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BC NewsINFORMATIVO MENSAL DO BEIT CHABAD CENTRAL S. PAULO BRASIL
dezembro 2012 / janeiro 2013 ano 2 n º 14
B’H
Na primeira noite de Chanucá, no ano de 1973, afi xamos as mezu-
zot numa casa alugada à Rua Giácomo Garrini, hoje Rua Chabad,
endereço inicial do Beit Chabad Central.
Assim começou uma marcha que ilumina a vida de muita gente por
meio de incontáveis projetos transformadores ao longo de quatro
décadas, benefi ciando a comunidade e o país em geral.
Se D’us quiser, durante este ano tão especial, promoveremos no-
vas atividades e comemorações.
Agradecemos a todos nossos amigos, autoridades e entidades,
pela cooperação e amizade.
Que possamos continuar trazendo luz para todos dentro do espí-
rito de Chanucá de sempre acrescentar “mais uma vela” que nos
ilumine e aqueça. Feliz Chanucá!
BEIT CHABAD ENTRA EM SEU 40º ANO DE ATUAÇÃO NO BRASIL
MEMÓRIASRabino Alpern nos conta a experiência de imprimir o Tanya na Antártida. Pág. 18
ROY CUGLOVICIEntrevista exclusiva com o engenheiro que construiu a base brasileira no Polo Sul. Pág. 20
D’US E O HOLOCAUSTOPor Rabino Shamai EndeQual a explicação judaica para este tema polêmico? Pág. 25
destaquesda edição
FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES
anos
À esquerda, primeira sede do Beit Cha-bad, em 1973. Abaixo, sede atual, répli-ca da fachada da sede mundial “770” em Nova York
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MISSÃO
UMA INSTITUIÇÃO DO REBE.
UMA CASA DE TORÁ, ORAÇÃO E ATOS DE BONDADE.
QUE SEU MÉRITO NOS PROTEJA.
comunidade Chabad foi fundada
com o princípio de que todo judeu
é igual e merecedor de uma
experiência singular, independentemente
de seu nível de observância.
O Beit Chabad Central é dedicado a divulgar
a beleza de nosso legado milenar.
Mesclando valores tradicionais com
técnicas contemporâneas, ajudamos
pessoas a descobrirem mais júbilo e
significado nas suas vidas.
Valorizar cada indivíduo por suas
qualidades únicas é a característica de
Chabad, destacando nossa filosofia de que
cada judeu é um judeu.
Desta forma, mereceremos a vinda de
Mashiach em breve em nossos dias.
A
expedienteINFORMATIVO BC NEWS
EditoresRab. Shabsi AlpernBetina Hakim
Projeto gráfico e direção de arteBetina Hakim
Jornalista ResponsávelDaisy T. Maltz (MTb 4944-RS)
EquipeSolange Carvalho PortoDorothea PiratiningaMarcelo MoriseSilvia Zauder
CirculaçãoRosana Dias da Silva
ImpressãoEskenazi Indústria Gráfica Ltda.
Este informativo contém termos sagrados; portanto, trate-o com respeito.
Para receber este informativo gratuito basta enviar seu nome e endereço completo para [email protected]
ASSOCIAÇÃO ISRAELITA DE BENEFICÊNCIA BEIT CHABAD DO BRASIL
Presidente Dr. Mauro Zaitz
Vice-PresidenteDaniel Citron
TesoureiroDr. Daniel Bialski
DiretoriaRabino Shabsi AlpernRabino Yossi Alpern
Edifício Adelia e Joseph Nigri“Hechal Menachem”R. Dr. Melo Alves, 580CEP: 01417-010 – S. Paulo, SPTel.: (11) 3081-3081 / Fax: (11) [email protected]
Declarada de Utilidade Pública Federal pelo Decreto-lei nº 86871 de 25/01/1982
Baixe o pdf da revista em www.chabad.org.br/BC_News e veja também em seu iPad
HOMENAGEM A ESTHER ALPERN FUNDADORA E EDITORA DA REVISTA CHABAD NEWS 1973-2002
Sempre a seu lado
2 BC NEWS
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mensagem do Rabino
Paz no Oriente Médio
Rabino Shabsi AlpernDiretor do Beit Chabad do Brasil
3 BC NEWS
A Providência Divina levou-me para a Terra de Israel por oito dias no mês passado
que jamais esquecerei. A grande parte do que segue é um pequeno resumo das
palavras de Michael Freund no The Jerusalem Post, em 22 de novembro.
Há um ponto crítico ignorado pela grande imprensa. Por que Israel se retirou de
Gaza anos atrás? Este é o âmago do dilema confrontado atualmente pelos toma-
dores de decisão.
Desde que o primeiro ministro Ariel Sharon ordenou a expulsão dos judeus de
Gaza ficou claro que a presença permanente do Exército é o meio mais eficaz de
combater o terror.
Relembrando: antes da retirada de 2005, a opinião pública de Israel ficou conven-
cida de que o recuo seria apenas um meio para avançar. Rapidamente esses argu-
mentos provaram ser vazios! Nos três anos que antecederam a retirada de Israel,
de 2002 a 2004, lançaram de Gaza 3.037 bombas e foguetes em Israel. Porém, três
anos após a retirada, de 2006 a 2008, esses números mais que dobraram, subin-
do para 6.828. Sair de Gaza foi um grave erro estratégico. Operações como as de
novembro podem resultar em dois ou três anos de redução de fogo, mas a longo
prazo isso só dá aos terroristas a oportunidade de se rearmarem e refinarem suas
técnicas. A única maneira comprovada de reduzir a violência que emana de Gaza
é posicionar lá o exército em terra e no ar. Isso não significa que não haverá mais
ataques, mas certamente assegura uma diminuição de ofensivas às nossas terras.
Evidentemente há muitos israelenses proeminentes que se opuseram à retirada
de Gaza desde o início e alertaram repetidas vezes contra isso.
Como são proféticas as palavras do Rebe décadas atrás, que já avisava sobre essa
situação, gritava e chorava, mas não lhe deram ouvidos.
Não podemos continuar enviando e retirando tropas e sujeitando os israelenses
que vivem no sul a um horror infindável. Ou dizemos basta e reassumimos o con-
trole da área. Tomar essa posição é assustador e terá um alto custo, mas é certa-
mente o movimento mais seguro.
Fiquemos ombro a ombro com nossos irmãos na Terra Santa sempre, e em mo-
mentos assim, mais ainda. Que os tenhamos em nossos corações e em nossas
preces. Que venha logo a época em que todos os povos viverão em paz e harmonia.
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Shacharit – 9h30
Kidush e Farbrenguen – 12h
Aula da Parashá com explicações do Rebe – 1 h antes do horário das velas *
Minchá seguida de Seudá Shlishit com estudo de Pirkê Avot – 15 min antes do horário das velas *
Aula da Parashá para senhoras – 15 min antes do horário das velas *
Arvit e Havdalá – no término do Shabat
Vídeo do RebeSábados à noite – após os serviços noturnos
Você também pode assistir à Série Vídeo Torá Viva onlineem www.chabad.org/626747
A NOSSA SINAGOGA
*Veja o horário das velas no verso deste informativo
MINYAN DIÁRIOShacharit
Segunda a sexta-feira1º minyan – 6h302º minyan – 7h45 Domingos e feriados – 8h05
Minchá e ArvitDomingo a sexta-feira –19h00
CABALAT SHABATSextas-feiras às 19h00
HORÁRIOS DO SHABATChassidut – 8h45
Queremos ver VOCÊ no minyan durante a semana!
4 BC NEWS
BEIT CHABAD CENTRALUM LAR ONDE TODO JUDEU SE SENTE BEM RECEBIDO!
w Homens, mulheres e crianças estão convidados a participar.
w Todos são bem-vindos, independentemente de afiliação, conhecimento ou nível de observância.
w Anunciamos as páginas com frequência.
w Cantamos agradáveis melodias de Shabat.
w Bufê de kidush oferecido após os serviços.
w Visite-nos, você ficará surpreso ao ver o quanto vai gostar!
CABALAT SHABAT TODAS AS SEXTAS-FEIRAS ÀS 19H
MESSIBOT SHABAT PARA CRIANÇASUm empolgante programa para meninos e meninas
da 1ª à 5ª série. Venha e desfrute no Tsivot Hashem
de um lanche fantástico, prêmios, jogos e histórias.
Todo Shabat à tarde logo após Minchá de Shabat
w Dr. Ernesto Kogan (Ofruf do filho)
w Dra. Melany Torres (Yahrtzeit da mãe Tzsirl bat Sara)
w Família Flavia Bochernitsan (Ofruf do filho)
w Dr. Alfredo Torres (25 anos de casado)
w Beit Chabad, Família Metzger e Família Ossowiecki (7 berachot casamento Dvora Lea e Mendi Levy)
w Dino Pieczynski (Ofruf Dino Pieczynski)
wMarceline Basch (Yahrtzeit do pai Michael Rolnik)
AGRADECIMENTO pelo KIDUSH
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5 BC NEWS
QUEM NÃO GOSTA DE FALAR SOBRE SI? Foi pensando em animar seus visitados que os volun-
tários do LEV tiveram a ideia de encorajá-los a contar a
história de suas vidas. Muitas dessas pessoas, idosas, na
sua maioria, apreciam essa chance de reviver o passado,
o que as deixa bastante entusiasmadas. Foi um tal de re-
virar gavetas atrás de fotos e documentos que são verda-
deiras relíquias, testemunhas de momentos marcantes
de suas vidas.
O trabalho resultou em histórias comoventes, exemplos
de coragem para todos nós.
LEV é uma organização que promove visitas a pessoas que encontram
dificuldade para sair de casa, seja por doença, solidão ou por problemas
particulares. Nessas visitas os voluntários levam alegria, atenção e bom
humor, ajudando a melhorar seu estado emocional e espiritual.
projeto lev
A visitada Fany Coifman (sentada) acompanhada da voluntária Thelma Sarue que aparece em pé entre outras 2 amigas da D. Fany em visita pra lá de animada!
Acima, a nova visitada Bassia Sztejnhauer (que comple-tou 90 anos em novembro) acompanhada da voluntária Ruth Lancry
Para tornar-se voluntário ou indicar alguém que gostaria de ser visitado, entre em contato com Silvia Zauder, 3081-3081 R. 326 ou 3087-0326 das 8 às 13h00 ou [email protected]
Após um certo tempo, os prazeres habituais da vida começam a perder seu apelo.Uma coisa, no entanto, que é sempre uma grande fonte de prazer para a pessoa, é a habilidade de “dar” para seus semelhantes.Assim, eles podem aproveitar a vida.Na realidade, o “receber” está no “dar”.
Mensagem da Yael
Mensagem para meus maravilhosos voluntários e você, futuro membro
Yael Alpern - diretora
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6 BC NEWS
AULAS diárias – de 2ª a 5ª feira
corrente de salmos A cada mês, dezenas de mulheres juntam-se
virtualmente para a Corrente de Salmos. A
Corrente acontece uma vez ao mês, no Shabat
que antecede Rosh Chôdesh, o primeiro dia do
mês judaico. As próxima leituras acontecerão no Shabat
8 de dezembro e 5 de janeiro.
Para participar envie um e-mail para: [email protected]
AULAS SEMANAIS
* Exclusivamente para homens** Exclusivamente para mulheres*** Mediante inscrição (JLI)
DOMINGO
9:00 Shabsi Alpern Café da manhã com debate de histórias comoventes *
9:30 Daniel Eskinazi Bíblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *
10:00 Dovber Nurkin Trechos da porção semanal *
17:45 Avraham Steinmetz Prédica entre as orações da tarde
18:15 Yakov Nurkin Leis das obras de Maimônides *
18:15 Integração pais e filhos - Avot Ubanim Os pais estudam com seus próprios filhos sob a orientação de um professor *
19:00 Daniel Eskinazi A mística do alfabeto hebraico
20:45 Avraham Steinmetz Conceitos chassídicos *
SEGUNDA-FEIRA
10:30 Daniel Eskinazi A mística do alfabeto hebraico **
11:30 Sarah Steinmetz Obra milenar Ética dos Pais **
12:30 Avraham Steinmetz Ética Talmúdica *** (lunch & learn – Jardins)
17:30 David Lancry Preparando-se para o Bar Mitsvá
17:45 Eliahu Stiefelmann Prédica entre as orações da tarde
19:15 Daniel Eskinazi A mística do alfabeto hebraico (residência de jovens)
20:00 Eliahu Stiefelmann Investindo em nosso futuro (jovens)
20:15 Guershi A. Goldsztajn Preparando-se para o Bar Mitsvá
20:30 Avraham Steinmetz Você sob o prisma da Cabalá *** (Banco Daycoval) (Até 10 de dezembro)
21:00 Shamai Ende Sabedoria do Rebe (residência de casais)
7:45 Daniel Eskinazi Bíblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *
9:00 Dovber Nurkin Trechos da porção semanal *
16:30 Dovber Nurkin Código de leis *
18:15 Yakov Nurkin Leis das obras de Maimônides
TURMAS “LUNCH & LEARN”
Quer relaxar em meio ao seu dia corrido de trabalho?Participe das aulas com Rabino Avraham Steinmetz, na região da Faria Lima ou Vila Olímpia.
“QUAL O SIGNIFICADO DE ISRAEL PARA O JUDAÍSMO?”
ALIMENTE SUA ALMA E SATISFAÇA O SEU APETITE!
Informações e inscrições:Tel: 3087-0319 com Sarah / [email protected]
ESCOLHA O TEMA DE SEU INTERESSE:
Chassidut
Crianças / Jovens
Farbrenguen
Histórias
Leis Judaicas
Mística e Cabalá
Moral e Ética
Porção Semanal
Talmud
avot ubanimVenha estudar com seu filho aos domingos!
Avot Ubanim agora em novo horário:
antes de minchá, das 18h às 19hs
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7 BC NEWS
TERÇA-FEIRA
8:30 Yossi Alpern Obra milenar Ética dos Pais **
9:20 Daniel Eskinazi Provérbios de Salomão **
10:10 Avraham Steinmetz Conceitos na parashá **
11:15 Dovber Nurkin Salmos **
12:00 Sheila Barzilai Discursos esotéricos em alto nível **
12:30 Avraham Steinmetz Ética Talmúdica *** (lunch & learn – Vila Olímpia)
17:45 Daniel Eskinazi Prédica entre as orações da tarde
20:30 Guershi A. Goldsztajn Entoando melodias chassídicas *
20:30 Avraham Steinmetz Cabalá (residência em Pinheiros)
QUARTA-FEIRA
13:00 Avraham Steinmetz Ética Talmúdica *** (lunch & learn – Faria Lima)
15:00 Guershi A. Goldsztajn Preparando-se para o Bar Mitsvá
17:45 Dovber Nurkin Prédica entre as orações da tarde
20:00 Dov Pomeroy Análise geral da porção semanal
20:30 Avraham Steinmetz Você sob o prisma da Cabalá *** (Banco Daycoval) (Até 12 de dezembro)
21:00 Shamai Ende Curso de leis judaicas
QUINTA-FEIRA
17:30 David Lancry Consolidando adolescentes às suas eternas raízes * (Chumash Bereshit)
17:45 Yossi Alpern Prédica entre as orações da tarde *
19:00 Daniel Eskinazi Ensinamentos do Rebe (moças) **
20:00 Eliahu Stiefelmann Bases da filosofia chassídica
As aulas são gratuitas. Para participar, entre em contato previamente com o rabino responsável pelo curso.
Rab. Avraham Steinmetz: [email protected]. Daniel Eskinazi: [email protected]. David Lancry: [email protected]. Dov Pomeroy: [email protected]. Dovber Nurkin: [email protected]. Eliahu Stiefelmann: [email protected]. Guershi A. Goldsztajn: [email protected]. Shamai Ende: [email protected]. Shabsi Alpern: [email protected]. Yacov Nurkin: [email protected]. Yossi Alpern: [email protected] Steinmetz: [email protected]
20:30 Avraham Steinmetz Em Busca da Alma (residência nos Jardins)
SEXTA-FEIRA
7:45 Daniel Eskinazi Bíblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *
9:00 Dovber Nurkin Trechos da porção semanal *
17:45 Shabsi Alpern Prédica entre as orações da tarde
SHABAT
8:45 Daniel Eskinazi Ensinamentos do Rebe (principiantes) *
8:45 Shamai Ende Discursos esotéricos em alto nível (avançado) *
11:00 Shabsi Alpern Prédica entre as orações da manhã
12:30 Shabsi Alpern Reunião chassídica pós orações da manhã
13:15 Shamai Ende Empolgação espiritual *
18:35 Shabsi Alpern Ensinamentos do Rebe sobre a porção semanal
19:35 Israel e Mendi Nurkin Atividade cultural com nossas crianças
19:50 Shabsi Alpern Ética dos Pais
19:50 Avraham Steinmetz Ensinamentos da porção semanal **
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8
SEMPRE AO SEU LADO
DEFENDENDO A CAMISAA Copa Achdut surgiu em uma conversa com amigos sobre
a importância de promover a união entre várias sinagogas e
instituições judaicas por intermédio do futebol: um campe-
onato! Surgiu em 2009 com a Copa Chabad, e a iniciativa
fez tanto sucesso que foi ampliada para algo mais profi s-
sional que pudesse reunir grande parte da comunidade ju-
daica paulista por meio desse esporte.
A Copa Achdut, para jovens acima de 18 anos, teve início no
1º semestre deste ano contando com a presença de várias
equipes, cada uma representando a sua sinagoga. No 2º se-
mestre, estreou a Copa Achdut Junior, para garotos até 15
anos, em que 14 instituições participaram vestindo a camisa
de seus “times”. Os jogos foram realizados no Clube A He-
braica, que tem dado amplo apoio à iniciativa.
Os objetivos, segundo o Rabino Sammy Lancry, organiza-
dor desta edição, têm sido plenamente atingidos: a Copa
proporciona aos participantes momentos de lazer e entre-
tenimento, aproxima jovens e promove novas amizades
num constante intercâmbio.
Nossos parabéns aos jovens do Beit Chabad Central que
defenderam as cores da nossa sinagoga, vestindo a cami-
seta onde se lia “Projeto Pós Bar Mitsvá – Onde sua jornada
começa!” Para mais informações e fotos acesse: www.achdut.com.br
Time do projeto Pós Bar Mitsvá do Beit Chabad Central, com o coor-denador R. David Lancry. Da esquerda para a direita, em pé: Simcha Weinberger, Andre Scemes, Maurício Zaits, Mendi Savoia. Abaixados: Leo Scemes e Andre Rosenthal
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9 BC NEWS
NOVA YORK:BANQUETE DO KINUS 5773/2012Um passado relevante, um presente ativo e um futuro promis-
sor estavam todos combinados no Hotel Hilton de Nova York,
em Manhattan quando 4.622 rabinos, shluchim, patrocinado-
res e alguns membros das famílias lotaram as quatro salas de
eventos no banquete de gala do Kinus Hashluchim Internacio-
nal, Conferência Anual de Emissários de Chabad, domingo, dia
11 de novembro. O congresso começou no dia 7 de novembro,
com dezenas de workshops e exposições. O ponto alto foi o
banquete de encerramento.
Havia grandes cartazes e uma apresentação especial de vídeo
marcando o 200º aniversário do yahrtzeit do Alter Rebe, fun-
dador de Chabad, e o 70º ano desde a impressão da mensagem
espiritual diária Hayom Yom, compilada pelo Rebe. E ali estava
a corrente: os danos que o furacão Sandy causou ao nordeste
apenas 2 semanas antes e a resistência e empreendedorismo
que os shluchim de Chabad naquelas áreas demonstraram du-
rante a tempestade e seu subsequente impacto.
De fato, como declarou o mestre de cerimônias e responsável
por todo o evento, Rabino Moshê Kotlarsky, nas palavras ini-
ciais, o banquete originalmente era para ocorrer no Brooklyn
Cruise Terminal. A tempestade os forçou a ir para o Hilton. “Es-
tamos distantes somente alguns metros, mas estamos todos
juntos”, disse Rabino Kotlarsky quando o banquete foi levado
para os outros três salões onde os participantes se espalha-
ram. Na verdade, o programa foi uma apresentação simultâ-
nea acompanhada por todos os salões satélites e mostrado em
todos os telões.
Entre os depoimentos apresentados o sheliach Rabino Eli Ro-
senfeld, de Lisboa, falou de uma melodia e proferiu palavras
inspiradoras. Steven Solarsh, da África do Sul, falou sobre “As
bênçãos do Rebe em minha vida”. O convidado de honra do
kinus foi o antigo Rabino Chefe de Israel, Yiroel Meir Lau, que
compartilhou momentos especiais de sua vida e sua relação
especial com o Rebe. Sua primeira yechidut, audiência particu-
lar com o Rebe, ocorreu em 1974 e durou 2 horas e 20 minu-
tos, no 770, durante a madrugada, .
Rabino Lau falou que o Rebe era uma personalidade, um líder
gigante, um pilar de fogo. Espalhou shluchim do Alasca a Mel-
bourne, em cada canto, no mundo inteiro, para levar a mensa-
gem de Avraham Avinu a cada judeu e nas palavras do Profeta
Elyahu: “Hashem, Hu Haelokim”.
Nas fotos, de cima para baixo: salão do banquete lotado, discurso do R. Meir Lau, R. Shabsi Alpern participa do jantar, presença ilustre de Dudu Fisher, palco principal do evento
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10 BC NEWS
CHÁ DA TARDENo mês de novembro atividades diversificadas animaram
as tardes:
• A Sessão Pipoca é sempre “sucesso de bilheteria” na sala
de projeção no 5º andar do Beit Chabad. Este mês o filme
escolhido foi “Os Intocáveis”, comédia francesa indicada ao
Oscar de melhor filme estrangeiro de 2013. Uma tocante
história que deixou a plateia emocionada.
• Sonia Regina de Sá foi novamente escolhida para uma
atividade de trabalhos manuais. Desta vez confeccionaram
lindos colares montados com pedras selecionadas por So-
nia. Ficaram tão satisfeitas com o resultado que brincaram
até de montar um bazar...
• Movimento e postura, maneiras corretas de abaixar e le-
vantar-se e muitos exercícios fizeram parte de uma hora de
atividades com a professora de ginástica, Thaís Ravanelli,
que dá aulas no Clube A Hebraica e é especializada em Ter-
ceira Idade. Vinte e oito senhoras se entusiasmaram com a
aula, mês que vem querem mais. No cardápio, para acom-
panhar o astral saudável, verduras e frutas; tudo bem light.
Leitoras e amigas de algumas frequentadoras do Chá da
Tarde têm acompanhado a página do grupo no BC News e
sempre comentam ao ver a foto de uma amiga publicada
e isso as incentiva a participar. Muitas se reencontram após
anos sem terem contato.
ALEF BEIT: FEIRA DE LIVROS E OBJETOS JUDAICOS NO BEIT CHABAD CENTRALO Projeto Alef Beit realizou mais uma mega exposição no
Beit Chabad Central trazendo um vasto acervo de títulos,
incluindo lançamentos de livros judaicos, em hebraico e
inglês. Diversas entidades aproveitaram para completar ou
renovar suas bibliotecas. Crianças folheavam livros infantis
coloridos e táteis, enquanto educadores pesquisavam no-
vas obras que poderiam ser úteis e atraentes a seus alunos.
Pais e filhos juntos buscavam livros de interesse para toda
a família. Além dos sidurim de vários tamanhos e preços,
uma ótima opção para presentes, também foram procura-
dos kipot e tsitsit bem cotados no bazar. Bug Checker, mesa
portátil de luz para checagem de folhas, e a Kosher Lamp,
que pode escurecer e iluminar um ambiente no Shabat, fo-
ram alguns dos itens expostos. O evento promove preços
atraentes, além de reunir várias correntes da comunidade
em prol da educação judaica ao alcance de todos.
Todas as senhoras da comunidade estão convidadas a participar gratuitamente do grupo Chá da Tarde. Para inscrever-se é só entrar em contato com Vanessa pelo telefone: 3087-0313 ou [email protected]
SEMPRE AO SEU LADO
Acima, exercícios de postura e alongamento em tarde concorrida. Abaixo, Didia Ludman, Vanessa Rosenbaum, a monitora Sonia Regina de Sá e Sara Kurc com os colares que confeccionaram durante oficina
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11 BC NEWS
GASTRONOMIA
Bolinhas de batata com queijoÉ bom não abusar das frituras,
mas... em honra ao milagre que
ocorreu com o azeite em Cha-
nucá, nesta época do ano con-
sumimos sem culpa (e sem exa-
geros) alimentos fritos em óleo.
Estas bolinhas são deliciosas e
bem adequadas para a ocasião.
INGREDIENTES:w 1/2 kg de batatas do tipo apropriado
para fazer nhoque
w 4 colheres de sopa bem cheias de
queijo parmesão ralado
w 2 colheres de sopa de amido de
milho
w 2 ovos verificados
w 200 gramas de queijo mussarela
cortado em pequenos cubos
w 3 ninhos de macarrão cabelo de anjo
w Sal e pimenta do reino a gosto
w Óleo para fritar
Alternativa: Substitua o
macarrão cabelo
de anjo por
gergelim.
MODO DE PREPARAR: Cozinhe as batatas em água e sal, descasque-as e passe-as
ainda quentes pelo espremedor.
Acrescente o amido de milho, o queijo parmesão, um ovo, a
pimenta do reino e o sal, misture bem, e deixe esfriar.
Sobre uma tigela, esfarele os ninhos de macarrão até que os
fios se quebrem em pedaços bem miúdos. Reserve.
Coloque o outro ovo numa pequena tigela e bata-o com um
garfo. Enrole pequenas bolinhas com as mãos, colocando um
cubo de mussarela no centro de cada uma e passe-as na tigela
com o ovo e em seguida, empane-as no macarrão. Leve-as à
geladeira em uma travessa por no mínimo 2 horas.
Frite-as aos poucos (não mais do que seis bolinhas por vez) em
óleo quente abundante.
Retire-as, coloque-as sobre papel toalha e sirva
imediatamente.
Rendimento: De 40 a 50 unidades
Por Dorothea Piratininga
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12 BC NEWS
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Gosto muito de vir, é sempre tudo muito bem or-
ganizado. Trago as crianças para respirar ar puro, é uma
opção bem bacana para vir no domingo, não me preocu-
po com o almoço e o ambiente é muito legal.
Eida Apfelbaum
UM DOMINGO TROPICAL EM S. LOURENÇO DA SERRA EM NOVEMBRO
O Domingo no Sítio acontece todo mês. Informações sobre a programação de dezembro a janeiro: 3081-3081 com Mônica
A gente sempre vem aqui no sítio e não perde ne-
nhum evento, é tudo bem caprichado, a comida e as ati-
vidades, o preço é bem acessível e quando dá trazemos
novos amigos para conhecer o sítio.
Sergio Sancovschy
É uma grande satisfação organizar estes maravilhosos
eventos em que todos ficam contentes. Aproveito para
agradecer à eficiente equipe do BCC: à administração, re-
cepção, marketing, cozinha, motoristas, funcionários do
sitio, às monitoras, aos doadores e aos rabinos diretores
de Beit Chabad Central e Tsivot Hashem. Um sentimen-
to: “Felicidade”, (o nome do sítio) é o que todos levamos
ao voltar para casa. Não percam os próximos eventos!
Judith Kacowicz
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14 BC NEWS
Isto era bastante típico de Yosef. Ele era uma pessoa que se preocupava
com os outros, mesmo que tivesse as próprias inquietações. Quando ele
nasceu, sua mãe disse: “Yosef HaShem li ben acher”. Acher significa ‘um
outro’. Também significa ‘um estranho’. Yosef se preocupa com os outros,
mesmo aqueles que são diferentes, e até com os que são estranhos. Ele faz
contato com essas pessoas e as aproxima, transformando o ‘acher’ em um
ben – ‘um filho’.
vvv
Alguns pensam que uma pessoa sagrada vive distante da comunidade.
Ali, na paz e no silêncio, pode concentrar-se em fazer de si mesmo uma
pessoa melhor. Talvez se vista de maneira diferente dos outros, ou jejue, ou
faça uma dieta simples. Talvez não participe daquilo que ocorre fora de sua
casa, e passe o tempo pensando e rezando.
Mas não é assim que a Torá nos ensina a sermos sagrados. Exatamente o
oposto! A Torá nos diz para sermos sagrados, e conecta esse mandamento
com mitsvot referentes à comida, roupas, casamento, negócios, agricultu-
ra e outras mais. Quando preparamos a comida da maneira que Hashem
nos ensina, tornamo-nos sagrados. Quando compramos nossas roupas da
maneira que Hashem nos ordena – tornamo-nos sagrados. Quando con-
duzimos nossos negócios e cultivos como Hashem deseja que façamos –
tornamo-nos sagrados.
vvv
Cada pessoa deveria saber o quanto é especial, mas não se tornar orgu-
lhosa ou descuidada. Moshê Rabeinu certamente sabia que era especial.
Afinal, ele foi o único a falar com Hashem “face a face”. Porém, Moshê era
mais humilde que qualquer outra pessoa. Ele costumava dizer a si mesmo:
“Tudo que tenho é presente de Hashem. Se Ele tivesse dado essas oportu-
nidades a outro, ele certamente seria muito melhor que eu.”
Moshê Rabeinu se considerava menor e menos importante que os outros. É
por isso que há um pequeno alef na palavra Vayikra. Rashi nos diz que o cha-
mado de Hashem a Moshê foi um sinal de carinho especial. Hashem ama as
pessoas humildes. Como Moshê era tão humilde, Hashem o chamou e deu
a ele uma atenção especial.
Somos todos filhos de Adam, e cada um de nós tem uma centelha de Moshê
Rabeinu na sua alma. Para sermos tão grandes como Adam deveria ter sido,
temos de agir de maneira simples e humilde, como Moshê o fez.
PÉROLAS DO REBE
Trechos extraídos e adaptados do li-vro “Please Tell Me What the Rebbe Said”, por Malka Touger
Rabi Menachem Mendel
Schneerson, a personalida-
de judaica mais fenomenal
de nosso tempo é, para os
chassidim e admiradores do
mundo todo, “O Rebe”.
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15 BC NEWS
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Seus pais são baalei teshuvá. Você acompanhou esse processo?Meus pais sempre procuraram nos oferecer uma educa
ção diferenciada e nos colocaram em uma escola Waldorf.
Morávamos em Santana, e apesar de meu pai não ser re
ligioso, construía uma sucá e caminhava até o Bom Retiro
no Shabat. Sempre nos transmitiram conceitos judaicos
que conheciam, até perceberem que não era o suficien
te. Em 1991, fomos matriculados no Iavne, casherizamos a
casa para Pêssach e começamos a frequentar o Beit Cha
bad Central. Nesse ano fomos para Israel e para o Rebe.
O que mudou sua vida? O dólar do Rebe! Meu pai aproveitou a chance de estar na
presença dele e falou sobre sua preocupação com nos
sa educação. O Rebe o aconselhou a procurar um mash
pia (conselheiro), a quem confiar seus questionamentos.
Meu pai elegeu o Rabino Alpern. Estudamos na Es cola
Lubavitch e formamos a primeira turma de alunos da Ye
shivá Tomchei Tmimim. Foi uma grande mudança. O fo co
de nossa educação foi baseado no amor e carinho, na bên
ção do Rebe e no fato de meus pais sempre terem procu
rado orientação de rabinos em todos os sentidos da vida.
Quando resolveu tornar-se um rabino? Descobri essa inclinação aos 13 anos. Minha experiência
ao lado do Rabino Yehoshua Forma, sheliach no Paraguai,
durante as Grandes Festas como chazan durante três anos
seguidos foi decisiva, uma grande lição de vida. Apesar de
muitas dificuldades, ele e sua esposa Carolina eram total
mente dedicados à sua comunidade, com vibração, amor e
carinho. O trabalho em aproximar jovens e cumprir a von
tade do Rebe foi contagiante para tor narme um sheliach.
Que experiências se somaram nos anos seguintes?Aos 15 anos torneime responsável na Yeshivá Lubavitch
por organizar grupos de alunos que visitavam famílias e
empresários antes do Shabat. Levavam velas para Shabat,
colocavam tefilin, conversavam e aproximavam as pesso
as do judaís mo. Em Chanucá alugávamos vans com al to
falantes que circulavam pelos bairros anunciando costu
mes da festa e tocando músicas típicas. A vontade de con
cretizar o desejo do Rebe fez com que me envolvesse em
várias frentes de suas campanhas.
O que você fez ao retornar ao Brasil após casar?Trabalhei no Beit Chabad do Brooklin por cerca de três
anos ajudando o rabino Yaacov Gerenstadt. Meu foco
prin cipal eram os jovens e o projeto Bicurei Bait, visitan
do famílias em seus lares em bairros como Chácara Sto.
Antonio, Chácara Flora, Granja Julieta, Interlagos… Muitas
famílias foram aproximadas. Hoje, como rabino do Beit
Chabad Central, sigo com essa atividade, fazendo con
tatos com famílias nos arredores de nossa sinagoga. Co
mo consequência desse trabalho, centenas de mezuzot
foram afixadas, várias crianças matricularamse em esco
las judaicas e muitas famílias passaram a frequentar nos
sa sinagoga.
Como sheliach, pode nos contar algum episódio que ilustra esse papel? Anos atrás viajei por várias cidades brasileiras em uma
campanha para que o maior número de judeus pudesse
adquirir uma letra de um sefer Torá. Permaneci durante
três horas em Passo Fundo, RS. Nesse intervalo, o presi
dente da comunidade confessou que não havia feito bar
mitsvá. Não deu outra: realizei seu bar mitsvá logo após
ele ter convocado todos os judeus da cidade. Ele colocou
tefilin pela primeira vez na vida aos 80 anos de idade. Ca
da minuto em nossas vidas é precioso.
Qual a principal lição que o Rebe introduziu em sua vida?A de causar um impacto positivo na vida das pessoas…
um a um: “Echad echad teluktu”. Quando Mashiach che
gar irá buscar cada judeu, onde quer que se encontre, um
por um, e leválo a Israel. O Rebe já preparou esse cami
nho espalhando quase 4 mil shluchim nos cantos mais re
motos do planeta.
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No palco os shows das duplas Hugo e Tia-go, Léo e Júnior animaram a plateia que vibrou e ganhou autógrafos
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Projeto Felicidade Av. Arnolfo Azevedo, 201Fone/fax: [email protected]
Reencontro e Diversãono Parque Mundo da XuxaO Projeto Feli ci da de realizou o XII Encontro Anual convidando todas as crianças
e familiares para desfrutar de um dia no Parque Mundo da Xuxa. O reencontro
entre as famílias e participantes de cada semana ao longo destes anos, desde a
criação do Projeto em 2001, tem sido acompanhado de muita expectativa pelo
passeio, pela diversão e por rever os amigos.
Brinquedos, lanches, presentes e show de artistas no palco preencheram esse
dia para as 2.331 pessoas que marcaram presença e compartilharam momentos
tão especiais. O Projeto continua mantendo contato e dando sua mensagem o
ano inteiro: felicidade é um presente para todos.
O Projeto Feli ci da de agradece a todos os parceiros, amigos e voluntários que
contribuíram para o sucesso do evento.
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Oferecemos cinco dias
de diversão e alegria a
crianças com câncer
de classes sociais menos
favorecidas. Buscamos
restabelecer a autoestima e a vontade
de viver, fortalecendo o ânimo na luta
contra a doença.
Dois Irmãos Curados Gabriela A. (21 anos) estava
presente com o irmão Le-
andro (26), ambos curados
de um linfoma, e partici-
param do Projeto há dez
anos. Em 2003 eles eram
pequenos quando vieram
ao Projeto Felicidade.
“Levo sempre muitas recor-
dações do Projeto até hoje;
só boas” - conta Leandro. Ele já casou e esta-
va com seu fi lhinho de cinco anos. Totalmente
curado, ele trabalha como mecânico e tem pla-
nos para o futuro: “Gostaria de poder ter meu
próprio negócio e estar bem para poder ajudar
os outros da mesma forma que fui ajudado”.
Na época, tinham que realizar exames muito
caros e lembra que voluntários do Projeto uni-
ram-se para cobrir os custos. “O legal de tudo”,
comenta ele, “é que a gente nunca foi esqueci-
do. Até hoje recebo cartões e cartas do Projeto,
tanto no meu aniversário como em datas come-
morativas. Ah! Tive minha festa de aniversário
surpresa (Kit Festa) celebrada em minha casa
aos 14 anos. A gente nunca esquece.”
Gabriela deixou sua bebê de dois meses aos cui-
dados da família para poder participar do encon-
tro deste ano com sua fi lha de três anos. Disse
que nunca se sentiu triste ou em depressão por
causa da doença. Lembra que fi cou abalada so-
mente quando não pode estar na sua formatura
do pré, tão aguardada, com a possibilidade de
ter que ser internada. “A gente agradece às pes-
soas boas que nos ajudaram” – declara ela.
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Memórias
AVENTURA ENTRE PINGUINSAcompanhe o desfecho da história contada na edição de
novembro sobre a campanha para impressão do Tanya pelo
mundo e o incrível desafio de imprimi-lo na Antártida
Por Rabino Shabsi Alpern
Deixei Berlim exultante. Imagine só, conseguir imprimir
um livro sagrado nosso na gráfica oficial do partido na
Alemanha comunista!
Mas como já dito anteriormente, sem querer, cometi um erro
terrível: como presente de despedida, entreguei ao casal um
pacote com nossas publicações. Entre elas, uma revista cuja
matéria de capa tratava sobre a difícil situação em que se en-
contravam os judeus atrás da cortina de ferro (lembrando que a
esposa do meu primo entendia bem o idioma português).
Poucas semanas depois, recebi uma carta cheia de fúria, do
primo indignado, dizendo-se enganado por mim. Naquele mo-
mento, surgiu-me a dúvida: por que o Rebe teria me indicado
essa viagem? Não demorou muito para que eu compreendesse
que se não fosse assim, jamais teríamos tido a oportunidade de
imprimir o Tanya no Polo Sul.
No voo da Alemanha para S. Paulo, o avião teve dificuldades
para pousar e acabou descendo em Campinas. Nunca antes em
minha vida, e nem depois, eu havia desembarcado em Viraco-
pos. Como um bom “chabadnik”, perambulei pelo aeroporto
perguntando-me: “por que estou aqui?”. Foi quando avistei o
engenheiro Gheorghe F., frequentador da nossa sinagoga, que
ofereceu-me uma carona para S. Paulo. Mal entrei no seu car-
ro, e ele disse: “o senhor não vai adivinhar com quem encon-
trei-me ontem”. Contou-me que se tratava do engenheiro Roy
Cuglovici, filho de israelense radicado no Brasil, que construí ra
a base brasileira na Antártida, Comandante Ferraz (a mesma
que este ano infelizmente foi destruída pelo fogo). Mal pude
acreditar! Ainda sob efeito dos cem Tanyas impressos no Brasil
e a perspectiva de fazê-lo em Berlim, vislumbrei a oportunida-
de de imprimi-lo também na Antártida.
Rumo ao Polo SulContei toda a história a Gheorghe e pedi-lhe que levasse Roy ao
meu escritório no dia seguinte. Na hora marcada o engenheiro
lá estava, e logo fiz-lhe o pedido. Ele considerou a ideia um tan-
to exótica, mas aceitou a missão. E realmente trata-se de uma
Acima, base Comandante Ferraz na Antártida, montada por Roy Cuglovici em 1982, e acometida por um incêndio em fevereiro de 2012. Abaixo, a sala onde foi impresso o livro Tanya
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missão, pois imprimir o Tanya lá simbolizava san-
tificar um continente inteiro e ajudar a aperfeiçoar
o estado espiritual do mundo.
Porém, havia um problema: não existia na base
uma impressora. Disse-lhe que tínhamos duas
máquinas que foram usadas na missão das 100
cidades brasileiras. Dei a Roy as instruções e o
material necessário para começar o trabalho, in-
cluindo uma kipá, pois o Rebe havia solicitado
que ao menos uma pessoa no local da impres-
são deveria estudar um capítulo do livro.
Várias semanas se passaram quando, numa
madrugada, recebi o telefonema de um amigo,
Oscar F., radioamador que conecta va-me com
Roy, na Antártida. “Rabino, estou pronto e de
kipá. Vamos lá!” – disse. Estudamos juntos o quinto capítulo, e ele deu início
ao trabalho. Alguns meses depois o navio Barão de Teffé voltou ao Brasil, e
um carro preto oficial chegou ao Beit Chabad trazendo os cem exemplares do
Tanya para serem encadernados.
Observação do RebeFaltavam poucos dias para Purim. Apressei a encadernação dos livros e apro-
veitei um portador que ia para Nova York e enviei um exemplar ao Rebe. Na
noite de Purim, acabávamos de fazer a tradicional leitura da Meguilá quando
recebi a ligação do secretário do Rebe, rabino Groner, agradecendo e infor-
mando que o Rebe comentara que o texto publicado na contracapa (printed in
Antarctica) estava incorreto, pois o livro fora impresso em uma das bases de lá.
Rapidamente entramos em ação, reimprimindo aquela página com os dizeres:
“impresso na Base Comandante Ferraz, na Antártida”.
Semanas depois, fomos a Nova York para passar Pêssach com as nossas crian-
ças, que naquela época estavam estudando lá. Na véspera, à tarde, em meio
àquela movimentação difícil de descrever, o Rebe chamou-me e, entre outras
coisas, disse-me: “o lugar lá é muito frio, mas você o esquentou bem”.
NotaSMIAMI: Há alguns anos, estando de férias em Miami, entrou no Beit Chabad que
eu lá frequentava o rabino Tiechtel, de Berlim, já unificado e livre. A primeira in-
dagação que lhe fiz foi se o Tanya já fora impresso lá. Sua resposta positiva dei-
xou-me aliviado, pois eu sempre guardava aquela dívida na minha ficha celes-
tial. O rabino estranhou minha pergunta, mas depois entendeu-a muito bem.
HAVANA: Eu também sentia que estava faltado ainda imprimir o Tanya numa
gráfica comunista. Isso ficou resolvido quando meu filho R. Yossi, juntamente
com R. Shlomo Levy (sobre quem falei na edição de setembro), a partir de
1985 fizeram uma série de viagens a Cuba e, entre várias “conquistas”, impri-
miram o Tanya na gráfica oficial do partido de Havana.
Exemplar e página de rosto do livro Tanya impresso na Antártida
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Como você foi parar na Antártida?Meu pai tinha uma empresa de engenharia espe-
cializada em construções modulares (conteineriza-
das). Ele entrou numa licitação da Marinha Brasileira
para a montagem de uma estação de pesquisa no
Continente Antártico, em atendimento às exigências
do Tratado da Antártida, que determinava aos países
que reivindicavam o continente que instalassem lá
uma estação de pesquisa até 1982. Vencemos a lici-
tação em junho daquele ano e tivemos de deixar tu-
do pronto até novembro. Foi um grande desafio, de-
vido ao pouco tempo e às limitações tecnológicas e
também porque só podíamos trabalhar nos verões.
Como recebeu o pedido do Rabino Shabsi Alpern, de imprimir o Tanya no Polo Sul?A ampliação da estação foi realizada nos verões de
1983 e 84, ano em que o Rabino Alpern me convo-
cou para vir ao Beit Chabad Central. Ele perguntou
se eu tinha noção do motivo de seu chamado. É cla-
ro que eu não fazia a menor ideia. Ele explicou-me
sobre o Tanya e a campanha do Rebe para que se
imprimisse o livro no maior número de cidades do
mundo em que houvesse um judeu, e perguntou-
-me se eu estaria disposto a imprimi-lo em um lugar
tão improvável. Sem pestanejar, disse que sim.
Por que você logo deu uma resposta positiva?Em milésimos de segundos passaram-me pela ca-
beça muitas coisas que meu pai me dissera. Entre
elas, uma que me marcou muito, ao completar onze
anos: “você sabe que eu sou judeu e que sua mãe
também?”. “Sim, já ouvi falar”. E então ele me co-
municou que eu passaria a estudar numa escola ju-
daica. Ante a minha surpresa, explicou: “não adianta
tentarmos esquecer ou negar que somos judeus.
Isso está grudado em nós como a carne aos ossos.
Você não vai à escola judaica por questões religio-
sas, mas porque, se um dia alguém apontá-lo na rua
chamando-o de judeu, você saberá o motivo de estar
apanhando ou batendo”.
Disse-me que não praticávamos a religião, pois as
atrocidades cometidas contra os judeus que ele
presenciara durante a Segunda Guerra Mundial fi-
zeram-no perder a fé. Por outro lado, atribuía a um
milagre o fato de ele ter sobrevivido. “Se no univer-
so há bilhões de galáxias e, dentre elas, bilhões de
sistemas solares e só há vida no nosso mundinho,
isso não pode ser uma obra do acaso, existe aí uma
engenharia muito superior”. – concluiu. Lembrando
disso, tomei o pedido do rabino como uma missão.
Quais foram os maiores desafios para cumpri-la?Pedir autorização da Marinha não foi propriamente
uma dificuldade, mas foi bem estranho. Ninguém
entendeu sobre o que eu estava falando, mas aca-
baram concordando. Lembrando que nós estáva-
mos ainda sob o regime militar, o material teria de
Por Dorothea Piratininga
ENTREVISTA
No ano de 1982 Roy foi enviado à Antártida para instalar a ba-
se brasileira Comandante Ferraz. Conforme descrito em suas
Memórias (leia na pág. 18), Rabino Shabsi Alpern incum biu-o
da sagrada missão de imprimir o Tanya nesse local tão remoto.
ROY CUGLOVICIENGENHEIRO NA ANTÁRTIDA
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Ao lado, registro da emocionante visita de Roy ao Beit Chabad Central, em que foi presenteado com um exemplar do Tanya impresso por ele na Antártida há 30 anos. Abaixo, Roy na década de 80 em meio a pinguins
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ser submetido à censura prévia, mas também aí não hou-
ve qualquer obstáculo. Difícil mesmo foi carregar a im-
pressora, que pesava mais de 300 quilos, num bote de
borracha do navio até a terra firme. Havíamos enfrentado
um mar revolto durante a viagem, o que danificou mui-
tos equipamentos, inclusive a impressora. Desmontei-
-a, arrumei as peças que pude, mas mesmo assim ela só
trabalhava em velocidade muito baixa. Algumas placas
ficaram amassadas, o que retardou o tempo previsto para
concluir o trabalho. Como estávamos no verão, não havia
noite, então um dos funcionários ficara encarregado de
informar-me quando chegava a hora do Shabat para que
eu parasse de trabalhar.
Após duas semanas, finalmente terminei e avisei o rabi-
no pelo radioamador. Naquela época não tínhamos co-
municação via satélite com o Brasil, e a transmissão pelo
radioamador era muito ruim. Mas naquele dia ela estava
excelente.
Eu tinha comigo as kipot que ele me entregara juntamen-
te com o equipamento, e tive uma ideia original. Chamei
o comandante da base, o primeiro oficial e mais outros
militares subalternos. Coloquei uma kipá na cabeça de
cada um deles e pedi para que dissessem “amém” toda
vez que eu levantasse meu polegar. Assim, recitei uma
bênção de agradecimento, e a turma dava “amém” nos
momentos determinados.
Como se sentiu após ter cumprido essa missão?Algumas páginas ficaram defeituosas devido à má im-
pressão, e o rabino ha-
via me instruído a não
rasgá-las, por se trata-
rem de texto sagrado.
Conforme ele pedira,
eu as embalava para
posteriormente enter-
rá-las. No dia em que
as enterrei, senti-me
como se estivesse num
funeral. Ao final de tu-
do, a sensação foi mui-
to boa. Apesar de não
ser uma pessoa religio-
sa, senti que fizera algo
de grande importância
para o nosso povo.
Como você recebeu a notícia do incêndio ocorrido este ano na Base Comandante Ferraz?Fiquei muito triste, pois senti que estava queimando
uma parte da minha história. Afinal, foi um projeto que
marcou muito a minha vida. Trabalhei nele dos 23 aos 27
anos; era como se fosse um filho. É muito triste ver um
trabalho desses, que funcionou durante 29 anos, sete
dias por semana, 24 horas por dia, ser destruído por uma
série de ações erradas.
Roy Cuglovici tem 52 anos, é casado, pai de três filhos
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Há muitos anos vivia em Nova York uma pobre família de
judeus. O pai faleceu um ano após o nascimento de seu
filho, deixando a mulher sozinha para cuidar do bebê. Ela
conseguia pagar as contas fazendo faxinas e juntava o su-
ficiente para alimentar os dois. Aí ocorreu uma tragédia.
O menino ficou doente e após minuciosos exames o mé-
dico admitiu que não podia ajudá-lo e encaminhou-o a um
grande professor. Sem perder tempo a mãe foi consul tá-
lo. Ele examinou o menino e disse: “Seu filho tem uma do-
ença fatal. Sei qual é a cura e onde conseguir o remédio. É
numa farmácia a cinco quilômetros daqui. Eles são os úni-
cos que o preparam. Você tem dinheiro para comprá-lo?”
A mulher agradeceu e declarou estar certa de que D’us
ajudaria. Tomou um taxi até lá e entregou a receita ao far-
macêutico. Ele examinou-a, ergueu o cenho e disse: “Isso
custará caro”. Ela respondeu que estava disposta a assinar
um termo comprometendo-se a limpar a farmácia todas
as noites até pagar a conta. Ele aceitou, pois estava sem
faxineira e precisava de alguém. Porém, seriam apenas
duas horas ao dia, e assim demoraria… ele começou a cal-
cular e quando terminou, levantou os olhos… um ano e
oito meses para saldar a dívida!
Ela concordou de imediato, e saiu de lá com vários frascos
do remédio. Quando olhou na bolsa viu que tinha gasto o
último centavo com o táxi e não sobrara nada para tomar
um ônibus. Então começou a andar até sua casa.
Era uma hora de caminhada e estava escurecendo. Não
havia ninguém por perto, e ela passava por um bairro um
tanto perigoso. Apressou o passo, caminhou o mais rápi-
do que pode, mas aquilo não funcionou.
De repente, sentiu alguém agarrá-la pelos ombros, em-
purrá-la contra um muro e perguntar: “O que você tem
aí?” Ela viu um homem enorme, que abriu-lhe a bolsa.
“Por favor,” implorou ela, “não tenho dinheiro. Tudo que
tenho é o remédio para meu filho.” Aquilo também não
funcionou.
“Remédio!?” ele sorriu. “Talvez seja algo bom!” Ele abriu
um dos frascos e cheirou-o. “É horrível! Parece vômito!”
gritou enquanto abria os outros frascos e despejava o
conteúdo sobre a cabeça dela. Então empurrou-a nova-
mente e se foi.
Ela levantou-se, apanhou os frascos e correu de volta à
drogaria, esperando que ainda estivesse aberta. E estava!
Aproximou-se do balcão, e quando o farmacêutico a viu,
exclamou: “Meu D’us, o que houve? Sente-se. O que é es-
te cheiro?!”
“Fui roubada e não tenho mais o remédio. Dê-me o papel
que assinei e assinarei por mais um ano e oito meses.
O farmacêutico começou a tremer. “Diga-me, esse chei ro
e a mancha no seu casaco… é aquele remédio?”
“Sim”, respondeu ela, entregando-lhe os frascos vazios.
O farmacêutico leu os rótulos, colocou a mão sobre o ros-
to enquanto repetia: “Não acredito! Não pode ser!” Após
alguns minutos ele se recompôs e disse: “Cometi um erro
terrível! Eu lhe dei o remédio errado! Se seu filho tivesse
tomado aquilo, teria morrido! É loucura, mas foi um mila-
gre que você tenha sido assaltada!” E continuou: “Ouça,
não conte a ninguém sobre isso. Eu lhe darei o remédio
certo.” Ele desapareceu na sala dos fundos e retornou
com diversos frascos iguais aos primeiros.
“Leve o remédio de graça”. Ele pegou o contrato que ela
assinara e rasgou-o. Tirou da carteira uma cédula: “Pegue
cem dólares. Desta vez, tome um táxi!”
O remédio funcionou e o menino não apenas sobreviveu,
como cresceu e tornou-se um rabino de grande estatura:
Rabi Moshê Sherer, presidente de Agudat Yisrael nos Es-
tados Unidos. Ele contava essa história em todo aniversá-
rio de falecimento de sua mãe.
ACONTECEU EM NOVA YORK
HISTÓRIA
Ilus
traç
ão: L
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pet
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como acender as velas
4ª feira, 12/12
5ª feira, 13/12
6ª feira, 14/12
sábado, 15/12
sábado, 8/12
domingo, 9/12
2ª feira, 10/12
3ª feira, 11/12
S Acenda a chanukiyá ao pôr-do-sol. Use velas ou azeite em
quantidade suficiente para que ardam por pelo menos 50 minu-
tos (segundo o costume Chabad).
S É hábito acender as velas na janela que dá para a rua, para pro-
clamar a todos o milagre de Chanucá, mas a chanukiyá não deve
estar acima de 9,5 m do piso térreo. O costume Chabad é colo cá-
la sobre uma mesa baixa, no lado esquerdo da porta de entrada,
em frente à mezuzá.
S Inicialmente acenda o shamash (vela auxiliar, de preferência de
cera) e depois recite as bênçãos. Em seguida, acenda as velas da
chanukiyá com o shamash.
S Acenda a primeira vela do lado direito da chanukiyá. Na segun-
da noite, acrescente uma nova ao lado esquerdo da primeira, e as-
sim sucessivamente. A primeira vela a ser acesa é sempre a nova,
procedendo da esquerda para a direita (veja na figura abaixo).
S Antes de acender as luzes de Chanucá na primeira noite (8/12)
ou pela primeira vez, pronuncie as três bênçãos, e nas noites se-
guintes, somente as duas primeiras:
I. Baruch Atá A-do-nai E-lo-hênu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner Chanucá.
(Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos
santificou com os Seus mandamentos e nos ordenou acender a
vela de Chanucá.)
II. Baruch Atá A-do-nai E-lo-hênu Mêlech haolam, sheas-sá nissim laavotênu bayamim hahêm bizman hazê.
(Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que reali-
zou milagres para nossos antepassados, naqueles dias, corres-
pondentes a esta época.)
III. Baruch Atá A-do-nai E-lohênu Mêlech haolam, shehe-cheyánu vekiyemánu vehiguiánu lizman* hazê.
(Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deu
vida, nos manteve, e nos permitiu chegar até a presente época.)
S Após acender a chanukiyá, recite Hanerot Halálu (o texto en-
contra-se no sidur).
S Na noite de sexta-feira (14/12), acenda as luzes de Chanucá an-
tes das velas de Shabat (19h29). A chanukiyá não pode ser tocada
ou removida depois de seu acendimento na sexta-feira até sába-
do após o anoitecer.
S Sábado à noite (15/12) a preparação e o acendimento das velas
de Chanucá devem ocorrer após o anoitecer (20h28) e depois de
recitar a Havdalá (na sinagoga, antes da Havdalá).
S A luz da chanukiyá é sagrada e não pode ser utilizada para outra
finalidade, como leitura ou trabalho.
S Se uma vela se apagar durante o período em que deveria estar
acesa, deve ser reacendida. É permitido apagar as velas após ar-
derem o tempo determinado (exceto na sexta-feira à noite devido
ao Shabat). Na noite seguinte, o pavio e o azeite restante podem
ser reaproveitados.
S Em Chanucá recita-se ‘Al Hanissim’ na Bênção de Graças e na
Amidá, Halel e uma leitura especial da Torá, na Prece Matinal.
S Refeições festivas devem ser feitas com a participação de toda
a família, narrando os milagres ocorridos.
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5 6321 4
5 6 74321
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* lizman - pronúncia conforme costume Chabad
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8 A 16 DE DEZEMBRO DE 2012
Check-list de Chanucá
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Histórias Chassídicas
CAMINHAR SOZINHO Havia um chassid, Reb Shlomo o Melamed, que com fre-
quência ia até o seu Rebe caminhando, em vez de contra-
tar uma carroça. Quando lhe pediram para explicar essa
preferência, ele assim respondeu: “quando alguém che-
ga ao Mundo da Verdade, o anjo Michael, cujo trabalho
é apresentar todos os méritos da pessoa, menciona que
viajava até seu Rebe”. Durante essa narrativa, os cavalos
e carroças que o transportavam ao Rebe se aproximavam
e pediam que eles também fossem recompensados por
acomodar a pessoa. Como declara o Talmud, “D’us dá re-
compensas a todas as criaturas.”
“Eu não permitirei que um cavalo e uma carroça aleguem
que me levaram em minhas viagens”, declarou o chassid.
“Eu sou o cavalo, eu sou a carroça! Portanto, quando eu
for até o Rebe, será com meus próprios pés!”
FALSA APARÊNCIA O Rebe Rashab certa vez viu um quadro pintado por um
artista famoso. A cena – um campo semeado, um sol bri-
lhante, plantas brotando, e um pássaro pousado no talo
de uma planta – era considerada quase viva pelos conhe-
cedores de arte, que classificaram a pintura como uma
obra-prima.
Logo, porém, um fazendeiro que passava o examinou.
“Que adorável”, exclamou ele. “Mas que vergonha, não
parece nem um pouco verdadeiro. Quando um pássaro
pousa sobre um talo, este se curva ligeiramente devido ao
peso da ave. Ora, o artista aqui retratou o talo ereto mes-
mo com o pássaro sobre ele!”
Com isso, o Rebe Rashab disse que podemos aprender
uma lição. Alguém pode parecer estar vivo em seu serviço
a D’us. Mas se lhe faltar bitul – aquela inclinação perante
a vontade de D’us – em última análise o serviço é falho.
FAÇA DA PALAVRA UMA JANELAO Baal Shem Tov certa vez foi indagado sobre um deter-
minado assunto. Ele abriu um volume do Zohar que esta-
va na mesa, olhou e então disse aos ouvintes tudo sobre o
incidente envolvido. Mais tarde veio à tona que as coisas
tinham sido exatamente como ele as descrevera. Então ele
foi indagado: “é abrindo o Zohar e olhando ali dentro por
um momento que você pode dizer o que está acontecendo
a distância?”
O Baal Shem Tov respondeu: “nossos Sábios nos ensinam
que a luz com a qual o Todo Poderoso criou o mundo ilu-
minou de um lado a outro do universo. Mas quando o Todo
Poderoso viu que o mundo não era digno de usar essa luz,
Ele a ocultou para os justos no Mundo Vindouro. Ora,” per-
guntou o Baal Shem Tov, “onde Ele a escondeu? – Na Torá;
e quando alguém estuda a Torá da forma mais pura, um
caminho é iluminado para ele, permitindo-lhe entender e
enxergar de um lado a outro do mundo, assim como eram
as coisas antes de D’us esconder a luz.”
SOMENTE UMA CASA DE D’USReb Meir de Premishlan certa vez foi rezar numa determi-
nada sinagoga na Galícia que estava num estado deplorável
de conservação. Ele abriu a porta quebrada, olhou lá dentro
e viu os sinais de negligência e, nas palavras do Patriarca
Yaakov em Beth E-l, clamou: ‘como este local está horrível!
Esta nada mais é que a casa de D’us!”
Os chassidim que o rodeavam não entenderam sua inten-
ção, e presumiram que seu Rebe sem dúvida tinha em
mente alguns mistérios que, desconhecidos para eles, es-
tavam ocultos naquelas palavras.
Vendo que eles não o tinham entendido, ele explicou as
palavras: “‘como este lugar está assustador!’ – Na verdade,
é literalmente perigoso entrar aí. Esta é apenas uma casa
de D’us – pois vejo que não há outros para cuidar dela, ao
contrário das outras casas nesta cidade, que parecem todas
mantidas em excelente estado.”
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PERGUNTE AO RABINO
Conforme o ponto de vista do Rebe, não há explica-
ção lógica sobre essa carnificina, tendo nosso povo já
sofrido tanto, desde o exílio no Egito, passando pela
destruição de ambos os Templos, inquisição, cruzadas,
pogroms etc.
D’us já tinha avisado nosso patriarca Avraham: “Saiba
que teus descendentes serão estrangeiros numa terra
que não é a deles e serão escravizados e oprimidos por
400 anos, mas Eu julgarei e punirei a nação que os es-
cravizou, e posteriormente sairão de lá com grande ri-
queza” (Bereshit 15:13-14). Nossos sábios
no Talmud explicam que essa previsão foi
concretizada não apenas no Egito, mas
em todas as gerações em que há aqueles
que desejam nosso extermínio, D’us não
o permita, e ‘sempre o Santíssimo, Ben-
dito Seja, nos salva de suas mãos’, con-
forme recitamos na Hagadá de Pessach.
Mesmo não entendendo os caminhos
Divinos, devemos acreditar que não exis-
tem acasos na direção do universo. Tudo
o que acontece, nos mínimos detalhes,
por mais dolorido que seja, é controlado
pelo Todo-poderoso e faz parte dos planos Dele, e Ele
é o único que sabe o motivo, como Ele disse a Moshe,
que O indagou por que os justos sofreriam no futuro:
‘Fique quieto, assim subiu no Meu pensamento’ (Me-
nachot 29b).
Tudo o que foi dito acima refere-se à grande tragédia
que nosso povo testemunhou de forma geral. Mas, no
que tange a cada uma das vítimas que foi cruelmente
torturada ou assassinada, o enfoque é bem diferente.
O Talmud nos relata (Berachot 61b) que o renomado
sábio talmudista Rabi Akiva foi cruelmente assassinado
pelos romanos, sendo sua carne arrancada com grandes
pentes de metal incandescente. Naquele momento, ele
estava recitando o ‘Shemá Yisrael’ e tinha um sorriso
na face. Os alunos então lhe perguntaram: “mestre, até
aqui você mantém serenidade e alegria”?
“Minha vida inteira almejei cumprir o versículo que cons-
ta no Shemá: ‘E amarás teu D’us com toda tua alma’, e
agora que eu tenho a possibilidade de cumpri-lo, não
deverei fazer com alegria”? – respondeu ele, e esten-
deu-se na recitação do versículo até sua alma partir com
pureza. Escutou-se então uma voz celestial: “feliz é
você, Rabi Akiva, que teve o mérito de sua alma sair ao
recitar o ‘Echad’ (D’us é um). Feliz é você, que está con-
vocado para o mundo vindouro”.
Não há mérito maior que poder morrer
em um ato de fé, ou simplesmente por
ser um judeu. Nem mesmo o mérito de
ser o mestre de todo povo judeu se igua-
la a este!
Somos compostos de corpo e alma. O pri-
meiro tem a duração de algumas dezenas
de anos, no máximo 120. Porém, a alma
é eterna e continua sua jornada e ascen-
sões espirituais após despren der-se do
corpo. Durante a vida inteira batalhamos
para colecionar o maior número possível
de boas ações para sermos merecedores de uma posi-
ção privilegiada no paraíso. Todos aqueles santos que
entregaram suas almas no holocausto e demais mas-
sacres que nosso povo passou conseguiram em um se-
gundo muito mais que batalhamos em uma vida inteira,
alcançando níveis espirituais inimagináveis.
Além disso, todas as descidas visam a uma subida
maior. Após o holocausto nosso povo cresceu e flo-
resceu em todos os sentidos, e temos a absoluta cer-
teza de que esse e todos os outros sofrimentos pelos
quais passamos durante o exílio prolongado é apenas
uma preparação para uma enorme e maravilhosa re-
denção, conforme é prometido. Que venha para nós
muito em breve.
Como podemos explicar o extermínio de seis milhões de judeus no holocausto? Onde estava D’us nesse momento?
Por Rabino Shamai Ende
Envie suas perguntas para [email protected]
Todos aqueles santos
que entregaram suas
almas no holocausto
conseguiram em um
segundo muito mais
que batalhamos em
uma vida inteira, al-
cançando níveis espi-
rituais inimagináveis
d’us e o holocausto
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parshiyot do mês de DEZEMBRO
1/DEZ
Parashá Vayishlach O nome da leitura desta semana da Torá, Vayishla-
ch, está relacionado com a palavra sheliach, que
significa “emissário”. A palavra hebraica sheliach
também alude à consumação da missão com a qual
todo judeu, como indivíduo e como um todo, foi en-
carregado. O valor numérico da palavra, junto com
o número 10, iguala o número equivalente à palavra
Mashiach. Isso implica que a vinda de Mashiach re-
quer que toda pessoa dedique os dez poderes de
sua alma à missão de tornar o mundo uma morada
para D’us. Nossos esforços para divulgar a percep-
ção sobre D’us através do mundo e fazer com que
essa percepção esteja em todo indivíduo apressará
a vinda da era em que “a terra estará repleta com
o conhecimento de D’us como as águas cobrem o
oceano”.
8/DEZ
Parashá VayeshevNo versículo inicial da nossa leitura da Torá: “e Yaa-
kov estabeleceu-se na terra em que seu pai pas-
sou”, Rashi comenta: “Yaakov desejava viver com
tranquilidade, mas o desgosto do desaparecimento
de Yosef o atingiu. O justo deseja viver em tranqui-
lidade, mas o Eterno, bendito seja, diz: ‘aquilo que
está preparado para eles no Mundo Vindouro não
basta para os justos? Eles precisam também dese-
jar tranquilidade neste mundo?’”
Na superfície, Rashi parece estar dizendo que D’us
desaprovou o pedido de Yaakov e em retribuição o
fez sofrer a dificuldade da separação de Yosef. Nos-
sos Rabinos explicam, porém, que na verdade D’us
queria que o desejo de tranquilidade de Yaakov fos-
se atendido – como na verdade foi cumprido nos 17
anos de paz que ele desfrutou no Egito.
Portanto, D’us o submeteu a mais uma provação,
pela qual ele poderia aperfeiçoar a si mesmo. Os
problemas e o sofrimento causados pela venda de
Yosef iniciaram um processo de refinamento pelo
qual Yaakov por fim mereceu atingir a paz máxima,
espiritual e material que buscava.
15/DEZ
Parashá MiketzVocê consegue imaginar como Yosef se sentia? Ele
ficara encarcerado durante longos anos. Dois anos
antes, quando o mordomo do faraó tinha sido apri-
sionado, ele tinha nutrido um laivo de esperança,
mas nada tinha se materializado.
E então, subitamente, as coisas mudaram. O faraó
mandou chamá-lo. Ele banhou-se, recebeu roupas
finas, e foi introduzido na sala do trono. E momen-
tos depois, era vice-rei do Egito.
Sim, as situações podem mudar.
Esta é uma lição importante para nós hoje, quando
existem aqueles que questionam como a Redenção
se tornará uma realidade. Com o mundo tão en-
volvido em preocupações materiais, como é possí-
vel que se torne sintonizado com a mensagem de
Mashiach, para procurar o espiritual e estabelecê-lo
como prioridade? A história de Yosef fornece uma
resposta: o presente não precisa prevalecer para
sempre. Quando D’us quer, tudo pode ser total-
mente revertido.
22/DEZ
VayigashEsta leitura da Torá nos conta como Yaakov e sua
família fizeram a jornada da Terra de Israel ao Egito
para encontrar Yosef. Yaakov estava hesitante sobre
deixar a Terra Santa, e foi somente quando ele rece-
beu uma garantia de D’us que resolveu empreender
a viagem.
Por que ele estava hesitante? É óbvio. Eretz Yisrael
é a Terra Santa, “a terra na qual os olhos de D’us es-
tão [concentrados] do início ao fim do ano.” É certa-
mente onde nosso Patriarca Yaakov gostaria de ter
passado seus últimos dias.
Então por que ele foi para o Egito? Yaakov foi ao
Egito porque D’us assim quis. Mas por que D’us
quis que ele fosse? E por que Ele deseja que nós,
descendentes de Yaakov, continuemos morando no
“Egito” da nossa Diáspora?
Os judeus foram criados com uma missão: fazer
deste mundo uma morada para D’us.
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Na substância material do mundo estão encerradas
centelhas de Divindade. Cada pedaço de alimento
que comemos, pessoa que encontramos, ou si-
tuação que enfrentamos, é mantida pela energia
Divina. Nossa missão é canalizar aquela energia e
usá-la para um fim positivo. Para esse propósito, os
judeus têm vagado de continente a continente e de
país para país, procurando revelar a força de vida Di-
vina latente nesses lugares.
29/DEZ
Vayechi A leitura da Torá relata que antes de Yaakov falecer,
ele disse aos filhos: “reúnam-se e eu direi a vocês o
que lhes acontecerá no Final dos Dias.”
Nossos Sábios nos dizem que Yaakov queria dizer
aos filhos quando Mashiach virá. Porém, D’us não
desejava que ele revelasse essa informação e remo-
veu dele o espírito de profecia. Percebendo isto, Ya-
akov falou com os filhos sobre outros assuntos.
Há várias lições nesta narrativa; a mais óbvia é que
D’us não deseja que a hora da vinda de Mashiach
seja conhecida. Alguns comentaristas explicaram
que o motivo é que isso poderia levar ao desespero.
Se as pessoas soubessem que terão de esperar por
Mashiach, poderiam perder a esperança.
Outros explicam que isso poderia tornar as pessoas
preguiçosas. Se souberem que Mashiach não virá
até este ou aquele tempo, poderiam ficar menos in-
clinadas a aplicar-se ao serviço Divino. Para simplifi-
car: “vamos festejar enquanto ele está para chegar e
no dia anterior, colocaremos tudo em ordem.”
Maimônides disse: “espero pela sua (Mashiach)
vin da todo dia,” i.e., que qualquer dia – e todo dia
– Mashiach pode vir e na verdade, esperamos ansio-
sa mente que ele o faça. Portanto, não há uma data
marcada para a vinda de Mashiach.
19 de KislevYud Tet Kislev é
uma data histórica.
Nesse dia, há exa-
tamente 214 anos,
o grande Rabino e
líder de seu povo,
Rabi Shneur Zal-
man de Liadi, foi
libertado de uma
prisão russa, para
onde fora levado
acorrentado como um perigoso “rebelde” contra
o Czar. Condenado por alta traição, ele enfrentou
a morte, mas felizmente as acusações se prova-
ram falsas, e com a ajuda de D’us foi libertado.
Rabi Shneur Zalman, na época de sua prisão, era
o líder dos chassidim na Rússia, um dos grandes
talmudistas e pensadores da sua época, e seus li-
vros e sagrados ensinamentos são estudados por
muitos judeus em todo o mundo. Tinha mais de
cem mil seguidores (o número mais tarde aumen-
tou). Ele foi o criador de uma inovadora filosofia
judaica – Chabad, que ensina uma nova maneira
de preservar o antigo estilo de vida judaico. Jun-
to com ele foram também acusados milhares de
judeus na Rússia, e seus detratores eram pessoas
que, em sua cegueira, não viram a luz brilhante e
notável que Rabi Shneur Zalman estava espalhan-
do entre seu povo.
Não é de se admirar, então, que esse 19º dia de
Kislev seja uma data notável e jubilosa para os ju-
deus em todas as partes do mundo. Eles se reú-
nem para celebrar e seguir os passos desse gran-
de Rabino, que dedicou a vida inteira ao bem de
seu povo, e cujos livros – Tanya, Shulchan Aruch
e muitos outros – estão entre nossas maiores cria-
ções e tesouros.
A Parashá (porção semanal) é lida na sinagoga parcialmente no Shabat à tarde, na 2ª e na 5ª fei-ra de manhã e depois integralmente no Shabat seguinte pela manhã.É bom costume estudar a Parashá durante a se-mana diariamente, para isso ela é subdividida em 7 porções menores.
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parshiyot do mês de JANEIRO
5/JAN
Parashá SHEMOT Imagine como deve ter sido boa para Moshê a vida
no palácio do rei. Ele estava no primor da juven-
tude, vivendo como príncipe no império egípcio, a
nação mais forte e mais avançada da época. Ele ti-
nha o mundo na palma das mãos. E apesar disso,
Moshê não passava seu tempo livre surfando no
Nilo nem escalando as pirâmides, mas sim indo até
os escravos judeus numa tentativa de entender seu
sofrimento e ajudá-los. Moshê chegou a matar um
egípcio que estava espancando um judeu, um even-
to que terminou lhe custando o status de príncipe e
o exilou do Egito.
Vemos aqui um dos motivos pelos quais Moshê
pôde desenvolver-se no líder notável que foi. Um
líder judeu deve trabalhar totalmente e com altru-
ísmo pela sua nação, e ser completamente desin-
teressado na realização dos próprios desejos ou na
promoção da própria glória.
Um líder deve lutar pelas necessidades de seu povo
e pelo bem-estar de todos por intermédio de atos
de amor e bondade.
12/JAN
Parashá VaeráQuando a Torá escreve que o faraó pediu a Moshê
que rezasse por ele, o faraó usa a forma causati-
va do radical “atar” (Exodus 8:24). Quando Moshê
real mente reza, a Torá emprega a forma ativa (ibid.
8:26). Por que a diferença? Rashi explica que a for-
ma causativa que o faraó usa significa aumentar a
prece e torná-la mais longa. Por outro lado, a forma
ativa que Moshê usa significa aumentar e intensifi-
car o ato de rezar em si mesmo.
Isso nos revela um segredo fascinante sobre o con-
ceito da prece. O faraó via a prece meramente como
o pronunciamento de determinadas magias sagra-
das, e a única maneira de torná-las mais eficazes
seria aumentar a quantidade delas. A opinião da
Torá sobre a prece, porém, é totalmente diversa. O
principal não é o texto ou a duração da prece, mas o
ato da prece. Isso porque a prece não é um método
de informar Hashem sobre as nossas necessidades,
pois Ele já as conhece. Em vez disso, a prece é uma
maneira de aperfeiçoar a nós mesmos, tornan do-
nos mais merecedores de Seus presentes.
19/JAN
Parashá bôO faraó presumiu que se o povo judeu estava dei-
xando o Egito para que pudesse servir a Hashem,
seria necessário apenas que os homens adultos par-
ticipassem. Baseado no seu conhecimento sobre a
maioria das outras religiões do mundo, ele não po-
dia entender que lugar mulheres e crianças tinham
no serviço a D’us. Sob a perspectiva do faraó, era
como se Moshê tivesse explicitamente requisita-
do que apenas os homens deveriam ter permissão
de partir. Moshê respondeu que o Judaísmo não é
como as outras religiões. Hashem exige o serviço de
todos. Hashem nos deu uma mitsvá especial de en-
sinar a Torá aos nossos filhos e assegurar sua edu-
cação judaica. Essa mitsvá é tão fundamental que
está incluída na prece Shema que recitamos todo
dia: “v’shinantam l’vanecha – e ensinarás [a Torá]
aos teus filhos.” Ao participar em qualquer mitsvá,
devemos estar certos de incluir nossos filhos a fim
de ensinar e transmitir nosso amor pelos manda-
mentos de Hashem à geração seguinte.
26/JAN
Parashá beshalachEmbora o grande milagre da abertura do Mar Ver-
melho esteja bem documentado, muitas pessoas
não estão cientes do fator crucial que foi necessário
para que esse evento ocorresse. Hashem não dese-
java realizar esse impressionante milagre até que
Ele visse a disposição do homem para demonstrar
a fé Nele. Portanto, foi somente quando Nachshon,
filho de Aminadav, da tribo de Judá, saltou corajosa-
mente na água, mostrando uma incrível fé em Ha-
shem, que o mar realmente se abriu.
Podemos aprender várias lições importantes com
Nachshon. Antes de mais nada, devemos todos ser
membros ativos no serviço a Hashem. Não podemos
sentar e esperar que os milagres aconteçam. Ha-
shem está disposto a fazer muitas coisas maravilho-
sas para nós, porém devemos primeiro mostrar que
somos merecedores, dando os passos iniciais por
nós mesmos. Em segundo lugar, devemos enten-
der que cada um de nós pode fazer uma diferença.
Não temos ideia de como nosso potencial realmen-
te é grande, até entrarmos em ação. É isso que Ele
deseja de nós, e cabe a nós encarar o Seu desafio.
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NOSSAS ALEGRIASw Parabéns pelo nascimento de Pietra, filha de
Marcio e Monica Zaitz, neta de nosso presidente
Mauro e bisneta de Isaac Zaitz
w Mazal tov pelo bat mitsvá de Batya, filha do R.
Ezra e Chaia Khafif
w Parabéns pelo casamento de Esther, filha do
R. David e Simcha Azulay com R. Shalom Dovber
filho de Yaacov e Any Orbach
w Mazal tov pelo casamento de R. Samy, filho
de Ruth Lancry, com Sterna, filha do R. Yossef e
Miriam Benzecry
Abraham Pfeferman 23 Kislev 7 dez
Claudio Hausman 23 Kislev 7 dez
Samuel Loda 24 Kislev 8 dez
Joseph Lancry 25 Kislev 9 dez
Bernardo Lichewitz 26 Kislev 10 dez
Daniel Eskinazi 28 Kislev 12 dez
Anchel Brand 29 Kislev 13 dez
Hugo Wizenberg 29 Kislev 13 dez
Moishe Savoia 1 Tevet 14 dez
Damian Lask 2 Tevet 15 dez
Salo Grunkraut 3 Tevet 16 dez
Eduardo Stock 4 Tevet 17 dez
Julio Spritzer 4 Tevet 17 dez
Eliahu Stiefelmann 5 Tevet 18 dez
Silvio Hepner 6 Tevet 19 dez
Alfredo Torres 7 Tevet 20 dez
Marcelo Schvartz 8 Tevet 21 dez
Marcelo Dangot 9 Tevet 22 dez
David Moritz 11 Tevet 24 dez
Jacob Moritz 11 Tevet 24 dez
Mendi Nurkin 11 Tevet 24 dez
Sruli Nurkin 11 Tevet 24 dez
Jaime Singer 11 Tevet 24 dez
Akivah Steinmetz 11 Tevet 24 dez
Michel Apsan 12 Tevet 25 dez
Michel Metzger 14 Tevet 27 dez
Sacha Kalmus 15 Tevet 28 dez
ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO *Moshe Frenkel 21 Tevet 3 jan
Leandro Spett 23 Tevet 5 jan
Michel Gotlieb 24 Tevet 6 jan
Mendi Naparstek 24 Tevet 6 jan
Shmuli Moritz 25 Tevet 7 jan
Lauro Brand 25 Tevet 7 jan
Yaacov Nurkin 3 Shevat 14 jan
Daniel Breuer 3 Shevat 14 jan
David Andrade 4 Shevat 15 jan
Abrão Zimberg 4 Shevat 15 jan
Mauro Deutsch 4 Shevat 15 jan
David Gornstein 5 Shevat 16 jan
Avi Eskinazi 7 Shevat 18 jan
Yossi Kuszer 7 Shevat 18 jan
José Mario Grynberg 8 Shevat 19 jan
Tufic Savoia 8 Shevat 19 jan
Natan Rosenbaum 8 Shevat 19 jan
Alberto Haim Fux 8 Shevat 19 jan
Martin Lask 9 Shevat 20 jan
Luis Steinecke 10 Shevat 21 jan
Mendy Calderon 10 Shevat 21 jan
Yossi Naparstek 11 Shevat 22 jan
Henry Michaan 13 Shevat 24 jan
Nelson Wajsbrot 14 Shevat 25 jan
Elias Israel 20 Shevat 31 jan
ANIVERSARIANTES DE JANEIRO *
* Lista parcial
Envie a data de seu aniversário para [email protected]
w Nasceu o filho de Yuval e
Ilana Kapah. Mazal tov!
w Parabéns a David Nagiel e
Bia Behar pelo noivado
w Mazal tov pelo nascimento
do filho de Marcelo e Greicy Susyn
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ENCHA SEU COFRINHO Não importa quanto e sim quando (sempre!). Busque o seu na recepção com Lígia
BAZAR DO PROJETO FELICIDADE Ajude doando ou comprando
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PRESENTE DE ANIVERSÁRIO Ofereça aos seus convidados a opção de fazer uma doação em sua homenagem para o Projeto Felicidade.Fale com Flávia: 3803-9898 ou [email protected]
KIDUSH Patrocine um kidush de Shabat em suas datas especiais.Fale com Sissa: 3087-0318 ou [email protected]
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Receba um boleto bancário em sua casa. Fale com Rosana: 3087-0309 ou [email protected]
Doe seus cupons e no-tas fiscais tomando o cuidado para não incluir o CNPJ ou CPF do com-prador. Devem chegar em nossa sede dentro do tempo hábil de se-rem cadastrados, ou seja, a validade é até o dia 20 do mês seguinte à emissão dos mesmos. Nunca foi tão fácil ajudar: é só enviar seus cupons, de seus familiares e amigos para o Projeto Felicidade: Av. Arnolfo Azevedo, 201 Cep: 01236-030 Mais informações: 3803-9898
NOTA FISCAL PAULISTASAIBA COMO DOAR!
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