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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA -
PDE/2012
Título: Construindo o Cenário Político-Social da República
Velha Através da Música.
Autor: Evelson Siqueira de Mira
Disciplina/Área (ingresso no PDE): História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Presidente Costa e Silva
Município da escola: Sengés
Núcleo Regional de Educação: Wenceslau Braz
Professor Orientador: Janaina de Paula do Espirito Santo
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Resumo:
O ensino de História para muitos ainda resume-se à prática de leitura de textos, memorização e resolução de questionários; não desenvolvendo o raciocínio histórico, além de desestimular o aprendizado e o interesse pela disciplina, dessa forma o aluno não se sente agente do processo histórico. Propomos uma metodologia de ensinar os conteúdos históricos através da música, para inserir novas fontes como narrativas históricas, para que o aluno desmistifique a ideia da historiografia nacional que valoriza somente os heróis e grandes acontecimentos. Para realizar este trabalho fizemos o recorte histórico de alguns movimentos sociais que ocorreram durante o período chamado de República Velha. A execução do trabalho será com os alunos do nono ano do ensino fundamental, o estudo inicia-se com a música e a construção da narrativa do movimento social em foco partindo do conhecimento prévio dos os alunos sobre aquele fato histórico. A construção desse conhecimento será norteada por uma série de atividades que se intercala com a narrativa da fonte música com a historiografia nacional.
Palavras-chave: música, ensino, história, metodologia.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico
Público Alvo: Alunos do 9º ano do ensino fundamental
1. A MÚSICA NO ENSINO DE HISTORIA
Mulher Nova Bonita E Carinhosa Amelinha
Numa luta de gregos e troianos / Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau / Terminava uma guerra de dez
anos
Menelau, o maior dos espartanos / Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor / Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa / Faz o homem gemer sem sentir dor
Alexandre figura desumana / Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía / Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana / Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor / Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa / Faz um homem gemer sem sentir dor
A mulher tem na face dois brilhantes / Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino / Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes / Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor / A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa / Faz o homem gemer sem sentir dor
Virgulino Ferreira, o Lampião / Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas / Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração / O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor / Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa / Faz o homem gemer sem sentir dor
Disponível em: (http://www.vagalume.com.br/amelinha/mulher-nova-bonita-
e-carinhosa.html) acessado 5/07/12
Este trabalho busca alternativas metodológicas a serem aplicadas as
aulas de História, partindo da analise de músicas como situação problema e desse
start inicial deverá partir pesquisas em outras fontes para a construção de narrativas
históricas.
CIRCE BITTENCOURT (2004) em seu livro o Ensino de História,
discute que a música passou a ser objeto de estudo de historiadores e passou a ser
utilizada na sala de aula como material didático, pois pode ser utilizada para tratar
de temas relacionados à: contextos históricos; o cotidiano das pessoas;
discriminação étnica, gênero, social. Para isso é necessário o estudo de músicas
populares ou que faça parte da cultura de um grupo. O pioneiro dos estudos com
música foi Hobsbawm quando analisou o contexto social que se desenvolveu o Jazz.
No Brasil este estudo iniciou a partir dos anos 70 e 80.
Para Platão a música é a parte principal da educação porque o
número e a harmonia introduzem-se de bom grado na alma do jovem; com eles
entram a graça e a virtude desde a mais tenra idade, antes de a criança iluminada
pela razão; quando esta chegar unir-se-á a ela pela secreta relação que esta arte
terá estabelecido entre si mesma e a razão (SERRALLACH. SD p. 12).
SCHMIDT E CAINELLI (2009) no livro Ensinar História afirmam o
discurso de Circe que as aulas de história devem partir de situações problemas, e
dessa situação deve iniciar o processo de desconstrução, reconstrução e construção
de discurso fazendo com que os alunos raciocinem por meio dos métodos indutivos
e dedutivos. Esse trabalho finaliza com a construção de uma síntese final elaborada
por fundamentação em pesquisas, que retoma a questão problema levantada no
inicio do trabalho.
Para FERREIRA (2010) todo tipo de som é apreciado pelas pessoas
e por meio dele que nos comunicamos, e a música contribui com a aprendizagem
devido ao poder de sedução que tem ao transmitir uma mensagem.
A música não é desenvolvida para uma determinada atividade
proposta, mas sim uma atividade proposta faz uso dos recursos que cada música
pode oferecer em cada caso (FERREIRA. P.12. 2010).
Por isso que Gomes afirma que trabalhar com recursos áudios-
visuais exigem além de competências, técnicas e censo crítico aguçado para saber
o que é de fato contribuição no processo de ensino e a melhor forma de utilizar. A
música é um objeto cultural e está carregada de historicidade, quando utilizada
como recurso didático se torna relevante na medida em que possibilita o
desenvolvimento da competência ligada à leitura e interpretação de textos em outra
linguagem. Devemos considerar que a música faz parte do cotidiano das pessoas o
que contribui para com o ensino de história, e são capazes de identificar o contexto
em que foi feita pelo seu ritmo.
O trabalho com músicas vai de encontro com a proposta de ensino
das DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA (2008), onde está explicito que
as aulas devem: propiciar a superação da exclusão social e os desrespeitos aos
direitos; superar a racionalidade histórica linear; valorizar as classes populares em
seu contexto espaço-temporal e a valorização e diversificação de documentos. Esse
novo olhar sobre a História só é possível graças ao surgimento e aos estudos
realizados pelas novas correntes historiográficas (a Nova História, Nova História
Cultural e a Nova Esquerda Inglesa), que contribuíram para uma nova racionalidade
histórica, combatendo a metódica positivista de valorização de fatos e ações de
heróis, apresentada em uma única temporalidade baseada na ideia de progresso
continuo da humanidade.
Vemos que o maior desafio dos professores de História atualmente é
como ensinar, pois o sistema de reprodução preso em um currículo já não satisfaz
mais um contingente de alunos que estão influenciados mudanças estruturais,
valores, que podem aprender pelos meios de comunicação, que questionam os fatos
tidos como verdadeiros.
A própria disciplina de história esta passando por mudanças de
paradigmas nos campos acadêmicos e escolares, com o uso outras linguagens
como: imagens, textos, cartazes, músicas, pichações. Linguagens presente no
cotidiano de cada um (ABUD, 2005). Partindo da possibilidade de novas linguagens
no ensino de História que utilizaremos música como recurso didático para trabalhar
os Movimentos sociais na Republica Velha no recorte temático selecionado.
Os primeiros estudos foram realizados por Theodor Adorno (escola
de Frankfurt), considerado o pioneiro dos estudos da música popular. Defendia que
a música popular era uma estratégia da indústria cultural para produzir sujeitos
passivos e consumistas. No Brasil as pesquisas sobre música datam dos anos 70 e
80, estudos sobre a música diluíram com a ideia negativa de Adorno
(BITTRNCOURT, 2004).
A proposta em utilizar a música como recurso metodológico surge
como alternativa para se desprender do livro didático, possibilitando ao professor de
história novas maneiras para se ensinar.
Segundo FONSECA (p. 164, 2003), ao incorporar diferentes
linguagens no processo de ensino de história, reconhecemos não só a estreita
ligação entre os saberes escolares e a vida social, mas também a necessidade de
(re)construirmos nosso conceito de ensino e aprendizagem. As metodologias de
ensino, na atualidade, exigem permanente atualização, constante investigação e
continua incorporação de diferentes fontes em sala de aula.
1- Que fatos Históricos aparecem na música?
2- Em sua opinião é possível afirmar que a música pode ser uma fonte histórica, ou um meio de
transmitir o conhecimento histórico?
3- Em grupo realizar uma pesquisa sobre os fatos históricos que aparecem na música.
2. CONCEITO DE REVOLUÇÃO
Revolução
Sugar Kane
Nos encheram de comida e informação / Nós herdamos a malícia e a
destruição
Ensinaram o consumo como diversão / Não ver a desigualdade e a
poluição
Nos tiraram energia para reagir / Esperando acomodados ver tudo cair
Os filhos abandonados sem educação / Esperando inanimados por
alguma ação
Não diga que nós somos / Os únicos culpados
Eu sei que você sabe quem eu sou / Eu sou mais um exemplo da nação
Eu sou o porta-voz da geração que nasce / Eu sei que você sabe quem eu
sou
Não somos resultado da razão /Não somos a real revolução que nasce
Não encheram de preceitos e contradição / Nós mudamos os conceitos
pela distração
Ensinaram a mentira e a contravenção / Preferir tranquilidade e
alienação
Esconderam nossas armas para reprimir / Nossa busca pela própria
razão de existir
Perdidos no anonimato de uma multidão / Aceitando o destino de
escravidão
Não diga que nós somos / Os únicos culpados
Eu sei que você sabe quem eu sou / Eu sou mais um exemplo da nação
Eu sou o porta-voz da geração que nasce / Eu sei que você sabe quem eu
sou
Não somos resultado da razão / Não somos a real revolução que nasce
Disponível em: http://letras.mus.br/sugar-kane/1547411/ acessado dia 01/09/2012
Revolta do Olodum
Banda Grafith
Retirante, ruralista, lavrador
Nordestino, Lampião, salvador
Pátria sertaneja,
Independente
Antônio Conselheiro
Em Canudos presidente
Zumbi em Alagoas comandou
Exército de ideal
Libertador
Sou mandinga
Balaiada
Sou malê
Sou búzios
Sou revolta
Arerê
Ô corisco,
Maria Bonita mandou te chamar (2x)
É o vingador de Lampião
É o vingador de Lampião
Êta cabra da peste
Pelourinho, olodum
Somos do nordeste
Êta cabra da peste
Pelourinho, olodum
Somos do nordeste
Etá etá
Etá tá ra tá tá
Etá etá
Etá tá ra tá tá (2x)
Disponível em: http://letras.mus.br/banda-grafith/1216800/ - acesso 02/09/12 Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=u8iXbbJQymk . acessado dia 02/09/12
Para iniciar nossos estudos sobre os movimentos sociais ocorridos
no Brasil durante a primeira Republica (1889-1930), comumente chamada de
“Republica Velha”, devemos ter primeiro a noção bem clara do que seja uma
Revolução e um movimento social.
O termo revolução foi utilizado inicialmente durante o Renascimento
Cultural1, para descrever os movimentos realizados pelos astros. Durante a
Revolução Inglesa século XVII, ganha o sentido de retorno à ordem politica
anteriormente estabelecida, que havia sido abalada pelos movimentos sociais.
Somente com a Revolução Francesa (1789), é que o termo
revolução ganhou o sentido que tem hoje, pois representou uma ruptura do antigo
regime, a monarquia absolutista. Para SILVA 2006 Revolução é um processo de
mudança das estruturas sociais.
Segundo SILVA 2006, temos a
ideia de que uma revolução é negativa, porque
ela tira a sociedade de sua inércia,
movimentando a estrutura social de forma
traumática. Podemos dizer ainda que é todo e
qualquer fenômeno que transforma
radicalmente as estruturas de uma sociedade.
Para Marx e Engels revolução
tem o sentido de lutas das classes proletária
contra a burguesa capitalista, na tentativa de
obter direitos.
2.1. Movimentos Sociais
Ao contrario do que muitos pensam a história do povo brasileiro é
marcada por diversos movimentos sociais, o que quebra o paradigma de que o povo
1 Movimento cultural surgido em Itália no século XV, recusa as concepções teocêntricas medievais e passa a
colocar o Homem no centro de todos os interesses e o seu bem-estar passa a constituir a principal preocupação.
BRUIT. Define uma revolução
como um fenômeno político-
social de mudança radical na
estrutura social; um confronto
entre a classe que detém o
poder do Estado e as classes
que se acham excluídas desse
poder. Apud (SILVA, 2006).
brasileiro é um povo passivo. As primeiras revoltas surgiram ainda nos primeiros
anos da colonização, quando os indígenas lutaram para não serem escravizados ou
para protegerem suas terras dos invasores; os negros africanos faziam resistência
ao sistema escravocrata com revoltas e com a formação de quilombos por todo o
país; também não pode ficar de fora os movimentos de brancos descontentes com
as leis portuguesas.
Podemos definir movimentos sociais como sendo uma ação coletiva
de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do
embate politico sob a influência de valores e ideologias de uma sociedade ou de um
contexto influenciado por tensões sociais, que tem por finalidade alcançar
determinados resultados.
Para Alain Touraine, Em defesa da Sociologia (1976), citador por
Ribeiro. Para se compreender os movimentos sociais, mais do que pensar em
valores e crenças comuns para a ação social coletiva, seria necessário considerar
as estruturas sociais nas quais os movimentos se manifestam. Cada sociedade ou
estrutura social teria como cenário um contexto histórico (ou historicidades) no qual,
assim como também apontava Karl Marx, estaria posto um conflito entre classes,
terreno das relações sociais, a depender dos modelos culturais, políticos e sociais.
Assim, os movimentos sociais fariam explodir os conflitos já postos pela estrutura
social geradora por si só da contradição entre as classes, sendo uma ferramenta
fundamental para a ação com fins de intervenção e mudança daquela mesma
estrutura.
Não se pode definir um movimento social como algo isolado ou
casual, pois estes refletem toda uma história de submissão ou exploração de
determinado grupo social, que em determinado momento explode numa tentativa de
sair do estado atual de submissão.
1- Revolução
(realizadas antes de iniciar os
estudos)
a) Como podemos definir o que é
uma Revolução?
b) Como podemos definir o que é
Movimentos Sociais?
c) O Brasil passou por algum tipo
de revolução ou revolta social? Em
caso afirmativo você acha que
pessoas morreram?
d) Qual a sua visão sobre os
participantes de uma revolução.
e) atualmente existem movimentos revolucionários, ou esse tipo de manifestação social é uma característica típica do passado?
f) Pesquisar sobre "A revolta dos Malês.
3- Após ouvir a música revolução responda
Nos encheram de comida e informação / Nós herdamos a malícia e a destruição
Ensinaram o consumo como diversão / Não ver a desigualdade e a poluição
Nos tiraram energia para reagir / Esperando acomodados ver tudo cair
Os filhos abandonados sem educação / Esperando inanimados por alguma ação
a) Analisando este trecho explique quem é qual é sua interpretação. Sobre o quem a música esta tratando.
b) Que relação podemos fazer entre a música é a situação social do Brasil hoje?
c) Como reagimos diante dos problemas sociais atualmente?
d) Qual a sua interpretação sobre essas estrofes da música.
1. “Não encheram de preceitos e contradição / Nós mudamos os conceitos pela distração
Ensinaram a mentira e a contravenção / Preferir tranquilidade e alienação 2. Preferir tranquilidade
e alienação” Perdidos no anonimato de uma multidão / Aceitando o destino de escravidão
2. Preferir tranquilidade e alienação” Perdidos no anonimato de uma multidão / Aceitando o destino
de escravidão
2- Ouvir a Música “ Revolta do Olodume” para
realizar esta atividade. a) Assinalar as palavras desconhecidas e procurar o significado no dicionário. b) Escreva nomes de personagens históricos que a aparecem na música, escreva o que sabe os personagens destacados. c) A música faz referência a qual Estado Brasileiro?
4. Conceituado
a) Após o estudo sobre Revolução e os movimentos sociais, faça uma narrativa
explicando porque ocorrem as revoltas.
b) Qual a origem do termo Revolução, qual foi a Revolução de maior significado para a
História?
c) Podemos definir o passado do povo brasileiro como um povo pacato ou revolucionário?
Em sua opinião.
5. A caricatura representa a situação social da França de antes da Revolução de
1789.
a) Podemos fazer uma analogia da imagem com a situação social brasileira hoje?
b) Conforme a música Revolução porque não ocorre revoltas sociais no Brasil hoje?
c) Que grupos e que relações sociais podemos representar com a caricatura?
Na imagem vemos representadas três
pessoas, sendo que uma sustenta sobre
suas costas as outras duas. Uma
imagem que corria durante na França
durante o século XVII, para
representar a exploração da
burguesia.
3. POSITIVISMO
POSITIVISMO
Positivismo
(Noel Rosa E Mário Reis)
A verdade, meu amor mora num poço
É Pilatos lá na Bíblia quem nos diz
E também faleceu por seu pescoço
O autor da guilhotina de Paris
A verdade, meu amor mora num poço
É Pilatos lá na Bíblia quem nos diz
E também faleceu por seu pescoço
O infeliz autor da guilhotina de Paris
Vai, orgulhosa querida
Mas aceita esta lição
No câmbio incerto da vida
A libra sempre é o coração
O amor vem por princípio, a ordem por base
O progresso é que deve vir por fim
Desprezastes esta lei de Augusto Comte
E fostes ser feliz longe de mim
O amor vem por princípio, a ordem por base
O progresso é que deve vir por fim
Desprezastes esta lei de Augusto Comte
E fostes ser feliz longe de mim
Vai, coração que não vibra
Com teu juro exorbitante
Transformar mais outra vida
Em dívida flutuante
A intriga nasce num café pequeno
Que se toma pra ver quem vai pagar Para não sentir mais o teu veneno
Foi que eu já resolvi me envenenar
Disponível em: <http://www.letras.com.br/noel-rosa/positivismo> acessado
15/07/12
Positivismo é uma teoria sociológica desenvolvida por Auguste
Comte que busca explicar as coisas praticas e presentes na vida do homem, por
exemplo: no caso das leis; das relações sociais e da ética. É visto como uma
corrente conservadora, pois procurava
justificar a nova sociedade que estava
surgindo com a Revolução industrial, tendo
como inspiração a sociedade feudal, com sua
estabilidade e acentuada hierarquia social.
O Brasil foi fortemente
influenciado pelo positivismo, o que pode ser
observado no emprego da frase positivista
“Ordem e Progresso”, extraída da formula
máxima do Positivismo: "O amor por princípio,
a ordem por base, o progresso por fim",
adotado por Benjamim Constant na bandeira
brasileira. A frase passar a ideia de que cada
coisa em seu devido lugar conduziria para a
perfeita orientação ética da vida social.
O positivismo surgiu, em fins do século XVIII – principio do século
XIX, como uma utopia critico-revolucionaria da burguesia anti-absolutista, para
torna-se, no decorrer do século XIX, até nossos dias, uma ideologia conservadora
identificada como a ordem (industrial/burguesa) estabelecida. (LÖWY. P.18, citado
por OLIVEIRA)
Augusto Comte
http://www.portalescolar.net/2011/07/fil
osofia-contemporanea-augusto-
comte.html - acessado em 30/09/12
1- Em sua opinião qual a forma de se ensinar história pela ótica positivista?
2- Segundo a música quem é o filosofo idealizador do Positivismo?
3- Quais os princípios positivistas apontados na Música?
4. REPÚBLICA
Sessenta e um anos de República
Autor: Mano Décio e Silas de Oliveira Intérprete: Abílio Martins
Gênero: Samba-enredo - 1951 Escola de Samba Império Serrano
Apresentamos A parte mais importante Da nossa história
Se não nos falha a memória
Foi quando vultos notáveis Deixaram suas rubricas
Através de 61 anos de República
Depois de sua vitória proclamada . A constituinte votada
Foi a mesma promulgada
Apesar do existente forte zum-zum-zum
Em 1891, sem causa perca
Era eleito Deodoro da Fonseca. Cujo governo foi bem audaz
Entregou a Floriano Peixoto
E este a Prudente de Morais. Que apesar de tudo
Terminou com a guerra de Canudos. Restabelecendo assim a paz
Terminando enfim todos os males. Em seguida veio Campos Sales
Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca e
outros mais
Hoje a justiça Numa glória opulenta A 3 de outubro de 1950
Nos trouxe aquele Que sempre socorreu a Pátria
Em horas amargas O eminente estadista
Getúlio Vargas Eleito pela soberania do povo
Sua vitória imponente e altaneira, Marcará por certo um capítulo novo
Na história da República brasileira.
Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/escola-de-samba-imperio-
serrano/samba-enredo-1951.html#ixzz255Knvnv> . A acessado em:
30/12/2012
República é uma forma de governo onde um representante,
normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe de
estado, podendo ou não acumular com o poder executivo. A forma de eleição é
normalmente realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando
conforme o país.
A origem da palavra vem do latim RES PUBLICA (coisa pública),
existem duas formas de governo
republicano: República
presidencialista ou República
parlamentarista.
No Brasil o
sistema republicano foi
implantado em 15 de novembro
de 1889, por Marechal Deodoro
da Fonseca. Porem, poucas
mudanças aconteceram no
cenário politico e na condição
social da população. Os primeiros
anos da republica entre 1889 a 1930, é conhecido como Republica Velha ou
primeira Republica, que pode ser dividido em: Republica da Espada (1889 a 1894);
República das Oligarquias (1894 a 1930). Ambos os períodos foram marcados por
grandes disputas de interesses.
Temos que entender que a proclamação da republica foi um
movimento basicamente elitista, a população simplesmente assistiu como
espectador todo o movimento não participando do processo. O movimento foi
organizado pelos militares do exercito e os fazendeiros paulistas.
“A Pátria” de Pedro Bruno, 1919. http://www.museudarepublica.org.br/museu2.html
- acessado em 30/09/12.
4.1. República da Espada (1889 a 1894)
Foi o período em que o militares
governaram primeiro Deodoro da Fonseca e depois
Floriano Peixoto. Logo após a derrubado da
monarquia foi instalado um, governo provisório
chefiado por Deodoro ate 1891. Entre as principais
meditas tomadas nesse momento estão: a
separação oficial entre a Igreja e o Estado (fim do
Padroado); a instituição do casamento civil e a
criação da bandeira republicana com o lema Ordem
e Progresso, sugerido por Rui Barbosa;
Constituição de 1891; Encilhamento.
O governo de Deodoro enfrentou
grandes dificuldades e oposição desde o inicio que
foram agravadas com o fechamento do Congresso;
a greve dos ferroviários e a primeira Revolta
Armada. Diante da crise o presidente renuncia e
quem assume é seu vice Floriano Peixoto.
Peixoto governou de forma
ditatorial, ficou conhecido como "mão de ferro" até
o final do mandato, em 1894. Enfrento um período
conturbado por movimentos rebeldes, entre eles: a
Revolta da Armada, no Rio de Janeiro; a Revolução
Federalista, que começou no Rio Grande do Sul.
A Capital de Santa Catarina teve
seu nome alterado de Desterro para Florianópolis,
como uma forma de impor a autoridade do
presidente, já que a cidade era um dos principais
pontos de oposição ao governo florianista.
LISTA DOS PRESIDENTES DO BRASIL POR MANDATO:
Nº - Presidente - Início do
mandato - Fim do mandato - Partido - Vice-presidente(s)
1 - Marechal Deodoro da Fonseca
- 15/11/1889 - 23/11/1891 -
militar - Floriano Peixoto
2 - Floriano Peixoto - 23/11/1891
- 15/11/1894 - militar - nenhum
3 - Prudente de Morais -
15/11/1894 - 15/11/1898 - Partido
Republicano Federal - Manuel
Vitorino
4 - Campos Sales - 15/11/1898 -
15/11/1902 - Partido Republicano
Paulista - Rosa e Silva
5 - Rodrigues Alves - 15/11/1902
- 15/11/1906 - Partido
Republicano Paulista - Silviano
Brandão e Afonso Pena
6 - Afonso Pena - 15/11/1906 -
14/06/1909 - Partido
Republicano Mineiro - Nilo
Peçanha
7 - Nilo Peçanha - 14/06/1909 -
15/11/1910 - Partido Republicano
Fluminense - nenhum
8 - Hermes da Fonseca -
15/11/1910 - 15/11/1914 - Partido
Republicano Conservador -
Venceslau Brás
9 - Venceslau Brás - 15/11/1914 -
15/11/1918 - Partido Republicano
Mineiro - Urbano Santos
Rodrigues Alves — Partido
Republicano Paulista - Delfim
Moreira
10 - Delfim Moreira - 15/11/1918
- 28/07/1919 - Partido
Republicano Mineiro - nenhum
11 - Epitácio Pessoa - 28/07/1919
- 15/11/1922 - Partido
Republicano Mineiro - Delfim
Moreira e Bueno de Paiva
12 - Artur Bernardes - 15/11/1922
- 15/11/1926 - Partido
Republicano Mineiro - Estácio
Coimbra
4.2. República das oligarquias (1894 a 1930)
Período que vai de 1894 a 1930,
período em que o governo passou a ser exercido
por presidentes civis ligados ao setor agrário.
Dessa forma sempre buscava se beneficiar os
grandes fazendeiros em especial os cafeicultores
paulistas. Os dois estados mais fortes Minas Gerais
e São Paulo fizeram um pacto de alternância de no
governo a Politica do Café com leite.
A população descontente se
movimentava, principalmente pelo movimento
tenentista, mas o governo Campos Salles cria a
politica dos governadores, uma espécie de aliança
politica que beneficiava os envolvidos, foi uma
forma de se manterem no poder principalmente
com o apoio dos coronéis que controlavam o voto
das pessoas (Voto de cabresto). O ponto mais
evidente de beneficio para os fazendeiros foi o
Convenio de Taubaté, que tinha a intenção de
beneficiar os fazendeiros de café em épocas de
crise.
A politica do Café com Leite durou
ate 1930 quando Getúlio Vargas liderou um
movimento revolucionário para derrubar os Partidos
Republicanos Paulista e o Mineiro.
13 - Washington Luís - 15/11/1926 -
24/10/1930 - Partido Republicano
Paulista - Melo Viana
Júlio Prestes - Partido Republicano
Paulista - Vital Soares
Augusto Fragoso, Isaías de Noronha
e Mena Barreto - 24/10/1930 -
03/11/1930 - militares - nenhum
14 - Getúlio Vargas - 03/11/1930 -
29/10/1945 - Aliança Liberal -
nenhum
15 - José Linhares - 29/10/1945 -
31/01/1946 - nenhum - nenhum
16 - Eurico Gaspar Dutra -
31/01/1946 - 31/01/1951 - PSD -
Nereu Ramos
17 - Getúlio Vargas - 31/01/1951 -
24/08/1954 - PTB - Café Filho
18 - Café Filho - 24/08/1954 -
8/11/1955 - PSP - nenhum
19 - Carlos Luz - 08/11/1955 -
11/11/1955 - PSD - nenhum
20 - Nereu Ramos - 11/11/1955 -
31/01/1956 - PSD - nenhum
21 - Juscelino Kubitschek -
31/01/1956 - 31/01/1961 - PSD -
João Goulart
22 - Jânio Quadros - 31/01/1961 -
25/08/1961 - PTN - João Goulart
23 - Ranieri Mazzilli - 25/08/1961 -
07/07/1961 - PSD - nenhum
24 - João Goulart - 07/07/1961 -
01/04/1964 - PTB - nenhum
25 - Ranieri Mazzilli - 02/04/1964 -
15/04/1964 - PSD - nenhum
26 - Castelo Branco - 15/04/1964 -
15/03/1967 - ARENA (militar) -
José Maria Alckmin
27 - Costa e Silva - 15/03/1967 -
31/08/1969 - ARENA (militar) -
Pedro Aleixo
Junta Governativa Provisória de 1969
- 31/08/1969 - 30/10/1969 - militar -
nenhum
28 - Emilio Medici - 30/10/1969 -
15/03/1974 - ARENA (militar) -
Augusto Rademaker
29 - Ernesto Geisel - 15/03/1974 -
15/03/1979 - ARENA (militar) -
Adalberto dos Santos
30 - João Figueiredo - 15/03/1979 -
15/03/1985 - PDS (militar) -
Aureliano Chaves
Tancredo Neves - PMDB - José
Sarney
31 - José Sarney - 15/03/1985 -
15/03/1990 - PMDB - nenhum
32 - Fernando Collor - 15/03/1990 -
29/12/1992 - PRN - Itamar Franco
33 - Itamar Franco - 29/12/1992 -
01/01/1995 - PMDB - nenhum
34 - Fernando Henrique Cardoso -
01/01/1995 - 01/01/2003 - PSDB -
Marco Maciel
35 - Luís Inácio Lula da Silva -
01/01/2003 - 01/01/2011 - PT - José
Alencar
36 - Dilma Rousseff - 01/01/2011 -
01/01/2015 - PT - Michel Temer.
1- República
(realizadas antes de iniciar os estudos)
a) Escreva o que você entende por República. b) Qual o sistema de governo brasileiro atualmente? c) O que é Constituição? d) quem é o presidente do Brasil atualmente e seu vice?
2- Ouvir a Música “ Sessenta e um anos de República” para realizar esta
atividade.
A música foi composta por Mano Décio e Silas de Oliveira, em 1951 como Samba-enredo da
Escola de Samba Império Serrano para comemorar os anos de República no Brasil.
a) Em _________ foi implantada a republica no Brasil
b) O primeiro presidente foi _________ que foi sucedido por __________.
c) A música faz referencia ao presidente _____________ que promoveu um período de paz acabando com ______________________
3- Interpretando a) Analisando a letra da música podemos ter a impressão que a história é feita por quem?
b) Como é retratado o povo no processo de proclamação da república, espectador ou participativo? Justifique a resposta.
c) Será que a República brasileira trouxe mudança na vida das pessoas comuns?
4) Com a ajuda do texto responda as questões sobre a República.
a) qual o sistema de governo antes da República no Brasil?
b) Quando foi implantada a República e por quem?
c) Quais são as fases da república ate 1930 e quais as principais características de casa uma?
d) Com a república houve mudanças na Constituição descreva as principais mudanças e destaque quais beneficiavam a população.
5. REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)
Querência Amada
Teixeirinha
Quem quiser saber quem sou / Olha para o céu azul
E grita junto comigo / Viva o Rio Grande do Sul
O lenço me identifica / Qual a minha procedência
Da província de São Pedro / Padroeiro da querência
Oh, meu Rio Grande / De encantos mil
Disposto a tudo / Pelo Brasil
Querência amada dos parreirais / Da uva vem o vinho
Do povo vem o carinho / Bondade nunca é demais.
Berço de Flores da Cunha / E de Borges de Medeiros
Terra de Getúlio Vargas / Presidente brasileiro
Eu sou da mesma vertente / Que Deus saúde me mande
Que eu possa ver muitos anos / O céu azul do Rio Grande
Te quero tanto / Torrão gaúcho
Morrer por ti me dou o luxo / Querência amada
Planície e serra / Dos braços que me puxa
Da linda mulher gaúcha / Beleza da minha terra
Meu coração é pequeno / Porque Deus me fez assim
O Rio Grande é bem maior / Mas cabe dentro de mim
Sou da geração mais nova / Poeta bem macho e guapo
Nas minhas veias escorre / O sangue herói de farrapo
Deus é gaúcho / Da espora e mango
Foi maragato ou foi chimango / Querência amada
Meu céu de anil / Este Rio Grande gigante
Mais uma estrela brilhante / Na bandeira do Brasil
Disponível em: <http://letras.mus.br/teixeirinha-musicas/77214/ > acessado
15/07/12
Floriano Peixoto assumiu a presidência do Brasil em 23 de
novembro de 1891, quando Deodoro da Fonseca renuncia, devido à crise politica
que enfrentava pela oposição. A crise no governo de Peixoto não demorou a
aparecer, em 31 de março 1892, 13 generais enviaram ao presidente uma carta-
manifesto, exigindo uma nova eleição como dizia a Constituição, o que não ocorreu.
Floriano reagiu de forma enérgica, mandando punir seus opositores com o
afastamento das forças armadas, passou a ser conhecido como Marechal de Ferro.
A ação de Floriano não acabou com o movimento que sob a
liderança do almirante Custódio José de Melo, realiza a Segunda Revolta Armada
em 1893, 15 navios da marinha ameaçavam bombardear a capital Rio de Janeiro, se
não fossem convocadas novas eleições.
Com o apoio do Partido Republicano Paulista (cafeicultores) e do
exercito o presidente
conseguiu dominar os
revoltosos, impondo se
politicamente mais uma vez
pela força.
Em meio a
esta crise surge no Rio
Grande do Sul entre os anos
de 1893 a 1895, a Revolta
Federalista que foi na
verdade um movimento de
revolta politica entre grupos
rivais. Devido às mudanças governamentais que Floriano fez, depondo todos os
políticos ligados a Deodoro da Fonseca dos cargos políticos e substituindo os por
simpatizantes ao governo Florianista.
Essas mudanças atingiram o Estado do Rio Grande do Sul, onde
havia dois partidos políticos que disputavam o poder: o Partido Republicano Rio-
Grandense (PRP), apelidados de pica-paus, aliado a Floriano era favorável ao
republicanismo positivista e apoiava o governo de Júlio de Castilho; e o Partido
Federalista (PF), apelidados de maragatos, eram oposição a Castilho, defendiam
maior autonomia dos estados, em um regime parlamentarista.
Degolador http://omundoemumclik012.blogspot.com.br/2012/05/re.html - ( acessado em 09/10/12)
Muitas vezes a degola era praticada em meio a zombarias
e humilhações. Embora não com
frequência, poderia ser antecedida por
castração. Conta-se, por exemplo, que
apostas eram feitas em corrida de
degolados. Na degola convencional a
vítima, ajoelhada, tinha as pernas e
mãos amarradas, a cabeça estendida
para trás e a faca era passada de orelha a
orelha. Como se degolasse uma
ovelha, rotina nas lides do campo. Os
ressentimentos acumulados, as
desavenças pessoais, somados ao caráter rude do
homem da campanha acostumado a
sacrificar o gado, tentam explicar estes atos de selvageria. Do ponto de vista militar e logístico a degola decorria da incapacidade das
forças em combate de fazer prisioneiros,
mantê-los encarcerados e
alimentá-los, pois, ambas lutavam em situação de grande penúria. Procurava-
se, pelo mesmo motivo, poupar
munição empregando um meio rápido de
execução.
Não aceitando o novo governo
(Castilho) imposto pelo presidente, Gaspar Silveira
e Gumercindo Saraiva lideram os federalistas em
uma revolta em fevereiro de 1893 para derrubar
governo gaúcho. As tropas do governo acabaram
obrigando os federalistas a se refugiarem no
Uruguai e na Argentina, mas reagiram conquistando
a cidade de Bagé. Com ataques surpresas os
federalistas foram conquistando regiões de Santa
Catarina e Paraná.
Os federalistas gaúchos ganham
força com a aliança feita com os rebeldes da
Revolta Armada no Rio de Janeiro, que tomado à
cidade de Desterro (Florianópolis). Rumando para
Curitiba foram detidos na cidade da Lapa, no
episodio conhecido como o Cerco da Lapa, foram
26 dias em que 639 praças e patriotas (civis
voluntários), lutaram ficaram cercados por 3000
homens sob o comando de Gumercindo Saraiva.
Foram vinte e seis dias de
resistência com um efetivo militar de 639 praças e
patriotas(civis voluntários), foram cercados por 3000
homens comandados por Gumercindo Saraiva. Os
soldados do governo cercados, sem alimento e
munição acabam derrotados quando o Coronel
Gomes Carneiro foi ferido, morrendo dois dias
depois, em 9 de fevereiro de 1894, “ainda dando
ordens”.
A resistência da Lapa impediu o
avanço dos federalistas dando tempo para que
fossem organizados novos exércitos dos
Republicanos. Gumercindo volta ao Rio Grande do
Sul, onde morreu em 10 de agosto de 1894 ,após
ser atingido por um tiro a traição enquanto reconhecia o terreno na véspera da
Batalha do Carovi.
Revolução Federalista ficou conhecida como “Revolução da Degola”,
por ser uma luta sangrenta que provocou a morte de aproximadamente 10.000
pessoas. O conflito chegou ao fim em junho de 1895 com as lutas no campo de
Osorio, onde o maragato Saldanha da Gama lutou ate á morte com os últimos
quatrocentos homens de sua tropa. Foi assinado um acordo de paz em agosto de
1895 pelo presidente Prudente de Morais, eleito em 1º de março de 1894, dando fim
aos combates. O governo gaúcho foi entregue novamente a Júlio de Castilho
1. Assimilando
a) Entregar os versos da música para os alunos em grupo e eles deverão colocar os versos em ordem enquanto ouvem. Os versos serão recortados, para serem montados como um quebra-cabeças.
b) Assinalar as palavras desconhecidas e procurar o significado no dicionário.
c) A música faz referência a qual Estado Brasileiro?
d) o que sabe sobre a Revolução Federalista?
e) Assinale os personagens histórico citados na música, pesquisar quem foram eles.
2- Interpretação a) Qual musica teve a intenção de contar a revolução ou enaltecer o Rio Grande do Sul? Justifique a resposta.
b) Que tipo de instrumento é possível perceber na música?
c) Explique o que Maragato, Chimango que aparecem na música?
d) A música faz menção à outra revolta que aconteceu no Rio Grande, qual é essa revolta? Pesquisar sobre ela.
e) Quem são os heróis da revolta na ótica da chamada história oficial?
f) A musica tem a intenção de passar qual mensagem?
Atividade 3
a) Quais os motivos que levaram a revolução federalista gaúcha?
b) Quais os partidos políticos envolvidos?
c) Por que essa revolta ficou conhecida como revolta da degola?
d) Podemos afirmar que essa revolta foi um fato isolado do Rio Grande (regional) ou foi
uma revolta nacionalista?
e) Produza uma história em quadrinhos narrando Revolução federalista.
6. A REVOLTA DE CANUDOS (1893 a 1897)
Antônio Conselheiro
Seu Zé
Do interior do Ceará saiu de Quixeramobim
Pois conviver com os Araújo
Isso pra ele era ruim
Não conhecia muita gente, já não podia ganhar beijo
Construir vinte e cinco igrejas
Esse era o seu desejo
O que Antônio Maciel não podia imaginar
É que o povo sertanejo estava a lhe idolatrar
Vai, vai, vai Antônio Conselheiro
Alguns diziam que era padre ou que ele tinha rabo
Outros diziam que era santo
E até diziam que era o diabo
Mas com orgulho ele exibia o azul da nossa mãe senhora
E quem quisesse o evangelho
Pra Canudos fosse agora
Foi perseguido pela igreja e pelos donos de terra
E o anticristo da República anunciou a guerra
Vai, vai vai Antônio Conselheiro
Leva a fé pelo sertão
Pois canudos respeitou
Arrastando multidão
Disponível em: http://topmusicas.net/seu-ze/antonio-conselheiro.htm#orkut
08/09/2012
Antônio conselheiro
Valdir teles e Fenelon Dantas
Conselheiro morreu porque queria defender em num regime igualitário
quando a força do latifundiário imperava e mandava na Bahia.
O governo também não pretendia escutar quem vivia de oração eles
foram para frente do canhão enfrentaram o governo brasileiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão.
Quem conhece Canudos na Bahia não apaga do drive da memoria o
combate mais triste da historia contra um povo que guerra não queria
Tudo quanto esse povo pretendia era um pouco de terra, casa e pão.
Para livrar se das ordens do barão e fugir do porão do cativeiro
Em canudos Antônio conselheiro quis mudar a história do sertão
Quando a força da fé valia mais do que mesmo dinheiro prata e cobre
Conselheiro lutava pelo pobre contra a fúria e o ódio dos feudais
Os fanáticos formavam arraiais e na batalha sangrenta
pelo pão
Sem ter arma dinheiro e munição enfrentaram jagunços e fazendeiros
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão
Conselheiro lutou mais antigamente defendendo uma causa social
Enfrentou coronel e general com a força da fé da sua gente
Discordou do governo de Prudente
Deixou Pires Ferreira sem ação
Derrotou mais de uma expedição sem ter força politica e nem dinheiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão
No lugar do combate desumano veio a agua cobrir terra e pastagem
Quem provar da agua da barragem sente o gosto de porva e sangue
humano
No começo de outubro todo ano a Bahia faz culto de oração em louvor
de um beato nosso irmão
Que morreu com as honras de guerreiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão
Conselheiro criou um movimento numa área de terra improdutiva
Fez um vaso barril da fonte viva gerador de agua e alimento
Numa terra sem lei nem documento onde o servo feudal era o patrão E a lei adotada nesse chão era feita com arma e dinheiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão.
Fonte: Transcrita
A Guerra de Canudos foi um movimento que ocorreu na Bahia entre
os anos de 1893 a 1897, durante a instalação da Republica no Brasil, tendo como
principal líder do movimento Antônio Vicente Mendes Maciel (Antônio Conselheiro).
Para compreender a Revolta de Canudos é necessário avaliar duas
questões o imaginário e a situação social dos sertanejos nordestinos da época, que
enfrenavam: as secas que dificultavam a agricultura e a pecuária; o declínio a
produção açucareira; a fome devido ao desemprego e os baixos rendimentos; o
abandono politico da região; a violência
provocada por grupos armados que
trabalhavam para os latifundiários (coronéis-
fazendeiros); e o fanatismo religioso pregado
por beatos que arrebanhavam seguidores
prometendo uma vida melhor.
É nesse contexto de
opressão e desesperança social que Antônio
Conselheiro iniciou uma pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo,
em que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram
impostas. Com palavras de fé e justiça, Antônio Conselheiro cativou muitos
sertanejos que se identificavam com suas mensagens.
A ideologia pregada por Conselheiro era vista pelas autoridades
eclesiásticas e pelos setores dominantes da população como uma ameaça à ordem
estabelecida. Principalmente por criticar o regime republicano, entre suas criticas
estava ao casamento civil, foi acusado de fanatismo religioso e de monarquista. Em
1876 foi preso sob a acusação de ter matado a mulher e a mãe e foi enviado de
volta ao Ceará. Quando foi solto se dirigiu ao interior da Bahia, onde teve mais
adeptos que passaram a seguir suas pregações contrárias à ordem vigente.
Em 1893 com 65 anos, Conselheiro fundou a comunidade de Belo
Monte no sertão baiano, no lugar onde era uma fazenda abandonada às margens do
Rio Vaza-Barris. Com o lema “A terra não tem dono, a terra é de todos”, a região
todo dia recebia novos moradores, em pouco tempo o pequeno povoado numa das
localidades mais povoadas da Bahia com uma população entre 20 a 30 mil
habitantes. A população era composta basicamente por: sertanejos sem terra,
vaqueiros, ex-escravos, pequenos proprietários pobres, homens e mulheres
perseguidos pelos coronéis ou pela policia.
A população antiga do local
possuía o hábito de fumar
cachimbos de barro, com cabos
feitos de bambu, que se
chamavam canudos-de-pito. Essa
é a origem do nome Canudos.
A comunidade de Belo Monte era administrada por Conselheiro, sob
um regime de comunismo: as colheitas, os rebanhos eram repartidos; o excedente
era vendido ou troca com as povoados vizinhos; não se cobrava impostos.
O povoado possuía suas próprias leis e não seguia as ordens do
presidente Prudente de Morais. A comunidade de Canudos tornou se uma ameaça
ao interesse da elite (grandes proprietários de terra) e para a igreja: por não pagar
impostos e pela ocupação de terras e por desviar os fieis.
A comunidade de Conselheiro passou a ser atacada pela Igreja que
os acusavam da praticar de heresia e depravação. Os políticos e senhores de terra,
com o uso dos meios de
comunicação da época,
diziam que Antônio
Conselheiro era
monarquista e liderava um
movimento para derrubar o
governo republicano,
instalado em 1889.
Para
derrubar Canudos, foram
organizadas quatro
expedições militares: a primeira com cem homens foi vencida em novembro de
1896; a segunda com 550 soldados, canhões e metralhadoras também foi vencida; a
terceira comandada pelo coronel Moreira Cesar e composta por 1300 homens, caiu
em uma emboscada em março de 1897; a quarta expedição comandada pelo
general Artur Guimarães com 5mil homens cerca Canudos em 27 de setembro de
1897, os combates duraram ate o dia 05 de outubro, quando as tropas conseguiram
invadir a cidade. A população apta para o combate (homens e rapazes) foi
massacrada, a comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e
crianças. Antônio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último
combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que
estudassem as características do crânio de um “louco fanático”.
Canudos http://formaedutec.blogspot.com.br/ acessado em 30/09/12
Antônio Conselheiro
http://www.historiabrasileira.com/brasil-
republica/guerra-de-canudos/ - acessado em
30/09/12
6.1. Quem foi Conselheiro
Nascido na vila de Quixeramobim, no interior do Ceará, Antônio
Vicente Mendes Maciel cresceu em uma
família de padrão de vida mediano. Teve
uma educação que lhe possibilitou o
contato com a geografia, a matemática e
as línguas estrangeiras. Aos vinte e sete
anos após a morte de seu pai, assumiu
os negócios da família, não obtendo
sucesso abandonou a atividade. Na
mesma época casou-se com uma prima e
exerceu funções jurídicas nas cidades de
Campo Grande e Ipu.
Em 1865, Conselheiro abandonou a mulher e o filho e retornou à sua
peregrinação sertaneja. Nessas andanças, começou a construir igrejas, cemitérios e
teve sua figura marcada pela: barba grisalha, a bata azul, as sandálias de couro e a
mão apoiada em um bordão.
1. Produção
a) Após ouvir as músicas produza uma narrativa em que apareça (local da revolta, os envolvidos,
motivos, destacando quem é o defensor da população em sua visão).
2- após ter ouvido as musicas Antônio Conselheiro, construa um texto informativo
sobre a revolta de Canudos.
3- Ler o texto explicativo sobre a Revolta de Canudos e comparar com o texto
produzido através com as informações contidas na música, após essa comparação é
possível afirmar que a música pode ser uma fonte histórica não oficial? Explique.
4- Produza um cartaz retratando a história do Contestado.
5. Ouvir a Música Antônio Conselheiro
a) Preencher os espaços em branco.
b) Procurar o significado das palavras desconhecidas que foram utilizadas no preenchimento das
lacunas.
Conselheiro morreu porque queria defender em num regime _____________ quando a força do
____________________ imperava e mandava na Bahia.
O governo também não pretendia escutar quem vivia de oração eles foram para frente do canhão
enfrentaram o governo brasileiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão.
Quem conhece Canudos na _____________ não apaga do drive da memoria o combate mais
triste da historia contra um povo que guerra não queria
Tudo quanto esse povo pretendia era um pouco de terra, casa e pão.
Para livrar se das ordens do barão e fugir do porão do _____________
Em canudos Antônio conselheiro quis mudar a história do sertão
Quando a força da fé valia mais do que mesmo dinheiro prata e cobre
Conselheiro lutava pelo ____________ contra a fúria e o ódio dos feudais
Os fanáticos formavam arraiais e na batalha sangrenta
pelo pão
Sem ter arma dinheiro e _________________ enfrentaram _____________ e fazendeiros
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão
Conselheiro lutou mais antigamente defendendo uma causa _____________
Enfrentou coronel e general com a força da fé da sua gente
Discordou do governo de ________________
Deixou Pires Ferreira sem ação
Derrotou mais de uma expedição sem ter força politica e nem dinheiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão
No lugar do combate desumano veio a agua cobrir terra e pastagem
Quem provar da agua da ______________ sente o gosto de porva e sangue humano
No começo de outubro todo ano a Bahia faz culto de oração em louvor de um beato nosso irmão
Que morreu com as honras de guerreiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão
Conselheiro criou um movimento numa área de terra _______________
Fez um vaso barril da fonte viva gerador de agua e alimento
Numa terra sem lei nem ____________ onde o servo feudal era o patrão
E a lei adotada nesse chão era feita com arma e dinheiro
Em canudos Antônio Conselheiro quis mudar a história do sertão.
7. GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916)
Contestado: Ontem, Hoje E Sempre
Autor: Konthestadus
Sobre um plano superior, campos, vales e serras / Descansa meu Paraná e a bela e
Santa Catarina O meu orgulho cantar, o quanto amo essa terra / Por ela derramo meu sangue, se
de novo preciso for Ao longo da nossa história, marcada por grandes batalhas / Matança e crueldade,
já assombrou muitas auroras No imaginário coletivo, figurou alguns gigantes / Entre eles São João Maria
trazendo infinitos sonhos “Luta” em prol da liberdade / Sem temer a própria morte
Igualdade e justiça /Que aqui estavam ausentes Uma disputa de divisas / E o grande descaso das oligarquias
Fazendo das sesmarias / Verdadeiro campo de batalha A guerra do contestado, outrora denominada / Maior conflito sangrento, da nação
verde amarelo O sangue que manchou o chão, e coloriu a água do timbó / É o mesmo que esta em
nossas veias E engrandece o nosso povo
A velha estrada de ferro, que cortou nossas estâncias / Trazendo progresso e ganância, no longo de seus vagões
Seus trilhos virou quiçaça, os dormentes desmaiou / Em alguns pontos do traçado, só demarcam a fronteira
As riquezas naturais, alvo de grande disputa / Araucária, erva-mate, e pastagens naturais
Ofuscou-se a razão, expulsando seus herdeiros / No início do século passado, deflagrando descontentamento
“Luta” em prol da liberdade / Sem temer a própria morte Igualdade e justiça / Que aqui estavam ausentes
Uma disputa de divisas / E o grande descaso das oligarquias Fazendo das sesmarias / Verdadeiro campo de batalha
A guerra do contestado, outrora denominada / Maior conflito sangrento, da nação verde amarelo
O sangue que manchou o chão, e coloriu a água do timbó / É o mesmo que esta em nossas veias
E engrandece o nosso povo.
Herdeiro do Contestado
Autor da Música : Elton Saldanha
Meu pai nasceu no Iranir a minha mãe no Desterro /eu cresci em São
Joaquim naquele topo de serro.
Ando cantando com as gralhas lá no rincão dos pinheiros / puxando
mula de carga refrondando boi franqueiro.
Abro peito no rodeio no lombo de uma aporreado / ressuscito meu avo
jagunço do Contestado
De pico mãe fumaça tenho a melena encardida / são Sebastião me
protege nestas peleias da vida
Meu povo barriga verde meu coração te pertence / eu tenho orgulho de
ser catarinense
Vou da serra ao litoral sempre de chapéu tapeado / sou de Santa
Catarina Herdeiro do Contestado (2x)
É branco verde e vermelho o pavilhão dessa terra /de gente que vive em
paz por ter sofrido na guerra
Pelo planalto das lajes com meu jeitão de beduíno / tiro o chapéu
para as senhoras
Sou de fora mais sou fino / tomo uma tênue numa guampa conforme
usança de lá
Minha madrinha é Maria Rosa Santa de Caraguada
Quando vejo uma araucária / solita no descampado / vejo meu avô
tropeiro de sombreiro bem tapeado
Toda essa herança bendita / escrita em fé dessa gente / eu tenho
orgulho de ser catarinense
Vou da serra ao litoral sempre de chapéu tapeado / sou de Santa
Catarina Herdeiro do Contestado (3 x)
Sou de Santa Catarina / herdeiro do Contestado (3 x).
Contestado é o nome dado a uma região de fronteira disputada
pelos Estados do Paraná e Santa Catarina. Nessa região ocorreram diversas
disputas politicas e econômica,
devido: a área de floresta e uma
grande área dedicada a plantio da
erva-mate.
Na região eram
constantes os problemas entre os
grandes proprietários de terras e os
posseiros, a situação foi agravada
com a construção da ferrovia São
Paulo-Rio Grande do Sul pela
empresa norte americana Brazil
Railway Company, que comprou
uma grande área de terra para a
construção da ferrovia, numa região
onde viviam diversas família que
acabaram perdendo suas terras.
Os problemas aumentaram quando a Brazil Railway passou a
contratar trabalhadores de outros estados para
a construção da ferrovia, foram atraídos para a
região aproximadamente 8 mil homens. Com o
termino da construção da ferrovia em 1910
todos os trabalhadores foram demitidos, sem
dinheiro e nem terem como voltar para suas
regiões passaram a vagar pela região:
saqueando, invadindo e se oferecendo como
jagunços aos coronéis.
As tensões sociais foram se
intensificando na região e surgem profetas
“monges”, que passam a pregar as ideias de
justiça, paz que só seria possível por um
movimento com ideais religiosos. O primeiro líder religioso que surge foi o monge
João Maria, com sua morte seu lugar foi ocupado por Miguel Lucena Boaventura,
Segundo (CALONGA, 2008)
No caso do Contestado, o
messianismo se caracteriza
na crença da ressurreição
de José Maria, quando
videntes passam “ordens”
recebidas do monge aos
demais integrantes das
cidades santas (redutos). A
simbologia das orações, dos
rituais e das praticas de
guerra também reafirmam o
caráter místico e religioso
do movimento.
http://dicasgratisnanet.blogspot.com.br/2012/05/guer
ra-do-contestado-resumo.html - acessado em
30/09/12
conhecido como o beato José Maria, que passou a atacar o autoritarismo da ordem
republicana e pregava novos tempos de prosperidade e comunhão espiritual.
Inspirado pela lenda
messiânica do rei português D.
Sebastião, José Maria, reuniu mais
de 20 mil seguidores e fundou o
povoado de Quadrado Santo e
alguns povoados que faziam parte
da chamada monarquia celeste.
Essas comunidades tinham seu
próprio governo e suas próprias leis,
viviam da agricultura subsistente e
do furto de gado.
O movimento
passou a ser uma ameaça aos
governos estadual e federal, que
apoiados pelos coronéis e donos
das empresas estrangeiras da
região, soldados e policiais foram enviados para o Contestado, com o objetivo de
acabar com o movimento. Os camponeses armados
de espingardas de caça, facões e enxadas, resistiram
e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem
armadas, o saldo foi que morreram entre 5 mil e 8 mil
rebeldes, na maioria camponeses, morreram. Muitos
sertanejos acabaram fugindo para a cidade de Faxinal
do Irani, no Paraná.
Em 1912 foram enviadas mais militares
para enfrentar os seguidores de José Maria, nesse
conflito as tropas federais foram vencidas, mas o líder
espiritual acabou morrendo.
Em 1914, o governo mais uma vez foi
neutralizado com a fuga em massa dos moradores do
contestado. No ano seguinte, outros confrontos seriam marcados com sucessivas
derrotas do Exército. O já prolongado conflito só veio a ter um fim quando as tropas
Monge José Maria
http://www.infoescola.com/hist
oria/guerra-do-contestado/ -
30/09/2012
do governo foram mantidas por mais de um ano em confrontos regulares contra a
comunidade revoltosa. Para tanto, utilizaram de aviões pela primeira vez usado
como arma no Brasil e uma pesada artilharia. No fim da luta, em 1916, milhares de
sertanejos foram brutalmente executados.
2- Atividade com Música
Ouvir a música “Contestado: Ontem, Hoje E
Sempre”
a) produza uma narrativa onde apareça:
Localização geográfica da guerra; Os estados
envolvidos; lideres do movimento; os motivos da
revolta.
1- Antes de ouvir a
música responda.
a) Você já ouviu falar na
Guerra do Contestado?
b) você sabe onde ocorreu?
c) os motivos que levaram a
guerra?
3- A música “Herdeiro do Contestado”, também é uma fonte histórica sobre a revolta,
porém ela tem o objetivo de elevar o povo catarinense, cite trecho da música onde apareça
exaltação aos catarinenses.
4- Cite as cidades aparecem na música e pesquise a relação dessas cidades com a guerra do
Contestado.
5- A música contestado cita a ferrovia em seus versos, leia o texto e explique qual a
contribuição da ferrovia para a deflagração da guerra.
6- Produza uma história em quadrinho retratando a Guerra do Contestado.
8. REVOLTA DA CHIBATA (1910)
O Mestre-Sala Dos Mares
Elis Regina
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então
Glória aos piratas
Às mulatas, às sereias
Glória à farofa
à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas salve
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
Disponível em: <http://letras.mus.br/elis-regina/87853>/ acessado 15/07/12
Movimento realizado pelos marinheiros no dia 22 de novembro de
1910, quando liderados por João Cândido Felisberto e Francisco Dias Martins
tomaram o comando dos
navios: Minas Gerais, São
Paulo, Deodoro e Bahia.
Exigiam o fim dos castigos
físicos, pois era comum
açoitar com chibatadas os
marinheiros para disciplina-
los, lembrando que a
grande maioria dos
marinheiros eram negros.
Segundo NASCIMENTO 2007. Aos gritos de “Viva a liberdade” e
“Abaixo a chibata”, os amotinados foram matando e expulsando oficiais, sargentos e
marinheiros contrários ao movimento. Logo
após, apontaram os enormes canhões contra a
cidade e atiraram, vitimando pessoas em duas
residências.
O estopim do movimento foi
quando Marcelino Rodrigues foi açoitado com
250 chibatadas mesmo após ter desmaiado,
diante de todos os marinheiros no navio.
Durante a negociação da revolta
o presidente Hermes da Fonseca aceitou por fim
aos castigos físicos e anistiar os revoltosos, mas
logo se percebeu que o governo havia engado
os marinheiros. O que aumenta a tensão entre
marinheiros e oficiais levando a uma nova
revolta no dia 09 de dezembro no navio Rio
Grande do Sul e no Batalhão Naval da ilha das Cobras.
A revolta não teve muito sucesso sendo rapidamente dominada
pelos oficiais que juntamente do exercito bombardearam o Batalhão Naval durante a
noite, calcula-se que mais de trezentos tenham morrido, outros foram presos e
enviados para o Acre.
Existem diversos registros de casos de 100, 250 e até 500
chibatadas num único dia. Embora o castigo da chibata em
marinheiros seja facilmente associado à recém-abolida
escravidão no Brasil, é importante ter em mente que esse
tipo de disciplinamento era comum na maior parte das
forças armadas no mundo (Inglaterra, Estados Unidos,
Rússia).
RECRUTAMENTO DOS
MARINHEIROS
Os soldados eram recrutados à
força nas ruas ou prisões, ou com o
alistamento de menores pobres,
órfãos e desvalidos que eram
enviados por pais, juízes e tutores a
marinha. Essa forma de alistamento
era incentivada pelo governo com o
pagamento de prêmios aos
responsáveis dos garotos. Entre os
motivo que afastavam os novos
recrutas era: o tempo de serviço
militar obrigatório que variava
entre nove e quinze anos; além dos
baixos salários e as violências
sexuais; e as formas de
disciplinamento usadas pelos
oficiais eram o que maior aversão
gerava entre os possíveis
candidatos.
8.1. João Cândido
Segundo o Aldir Blanc eles tiveram problema com a censura, pois a
marinha não toleraria conta: "Tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos
ameaças veladas de que a Marinha não toleraria homenagem a um marinheiro que
quebrou a hierarquia e matou oficiais.
“Fomos várias vezes censurados, apesar das mudanças que
fazíamos, tentando não mutilar o que considerávamos as idéias principais da letra.
Minha última ida ao Departamento de
Censura, então funcionando no
Palácio do Catete, me marcou
profundamente. Um sujeito, bancando
o durão, (...) mãos na cintura, eu
sentado numa cadeira e ele de pé,
com a coronha da arma no coldre há
uns três centímetros do meu nariz. Aí,
um outro, bancando o "bonzinho",
disse mais ou menos o seguinte:
- Vocês não então entendendo... Estão trocando as palavras como: revolta, sangue,
etc. e não é aí que a coisa tá pegando...
Eu, claro, perguntei educadamente se ele poderia me esclarecer
melhor. E, como se tivesse levado um "telefone" nos tímpanos, ouvi, estarrecido a
resposta, em voz mais baixa, gutural, cheia de mistério, como quem dá uma dica
perigosa:
- O problema é essa história de negro, negro, negro...".
Abaixo temos a letra original e a que passou pela censura.
João Cândido http://www.historiabrasileira.com/biografias/joao-candido/ - (acessado em 09/10/12).
http://www.cefetsp.br/edu/eso/patricia/revoltachibata.html <acessado dia 08/09/2012>
O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)
(letra original sem censura)
Há muito tempo nas águas da
Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco
de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas
francesas
Jovens polacas e por batalhões de
mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda
tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava
então
Glória aos piratas, às mulatas, às
sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)
(letra após censura durante ditadura
militar)
Há muito tempo nas águas da
Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar na alegria das
regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas
francesas
Jovens polacas e por batalhões de
mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do
porão
Que a exemplo do feiticeiro gritava
então
Glória aos piratas, às mulatas, às
sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
1. Ao ouvir a musica “O Mestre Sala dos Mares” de João Bosco, interpretado na voz de
Elis Regina é possível ter uma ideia de qual fato histórico esta sendo tratado? Justifique a
resposta.
2. Comparando as fontes
A Música faz referencia a Revolta
da Armada. Utilizando a música
como fonte histórica responda.
Música
a) É possível identificar o líder do
movimento?
b) É retratado o lugar que o fato
ocorreu?
c) O grupo social e étnico que
promoveu o movimento?
d) O que motivou o movimento de
revolta?
Texto
a) Quem foi o líder do movimento?
b) Onde ocorreu essa revolta?
c) Qual o grupo social e qual a etnia
dos revoltosos?
c) Qual o principal motivo que leva
a revolta?
3- Ao comparar as músicas
na versão original e na
versão censurada, qual
retrata melhor o fato
histórico, por quê?
4- Segundo seu ponto de
vista historiográfico, qual o
motivo de censurar a
música, e o objetivo foi
alcançado? Segundo sua
visão.
5- Produza um cartaz
retratando Revolta da Chibata.
9. CANGAÇO
Lampião Falou Luíz Gonzaga
Eu não sei porque cheguei / Mas sei tudo quanto fiz
Maltratei fui maltratado / Não fui bom, não fui feliz
Não fiz tudo quanto falam / Não sou o que o povo diz
Qual o bom entre vocês? / De vocês, qual o direito?
Onde esta o homem bom? / Qual o homem de respeito?
De cabo a rabo na vida
Não tem um homem perfeito } bis
Aos 28 de julho / Eu passei por outro lado
Foi no ano 38 / Dizem que fui baleado
E falam noutra versão / Que eu fui envenenado
Sergipe, Fazenda Angico / Meus crimes se terminaram
O criminoso era eu / E os santinhos me mataram
Um lampião se apagou
Outros lampiões ficaram } bis
O cangaço continua / De gravata e jaquetão
Sem usar chapéu de couro / Sem bacamarte na mão
E matando muito mais / Tá cheio de lampião
E matando muito mais / Tá assim de lampião
E matando muito mais
Na cidade e no sertão / E matando muito mais
Tá sobrando Lampião
Disponível em: http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/1561844/ acesso em: 02/09/12
O Rei do Cangaço
Zé Tapera e Teodoro
Lá em Pernambuco ele foi nascido / Nome de batismo era Virgulino
Porém sua sorte foi triste demais / Perdeu os seus pais quando era
menino
Perdendo aqueles que queria bem / Jurou que também matava o
assassino
Até que um dia completou a idade / Cheio de maldade seguiu seu destino
Levando consigo capangas e trabuco / Deixando maluco o povo
nordestino
Por todas as partes era fogo sem brasa / Besouro sem asa passava
tinindo
Tinha neste bando muitos valentão /Tinha Mergulhão e também Ponto
Fino
Os mais destemidos desta cabroeira / Era Antonio Ferreira, Corisco e
Sabino
Maria Bonita, sua companheira / Era sempre a primeira a pegar no
fuzil
Por todas as partes onde o bando passava / Ali se travava uma luta
febril
Nem mesmo o governo eles não respeitava / Até enfrentava a polícia civil
Foi tanta fumaça que subiu ao léu / Por isso é que o céu ficou cor de anil
A paz e o sossego já não existia / Até que um dia a sua hora chegou
Tenente Bezerra valente e ligeiro / Nos tal cangaceiro uma carga acertou
Assim foi o rei, rainha e bandido / E outros fugiram o sertão desertou
Com esta notícia o nordeste sorriu / O Corisco sumiu e o Lampião se
apagou
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/ze-tapera-e-teodoro/o-rei-do-
cangaco.html#ixzz25M6QTPEV - acessado em 02/09/2012
Lampião da Morte Zé tapera e Teodoro
- Pessoar do céu estamos perdido o bando de lampião tá invadindo a cidade
- me vale padre Cicero do Juazeiro
Assim era a vida que antes levava o povo sofrido das bandas do norte
porque a justiça por lá não havia somente existia a lei do mais forte
se ouvia o pranto da mãe pelo filho e quanto as viúvas reclamar a sorte
porque na cidade estava em visita o bando maldito do lampião da morte
- compadre lampião a cidade ta cheinha de mulher bonita e nós não temos
mulher nem para pregar botão na nossa roupa
- Então vamos fazer um negocio cada um vai escolher uma mulher para
acompanhar nossas andanças
- Se dois cabras escolher a mesma mulher ela tem que ser disputada na
peixeira o vencedor fica com ela o perdedor se ainda estiver vivo vai escolher
outra mulher
- mais olha aquele que botar os olhos na Maria Bonita a mulher do
sapateiro aquela bichinha é muito minha. Ouviram seus cabras da peste
E desde esse dia Maria Bonita deixou seu marido e segui Virgulino
De dona de casa se virou bandoleira herdou do Lampião o maldito destino
Porem a policia em grande escolta andava em trincheira em chão nordestino
Era a justiça que estava chegando para destruir esse bando assassino
- Compadre Lampião chegou nossa hora, estamos cercados de policia pra
toda banda
- nada de tremedeira seus cabras da peste vamos enfrentar a policia de
homem pra homem, vamos arrasar com esses cabras
- Não adianta resistir lampião entregasse, você esta perdido
- eu só me entrego depois de morto não quero cai vivo na mão da lei, quero não
- Então prepare-se lampião lá vai fogo
E uma descarga de chumbo certeiro deixou Virgulino sem vida no chão,
alguns desordeiros tombaram feridos e outros sumiram feridos naquele sertão
Maria Bonita morreu no combate a sua cabeça foi para exposição
O povo gritava na rua tenente Bezerra apago lampião
O cangaço
O termo “cangaceiro” faz referência ao
termo “canga”, peça de madeira
usualmente colocada nos muares e animas
de transporte. Assim, a palavra cangaceiro,
originalmente, faz uma alusão aos utensílios
que os cangaceiros carregavam em seu
corpo.
Bando de Lampião
http://revistacult.uol.com.br/home/2011/02/visoes-originais-sobre-o-
cangaco/ - (acessado em 09/10/12)
Segundo Arruda o cangaço surge entre os anos de 1870 e 1940 no
nordeste em meio ao messianismo e ao misticismo, como forma de expressar a
insatisfação e as tensões sociais no campo.
Temos que contextualizar que naquele momento era comum no
nordeste a violência pela posse da terra,
já que os grandes proprietários de terras
tinham seus bandos armados (jagunços),
para fazer valer suas vontades e suas
leis.
Existem divergências de
opiniões a respeito dos cangaceiros
muitas os tem como criminosos ou como justiceiros. Os registros indicam que
Antônio Silvino foi um dos primeiros cangaceiros, por vingança a morte de seu pai
formou um bando que lutava contra a polícia, promovia assaltos e armava “tocaias”
contra autoridades governamentais.
Podemos entender o cangaço como um fenômeno social,
caracterizado por atitudes violentas, por parte dos cangaceiros que andavam em
bandos armados espalhando o medo pelo sertão nordestino. Promoviam saques a
fazendas, atacavam
comboios e chegavam a
sequestrar fazendeiros
para obtenção de
resgates. Aqueles que
respeitavam e acatavam
as ordens dos
cangaceiros não sofriam,
pelo contrário, eram
muitas vezes ajudados.
Esta atitude, fez com que
os cangaceiros fossem respeitados e até mesmo admirados por parte da população
da época.
Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram
perseguidos constantemente pelos policiais. Usavam roupas e chapéus de couro
para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos
As cabeças cortadas do bando de lampião http://www.eunapolis.ifba.edu.br/informatica/Sites_Historia_EI_31/cangaco/Site/Cangaco.html - (acessado 09/10/12)
da caatinga. Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os conhecimentos
que possuíam sobre o
território nordestino (fontes
de água, ervas, tipos de
solo e vegetação) para
fugirem ou obterem
esconderijos.
Existiram
diversos bandos de
cangaceiros, o mais
conhecido e temido da época
foi o comandado por Lampião
(Virgulino Ferreira da Silva),
também conhecido pelo
apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino
durante as décadas de 1920 e 1930. Ele morreu numa emboscada junto com sua
mulher Maria Bonita e
outros cangaceiros, em 29
de julho de 1938. Tiveram
suas cabeças decepadas e
expostas em locais
públicos, pois o governo
queria assustar e
desestimular a prática do
cangaço na região.
Com o fim
do bando de Lampião os
outros grupos de
cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem totalmente
no final da década de 1930.
Comparado a Robin Hood, Lampião roubava
comerciantes e fazendeiros, sempre distribuindo parte
do dinheiro com os mais pobres. No entanto, seus atos
de crueldade lhe valeram a alcunha de "Rei do
Cangaço". Para matar os inimigos, enfiava longos
punhais entre a clavícula e o pescoço. Seu bando
sequestrava crianças, botava fogo nas fazendas,
exterminava rebanhos de gado, estuprava
coletivamente, torturava, marcava o rosto de mulheres
com ferro quente. Antes de fuzilar um de seus próprios
homens, obrigou-o a comer um quilo de sal. Assassinou
um prisioneiro na frente da mulher, que implorava
perdão. Lampião arrancou olhos, cortou orelhas e
línguas, sem a menor piedade. Perseguido, viu três de
seus irmãos morrerem em combate e foi ferido seis
vezes.
9.1. Lampião: o "Rei do Cangaço"
Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu
em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual
município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco.
Em 1915, acusou um empregado do vizinho José Saturnino de
roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas
famílias. Quatro anos depois, Virgulino e dois
irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado
do vizinho e assaltavam. Os irmãos Ferreira
passaram a ser perseguidos pela polícia e
fugiram da fazenda. A mãe de Virgulino morreu
durante a fuga e, em seguida, num tiroteio, os
policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino
jurou vingança. Lampião formou o seu bando a
princípio com dois irmãos, primos e amigos, cujos
integrantes variavam entre 30 e 100 membros, e
passou a atacar fazendas e pequenas cidades
em cinco estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes montados a cavalo
durante 20 anos, de 1918 a 1938.
Grande estrategista militar, Lampião sempre saía vencedor nas lutas
com a polícia, pois atacava sempre de surpresa e fugia para esconderijos no meio
da caatinga, onde acampavam por vários dias até o próximo ataque. Apesar de
perseguido, Lampião e seu bando foram convocados para combater a Coluna
Prestes, marcha de militares rebelados. O governo se juntou ao cangaceiro em
1926, lhe forneceu fardas e fuzis automáticos.
Em 1929, conheceu Maria Déa, a Maria Bonita, a linda mulher de um
sapateiro chamado José Neném. Ela tinha 19 anos e se disse apaixonada pelo
cangaceiro há muito tempo e o acompanhou nas andanças pelo sertão.
http://www.eunapolis.ifba.edu.br/informatica/Sites_Historia_EI_31/cangaco/Site/Cangaco.html - (acessado 09/10/12)
Lampião morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em
Sergipe. Os trinta homens e cinco mulheres estavam começando a se levantar,
quando foi vítima de uma
emboscada de uma tropa de 48
policiais de Alagoas, comandada
pelo tenente João Bezerra. O
combate durou somente 10
minutos. Os policiais tinham a
vantagem de quatro
metralhadoras Hotkiss. Lampião,
Maria Bonita e nove cangaceiros
foram mortos e tiveram suas
cabeças cortadas. Maria foi
degolada viva. Os outros conseguiram escapar. O cangaço terminou em 1940, com
a morte de Corisco, o "Diabo Loiro", o último sobrevivente do grupo comandando por
Lampião.
1 - Ouvir as músicas ”Lampião Falou, O Rei do Cangaço, Lampião da Morte” e produzir uma narrativa contando a história de Lampião.
2- leia o texto que produziu e compare com o texto, e responda as
questões.
a) as músicas podem ser utilizadas como fonte histórica? Justifique a
resposta.
b) que informações históricas do texto estão presentes também nas
músicas?
c) Que informações aparecem no texto que não aparecem na música?
2. Ouvir a Música O Rei do Cangaço
a) Preencher os espaços em branco.
b) Utilizando se das palavras nos completes, escreva uma frase sobre o Cangaço.
c) Produza um cartaz retratando a história do cangaço.
Lá em ____________ ele foi nascido / Nome de batismo era ______________
Porém sua sorte foi triste demais / Perdeu os seus pais quando era menino
Perdendo aqueles que queria bem / Jurou que também matava o assassino
Até que um dia completou a idade / Cheio de _________ seguiu seu destino
Levando consigo capangas e trabuco / Deixando maluco o povo nordestino
Por todas as partes era fogo sem brasa / Besouro sem asa passava tinindo
Tinha neste bando muitos ___________ /Tinha Mergulhão e também Ponto Fino
Os mais destemidos desta cabroeira / Era Antonio Ferreira, Corisco e Sabino
Maria Bonita, sua companheira / Era sempre a primeira a pegar no fuzil
Por todas as partes onde o bando passava / Ali se travava uma luta febril
Nem mesmo o _________ eles não respeitava / Até enfrentava a polícia civil
Foi tanta fumaça que subiu ao léu / Por isso é que o céu ficou cor de anil
A _____ e o sossego já não existia / Até que um dia a sua hora chegou
Tenente Bezerra valente e ligeiro / Nos tal cangaceiro uma carga acertou
Assim foi o rei, rainha e bandido / E outros fugiram o sertão desertou
Com esta notícia o nordeste sorriu / O Corisco sumiu e o ___________ se apagou
APRENDENDO ONLINE
Sugestão de sites para complementar os estudos sobre os temas estudados.
Republica
- http://www.youtube.com/watch?v=8V6iKIqw2XM - Proclamação da República
- http://www.youtube.com/watch?v=6r979nj0VAI&feature=related - Republica da
Espada / República Velha - Brasil
- http://www.youtube.com/watch?v=79bSPFjaf4k&feature=related - Construtores do
Brasil - Deodoro da Fonseca
Positivismo
- http://www.youtube.com/watch?v=WJrFGrVQjf4 - O Positivismo
http://www.youtube.com/watch?v=aQJlGfW113g - Novo Telecurso - E.
Fundamental- História - Aula 22 (1 de 2)
Revolução Federalista
- http://www.youtube.com/watch?v=cah5oImJ0Vo - Revolução Federalista
- http://www.youtube.com/watch?v=ycOdVYfShEQ&feature=related -
REVOLUCAO FEDERALISTA DE 1893 - O BRASIL POR EDUARDO BUENO
- http://www.youtube.com/watch?v=VQiyT5A5SPg - O silêncio das janelas do
povoado.wmv
Contestado
- http://www.youtube.com/watch?v=FqKCtPzs5k4 -Historia do Brasil - Guerra do
Contestado ( Sobreviventes ) PART 1
- http://www.youtube.com/watch?v=VoMQM4MS1O8 - A Guerra do Contestado
- http://www.youtube.com/watch?v=KnSvUJP0tr4&feature=related - A Guerra dos
Pelados (Guerra do Contestado).rmvb
Canudos
-http://www.youtube.com/watch?v=o7TAxhm4kss - Canudos - "Guerra de Deus e do
Diabo"
Cangaço
- http://www.youtube.com/watch?v=IrwmEGHjihs&feature=related - Filme
Brasileiro - Lampião O Rei do Cangaço [1964]
- http://www.youtube.com/watch?v=D0NbJoUK1C0&feature=related - BAILE
PERFUMADO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABUD, Kátia Maria. Registro e Representação do Cotidiano: A Música Popular na Aula de
História. Cad. Cede, Campinas, vol. 2, n.67, p. 309-317. 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n67/a04v2567.pdf> Acessado em: 25/04/2012
ARAÚJO, Felipe. Revolução Federalista. História Brasileira. 2010. Disponível em:
<http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/revolucao-federalista/> acesso
27/07/12
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http://revoltadecanudos.blogspot.com.br/ acessado 15/07/12 BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
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<http://www.oracula.com.br/numeros/022008/04_calonga.pdf> acessado 24/09/12 CANCIAN, Renato. Revolução: O que é uma revolução? Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação. Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/revolucao-o-que-e-uma-revolucao.htm> - acessado em 19/08/2012. Duplipensar.net. Todos os presidentes do Brasil. Disponível em:
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FONSECA, Selva Guimarães. Didática e pratica de ensino de história. Campinas SP.
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%20Jandyn%C3%A9a%20de%20Paula%20C.%20Gomes%20TC.PDF> Acessado em
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LACERDA, Gustavo Biscaia de. Augusto Comte e o “Positivismo” Redescobertos. Revista de Sociologia e Politica V. 17. Nº 34: 319-343 outubro, 2009. <http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v17n34/a21v17n34.pdf> acessado 19/08/12 LIMA, Erilza Feitoza. Canudos. Prof Sant Clair. Disponível em:
<http://www.profsantclair.com/historia.htm> acessado 15/07/12 NASCIMENTO, Álvaro Pereira do. Contra a chibata, canhões. Revista de História.com. br. 17/09/2007 Disponível em: < http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/contra-a-chibata-canhoes > acessado dia 28/08/2012 OLIVEIRA, Marcos Barbosa de. Sobre o Significado Politico do Positivismo Logico. Disponível em: < http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/C__Marcos.pdf > acessado em 27/08/2012. OLIVIERI , Antonio Carlos. Questão Militar e Proclamação da República. Da Página 3 Pedagogia & Comunicação Disponível em: < http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/proclamacao-da-republica-questao-militar-e-proclamacao-da-republica.jhtm > acessado em 26/08/2012. RIBEIRO. Paulo Silvino. Movimentos sociais: breve definição. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm> -acessado em 19/08/2012. RIGOUT, Fabrizio. Visões originais sobre o cangaço. Disponível em:
<http://revistacult.uol.com.br/home/2011/02/visoes-originais-sobre-o-cangaco/> - acessado em 09/10/12 SOUSA, Rainer. Revolução Federalista. Brasil Escola. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/historiab/revolucao-federalista.htm> acessado dia 27/07/2012. SOUSA, Rainer. Guerra de Canudos. Brasil Escola Disponível em:
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