40
Dieta Mediterrânica: Prevenir antes que acabe! O s i n c ê n d i o s f l o r e s t a i s n ã o s e c o m b a t e m . P r e v i n e m - s e ! Diretor: José Luís Araújo | N.º 251 | 15 de Julho de 2015 | Preço 2,00 Euros www.gazetarural.com Touriga Nacional, do Dão para o mundo

Gazeta Rural nº 251

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Um relatório da FAO e do Centro Internacional de Altos Estudos Agronómicos Mediterrânicos sobre a necessidade de prevenir o desaparecimento da dieta mediterrânica está em manchete na Gazeta Rural nº 251 de 15 de Julho, onde destacamos também a casta Touriga Nacional como a nova “embaixadora” dos vinhos portugueses. Referência especial para a Feira do Pinhal, em Oleiros, para a Ficavouga, em Sever do Vouga, mas também a Festa de S. Tiago, na Covilhã, que este ano promove o pêssego da Cova da Beira; para os resultados do Concurso de Vinhos da Beira Interior; para o Wine In Azores 2015 ou ainda a grande Feira da Senhora da Ouvida, em Castro Daire. Nesta edição pode ler também outros temas que marcam a actualidade do mundo rural na última quinzena. Boa leitura

Citation preview

Page 1: Gazeta Rural nº 251

Dieta Mediterrânica:Prevenir antes que acabe!

Os incêndios f lorestais não se combatem.

Previnem-se!

 

Diretor: José Luís Araújo | N.º 251 | 15 de Julho de 2015 | Preço 2,00 Euros

www.gazetarural.com

Touriga Nacional, do Dão para o mundo

Page 2: Gazeta Rural nº 251

2 www.gazetarural.com

Sumário

04-05 Prevenir o desaparecimento da dieta me-diterrânica06 Floresta e produtos regionais em destaque na XV Feira do Pinhal08 Pedrógão Grande Festas de Verão e Expoarte 201509 Ficavouga 2015 comemora as bodas de prata com cartaz de luxo10 Gastronomia e o desporto de natureza em des-taque no Penacova Natura11 Tradição e Música Popular animam Feira Anual da Senhora da Ouvida12 Bombarral prepara XXXII Festival do Vinho Por-tuguês e XXII Feira Nacional da Pêra Rocha13 Casas do Côro Family Harvest DOC 2011 eleito o melhor no VIII Concurso de Vinhos da Beira Interior14 Adega de Borba aumenta produtividade em mais de 10%

15 Pavilhão de Exposições de São Miguel recebe Wine In Azores 201518 Casta Touriga Nacional é nova “embaixadora” dos vinhos portugueses24 OCDE e FAO esperam uma maior produção e preços mais baixos na próxima década26 Portugal lidera investigação para melhorar produtividade de plantas de cultivo27 Campo Maior lança passeios turísticos em carroças para mostrar património28 Casa inteligente para abelhas criada na Uni-versidade de Aveiro31 Aquecimento global afectará irreversivel-mente oceanos se não for controlado36 Moimenta da Beira Manuel Cardoso assume construção de barragens de regadio38 Feira de São Tiago promove pêssego da Cova da Beira

Page 3: Gazeta Rural nº 251

3 www.gazetarural.com

Page 4: Gazeta Rural nº 251

4 www.gazetarural.com

A região mediterrânea está a passar por uma “transição nu-tricional”, afastando-se da sua antiga dieta que, durante muito tempo, foi considerada um modelo de vida saudável e de sis-temas alimentares sustentáveis que preservam o ambiente e promovem os produtores locais.

Um novo relatório da FAO e do Centro Internacional de Altos Estudos Agronómicos Mediterrânicos (CIHEAM), apresentado na EXPO em Milão, examina os efeitos negativos das altera-ções dos padrões alimentares no Mediterrâneo e apela por um programa de acção para apoiar dietas mais sustentáveis na região.

Segundo o relatório, a globalização, o comércio de alimen-tos e as alterações dos estilos de vida – incluindo no que diz respeito ao papel que as mulheres desempenham na socieda-de – estão a alterar os padrões de consumo no Mediterrâneo, deixando para trás as frutas e os legumes para um maior foco na carne e nos produtos lácteos.

Enquanto alguns países do Mediterrâneo meridional conti-

Em relatório da FAO e do Centro Internacional de Altos Estudos Agronómi-cos Mediterrânicos

Urge prevenir o desaparecimento da dieta mediterrânica

O foco da dieta Mediterrânica no óleo vegetal, cereais, vegetais e leguminosas, e num consumo modera-do de peixe e carne, há muito que tem sido associado a uma vida longa e saudável.

nuam a combater a desnutrição, outros países da região en-frentam cada vez mais os problemas da obesidade e do exces-so de peso. Ao mesmo tempo, a região em conjunto assiste a um aumento das enfermidades crónicas devidas a alimenta-ção, que conduzem cada vez mais à debilidade e morte.

A desnutrição continua a ser um problema significativo no sul do Mediterrâneo, assim como o atraso no crescimento – baixa estatura para a idade – em crianças abaixo dos cinco anos, nos países do Mediterrâneo meridional como oriental.

A apresentação do relatório fez parte do “Feeding Knowled-ge” (Alimentar o Conhecimento), o programa da EXPO para a cooperação na investigação e inovação na segurança alimen-tar.

Uma dieta modelo, uma paisagem em mudança

Associa-se o foco da dieta Mediterrânica no óleo vegetal, cereais, vegetais e leguminosas, e num consumo moderado

Page 5: Gazeta Rural nº 251

5 www.gazetarural.com

de peixe e carne, a uma vida longa e saudável. Por se basear em grande parte

em hortaliças, o seu impacto no ambiente é relativamen-te fraco, pois requer menos recursos naturais que a produção animal.

“A dieta mediterrânica é nutritiva, integrada nas cultu-ras locais, sustentável a nível ambiental e compatível com as economias locais”, afirmou Alexandre Meybeck, Coordenador do Programa de Sistemas Alimentares Sustentáveis da FAO. “Por este motivo é essencial que a continuemos a promover e apoiar”.

Mas com produtos a chegarem cada vez mais de fora da re-gião e as diversas paisagens locais a serem transformadas de-vido às produções de monoculturas, os sistemas alimentares tradicionais vêem-se afectados pelas alterações dos hábitos alimentares.

As estimativas sugerem que actualmente apenas 10% das variedades de culturas tradicionais estão a ser cultivadas na região, sendo que uma grande parte foi substituída por um nú-mero limitado de culturas não nativas melhoradas.

O turismo, o desenvolvimento urbano, o esgotamento de

recursos naturais e a perda do co-nhecimento tradicional contribuem para um rápido desaparecimento da diversidade genética dos culti-vos e raças animais em todo o Me-diterrâneo.

Necessidade actuar

Os responsáveis políticos, investiga-dores e a indústria alimentar precisam de

aumentar a sua colaboração para com-preender melhor os sistemas e tendências

alimentares, afirma o relatório. É necessário prestar mais atenção ao aumento do consumo e

produção de alimentos para que os recursos e co-nhecimentos locais sejam preservados.

São também precisas campanhas de sensibilização para promover entre os consumidores a procura por produtos

mediterrâneos tradicionais, visando uma maior integração en-tre as atuais tendências alimentares e hábitos de consumo e a utilização de produtos locais em toda a região.

Em prol destes objectivos, o CIHEAM emitiu um apelo de-nominado “Med Diet EXPO Call to action”, pedindo esforços para preservar os agro-ecossistemas mediterrâneos, tornar os sistemas alimentares da região mais sustentáveis e garantir a segurança alimentar e nutricional para uma população cres-cente.

Juntos por sistemas alimentares mais sustentáveis

A FAO e o CIHEAM – um grupo de 13 países que cooperam no âmbito da agricultura, alimentação, pescas e territórios ru-rais no Mediterrâneo – trabalham em conjunto para aumen-tar a compreensão internacional sobre como tornar as dietas Mediterrânicas mais sustentáveis. A colaboração pretende desenvolver casos de estudo locais sobre como aumentar a produção sustentável e promover a conservação da dieta tra-dicional.

O relatório apela também por um projecto-piloto de três anos nos países do CIHEAM, a ser desenvolvido em conjun-to com a FAO, bem como directrizes especiais para melhorar a sustentabilidade das dietas no Mediterrâneo. Este estudo é fruto da colaboração entre o CIHEAM e o Programa FAO/PNU-MA sobre sistemas alimentares sustentáveis.

Page 6: Gazeta Rural nº 251

6 www.gazetarural.com

A fileira florestal, os produtos locais e os alojamentos turís-ticos estão em destaque na XV edição da Feira do Pinhal que se realiza em Oleiros. O Ministro-adjunto e do Desenvolvi-mento Regional, Poiares Maduro, presidirá à cerimónia oficial de inauguração do certame.

O certame comemora 15 anos de existência, um certame que “adquiriu um elevado reconhecimento pela sua apre-sentação, organização, inovação e promoção do nosso con-celho, quer a nível regional, quer a nível nacional”, revelou o vice-presidente da Câmara de Oleiros.

A edição deste ano, que decorrerá de 5 a 9 de Agosto, tem como objectivo “dar primazia mais uma vez à fileira flores-tal, bem como aos nossos produtos locais e ainda aos nossos alojamentos turísticos”, referiu Vítor Antunes.

A Feira do Pinhal ganhou destaque entre os certames que se realizam anualmente em território nacional, pelo que “a nossa aposta foca-se na qualidade e diferenciação da oferta a apresentar aos nossos visitantes”, sublinhou o autarca.

Uma das alterações visível na Feira são as alterações no espaço. “Conscientes de que o espaço se tornou reduzido, e a pensar na satisfação de quem nos visita, o recinto foi re-pensado novamente, criando uma nova disposição no que concerne à área de exposição das Juntas de Freguesia”, que será na entrada principal, junto ao Stand do Institucional do Município, “conquistando assim um lugar com maior desta-que”, referiu Vítor Antunes, adiantando que será “recriado ainda o espaço destinado aos produtos alimentares, que este ano assume uma nova localização, junto à zona de restaura-ção, havendo desta forma uma melhor integração no recinto da feira e no bem-estar dos seus utilizadores”, acrescentou o autarca.

De 5 a 9 de Agosto em Oleiros

Floresta e produtos regionais em destaque na XV Feira do Pinhal

Outra das grandes apostas na edição deste ano “é a pro-moção, de forma homogénea, dos nossos alojamentos turís-ticos, havendo um stand dedicado e pensado ao pormenor para divulgar os espaços agradáveis e acolhedores onde os nossos visitantes possam pernoitar e até mesmo, em al-guns casos, apreciar os sabores do pinhal de forma genuína”, adiantou o autarca.

Esta ideia, segundo Vítor Antunes, partiu da necessidade que o Município sentiu, de instalar um stand próprio destina-do à promoção geral do nosso território”. Esse stand irá agru-par a promoção dos alojamentos turísticos, produtos endó-genos, zonas de lazer e turismo aventura. De salientar ainda que “o objectivo futuro passa pela participação em certames nacionais e sempre que possível internacionais, incentivando a descoberta das potencialidades do nosso concelho”, acres-centou o edil.

Mantendo a fórmula de anos anteriores, e seguindo a apos-ta pela qualidade e diferenciação, “houve uma criteriosa se-lecção ao nível dos expositores”, que nesta edição contará com 122 participantes, oriundos dos mais variados pontos do país. Do total de inscrições registadas, 22 expositores encon-tram-se actualmente em lista de espera.

Tal como na edição anterior, a XV edição da Feira do Pinhal continuará a privilegiar as empresas ligadas ao sector flores-tal e, nesse âmbito, “houve um esforço em trazer ao evento os empresários locais ligados a esse sector, tirando partido das oportunidades que possam surgir”. “A nossa estratégia passa por apresentar uma oferta diferente, mantendo os padrões de excelência e qualidade que ano após ano temos vindo a oferecer a quem nos visita”, sublinhou o vice-presidente da Câmara de Oleiros.

Loja: R. Nunes de Carvalho, nº4A, 3500-163 Viseu | Contacto geral: 232 441 231 | 961 180 458 | Departamento Comercial: 966 029 021 | [email protected] | [email protected]

Page 7: Gazeta Rural nº 251

7 www.gazetarural.com

José Cid, Quim Barreiros e D.A.M.A sobem ao palco das festas

Nesta edição, José Cid, no dia 5, e Quim Barreiros, no dia 6, são os cabeças de cartaz da Feira do Pinhal, com os D.A.M.A a abrilhantarem as Festas de Santa Margarida, a 10 de Agosto, Dia do Município.

De resto, a exemplo de edições anteriores, o património mu-sical concelhio também estará presente com a realização da XI Mostra das Actividades Musicais do Concelho. Durante estes dias o palco da Feira acolherá o Rancho Folclórico e Etnográ-fico de Oleiros, a Sociedade Filarmónica Oleirense, o Grupo de Danças e Cantares do Orvalho, o acordeonista Abílio Alves e o músico Rui Gaio.

“A promoção do nosso património cultural constitui assim uma aposta clara, onde se destaca a gastronomia, entendida como um elemento diferenciador que enriquece o território e o torna mais competitivo”, referiu Vítor Antunes. Este ano have-rá um especial destaque à recém-criada “Confraria do Cabrito Estonado”. No entanto, os Sabores do Pinhal voltam a estar em alta nos expositores locais e no espaço destinado à restaura-ção. Quem visitar a Feira, vai poder degustar a mais genuína gastronomia da região.

Como ponto forte dos espectáculos da Feira do Pinhal e no seguimento do quem foi feito em anos anteriores, na sexta-fei-ra, 7 de agosto, a Pirotecnia Oleirense apresenta o espectáculo multimédia “Contemplar Oleiros”, que atrairá a Oleiros milhares de pessoas.

Esperados milhares de visitantes

O vice-presidente da Câmara de Oleiros acredita que duran-te os cinco dias da feira “todas as atenções estarão voltadas para Oleiros”, trazendo um novo ritmo ao concelho. “Conscien-tes que somente o nosso empenho terá o retorno desejado e que juntos ofereceremos um evento pautado por padrões de excelência e que satisfaça plenamente quem nos visita, pre-tendemos acima de tudo dinamizar a fileira agro-florestal da região; revitalizar o tecido empresarial concelhio; valorizar os recursos naturais, gastronómicos e culturais do território; pro-mover a imagem e a marca dos produtos endógenos e de todo o seu potencial turístico e aumentar a auto - estima das gentes locais”, acrescentou o autarca.

Page 8: Gazeta Rural nº 251

8 www.gazetarural.com

A emblemática Banda GNR é cabeça de cartaz das Festas de Verão e Expoarte de Pedrógão Grande, promovidas pelo Município de 23 a 26 deste mês. Inseridos no âmbito das co-memorações do Feriado Municipal de Pedrógão Grande, que se assinala a 24 de Julho, os festejos contemplam um vasto conjunto de actividades, com o objectivo de proporcionar, aos munícipes e visitantes, momentos de entretenimento, bem como, uma viagem pelos produtos e tradições do concelho e da região.

Dia 23 de Julho, quinta-feira, iniciam-se os festejos pelas 17 horas com a abertura da Expoarte 2015 e, a partir das 22,30 horas, com o grupo “Tributo a Ivete Sangalo & Daniela Mer-cury”.

As actividades programadas para o dia seguinte, 24 de Julho, sexta-feira, dia do Feriado Municipal, merecem realce, a partir das 9,30 horas, com o hastear da bandeira nos Paços do Con-celho, com a Filarmónica Pedroguense e a Guarda de Honra dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande. Pelas 10 ho-ras, ocorre a deposição de coroa de flores no Monumento dos Antigos Combatentes do Ultramar e às 10,30 horas, inicia-se a sessão solene de comemoração do Dia do Município que terá lugar na Casa Municipal da Cultura de Pedrógão Grande, com uma homenagem aos funcionários aposentados da autarquia e com a entrega do Prémio Municipal de Mérito Escolar 2015. Às 16,30 horas, na Casa Municipal da Cultura ocorre a apre-sentação do livro “Memórias e Divagações” de João de Deus

Rodrigues. Para animar a noite, pelas 22,30 horas, actuaráo grupo musical Pop Xula e, pelas 24 horas, o grupo sevilhano KAFE PA 3.

No dia 25 de Julho, sábado destaca-se pelas 16 horas, a abertura do IV Salão de Arte de Pedrógão Grande, no Centro de Interpretação Turística e, pelas 18,30 horas na Casa Muni-cipal da Cultura a apresentação do livro “História Local, Patri-mónio e Ensino: Uma Aplicação Didáctica” de Alberto Osório. A Filarmónica Pedroguense, pelas 19,30 horas dá um Concerto no Recinto das Festas e às 22,30 horas, actuarão os The Pride, que antecedem a entrada dos GNR.

No dia 26 de Julho, domingo, as águas do rio Zêzere, na Al-bufeira do Cabril, pela manhã recebem o X Passeio Náutico no Zêzere organizado pelo Clube Náutico de Pedrógão Grande. A nível cultural, às 15 horas, na Casa Municipal da Cultura, tem lugar a apresentação do livro “Comércio em Pedrógão Gran-de” de Manuel Aires Henriques. Às 16 horas, o Jardim da De-vesa recebe a Tarde de Folclore com a actuação do Rancho Típico Estrelas do Cavouco – Coimbra; do Rancho Folclórico e Etnográfico de Trancoso e do Rancho Folclórico da Casa de Cultura e Recreio de Vila Facaia. Às 19 horas haverá a popu-lar Sardinhada Tradicional. À noite, pelas 22,30 horas, o grupo musical 100 ENSAIOS subirá ao palco. Às 24 horas, encerram os festejos com um espectáculo inédito de Fado e Pirotecnia, sincronizados, com a presença de Custódio Castelo, João Cho-ra e a fadista pedroguense Ilda Henriques.

De 23 a 26 de Julho

GNR nas Festas de Verão e Expoarte 2015 em Pedrógão Grande

Page 9: Gazeta Rural nº 251

9 www.gazetarural.com

Está a chegar a XXV edição da Ficavouga, que vai decorrer em Sever do Vouga de 25 de Julho a 2 de Agosto e com um car-taz de luxo. Jorge Palma e Sérgio Godinho, António Zambujo, Paulo de Carvalho, Richie Campbel e The Luckie Dukies são os nomes mais sonantes que subirão ao palco de um evento que comemora 25 anos.

O certame, que tem lugar na entrada sul da vila, junto às es-colas, é, em primeiro lugar, o ponto de encontro de severen-ses, residentes ou que nesta altura do ano ali regressam, mas é sobretudo, uma mostra das potencialidades económicas do concelho.

Neste sentido, o certame mantem e reforça a área de expo-sição dedicadas às empresas, serviços, comércio e artesanato do concelho, mas também de outras regiões, que terá lugar no pavilhão gimnodesportivo.

Há semelhança no ano transacto, o certame apresenta al-gumas alterações no desenho da programação e na distribui-ção dos vários serviços pelas várias áreas da feira, “fruto das sugestões que recebemos dos expositores”, referiu o presiden-te da Câmara de Sever do Vouga. António Coutinho afirmou que “o objectivo é agregar todos os parceiros e agentes locais, como a industria, o comércio, o artesanato, a restauração e o alojamento local, numa rede de promoção e divulgação do concelho, nas suas mais diversas vertentes, nomeadamente as nossas belezas naturais, o património histórico e as nossa rica e variada gastronomia”.

O autarca apelou a uma visita a um certame, que “faz 25 anos”, que é “uma mostra do que de melhor se faz e temos em Sever do Vouga, enquanto património cultural, humano e eco-nómico, com uma sentido de presença e identidade colectiva”. António Coutinho garante que a Câmara de Sever do Vouga, responsável pela organização do evento, está a trabalhar para “manter a qualidade do certame, sem descurar o rigor na ges-tão orçamental”.

Para além disso, o autarca destacou “o programa cultural, mais arrojado, com grupos com estilos diferenciados, para di-ferentes públicos, sem esquecer os grupos locais, como ban-das de garagem, filarmónicas e ranchos folclóricos”.

De 25 de Julho a 2 de Agosto

Ficavouga 2015 comemora as bodas de prata com cartaz de luxo

Page 10: Gazeta Rural nº 251

10 www.gazetarural.com

Numa iniciativa do município de Penacova, decorre de 16 a 19 de Julho o evento Penacova Natura - Festas do Município 2015. Tasquinhas, feira de desporto, música e muita animação marcam as festas, que têm em Ruizinho de Penacova e o seu Super Trio; José Cid e Mickael Carreira os cabeças de cartaz no programa de animação.

Em conversa com a Gazeta Rural, a vereadora da Câmara de Penacova, Fernanda Veiga, destaca a gastronomia e o des-porto de natureza com os pontos de referência de uma evento que pretende ser “o ponto de encontro entre todos os pena-covenses”, bem como de todos quantos por lá passarem nesta altura.

Gazeta Rural (GR): O que marca as Festas do Município de Penacova?

Fernanda Veiga (FV): A Marca Penacova Natura é, sem dú-vida, um dos pontos altos, tendo em conta o âmbito das fes-tas que para além da gastronomia tem também o desporto de natureza.

É o ponto de encontro entre todos os penacovenses, dos que cá vivem e também daqueles que vivem e trabalham fora, regressam até nós por estes dias para matar saudades.

GR: Quais os pontos altos das Festas? FV: É sem dúvida o dia 17, em que comemoramos o nasci-

mento de António José de Almeida, ilustre penacovense, que exerceu o mais alto cargo da Nação entre 1919 e 1923. Outro momento muito importante é no dia 18, pelas 9,30 horas, com

Festas do Município decorrem de 16 a 19 de Julho

Gastronomia e o desporto de natureza em destaque no Penacova Natura

a apresentação dos circuitos de Trail Running, uma parceria com o ultra maratonista Carlos Sá, cujo percurso tem cerca de 80 km, dos quais 24 estão prontos a percorrer. Este despor-to, em conjunto com outros ligados à natureza, estão dentro da estratégia de desenvolvimento turístico que preconizamos para o território de Penacova. Pelas suas características des-tacamos a paisagística, de rara beleza, assim como de todo o património construído, como sejam os Moinhos, Azenhas e os Fornos de Cal.

GR: Penacova é marcada, em termos gastronómicos, pela lampreia. Porém, fora da época o que podem os visitantes en-contrar na gastronomia do concelho?

FV: De Maio a Julho decorre em Penacova o Festival Sabores do Rio, que também coincide com as Festas do Município, que promove não só peixinhos do rio, enguias e o sável. Estes pei-xes são procurados nos nossos restaurantes, seja como entra-das ou mesmo como prato principal. As próprias associações e restaurantes presentes do recinto das festas, na sua maioria, têm estes produtos no seu menu.

GR: Como está o sector primário e quais os produtos que são produzidos no concelho, numa altura em que há uma grande aposta na agricultura?

FV: Durante este ano foi criada em Penacova uma Coopera-tiva no sentido apoiar os agricultores no escoamento dos seus produtos, que para além dos produtos tradicionais tem tam-bém os emergentes.

Page 11: Gazeta Rural nº 251

11 www.gazetarural.com

A Freguesia de Monteiras, em Castro Daire, irá acolher, uma vez mais, a feira anual da Senhora da Ouvida, que se realizará nos dias 1, 2 e 3 de Agosto, no recinto que envolve a capela em honra da Senhora da Ouvida.

Considerada uma das maiores feiras do país, reunindo o re-ligioso com o profano, a feira da Senhora da Ouvida oferece às suas gentes muita vivacidade e animação. “Uma feira que trás sempre algo de novo, inovador, que abrilhanta esta festa e as suas gentes”, palavras mencionadas pela organização do evento.

Com um programa convidativo, marcado principalmen-te pela animação musical ao longo dos 3 dias de folia, a feira inicia-se no dia 1 com animação pelas ruas da feira com uma Arruada a cargo do Grupo de Bombos e Cabeçudos “Os Abe-lhões”. No dia 2 será um dos pontos altos do evento com a actuação da “Associação de Cantadores ao Desafio e Toca-dores de Concertinas da Beira Alta”, seguindo depois com a animação pelas ruas da feira com cantadores e tocadores de Concertina. Ainda no dia 2 a organização oferece ao público a Actuação da Banda “´HÁBILLÔ.

A novena e romaria da Nossa Senhora da Ouvida termina no dia 3 com missa e procissão, “momento mais marcante, para o qual vêm fiéis e peregrinos de diversas regiões para cumprir as suas promessas e agradecer pelos milagres concedidos”, como refere Américo Pereira da Silva, presidente da junta de fregue-sia de Monteiras.

Durante a tarde do dia 3, a festa continua com grandiosas lutas de bois, intercalando com mais música, desta vez, com a actuação de cantadores ao desafio. Para o encerramento das festividades haverá a actuação da Banda “JM - Jorge Manuel”.

Durante todo o evento os visitantes podem apreciar e des-frutar da abundante feira de gado, assim como de inúmeras “barraquinhas” com os mais variados produtos, desde calçado

De 1 a 3 de Agosto, em Monteiras, Castro Daire

Tradição e Música Popular animam Feira Anual da Senhora da Ouvida

e roupa, a loiças, brinquedos, artigos de maquinaria agrícola e ainda produtos para cultivo agrícola.

E, porque onde há música, há comes e bebes, a feira da Se-nhora da Ouvida brinda a suas gentes com o melhor da gas-tronomia regional. Tasquinhas onde se pode saborear pratos tradicionais como a posta de vitela Arouquesa, posta de ba-calhau com grão e os mais variados grelhados, acompanha-dos de um bom vinho da região do Douro ou do Dão. Estarão também presentes as famosas casas de doçaria, o biscoito, as bolas de carne, o famoso fumeiro de Castro Daire e ainda a boa sardinha.

A novidade da XI edição do Festival da Melancia, que decorre no Ladoeiro, em Idanha-a-Nova, nos dias 18 e 19, é a introdução da meloa e do melão ver-de no certame, disse fonte da organização.“O festival este ano está preparado para introduzir, além das variedades de melan-cia riscada, preta e sem semente, o melão verde e a meloa”, disse fonte do conselho de administração da empresa Hortas de Idanha.À semelhança do que tem acontecido nas edições anteriores, a sociedade Hortas de Idanha espera voltar a escoar a totalidade da melancia dos seus cerca de 20 produto-res, “de mil toneladas”. “Se as condições cli-matéricas se mantiverem, esperamos introduzir

Nos dias 18 e 19 de Julho

Idanha-a-Nova introduz meloa e melão verde no Festival da Melancia

no mercado mais de mil toneladas destes produtos”, adiantou.

A melancia tem a certificação de qualidade GlobalGAP, ou seja, boas práticas agríco-

las à escala global. Este selo reconhecido mundialmente tem sido uma mais-valia para a melancia do Ladoeiro, famosa pelo elevado teor de açúcar e pela sua dimensão.O evento, cuja organização está a cargo da Câmara de Idanha-a-Nova e da Jun-

ta de Freguesia de Ladoeiro, conta ain-da com animação durante os dois dias. O

cantor Iran Costa vai actuar no sábado e, para domingo, estão previstas as actuações

de Quinzinho de Portugal e Micaela.

Page 12: Gazeta Rural nº 251

12 www.gazetarural.com

Falta pouco mais de 15 dias para o início de mais uma edição do Festival do Vinho Português e da Feira Nacional da Pêra Rocha, certames que irão decorrer de 4 a 9 de Agosto na Mata Municipal do Bombarral.

O certame vitivinícola mais antigo do país, com origem na década de 60, vai já na sua trigésima segunda edição, enquan-to o certame dedicado à rainha da fruticultura portuguesa realiza-se pelo vigésimo segundo ano consecutivo. Uma das principais particularidades do evento prende-se com o facto deste decorrer na Mata Municipal, aliando assim a beleza na-tural deste espaço à promoção dos dois principais sectores da economia local e do que de melhor o Bombarral tem para oferecer.

Ao longo dos seis dias, os visitantes vão ter oportunidade de contactar com várias empresas e entidades ligadas ao sector agrícola, poderão apreciar a riqueza do artesanato local e de-liciar-se com os sabores da doçaria e da gastronomia regional.

Uma vez mais no evento irão estar representadas as várias regiões vitivinícolas do país, podendo os visitantes, através da aquisição do copo oficial do certame, provar os melhores vi-nhos que se produzem a nível nacional.

Luís Represas, José Cid e Tiago Bettencourt são as figuras de cartaz

No capítulo da animação, Luís Represas, José Cid e Tiago

Bettencourt são as figuras de cartaz do Festival do Vinho Por-tuguês e da Feira Nacional da Pêra Rocha. Acompanhado pela West Europe Orchestra, o primeiro a subir ao palco será Luís Represas. O concerto está a agendado para o dia 5 de agosto e terá lugar no Anfiteatro Municipal.

Para o dia 6 está agendado o concerto de José Cid, que irá igualmente ter lugar no Anfiteatro Municipal, enquanto no dia 7 será a vez Tiago Bettencourt actuar no palco da Mata Mu-nicipal.

Na interior da Mata Municipal terão ainda lugar o Encontro de Ranchos Folclóricos, no dia 4 de agosto, bem como a atu-ação do grupo de música popular “Sete Saias”, no dia 8, e da banda de tributo aos Beattles, no dia 9.

Em contagem decrescente

Bombarral prepara XXXII Festival do Vinho Português e XXII Feira Nacional da Pêra Rocha

Presença habitual no programa de animação, a “Wine & Pear Party”, organizada pelo Rotary Club do Bombarral, está mar-cada para a noite de 8 de agosto, realizando-se nos Claustros do Palácio Gorjão.

“Espaço Gourmet” e “Espaço Pêra Rocha”

Outro dos pontos de atracão do certame é o “Espaço Gour-met”, onde diariamente vários chefes de cozinha confeccio-nam ao vivo as mais diversas iguarias, cujos ingredientes prin-cipais são o vinho e a pêra rocha.

Uma vez mais, este espaço é desenvolvido em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, sedeada em Caldas da Rainha, com o Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, do Bombarral, e com a empresa bombarralense Moderestilo – Co-zinhas e Equipamentos, Lda.

Implementado na última edição, o “Espaço Pêra Rocha” terá como novidade a instalação de um calibrador e uma em-baladora, permitindo aos visitantes perceber um pouco como funcionam as centrais fruteiras. Neste espaço poderemos igualmente encontrar os produtores de pêra rocha e a doçaria derivada deste fruto.

Principais preocupações do sector vão ser debatidas no certame

Como vem sendo habitual, no decorrer do Festival do Vinho Português e da Feira Nacional da Pêra Rocha vão uma vez mais ser debatidos alguns dos temas que mais preocupam os agentes destes dois sectores agrícolas. Ao contrário dos anos anteriores, estas acções irão acontecer na Mata Municipal.

Por último, é de referir que a cerimónia de inauguração do certame, que será acompanhada pela banda da Sociedade Fi-larmónica Carvalhense, está marcada para as 18 horas do dia 4 de agosto. Quanto ao horário, o restaurante abrirá diariamen-te às 12 horas, enquanto o certame abrirá portas às 15 horas (exceptuando o dia da inauguração), encerrando à uma hora da manhã.

Page 13: Gazeta Rural nº 251

13 www.gazetarural.com

O tinto Casas do Côro Family Harvest DOC 2011 foi eleito o melhor vinho do VIII Concurso de Vinhos da Beira Interior, cuja entrega de prémios decorreu em Idanha-a-Velha, numa gala que contou com a do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. No evento foram entregues 10 medalhas de ouro e 12 medalhas de prata.

Cerca de 200 pessoas estiveram presentes na gala, que contou com a animação do Grupo de Teatro Vivarte, organi-zada em conjunta pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, Associação Empresarial da Beira Baixa, do Núcleo Em-presarial da Região da Guarda e Câmara de Idanha-a-Nova.

Participaram no concurso 27 produtores com 75 vinhos tin-tos, brancos, espumantes e frisantes, que estiveram represen-tados na aldeia histórica de Idanha-a-Velha, acompanhados de autarcas da região, empresários e diversos atores do sector vinícola. O evento inseriu-se na estratégia do Projecto Taejo Internacional, dinamizado com o apoio da União Europeia e co-financiado pelo FEDER e POCTEP 2007-2013.

O júri, presidido pelo Crítico Aníbal Coutinho atribuiu 12 me-dalhas de prata, 10 de Ouro e uma para o melhor vinho a con-curso Casas do Côro Family Harvested Tinto DOC Beira Interior 2011 da Empresa Marialvamed, Lda.

De salientar que os prémios estavam limitados num máximo de 30% de um total de 75 vinhos a Concurso de 27 diferentes produtores da Beira Interior, entre brancos, tintos, rosados, es-pumantes e frisantes.

De referir ainda que as exportações dos vinhos da Beira Inte-rior, representam, mais de 20 % do total das vendas da região, e estão neste momento, nos cinco continentes. No último ano (2014) tivemos um aumento de 8,6 % das exportações.

“Nunca como neste ano, a Beira Interior arrecadou tantas medalhas, nos mais variados concursos nacionais e interna-cionais, e esta realidade deve-se ao esforço que os nossos as-sociados têm feito para fazer melhor todos os dias”.

Prémios entregues em Idanha-a-Velha

Casas do Côro Family Harvest DOC 2011 eleito o melhor no VIII Concurso de Vinhos da Beira Interior

Page 14: Gazeta Rural nº 251

14 www.gazetarural.com

Aumento de 13% de produtividade na área da Pro-dução e de 12% de produtividade na área da Logís-tica. São estes os resultados mais evidentes da apli-cação da Metodologia Kaizen na Adega de Borba.

Inserido no âmbito do Projecto Mais Indústria + Produtivida-de, da Associação Industrial Portuguesa (AIP), e em parceria com o Kaizen Institute, a Adega de Borba iniciou a implementa-ção deste programa de melhoria contínua, originário do Japão, em Janeiro de 2014, com o objectivo de reforçar os seus níveis de competitividade. O projecto teve enfoque nas áreas da Pro-dução, Planeamento, Logística, Manutenção e Compras, es-tendendo-se posteriormente às áreas de suporte (Marketing, Adega, Serviços Administrativos e Financeiros).

“Um ano e meio depois, os resultados demonstram o suces-so da implementação desta metodologia: diminuição das ho-ras extra em 18%, aumento de 13% da produtividade na área da produção e aumento de 12% da produtividade na área Logísti-ca”, refere ‎Helena Ferreira, directora de Produção e Qualida-de da Adega de Borba.

Mantendo a sua estratégia de estar na vanguarda da mu-dança, a Adega de Borba apostou no programa Kaizen com vista a garantir uma maior eficiência nos diversos processos de trabalho do dia-a-dia, eliminando e reduzindo desperdícios e diminuindo custos. Alguns dos principais objectivos cumpridos foram melhorar a eficiência das linhas de produção, aumen-tar a matriz de competências das equipas, a normalização de processos e promover a auditoria de suporte à prática da melhoria contínua.

Helena Ferreira acrescenta ainda que “este foi um pas-so importante para a Adega de Borba, na medida em

Com aplicação da Metodologia Kaizen

Adega de Borba aumenta produtividade em mais de 10%

que a Metodologia Kaizen veio permitir consolidar aquele que é o nosso maior objectivo: fornecer um produto de qualidade aos nossos consumidores e um serviço de excelência aos nos-sos clientes.”

Uma das características do Projecto Kaizen é também a en-volvência de todos os colaboradores, ou seja, o próprio facto de terem sido envolvidas todas as áreas e todos os colabo-radores da Adega de Borba gerou uma mudança cultural e comportamental, originando acções de melhoria contínua por parte de todos. “Um dos resultados mais importantes deste projecto foi a mudança cultural dos colaboradores de todas as áreas da empresa, que vêem actualmente a melhoria contínua como um objectivo da equipa e uma meta a alcançar”, revela a directora de Produção e Qualidade da Adega de Borba.

Amplamente aplicado e seguido internacionalmente na reestruturação e optimização dos processos produtivos, a Filosofia Kaizen é um modelo japonês de melhoria contínua, sendo que Kaizen significa mudar para melhor, todos os dias, em todas as áreas da empresa, envolvendo todos os colabo-radores.

A filosofia de Melhoria Contínua pressupõe alguns aspec-tos-chave, que devem ser interiorizados por todos os colabo-radores, como, por exemplo, ver nos problemas oportunidades de melhoria, apostar na mudança de pequenas rotinas, ques-tionar tudo sem paradigmas ou eliminar/reduzir desperdícios, entre outros.

Page 15: Gazeta Rural nº 251

15 www.gazetarural.com

O Wine In Azores, que em Outubro atrai à Ilha de S. Miguel os amantes dos grandes vinhos e da boa comida, terá lugar este ano no Pavilhão de Exposições de São Miguel, na Ribeira Gran-de, de 16 a 18 de Outubro.

O Wine In Azores é o maior evento empresarial dos Açores que transforma a cidade de Ponta Delgada e encanta todos os seus cidadãos e todos quantos a visitam e está colocado entre os maiores e melhores eventos da especialidade em Portugal. É, na sua essência, uma feira de promoção de vinhos onde os produtores de vinho mais carismáticos de Portugal dão os seus produtos à prova.

Sob o conceito “business & pleasure”, tem uma forte com-ponente gastronómica, que demonstra a grande preocupação com a parte comercial e promocional dos produtos presentes na feira.

“A presença, no ano transacto, de mais de 10.000 visitantes e mais de 100 expositores presentes, marcaram pela positiva e contrariam todos os que não estavam à espera de um evento com esta dimensão nos Açores”, refere Joaquim Coutinho da organização do certame. A presença de mais de trinta órgãos de comunicação social, na sua maioria de Portugal Continen-

Na Ribeira Grande, de 16 a 18 de Outubro

Pavilhão de Exposições de São Miguel recebe Wine In Azores 2015

tal e do estrangeiro, “foi fundamental para transformar este evento da área dos vinhos, carne, peixe e produtos gourmet num dos três mais importantes do país. A presença de inúme-ros turistas das mais variadas origens e de vários apreciadores de vinhos nacionais e estrangeiros fizeram as delícias dos ex-positores”, refere aquele responsável.

“Porque para a nossa empresa o expositor é o nosso clien-te principal, reservamos para os expositores um acolhimento VIP. Tratamos com a maior amizade, simpatia, entregamos os stands completos para que só tenham de trazer o vinho, subs-tituímos os frapés e as cuspideiras sempre que necessário, e durante o evento terão a oportunidade de provar inúmeras iguarias”, acrescenta Joaquim Coutinho.

Ainda segundo a organização, os expositores têm preços es-peciais de viagens, hotéis e rent-a-car. Poderão visitar os inú-meros lugares turísticos nas horas livres e até partir à aventura em passeios de veleiro, iate, observar as baleias e golfinhos (whale watching), praticar pesca desportiva, caça submarina, assim como também wind surf, canoagem, etc…

Em resumo: Os Açores são para ver e essencialmente para degustar com prazer!

Page 16: Gazeta Rural nº 251

16 www.gazetarural.com

Com o objectivo de aproximar o público em ge-ral, para que este possa interagir e ter o contacto real com as suas práticas de produção e com os produtos, a Quinta Holminhos, situada em Seixo de Manhoses, no concelho de Vila Flor inaugurou a sua Holminhos Wine House.

Conceitos como a importância da vinha e todo o processo de produção dos seus néctares vão ser referência neste novo espaço, assim como o sen-tido da visão, olfacto e paladar, para quem degusta os vinhos deste produtor.

Vítor Teixeira, proprietário da quinta, em conver-sa com a Gazeta Rural, salienta a necessidade da aproximação entre Trás-os-Montes e o Douro Su-perior, de modo a que juntas possam ser maiores e ter condições para atrair turistas à região.

Gazeta Rural (GR): Como decorreu a inauguração da Wine House?

Vitor Teixeira (VT): A inauguração correu dentro das nos-sas expectativas. Tivemos cerca de 60 pessoas convidadas e proporcionamos um bom momento. As pessoas conviveram, interagiram e conheceram o espaço. Foi o primeiro contacto e as opiniões foram muito positivas, num espaço agradável e funcional.

GR: E um espaço multifunções?VT: E um espaço multifuncional que dá para fazer coisas

muito diversificadas.

Centro Interpretativo do Vinho e da Vinha em Vila Flor

Já foi inaugurada a Holminhos Wine HouseR: O enoturismo está cada vez mais na moda. Tem

sido aproveitado na região?VT: Apesar de estarmos dentro Região Demarcada do Dou-

ro, estamos um pouco afastados do rio, e o enoturismo ainda funciona mais junto ao rio, com os barcos e com as quintas mais próximas.

Nós temos que fazer alguma coisa para isto expandir. Foi por isso que este espaço também surgiu, no seguimento desta ideia. Temos um espaço onde as pessoas podem vir e desfrutar e onde pretendemos combinar o vinho, a cultura e a gastrono-mia. Não só vender a vinha e o vinho, mas também a região e isso não tem sido feito.

GR: Esta região não tem só o vinho, mas também o azeite e a amêndoa. A cultura religiosa também marca esta região?

VT: Sim, temos bons monumentos e há um público interes-sante que gosta de vir e conhecer. Nos passeios pedestres te-mos aqui percursos interessantes, que podem ser explorados, com programas adequados a cada tipo de consumidor.

GR: Vila Flor está, diria, um pouco longe do Douro e próxima de Trás dos Montes. Falta alguma ligação entre as duas regiões?

VT: Talvez. Penso que estamos na fase em que cada região tenta descobrir o que tem de melhor para oferecer. Acho que este trabalho tem que ser feito. Cada região descobrir o que tem de mais importante e depois ver o que realmente cada uma pode oferecer ao outro e vice-versa.

Acho que somos uma região tão pequena que temos traba-lhar todos em colaboração, para nos tornarmos maiores e com mais condições.

Page 17: Gazeta Rural nº 251

17 www.gazetarural.com

ET é a mais recente referência que a Magnum Vi-nhos colocou no mercado. E não é um vinho qual-quer, uma vez que, como diz Lúcia Freitas, respon-sável pela empresa de Carregal do Sal, é um néctar “à moda antiga”, feito com duas das castas nobres, diríamos, rainhas, da região do Dão, como são o En-cruzado e a Touriga Nacional.

Gazeta Rural (GR): Como tem sido recebido o ET?Lúcia Freitas (LF): O ET é um vinho que, pensamos nós,

é diferente e tem tido muito sucesso porque é um vinho feito com as castas Encruzado e Touriga Nacional. Não é muito co-mum fazer um vinho com uma casta branca e uma tinta.

Tivemos algumas dificuldades com a CVR Dão porque em-bora seja permitido fazer vinhos com uma pequena percenta-gem de castas brancas, porque não conseguimos colocar no rótulo essa informação. Aliás isto é a história dos vinhos do Dão. Antigamente os vinhos eram todos feitos em lagar com as castas brancas e tintas misturadas.

ET, para o comum mortal, quer dizer extraterrestre, mas para nós quer dizer Encruzado com Touriga Nacional. E então, como não podemos escrever essa informação no rótulo e um vinho que tem ser explicado, esta situação acabou por tornar o vinho ainda mais interessante, porque as pessoas vêem o nome e fi-cam intrigados com o quer dizer ET.

Feito com Encruzado e Touriga Nacional

Magnum Vinhos lançou um néctar “à moda antiga”

GR: Então, para além de ET, que vinho é este?LF: É um vinho que recria o que antigamente se fazia, que

era a vinificação das castas brancas e tintas em conjunto. É um vinho com pouca maceração, pálido na cor, mas com uma aci-dez muito marcada e taninos muito redondos. Diria que é um Dão a moda antiga. É um vinho da colheita de 2012, que vai de encontro às tendências que agora se procuram nos vinhos, mais elegantes, menos concentrados e, acima de tudo, muito gastronómicos.

GR: E o Ribeiro Santo?LF: Na referência “Ribeiro Santo”, quando lançámos o ET,

saiu também o “Carlos Lucas 20 anos”, um vinho que come-mora os 20 anos de enologia do Carlos Lucas. Foram apenas produzidas 470 garrafas e algumas magnuns. É o nosso ícone, neste momento, do Ribeiro Santo.

GR: Como está a evoluir a vinha este ano?LF: Está um pouco adiantada. Prevemos que tudo corra bem

e que seja um ano muito bom.

GR: Em todas as castas?LF: Neste momento ainda não conseguimos fazer essa ava-

liação. Existem muitas doenças para já, mas acredito que va-mos ter um ano normal.

Page 18: Gazeta Rural nº 251

18 www.gazetarural.com

O nome conta a história quase toda: Touriga Nacional, a “casta tinta mais representativa” para os Vinhos de Por-tugal, que agora surge plantada no estrangeiro e elogiada pela crítica, como uma nova embaixadora dos vinhos por-tugueses.

“A crescente internacionalização, a qualidade e os pré-mios obtidos pelos vinhos portugueses em diversos con-cursos internacionais geram interesse e contribuem para o conhecimento das castas portuguesas no mundo. Assim, o facto de outros países estarem a plantar algumas dessas castas é um sinal de conhecimento e reconhecimento das suas características”, disse o presidente do Instituto dos Vi-nhos do Douro e Porto (IVDP), Manuel Cabral.

Numa recente edição da revista especializada Decanter, o resultado da parceria do enólogo Rui Reguinga na Argenti-na, que culminou com um vinho composto por 80% da casta de uva Malbec (a principal variedade utilizada na Argentina) e 20% Touriga Nacional, aparece na categoria dos “excep-cionais”, com classificação de 18,5 em 20.

“Acho de muita importância para Portugal e para os vi-nhos portugueses que a casta Touriga Nacional tenha um reconhecimento internacional como casta de elevado po-tencial qualitativo. Tem sido reconhecida fora de Portugal

Oriunda da Região Demarcada do Dão

Casta Touriga Nacional é nova “embaixadora” dos vinhos portugueses

como uma casta com grande aptidão para ‘blends’ [mistu-ras], aumentando e melhorando as castas utilizadas local-mente”, afirmou Rui Reguinga.

O enólogo lembra que têm sido trabalhados vários ‘blen-ds’ não só na Argentina, mas também na Austrália (com a casta Shiraz) e na Califórnia (com Carbernet) e sublinha que “deveria ser continuamente incentivada a plantação da casta nos outros países produtores de vinho, de modo a ser considerada uma casta internacional, que obviamente tem sempre a sua identidade e originalidade em Portugal”.

A necessidade da manutenção da identidade é partilhada por Manuel Cabral, do IVDP: “A identidade da Touriga Nacio-nal não está em causa. Assim, compete-nos preservar, pro-teger e promover este património genético único e garantir que haja uma identificação clara das castas portuguesas com o nosso país”.

Nuno Vaz Pires, da Essência do Vinho, coloca ênfase no potencial que a presença externa de castas de origem portuguesa cria e refere que “quando um consumidor - ou alguém - está a usar Touriga Nacional há uma associação imediata a Portugal”, o que pode levar esse cliente a “des-cobrir outros vinhos portugueses”. “De facto, ajuda a poten-ciar o nome do nosso país”, sublinha Nuno Vaz Pires.

Page 19: Gazeta Rural nº 251

19 www.gazetarural.com

O produtor Quinta das Marias, de Oliveira do Con-de, Carregal do Sal, continua a sua aposta nas cas-tas nobres do Dão, nomeadamente Encruzado e Touriga Nacional, que tão boa receptividade têm tido junto dos consumidores. Referência para o novo Alfrocheiro, com um toque de Jaen, um vinho para deixar… água na boca. Peter Eckert, à Gazeta Rural, destaca a aposta no mercado nacional, com vendas na ordem dos 40%, e 60% no mercado in-ternacional, com exportações recentes para a China e Canadá. O proprietário da Quinta das Marias tem agora como objectivo os mercados dos Estados Unidos e Reino Unido.

Gazeta Rural (GR): A aposta no Encruzado continua?Peter Eckert (PE): Sim. Engarrafamos em Abril 10 mil gar-

rafas de Encruzado 2014, fermentado em cuba e que irá para o mercado daqui a algum tempo. Estou a fazer um ensaio, este ano, deixando o vinho estagiar mais tempo na barrica. Vamos ver se resulta.

Já engarrafado e pronto para colocar no mercado está o En-cruzado Barricas 2012. O resto da colheita de 2011 foi para a China. Foi, aliás, a primeira venda que fiz para este país. Envi-ámos também uma boa remessa de Encruzado 2011, sem bar-ricas, para o Canadá. O Encruzado tem tido uma boa saída e estou optimista quanto às vendas.

GR: E os Touriga Nacional?PE: Já vendi uma parte do Touriga Nacional 2012. Foi engar-

rafado em Abril e já está no mercado. Vou também engarrafar o Touriga 2013 que ficará uns tempos a estagiar na garrafa. O Cuvee TT 2013 também vai ser engarrafado, porque esgotá-mos a colheita de 2012.

O Alfrocheiro 2013 já está engarrafado e lançado para o mercado. Este vinho tem uma pequena diferença das colheitas de outros anos, porque tem um pouco de Jaen, um resto que

Peter Eckert acredita numa boa colheita em 2015

Encruzado e Touriga Nacional são ‘cabeça-de-cartaz’ da Quinta das Marias

tinha em stock e que está referido no rótulo. O vinho é muito bom, frutado e o Jaen dá-lhe um toque de frescura. Fiquei mui-to contente com o resultado.

GR: É uma experiência pouco habitual?PE: Não foi uma experiência mas sim um acidente, porque

tinha uma cuba de Alfrocheiro com pouco espaço e havia um resto do Jaen e não tinha onde o colocar. Então pensei: “vou misturar um pouco de Jaen com o Alfrocheiro” e o resultado é muito positivo.

GR: Tem vindo a apostar no mercado internacional?PE: Sim, mas continuo a vender cerca de 40% no mercado

nacional e o restante na exportação. Aposto nos dois merca-dos. No mercado nacional tenho tido uma boa subida, princi-palmente o Encruzado, o Touriga Nacional e o Cuvee TT. Este último é um vinho muito gastronómico e sai muito bem nos restaurantes em Lisboa, Cascais e na costa do Estoril. Estou muito satisfeito com as vendas, pois tive uma pequena subi-da. No mercado internacional, tenho tido bons resultados na exportação para a Suíça, mas também apostamos noutros pa-íses como a China, Canadá e Alemanha. Os Estados Unidos e o Reino Unido são dois mercados que ainda não consegui con-quistar.

GR: E o Brasil?PE: Através do meu importador já estivemos presentes

numa feira no Rio de Janeiro. Tenho tido muito bons contractos. Houve pessoas que provaram os nossos vinhos no Brasil, foram a Paris e queriam comprar o nosso vinho. Houve uma pessoa que me escreveu de Lisboa, que tinha provado os vinhos no Rio e queria comprar. Consegui satisfazer o seu pedido.

GR: Como estão as vinhas este ano?PE: Estão bem. Estou aqui desde 1991 e nunca vi as vinhas

tão bonitas como este ano. Estão no tempo certo, muito sau-dáveis, carregadas e, por isso, vamos fazer uma monda bas-tante forçada. Se não houver nada de anormal, acredito que vamos ter um bom ano. Mas ainda temos cerca de dois meses para a vindima e nunca sabemos o que pode acontecer.

Page 20: Gazeta Rural nº 251

20 www.gazetarural.com

Sociedade Agrícola Encostas de Sonim LdaRua da Mourisca, nº15430-273 - Valpaços

Email.: [email protected]/Fax.: (+351) 278 759 227

Tlm.: (+351) 969 777 397 / (+351) 968 948 923

www.facebook.com/encostas.de.sonim

WWW.ENCOSTASDESONIM.PT

A Comissão Vitivinícola Regional do Dão e a Rota dos Vinhos do Dão promovem nos dias 17 (das 15 às 22 horas) e 18 de Julho, (das 15 às 22 horas), o evento Dão Capital 2015, que terá lugar no Palácio Foz, nos Restauradores, em Lisboa, onde os visitan-tes podem provar alguns dos melhores néctares desta região, bem como algumas iguarias da região.

O objectivo é reforçar a notoriedade da Região do Dão e dar a conhecer os vinhos DOP Dão e Vinho Regional Terras do Dão, como também os produtos endógenos de qualidade distinta do território da Região Demarcada, como por exemplo, o Quei-jo Serra da Estrela e derivados, os enchidos tradicionais como o fumeiro, chocolates, doçaria, cogumelos, frutos vermelhos, mel e derivados, etc.

A mostra terá lugar no Palácio Foz, nos Restauradores e os visitantes poderão provar e comprar os produtos expostos e participar em provas de vinhos comentadas por especialistas da Revista de Vinhos.

Nos dias 17 de Julho a 18 de Julho

Dão Capital 2015 no Palácio Foz em Lisboa

Page 21: Gazeta Rural nº 251

21 www.gazetarural.com

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CARTAZ4.pdf 1 15/07/03 17:41

Page 22: Gazeta Rural nº 251

22 www.gazetarural.com

A Quinta dos Monteirinhos, em parceria com a Portu-gal Wine Castes, em Viseu, lançou duas novas referências Quinta dos Monteirinhos - Tinto DOC 2012 e Quinta dos Monteirinhos - Tinto DOC 2013.

Num evento recheado de surpresas, que contou com a presença dos produtores e do enólogo, Hugo Chaves de Sousa, amigos e amantes de bons vinhos, e das melhores iguarias da região do Dão, como pão, enchidos fumei-ros do Demo e queijo Serra da Estrela e vinho Os vinhos tintos de DOC 2012 e DOC 2013 são a grande no-vidade de 2015. Do tinto DOC 2012 produziram-se 6.666 garrafas e 17.333 garrafas do tinto DOC 2013. Nestes faz--se sentir o equilíbrio entre a Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen, apresentando um volume e estrutura surpreenden-

Em parceria com a Portugal Wine Castes

Quinta dos Monteirinhos apresentou novos vinhos DOC 2012 e 2013

tes. São vinhos complexos, com aroma a frutos vermelhos, excelente para acompanhar pratos de carne e peixe no forno. Aconselha-se a que a garrafa seja aberta 15 minutos antes de ser consumido a uma temperatura de 16’C.

Quinta dos Monteirinhos Tinto D.O.C. 2012 e D.O.C. 2013 são vinhos verdadeiramente preciosos, extraídos das terras graníticas do planalto beirão, recorrendo a vi-nhas sabiamente plantadas em Água Levada e Moimenta de Maceira Dão. Estes vinhos partilham o carácter distinto e a qualidade dos grandes vinhos do Dão. Os padrões de qualidade aplicados nas anteriores referências da Quinta dos Monteirinhos mantêm-se, apresentando-se, portan-to, como grandes promessas do vinho do Dão deste e dos anos vindouros.

Page 23: Gazeta Rural nº 251

23 www.gazetarural.com

A Sociedade Agrícola Encostas de Sonim, sedeada na freguesia de Sonim, no concelho de Valpaços, tem vindo a apostar no aumento da qualidade dos seus vinhos, não só nos 15 hectares de vinha, mas também numa adega renovada e equipada com as mais modernas tecnologias.Encostas de Sonim e Sonnini são duas marcas que recentemente chegaram ao mercado com novos vinhos, especialmente concebidos para esta épo-ca de verão. Helder Martins, gerente da empresa, à Gazeta Rural, destaca a importância da nova adega para a elaboração de vinhos de qualidade.

Gazeta Rural (GR): Como decorreu a campanha de 2014? Helder Martins (HM): A sociedade possui neste momento 15 hectares de vinha. O último ano foi um pouco complicado, mas conseguimos efectuar 80% da vindima antes da chuva, o que nos permitiu realizar lotes de vinho muito interessantes. Adop-tamos um conjunto de critérios apertados de selecção e esco-lha das uvas (na vinha e na adega), onde só as que apresentam qualidade foram vinificadas. Produzimos, por ano, cerca de 40 000 garrafas de vinho tinto, branco e rosé, prontas a sair para o mercado.

GR: Quais foram os últimos lançamentos?M: Lançamos já pensar na campanha de verão, os nossos vinhos brancos (Encostas de Sonim DOC e Sonnini Regional Transmontano) e rosé (Sonnini Regional Transmontano). São vinhos de excelente qualidade, vinificados com temperaturas controladas, o que nos permite ter para apresentar, vinhos com aromas e paladar muito marcantes. Para este período de verão, aconselhamos os vinhos “Sonni-ni” que são diferentes, jovens, muito aromáticos, ligeiramente doces e muito leves (baixo teor alcoólico). Também o Encostas de Sonim DOC que está muito equilibrado, num patamar de qualidade de excelência, que muito dignifica a nossa região de Trás-os-Montes, feito à base de Viosinho e Arinto.Iremos lançar também o Encostas de Sonim colheita tardia “late harvest”. Trata-se de um vinho diferente, doce, vindima-do no final de Novembro que já algum tempo desperta a aten-ção de quem nos visita na adega.

GR: Apostaram na reestruturação da adega?HM: Sim, foi uma aposta no sentido de melhorar o espaço e as condições de vinificação. Entendemos que devemos apostar na qualidade e é isso que queremos que o cliente reconheça no nosso produto. Estamos numa região com potencialidades ímpares para a produção de vinhos e que, por coincidência, muitos transmontanos desco-nhecem. Houve a necessidade, que consideramos natural, de investir, naquilo que entendemos será uma mais-valia não só para nós, mas para toda a região. Melhoramos o espaço físico e apetrechamo-lo com equipamentos e tecnologia (cubas de

Sedeada no concelho de Valpaços

Encostas de Sonim lançou novos vinhos e um “late harvest”

fermentação, lagares de granito equipados com controlo de temperatura, sistema de frio, linha de engarrafamento etc) que permitem extrair da uva as máximas características que, se re-flectirão na qualidade dos nossos vinhos. Temos uma adega moderna, bem equipada, com mais capacidade e com condi-ções para fazer melhor, ao serviço da região.

GR: Como está o mercado?HM: O mercado é, com certeza, a parte mais difícil de qual-quer negócio e do vinho em particular. Somos um país onde se produz muito e bom vinho, pelo que, não é de esperar que exista esta carência no mercado e, como tal, abrir canais de escoamento a nível interno é um trabalho árduo para qualquer produtor.O mercado externo será, por ventura, a solução para este pro-blema. É necessário abrir horizontes e tentar colocar os nos-sos produtos lá fora, no entanto, como sabemos, este não é um processo fácil. Já estivemos presentes em diversas acções de promoção e divulgação dos produtos de Trás-os-Montes no estrangeiro e, apesar das provas se traduzirem num sucesso onde a excelência dos vinhos de Trás-os-Montes é reconheci-da, não é fácil demover os importadores desses países a selec-cionar os produtos da nossa região para colocar nesses mer-cados, visto que, todos eles, já importam vinhos portugueses, de outras regiões e não pretendem alargar o portefólio, muitas vezes nem se chega a falar de preço. Não se pode desistir.

Page 24: Gazeta Rural nº 251

24 www.gazetarural.com

O aumento dos rendimentos nos países em desen-volvimento irá incentivar a procura por alimentos e mudanças nas dietas. Porém, as fortes colheitas de-vem conduzir a uma baixa dos preços dos alimentos.

Factores como o alto rendimento das culturas, uma maior produtividade e um crescimento mais lento da procura mun-dial devem contribuir para um declínio gradual dos preços reais dos produtos agrícolas na próxima década mas, ainda assim, os preços irão provavelmente manter-se em níveis acima dos praticados no inicio do século XXI, de acordo com o último re-latório Perspectivas Agrícolas produzido pela OCDE – Organi-zação para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e a FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

Os baixos preços do petróleo irão contribuir para uma des-cida dos preços dos alimentos, forçada por menores custos de energia e de fertilizantes e um menor incentivo para a produ-ção de biocombustíveis de primeira geração fabricados a par-tir de cultivos alimentares.

O relatório Perspectivas Agrícolas 2015-2024 da OCDE e da FAO projecta que o mercado agrícola cresça a um ritmo mais lento que na década passada, enquanto a proporção global de produção agrícola e o consumo se mantêm estabilizados. Este relatório aponta para uma crescente concentração da expor-tação de produtos agrícolas básicos entre alguns países ex-portadores, juntamente com uma dispersão das importações num número cada vez maior de países – tendências que tor-nam imperativo garantir o bom funcionamento dos mercados internacionais.

O crescente papel de um grupo relativamente pequeno de países no abastecimento dos mercados globais com produtos básicos pode aumentar os riscos do mercado, incluindo aque-les associados a desastres naturais ou à adopção de medidas comerciais contraproducentes.

Esperam-se grandes alterações na procura nos países em desenvolvimento, onde o crescimento da população, o aumen-to dos rendimentos per capita e a urbanização irão aumentar a procura por alimentos, de acordo com o relatório. O aumen-to dos rendimentos continuará a incentivar os consumidores a diversificar as suas dietas, nomeadamente aumentando o

Para a próxima década

OCDE e FAO esperam uma maior produção e preços mais baixos

consumo de proteína animal em relação aos amidos. Como resultado, é esperado que os preços da carne e dos lacticínios sejam altos relativamente aos custos das culturas. De entre as culturas, os preços dos cerais secundários e das oleaginosas, usados na alimentação animal, devem subir relativamente aos preços dos alimentos básicos.

Ao apresentar o relatório conjunto OCDE-FAO em Paris, o Secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, afirmou que “as pers-pectivas para a agricultura mundial apresentam-se mais está-veis do que se têm mostrado nos últimos anos, mas não há es-paço para complacência, assim como não podemos descartar o risco de novos picos de preços nos próximos anos”. Por isso, “os governos devem aproveitar as condições atuais para se concentrarem no desenvolvimento de políticas que permitam aumentar a produtividade, estimular a inovação, melhorar a gestão dos riscos e garantir sistemas agrícolas sólidos que be-neficiem tanto os consumidores como os agricultores”, disse.

O Director Geral da FAO, José Graziano da Silva, apresen-tou como uma “boa notícia” a projecção de que a população nos países em desenvolvimento vai provavelmente continuar a melhorar a sua ingestão calórica. Observou também que os países menos desenvolvidos “permanecem significativamen-te atrasados relativamente às economias avançadas, o que é motivo de preocupação, uma vez que significa que a fome pode persistir nestes países”.

“E a malnutrição é um problema: os países em desenvolvi-mento têm agora de enfrentar os problemas do sobrepeso, obesidade e outras doenças não transmissíveis relacionadas com as dietas”, acrescentou.

Destaques nas matérias-primas

A acumulação de grandes reservas de cereais ao longo dos últimos dois anos, em conjunto com baixos preços do petró-leo, deve levar a uma queda ainda maior dos preços dos ce-reais a curto prazo. O aumento lento dos custos de produção e uma procura sustentada deverão novamente fortalecer os preços a médio prazo.

A forte procura por farinhas proteicas vai impulsionar ainda mais a expansão da produção de oleaginosas, de acordo com o relatório. Isto deve tornar as farinhas alimentares muito im-portantes na rentabilidade global das oleaginosas e favore-

Page 25: Gazeta Rural nº 251

25 www.gazetarural.com

cer uma maior expansão da produção de soja, especialmente no Brasil.

Uma maior procura por açúcar nos países em desenvol-vimento deverá permitir a recuperação dos baixos níveis de preços e atrair novos investimentos no sector. A situação do mercado dependerá da rentabilidade do sector do açúcar em relação ao etanol no Brasil, o maior produtor mundial, e po-derá, por isso, permanecer volátil devido ao ciclo de produ-ção do açúcar em alguns países asiáticos, importantes pro-dutores deste produto.

A produção de carne deve responder a uma melhoria das margens, devido à baixa dos preços dos cerais para alimen-tação animal que repõe a lucratividade do sector, que operou em ambiente de custos particularmente elevados e voláteis das matérias-primas durante a maior parte da última década.

A produção pesqueira no mundo deve expandir-se em qua-se 20 por cento em 2024. A aquicultura deverá ultrapassar o volume total das pescas de captura em 2023.

As exportações de produtos lácteos deverão continuar a concentrar-se entre quatro produtores principais: Nova Ze-lândia, União Europeia, Estados Unidos e Austrália, onde as oportunidades de crescimento da procura interna são limi-tadas.

Os preços do algodão deverão diminuir a curto prazo devi-do à depleção de grandes stocks na China, mas prevê-se que recuperem e se mantenham relativamente estáveis durante o restante período das projecções. Em 2024, tanto os preços reais como nominais irão situar-se abaixo dos níveis alcan-çados em 2012-14.

Espera-se um crescimento, a um ritmo mais lento, na utili-zação de etanol e biodiesel, durante a próxima década. Pre-vê-se que o nível de produção seja dependente de políticas nos principais países produtores. Com os preços do petróleo

mais baixos, o mercado de biocombustíveis deve permanecer uma pequena parte relativamente à produção total.

Projecções para o Brasil

A projecção deste ano tem especial enfoque no Brasil, que se prepara para capturar a maioria da expansão do mercado gerada pelo crescimento da procura de importações, parti-cularmente na Ásia. Prevê-se que o crescimento agrícola do Brasil seja guiado por melhoramentos contínuos na produti-vidade, com um maior rendimento das culturas, alguma con-versão das pastagens em plantações e uma produção animal mais intensiva.

Reformas estruturais e a reorientação no apoio aos inves-timentos de promoção da produtividade, por exemplo nas infra-estruturas, poderiam fomentar estas oportunidades, o mesmo ocorrendo com acordos que melhorem o acesso a mercados estrangeiros.

O Brasil teve grandes progressos na eliminação da fome e na redução da pobreza. As perspectivas de futuras redu-ções da pobreza através do desenvolvimento agrícola estão a crescer para os produtores de alguns produtos alimentares, bem como para os produtores de produtos de maior valor tais como o café, os hortícolas e os frutos tropicais.

A projecção aponta para que o crescimento agrícola pre-visto possa ser alcançado de forma sustentável. Apesar do aumento da produção continuar dever-se mais aos ganhos de produtividade do que ao aumento das áreas de cultivo, a pressão sobre os recursos naturais pode ser diminuída atra-vés de iniciativas de conservação, incluindo o apoio a práti-cas de produção sustentáveis, à conversão de terras de cul-tivo naturais e degradadas em pastagens e à integração de sistemas agrícolas e pecuários.

Page 26: Gazeta Rural nº 251

26 www.gazetarural.com

Portugal lidera um grupo europeu-americano para estudar a reprodução sexual das plantas, visando a identificação de genes úteis para a indústria agrícola, para melhorar a produ-tividade de espécies de cultivo, projecto financiado com 2,6 milhões de euros.

A investigação, a desenvolver durante três anos, é coorde-nada por Jörg Becker, investigador principal no Instituto Gul-benkian de Ciência (IGC), e é financiada pela ERA-CAPS, uma rede que apoia a pesquisa científica no domínio das plantas.

Uma equipa de oito cientistas vai estudar diversas espécies, desde musgos a plantas com flor, como a do tomate, a do arroz e a do milho e a erva-estrelada, para “compreender as princi-pais etapas na evolução da reprodução das plantas, incluindo os mecanismos ancestrais de desenvolvimento dos gâmetas e fertilização”, refere o IGC em comunicado.

Para tal, os investigadores vão comparar a actividade de “redes de genes” de diferentes espécies, que irão “ajudar na identificação dos principais mecanismos de reprodução das plantas e revelar se são ancestrais ou novos”.

Segundo Jörg Becker, do Laboratório de Genómica das Plantas do IGC, o projecto “irá fornecer a primeira análise

Um projecto financiado com 2,6 milhões de euros

Portugal lidera investigação para melhorar produtividade de plantas de cultivo

exaustiva da evolução molecular da reprodução sexual das plantas e dar informações sobre as origens da fertilização em plantas com flor”, o que, a seu ver, é fundamental para se ter meios para 2manipular a reprodução das plantas” e “melhorar a produtividade das culturas”.

A nota do IGC lembra que “as plantas com semente são ex-tremamente importantes economicamente, pois são fonte principal de alimento, fibras e outras matérias-primas indus-triais”. Contudo, “a capacidade de gerar comida suficiente, ra-ção para animais e energia está cada vez mais comprometida pela expansão da população humana, pela competição pelo uso de terra, pela rápida perda de biodiversidade e pela mu-dança climática global”, alerta.

O projecto de investigação, chamado EVOREPRO, inclui na sua equipa cientistas de institutos e universidades da Áustria, da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos, além do IGC.

É a primeira vez que Portugal participa num projecto da ERA-CAPS, rede de 17 países europeus, Estados Unidos e Nova Zelândia. Em Portugal, o financiamento é assegurado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Page 27: Gazeta Rural nº 251

27 www.gazetarural.com

As carroças puxadas por mulas estão de regresso às ruas de Campo Maior, no Alentejo, para dar a conhecer este meio de transporte utilizado no passado, mas também o património e a história da vila aos visitantes.

Pelas ruas desta vila raiana do distrito de Portalegre, escu-tam-se de novo as vozes de comando dos ‘carreiros’ (condutor das carroças) e o relinchar das mulas, perante a admiração das gerações mais antigas e o olhar atento e curioso dos mais no-vos.

“Os turistas gostaram muito, é uma coisa não vista, uma no-vidade”, conta Manuel Toureiro, de 58 anos, proprietário de uma das três carroças que circulam por Campo Maior, subli-nhando ainda que esta iniciativa, promovida pela câmara, “é bem vista” pela população.

Os passeios turísticos em carroças começaram de forma experimental e gratuita aos fins-de-semana, pretendendo o município desenvolver o projecto, no futuro, com a criação de um regulamento e formação para os operadores darem a co-nhecer aos turistas a história local.

Nesse sentido, o município espera, a partir do início do pró-ximo ano, ter ‘carreiros’ legalizados e formados relativamente à mensagem histórica que pretende passar.

“É importante reforçarmos esta passagem cultural também às gerações mais novas de campomaiorenses, mas acima de tudo começarmos a criar uma rota onde os carros de mula possam andar na vila e poder transmitir aos turistas as vivên-cias destas sensações”, diz o presidente do município, Ricardo Pinheiro.

Nuno Portela, comerciante na zona do jardim de Campo Maior, mostra-se também satisfeito com a iniciativa, conside-rando tratar-se de uma ideia “original” e que poderá tornar-se “muito produtiva” para a vila raiana do ponto de vista econó-mico. “É uma iniciativa produtiva para a zona histórica de Cam-po Maior” e para “dinamizar os transportes rurais”, sublinha o comerciante.

Nesta primeira fase do projecto, as crianças de Campo Maior que se encontram de férias e que frequentam os programas de

Para mostrar património e a história da vila

Campo Maior lança passeios turísticos em carroças para mostrar património

tempos livres viajam, com alguma frequência, nas três carroças que circulam pela vila. Um “mundo atractivo” para a maioria dos mais novos. Para o pequeno João Pedro, viajar de carroça não é uma novidade, mas sublinha, de imediato, que prefere andar neste meio de transporte, em detrimento das motas.

“É bonito [viajar de carroça], é uma experiencia diferente”, afirma.

Ao reviver as tradições que se perderam no tempo, o municí-pio de Campo Maior espera dar a conhecer, de uma forma “di-ferente”, a sua história e a sua gente, com vista a atrair turistas para uma vila com cerca de 8.500 habitantes.

A Espaço Visual vai realizar pela primeira vez a Feira de Em-preendedorismo Agrícola nos próximos dias 25 e 26 de Setem-bro. Esta feira tem como objectivo principal a difusão dos valo-res do empreendedorismo e das agriculturas de Portugal, para quem quer investir na agricultura no curto prazo, concentran-do num espaço só diferentes actividades agrícolas, empresá-rios e players de âmbito social, económico e associativo. Nesta feira será possível encontrar:

- Uma Mostra com 16 atividades diferentes;- Sessões de networking com cada um dos 16 empresários

presentes;

Feira de Empreendedorismo Agrícola- Seminário sob o tema “O empreendedorismo agrícola

como base do desenvolvimento regional”;- Sessão de apresentação das melhores ideias do Concurso

de Novas Ideias de Negócio Agrícola, destinado a estudantes e jovens agricultores;

- Seminário sob o tema “Organização de Produtores”;- Mesa Redonda: Crédito Bancário e Apoio ao Investimento

na Agricultura.Local: Espaço VisualAv. Ass. Comercial e Industrial de Gondomar, 2904420-620 Gondomar

Page 28: Gazeta Rural nº 251

28 www.gazetarural.com

Um jovem engenheiro electrónico, que herdou umas col-meias vazias do avô, criou na Incubadora de empresas da Universidade de Aveiro uma “colmeia inteligente” climatiza-da, que permite controlar o estado dos enxames à distância.

Com 25 anos, Miguel Bento, natural de Penamacor, viu-se confrontado com um conjunto de colmeias vazias como he-rança de família, que povoou com um enxame oferecido por um primo, mas depressa se deu conta de que perdia dezenas de milhares de abelhas por ano.

Engenheiro com mestrado em Electrónica e de Teleco-municações pela Universidade de Aveiro (UA), Miguel Bento resolveu por isso unir o interesse pela apicultura ao conheci-mento na área da electrónica e criar um sistema que pudesse melhorar as condições de vida das abelhas, bem como de fa-cilitar o trabalho dos apicultores. Bento juntou-se a Joel Oli-veira e André Oliveira, dois outros ex-alunos da UA, nas áreas de gestão e design de produto e assim nasceu na Incubadora de Empresas da Universidade a Apis Technology, para desen-volver uma “colmeia inteligente”.

Ao fim de três anos de trabalho chegaram a um protó-tipo que possibilita a climatização automática do ambiente das abelhas, evitando mortes desnecessárias resultantes das variações de temperatura, e dotado de um sistema de moni-torização que permite que os apicultores tenham acesso, em

Permite controlar o estado dos enxames à distância

“Casa inteligente” para abelhas criada na Universidade de Aveiro

tempo real, a tudo o que se passa com os seus enxames.A tecnologia de monitorização consiste num sistema de

controlo e numa caixa de sensores colocados no seu inte-rior, que são conectados a um sistema central que agrega os dados de várias colmeias, se for o caso, e os envia para uma plataforma Web.

A solução permite controlar o estado dos enxames e evi-tar visitas regulares e desnecessárias às colmeias, poupando tempo e recursos, recebendo alertas quando existe uma alte-ração do fluxo de abelhas ou da produção de mel, se suspeita que houve tentativa de roubo ou ataque, ou existem indícios de que as abelhas possam estar sob a propagação de alguma praga ou sob o ataque de predadores, como a vespa asiática.

É também na climatização da “colmeia inteligente” que está outra das suas vantagens, dado que o sistema termica-mente eficiente possibilita que se diminua o número de per-das de abelhas nos meses mais frios, se promova um melhor desenvolvimento do enxame e consequente um aumento de produção na Primavera.

A colmeia da Apis está a ser testada há nove meses por Miguel Bento, que hoje tem mais de 20 colmeias e produz cer-ca de 150 quilos de mel por ano, mas também pelo apicultor austríaco Harald Hafner, podendo vir a “revolucionar” a api-cultura.

Page 29: Gazeta Rural nº 251

29 www.gazetarural.com

Projeto integrado por produtores, espaço de exposição, venda e promoção turística, a Granja, espaço agradável, bem decorado e acolhedor, tem vindo a tornar-se um fenómeno de simpatia e de atratividade para o público de Alcobaça e da Re-gião e, progressivamente, para o turismo que aí pode encon-trar tudo o que de melhor produz a agricultura de Alcobaça. Essa foi, aliás, a ideia que deu origem à sua criação - que os turistas pudessem encontrar, saborear e comprar em Alcobaça os seus produtos agrícolas de qualidade e com total garantia de segurança alimentar.

Criada essencialmente para promover o produto agrícola de Alcobaça e da Região, a Granja, projeto aberto a novos pro-dutores, a novos produtos, sobretudo recuperação de produ-tos tradicionais, a novas formas de confeção, a novas ideias de promoção e divulgação, é um projeto em construção per-manente, desenvolvendo, também, um conjunto de atividades complementares que procuram dar visibilidade aos talentos culturais, musicais, literários e culinários de Alcobaça.

Para além de constituir já o orgulho dos produtores que aí colocam diretamente os seus produtos para venda, a Granja está a cumprir uma outra missão importante ao nível da eco-nomia local – assume-se não apenas como regulador de pre-ços no mercado, mas despoleta cada vez mais imitações no pequeno comércio e até nas grandes superfícies.

Tudo isto sem esquecer o apoio que sempre está disponível para dar a iniciativas de carater social tão consonantes com os valores cooperativos da solidariedade e da ajuda mutua.

Há muito caminho a percorrer. Mas os resultados alcançados neste primeiro ano de atividade, quer no domínio da frequên-cia de visitas, quer mesmo da autossustentabilidade financeira, dão-nos boas razões para celebrar com otimismo este primei-ro ano de atividade.

Já arrancou a transmissão em directo (para o CDOS (Co-mando Distrital de Operações de Socorro) e para a Protecção Civil de Oleiros) das imagens captadas pelas câmaras de vigi-lância implementadas pelo Município de Oleiros, no âmbito do Sistema de Apoio à Decisão.

Este sistema, enquadrado no Dispositivo de Defesa da Flo-resta Contra Incêndios, foi colocado em pontos estratégicos do espaço florestal concelhio de modo a permitir a máxima cobertura do território. Desta forma, pretende-se garantir uma maior eficácia na detecção dos incêndios, optimizando uma rápida primeira intervenção por parte dos meios de com-bate.

Granja de Cister comemora em Julho o seu primeiro aniversário

Floresta de Oleiros com videovigilância

Granja de Sister - Questões1 – Que balanço deste primeiro aniversário?2 – A atracção de visitantes à região e a recuperação de pro-

dutos tradicionais são duas das alavancas do projecto. Como tem sido a receptividades nas duas vertentes?

3 – Têm entrado novos associados? Que tipo de produtos?4 – Este “é um projecto em construção permanente”. Até

onde pretendem ir?

Page 30: Gazeta Rural nº 251

30 www.gazetarural.com

O presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, classificou o projecto Há Festa na Aldeia como “catalisador de desenvolvimento sustentável” em territórios com potenciali-dades únicas, mas que na maior parte das vezes são pouco conhecidos.

“O Há Festa na Aldeia faz mais pelo espírito metropolitano do que muitas outras iniciativas, promovendo uma coopera-ção saudável entre várias entidades e pessoas de concelhos diferentes”, disse.

O autarca falava no encerramento do Há Festa na Aldeia em Couce, marcado por dois dias de “intensa actividade em contacto directo com a natureza”, num espaço considerado de referência no Grande Porto. José Manuel Ribeiro elogiou o projecto dinamizado pela Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM), institui-ção que “em boa hora” fez com que se passasse a “falar mais” de Couce, uma aldeia localizada em pleno coração das serras de Santa Justa e Pias.

Autarca de Valongo destaca potencialidades do projecto da ADRITEM

“Espírito metropolitano fortalecido com o Há Festa na Aldeia”

“As nossas serras são o símbolo da importância do patrimó-nio natural na evolução da vida deste concelho e possuem um forte potencial de desenvolvimento futuro”, reafirmou.

A crescente procura do património serrano de Valongo para as chamadas actividades outdoor - como o BTT, o trail running ou o pedestrianismo – é vista “com bons olhos” pelo presiden-te do município, que se manifesta “empenhadíssimo” em con-tinuar a promover este ex-libris da região.

O Há Festa na Aldeia em Couce - uma iniciativa dinamizada pela ADRITEM - contou com a parceria da Câmara Municipal de Valongo e da Junta de Freguesia de Valongo. O projecto prosseguiu nos dias 11 e 12 de Julho na aldeia de Burgo, no con-celho de Felgueiras.

Lançado em 2013 pela ADRITEM - propondo o envolvimento activo da população, estimulando os usos e costumes, as tra-dições culturais e a gastronomia -, o HFA iniciou este ano um processo de expansão em Terras do Sousa, mercê da coopera-ção mantida com a sua congénere ADER-SOUSA.

Page 31: Gazeta Rural nº 251

31 www.gazetarural.com

Se não for controlado, o aquecimento global causará danos irreversíveis à vida marinha, forçando peixes a procurar águas mais frias e destruindo recifes de coral, alerta um estudo inter-nacional recentemente divulgado.

Limitar o aquecimento global a dois graus Celsius acima dos valores pré-industriais é a única forma de evitar os piores efei-tos das mudanças climáticas nos oceanos, que constituem 90 por cento dos habitats do planeta, afirma o estudo publicado na revista Science.

Os dados do estudo baseiam-se na ‘Iniciativa Oceano 2015’, que examinou os possíveis efeitos das mudanças climáticas nos oceanos, na vida marinha e em centenas de milhar de milhões de dólares em bens e serviços que estes proporcionam cada ano. “Todas as espécies e serviços que recebemos do oceano serão afectadas”, afirmou o coautor do estudo, William Cheung, professor associado na Universidade da Colúmbia Britânica no Canadá.

A equipa considerou um cenário sem alterações no compor-tamento dos países, e comparou-o aos efeitos de introduzir cortes substanciais nas emissões de dióxido de carbono com o objectivo de manter o aumento da temperatura abaixo de dois graus Celsius até 2100, como delineado no acordo de Copenha-ga. “A condição dos oceanos futuros depende da quantidade de carbono emitido nas próximas décadas”, defende o estudo, lide-rado por Jean-Pierre Gattuso do Centro Nacional Francês para a Pesquisa Científica, sendo que “reduções imediatas e substan-ciais das emissões de CO2 são necessárias para evitar os im-pactos efectivamente irreversíveis nos ecossistemas oceânicos e nos seus serviços, que são previstos” se nada mudar.

Alerta um estudo internacional recentemente divulgado

Aquecimento global afectará irreversivelmente oceanos se não for controlado

Se nada for feito, “os peixes irão migrar para fora dos seus habitats 65% mais rápido, resultando em mudanças na biodi-versidade e funcionamento de ecossistemas”, diz o estudo.

Ao longo do tempo, o oceano irá perder capacidade de ab-sorver as emissões de carbono resultantes da queima de com-bustíveis fósseis, e a poluição resultante levará a uma crescen-te acidificação das águas e prejudica a vida marinha.

O aumento do nível das águas do mar, perda de oxigénio nas águas e doenças são também ameaças prioritárias ligadas à poluição.

Embora outros estudos recentes tenham sugerido que cer-tos tipos de corais sejam capazes de se adaptar a águas mais quentes, o estudo publicado hoje afirma ser “duvidoso que os corais consigam adaptar-se rápido o suficiente para manter as suas populações segundo a maioria dos cenários de emissões, especialmente se a temperatura continuar a aumentar ao lon-go do tempo”.

De acordo com Phillip Williamson, coordenador científico de um programa britânico de pesquisa sobre acidificação oceâ-nica, o estudo dá “um sumário poderoso e sucinto” de dados que já eram conhecidos pelos especialistas, “mas é bom ter as provas apresentadas em conjunto”. Williamson, que não este-ve envolvido no estudo, destacou que mesmo o cenário dos dois graus Celsius não será uma cura para os oceanos. “Mesmo o cenário mais restrito quanto a emissões de dióxido de car-bono e outros gases de efeito de estufa não deixa de ter ris-cos”, disse, acrescentando que “saber que os riscos poderão ser apenas moderados em vez de severos continua a justificar preocupações”.

Page 32: Gazeta Rural nº 251

32 www.gazetarural.com

A ministra da Agricultura disse que Portugal tem feito propostas em Bruxelas por causa do mercado do leite e a queda de preços, mas defendeu que “o foco” deve ser trabalhar dentro do “enqua-dramento” actual.

“Temos sido uma voz muito activa, Portugal, nomeadamente, sinalizando a importância do sector do leite, dos lacticínios, nos Açores, e explicando que, na nossa perspectiva, é preciso mais regulação numa lógica pós quotas leiteiras, que terminaram a 01 de Abril”, disse Assunção Cristas, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Depois de se ter batido pela reversão da decisão de acabar com as quotas, Portugal tem, segundo a ministra, feito propostas de “medidas concretas” em Bruxelas com o objectivo de “densificar a rede de apoio” aos produtores, de a tornar “mais eficaz” e de “prevenir crises de preços ao nível do leite”.

Assunção Cristas deu como exemplo a proposta de accionar medidas e “apoios mais generosos” a partir de determinadas que-das de preço ou o estabelecimento de “indicadores de referência de produção” por países que, em caso de perturbações de merca-do, teriam de retirar leite do circuito de comercialização quando superassem esses valores de referência, para evitar o excesso de produto e a degradação de preços.

“Em todo o caso, creio que o nosso foco tem de ser trabalhar com o enquadramento que temos, com certeza batermo-nos

Adiantou Assunção Cristas, durante uma visita aos Açores

Portugal defenderá sector do leite em Bruxelas mas “foco” deve ser outro

para que ele melhore, mas assumindo que com o que temos so-mos capazes de fazer melhor”, vincou, defendendo que é preciso “agregar valor” ao leite e aos lacticínios, procurar a inovação, tra-balhar na promoção do consumo local dos produtos e “fazer um trabalho de construção de marca”.

Em relação a este último aspecto, realçou que “nos Açores até é mais fácil” fazer esse trabalho, por haver já uma “imagem de marca associada à natureza”. A ministra vincou também a necessidade de o sector aproveitar as oportunidades de novos mercados fora da Europa, dizendo que o Governo nacional tem feito um “trabalho muito intenso” nesse sentido em parceria com os produtores e a indústria e com a rede diplomática portuguesa.

Assunção Cristas fez uma visita de três dias aos Açores que a levou a diversas ilhas. Garantiu que mantém um contacto regular com o secretário regional da Agricultura dos Açores, Neto Vivei-ros, e que está a par das preocupações em relação ao mercado do leite que o executivo açoriano e os agricultores da região têm vindo a manifestar.

Assunção Cristas disse que são as mesmas preocupações que existem no resto do país e que o preço do leite nos Açores, “curio-samente”, até se tem mantido “mais estável” do que no continen-te ou do que a média da União Europeia. Ainda assim, realçou que fez questão de voltar ao arquipélago para “mais uma vez” ouvir as preocupações da região.

Page 33: Gazeta Rural nº 251

33 www.gazetarural.com

Page 34: Gazeta Rural nº 251

34 www.gazetarural.com

A Fundação Mata do Buçaco (FMB) apresentou publicamen-te a proposta do Plano de Gestão Florestal (PGF) daquele es-paço natural, elaborado para permitir a gestão sustentada e a manutenção da biodiversidade naquela mata nacional. “Na sua essência, o PGF assegura uma componente essencial que é o respeito pela Natureza”, disse António Gravato, presidente da FMB.

Sustentou que o Plano baseia-se em três aspectos “dife-rentes mas convergentes” - técnico, legal e logístico - sendo o primeiro deles “indispensável para uma verdadeira gestão sus-tentada” dos 105 hectares murados da mata, situados no ex-tremo noroeste da serra do Buçaco, no concelho da Mealhada, distrito de Aveiro. António Gravato disse ainda que o PGF iden-tifica “quatro espaços claramente distintos de composição ve-getal” na Mata e prevê acções para assegurar a manutenção da biodiversidade existente.

Por outro lado, o Plano de Gestão Florestal é “um instrumen-to essencial” do ponto de vista legal, já que é um dos requisitos

Para permitir a gestão sustentada e a manutenção da biodiversidade

Apresentado Plano de Gestão Florestal da Mata Nacional do Buçaco

exigidos para que a Mata do Buçaco possa vir a beneficiar do apoio de fundos europeus: “É obrigatório para a candidatura a fundos”, sustentou António Gravato. “Com o PGF, é possível fa-zer um melhor planeamento da gestão da Mata, avaliando al-ternativas, identificando oportunidades e ameaças, prevendo custos e receitas e optimizando os resultados da exploração”, alegou.

O PGF vai agora ser sujeito a um período de discussão pú-blica, findo o qual o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas dispõe de um prazo de 30 dias para o homologar, adiantou.

O Plano de Gestão Florestal foi elaborado pelo Centro de Ecologia Aplicada (unidade de investigação do Instituto Su-perior de Agronomia da Universidade de Lisboa) e é assinado por Francisco Castro Rego, antigo Director Geral de Florestas, “uma referência a nível nacional” na área da gestão e conser-vação dos ecossistemas florestais e “pioneiro” das técnicas de fogo controlado em Portugal, lembrou António Gravato.

Page 35: Gazeta Rural nº 251

35 www.gazetarural.com

O presidente do Governo da Madeira anunciou que o execu-tivo vai direccionar os agricultores e produtores regionais para a “nova realidade da exportação”, com a entrada em funciona-mento em Agosto de um avião cargueiro.

“Vamos provar, nestes quatro anos, que aquela ideia de que a agricultura madeirense não é viável e não gera rendimento não é verdade”, disse Miguel Albuquerque, no decurso de uma visita à Feira Agropecuária do Porto Moniz, que decorreu no norte da ilha.

O chefe do executivo destacou a importância da operação do avião cargueiro, operado pela empresa madeirense FlyMii, com capacidade para 6,5 toneladas, que vai voar cinco dias por semana, de terça-feira a sábado, na rota Funchal-Lisboa, transportando essencialmente produtos hortícolas, frutícolas e peixe.

A FlyMii pode ainda colocar os produtos regionais em diver-sos pontos da Europa, a preços competitivos, com base em parcerias com outras companhias. “Precisamos de desmis-tificar aquela ideia de que a Madeira não tem capacidade de penetrar nos mercados europeus”, disse Miguel Albuquerque, realçando acreditar na “realidade” e “capacidade” da agricul-tura regional.

O presidente do governo destacou, ainda, outras medidas que o executivo pôs em marcha em apenas 70 dias de exer-

Anunciou o presidente do Governo da Madeira

Madeira direcciona agricultores para a “nova realidade da exportação”

cício, como a reactivação do seguro agrícola e a publicação de um diploma que obriga as entidades e empresas publicas a darem preferência aos produtos da Madeira. Miguel Albuquer-que garantiu, também, que vai simplificar e adaptar à região as regras comunitárias relacionadas com a pecuária, bem como facilitar o acesso aos produtos fitossanitários.

O Largo do Chafariz, em Juncais, Fornos de Algodres, irá acolher no próximo dia 26 de Julho mais uma edição do Festival do Peixi-nho do Rio, iniciativa que, há mais de uma década, se enquadra na muito antiga Feira de Santiago.

Numa linha de continuidade com as edições anteriores, este evento, que terá início no período da tarde, irá promover uma iguaria muito procurada e apreciada localmente, sobretudo no lugar da Ponte de Juncais.

A acompanhar os muitos quilos de peixinho do rio que todos os

Festival do Peixinho do Rio em Juncaisanos se consomem por esta ocasião, os visitantes poderão tam-bém apreciar alguns projectos musicais que exploram, numa nova abordagem, a música tradicional portuguesa, como será o caso dos Tranglomango e dos Cabra Cega, bem como grupos numa linha mais tradicional, como o Grupo de Concertinas de Cucujães.

De salientar que pela primeira vez este ano, numa parceria com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntártios de Fornos de Algodres, irá decorrer no período da manhã um concurso de pesca desportiva, sem morte.

Page 36: Gazeta Rural nº 251

36 www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano X - N.º 251Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando FerreiraOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: [email protected] | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 ViseuTiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

Os agricultores de Moimenta da Beira vão ter duas barragens de regadio “serão uma realidade durante a vigência do QREN 2014/2020”. A garantia foi deixada pelo Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, durante uma visita aquele concelho. As barragens de regadio da “Boavista” e da “Nave” são dois investimentos que custarão cerca de 15 milhões de euros, projectados pela Câmara de Moimenta da Beira, para abastecimento de água na agricultura e pecuária do concelho.

Há cerca de quatro meses o Ministério da Agricultura tinha aprovado os estudos preliminares (desenhos dos planos das obras) das duas barragens, dando luz verde à sua construção e abrindo uma porta de esperança a milhares de agricultores da região.

Manuel Cardoso esteve em Moimenta da Beira, reuniu com o presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira, e garantiu o avanço das duas barragens perante um auditório lotado de

Num investimento de 15 milhões de euros, candidatados ao QREN

Moimenta da Beira vai construir duas barragens de regadio

técnicos oriundos de toda a região norte de Portugal e de agri-cultores, maioritariamente fruticultores e produtores de maçã da região, que há décadas anseiam por sistemas de regadio de proximidade que os dois investimentos agora anunciados irão solucionar eficazmente, fazendo aumentar, de forma significa-tiva, a área de plantação e a sua capacidade de produção por hectare.

Manuel Cardoso este presente na abertura de um seminário sobre o uso sustentável de produtos fitofarmacêuticos e a redu-ção do risco e segurança na aplicação, promovido pela Direcção Regional com a colaboração da Câmara de Moimenta da Beira, da Cooperativa Agrícola do Távora e da Associação de Fruticul-tores da Beira Távora, que teve como objectivo divulgar e deba-ter com agricultores e técnicos, informação relevante e inova-dora no âmbito do armazenamento, venda e aplicação terrestre de produtos fitofarmacêuticos, visando a segurança e a redução do risco em todas as fases da utilização destes produtos.

Page 37: Gazeta Rural nº 251

37 www.gazetarural.com

Breves

“Vinho Verde Wine Fest” na alfândega do Por-to de 23 a 26 de Julho A Alfândega do Porto vai receber a segunda edição do fes-tival “Vinho Verde Wine Fest”, entre 23 e 26 de Julho, com cerca de 30 produtores e 150 vinhos para prova, anunciou a organização do evento.Segundo comunicado enviado à imprensa, o festival, que terá vinhos brancos, rosés, tintos, espumantes e aguarden-tes, contará também com cinco restaurantes e quatro bares de petiscos.O “Vinho Verde Wine Fest”, que serve para celebrar a Região Demarcada de Vinhos Verdes, estará aberto ao público nos dias 23 e 24 de Julho, das 17 às 02 horas, e entre as 12 e as 02 horas no sábado, dia 25, abrindo a mesma hora no do-mingo, com encerramento às 19 horas.

II Mostra Gastronómica da Sopa Seca de Al-cofra realiza-se a 18 de JulhoDepois do sucesso da primeira edição, a Junta de Freguesia de Alcofra e o Município de Vouzela vão promover, no dia 18 de Julho, junto à Torre Medieval de Alcofra, a II Mostra Gas-tronómica da Sopa Seca.O evento pretende promover e valorizar aquele que é um dos principais ex-libris gastronómicos daquela freguesia e do concelho, a sopa seca de Alcofra, confeccionada à base de pão e água do cozido à portuguesa.O programa tem início pelas 12 horas, com a degustação da sopa seca, e vai contar com a actuação do Grupo de Ca-vaquinhos da Casa do Povo de Alcofra, Grupo de Trajes e Cantares de Cambra e Grupo de Cavaquinhos e Cantares à Beira de Queirã.Durante o dia haverá restaurantes em permanência, artesa-nato e exposição de produtos endógenos.

Feira Anual de Gado em Carregal do SalA Câmara de Carregal do Sal vai realizar mais uma Feira Anual de Gado. A iniciativa decorre no dia 17 de Julho, nos Carvalhais, e dá seguimento a uma tradição retomada pelo actual executivo que visa reviver aspectos e vivências sin-gulares das gentes deste Torrão da Beira.li, vai ser possível transaccionar gado - bovinos, ovinos, ca-prinos e equídeos – contribuindo para a dinamização eco-nómica e sociocultural do Concelho.

Castelo de Paiva quer abrir loja no Porto para promover produtos tradicionais O presidente da Câmara de Castelo de Paiva disse ter ma-nifestado ao autarca do Porto, Rui Moreira, o interesse de abrir uma loja de produtos tradicionais naquela cidade, como já acontece com Baião. “Desafiámos o município do Porto a aceitar a proposta de ter na cidade produtos locais de Castelo de Paiva, através de uma Casa de Castelo de Pai-va no Porto, à semelhança do que acontece já com alguns municípios”, explicou Gonçalo Rocha.O interesse de Castelo de Paiva foi manifestado durante a Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Artesanato que decor-reu naquela vila e que foi visitada por Rui Moreira.Gonçalo Rocha recordou que a segunda maior cidade do país está na rota do turismo de Portugal e Castelo de Pai-va quer “aproveitar para promover os seus produtos, que o Porto não tem”.

A Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Artesanato contou este ano com mais de 70 expositores, 30 dos quais do sector vinícola. Em jeito de balanço, o autarca fala de “um grande sucesso”, pois “passaram pela feira milhares de pessoas”, observou. O certame tem como objectivo a valo-rização da produção vitivinícola do concelho, promovendo o produto mais conhecido e premiado da região, o vinho verde.

Festas do concelho de Seia de 14 a 16 de agostoO centro da cidade de Seia volta a ser palco das Festas do Concelho, que este ano decorrem de 14 a 16 de agosto, uma organização conjunta da Câmara de Seia, União das Fregue-sias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros, Associação Empresarial da Serra da Estrela e Associação de Artesãos da Serra da Estrela. À semelhança do ano passado, o certame vai decorrer na zona envolvente ao edifício da Câmara Municipal de Seia e contempla vários espaços expositivos de empresas de di-ferentes ramos de actividade, entre outras colectividades, numa mostra de serviços e produtos, onde não faltarão as Instituições de Solidariedade Social, artesanato, tasquinhas, complementada com animação diária. Do programa musical, já estão confirmados os espectácu-los da Orquestra Juvenil da Serra da Estrela (dia 14), Ala dos Namorados, no dia da Padroeira da cidade (15 de agosto), e Miguel Araújo (a 16).

Vinhos de Lisboa estimam atingir 30 milhões de garrafas certificadas em 2015 A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa estima certifi-car, até ao final do ano, 30 milhões de garrafas, o que fará de 2015 o melhor ano de sempre para os Vinhos de Lisboa. “Se continuarmos a crescer a este ritmo, 2015 deverá ser o nosso melhor ano, ultrapassando os 30 milhões de selos, ou seja, o equivalente ao mesmo número de garrafas de vinho certificado”, estima Vasco d’Avillez, presidente da Comissão Vitivinícola da Região (CVR) Lisboa.A estimativa tem por base o facto de o consumo dos Vinhos de Lisboa, que inclui as Denominações de Origem Alenquer, Arruda, Bucelas, Carcavelos, Colares, Encostas d’Aire, Louri-nhã, Óbidos e Torres Vedras, ter disparado nos primeiros seis meses do ano, tendo a CVR Lisboa certificado 16,3 milhões de garrafas, mais 26 por cento que no mesmo período do ano anterior.Para estes resultados concorrem as exportações de 65 por cento da produção daquela região. Lisboa é, segundo a CVR, a segunda maior região vitivinícola do país, logo a seguir ao Douro, e produz cerca de 100 milhões de litros de vinho em anos normais.

Page 38: Gazeta Rural nº 251

38 www.gazetarural.com

O Pêssego da Cova da Beira, ‘’O melhor bolo de pêssego’’, e vários artistas de renome, nacional e regional, são as ‘’novida-des’’ da tradicional Feira de São Tiago da Covilhã, que comple-ta este ano o seu 604º aniversário.

A feira de São Tiago na Covilhã cumpre a tradição com di-versas tasquinhas, produtos regionais, artesanato e muita di-versão. O pêssego ganha, pelo segundo ano consecutivo, des-taque na feira de São Tiago, com fim-de-semana dedicado ao fruto, nos dias 17 e 18.

A valorização da prata da casa é, segundo o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, a inovação do certame, com actuação de vários artistas da região, bem como a promoção do Pêssego, fruto com grande peso económico para a região.

Na feira irão ser apresentadas algumas novidades, como o ‘’gelado de pêssego’’, feito por uma empresa local e alguns trabalhos de artesanato. A realização de um concurso que en-volve treze pastelarias locais, e que irá escolher ‘’o melhor bolo de pêssego’’ da região, acontecerá no dia 25 de Julho, dia em que será, também, divulgado o vencedor.

Até 26 de Julho vão actuar no palco principal vários artistas. Dia 18 The Fusion, Tonecas Prazeres, dia 19, dia 24 To Zé San-tos (ex-vocalista dos Perfume), Manta de Ourelos, dia 25, e, no último dia, 26 de Julho, Tributo aos Beatles.

Durante os dias da feira atuam, ainda, vários grupos de músi-ca folclórica e tradicional. Os espectáculos musicais têm início às 21,30 horas.

Integrados no programa de promoção gastronómica “Pal-mela – Experiências com Sabor!”, os Fins de Semana Gastro-nómicos da Fruta de Palmela estão de regresso nos dias 17, 18 e 19 de julho, nos estabelecimentos aderentes.

Durante os meses de verão, os campos da região de Palme-la produzem uma grande variedade de frutas, como é o caso das ameixas, dos alperces, das peras, dos morangos, dos figos, dos pêssegos, das uvas e da característica Maçã Riscadinha de Palmela, que 22 estabelecimentos de restauração do conce-lho vão utilizar na confeção de pratos aromáticos, apelativos e inovadores.

Devido à grande variedade de fruta que aqui é produzida, e de forma a perpetuar o seu sabor e aroma ao longo de todo

Fins de Semana Gastronómicos continuam a valorizar produtos locais

Fruta de Palmela refresca menus dos restaurantes do concelho

Até dia 26 de Julho, na Covilhã

Feira de São Tiago promove

pêssego da Cova da Beira

o ano, muitos particulares e empresas optam, também, pela produção de deliciosos doces e compotas de fruta. Assim, para promover a versatilidade da fruta e os referidos produtos e incentivar a criação de PME nas áreas da gastronomia e do-çaria, o Município promove, pelo segundo ano consecutivo, o Concurso de Compota de Fruta de Palmela. O concurso, que vai premiar as melhores compotas e doces de fruta de 2015, decorre durante a tarde de 18 de julho, na Casa Mãe da Rota de Vinhos da Península de Setúbal.

O programa “Palmela – Experiências com Sabor!” continua a proporcionar experiências gastronómicas e motivos de visita, promovendo os produtos locais de grande qualidade e contri-buindo para o desenvolvimento turístico da região.

Page 39: Gazeta Rural nº 251

39 www.gazetarural.com

Page 40: Gazeta Rural nº 251

40 www.gazetarural.com