estatuto da en-fermagem sai aqui reforçado?

Não sei… A enfermagem, a tra-balhar sozinha, também sente um grande destaque. Quem ganha mais é mesmo o doente, porque tem as duas componentes. Em vez de um profi ssional de saúde, tem dois, que se articulam.

Já se fala, aqui, em medicina pelo telefone. E em videoconferência?

É uma coisa interessantíssima, até para nós consultarmos especia-listas. Com utentes… Não temos câmara. Mas temos o acesso por telefone, a que as pessoas podem recorrer. Eu utilizo muito o e-mail

com os meus utentes, para contac-tos que não exigem consulta. É um meio facilitador sobretudo para quem trabalha.

A medicina tem uma compo-nente científi ca e técnica. Mas também uma componente or-ganizacional. Que desafi os no-vos esta modalidade de orga-nização coloca aos médicos?

Nesta fase da USF ainda não há essa pressão. Mas quando se passa a uma USF tipo B, aí há uma con-tratualização por objectivos – que têm de ser atingidos para se terem certos incentivos financeiros. Por isso, há, por vezes, a tentação de olhar mais para o computador que para o doente, ou seja, para os in-dicadores que é preciso atingir que para o que os doentes querem. Por exemplo, em USF modelo A temos de atingir uma taxa de rastreio de cancro de colo do útero de 60%; em modelo B se calhar é de 90%, embora certos doentes não quei-ram fazer esse rastreio, e estão no seu direito. Nós temos o papel de informar a pessoa, não de a obri-gar. Mas, como disse, esse ainda não é um problema nosso. A solu-ção passa pela confiança entre o doente e o profi ssional, que leva a pessoa a perceber que é um bem para a sua saúde fazer uma mamo-grafia, uma citologia, não pode-mos é obrigar.

Daqui a cinco anos, em 2021, a vitória do vosso traba-lho foi conseguida se…

Se tivermos passado a USF mo-delo B, sinal de que estamos a tra-balhar dentro das orientações pro-postas, o que leva cinco ou seis anos, e se tivermos 75% dos uten-tes “muito satisfeitos” com o nosso trabalho. Este é, para nós, um ob-jectivo a três anos.

O panorama da saúde da popu-lação jovem parece ameaçado: álcool, droga, obesidade, seden-tarismo, dependência do tele-móvel/computador, jogos on line, dietas loucas, depressão, superprotecção, dependência de ansiolíticos, stress por excesso de actividades, surdez precoce pelos fones nos ouvidos… além das possíveis epidemias e dos ressurgimento de velhas doen-ças. Para onde vamos em ter-mos de saúde? Que há a fazer?

Muita prevenção. Muito trabalho com os pais desde que nascem. É na educação para competências parentais que está o futuro dos mais pequenos. Temos de apostar em convocar os adolescentes, que é uma faixa etária que foge muito dos cuidados primários. “Não pre-ciso” “Não estou doente”… E às ve-zes chegam só pelos pais, já num estado complicado. Há aí um tra-balho da saúde escolar, mas esta-mos cá para os receber, pois trata-

mos as pessoas do nascimento até à morte.

E a terceira idade tem bastante peso.

Acima do país e acima do Mé-dio Tejo. Mas encontramos pessoas com muita idade e bastante saudá-veis. E já têm algum acompanha-mento.

Que recomendações gostaria de fazer aos utentes desta USF?

Que tenham alguma paciência com esta fase inicial, em que esta-mos a afinar o funcionamento. E que façam uma boa utilização das consultas: não venham a uma con-sulta só para pedir receituário, há um espaço próprio para isso.

Alves Jana

UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR

“Tratamos as pessoas do nascimento até à morte”

Dados pessoais

Nome: Rita SoaresNaturalidade: LisboaResidência: AbrantesSecundário: AbrantesUniversidade: Nova, Lisboa

Percurso: - Especialidade em Setúbal;- USF Santarém- USF Abrantes

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4 JULHO 20162016SAÚDE

USF DE ABRANTES

Mais serviços para uma melhor saúde

Tramagal aprova Moção de desagrado devido à escassez de médicos

A Unidade de Saúde Fami-liar (USF) de Abrantes e Al-ferrarede abriu as portas a 30 de Maio com o nome de USF D. Francisco de Almeida. Assume como “missão” sua “Prestar cuidados de saúde personalizados, globais e acessíveis ao longo das várias etapas da vida” e “Assentar as [suas] práticas numa cultura de rigor e de qualidade técn-ico-científi ca”.

Para isso, tem um horário das 8h00 às 20h00 e assenta numa filosofia de coopera-ção entre médico e enfer-meiro, ou seja, o utente passa a ter médico de família e en-fermeiro de família a traba-lharem em equipa. E tem vá-rios tipos de consulta.

A “consulta programada”, sem carácter de urgência, acompanha o estado de sa-úde da pessoa, com carác-ter preventivo ou curativo, e segue as situações de risco, que necessitam de consultas periódicas: infanto-juvenis (0 a 18 anos), diabéticos, hiper-tensos, além do rastreio on-cológico e do planeamento familiar.

A “consulta aberta” é para problemas de saúde de iní-cio súbito ou agravamento de doença crónica. Não exige marcação prévia, dada a natu-reza dos casos, pelo que tem de ser pedida aquando da si-

tuação aguda. Não se destina a mostrar exames, nem reno-var receituário, nem tratar de documentação. Também não é para situações em que se deve acorrer à urgência hos-pitalar: em caso de acidente e “para problemas que têm de ser resolvidos em poucas horas, para qualquer trauma-tismo direto, qualquer situa-ção em que seja evidente ser necessário fazer um exame imediato, uma dor no peito que pode ser de um enfarte, ou perda de força num dos la-dos do corpo”, explica a dire-

tora, Rita Soares. A “consulta aberta”, continua, “destina-se a uma amigdalite ou uma dor de garganta, uma dor de ou-vidos ou de dentes, uma in-feção respiratória, uma ocor-rência numa pessoa aparen-temente saudável”.

O “domicílio” é para quem não pode deslocar-se à USF.

Para a simples “renovação do receituário” não é neces-sário ir a consulta, desde que conste como prescrito nas consultas periódicas exigi-das. Pedida a renovação no “atendimento”, a resposta é

garantida em três dias.É também possível ao

utente obter informações por telefone, bem como “conse-lho médico ou de enferma-gem” durante o período de atendimento.

A administração de vaci-nas, os pensos, os tratamen-tos e as injeções são efetua-dos “com dia e hora marca-dos previamente”.

Nos primeiros tempos, tem havido algumas difi culdades para os utentes, sobretudo devidas ao facto de não esta-rem ainda afetados todos os

profissionais necessários. A falta de administrativos criou problemas de falta de capaci-dade de resposta por exem-plo às pessoas que queriam inscrever-se. Além disso, “a máquina” é nova e está ainda a ser afinada e nem sequer todo o equipamento solici-tado foi ainda fornecido. Fi-nalmente, importa perceber que alguns dos médicos vi-eram de fora e não conhe-cem ainda o meio e os pro-blemas médicos que este co-loca, uma vez que a medicina exige o casamento entre os

conhecimentos técnico-cie-ntífi cos em abstrato, que os médicos e enfermeiros têm, com as situações concretas dos pacientes e dos seus con-textos sociais que é preciso conhecer. Por isso a diretora, Rita Soares, pede “alguma pa-ciência e compreensão”. Mas também os utentes devem reportar as difi culdades sen-tidas para que sejam tidas na devida conta.

Finalmente, segundo o “guia de acolhimento”, não compete à USF o “preenchi-mento de formulários de ins-tituições privadas, exames médico-desportivos para desportos federados e de alta competição”, nem a “transcri-ção de exames médicos de Medicina no Trabalho, Segu-radoras, consultas hospitala-res ou privadas”.

Para informação comple-mentar, temos o Decreto-Lei nº 298”007, de 22 de Agosto, que “estabelece o regime ju-rídico da organização e do funcionamento das unida-des de saúde familiar (USF) e o regime de incentivos a atri-buir a todos elementos que as constituem, bem como a remuneração a atribuir aos elementos que integrem as USF de modelo B”.

Contato: 241 070 150Alves Jana

A Assembleia de Fregue-sia de Tramagal aprovou, por unanimidade, uma Moção de “desagrado e até repúdio pela forma como o processo de atribuição de médicos ao Centro de Saúde local tem sido gerido ao longo dos úl-timos anos, com particular incidência nos últimos me-ses, em que foram reduzidas o número de horas atribuídas para a realização de consul-tas médicas”.

Em comunicado assinado pela Presidente da Assem-bleia de Freguesia de Trama-gal, Sandra Dias, pode ler-se que, “com uma população envelhecida e com poucos

recursos, os habitantes da Freguesia de Tramagal são obrigados, fruto da gestão efetuada pelo ACES do Mé-dio Tejo, a recorrer a outros Centros de Saúde a vários quilómetros de distância, ou, mais grave, nos casos em que tal não é possível, a fi car sem o devido acompanhamento médico”.

A Assembleia de Freguesia diz “não compreender a op-ção tomada pelo ACES de es-vaziar o Centro de Saúde de Tramagal de profi ssionais de saúde, sendo que o mesmo reúne todas as condições físi-cas para acolher um bom ser-viço, obrigando os utentes a

deslocarem-se para Abran-tes, Santa Margarida e Alfer-rarede, num claro desperdí-cio de investimento público em tempos realizado”.

“Também não se compre-endem as justificações de que não há médico porque os médicos atribuídos rescin-dem os contratos. Durante

muito tempo Alferrarede e Santa Margarida não tiveram qualquer problema de recur-sos humanos”, acrescenta.

“Neste sentido, considera

esta Assembleia que o ACES do Médio Tejo não tem de-senvolvido todos os proce-dimentos possíveis e neces-sários à prestação de um Serviço de Saúde básico à população da Freguesia de Tramagal, sendo notória a degradação acelerada desse mesmo serviço prestado”, finaliza a moção de desa-grado.

Este assunto já tinha sido le-vantado por Vitor Hugo Car-doso, presidente da Junta de Freguesia de Tramagal, na úl-tima Assembleia Municipal de Abrantes, e mereceu o apoio dos deputados eleitos das diferentes bancadas.

• Na USF de Abrantes o utente passa a ter médico e enfermeiro de família

Page 5: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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5JULHO 20162016 MAÇÃO

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MAÇÃO

Governo vai atribuir mais fundos comunitários para projetos das autarquias

Os municípios que inicia-rem projetos financiados com verbas comunitárias du-rante este ano benefi ciam de mais 10% de fundos ou de mais 7,5% se arrancarem no primeiro trimestre de 2017, anunciou em Mação o secre-tário de Estado do Desenvol-vimento e Coesão.

Nelson de Souza esteve presente no dia 1 de julho na XXIII Feira Mostra de Mação, onde jantou depois de visi-tar atentamente todos os ex-positores presentes e onde assistiu à cerimónia de Dis-tinção dos Empresários do concelho com estatuto PME excelência 2015 atribuído pelo IAPMEI, tendo respon-dido desta forma a alguns te-mas que preocupam o presi-dente da Câmara de Mação,

Vasco Estrela, e que não dei-xou de os enunciar no tradi-cional discurso que pontua o momento da abertura ofi cial do certame.

O autarca disse que o alar-gamento do evento de três para cinco dias era uma “aposta ganha”, salientou que a Feira Mostra tem um “ca-risma especial”, que signifi ca um “momento de afi rmação” do concelho e de “confi ança no futuro”, tendo, no entanto, lembrado ao governante e a todos os presentes o drama do despovoamento das regi-ões do interior, que apresen-tou um “défice negativo de 1700 pessoas” no ano 2015, números “dramáticos”, na re-gião do Médio Tejo, onde se insere Mação, segundo Vasco Estrela, tendo lembrado que

esta é uma questão que “a to-dos deve preocupar no sen-tido de perceber como suster este fenómeno”.

O autarca de Mação disse ainda “não compreender os

sinais contraditórios” do Go-verno relativamente a ver-bas que poderão chegar aos municípios mais pequenos quando o critério de atribui-ção de verbas é de 80% para

os municípios com mais ha-bitantes e de 20% para os mais pequenos e mais des-povoados.

“Os concelhos mais peque-nos são prejudicados relati-vamente a outros concelhos”, afirmou Estrela, tendo refe-rido que, com base nestes cri-térios, o concelho de Mação vai receber menos 300 mil euros do que previa, no âm-bito do PARU [Plano de Ação e Reabilitação Urbana].

“Temos de contar connosco e não podemos estar à es-pera que sejam os outros que venham resolver os nossos problemas. Somos nós”, disse, virando-se para a população, empresários e associativistas, “quem tem de tentar dar a volta a esta situação”, tendo terminado a sua intervenção

elencando projetos em curso para captar, fi xar e dinamizar a economia local e deixando um apelo: “peço que conti-nuem a ajudar a contrariar a atual situação. Não estarão a ajudar a mim, mas ao conce-lho de Mação”.

Vasco Estrela anunciou ainda que Mação foi o muni-cípio português galardoado a 2 de junho pela UNESCO como membro das “Cidades da Aprendizagem”, diploma atribuído pelo reconheci-mento do trabalho desen-volvido em Mação ao nível do ensino básico até ao mais alto patamar da aprendiza-gem, através dos cursos de mestrado ministrados pelo Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo.

MRF

• Vasco Estrela, presidente da Câmara, Saldanha Rocha, presidente da Assembleia Municipal e Nelson de Souza, Secretário de Estado

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6 JULHO 20162016MAÇÃO

SOBRE A DESERTIFICAÇÃO POPULACIONAL VASCO ESTRELA AFIRMA QUE:

“Devemos parar e ver como é que podemos todos em conjunto ultrapassar este fenómeno”O presidente da Câmara Mu-nicipal de Mação fala ao Jor-nal de Abrantes sobre os pro-jetos que a autarquia está a desenvolver e deixa um olhar preocupado quanto à desertificação populacional do seu concelho.

Quais são os investimentos que a Câmara está a desen-volver?

Estamos com uma série de empreitadas a decorrer, fruto de um concurso público que fizemos, como sejam a re-qualifi cação e pavimentação de vias municipais, essenci-almente nas freguesias de Envendos, Carvoeiro, Abo-boreira e Mação. Espero du-rante o mês de julho lançar dois concursos públicos im-portantes, com valor signifi -cativo, superior a 2 milhões de euros. Têm a ver com a criação do Centro de Negó-cios e o Ninho de Empresas na zona industrial, temos o projeto praticamente con-cluído. O que pretendemos fazer naqueles 4.000 metros de área coberta é possibi-litar a criação de empresas dos mais variados âmbitos e áreas. Podem ali começar a desenvolver as suas ativida-des, em espaços autónomos, com alguns espaços comuns, como áreas administrativas, salas de reuniões e refeitó-rios. A parte administrativa poderá ser assegurada pela câmara, mas são pormenores que ainda estão em aberto. Portanto a nossa ideia é ter ali um espaço, que no máximo permitirá a criação ou poderá ser usufruído por 28 empre-sas e que vai permitir que as que estão em início de ativi-dade possam optar por ali se instalar, fi cando desoneradas de investimentos avultados, em termos de instalações ou aquisição de um terreno. Te-mos muita urgência em con-cluir este processo.

Já existem interessados para esse novo Centro de Negócios?

Temos cerca de 7 ou 8 inte-ressados, que numa primeira fase poderão utilizar aquelas instalações.

Ainda sobre os investimen-tos, outro projeto, que temos em mãos, é a requalifi cação da entrada sul de Mação ou seja, para quem vem da A23. Os objetivos são resolver problemas que temos no in-verno com as águas pluviais, sendo que surgem autênti-cas poças de água que fi cam na entrada da vila. Fruto de várias obras que foram feitas ao longo dos anos por outras entidades, algumas coisas nunca fi caram devidamente arranjadas, temos de fazer a drenagem das águas pluvi-ais que não é feita de forma conveniente, vamos proce-der ao alargamento e requa-lificação da ponte que está na entrada, que é extrema-mente apertada para cami-ões, vamos alindar a entrada da vila e pretendemos refor-mular a iluminação pública que não é a mais adequada. Vamos tentar dar outra digni-dade à entrada da vila, num investimento de 1 milhão de euros.

Pretendemos também re-qualificar a avenida Sá Car-neiro, que tem árvores de grande porte a danificar a calçada, onde as raízes estão hoje a trazer-nos problemas. Vamos fazer ali uma interven-ção profunda para resolver esse problema.

Falamos de investimentos autárquicos, ou de projetos que são apoiados através de fundos comunitários?

Estamos somente a falar de investimento autárquico. A Câmara contraiu já um em-préstimo para ter capacidade de pagar as obras e não para as mandar fazer e não as pa-gar e dentro da nossa capa-cidade de endividamento está resolvido. No que diz respeito à entrada sul de Ma-ção, temos a expectativa de no âmbito do Plano de Ação para a Regeneração Urbana (PARU) podermos vir a ter al-guns fundos para esta inter-venção.

Existem outras obras que podem ser integradas no âmbito dos Fundos Comu-nitários?

Neste momento, não, ainda não temos nenhum ok para nada. A única possibilidade que temos e que vamos aproveitar durante o mês de agosto é para a constru-ção de um campo despor-tivo, junto à escola básica e jardim de infância de Mação, num investimento na casa dos 50 mil euros, e que foi integrando nos Investimen-tos Territoriais Integrados (ITI) do Médio Tejo para a área da Educação. Temos projetos e ideias que fi caram e que es-tavam previstos integrar nos ITI, na área da efi ciência ener-gética e na criação de per-cursos pedestres. A efi ciência energética é uma área crítica para Mação, face aos investi-mentos que são necessários para conseguir baixar a fa-tura energética, e por isso es-tamos a começar todos a tra-balhar nessa área ao nível da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.

Na última Assembleia Mu-nicipal foi aprovado o pro-grama Jovem Autarca. O que signifi ca e o que vai trazer?

Esse programa surgiu atra-vés de uma proposta do deputado Duarte Marques numa Assembleia Municipal há uns meses atrás. O que se pretende é estimular a par-ticipação dos jovens para que possam também eles ter uma palavra a dizer. No fundo, estimular e despertar-

lhes o gosto pela causa, pela gestão autárquica, para per-ceberem as difi culdades que é fazer escolhas e gerir orça-mentos. Em princípio vamos ter um montante de 10 mil euros para que eles possam gerir dentro de determina-dos critérios e parâmetros. É uma ideia com muitas virtu-des, como disse é importante estimular os jovens a partici-par nas decisões públicas. O regulamento já foi aprovado na Assembleia Municipal. Es-tou expectante fase à ade-são, sendo que os jovens já estão um pouco despertos para esta matéria.

Os alunos de Mestrado apresentaram o projeto “Paisagens culturais do concelho de Mação”. Quais foram os resultados?

Neste mestrado, os alunos contactaram com as pessoas de diferentes localidades do concelho e tinham de apre-sentar propostas para es-tas mesmas comunidades, tal como aconteceu há dois anos. O que dali surgiu foi um conjunto de ideias para po-dermos dinamizar aquelas aldeias. Provavelmente uma das ideias que foi lançada para a Carregueira poderá em breve ser posta em prá-tica. Estamos a falar de uma casa de artistas. Há uma sé-rie de anos recuperámos a antiga escola primária, que está devidamente equipada e que poderá servir de base

para este projeto.

A desertifi cação populaci-onal é uma realidade preo-cupante. O que se pode fa-zer mais a nível local?

Acho que é uma questão tão profunda, tão dramática que hoje já ninguém tem res-postas para esta questão. A solução sai das portas da câ-mara, do país, porque isto é realmente grave. Os últimos dados que foram tornados públicos pelo INE dizem que o único concelho que não perdeu população foi o do Entroncamento. A caminhar-mos a este ritmo, há de facto aqui toda uma sustentabili-dade que está em risco. Há muito tempo, e em Mação principalmente, que vimos a chamar atenção para esta problemática. Assusta-me esta realidade, porque infe-lizmente em Mação surgiu um pouco mais cedo do que nos outros locais. Mas hoje, quando olhamos para o Mé-dio Tejo e vimos que perde 1500 pessoas num ano, só a contar com aqueles que nas-ceram e morreram, sem con-tar com os estudantes que abandonaram, pois foram es-tudar para outras zonas, acho que devemos parar e repen-sar e ver como é que pode-mos todos em conjunto ul-trapassar este fenómeno. Um fenómeno que vai fazer com que milhares e milhares de aldeias sejam autênticos de-sertos daqui a meia dúzia de

anos na nossa região e colo-quem em causa todos os in-vestimentos que andamos a fazer. As visitas que fazemos às freguesias não precisáva-mos de as fazer para ter esta noção, fico amargurado ao andar nas aldeias do nosso concelho e não passar por ninguém! Temos exemplos gritantes de abandono, não temos aldeias totalmente vazias, mas temos com 2 e 3 pessoas.

Depois da visita do Primei-ro-ministro a Mação, que respostas obtiveram por parte da Administração Central para o projeto que têm no âmbito fl orestal?

Não tivemos mais nenhuma resposta. Estão abertos os in-vestimentos que estavam disponíveis no anterior qua-dro comunitário de apoio, é nessa base que iremos ten-tar trabalhar fazendo o apro-veitamento daquilo que está disponível. Havia uma serie de candidaturas que tínha-mos submetido que foram rejeitadas, devido ao facto do Sr. Ministro ter feito um ponto de situação face a to-das as candidaturas que es-tavam pendentes para valo-rização e limpeza da fl oresta e de algumas manchas flo-restais, e agora vai abrir um novo prazo de candidaturas. De acordo com o que for sur-gindo nós vamos tentar en-quadrar o que for possível, sendo certo que não é o que defendemos, mas se são es-tas as ferramentas que temos é com estas que temos de governar.

Admite uma candidatura à Câmara Municipal nas pró-ximas autárquicas?

Tem havido a indicação que os presidentes de câmara que queiram recandidatar-se poderão fazê-lo, mas as coisas ainda não foram su-ficientemente discutidas na Comissão Politica do PSD de Mação. Mas parece que faz sentido, no meu entendi-mento, que continue a ser o candidato, mas não depende de mim.

Joana Margarida Carvalho

• Vasco Estrela admite uma recandidatura à Câmara de Mação

Page 7: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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7JULHO 20162016 INVESTIMENTOS

Câmara de Abrantes adjudica obra do MIAA por 3 milhões de euros

Foi aprovada a adjudicação da obra de recuperação do Convento de São Domingos, onde irá ser instalado o Mu-seu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA), à empresa Teixeira, Pinto e So-ares, S.A. pelo valor de cerca de 3 ME e 124 mil euros.

A proposta apresentada, no dia 21 de junho, por João Ca-seiro Gomes, vice-presidente da CM de Abrantes, mereceu a abstenção, da vereadora eleita pelo PSD, Elza Vitório, por considerar ainda não es-tar “tudo esclarecido quanto ao MIAA”.

“Estamos satisfeitos com a recuperação de património, por outro lado o MIAA, (…) tem questões que ainda não estão esclarecidas”. Questões ligadas “à autenticidade da coleção, nomeadamente a coleção de arqueologia, e neste sentido o vosso voto é de abstenção”, referiu a ve-readora.

Já o vereador Avelino Ma-nana salientou o parecer positivo da CDU quanto ao atual projeto MIAA e consequentemente quanto à reabilitação do Convento de São Domingos, contudo apelou à necessidade de mo-notorização da obra que será realizada.

Dando como exemplo os problemas que ocorreram nas obras do Mercado Diário e em alguns Centros Escola-res, o vereador apelou ao “exe-cutivo que monitorize e que exija o cumprimento do ca-derno de encargos da obra”.

Recorde-se que a Câmara de Abrantes conseguiu fi-nanciamento comunitário para a recuperação do Con-vento de São Domingos. O vice-presidente adiantou que “é previsível que a obra arranque no mês de setem-bro ou de outubro”, com a duração de 910 dias.

O MIAA vai ocupar todos os espaços disponíveis atuais

do Convento de S. Domin-gos para áreas de exposições, permanentes e temporárias, que serão predominantes, com os espaços que irão al-bergar parte da coleção de arqueologia e arte municipal, o espólio de pintura contem-porânea da pintora Maria Lu-cília Moita e a coleção arque-ológica Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lou-renço Estrada, Filhos, assim como para instalar os servi-ços indispensáveis ao funcio-namento do Museu e Centro de investigação associado, da receção ao serviço educativo, uma área de armazém e di-versas áreas técnicas.

O futuro museu vai aco-lher cerca de cinco mil peças que integram as coleções da Fundação Estrada ao nível de ourivesaria ibérica, arma-ria e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, para além de co-leções de numismática, ar-quitetura romana, medieval e moderna, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local.

Associado ao Museu Ibérico, o espaço vai ter um Centro de Investigação que sirva de polo dinamizador de projetos de investigação e de parcerias com universidades, museus nacionais e estrangeiros.

Joana Margarida Carvalho

Já foram publicados em Diário da República os dois avisos de concurso para a repavimentação e para a colocação de novas condu-tas de água na localidade de Panascos e na zona norte de Valhascos, no con-celho de Sardoal.

Num investimento total na ordem de 700 mil eu-ros, Miguel Borges, presi-dente da Câmara Munici-pal, disse que “há mais vida para além dos fundos co-munitários”, sendo este um investimento inteiramente autárquico.

“Estamos a falar de um in-vestimento na ordem dos 700 mil euros, e o municí-pio avança sem acesso a fundos comunitários. Na verdade também tentá-mos perceber se havia al-guma oportunidade para enquadrar estes investi-mentos [nos fundos co-munitários], e chegámos à conclusão que não vai ser possível que abra avisos de candidaturas para este tipo de investimentos e assim temos de fazê-lo com di-nheiros próprios”, salientou o autarca.

Segundo o presidente, estes são investimentos prioritários, sendo que os arruamentos em causa já carecem de pavimentação e as condutas de água já são bastante antigas.

“São umas condutas bas-

tante antigas e com obras de pavimentação é claro que vai obrigar a uma in-tervenção. Já que estamos a mexer no pavimento, te-mos de aproveitar e colo-car umas condutas novas (…) o trabalho fica assim bem feito e por muitos e muitos anos”.

“São dois projetos que já estão em fase de pro-cedimento concursal, terá ainda de ter o visto do tri-bunal de contas, e esta-mos aguardar. Mas quere-mos avançar no fi nal deste ano, princípio do seguinte (…) Dentro desta área da repavimentação conta-mos fazer outras interven-ções ainda neste mandato”, avançou o responsável.

Para levar a efeito as duas intervenções em Panascos e Valhascos, a Câmara Mu-nicipal já tinha aprovado, na reunião do dia 21 de abril e na sessão da Assem-bleia Municipal, a contrata-ção de um empréstimo no valor de 706 mil euros.

“ Se conseguimos o em-préstimo, é porque temos capacidade de envida-mento e é porque temos as nossas contas bem-feitas. Temos uma evolução po-sitiva em termos de dívida, que temos vindo a reduzir substancialmente de ano para ano”, afi rmou Miguel Borges.

Joana Margarida Carvalho

Autarquia de Sardoal investe 700 mil euros nas localidades de Panascos e Valhascos

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Page 8: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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8 JULHO 20162016REGIÃO

XXVII Feira de Enchidos, Queijo e Mel com programa atrativo e diversifi cado

MAÇÃO

Praia fl uvial de Carvoeiro é sinónimo de sucesso e Bandeira Azul

Vila de Rei volta a receber a Feira de Enchidos, Queijo e Mel, que este ano decorre de 30 de julho a 7 de agosto, no Parque de Feiras.

A vigésima sétima edi-ção do certame, organi-zado pelo Município de Vila

de Rei, tem, à semelhança de anos anteriores, um pro-grama repleto de animação, com concertos, a já tradici-onal Feira do Livro, exposi-ções, tasquinhas, animação de rua, jogos tradicionais, programa desportivo e a re-

alização da 27ª Colheita de Sangue.

A animação musical, um dos muitos atrativos da Feira, vai acontecer em palcos dis-tintos. O palco principal fi cará destinado às atuações de Mia Rose, OLE – Orquestra Ligeira

do Exército, Leo & Leandro, ÁTOA, Tiago Bettencourt e Mikkel Solnado. Para o placo 2, localizado igualmente no recinto da Feira, o destaque incide sobre as atuações de grupos Vilarregenses, nome-adamente o Grupo de Con-

certinas da Casa do Benfica e a Villa d’el Rei Tuna. Haverá ainda o palco 3, destinado às atuações de DJs, que decor-rerão após os concertos do palco principal.

O evento volta a contar com mais de 110 exposito-

res oriundos de vários pon-tos do país, que irão apre-sentar o melhor da gastro-nomia regional e artigos em artesanato, assim como re-presentar os sectores indus-trial, comercial e de serviços do Concelho de Vila de Rei.

As praias fl uviais de Carvo-eiro (Mação), Bostelim (Vila de Rei) e Aldeia do Mato (Abrantes) foram as únicas três praias fl uviais na região do Médio Tejo galardoadas com a Bandeira Azul 2016, uma distinção que é um sím-bolo de qualidade ambien-tal atribuído anualmente às praias.

A cerimónia do hastear da Bandeira Azul em Aldeia do Mato (Abrantes) decorreu no dia 5 de julho, às 14:30, e em Bostelim (Vila de Rei) será no dia 8 de julho, às 11:30.

Galardoada pelo décimo ano consecutivo com a Ban-deira Azul, a praia fl uvial de Carvoeiro, em Mação, foi a primeira a hastear o símbolo máximo de excelência que se pode atribuir a uma praia fl uvial [Bandeira Azul] e é um caso raro num país onde a falta de qualidade da água afasta daquele prémio a mai-

oria das zonas balneares in-teriores.

“A água é excelente, a praia é muito bonita e muito bem arranjada, tem uma envol-vência verde muito agradá-vel e é uma praia que merece este galardão de excelência” destacou Margarida Nunes, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), na cerimó-nia do hastear da Bandeira Azul 2016, no passado mês de junho em Carvoeiro, Ma-ção.

Margarida Nunes lembrou ainda os “critérios muito aper-tados” para que uma zona balnear possa ostentar o ga-lardão Bandeira Azul, desde a qualidade da água, às ques-tões dos acessos, segurança, separação de lixos, wc, entre muitos outros, tendo subli-nhado “não ser fácil chegar ao topo” e manter o nível de excelência.

“A envolvente natural, as

acessibilidades e a inexistên-cia de habitações a montante da nascente, contribui para a excelência da qualidade da

água” da praia de Carvoeiro, afi rmou, por sua vez, o presi-dente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD).

Situada a 25 minutos da sede do concelho, a praia fl uvial de Carvoeiro “oferece condições fantásticas de na-

tureza e permite usufruir de sossego, em ambiente inti-mista e familiar”, afirmou Vasco Estrela, tendo lem-brado que todos os anos a au-tarquia efetua ali um grande investimento para manter o nível de excelência e cumprir os 30 critérios exigidos.

Com oferta de segurança, serviço de vigilância e quali-dade das suas águas, a praia fluvial de Carvoeiro dispõe ainda da Bandeira de Qua-lidade de Ouro, atribuída pela Quercus, Bandeira Praia Acessível e de equipamentos como balneários, cadeira an-fíbia para pessoas com mobi-lidade reduzida, bar, parque de merendas, churrasqueiras, toldos de palha, espreguiça-deiras e zona de banhos para adultos e para crianças, para além de posto de Primeiros Socorros e amplo parque de estacionamento.

Mário Rui Fonseca

CM

de

Vila

de

Rei

Page 9: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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9JULHO 20162016 CULTURA

A cidade de Abrantes está a acolher o 180 Creative Camp até ao dia 10 de julho, numa academia de verão que junta cerca de uma centena de pessoas para discutir e pen-sar sobre os caminhos da cri-atividade.

“Acho que a maneira mais simples de explicar o que é o 180 Creative Camp é dizer que é uma academia de ve-rão da criatividade”, como afi rmou o diretor de progra-mação, Nuno Alves.

Este é o quarto ano que Abrantes, uma cidade do interior, na margem do Rio Tejo, é a casa desta iniciativa transdisciplinar do Canal 180, acolhendo até dia 10 de julho um programa de interven-ções artísticas, workshops com artistas convidados, ci-nema e música.

A academia destina-se a “jovens com mentes criati-vas e efervescentes”, como se lê no programa, e às 40 va-gas disponíveis concorreram mais de 150 pessoas, não só de Portugal, mas também de países como Itália, Colômbia e Estados Unidos.

Segundo Nuno Alves, o 180 Creative Camp pode ser en-tendido como um comple-mento ao percurso acadé-mico de quem está a concluir estudos e pode servir de bús-sola para quem procura uma orientação profissional no universo das indústrias cri-ativa.

Não sendo um festival, é um projeto que “está focado no processo criativo. Aqui o que conta é o pensar, como criar, produzir, comunicar e distri-buir”, elencou Nuno Alves.

Ao longo de uma semana, os participantes estão em contacto com convidados portugueses e estrangeiros, num programa transdiscipli-nar que procura caminhos de comunicação entre a ar-quitetura e a arte urbana, en-tre o cinema e o design, por exemplo.

Entre os convidados deste

ano contam-se o realizador Sean Dunne, o agente cul-tural Frank Kalero, a realiza-dora Leonor Teles, o ilustra-dor e músico José Cardoso e o coletivo espanhol de arte urbana Boa Mistura, que fará uma intervenção num edifí-cio da cidade.

Anualmente, a organização potencia a ligação das ativi-

dades do Creative Camp à vida quotidiana de Abrantes, envolvendo espaços do cen-tro histórico, o comércio local e os habitantes, em particular os mais novos.

“Faz parte da intenção do Creative Camp envolver e potenciar o desenvolvi-mento de Abrantes, porque é uma cidade do interior e

onde se nota uma neces-sidade de renovação”, afir-mou Nuno Alves.

Esta semana dedicada às artes e à criatividade orga-nizada pelo Canal 180 - um canal de televisão por cabo -, aconteceu pela primeira vez em 2012 em Vila Nova de Cerveira. Já passou por Gui-marães, teve uma réplica em Itália e fi xou-se em Abrantes, onde acontece pelo quarto ano consecutivo, com o apoio da autarquia.

O Creative Camp Abrantes 2016 culmina com uma festa de encerramento, onde serão apresentados os trabalhos desenvolvidos ao longo de toda a semana. São oito dias em julho dedicados à Media Arts, recheada de muita cria-tividade e animação.

MRF

Com cerca de 10 mil visi-tantes, a Festa Templária Al-mourol foi o primeiro evento deste género no castelo de Almourol, nos dias 24, 25 e 26 de junho, “tendo como ob-jetivo principal aumentar a visibilidade do monumento nacional, no seguimento do projeto de musealização re-centemente implementado”, disse ao JA o presidente da Câmara Municipal.

“O evento deverá ter conti-nuação em 2017, com o apro-fundar da parceria com as as-sociações, cujos elementos participaram de forma ativa como figurantes, trajando a rigor, dedicando muito do seu tempo ao ensaio de dan-

ças medievais e a dar vida às personagens da época. De referir que a grande maioria dos recursos humanos en-volvidos na iniciativa são do concelho e da região”, fez no-tar Fernando Freire.

O Município de Vila Nova da Barquinha tem como ob-jetivo para a edição do pró-ximo ano concretizar “uma colaboração ainda mais pró-xima com as entidades pú-blicas e privadas que se as-sociaram à primeira edição, angariando também novos parceiros”.

A Rota Templária, assim como os Caminhos de Santi-ago são duas apostas da au-tarquia a implementar ainda

em 2016, em estreita parceria com as Associações de De-senvolvimento Local – ADIRN e TAGUS – que estão a desen-volver projetos nestas temá-ticas.

“A marca templária é uma mais-valia em termos turísti-cos para Vila Nova da Barqui-nha e para região, pelo que é necessário continuar a exp-lorá-la. Só com a promoção e realização de eventos re-gulares de dimensão regio-nal e nacional podemos con-tribuir para o incremento de oportunidades oferecidas à comunidade, à restauração e ao turismo, dando a conhe-cer aquilo que amamos”, fi na-lizou o presidente.

180 Creative Camp, a academia de verão sobre criatividade

Festa Templária recriou época medieval em Almourol

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Page 10: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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10 JULHO 20162016CENTENÁRIO

Presidente da República diz que os abrantinos são “forças da natureza”

Abrantes celebrou 100 anos de evocação a cidade. O Pre-sidente da República, Mar-celo Rebelo de Sousa, pre-sidiu à cerimónia oficial do dia da cidade e disse que os abrantinos “são forças da na-tureza” e que isso explica o “passado” de Abrantes, mas também o seu “presente”.

Na cerimónia de home-nagem aos trabalhadores do município e de entrega das 100 medalhas de honra a entidades e personalida-des abrantinas, Marcelo Re-belo de Sousa referiu que “Abrantes celebra 100 anos, mas olha para o futuro (…) e para o “presente das pes-soas e das instituições”.

Numa palavra de referência aos homenageados, o Presi-dente da República salientou que todos “contribuem para o prestígio de Abrantes” e “para o prestígio de Portugal. Mas também as instituições, por-que uma cidade, como um município, não é um somató-rio inorgânico de pessoas. É um tecido, é uma rede feita de várias redes institucionais”.

Depois de fazer uma alusão à história de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, presi-dente da Câmara Municipal, fez uma referência à evolu-ção que o concelho foi tendo ao longo dos anos: “fi zeram-se obras estruturantes como a Cidade Desportiva, a requa-lifi cação do Centro Histórico, que veio dinamizar o espaço enquanto polo de atração tu-rística e comercial, mas tam-bém a reabilitação das mar-gens do rio Tejo ou o aprovei-tamento das potencialidades da Albufeira de Castelo do Bode. Foi dado um passo im-portante também ao nível da educação, implementando todos os níveis de ensino em todos os estabelecimentos escolares existentes, desde o pré-escolar até ao ensino su-perior, com a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes”.

“Construíram-se novas obras, como os novos Cen-tros Escolares, a Residência de Estudantes, o Mercado Di-ário, o Parque Tejo, ou mais recentemente os Laborató-rios de Inovação Industrial e Empresarial, no Parque Tec-nológico do Vale do Tejo”,

lembrou ainda a autarca. Para Maria do Céu Albu-

querque hoje impõe-se a “promoção da competiti-vidade e da coesão local. A promoção territorial, a cap-tação de investimentos, a re-dução de custos de contexto, o desenvolvimento social in-tegrado”, onde o objetivo é “colocar o cidadão no centro

do sistema (…) na constru-ção da sua cidade e na sua governação”.

Por último, a autarca abran-tina aludiu aos desafios, que no seu entender, o concelho tem pela frente: “o princípio da subsidiariedade. O desenvolvi-mento sustentável” e “o apro-fundamento da democracia pelo reforço da cidadania”.

Em representação de to-dos os 100 homenageados, que levaram consigo uma peça simbólica intitulada a medalha de honra da cidade, Bruno Neto referiu ser impor-tante “não nos esquecermos das nossas raízes”.

Que nunca esqueçamos de onde vimos, que nunca esqueçamos o que somos, o

que trabalharam os nossos avós e pais e que os nossos fi lhos e fi lhas estão cá para lutar e expandir a ideia que não somos só cidades, ins-tituições, pessoas, somos o sonho e somos o coração de querer ser mais”, referiu o jo-vem tramagalense.

Após a cerimónia oficial, que encheu o cine teatro

São Pedro, foi inaugurada a escultura “A Celebração do Tempo”, na rotunda junto ao quartel, com a presença do seu escultor Charters de Al-meida, de Eduardo Cabrita, de Maria do Céu Albuquer-que, de Jorge Lacão e da co-munidade abrantina que também está de parabéns!

Joana Margarida Carvalho

Com 15 metros de altura, de aço corten, a peça es-cultórica que foi instalada na rotunda do Quartel em Abrantes, representou um custo de construção de 149.630,00€, segundo um comunicado da Câmara Municipal.

A escultura “A Celebra-ção do Tempo”, da au-toria de Charters de Al-meida, pretende assinalar os 100 anos de Abrantes enquanto cidade e vai ser inaugurada no próximo dia 14 de junho, às 19h00.

O contrato entre a au-tarquia e o escultor foi fe-chado em 65 mil euros, se-gundo avança a mesma fonte.

Escultura na entrada da cidade representa investimento na ordem de 215 mil euros

• Presidente da República disse que “todos os homenageados [do dia 14 de junho] contribuem para o prestígio de Abrantes”

• Escultura dos 100 anos de Abrantes foi inaugurada na presença do seu autor Charters de Almeida

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11JULHO 20162016 REGIÃO

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Os professores da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), vão esclarecer todas as dúvi-das sobre o prosseguimento de estudos no ensino supe-rior que os jovens e os pais possam ter. Entre os dias 4 e 20 de julho, de segunda a sexta-feira, entre as 18h00 e as 19h00, haverá sempre um docente para apresentar a oferta formativa e para dar indicações sobre diferentes processos de candidatura. A ESTA conta atualmente com quatro licenciaturas (Comu-nicação Social, Vídeo e Ci-

nema Documental, Enge-nharia Mecânica e Tecno-logias da Informação e da Comunicação). A um con-junto de Pós-Graduações e Mestrados juntam-se ainda 11 cTeSP, formações superi-ores profi ssionalizantes com estágio integrado, em áreas como a Produção de Con-teúdos Digitais, a Manuten-ção de Sistemas Mecatróni-cos, a Qualidade Alimentar e a Animação e Modelação 3D. No caso destes cursos, as matrículas decorrem atém 20 de julho. Esclarecimentos adicionais através do email: [email protected].

EDUCAÇÃO

Prosseguir estudos superiores em Abrantes

Na Assembleia Municipal de Abrantes, do dia 19, foi apro-vada, por unanimidade, uma Moção em defesa da mobi-lidade pedonal na Ponte Ro-doviária de Abrantes, apre-sentada pelo BE.

A Infraestruturas de Portu-gal (IP), em resposta ao JA, veio esclarecer que está as-segurada a passagem de car-ros de bebés e de pessoas com mobilidade reduzida na ponte metálica sobre o rio Tejo, em Abrantes, mas não o seu cruzamento.

A IP refere que houve o cumprimento do requisito le-gal e que está salvaguardada a passagem no passeio do lado nascente da ponte.

Em comunicado a empresa esclarece que “os passeios na Ponte metálica de Abrantes têm 0,60m livres no lado po-ente e 0,80m livres no lado nascente. Às pessoas com mobilidade reduzida está ga-

rantida a travessia sobre o rio Tejo pela Ponte Metálica de Abrantes, utilizando o pas-seio do lado nascente”.

“Este passeio possui espaço livre bastante de modo a per-mitir a passagem de cadei-

ras de rodas, cumprindo com o estipulado na legislação (Decreto-Lei n.º 123/97 de 22 de maio) que determina como largura mínima abso-luta dos acessos para utiliza-ção por pessoas com mobili-

dade condicionada, precisa-mente os 0,80 m existentes. Estas larguras são as má-ximas possíveis, sendo que o espaço livre existente no passeio poente fi ca limitado aos 0,60m pela presença dos candeeiros de iluminação pública”, pode ler-se na infor-mação.

A IP adianta que “a imple-mentação de passeios com larguras superiores implica-ria alterações substanciais na estrutura da ponte metálica e de elevada complexidade técnica, requerendo uma in-tervenção mais profunda, temporalmente mais demo-rada e exigindo elevados en-cargos financeiros e para a mobilidade na região na exe-cução da obra”.

A IP prevê a conclusão dos trabalhos na ponte no dia 13 de julho.

JMC

IP garante mobilidade para “todos” na ponte sobre o rio Tejo

Page 12: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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12 JULHO 20162016SOCIAL

ABRANTES

Vítimas de Violência Doméstica “denunciam com mais facilidade”

Joana Maia, primeira mulher a assumir o Rotary Club de Abrantes

A Câmara Municipal de Abrantes aprovou no dia 21 de junho, por unanimidade, o montante de 23 mil euros para aquisição do imóvel, onde nasceu Maria de Lour-des Pintasilgo, para acolhi-mento de emergência de víti-mas de violência doméstica.

Atualmente, a Câmara Mu-nicipal dispõe de um serviço de atendimento dentro do edifício dos Paços do Conce-lho, e a necessidade de um novo espaço, surge na me-dida em que é necessário re-alizar um acompanhamento que confi ra proteção e con-forto à vítima.

“O que está na base [da compra do novo espaço] é o acompanhamento e o nú-mero de atendimentos. Te-mos mais casos na verdade, mas também não consegui-mos perceber se é porque há mais informação disponível, se é porque há mais forma-

ção para os técnicos, se efe-tivamente as pessoas perce-bem melhor que se trata de um crime público, e por isso, já o denunciam com mais facilidade”, afi rmou Celeste Simão, vereadora com o pe-louro da Ação Social.

Em casos de vítimas de vi-olência doméstica, a verea-dora explicou que o proce-dimento dito “normal” é o

seguinte: “ou a pessoa se di-rige ao nosso balcão e faz a queixa, ou a queixa chega através da PSP, da GNR, ou através de um dos parceiros da Rede Especializada de In-tervenção na Violência de Abrantes (REIVA). Depois a intervenção visa não só um acompanhamento da pes-soa a nível fi nanceiro, ou com outro tipo de acompanha-

mento, mas nestes casos são mobilizados todos os parcei-ros para realizar a interven-ção adequada. A pessoa não tem de se dirigir aos vários locais, tudo é centralizado na câmara, com os técnicos res-ponsáveis”.

Semanalmente podem sur-gir “dois a três novos casos”, para além daqueles que es-tão a ser acompanhados no

seio da REIVA, mas também há outras semanas em que, felizmente, não se registam “novos casos”, disse a respon-sável.

“Em situações de emergên-cia, envolvemos as IPSS, pois podem disponibilizar refei-ções, dormidas e acolher a vítima”, de qualquer modo os casos “passam primeira-mente pela câmara, pelo

nosso serviço, que já faz parte do catálogo nacional, ou seja já está creditado, para fazer este tipo de atendimento e acompanhamento”, salien-tou a vereadora.

Em declarações ao JA, João Caseiro Gomes, vice-presi-dente, referiu que uma das preocupações da autarquia “é tentar encontrar fi nancia-mento para a reabilitação do edifício [onde nasceu Maria de Lourdes Pintasilgo], por-que estamos a falar de uma iniciativa de âmbito social”.

“Se não tivermos acesso a fundos comunitário para atu-armos neste âmbito, claro que terá de ser com receita da câmara que iremos ini-ciar a intervenção. Mas, neste momento, ainda não temos uma data previsível”, finali-zou o responsável.

Joana Margarida Carvalho

Joana de Faria Maia, 37 anos, notária, é a primeira mulher a assumir a presidên-cia do Rotary Club de Abran-tes.

O momento foi oficia-lizado no dia 28 de junho, num restaurante em Alferra-rede, onde grande parte dos membros do Rotary se jun-taram num jantar convívio.

Para um mandato de um ano, que iniciou a 1 de julho, Joana Maia tem como obje-tivo estabelecer maior proxi-midade com os jovens rotá-rios, integrados no Interact e no Rotaract, desenvolver várias iniciativas de âmbito cultural e dar continuidade aos projetos que o Rotary promove.

“O Rotary já tem um grande plano de encargos e um grande plano de ativi-dades. Ajuda e suporta um grande número de bolsas de estudantes, faz a prevenção na saúde pública, quer na

área da diabetes, quer com os rastreios e presta ajuda à Liga Contra o Cancro. A ideia é dar continuidade a estes projetos”, afirmou a nova presidente.

“A minha ideia é trabalhar mais a área da cultura, por-que acho que nos falta e es-

timular uma ligação com os jovens. Nós temos quase 40 no Interact e no Rotaract, e quero fazer mais coisas com eles, estabelecendo uma re-lação entre os mais velhos e os mais novos”, salientou.

Para Joana Maia “o Rotary continua a ter um papel de-

terminante na ajuda que dá aos jovens estudantes, com os cursos de lideranças e com a atribuição das bolsas de estudo”, que no último ano foram quase 150.

JMC

• Joana de Faria Maia está no Rotary Club de Abrantes há três anos

• Momentos de ofi cialização das tomadas de posse

Hál

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San

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Atendimentos de vítimas violência doméstica

2016Mês Novo Acompanhamento Total

Janeiro 3 34 37Fevereiro 4 30 34Março 5 13 18

Abril 8 22 30

Maio 1 23 24Junho 3 16 19Total 24 138 162

Fonte CM Abrantes

Constança Diogo tomou posse como presidente do Interact e Rafael Matos como presidente do Rotaract. Os jovens tem dois grandes objetivos: angariar fundos para instituições da comuni-dade e organizar atividades relacionadas com os assuntos que interessam aos jovens, nome-adamente o acesso ao ensino superior e a en-trada no mercado de trabalho.

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JULHO DE 2016EDIÇÃO Nº 40www.estajornal.com

JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTES

DIRETORA: HÁLIA COSTA SANTOS DIRETORA ADJUNTA: RAQUEL BOTELHO

APOIO

Apoio domiciliário é o próximo objetivo do Grupo de Apoio da Liga Contra o Cancro

Os comerciantes que vendem mercado semanal de Abrantes estão descontentes. Queixam-se da falta de fiscalização, que dizem penalizar quem cumpre. Criticam a falta de limpeza, porque dizem que afasta os clientes. A Câmara Municipal garante que há fiscalização e limpeza, lembrando que o espaço é provisório.

Single Paraíso é já um sucesso na carreira de Humberto Felício

O músico experimentalista de Abrantes inicia uma nova etapa, com um projeto a solo e com a sua Filarmónica Elétrica Livre (FEL). Humberto Felício acaba de ver a sua nova música ‘Paraíso’ a integrar uma coletânea de novos talentos nacionais. O tema foi inspirado numa ida ao rio com a família e os amigos.

Geochacing em Abrantes e no mundo,uma caça ao tesouro modernizada

Em todo o mundo existem mais de dois milhões de geo-caches, estando cerca de 50 em Abrantes. São os ‘tesou-ros’ a descobrir num jogo dos tempos modernos, que implica seguir pistas. Com o apoio das novas tecnologias, descobrem-se as localidades e o que elas têm para oferecer e encontram-se surpresas.

Feirantes dizem que não há fiscalizaçãonem limpeza, Câmara contrapõe

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APOIO

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02 ESTA JORNALJULHO 2016

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FOTOGRAFIA CM ABRANTES

D FOTOGRAFIA CAROLINA RAINHO

L Escultura de Charters de Almeida marca a elevação a cidade celebrando o Tempo

ADRIANA LOPESESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

Abrantes, conhecida como a Ci-dade Florida, ganha este ano um novo nome: Cidade Centenária. Foi há 100 anos que Abrantes se elevou de vila a cidade. Durante este ano de 2016, Abrantes comemora de diferentes maneiras os seus 100 anos de vida enquanto ci-dade. Fernando Catroga, presidente da Comissão das Comemorações do Centenário, explica ao ESTAJornal que “o programa foi elaborado ten-do em vista a conjuntura económica atual e o aproveitamento de algumas iniciativas culturais habitualmen-te calendarizadas na programação anual da Câmara Municipal”. Houve também a preocupação de “realçar os artífices da elevação da vila de Abrantes a cidade no seu contexto histórico, mas sem esquecer tanto o que se seguiu, como as perspeti-vas de futuro que, hoje, se colocam à comunidade abrantina e à região em que se integra”.Fernando Catroga salienta que ainda é cedo para fazer um balanço “pois o programa só agora chegou a um dos seus pontos altos”, com as festas da cidade. Num concerto de “David Antunes e The Midnight Band”, o artista felicitou a cidade, cantando: “Do Tejo que é o teu destino, um rio que aproveita à vida do abrantino. Mas se a grande tradição, por meu

“Não me lembro de ver esta cidade tão cheia”

amor te asseguro, outros 100 anos virão trazer glória ao teu futuro. No que sinto e no que vejo, sempre foste a mais bonita das joias do rio do Tejo”. No final da música, Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, que via o concerto da varanda do café “Chave D’Ouro”, sorriu e bateu uma enorme salva de palmas. Ao mesmo tempo, ouvia-se na outra ponta alguém dizer “que linda música”.O presidente da Comissão das Co-

Abrantes comemora Centenário com manifestações diversas

Mais uma edição do Creative Camp em Abrantes

Um festival de artes que envolve toda a gente

Ao longo de uma semana, Abrantes transfor-ma-se em arte e o colorido está presente por todo o lado. Entre 3 e 10 de julho, a cidade recebe a 5ª edição do 180 Creative Camp, uma iniciativa do Canal 180. Nuno Alves, diretor de programação do canal 180 e curador do 180 Creative Camp, explica que “o objetivo do evento é que todos os participantes apro-veitem a semana para pensar, falar, criar, produzir, documentar, comunicar e celebrar”.Os abrantinos já se habituaram a que, por esta altura do ano, a sua cidade fique diferente. O curador revela que “a população tem vindo a descobrir o 180 Creative Camp e julgo que já espera com grande expetativa que chegue a nova edição”. E acrescenta: “Com o passar das edições vamos adaptando o programa do even-to para envolver cada vez mais a população. Interagimos com as lojas do centro histórico, organizamos atividades lúdicas e de formação, temos animação noturna com palestras, sessões de cinema e pequenos concertos nas praças centrais da cidade de acesso livre e gratuito a toda a população.” Este responsável faz um balanço muito positivo das edições anteriores, evidenciando o impacto causado nalgumas co-munidades com projetos específicos, como no bairro de Vale de Rãs ou as Férias Jovens.Luís Garção, responsável pela atividade “Sto-res Art Attack”, inserida no Creative Camp,

refere que a atividade “teve o intuito de cria-tividade para dentro das lojas do comércio tra-dicional de Abrantes, fazendo das mesmas um ponto de interesse a visitar. Foi uma maneira do Camp interagir com a comunidade local

e ganhar o seu carinho. As lojas tornam-se par-te do festival”.“É difícil escolher o ar-tista que mais gostei porque à sua maneira foram todos tão cati-vantes, construíram todos projetos originais que davam vontade de querer saber mais so-bre o trabalho do ar-tista. Talvez a obra que mais me marcou no ano passado tenha sido a do workshop “Plastique Fantastique”, que criou uma forma de gelado em plástico. Tinha mais de 15 metros, era um gelado enorme, che-gámos a dar concertos improvisados lá den-tro”, revela Luís Garção. Carolina Rainho, na edição do ano passado, participou no workshop “Plastique Fantastique”.

Explica que “o conceito do workshop era a de fazer uma instalação temporária através de plástico e fita-cola. Após um momento de “brainstorming” decidimos fazer com cone de gelado de morango”, acrescentado que foi

“uma experiência única e desafiadora”. “As minhas expetativas são muito altas, desde a primeira edição que o Creative Camp me tem inspirado e impressionado. A cada ano que passa fico cada vez mais ansiosa com os diferentes projetos a realizar”, afirma a par-ticipante. Luís Stoffel, licenciado pela ESTA em Vídeo e Cinema Documental, inscreveu-se em 2014 para participar no Creative Camp e depois passou a trabalhar na organização como vo-luntário. “Todos os workshops foram bastante produtivos e a relação de amizade que se criou com os participantes e equipa foi mesmo mui-to interessante.” “Ao início a população abrantina colocava perguntas deste género, sobre o Creative Camp: “O que é que estes malucos andam a fazer, a pintar paredes e a sujar a cidade?”. Agora já percebem que é importante para a cidade e que mexe com ela, quer a nível económico, quer por trazer gente jovem” – remata Luís Stoffel.Nuno Alves sublinha que “hoje Abrantes faz parte do leque de cidades mundiais consi-deradas “Cidades Criativas”. “Em 2015 este evento foi considerado pelo maior site do mundo sobre arquitetura, o ArchDaily, como um dos eventos «mais inspiradores do mundo em 2015”, na categoria de Comprometimento Urbano, o que nos deixa muito satisfeitos e que julgamos poder ser um motivo de orgulho para os abrantinos”.

memorações do Centenário explica ao ESTAJornal uma das iniciativas mais emblemáticas, o “Bebé do Centenário”, que abrange todas as crianças nascidas na Maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo em 2016: “Tendo por objetivo enal-tecer o valor da vida e sensibilizar a comunidade para a importância so-cial do défice demográfico que o país hoje sofre, a comissão decidiu ofere-cer a todos os bebés que vierem ao mundo durante o ano de 2016 uma

medalha em prata e uma pequena bolsa, feita de acordo com uma tra-dição regional, com retalhos.”Entre muitas outras iniciativas, este Centenário fica marcado pela inauguração de uma escultura de Charters de Almeida “sintomati-camente dedicada à celebração do Tempo”, conforme explica Fernan-do Catroga, acrescentando que se pretende “dialogar com o passado e com a valorização do seu legado patrimonial”.

Abrantes: melhor ou pior?Carlos Bernardo, que vive em Abrantes há 31 anos, afirma que “a cidade está melhor”, desde que se lembra. Entende que Abrantes tem acompanhado a evolução dos tempos “de uma maneira positi-va”. Maria, residente abrantina há mais tempo do que Carlos, con-corda: “A cidade evoluiu muito nestes anos, está muito bem as-sim.” No entanto, aponta a falta de pessoas no centro histórico como “o único problema”: “Há poucas pessoas e há pouco mo-vimento em relação a uns anos atrás.”Fábio Cunha, de 24 anos, vive em Abrantes desde sempre. Na sua opinião, “a cidade perdeu vida nos últimos seis ou sete anos”. O jovem defende “que a cidade de-via investir mais em segurança, em vez de monumentos e olivei-ras”. Relativamente às comemo-rações do Centenário, Fábio afir-ma que “em termos de população, não me lembro de ver esta cidade tão cheia”.Elizabete Neves, residente em Abrantes há cerca de 15 anos, tem uma visão crítica da cidade: “Desde que vim viver para cá o que melhorou foi mesmo a crimi-nalidade. Acho que piorou tudo. Nesta cidade há muito embeleza-mento das situações, dizem que há tudo e mais alguma, mas depois dificultam-nos a vida em tudo e mais alguma coisa.” No que toca às comemorações do Centenário, Elizabete reconhece que “não têm sido más”. No entanto, entende que a divulgação é feita “em cima da hora”. Maria do Céu Albuquerque, numa mensagem escrita na página ofi-cial da autarquia, deixa um desejo: “Saibamos transportar a sabedoria conferida pela nossa marca cente-nária na projeção do futuro cole-tivo que todos ambicionamos.”

DINA ARSÉNIOESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

L “Plastique Fantastique”, uma instalação de plástico e fita--cola, que foi “uma experiência única e desafiadora”

Page 15: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

03WWW.ESTAJORNAL.COM

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FOTOGRAFIA RENATA CUNHA E VERA OLIVEIRA

RENATA CUNHAESTADCOMUNICAÇÃO SOCIAL

Humberto Felício, o experimentalista

O dia ia longo. A es-curidão do céu e o brilho das estrelas queriam ocupar o lugar do sol. Foi no quiosque da Repú-blica que me encon-trei com Humberto Felício, mais co-nhecido como FEL, nome que dá ao seu novo projeto musi-cal. A caminho do local de ensaio sur-giram as primeiras explicações sobre a essência deste pro-jeto “de um homem só, mas ainda por abandonar”.Todo este projeto mágico e com asas para voar surgiu quando a banda ‘The Kaviar’, da qual Humberto Felício fazia parte, chegou ao fim. “Infe-lizmente tivemos de acabar e eu ia acabando também. Foram dez anos a trabalhar para esta banda e vê-la chegar ao fim acabou com o meu mundo” - conta. Foi necessário algum tempo para se reencontrar e para voltar a acreditar em si, re-ferindo que o apoio e a motivação dos amigos foram essenciais para que seguisse em frente e para que não desistisse.Meteu mãos à obra e montou um estúdio no sótão de sua casa, onde surgiu um dos seus primeiros tra-balhos, ‘Experiências com Huma-nos’. O nome diz tudo. “Era isso que sentia que estava a fazer. Tinha necessidade de fazer experiências e de entender se as minhas canções tinham impacto nas pessoas.” Humberto Felício define-se como sendo um artista que acorda todos os dias com uma nova ideia para uma música ou para um novo pro-jeto. Gosta de experimentar novas abordagens e sonoridades e foi as-sim que surgiu o seu primeiro single ‘Paraíso’. O reconhecimento acaba de surgir, tendo sido selecionado para fazer parte da coletânea Novos Talentos FNAC Música 2016, um CD duplo que inclui temas inéditos de projetos emergentes da cena musi-cal portuguesa.“Lembro-me bem da tarde em que fiz o single” – recorda Humber-to Felício. “No verão costumo ir ao rio com amigos e com a minha família e é do que fala esta can-ção. A letra foi feita exatamente no momento em que me inspirou e é disso que eu gosto, de escrita criativa.” Para Humberto, compor uma mú-sica é algo “instintivo e divertido”, que o acompanha nos melhores momentos e que também lhe dá alento nos seus “momentos de revolta e de melancolia”. É um experimentalista, que gosta de ir

Novo single ‘Paraíso’ integra o CD dos novos talentos da FNAC

Humberto Felício, músico abrantino, acaba de lançar ‘Paraíso’, um single do seu novo trabalho. Reconhece que uma das suas mais-valias é viver em Abrantes, estar rodeado da natureza que o inspira e “gostar de conviver com as pessoas daqui”. Por isso se envolve em diversos projetos da cidade, sem deixar de sonhar e de trabalhar para um reconhecimento de escala maior.

é viver em Abrantes, estar rodeado da natureza que o inspira e “gos-tar de conviver com as pessoas daqui”. Humberto Felício sentiu--se valorizado por ter o Carlão e o Regula a ouvir a sua música e a “dizerem que era muito boa”.

Concertos que tocam as pessoasTodo este trabalho e preparação de FEL e da Filarmónica Elétrica Livre culminou num concerto no dia seguinte, na Feira do Tejo em Vila Nova da Barquinha. Cada letra era sentida e tocava aos corações das pessoas que estavam presen-tes, com os “longos cabelos no ar” sendo capaz de derreter até o cora-ção mais frio e de nos fazer sentir mais feliz a cada batida. Em apenas uma semana a música ‘Paraíso’ já tinha atingido milhares de visualizações, não só em Por-tugal, mas também no Brasil, na Europa e no México, o que deixa “água na boca” a quem espera as próximas músicas. Humberto Felício garante que “cada canção tem o seu próprio universo onde vão aparecendo re-ferências instrumentais, criando

assim uma paleta de cores que vai variando em cada música”. Este artista abrantino reconhece que para ser reconhecido e acari-nhado nacionalmente é “necessário investir em promoção e, claro, ter um bom disco, pois é assim que fun-ciona este mundo”, acrescentando que “uma carreira não se faz em dois ou três anos, porque é necessário deixar as coisas amadurecerem”.Humberto reforça que “as coisas demoram o seu tempo a acontecer, sendo necessário tempo para explo-rar várias coisas”. E conclui: “Se não tivesse tido tempo para me sentar, explorar e tocar com o Nathanael nada disto tinha acontecido.”Com muitas ambições e proje-tos, Humberto Felício espera que “daqui a um ano tenha o disco na estrada e muitas datas marcadas” para tocar com a sua Filarmónica”, sendo que “este single serve de se-mente para arranjar apoios para continuar a gravação do disco”.De repente, todas as músicas que ti-nha escrito e guardado no seu coração ganham vida, tocando no coração de quem as ouve, cantando em uníssono como se delas fossem parte.

L Ensaio da Filarmónica Elétrica Livre (FEL), sem formalismos próprios deste tipo de agrupamentos

testando coisas diferentes. Não escreve as canções sem antes as cantar e tocar de várias formas, até alcançar o resultado que deseja. Humberto não é homem de um projeto só, tendo sido convida-do pela Comissão organizadora da elevação de Abrantes a cidade a integrar um projeto alusivo ao Centenário.Assim nasceu a Academia de Mú-sicos de Abrantes, que tem como objetivo “comemorar os 100 anos da cidade recordando o que de mais importante a nível musical aconte-ceu na nossa cidade”. Este projeto acaba por ser uma mais-valia tam-bém para as filarmónicas do conce-lho, pois, como explica Humberto Felício, é uma “master class, onde (os músicos) podem contactar com outros professores aos quais nunca iam ter acesso”.O músico voou do seu estúdio ca-seiro para um antigo armazém, na zona industrial de Montalvo, onde ensaia com a sua “big band”, a Filar-mónica Elétrica Livre. “É óbvio que utilizei as iniciais de FEL para criar a Filarmónica. Queria passar a ideia de que existe mais vida para além

das filarmónicas” e que “não tem de haver aquela disciplina e forma-lidade”. E remata: “Daí a nossa ser livre”, Filarmónica Elétrica Livre.Ao chegarmos ao local do ensaio a música paira no ar e alegra quem lá se encontra. Apesar de ser um armazém velho e degradado, toda a música e movimento que lá exis-te dá cor e alegria a um lugar tão solitário.Aos poucos e poucos foram che-gando os vários elementos que compõem a Filarmónica Elétrica Livre: Jorge Neves, José Tomás, Ana Bento, Pedro Sousa, Hugo Mendes, Anabela Carrazedo e Ana Marga-rida Costa. Apesar de serem todos diferentes, tinham uma coisa em comum: um grande talento, capaz de alegrar e encantar multidões. Para Humberto Felício, saber que as pessoas gostam do seu trabalho “significa tudo e é uma profunda alegria”. O músico reconhece que todos os comentários que recebe o ajudam a ter uma perceção de que as pessoas gostam do que vai fazendo. Segundo o artista FEL, a mais-valia para que ele se distinga dos outros

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04 ESTA JORNALJULHO 2016

MIGUEL LOPESESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

D FOTOGRAFIA VERA OLIVEIRA

O jogo que permite conhecer as localidades através de pistas

Geocaching: um tesouro por descobrirQuem nunca gostou de jogar à Caça ao Tesouro? A alegria, o mis-tério e a aventura de procurar um tesouro enchiam os corações de quem ansiava por encontrar um baú cheio de ouro. Mas os tempos mudaram e aquilo que antes era conhecido por Caça ao Tesouro hoje é conhecido por Geocaching. Não deixa de ser uma caça ao te-souro, mas já contém regras di-ferentes.O Geocaching nasceu a 2 de maio de 2000 e pode ler-se no seu site oficial que é “uma caça ao tesou-ro dos tempos modernos jogado ao ar livre no mundo inteiro”. Consiste em seguir coordenadas que nos levam ao grande X que, neste caso, é o local (quase) exato onde se encontra a geocache, ou seja, o tesouro. Para isto resultar e para ter acesso às coordenadas, temos que criar conta no site do Geocaching, colocar as coorde-nadas que queremos num GPS ou na aplicação do Geocaching no smartphone e que comece a caça ao tesouro!Soraia Chambel, conhecida no mundo do Geocaching por So-raIvo, tem 23 anos e é a admi-nistradora do Geocaching em Abrantes. Admite ter descoberto este jogo através dos amigos que praticavam. “Fiz a minha pri-meira geocache sem saber bem o que era aquilo, até que comecei a entender, a gostar e já pratico há quatro anos.”O Geocaching pode levar-nos a locais incríveis e históricos que não conhecemos e que até ficam perto da nossa localidade. Fun-ciona um pouco como turismo. O que mais cativa a administradora

Soraia são os locais que o Geoca-ching permite conhecer. “Tenho a felicidade de conhecer quase Portugal de lés a lés graças a este jogo.”Existem três regras fundamen-tais para a prática do Geocaching. Visto que as geocaches podem conter brindes, se tirarmos algum temos que deixar algo em troca, para que a magia da caça ao te-souro e da partilha não fuja. Em cada geocache existe um logbook onde temos/devemos de escrever um pouco sobre a nossa aventura, tal como o nome de utilizador e a data em que a geocache foi en-contrada. E, por último, registar a

descoberta e a experiência no site oficial do jogo.

Um dia de caça de geocachesConhecidas as regras base do Geo-caching nada como ir experimen-tar. “Existem mais de dois milhões de geocaches em todo o mundo”, segundo o site oficial. Já em Abran-tes, Soraia Chambel admite existi-rem “40 a 50 geocaches”.O ambiente é de festa na cidade florida, visto que se festejam os 100 anos de Abrantes. Há pequenos es-tabelecimentos de comida, barra-quinhas onde se vendem produtos de pequenos comerciantes e ru-lotes de farturas, algodão doce e

pipocas. As ruas da cidade cente-nária estão enfeitadas e cheias de alegria. Um dia ótimo para ir à caça de geocaches.Vasco Dias, mais conhecido por vdesign neste mundo das geoca-ches, tem 21 anos e é praticante de Geocaching há mais de um ano. Prepara-se para mais uma caça e partimos em busca de geocaches no município. Vasco afirma que o Geocaching é “uma espécie de caça ao tesouro do século XXI”. Depois de termos as coordenadas parti-mos então em direção ao Castelo de Abrantes, onde tivemos que subir a torre para encontrarmos a pista que nos levava à geocache final. Sim, porque existem vários tipos de geocache: a tradicional e simples, a multi-cache que tem as pistas que nos levam à geocache final e as geocache mistério que contêm vários puzzles ou mistérios para que possamos desvendar as coordenadas para a geocache final. Chegando ao topo da torre, é hora de procurar a pista: estava por baixo de uma plataforma de ferro no centro da torre. Vasco apontou as coordenadas e partiu em busca da geocache, que estava no jardim do castelo, no meio da “floresta”. A geocache estava entre algumas pedras e era uma pequena caixa de plástico com autocolantes do Geocaching. Assinou-se o logbook e partimos em busca de mais.Como estávamos na zona do castelo decidimos passar pelo Outeiro, pois Vasco sabia que lá também existia uma geocache. Procuraram-se as coordenadas e partimos em busca da geocache que estava numa parte do muro entre as várias pedras de xisto que a escondiam. Assinou-se o logbook e voltámos a colocar a geocache no mesmo sítio, como mandam as regras.Já estava na hora de jantar e na hora das festas começarem. Quem vive

em Abrantes sabe que não se pode perder nenhum dia das festas do concelho. Então, decidiu-se parar com a caça à geocache. Mas como esta caça é algo viciante, no cami-nho para casa parámos na Igreja de São João Batista. Vasco também sa-bia que lá existia a geocache final da multi-cache “Em Abrantes Eu Vi”. Esta multi-cache passa por vários pontos da cidade desde o parque de estacionamento por trás Bibilioteca António Botto, à própria Bibliote-ca, à Praça da República, à Praça Barão da Batalha, terminando na Igreja. Não podíamos ir para casa sem encontrar essa cache. Lá estava ela, nas “escadas que levam a lado nenhum”, como manda a dica da geocache. Assinou-se o logbook, colocou-se a geocache no seu es-conderijo e abandonámos o local. Já se ouvia música: as festas estavam a começar.No Geocaching sentimo-nos como se fossemos caçadores de tesouros e ficamos sempre ansiosos com o que poderemos encontrar. Às ve-zes acontece que as geocaches de-saparecem, o que deixa um senti-mento de vazio a quem as procura.Como dizia o fundador dos Escu-teiros, Robert Baden Powell, “há que deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos” e no Geocaching não se pode fugir à regra. Ao encontrarmos uma geo-cache, não podemos danificá-la e devemos colocá-la no sítio onde se encontrava, para não prejudicar os outros jogadores. Infelizmente, há pessoas que não percebem isso e que continuam por aí a roubar e a danificar geocaches, estragando assim a magia do Geocaching.Há geocaches em quase todo o nosso país, tal como as festas das terrinhas. Nada melhor do que ir a uma festa e enquanto se dança ao som da música tradicional (ou até mesmo pimba) partir em busca de geocaches. Assim, para além de fi-carmos a conhecer a localidade da festa, ficamos a saber o que lá existe e quais os seus pontos principais. E aos poucos e poucos, geocache a geocache, conseguimos ficar a conhecer melhor o nosso pequeno grande Portugal e descobrir todos os tesouros que ele possui. Tal como nos outros países do mundo. É esse o objetivo do Geocaching. Mas me-lhor do que ler sobre o Geocaching, é mesmo praticá-lo.

A ESTA agradece as empresas que colaboraram com a Prova de Produtos Regionais no âmbito do Encontro de Comunicação 2016

L Em Abrantes existem cerca de 50 geocaches para serem encontradas

APOIO

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05WWW.ESTAJORNAL.COM

ALEXANDRA ARROJAESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

D FOTOGRAFIA GONÇALO VENÂNCIO

L Entretenimento e campeonatos em tabuleiros ou no online

Nasceu no passado dia 7, no centro histórico da cidade centenária, um espaço dedicado aos gamers. Pe-las mãos de Gonçalo Venâncio e de Amaury Pereira, o novo espaço dá a conhecer vários jogos de cartas colecionáveis, miniaturas, jogos de tabuleiro e jogos online. “Decidi-mos abrir este espaço porque em Abrantes não há entretenimento, durantes os períodos livres, não há nada para fazer em concreto”, explica Gonçalo. O espaço, ainda em ajustes, conta já com duas salas divididas para os diferentes tipos de jogos. Uma pri-meira sala, logo à entrada, ampla e com várias mesas onde os jogado-res se podem concentrar para jo-gar, casualmente ou em torneiros, jogos de cartas, de tabuleiro ou de miniaturas como, por exemplo, Magic ou Pokémon. Uma segunda sala, mais retacada ao fundo do espaço, conhecida como a Sala de Membros Premium, em que cada jogador pode levar o seu próprio computador para jogar jogos on-line, diariamente ou em torneios, como o League of Legends.

Por iniciativa de dois jovens, surge em Abrantes um espaço para diferentes tipos de jogos

“Esta é a loja de todos os jogadores”

Todas as salas estão equipadas com várias mesas para que cada joga-dor tenha o seu próprio espaço e se sinta à vontade como se esti-vesse em sua casa. “Esta é uma loja abrantina de jogos que consiste em dois espaços diferenciados, o nosso jogo principal é o Magic e, também, o League of Legends”, conta Gonçalo. Amaury: “O nosso objetivo aqui é que as pessoas en-contrem um sítio em que estejam à vontade para jogar o que quiserem, independentemente da idade ou do que seja.” No espaço é possível também adquirir material de jogos como cartas Magic ou material infor-mático. Apesar de estar aberto há pouco tempo, os donos sentem--se confiantes. “O primeiro dia surpreendeu-nos muito. Estáva-mos à espera dos nossos amigos e de uma ou outra pessoa que viesse pela curiosidade mas, no entan-to, apareceram umas 30 ou 40 pessoas. Para esta cidade é mui-to surpreendente. O primeiro dia deixou-nos espantados!” Os jovens proprietários da loja estão confiantes: “Isto é algo ino-vador, não é uma loja de um jogo em específico mas sim uma loja de jogadores dos mais variados tipos.

Traz um novo espaço jovem para o centro.” Apesar da adesão ini-cial, ainda muito está por decidir sobre a Game’s Nation. “A nossa expectativa inicial é poder dar aos clientes o espaço. Estamos em Abrantes e sabemos que não vamos sair daqui ricos, temos noção do que é esta cidade e, também, que as pessoas são um pouco reticen-tes aos novos projetos, ao início. Contudo, temos conseguido reunir vários tipos de jogadores que nem se conheciam. Acabaram por se encontrar aqui: na nossa loja”. E rematam: “Só queremos que isto funcione, basicamente! Podemos ter a maior boa vontade do mun-do mas se ninguém aderir isto vai abaixo.” Este novo espaço interliga-se com o Espaço Jovem, também localiza-do no centro histórico da cidade. Eva Rodrigues, do Espaço Jovem, é uma das pessoas que acabou de to-mar contacto com o novo espaço: “É uma iniciativa nova para mim, ainda não tinha conhecimento. No entanto, é muito interessante! É um espaço que pretendo conhecer e dar a divulgar.”Interessada no projeto admite que a loja possa vir a “ser um futuro parceiro do Espaço Jovem e até,

talvez, realizarmos algumas ati-vidades em conjunto”. Eva Ro-drigues sublinha que “todas estas iniciativas são ótimas porque tra-zem jovens, não só para o centro histórico, mas para Abrantes. Poderá ser um marco na cidade e nos centros históricos que estão tão apagados.” Pela cidade a Game’s Nation já ganha nome entre os jovens in-teressados no projeto. Luís Vaz, abrantino de 24 anos, pensa que “esta é uma iniciativa engraçada visto que nunca houve na cidade nada igual.” Como ex-jogador de Magic, agora, com este projeto, pensa que “talvez até volte a jogar, até gostava.” Tony Santos, 20 anos, aluno da ESTA e jogador de League of Le-gends, reconhece que se trata de “uma boa iniciativa visto que até já existe uma liga de League of Le-gends em Portugal que está a cres-cer bastante. É bom ter aberto cá em Abrantes visto que não havia nada parecido e até existem bas-tantes jogadores por cá.” Com esta nova dinâmica, o jovem diz que, se houvesse oportunidade, até se po-deria inscrever em algum torneio para experimentar. Filipe Silva, 24 anos, de Alferra-

rede, encontrava-se no espaço a jogar Magic. Defende que “esta loja já devia ter aberto há muito tempo em Abrantes. Há imenso pessoal daqui que joga mas aca-bam por não se conhecer. Este es-paço junta as pessoas e ajuda-nos a conviver, o que é sempre bom.” Quanto ao espaço físico, conside-ra-o “espetacular, porque dá para estar pessoas a jogar e a realizar torneios ao mesmo tempo”. Sobre a possibilidade de participar num torneio, Filipe afirma: “Já há mui-to tempo que queria participar em torneios. Com uma loja como esta é sempre mais fácil, sempre exis-tem mais pessoas a aderir. Com a possibilidade de existirem torneios profissionais, então era algo que eu adorava.” E muitas possibilidades estão em aberto: “Até, quem sabe, experimentar novos jogos, online ou algo do género.” Rodrigo Cardoso, 21 anos, es-tudante da ESTA, concorda que “esta era uma loja que fazia falta em Abrantes. Neste momento, não há nenhuma loja que tenha esta variedade de jogos para miú-dos e graúdos. Acho que foi uma boa aposta”. E acrescenta: “Acho interessantes os torneios porque obrigam os jogadores a ‘saírem’ da sua zona de conforto.” Luís Prates, 24 anos, também estu-dante da ESTA, ainda não visitou o espaço mas já tem algum conheci-mento sobre o projeto. “Acho que é uma boa ideia. É algo que nunca houve por cá e, se for bem apro-veitado, pode ter muito sucesso.” Apesar de jogar League of Legends há quatro anos, não pensaria em competir num torneio. “Jogo mais casualmente e não por competi-ção. Mas quero visitar o espaço, tenho curiosidade visto que é um conceito muito interessante e traz um novo nível de competição em questão de jogos no geral, não só League of Legends.” Daqui para a frente, a Game’s Na-tion pretender apostar em mais jogos variados, conforme os pe-didos dos jogadores. Inicialmente realizam torneios fixos semanais, de Magic, à quarta e sexta-feira, que irão funcionar, maioritaria-mente, durante a tarde. Todos os prémios são produtos da loja, como por exemplo cartas novas de Magic para o vencedor. Aos fins de semana irão realizar, também, torneios de League of Legends. “Em princípio, ao sábado ou ao domingo. Depende de quantas equipas estejam inscritas”, ex-plica um dos sócios.Gonçalo e Amaury acreditam que a loja não é só deles. “Esta é a loja de todos os jogadores de Abrantes. O nosso público-alvo, em concreto, são todas as pessoas entre os 15 e 45 anos, num raio de 100 quiló-metros.” E finalizam: “Todo este espaço e o seu funcionamento vão depender da adesão do nosso pú-blico ao projeto.”

APOIO

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FOTOGRAFIA PATRÍCIA BARAIPATRÍCIA BARAI

ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

Nos corredores da entrada principal do Hospital de Abrantes, encontramos a ban-ca da Liga dos Amigos e, ao lado, a direção. A instituição funciona desde 2002, sendo uma associação particular de solidariedade social que, para além de dar apoio moral aos doentes, promove o acolhimento e tratamento de doentes internados e em ambulatório.Neste momento, a Liga dos Amigos con-ta com 50 voluntários disponíveis para se deslocarem todos os dias ao Hospital de Abrantes e ajudar quem mais precisa, princi-palmente nas horas das refeições. “Existem doentes que estão impossibilitados de se alimentarem sozinhos e o pessoal auxiliar não é muito. Para além disso, aproveitam para conversar com os doentes que às vezes estão isolados. Muitos deles são de aldeias longínquas, os familiares só vêm ao fim de semana e não podem vir todos os dias. Os voluntários não substituem a família, mas têm sempre uma palavra de conversa e amigo para com o doente”, refere Luís Fer-nandes, presidente da associação.No entanto, ser voluntário não é fácil. É preciso ser formado, ser emocionalmente estável e ter idoneidade moral e humana reconhecida. Segundo o responsável, “os voluntários obedecem a um curso de for-mação e depois tem de ser acordado pela direção do voluntariado. Não pode ser vo-luntário quem quer, nem todos têm perfil”.Luís Fernandes afirma que “a Liga dos Ami-

gos tem o objetivo de dar uma continuidade de assistência a todos os doentes do hospital de Abrantes e proporcionar melhores con-dições de atendimento e comodidade, de modo a garantir a permanência das relações familiares e sociais. Colabora ativamente com os órgãos de gestão e nas orientações da política de saúde e participa na dinami-zação das atividades de apoio, iniciativas de carácter social, cultural e profissional basea-das no princípio da cooperação”.Porém, não são apenas dados apoios so-ciais e morais aos doentes internados. A instituição tem um papel fundamental no funcionamento do hospital, não só pelas atividades realizadas com os doentes, mas também na aquisição de material e re-qualificação interior e exterior do edifício, como na cobertura e pintura geral e na remodelação do refeitório principal.Quanto às atividades de ação social, José Bragança, secretário da Liga dos Amigos, revela que “já chegamos a pagar funerais a pessoas que não têm família. Resolvemos esses assuntos através dos serviços sociais do hospital”. Há casos que são marcantes como o de “uma senhora da Roménia inter-nada com uma doença grave e em estado final, que tinha o sonho de voltar para a sua terra”. José Bragança recorda que “houve um movimento muito grande da população civil no sentido de arranjar uma verba para o transporte e a Liga também ajudou”. Os pedidos chegam constantemente à Liga

dos Amigos e tudo é feito para lhes dar res-posta. “É para isso que cá estamos.”Todos os meses a Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes produz uma revista gratuita que se denomina “A Partilha”. Esta revista já tem cinco edições e con-tém várias histórias sobre o Hospital, vo-luntariado, as atividades realizadas pela associação, testemunhos de pessoas, receitas de culinária, editoriais e excertos sobre Deus. Tem como objetivo partilhar e divulgar mensagens de esperança, in-formar e, sobretudo, dar a conhecer aos seus leitores a Liga dos Amigos e os seus trabalhos.Luís Fernandes explica que “a Liga dos Amigos tem vencendo as dificuldades com uma certa dinâmica e perseverança, com uma atitude otimista”. A nível monetário, a associação conta com a ajuda do bazar, com a venda de revistas e jornais, que deu emprego a 10 voluntárias, com a conces-são do bar do hospital de Abrantes e, ain-da, mediante exposições aos conselhos de administração. Cada consumo que se faz no bar reverte para a associação, para que os apoios possam ser dados: “O bar é a nossa maior fonte de receita. Devemos isso e agradecemos aos funcionários que fazem consumo no bar.” A Liga dos Ami-gos do Hospital de Abrantes pretende, no futuro, continuar a ajudar a resolver as necessidades dos seus doentes com tudo o que estiver ao seu alcance.

“Os voluntários não substituem a família, mas têm sempre uma palavra de conversa e amigo para com o doente”

RAQUEL TEIXEIRAESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes

Quando se fala em feiras reta-lhistas, a nossa imaginação é ra-pidamente puxada para um lugar cheio de movimentação, com pes-soas por todos os lados, barulho e gritos constantes de feirantes a tentar atrair as pessoas para as suas bancas, convencendo-as dos preços mais favoráveis. Esta não é a realidade com que nos deparamos na feira retalhista de Abrantes. Lá, todas as segundas-feiras, o silêncio paira no ar. Maria Alice Sampaio, de 28 anos, já trabalha na feira desde peque-na. Apesar do amor que sente pelo que é ser feirante, está desiludida: “Eu sou mesmo daqui, mas detes-to fazer o mercado de Abrantes. Para mim é um dos piores mer-cados que posso fazer.” Diz que noutras localidades “só entra na feira quem tiver tudo em dia” en-quanto “aqui entra tudo, não há controlo”. Contactada pelo ES-TAJornal, a autarquia contrapõe e garante que “existe fiscalização, efetuada pelos fiscais municipais, dos pagamentos efetuados pelos feirantes, e referência dos feirantes não pagantes”.Carlos Sampaio, feirante de 62 anos, enquanto organiza o jogo de lençóis na sua banca, concor-da com Maria Alice. “Se no sá-

Feirantes de Abrantes dizem que não têm condições, autarquia lembra que a localização é provisória

rodas. As barracas estão em cima umas das outras e muitas vezes há aqui acidentes. Já vi senhoras a tropeçarem nos ferros.”Maria da Glória Lopes, de 62 anos, acorda todas as segundas-feiras às quatro da manhã para que às cinco a sua banca esteja pronta. Partilha as queixas dos outros vendedores, mas, como tem esperança de que a feira se revitalize, lança um apelo: “Tem de se avisar a presidente, ou seja lá a quem for, para que arran-jem um largo em condições para os feirantes, para aqueles que pagam. E pôr fiscais à entrada para proi-bir o acesso de quem não paga! Por que é que iniciaram as obras para o novo espaço da feira e pararam?”Em relação à localização da feira, a autarquia recorda que “o mercado semanal está a ser realizado num local provisório”, acrescentando que a intenção é que se desenvolva mais próximo do centro histórico. “Para isso, existem já obras a de-correr no Vale da Fontinha (que se situa na entrada do centro histórico, perto do antigo mercado diário), um local que está a ser preparado para ter todas as condições necessárias para que este evento ocorra com a dignidade que merece.”Paula Tomás frisa as vantagens das feiras: o convívio e os preços bai-xos. “Gosto da feira. Aqui posso comprar coisas baratas. A feira é uma coisa a que nós estamos habi-tuados. É uma tradição. Não fazia sentido a feira deixar de existir.”

bado formos ao Entroncamento, vemos lá centenas de pessoas de Abrantes, do Pego e do Rossio. A população de Abrantes não adere a esta feira por causa das condições que aqui temos. Por exemplo, aqui já não se apanha o lixo há duas ou três semanas. Ainda a semana pas-sada era só caraças de cães por aí!” A esta crítica a autarquia assegura

que a limpeza do espaço e dos wc´s do recinto “é efetuada às terças--feiras, dia a seguir à realização do mercado”.O comerciante recorda os tempos que a feira de Abrantes “foi um grande mercado, era de manhã até à noite”. Agora as pessoas não aparecem. “Agora não se ganha para as despesas, antes ia-se ga-

nhando. Estamos aqui parados e não vendemos nada.”Paula Tomás, cliente regular da feira, explica que a falta de condi-ções para quem quer comprar é um problema: “Isto está cheio de fer-ros que incomodam pessoas. Tra-balho com idosos que muitas vezes querem vir à feira e não podem, principalmente os de cadeiras de

L Carlos Sampaio, vendedor de 62 anos: “Estamos aqui parados e não vendemos nada”

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FOTOGRAFIA CLÁUDIA FERREIRA

L A porta nº 44-A, na Rua Luís de Camões, em Abrantes, está sempre aberta para acolher novas pessoas

CLÁUDIA FERREIRAESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

SARA CARRÃOESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

APOIO

Os doentes oncológicos abrantinos precisavam de apoio. Foi partin-do desta ideia que, em 2011, com o movimento “Dia pela Vida”, foi criado o Grupo de Apoio de Abran-tes (GAA) da Liga Contra o Cancro (LCC). Atualmente conta com di-versos voluntários que, para além de prestarem apoio direto aos pacien-tes, têm como missão sensibilizar as pessoas e desmistificar esta doença.Matilde Sacavém, coordenadora do GAA, lembra que o grupo começou com consultas de psico-oncologia quinzenais, com o apoio de volun-tárias, numa pequena sala, que nem casa de banho possuía. “Começámos a sentir a necessidade de crescer e, pouco a pouco, fomos dando alguns passos. Apercebemo-nos que tínha-mos capacidade para responder, chegar mais longe e a mais pessoas.”As instalações eram mesmo a prin-cipal dificuldade. Nos finais de 2014 o enfermeiro Jorge Lains foi cola-borar com o GAA, fazendo drena-gens linfáticas. Mas “não era pos-sível funcionar em plenitude pois não tínhamos espaço para realizar o procedimento”, admite Matilde Sacavém.Paula Vilaverde é responsável por outro movimento pertencente a este

Cristiana Francisco, aluna da Escola Secundária Santa Marial do Olival, em Tomar,

descobriu em finais de ja-neiro que estava doente. Diagnóstico: leucemia. Foram umas simples nó-doas negras, mas em sí-tios improváveis, e uma

forte dor no baço que a levaram ao médico.

Foi no Hospital Dona Estefânia, em Lis-

boa, que Cristiana recebeu a notí-cia. A mãe estava irreconhecível. Quando a infor-maram sobre a doença que

tinha, pergun-tou: “Leucemia é

cancro?”. Foi com a resposta a esta pergunta que se deu conta da realidade. A pri-meira reação foi “entrar em pânico”, começou a chorar e ligou ao pai “aos gritos”. A primeira preocupação foi a de imaginar o cabelo a cair.Cristiana foi transferida de imediato para o Instituto Português de Oncologia (IPO) onde iniciou os tratamen-tos. Andava sempre com um carrinho atrás que a ligava a uma máquina. “No corredor vê-se imensos miúdos a fa-zerem rally com os carrinhos.” Quando chegou a altura de rapar o cabelo, já não se sen-tia tão preocupada com esse aspeto. “Achei piada porque parecia uma de criança de três anos” – conta às gargalhadas.Apesar de, no seu caso especí-fico, ter uma elevada percen-tagem de cura, os primeiros

tratamentos foram tão vio-lentos que ficou em risco de vida. “Adormecia e acordava a levar quimioterapia.” Nesta altura, as pessoas que a rodea-vam sentiram-se impotentes para a ajudar. Ana Alexandra, colega de turma, que recorda: “Foi um dos piores momentos, ela não fazia ideia. Tive que lhe esconder a situação e tentar mostrar que ia ficar tudo bem.” Leandro Francisco, primo de Cristiana, recusou-se a acre-ditar no que estava a acon-tecer, e lembra que recolher informação foi uma forma de não se sentir “inútil” e de se “abstrair da situação que se estava a passar”.A jovem passou um mau bo-cado nos cuidados intensivos: “Durante duas semanas não tive forças para me movi-mentar. Perdi o andar, usava fralda, algália e arrastadei-

ra. Fiquei tão debilitada que, quando a minha irmã me veio visitar, a minha mãe é que me levantou a mão para lhe dizer adeus”. Mas o pior de todos os momentos foi quando se afastou das pessoas porque não conseguia falar com nin-guém. “O meu pai vinha de propósito todos os dias para ver-me e eu só lhe dizia «não fales para mim».”Este período também foi marcado por alguns sorri-sos. Ana Alexandra recorda o momento em que ela e um grupo de amigos ofereceram gorros a Cristiana. Já Leandro Francisco relembra “aquele sorriso rasgado e um brilho nos olhos” quando a jovem viu o bolo de aniversário que o primo lhe levou.Cristiana explica que a médi-ca do IPO nunca lhe escondeu nada. Dos tempos ali passa-

dos, relembra o dia em que fez uma birra porque queria comer um hambúrguer. Os enfermeiros fizeram-lhe ma vontade, mas depois só deu “três dentadas”.Apesar de ter sido um per-curso muito complicado, Cristiana recuperou e conse-guiu voltar para casa. Mesmo estando em fase de recupe-ração teve de continuar a fa-zer tratamentos. “Para mim sempre foi fácil ir para o IPO porque os meus pais dispo-nibilizaram-se para me levar, mas sei que há muita gente que não tem essa sorte.” Cristiana tem agora 18 anos e conseguiu acabar os trata-mentos. Sente-se bastante agradecida por estar “viva” e por se sentir “bem”. E deixa uma mensagem: “Sorrir acal-ma a dor e eu sei do que estou a falar”.

Grupo de Apoio de Abrantes da Liga Contra o Cancro

Próximo objetivo: apoio domiciliário

grupo, o “Vencer e Viver”, dirigido a pessoas com cancro da mama. Tam-bém neste caso as instalações eram o principal problema: “Não podia trabalhar em pleno naquele espaço, era preciso uma certa privacidade,

para a experimentação das próteses e sutiãs, e não era possível devido ao pequeno espaço.” Para solucionar o problema de falta de espaço, no dia 27 de fevereiro, deste ano, foram inauguradas novas

instalações no centro histórico de Abrantes, junto da nova Unidade de Saúde Familiar, instalações essas que foram cedidas pela autarquia.Este novo espaço conta com quatro salas, permitindo mais atividades. À segunda e quinta-feira de manhã decorre o projeto “Vencer e Viver”. Também à segunda à tarde existe o acolhimento e os tempos livres, onde se elaboram trabalhos manuais como o tricot. À terça, Jorge Lains realiza gratuitamente drenagem linfática às mulheres mastectomi-zadas e à quarta-feira os doentes contam com a terapeuta de reiki e com consultas de psico-oncologia que ocorrem quinzenalmente.De forma a abranger não só a popu-lação do Médio Tejo, mas também o mundo, foi criada recentemente uma página no Facebook. Matilde Sacavém conta que esta rede so-cial tem sido sobretudo útil para os abrantinos que vivem fora do país, mas que têm aqui os pais, a serem acompanhados pelo grupo: “Comu-nicam connosco através da rede so-cial para saberem como tem corrido a vida dos pais na nossa companhia.”Os que não navegam na internet ou não leem jornais também por lá pas-sam também passam pelo GAA. Isa-bel Simão, responsável pelos apoios farmacêuticos e sociais, conta que “houve uma senhora que, não lendo jornais, passou por aqui. Veio passear ao centro da cidade, viu lá fora o pla-card e veio informar-se. Acabou por ficar aqui nos seus tempos livres.”A divulgação e a prevenção nunca são demais. Por isso, alguns volun-tários dirigem-se a Juntas de Fre-guesias e a Centros de Saúde para distribuir cartazes, vão a escolas secundárias alertar os mais novos e a outros locais, como o quartel de Abrantes, apelar para que todos te-nham uma vida mais saudável.

Cristiana Francisco, hoje com 18 anos, descobriu que tinha Leucemia há três anos

“Sorrir acalma a dor”

Apesar dos esforços que o grupo tem feito para ganhar notoriedade, Paula Vilaverde salienta que “ainda exis-tem muitos profissionais de saúde em Abrantes que não sabem da nossa existência, ou que sabem e não en-caminham as pessoas para o GAA”.Matilde Sacavém, Paula Vilaverde e Isabel Simão afirmam que “é impor-tantíssimo chegar mais além no que toca ao assunto do cancro”. Estas responsáveis evidenciam campa-nhas que são feitas e também o papel das figuras públicas, como é o caso de Sofia Ribeiro, que dá a cara pelo cancro da mama, e a música Joni dos D.A.M.A, que fala sobre os cuidados a ter na exposição ao sol.Isabel Simão explica que “cada vez existem mais tratamentos, o que fez com que a taxa de doentes oncoló-gicos diminuísse, também devido à maior prevenção e ao facto de as pessoas estarem mais atentas aos primeiros sinais de cancro”. No en-tanto, no caso concreto de Abran-tes, ainda existem muitas pessoas com a doença que não conseguem dirigir-se ao GAA por incapacidade. Por isso, o grupo pensa em investir em apoio domiciliário.Para além da divulgação, a angaria-ção de fundos é outro aspeto impor-tante. Matilde Sacavém adianta que “o grande porte financeiro da LCC é o peditório anual nacional” e que o GAA conta “com o grande apoio da Cruz Vermelha de Abrantes”, para além de outras ajudas fundamen-tais, como o da Farmácia Silva.A porta nº 44-A, na Rua Luís de Camões, em Abrantes, está sempre aberta para acolher novas pessoas, sejam voluntários, doentes, fami-liares ou simples curiosos. “Nós não lucramos com nada, a única coisa que perdemos são oportunidades de ajudar, daí a porta estar sempre aberta”, conclui Isabel Simão.

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FICHA TÉCNICA | DIRETORA: Hália Costa Santos DIRETORA ADJUNTA: Raquel Botelho REDATORES: Adriana Lopes, Alexandra Arroja, Cláudia Ferreira, Dina Arsénio, Luís Carlos Martins, Miguel Lopes, Patrícia Barai, Pedro Ferreira, Raquel Teixeira, Renata Cunha, Sara Carrão, Vera Oliveira PROJETO GRÁFICO: José Gregório Luís PAGINAÇÃO: João Pereira TIRAGEM: 15000 exemplares

PEDRO FERREIRAESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

LUIS CARLOS MARTINSESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL

Em Abrantes existe um ginásio, com o nome de Lady’s First, que junta o exercício e boa disposição no mesmo plano. Este ginásio tem uma janela. Espreitando, veem-se as aulas onde predomina uma ani-mação crescente. Lá dentro vive a Zumba. Considerada dança para uns e exercício fitness para outros, é um dos grandes movimentos existentes nos dias de hoje e que atrai milhares de pessoas.Duas senhoras passam pela vitri-ne, admiram o que está a aconte-cer e uma comenta: “Olha só para aquilo! Alguma vez eu ia aguentar uma aula destas!? Nem pensar!” Resposta da companheira de cami-nhada: “Oh mulher, tu estás mais que pronta para aguentar isto!”A Zumba começou como sendo uma dança latina, criada na Co-lômbia, nos anos 90. Mais tarde, teve a sua evolução, passando a ser uma ótima junção entre dança e exercício. Esta modalidade junta ritmos como salsa, samba, reggae-tón e hip-hop, tornando-a ideal para queimar calorias e, ao mesmo tempo, entreter as pessoas.Renata Cunha, estudante da ESTA, pratica Zumba e garante que é uma forma divertida de fazer desporto. “É quase como fazer desporto de forma ‘camuflada’. É tão alegre e divertido que nem nos lembramos

É fim de tarde em Abrantes e como todas as terças-feiras, é mais um dia de treino de Jiu--Jitsu. “Podiam ter vindo era num dia em que estivéssemos todos, porque infelizmente, hoje somos poucos”. Temos um campeão nacional presente e estamos na nova casa do Abrantes Fight Club. Enquanto os restantes alunos, em conjunto com o Mestre, fazem o aquecimento, Bruno Alves, do Abrantes Fight Club, conta como trouxe esta aventura do Jiu-Jitsu de Torres Novas para Abrantes. Trata-se do atual campeão de Jiu-Jitsu brasileiro em Portugal, na categoria de 76Kg, título al-cançado em Lisboa no dia 16 de abril. “Já tivemos cerca de 30 atletas (em Abrantes), mas uns

vão, outros ficam e atualmente temos cerca de 15 atletas de for-ma regular”, adianta Bruno Alves.Ana Timóteo, de 25 anos, é uma das atletas do Abrantes Fight Club. Considera que não há di-ferenças significativas entre ra-pazes e raparigas no Jiu-Jitsu, apesar da questão da força. “É positivo para nós, porque tanto podemos treinar a parte técni-ca, como a parte de força. Para os rapazes, permite-lhes treinar mais a técnica, que está sempre incluída. Ao treinarem entre si, treinam tanto a técnica como a força”. A atleta considera que o Jiu-Jitsu ainda é um circuito um pouco fechado para raparigas, muito por causa de falta de di-vulgação

Apesar de ainda não ser conside-rada uma modalidade olímpica, Portugal mostra-se com talento. E a curto prazo podem existir lu-tadoras medalhadas? Ana Timó-teo responde com as medalhas de “ouro, prata e bronze no torneio em Abu Dhabi”, recentemente conquistadas por Portugal.Em Portugal há alguns anos, Fá-bio Santos, brasileiro, é o Mestre do Abrantes Fight Club. Começou por ensinar Judo. Aproveitou para dar início ao Jiu-Jitsu, desenvol-vendo-a em Portugal. “Há muita discussão entre Portugal e Ingla-terra para saber quem é a grande potência da Europa.” Apesar de ser uma arte marcial de grande expressão no Brasil, as suas raízes são japonesas, onde ju significa

“suavidade” e “jutsu” significa “arte” ou “técnica”. Mas Portu-gal é o único país no mundo em que o sistema fiscal reconhece os treinadores desta modalidade.O Jiu-Jitsu é a arte marcial mais antiga e completa de defesa pes-soal e desafiante a nível físico e mental. Trata-se de uma arte marcial de corpo a corpo que tem como objetivo neutralizar o ad-versário levando-o a desistir por submissão à técnica do seu rival. Apesar de ser eficaz, o Jiu-Jitsu é visto como um desporto saudá-vel, não propício a lesões ou trau-matismos. Trata-se de um des-porto onde a componente técnica e mental é mais importante que a componente física, que não deixa de ser importante.

“Zumba não é só uma dança, é um modo de vida”

Jiu-Jitsu, a arte marcial com suavidade e técnica

que estamos, de facto, a fazer exer-cício.” Mais do que dança ou exer-cício, é “uma forma de nos abs-trairmos dos nossos problemas, porque enquanto estamos lá não pensamos neles”.Num dia em que o calor aperta, numa esplanada perto do ginásio,

encontra-se um casal de jovens, ambos com sacos de treino e prontos para partir. Ricardo Tiba, estudante do ensino secundário, explica por que não pratica Zum-ba: “Não tenho jeito para a dança, seja qual ela qual for. Como faço ginásio diariamente, o cansaço

e disponibilidade física não é a mesma.” Com um sorriso doce, Joana Henrique, também estu-dante do secundário, encara o seu namorado e abana a cabeça. Praticante deste exercício, a jo-vem refere que a modalidade “é muito positiva”.

Ricardo arrisca dizer que a Zum-ba não é mais do que uma dan-ça, “nada mais”, “uma forma de manter a mente ocupada”. A na-morada observa-o com um olhar de reprovação, gerando um certo sentimento de ameaça. “É o que eu acho!” – respondeu o rapaz de forma instantânea, quase como se a vida dele dependesse disso.“Na minha opinião, a Zumba é muito mais que uma dança, é uma paixão. Quem pratica é por-que quer e não porque é obriga-do. Transmite-nos emoções po-sitivas, e ajuda-nos a esquecer de certas coisas, tendo essas coisas impacto em nós negativo” – es-clarece Joana, com um brilho nos olhos.De volta ao ginásio Lady’s First, mesmo sendo estritamente para mulheres, as alunas que aguardam a aula de Zumba não estranham a presença de um homem. Enquanto esperam pela instrutora, põem a conversa em dia, falando sobre o seu quotidiano.Olga Nunes, instrutora de Zumba há cerca de três anos e meio, mos-tra a sua paixão pela modalidade: “Zumba não é só uma dança, é um modo de vida.” O aquecimento começa com música latina, cheio de movimentos, palmas e sorrisos de uma boa disposição como se todos os problemas tivessem de-saparecido.Durante os exercícios, Olga dá indicações enquanto grita e canta a letra das músicas, fazendo com que as alunas façam o mesmo para esquecerem tudo de mal e para se divertirem ao mesmo tempo. Os gritos dados durante a aula pare-cem gritos de guerra, enfrentando o cansaço de peito erguido e com uma enorme satisfação. Mesmo no meio de tanto cansaço, os sorrisos não desaparecem.

APOIO

L Os sorrisos são uma constante, antes e depois das aulas

D FOTOGRAFIA PEDRO FERREIRA

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jornaldeabrantes

21JULHO 20162016 DESPORTO

Susana Estriga, natural de Tramagal, iniciou a sua prá-tica desportiva formal aos 10 anos, em representação da Escola Octávio Duarte Ferreira, no Desporto Escolar. É no corta-mato escolar que vence a sua primeira prova em que participa, quer na fase escolar quer no distrital, pois foi a partir desta que se deu o mote para uma carreira cheia de registos notáveis. A vitória no corta-mato levou-a a ingressar no Tramagal Sport União (TSU) por infl u-ência de duas colegas tendo como Jorge Pombinho o seu primeiro treinador. A passa-gem pelo TSU foi de curta duração porque no ano se-guinte o Sporting Clube de Abrantes (SCA) convidou-a a ingressar no clube, um na-moro que se prolongou até à sua entrada na faculdade (Universidade do Porto).

Há histórias que ficam registadas na memória desta menina que aos 11 anos num corta-mato, onde as condi-ções climatéricas eram adver-sas, a água e a lama era tanta, que perdeu uma sapatilha de bicos na fase fi nal da prova, mas não parou cortou a meta e foi buscar a sapatilha.

O seu percurso desportivo não se resume apenas ao atletismo, jogou futebol no Desporto Escolar e futebol de salão em torneios e durante 4 anos jogou andebol fede-rada no Clube Desportivo “Os Patos”. A sua entrada na facul-dade levou-a a ter que optar por uma única modalidade, face aos convites do Colégio de Gaia para jogar andebol e Boavista Futebol Clube atle-tismo. A sua escolha recaiu no atletismo porque o local

de treino era perto do seu lo-cal de residência. Também jo-gou rugby e tudo começou nas aulas do Curso de Des-porto e Educação Física mas terminou na primeira Selec-ção Nacional Feminina em 1995.

Com a conclusão do curso superior, regressou à sua terra natal onde começou a leccio-nar na Escola que a viu nascer para o atletismo. Voltou a re-presentar o clube da sua terra e iniciou a sua carreira de trei-nadora no mesmo. Enquanto atleta foi vice-campeã naci-onal em heptatlo, resultado

que despertou o interesse do Futebol Clube Porto (FCP) e levou logo na primeira época como portista a Campeã Na-cional de Pentatlo, em pista coberta.

A sua primeira e única inter-nacionalização como sénior foi em 2002, quando obteve os mínimos exigidos para re-presentar Portugal na Taça da Europa em Provas Combi-nadas que se realizou na Litu-ânia (kaunas), os 4855 pontos obtidos tornaram-na a nona melhor atleta portuguesa de sempre no Heptatlo. Foi atleta do FCP durante 8 épo-

cas onde conquistou vários pódios em provas combi-nadas, 100 metros barreiras, 400 metros barreiras e colec-tivamente em provas nacio-nais. Na época 2008 / 2009 foi para a Juventude Operá-ria Monte Abraão, clube que representou por 7 épocas e onde conquistou igualmente vários pódios individuais e colectivamente como sénior.

Como veterana bateu vá-rios recordes nacionais na categoria women35 (W35) e women40 (W40) e conquis-tou vários títulos europeus e mundiais. Na presente época desportiva representa SCA, onde bateu o recorde regio-nal absoluto de 400 metros em pista coberta da Associa-ção Atletismo de Santarém e todos os recordes nacionais em pista coberta na catego-ria W40.

Como treinadora e profes-sora soube transmitir tudo aquilo que aprendeu, tirando do seu vocabulário a palavra desistir. A sua persistência, trabalho árduo que por vezes exige sofrimento, o acredi-tar mesmo em situações di-fíceis, a disciplina, a humil-dade, a paixão e o amor, con-duzem inevitavelmente ao sucesso. Exemplo disso são os atletas que treinou e treina com resultados relevantes, Telma Elias campeã nacional em juvenis nos 100 metros barreiras, actualmente mé-dica no Hospital de Abrantes e hoje com Mariana António aquela que soma mais títu-los. Uma atleta, uma treina-dora de eleição. Classe, raça e fi bra são os atributos que fa-zem dela uma campeã.

Carlos Serrano

Susana Estriga - atleta e treinadora tramagalense de eleição

• Joana Marchão e Filipa Mandeiro são as novas contratações do Sporting Clube de Portugal

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Tiago Aperta, do Sport Lis-boa e Benfi ca, sagrou-se no dia 25 de junho, Campeão de Portugal, ao alcançar a marca 61,98, na final mas-culina, no lançamento do Dardo (800 g).

O atleta abrantino parti-cipou no Campeonato de Portugal e Campeonato Na-

cional de Sub-23, que de-correuna Maia.

Joana Marchão assi-nou com o Sporting Clube de Portugal para a nova equipa de futebol feminino do clube.

Com um contrato válido por duas épocas a jovem abrantina irá continuar a usar o número 5.

A abrantina Francisca Laia sagrou-se Campeã Mundial na categoria K1 200 metros e K2 500 metros, no Campe-onato Mundial Universitá-rio de Canoagem. Montem-or-o-Velho recebeu no dia 10 de junho, o terceiro e úl-timo dia de competição do Campeonato Mundial.

A jornada foi preenchida com a realização de 17 fi-nais de velocidade que trouxeram duas medalhas

de ouro para Portugal, uma conseguida pelo kayak da dupla Francisca Laia e Ma-ria Cabrita em 500 metros e a segunda nos 200 me-tros a solo da portuguesa olímpica.

“Foi a prova das nossas vi-das”, disse Francisca Laia.

O próximo Campeo-nato Mundial Universitá-rio de Canoagem realiza-se em 2018, em Szeged, na Hungria.

Tiago Aperta sagra-se Campeão de Portugal

Joana Marchão assina com o Sporting Clube de Portugal

Francisca Laia conquista Campeonato Universitário

DR

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23JULHO 20162016 REGIÃO

Perto de 80 cidadãos por-tugueses e espanhóis parti-ciparam no “vogar contra a indiferença” no sábado, dia 2 de julho, entre Mouriscas e Abrantes, numa ação de mobilização dos cidadãos em defesa do Tejo e do patrimó-nio natural e cultural associ-ado ao rio.

A iniciativa foi da proTEJO – Movimento pelo Tejo, numa atividade que tinha como objetivo “consciencializar” as populações ribeirinhas para a conservação do rio, procu-rando realçar a “necessidade de uma regulamentação” da gestão de barragens e açudes que garanta um regime fl uvial adequado à prática de ativi-dades náuticas e à migração e reprodução das espécies pis-cícolas.

Paulo Constantino, porta-voz daquele movimento, de-fendeu a necessidade de “re-gras” que integrem “verdadei-ros caudais ecológicos” e uma continuidade fluvial propor-cionada por passagens para peixes efi cazes e para embar-cações de pequeno porte, re-lativamente a uma iniciativa que visava a “defesa e a valori-zação dos rios como patrimó-nio cultural e de identidade”, sendo a sua defesa “vital” para

as cidades e povoações situ-adas nas suas margens, que “tendem a perder a sua per-sonalidade quando os rios se degradam ou são desvirtua-dos os seus leitos”, destacou.

“Esta é uma manifestação de interesses pela boa saúde do rio e da sua fauna e fl ora”, afirmou Constantino, tendo acrescentado que a iniciativa é também “um alerta sob a forma de protesto contra a so-bre exploração a que o Tejo

se encontra submetido em resultado do aumento dos transvases”.

João Gouveia, empresário e proprietário do espaço de turismo ambiental e de natu-reza Colinas do Tejo, explicou os motivos que o levaram a associar-se ao “Vogar Contra a Indiferença”, tendo referido que “os recursos naturais são um património coletivo, não são propriedade privada de ninguém”.

“Esta iniciativa não é feita contra ninguém, a não ser contra a indiferença, perante aqueles que, ao constatarem a degradação dos nosso re-cursos naturais, em particular o Tejo, se esquecem que ele é fonte de riqueza”, destacou.

O dirigente do proTEJO, Paulo Constantino, lembrou ainda que, em terras portu-guesas, “o Tejo continua com os mesmos problemas que em Espanha, quanto aos cau-

dais insufi cientes, a poluição e as barreiras à conetividade fl uvial, provando-se que a de-fesa dos rios ibéricos ultra-passa as fronteiras administra-tivas e une os cidadãos”.

A ação “Vogar Contra a In-diferença”, que assinalou no sábado a sua quinta edição, partiu do Cais das Colinas, em Mouriscas, freguesia ribeiri-nha do concelho de Abrantes, tendo contado com acam-pamento e descida em ca-

noa até ao Aquapolis, em Abrantes, “realçando a beleza do património natural e cul-tural associado a este troço do rio Tejo e que culminou num almoço convívio em Mouris-cas”, ponto de partida da ação ambientalista.

Nesta atividade, em que par-ticiparam mais de duas deze-nas de espanhóis e que de-correu num percurso de cerca de 9 quilómetros, os parti-cipantes fizeram a travessia “por portagem” no travessão construído junto à Central Ter-moelétrica do Pego.

“É um troço do percurso que teve de ser feito a pé, com as canoas a ombro, um pro-blema para o qual pretende-mos chamar a atenção para a necessidade da sua resolu-ção”, disse Paulo Constantino, numa ação que contou ainda com a leitura da Carta Con-tra a Indiferença, na qual se evidencia a “necessidade de promover a navegabilidade do rio Tejo e defender um Tejo vivo com caudais sufi cientes e sem poluição, no âmbito de uma gestão sustentável da água na bacia hidrográfi ca do Tejo ibérico”.

MRF

Na sua crónica semanal da Antena Livre, habitualmente às quartas-feiras, Armando Fernandes, adiantou que o cabeça de lista pelo PSD à Câmara Municipal é António Castelbranco , de 52 anos, na-tural de Abrantes.

Armando Fernandes, cro-nista em vários órgãos de co-municação social e com liga-ções ao PSD, referiu na opi-nião da Antena Livre que “as autárquicas começam a sair do segredo e começam a vir para o palco e vamos veri-ficar e assistir também a al-guns atos hilariantes. Obvia-mente que em termos sociais ainda não se sabe, porque as

regras protocolares o impe-dem, mas a nível não ofi cial já se sabe que o arquiteto Antó-nio Castelbranco será o candi-dato às autárquicas pelo PSD”, afi rmou. A Antena Livre já ti-nha questionado Rui Santos, presidente da Comissão Polí-

tica Concelhia do PSD, sobre o nome que iria encabeçar a lista à Câmara Municipal, nas próximas autárquicas 2017. Questão que Rui Santos não respondeu, remetendo a di-vulgação ofi cial do nome para o próximo mês de setembro.

“No próximo mês de se-tembro serão anunciados o cabeça de lista à Câmara e à Assembleia Municipal e já al-guns nomes às assembleias de freguesia”, onde o PSD vai apresentar “listas em todas as freguesias” e não irá “em coli-gação, serão somente do par-tido”, referiu o responsável.

“Estamos a trabalhar inter-namente, iremos escolher os melhores, as fi guras que poli-ticamente e socialmente po-dem ter relevância para o con-celho”, acrescentou Rui Santos. Armando Fernandes referiu a todo o auditório da Antena Livre o nome de António Cas-telbranco como candidato.

Protejo vogou em Abrantes “contra a indiferença”

POLÍTICA

PSD avança com António Castelbranco para autárquicas 2017

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DR

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24 JULHO 20162016

A alienação do terreno das antigas piscinas, por 5.856 mil euros, à empresa Sta-roteis, foi, no dia 17 de ju-nho, aprovada por maioria na sessão da Assembleia Municipal de Abrantes. A sessão ordinária da Assem-bleia Municipal contou com a presença do responsável da Staroteis, José Santos, que respondeu às diversas questões colocadas pelos deputados das diferentes bancadas.

José Santos explicou o per-curso que o levou à apresen-tação da proposta por parte da Staroteis, nomeadamente os problemas que levaram à não construção do novo ho-tel no Barro Vermelho. Mui-tos atrasos burocráticos e o abandono de alguns par-ceiros foram referidos pelo novo proprietário do Hotel de Turismo de Abrantes.

José Santos enumerou o conjunto de intervenções que já realizou no hotel e afi r-mou que “grande parte do trabalho já foi concretizado”, embora se trate de “um equi-pamento complexo”.

“Já temos um quarto mo-delo e queremos pôr o ho-

tel com 4 estrelas a funcio-nar”, mas tudo depende “da velocidade das obras e de uma candidatura ao Portu-gal 2020”.

Quanto ao terreno das anti-gas piscinas, José Santos refe-riu que poderá ser um espaço “de utilidades e de apoio” ou como uma nova “piscina (…) um espaço que irá dignifi car o hotel, não tendo aquele as-peto de abandono”.

“Uma unidade hoteleira digna, onde a cidade irá ga-nhar com certeza”, reforçou o promotor que ainda se refe-riu a uma possível ampliação futura da unidade: “Se verifi -carmos que Abrantes exige mais quartos, assim o fare-mos, tudo depende da dinâ-mica do concelho”.

Margarida Togtema, da bancada do PSD, começou a sua intervenção manifes-tando a sua “preocupação” quanto à alienação do ter-reno à Staroteis e colocou um conjunto de questões ao promotor relacionadas com a antiga unidade ho-teleira que estava prevista para Barro Vermelho: “por-que se recusou a devolver o terreno do Barro Vermelho

à Câmara? ”, questionou.José Santos respondeu que

não recusou a entrega dos terrenos do Bairro Vermelho por “vontade própria”. “Na altura ninguém se quis as-sociar para construir o hotel no Barro Vermelho (…) ape-nas fi z referência ao dinheiro que já tinha investido ali (…) nunca me recusei a entregar o terreno”, salientou.

Armindo Silveira, do BE, também questionou o pro-motor acerca da sua von-tade em continuar com as negociações, caso a autar-quia não vendesse o ter-reno das antigas piscinas. José Santos explicou que aquele espaço é necessário à concretização do projeto.

Já o deputado João Paulo Rosado (PSD) colocou uma questão sobre os fundos co-munitários e José Santos res-pondeu que “o andamento da obra será tão mais rápido” quanto a aprovação ou não da candidatura, mas “está salvaguardado”.

No período da votação, Eli-sabete Pereira (PS) partilhou as memórias das piscinas an-tigas e referiu a aprovação por parte da bancada soci-

alista.Armindo Silveira indicou

que os terrenos das antigas piscinas se situam num es-paço privilegiado, sendo a sua venda por valor simbó-lico “ruinosa”.

Margarida Togtema refe-riu que “vender ao desba-rato o património municipal é a prova de que o executivo não respeita” esse patrimó-nio. “Estamos perante uma situação inaceitável”, refor-çou.

Fazendo referência ao va-lor da avaliação dos terrenos, em cerca de 720 mil euros, o deputado Luís Lourenço, da CDU, disse que “isto é uma oferta e não uma venda”.

Por fi m, Maria do Céu Albu-querque, presidente da Câ-mara Municipal, reforçou a importância do negócio e re-feriu que “todas as questões estão salvaguardas” em be-nefício do Município.

A proposta foi assim apro-vada por maioria, com 4 vo-tos contra do PSD, 4 votos contra da CDU, 1 voto contra do BE, 3 abstenções do PSD e 1 abstenção do PS.

Joana Margarida Carvalho

ABRANTES

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Assembleia Municipal aprova venda do terreno das antigas piscinas de Abrantes

Foi aprovada por maio-ria a minuta de compra e venda do Colégio Nossa Se-nhora de Fátima, no valor de 1,6ME, no passado dia 7 de junho. Um contrato que será celebrado entre a Câ-mara Municipal de Abrantes e a Província Portuguesa do Instituto das Irmãs de Santa Doroteia.

A intenção da autarquia, futura proprietária do es-paço, é construir naquele edifício o novo Centro Esco-lar de Abrantes.

Elza Vitório, vereadora eleita pelo PSD, questionou a presidente sobre os cus-tos da obra e dos acessos ao edifício, sobre as escolas que o novo centro escolar vai albergar, sobre o que vai acontecer aos edifícios que vão fi car vazios e ainda fez referência à diminuição do número de alunos.

Com um custo total de obra de cerca de 2ME, fi-nanciado em 85%, cerca de 1,7 ME, pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regio-nal (FEDEER), o edifício será adaptado e requalificado para receber os 175 alunos provenientes da escola nº1 e nº2 de Abrantes.

Numa primeira fase, “não está previsto que o acesso [ao centro escolar] seja todo feito, mas só uma parte. Em concreto, a subida da rua de Santana e a entrada por trás. No futuro, temos a in-tenção de fazer a ligação à rua 5 de Outubro”, explicou Maria do Céu Albuquer-que, presidente da CM de Abrantes.

Referindo-se às escolas que fi carão vazias, sediadas nos Quinchosos e na rua

Catarina Eufémia, a presi-dente adiantou que estes edifícios “serão entregues às associações, até porque com as obras no Edifi co Car-neiro para instalar as obras de Charters de Almeida, vão fazer com que haja a necessidade de instalar o Orfeão, a Palha de Abrantes, a Delegação Local da Rein-serção Social e o clube de cinema…é portanto nossa intenção dotar aquelas es-colas de todas as condições para acolherem estas asso-ciações”.

Quanto à diminuição do número de alunos, Maria do Céu Albuquerque adian-tou que a autarquia tem em conta “os rácios e as proje-ções demográfi cas, até por-que não sei se sabem mas para podermos ter o fi nan-ciamento é obrigatório que a Direção Geral dos Esta-belecimentos Escolares se pronuncie sobre isso e vai avaliar todos os dados”.

Celeste Simão, vereadora com o pelouro da Educação na CM de Abrantes, acres-centou ainda que é inten-ção da autarquia instalar na nova escola o ensino pré-escolar, devido ao facto “da rede escolar estar pratica-mente lotada”.

O Colégio Nossa Senhora de Fátima de Abrantes vai terminar a sua função de ensino privado este ano letivo. O Colégio foi fun-dado no dia 13 de outubro de 1940 e é orientado pela Congregação das Irmãs de Santa Doroteia. Durante dé-cadas foi uma escola de re-ferência pela qualidade do seu ensino.

JMC

Câmara de Abrantes adquire Colégio de Fátima por 1,6 ME

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25JULHO 20162016 REPORTAGEM

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Sport Abrantes e Benfi ca completou 100 anosA fundação e os primeiros anos

Poucos dias antes de Abrantes ser elevada a cidade, um grupo de abrantinos de-cidiu criar o Sport Lisboa e Abrantes. Foram pioneiros do associativismo desportivo abrantino Francisco A. Ne-ves, Manuel Luís Ribeiro, João Alves Matias Júnior, Raul Le-mos e Manuel Campos Patro-nilho.

O Jornal de Abrantes de 18 de junho de 1916 noticiava a formação do clube na lo-cal intitulada “Vida Sportiva”: “Autorizado pela direção do Sport Lisboa e Benfi ca, acaba de criar-se nesta cidade um grupo de foot-ball denomi-nado Sport Lisboa e Abrantes e delegação do Sport Lisboa e Benfi ca”. Nascia a fi lial n.º 2 do clube lisboeta.

O primeiro jogo de futebol do novo clube aconteceu a 23 de julho, na inauguração do Campo de Vale de Rou-

bam, frente ao União dos Cai-xeiros de Tomar, tendo o re-sultado fi cado pelo 0-0. A pri-meira saída da formação do

Sport Abrantes e Benfica foi a deslocação a Torres Novas, a 1 de outubro de 1916, para jogar com o Sport Clube Tor-

rejano. Este jogo assume con-tornos que o tornam histórico, por ter proporcionado a pri-meira vitória à equipa abran-

tina, ainda que pela margem mínima (1-0).

Ao longo dos anos 20, surgi-ram no concelho de Abrantes

vários clubes especialmente vocacionados para a prá-tica do futebol, que se vie-ram juntar ao pioneiro Sport Lisboa e Abrantes. A funda-ção da Associação de Fute-bol de Abrantes, em janeiro de 1924, que antecedeu a cri-ação da Associação de Fute-bol de Santarém (19 de no-vembro desse ano), criou condições para que se dese-nhassem os primeiros campe-onatos concelhios. O campe-onato da Associação de Fute-bol de Abrantes (Taça Avelar Machado) surgiu em 1923/24, com um número de clubes participantes bastante redu-zido, e teve como vencedor da 2.ª edição (1925) a equipa do Sport Lisboa e Abrantes.

Uma segunda vidaEm 1946, realizou-se uma

Assembleia Geral do Sport Lisboa e Abrantes que teve como objetivo primeiro a re-organização do clube, após

• Equipa fi nal dos anos 40 no Barro Vermelho

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26 JULHO 20162016REPORTAGEM

um período de inatividade de aproximada-mente 12 anos.

Esta reorgani-zação de mea-dos dos anos 40 trouxe consigo uma nova alma, onde as funções diretivas passa-ram a ser assumi-das por pessoas que o sentiam e que evidenciavam vontade de o colocar noutro patamar. Esta segunda vida do Sport Lisboa e Abrantes trouxe con-sigo a prática de um conjunto alargado de modalidades: bi-lhar, ciclismo, andebol, “volley-ball”, ténis de mesa, atletismo, basquetebol, arco, futebol, xa-drez e ginástica.

A cooperação e a tentativa de fusão

Os clubes abrantinos, em particular os da cidade (Sport

Lisboa e Sporting) evidenciavam, em 1948, um entusiasmo que saltava à vista através da comunicação so-cial local. Juntos, delegados de ambas as agremiações en-vidavam esforços para que se arranjasse e vedasse o Campo do Barro Vermelho.

As competições que envol-viam os clubes da cidade sur-giam narradas na imprensa local como decorrendo com grande respeito e cordiali-dade. O mês de junho de 1948 ficou marcado pelas

festividades co-memorativas do 32.º aniversário do Sport Lisboa e Abrantes, em que participavam com frequên-cia comitivas enviadas pelo Sport Abrantes e Benfica, que aqui traziam al-gumas das suas

equipas de futebol ou atle-tas de desportos individuais, que se exibiam para os abran-tinos. Nesta altura notava-se uma aproximação entre ver-melhos e verdes de Abrantes, a ponto de em 1951 ter ha-vido uma comissão a propor a fusão dos clubes, que che-gou a ser aceite pelos associ-ados do Sporting, mas que a assembleia geral do Sport Lis-boa acabou por rejeitar.

Ao longo dos anos 50, o Sport Abrantes e Benfica, como entretanto passou a

designar-se, viveu um perí-odo de enorme dinâmica, sob a presidência do Coronel An-tónio de Oliveira Mateus. Para além das várias modalidades, os associados passaram a ter a sede do clube como um es-paço privilegiado de sociabili-dade, com os bailes e outras festividades que aí decorriam.

Da reorganização de 70 à aposta no futebol de formação em 80

Com a ida do Coronel Oli-

veira Mateus para a presidên-cia da Câmara Municipal de Abrantes e o seu falecimento quase imediato, em 1961, o Sport Abrantes e Benfi ca caiu num período de marasmo, que só terminaria no fi nal dos anos 60.

Em 1967, Virgílio Rapazote assumiu um papel preponde-rante enquanto Presidente da Direção e, com David Grácio, Fernando Rodrigues, Orlando Nogueira, António Pedro, en-tre outros, voltaram a organi-zar equipas de futebol e fi ze-ram regressar os equipamen-tos vermelhos e brancos ao Barro Vermelho.

Em 1972, Américo Bica assu-miu a presidência da direção e começaram a surgir resulta-dos do empenho destes diri-gentes, com a conquista do título de Campeões Distritais de Juvenis, na época 1972/73.

Em 1974, Carlos Malcata tornou-se presidente e vol-vidos três anos, em 1977, Virgílio Rapazote reassumiu a liderança, enquanto presi-dente da direção, cargo em que se manteve até 1999, sendo determinante para a dinâmica atingida neste pe-ríodo. Depois de alguma dis-persão por várias modalida-des, em meados da década de 80 estabeleceu-se um proto-colo com o Sporting Clube de Abrantes, que deixava para o Benfi ca o exclusivo do futebol na cidade. A época 1985/86 corresponde à grande tran-sição de dinâmica operacio-

nal, na qual desempenhou também importante papel João Paulo Milheiriço. O Sport Abrantes e Benfi ca, para além da equipa de Seniores, apre-sentou uma equipa de Inici-ados que, logo na época de estreia, conquistou o título de campeã distrital. Daqui em di-ante, sucederam-se os títulos de Infantis, Iniciados e Juve-nis e a presença destes esca-lões da equipa encarnada nos campeonatos nacionais. Era o resultado de um trabalho continuado, realizado com qualidade, em que os atletas passaram a ser integrados no clube desde muito cedo, para fazer a sua formação.

Ao longo dos anos, o clube tem sido reconhecido pelo papel fundamental desen-volvido em prol do desporto, em particular no que diz res-peito ao futebol de formação. A 10 de junho de 2001, rece-beu a Medalha de Mérito Des-portivo, atribuída pelo Minis-tro da Juventude e Desporto. No centenário da cidade de Abrantes, companheira de um século de vida, o Benfi ca de Abrantes, como é conhe-cido localmente, foi um dos galardoados com a medalha do centenário.

Para saber mais sobre este clube centenário, veja-se o li-vro Sport Lisboa e Abrantes / Sport Abrantes e Benfica: 100 anos, que foi publicado no âmbito do centenário do clube.

Por José Martinho Gaspar

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• Primeira Equipa de Hóquei em patins nos claustros do Convento de São Domingos

• Em 1948, o 32º aniversário

Lisboa e Sporting)

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aniversário

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Page 27: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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AGENDAJULHO2016

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180 CreativeCamp p 2016Not thatt kind of camp

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os caminhos da escritaExposição comemorativa do Centenário do

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Nascimento de Vergílio Ferreira (1916—2016)

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5º Passeio.CicloturismoEXPOSIÇÃO15 30.JUL.16BIBLIOTECA MUNICIPALANTÓNIO BOTTO

Abrantes, aqui e aliPiPiPPPPiPiPPPPPiPiPPPPiPiPiPiPiiPPPPP ntnnnntntntntntntntntntnnnnntntntntnntntnnttttururuurururururuuuuruurururuururururrrrrrra aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa e artes dededeedeededededddededddeddddddddddeeecocoooooooocooooooooooooooooorararararrarrarararrrararararrararararaaaaaaaaatiiittiititititiitiiiiiitittttttt vavavvvavavavavvavavavaavaavaavavavavavavavavavavavavvaavvavaas

DESPORTO16.JUL.16 // 15:30AQUAPOLIS MARGEM NORTE

Taçade Portugal

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de Triatlog

DESPORTO17.JUL.16 // 08:00CIDADE DESPORTIVADE ABRANTES

Conquistados Castelos

qqAudace — BTT

DESPORTO30.JUL.16 // 10:00ALBUFEIRA DE CASTELODO BODE

Taçade Porrttuuggal

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PPOORRtterrag

Triatlo CrossMÚSICA21.JUL.16 // 22:00P. BARÃO DA BATALHA

As bandas do VieiraManuel João Vieiracom as Bandas Filarmónicasde Abrantes

Page 28: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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28 JULHO 20162016REGIÃO

Estórias de um dinossauro vivo por ele próprio,Manuel Lopes de Sousa

A passagem do Banco Mendes Godinho, de To-mar, para a posse do Banco Espírito Santo, a meu ver não foi pacífica, porque fo-ram dadas as chaves do co-fre, e não foi dado o código para a abertura do mesmo, com a desculpa de que se tinha extraviado. Fui contac-tado pelo gerente do [bal-cão] do Banco em Abrantes à altura, o Sr. Cunha, que me levou a Tomar para que eu o abrisse. No local, foi-me dada a chave para que pro-cedesse ao trabalho. Estava presente um antigo empre-gado do Banco Mendes Go-dinho que, julgando que se-ria preciso forçar o cofre, e não se conformando com a atitude tomada pelos seus antigos colegas, telefonou para os escritórios da firma M. G., para um antigo com-panheiro, para ver se conse-guia mais uma vez que lhe dissessem o código. Ao co-meçar a conversa, verificou que eu já o tinha aberto, ter-minando-a logo desta ma-neira: - Eh, pá, obrigado pela atenção. Não te preocupes, já não é preciso, o cofre já está aberto.

Cofres. Uma avaria rara, mas que acontece.

Sucede o cliente telefon-ar-me e dizer “Tenho o cofre

avariado, a chave não abre, agradecia a sua presença”.

Quando chego, de imedi-ato verifico a avaria, limit-ando-me a limpar o furo da chave e entregar-lha para que abra o cofre.

Sucede que, por ter andado nos bolsos do cliente, no furo da chave foram-se acumu-lando pequenos detritos, in-cluindo cotão do tecido dos bolsos, reduzindo o compri-mento deste, passando a ba-ter no tampo do macho da entrada da fechadura, não deixando o palhetão da chave entrar no campo onde pertence actuar. Esta avaria normalmente provoca um certo mal estar no cliente, por ser tão simples de resol-ver, e não ter sido capaz de o fazer.

Por morte de um pároco de uma vila próxima, houve uma reunião dos seus famili-ares por causa dos seus bens. Chegados ao cofre, não ha-via a chave do segredo. So-licitado, quando cheguei junto dos familiares, procu-rei se estavam todos pre-sentes, tendo-me sido dito que faltava uma senhora, mas que demorava pouco tempo, que podia começar o trabalho. A pessoa que as-sim falou disse que era em-pregado de um banco, que

já tinha tentado e que não conseguia, por isso era tra-balho que ia demorar. Pois foram precisos quatro minu-tos e estava aberto, perante a estupefacção do gerente bancário, que lá se descul-pou com a familiar. Fiquei com a impressão de que se entendiam bem, não houve problema.

Uma família de uma aldeia próxima. Morre o chefe, mu-lher e filhos no velório, as-suntos inadiáveis ligados a documentos que estavam no cofre impunham a minha presença, esta feita através de um familiar sub-chefe da polícia, sala onde estava o cofre, sala ao lado do corpo a ser velado e eu a abrir o co-fre, que também foi rápido. Este é o caso mais macabro que tive.

Quartel militar próximo, cofre com documentação de responsabilidade, segredo muito difícil. Podia ser rápida a abertura], mas tinha que se estragar. Para tal não acon-tecer, esta demorou 8 horas. Foi o [cofre] mais difícil que eu tive para abrir, pois além de não haver o segredo, ti-nha 3 chaves a conjugar com o referido. Não admira, pois, o esforço.

Manuel Lopes de Sousa(a continuar)

Poderemos dizer que mais uma vez, a rua Nossa Senhora da Conceição fi cou mais po-bre, desta vez foi o encerra-mento da “Munique” mais um estabelecimento que en-cerrou, a par de muitos ou-tros que foram encerrando não só nesta rua, como um pouco por toda a cidade. Bastante conhecida “A Mu-nique” era uma casa de re-ferência, dedicada à comer-cialização de equipamentos desportivos e não só, que es-teve aberta ao público nos últimos trinta e oito anos.

O proprietário o Sr. Manuel Godinho, parecia ter o dom de saber a preferência das camadas jovens amantes do desporto, ali parecia haver sempre tudo aquilo que o cli-ente procurava. Mas quem é afi nal este Senhor? No nosso meio mais conhecido pelo “Manel da Munique” natural da Aldeia de Joanes, conce-lho de Fundão, foi nesta ci-

dade beirã que iniciou a sua vida profi ssional, como em-pregado comercial. O serviço militar como soldado para-quedista, talvez tenha sido a causa que o tenha trazido até à nossa região, após uma comissão em Moçambique. Estava-se no ano de 1970 e, o hoje tão usual “pronto a ves-tir” começara à pouco a apa-recer nas nossas lojas.

Na nossa cidade onde constituiu família este nosso amigo foi ainda empregado na Casa Bruno e, durante al-guns anos foi “caixeiro via-jante” representado várias ca-sas entre elas a fábrica Santa Clara de Coimbra.

Porém no ano de1978 decidiu-se pela abertura da referida “Munique”, que nos últimos tempos, de um modo geral ao fi m da tarde era quase um ponto de en-contro e de convívio, para os muitos amigos que o “Ma-nel” foi fazendo, ao longo da sua permanência nesta cidade de Abrantes. Enfim, esta Casa com grande pena nossa encerrou agora as suas portas, no entanto e, inclui-ndo-me no grande número de amigos do “Manel” espe-ramos poder contar com ele entre nós durante muitos e bons anos.

Manuel Batista Traquina

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Continuação da edição anterior

Page 29: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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O lado Negro…. do Sol!

A exposição solar intermi-tente, aguda e intempestiva, muitas vezes acompanhada de queimaduras solares ou “escaldões”, está associada ao aparecimento do melanoma - o cancro da pele mais peri-goso e um dos mais agressi-vos do Homem.

A exposição moderada à luz solar é benéfi ca e estimulante para o nosso organismo. É im-portante à saúde, no processo de fi xação de vitamina D, es-sencial para o crescimento e desenvolvimento da estrutura óssea. A exposição brusca e intempestiva, é prejudicial à pele podendo originar insola-ções, envelhecimento prema-turo e mesmo cancro. O can-cro de pele, nomeadamente o melanoma, tem vindo a au-mentar nos últimos anos. A exposição excessiva ao sol é considerada, em 90% dos ca-sos, a causa mais frequente deste cancro. Pode afetar pes-soas de qualquer idade, no-meadamente pessoas mais jovens. Pode surgir sobre pele aparentemente sã, em qual-quer parte do corpo, ou sobre sinais pré-existentes. No ho-mem a localização mais fre-quente do melanoma é nas costas. Na mulher além das costas, também é frequente nas pernas. Quando diagnos-ticado e tratado numa fase inicial, o cancro da pele tem elevadas taxas de cura.

O autoexame da pele é es-sencial na prevenção e diag-nóstico precoce do cancro da pele. Conheça o seu corpo - utilize espelhos, tire fotos, … examine! Observe todo o corpo, de frente, de lado e atrás, incluindo a planta dos

pés. Dê especial atenção ao couro cabeludo, ao rosto, es-pecialmente o nariz, lábios, boca e orelhas. Utilize a regra ABCDE, para ajudar a distin-guir sinais banais do mela-noma:

• Assimetria: formato irregu-lar

• Bordas irregulares: limites externos irregulares

• Coloração variada (diferen-tes tonalidades de cor)

• Diâmetro: maior que 6 mi-límetros (o diâmetro de um lápis)

• Evolução: alteração de forma, cor e tamanho

Cuide da sua pele. Lemb-re-se que os bebés com me-nos de 6 meses não devem ser sujeitos a exposição solar. As crianças com menos de 3 anos devem evitar a exposi-ção direta. As pessoas de pele branca e olhos claros têm um risco acrescido. Lembre-se ainda que, o sol não existe só na praia, não existe ne-nhum protetor solar comple-tamente efi caz. A medida de proteção mais importante é evitar a exposição solar nas horas de maior intensidade UV. Utilize a “regra da sombra”, é simples de usar e indica-nos que, é segura a exposição ao sol quando a nossa sombra é maior do que nós. Em Portu-gal, é geralmente entre as 11h e as 16h, no Verão.

O diagnóstico precoce é fun-damental. Consulte o seu mé-dico de família que fará o en-caminhamento para serviços especializados, se necessário, ou consulte diretamente um dermatologista.

Paula GilEnfermeira, USP do Médio Tejo

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dimensões, com lareira

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e janela para o exterior

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“Há fórmulas tradicionais de fazer rádio e depois há a Rádio Aurora a Outra Voz.”...É exatamente assim que, aos domingos às 13h começa o programa de aproximada-mente 30 minutos. Este es-paço, emitido na Antena Li-vre é inteiramente produzido no Hospital Júlio de Matos em Lisboa.

Um programa de rádio que dá voz a um grupo de pes-soas com “cadastro psiquiá-trico” que lutam contra o pre-conceito e têm intenção de mudar mentalidades.

O responsável pela grava-ção do programa é o psicó-logo clínico Nuno Faleiro da Silva. A ideia de criar o pro-grama foi sua e de uma co-lega, a psicóloga Isabel Moura-Carvalho, há já al-guns anos. Trabalhavam en-tão no Hospital Miguel Bom-barda, em Lisboa, e estavam em Barcelona quando viram um documentário sobre um programa radiofónico seme-lhante.

Resolveram então avançar com a ideia, e este programa

sobre os mais diversos e in-teressantes temas é emitido em diversas rádios regionais de todo o país: continente e ilhas. Uma iniciativa à qual a Antena Livre se associou há cerca de dois anos atrás.

Desde a política, às artes ou à política, várias foram já as fi -guras públicas que passaram pelos estúdios de rádio do

Hospital Júlio de Matos, para responder às perguntas que lhes são colocadas.

A Antena Livre vai muito em breve deslocar-se a Lisboa ao Hospital Júlio de Matos, onde vai usar os estúdios para a gravação de um “Disto & Da-quilo” em que Luis Marques Barbosa entrevistará não só o responsável do programa,

o psicólogo Nuno Faleiro da Silva, bem como convidará os habituais entrevistadores a serem…entrevistados.

A data de Emissão do pro-grama será anunciada opor-tunamente, prevendo-se no entanto que seja na rentrée de setembro.

Rádio Aurora...a outra voz...Domingos às 13h00 | 89.7 fm | www.antenalivre.pt

Page 30: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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30 JULHO 20162016CULTURA

AbrantesAté 31 de agosto – Exposição “Um século de atividades culturais em Abrantes” – Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta, das 9h às 12h30m e das 14h às 17h30mAté 26 de agosto – Exposição de arte contemporânea Coleção Figueiredo Ribeiro – Quartel Galeria Municipal de Arte, de terça a sábado, das 10h às 12h30m e das 14h às 19hAté janeiro de 2017 – Exposição Antevisão VIII do MIAA “Da troca direta à moeda: uma história” - Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes – terça a domingo, das 09h30m às 12h30m e das 14h às18h3 a 10 de julho – 180 Creative Camp sobre Creative Collaborations in Media Arts – centro histórico 8 de julho a 26 de agosto – Exposição comemorativa do centenário do nascimento de Vergílio Ferreira – Biblioteca Municipal António Botto14 de julho – Espetáculo com o Coro Húngaro “Székely Mihály Korus”, de Jaszbeerény – Praça Barão da Batalha, 22h 14 de julho – Criativos à conversa com o escultor abrantino Santos Lopes – Biblioteca Municipal António Botto, às 21h 15 a 30 de julho – Exposição de pintura e artes decorativas “Abrantes, aqui e ali”, pelos alunos da UTIA – Biblioteca Municipal António Botto

Constância3 de julho – Domingo na Praça – Revitalização do antigo mercado com venda de hortaliças, frutas e legumes – Praça Alexandre Herculano, a partir das 9h

MaçãoAté 3 de julho – 23ª Feira Mostra – Atividades desportivas e económicas, gastronomia, música, animação Até 31 de julho – Exposição de serigrafias e gravuras de arte contemporânea – Centro Cultural Elvino Pereira

SardoalAté 28 de agosto – Exposição “Momentos”, fotografi a de António Cotrim – Galeria do Centro Cultural Gil VicenteAté 28 de agosto – Exposição “Rasgos de Criatividade”, trabalhos realizados pelos alunos do Curso Técnico Superior Profi ssional em Produção Artística para a Conservação e Restauro – Cá da Terra9 de julho – Cinema “Angry Birds: O Filme” – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30 16 de julho – Cinema “O Dia da Independência: Nova Ameaça” – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30

Vila de Rei17 de julho – Passeio Pedestre pela Grande Rota do Zêzere (Alcamim - Trutas) – Concentração junto à Câmara Municipal, às 9h30 de julho a 7 de agosto – XXVII Feira de Enchidos, Queijo e Mel – Parque de Feiras

Vila Nova da BarquinhaAté 28 de agosto – Exposição “Sobre a natureza das coisas”, trabalhos dos alunos fi nalistas do curso de Artes Plásticas, Pintura e Intermédia da Escola Superior de Tecnologia de Tomar – Galeria do Parque e Galeria Santo António2 e 3 de julho – 3.ª Festa do Peixe do Rio – Gastronomia e animação musical -Tancos 23 de julho – Recital com a Orquestra ZêzereArts e a pianista Taíssa Poliakova Cunha – Centro Escolar Aires Mateus, 14h30 29 de julho – Concerto com a Orquestra ZêzereArts, com solistas da ‘masterclasse’ de cordas – Castelo de Almourol, às 21h30

AGENDA DO MÊS

A Biblioteca Municipal An-tónio Botto, em Abrantes, inaugura este mês duas no-vas exposições. No âmbito das comemorações do cen-tenário do escritor Vergílio Ferreira, o Município abran-tino, com o apoio da Câmara Municipal de Gouveia, or-

ganiza a exposição “Vergílio Ferreira: Os caminhos da es-crita”, de 8 de julho a 26 de agosto. Esta mostra inspira-se no tempo de alguns dos mais relevantes romances do autor e encontra-se dividida em núcleos ou partes de um romance imaginário.

A partir de 15 de julho, e até ao dia 30 do mesmo mês, estará patente na Bibli-oteca Municipal a exposição “Abrantes, aqui e ali”, com tra-

balhos realizados pelos alu-nos da Universidade da Ter-ceira Idade de Abrantes, nas aulas de Desenho e Pintura, Artes Decorativas e Tricotart.

O ZêzereArts 2016 – Festival Internacional de Música no Património vai acontecer nos meses de julho e agosto com mais de 15 espetáculos em vários monumentos da re-gião. O evento, que vai na sua sexta edição e que tem apos-tado na ligação da música ao património, conta com dois espetáculos em Vila Nova da Barquinha.

A 22 de julho, pelas 14h30, haverá um recital com a Or-questra ZêzereArts e a pia-

nista Taíssa Poliakova Cu-nha, no Centro Escolar Aires

Mateus, enquanto a 29 de ju-lho, o Castelo de Almourol acolhe, às 21h30, um espe-táculo de dança com música da Orquestra ZêzereArts, que interpretará as “Quatro Esta-ções”, de Vivaldi, e “As Qua-tro Estações Porteñas”, de As-tor Piazzola, com solistas da ‘masterclasse’ de cordas. As iniciativas têm entrada livre.

O Festival Materiais Diversos vai acontecer de 15 a 24 de se-tembro, em Minde, Alcanena e Torres Novas, no distrito de Santarém, com uma dezena de espetáculos, residências ar-tísticas, escola de verão, aulas e encontros, com grande en-volvimento da comunidade.

O programa do Festival In-ternacional de Artes Perfor-mativas Materiais Diversos, apresentado hoje, no jardim da Casa-Museu da Aguarela Roque Gameiro, em Minde, abre no dia 15 de setembro, no cineteatro S. Pedro, em Al-canena, com “Bandorganismo – Dança para músicos”, resul-tante do trabalho desenvol-vido pela coreógrafa Clara An-dermatt e pelo compositor

João Lucas, com a centenária Sociedade Musical Mindense.

Relacionado com a “natureza do trabalho” e o que “pode ser comum entre amador e pro-fissional”, o tema do espetá-culo servirá de mote para o debate que vai decorrer, ao longo de todo o dia 16, no Centro de Ciência Viva do Al-viela, que se junta este ano às entidades parceiras e onde se encontram já artistas em re-sidência.

No mesmo dia, ao final da tarde, Flora Détraz estreia “Tu-tuguri”, uma “dança sonora” que “explora a dessincroniza-ção entre micro movimentos e sons”, fazendo “surgir perso-nagens que podem criar todo um Universo”.

Filipa Francisco estreará o seu novo projeto “Espiões”, no dia 17, no Teatro Virgínia, tam-bém em Torres Novas, “sobre a comunidade da dança”, e o “património ímpar na memó-ria muscular e afetiva dos co-reógrafos e intérpretes”, envol-vidos no projeto.

No dia 22, Sarah Vanhee e Anabela Almeida irão apare-cer, sem aviso prévio, em re-uniões e assembleias, que decorram na região, para fa-larem “livremente sobre a con-dição do comum”, evitando a “linguagem impessoal” que marca o discurso da atuali-dade, experiências que parti-lharão em sessão pública, ao final da tarde, no Café-con-certo do Teatro Virgínia.

No mesmo dia à noite, no Te-atro Virgínia, Catarina Miranda apresenta o espetáculo de dança “Boca Muralha”, última peça de uma trilogia que aborda o exercício da violên-cia e do poder, e que entra no território jurídico da lei e do castigo.

O programa inclui uma peça de teatro, “Habras de ir a la guerra que empieza hoy”, de Pablo Fidalgo Lareo, dia 23 na Fábrica de Cultura de Minde, culminando com a estreia na-cional do espetáculo de dança “La Esclava”, um trabalho so-bre a identidade feminina das coreógrafas Ayelen Parolin e Lisi Estaràs.

O festival volta este ano a promover uma “escola de ve-rão” para a “comunidade ar-tística emergente”, que será orientado por Marcelo Evelin, e que contará com a partici-pação do grupo de investiga-ção “Sintoma”, estando ainda agendadas aulas diárias, uma mesa redonda sobre artes ‘performativas’ e um encon-tro sobre “comunidades em devir”.

Lusa

Exposições na Biblioteca Municipal de Abrantes

Vila Nova da Barquinha recebe espetáculos do ZêzereArts

Festival Materiais Diversos de 15 a 24 de setembro em Minde, Alcanena e Torres Novas

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PONTOS DE RECOLHA Sardoal Mouriscas Vila do Rei Vale das Mós Gavião Chamusca Longomel Carregueira Montalvo Stª Margarida Pego Belver

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

Page 31: Jornal de Abrantes - Edição de Julho, 2016

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31JULHO 20162016 PUBLICIDADEPUBLICIDADE

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra

ALERGOLOGIADr. Mário de Almeida;

Dr.ª Cristina Santa Marta

CARDIOLOGIADr.ª Maria João Carvalho

CIRURGIA

Dr. Francisco Rufi no

CLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa

DERMATOLOGIADr.ª Maria João Silva

GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira

MEDICINA INTERNADr. Matoso Ferreira

REUMATOLOGIADr. Jorge Garcia

NEUROCIRURGIADr. Armando Lopes

NEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel

OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga

ORTOPEDIA Dr. Matos Melo

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PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia Gerra

PSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;

Dr.ª Maria Conceição Calado

PSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma

UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho

NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro

SERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria João

TERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

16Atílio Diogo

Entrevinhas, 04/01/1932Abrantes, 06/05/2016

AGRADECIMENTO

Na impossibilidade de o fazer pessoal e individualmente, sua esposa, irmã, filho, nora e netos agradecem do fundo do coração a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à última morada, e os apoiaram na hora dolorosa de suas vidas.FUNERAL A CARGO DE AGÊNCIA FUNERÁRIA PAULINO – 241 362 737

16António Lopes Aparício

19/11/1931 - 29/06/2016

AGRADECIMENTO

Seus filhos agradecem a todos aqueles que manifestaram pesar pelo seu falecimento.

Também um agradecimento especial a todo o pessoal hos-pitalar do CHMT pelos cuidados prestados.

CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE MAÇÃO

A cargo de: Conservador/ NotárioFRANCISCO JOSÉ PAULA DOS SANTOS PIÇARRA

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada neste Car-tório, em vinte e três de junho de dois mil e dezasseis, exarada a folhas noventa e cinco e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas nú-mero cento e três - E, que: JOSÉ MÁRIO DE MATOS SILVA e mulher MARIA DE LURDESCARDIGA DA SILVA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho de Mação, ela da freguesia e conce-lho de Vila de Rei, residentes na Rua da República, nº 2, Mação, freguesia de Mação Penhascoso e Aboboreira, concelho de Mação. declararam que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel:PRÉDIO RÚSTICO, sito no lugar de Vale Longo, freguesia e concelho de Sardoal, composto por pinhal e cultura arvense, com a área de treze mil cento e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte e .nascente com José Salgueiro, do sul com Francelina de Jesus, do poente com herdeiros de Joaquim Codea, matricialmente inscrito em nome do justificante marido sob o artigo 10 da secção G, freguesia de Sardoal, omisso na Conservatória do Registo do Registo Predial de Sardoal.Que não têm qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade sob o prédio, mas iniciaram a posse por volta de mil nove-centos e oitenta e cinco, ano em que o adquiriram por partilha meramente verbal, feita por óbito dos pais da justificante mulher, Manuel António e mulher Maria Antónia, que foram casados sob o regime da comunhão ge-ral e residentes no lugar de Venda Nova, freguesia e concelho de Sar-doal.Que não têm conhecimento do anterior artigo não cadastral, devido ao ne-gócio ter sido realizado há muitos anos e não terem prova documental que lhes permita indicar o artigo no qual o ora justificado teve origem, sendo certo que o Serviço de Finanças de Sardoal não estabelece a correspon-dência entre o atual e o anterior artigo não cadastral. Que desde essa data sempre têm usado e fruído o prédio, nomeadamente, cultivando-o, limpando-o, colhendo os respetivos frutos , pagando as res-petivas contribuições e impostos e fazendo essa exploração com a cons-ciência de serem seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interes-sado, sem qualquer tipo de oposição desde a referida data portanto à mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica e con-tínua, pelo que adquiriram o seu direito de propriedade sob o mencionado prédio por USUCAPIÃO, o que invocam para efeito s de primeira inscrição no Registo Predial.Está conforme ao original, na parte transcrita.Mação, 23 de junho de 2016A Ajudante, Ana Bela Eusébio de matos Bento

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL SANDRA BÚLHÃO EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte de Junho de dois mil e dezasseis, a folhas quarenta e uma e seguin-tes do Livro Trinta - A, CREMILDE DA CONCEIÇÃO, solteira, maior, na-tural da freguesia de Abrantes (São Vicente) concelho de Abrantes, resi-dente na Travessa Forno do Vidro, Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes DE-CLAROU, que com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora de um PRÉDIO URBANO, composto por casa térrea de habitação com sótão, com a área total de trezentos e sessenta e nove metros quadrados e área coberta de noventa e nove metros quadrados, a confrontar a norte com Augusto Soares, a sul com Sebastião Caldelas, a nascente com Travessa do Forno de Vidro e a poente com Rua do Abelha, síto em Rossio ao Sul do Tejo, Travessa do Forno de Vidro, freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, concelho de Abrantes, inscrito na matriz predial urbana da União das fre-guesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, sob o artigo 123 (anteriormente artigo 131, da freguesia de Rossio ao Sul do Tejo (ex-tinta). Que, o indicado prédio urbano foi adquirido em mil novecentos e cinquenta e seis por Cremilde da Conceição, e pelo seu irmão, Fernando dos Santos, após compra verbal a Eduardo Batista Pombeiro. Que, a vinte e três de Abril de mil novecentos e sessenta e dois faleceu Fernando dos Santos, sem descendentes, tendo-lhe sucedido como única herdeira, sua mãe, Joaquina da Conceição. Que, no decurso desse mesmo ano, Joaquina da Conceição doou verbalmente metade do mencionado prédio urbano do qual era dona e legitima possuidora, por sucessão na posse, a sua filha Cremilde da Conceição para que esta ficasse como única titular do prédio ora justificado.Que atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continuamente e de forma ininterrupta, CREMILDE DA CON-CEIÇÃO já adquiriu o referido prédio, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais.ESTÁ CON FORME.Setúbal, aos vinte de Junho de dois mil e dezasseis.A Notária

CARTORIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notária

EXTRACTO

Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, 248, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por escritura, lavrada no dia vinte e dois de Ju-nho de dois mil e dezasseis, a folhas quinze, do Livro de escrituras diver-sas número Quarenta e Oito - G, José Manuel Ribeiro e mulher Maria He-lena Gil Pereira Ribeiro, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele, de Angola, ela, da freguesia de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede, concelho de Abrantes, onde são residentes na Rua da Igreja, 9, Casais de Revelhos, NIFs 140 124 136 e 140 124 292, decla-raram que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores, de um prédio rústico, composto por olival, figueiras, leito de curso de água, solo subjacente de cultura arvense com olival, e, cultura arvense de rega-dio, denominado “Horta da Ponte”, sito em Alferrarede, na dita freguesia de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede, inscrito na matriz sob o artigo 80, secção D (teve origem no mesmo artigo e secção da extinta freguesia de Alferrarede, concelho de Abrantes), com o valor patrimonial IMT de 449,23€, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número 880, e aí registado pela apresentação nº 6, de 12/08/1992, em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor de Adélia Ma-ria Milheiriço Batista e marido Joaquim Maria dos Santos Batista, casados sob o regime da comunhão geral de bens; Clementina Marques Florinda, viúva; Idalina Maria Milheiriço Batista Mendonça e marido Mário José Fer-romau Mendonça, casados sob o regime da comunhão geral de bens, re-sidentes em Chainça, Abrantes; e, de Maria Luísa Marçalo Milheiriço, vi-úva, todos residentes em Abrantes; O certo porém é que os justificantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre o prédio, o qual veio à sua posse, já na constância do matrimónio, adquirindo a qua-lidade de bem comum, por compra e venda verbal aqueles titulares inscri-tos, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e noventa e um; Não obstante isso, vem por eles a ser possuído há mais de vinte anos, dele retirando todas as suas utilidades, limpando-o, desbas-tando-o, apanhando a lenha, cultivando-o, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa-fé, por igno-rar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceu sem interrupção e ostensi-vamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriram o citado prédio por .usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, vinte e dois de Junho de dois mil e dezasseis. A Notária, Joana de Faria Maia,

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