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mportnacia FC como instrumento de gestão financeira.pdf
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PS-GRADUAO LATO SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO
INSTRUMENTO DE GESTO FINANCEIRA
Por: Josias Leonardo Dias
Orientador
Prof. Ana Cristina Guimares
Rio de Janeiro
2 2005
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PS-GRADUAO LATO SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO
INSTRUMENTO DE GESTO FINACEIRA
Apresentao de monografia Universidade
Candido Mendes como condio prvia para a
concluso do Curso de Ps-Graduao Lato
Sensu em Auditoria e Controladoria.
Por: Josias Leonardo Dias
3
AGRADECIMENTOS
Ao Deus Eterno, por ter me dado
condies de faze-lo, a minha esposa
- Rosangela, que teve muita
pacincia . A minha filha Josylane que
tanto colaborou, incentivando a
realizao deste trabalho.
4
5
DEDICATRIA
Dedico esta monografia aos meus filhos
Josylane, Thiago, Andr e minha
querida esposa Rosangela Lamblet, que
tanto colaborou para sua realizao.
6
RESUMO
O fluxo de caixa apresenta-se como ferramenta de gesto que
permite planejar e controlar as entradas e sadas de recursos, bem como a
aplicao de possveis excessos de caixa ao longo de um perodo.
Figura como parte integrante deste processo, o planejamento
financeiro, que tem objetivo reunir os meios de pagamento e delinear as
quantias vultuosas, para ocasies mais favorveis, permitindo adequar as
aplicaes de curto prazo, com enfoque na liquidez e rentabilidade.
Apresenta-se como instrumento de anlise para o usurio
externo da informao e de base de apoio no processo decisrio, permitindo
ao gestor saber qual o melhor momento de obter um emprstimo ou detectar
insuficincia de recursos.
Poder ser apresentada pelo mtodo direto ou indireto, ficando a
critrio da empresa definir aquele que melhor satisfazer as suas necessidades
informativas.
7
METODOLOGIA
O trabalho apresentara em todo o seu seguimento uma pesquisa
bibliogrfica exploratria. Ser utilizado como recurso realizao de uma
reviso bibliogrfica sobre o assunto em questo, utilizando livros, revistas,
artigos cientficos, internet e bibliotecas tais como: Ivo Magalhes de Oliveira-
Conselho Regional de Contabilidade RJ e Biblioteca Central Universidade
Candido Mendes RJ.
8
SUMRIO
FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTOS 3 DEDICATRIA 4 RESUMO 5 INTRODUO 12 CAPTULO I - O fluxo de caixa como ferramenta de gesto e liquidez
13
CAPTULO II - O fluxo de caixa como ferramenta de planejamento 16
CAPTULO III O fluxo de caixa aplicado na empresa 25
CAPITULO IV Mtodos e formas de apresentao dos fluxos de caixa
49
CONCLUSO
60
REFERNCIAS
61
NDICE 63
FOLHA DE AVALIAO 65
9
ndice de Tabelas
TABELA 1 Balano Patrimonial levantado em : 38
TABELA 2 Demonstrao do Resultado para o exerccio findo em 31-
12-x5 39
TABELA 3 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido
para o exerccio em 31-12-x6
39
TABELA 4 Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos
para o exerccio findo em 31-12-x6
40
TABELA 5 Movimentao do Capital Circulante Liquido
40
TABELA 6 Demonstrao das Entradas e Sadas em 31-12-X6 41
TABELA 7 Transformao do Resultado Econmico em
Resultado Financeiro 42
TABELA 8 Gerao Bruta de Caixa
43
TABELA 9 Gerao Operacional de caixa 43
10 TABELA 10 -Gerao Bruta de Caixa 43
TABELA 11 Gerao Corrente de Caixa
44
TABELA 12 Gerao Operacional de Caixa
44
TABELA 13 Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa
45
TABELA 14 Demonstrao do Fluxo de Caixa obtido pelo mtodo
direto 53
TABELA 15 Demonstrao do Fluxo de Caixa obtido pelo mtodo
indireto 55
TABELA 16 -Demonstrao do Fluxo de Caixa mtodo direto
58
TABELA 17 Conciliao do Resultado lquido com o caixa lquido
das atividades operacionais 59
TABELA 18- Demonstrao do Fluxo de Caixa mtodo indireto 60
11
ndice de Figuras
Figura 1 Modelo Notas Explicativas Mtodo Direto
57
Figura 2 Modelo Notas Explicativas Mtodo indireto 59
12
13
ndice de Abreviaturas
CCL Capital Circulante Lquido
CDB Certificado de Depsito Bancrio
CRCSP Conselho Regional de Contabilidade de So Paulo
CVM Comisso de Valores Mobilirios
DFC Demonstrao do Fluxo de Caixa
DOAR Demonstrao de origens e Aplicao de Recursos
DRE Demonstrao do Resultado do Exerccio
FAS Financial Accounting Standards
FASB Financial And Accounting Standards Board
IASC International Accounting Standards Committee
IBRACON Instituto Brasileiro de Contadores
RDB Recibo de depsito Bancrio
ROI Return On Investment
SFAS Statement Of Financial Accounting Standards
14
INTRODUO
Numa conjuntura econmica globalizada, onde as pessoas e empresas,
buscam informaes com objetivo de movimentar seus investimentos, leva os
gestores das empresas a buscarem alternativas que ofeream condies
favorveis de solvncia e liquidez. O Fluxo de Caixa apresenta-se como
ferramenta indispensvel ao processo decisrio. Atravs dele possvel ao
administrador programar suas entradas e sadas de caixa, bem como verificar
os excessos ou buscar recursos no momento necessrio, medir a capacidade
de gerao de caixa, administrar o seu disponvel, favorecendo ao
administrador acompanhar as fases da gesto empresarial. Neste contexto,
torna-se imprescindvel o papel da contabilidade, enquanto provedora de
informaes que auxiliam no processo de tomada de deciso, dentro da
empresa, assim como ao usurio externo, como fonte de anlise atravs de
seus demonstrativos.
O objetivo deste trabalho no esgotar o assunto, mais sim, evidenciar
o fluxo de caixa como ferramenta de planejamento e gesto financeira, que
quando colocados em prtica, contribuem para o alcance das metas
estabelecidas.
Assim, este trabalho est dividido em quatro partes. A primeira mostra
o fluxo de caixa como ferramenta de gesto e liquidez. A segunda apresenta o
fluxo de caixa como ferramenta de planejamento. A terceira trata do fluxo de
caixa aplicado na empresa. A quarta identifica mtodos e formas de
apresentao da demonstrao dos fluxos de caixa.
15
CAPITULO I
O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTO E
LIQUIDEZ
1.1 Conceito
O fluxo de caixa compreende a representao dinmica da
situao financeira de uma empresa, podendo denominar-se ao conjunto de
ingressos e desembolsos de numerrios ao longo de um perodo determinado
considerando todas entradas de recursos e aplicaes no ativo. ZDANOWICZ
(1989).
O fluxo de caixa destaca-se como instrumento de planejamento e
controle financeiro, sendo indispensvel como instrumento de gesto
gerencial, no processo de tomada de deciso financeira.Trata-se de um
instrumento que relaciona os ingressos e sadas (desembolso) de recursos
financeiros de uma organizao. O fluxo de caixa reflete as vrias
movimentaes financeiras da empresa em determinado perodo de tempo e
administrar o fluxo de caixa significa preservar a liquidez da empresa. ASSAF
NETO e SILVA (1997).
Para os autores Yoshitake e Hoji (1997) o fluxo de caixa um
esquema que representa os benefcios e dispndios do caixa ao longo do
tempo. Num fluxo de caixa, temos pelo menos uma sada e pelo menos uma
16 entrada (ou vice-versa). Numa operao financeira ocorre uma entrada e sada
de recursos; entretanto numa aplicao significa desembolsar com
possibilidade de retorno depois de algum tempo. Portanto essas operaes
referem-se a fluxo de caixa.
Segundo Matarazzo (1998), o fluxo de caixa pode ser definido
como movimento de caixa onde se pode visualizar as entradas e sadas de
caixa, verificando sobras ou falta de caixa, permitindo ao gestor programar
com antecedncia a solicitao de aplicao de recursos.
Campos Filho (1999), cita vrios autores que fazem um alerta
destacando a importncia do fluxo de caixa e o cuidado de basear o processo
decisrio somente nos demonstrativos contbeis.
Como entender a lgica de um administrador ou investidor que
utiliza no processo de deciso inicial de investimentos, tcnicas sofisticadas
de avaliao com base nos fluxos de caixa, considerando o valor do dinheiro
no tempo, aplicando conceitos como valor liquido, taxa de retorno, ndice de
lucratividade... e depois, nas fases da operao e controle, passa a medir o
desempenho dos investimentos com base em lucros contbeis e taxas
histricas tipo ROI. Figurativamente, seria o mesmo que esse administrador ou
investidor estivesse comparando laranjas com mas e, pior, pesando as
laranjas e contando as mas. FALCINI (1992).
A est um dos problemas no reino do (Grupo) Itamarati. Seus
negcios no geram caixa. Nem mesmo uma srie de prejuzos to nociva
para empresa quanto a falta de fluxo de caixa, diz um banqueiro paulista. E os
negcios do Olacyr (de Moraes) so frgeis neste ponto. EXAME (1996).
17 H muito tempo se conhece que uma empresa pode operar sem
lucros por muitos anos, desde que possua um fluxo de caixa adequado. O
oposto no verdade. De fato, um aperto na liquidez costuma ser mais
prejudicial do que um aperto nos lucros. DRUCKER (1992).
possvel que uma empresa apresente lucro lquido e um bom
retorno sobre investimento e ainda assim v a falncia. O pssimo fluxo de
caixa o que acaba com a maioria das empresas que fracassam.
GOLDRATT e COX (1990 p. 45).
Portanto, percebe-se que os autores concordam que o fluxo de
caixa um instrumento de gesto financeira no qual possvel planejar e
controlar as entradas, sadas, tomadas ou aplicaes de recursos ao longo de
um perodo, servindo como ferramenta gerencial no processo decisrio.
18
CAPITULO II
O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO
2.1 Planejamento como mecanismo de processo
decisrio
O processo de planejamento do fluxo de caixa se constitui em
implantar uma estrutura de informaes na qual possibilite ao gestor planejar
os ingressos e desembolsos de caixa. Desta forma o administrador financeiro
ter de forma pratica condies de satisfazer as necessidades financeiras e
futuras da empresa. O fluxo de caixa um dos instrumentos que apresenta
grande eficincia no planejamento e controle financeiros, sendo possvel ser
elaborado de formas diferentes. O fluxo de caixa projetado pode ser
apresentado de forma genrica pela seguinte operao:
SFC = SIC + I D
Onde:
SFC = Saldo Final de Caixa;
19 SIC = Saldo Inicial de Caixa;
I = Ingressos;
D = Desembolsos.
Desta forma, o fluxo de caixa o instrumento que o administrador
financeiro se utiliza com objetivo de apurar se o saldo de caixa adicionado ao
somatrio de ingressos, menos o somatrio de desembolsos em certo
perodo, apresentar sobra de caixa ou escassez de recursos financeiros pela
empresa. Em havendo excedentes financeiros, cabe ao administrador
financeiro dar a destinao eficiente dos mesmos. Tendo conhecimento de
possvel falta de recursos, possibilitar ao gestor obter em fontes menos
onerosas no mercado.
Ressaltando que tanto na capitao quanto na aplicao de
recursos financeiros pela empresa, dever ser fixado, considerando
antecipadamente entre outros fatores, o prazo da operao. Por exemplo,
aplicao de recursos no mercado aberto (fundo de aplicaes financeiras) o
administrador dever levar em considerao no s a taxa de juros a ser paga
pela instituio financeira, bem como a segurana da operao e o perodo
20 que o excedente ser aplicado, pois a empresa dever entender que no se
trata de operao para especulao de mercado. ZDANOWICZ (1989).
Portanto, Gitman (1997, p. 586) assim afirma:
O planejamento de caixa a espinha dorsal da
empresa. Sem ele no se saber quando haver caixa
suficiente para sustentar operaes ou quando se
necessitar de financiamentos bancrios. Empresas
que constantemente tenham falta de caixa e que
necessitem de emprstimos de ltima hora podero
perceber como difcil encontrar um banco que as
financie.
Observa-se que para Zdanowicz (1989) o planejamento constitui-se
em implantar uma estrutura de informaes onde o administrador tem a
possibilidade de gerir as necessidades financeiras da empresa, bem como
reconhecer a falta ou excedente de caixa. Para Gitman (1997), o planejamento
de caixa considerado como elemento central para a organizao, a no
utilizao desta ferramenta torna-se impossvel adequar a sustentabilidade das
operaes e a possvel captao de recursos. Portanto, conclui-se que as
opinies dos autores convergem para a necessidade do planejamento de
caixa e sua importncia no processo decisrio.
2.2 - A Importncia do Planejamento
21 importante o fluxo de caixa porque tem capacidade de mostrar
antecipadamente as necessidades de recursos para atender o pronto
pagamento dos compromissos assumidos pela empresa, com prazos certos
para serem soldados. Assim sendo o administrador estar apto planejar
com a devida antecedncia, as situaes anormais de caixa que podero
ocorrer em conseqncia de fatores cclicos de receita ou aumento no
volume de pagamentos. Dentre os vrios papeis importantes desempenhados
pelo fluxo de caixa, acrescenta-se o que o possibilita evitar a programao de
desembolsos vultuosos para perodos em que os ingressos orados sero
pequenos por questes de mercado, por exemplo.
O planejamento do fluxo de caixa possibilita ao administrador
financeiro visualizar valores que permitam a aplicaao a curto prazo com
base na liquidez, na rentabilidade e nos prazos de resgate. Diante disto, o
fluxo de caixa de vital importncia para a boa sade econmica-tcnico-
financeira e administrativa das empresas, sejam elas micro, pequenas,
mdias ou grandes, a tal ponto, que algumas instituies de crdito exigem a
sua apresentao antes mesmo de oferecerem crdito aos seus clientes.
ZDANOWICZ (1989).
Neste contexto, nota-se que o fluxo de caixa tem a capacidade de
sintetizar os meios de pagamento e recebimentos bem como delinear certos
desembolsos de quantias mais vultosas em ocasies no favorveis. Permiti
22 ainda direcionar aplicaes de curto prazo com enfoque na liquidez,
rentabilidade e prazos, sendo assim Assaf Neto e Silva (1997, p: 37) afirmam:
Uma adequada administrao do fluxo de caixa
pressupe a obteno de resultados positivos para
empresa, devendo ser focalizada como um
seguimento lucrativo para seus negcios. A melhor
capacidade de gerao de recursos de caixa promove,
entre outros benefcios a empresa menor necessidade
de financiamento dos investimentos em giro, reduzindo
seus custos financeiros.
2.3 Prazo de Planejamento do Fluxo de Caixa
O perodo ideal para planejamento do fluxo de caixa depende do
tamanho e ramo de atividade da empresa. Geralmente quando as atividades
no esto permeadas de constantes mudanas, a tendncia para
estimativas de curto prazo (dirio, semestral ou mensal), enquanto as
empresas que matem um volume de vendas estvel, preferem projetar o fluxo
de caixa para perodos mais longos (mensal, trimestral ou semestral). A
finalidade do planejamento tambm influi no perodo coberto pelo mesmo. A
exemplo de um programa de investimentos macio por parte da empresa,
torna necessrio um planejamento rico em detalhes, referente em um prazo
menor, do que o normalmente utilizado com objetivo de aproximar e dar uma
23 idia da projeo dos saldos mensais durante o exerccio social. Como toda
empresa tem necessidades variadas em termos financeiros, precisa estimar
com prazos variveis, de acordo com as respectivas finalidades. importante
a empresa realizar um planejamento com no mnimo trs meses. O fluxo de
caixa mensal dever se transformar em semanal e este em dirio.
O modelo dirio mostrar a posio dos recursos em funo dos
ingressos e dos desembolsos de caixa, e constitui-se em poderoso
instrumento de planejamento e de controle financeiro para empresa.
O planejamento do fluxo de caixa a longo prazo, no requer a
apresentao onde se demonstre com riqueza de detalhes informaes at
aqui j mencionadas, pois tem como prioridade apenas relacionar alteraes
significativas nos futuros saldos de caixa da empresa. Conforme os planos e
aes aprovadas pela cpula diretiva, devero resultar de expanso ou
modernizao da capacidade de produo e, a comercializao, lanamento
de produtos novos e crescimento desejado da empresa dentro de um ou trs
anos, ou em futuro um pouco mais distante. Tem por finalidade apresentar as
possibilidades de gerao de caixa e suas disponibilidades, ou a obteno de
recursos materiais a manuteno em curso de tudo que foi planejado para um
perodo alongado. Devero projetar em que pocas as disponibilidades
podero diminuir, para que o gestor financeiro fique apto a:
24 a) incluir no planejamento de caixa a quantidade necessria de
emprstimo ou financiamento com que a empresa necessita a curto, mdio e
longo prazo;
b) prever aumento de capital social, aproveitando de reservas e
subscrio de novas aes;
c)analisar quais os efeitos que esta poltica de obteno de
recursos, trar na estrutura do capital da empresa;
d) mostrar as prioridades para alta administrao dos projetos que
podero ser executados de acordo com os planos e quais no sero realizados
no momento e at aqueles alterados e quais devero ser totalmente
abandonados.
Mesmo que se queira e se disponha de tcnicos mais experientes,
difcil conseguir estimativa com grande nvel de detalhamento e exatas, dado ao
fato de serem projees para um futuro distante. Principalmente por se tratar de
estimativas feitas por outros departamentos e principalmente em virtude de no
ter nascido ainda o homem dotado da prescincia, para saber com certeza e
suficiente antecedncia, as mudanas que ocorrero nas condies econmicas
e como podero influenciar na situao da empresa e que fatores novos tero que
contar nos prximos meses e muito menos nos prximos anos.ZDANOWICZ
(1989).
25 Na viso de Yoshttake e Hoji (1997), o fluxo de caixa geralmente
elaborado para o perodo de um exerccio social e dentro dele dividido em
semestre, trimestre ou ms, de acordo com a estimativa de cada empresa.
Sob a abordagem de longo prazo, prpria do planejamento estratgico,
algumas empresas projetam seus fluxos de caixa para um perodo que variam
de trs a cinco anos. Olhando para o lado operacional o fluxo de caixa de curto
prazo mais conhecido como previso de caixa ou projeo de fluxo de caixa
e pode ser preparado para um perodo que varia de um a trs meses. As
informaes podem ser apresentadas por dia para
os primeiros 15 dias ou 30 dias e por semana ou quinzena para o restante do
perodo.
Do ponto de vista de controle e feedback (realimentao das
informaes), o fluxo de caixa deve ser periodicamente atualizado. A projeo
do fluxo de caixa deve ser constantemente verificada e ajustada, com base no
fluxo de caixa real e nas variaes ocorridas anteriormente projetadas, com
objetivo de chegar ao mais prximo possvel da realidade. Esses
procedimentos so teis e necessrios para que o fluxo de caixa atinja sua
inteno, ou seja, de um instrumento eficaz no processo de gesto financeira.
Observa-se que para Zdanowicz (1989), a formulao de prazo
depende do tamanho, ramo e do nvel de atividade da empresa. Se atividades
com poucas mudanas a curto prazo, o fluxo pode ser: dirio, semestral e
mensal; atividades com volume de vendas estvel de longo prazo, o fluxo pode
ser: mensal, bimestral e semestral. Atividades variadas de prazos variveis, o
26 fluxo pode ser: no mnimo trs meses, semanal e dirio. J para
Yoshitake (1997), considera-se o perodo de um exerccio social, que
subdivide em semestre, trimestre e ms, de acordo com as estimativas da
empresa. Sua abordagem de longo prazo considerada como planejamento
estratgico que varia de trs a cinco anos. No curto prazo operacional, para
um perodo de um a trs meses, podendo ser apresentado por dia, semana,
quinzena ou restante do perodo.
Portanto conclui-se que as opinies so divergentes, dependendo
da gesto aplicada a cada empresa, levando-se em considerao suas
caractersticas e formulao de estratgia financeira no curto e longo prazo.
27
CAPITULO III
O FLUXO DE CAIXA APLICADO NA EMPRESA
3.1 Aspectos introdutrios da DFC A Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR)
um demonstrativo que detm um grande valor informativo e foi objeto de
grande elogio por vrios especialistas, entretanto com o passar do tempo,
alguns problemas surgiram, tais como: a) de difcil compreenso para os
usurios que no detm grande conhecimento na rea contbil, por ser o
capital circulante liquido um conceito que evidencia a diferena algbrica entre
ativos de natureza financeira, tal como caixa, com ativo de natureza tambm
financeira, entretanto oriundos de direitos referentes venda de bens e
servios, como duplicatas a receber, somados com ativos no financeiros
como estoque, deduzidos de valores de passivos circulantes (obrigaes em
curto prazo). b) carncia dos usurios das demonstraes financeiras terem a
possibilidade de analisar as diferenas entre o lucro lquido e as relaes entre
recebimento e pagamento. c) carncia dos usurios das demonstraes
financeiras poderem avaliar a performance da empresa de liquidar seus
passivos, pagar dividendos e a necessidade de financiamento. d) carncia
28 dos usurios das demonstraes financeiras terem a possibilidade de medir a
capacidade da empresa de gerar um saldo positivo no fluxo de caixa.
Para corresponder a essas carncias, de se ter uma demonstrao
com fluxos absolutamente financeiros e de fcil compreenso, o FASB 95
determinou a substituio da Demonstrao de Origens e Aplicao de
Recursos (DOAR) pela Demonstrao do Fluxo de
Caixa (DFC) entendendo que a demonstrao do fluxo financeiro da empresa
utilizado com as demais demonstraes possibilita ao usurio condies de
avaliar a capacidade de gerao de caixa futuro e de corresponder as suas
obrigaes. O demonstrativo de fluxo de caixa passou a ser pea
indispensvel nas demonstraes financeiras para todas empresas, exceto
aquelas sem fins lucrativos. Esto elencados nesta demonstrao os
recebimentos e pagamentos de caixa que so oriundos das atividades
operacionais, de investimento e de financiamento, os quais se apresentam de
modo a conciliar as variaes dos valores de caixa do comeo com o do final
do perodo. Guimares et al (1997).
Segundo Iudcibus e Marion (1999 ) no por muito tempo tm-se
observado um grande interesse dos usurios pelo conhecimento do fluxo de
caixa das organizaes. O interesse justifica-se pela maior facilidade no
entendimento das informaes que enfocam com clareza o caixa. Este fato,
aliado ao desconhecimento demonstrado por um numero grande de usurio no
entendimento das informaes baseadas no capital circulante liquido, levaram
muitos pases a substiturem as Demonstraes de Fluxos de CCL (
Demonstrao de origens e Aplicaes de Recursos) por outras que refletem
as movimentaes ocorridas no caixa das organizaes.
29 Na viso de Campos Filho (1999), decorridos 12 anos em que foi
aprovado o modelo pelo Comit de Padres de Contabilidade Financeira
(FASB), dos Estados Unidos, por quatro votos a trs, devemos reconhecer a
forma simples deste modelo, por permitir um fcil entendimento pelo usurio
da informao e ao mesmo tempo, a qualidade das informaes obtidas.
Na avaliao dos autores citados, observa-se que a DFC tem como
uma de suas finalidades a de disponibilizar informaes que possibilitem um
fcil entendimento pelo usurio da informao e ao mesmo
tempo, a qualidade das informaes citadas, focando com clareza o caixa.
Permite ainda ao usurio avaliar a capacidade de gerao de caixa futuro e
de corresponder as suas obrigaes.
3.2 Demonstrao do Fluxo de Caixa Segundo Critrios
Gerais do FASB
Depois de vrios anos de estudo, o Financial Accounting Standards
Board FASB (Comit de Normas de Contabilidade Financeira dos Estados
Unidos) Atravs da Statement Of Financial Accouting Standards SFAS
(Pronunciamento de Normas de Contabilidade Financeira) n 95, de novembro
de 1987, passou a exigir a apresentao da Demonstrao do Fluxo de Caixa,
em substituio Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos, com
base nas demonstraes financeiras encerradas aps o dia 15 de julho de
1988, pelas empresas com fins lucrativos. Este divide o demonstrativo em trs
grandes grupos, conforme elecam Yoshitake e Hoji (1997): Atividade
Operacionais, Atividades de Investimento e Atividades de Financiamento.
30 No Brasil, de acordo com Junior (2003 p. 43) a demonstrao de
fluxo de caixa pode ser divulgada como informao suplementar (parecer de
orientao CVM n 24/92 e NPC Ibracon n 20).
O anteprojeto de alterao da Lei n 6.404/76, prev a adoo da
Demonstrao do Fluxo de Caixa (DFC), de conformidade com as principais
prticas internacionais em substituio da Demonstrao de Origem e
Aplicaes de Recursos (DOAR). Internet (acesso 08/02/05 CVM)
Segundo Iudcibus et al (2000), o objetivo principal da DFC prover
informao de relevncia sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro,
de uma empresa, resultante de um determinado perodo. As informaes
disponibilizadas pela DFC, concomitantemente as demais demonstraes,
quando analisadas em conjunto, podem permitir que investidores, credores e
outros usurios avaliem: a) o volume de fluxos lquidos positivos de caixa que a
empresa ser capaz de gerar; b) a capacidade de a empresa pagar seus
compromissos, pagar dividendos e retornar emprstimos obtidos; c) a
capacidade de liquidez, solvncia e fluidez financeira da empresa; d) a taxa
obtida na converso de lucro em caixa; e) a capacidade operacional de outras
empresas, por eliminar os efeitos de certos tratamentos contbeis para
mesmas operaes e eventos; f) o grau de exatido das estimativas passadas
de fluxos futuros de caixa; g) as aes e efeitos, sobre a posio financeira da
empresa, das transaes de investimentos e de financiamentos etc.
Frezatti (1997, p. 38 ) comenta, sua viso est ligada necessidade
externa, ou seja, seu foco principal o acionista, que pode ou no dispor de
outras informaes para o processo de tomada de decises.
Para atender sua finalidade, o modelo de DFC adotado deve
atender aos seguintes requisitos: mostrar o efeito peridico das
transaes de caixa segregadas por atividades operacionais, atividades de
31 investimento e atividades de financiamento, nesta ordem; mostrar
separadamente, em Notas Explicativas que referencie na DFC, as operaes
de investimento e financiamento que afetam a posio patrimonial da
empresa, mas no causam impacto diretamente nos fluxos de caixa no
perodo; conciliar o lucro lquido como o caixa liquido gerado ou consumido
nas atividade operacionais. Para elaborao da Demonstrao de Fluxo de
Caixa, a definio de caixa passa a ter uma viso maior de forma que
contemple os investimentos qualificados como equivalentes-caixa. Isto ocorre
porque em qualquer gesto existe a possibilidade da empresa aplicar
tempestivamente as sobras provenientes de caixa em investimentos de curto
prazo, para evitar possveis perdas a que estariam
sujeitas se expostas em contas no remuneradas. Assim as disponibilidades
compreendem o caixa disponvel, ou seja, os recursos em moeda ou em conta
corrente e as aplicaes em investimentos de curto prazo ou seja
equivalentes-caixa.
Considera-se equivalentes-caixa investimentos de liquidez rpida,
conversveis em uma quantia de moeda e que apresentam risco pequeno de
modificao no valor. A definio apresentada adotada pelo Iasc. Ela se
identifica com a usada pelos norte-americanos. Consideramos que somente
os investimentos resgatveis em at trs meses em relao a sua aquisio
qualificam-se na definio de equivalentes-caixa. Tomamos como exemplo um
ttulo do governo federal com prazo e vencimento de trs meses, ou de trs
anos, mas comprado trs meses antes de sua maturidade, equivalente-
caixa. Entretanto, um ttulo do governo comprado h trs anos no se
transforma em equivalente-caixa quando estiverem faltando trs meses para
seu vencimento. Apesar do significado investimentos de curto prazo parea
bastante claro, persistem problemas de interpretao sobre quais
investimentos tem rpida liquidez e, portanto sejam considerados equivalente-
32 caixa. Os norte-americanos (Fasb) requerem a evidenciao, em Notas
Explicativas, dos critrios considerados pela empresa na definio de suas
aplicaes em equivalentes-caixa. O Iasc pede a descrio dos prprios
investimentos e no dos critrios em Notas Explicativas.
No Brasil, as aplicaes financeiras no mercado primrio em ttulos
de renda fixa, pblicos ou privados, por um prazo de at 90 dias contratados a
partir da data de aquisio do ttulo, se enquadrariam na qualificao de
equivalestes-caixa. Tais como, exemplo: caderneta de poupana, CDB/RDB
prefixados, ttulos pblicos de alta liquidez etc. importante lembrar que os
investimentos em equivalentes caixa no tem
funo especulativa, ou seja a obteno de lucros anormais com tais
aplicaes, mas apenas assegurar que estas sobras temporrias tero a sua
remunerao correspondente ao valor em moeda corrente no mercado.
IUDCIBUS et al (2000).
Na opinio de Yoshitake e Hoji (1997), para a elaborao da
Demonstrao de Fluxo de Caixa, precisam ser considerados, alm do caixa
(valores em moeda corrente ou depositados nos bancos), os itens
equivalentes-caixa . Estes so os investimentos altamente lquidos que :
a)pode ser imediatamente convertido em caixa;
b) tem prazo e vencimento de at trs meses aps a data da
demonstrao e que apresentam um pequeno risco de alterao em seu valor em
decorrncia da variao nas taxas de juros.
Observa-se que para Iudicibus e Marion (1999), a DFC permite uma
conciliao mais elaborada de planejamento financeiro de forma que evite
excesso de caixa e que se mantenha o montante necessrio para fazer face
aos compromissos assumidos. Propicia ainda saber qual a melhor poca para
33 se buscar um emprstimo para cobrir uma possvel insuficincia de fundos,
bem como quando aplicar no mercado financeiro o excesso de recurso. Por
meio do conhecimento do que aconteceu no passado, possvel ao
administrador fazer uma boa projeo do fluxo de caixa futuro. A comparao
entre o fluxo de caixa projetado com o real, mostra as variaes ocorridas, que
na maioria da vezes, indicam as deficincias nas projees. Essas variaes
so bons argumentos para o aperfeioamento de futuras projees do fluxo de
caixa.
As Demonstraes Contbeis, com exceo do Balano
Patrimonial, so tidas como dinmicas por apresentarem a movimentao dos
fluxos. A Demonstrao de Resultado do Exerccio e a Demonstrao
do Patrimnio Lquido refletem, fluxos econmicos que esto relacionados a
movimentao da riqueza. A Demonstrao do Fluxo de Caixa e a DOAR,
evidenciam-se com o fluxos financeiros, por delinear a circulao do
dinheiro ocorrido nas empresas. A diferena manifesta-se no enfoque que
dado nos relatrios. A Doar indica folga financeira de curto prazo(sobra
verificada de ativo circulante sobre passivo circulante, ou inverso. J a DFC
demonstra a origem e aplicao de todo o dinheiro que se movimentou em
determinado perodo de tempo e o resultado deste fluxo. O caixa, envolve as
contas Caixa (dinheiro) e Bancos, por este motivo, sugere-se que o titulo mais
adequado para esta demonstrao seria Demonstrao de fluxo disponvel.
A anlise paralela da DFC e da Demonstrao de resultado pode
elucidar situaes de contraste sobre como uma empresa pode ter um lucro
aprecivel e estar co um caixa baixo, no permitindo liquidar seus
compromissos, ou ainda, em algumas situaes, o porque de uma empresa
ter prejuzo em um perodo e apresentar um saldo de caixa aumentado.
34 importante citar a diferena que existe entre a DFC e o instrumento financeiro,
que utilizado no ambiente interno das organizaes que reflete as
movimentaes de caixa, previstas para acontecer em um perodo de tempo
estabelecido, O fluxo de caixa projetado. Este fluxo elaborado geralmente
por um perodo curto. Na literatura, alguns autores os tratam como Fluxo de
Caixa, o que cria para os que no detm amplo conhecimento contbil-
financeiro um certo tipo de confuso.
Na viso de Matarazzo (1998), a Demonstrao do Fluxo de Caixa
tem por objetivo mostrar: possibilidade de investimentos; apresentar-se como
instrumento de medio e controle ao longo de um perodo de decises
importantes tomadas na empresa, com reflexos financeiros; medir a situao
atual e futura do caixa na empresa, com a finalidade de evitar
situao de liquidez; dar conhecimento de que excessos temporrios de caixa
esto sendo devidamente aplicados. Para o autor, dependendo da utilidade
que se proponha obter, existem duas demonstraes do fluxo de caixa a
saber:
Demonstrao das Entradas e Sadas de caixa DESC
Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa DFLC
A demonstrao de Entradas e Sadas, tem por finalidade elucidar a
movimentao entre as entradas e sadas de caixa, possibilitando ao gestor
definir com antecedncia, se a empresa deve ou no tomar ou aplicar recursos.
A DESC , um instrumento de gesto, que no se deve abrir mo,
indispensvel. incabvel uma empresa operar sem ter a DESC atualizada
mensalmente. A DESC uma demonstrao elaborada para perodos curtos,
abrangendo os prximos 30 dias dia a dia, os prximos trs meses ms a
ms e os prximos anos ano a ano. A DESC passada apresenta-se como
35 instrumento a ser observado como objeto de comparao com a anteriormente
prevista e assim permitir o aperfeioamento da tcnica de elaborao da DESC
e melhor aproximao das previses. A DESC possibilita a anlise das causas
refletidas na posio do caixa da empresa, citando como exemplo: se h falta
de recursos, porque isto esta acontecendo? Pode se observar que existem
vrias causas.
Por isto o autor prope um modelo indito, a Demonstrao do
Fluxo Lquido de Caixa, que evidencia o efeito de cada item do caixa, bem como
da necessidade de capital de giro (decorrente do nvel de estocagem, prazos
concedidos aos clientes e recebidos de fornecedores), crescimento ou
diminuio de atividades, aplicao em investimentos ou diminuio de
imobilizado, captao ou pagamento de financiamento, aportes de capital ou
distribuio de dividendos etc... Sintetizando, enquanto a DESC o
instrumento de trabalho a DFLC o instrumento de anlise.
A Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa permiti extrair
importantes informaes sobre o comportamento financeiro da empresa no
exerccio. MATARAZZO ( 1998, p.371).
Ainda segundo Matarazzo (1998), a Demonstrao do Fluxo
Liquido de Caixa pode ser elaborada a partir das demonstraes financeiras
publicadas pelas Sociedade Annimas, construda de modo que possibilite uma
serie de relaes e avaliaes referentes a capacidade de pagamento da
empresa e a gesto financeira, sendo portanto til no ambiente interno e externo
da empresa. Apresenta-se nesta demonstrao, a capacidade financeira da
empresa de: autofinanciamento das operaes; grau de dependncia do
sistema bancrio de curto prazo; condies de produo de recursos para
36 manter e aumentar o nvel de investimentos; pagamento de dvidas bancrias de
curto e longo prazo. De acordo com o autor outras informaes podem ser
abstradas da DFLC, tais como:
O que causou mudanas na situao financeira da empresa?
Onde foi aplicado o lucro gerado pelas operaes?
Para onde foi destinado os novos emprstimos?
Como foi possvel a empresas distribuir dividendos depois de ter sofrido prejuzo
no exerccio?
Como a empresa mantm seus pagamentos em dia se os resultados vem sendo
negativo?
Como esta sendo financiado o crescimento da empresa?
Com que recurso a empresa pagou antecipadamente emprstimos de longo
prazo?
Onde foi aplicado as receitas de venda de imobilizado?
Os recursos produzidos pelas operaes foram suficientes?
Por que a empresa necessitou de emprstimos se seu lucro mais a depreciao
so maiores que aos investimentos em imobilizado?
A poltica de investimentos utilizada pela empresa apropriada?
A poltica de distribuio de dividendos concilivel com a gerao de
recursos?
37
Exemplo Simplificado da DFLC:
Tabela 1 - Balano Patrimonial Levantado em:
CIA LQUIDA
31.12.X5 31.12.X6
ATIVO
CIRCULANTE
Disponvel 100 220
Dupl. a Receber 1.800 2.030
Estoques 1.400 1.185
Soma 3.300 3.435
PERMANENTE
Imobilizado
Custo 2.800 3.145
Depreciao (600) (1.200)
38 SOMA 2.200 1.945
TOTAL DO ATIVO 5.500 5.380
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 1.100 1.400
Emprstimos bancrios 400 370
SOMA 1.500 1.770
EXIG. LONGO PRAZO
Financiamentos 500 660
PATRIMONIO LQUIDO
Capital 2.000 2.150
Lucros Acumulados 1.500 800
SOMA 3.500 2.950
TOTAL DO PASSIVO 5.500 5.380
Fonte: (MATARAZO, Dante C. 1998, p. 372).
Tabela 2 - Demonstrao do Resultado Para
o Exerccio Findo em 31-12-x5
VENDAS LQUIDAS 9.000
Custo das Mercadorias Vendidas (6.700)
Lucro Bruto 2.300
DESPESAS OPERACIONAIS
Administrativas 2.200
Depreciao do Exerccio 600
Prejuzo Operacional (500)
Prejuzo Lquido (500)
Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 373).
39
Tabela 3 - Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido
para o Exerccio Findo em 31-12-x6
CAPITAL LUCROS
ACUMULADOS
TOTAL
Saldo Inicial 2.000 1.500 3.500
Aumento de
Capital
150 - 150
Prejuzo - (500) (500)
Dividendos
Pagos
- (200) (200)
Saldo Final 2.150 800 2.950
Fonte: (MATARAZO, Dante C.1998, p.373).
Tabela 4 - Demonstrao das origens e Aplicaes de Recursos
para Exerccio Findo em 31-12-x6
ORIGENS
Das Operaes
Prejuzo do Exerccio (500)
Depreciao do Exerccio 600 100
Dos Acionistas
Aumento de Capital 150
De Terceiros
Financiamento de longo prazo 160
40 TOTAL DAS ORIGENS 410
APLICAES
Dividendos (200)
Aquisio de imobilizado (345)
Reduo do Capital Circulante Lquido (135)
Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 374)
Tabela 5 - Movimentao do Capital Circulante Lquido
INICIAL FINAL VARIAES
Ativo Circulante 3.300 3.345 145
Passivo Circulante (1.500) (1.170) (270)
Capital Circulante
Lquido
1.800 1.665 (135)
Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 374)
Neste exemplo apresentado uma empresa que apesar de ter em
sua demonstrao prejuzo, assim mesmo distribuiu dividendos com base nos
lucros acumulados anteriores. Alm disso, a empresa realizou
investimentos no Ativo Imobilizado e pagou dvidas de curto prazo. Mesmo
assim, o seu Caixa aumentou! Como foi possvel isto?
Tabela 6 - Demonstrao das Entradas e Sadas de Caixa
Para o Exerccio Findo em 21-12-x6
ENTRADAS(provenientes de)
Vendas 8.770
Aumento de Capital 150
41 Aumento de Financiamento de Longo Prazo 160
SOMA 9.080
SADAS(para pagamento de)
Custo de Mercadorias Vendidas(Fornecedores) 6.185
Despesas Administrativas 2.200
Emprstimos Bancrios 30
Dividendos 200
Aquisio de Imobilizado 345
SOMA 8.960
Aumento do Saldo de Caixa SOMA 120
+ Saldo Inicial de Caixa 100
= Saldo Final de Caixa 220
Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 375)
Segundo Matarazzo (1998), observando a Demonstrao de
Entrada e Sadas de Caixa, pode-se visualizar as fontes de caixa e seus usos,
todavia no se responde a questes j formuladas anteriormente. A resposta
pode ser apresentada na demonstrao seguinte que transforma o resultado
econmico (lucro ou prejuzo) em resultado financeiro (caixa).
Tabela 7 Transformao do Resultado Econmico em
Resultado Financeiro
PREJUIZO (500) 100
+ Depreciao 600
+ Aumento de Fornecedores 300
+ Reduo de Estoques 215 285
- Aumento de Dupl. a Receber (230) (30)
42 - Reduo de Emprstimo Bancrio
+ Aumento de Capital 150
- Aumento de imobilizado (345) (395)
- Dividendos (200) 160
+ Aumento Financiamento longo prazo 120
Aumento do Saldo de Caixa
Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 376).
Essa demonstrao da transformao do Resultado Econmico em
Resultado Financeiro nada mais do que a DFLC Demonstrao do Fluxo
Lquido de Caixa, precisando apenas de ser revestida de uma forma mais
explicativa nas quais so apresentados os itens: a) Gerao Bruta de Caixa; b)
Gerao Operacional de Caixa; c) Gerao Corrente de Caixa, onde:
3.2.1 Gerao Bruta de Caixa
O ajuste do lucro por despesa no desembolsveis sinaliza o
montante de caixa produzido pelas atividades econmicas, ou seja, pelas
atividades comerciais.
Figura 8 Gerao Bruta de Caixa
Prejuzo (500)
(+) Depreciao 600
Gerao Bruta de Caixa 100
Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 376).
3.2.2 Gerao Operacional de Caixa
43 A comparao das variaes dos itens de Ativo Circulante
Operacional e do Passivo Circulante Operacional refletem a variao da NCG
Necessidade de Capital de Giro. Somando a variao da NCG Gerao
Bruta de Caixa obtm-se a Gerao Operacional de Caixa, de forma que o
resultado apresentado o do caixa gerado pelas atividades comerciais,
somadas aos investimentos operacionais e fontes operacionais.
Tabela 9 Gerao Operacional de Caixa
INICIAL FINAL VARIAO
Fornecedores 1.100 1.400 300
(-) Dupl. a Receber 1.800 2.030 (230)
(-) Estoques 1.400 1.185 215
NCG 2.100 1.815 285
Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 376)
Tabela 10 Gerao Bruta de Caixa
Gerao Bruta de Caixa 100
+ Variao NCG 285
Gerao Operacional de Caixa 385
Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p.377)
3.2.3 Gerao Corrente de Caixa
Somando-se gerao operacional de caixa a variao dos
emprstimos bancrios de curto prazo, obtm-se a gerao corrente de caixa,
cujo o objeto o caixa gerado pelas atividades de curto prazo.
Tabela 11 Gerao Corrente de Caixa
44 INICIAL FINAL VARIAO
Emprstimo Bancrio 400 370 (30)
Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p.377)
Tabela 12 Gerao Operacional de Caixa
Gerao Operacional de Caixa 385
(-) Reduo de Emprstimo Bancrio 30
Gerao Corrente de Caixa 355
Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 377)
Aps as informaes anteriores, possvel a elaborao da DFLC
completa:
Tabela 13 Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa
CIA LQUIDA
RESULTADO DO EXERCCIO (500)
(-) Ajustes (despesas e receitas no caixa)
45 Depreciao 600 100
GERAO BRUTA DE CAIXA 100
Variao da NCG 300
Variao de Outros Passivos Operacionais 0
Variao de Clientes (230)
Variao Estoques 215 285
GERAO OPERACIONAL DE CAIXA 385
Variao de Emprstimos Bancrios de Curto
Prazo
(30)
GERAO CORRENTE DE CAIXA 355
Variao dos Itens Permanentes de Caixa
Aumento de Capital 150
Dividendos (200)
Acrscimo no imobilizado (345) (39
5)
Variao de Itens no Correntes
Aumento de Financiamento de Longo prazo 160 160
GERAO LQUIDA DE CAIXA 120
+ Saldo Inicial de Caixa 100
= Saldo Final de Caixa 220
Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 378)
Percebe-se, que na avaliao de Iudicibus et al (2000), a
Demonstrao do Fluxo de Caixa apresenta-se como ferramenta que tem por
objetivo oferecer ao usurio, informaes que evidencie a movimentao dos
pagamentos e recebimentos de uma empresa. Permite ainda quando analisada
46 em conjunto com outras demonstraes, visualizar : a capacidade de gerao
de caixa; a capacidade da empresa pagar seus compromissos; a capacidade
de liquidez e solvncia, dentre outras... observa-se que para sua elaborao, a
viso do caixa, torna-se ampliada para que de certa forma, contemple os
investimentos que so qualificados como equivalentes-caixa ou seja,
investimentos de rpida converso em moeda que apresente um pequeno risco
de alterao no valor, neste item convergindo tambm com a opinio dos
autores YOSHITAKE e HOJI (1997).
J para Iudicibus e Marion (1999), a Demonstrao do Fluxo de
Caixa permite ao gestor ter uma viso mais trabalhada de planejamento
financeiro de forma que observe a movimentao de recursos, evitando
excessos de caixa, mantendo o montante adequado de recursos para fazer face
aos compromissos assumidos, saber qual a melhor poca de buscar um
emprstimo e coibir uma possvel insuficincia de fundos, bem como a
aplicao no mercado financeiro dos possveis excessos. Objetiva-se tambm
como instrumento de comparao entre o fluxo de caixa projetado com o real, a
fim de ser evidenciado as variaes ocorridas no perodo, servindo estas como
argumento para a melhoria nas futuras projees.
Observa-se que para Matarazzo (1998), com relao a
Demonstrao do Fluxo de Caixa, concorda com os autores j citados no que se
refere ao objetivo ou seja: mostrar as possibilidades de investimentos;
apresentar-se como instrumento de medio e controle; medir a situao atual e
futura, com a finalidade de evitar situao de iliquidez; dar conhecimentos de
excessos. Porm, dependendo da utilidade, ele prope
duas demonstraes que so a DESC e DFLC. A Desc, elaborada como
instrumento de gesto interna, onde so registradas as entrada e sadas, para
um perodo curto, servindo tambm como instrumento de anlise das causas
refletidas na posio do caixa. Atravs da DFLC, ele prope um modelo que
47 considera indito onde procura evidenciar o efeito de cada item do caixa, dando
enfoque em determinar a necessidade de capital de giro, observando o nvel de
estocagem, prazos concedidos a clientes e recebidos de fornecedores,
crescimento ou diminuio de atividades, aplicao em investimentos ou
diminuio do imobilizado, etc... Sendo sua elaborao a partir das
Demonstraes Financeiras publicadas pelas Sociedades Annimas e
construda de modo que permita uma serie de avaliao referentes a
capacidade financeira e gesto da empresa, com a finalidade de atender ao
ambiente interno e externo.
3.3 Classificao das atividades segundo FASB
3.3.1 Atividades Operacionais
Engloba todas a atividades relacionadas com a produo, entrega
de bens e servios bem como outros que no se identificam com as atividades
de investimentos e financiamentos, normalmente relaciona-se com as
transaes que so apresentadas atravs da DRE. Entradas: a) recebimentos
pela venda de mercadorias e servios a vista, ou das duplicatas correspondente
as vendas a prazo. Incluem os recebimentos de duplicatas emitidas das vendas
a prazo de curto e longo em bancos;b ) recebimento de juros sobre as
aplicaes financeiras e pelos emprstimos concedidos; c)dividendos
recebidos pela participao no patrimnio de outras sociedades; d)outro
recebimento no enquadrado nas transaes definidas como
atividades de investimento ou financiamento, tais como: indenizaes por
sinistro, com exceo daquelas diretamente relacionadas com as atividades de
investimento ou financiamento, como o sinistro em uma edificao, por exemplo;
o reembolso de fornecedores.Sadas: a) pagamentos a fornecedores referentes
48 ao fornecimento de matria-prima para a produo ou de bens para revenda.
Nas compras a prazo, o pagamento do principal dos ttulos de curto ou longo
prazos referente a compra; b) pagamentos de servios prestados por terceiros
e aos fornecedores de insumos utilizados na produo; c) pagamento dos
impostos, multas, alfndega, taxas e outros tributos aos governos, federal,
estadual e municipal; d) pagamentos de juros nas operaes de financiamentos
obtidos.
3.3.2 Atividades de Investimentos
Esta atividade normalmente mantm vinculo com aumento e
diminuio com os ativos de longo prazo destinados a produo de bens e
servios. Incluem-se a concesso e recebimento de emprstimos, a aquisio
e venda de instrumentos financeiros e patrimoniais de outras empresas e a
compra e venda de imobilizado.Entradas:a) recebimento de valores referentes
ao principal dos emprstimos concedidos e ou venda desses ativos a outras
organizaes, com exceo de ativos financeiros classificados como
equivalentes-caixa; b) recebimento pela negociao de ttulos de investimento
em outras organizaes; c) recebimento pela negociao de participaes em
outras organizaes; d) recebimento de investimento pela participao de
organizaes investidas em outras; e) recebimento pela venda de imobilizado
e ativos fixos que so explorados na produo.Sadas: a) desembolso de
emprstimo concedido e pagamento pela compra de ttulos de investimentos
de outras empresas; b) pagamento pela compra de ttulos patrimoniais de
outras empresas;c) pagamento no ato
da compra ou em ocasio prxima a data de vencimento , de terrenos,
edificaes ou outros ativos fixos, explorados pela produo.
49 3.3.3 Atividades de Financiamento
Referem-se aos emprstimos que credores e investidores fazem a
organizao. Compreende a obteno de recursos feitos pelos proprietrios
do negocio bem como o pagamento a estes de retorno sobre seus
investimentos ou do prprio retorno do investimento; abrange tambm a
captao de emprstimo junto a financiadores e a amortizao ou liquidao
destes; e a obteno e pagamento de recursos de longo prazo. Entrada: a)
alienao de aes emitidas; b) emprstimos captados no mercado, via
emisso de letras hipotecarias, notas promissrias, ttulos da divida ou outros
instrumentos, de curto ou longo prazo; c) recebimento de doaes de carter
definitivo ou temporrio, que por ordem dos doadores, tem a finalidade estrita
de adquirir, construir ou expandir a planta instalada, a includos os
equipamentos ou outros ativos de longa durao utilizados na produo.
Sadas: a) pagamento de dividendos ou outras distribuies aos proprietrios,
inclusive o resgate de aes da prpria empresa; b) pagamento dos
emprstimos captados no mercado, com exceo dos juros; c) pagamento do
principal contratado para aquisio de imobilizado adquirido a prazo.
Iudicibus(1999).
J Falcini (1995) classifica os Fluxos de Caixa segundo FASB da
seguinte forma:
Atividade de Investimento
Fundos de caixa despendidos para: 1) compra de ativos
imobilizados(inclusive juros e despesas capitalizados); 2) compras de novos
negcios e empresas; 3) compra de debntures e investimentos financeiros de
longo prazo(no relaciona aplicaes de caixa); 4) compra de aes de outras
empresas, inclusive investimentos avaliados pelo mtodo de equivalncia
50 patrimonial; 5) emprstimos concedidos a outras entidades; 6) aquisio por
transferncia de debntures de outras entidades; Fundos de caixa recebidos
de: 7) alienao de ativos imobilizados; 8) alienao de parte dos negcios
como uma subsidiaria ou diviso; 9) recebimento do principal relativo a
emprstimos feitos a outras entidades; 10) alienao, por transferncia, de
debntures de outras entidades; 11) alienao de debntures ou aes de
outras entidades( no inclui aplicaes de caixa).
Atividades de Financiamento
Fundos de caixa despendidos para: a) rendimento pago
aos proprietrios na forma de dividendos ou outras distribuies; b)
pagamento de recursos tomados por emprstimos, bem como emprstimos
de curto e longo prazo, alm das obrigaes de leasing de capital e resgate
de debntures; c) recompra de aes prprias e outros ttulos de emisso
prpria relativos ao patrimnio liquido. Fundos de caixa recebidos de : d)
aes emitidas; e) debntures subscritas, hipotecas e emprstimos de curto e
longo prazo.
Atividade Operacional
Fundos de caixa recebidos de : I) alienao de produtos ou
servios; II) rendimentos recebidos sobre os emprstimos feitos a
terceiros(juros) e sobre investimentos em aes(dividendos), incluindo os
dividendos recebidos daqueles investimentos avaliados atravs do mtodo
51 de equivalncia patrimonial: III) todas e quaisquer negociaes no definidas
como atividades de investimento ou financiamento, incluindo o recebimento de
valores oriundos de decises judiciais ou legais, valores de
indenizaes de seguros no relacionados diretamente as atividades de
investimento ou financiamento e devoluo de pagamento ou adiantamento
feitos a fornecedores, por exemplo. Fundos de caixa pagos referentes a : IV)
compra de materiais para produo ou para revenda; V) salrios e encargos
sociais dos funcionrios contratados; VI) juros adicionados aos emprstimos;
VII) impostos, multas e outras despesas obrigadas por Lei; VIII) materiais e
servios despendidos na produo; IX) todas e quaisquer transao no
definida como atividade de investimento ou financiamento, inclusive os
pagamentos referentes a aes judiciais, doaes e devoluo de pagamento
a clientes, por exemplo.
Percebe-se, que as opinies dos autores citados, convergem para
um mesmo objetivo, ou seja, elucidar quais sejam os componentes que
figuram nas atividades operacionais, de investimentos e de financiamento.
52
CAPITULO IV
MTODOS DE APRESENTAO DA DEMONSTRAO DOS FLUXOS DE CAIXA
4.1 Mtodo Direto Segundo Iudcibus et al (2000), o mtodo direto consiste em
demonstrar os recebimentos e pagamentos pelo valor bruto dos principais
elementos contidos nas atividades operacionais, tais como o recebimento de
vendas de produtos e servios e os pagamentos a fornecedores e
empregados.
Para Yoshitake e Hoji (1997), a demonstrao do fluxo de caixa
elaborada pelo mtodo direto apresenta efetivamente as movimentaes de
recursos realizadas no perodo. Os principais valores podem ser apurados por
meio de anlise das contas patrimoniais e de resultados.As informaes que
necessitam ser mais detalhadas devem ser buscadas nos controles internos e/
ou na Contabilidade Financeira.
De acordo com Falcini (1995), os defensores do mtodo direto
consideram ser este mtodo o mais adequado com os fluxos de caixa
referentes aos financiamentos e investimentos, pois estes demonstram de
forma clara os recebimentos e pagamentos originrios dessas atividades, os
quais so benficos para o processo de deciso na concesso de credito e
como referencial para medir a capacidade da empresa em honrar o servio
das suas dividas.
Para Iudcibus e Marion(1999 p. 223), pode-se dessa forma,
verificar que esse modelo possui um poder informativo bastante superior ao
53
mtodo indireto, sendo melhor tanto aos usurios externos quanto ao
planejamento financeiro do empreendimento.
Apresenta-se a seguir o modelo(adptado) - Mtodo Direto Tabela 14 Demonstrao do Fluxo de Caixa obtido pelo Mtodo Direto INGRESSOS DE RECURSOS Recebimento de clientes XX Pagamento a Fornecedores (XX) Despesas administrativas e comerciais (XX) Despesas Financeiras (XX) Impostos (XX) Mo-de-obra direta (XX) ( - ) Ingressos de recursos provenientes das operaes
XX
Recebimentos por vendas do imobilizado XX ( - ) Total dos ingressos dos recursos financeiros XX DESTINAO DOS RECURSOS Aquisio de bens do imobilizado XX Pagamentos de emprstimo bancrios XX ( = ) Total das destinaes de recursos financeiros XX Variao liquida de Disponibilidades XX ( + ) Saldo inicial XX ( = ) Saldo final de Disponibilidade XX
Fonte: (YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakasu 1997, p.153). Diante do exposto, percebe-se que as opinies dos autores citados
convergem no sentido de que no mtodo direto, a forma de apresentao
facilita o entendimento do usurio, possibilitando avaliar o grau de solvncia
da empresa, pois atravs dele e possvel visualizar como se originaram os
recursos e para onde foram destinados.
54 4.2 Mtodo Direto: Vantagens X Desvantagens Vantagens a) O custo incremental desse mtodo pequeno, uma vez que no
h necessidades de desenvolver um sistema contbil somente para o caixa, a
parte, pois as empresas podem apartar valores do mtodo direto atravs de
ajustes nos itens da demonstrao de resultados e os itens relacionados no
balano patrimonial. FALCINI (1995).
b) Permitir gerar as informaes com base em critrios tcnicos,
eliminando, assim, qualquer interferncia da legislao fiscal. CAMPOS
FILHO (1999, p.30).
c) Possibilita que a cultura de administrar pelo caixa seja
introduzida mais rapidamente nas empresas. CAMPOS FILHO (1999, p. 48).
Desvantagens
a) Exige um maior esforo na sua elaborao, uma vez que deve
ser feito todo um trabalho de segregao das movimentaes financeiras,
necessidades de controles especficos para esse fim. IUDCIBUS e MARION
(1999, p. 223)
b) O custo adicional para classificar os recebimentos e
pagamentos. CAMPOS FILHO (1999 p. 48)
c) A falta de experincia dos profissionais das reas contbil e
financeira em usar partidas dobradas para classificar os recebimentos e
pagamentos. CAMPOS FILHO ( 1999 p. 48).
55 4.3 Mtodo Indireto Segundo Campos (1999), as empresas que decidirem no mostrar
os recebimentos e pagamentos operacionais devero relatar a mesma
importncia do fluxo de caixa das atividades como base o lucro liquido para
reconcilia-lo ao fluxo de caixa liquido (mtodo indireto ou de reconciliao),
eliminando os efeitos: a) de todos os diferimentos de recebimentos e
pagamentos operacionais passados e todas as provises de recebimentos
operacionais futuros; b) de todos os itens que so includos no lucro liquido que
no afetam recebimento e pagamentos operacionais.
A seguir, apresenta-se o modelo(adptado) Mtodo Indireto Tabela 15 Demonstrao do Fluxo de Caixa Obtido pelo Mtodo Indireto ORIGENS Lucro lquido do exerccio XX Mais: Depreciao XX Aumento em imposto de renda a pagar XX Aumento em fornecedores XX Menos: Aumento em clientes (XX) ( = ) Caixa gerado pelas operaes XX Vendas do imobilizado XX ( = ) Total dos ingressos de disponibilidade XX APLICAES Pagamentos de emprstimos bancrios XX Aquisio de imobilizado XX ( = ) Total das aplicaes de disponibilidades XX Variao liquida das disponibilidades XX ( + ) Saldo inicial XX ( = ) Saldo final das disponibilidades XX
Fonte: (YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakasu 1997, p.153).
56 Observa-se que o modelo apresentado possui um grau acentuado
de semelhana com a demonstrao de origens e aplicao de recursos
(DOAR), tornando-se um mtodo atrativo para aqueles que esto habituados a
sua montagem.
4.4 Mtodo Indireto: Vantagens X Desvantagens Vantagens a) Promove uma ligao importante entre o demonstrativo do fluxo
de caixa com a demonstrao de resultados e balano patrimonial.Falcini
(1995)
b) Os usurios dos demonstrativos financeiros parecem mais
identificados com este mtodo. Falcini (1995)
c) Apresenta um menor custo de execuo para empresas.
Falcini (1995)
Desvantagens a) O tempo necessrio para produzir informaes pelo regime
de competncia e s depois transforma-las para o regime de caixa. Se isto
acontece uma vez por ano, por exemplo, poder ocorrer surpresas
desagradveis. Campos (1999).
b) Se h interferncia da legislao fiscal na contabilidade
oficial, e geralmente h, o mtodo indireto ir eliminar somente parte dessas
distores. Campos ( 1999, 48).
57 4.5 Mtodos e Formas de Apresentao Segundo Critrios do FASB 4.5.1 Mtodos Direto e Indireto Segundo o CRCSP (1997), o fluxo de caixa referente as transaes
originadas de atividades operacionais poder ser apresentado pelo mtodo
direto e indireto. O FAS 95 incentiva, mas no exige a utilizao do mtodo
direto. Com relao as transaes originarias das atividades de investimentos
ou financiamento, no existe diferena na divulgao do fluxo de caixa. A
apresentao do demonstrativo do fluxo de caixa pelo mtodo direto deve
demonstrar o montante bruto dos componentes principais dos recebimentos e
pagamentos de caixa, oriundos de atividades operacionais, tais como:
cobrana de clientes, alugueis, licenas e outros recebimentos similares por
caixa; Juros e dividendos recebidos; quaisquer outros recebimentos por caixa;
pagamentos por caixa de folha de empregados e fornecedores, incluindo os
servios como seguro, propaganda e outros; indistintamente, quaisquer outros
pagamentos por caixa, incluindo juros pagos, imposto de renda e outros
pagamentos similares de caixa.
A empresa poder escolher por determinar indiretamente os valores
que compe o fluxo de caixa liquido de suas atividades operacionais pela
conciliao do lucro liquido com o fluxo de caixa liquido advindo das
atividades operacionais, incorporando desta forma o mtodo indireto ou da
conciliao. Para isto, faz-se necessrio realizar alguns ajustes para conciliar
o lucro liquido com o fluxo de caixa liquido, com a finalidade de eliminar o lucro
liquido; o efeito de todos os valores definidos em funo de operaes de
recebimentos e pagamentos por caixa no perodo, como receita diferida,
semelhantes e todas as provises de expectativas futuras das operaes de
recebimento e pagamento de caixa, as quais variam no perodo, bem como de
todos os itens classificados no fluxo de caixa como investimento ou
financiamento tais como: depreciao, ganhos e perdas no
58
imobilizado e ou operaes descontinuadas e ou ganho e perdas em
emprstimos baixados.
Independentemente da empresa fazer sua opo por um dos
mtodos para demonstrar seu fluxo de caixa liquido decorrente de suas
atividades operacionais, o FAS 95 requer a conciliao do lucro liquido com o
fluxo de caixa liquido. Esta conciliao oferece informaes sobre o efeito
liquido das transaes operacionais e de outros eventos que afetam o lucro
liquido e o fluxo de caixa lquido das atividades operacionais em diferentes
perodos. Se a empresa optar pelo mtodo direto a conciliao dever ser
apresentada em demonstrativo anexo a demonstrao do fluxo de caixa. Se a
opo for pelo mtodo indireto, a conciliao pode se includa como parte da
demonstrao do fluxo de caixa. As demais informaes no alcanadas pela
demonstrao, devem ser evidenciadas em notas explicativas.
59 Segue abaixo, modelo dos Mtodos Diretos e Indiretos, adaptados
baseado no FASB-95.
Tabela 16 Demonstrao do Fluxo de Caixa Mtodo Direto FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (+ ) Recebimento de clientes XX (+ ) Dividendos recebidos XX (+ ) Juros recebidos XX (+ ) Pagamentos a fornecedores (XX) ( - ) Pagamento de salrios e encargos (XX) ( - ) Imposto de renda Pago (XX) ( - ) Juros pagos (XX) (+/-) Outros recebimentos ou pagamentos XX ( = ) CAIXA LIQUIDOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS XX FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (+ ) Alienao de imobilizado XX (+ ) Alienao de investimentos XX ( - ) Aquisio de imobilizado (XX) ( - ) Aquisio de investimentos (XX) ( = ) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS XX FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (+ ) Emprstimo de capital de giro lquido (curto prazo) XX (+ ) Emprstimos captados XX (+ ) Aumento de capital social XX ( - ) Pagamento de leasing (principal) (XX) ( - ) Dividendos pagos (XX) ( - ) Pagamento de emprstimos (principal) (XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIMANETOS XX (=) AUMENTO OU DIMINUIO LQUIDA DE CAIXA EQUIV.CAIXA
XX/(XX)
( + ) Saldo de caixa e equivalentes de caixa - inicial XX ( = ) SALDO DE CAIXA E EQUIV. DE CAIXA FINAL XX
CRCSP (1997, p. 114-115)
60 Tabela 17 Conciliao do Resultado Lquido com o Caixa Lquido das Atividades Operacionais Resultado Lquido (+/-) Ajuste que no representam entrada e sada de caixa XX/(XX) (+) Depreciao e amortizao XX (+) Proviso para devedores duvidosos XX (+/-) Resultado na venda de imobilizado XX/(XX) (+/-) Resultado de equivalncia patrimonial XX (+/-) Aumento ou diminuio do contas a receber XX/(XX) (+) Aumento Ou diminuio de estoques XX/(XX) (+) Aumento Ou diminuio de despesas antecipadas XX/(XX) (+/-)Aumento Ou diminuio de passivos XX/(XX) (+/-)Aumento ou diminuio de outros ajustes XX/(XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS XX
Figura 1 Modelo das Explicativas Mtodo Direto NOTAS EXPLICATIVAS Equivalentes de caixa: R$ taxa de juros vencimento Aplicao em letras financeiras do tesouro xxx x% a.m. xx xx xx Aplicao em fundos de investimento xxx x% a.m xx xx xx Total dos equivalentes de caixa xxx CRCSP (1997, p. 115)
61 Tabela 18 Demonstrao do Fluxo de caixa Mtodo Indireto Atividades Operacionais XX Resultado Lquido XX (+) Depreciao e amortizao XX (+) Proviso para devedores duvidosos XX (+) Resultado na venda de imobilizado XX (+/-) Resultado de equivalncia patrimonial XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de contas a receber XX/(XX) (+/-) Aumento em dinheiro de conta a receber XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de estoques XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de despesas antecipadas XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de passivos XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de outros ajustes XX/(XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS XX Atividades de investimentos (+) Alienao de imobilizado XX (+) Alienao de investimentos XX (-) Aquisio de imobilizado (XX) (-) Aquisio de investimentos (XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO XX Atividades de Financiamentos (+) Emprstimo de capital de giro lquido(curto prazo) XX (+) Emprstimo captados XX (+) Aumento do capital social XX (-) Pagamento de leasing (principal) (XX) (-) Dividendo pagos (XX) (-) Pagamento de emprstimo (principal) (XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO XX (=) AUMENTO OU DIMINUIO LQUIDA DE CAIXA E EQUIV. CAIXA
XX
Fonte: CRCSP (1997, p. 115)
62 Figura 2 Modelo das Explicativas Mtodo Indireto NOTAS EXPLICATIVAS Equivalentes de caixa: R$ taxa de juros vencimento Aplicao em letras financeiras do tesouro xxx x% a.m. xx xx xx Aplicao em fundos de investimento xxx x% a.m xx xx xx Total dos equivalentes de caixa xxx Fonte: CRCSP (1997, p. 115)
63
CONCLUSO
Buscou-se neste trabalho apresentar-se ferramentas que evidencie
um dos ativos mais importantes da empresa, o Disponvel, que corresponde os
recursos em os em moeda, conta corrente e aplicaes de curto prazo, que
permitem a manuteno das atividades dirias das empresas.
Neste sentido, apresenta-se este importante instrumento, o fluxo de
caixa, que em conjunto com as demais demonstraes financeiras, facilita o
processo decisrio.
Entretanto observa-se que no meio acadmico, verifica-se pouco
interesse pelo estudo do fluxo de caixa como ferramenta de liquidez.
Percebe-se um maior interesse dos estudiosos em apresentar o
fluxo de caixa, com enfoque contbil, a Demonstrao do Fluxo de Caixa, que
tem carater informativo, servindo de ponto de apoio para os analistas, com a
finalidade de atendimento ao publico externo.
O Fluxo de caixa apresenta-se como instrumento de gesto interna
de estrutura dinmica, que oferece grande eficincia no planejamento e
controle financeiro, que tem por finalidade a demonstrao dos recebimentos
e pagamentos contidos nas atividades operacionais, sendo um instrumento
essencial para gesto do caixa.
Foram apresentados vrios formatos de apresentao,
destacando-se dois mtodos, o direto e indireto. Podendo a empresa fazer a
opo pelo mtodo que melhor lhe convier. importante resaltar que o fluxo de
caixa, apresenta limitaes em oferecer informao referente ao lucro, uma
vez que elaborado com base no regime de caixa e no pelo regime de
competncia. Entretanto o fluxo de caixa um instrumento que os gestores e
64 analistas de mercado tem ao seu dispor, para tomar decises com mais
segurana.
REFERNCIAS
Conselho Regional de Contabilidade de So Paulo. Contabilidade no contexto
Internacional. So Paulo: Atlas, 1997
FALCINI, Primo. Avaliao Econmica de Empresas. So Paulo: Atlas, 1995.
FREZATTI, Fabio. Gesto do Fluxo de Caixa Dirio. 1a.ed. So Paulo: Atlas
1997.
FILHO, Campos Ademar. Demonstrao dos Fluxos de Caixa: Uma
Ferramenta Indispensvel para Administrar sua Empresa. 1a ed. So Paulo:
Atlas, 1999.
GITMAN, Lawrence J. Princpios de Administrao Financeira. 3a ed. So
Paulo: Habra, 1987.
IUDCIBUS, Sergio de; MARION, Jos Carlos. Introduo a Teoria da
Contabilidade. 2a ed. So Paulo: Atlas, 1999.
IUDCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual
de Contabilidade das Sociedades por Aes - FIPECAFI. 5a ed. So Paulo:
Atlas, 2000.
JUNIOR, Jos Hernandez Perez. Converso das Demonstraes Contbeis
para Moeda Estrangeira. 5a. ed. So Paulo: Atlas, 2002.
65
MATARAZZO, Dante Carmine. Anlise Financeira de Balanos: Abordagem
Bsica e Gerencial. 5a. ed. So Paulo: Atlas, 1998.
YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakazu. Gesto de Tesouraria: Controle e
Anlise de Transaes Financeiras. So Paulo: Atlas, 1997.
NETO, Alexandre Assaf; SILVA, Csar Augusto Tibrcio. Administrao do
Capital de Giro. 2a. ed. So Paulo: Atlas, 1997.
ZDANOWICZ, Jos Eduardo. Fluxo de Caixa: Uma Deciso de Planejamento
e Controle Financeiro. 3a. ed. Porto Alegre: D.C. Luzzatto, 1989.
www.cvm.gov.br. Anteprojeto de Reforma da Lei n 6.404/76. 8-2, 2005.
66
NDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMRIO 7
NDICE DE TABELAS 8
NDICE DE FIGURAS
10
NDICE DE ABREVIATURAS 11
INTRODUO
12
CAPTULO I
13
O fluxo de caixa como ferramenta de gesto e liquidez 13
1.1 Conceito
13
CAPITULO II
16
O fluxo de caixa como ferramenta de planejamento
16
2.1 Planejamento como mecanismo de processo decisrio
16
2.2 A importncia do planejamento
18
2.3 Prazo de planejamento para o fluxo de caixa
20
67 CAPITULO III
25
O fluxo de caixa aplicado na Empresa
25
3.1 Aspectos introdutrios da DFC
25
3.2 Demonstrao do fluxo de caixa segundo critrios gerais do FASB
27
3.2.1 Gerao Bruta de Caixa
39
3.2.2 Gerao Operacional de caixa
40
3.2.3 Gerao corrente de caixa
41
3.3 Classificao das atividades segundo FASB
44
3.3.1 Atividades operacionais
44
3.3.2 Atividades de investimentos
45
3.3.3 Atividades de Financiamento
46
CAPITULO IV
Mtodos de apresentao da demonstrao dos fluxos de caixa 49
4.1 Mtodo direto
49
4.2 Mtodo direto: vantagens x desvantagens
51
68 4.3 Mtodo indireto 52
4.4 Mtodo indireto: vantagens x desvantagens
53
4.5 Mtodos e formas de apresentao segundo critrios do FASB
54
4.5.1 Mtodos direto e indireto
54
CONCLUSO
60
REFERNCIAS
61
NDICE
63
FOLHA DE AVALIAO
65
69
FOLHA DE AVALIAO
Nome da Instituio: Universidade Candido Mendes
Ttulo da Monografia: A Importncia do Fluxo de Caixa como
Instrumento de Gesto Financeira.
Autor: Josias Leonardo Dias
Data da entrega: 06 de maio de 2005.
Avaliado por: Ana Cristina Guimares
Conceito: