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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Física Geral e Experimental II
Experimento 3:
Transformação Isoterma e a Lei de Boyle-Mariotte.
1. Habilidades e Competências:
Ao término da atividade o estudante deverá ter competência para:
o Reconhecer o comportamento do volume de um gás em função da
pressão, mantendo a temperatura constante;
o Construir e interpretar o gráfico que relaciona a pressão de um gás com
seu volume;
o Construir e interpretar o gráfico que relaciona a pressão de um gás com
o inverso de seu volume;
o Reconhecer a validade da lei de Boyle e Mariotte para uma
transformação isotérmica de uma massa gasosa.
2. Material utilizado:
a. 01 Aparelho gaseológico Emília EQ037C composto por
i. 01 tripé com haste e sapatas niveladoras (1);
ii. Haste metálica com 400 mm (2);
iii. Painel posicionador (3);
iv. Parafuso micrométrico (4) com escala espelhada
(5) e manípulo (6);
v. Seringa em vidro resistente com escala
volumétrica (7);
vi. Válvula (8);
vii. Tubo de conexão (9);
viii. Monômetro com fundo de escala 2 Kgf/cm2 – 30
psi (10).
3. Lei de Boyle-Mariotte:
Sob temperatura constante (condições isotermas), o produto da pressão e do volume
de uma massa gasosa é constante, sendo, portanto, inversamente proporcionais:
“Qualquer aumento de pressão produz uma diminuição de volume e qualquer aumento
de volume produz uma diminuição de pressão.”
Logo, P.V = Constante = K, isto é:
P1.V1 = P2.V2 = ... = Pn.Vn = K
Esta relação é rigorosa para os gases ideais e tem validade aproximada para os gases
reais.
Em um gráfico da pressão por volume (p x V), sob uma temperatura constante, o
produto entre pressão e volume deveria ser constante, se o gás fosse perfeito. Existe uma
temperatura onde o gás real aparentemente obedece à lei de Boyle- Mariotte. Esta
temperatura é chamada de temperatura de Mariotte.
Neste Experimento a pressão total P é a adição algébrica da pressão atmosférica P0 mais a
leitura feita no manômetro provocada pela compressão do gás ao girar-se o manípulo
empurrando o êmbolo.
P = P0+ p
4. Procedimento Experimental
Teste da vedação do equipamento:
o Feche a válvula (8), confinando um volume inicial de ar (15 ml) no
interior da seringa e gire o manípulo (6) até a pressão de 0,6 kgf/cm2;
o Aguarde 60 segundos, a pressão deve se manter;
o Caso haja vazamento, verifique a vedação da válvula, a vaselina na
seringa e as conexões, refazendo o procedimento.
Pressão e Volume a Temperatura Constante: Lei de Boyle – Mariotte
Observação:
A cada volta do manípulo produz-se uma variação de 0,45 ml no volume.
Portanto, a cada 3 voltas, a variação de volume é de 1,35 ml;
Não é possível estabelecer previamente o volume do gás, pois, ele ocupa a
seringa e a mangueira até as conexões;
A pressão atmosférica será fornecida pelo professor durante a execução da
experiência.
Procedimento:
Determinando o volume inicial do gás:
O volume inicial de gás (ar) é aquele contido no interior do manômetro, seringa,
tubos de conexão, etc. o volume do ar dentro da seringa é facilmente medido utilizando
sua escala. No entanto, a mesma facilidade nós não temos para determinar o volume de
gás nos demais componentes.
Denomine V0 o volume inicial, não importando qual o seu valor;
Girando o manipulo de certo número de voltas se obtém uma redução ΔV no
volume. O novo volume será:
Neste procedimento a pressão sofre um acréscimo de tal forma que a nova
pressão será:
Utilizando a lei de Boyle – Mariotte, após alguns passos, podemos mostrar que o
volume inicial pode ser obtido pela expressão:
Aquisição dos Dados:
a. Anote os desvios avaliados dos instrumentos de medidas;
b. Anote a temperatura ambiente T;
c. Considere a Pressão Atmosférica P0 = 1Kgf/cm2
d. Abra a válvula, eleve o êmbolo e introduza determinada quantidade de ar na
seringa;
e. A cada 3 voltas do manípulo leia, no manômetro, a pressão manométrica, e
anote sua leitura na TABELA 1, bem como a variação do volume do gás;
f. Repita este procedimento até completar a TABELA 1;
Medida nº Volume (ml) )
Pressão Manometrica
Pressão Total
P.V
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
5. Tratamento dos dados e discussões:
Desenvolva a expressão que, permite determinar V0. Calcule este valor;
Monte uma TABELA Contendo o com o valor do volume calculado a partir de
V0.
A partir de seus dados, construa a curva P x V em papel milímetrado, perceba
que a relação entre essas grandezas não é linear;
Marque os dados P x V em um papel log-log, ajustando os dados utilizando o
MMQ. Determine a relação funcional entre as grandezas.
Monte uma tabela contendo os valores de P e 1/V, marque esses valores em
papel milimetrado, ajuste estes dados utilizando o MMQ.
Compare os gráficos lineares: log(P) x Log(V) e P x 1/V. O comportamento
encontrado era o esperado? Discuta os resultados.
Interprete fisicamente a valor da inclinação da curva obtida no gráfico P x 1/V.
Extrapole sua reta ajustada para zero. O que você conclui?
Examine seus resultados e comente sobre o intervalo de validade da lei de
Boyle-Mariotte para os gases reais.
Conhecida a constante universal dos gases, determine o número de moles do
seu sistema.