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PUB PUB . Ferreira e Beja no topo da produção de nozes Na Quinta do Pereiro, em Ferreira do Alentejo, e no Monte da Raposinha, em Beja, existem duas das três maiores ex- plorações de nozes em Portugal. Trata- se de uma cultura de sucesso e em ex- pansão no Alentejo. Mas também de um negócio com riscos associados, tal como a própria noz: nunca se sabe o que lá vem dentro. Reportagem nas págs. 4/5 Rute Reimão expõe “Traços de ternura” Colaboradora do “DA” na Fábrica do Braço de Prata, em Lisboa pág. 11 SEXTA-FEIRA, 15 JULHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1525 (II Série) | Preço: 0,90 pág. 5 Demógrafo Joaquim Manuel Nazareth analisa dados preliminares dos Censos 2011 No Alentejo não há velhos a mais há crianças a menos Alunos ciganos ficam em Santa Maria Contra a vontade dos pais e da direção da escola, o grosso dos alunos de etnia cigana provenientes do bairro das Pe- dreiras, vai mesmo ser inte- grado em Santa Maria. Depois de terem recebido aulas em salas provisórias no Regimento de Infantaria, a integração escolar destas 69 crianças está a gerar grande descontentamento. pág. 7 PAULO MONTEIRO págs. 2/3 Pinamonti vai do Alentejo para a Zarzuela O diretor artístico do festival Terras sem Sombra, que a Diocese de Beja promove em diferentes pontos do Baixo Alentejo, é o novo diretor do Teatro Nacional de la Zarzuela, em Madrid. Paolo Pinamonti, que também já esteve à frente do São Carlos, afirma que, por questões de afe- to, manterá a colaboração com o projeto alentejano. Entrevista nas págs. 12/13 Piscinas exibem sinais de avançada degradação Agora que o verão parece querer final- mente aquecer, o “Diário do Alentejo” oferece um pequeno roteiro pelas pisci- nas do distrito e foi a banhos ao complexo de Beja, que este ano completa 45 anos, e cuja aparência não esconde as marcas do tempo. Os sinais de degradação do equi- pamento são vários, mas o oásis continua a ser único. pág. 17

Edição nº 1525

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Diário do Alentejo

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Ferreira e Beja no topoda produção de nozes

Na Quinta do Pereiro, em Ferreira do Alentejo, e no Monte da Raposinha, em Beja, existem duas das três maiores ex-plorações de nozes em Portugal. Trata-se de uma cultura de sucesso e em ex-pansão no Alentejo. Mas também de um negócio com riscos associados, tal como a própria noz: nunca se sabe o que lá vem dentro.

Reportagem nas págs. 4/5

Rute Reimão expõe “Traços de ternura”Colaboradora do “DA” na Fábricado Braço de Prata, em Lisboapág. 11

SEXTA-FEIRA, 15 JULHO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, Nº 1525 (II Série) | Preço: € 0,90

pág. 5

Demógrafo Joaquim Manuel Nazareth analisa dados preliminares dos Censos 2011

No Alentejo não há velhos a maishá crianças a menos

Alunos ciganos fi cam em Santa Maria

Contra a vontade dos pais e da direção da escola, o grosso dos alunos de etnia cigana provenientes do bairro das Pe-dreiras, vai mesmo ser inte-grado em Santa Maria. Depois de terem recebido aulas em salas provisórias no Regimento de Infantaria, a integração escolar destas 69 crianças está a gerar grande descontentamento. pág. 7

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págs. 2/3

Pinamonti vai do Alentejopara a ZarzuelaO diretor artístico do festival Terras sem Sombra, que a Diocese de Beja promove em diferentes pontos do Baixo Alentejo, é o novo diretor do Teatro Nacional de la Zarzuela, em Madrid. Paolo Pinamonti, que também já esteve à frente do São Carlos, afirma que, por questões de afe-to, manterá a colaboração com o projeto alentejano.

Entrevista nas págs. 12/13

Piscinas exibem sinaisde avançada degradaçãoAgora que o verão parece querer final-mente aquecer, o “Diário do Alentejo” oferece um pequeno roteiro pelas pisci-nas do distrito e foi a banhos ao complexo de Beja, que este ano completa 45 anos, e cuja aparência não esconde as marcas do tempo. Os sinais de degradação do equi-pamento são vários, mas o oásis continua a ser único. pág. 17

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Reportagem

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“Teoricamente podíamos [ser autosuficientes],

mas as grandes superfícies só querem noz

barata. E noz barata corresponde ao refugo,

ou seja, cinco por cento de uma produção”.

❝Ferreira do Alentejo e Beja no topo da produção nacional de nozes

Nozes americanasem terras alentejanas

As árvores do Monte da Raposinha prendem a aten-ção de quem passa na estrada

de Beja para Cabeça Gorda. Entre oli-vais e vinhas, são as nogueiras que surgem no campo de visão, com a sua folhagem verde e abundante, es-pécie incomum por estas paragens. A história desta herdade produtora de nozes, o Monte da Raposinha, re-monta a 1969, altura em que o coro-nel do Regimento de Infantaria n.º 3, hoje na reserva, João Machado Tété, a adquiriu. “Isto apareceu à venda, eu apaixonei-me e, como homem li-gado ao campo, resolvi comprá-la. Esta quinta era uma terra de trigo. Eu resolvi fazer laranjeiras e fiz três hec-tares”. Como estava no ativo à época, João Tété começou a ter dificuldades na venda das laranjas, “porque não se vendem todas de uma vez” e, devido à vida profissional, não conseguia acompanhar o negócio conveniente-mente. “Fiz um estudo económico e a cultura em que podia apanhar, meter no armazém e vender tudo ao mesmo tempo, tinha que ser de um fruto que não fosse perecível, ou seja, a noz”.

Nos 12 hectares e meio de noguei-ras do Monte da Raposinha o silên-cio é rei. Entre as frondosas noguei-ras crescem outras, mais pequenas, fruto das experiências do dono da propriedade. De boina na cabeça, conversa fácil e apaixonada sobre no-zes e nogueiras, João Machado Tété vai desfiando a sabedoria e a experi-ência acumuladas ao longo dos anos por mão própria. Em 1978 plantou o primeiro pomar de nogueiras, 250 árvores da variedade francesa fran-quette. Passado um ano plantou mais 250 exemplares da mesma espécie. Em 1983 desistiu das árvores france-sas para se dedicar às espécies ame-ricanas, como a hartley e a serr. E se hoje a produção de nozes do Monte da Raposinha está estabilizada, os tempos iniciais foram de erros e ex-periências. “Na altura ninguém sa-bia nada. Comprei uns livros, fui lendo, aconselhando-me com uns curiosos”. Em 1996 João Machado Tété passou à reserva e passou tam-bém a dedicar-se ainda mais às no-gueiras e às nozes. Transmontano

O distrito de Beja tem dois dos maiores produtores de nozes em território nacional,

associados da Cooperativa de Frutos Secos do Alentejo. Apesar do sucesso das produções,

investir neste tipo de cultura é como comer uma noz: nunca se sabe o que lá vem dentro.

Texto Marco Monteiro Cândido Fotos José Ferrolho

O maior produtor de noz

Junto a Ferreira do Alentejo encontra-se a Quinta do Pereiro, a maior produtora de nozes da Cofral. Com 74 hectares plantados de nogueiras, dos quais 30 hectares estão a produzir uma média de 3000 quilos por hectare, está já aprovada a plantação de mais 15 hectares.

José Courinha, o proprietário, não tem dúvidas em afirmar que este “é um bom negócio”. Dono da Quinta do Pereiro desde 2005, não tinha qualquer ligação com o setor. “A quinta já produzia

noz e optámos por continuar com o negócio”. Apesar da ligação recente e sem experiência passada, José Courinha considera que “é um setor difícil e que demora vários anos a consolidar”.

A Quinta do Pereiro escoa as suas nozes para algumas superfícies de venda ao público, como o El Corte Inglés, o Pingo Doce, os Supermercados Sá (Madeira) ou o grupo Auchan. Apesar de conseguir vender o seu produto, José Courinha considera que “há pouca noz nacional” à venda, mas que também “não há produção suficiente para abastecer o mercado”.

Marco Monteiro Cândido

de 70 anos, a experiência do militar com as nogueiras era pouca ou ne-nhuma, descontando as memórias da casa agrícola do pai, onde se lem-bra de existirem nogueiras, mas ape-nas para consumo interno da casa.

Dificuldades também as sentiu a partir do momento em que a sua pro-dução começou a aumentar. “A par-tir dos 500 quilos apanhamos à mão ou vibramos com um pau. A partir dos 1000, 2000, 3000 quilos como é que é?”. João Machado Tété teve a ne-cessidade de conceber as suas máqui-nas, inspiradas em modelos da espe-cialidade, e construídas com a ajuda de um amigo mecânico. “A noz tem que ser apanhada e não é à mão, por-que isso é quando é meia dúzia de-las; tem que se tirar o cascarrão e não pode ser à mão, porque isso é quando é meia dúzia delas; não se podem es-tender no armazém para secar, por-que isso é quando é meia dúzia de quilos”. Daí a necessidade das máqui-nas, para fazer a colheita, a lavagem, a secagem e a escolha do fruto seco se-gundo o calibre e o peso, indicador do recheio do miolo. E se, por agora, o ca-são onde tudo isto acontece está re-metido ao mais profundo silêncio, a partir do final de setembro voltará a azáfama própria de 10, 12 pessoas a trabalhar. Será um processo de quase linha de montagem sob a supervi-são do próprio coronel. No entanto, há algumas tarefas de que não pres-cinde fazer, como os enxertos ou os tratamentos com herbicida. Mesmo a poda requer muita atenção. “Os rapa-zes podam, mas eu vou com uma va-rinha indicando: corta aqui, corta ali, corta aqui, corta ali”. Depois de co-lhidas as nozes são lavadas e limpas, passando à fase de secagem, num pe-ríodo de 30 a 45, 50 horas, para retirar a água. Depois disso passa pela fase da escolha, onde são separadas meca-nicamente segundo o tamanho (ca-libre) e o peso, para, finalmente, se-rem ensacadas e vendidas aos clientes já habituais. “Todo este processo im-plica dois, três dias”.

Dá o mercado más nozes a quem

tem dentes O produtor do Monte da Raposinha orgulha-se de manter, ao

As primeiras nozes frescas que aparecem em Alcácer

do Sal, em Ferreira do Alentejo e em Alvito são minhas,

vendidas através dos intermediários que vêm aqui”.

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longo dos anos, a qualidade das nozes que coloca no mercado, conseguindo escoar a sua produção todos anos, mas fazendo a colheita mais cedo do que muitos dos seus colegas. “O mer-cado no Alentejo abre muito cedo e, sendo sazonal, ou eu vendo as no-zes até 30 de outubro ou então nunca mais as vendo”. Ao contrário dos pro-dutores transmontanos, que só come-çam a apanha no fim de outubro, no Monte da Raposinha o trabalho co-meça entre 15 e 20 de setembro, de-vido à espécie precoce das nozes pro-duzidas. “As primeiras nozes frescas que aparecem em Alcácer do Sal, em Ferreira do Alentejo e em Alvito são minhas, vendidas através dos inter-mediários que vêm aqui”. Neste caso, fala-se da variedade americana serr. “As variedades americanas são as mais indicadas para o Alentejo e não as francesas, porque vêm mais cedo e aguentam melhor as geadas. Em Trás-os-Montes apanham no fim de outubro porque têm a variedade fran-cesa, que vem mais tarde, para evi-tar as geadas. No Alentejo pode-se ter

variedades precoces”. Mas nem só de vantagens se ro-

deiam as nozes no Alentejo. Se em Trás-os-Montes o inconveniente é a apanha tardia, no sul do País o mesmo clima é propício a pragas. “Lá em cima fazem-lhe um tratamento por acaso. Eu já vou em 13 tratamen-tos no pomar. Este clima é favorável ao desenvolvimento de pragas por-que não há frio”.

Seguro da qualidade da noz que produz, vendida a três euros o quilo, João Machado Tété mostra-se bas-tante crítico perante o que encon-tra muitas vezes à venda. “A França é o maior produtor, importador e ex-portador de noz e a maior parte das nozes que aparece no nosso mer-cado não vale um corno”. Segundo o produtor, o calibre que aparece à venda em Portugal é muito baixo, ou seja, são nozes muito pequeni-nas. “Mas a verdade é que esses ca-libres é que vêm para cá e vendem, porque é barato”. Com o preço a so-brepor-se à qualidade, Portugal im-porta 95 por cento do que consome.

E não poderia o País assegurar essa produção? “Teoricamente podíamos, mas as grandes superfícies só que-rem noz barata. E noz barata corres-ponde ao refugo, ou seja, cinco por cento de uma produção”. No que diz respeito ao miolo de noz, o problema é o mesmo: “O que vem da Roménia e da Índia é uma vergonha, não vale nada, mas é mais barato. E o que di-zem os pasteleiros? Aquilo depois de ir ao forno, no bolo-rei e nos bolos, sabem lá se é bom ou não”.

Investir é como saber o que está den-

tro da noz João Machado Tété tam-bém está na origem da Cooperativa de Frutos Secos do Alentejo (Cofral) há 12 anos. A ideia inicial, partilhada com um produtor alemão de amen-doeiras radicado, também ele, em terras alentejanas, seria o de anga-riar o número suficiente de sócios para efetuar a compra das máqui-nas para a apanha e processamento das nozes. “Estas coisas saem caras, o comprar as máquinas. Eu fui fa-zendo as minhas máquinas, a pouco

e pouco, consoante as necessidades”. Hoje em dia, com cerca de 40 sócios, os membros da cooperativa estão es-palhados um pouco por todo o País, desde Trás-os-Montes ao Alentejo, passando por Rio Maior, Santarém ou Tomar. “O associado com maior produção é de Ferreira do Alentejo, a seguir é um de Trás-os-Montes e de-pois sou eu”.

Apesar da paixão que o une à pro-dução de nozes, João Machado Tété vê o setor com dificuldade, apesar de haver muita gente interessada. “Isto é um risco. Àqueles que falam comigo eu digo logo que há outras coisas onde podem investir, com um investimento mais garantido, porque isto é uma cul-tura que ninguém sabe o que será”. E faz a comparação: “O mercado é com-plicadíssimo e não é garantido, como a vinha ou as oliveiras”.

O produtor assegura que esta área de exploração agrícola não é para amadores, que se poderão deixar en-ganar por quem quer vender terrenos e árvores, assegurando que se podem plantar muitas árvores em áreas in-suficientes. “Até a questão dos com-passos apertados, a distância entre as árvores, é pretexto para enganar, como se houvesse árvores pequenas”. Uma boa produção ronda os 2500 quilos por hectare, “chegar aos 3000 é ótimo”. Neste aspeto, novo alerta: “Que ninguém pense que vai ter mais do que isso, porque é mentira”. “Em Trás-os-Montes pode garantir-se os 3000 quilos, aqui força-se um boca-dinho”. O facto de ser uma área onde existem poucos conhecimentos téc-nicos em Portugal também faz com que seja complicado acertar, sem co-nhecer, experimentar e andar no ter-reno. “Não há técnicos e não servem os técnicos de secretária. Quem qui-ser fazer nogueiras tem que sujar as mãos e as botinhas”.

Com uma produção anual a ron-dar as 25 toneladas, o Monte da Raposinha já tem uma cadência certa e controlada. “Estas produções, só ao fim de sete, oito anos é que dão rendi-mento, é que dão dinheiro. E tendo as máquinas. Se não se tiver as máqui-nas nem sei como se faz”. Ou então são produções pequenas e, aí, “apa-nham à mão”.

No meio das nogueiras mais ve-lhas, frondosas e verdes, entre certe-zas e experiências, vai sendo seme-ada a semente da esperança. Agora, com a mesma vontade trasmontana de se agarrar a terras alentejanas sem mudar de lugar de contacto com o campo, o coronel vai semeando futu-ras nogueiras, noz a noz, esperando que nasçam, esperando que haja bons dentes para estas boas nozes.

Depois de colhidas as nozes são lavadas e limpas, passando à fase de secagem, num período de 30 a 45, 50 horas, para retirar a água. Depois disso passa pela fase da escolha, onde são separadas mecanicamente segundo o tamanho (calibre) e o peso, para, finalmente, serem ensacadas e vendidas aos clientes já habituais.

Monte da Reposinha Coronel João Tété avalia a qualidade das nozes que crescem na sua exploração agrícola

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Na capa

Lembro-me dos discursos na inauguração da barragem de Santa Clara, quando o ministro

das Obras Públicas se vira para o ministro da Agricultura e diz “caro colega cumpri o meu

dever agora é só desenvolver a agricultura…”, ao que o colega ministro da Agricultura

responde “…mas, caro colega, os terrenos que vão ser regados não têm aptidão agrícola…”.

“Se a construção da “grande cidade” que vai de Setúbal a Viana do Castelo continua em

crescimento (80 por cento da população vive atualmente no litoral) o seu prolongamento para

Sul, em ordem a se juntar à ocupação litoral do Algarve, fazendo-se assim uma ocupação

em “L” (onde tudo se esvazia do interior para o litoral), foi estancada no Alentejo”.

❝Joaquim Manuel Nazareth ataca modelo de desenvolvimento baseado no betão

Alentejo à margem da “grande cidade”

“A grande surpresa foi o Alentejo Litoral perder população”, considera o de-

mógrafo Joaquim Manuel Nazareth, numa primeira análise aos resulta-

dos preliminares dos Censos 2011. O investigador sublinha que, apesar do

Alentejo ter perdido quase 18 mil habitantes, acabou por se verificar um au-

mento de 13 mil famílias e de quase 50 mil alojamentos. O que mostra duas

coisas: “A existência de mais famílias no Alentejo, mas de dimensão mais re-

duzida” e “o absurdo do modelo reinante”. No entanto, acrescenta, “uma vez

que o Alentejo começou o declínio do crescimento” mais cedo do que as outras

regiões, no futuro “não irá perder muito mais população”. Joaquim Manuel

Nazareth é natural de Évora, onde reside, e professor catedrático jubilado pela

Universidade Nova de lisboa. Considerado um dos principais especialistas por-

tugueses em demografia, tem diversos livros publicados sobre a matéria, no-

meadamente O Envelhecimento da População Portuguesa e Demografia – a Ciência da

População. Entrevista Carlos Júlio Ilustração Susa Monteiro

Perante os dados preliminares dos Censos

2011 constata-se que o Alentejo continua a

perder população. O número de residentes

baixou quatro por cento, quando a popula-

ção portuguesa aumentou, ainda que ligei-

ramente. Que significado têm estes núme-

ros? A perda de população das regiões do

interior é inevitável?

É verdade, o Alentejo volta a perder al-guma população enquanto o País aumenta ligeiramente a sua população. Se, tenden-cialmente, a nível nacional, o modelo na-tural tende para uma certa homogenei-dade – um crescimento natural negativo devido a existirem mais óbitos do que nas-cimentos –, no fundamental podemos di-zer que as diferenças encontradas são de-vidas aos movimentos migratórios. Por outras palavras, não podemos afirmar, como muitas vezes se lê, que tal facto “é devido a um complexo de fatores”. Não é verdade. O modelo natural é muito idên-tico em todo o País o que nos leva a con-cluir que são as migrações o principal fator responsável pelo crescimento demográ-fico. O Alentejo não tem tido capacidade para atrair pessoas que compensem o de-clínio natural da sua população. Contudo, acho que o Alentejo, tendo começado o de-clínio do crescimento natural mais cedo do que as outras regiões, não irá perder muito mais população. Chegou o momento de olharmos à nossa volta e abandonarmos o mito do crescimento demográfico e da expansão urbana.

A perda de população no Alentejo é trans-

versal a toda a região, mas com os conce-

lhos do interior – Nisa, Mértola, Mourão –

a perderem mais população. Há concelhos

já à beira de perderem a massa crítica mí-

nima? Haverá uma situação limite face à

qual já não se consiga recuperar do ponto

de vista demográfico?

Todo o Alentejo perde população com exce-ção da Lezíria do Tejo que só é Alentejo por razões estatísticas. Se a Lezíria do Tejo não tivesse sido integrada à força no Alentejo, o declínio seria maior. Por outro lado, a grande surpresa foi o Alentejo Litoral per-der população, contrariando assim a ten-dência que se vinha observando nas últi-mas dezenas de anos. Por outras palavras, se a construção da “grande cidade” que vai de Setúbal a Viana do Castelo continua em crescimento (80 por cento da população vive atualmente no litoral) o seu prolonga-mento para Sul, em ordem a se juntar à ocu-pação litoral do Algarve, fazendo-se assim uma ocupação em “L” (onde tudo se esvazia do interior para o litoral), foi estancada no Alentejo.

E os pequenos concelhos?

Quanto à questão de pequenos concelhos poderem atingir a “massa crítica mínima”, diria que tecnicamente o grande problema tem a ver com os fundamentos da sua exis-tência. É possível imaginar concelhos com uma dimensão inferior a 5000 habitantes? Não seria melhor fundir concelhos que não são financeiramente sustentáveis? Claro que sim, mas não no interior em geral e no Alentejo em particular, porque são baluar-tes fundamentais contra a desertificação. Os concelhos de Barrancos e Alcácer do Sal são ambos unidades administrativas, mas exercem funções diversas e têm que ter es-tratégias completamente diferentes… um espera estar na “grande cidade” (Alcácer) e o outro é uma guarda avançada contra a de-sertificação (Barrancos).

Dos concelhos que mais população

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perderam em primeiro lugar aparece

Mourão, que deveria ter sido um dos mais

beneficiados pelo empreendimento de

Alqueva. Nem esse fator lhe permitiu fixar

população. Obras como a de Alqueva que

têm sido apresentadas como fatores de de-

senvolvimento e emprego poderão não ter

o efeito pretendido?

Os grandes equipamentos só são importan-tes quando não são apenas fatores de distri-buir empregos estatais à custa do dinheiro do contribuinte. Existem ou não empresas que se criaram com responsabilidade social que estão a obter lucros significativos à custa de equipamentos pagos com o dinheiro de todos nós? Esta é que é a questão. Não basta exis-tirem empresas. É pre-ciso empresas geradoras de emprego… que , no li-mite, impeçam os mais jovens de sair.

Os concelhos com maior

aumento de popula-

ção, ainda que de forma

reduzida, são os gran-

des centros residen-

ciais já existentes: Sines,

Évora, Vendas Novas e

Viana (dormitório de

Évora) e Campo Maior.

Há alguns fatores para

que tenham conseguido

suster a perda de popu-

lação verificada noutros

concelhos?

Era esperado, embora existam surpresas apa-rentes como Montemor-o -Novo, Portalegre e Beja, que perderam popula-ção. Porém, como esta-mos perante variações tão pequenas (Évora au-menta 500 habitantes, Montemor e Portalegre perdem 1000, Beja 30 habitantes…) eu prefiro a ideia de estabilidade. Temos que esperar pelos resultados provisórios e definitivos mas eu pre-firo deixar passar a ideia de que o Alentejo estabi-lizou a sua população porque as variações absolutas não são significativas. Vejamos o caso, por exemplo, do Baixo Alentejo – é verdade que perdeu quase 9000 pessoas mas nos últimos anos existem cerca de 1000 óbitos a mais em relação aos nascimentos … vezes 10 anos daria uma perde de cerca de 10 000. Temos que ter cuidado… ver caso a caso e freguesia a freguesia.

O fenómeno migratório não trouxe resi-

dentes para o Alentejo? E o envelhecimento

continua a pesar muito na região?

Não é verdade. O movimento migratório

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trouxe bastante gente à escala do Alentejo, que quase compensou o declínio do cresci-mento natural. O envelhecimento é espe-rado e irreversível porque as mesmas causas produzem os mesmos efeitos… o Alentejo não é uma das regiões mais envelhecidas do mundo porque existem “velhos a mais”. O que existe são crianças a menos.

Face a estes dados quais são as perspetivas

futuras para a região, em termos populacio-

nais? Enquanto demógrafo há alguns aler-

tas que gostasse de deixar relativamente

aos resultados preliminares dos Censos?

Espero o fim da era do betão. A população di-minuiu no Alentejo quase 18 000 pessoas, mas as fa-mílias aumentaram cerca de 13 000, os alojamen-tos aumentaram cerca de 49 000 e os edifícios cerca de 35 000. A diminui-ção da população asso-ciada ao aumento do nú-mero das famílias mostra a existência de mais famí-lias no Alentejo, mas de dimensão mais reduzida. Era tudo esperado e não é nada que não se observe noutros países. Agora, di-minuir a população, au-mentar em 13 000 as fa-mílias e os alojamentos aumentarem quase 50 000 mostra o absurdo do modelo reinante. Tal como não basta construir barragens para se ter de-senvolvimento não é com mais alojamentos que se fixam populações… já existem alojamentos a mais. Lembro-me dos discursos na inaugura-ção da barragem de Santa Clara, quando o minis-tro das Obras Públicas se vira para o ministro da Agricultura e diz “caro colega cumpri o meu de-ver agora é só desen-volver a agricultura…”, ao que o colega minis-tro da Agricultura res-

ponde “…mas, caro colega, os terrenos que vão ser regados não têm aptidão agrícola…”. Finalmente, gostaria de chamar a atenção para o facto do Alentejo dever ser encarado não como uma espécie de Arábia, mas como um laboratório para todo o Portugal. O de-clínio da natalidade começou muitos anos antes das outras regiões de Portugal e aquilo porque o Alentejo tem passado irá acon-tecer, a prazo, a todas as outras regiões… Preparemo-nos para uma região com uma população entre os 700 e os 800 mil habitan-tes (hoje tem 510 906) que soube contrariar o processo de litoralização.

O movimento migratório trouxe bastante gente à escala do Alentejo, que quase compensou o declínio do crescimento natural. O envelhecimento é esperado e irreversível porque as mesmas causas produzem os mesmos efeitos… o Alentejo não é uma das regiões mais envelhecidas do mundo porque existem “velhos a mais”. O que existe são crianças a menos.

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Autarcas contra cortes orçamentais

Governo mantém mapa do interior

As autarquias portuguesas, reunidas no XX Congresso Nacional, sábado, em Coimbra, reafirmaram pela voz do seu presidente Fernando Ruas que só acei-tam discutir a supressão de autarquias no quadro de uma discussão mais alar-gada sobre “toda a estrutura do Estado” e a criação das regiões administrati-vas. No conclave marcaram presença vários edis do Baixo Alentejo.

Texto Aníbal Fernandes

João Penetra, presidente da Câmara de Alvito, em declarações ao “Diário do Alentejo”, afirma que a redução do

número de autarquias “são cuidados palia-tivos que não resolvem nenhum problema de fundo”. Antes pelo contrário: o autarca afirma que não foram os municípios que contribuíram para o descalabro das contas públicas e alerta para o facto desta medida ir “afastar ainda mais os políticos dos ci-dadãos”, numa altura em que se fala tanto do divórcio entre eleitores e eleitos.

O primeiro-ministro Passos Coelho, que encerrou o encontro, não adiantou grande coisa em relação a este assunto, no entanto, reafirmou que irá cumprir a re-organização do mapa administrativo com vista à “otimização e racionalização do nú-mero de órgãos autárquicos”, mas, num acrescento ao discurso escrito, garantiu que este ajuste não será feito à custa do in-terior desertificado.

Já no que diz respeito à Lei das Finanças

Os jovens residentes no concelho da Vidigueira podem participar

no concurso que a câmara está a promover para apresentação de

propostas de logotipo para o Gabinete de Apoio à Juventude e que

pretende também divulgar “novos talentos” de design. O prazo

de entrega das propostas decorrer até 1 de agosto e o resultado

do concurso será divulgado a 12 de agosto, Dia Internacional da

Juventude. O logotipo selecionado será utilizado nos documentos

oficiais, administrativos, formulários e materiais de divulgação e no

desenvolvimento dos programas, projetos, marketing e iniciativas

do Gabinete de Apoio à Juventude da Câmara da Vidigueira.

Vidigueiraprocura

logotipo paraa juventude

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Dê SANGUE, dê VIDA

Hoje

Locais e às verbas a transferir para as autar-quias pelo poder central, Passos Coelho não foi sensível aos argumentos dos autarcas e in-sistiu na necessidade dos cortes nas transfe-rências para os municípios.

Aníbal Costa, presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, mostra-se dividido em relação à presente situação. Por um lado ad-mite que “o Estado tem de cumprir as obri-gações resultantes do memorando com a troika”, mas por outro trata-se de cortar “gor-duras do Estado” e as autarquias “são a face mais eficiente e eficaz” desse mesmo Estado.

Daqui resulta que o autarca não compre-ende por que é que as autarquias estão obri-gadas a reduzir em dois por cento, até 2014, os recursos humanos, enquanto o Estado central apenas promeverá um corte de um por cento.

António Sebastião, presidente da Câmara de Almodôvar, chama a atenção para o facto de este congresso não ter sido tão participado como habitualmente. As razões certamente que se prendem “com a conjuntura” e com a perceção da generalidade dos autarcas que “a situação não vai melhorar”.

Os autarcas encontram-se na expecta-tiva no que à nova Lei das Finanças Locais diz respeito. Penetra avisa que “os sucessivos cortes” estão a sufocar alguns municípios, enquanto Sebastião lembra que as despesas fixas das autarquias, nomeadamente com o tratamento de resíduos, água e apoio social não têm parado de aumentar. Já no que diz respeito às receitas próprias, apesar de serem poucas, não param de diminuir.

RI3 e IPB promoveram curso de liderança Vinte alunos do Instituto Politécnico de Beja (IPB), dos cursos de Animação Sociocultural, Desporto, Engenharia Informática, Turismo, Saúde Ambiental e mes-trado em Produção Integrada, participaram na semana passada no pri-meiro curso de liderança promovido pelo Regimento de Infantaria de Beja (RI3), em parceria com o IPB. O curso, com duração de 115 horas,

decorreu no RI3 e em terrenos anexos, “com sessões teóricas, de base científica, que abordaram vários módulos temáticos, nomeadamente a importância da comunicação e do aconselhamento na liderança, di-nâmica de grupos, negociação e gestão de conflitos, stress e gestão de stress”, entre outros. As sessões foram complementadas com provas de projeto e planeamento e provas de situação.

No próximo dia 26, por iniciativa do partido “Os Verdes”, vai ter lugar na Assembleia da República uma audi-

ção parlamentar sobre transportes ferroviá-rios. O grupo de trabalho, criado no âmbito da Assembleia Municipal de Beja (AMB) para a defesa da ligação da capital do Baixo Alentejo a Lisboa, decidiu marcar presença, esse dia, no Parlamento.

Bernardo Loff, presidente da AMB, no final da reunião que teve lugar na Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, na pas-sada terça-feira, disse ainda aos jornalistas que a delegação alentejana vai tentar encon-trar-se com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, com os gru-

Grupo de Trabalho vai a Lisboa dia 26

De Beja ao Parlamentopos parlamentares e as comissões parla-mentares de Economia e Obras Públicas.

Entretanto, o conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) e o conselho diretivo da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), reunidos na se-gunda-feira, decidiram por unanimidade “manifestar o seu apoio à tomada de posi-ção da Assembleia Municipal de Beja e so-lidarizar-se com a posição assumida, com vista à congregação de esforços e vontades para manter as exigências preconizadas na petição e evitar o encerramento definitivo da linha que serve o Baixo Alentejo e terri-tórios contíguos.”

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EditorialCulpados Paulo Barriga

Não há pior assalto à alma que o sentimento de culpa. Sobretudo quando a culpa pesa desmesu-radamente mais do que a falta cometida, do que o

erro. Os tempos que correm são de guerra. E na guerra to-das as partes têm o seu quinhão de culpa. Mas esta guerra é um nadinha diferente das outras guerras. Tal como a im-putação da culpa o é. Esta é a primeira guerra declarada e aberta entre ricos e pobres. Os ricos estão a ganhá-la e a ganhar absolutamente com ela. E os pobres, derrotados, perdidos no labirinto da angústia, nunca se sentiram tão culpados, tão miseráveis, tão deploráveis como agora. Tal como Hitler persuadiu as massas da Baviera das grande-zas inexcedíveis da raça ariana ou tal como Estaline conse-guiu unir os sovietes mostrando-lhes brutais postais ilus-trados da Sibéria, também os ricos, pela propaganda de hoje, nos convenceram a todos nós, pobres, que a culpa da crise por que passamos é nossa. E apenas nossa. Pelo que por ela nos devemos penitenciar, sofrendo os castigos da penúria e outras mortificações e privações. O curioso é que nós, os pobres de agora, tal como os bávaros ou os tovari-chs de outrora, deixámo-nos mesmo convencer. Deixámo --nos convencer como é tanto – e que maldades faz à econo-mia global – o poucochinho que ganhámos. Deixámo-nos convencer que é um bem faraónico inconcebível ter acesso à saúde, à educação, à justiça, à proteção social. Deixámo--nos convencer que comer duas refeições por dia não só é um luxo, como até contribui para o flagelo do aumento da obesidade. Deixámo-nos convencer que os tipos que nos pediram os votos estavam mesmo do nosso lado. E que não foram eles, ao longo dos tempos, os grandes respon-sáveis pelo despesismo do Estado, pelo roubo e usurpação dos dinheiros pú-blicos, pela promiscuidade financeira, pelo clientelismo e pela comprometida e vexante alienação de bens e de em-presas estatais. Deixámo-nos conven-cer que a nossa desgraça, a dos pobres, é inevitável, uma fa-talidade, o lado perdido da guerra. E talvez por nos termos deixado conven-cer de tanta parvoíce, hoje, nos sintamos tão parvamente culpados.

o Estado, pelo nheiros pú-financeira,

mprometida ns e de em-nos conven-a dosfa-da

Direção Regional de Educação do Alentejo e agrupamentos de esco-las de Beja decidiram que os alu-nos de etnia cigana do bairro das Pedreiras continuarão a ser distri-buídos segundo um acordo esta-belecido em junho de 2010. Mário Beirão e Santiago Maior recebem as primeiras 10 matrículas, Santa Maria as restantes 69.

Os alunos de etnia cigana do bairro das Pedreiras, em Beja, vão continuar a ser distribuí-

das pelos três agrupamentos de escolas – Mário Beirão, Santa Maria e Santiago Maior – segundo o que ficou estabele-cido em 2010 entre a Direção Regional de Educação do Alentejo (DREA), as referidas escolas e a Câmara Municipal de Beja. A decisão de manter o acordo existente desde junho do ano passado foi tomada nas reuniões que se realiza-ram na segunda e terça-feira entre os responsáveis pelos três agrupamentos e a DREA.

Como o “Diário do Alentejo” no-ticiou na edição passada, os agrupa-mentos de Mário Beirão e de Santiago Maior estão a receber desde o ano passado as crianças do bairro das Pedreiras que se matriculem pela pri-meira vez no ensino pré-escolar e no

1.º ano do ensino básico, ao abrigo do referido acordo. Acordo esse que, se-gundo explicou recentemente aos jor-nalistas o diretor regional de Educação do Alentejo, José Verdasca, pretendia “corrigir a distribuição assimétrica” de alunos de bairros problemáticos pe-los três agrupamentos.

Os cerca de 70 alunos oriundos do mesmo bairro, que tiveram aulas até ao último ano letivo em salas provi-sórias no Regimento de Infantaria n.º 3 (RI3), irão para o Agrupamento de Escolas de Santa Maria, ao qual per-tenciam antes do acordo. Os pais, pro-fessores e direção do agrupamento – entretanto demissionária – defendem, no entanto, que estes devem ser tam-bém distribuídos “pelos outros dois agrupamentos”.

Maria Dulce Alves, diretora do Agrupamento de Escolas de Mário Beirão, confirmou ao “Diário do Alentejo” que na reunião “ficou acor-dado o que tinha sido estabelecido em junho de 2010” e, embora não avance o número de alunos que cada um dos agrupamentos vai receber, refere que no caso de Mário Beirão “para já não são muitos”, uma vez que se trata de um processo “gradual”. “A ideia é ‘es-vaziar’ os meninos de etnia cigana da Escola de Santa Maria”, mas “esvaziar

faseadamente”, explica a responsável. A presidente da Associação de

Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Santa Maria, Margarida Lucas, afirmou, por sua vez, que foi informada “de que os cerca de 70 alunos que tiveram aulas no RI3 ficam administrativamente dependen-tes de Santa Maria mas que a DREA está a analisar o processo”, pelo que fica a aguardar “pelo resultado final”.

Recorde-se que a associação de pais e encarregados de educação garan-tiu, em comunicado divulgado recen-temente, que o espaço físico existente no agrupamento não comporta a fre-quência de mais 69 alunos e lembra que presentemente quatro turmas do 1.º ciclo partilham os espaços físicos do 2.º e 3.º ciclo, “em virtude do cen-tro escolar estar na sua máxima capa-cidade de ocupação”.

Contatados pelo “Diário do Alentejo” tanto o diretor-adjunto de Educação do Alentejo, Carlos Calhau, como a dire-tora do agrupamento de Santa Maia, Domingas Velez, recusaram prestar quaisquer declarações sobre o processo.

A direção do Agrupamento de Escolas de Santa Maria agendou entre-tanto para ontem, quinta-feira, já de-pois do fecho desta edição, uma confe-rência de imprensa.

Contra a vontade dos pais e da direção da escola

Alunos ciganos ficam em Santa Maria

Famílias com “parcos recursos económicos” e “grandes dificuldades” em comprar ou arrendar

casa no mercado livre podem candidatar-se às 16 habitações sociais que a Câmara Municipal

de Castro Verde construiu para atribuir aos mais carenciados do concelho. As inscrições para

atribuição das casas, com tipologias T2 e T3 e que foram construídas pela autarquia na rua da

Reforma Agrária, podem ser efetuadas até dia 12 de agosto.

Habitações sociais

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Opinião

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Está tudo na mesma, como a lesma. Ninguém quer ter por perto os 69 meninos do bairro das Pedreiras que passaram o último ano

numa escola improvisada no quartel da tropa. O ministério arremessou-os para Santa Maria. Pais e escola não querem lá mais CIGANOS. E as restantes escolas de Beja também não. Tudo normal, portanto. PB

Aceitar o primado da política sobre a economia significa agir de acordo com princípios simples. (…) A economia é demasiado importante para ser deixada na mão dos economistas e o argumento de que algo é demasiado complexo para permitir que os cidadãos decidam é inaceitável em democracia. José Vítor Malheiros, “Público”, 12 de julho de 2011

A coragemda resignaçãoAna Paula Figueira Docente do ensino superior

No dia 6 de julho último fa-leceu Maria José Nogueira Pinto. Conhecia-a de a ver na televisão e também de ler as suas crónicas no “Diário de Notícias”. Não mais que isso! No dia do seu funeral foi pu-blicada a sua última crónica intitulada “Nada me faltará” que adivinha a despedida de

alguém, de Fé, que acredita que nem sempre “uma vida boa, é uma boa vida” e onde se congratula por ter vivido “tem-pos bons e difíceis”, onde sempre procurou intervir e ser-vir o seu país da melhor maneira que soube e conseguiu, de

acordo com as suas convicções. E fê-lo até ao fim! É assinalável o contraste entre a fragilidade da sua aparência física, cada vez mais degradada, com a lu-cidez e força na argumentação, visível nos programas da SIC Notícias em que participava como comentadora. Não posso deixar de admirar o seu exem-plo! E fez-me pensar, de novo, na forma como usamos os nos-sos dias de Vida e enfrentamos a fatalidade mais incontorná-vel: a aproximação da morte! Curiosamente, há poucos dias foi apresentado o último li-vro da socióloga e historiadora Maria Filomena Mónica – A Morte – que aborda o tema da finitude humana. Para além da formação e dos interesses de cada pessoa, este tema é, de certeza, complexo e polémico e não cabe neste texto; é de notar,

todavia, a coincidência, assim como a discussão que pro-voca. Mas, aqui e agora, quero apenas ressalvar a forma como alguns reagem ao assalto de “um inimigo subtil, si-lencioso e traiçoeiro” contra o qual resta acreditar “na ci-ência dos Homens e na graça de Deus”. Virgílio Ferreira ex-plica que, apesar da palavra”resignação” não ter uma boa reputação, a coragem do Ser Humano reside na “serena, re-colhida e modesta aceitação” face ao reconhecimento do que o espera e não na atitude de revolta, de orgulho ferido relativamente à imagem de grandeza que cada um gostaria que os outros tivessem dele. Maria José Nogueira Pinto, tal como tantas outras mulheres e homens que cada um de nós conheceu ou conhece, foram/são exemplo disto: a sua vida dura sem “medir-se”, porque cada momento é vivido com racionalismo, mas também com paixão, emoção e intensi-dade. Talvez isso (e a Fé para os crentes) seja o maior ali-mento da coragem da resignação. A certa altura, Almeida Garrett disse que Portugal é um país pequeno e que a gente que nele vive também não é grande; Saramago acrescentou que, de facto, fisicamente Portugal é um país pequeno, se bem que o que verdadeiramente interessa não é o tamanho do país mas a dimensão espiritual e mental dos seus habitantes. Pois bem, façamos memória de um exemplo dessa grandeza.

O Governo,a oposiçãoe a sociedade civilLuís Covas Lima Bancário

Como vai senhor Contente?Como passa senhor Feliz?Diga à gente, diga à gente, Como vai este país.

Esta letra, que continua tão atual, in-siste em perseguir-nos. Todos nos questionamos como vai este país e ansiamos saber como irá este país daqui a uns anos.

Dentro de um contexto interna-cional e europeu adverso, é chegado o momento. A mudança de comporta-mentos e de atitudes deverá conduzir à coesão nacional. A experiência po-

lítica é importante, mas não é fundamental nem tão pouco de-cisiva. Competência, abnegação e firmeza são atributos exigí-veis e essenciais para concretizações que se preveem tão difíceis. Simultaneamente, nunca uma oposição, que se deseja credível e responsável, foi tão importante. Desacatos não serão permitidos. A sociedade civil, de quem poucos falam, assume um papel pre-ponderante. A confiança adquire-se e conquista-se. Todos, sem exceção, são nucleares neste processo.

O primeiro passo foi dado com o consenso dos três maiores partidos, no compromisso com a troika. A transparência e cla-reza das opções deverão ser partilhadas com todos os agentes envolvidos e, principalmente, com o cidadão comum. Um bom plano de comunicação será inevitável. O aval a qualquer medida deverá ter por base o melhor para o país e não quaisquer interes-ses políticos e/ou partidários. É o país que importa. É o país que está em causa.

Fala-se agora, mais do que nunca, em poupanças e conten-ção. A seriedade e o rigor são imprescindíveis para incutir a con-fiança nos parceiros da UE. Bons exemplos para a nossa reflexão são os projetos de privatizações, entretanto, anunciados. Antes de qualquer concretização, há que avaliar corretamente a saúde das empresas, executar a sua reestruturação e, posteriormente, caso não haja qualquer inflexão, perspetivar então a sua priva-

tização. Importa ainda perceber que o Estado não poderá ficar “fa-lido”. Privatizar em demasia tem os seus riscos.

Uma nova abordagem, um Governo com apenas 11 minis-térios, alguns deles superminis-térios (Ministério da Economia e do Emprego e Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território). Será necessária a adaptação das estruturas ministeriais e a exigên-cia política será maior. Também aqui os secretários de Estado te-rão um papel determinante. São precisas sinergias pela transversa-

lidade de competências e atuações. É tempo de promover o mérito e despromover o demérito.

Eficiência e eficácia não são a mesma coisa. Segregar os ati-vos entre saudáveis e tóxicos. Classificar convenientemente os

passivos. Do cruzamento do impacto com a urgência resulta a prioridade. É isso. Passou a ser decisivo definir prioridades, não obstante o “cumprir”, “crescer” e “competir” que nos é agora, mais do que nunca, imposto.

Coragem,faça-se justiça!Marcos Aguiar Psicólogo

Antes de mais, uma declara-ção de princípios – votei José Sócrates! Aprecio-o, principal-mente pela sua tenacidade e combatividade, patente em vá-rias das reformas que teve o ar-rojo de implementar enquanto primeiro-ministro, agitando in-teresses há muito instalados no nosso país. No entanto, como

todos os outros que o precederam, a coragem não lhe chegou para menear a “vaca sagrada” nacional – o Poder Judicial.

Justiça, grosso modo, é o princípio que deveria garantir a igualdade entre todos os cidadãos. Ora, em Portugal, sabe-se, o sistema judicial não dá garantias do cumprimento deste prin-cípio básico do Estado de Direito. A impunidade e a corrupção grassam. Os processos arrastam-se e/ou prescrevem. O segredo de justiça é tão silenciosos como um chocalho. A separação de poderes soberanos é demasiadas vezes ténue. Os juízes dão bi-taites na TV e até têm um sindicato com soltura verbal. Criou-se uma classe de inimputáveis serventes da justiça que, perversa-mente, acabou por se servir dessa mesma inimputabilidade es-

quecendo o seu propósito original – fazer justiça. Foi este o grémio que, recorrentemente, fez Sócrates provar do veneno da sua inércia (e como ele o provou…), o mesmo grémio que Paula Teixeira da Cruz, a nova ministra da Justiça, encontrou agora – imutável, cor-porativo e perro.

Acredito que uma reforma profunda do sistema judicial, por si só, garantiria a resolução da maior parte dos problemas do nosso país. Mais do que cumprir a receita do FMI, que nada assegura a longo prazo, e/ou optar por um modelo de governação, mais centro/es-querda ou centro/direita, “melhor justiça” deveria ser o desígnio na-cional. Porque sem justiça eficaz não há confiança, que é a base das relações entre as pessoas, as insti-

tuições e os próprios estados. Porque da justiça dependem o fun-cionamento sadio das finanças nacionais e uma economia sólida em que os mercados mundiais possam confiar. Mas principal-mente porque do sentimento de justiça, necessidade intrínseca à condição humana, depende a paz social imprescindível à consoli-dação dos direitos, liberdades e garantias que nós cidadãos temos o direito e o dever de exigir.

É este o grande desafio à capacidade e vontade da ministra Paula Teixeira da Cruz, que a pode colocar na história do nosso país num patamar bem acima de todos os medrosos governan-tes que a precederam.

Coragem, faça-se justiça!

A questão é tão grave e chegou a tal ponto que Bento XVI (o qual não é, propriamente, um progressista) en-tendeu vituperar “os excessos demoníacos do capita-lismo selvagem”. A ambiguidade consiste em que o

capitalismo não é “selvagem” ou “civilizado”; é, sim-plesmente, capitalismo, com múltiplas e sinistras máscaras. Baptista-Bastos, “Diário de Notícias”, 13 de junho de 2011

A certa altura, Almeida Garrett disse que Portugal é um país pequeno e que a gente que nele vive também não é grande; Saramago acrescentou que, de facto, fisicamente Portugal é um país pequeno, se bem que o que verdadeiramente interessa não é o tamanho do país mas a dimensão espiritual e mental dos seus habitantes.

O aval a qualquer medida deverá ter por base o melhor para o país e não quaisquer interesses políticos e/ou partidários. É o país que importa.É o país que está em causa.

Mas principalmente porque do sentimento de justiça, necessidade intrínseca à condição humana, depende a paz social imprescindível à consolidação dos direitos, liberdades e garantias que nós cidadãos temos o direito e o dever de exigir.

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Em Ferreira do Alentejo e Beja existem duas das três maiores produções nacionais de NOZES. Dois investimentos que om-

breiam em qualidade e quantidade com as produções transmonta-nas. Trata-se de mais um exemplo de sucesso do empreendedorismo que alguns empresários alentejanos teimam em prosseguir. PB

Joaquim Manuel Nazareth é, não apenas, um dos mais conceitua-dos demógrafos portugueses, como também um dos mais reser-

vados. Pelo que a presente entrevista ao “DA” acaba por ser duplamente valiosa. Apesar do alerta que fica no ar: o MODELO DE DESENVOLVI-MENTO que os políticos traçaram para o Alentejo não serve! PB

José Moedas; Carlos Moedas

Maria Patrocínia Gomes Beja

José Moedas, jornalista do “Diário do Alentejo”, partiu há 17 anos. No entanto, é frequentemente recordado com saudade por muitos cidadãos desta cidade. Era um homem íntegro, honesto, respeitador de todo o ser humano e respeitado nos seus ideais por todos; discreto na forma de estar com facili-dade fazia amigos dada a sua forte sensibilidade e dimensão humana. Era homem de ideais e, por isso, ficou preso à sua cidade. Teria, certamente, tido uma intervenção mais abran-gente se na sua juventude tivesse ingressado num jornal da ca-pital. É ainda recordado por jornalistas de jornais nacionais.

A verdade é que os leitores do “Diário do Alentejo” se deli-ciavam com a sua escrita. As crónicas do “Vento Suão” eram o melhor momento da leitura do jornal. Liam-se, muitas vezes, em primeiro lugar. Outras vezes, guardavam-se para aquele tempo em que havia mais tempo (um tempo especial) para fruir a escrita do José Moedas.

José Moedas escrevia o que era. As suas crónicas revela-vam o homem sensível e, por isso, gostávamos de as ler em momentos especiais para que ninguém visse uma lágrima ao canto do olho. Adorava uma boa piada e, por isso, escre-via coisas sérias com muita graça. Lembro-me da crónica “Quatro soutiens usados vão à praça pública…” ou “Discursos Trocados”. Moedas era irónico, sabia, como ninguém, usar a ironia para escrever aquilo que o lápis azul da censura pode-ria riscar. O que se conseguia ler nas entrelinhas…. E a habili-dade com que usava os parênteses.

É na sua poesia (pouco divulgada) que se sente o homem sonhador, apaixonado pela liberdade, desiludido muitas vezes pela vida, carregado de esperança outras vezes.

Carlos Moedas é um jovem com um elevado grau de in-teligência, uma enorme capacidade de trabalho; homem ín-tegro, honesto, respeitador de todo o ser humano e respeitado por todos; discreto na forma de estar, com facilidade faz ami-gos dada a sua forte sensibilidade e dimensão humana.

Carlos Moedas, com uma carreira profissional de proje-ção internacional, aceitou, num tempo muito difícil, dar o seu contributo na procura de uma solução para a viabilidade do seu, nosso país.

Quem é José Elias que ousa usar o nome Moedas e re-mexer na memória de José Moedas para lhe ofender o filho Carlos Moedas?

Recordando Amália

Mário Elias Mértola

Conheci pessoalmente Amália Rodrigues na companhia do cineasta Leitão de Barros, que estou revendo quando uma exposição de artes plásticas no Jardim da Estrela, promovida naquela altura pela Câmara Municipal de Lisboa, certame coletivo onde os meus trabalhos esta-vam também representados.

Recordo a grande fadista com acentuada saudade, sobretudo pelo seu amistoso convívio no jantar que Leitão de Barros nos ofereceu gentilmente.

Tenho também patente na memória o seu generoso gesto quando ofereci uma caricatura da sua pessoa por mim elaborada. Com efeito, foi inexcedível como res-pondeu ao meu gesto espontâneo de amizade e carinho, que ficará sempre gravado no meu ser que jamais esque-cerei (...)

Cartas ao diretor

Ser bem comportado é, no momento em que a Europa se desfaz, ser cúmplice de uma catástrofe anunciada”. Tomás Vasques, jornal “I”, 11 de junho de 2011

Inauguração da luz elétrica, em Beja

A 22 de novembro de 1925 realizam-se eleições para o “poder local”, as últimas da Primeira República. Em Beja ganha a lista promovida pelo Partido

Republicano da Esquerda Democrática, onde se integram aderentes do Partido Republicano Nacionalista. Em janeiro de 1926, na primeira reunião de eleitos, e após eleição, o dr. Ciriaco Pereira, advogado, assume o cargo de presidente do Senado, tendo como vice-presidente Francisco da Costa Rosa, proprietário, e Ezequiel do Soveral Rodrigues, pro-prietário, líder do Partido da Esquerda Democrática, surge como presidente da Comissão Executiva da Câmara, sendo acompanhado por António Romão Figueira de Freitas (se-cretário), comerciante; Faustino Pinto Salgueiro (vogal), escriturário dos caminhos de ferro; José Joaquim de Matos (vogal), industrial; António Joaquim Pato (vogal), proprie-tário; Joaquim de Jesus Oliveira Jacinto (vogal), proprietá-rio e; Sebastião de Jesus Palma (vogal), comerciante.

A 13 de julho de 1926, por decreto da ditadura militar instituída a partir do golpe militar de 28 de maio de 1926, são dissolvidas as câmaras municipais.

É, portanto, neste quadro político que, a 18 de julho de 1926, a luz elétrica é inaugurada em Beja. Pelas 23 horas, deste dia, a luz chega a toda a cidade – espaços públicos e casas de habitação – e a banda da Sociedade Capricho sai à rua, acompanhada de muito povo, dando vazão à sua ale-gria. Os poderes públicos são mais comedidos. É preciso não esquecer que estamos em ditadura e que acaba de ser anunciado a dissolução das câmaras municipais.

Sobre este memorável acontecimento oiçamos o sema-nário “Ala Esquerda”, órgão do Partido Republicano da Esquerda Democrática, de 22 de julho de 1926: “Nestas três noites os estabelecimentos comerciais fizeram as suas vis-tosas exposições. “O Centro da Moda” do sr. Albuquerque estava um encanto, a “Sapataria Frazão” deslumbrava pela profusão da luz. “A casa Rocha e Rocha”, de artigos elé-tricos, estava muito vistosa, e o “Bazar Bejense” atraía a atenção de todos. As montras dos “grandes Armazéns do Chiado” impunham-se à admiração de quem passava na praça da República, bem como a “Livraria Académica”.

Assim, pela ação do município bejense, governado pela esquerda democrática e liderado por Ezequiel do Soveral Rodrigues, um mais dinâmicos presidentes de câmara que a cidade teve, a capital do Baixo Alentejo entrava, a meio dos anos 30 do século passado, na era da modernidade.

Constantino Piçarra

Há 50 anosO MNF– feminino mas não feminista

Alguns títulos da primeira página do “Diário do Alentejo” de 15 de julho de 1961: “A ‘Capricho’ foi agraciada pelo S. N. I. com

uma medalha de prata”; “Crianças aljustrelenses na Colónia Balnear de Vila Nova de Milfontes”; Acordo Colectivo de Trabalho para os mineiros da Mina de S. Domingos”.

Havia nesse sábado outras novidades da terra. Por exemplo, de Cuba: “Foi recebida com júbilo pela população local, especialmente pela classe rural, que constitui uma maioria da população, a notícia segundo a qual, por despacho de 27 de Junho findo, do sr. subsecretário de Estado das Obras Públicas, fora concedida a comparticipa-ção de 200 contos para a obra ‘Construção da sede da Casa do Povo de Cuba’, melhoramento que se aguarda com muito interesse, dadas as precárias condições do actual edifício (...)”.

Uma informação desportiva revelava que pros-seguiam “os trabalhos para a recepção a prestar à caravana da Volta a Portugal em Bicicleta”, que chegaria a Beja a 5 de agosto. Tinha sido cons-tituída uma “Comissão Executiva de recepção”, para tratar do alojamento e da angariação de prémios. Da comissão faziam parte, entre ou-tras figuras ligadas ao desporto bejense, M. de Melo Garrido (“representante da Federação Portuguesa de Ciclismo e do jornal ‘A Bola’”), o dr. Covas Lima (representante da Associação de Futebol de Beja), e José António Moedas (pelo “Diário do Alentejo”).

Nessa semana havia em diferentes edições do jornal comunicados anunciando a criação do Movimento Nacional Feminino. Num deles, lia-se: “O Movimento Nacional Feminino – fe-minino mas não feminista – (em organização) é um grito de alerta que algumas mulheres portu-guesas lançam a todas as Mulheres portuguesas, é uma chamada premente a todas aquelas que, nesta hora difícil da vida nacional, se sentem ca-pazes de viver o ideal da unidade e da integri-dade da Pátria, sacrificando-lhe as comodidades e os interesses materiais, as opiniões próprias, as simpatias e as antipatias ocasionais, as peque-nas divergências sem importância – e mesmo, se necessário for, as insatisfações legítimas e os mais justos anseios de perfeição”. Assinado por seis senhoras da comissão distrital do MNF em Beja, com sede na rua do Sembrano, 19, o comu-nicado afirmava que “a nossa Pátria está a ser fe-rozmente atacada por inimigos implacáveis que utilizam todos os meios – desde a calúnia inter-nacional até à destruição sistemática e à chacina colectiva”. Perante o que “as Mulheres portugue-sas não podem ficar inactivas e indiferentes” (...)

Carlos Lopes Pereira

Efeméride18 de julho de 1926

Praça da República, Beja, anos 30 do século XX

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Perfil

Rute Reimão tem 39 anos, nasceu em Luanda, mas aos dois anos a família trouxe-a

para a zona da grande Lisboa, para o Estoril. Desde pequena, quando lhe perguntavam o que queria ser quando fosse grande respondia sempre o mesmo: ser pintora, fa-zer desenhos, trabalhar com as co-res e as texturas. E é isso que faz. Começou como designer, pagina-dora em jornais, artista gráfica, ilustradora. É agora ilustradora de livros para crianças. Usa uma téc-nica mista, feita de colagens com pa-péis antigos, cheios de história, teci-dos, lã, botões já amarelecidos pelos anos. E umas das imagens mais an-tigas e fortes que guarda são as ofer-tas de “guaches Cisne” que a mãe lhe fazia de vez em quando, nos tem-pos de criança. Depois seguiu artes na António Arroio – “A escola mais marcante onde podia ter andado” – e design no IADE.

Rute vive desde o início do mi-lénio em Avis. Com o companheiro deixou a grande cidade para trás, as agências de publicidade, os jornais (especialmente o “Semanário” e “A Capital”, onde trabalhou), as exposi-ções e rumou ao Alentejo. Primeiro pensaram fixar-se em Serpa, terra do cartoonista Luís Afonso, de quem são amigos. Mas um dia viram num jornal o anúncio da venda de uma casa em Avis. Telefonaram ao atual secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, de quem tam-bém são amigos há anos, e que na

altura vivia naquela vila alentejana. Pediram-lhe, a ele e à mulher, que fossem ver a casa. Descreveram-na como “uma casa de bonecas, que su-bia e descia”. Apaixonaram-se pela casa e transformaram Avis num novo porto de abrigo. Consigo trou-xeram uma empresa de artes gráfi-cas e de conteúdos, que lhes propor-cionou trabalho e projetos.

Um dos motivos da mudança foi para Rute Reimão a possibilidade “de desenhar e de pintar”. Começou a ter mais tempo e dedicou-se à ilus-tração de livros infantis. Hoje é uma ilustradora reconhecida, com 11 li-vros publicados, várias exposições já realizadas e outras em preparação.

O gosto pela ilustração come-çou nos jornais. No “Semanário” ilustrava as crónicas do jornalista Torcato Sepúlveda. Na “Capital” também as do jornalista João Mesquita. Por essa altura também começou a definir uma persona-gem, a “Carlota”, de que foram edi-tados quatro pequenos livros. Mas o seu traço ainda não tinha a consis-tência que tem hoje.

“Sinto que a minha ilustração ganhou consistência. Não sei se foi pelo Alentejo, talvez tenha ganho pela maturidade, porque tu vais-te encontrando. A minha ilustração mudou também pelo nascimento do Manel. Mudou também pela idade”, diz Rute Reimão, com o fi-lho ao lado, o Manel, que já nasceu em Avis.

Mas se saiu da “cidade grande”

Rute Reimão, coordenadora da página infantil do “DA”, expõe em Lisboa

“Apaixonei-mepor uma casa de bonecas”

Foi inaugurada há uma semana, em Lisboa, na Fábrica

do Braço de Prata, a exposição de ilustrações “Traços de

Ternura”, de Rute Reimão, artista que reside há uma década

em Avis. Colaboradora do “Diário do Alentejo” e ilustradora

de mais de uma dezena de livros infantis, depois desta ex-

posição que pode ser vista até 27 de agosto, prepara uma

outra para setembro, em Vila Franca de Xira, dedicada à

“Paisagem que eu habito”.

Texto Carlos Júlio

Elias, o sem abrigo

Todos os dias, exceto ao domingo, o “Jornal de Notícias” publica o cartoon “Elias, o sem abrigo”, da autoria de Rute Reimão e de Aníbal Fernandes. O

personagem nasceu “há uns 10 anos e destinava-se a co-mentar a atualidade num jornal económico. O projeto não foi para a frente e em 2004, já estávamos em Avis, decidi-mos publicá-lo, diariamente, na Internet. Criámos mesmo uma página e foi quando do ‘JN’ nos propuseram a publi-cação”, diz Aníbal Fernandes.

Desde aí nunca mais parou. E todos os dias segue, via mail, desde Avis para o Porto, este Elias, nascido do traço de Rute Reimão nas viagens entre Lisboa e o Estoril, “implacável” comentador da atualidade, sempre cheio de muita ironia, na perspetiva dos “sem abrigo” em que (quase) todos nos estamos a tornar.

CJ

farta da “confusão”, hoje sente, por vezes, falta do contacto com outras realidades. “O tempo aqui pesa. Às vezes tenho vontade de voltar, não para a confusão, mas de regres-sar às minhas raízes. E o ideal se-ria estar no Estoril e poder man-ter aqui aquela casa de bonecas, que subia e descia e pela qual nos apaixonámos”.

Em Avis, Rute teve “a sorte” de encontrar os materiais de que preci-sava: “Os papéis antigos com histó-ria”, que dão densidade aos seus tra-balhos. “Encontrei um senhor que tinha o espólio de uma mexicana que veio para Portugal no início do sé-culo XX. Essa mexicana, de famílias abastadas, veio com o pai fazer uma viagem pelo mundo. O pai adoece e morre em Lisboa, ela está quase a re-gressar ao México quando casa com o advogado que trata da herança. Ele tem raízes no Alentejo e ela vem vi-ver para aqui, mas entretanto sepa-ram-se e, mais tarde, já velha, quem toma conta dela é este tal senhor, que acabou por herdar muitas das coisas. Ficaram muitos documentos, desde os relativos ao divórcio, cartas de amor, passaportes e são esses papéis que eu estou a usar”, diz, reforçando a ideia: “Se olhares para as ilustra-ções verás pedacinhos desses docu-mentos, dessas cartas. Mas há coisas que eu não consigo recortar de tão fortes que são”.

Os projetos para o futuro são muitos. Um deles é antigo, mas tem sido adiado. “Quero dedicar-me mais à pintura e menos à ilustração. Mas para isso é preciso mais matu-ridade. Mas sinto que me começo a despegar desta fase da ilustração e a entrar numa fase diferente, de pin-tura, que acho que vai ser o meu ca-minho. Vai ser uma pintura tam-bém muito despojada, que vai em busca da paz através da cor e da sim-plicidade. Mas ainda é um caminho que começo a percorrer”, diz.

“Mas que projeto é esse, já an-tigo, que trazes contigo?”, per-gunto. “Talvez esse projeto tenha sido o ponto chave que me trouxe de Cascais para Avis e que é fazer 10 te-las dedicadas a escritores portugue-ses. Dos clássicos aos contemporâ-neos. É um projeto ambicioso que continua à espera. À espera de uma maior maturidade”, responde Rute Reimão, as mãos trémulas, sensíveis, como se acariciasse a textura de um dos trabalhos que naquela mesma tarde iriam seguir para Lisboa para serem expostos. E até 27 de agosto estabelecerem “Traços de Ternura” com quem visitar a Fábrica do Braço de Prata.

Ternura – As ilustrações originais dos livros Histórias do Barco da Velha, Alfabeto Trapalhão e Os Segredos dos Dragões, os três mais recentes livros infantis que Rute Reimão ilustrou, vão ficar patentes ao público, na Fábrica do Braço de Prata, em Lisboa, até 27 de agosto. No mesmo espaço, e durante o mesmo período, podem ainda ser visitadas duas outras exposições: “Fabrick P 01”, uma mostra colectiva de arte urbana; e “Resultado Final”, uma colectiva de fotografia, fruto de um curso promovido pela Kamera Photo.

DR

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Entrevista

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Paolo Pinamonti mantém-se, profissional e afetivamente, ligado ao Baixo Alentejo

Um veneziano rendidoàs terras sem sombra

Nascido em Veneza, Paolo Pinamonti, musicólogo e

programador cultural de renome, já quase leva mais

tempo de atividade na Península Ibérica do que no

seu país natal, Itália. Depois de seis anos à frente do

Teatro Nacional de São Carlos, de onde saiu mago-

ado com a então tutela da Cultura, Pinamonti regres-

sou recentemente à programação em Portugal, pelas

mãos da Diocese de Beja, que o convidou para diretor

artístico do Terras sem Sombra – Festival de Música

Sacra do Baixo Alentejo, cuja sétima edição terminou

no domingo, 9, registando uma surpreendente res-

posta das comunidades locais. Uma proposta que

aceitou sem hesitar mal se seu conta do caráter iti-

nerante do projeto e da sua forte inspiração patrimo-

nial. Será, como se soube há dias, o próximo diretor

do Teatro Nacional de la Zarzuela, o segundo teatro lí-

rico de Madrid, mas mantém as suas responsabilida-

des no Terras sem Sombra. Não apenas por mero vín-

culo contratual, mas sobretudo pelo “afeto” com que

foi acolhido nesta sua “aventura alentejana”.

❝Eu também estava convencido, e este festival foi uma confirmação

disso, de que o público quer qualidade, espetáculos de qualidade.

Então, quando o público percebe que há, por parte dos artistas,

empenho e seriedade nas propostas, sente curiosidade também

pelas propostas mais arrojadas.

Dirigiu durante seis anos, entre 2001 e 2007,

o Teatro Nacional de São Carlos. Com a dire-

ção artística do Festival Terras sem Sombra

regressou à programação em Portugal.

Como se deu esse encontro?

São as coisas curiosas da vida. Eu tinha aca-bado o meu contrato de colaboração com o Festival Mozart, na Corunha, Galiza. Era junho de 2010, voltei para Lisboa e recebi um telefonema de um amigo comum en-tre mim e o professor José António Falcão, Alexandre Delgado, que me disse que seria possível que José António Falcão me ligasse porque queria falar do seu festival, do seu projeto. E assim foi. No dia seguinte ligou, encontrámo-nos em Lisboa, discutimos o projeto, pareceu-me um projeto muito in-teressante e aceitei. Pareceu-me que, em termos de desafio profissional, era uma coisa interessante, independentemente do facto de ser um festival com meios reduzi-dos perante aquilo que poderia ser um te-atro ou um festival como o da Galiza. Mas, apesar destas dificuldades económicas, ha-via por outro lado uma qualidade muito estimulante.

O que é que mais o desafiou nesta

proposta?

Antes de mais, eu apreciei a ideia de um fes-tival itinerante, ou seja, um festival ligado a um território e não só a uma cidade. Um festival onde as várias realidades desta re-gião davam o seu contributo. Depois, gos-tei também da ideia de juntar o patrimó-nio, em senso mais amplo, ou seja, a defesa do património arquitetónico que a Diocese de Beja está a desenvolver com uma grande qualidade de trabalho – em agosto, eu visi-tei os lugares onde depois viriam a decor-rer os concertos, e achei um trabalho meri-tório, de enorme qualidade – à música, ao património imaterial, e também à defesa da natureza, da biodiversidade, uma ideia que está a ter uma grande recetividade junto dos artistas. E assim, porque juntava estas três coisas, eu aceitei esta colaboração.

Estava ciente deste desafio que é progra-

mar para um público que, à partida, não es-

tará muito familiarizado com a música dita

erudita, neste caso a música sacra?

Sim. Também havia esse problema. Mas eu também estava convencido, e este festival foi uma confirmação disso, de que o público quer qualidade, espetáculos de qualidade. Então, quando o público percebe que há, por parte dos artistas, empenho e seriedade

Paolo Pinamonti acaba de ser nomeado pelo governo

espanhol diretor do Teatro Nacional de La Zarzuela,

o segundo teatro lírico de Madrid. O programador foi

selecionado em concurso público, a que se candidataram

27 profissionais de todo o mundo, mas mantém a gestão

artística do Festival Terras sem Sombra por mais dois

anos, tal como está estabelecido em contrato. No teatro

madrileno, em atividade ininterrupta desde 1856,

assume o desafio de abrir uma casa de “fortes tradições

folclóricas à modernidade na qual nós vivemos”.

Pinamontino Teatro

de LaZarzuela

Entrevista de Carla Ferreira Fotos José Ferrolho

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2011Musicólogo

e programador cultural

Nascido em Itália, em 1958, Paolo Pinamonti é licenciado em Filosofia e doutorado em Piano, sendo desde 1992 professor de Musicologia na Universidade Foscari, da sua cidade natal, Veneza. Como inves-

tigador, centrou-se, entre outras questões, na vida teatral veneziana do sé-culo XIX (Rossini, Meyerbeer, Bellini e Donizetti), e na teoria da história da música do século XX (Malipiero, Casella, Nono, Maderna). Paralelamente, vem desenvolvendo trabalho no domínio da organização artística, nomea-damente como secretário artístico do Festival de Música Contemporânea da Bienal de Veneza e como diretor artístico do Teatro la Fenice de Veneza. Em Portugal, tem uma passagem marcante pelo Teatro Nacional de São Carlos, entre 2001 e 2007, tendo sido reconhecido pela Presidência da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em 2006. Quando recebeu o convite para assumir a direção artística do Festival Terras sem Sombra, em 2010, acabava de terminar o seu contrato de colaboração com o Festival Mozart, na Corunha, Espanha, onde se encontrava desde 2007.

Carla Ferreira

nas propostas, sente curiosidade também pelas propostas mais arrojadas. Por exem-plo, quando realizámos, em Castro Verde, a estreia de uma peça de Morton Feldman, muito particular e muito difícil aparente-mente, houve um êxito sem palavras, um si-lêncio total e a Basílica Real cheia. Foi uma grande satisfação. Como também a execução de “Visions de l’Amen”, de Olivier Messiaen, em Vila de Frades. A igreja de São Cucufate estava cheia, cheia. A maior parte do público nunca tinha ouvido falar de Messiaen e, con-tudo, foi um êxito espetacular, com o público em pé, a aplaudir os pianistas.

Estava à espera desta resposta?

Não. Esta foi a maior satisfação de todas: a grande resposta da comunidade. Não pen-sei que pudesse ser assim tão calorosa. A resposta do público superou tudo o que eu pudesse imaginar, porque ver as igre-jas onde fizemos concertos, desde Santiago do Cacém a Almodôvar, Grândola, Castro Verde e Vila de Frades, sempre, sempre cheias, foi uma grande satisfação. Estou muito, muito satisfeito.

Tinha uma relação anterior com esta região

– conhecia a sua cultura, as suas manifesta-

ções musicais?

Conhecia muito pouco. Conhecia mais o Alto Alentejo, a zona de Évora, Monsaraz, não o Baixo Alentejo. E fiquei encantado com a beleza desta região, da natureza, a relação entre o Homem e a natureza, que é uma relação de grande equilíbrio, so-bretudo na primavera. Na primavera, esta terra é de uma beleza absoluta. Já conhecia a grande tradição do cante alentejano, do canto popular, e também alguma expressão ligada à guitarra popular nesta zona, a viola campaniça. Conhecia estas manifestações e quando, por exemplo, o Coro de Verona foi convidado a Castro Verde para o concerto de 30 de abril, foi muito simpático porque as boas-vindas foram dadas por um coro de cantadores alentejanos.

Há uma proposta de candidatar o cante

alentejano a Património Cultural Imaterial

da Unesco. Como musicólogo, parece-lhe

viável este projeto?

Sou musicólogo, professor na Universidade de Veneza, mas não sou um investigador no âmbito da etnomusicologia, ou seja, o fol-clore musical e a etnomusicologia são seto-res que eu não conheço aprofundadamente. No entanto, penso que sim. Desde sempre que conheço esta tradição do canto polifó-nico popular ligado ao trabalho do campo, que me parece muito parecido a outras tra-dições, que por exemplo existem também em Itália, como o canto das mulheres que trabalham nos campos de arroz. Há uma grande tradição de canto popular ligado ao trabalho. Mas, como digo, eu não tenho esta competência específica no meu percurso de estudo. Eu interesso-me por história da ópera, história da música contemporânea.

Saiu do Teatro Nacional de São Carlos,

em 2007, dizendo-se “amargurado”.

Concretamente, a que se deveu o seu

afastamento?

Pela minha parte, havia uma forte oposi-ção a um projeto legislativo de reorgani-zação do Teatro e da Companhia Nacional de Bailado, que eu via como um enfraque-cimento das possibilidades de cada um de-les. Sobretudo, eu via neste projeto uma si-tuação pela qual, no final, aumentariam os custos em vez de termos maiores benefícios. De facto, foi esta a realidade com que acabá-mos por deparar-nos. Este projeto inviabi-lizou os aspetos positivos do Teatro. Eu saí porque, justamente, o poder político quis avançar com o seu projeto e eu não concor-dava com ele. Então, era inevitável.

Entretanto, volvidos estes quatro anos, foi

há dias nomeado pelo governo espanhol

diretor do Teatro Nacional de La Zarzuela,

em Madrid, concorrendo com 27 profissio-

nais de todo o mundo. É, de certa forma,

uma bofetada de luva branca a quem, na al-

tura, tutelava a Cultura em Portugal?

Não. Não o ligo a nada do que se passou. A nossa

vida profissional é assim, temos que seguir, é outro ciclo. Para mim, é uma grande satisfação esta nova nomeação em Espanha. É um grande teatro, é o segundo teatro lírico de Madrid, é um teatro com uma enorme tradição, porque desde 1856 que, ininterruptamente, continua a fun-cionar. É o mais antigo teatro lírico de Espanha com uma atividade continuada. O Teatro Real é ligeiramente mais antigo, foi fundado em 1850, mas de facto, entre 1920 e 1997, ficou parado. É para mim uma grande honra, um grande desa-fio, este novo percurso profissional.

Qual lhe parece ser o maior desafio nesta

nova etapa?

Neste projeto, para mim o maior desafio é conseguir renovar e ampliar o rico patri-mónio lírico espanhol – porque o Teatro de La Zarzuela está ligado a este património – conseguindo pô-lo em relação com as novas forças vivas do teatro de palavra espanhol. Ou seja, conseguir abrir este teatro de for-tes tradições folclóricas também à moderni-dade na qual nós vivemos.

No entanto, mantém a direção do Festival

Terras sem Sombra. É apenas um compro-

misso que quis honrar ou há algo mais pro-

fundo que o liga a este projeto?

Eu não quero abandoná-lo por várias ra-zões. Uma delas são os laços de amizade que se criaram com toda a equipa que colabora com este festival. Em segundo lugar, pelos sentimentos de apoio, de afeto, de amizade que encontrei aqui no Alentejo. Em todas as localidades onde estive senti um empenho por parte das várias câmaras municipais, das populações… Vi que havia um envolvi-mento e isso levou-me a criar laços de afeti-vidade. Porque a vida é feita também destas coisas. Vou assim manter-me por mais dois anos, que é o que está no contrato.

O seu percurso profissional tem sido feito,

nos últimos anos, entre Portugal e Espanha.

É um italiano rendido à Península Ibérica?

Sem dúvida que, profissionalmente, tenho mais anos na Península Ibérica do que os que passei em Itália. Em Itália, trabalhei qua-tro anos no Teatro la Fenice, de Veneza, e seis anos na Bienal de Veneza. Aqui, levo seis anos no São Carlos, em Lisboa, quatro na Galiza, e prevê-se que mais cinco em Madrid. Claro que se aceitei todos estes trabalhos, e se partici-pei neste concurso, é porque gosto também da qualidade de vida que aqui se leva.

E do Alentejo, o que lhe fica depois desta

primeira edição como diretor artístico do

Festival Terras sem Sombra?

São muitas coisas. As pessoas, essencialmente. A generosidade das pessoas, o cheiro da pri-mavera, as cores, lindíssimas, o calor, do qual eu gosto muito. E que é um calor também do afeto das pessoas que eu encontrei nesta mi-nha aventura alentejana ao longo destes qua-tro meses. Como lhe disse, a curiosidade e o entusiasmo com os quais as pessoas participa-ram foi o que mais me encantou.

Quando realizámos,em Castro Verde,a estreia de uma peçade Morton Feldman,muito particular e muito difícil aparentemente, houve um êxitosem palavras,um silêncio totale a Basílica Real cheia.Foi uma grande satisfação. Como também a execução de “Visions de l’Amen”,de Olivier Messiaen,em Vila de Frades.A igreja de São Cucufate estava cheia, cheia.

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A PSP de Beja deteve na terça --feira quatro indivíduos de nacio-nalidade romena, dois do sexo masculino e dois do feminino, por suspeita de furto no interior de um estabelecimento comercial.

Após terem sido detetados, três dos indivíduos fugiram, tendo o quarto elemento fi-

cado retido no interior do estabe-lecimento até à chegada da PSP. Os suspeitos em fuga foram entretanto apanhados pela Polícia, que apreen-deu, para além do produto do fruto no estabelecimento comercial, di-verso material, “no valor total de três mil euros”. Ainda de acordo com o Comando Distrital de Beja da PSP,

os dois suspeitos do sexo masculino “possuem ilícitos criminais”, tendo sido já alvo de várias detenções “do sul ao centro” do País, ao longo “de alguns anos”. Trata-se de um “grupo organizado”, adianta a PSP. Os qua-tro suspeitos foram presentes a tribu-nal ao fim da manhã de quarta-feira.

Tráfico de armas, falsificação de do-

cumentos e contrafação Entretanto mais quatro pessoas foram deti-das na terça-feira pela GNR, em di-versos locais de cinco distritos do País, por suspeita de tráfico de ar-mas, falsificação de documentos e contrafação, anunciou aquela força de segurança. A operação, que foi desenvolvida pelo Núcleo de

Investigação Criminal de Grândola da GNR, contou com a colabora-ção de militares da guarda e ele-mentos da PSP de Setúbal, Guarda, Évora, Beja e Porto. Além das de-tenções, foram apreendidas 10 es-pingardas caçadeiras, dois revólve-res, duas pistolas, várias munições, centenas de CD, oito computado-res com drives para gravar em sé-rie e documentos relativos à emis-são de cartas de condução. Na sua página na Internet, a GNR explica que a operação foi realizada em di-versos locais dos cinco distritos e envolveu buscas domiciliárias. Os quatro suspeitos foram presentes a tribunal para aplicação de eventu-ais medidas de coação.

PSP detem ladrões de supermercado

Casos de polícia em Beja

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Região

A Câmara Municipal de Vidigueira está a promover o programa “Toca a Mexer” com

o objetivo de criar hábitos de prática desportiva regular organizada. O programa de

promoção da atividade desportiva decorre no relvado das piscinas municipais, às

segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 18 e 30 horas, e destina-se aos funcionários e

colaboradores da autarquia e pais das crianças que frequentam o Programa Férias Jovens.

Alsud ensina gestão cinegéticaA Escola Profissional Alsud, em Mértola, vai promover um curso

profissional de Técnico de Gestão Cinegética. O curso apresenta “uma

forte ligação ao mundo rural e contempla disciplinas e módulos de

caráter muito prático como espécies de caça maior e menor, espécies

piscícolas, armas e cães de caça, cetraria, fotografia, técnicas de maneio

de habitat, maneio de espécies cinegéticas em cativeiro, entre outros

ligados à conservação dos recursos naturais, à agricultura e à floresta”.

Edifícios alentejanos premiadosA Casa do Médico de São Rafael, em Sines, foi premiada na categoria

“Conversão de Equipamento Social” no âmbito do prémio europeu de

arquitetura Philippe Rotthier. Da autoria do arquiteto José Baganha, a obra vai

integrar uma exposição no Museu de Arquitetura de Bruxelas. A Fábrica de

Cortiça Robinson, em Portalegre, de Eduardo Souto Moura e Graça Correia,

também foi premiada, entre 101 candidaturas entregues de 19 países.

Educação Ambiental de Odemira em workshop O Pólo de Educação Ambiental de Odemira promove na próxima

segunda-feira, dia 18, um workshop denominado “Prevenção e

reutilização de sólidos urbanos”. O workshop conta com a participação de

Fátima Teixeira, do Grupo de Estudos Ambientais da Escola Superior de

Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.

Vidigueira promove

“Toca a Mexer”

Fórum intercultural em Mértola No âmbito do II Festival da Juventude de Mértola, que decorre de 22 a 24, a Câmara Municipal de Mértola promove um fórum intercultural com jovens do concelho e de El Granado, em Espanha. O objetivo desta iniciativa é “promo-ver o diálogo, a partilha de experiências e o convívio entre os jovens, de ambos os lados da fronteira”. Para além dos concertos que te-rão lugar no cais do Guadiana, o fórum inclui atividades desportivas

radicais, uma visita à praia fluvial da Tapada Grande, na Mina de S. Domingos, um colóquio subordinado ao tema “Cultura e juventude – desafios para o século XXI” e uma visita aos núcleos museológicos do Museu de Mértola. Podem inscrever-se gratuitamente neste fó-rum jovens dos 18 aos 25 anos, até hoje, sexta-feira, 15, na divisão de Cultura, Desporto e Turismo da Câmara Municipal. A ficha de inscri-ção está disponível em www.cm-mertola.pt.

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Num momento em que o Ministério da Educação está a proceder à reava-liação do processo de encerramento das escolas básicas do 1.º ciclo (EB1) com menos de 21 alunos, o “Diário do Alentejo” foi saber o que é feito das EB1 que já não abriram em 2010/2011.

No final do ano letivo 2009/2010 mui-tas foram as escolas básicas do 1.º ciclo encerradas na região do Baixo

Alentejo por terem menos de 21 alunos, pa-râmetro encontrado pelo anterior governo para proceder ao reordenamento escolar. Os encerramentos atingiram, sobretudo, os estabelecimentos escolares em meio rural. Almodôvar (1), Castro Verde (1), Ferreira do Alentejo (1), Odemira (6), Ourique (2) e Santiago do Cacém (4) foram os concelhos afetados.

O concelho de Odemira foi o mais atingido com os encerramentos. Seis escolas básicas fecharam: Almograve, Bemparece, Castelão, Ribeira do Seissal, São Miguel e João das Ribeiras. O vereador da Câmara Municipal de Odemira com o pelouro da Educação, Hélder Guerreiro, afirma que “todas estão a ter utilização”, seja com o funcionamento de jardins de infância ou como sede de associa-ções. Quanto a novos encerramentos espera que haja “bom senso por parte da Direção Regional de Educação e do Ministério”. “Não havia condições em relação às distâncias e às condições das escolas de acolhimento, o que

se continua a verificar”.A EB1 de Gomes Aires, concelho de

Almodôvar, foi uma das que encerrou. Segundo a vereadora da autarquia com o pelouro da Educação, Maria Sílvia Batista, e apesar de ter sido encerrada, “a escola está a funcionar” devido às obras da escola de Santa Clara-a-Nova, albergando tempora-riamente os alunos em duas salas.

O concelho de Castro Verde também viu uma escola ser encerrada, na Sete, mas que continua a funcionar como jardim de in-fância. “As crianças do ensino básico foram transferidas para o Centro Escolar de Santa Bárbara de Padrões, sede de freguesia, mas na Sete continua a funcionar o ensino pré-primá-rio”. Quem o afirma é o vereador da autarquia de Castro Verde, Paulo Nascimento. “Quanto a novos encerramentos, nem a autarquia nem o agrupamento têm quaisquer indicações”.

Em Santiago do Cacém, as escolas da al-deia de Santo André e de Sonega estão sem qualquer funcionamento, com a de Foros do Locário a servir como sede de uma as-sociação de caçadores e pescadores e a de São Francisco da Serra como espaço cultu-ral para a população.

As escolas de Santa Luzia e de Aldeia de Palheiros, Ourique, foram cedidas, respeti-vamente, à junta de freguesia e a uma asso-ciação local para dinamização dos espaços. A escola de Aldeia de Ruins, em Ferreira do Alentejo, está sem qualquer utilização.

Marco Monteiro Cândido

Em 2010 fecharam 15 no Baixo Alentejo

Autarquias reconvertem

antigas escolas

Câmara da Vidigueira colabora com Instituto a Droga No âmbito do Programa de Respostas Integradas, a Câmara Municipal de Vidigueira assinou um com-promisso de colaboração com o Instituto da Droga e Toxicodependência e com parceiros lo-cais. O Programa de Respostas Integradas de Vidigueira é um projeto promovido conjunta-mente entre a câmara e o Instituto da Droga e da Toxicodependência – Centro de Respostas Integradas de Beja e que visa promover um conjunto de respostas interdisciplinares à pro-blemática da toxicodependência no concelho.

O Centro de Emprego de Sines mudou

para novas instalações, localizadas

na rua Marquês de Pombal, 49 –

R/C, mantendo os mesmos contactos

telefónicos e de correio eletrónico.

Novo Centro

de Emprego em Sines

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Desporto

Uma discussão tão acessória como a data de abertura das piscinas de Beja esconde o problema essencial que é o estado de parcial degradação do equipamento.

Texto e foto Firmino Paixão

A piscina de Beja, inaugurada no dia de Santa Maria do ano de 1966, andou nas bocas do mundo pelo atraso, já recor-

rente, com que franqueia as portas aos utentes. Numa cidade fortemente castigada pela caní-cula, deveria constituir-se num oásis aprazível, numa oferta de qualidade turística dirigida aos visitantes, servindo os interesses dos habitantes do concelho e dos vizinhos da região transfron-teiriça, como em tempos aconteceu.

Pouco depois das 10 da manhã atravessei o portal da Piscina Municipal de Beja. Não tenho memória da última vez que ali molhei o pé, mas passaram seguramente cerca de 30 anos. Paguei os dois euros e trinta cêntimos que me foram pedidos para aceder à zona de banhos e depois só uma boa bica atrasaria o tempo de mergu-lho nas águas límpidas que ondulavam ligeira-mente mesmo ali à frente dos meus olhos, mas o bar só abria às 11 horas.

A degradação de espaços Os balneários, ou-trora separados por sexo, hoje são comuns, ou seja, o espaço coletivo, porque uma vez lá den-tro há, naturalmente, lugar à necessária priva-cidade. Trata-se, apenas, da necessidade de res-tringir o acesso ao balneário masculino, tal o

estado de degradação em que o mesmo se en-contra. De resto, o pavimento é o mesmo de há 45 anos, mais sujo e degradado, antiguidade que se estende aos equipamentos sanitários.

A caminho do plano de água reparei em ne-cessidades de intervenção ao nível da cantaria, na reformulação do gradeamento, a atualiza-ção do mobiliário urbano, placas de cartão em vez de vidros de portas, enfim, mais grave, uma caixa elétrica aberta numa zona de crianças.

Melhorar a oferta turística Passar um dia na pis-cina de Beja era facilitado pela existência de um parque de merendas, um espaço com frondosas sombras, salpicado de mesas e bancos de pe-dra circulares. Está lá tudo, mas num estado de abandono gritante.

No piso superior da piscina, o seu cartão --de-visita, onde no passado existiram vários es-paços de apoio aos visitantes, está tudo encer-rado e em mau estado de conservação. O piso está sujo, o lixo e as teias de aranha acumu-lam-se aos cantos. A estrutura metálica onde funcionou o restaurante, que até foi um espaço bem-sucedido, é hoje um casão em ruínas com um impacto tão negativo que é surpreendente como não foi removido.

Mais surpreendente ainda é a preocupa-ção pública que se generalizou com os atrasos na abertura da piscina e ninguém investir uma só palavra na denúncia do estado de degrada-ção a que chegou um equipamento público com a função social que este tem.

Um dia destes a piscina terá mesmo que encerrar, por tempo indeterminado, para

recuperar as condições de dignidade e segu-rança que o equipamento merece.

Alguns aspetos positivos A piscina olímpica, o tanque de aprendizagem e a piscina infantil são os lugares de excelência no meio de tama-nho declínio. Há cerca de quatro anos foi cons-truída a nova piscina infantil, um tanque oval bem projetado mas, constatámos, mal execu-tado pelo empreiteiro responsável. Sucessivas infiltrações soltam o revestimento de azule-jos, o que revela má execução. Com o emprei-teiro fora de cena, foi o atual executivo que re-pôs este ano as deficiências. A intervenção de fundo em 2007 incidiu também nas caleiras do tanque principal e no sistema de circulação e filtragem de água, e aí são visíveis os benefí-cios para os utentes.

A divisão de responsabilidades No início de cada época balnear, quase coincidente com o fi-nal do ano escolar, tem sido frequente a troca de acusações entre o poder em exercício e as forças da oposição, sobre os atrasos na abertura da pis-cina de Beja. No passado argumentou-se com a realização de obras, no presente até a meteoro-logia já foi desculpa, mas a mais recorrente é “a culpa do executivo anterior”, o que começa a ser aberrante. Perante o estado de degradação de algumas (infelizmente muitas) áreas da piscina, que não é de hoje nem de ontem, é legítimo con-cluir que as responsabilidades são transversais a muitas gestões municipais, pelo menos a res-ponsabilidade política pelo estado a que o equi-pamento chegou.

Piscinas de Beja têm 45 anos

Querida piscina da minha alma...

Horário de funcionamentoTerça-feira a domingo en-tre as 9 e as 20 horasEncerra à segunda-feira

Tabela de preçosMaiores de 64 anos – 1,85 €Dos18 aos 54 anos – 2,30 €Dos 10 aos 17 anos – 1,85 €

ROTEIRO DAS PISCINAS NO DISTRITO DE BEJA

ALJUSTREL1 Piscina olímpica desco-berta com 50x21m1 Tanque de aprendiza-gem com 20,5x9,90m1 Chapinheiro com 2,50m/raio1 Piscina coberta com 20x10m

ALMODÔVAR1 Piscina descoberta com 25x16m1 Tanque de aprendizagem com 16x4m1 Piscina coberta com 20x12m

ALVITO1 Piscina descoberta com 24,9x 2.40 m1 Tanque de aprendiza-gem com 12,4x7,20 m1 Chapinheiro com 6,30x6,30 m

BARRANCOS1 Piscina descoberta com 25x12 m1 Tanque de aprendizagem com 12x6m1 Piscina infantil com 6x6m

BEJA1 Piscina descoberta olím-pica com 50x21 m1 Tanque de aprendizagem 1 Piscina infantil com 3,5m/raio1 Piscina coberta com 25x12,5m

CASTRO VERDE1 Piscina descoberta com 25 x 151 Tanque de Saltos com 15x 151 Chapinheiro oval com 23m21 Piscina coberta com 16,66x8 m

CUBA1 Piscina descoberta com 25x12,5m1 Tanque de aprendiza-gem com 23,8x20m1 Piscina coberta com 16,65x10m

FERREIRA DO ALENTEJO1 Piscina olímpica com 50x25m1 Chapinheiro com 19,5x14,5m1 Piscina coberta com 16,66x10m

MÉRTOLA1 Piscina coberta com 25 metros1 Tanque de aprendizagem 16,66 x 10 m

MOURA1 Piscina olímpica com 50x15,5m1 Piscina coberta com 16,6x10m1 Chapinheiro

ODEMIRA2 Planos de água aquecida1 Piscina com 25 x 16,67m 1 Tanque de aprendiza-gem com 16,7x10 m

OURIQUE1 Tanque de aprendizagem com 17x8m

SERPA1 Piscina descoberta para adultos com 50x22 m1 Piscina descoberta para crianças com 19,8 m21 Piscina Coberta com 16x11m.

VIDIGUEIRA1 Piscina descoberta Olímpica com50x22m1 Piscina coberta com 25x12m1 Piscina coberta com 12x6m1 Chapinheiro com 5x5m

Nota: Na generalidade quase todas as infraestruturas possuem equipamen-tos de apoio, como balneários individu-ais e coletivos, snack-bar e restaurante, posto médico e vigilância durante o pe-ríodo de funcionamento. O distrito tem cinco piscinas com dimensões olím-picas, em Aljustrel, Beja, Ferreira do Alentejo, Moura, Serpa e Vidigueira.

No âmbito dos ateliers de verão promovidos pela Câmara

Municipal de Beja estão previstas algumas atividades aquáticas

e multidisciplinares a realizar na piscina descoberta, durante os

meses de julho e agosto, designadamente o programa “Vamos

à Piscina 2011”, batismo de mergulho e hidroginástica.

Atividades aquáticas

de verão em Beja

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A Associação de Pescadores Desportivos de Grândola or-ganizou mais um conví-vio de pesca despor tiva para cidadãos portadores de deficiência.

Texto e fotos Firmino Paixão

A barragem do Pego do Altar, na freguesia de Santa Susana, foi este ano

o palco escolhido pela Associação de Pescadores de Grândola para a realização do habitual conví-vio de pesca desportiva para ci-dadãos portadores de deficiência, que teve a presença de cerca de dezena e meia de concorrentes, de diversas idades, maioritaria-mente alunos da Cercigrândola. Uma ação com acentuadas ver-tentes de índole social e pedagó-gica, que proporcionou algumas horas de prática desportiva aos alunos daquela instituição de en-sino especial. E até o peixe cola-borou, porque foram efetuadas interessantes capturas. Os pré-mios, o menos importante, foram distribuídos durante um almoço convívio, esse sim especial e de-

terminante no sucesso desta ini-ciativa que envolveu também os familiares diretos dos “pescado-res” e que contou com a colabo-ração da Câmara Municipal de Grândola.

Para Artur Trindade, di-r igente d a A ssoc iaç ão de Pescadores de Grândola, esta é uma ação “muito importante” que organizam há vários anos “com muita satisfação” e em que é possível “constatar a feli-cidade destes pescadores espe-ciais”. “É gratificante ver como estão felizes, também a satisfa-ção dos familiares que os acom-panham neste dia, e no f inal pedem-nos sempre para repetir-mos este convívio”, adianta o di-rigente, acentuando que “o con-curso, sendo organizado pela Associação de Pescadores, re-sulta da conjugação de esforços com o município de Grândola e a Cercigrândola, mas os alunos têm muitas atividades e nesta al-tura do ano já frequentam tam-bém a praia, tornando-se difí-cil encontrar datas”, porque a associação também tem os seus campeonatos.

Tendo em conta que o objetivo é apanhar peixe, é fundamen-tal escolher um bom plano de água, concordou Artur Trindade: “Escolhemos a barragem do Pego do Altar, bem pertinho de Santa Susana, um plano de água que tem boa acessibilidade, é plano e sem barreiras, depois sabemos que abunda aqui peixe de pe-queno porte que é mais fácil para retirar da água e, de facto, todos eles têm estado continuamente a retirar exemplares da água, tem

sido uma grande alegria para todos”.

Falando do sentimento desta ação solidária, Trindade reite-rou que para os pescadores e di-rigentes da associação é também importante estarem em contacto com esta realidade: “Alguns dos meus colegas estão aqui pela pri-meira vez e sentem isso, são cida-dãos a quem ajudamos a tomar contacto com uma atividade tão interessante como é a pesca des-portiva. Acresce que muitas ve-zes os pais têm pouca disponi-bilidade para os acompanhar noutras atividades e aqui estão em plena sintonia com o objetivo deste convívio”.

Artur Trindade, ele próprio duas vezes campeão do mundo de pesca desportiva (individual na Sérvia e por equipas no Brasil), considera ainda que “eles são os verdadeiros campeões, alguns deles até têm alguma habilidade e sensibilidade para pescar”, assu-mindo ainda a felicidade da sua modalidade de eleição contribuir para tão nobres causas sociais.

Ana Maria Nunes, dirigente da Cercigrândola, explicou que

o objetivo é “criar uma intera-ção entre os alunos e a socie-dade, provando que eles têm ca-pacidade de participar nestas atividades tal como outras pes-soas, depois o convívio, a proxi-midade e a participação dos fa-miliares também ajuda muito”. A dirigente revelou ainda que “os alunos têm outras ativida-des. Fazem natação e participam em provas competitivas com ou-tras instituições congéneres”: “É muito interessante e gratificante sentir a disponibilidade e a ale-gria de todos eles nestas ativi-dades”. A concluir, Ana Maria Nunes revelou que a instituição, que tem cerca de 120 alunos, “atravessa fases muito difíceis que, felizmente, tem conseguido superar com a grande ajuda da comunidade, porque as ajudas institucionais são insuficientes”: “É necessário criar algumas ini-ciativas no sentido de levar por diante aquilo que são as nossas perspetivas e que passam por re-novar e melhorar as nossas ins-tituições e oferecer melhores condições aos nossos utentes”, disse.

Convívio de pesca para pessoas portadoras de deficiência

A pesca desportiva também é solidária

Classificações1.º Hugo 1200 kg2.º Augusto Parreira 1150 kg3.º Sérgio Joaquim 1100Kg

4.º Belmiro Guedelha 1040 kg5.º Luís Miguel Remédios 0,980 kg6.º Nuno Heleno 0,800 kg7.º Ricardo Guerreiro 0,850 kg

8.º Paulo Simões 0,800 kg9.º Simone Silva 0,780 kg10.º Geraldo Guedelha 0,760 kg11.º José António Nunes 0,700 kg

12.º Maria Inês Felício 0,580 kg13.º Armando Leonor 0,520 kg14.º Mário Semeão 0,520 kg15.º José Carlos Gonçalves 0,340 kg

Artur Trindade

A Maratona de Futsal Outdoor “Da Pietro”, organizada

pelo Clube de Futebol Praia de Milfontes, decorre nos

dias 23 e 24, no complexo desportivo local, tendo como

atração a oferta de generosos prémios e a distinção

dos melhores participantes a nível individual.

6.ª Maratona Outdoor

de Futsal em Milfontes

A Associação de Futebol de Beja abriu o período de filiação e

inscrições de clubes para as competições oficiais da época 2011/2012,

ação que se prolongará até 5 de agosto. O organismo anunciou que

o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão tem início previsto para 25

de setembro e os sorteios estão agendados para 24 de agosto.

AF Beja abriu época

2011/2012 em futebol

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A 7.ª Ultra Maratona Atlântica, prova com a extensão de 43 quilómetros que se disputa no domingo entre as praias de Melides e Troia, conta com a participação de quase 300 atle-tas nacionais e estrangeiros.

Texto Firmino Paixão

Trata-se de uma prova de atletismo única em Portugal e na Europa disputada nos

areais da frente atlântica entre a praia de Melides e a península de Troia. Uma corrida de sacrifício que expõe os atletas a diversas ad-versidades como o calor, a exten-

são da prova e a dureza do piso. Carlos Lopes, antigo campeão olímpico, apadrinha a corrida or-ganizada pela Câmara Municipal de Grândola. Estão inscritos 261 atletas, entre eles 21 espanhóis e 22 concorrentes femininas, repre-sentando cerca de 70 clubes.

A corrida atravessa as praias de Melides, Aberta Nova, Galé, Pinheiro da Cruz, Pego, Carvalhal, Comporta, Soltróia e Troia. A sa-ída de Melides está marcada para as 9 horas e a chegada à meta três horas depois para os primei-ros atletas masculinos e cerca de quatro horas para os femininos. O recorde da prova está em três

horas e 40 segundos e é pertença do atleta Eusébio Rosa com a ca-misola do S.U.Caparica, que este ano está de novo entre os favori-tos ao triunfo, bem como a belga Chantal Xervelle que venceu qua-tro das edições e detém o recorde feminino.

Paulo do Carmo, vereador na câmara de Grândola com o pe-louro do Desporto, disse ao Diário do Alentejo que “Grândola tem or-gulho neste evento que este ano já bateu o recorde de inscrições” e acentua que “esta prova só se pode fazer, e assim tem sido no passado, devido às condições na-turais que o próprio concelho

tem”. “São condições de excelên-cia, da beleza das nossas praias, todas elas qualificadas e com ga-lardões de bandeira azul, portanto este magnífico território, esta be-leza das praias, esta extensão de costa entre Sines e Troia, que é a terceira maior do mundo, em que Grândola tem praticamente dois terços desse território”.

O autarca acrescentou ainda: “Essas condições naturais, en-fim, que Deus criou e entregou a Grândola, aliadas ao facto de existir aqui uma grande dinâ-mica, um grande envolvimento e uma grande aposta naquilo que é a promoção turística, só nos pode

dar felicidade e satisfação, por isso, ano após ano, vamos ten-tando melhorar e essa evolução nota -se com o facto de este ano já termos batido o recorde de parti-cipantes, alguns dos quais são es-trangeiros, especialmente espa-nhóis, ou seja, neste momento dizemos com toda a clareza que a prova está a atingir o patamar de internacionalização”.

Paulo do Carmo considera que se está na presença de um exemplo muito feliz de como o desporto pode servir de bandeira promocional de uma região, mas sublinha que “há muitas maneiras de promover o ter-ritório, nomeadamente a costa”.

Os vencedores das edições anteriores2005 – 1.º Pedro Pessoa (3.11.21.h); 1.ªChantal Xervelle (4.26.48 h).2006 – 1.º Pedro Pessoa (3.15.58 h); 1.ª Amélia Costa (4.56.30 h).2007 – 1.º Eusébio Rosa (3.19.04h)); 1.ª Chantal Xervelle (4.08.29).2008 – 1.º Eusébio Rosa (3.14.03 h); 1.ª Verónica Correia (4.20.57h).2009 – 1.º Custódio António (3.03.41h); 1.ª Chantal Xervelle (3.57.32h).2010 – 1.º Eusébio Rosa (3.00.40h); 1.ª Chantal Xervelle (4.22.56h).

7.ª Ultra Maratona Atlântica Melides-Troia

Correr e sofrer na espuma das ondas

O Núcleo de Árbitros de Futebol Armando Nascimento organiza nos próximos

dias 23 e 24, no Pavilhão Desportivo de Beja, mais uma edição da já tradicional

maratona de futsal. A competição é inovadora no facto de se destinar apenas a

equipas masculinas de formação, entre petizes e juniores, e em femininos apenas

o escalão de veteranos. As inscrições decorrem até ao próximo dia 21.

11.ª Maratona de Futsal

Cidade de Beja

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Vitória, vitória conta a tua estóriaVitória, vitória conta a tua estória

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Dica da semanaDescalça os sapatos, arregaça as calças, passeia pela areia. Leva um caderno e desenha a paisagem tal como a vês ou apenas um detalhe. Desenha o ondular das ondas, do vento, as elevações da areia e a espuma do mar que fica na areia. Anota palavras soltas.Procura histórias entre as pessoas que por ali passeiam. Um passeio pelas poças vai ajudar-te a saber mais sobre os seres vivos que ali habitam e desenha, desenha muito.

De 18 a 29 a Biblioteca de Vila Nova de Santo André também vai banhos.

Se gosta de ler, ouvir histórias e desenhar, pode contar com a sua companhia.

Todos os dias das 10 e 30 às 17 horas, uma biblioteca na praia.

Leituras na Costa de Santo

André

A páginas tantas ...

Que bom que é poder chegar à frutaria do supermercado

e poder escolher a fruta com o sabor mais exótico, ou aquela outra

com que sonhámos o dia inteiro.

Mas não será um pouco estranho comprar morangos ou maçãs

vindas de outro país, quando em Portugal também se produzem?

Sim, existem frutos que viajam milhares de quilómetros até

chegarem à tua mesa, pela simples razão que, por cá, não é

a época deles serem colhidos.

Opta por comer fruta da época. É sem dúvida mais saudável.

fruta da épocaNa página estão espalhadas várias frutas, mas só

algumas correspondem à época em que estamos.

Assinala quais são.

Atenção, os supermecados enganam...

Revista

Timbuk

tu

Praia-mar, um livro da Planeta Tangerina com a assinatura do ilustrador Bernardo Carvalho, chega numa altura em que só nos apetece estar com os pés dentro de água. Enquanto o mar não sobe, a praia é um areal imenso.Um livro que nos convida a descobrir o verão, o sol, a praia, o mar e o prazer das férias.Passeamos, molhamos os pés nas poças, exploramos as rochas, apanhamos conchas e brincamos com os caranguejos.A pouco e pouco o mar sobe e a água ganha terreno a ponto de arriscarmos um mergulho.

ntas ....

ho, chega etece

obe, a

aia,

nas

mos com

o

Manuel, 7 anos, Lisboa

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Fim de semana

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Os ilustradores Paulo Monteiro e Susa Monteiro, dois pilares

fundamentais do Festival Internacional de BD de Beja e

colaboradores regulares do “Diário do Alentejo”, têm o seu

trabalho mais recente exposto no espaço Oficinas, em Aljustrel,

até ao próximo dia 23. Uma oportunidade para ficar com uma

visão global sobre o seu traço, que foca sobretudo questões

pessoais, umas vezes biográficas, no caso de Paulo Monteiro,

outras vezes transpostas para um universo que representa o real

através do sonho, no caso de Susa Monteiro. As suas obras são o

que correntemente se designa por “banda desenhada de autor”.

Pauloe Susa

Monteironas Oficinas

Música e touros na Baronia Vila Nova da Baronia, concelho de

Alvito, vai estar em festa este fim

de semana com mais uma edição da

ExpoBaronia, que inclui espetáculos

musicais, garraiadas e uma largada

de toiros. Hoje, sexta-feira, o serão de

abertura é preenchido com a atuação de

Pedro Santo, no palco da feira, seguida

de uma sessão com o DJ Seven e uma

garraiada noturna. Amanhã, sábado,

há encontro de grupos corais e baile

com a Banda Luz, ficando reservados

para domingo, 17, os espetáculos

dos Alencanto e Canta Brasil.

Festival arranca hoje em Serpa e vai até final do mês

Cultura ao relento nas Noites na Nora

O aviso está feito: “Não há sofá, mas há conforto. Não há televisão mas há os melhores espetáculos

ao vivo. Não há pantufas nem repousa-pés, há pés que querem dançar. Não há vizinhos aborrecidos, há pessoas a par-tilhar consigo o momento”. O Festival Noites na Nora está aí de novo para uma 12.ª edição que arranca hoje à noite no espaço de sempre, o que lhe dá nome – nas traseiras da velha nora do aqueduto da cidade de Serpa. Cabe este ano ao duo Pinto Ferreira as honras de abertura de um desfile de 16 espetáculos que só ter-minará no final do mês e que inclui tea-tro, música, dança e uma residência ar-tística. Os anfitriões também são os de sempre, a companhia Baal 17, que este ano propõe uma edição mais curta, de um mês para duas semanas, a condi-zer com os tempos de contenção.

Sobre os Pinto Ferreira há a dizer que são autores de “Violinos no te-lhado”, o primeiro single de um ál-bum de estreia que conta com mais oito faixas e que viaja por “ambien-tes bipolares, entre sentimentalis-mos ingénuos, amores obsessivos e a estupidez humana”. A produção é de Flak, dos lendários Rádio Macau, e as letras de Pedro Malaquias. Amanhã, sábado, o festival mantém-se no re-gisto da música e dos novos talentos nacionais, convidando Márcia a su-bir ao palco, para apresentar “Dá”, um disco que se segue ao EP de es-treia e no qual a também vocalista dos Real Combo Lisbonense nos oferece uma “coleção de canções que insistem em ser humanas, demasiado huma-nas”, como escreveu o jornalista Nuno Miguel Guedes. Domigo, 17, é dia de te-atro. A criação é de Madalena Victorino e chama-se “Ovelhas Clandestinas”, um espetáculo-of icina inspirado na obra Raul, o Pastor, de Eva Muggenthaler.

Entre as propostas musicais, desta-cam-se ainda o decano Carlos Mendes, com o espetáculo “Era uma vez… na mar-gem esquerda”(dia 22), B Fachada (dia 23), Nuno Prata (dia 29) e A Caruma (dia 30), para encerrar. Na programação tea-tral contam-se “A Loja das Lamparinas” (dia 20), de Elsa Galvão e João Didelet para o Teatro da Terra, “As leis funda-mentais da estupidez humana” (dia 21), pelo Al-MaSRAH Teatro, e “Há lobos sem

ser na serra” (dia 24), a cargo da compa-nhia anfitriã. Está igualmente previsto um serão de sitdown/stand up comedy por Sofia Bernardo e Jorge Serafim (dia 27), bem como a residência artística do Teatromosca, que resultará no espetá-culo “Europa” (dia 28).

“Dançar com mitos” no centro de MouraSob o signo das mitologias, o Escrita na

Paisagem – Festival de Performance e Artes

da Terra prossegue este fim de semana em

Moura, com o projeto “Dançar com mitos”, de

Elliot Mercer, com Márcio Pereira & Amigos.

No centro histórico de Moura, entre domingo,

17, e terça-feira, 19, recriam-se coreografias

de grandes nomes (mitos) da performance e

da dança norte-americanas dos anos 60 e 70.

Elliot Mercer, coadjuvado por Márcio Pereira,

coordena um grupo de jovens participantes na

reatualização de trabalhos de Anna Halprin,

Trisha Brown, Alan Kaprow e Simone Forti.

Noites de Rua Cheia pelos largos de Serpa Já arrancou a programação das Noites de

Rua Cheia que, até meados de agosto, levará

aos largos e praças das várias localidades

do concelho de Serpa atividades de música,

teatro e cinema. Hoje, sexta-feira, Pias recebe

os Cruzeiro, Brinches é o palco de Fernando

Pardal e os Tabernê Sonvinhon e Vale dos

Mortos é visitado pelos Trigo Roxo. Amanhã,

sábado, Cláudia Estrela atua em Vila Nova

de São Bento, os Brainstorm em Vila Verde

de Ficalho e os Notas Soltas em A-do-Pinto.

“Música na arte”:três exposições em Sines No âmbito de uma parceria entre o Centro

de Artes de Sines (CAS) e o Centro Cultural

Emmerico Nunes (CCEN), são apresentadas

a partir de amanhã, sábado, e até 24 de

setembro, três exposições de fotografia que

exploram diferentes abordagens ao universo

da música. “Música na arte” contempla a

mostra “Panis et Circensis” (foyer do CAS),

que reúne trabalhos de André Cepeda,

António Júlio Duarte, Carlos Lobo e Patrícia

Almeida, “Opera”, de Augusto Alves da Silva,

e “TNSC A Prospectus Archive”, de Paulo

Catrica, no CAS (sala principal) e no Centro

Cultural Emmerico Nunes, respetivamente.

Ambas resultam de uma encomenda

que o Teatro Nacional de São Carlos e a

Fundação EDP fizeram a vários fotógrafos.

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Boa vidaComer Massadade bacalhauIngredientes para 4 pessoas

800g de bacalhau 400g de massa cotovelos 2 tomates maduros sem pele e sem grainhas 2 cebolas medias2 dentes de alho 0,5dl azeite 1dl vinho branco 1 ramo salsa 1 folha louro q.b. sal e pimenta

Preparação

Corte o bacalhau previa-mente demolhado em cubos.

Pique as cebolas, os alhos e os tomates.

Num tacho coloque o azeite, a cebola, os alhos, o louro, a pimenta e os tomates.

Deixe refogar tudo junto. Adicione o vinho branco e deixe ferver até evapo-rar o álcool.

Coloque a água e quando começar a ferver junte a massa cotovelo.

Quando esta estiver quase cozida junte o ba-calhau. Retifique o tem-pero e no final salpique com salsa picada.

Bom apetite…

António Nobre

Chefe executivo

de cozinha

– Hotéis M’AR

De AR, Évora

A Fundação Eugénio de Almeida inaugura hoje, pelas 18 e 30 horas, a exposição “Andy Warhol: Os mistérios da arte”, uma

mostra que reúne em Évora 41 obras de um dos mais importantes nomes da pop art. Entre as obras expostas encontram-se

a instalação “A cadeira elétrica” e outras que exploram questões da política e da cultura popular norte-americana. Parte

integrante do imaginário ocidental contemporâneo, também lá estão a famosa série das latas de sopa Campbell s, a garrafa

de Coca-Cola, bem como os retratos de Marilyn Monroe, Mick Jagger e Prince. A exposição está patente até 13 de novembro.

Andy Warhol na Fundação

Eugénio de Almeida

Noites na Nora Márcia a “céu aberto” em Serpa

Deu-se a conhecer a solo em 2009 com o tema “A pele que há em mim”, incluído na coletâ-nea Novos Talentos Fnac, mas o percurso no

mundo da música já tinha começado há muito, desde que o pai, alentejano, lhe ofereceu uma guitarra. Márcia, a cantautora revelação de voz doce, sobe ao palco da 12.ª edição do Noites na Nora, em Serpa, amanhã, sábado.

“Sempre escrevi por necessidade”, começa por dizer Márcia. Uma necessidade que a levou, aos 13 anos, a aprender a tocar guitarra de ouvido e a musi-car os poemas que escrevia. Um diário de poemas, a maioria de amor, que mantinha para si “sem preten-são de o mostrar ao mundo”.

Foi, “talvez, a vontade de mostrar ao destinatá-rio o que escrevia”, que a levou a partilhar as suas músicas. Mas, para além do ciclo restrito de ami-gos, o mundo ainda levaria algum tempo até desco-brir o poder da canção, da palavra, e dos silêncios de Márcia.

Ainda na adolescência foi vocalista dos Ana s Blame, depois integrou (e integra) os Real Combo Lisbonense, licenciou-se em Pintura, estudou em França, e foi maturando a música. Foi sendo sempre preciso sentir mais para que Márcia fizesse um traço seguro no desenho da sua vida e se lançasse numa carreira dedicada exclusivamente à música

“A forma inteligente de lidar com o tempo” e “o gosto pela autenticidade”, transmitidos pelo pai alen-tejano, bem poderão ter ajudado a desenhar o per-curso de Márcia. Marcou-o também a saída do País, um momento “muito importante de consciência de identidade”. Longe de Portugal descobriu a vontade de escrever na língua materna, realizou um docu-mentário com emigrantes portugueses na tentativa de perceber “porque raio nos sentimos sempre infe-riores”, e continuou a escrever.

Em outubro de 2010 é editado pela Pataca Discos “Dá”, o primeiro álbum da cantora que muito antes de ser produzido já tinha título: “Dá porque dá para fazer muita coisa mesmo em tempo de crise, não po-demos desistir”. Cada qual luta com as suas armas, as de Márcia são o amor, “tão importante como a vida”, e deram-nos “Dá”, “um trabalho de amor, com o rigor das paixões. Nem poderia ser de outra maneira”.

Aos 28 anos, Márcia confessa ainda “algum ner-vosismo” quando sobe ao palco. De aparência frágil

e delicada, é na força das suas canções que Márcia se revela. A solo, acompanhada pela guitarra, ou com banda, quem a ouve não fica indiferente. No Noites na Nora juntam-se à voz da cantora Nuno Lucas, no baixo e voz, João Correia, na bateria, Bruno Pernadas, na guitarra elétrica e guitarra acústica, e Margarida Campelo, nos teclados.

Um concerto especial, num local especial, o am-biente perfeito para nos deixarmos envolver na expe-riência, no processo cognitivo ou mental, ou ainda, espiritual, relacionada à perceção de elementos que agradam de forma singular aquele que a experi-menta, e a que vulgarmente chamamos Beleza.

Márcia Santos faz parte da nova geração de can-tautores, uma geração que “tem vontade de fazer música, meios para se expressar, e liberdade para o fazer”. Uma geração a que se juntam nomes como B Fachada ou Nuno Prata (ex-Ornatos Violeta), con-vidados do Noites na Nora nos dias 23 e 29, respeti-vamente. A frescura de Márcia, a irreverência de B Fachada, a crueza das palavras de Nuno Prata dão voz, em português, a um novo Portugal, para o qual o Noites na Nora tem sido palco privilegiado, não só na música, mas no teatro, na dança.

Há 12 anos que a Baal17 – Companhia de Teatro se lançou na aventura de programar um evento cul-tural multidisciplinar, apostando sempre “na quali-dade da mesma e na Cultura como fator potenciador de riqueza, não só económica, mas identitária, pes-soal e comunitária”. Cada qual luta com as suas ar-mas, e a Baal17 acredita que “a Cultura em geral, e o teatro em particular, são veículos de transformação social”.

A 12.ª edição do Noites na Nora, entre 15 e 30 de julho, é, “infelizmente, a mais curta de todas por-que o orçamento, tal como o espaço, não aumenta e a crise chegou primeiro à cultura”. Mas, tal como a Márcia, a Baal17 e o Noites na Nora continuam a dar em tempo de crise. Em tempo de crise, é preciso tirar o “s” e criar, e as noites “mais agradáveis do Alentejo” continuarão com aquilo que melhor as caracteriza: o encontro anual, a conversa, a tertúlia, a intimidade entre o palco e a plateia, a troca de opinião após o es-petáculo entre os artistas que permanecem no espaço com um público cada vez mais disponível e atento ao que o rodeia, a dança, a alegria e a festa cada vez mais necessária.

Sandra Serra

RoteirosDescobrir Beja

A Biblioteca Municipal José Saramago e a Associação para

a Defesa do Património Cultural da Região de Beja estão juntas na organização do ciclo de roteiros culturais “A descoberta de Beja”, que decorrerá até meados de se-tembro. O primeiro, deno-minado “A cidade no tempo de frei Manuel do Cenáculo (século VIII)”, arranca na próxima terça-feira, 19, e terá como monitora Marta Páscoa, que durante uma hora e meia encaminhará os inscritos pela cidade que este bispo de Beja encon-trou quando aqui chegou, em 1777, “viajando pelo que resta e pelo que falta”. “Arte azulejar de Beja” (às quarta--feiras) e “Criação e evolução de uma cidade” (às quintas--feiras), ambos conduzidos por Florival Baiôa Monteiro, são outros dos roteiros pro-postos, entre 1 e 31 de agosto.

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JazzCésar Cardoso – “Half Step”

Parecem ter ficado em definitivo para trás os tempos em que o país ja-zzístico se queixava da falta de sopradores, mormente de saxofonistas. Nos anos mais recentes têm surgido diversos jovens apostados em pros-

seguir diferentes orientações estéticas e a mudar o anterior paradigma. César Cardoso é um deles: aos 30 anos acaba de editar o seu registo discográfico de estreia, “Half Step”. Do seu ainda curto percurso avulta ter tocado na big band do Hot Clube de Portugal e nos Desbundixie. Presentemente frequenta a licen-ciatura em jazz na Escola Superior de Música de Lisboa e é professor na Escola

do Hot. Confessa que o principal objetivo deste primeiro trabalho é documentar o seu som no início de carreira. Incentivado por Pedro Moreira (que surge como con-vidado em duas peças), Cardoso rodeia--se de um punhado de músicos com nome feito no panorama nacional e que se encai-xam como uma luva na sua abordagem: o guitarrista Bruno Santos, o pianista Filipe Melo, o contrabaixista Demian Cabaud e o baterista Bruno Pedroso. Para além de do-tado instrumentista, importa mencionar o facto de Cardoso assinar todas as peças do programa. Não obstante a diversidade das composições, fica clara, desde logo, uma particular propensão por atmosferas se-renas e requintadas, sem particulares so-bressaltos. Um forte apelo melódico trans-parece em peças como “Alone (Always Alone)”, “First Song”, uma balada adoci-cada de contornos clássicos, e “Mafalda”. Mais interessantes são, contudo, o forte

travo hard-bop de “Cisne”, o rápido “Dear Joe” e, a fechar, o melhor momento: “It s Like You” com toda a formação em ótimo plano. Os resultados obtidos são claramente satisfatórios, tratando-se de um primeiro disco. “Tenho neste momento outras ideias, projetos e pensamentos diferentes para o futuro”, diz César Cardoso. Os dados estão lançados. Aguardemos com redobrada expecta-tiva os próximos capítulos.

António Branco

FotoblogueAlentejo

Rui Santoshttp://atoleiros.webblog.com.pt

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aos amantes da fotografia

que disseminam pela Internet os

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Quinze crianças e jovens do concelho de Santiago do Cacém provenientes de contextos

vulneráveis acompanhadas pela rede social do concelho e pela Associação Intervir.Com.

participaram esta semana no Programa de Férias 2011. Os três dias de atividades lúdico

pedagógicas decorreram em Santo André com o apoio da Câmara Municipal de Santiago do

Cacém, Junta de Freguesia de Santo André e Agrupamento de Escolas de Santo André.

“Noites de verão” à quinta-feira em Almodôvar Música e teatro ani-mam as noites de quinta-feira deste mês em Almodôvar, no âmbito da iniciativa “Noites de verão”, promovida pela câmara municipal e cujos espetáculos decorrem a partir das 22 horas na praça da República. Na próxima quinta-feira, dia 21, subirá

ao placo a peça “Se o mundo fosse bom o dono morava nele”, pelo Centro Dramático de Évora (Cendrev). As “Noites de verão” terminam na última quinta-feira do mês, dia 28, com “Uma viagem pelo fado”, um espetáculo com os fadistas António Pinto Basto e José Gonzalez.

Programa de férias para crianças

vulneráveis de Santiago

César Cardoso – “Half Step”

César Cardoso (saxofone

tenor), Bruno Santos (guitarra),

Filipe Melo (piano, fender

rhodes), Demian Cabaud

(contrabaixo) e Bruno

Pedroso (bateria) + Pedro

Moreira (saxofone tenor)

Editora: Edição de autor

Ano: 2010A 21.ª edição da Faceco – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, que decorrerá

entre os dias 22 e 24, em S.Teotónio, numa ini-ciativa da câmara municipal e da junta de fre-guesia local, propõe, entre várias iniciativas, algumas provas desportivas. Assim, para além das atividades culturais e recreativas, da gas-tronomia, música, mostra de serviços e con-cursos de gado, estão previstas duas caminha-das abertas a toda a população que pretendem “fazer com que as pessoas pratiquem ativida-

des físicas, alertando para os perigos de uma vida sedentária, e dar a conhecer a freguesia de S. Teotónio e o concelho de Odemira”.

No dia 23, com concentração agendada para as 20 e 30 horas, junto à porta de entrada na feira, irá decorrer uma caminhada noturna pela vila de S. Teotónio. No dia 24, no âmbito da divulgação da Rota Vicentina, projeto de-senvolvido pela Associação Casas Brancas, terá lugar uma caminhada entre Odemira e S. Teotónio. A concentração será junto ao cais fluvial de Odemira, pelas 8 e 30 horas.

Natureza Caminhadas por Odemira

Page 24: Edição nº 1525

Nº 1525 (II Série) | 15 julho 2011

RIbanho POR LUCA

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Apesar de algumas nuvens a cobrir o sol, hoje a temperatura não sofrerá grandes descidas, situando-se entre os 17 graus, de mínima, e os 34, de máxima. Amanhã e domingo, o céu fi cará limpo mas estará menos calor, sobretudo no litoral, onde a temperatura pode descer até aos 27 graus.

A ter existido, tal como a conhe-cemos através das famosas cinco cartas de amor ao conde

de Chamilly, Mariana Alcoforado teria encontrado na atualidade uma conter-rânea com quem partilhar as mágoas. Ilustradora de traço intimista e poético, Susa Monteiro desenha a mais recente edição de Cartas Portuguesas. Mais um a juntar a outros projetos que lhe têm granjeado um crescente reconhecimento no meio. Ela, que tropeçou na BD, atra-vés do ateliê Toupeira, apenas “para pas-sar o tempo”.

Foi recentemente publicada a reedição das

cartas de Mariana Alcoforado, com ilustra-

ções suas. Como foi entrar neste universo

da freira de Beja, cujo amor por um certo

cavaleiro francês se tornou simbólico e cor-

reu o mundo?

Foi uma boa experiência, porque me foi dada total liberdade de trabalho. Fiz uma interpretação muito pessoal das cartas. Não quis introduzir muitos elementos his-tóricos, tentei antes transpor a tristeza e desespero da Mariana por estar fechada num convento quando o seu desejo era estar longe dali ao lado do homem que amava. Quis que o Chamilly parecesse um cretino, e que a Mariana fosse uma mulher “dividida”, ainda que contra a sua vontade, entre o sagrado e o amor terreno. Sinto alguma empatia pelos sentimentos expres-sos nas cartas, nomeadamente pelo deses-pero de estar em Beja, e pela falta de cora-gem para fugir daqui…

Pelo que percebi, não estava nada a par do

universo da BD e nem sequer era especial-

mente fã deste registo. Como se deu este

Susa Monteiro31 anos, natural de Beja

Trabalhou como figurinista e aderecista para teatro e cinema, depois de um curso na área, mas nunca se sentiu identificada com o “ambiente” atrás do palco. A partir de 2002, começa a dedicar-se à BD e à ilustração, que descobriu através do ateliê Toupeira, o embrião do que é hoje o Festival Internacional de BD de Beja, de cuja equipa dirigente faz parte. Ilustra regularmente para o “Diário do Alentejo” e para a revista “Visão”, cúmplice de António Lobo Antunes na sua crónica. Tem publicado em fanzines, nacionais e estrangeiros, em álbuns coletivos e é autora da biografia em BD de Jorge Palma (editora Tugaland).

tropeção que, afinal, acabou por delinear o

seu percurso até hoje?

Foi por um mero acaso. Quando terminei os estudos e regressei a Beja, entrei para o Toupeira - Ateliê de Banda Desenhada e Ilustração da Casa da Cultura, para pas-sar o tempo. Gostei muito das pessoas, do ambiente, e da euforia que se vivia à volta da BD. A “ilustração” no nome do ateliê era uma espécie de isco para pes-soas como eu, que queriam desenhar mas a quem a BD não dizia nada. Tive o privilégio de descobrir, através do Paulo Monteiro e dos outros colegas, que a banda desenhada é um mundo fantástico, cheio de autores sensacionais mas ainda com muita coisa por fazer. O mercado de BD em Portugal é muito pequeno e auto-res como o Gipi, o David B, etc, não são, infelizmente, conhecidos pelo público ge-ral. A leitura de banda desenhada ainda é muito associada ao público infantil, ape-sar de em Portugal se contarem pelos de-dos os autores que trabalham para a in-fância. O trabalho que fazia antes de me dedicar ao desenho era nos bastidores do teatro e do cinema, mas nunca me identi-fiquei com o ambiente e com as pessoas desse circuito, pelo que me foi muito fácil deixá-lo para trás.

Tem planos para uma história de maior fô-

lego, sua, do princípio ao fim?

Sim, tenho dois projetos. Um para a editora Polvo, que tem de estar pronto até ao fim deste ano, com texto e desenhos meus, e um outro que deverá ser a adaptação de uma obra literária, sem prazo nem editora, um sonho que tenho há alguns anos...

Entrevista de Carla Ferreira

FMM propõe 36 espetáculos para sete noites em SinesAo longo de sete dias de concertos, com início no

próximo dia 22, o Festival Músicas do Mundo, em

Sines, propõe este ano 36 espetáculos de 23 países,

espalhados pelos palcos históricos do castelo

medieval e da avenida Vasco da Gama, conhecida

por avenida da Praia. Do programa, que concentra

os espetáculos nos dois últimos fins de semana

do mês (de 22 a 24 e de 27 a 30), a organização dá

destaque ao projeto Congotronics vs Rockers, com

uma dezena de músicos da série Congotronics e

outros tantos da cena rock alternativa. E também ao

concerto de encerramento, no castelo, com a dupla

lendária do reggae, Sly & Robbie, acompanhada

do cantor Junior Reid. O senegalês Cheikh Lô, um

dos maiores músicos africanos da actualidade; o

ganês Ebo Taylor, figura patriarcal do highlife e

do afrobeat; o projecto Desert Slide, com Vishwa

Mohan Bhatt, um dos mais reconhecidos músicos da

Índia; e os alemães Dissidenten, banda fundamental

para a fundação do movimento worldbeat, são

outros nomes que merecem menção especial. A

inauguração, pelas 18 e 45 horas do próximo dia 22,

no castelo, cabe ao bejense António Zambujo, tido

como uma das vozes mais originais do fado.

Teatro Fórum de Moura em digressão regional Com estreia recente, o espetáculo “Alto e Pára o

Trabalho!”, do Teatro Fórum de Moura (TFM),

encontra-se em digressão de verão pelos concelhos

de Vidigueira, Serpa, Barrancos e Moura, que

decorrerá até setembro, no âmbito do projeto

Experimenta Energia, da Lógica EM. Serpa acolhe

as próximas apresentações desta peça cujo enredo

se centra numa “Companhia de Teatro-Revista-

-Circo financiada pelo Mega Consórcio Meu Capital,

que percorre o País convencendo a população das

suas verdades absolutas”. “Alto e Pára o Trabalho!”

passa por Vale de Vargo (dia 21, no largo da Igreja),

Brinches (dia 22, no Sítio do Vale), e Vila Nova de

São Bento (dia 23, largo da Junta de Freguesia).

Barrancos recebe a nova produção do TFM no

próximo dia 27, no Parque de Feiras e Exposições.

Todas as sessões decorrem a partir das 22 horas.

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A ilustradora da mais recente edição de Cartas Portuguesas

Em defesa de Mariana

Page 25: Edição nº 1525

Cadernodois

Sexta-feira,15 julho 2011Nº 1525 (II Série)

Quintada Arrábida

em discussão pública

A Câmara Municipal de Ourique promove hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, no auditório da biblioteca municipal,

a última de duas sessões públicas de esclarecimento sobre o Plano de Pormenor da Quinta da Arrábida –

Monte da Rocha, inseridas no período de discussão a realizar até ao dia 20. O processo de discussão pública do

referido plano, adianta a autarquia, “diz respeito à execução de um projeto de turismo de enorme importância

para o concelho de Ourique e para a região e que conclui um longo procedimento legal entretanto finalizado

com a realização da reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Ourique no final do mês”.

O queijo serpa DOP Guilherme foi ga-lardoado com uma medalha de ouro no Concurso Nacional de Queijos Tradicionais Portugueses realizado em Santarém. De acordo com a em-presa com sede em Serpa, “este pré-mio é um reconhecimento da quali-dade deste produto” que a Queijaria Guilherme lançou em fevereiro e se-gue-se à menção honrosa obtida pelo queijo de cabra fresco ataba-fado, no Concurso 3 dias com Queijo, em outubro de 2010, promovido pela Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios.

A empresa considera que “estes dois prémios, obtidos em concursos re-alizados com provas cegas e cujos

júris são compostos por peritos em queijo, vêm comprovar o êxito do percurso seguido pela empresa, cuja história se iniciou há apenas 10 anos numa das zonas mais desfa-vorecidas de Portugal – a Margem Esquerda do Guadiana”.

A queijaria, que emprega atualmente 25 trabalhadores, encontra-se numa nova fase de investimento que “visa a automatização de alguns processos produtivos, a raciona-lização de circuitos produtivos, a instala-ção de duas novas linhas para a diversifica-ção do seu portfolio e a certificação do seu sistema de segurança alimentar”. Todos os investimentos visam a “modernização e o aumento da competitividade da empresa, mantendo sempre os métodos tradicionais de produção que têm sido a base da quali-dade dos produtos e o consequente êxito da empresa”.

A Queijaria Guilherme iniciou a sua ati-vidade em março de 2001, fruto “da deter-minação” do seu fundador e empresário em nome individual, José Guilherme, que, “com apenas dois colaboradores”, se lançou no fa-brico de queijo de cabra, fresco e curado, “através de métodos artesanais e com o leite proveniente das explorações agrícolas da região.”

Dois anos depois, “por forma a

Empresa encontra-se numa nova fase de investimento

Queijo serpa DOP Guilherme conquista medalha de ouro

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JOSÉ

SER

RA

NO

complementar a sua atividade”, a queija-ria instalou uma linha de fabrico de queijo de ovelha curado e de requeijão de ove-lha, adianta a empresa, acrescentando que “desde o início da atividade”, a queija-ria “apostou na qualidade e na segurança dos seus produtos tendo feito diversos in-vestimentos neste sentido, nomeadamente a aquisição de viaturas cisterna para reco-lha de leite refrigerado nas explorações, nas melhores condições sanitárias, e a instala-ção de modernas máquinas de embalagem de queijo, de sistemas frigoríficos que per-mitem manter as temperaturas controladas ao longo de todo o processo produtivo e de uma central de higienização, entre outros”.

Em 2008 foi criada a Queijaria Guilherme, Unipessoal, e a unidade fabril sofreu nova ampliação, na área de embalagem e de expe-dição, “o que lhe permitiu adaptar a sua ativi-dade às exigências da distribuição moderna”, estando atualmente os seus produtos à venda em grandes superfícies comerciais. A expor-tação “tem tido também uma importância crescente”, estando a empresa já represen-tada na Suíça, Espanha e Angola.

Tendo em conta preocupações de âmbito ambiental, a empresa também já procedeu a “investimentos significativos na área do tratamento de ef luentes, energias renová-veis e aproveitamento de energia térmica li-bertada pelo sistema frigorífico”.

Empresa de rent-a-car instala-se no aeroporto A ANA – Aeroportos de Portugal e a

empresa de rent-a-car Europcar celebraram

um acordo que viabiliza àquela empresa

a instalação de um balcão no aeroporto

de Beja, aberto todos os dias da semana.

De acordo com a ANA, “esta iniciativa

revela-se de grande importância não só

para o desenvolvimento dos negócios não

aviação mas também para a atratividade

do aeroporto perante as companhias

aéreas, oferecendo-se doravante aos

passageiros uma facilidade de extrema

importância”. A empresa adianta ainda

que “para o aeroporto de Beja a aposta no

crescimento das receitas não aviação é uma

prioridade, procurando-se privilegiar a sua

concretização, sempre que possível, com

empresas da região”.

Vinho Herdade da Comporta conquista medalha de ouro O vinho Herdade da Comporta Tinto 2007

foi premiado pelo júri do certame “Sélections

Mondiales dês Vins 2011”, realizado no

Canadá, com a atribuição de uma medalha

de ouro. O evento, realizado no Quebec, no

Canadá, reuniu centenas de produtores,

provenientes de todo o mundo, naquela

que é considerada a maior competição

internacional de vinhos da América do

Norte. O júri internacional atribuiu a

medalha de ouro ao Tinto Herdade da

Comporta 2007, reconhecendo a qualidade

do vinho, que resulta de um processo

de vinificação que concilia o melhor do

conhecimento tradicional com as modernas

tecnologias.

Produção e comercialização de batata-doce A Câmara de Odemira e a Associação de

Produtores de Batata-doce de Aljezur, com

a colaboração do Centro Sociocultural de

Cavaleiro, promovem na próxima quarta-

-feira, dia 20, naquela aldeia do litoral

alentejano, uma sessão de informação sobre

a produção, certificação e comercialização da

batata-doce, direcionada para os produtores

locais. A sessão decorrerá no Centro

Sociocultural de Cavaleiro, a partir das 20

horas. Os responsáveis pela organização

salientam que a batata-doce “é um dos

produtos com grande e crescente nível de

produção no litoral do concelho de Odemira”.

Page 26: Edição nº 1525

2 / cadernodois / Diário do Alentejo /15 de julho de 2011

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PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça,

A.D.M.F.A., S.A.M.S.Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11

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Page 27: Edição nº 1525

3 / cadernodois / Diário do Alentejo /15 de julho de 2011

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medicina geral e familiarDr. Luís Capelaendocrinologia | diabetes | obesidadeDrª Luísa Raimundoterapia da falaDrª Vera Baiãopsiquiatria e saúde mentalDr. Daniel Barrocas

sioterapia | reabilita o (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna)Dr. Fábio Apolinárioginecologia | obstetrícia | colposcopiaDrª Ana Ladeirapsicologia clínicaDrª Maria João Póvoaspsicologia educacionalDrª Silvia ReispodologiaDr. Joaquim Godinhocirúrgia vascularDrª Helena Manso

medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia)Drª Ana Rita Barros (ortodon a)

prótese dentáriaTéc. Ana Godinho cirurgia maxilo-facialDr. Luís Loureiro

pediatria do desenvolvimentoDrª Ana So a Brancopsicomotricidade | apoio pedagógicoDrª Helena Louro

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Drº Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/

Desabituação tabágica – H. Pulido Valente

Drº Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina

Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de

Lisboa

Drª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja

Drª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Drº Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia

Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental

e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro

Hospitalar do Baixo Alentejo.

Drº Rogério Guerreiro – Naturopatia

Drº Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina

Familiar

Drª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação (difi culdades específi cas de

aprendizagem/dislexias)

Drº Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja

Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/

Obesidade – Instituto Português de Oncologia de

Lisboa

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e

Vias Urinárias – H. Beja

Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria

– Hospital de Santa Maria

Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de

Medicina Interna, doenças de estômago, fígado,

rins, endoscopia digestiva.

Dra. Ana Cristina Duarte – Pneumologia/

Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente

Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia

no Hospital de Beja

Drª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria

de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar –

Centro Hospitalar do Baixo Alentejo

Drª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital

de Beja

Drª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia

Drª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças

do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de

Beja

Drª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica –

Hospital de Beja

Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno

do Hospital Garcia da Orta.

Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar –

Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma

e caçador.

Drª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não

invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata,

redução do tecido adiposo e redução da celulite

Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala

- Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala.

Perturbação da leitura e escrita específi ca e não

específi ca. Voz/Fluência.

Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de

Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade.

Perturbações do Desenvolvimento; Educação

Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.

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especialista em saúde materna/Cuidados de

enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação

pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-

nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

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Page 28: Edição nº 1525

4 / cadernodois / Diário do Alentejo /15 de julho de 2011

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Page 29: Edição nº 1525

5 / cadernodois / Diário do Alentejo /15 de julho de 2011

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DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO

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Colectivo de Crianças e JovensEstão abertas as inscrições para o Curso de For-

mação Inicial para Motoristas de Transporte Colectivo de Crianças e Jovens, promovido pela AMBAAL (ho-mologado pelo IMTT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, no âmbito da Lei n.º 13/2006 de 17 de Abril).

O curso irá decorrer em Beja, em horário laboral, de 25 a 29 de Julho de 2011.

Para mais informações, contacte:AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORALGabinete de Organização e DesenvolvimentoEquipa de FormaçãoTel. 284 310 160Fax. 284 326 332E-mail: [email protected]:www.ambaal.pt

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Diário do Alentejo nº 1525 de 15/07/2011 2ª Publicação

MINSTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOSSERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.18 - Prédio rústico, sito em Ratoeiras,

freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira, composto por

uma parcela de cultura arvense de 3ª classe, com a área de 0,4750 ha,

inscrita na respectiva matriz predial rústica no ano de 1970, sob o art.º

832, secção C, que confronta a norte com Luísa Maria Lacão Batalha

Aguiar, Domingas Maria Lacão Batalha Rosa e Maria do Carmo Lacão

Batalha Ferro, a sul com Arsénio Desidério Parreira Maia, a nascente

com Domingas Maria Lacão Batalha Rosa e a poente com Pedro Jorge

Rebelo Luís de Castro.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de

Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEI-

RA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico,

nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento

e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de

Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado

infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s)

de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) POLICARPO JOSE LUCAS PI-

ÇARRA, residente em VILA DE FRADES, o(a) qual deverá mostrar

o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6

CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-07-07 e as 16:00 horas do

dia 2011-09-07.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 1.050,00.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante

acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador

registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens

penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”,

“Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”.

A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor

base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente

apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-08-24, pelas 10:00

horas, e termina no dia 2011-09-08 às 10:00. As propostas, uma vez

submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em

contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do

Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º

da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão

de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo

de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de

execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante

requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados

do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o

depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma

parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses

(256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos

que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre

as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto

Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT),

contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhe-

cidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no

prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus

créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima

indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:

Identifi cação do Executado:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337201001004492

NIF/NIPC: 101539304

Nome: POLICARPO JOSE LUCAS PIÇARRA

Morada: R DE S BRAZ N 6 - VILA DE FRADES - VILA DE FRA-

DES

2011-07-06

O Chefe de Finanças

José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1525 de 15/07/2011 2ª Publicação

MINSTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOSSERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.17 - Prédio urbano, sito na Rua Curvo

Semedo, n.º 20 em Montemor-o-Novo, inscrito na matriz predial da

freguesia de Nossa Senhora do Bispo, concelho de Montemor-o-

Novo, distrito de Évora, Tipologia T1, destinado a Habitação, com

a área total de 52,00 m2, área bruta de construção de 104,00 m2,

inscrito na respectiva matriz predial urbana no ano de 1981, sob

o art.º 2100.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de

Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEI-

RA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico,

nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento

e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de

Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado

infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s)

de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) EMILIA CANDIDA NABO PEREI-

RA, residente em MONTEMOR-O-NOVO, o(a) qual deverá mostrar

o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6

CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-07-07 e as 16:00 horas

do dia 2011-09-06

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 32.802,00.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante

acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador

registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de

bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Ci-

dadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão

Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou

superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações

anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-08-23, pelas 10:00

horas, e termina no dia 2011-09-07 às 10:00. As propostas, uma

vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal

em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do

Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º

da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão

de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo

de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão

de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e)

CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e

mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias,

contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser

autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,

de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante

em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos

que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre

as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto

Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1

CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores

desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para

reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o

pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o

bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:

Identifi cação do Executado:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337200301002163 (e

apensos)

NIF/NIPC: 113086466

Nome: EMILIA CANDIDA NABO PEREIRA

Morada: R CURVO SEMEDO 20 - MONTEMOR O NOVO -

MONTEMOR-O-NOVO

2011-07-06

O Chefe de Finanças

José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1525 de 15/07/2011 2ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE MOURASecção Única

ANÚNCIO

Processo: 3/08.7TBMRA

Acção de Processo Sumário

Autor: Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, E.P.E.

Chamado: David Miguel da Costa Cadeirinhas e outro(s)...

N/Referência: 600830

Data: 16-06-2011

Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados

da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando:

Chamado: Rui Miguel Moedas Cabeça, fi lho de Marcelino do Carmo

Cabeça e de Maria do Carmo Branquinho Moedas Cabeça, estado civil:

Solteiro, nascido em 06-04-1985, nacional de Portugal, NIF 241782058,

BI 12868708, domicílio: Rua Nova do Carmo, N.° 8, 7860-000 Moura

com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de

20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção,

com a cominação de que a falta de contestação importa a confi ssão dos

factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste no

pagamento da indemnização resultante da assistência hospitalar pres-

tada a Gonçalo Miguel Sousa Chaparro, por causa do acidente ocorrido

no dia 21/03/2001, com o veículo automóvel de matrícula BO-04-08, no

lugar dos Marmeleiros, sito na freguesia de Santo Agostinho, concelho

de Moura, no valor de 5.550,98€, bem como os juros legais vencidos

desde a sua citação até integral pagamento, tudo como melhor consta

do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à

disposição do citando.

O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judi-

ciais. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário

judicial.

A Juiz de Direito,

Dr(a). Luciana Mateus

O Ofi cial de Justiça

Joaquim Infante

Page 30: Edição nº 1525

6 / cadernodois / Diário do Alentejo /15 de julho de 2011

diversos/ necrologia

Diário do Alentejo nº 1525 de 15/07/2011 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMODÔVARSecção Única

ANÚNCIO

Processo: 17/10.7TBADV

Justifi cação no Caso de Morte Presumida

Requerente: Manuel Luís Gonçalves e outro(s)...

Requerido: Manuel António e outro(s)...

Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 4 (quatro) meses,

contados da publicação do anúncio de que foi proferida sentença

em 31-03-2011 a declarar a morte presumida de Manuel António,

residente que foi em domicílio: 7700-000 S. Barnabé, reportando-a

ao dia 02/03/2002

Almodôvar, 04-06-2011

N/Referência: 273363

O Juiz de Direito,

Dr(a,). Maria do Rosário Coelho Fonseca

O Ofi cial de Justiça,

Paula Brito

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Diário do Alentejo nº 1525 de 15/07/2011 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA

EDITAL Nº 220/2011

Abertura de concurso para atribuição

de uma licença de transporte público de aluguer,

em veículos automóveis ligeiros de passageiros

– táxi, para uma vaga do contingente da freguesia

de Mértola, concelho de Mértola

Jorge Paulo Colaço Rosa, Presidente da Câmara

Municipal do concelho de Mértola:

Torna público, em cumprimento da deliberação

tomada pela Assembleia Municipal em reunião de 30

de Junho de 2011, que se encontra aberto, pelo prazo

de quinze dias a contar da data da publicação deste

edital no Diário da República, concurso para atribui-

ção de licença de táxi para uma vaga do contingente

da freguesia de Mértola, sita na praça de táxis na Av.

Aureliano Mira Fernandes em Mértola, nos termos do

Regulamento do transporte público de aluguer, em ve-

ículos automóveis ligeiros de passageiros – táxi, e em

conformidade com o programa de concurso que poderá

ser consultado no site www.cm-mertola.pt ou na secção

de atendimento da Câmara Municipal de Mértola, sita

no Largo Vasco da Gama em Mértola.

Para constar e devidos efeitos se lavrou o presente

edital, que vai ser afi xado nos lugares de estilo.

Câmara de Mértola, aos 5 dias do mês de Julho

de 2011

O Presidente da Câmara,

Jorge Paulo Colaço Rosa

Diário do Alentejo nº 1525 de 15/07/2011 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA1º Juízo

Processo: 23/10.1EAEVR

Processo Comum (Tribunal Singular)

N/Referência: 2044589

ANÚNCIOA Mma Juiz de Direito Dra. Ana Reis Baptista, do(a) 1° Juízo – Tribunal

Judicial de Beja:

FAZ SABER que no Processo Comum (Tribunal Singular) n.°

23/10.1EAEVR, em que são arguidos:

Galvaro – Comércio e Restauração, Ldª NIF - 507681916, domicílio:

Rua Manuel da Fonseca, N° 16, R/c Esq°, Fracção C, 7600-000 Aljustrel,

foi a mesma condenada pela prática de um crime contra a genuinidade

e qualidade de géneros alimentícios, p.p. 24°, n° 1, al.c), em conjugação

com o art° 82°, n° 1, al. c) e n° 2, al.c) e art° 3°, todos do DL n° 28/84 de

20/01, praticado em 23-02-2010; e condenado por sentença de 27-05-2011

e transitada em julgado em 27-06-2011, na pena de quarenta dias de multa

à taxa diária de quinze euros, no montante global de 600 € (seiscentos

euros) e ainda pela prática da contra-ordenação p.e p. pelo art° 6°, n°1,

al. a) do DL n° 113/2006 de 12/6, com referência aos art°s 3° e 4°, n° 2 do

Regulamento CE 852/2004 e n° 1 do Anexo II do mesmo diploma numa

coima de 500 € (quinhentos euros);

e José Francisco Frederico Mestre, NIF - 189743123, BI - 8277991,

domicílio: R. Miguel Torga, 16, 7600-111 Aljustrel, foi o mesmo condenado

pela prática de um crime contra a genuinidade e qualidade de géneros

alimentícios, p.p. 24°, n° 1, al. c), em conjugação com o art° 82°, n° 1, aI.

c) e n° 2, al.c) e art° 3°, todos do DL n° 28/84 de 20/01, praticado em 23-

02-2010; e condenado por sentença de 27-05-2011 e transitada em julgado

em 27-06-2011, na pena de 3 meses de prisão, substituída por igual tempo

de multa, e na pena de trinta dias de multa, à taxa diária de nove euros,

o que perfaz, em cúmulo material, a pena única de cento e vinte dias de

multa, à taxa diária de nove euros, no montante global de 1.080 € (mil e

oitenta euros) e ainda pela prática da contra-ordenação p.e p. pelo art° 6°,

n°1, al. a) do DL n° 113/2006 de 12/6, com referência aos art°s 3° e 4°, n°

2 do Regulamento .CE 852/2004 e n° 1 do Anexo II do mesmo diploma

numa coima de 500 € (quinhentos euros).

Beja, 05-07-2011.

A Juiz de Direito,

Drª Ana Reis Baptista

A escrivão adjunta,

Rosa Maria Ribeiro Feixeira

Oriola

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Maria José Lúcio

Esposo, fi lhos, nora, genro,

netos e restante família cum-

prem o doloroso dever de

participar o falecimento da

sua ente querida ocorrido no

dia 05/07/2011, e na impos-

sibilidade de o fazer indivi-

dualmente vêm por este meio

agradecer a todas as pesso-

as que a acompanharam à

sua última morada ou que de

qualquer forma manifestaram

o seu pesar.

Mértola

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Ana Maria SimãoN. 05/03/1918 – F. 02/07/2011

Filhos, noras, genros, netos,

bisnetos e restante família

cumprem o doloroso dever de

participar o falecimento da sua

ente querida, e na impossibili-

dade de o fazer individualmen-

te vêm por este meio agrade-

cer a todas as pessoas que a

acompanharam à sua última

morada, ou que de outra forma

manifestaram o seu pesar.

Beringel

AGRADECIMENTO

E MISSA DO 30º DIA

Luísa da Conceição

Pires Alves1º Mês de Eterna Saudade

Marido, fi lhos e pais agrade-

cem a todas as pessoas que

manifestaram o seu pesar

e os acompanharam neste

momento de dor e de partida.

Participam que será celebra-

da missa pelo eterno descan-

so da sua ente querida no dia

18/07/2011, segunda-feira, às

18.30 horas na Igreja Matriz

de Beringel, agradecendo

desde já a todos os que com-

parecerem ao acto religioso.

Vila de Frades

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Isabel da Conceição

Carapeto

Rosa Mendes Santos

Esposo, fi lhos e restante fa-

mília cumprem o doloroso

dever de participar o faleci-

mento do seu ente querido

ocorrido no dia 04/07/2011, e

na impossibilidade de o fazer

individualmente, vem por este

meio agradecer a todas as

pessoas que a acompanha-

ram à sua ultima morada ou

que de qualquer forma mani-

festaram o seu pesar.

Informamos ainda que será

celebrada missa no dia

29/07/2011, sexta-feira, às

18.30 horas na Igreja de

São João Batista de Vale

Milhaços.

MISSA

Carlos Manuel Hilário

Dias Gonçalves

Aleixo9º Ano de Eterna Saudade

Connosco…para sempre!

Será celebrada missa pelo

seu eterno descanso no dia

20/07/2011, quarta-feira, pe-

las 18 e 30 horas na Igreja do

Carmo, em Beja.

Diário do Alentejo nº 1525 de 15/07/2011 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BARRANCOS

EDITAL Nº 22/2011(Alteração do Plano de Pormenor

do Parque Empresarial de Barrancos) Dr. ANTÓNIO PICA TERENO, Presidente da Câmara

Municipal de Barrancos:

Torna público, em cumprimento do artigo 149.º do Decreto-

Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo

Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro e pelo Decreto-

Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro, na sua redacção actual

que, através da deliberação n.º 03/AM/2011, de 28 de Junho,

foi aprovada a alteração ao Plano de Pormenor do Parque

Empresarial de Barrancos, tendo sido a alteração publicada

em Diário da Republica no dia 6 de Julho de 2011, através do

Aviso n.º 13757/2011.

Mais se informa que as alterações ao plano produzem

efeitos desde o dia seguinte ao da sua publicação em Diário

da República.

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual

teor que vão ser afi xados nos lugares públicos do costume.

Paços do Município de Barrancos, 07 de Julho de 2011

O Presidente

Dr. António Pica Tereno

Page 31: Edição nº 1525

7 / cadernodois / Diário do Alentejo /15 de julho de 2011

necrologia

CAMPAS E JAZIGOSDECORAÇÃO

CONSTRUÇÃO CIVIL“DESDE 1800”

Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

MISSA

Fortunato Vitorino

Condeça11º Ano de Eterna Saudade

Ainda hoje

a saudade invade

Nosso coração amargurado

É uma dor

que consome e arde

Quando se perde

alguém amado

Deixaste

uma saudade imensa

Desde o dia em que partiste

Na alma uma dor intensa

E o coração sempre triste

Será celebrada missa no

dia 17 de Julho, domingo, às

18.30 horas na Igreja da Sé

em Beja.

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Esposa, fi lhos e demais fa-

mília cumprem o doloroso

dever de participar o fale-

cimento do seu ente queri-

do ANTÓNIO FRANCISCO

PENHA TORRES, no dia

03/07/2011.

A família agradece a todas

as pessoas que os acom-

panharam no seu funeral ou

que de outro modo manifes-

taram o seu pesar. Um agra-

decimento especial a toda a

equipa do Hospital de Dia

(médicos, enfermeiros e res-

tantes funcionários), assim

como a todo o pessoal do

piso 6 do Hospital de Beja,

que o trataram com carinho

como se de um familiar se

tratasse.

Baleizão

MISSA

Manuel Diogo3º Ano de Eterna Saudade

Filha, neta, genro e restante

família participam a todas

as pessoas de suas rela-

ções e amizade, que será

celebrada missa pelo eter-

no descanso do seu ente

querido no dia 19/07/2011,

terça-feira, pelas 18.30

horas na Igreja da Sé em

Beja, agradecendo desde

já a todos os que nela par-

ticiparem.

PARTICIPAÇÃO,

AGRADECIMENTO

E MISSA DO 30º DIA

Joaquim António

das Dores Chiado

Esposa, fi lha e genro cum-

prem o doloroso dever de

participar o falecimento do

seu ente querido ocorrido no

dia 17/06/2011, e na impos-

sibilidade de o fazer individu-

almente, vêm por este meio

agradecer a todas as pes-

soas que o acompanharam

à sua última morada ou que

de outra forma manifestaram

o seu pesar.

Mais informam que será

celebrada missa no dia

17/07/2011, domingo, às

18,30 horas na Igreja da Sé

em Beja, agradecendo desde

já a todos os que nela com-

pareçam.

Santana de Cambas

É com enorme pesar e soli-

dários na dor da família que

participamos o falecimento da

Sra. Amália Batista Borges

de 95 anos, viúva.

O funeral a cargo desta

Funerária realizou-se no pas-

sado dia 09 de Julho da Igreja

de Santana de Cambas para

o cemitério local.

A família na impossibilidade

de o fazer individualmente,

agradece a todas as pesso-

as que pela sua presença ou

de outra forma expressaram

o seu pesar.

Serpa

É com enorme pesar e soli-

dários na dor da família que

participamos o falecimento

da Sra. Adelina Maria de 95

anos, viúva.

O funeral a cargo desta

Funerária realizou-se no pas-

sado dia 11 de Julho da Casa

Mortuária de Serpa para o

cemitério local.

A família na impossibilidade

de o fazer individualmente,

agradece a todas as pesso-

as que pela sua presença ou

de outra forma expressaram

o seu pesar.

FuneráriaCentral de Serpa, Lda.

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

FuneráriaCentral de Serpa, Lda.

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Serpa

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Lucinda Antunes

da Graça

Filhos, netos, irmãs, sobri-

nhos e restante família cum-

prem o doloroso dever de

participar o falecimento da

sua ente querida ocorrido no

dia 08/07/2011, e na impos-

sibilidade de o fazer indivi-

dualmente vêm por este meio

agradecer a todas as pesso-

as que a acompanharam à

sua última morada ou que de

qualquer forma manifestaram

o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

SERPENSE, LDA.Gerência: António Coelho

Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344

SERPA

Mértola

AGRADECIMENTO

E MISSA

António Afonso

Allen RevezN. 20/07/1920

F. 24/06/2011

Esposa, fi lhos, nora, genro,

netos e restante família, na

impossibilidade de o faze-

rem pessoalmente, vêm por

este meio agradecer a todos

aqueles que nesta hora de

dor nos acarinharam e acom-

panharam.

Participam também que será

rezada missa por sua alma,

no dia 24 de Julho pelas 10

horas, na Igreja Matriz de

Mértola.

Agência Funerária Baiôa, Lda.MÉRTOLA

N.º Verde Grátis 800 207 933

BEJA/FERREIRA DO ALENTEJO

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO FRANCISCO PENHA TORRES, de 59 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Catarina da Conceição Torrinha Barnabé Torres. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 5, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo onde foi cremado.

SANTA VITÓRIA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ALICE DOS PRAZERES FREITAS DA GRAÇA, de 76 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

BALEIZÃO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. FELICIANA DA GRAÇA, de 97 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

SANTA VITÓRIA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIANA BÁRBARA, de 96 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ LOURENÇO DE MATOS de 81 anos, natural de Salvada – Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, das Casas Mortuárias de Beja para o cemitério desta cidade.

CABEÇA GORDA

†. Faleceu o Exmo. Sr. SÉRGIO MIGUEL BARÃO FRIEZA, de 33 anos, natural de Salvada - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras

condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

www.funerariapax-julia.pt E-mail: [email protected]

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos

Page 32: Edição nº 1525

8 / cadernodois / Diário do Alentejo /15 de julho de 2011

No plano exposicional oportuna-mente divulgado pela Federação Portuguesa de Filatelia (FPF) cons-

tam 27 certames exposicionais, a realizar um pouco por todo o País.

Na zona 1 (região norte) terão lugar 12 certames; na zona 2 (centro) dois; na zona 3 (Grande Lisboa) um; na zona 4 (Alentejo e Algarve) quatro; e na zona 6 (Açores) quatro. Para a zona 5 (Madeira) não se encontra agen-dada qualquer ex-posição.

Deste conjunto exposicional, qua-tro têm a catego-ria de Filapex, isto é, são certames de competição entre filatelistas de dois clubes, o clube or-ganizador e um ou-tro convidado. Uma destas exposições terá lugar em Beja e terá como orga-nizador o Núcleo de Colecionismo do Centro Cultural e Desportivo do Hos-pital José Joaquim Fer na nde s que , para o efeito, con-vidou a Confraria Timbrológica Meri-dional – Armando Álvaro Bóino de Azevedo de Évora.

Para a lém do número atrás des-crito está prevista a realização de uma exposição nacional e uma outra regio-nal, ambas a reali-zar pela Associação Poveira de Colec-cionismo de Póvoa do Varzim, e que es-tão agendadas para a segunda metade do mês de outubro.

Simultaneamente com a divulgação do plano exposicional, a FPF também di-vulgou a lista das publicações periódi-cas que vai apoiar financeiramente este ano. Estão nestas condições as revistas “Vale do Neiva Filatélico”, da Associação Filatélica do Vale do Neiva; o “Boletim do Clube Filatélico de Portugal”, do clube com o mesmo nome; o “Timbre”, da Confraria Timbrológica (Évora); “Selos e Moedas” do Clube Galitos de Aveiro; e “Filatelia Lusitana” da FPF.

Estas publicações irão receber 375 € por cada número publicado.

Paulo Dias realiza mais um leilão A casa leilo-eira “Leilões P. Dias”, de Lisboa, realiza ama-nhã, sábado, o segundo dos três leilões que tem previstos para este ano.

Irão estar em praça 2800 lotes que abran-gem todas as classes filatélicas.

São vários os lotes que nos merecem uma referência especial. Comecemos pelo lote que

quanto a nós será o mais disputado, o lote número 1590; trata-se, segundo a descrição do catá-logo, de um “Franco de porte, linear azul de Bolama, em so-brescrito circula-do para Portugal/ /Lisboa com a mar-ca oval no verso ‘Pro-víncias Ultramari-nas/27-3-81’, apli.

cada à chegada”.Continuando a des-crição do catálogo, esta marca postal “foi utilizada durante um curto período de tempo por falta de se-los em 1881 até abril, sendo à data conhe-cidas apenas mais cinco peças”.

É um exemplar considerado rarís-simo e em bom es-tado de conservação; tem o preço base de 2000 €.

Destacamos tam-bém os lotes número 1930 e 1932; ambos são de selos conside-rados “não emitidos”.

O lote 1930 cons-ta de um só selo de 1913 da série D. Carlos, com desenho e gravura de Eugène Mouchon e que apre-senta a sobrecarga “República”, aplicada

em Macau; tem o valor base de 1600 €.O lote 1932 é um conjunto de qua-

tro selos de 1955, que pretendia assinalar o 4.º Centenário do Estabelecimento dos Portugueses em Macau. Vai à praça por 3000 €.

O par de selos que encima esta página é o lote 1181. Trata-se de um par horizontal do selo de 100 réis lilás de D. Maria II de 1853; apresenta o carimbo de barras 77 que corres-ponde a Coimbra. O catálogo da Afinsa atri-bui-lhe o valor de 6860 € e vai à praça pelo va-lor base de 1000€.

O catálogo pode ser consultado através da visita ao sítio www.leiloespdias.pt.

F ilatelia Geada de Sousa

27 exposições para este ano

Espaço bd Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

China rica, China pobre

Outrasnovidades

La Théorie des Cordes Fiscales, por

Stephen Desberg e Daniel Koller,

sob edição Lombard. É o sexto tomo

da série “I.R.$. – All Watcher”.

Com edição Casterman e auto-ria de Saulne (aliás, Sylvain Limousi), a obra “Ça Ne

Coûte Rien” transporta-nos à dis-tante China dos dias de hoje.

Aí, em Xangai, descobrimos duas Chinas que, mais ou menos, vi-vem calmamente lado a lado: a evo-luída e moderna para os grandes senhores e turistas e a pobre e con-formada onde sobrevive uma vasta população.

Um jovem francês deambula de uma ponta à outra, obrigando-nos a ref letir atentamente perante as suas próprias observações.

Uma bem curiosa “viagem”!

Com edição da Câmara Municipal de Moura e autoria do argumentista e in-vestigador Jorge Magalhães foi lançado no salão Moura-BD/2011 o fascículo “Vítor Péon e o western, de Denver Bill a Tomahawak Tom”.

Trata-se de um belíssimo trabalho elucidativo sobre o percurso na ver-tente western do nosso grande e sau-doso desenhista Vítor Péon. Vale bem a pena conhecer este exaustivo trabalho--estudo de Magalhães.

Os interessados deverão solicitar a obra ao município de Moura.

Editora: Lombard.Autor: Derib.Obra: “Les Saisons d’une Vie, par Kathleen”, da série “Buddy Longway”.

É um álbum muito especial, com uma rápida viagem por toda a maravi-lhosa saga de Buddy Longway. Da fa-mília deste só resta a filha Kathleen, cujo irmão (Jérémie) e pais (Buddy e Chinook) já faleceram.E agora é precisamente Kathleen quem escreve um “livro de memórias” com toda a força emotiva.E, como que a cilindrar-nos, aqui se re-gistam espetaculares e inéditas aguarelas de Derib, para além de belas ilustrações a preto e branco. Um álbum obrigatório!

Vítor Péon e o western

Les Saisons d’une Vie