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Dorana Wainer Fernandez Sariane da Silva Pecoits Caderno de Sugestões

Educação Para Artes

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Artes CEEE

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Dorana Wainer Fernandez

Sariane da Silva Pecoits

Caderno de Sugestões

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Nossa ideia é a de unir teatro, música, literatura e artes visuais.

Juntamos tudo isso e colocamos num projeto.

Um projeto para crianças e professores:

São oficinas de sensibilização e material especialmente prepara-

do para os educadores. Após trabalhar as atividades em sala de

aula, vão ao teatro com os alunos, e todos recebem um exemplar

do livro/CD. Para encerrar o projeto, uma nova oficina com os

professores, fazendo um fechamento de tudo o que foi trabalha-

do e trocando as experiências vivenciadas.

Chamamos pessoas que pensam, como nós, que a arte transforma,

que a arte nos faz mais felizes. Parte do projeto está aí, em suas

mãos. Esperamos que vocês gostem tanto quanto nós!

Cristiane Ostermann e Raquel GrabauskaCoordenadoras do projeto Educação para as Artes

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PROJETO EDUCAÇÃO PARA AS ARTES Coordenação: Cristiane Ostermann e Raquel GrabauskaCoordenação de Produção: Tamara MancusoCoordenação de Conteúdo: Luísa KieferProdução de Conteúdo e Assistência de Produção: Natália UtzProjeto gráfico e editoracão: Marta CastilhosIlustrações: Laura CastilhosWebsite: Mobe Design (www.educacaoparaasartes.com.br)Oficina de Sensibilização para Professores: Adriana SerrãoAssessoria de Imprensa: Atelier523Assessoria Financeira: Ana Cláudia Milani e Maria da Graça CarvalhoLei de Incentivo: Gisele Longhi

livro do professor

G727s Fernandez, Dorana Wainer Educação para as artes - caderno do professor / Dorana Wainer Fernandez, Sariane da Silva Pecoits ; ilustrações de Laura Castilhos – Porto Alegre : Signi Estratégias em Responsabilidade Social, 2012. 28 p. : il. ; 21 cm.

ISBN 978-85-60723-09-6

1. Educação. 2. Artes. 3. Pluralidade Cultural. I. Pecoits, Sariane da Silva. II. Castilhos, Laura. III. Título.

CDU 37.036 Bibliotecária responsável: Laura Carvalho-CRB10/1215

grupo cuidado que mancha

ilustracoes

laura castilhos

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Esta é a primeira história... Ela trata, de modo muito divertido, dos medos noturnos de uma menina cha-

mada Sabrina e da forma como ela procura resolver esse problema para se tranquili-zar e poder voltar a dormir.

Durante a noite, ruídos percorrem seu quarto e a perseguem. Ela tenta contro-lar seus medos, mas, naquele momento, eles são maiores que ela. A mãe, a seu modo, mostra a Sabrina que não é preciso se preocupar.

Sabrina entra num dilema: confiar nas palavras da mãe ou em suas percepções? Durante o dia, a menina é corajosa. Mas a noite chega sempre carregada de

imaginação e repleta de medos. Dormir no seu quarto sozinha será possível?

1. FANTASMAS QUE ME PERSEGUEM...Representar seus medos, refletindo em grupo sobre eles.Reproduzir os fantasmas da capa do livro de histórias. Cada aluno receberá três

fantasmas. Deverá desenhar e/ou escrever dentro do primeiro fantasma um medo que tinha quando era menor, no outro, um medo que tem agora e no terceiro fantasma, um medo que pensa que vai ter quando for adulto. Estes fantasminhas poderão virar um cartaz com o título desta atividade ou com o título que a turma quiser inventar para ele.

Este trabalho também pode ser apresentado e organizado em forma de um gráfico dos medos comuns.

sabrina,40 fantasmas e mais uns amigos

livroEdição: Signi Estratégias para SustentabilidadeAutores: Raquel Grabauska e Gustavo Finkler Ilustrações: Laura CastilhosProjeto Gráfico e Editoração: Marta CastilhosRevisão: Press Revisão

cdEngenheiro de som: Ernani NapolitanoAtores: Gustavo Finkler, Raquel Grabauska e Vika Schabbach

caderno do professorEdição: Signi Estratégias para SustentabilidadeAutoras: Sariane da Silva Pecoits e Dorana Wainer FernandezIlustrações: Laura CastilhosProjeto Gráfico e Editoração: Marta CastilhosRevisão: Press Revisão

teatroGrupo Cuidado Que ManchaDireção: Raquel GrabauskaAtores: Raquel Grabauska, Gustavo Finkler, Simone de DordiTrilha Sonora: Gustavo FinklerProdução: Raquel Grabauska e Júlia BertolucciTécnica: Alexandre PabaldeCenário e figurino: Cuidado Que Mancha

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2. FANTASMAS QUE PERSEGUEM MINHA FAMÍLIA...Comparar os medos do presente com os medos do passado.Os pais e avós também podem participar da atividade anterior... Desenhando o

medo de quando eram crianças para que a turma analise e compare a vida de antiga-mente e o que era assustador e preocupante em outras épocas.

3. “ERA QUASE MEIA-NOITE...”Verificar como a noite está relacionada com seus medos.Confeccionar relógios em forma de pizza e colocar com papéis coloridos os

números e os ponteiros. Marcar algumas horas no relógio e questionar as crianças: “8 horas da manhã, é hora de...?”, “Meio-dia costumamos...”. Por último, marcar no re-lógio meia-noite e perguntar o que essa hora representa para cada uma das crianças. Fazer uma lista com as ideias da turma sobre a meia-noite.

4. SABRINA EM QUADRINHOSReescrever a história na linguagem de quadrinhos.Transformar a história do livro numa versão em quadrinhos. O trabalho pode

ser construído no laboratório de informática da escola, aproveitando os recursos tec-nológicos que programas – como o ‘power point’ – possibilitam.

5. RISCANDO MEUS MEDOSExpressar seus medos, visualizando-os e elaborando-os a partir de uma técnica artística.Utilizar caixinhas de leite vazias e abri-las com o auxílio de uma tesoura. Re-

cortar nas dobras de modo que virem pequenos retângulos para o trabalho ser feito. Pintar a parte de dentro da caixinha (retângulos prateados) com tinta preta. Deixar secar. Com o auxílio de uma ponta da tesoura ou de um lápis bem apontado, fazer desenhos e/ou escrever na parte pintada da caixa, “riscando” os seus medos, que aparecerão na cor prateada.

6. CRIANÇAS QUE CHORAMApreciar e refletir sobre as obras do artista Giovanni Bragolin.O pintor italiano Giovanni Bragolin, nascido em 1911, produziu no século pas-

sado quadros que retratam crianças chorando. Estas obras são facilmente encontra-das no Google (Imagens). Sugerimos que os alunos pesquisem e conheçam as obras deste pintor e escrevam suas impressões sobre os quadros e os possíveis motivos de essas crianças chorarem. Estas escritas muitas vezes traduzem seus próprios medos e todo medo escrito é um medo expressado. Esta atividade requer uma conversa sobre a confiança aluno-professor antes de ser solicitado o trabalho. É importante que o aluno saiba que o que vai ser escrito apenas será lido pelo professor.

7. FANTASMINHA DE FARINHACriar, brincar e divertir-se com o “fantasminha”. Confeccionar um fantasminha com um balão (Tamanho 9) branco e farinha de

trigo. Abrir a “boca” do balão só com os dedos e ir colocando farinha com cuidado para dentro. No balão não entrará ar, somente farinha na quantidade máxima que conseguir. Dar um nó na ponta e desenhar os olhinhos com canetinha para CD, que não borra na borracha. Os olhinhos também podem ser feitos com plasticor, colagem ou comprados prontos em quantidade.

Depois de pronto, ele fica maleável e podemos fazer muitas caretas apalpando com cuidado.

8. “MEDOS QUE PRODUZEM BARULHO” Identificar os sons que o corpo produz quando os seres sentem medo.Quando o corpo de um ser vivo sente medo, que sons ele produz?Como reage um cachorro com medo?No escuro, a gente pode perceber o barulho de uma pessoa sentindo medo?A partir desse diálogo, a turma pode ser convidada a elaborar um cartaz, um

texto, um desenho, uma pequena cena teatral... sobre a temática “medos que produ-zem barulhos”.

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9. BARULHOS QUE DÃO MEDO...Identificar os sons que nos causam medo.Uma porta rangendo, um trovão, uma risada de bruxa...Qual barulho você acha

mais assustador?A partir dessa introdução, convidar as crianças a produzirem sons assustadores

utilizando objetos variados, instrumentos musicais “alternativos” e o próprio corpo.A música “A noite no castelo”, do grupo musical Rumo, é uma boa alternativa

para apresentar essa proposta de trabalho aos alunos.

10. A FOTO ASSUSTADORAProduzir, através da relação com o grupo, uma pose assustadora, brincando com os medos.A turma se dividirá em grupos de cinco ou seis alunos. Um aluno de cada grupo

fará uma pose assustadora, que será o início de uma pose do seu grupo.Os outros, por sua vez, vão se juntando ao primeiro, compondo uma cena.O resultado final será várias esculturas formadas com os corpos de todos.Definida a pose criada, a professora fotografa cada “escultura” produzida pe-

los grupos. Cada grupo pode produzir uma história com a cena definida na “escultura”,

após a foto ser impressa.

11. UMA SOMBRA QUE ME PERSEGUEDivertir-se com o teatro de sombras, criando personagens.Com um lençol, uma fonte luminosa (lanterna, retroprojetor...) e muita imagina-

ção, é possível brincar produzindo um teatro de sombras com os alunos.Fantasmas e outras criaturas assustadoras, ou mesmo outras personagens

e outros elementos, de acordo com a intenção com a qual for lançada às crianças, surgem ‘magicamente’ a partir dessa atividade.

Uma proposta é incentivar cada dupla de crianças a criarem dois personagens, no qual um é a vítima e outro o perseguidor, e apresentarem essas criações a partir de sombras produzidas (com as mãos, com fantoches ou com o próprio corpo). Os demais colegas poderão adivinhar o que a dupla criou, ou apenas apreciar o que foi apresentado.

12. MEU MEDROSO FAVORITOElaborar seus medos, a partir da criação de um personagem.Cada aluno é convidado a criar e dar vida a um personagem inusitado que tem

um medo de algo específico. Por exemplo: uma aranha que tem medo de altura. A par-tir disso, cada aluno elabora um monólogo de apresentação desse personagem. No caso da aranha: eu vivo em todos os lugares. Sou de cores variadas e muitas pessoas têm medo de mim. Mas a verdade é que eu tenho um medo enorme, que vem dificul-tando a minha vida. Esse medo me impede, muitas vezes, de conseguir alimentos e até de construir minha casa num local seguro. Eu tenho medo de altura. Nem as minhas 8 patas me dão segurança suficiente para me deslocar em um teto...

Ao final da apresentação, os colegas adivinham quem é o personagem criado; se ninguém adivinhar, o próprio personagem se revela no final.

13. SENHOR CAÇA-FANTASMASRealizar um exercício de sonoplastia.Esta é uma brincadeira antiga de “adivinhar” o nome do colega que foi escolhi-

do para ser o “gato que mia”. Escolhe-se um aluno para vendar os olhos. A professora e os outros alunos escolhem quem será o “gato”. Na música antiga, canta-se assim: “Senhor caçador, não vá se enganar, preste bem atenção quando o gato miar...” O gato mia até três vezes para que o colega de olhos vendados possa adivinhar o nome do “gato”.

Sugerimos uma música com o tema de nossa história, escolhendo-se um “fan-tasma” para falar “UUUUUU”: Senhor caçador, não vá se enganar, preste bem atenção quando o fantasma assustar...

Uma variação dessa atividade é, em vez de falar, a criança utilizar objetos para produzir sons, que serão descobertos por seus colegas.

14. SUGESTÕES DE LIVROS...As crianças são atraídas por personagens ou histórias que lhe inspiram medo

e terror. Elas devem saber, com o auxílio dos adultos, que o medo é um sentimento comum como tantos outros: felicidade, tristeza, a raiva... e que é preciso identificar, examinar e enfrentar nossos medos.

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Uma boa estratégia é utilizar a literatura como fonte de elaboração dos medos, então vividos pelos personagens das histórias.

A história “Sabrina, 40 fantasmas e mais uns amigos” apresenta um texto e uma maneira excelentes para abordar o assunto.

Os contos de fada, de modo geral, também trazem possibilidades para abordar a temática em sala de aula.

Apresentamos outros livros para ampliar o repertório:n Coleção “Quem tem medo?”, Fanny Joly – Editora Scipionen Bruxa, bruxa, venha a minha festa, Druce Arden – Editora Brinque-Bookn Coleção “Meus medinhos”, Pedro Bandeira – Editora Modernan A Princesinha Medrosa, Odilon Moraes – Editora Cosac Naifyn O monstro monstruoso da caverna cavernosa, Rosana Rios – Editora DCLn Tenho medo, mas dou um jeito, Ruth Rocha – Editora Átican Histórias para não dormir, Edgar Allan Poe – Editora Átican Catarina Malagueta, Cristina Porto – Editora Átican O livro dos sustos, Rosana Rios – Editora Átican Grande livro dos medos, Emily Gravett – Editora Moderna n O monstrinho medonhento, Mário Lago – Editora Modernan Três noites de medo, Rosana Rios – Editora Moderna

Músicas:n A noite no castelo – Helio Ziskind – CD Meu pé, meu querido pén Canção da Meia-noite – Kleiton e Kledir – CD Doisn O Fantasma Desafinado – Gustavo Finkler e Jackson Zambelli – Livro/CD A Mulher Gigante – Editora Projeto

Blecks!!! Assim começa a segunda história...A Passarinhazinha, assim como muitas crianças, não come o que sua mãe

costuma oferecer. Ela não gosta de minhoca, e ponto! Assim como muitas mães, a mãe da Passarinhazinha, vendo sua filha não dar

valor ao quanto se esmera na cozinha, se desespera!A história da “Passarinhazinha” nos possibilita novamente o trabalho com um

“Tema Transversal” proposto pelo MEC: a Saúde. A alimentação adequada é um fator essencial no crescimento e deve ser trabalha-

da para que nossos alunos conheçam hábitos alimentares favoráveis ao seu crescimento.

“Na realidade, todas as experiências que tenham reflexos sobre as práticas de proteção e recuperação da saúde serão, de fato, apren-dizagens positivas, até porque não se trata de persuadir ou apenas informar, mas de fornecer elementos que capacitem sujeitos para a ação.” (PCN, Saúde, Pág.99)

Devemos estar atentas como professoras aos “recados culturais” (GROSSI, pág.84) que ensinamos aos nossos alunos quanto à maneira que lhe são servidas as

nem mais um piu

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refeições escolares: Eles almoçam com garfo e faca? Quantas vezes repetem? Como o alimento é servido? Quais são os hábitos de higiene? Agradecem a refeição que o funcionário oferece?

Também podemos questionar os alunos sobre a “alimentação” que necessitamos para viver, pois, para nosso crescimento, também precisamos ter “fome” para a cultura, para o esporte, para as relações com os outros, para o conhecimento... A cultura não seria o alimento para o pensamento? “Você tem fome de quê???”

1. COMILANÇA DE MÃE ... Prato saudável ou prato preferido?Elaborar dois pratos de alimentos com massinha de modelar, comparando-os.Toda mãe gosta, ou precisa, ver seu filho “beeem” alimentado. Perguntar aos

alunos qual seria o prato ideal que cada mãe adoraria ver seu filho comer e propor a confecção desta refeição com massinha de modelar. Salientar que utilizem as cores próprias dos alimentos na escolha das cores das massinhas. Fazer outro “prato” de massinha com os alimentos que as crianças agora adorariam “encher” o prato. Ana-lisar, com o estudo da pirâmide alimentar, quais as características de cada alimento, observando as cores e as escolhas que são mais saudáveis.

2. NEM MAIS UM PIU!Dramatizar histórias, brincando com diferentes “linguagens”.O que será que os animais falam quando produzem seus sons? Que “conver-

sas estranhas” acontecem entre eles?Na história “Nem mais um piu” aparecem duas famílias, representadas pela

mãe e filha “passarinhas” e mãe e filho “peixinhos”.Sugerimos que os professores contem a história “Uma família parecida com a

da gente”, da autora Rosa Amanda Strausz. Nesta história aparecem famílias organi-zadas de diferentes maneiras. Após a história, podemos questioná-los:

– As famílias eram todas iguais? – Com qual família de animais a sua se parece? A turma pode se dividir em grupos e cada grupo escolher uma família de ani-

mais e como será a sua organização. É importante salientar que as famílias podem ser

constituídas do jeito que eles quiserem inventar. Sugerimos a confecção da família de cada grupo com fantoches. Cada grupo inventará dois “textos” para uma apresenta-ção: o primeiro será falado e apresentado na língua dos animais e o segundo será a tradução da língua dos animais para o Português.

3. MODELANDO NOSSO CORPORelacionar-se com os colegas através da imaginação e do contato físico.O grupo iniciará organizando-se em duplas, um em frente ao outro, formando

uma fila paralela.Após o sinal previamente combinado, uma criança modela a outra conforme a

sua vontade, como se fosse um escultor.O aluno modelado não deve contribuir com ideias, mas apenas deixar-se mode-

lar. Ao final de um tempo combinado, os alunos modeladores se afastam e podem an-dar para apreciar as “esculturas”. No segundo momento, trocam-se os papéis, quem foi modelador agora será modelado...

4. PIRÂMIDE ALIMENTARA turma pode pesquisar e aprender sobre a pirâmide alimentar. Sugerimos a construção de um prisma (Pirâmide) para a representação. Este

prisma pode ser feito com tecido, papel, plástico, estrutura de madeira... Sugerimos também a construção da pirâmide alimentar dos animais, onde apa-

recerá a sequência de seres vivos, dependendo uns dos outros para se alimentar (cadeia alimentar).

5. QUAL É O ALIMENTO?Construir um fantoche para brincar com teatro de sombras.Utilizando a técnica do teatro de sombras, é possível brincar de descobrir o

alimento escondido. Cada criança pode desenhar seus alimentos preferidos (ou os que menos gostam) e construir fantoches com palitos de picolé. Como é para os colegas descobrirem qual o alimento escondido, a ideia é que uns não vejam o que os outros desenharam. Uma maneira é solicitar que construam o fantoche dos alimentos como tarefa de casa, trazendo-os para a sala de aula para serem apresentados. Caso fique

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difícil de descobrir o alimento apenas por sua sombra, o autor do fantoche pode dar pistas sobre as características do alimento escondido.

6. GIUSEPPE ARCIMBOLDOOs alunos construirão quadros, fazendo uma releitura e inspirando-se no trabalho de Arcimboldo.A proposta é trabalhar com artistas plásticos que se inspiram em alimentos.

Sugerimos o trabalho do artista Giuseppe Arcimboldo. Ele foi um pintor italiano, nascido em 1593. Suas obras principais incluem a série “As quatro estações”, onde usou, pela primeira vez, imagens da natureza, tais como frutas, verduras e flores, para compor fisionomias humanas e aquáticas com piruetas atravessadas. A ideia era reproduzir as estações do ano com o rosto de pessoas. Arcimboldo foi o pioneiro na utilização de vegetais de cada época, nesta composição.

Cada grupo poderá desenhar vários tipos de frutas e colorir sua produção. Recortarão o material e formarão rostos que serão constituídos de frutas desenhadas. Este trabalho fica lindo quando exposto com a pesquisa sobre o pintor e uma cópia de um de seus quadros.

7. SUGESTÕES DE LIVROS, CDSLivros

n Eu como assim ou assado, Michele Iacocca – Editora Átican Balas, bombons e caramelos, Ana Maria Machado – Editora Modernan O sanduíche da Maricota, Avelino Guedes – Editora Modernan Comilança, Fernando Vilela – Editora DCLn Uma família parecida com a da gente, Rosa Amanda Strausz – Editora ÁticaCD

n Prato Fundo – Noel Rosa – CD Murucututu – Rodapiãon Fome come – CD Canções Curiosas – Palavra Cantadan Sopa – CD Canções de Brincar – Palavra Cantadan Pomar – CD Canções de Brincar – Palavra Cantada

Esta é a nossa terceira história... Ela nos apresenta Renilda, uma menina muito perspicaz, mas que tem um

pequeno dilema em sua vida: ela não gosta de água.Banho? Sede? Cozinhar? Renilda pensa que tudo se resolve com refrigerante!Sua mãe, sempre muito envolvida com as questões da filha, tenta, de modo

racional, lhe explicar que isso não é possível e que, inclusive, o refrigerante é feito com água. Mas a menina não se convence. Até que as duas vão ao teatro, e tudo muda!

Renilda e o frango que fazia chover traz a sensibilidade de uma mãe que inves-te na cultura (teatro) para apresentar à sua filha outra forma de ver o mundo. Rituais e imaginação que sustentam o crescimento e a possibilidade de se criar novos olhares...

A história da Renilda nos possibilita abordarmos três temas importantes, e que estão contemplados dentro dos “Temas Transversais” propostos pelo MEC: a pluralidade cultural, a ética e o meio ambiente. Abordar essas temáticas em aula pode ser complexo, mas também é bastante prazeroso e motivador.

renilda

e o frango que fazia chover

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O Brasil é um país extremamente diversificado étnica e culturalmente. No en-tanto, nem sempre essa diversidade é encarada de modo positivo. Muitas vezes, uma cultura diferente da nossa nos causa estranheza. A própria Renilda não entendia como alguém podia reclamar que não chovia! A escola, a partir do cotidiano da sala de aula, tem um papel importante em contribuir para a valorização da pluralidade cultural.

Do ponto de vista do trabalho com a ética, é preciso compreender que ética se ensina a partir das vivências e das análises de situações vividas. É preciso pensar so-bre a forma como vivemos. Ensinar que diferente não é sinônimo de errado. Diferente é apenas diferente! Isso auxilia a criança a compreender e a respeitar eticamente as diversidades de etnia, de crença, de valores, etc.

A principal intenção do trabalho com a temática meio ambiente na escola é contribuir para a formação de crianças com atitudes sustentáveis. Nos cabe oportu-nizar situações de aprendizagem em que os alunos possam colocar em prática sua capacidade de atuação, proporcionando um ambiente saudável e coerente com o que se pretende ensinar. Na história da Renilda, podemos fazer um recorte da temática ‘meio ambiente’ a partir do tema água, problematizando seus usos e abusos.

1. É POSSÍVEL VIVER SEM ÁGUA?Refletir sobre a importância da água nas nossas vidas.Em uma roda de conversa, apresentar a questão para os alunos “É possível

viver sem água?”. De acordo com a idade das crianças, a conversa terá um enfoque diferente. Os menores terão ideias mais simples, enquanto que os maiores terão con-ceitos mais complexos a respeito do problema.

O objetivo principal da conversa é confrontar as hipóteses iniciais dos alunos, ins-tigando-os a realizar pesquisas sobre a escassez de água em alguns lugares do planeta e interessar-se por saber como as pessoas resolvem essa questão em suas localidades.

2. EXPERIÊNCIAS COM ÁGUARealizar práticas na área das Ciências Naturais As experimentos auxiliam as crianças a: compreender o mundo físico, desen-

volver o raciocínio científico, levantar e comprovar (ou refutar) hipóteses, incentivar a pensar criticamente e o prazer em aprender, entre tantas outras coisas.

Apresentamos a seguir algumas experiências que podem ser realizadas com facilidade pelas crianças e que vão estimulá-las a serem tão críticas quanto a Renilda!

a) Como limpar a água?

Para conhecer um processo em uso no tratamento (filtração)

e na obtenção de água potável, faça o seguinte:

Em um pote com água, coloque um pouco de terra e folhas secas. Essa água vai representar a coletada de lagos e rios – a ideia é agir de modo a “limpar” essa água.

Pegue uma garrafa PET de 2 litros e corte-a ao meio. Na parte do bico, vire a garrafa de forma que ele fique para baixo e coloque um chumaço de algodão por dentro da garrafa de modo a fechar o gargalo.

Coloque, depois, algumas pedras pequenas sobre o algodão e cubra com areia.Despeje lentamente a água “suja” dentro da garrafa, fazendo-a passar pela

areia. Por fim, compare a água antes e depois da ação do filtro.b) Flutua ou afunda?

A intenção é investigar por que alguns objetos flutuam e outros, afundam.

Providencie um balde ou uma bacia e encha com água.Escolha objetos que possam ser colocados em contato com a água, como brin-

quedo de plástico ou talheres e copos (também de plástico). E separe em dois grupos, nomeando os que vão flutuar e os que vão afundar.

No recipiente com água, verifique entre os objetos que flutuam aqueles que, quando submersos por completo, mesmo assim retornam à superfície (com isso, eles provam que são menos densos do que a água).

Compare agora os objetos que afundaram com os que flutuaram. E entenda que não é apenas o peso que interfere, mas também a forma de cada objeto e o volume de água que ele desloca quando em contato com a água que vão determinar se ele afundará ou flutuará.

c) “Chuvômetro”

Saber quanto choveu é importante para tomar as providências

necessárias, em relação a excessos ou escassez.

O “Chuvômetro”, na verdade, chama-se Pluviômetro. É um instrumento que serve para medir a chuva. Seu nome vem de pluvia, que, em latim, quer dizer chuva.

Para fazer um pluviômetro, pegue uma garrafa pet vazia, que seja reta, sem curvas – quanto maior ela for, melhor. Corte a parte inferior de forma que fique no mínimo

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aproximadamente 10 cm de altura para a água. Encha o fundo com um ‘mingau’ de cimento e areia (proporção 1:3) e deixe imóvel por um dia – em um local bem plano. Cole na lateral um pedaço de régua comum, graduada em milímetros, ajustando bem o zero com o nível da massa de cimento.

Coloque o pluviômetro em um local plano, que receba a chuva de forma mais natural possível, sem interferências que possam aumentar ou diminuir a quantidade coletada. Observe a quantidade de chuva acumulada no pluviômetro e anote – dia e hora, e os milímetros.

Após cada medição, esvazie o pluviômetro.Uma ideia legal é registrar as informações em um caderninho, construindo,

após um mês, um gráfico que represente o trabalho realizado.

3. AQUARELANDOAprender a técnica de pintura com a aquarela.Aquarela é uma técnica muito antiga, supõe-se que ela surgiu na China há

2000 anos. Sua principal característica é a transparência que ocorre no papel.Para conhecer essa técnica, é necessário ter em mãos um copo com água,

pincel (de preferência um mole), um pano para limpar o pincel, tinta aquarela (com Guache e Acrílica também se obtém esse efeito) e o papel de gramatura alta (acima de 200g), pois esse tipo de papel resiste bem à água.

A aquarela é uma tinta que rende bastante, por isso só uma gota basta para trabalhar, você carrega o pincel com água, ou seja, mergulha a ponta no copo com água, tira um pouco o excesso, coloca na tinta e depois inicia o desenho.

Sugerimos, antes de propor um tema a ser pintado, que as crianças possam explorar o material a fim de conhecê-lo, ou seja, brincar com aquarela. Após essa experiência, é possível solicitar às crianças que retratem algum tema, relacionado – ou não – com a história da Renilda.

4. CHOVE CHUVA!Construir um instrumento musical com material reaproveitado.O pau de chuva é um instrumento musical indígena muito interessante, que pro-

duz um som gostoso e relaxante. Dá para improvisar um pau de chuva com materiais

reciclados e de forma bem simples para os pequenos se divertirem, brincando e explo-rando os sons da chuva.

É possível construir um pau de chuva utilizando materiais reaproveitados.Materiais necessários: rolos de papel higiênico, PVC, toalha de papel, rolo de

papel-alumínio, fita crepe, cola, pedaço de papel mais grosso (papelão, duplex ...), jornal, espiral de caderno, arroz, tintas para decorar.

Passo a Passo:

1º Passo: Junte os rolos com fita crepe, eles têm que ter o mesmo diâmetro.2º Passo: Corte vários pedacinhos de jornal. Faça uma mistura de metade de água

com metade de cola e, com a ajuda de um pincel, vá grudando os pedacinhos de jornal por todo o tubo, espalhando cola tanto por cima quanto por baixo deles. Deixe secar.

3º Passo: Faça duas tampas no duplex ou papelão, usando como molde a aber-tura do rolo. Cole uma das tampas em um dos lados com fita crepe. Insira o espiral no pau de chuva e em seguida coloque o arroz. Ponha a outra tampa e grude-a com fita crepe.

4º Passo: Cubra as tampas também com pedaços de jornal, reforçando a jun-ção já feita com a fita crepe.

5º Passo: Pinte com motivos indígenas ou outros que desejar.Algumas dicas:

n Um pau de chuva maior tem uma sonoridade mais interessante. Junte vários rolos para o som ficar ainda mais legal.

n As quantidades de arroz e espiral também interferem significativamente no som, então, antes de fechar a tampa com a fita crepe, teste a sonoridade do instrumento.

n Os pedaços de jornal com a mistura de água e cola são muito importantes, pois deixam o instrumento mais resistente, reforçando principalmente as jun-ções feitas com fita crepe. Além disso, deixa o instrumento mais uniforme e fácil de pintar.

5. GARRAFAS MUSICAISExplorar a sonoridade de objetos.Outra ideia para explorar a sonoridade decorre da distribuição de vários reci-

pientes de vidro (frascos, garrafas, copos, etc.) contendo níveis diferentes de água.

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Ao bater no recipiente de vidro contendo água, este vai vibrar e transmitir essa vibração ao ar no seu interior, fazendo com que se produzam sons mais graves ou mais agudos.

Após a exploração inicial de todas as crianças, uma forma de utilizar as garra-fas musicais é fazer um jogo de memória sonora. Todos os alunos, em roda, perma-necem de olhos fechados. A professora começa o jogo batendo em uma das garrafas para que as crianças percebam o som produzido. Em seguida, bate em outra (ou na mesma) garrafa, questionando os alunos se o som mudou ou permaneceu o mesmo.

6. TOTENSRepresentar sua história de vida a partir da elaboração de um totem. Totens são esculturas feitas por índios, utilizando figuras de animais, objetos,

pessoas, símbolos, etc. Para algumas tribos, os totens servem para registrar a história de um grupo, sendo considerados um símbolo de identidade.

Calcula-se que o conceito de totemismo tenha surgido na Pré-História com o homem primitivo, que colocava a pele de suas caças na entrada da caverna para pedir a proteção da natureza e, também, para mostrar sua força e poder.

Após apresentarmos aos alunos o que é um Totem e qual a sua simbologia, podemos propor que cada um construa o seu.

Solicitamos aos alunos que tragam objetos que o representem em sua iden-tidade e caracterizam a cultura e os hábitos da sua história de vida: fotografias da família, um ursinho de pelúcia, ilustrações de revista, uma roupa que gosta... Utilizando como base uma caixa de sapato, solicitamos aos alunos que, a partir de colagens, construam uma escultura, ou seja, seu próprio Totem.

7. VAMOS AO TEATRO?Preparar-se para a ida ao teatro.“A arte necessita de conhecimento. E a observação da arte só poderá levar

a um prazer verdadeiro se houver uma arte da observação.” Bertolt Brecht (1898-1956).

Essa ideia apresentada pelo dramaturgo alemão nos leva a pensar na impor-tância de desenvolvermos um trabalho eficaz quando o assunto é linguagem teatral.

A Renilda, quando vai ao teatro com sua mãe, fica maravilhada com o espetá-culo, mas, em alguns momentos, não sabe bem como se portar naquele momento. Sua mãe, inclusive através da própria postura – e de algumas palavrinhas –, sensibiliza a filha para vivenciar a experiência teatral.

Apreciar é uma das habilidades a serem construídas com as crianças na área da Arte. Apreciar não é apenas olhar. Se pensarmos nos sinônimos dessa palavra – julgar, avaliar – nos damos conta que apreciar está ligado a algo mais reflexivo.

É certo que o objetivo principal de assistir um espetáculo é envolver-se, emo-cionar-se, divertir-se com a temática apresentada. No entanto, para que isso aconteça, são necessários dois elementos fundamentais: olhar e escuta atentos. Para que isso ocorra, a intervenção da professora é fundamental. Não para chamar a atenção de quem está com um comportamento que consideramos inadequado no momento da peça (é importante que as crianças se manifestem de acordo com suas percepções sobre o espetáculo). Mas a nossa intervenção como professoras que somos deve acontecer antes: um trabalho realizado previamente, estabelecendo ligações entre a apresentação artística e o repertório individual dos alunos.

Algumas dicas:

n Mostrar aos alunos folders, encartes... sobre o espetáculo que irão assistir.n Estudar com as crianças o tipo de texto que será mostrado (drama, comédia...).n Familiarizar as crianças com o espaço em que a peça será apresentada.n Apresentar aos alunos o enredo da peça, para que façam ideia do que irão

conhecer.Para que possamos realizar esse trabalho prévio com as crianças, é preciso

que nós, professoras, sejamos também apreciadoras conscientes dos espetáculos que assistimos.

8. LEITURA DE IMAGENSRefletir sobre um modo de vida diferente do seu a partir da apreciação de imagens.A partir de imagens que retratam a vida no Sertão Nordestino – como algumas

obras de Tarsila Amaral, de Cândido Portinari, Claudia Trajano –, propor aos alunos uma apreciação dessas pinturas.

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Em seguida, os alunos assistem ao filme. Ao final, o professor disponibiliza para a turma um momento em que possam se expressar sobre o filme. Após, retoma as perguntas lançadas inicialmente e propõe algumas outras:

“O que aconteceu?”“Vocês acham essa atitude certa ou errada?”“Como vocês agiriam?”

11. ARTE INDÍGENA e TATOOFazer descobertas sobre a arte indígena em suas diversas manifestações (arte plumária, cerâmica, objetos e adornos, cestaria, pinturas corporais, etc).Sugerimos que os alunos façam uma pesquisa de imagens na Internet. O tra-

balho de pinturas corporais destaca que os padrões utilizados são diferentes entre as tribos e, ao mesmo tempo, também caracterizam os indivíduos quanto ao seu papel no interior da comunidade. Por exemplo, homens e mulheres “usam” pinturas diferentes.

Podemos propor que os alunos dividam-se em duplas e criem pinturas, com tinta guache, um no braço do outro. Seria interessante que as “tatuagens” (pinturas) fossem “inspiradas” nas imagens estudadas e se aproximassem dos elementos usa-dos pelos índios.

Estas tatuagens podem ser fotografadas para a turma expor um trabalho so-bre a “Arte indígena”.

12. SUGESTÕES DE MÚSICAS, LIVROS...“Nas tribos primitivas os curandeiros e pajés acreditavam que a doença era

um mau espírito que habitava o corpo, e que para expulsar o mau espírito era preciso cantar e dançar em volta do doente até que ele melhorasse. A musicoterapia parte do princípio que o som é pré-verbal, e por isso pode atingir caminhos que a palavra não alcança. Os instrumentos musicais foram criados pelo homem por uma necessidade de se expressar e se comunicar, depois que veio o objetivo estético, artístico e terapêuti-co. Cada instrumento carrega a sua história e seu simbolismo, assim como cada corpo, cada pessoa carrega a sua história sonoro-emocional.” (Cláudia Lelis)

Algumas questões que podemos levantar com as crianças são:n Onde vocês acham que as pessoas retratadas na obra vivem?n Como vocês imaginam que é a vida nesse lugar?n Como vocês acham que elas estão se sentindo?n No que elas trabalham?n Como se divertem?n O que vocês pensam sobre as cores que a/o artista escolheu? O que elas

simbolizam para vocês?Levar as crianças a refletirem e se colocarem no lugar de quem vive de um

modo diferente do seu, e, assim como a Renilda, envolver-se com a história das obras observadas.

9. RELEITURA DE IMAGENSFazer releitura de imagens, valorizando as diferentes culturas.Após a leitura de imagens, convidar os alunos a representarem outros modos

de vida através da pintura (ou colagem, ou desenho...), valorizando as características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que representam nosso país.

10. ANÁLISE DE FILMERefletir sobre as situações vividas pelo personagem do filme ou relacionar as vivências familiares com as apresentadas no enredo.Os filmes trazem nas entrelinhas de suas histórias valores éticos que podem ser

abordados em sala de aula. Esse debate é imprescindível para trazermos para a sala de aula a expressão da diversidade e a compreensão de que respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais não significa aderir aos valores do outro, e sim, respeitá-los.

Sugerimos o filme Kiriku e a Feiticeira (de Michel Ocelot), por tratar-se de uma história rica em diversidade – de cultura, de enredo, de estética... – para iniciar essa proposta de debates em sala de aula.

Para organizar essa atividade, antes de iniciar a sessão de cinema, o professor pode solicitar aos alunos que prestem atenção aos seguintes detalhes:

n Onde acham que o filme se passa?n Como as famílias do filme se organizam?

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CDs e DVDs

n África – CD Pé com Pé – Sandra Peres e Paulo Tatit n CD Kanhgág ag vi ymã mág ki – Vozes Kaigang na Aldeia Granden Cultura – CD Canções Curiosas – Palavra Cantadan DVD Cuidado Que Mancha – Casa de Cinema de Porto Alegren Pindorama – CD Curiosas – Palavra Cantada Músicas

n Chuva – CD Canções de Ninar – Palavra Cantadan Noé – Palavra Cantadan Chuva, chuvisco, chuvarada – CocoricóLivros para trabalhar as temáticas que a história apresenta (Água, Diversidade Cultural, Teatro):n Coisas de índio, Daniel Munduruku – Editora Callisn Contos indígenas brasileiros, Daniel Munduruku – Editora Globaln O sinal do pajé, Daniel Munduruku – Editora Peirópolisn Mano descobre a ecologia, Heloisa Prieto – Editora Átican O senhor da água, Rosana Bond – Editora Átican Draguinho, Cláudio Galperin – Editora Átican A última gota, J. L. Diego – Editora Scipionen Aquela água, João Anzanello Carrascoza– Editora Cosac & Naifyn Água sim, Eucanaa Ferraz – Cia das Letrinhasn O silêncio da água, José Saramago – Cia das Letrinhasn Aquarela, Janaina Tokitaka – Brinque-Bookn Diomira, a Sherazade do sertão, coronel Carrerão e Lucinha, Ivana Arruda

Leite – Brinque-Bookn Faz muito tempo, Ruth Rocha – Editora Salamandran O teatro de sombras de Ofélia, Michael Ende – Editora Ática

1. STOP MOTIONA facilidade em fotografar que temos atualmente (celulares, acesso a câmeras

digitais e aprendizagem rápida dos alunos sobre o uso das tecnologias) possibilita a realização dessa atividade. Os alunos adoram realizar este tipo de tarefa, pois envolve a habilidade no uso dos recursos tecnológicos e a criatividade: duas coisas que as crianças têm de sobra!

É possível realizar ‘stop motion’, com desenhos, massinha de modelar, objetos, ou mesmo utilizando os próprios alunos como personagens para montar as cenas.

Quer saber mais? Nos endereços abaixo é possível conhecer mais sobre o assunto:http://www.stopmotionbrasil.art.br/http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/como-fazer-animacoes-stop-

-montion-643173.shtml?page=all

2. QUAL A COR DO SENTIMENTO?Nas três histórias contadas, as personagens principais manifestavam seus senti-

mentos de diversas formas: Sabrina gritava de medo, roncava de fome. Renilda e a Pas-sarinhazinha demonstravam seus nojos (de água e de minhoca) com caretas e “blecs”.

Mas se os sentimentos tivessem cores, quais seriam elas? A partir dessa intro-dução, é possível explorar com as crianças diversos sentimentos associados às cores: amarelo de medo, roxo de fome, vermelho de raiva...

Os registros podem ser feitos através de divertidos desenhos ou pinturas!

3. CARTUMCartum é um desenho feito com humor e que se propõe a abordar as temáticas

mais abrangentes da sociedade. São temas comuns: o bem e o mal, a guerra, etc. Frequentemente vem acompanhado da linguagem escrita também.

outras sugestoes para todas as histÓrias

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Propor aos alunos, após conhecerem bem as histórias, que registrem-na em forma de cartum é um modo de variar a interpretação dos textos.

No entanto, antes de propor esse trabalho, é preciso que os alunos já tenham certa familiaridade com esse tipo de texto.

4. FOTONOVELASAs versões em forma de fotonovelas das três histórias se concretizam facilmen-

te com uma câmera fotográfica digital e um programa de Power Point.Nessa proposta de atividade, as crianças podem exercer diferentes papéis: rotei-

ristas, diretoras, protagonistas, especialista em computador... Isso valoriza as diferentes habilidades no grupo e oportuniza a valorização de todos os colegas.

Quer saber mais?http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/emilio/autoria/ar tigos2007/3

artigoautoria_oficinadefotonovela_ok.pdf

5. MINIFILMESInspirados nas histórias, os alunos podem criar outros roteiros (de terror,

abordando o tema alimentação, relação mãe e filha ou filho...) e montar pequenos filmes apresentando a história para outras turmas da escola, ou mesmo para a comu-nidade escolar.

Bibliografia

CHRISTO, Edna Chagas. Criatividade em Arteterapia. Rio de Janeiro: WAK, 2009.COELHO, Maria Josefina Rodrigues. Comunidade Criativa, São Paulo : Paulinas.FRITZEN, Celdon e MOREIRA, Janine. Educação e Arte. As linguagens artísticas na formação humana. São Paulo: Papirus, 2001.GROSSI, Esther Pillar(1998). Mesa Sutra. Porto Alegre; LPM.LADEIRA, Idalina. Fantoche e CIA. São Paulo: Scipione. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais – Brasília: MEC, 1997.PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino das Artes. Porto Alegre: Mediação, 2011.RUUD, Even. Caminhos da Musicoterapia. São Paulo: Summus. SUNDERLAND, Margot. O valor terapêutico de contar histórias. São Paulo: Cultrix, 2005.

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Dorana Wainer Fernandez, graduada em Pedagogia (Pontifícia Universidade Católica do

Rio Grande do Sul – PUCRS). Especialista em Alfabetização (Faculdades Porto-Alegrenses – FAPA) e em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes (Universidade de São Paulo

– USP). Professora da Rede Pública Municipal de Porto Alegre, atuando há 18 anos no Ensino Fundamental.

Sariane da Silva Pecoits, graduada em Pedagogia (Universidade do Vale do Rio dos Si-

nos – UNISINOS), Especialista em Educação Infantil e Educação Inclusiva, Mestre em Educação

(Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS). Professora da Rede Pública Municipal e da Rede Privada em Porto Alegre, atuando há 15 anos no Ensino Fundamental e na Formação de Professores.

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Educação para as Artes une teatro,

música, literatura e artes visuais

num único projeto. É para quem

acredita no poder transformador

da arte. Este material foi elaborado

com carinho para, você, professor.

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