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BAI BAI .431 .431 :Gerência de Projeto :Gerência de Projeto 1.0a Gestão do Design em pequenos Gestão do Design em pequenos negócios negócios Gestão de Design na Empresa Gestão de Design na Empresa Gestão & Métodos em Design Prof. DSc.Eng. Designer Industrial Valdir Soares

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BAIBAI.431.431:Gerência de Projeto:Gerência de Projeto

1.0a Gestão do Design em pequenos Gestão do Design em pequenos negóciosnegóciosGestão de Design na EmpresaGestão de Design na Empresa

Gestão& Métodos

em Design

Prof. DSc.Eng.

Designer IndustrialValdir Soares

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7° Congresso de Pesquisa & Desenvolvimento em Design

Gestão de design para pequenos negóciosEstudo de caso do setor hoteleiro da cidade de Florianópolis

Design Management for small businessCase: hotel business in the city of Florianópolis

DENTICE, Luana A.; Graduada; Univ. do Estado de Santa [email protected], Gabriela B; Mestre; Universidade do Estado de Santa [email protected]

Resumo

Este trabalho busca fornecer informações capazes de fomentar o uso da gestão de design em projetos voltados para as micro e pequenas empresas do setor hoteleiro da cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, identificando o espaço para atuação de design, em especial, do designer gráfico. Desta forma, a pesquisa realizada comprova a possibilidade de inserção desta atividade a este ramo e ressalta suas possíveis contribuições para a construção e divulgação das imagens empresarias e o fortalecimento de suas identidades corporativas.

Palavras Chave: gestão de design, micro e pequena empresa, hotelaria.

Abstract

This work proposes to bring information and to stimulate the practice of design management for micro and small companies in hotel business. This study occure in the city of Florianópolis, Santa Catarina - Brazil, and identify the space for designers actions, specially for graphic designers. The research comproves the possibilities for designers working in this sector and brings some contributions for the construction and comunication for company image to fortify your branding.

Keywords: Design management, micro and small companies, hotel business.

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Introdução

A competitividade nos negócios, devido à grande oferta de produtos e/ou serviços e a exigência cada vez maior dos consumidores, faz com que as empresas adotem estratégias, planejamentos e direcionamentos diferenciados e atraentes para conquistarem seu espaço no mercado.

Em especial, é perceptível que os segmentos de micro e pequenas empresas já existentes, ou em fase de implementação, encontrem maiores dificuldades de participarem do mercado, em geral pela falta de tradição, capital de giro, posicionamento estratégico de produto e de uma comunicação corretamente formatada com seu público-alvo. Parte destes fatores pode ser solucionada com a intervenção do design, através de projetos que possibilitem um melhor direcionamento das aptidões e objetivos das empresas, promovendo uma comunicação mais adequada com o mercado de forma a obter vantagens competitivas.

O designer é um profissional que pode oferecer soluções gráficas e de produtos condizentes com a vocação da empresa e os seus objetivos comunicacionais. Contudo, observa-se que é necessária uma explanação adequada das possíveis contribuições que esta profissão pode realizar, facilitando assim a sua adoção neste contexto. A Gestão de Design deve ser reconhecida como uma ferramenta que aponte caminhos a serem adotados, caracterizando melhor a identidade da empresa, fortalecendo sua imagem, auxiliando em sua introdução e permanência positiva no mercado.

O setor hoteleiro de Florianópolis possui um campo favorável de desenvolvimento de projetos de design e de gestão de design, visto que micro e pequenas empresas deste segmento precisam se destacar, atrair os turistas, e prestar serviços de qualidade, podendo utilizar o design como parte de sua estratégia competitiva.

Contextualização atual – design e as empresas

A globalização da sociedade, com a agilidade dos meios de comunicação e a evolução dos processos tecnológicos e industriais, proporcionou o acesso facilitado às informações e aos produtos, onde o

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consumidor tem papel determinante na aceitação e tempo de duração deste no mercado. Entende-se por produto neste caso, não somente ao produto físico, mas também aos serviços oferecidos pelas empresas.

Segundo Santos (2000), “quando uma organização resolve investir no desenvolvimento de seus produtos – e na sua própria gestão – dentro de uma filosofia de gestão estratégica de design, significa que muitos conceitos anteriores deverão ser mudados e que fatores políticos e culturais internos à empresa deverão ser revistos. Assim, o design será o macroprocesso mais importante dentro da organização e a forma como ele será gerido se transformará no mais importante fator crítico de sucesso para a empresa e seus produtos, colocando-o acima de objetivos pessoais todas as áreas envolvidas concentrarão esforços para disponibilizar, para o mercado, um produto que irá atender plenamente aos requisitos, necessidades e expectativas de seus clientes”.

Entretanto, esta mudança de comportamento das empresas não é um processo muito fácil, precisando ser bem planejado para então entrar em vigor. De acordo com Minuzzi (2003), no Brasil, a formação do designer como gestor, atuando em uma atividade estratégica, ainda é insipiente e do conhecimento de uma pequena parcela da população. Este fato pode ser justificado pela falta de cultura da sociedade sobre o assunto, o pouco tempo de existência da atividade profissional formalizada no país (cerca de 40 anos) e o despreparo na formação dos designers como gestores pelas instituições de ensino.

É ainda relevante destacar que as empresas possuem formatações e condutas gerenciais particulares, onde cada ação e tomada de decisão feita pelos integrantes das equipes de projeto, no caso específico, também do designer, devem considerar as características da empresa em questão. Devido a estas flexibilidades empresariais, não há modelos fechados de aplicação do design para as empresas ou de sua gestão, sendo discutido apenas caminhos a serem adotados e sugestões de procedimentos da atividade para o meio empresarial.

Gestão de design e Micro e Pequenas Empresas de Hotelaria de Florianópolis

Pode-se considerar que existem diferentes níveis possíveis de descrever a Gestão de Design. Segundo o Centro Português de Design (1997), há a gestão operacional de design ligada à concepção do projeto, onde se podem distinguir duas atividades de gestão de design: uma no que diz respeito ao projeto em si e a outra relativa à própria função do designer industrial e gráfico. Considera-se também o nível de gestão de design denominado de “estratégico” ou empresarial, relacionado aos aspectos operacionais da empresa, onde se pressupõe que a administração tenha

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no design todo suporte necessário para o desenvolvimento de projetos, que aceite e exija a sua participação neste processo. Para Gimeno (2000) a gestão do design é como um conjunto de técnicas de gestão empresarial dirigidas a maximizar, ao menor custo possível, a competitividade que a empresa tem por incorporar e utilizar o design como instrumento de sua estratégia empresarial. Compreende-se desta forma que a Gestão do Design significa a organização e coordenação das possíveis atividades de design dentro de uma empresa, baseando-se em suas características e metas.

Quanto a possível execução de um gerenciamento de design para micro e pequenos negócios, pode-se considerar o pensamento de Gui Bonsiepe (1997), o qual descreve que as pequenas empresas “em geral não possuem capital para investir em pesquisa básica. Elas podem, entretanto aplicar mais agilmente os conhecimentos adquiridos. Seu porte pequeno pode resultar numa vantagem, pois eles reagiriam mais rápida e eficientemente”. Portanto, a forma de gerenciamento do design depende do tamanho da empresa, sendo que, no caso da pequena empresa a gestão de design está nas mãos dos seus proprietários ou gerentes. A forma de gerenciar o design exige um trabalho em forma de grupos de trabalhos interdisciplinares, onde o gestor de design tem como funções básicas: cuidar para que o design esteja sendo assumido pela direção e assim interpretando corretamente a imagem da empresa, e procurar este fato em qualquer outra atividade da empresa para que se gerencie o design de forma correta em relação a seus planos e propostas (GIMENO, 2000).

No que se refere às Micro e Pequenas Empresas (ou MPE´s), observa-se por meio de dados levantados pelo IBGE1 e apresentados pelo SEBRAE2 (2004), que são organismos que possuem a maior fatia do mercado brasileiro (99,2% do total das empresas formais em atividade no país), gerando 56,1% de empregos na economia formal urbana (excluídos os empregados nos setor público) e responsáveis por 25,6% de toda a massa salarial, o que equivale a 49,7 bilhões de reais distribuídos entre salários e outros rendimentos.

Apesar dos dados apontarem uma grande participação das MPE´s no Brasil, mostrando sua importância socioeconômica para o país, estas não estão livres de apresentarem problemas. Para evitar seus fechamentos prematuros, é fundamental que estejam atentas às características do ambiente mercadológico no qual estão inseridas, de maneira a se adaptar e estabelecer metas para as suas atividades internas. De acordo com Sarquis (2003), os principais problemas e dificuldades peculiares às pequenas empresas são a inexistência no ramo de negócios, desconhecimento dos instrumentos de administração, falta de recursos financeiros, dificuldades

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para a obtenção de créditos e financiamentos, falta de resistência aos momentos de instabilidade econômica, deficiências relacionadas à prática de marketing/vendas, concorrência, influência de aspectos de mercado, desentendimento entre os sócios e falta de disciplina, responsabilidade e organização. Contudo, são diversos os fatores que acarretam o insucesso de uma organização, tanto no que se refere às mudanças do mercado como as exigências cada vez maiores por parte dos consumidores, mostrando a necessidade MPE’s adotarem posturas que as diferenciem dos concorrentes e assegurem sua sobrevivência.

O setor hoteleiro de Florianópolis segue a mesma linha. Apesar de muitas micro e pequenas empresas na área de turismo esforçarem-se para mostrar seu trabalho, na maioria das vezes o empenho não atinge bons resultados diante do potencial de investimentos dos grandes estabelecimentos ou redes hoteleiras. (Guia de Atrações e Empreendimentos Turísticos de SC, 2001). É relevante que as empresas se aprimoram e formulem planejamentos e planos de gestão aos seus negócios, abrindo espaço para atuações profissionais de design.

Segundo pesquisa realizada pela Santur, Órgão Oficial do Turismo de Santa Catarina, o movimento estimado de turista em Florianópolis em 2005 foi de 574.098 pessoas, em que os hotéis e pousadas somam 27,92% de ocupação pelos visitantes, sendo um valor significativo e de grande importância para o setor. Estes dados evidenciam a importância da hotelaria para o turismo municipal.

Os hotéis e pousadas de pequeno porte são uma possibilidade de hospedagem alternativa para os turistas. Geralmente são meios mais econômicos, com serviços básicos ao hóspede, destinados a abrigá-los de maneira confortável e em modelos estruturalmente menores. Considerando-se o setor hoteleiro de forma geral, além dos hotéis desse porte dividirem espaço no mercado com empresas da mesma categoria, também compartilham mercados junto às empresas de médio e grande porte, e estas, muitas vezes possuem um sistema de comunicação estruturado e em constante contato com o turista. Sarquis (2003) ressalta ainda que, apesar da importância que as grandes empresas têm para a economia brasileira e da destacada atenção que sempre merecem dos órgãos governamentais, notam-se, atualmente, um forte interesse e uma tendência no sentido de conhecer, analisar e propor alternativas para o segmento empresarial formado pelas pequenas empresas. Supostamente, as razões para isso são a importância sócio-econômica da pequena empresa, a existência de poucas pesquisas/estudos sobre a gestão de pequenas empresas, e a crescente evidência dos problemas e dificuldades comuns a essas empresas, os quais são responsáveis pelo seu elevado índice de falência.

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Devido a este contexto, é importante que as MPE’s hoteleiras, ou seja, meios de hospedagem de pequeno porte, possuam adequadas estruturadas organizacionais, com estratégias mercadólogicas voltadas para um bom atendimento ao turista, de maneira a não sofrerem com as mudanças do mercado e assim, que possam evitar suas posições nas grandes estatísticas nacionais relacionadas ao fechamento prematuro de empresas de pequeno porte.

Pesquisa com MPE’s hoteleiras de Florianópolis

A pesquisa foi realizada em Florianópolis – SC, no primeiro semestre de 2005. Foram aplicados questionários semi-abertos às MPE’s do setor hoteleiro, buscando identificar a prática de projetos de design gráfico, a presença do profissional da área neste processo e também o gerenciamento do mesmo.

Metodologia utilizada

A pesquisa realizada possuiu natureza aplicada, onde a abordagem utilizada foi qualitativa relacionada aos assuntos Design, Gestão de Design e sua aplicação às micro e pequenas empresas. Foi realizado um estudo de caso, onde se identificou a participação do designer em micros e pequenas empresas do setor hoteleiro da cidade de Florianópolis.

O questionário aplicado apresentou seis questões, sendo que uma delas para a caracterização da amostra, as três seguintes para observação da existência e da criação da marca gráfica das empresas, além da identificação dos materiais de divulgação que utilizam e qual destes é o principal meio de comunicação, e por fim, as questões cinco e seis tratam respectivamente, da identificação da participação do designer no processo de comunicação visual e a identificação de um processo de gerenciamento da imagem gráfica empresarial.

Critérios de seleção da amostra

A amostra da pesquisa foi determinada através da seleção de empresas que participaram do Guia de Atrações e Empreendimentos Turísticos de Santa Catarina (2001), um informativo do SEBRAE com apoio e parceria da SANTUR, ABAV/SC3, ABIH/SC4, ABRASEL/SC5, ABEOC/SC6 e SENAC7. O objetivo desse Guia é informar sobre as potencialidades de atrações e entretenimentos turísticos de Santa Catarina, para as empresas e órgãos responsáveis pela promoção e divulgação turística do estado.

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De acordo com o SEBRAE (2001), as empresas destacadas deste material informativo são as que se engajaram no PROGRAMA SEBRAE DE TURISMO, participando dos Cursos de Capacitação, Palestras Técnicas e Consultoria Específicas do Projeto Guia de Atrações e Empreendimentos Turísticos, com o objetivo principal de homogeneizar os conhecimentos e integrar estas como parceiras para o Produto Turístico de Qualidade que se pretende ofertar ao mercado. Este fato mostra que estas empresas estão buscando formas de aperfeiçoamento e diferenciação competitiva, assim, apresentando um campo propício para a atuação de práticas de design.

Caracterização da Amostra

Ao todo a amostra apresenta 69 empresas hoteleiras. Dezoito empresas responderam à pesquisa, o que equivale 26,08% das empresas abordadas. O questionário, com questões semi-abertas, foi enviado por e-mail ou aplicado por telefone, onde as empresas responderam sobre suas condutas de comunicação para estabelecer critérios de avaliação quanto às suas identidades empresariais.

Das 18 empresas entrevistadas, 14 são Microempresas (77,7%) enquanto que 4 enquadram-se como Pequenas Empresas (22,22%).

A marca e as práticas de comunicação

A identificação quantitativa de empresas que possuem marcas/logotipos possibilita perceber uma premissa de identificação gráfica adotado por elas. De acordo com a pesquisa, 17 empresas (94,4%) possuem uma marca/logotipo que as identifique no segmento hoteleiro, enquanto que apenas 1 empresa (5,5%) não apresenta marca gráfica. Este dado mostrou que a maioria das empresas possui a preocupação de se apresentar graficamente no mercado.

Complementarmente, as empresas que responderam positivamente, foram questionadas sobre a responsabilidade pela criação de suas marcas e também sobre a formação profissional do responsável. Com isso, pode-se identificar se existe a participação de designers nos projetos de identidade visual. O resultado apontou que maioria das marcas e/ou logotipos foram elaboradas por profissionais de diferentes áreas (arquitetos, arte-finalistas, programadores), que de certa forma, possuem formação profissional de áreas afins à de design gráfico e observou-se a participação de designers gráficos em 17,64% das empresas, demonstrando que o percentual é muito pequeno, e portanto, há espaço para a sua inserção neste processo.

Sobre as formas de divulgação, foram apontadas algumas por meio de questão de múltipla escolha, que possibilitou visualizar suas diretrizes comunicacionais. Identificou-se que em todas as empresas pesquisadas

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(100%), há a utilização de papelaria e de site próprio como forma de divulgação de seus serviços. Um número significativo (88,33%) utiliza sites de busca e identificação através de placas no local do estabelecimento, assim como 83,3% declararam empregar folders para divulgar seus negócios. A maioria das empresas (72,22%) considera a internet o principal meio de divulgação de seus serviços, seguida da propaganda interpessoal, (‘boca-a-boca’), apontada por 16,67% das empresas pesquisadas.

Identificação da participação do designer e do processo de gerenciamento da imagem gráfica empresarial

A pesquisa questionou sobre os responsáveis pela criação e produção dos materiais de divulgação utilizados pelas empresas. Entende-se por criação, o desenvolvimento gráfico de peças para impressos, websites e para todas as manifestações gráficas empresariais. Em ambos os casos, as Gráficas atingiram 66,6% das respostas, o que significa que tanto na elaboração quanto na confecção dos materiais de divulgação, estes estabelecimentos possuem participação na definição da comunicação visual das empresas. Observou-se também, que os serviços de designer não foram apontados nestes processos e que, portanto este profissional não possui participação na criação e confecção dos materiais de divulgação das empresas pesquisadas.

Por fim, as MPE’s hoteleiras da capital catarinense apresentaram seus interesses no que diz respeito à adoção de um serviço especializado, de tratamento da imagem empresarial de maneira global e coordenação de suas ações de comunicação de acordo com seus posicionamentos no mercado hoteleiro. Quinze empresas pesquisadas (88,33%), acham positivo existir um serviço neste modelo, enquanto que apenas 3 empresas (16,66%) crêem não ser necessário este trabalho para os seus negócios. Estes dados apontam que os pequenos negócios do setor hoteleiro estão propícios à adoção de procedimentos de gestão de design.

Conclusões

As MPE’s são estruturas administrativas diferenciadas, com grande participação no contexto mercadológico nacional. Elas ocupam a maior parcela das empresas brasileiras em atividade na atualidade e contribuem para a geração de empregos, movimentando a economia e proporcionando o crescimento sócio-econômico do país. Sobretudo, essas empresas também são as que apontam as maiores taxas de fechamentos empresariais prematuros, devido a vários fatores, entre eles, a falta de planejamento estratégico e a inexistência de gerenciamento das diretrizes estabelecidas para o negócio. Estes pontos evidenciam a necessária adoção por estas empresas de modelos próprios de gestão e de serviços que contribuam para uma correta divulgação do produto oferecido, diferenciando-se de seus concorrentes, permitindo desta forma, tornarem-se competitivas,

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garantindo assim suas participações no mercado. Nesta conjuntura, posiciona-se também o setor hoteleiro da cidade de Florianópolis com empresas de pequeno porte que disputam o mercado entre si e com empresas de categorias superiores (Médias e Grandes Empresas).

De acordo com a pesquisa realizada, a maioria das empresas possui algum tipo de representação gráfica que identifica seus negócios. No entanto, a participação do designer é pouco apontada, e a criação da marca e por assim dizer, de projetos de identidades visuais, são na maior parte das vezes executados por profissionais de outras áreas. Este fato pode acontecer ora pela falta de conhecimento da profissão pelas empresas, ora pela falta de divulgação das vantagens e contribuições que o design pode trazer a este meio. Dando continuidade à transmissão errônea da real função do design, vista meramente como formadora da parte estética e decorativa de produtos.

Para a hotelaria, e principalmente para os pequenos negócios deste setor, as empresas de hospedagem podem agregar valores em seus insumos para atraírem hóspedes e destacarem-se pelos seus diferenciais, podendo ser realizado de diferentes maneiras, desde o atendimento do funcionário até seus projetos de comunicação visual. Todos os aspectos que representam a personalidade de uma empresa hoteleira devem ser analisados para então o designer gráfico propor soluções comunicacionais viáveis.

Por outro lado, é importante que o empresário do ramo hoteleiro entenda que aplicar projetos de design gráfico em seu negócio é uma maneira de diferenciar seus produtos e comunicá-los corretamente ao seu público. São inúmeras as formas de tornar o produto hoteleiro diferenciado e o design pode fazer a interligação entre estes produtos e o hóspede, proporcionando uma satisfatória comunicação. Esta comunicação mostrará o nível de organização e de preocupação que a empresa possui com a sua imagem. Assim, um adequado projeto de identidade visual se estende para toda a comunicação da empresa, suas peças gráficas e formas de divulgação de seus serviços.

Devido às particularidades e características de mercado, as empresas pesquisadas precisam estar atentas ao tipo de divulgação que estão aderindo e como estas estão sendo feitas. Identificou-se que as empresas que utilizaram o designer para os projetos de marca/logotipo, não o fizeram para o restante das suas comunicações, já que este não foi apontado na elaboração e na confecção de seus materiais de divulgação. Este fato evidencia a adesão do designer apenas em projetos isolados, não havendo gestão e, portanto, não ocorrendo a coordenação e organização de projetos que possibilitem construir a imagem gráfica da empresa de maneira completa e uniformizada.

A adoção dos serviços do designer desenvolveria estas atividades de

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forma global, desde a análise e o diagnóstico das necessidades da empresa, passando pelos projetos de design voltados a solucionar as problemáticas identificadas, até a implantação, administração e controle de todo o processo de gestão da imagem empresarial, garantindo a sua exposição para o mercado adequado. Desta forma a gestão de design e as práticas de design gráfico auxiliariam na formatação e divulgação da personalidade dessas empresas.

Assim, não se pode desassociar a gestão de design de projetos de design gráfico quando se trata de coordenação, organização e execução de meios comunicacionais ligados à imagem gráfica empresarial. Inserir a atuação da gestão de design na comunicação de micro e pequenas empresas hoteleiras é um assunto que merece ser melhor aprofundado e disseminado aos empresários do ramo.

Os pequenos negócios de hotelaria buscam resultados em um mercado competitivo e o adequado gerenciamento de suas manifestações gráficas, por meio do designer gráfico, é uma forma de se obter retornos positivos sobre investimentos, posicionando-se corretamente no mercado. Com tudo isso, é visível a existência de campos de trabalho para a adoção de procedimentos de Gestão de Design, voltados à comunicação da imagem de micro e pequenas empresas de hotelaria da cidade de Florianópolis. Entretanto, se faz necessária uma maior divulgação e abordagem sobre a profissão, a fim de que estas empresas invistam na contratação de projetos de design e incluam os processos de gerenciamento desta atividade em seus planejamentos estratégicos e financeiros.

Referências Bibliográficas

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CENTRO PORTUGUÊS DE DESIGN. Manual de Gestão do Design. Porto: Porto Editora, 1997.

GIMENO, José Maria Ivanez. La gestión del diseño en la empresa. Madri: McGraw-Hill, 2000.

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MINUSSI, Reinilda de Fátima Berguenmayer; PEREIRA, Alice Theresinha Cybis; MERINO, Eugenio Andrés Díaz. Teoria e Prática na Gestão do Design. Florianópolis, 2003.

SANTOS, Flávio Anthero dos.O design como diferencial competitivo: o processo de design desenvolvido sob o enfoque da qualidade e da gestão estratégica. 2. ed. Itajaí: Ed. da UNIVALI, 2000.

SARQUIS, Aléssio Bessa. Marketing para pequenas empresas. São Paulo: Editora Senac, 2003.

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SANTUR, 2005. http://www.santur.sc.gov.br/scrural/litoral/fpolis.htm. Acessível em 10/03/05.

SEBRAE, 2004. http://sebrae.com.br. Acessível em 15/12/04.

(Footnotes)1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística2 Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas3 Associação Brasileira de Agências de Viagens4 Associação Brasileira da Indústria e Hotéis5 Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento6 Associação Brasileira de Empresas de Eventos7 Serviço Nacional de aprendizagem Comercial

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A GESTAO DE DESIGN NA EMPRESA

O aparecimento de uma nova disciplina

1.1 A gestão de design na empresa

0 design não diz respeito só aos designers. Os resultados do design interligam-se num processo mais vasto de criação de produtos, realizados de foma industrial, e por isso, objecto de estudo de outras disciplinas como a Engenharia e as Técnicas de Gestão Empresarial. O que aqui se propõe é precisamente uma aproximação entre o design e outras disciplinas, de modo a que se compreenda o seu conuibuto e que se consiga a sua incorporação no mundo da empresa.

Só em alguns casos o design é um acto criativo individual e. mesmo assim, o quadro em que se realiza esta acção circunscreve-se num contexto económico do qual não se pode prescindir, tendo em conta a realidade social, cultural e geográfica em que vivemos. Esta relação não é acidental ou opcional: é nela que nascem os objectos do nosso t emp , os objectos que nos rodeiam.

NO entanto. entre o mundo do design e o da empresa existiu um divórcio secular, muito evidente na Comunidade Autónoma Basca, onde apenas se registam ligeiras «infiltrações,> do design no mundo empre- sarial.

Na realidade, há uma velada mas generalizada falta de convicção nas Possibilidades do design como ferramenta de gestão empresarial e como factor de inovação. De facto, ainda se pode dizer que o design está muito longe de ter um lugar na gestão das nossas empresas, talvez Porque exista uma certa desorientação quanto A sua utilização.

E necessáno colocar muitas coisas no seu lugar porque, na confusão em que nos movemos, só nos é permitido dialogar sobre o que é aparente.

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- Proposta 1 (pam bs designem)

Os resultados do trabalho profissional de um designer só se transfor-

mam em produto quando existe uni processo que tenha eni consideração

os factores relacionados com a produção e comercialização.

Proposta2(paraos empresários)

N a criação de produtos. a concentração. numa só direcção. dos

aspectos técnicos e de mercado origina deficiências do produto que se

repercutem na margem de lucro da empresa.

Se aceitarmos estas premissas. concluiremos de imediato que este

trabalho não pode ser entregue a um único indivíduo, nem mesmo a um

departamento da empresa. As figuras 1. 2, 3 e 4 mostram-nos estes

princípios.

Por esta mesma razão, um empresário não deve acreditar que apareça

alguCm para lhe resolver o problema de novos produtos; deve antes

pensar como organizar o seu desenvolvimento de forma integrada. Deve

preocupar-se em estabelecer u m programa de design e não apoiar-se

num designer. D i to de modo muito elementar, e citando o professor

Teymur "', só se existir um processo que paulatinamente diminua a

incerteza inerente ao novo produto, é que as ideias se transformarão em

produtos reduzindo assim as possibilidades de fracasso no mercado.

Figura 1

Utilizaçáo do desenvoivimento integrado de um produto onde as fases relacionadas com o marketing, produção e design são desenvolvidas em conjunto. Tal permite a optimização do produto como unidade de negócio.

Marketing

Design

FabricoE+--

ngura 2

Se o projecto diz apenas respeito $I reduçáo de custos. pode omiiir-se a importânciado Marketing.

Reconhecimento da opottunidade

Investigação

Perfildo produto Design Pré-produção Implantação

Marketing Design Produção

Figura3

Se forem conhecidas os princfpiostécnicos e de produção, o projecto pode começar em fase mais avançada.

Reconhecimento da oportunidade

Investigação

Perfildo produto Design Pré-produção Implantação

Marketing Design Produçáo

Figura 4

Se o projecto apontar para a definiçáo de produtos potencialmente acesslveis A empresa, o projecto deter-se-ia na segunda fase.

Reconhecimento da oportunidade

Investigação

Peifil do produto Design Pr6-produção Implantação

Marketing Design Produção

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serviço pelo qual se há-de pagar um preço muito alto já que a fase de implantação indusmal é muito gravosa e consome muito tempo, sobre- tudo em gestão e coordenação da produção.

Este tipo de colaboração é mais lógico nas empresas que não possuem meios de produção próprios e que, no entanto. por qualquer motivo, manuseiam produtos. Por exemplo. uma empresa de distribuição de bebidas que encomenda o projecto de design dos expositores das mesmas.

1.5 Contratar designers para o quadro

Contratar um designer industrial para uma empresa exige mais atenção do que a aqui apresentada, mas mesmo assim merece alguns comentários.

Só por si, esta alternativa não resolve absolutamente nada, excepto se for acompanhada de mudanças na atribuição de responsabilidades e na organização do desenvolvimento de novos produtos em geral.

A experiência diz-nos que, sem estas mudanças. a admissão de designers industriais na empresa é desastrosa, provocando frustração nas duas partes, contratante e contratado.

Todas estas formas de implantar o design na empresa são correctas em si mesmas, mas encobrem a incorporação de soluções mais coerentes do ponto de vista da gestão empresarial.

1.6 A gestão de design na estratégia da empresa

Nalgumas empresas industriais esta função estará concentrada na gestão dos produtos; nas empresas de serviços circunscrever-se-á à área da comunicação. Em ambos os caios pode admitir-se que a gestão de design se ocupa dos objectos, produtos, suportes comunicacionais e instalações.

Se as fórmulas desenvolvidas no capítulo anterior são parciais, é preciso encontrar uma resposta global. Qual a abordagem mais adequada ao design?

Para que a nossa resposta seja transparente, vamos apoiar-nos em três níveis distintos que podemos adoptar na gestão de design na empresa e. na devida altura. identificaremos o que designfimos como "práticas parciais> com alguns deles.

Caso I . O design como decoração e acabamento de objectos A empresa contrata um atelier de design numa fase avançada do

desenvolvimento de um produto. no momento em que verifica que as soluções funcionais não são as mais ajustadas do ponto de vista formal e estético.

A conuibuiçáo do designer s e ~ á decorativa na medida em que faz somente a «maquilhagem» do produto.

Caso 2. Design de produtos de certa complexidade técnica A empresa contrata um atelier de design numa etapa anterior ao caio

precedente, quando ainda é possível fazer modificações formais e procurar alguma vantagem de utilidade e ergonómica. Trata-se de uma contribuição parcial, que ocorre em muitos casos ao <vestir» bens de equipamento e artigos de consumo.

Poderia verificar-se esta situação em algumas grandes indústrias que, como se disse, «compram» o estilo de um designer consagrado. Neste caso, restringe-se a área de actuação do designer, permanecendo intocáveis algumas áreas do produto.

Caso 3. O design na sua versão mais upopulam A empresa compra as ideias de um designer para depois as adaptar ao

seu processo de produção e i sua estratégia de marketing. Muitas vezes são dadas instruções ao designer quanto às capacidades do processo produtivo e h estratégia de produto. Mas isto é apenas parcialmente relevante uma vez que os critérios e propostas do designer serão primor- diais. Isto repete-se com muita frequência em sectores como o do mobi- liário de todo tipo, iluminação, acessórios de decoração, ourivesaria, design têxtil, design de vestuário, sendo o modelo seguido por quase todas as variantes do design gráfico.

É o ponto de vista mais comum e com o qual se identificam muitos designers e algumas empresas. Outras firmas podem camuflar este comportamento, não reflectindo sequer sobre ele. utilizando o design de um modo idêntico.

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que a gestão de design se transforme na força motriz da mudança - o que é mais importante ainda - adaptando-a e harmonizando-a a realidade da empresa. Assim considerada, esta função pode transformar-se na mais relevante da empresa.

Design e qualidade A qualidade é uma das preocupações prioritárias das nossas

empresas. Através dela compreendemos como é que um produto cumpre certas condiçóes para poder ser manufacturado.

Quando se projectam produtos, grande parte da actividade concentra--se no delineamento da produção: um processo dç planificação de produtos deve resolver o «conflito>>entre diferentes características pedidas pelos vários departamentos, como os de marketing, produção, finanças, etc. É evidente que as decisões tomadas na fase de projecto afectarão o próprio produto e a qualidade com que é produzido.

1.8 De que se ocupa a gestão de design?

Para saber concretamente onde se concentra esta actividade, importa atender

Gestão de design a partir da administraçãoou a nível estratégico Os principais aspectos em redor da gestão de design a este nível são:

Diagnosticar a situação da empresa, os seus produtos e as suas

tecnologias principais, em relação aos concorrentes mais próximos. Definir os campos de actuação para o futuro, em termos de tecno-

logias, produtos e mercados. Determinar as opções em função dos pontos fortes e fracos da

empresa. Integrar no desenvolvimento dos produtos as funçóes de marke-ting, produção, engenharia de produto, finanças, design industrial, etc. para descobrir novas oportunidades e riscos. Fazer do design e da inovação algo instalado na cultura empresa-

rial e absolutamente necessário para obter rendibilidade a longo prazo.

Esta atitude transferiria o ênfase do sector de direcção e gestão do controlo de recursos para o sector de produtos e serviços oferecidos. Este enfoque pressupõe aceitar que as empresas já não competem no campo da eficácia da sua produção, da administração dos seus fundos finan-ceiros e nos resultados dos seus sistemas de dishibuição, mas sim nos seus produtos. serviços e na qualidade dos mesmos.

Gestão de design a nível operacional Este nível de gesião assume a responsabilidade pela implementação

de novas ideias. Ocupa-se, sobretudo, èm reunir informação através da integração de diferentes disciplinas e do estabelecimento de uma boa rede de colaborações externas pronta a ser consultada.

Num segundo aspecto, a gestão de design a nível operacional engloba a planificação, organização, controlo, pessoal, financiamento, materiais e tempo para conseguir os objectivos de um projecto determinado. Mais concretamente, esta gestão significa:

De t edna r a natureza de um projecto, avaliando a diferença entre

os objectivos e a capacidade da empresa. Organizar um processo de desenvolvimento que estabeleça os

passos a seguir, a extensão de cada fase e os níveis de decisão, garantindo um fluxo de informação até à administração e entre os elementos da equipa. Seleccionar os elementos da equipa e organizá-la:

a. Escolhendo os especialistas apropriados. b. Mantendo as mesmas pessoas ou fazendo mudanças. c. Estabelecendo procedimentos para a solução de conflitos.

1.9 A formação na gestão de design

A nível empresarial e operacional, a gestão de design tem um centro de atenção: a integração de funções.

A chave que abre as portas para o êxito de um produto é a integração das disciplinas e a atenção prestada hs seguintes questões relacionadas com o produto:

Estratégia do produto.

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Note
Veja o original na biblioteca, explore os demais capítulos, exemplos e imagens Visite o sítios do Design Management Institute < www.dmi.org > e da <Wikipedia>