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1 Revista Attalea® Agronegócios - Jan 2009 -

Edição 30 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2009

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Edição 30 - Revista de Agronegócios - Janeiro/2009

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Agronegócios

- Jan 2009 -

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Agronegócios- Jan 2009 -

Att

alea

F U N D A Ç Ã OEDUCACIONAL

Convênio com a AEAARP

(Associação dos Engenheiros,

Arquitetos e Agrônomos de

Ribeirão Preto/SP)

Convênio com a AEAARP

(Associação dos Engenheiros,

Arquitetos e Agrônomos de

Ribeirão Preto/SP)

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU É NA FAFRAMPÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU É NA FAFRAMConvênio com a AEAAI

(Associação dos Engenheiros,

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Ituverava/SP)

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Ituverava/SP)

Convênio com a ACI

(Associação Comercial

de Ituverava/SP)

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(Associação Comercial

de Ituverava/SP)

• Agronegócio e Desenvolvimento Sustentável

• Produção Agropecuária e Comercialização

• Educação Ambiental e Responsabilidade Social

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• Geoprocessamento e Georeferenciamento deimóveis urbanos e rurais

• Agroindústria Canavieira

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• Engenharia e Segurança do Trabalho

• Direito Empresarial Agroambiental

• Desenvolvimento de WEB com Aplicações em Banco de Dados

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CORPO DOCENTE ESPECIALIZADO

(IAC, ESALQ/USP, IEA, UNESP,

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ligado às áreas de:

Agronomia, Administração,

Ciências Biológicas, Ciências Contábeis,

Comércio Exterior, Direito, Economia,

Engenharia Agrícola, Engenharia de Alimentos,

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Engenharia de Produção, Ecoturismo,

Medicina Veterinária, Zootecnia,

ou de outras áreas de conhecimento que

queiram se engajar num mercado de trabalho

que esta cada vez mais globalizado e competitivo.

Ter diploma na mão já não é maisgarantia de competitividade

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Agronegócios

- Jan 2009 -Venha conhecer a linha detratores cafeeiros compactos

Novas sinaleiras traseiras Eixo dianteiroPlataforma do operador

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Linhas de Crédito de 6 anos, com 1 ano de carênciaGarantia de 8 meses para peças originais montadas na OimasaOrçamento de peças e serviços sem compromissoFrota de veículos para assistência tanto no campo como na concessionária

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Agronegócios- Jan 2009 -

A Revista Attalea Agronegócios,registrada no Registro de Marcas

e Patentes do INPI, é umapublicação mensal da

Editora Attalea Revista deAgronegócios Ltda., com

distribuição gratuita a produtoresrurais, empresários e

profissionais do setor deagronegócios, atingindo

85 municípios das regiõesda Alta Mogiana, Sul e

Sudoeste de Minas Gerais.

EDITORA ATTALEA REVISTADE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

R. Profª Amália Pimentel, 2394,Tel. (16) 3403-4992

São José - Franca (SP)CEP: 14.403-440

DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

(16) [email protected]

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Adriana Dias(16) 9967-2486

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CONTABILIDADE

Escritório Contábil LaborR. Campos Salles, nº 2385,

Centro - Franca (SP)Tel (16) 3722-3400

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R. Padre Anchieta, 1208, CentroFranca (SP) - Tel. (16) 3711-0200

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ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

OAB/SP 140.385

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FORMA, INCLUINDO OS MEIOSELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos, as opiniões eos conceitos emitidos em matérias

assinadas são de inteiraresponsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a

opinião da REVISTAATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / AssinaturasEditora Attalea Revista de Agronegócios

Rua Profª Amália Pimentel, 2394São José - Franca (SP)

CEP [email protected]

Foto da Capa:- Christian JohnsonGarrafa da Cachaça Elisa Ouro.(Patrocínio Paulista/SP)

EEEEEDDDDDIIIIITTTTTOOOOORRRRRIIIIIAAAAALLLLL

Com o início dos preparativos da 40ª EXPOAGRO -Com o início dos preparativos da 40ª EXPOAGRO -Com o início dos preparativos da 40ª EXPOAGRO -Com o início dos preparativos da 40ª EXPOAGRO -Com o início dos preparativos da 40ª EXPOAGRO -Exposição Agropecuária de Franca (SP), a ser realizadaExposição Agropecuária de Franca (SP), a ser realizadaExposição Agropecuária de Franca (SP), a ser realizadaExposição Agropecuária de Franca (SP), a ser realizadaExposição Agropecuária de Franca (SP), a ser realizadaem maio de 2009, relembramos uma foto histórica, deem maio de 2009, relembramos uma foto histórica, deem maio de 2009, relembramos uma foto histórica, deem maio de 2009, relembramos uma foto histórica, deem maio de 2009, relembramos uma foto histórica, de1985, cedida pelo amigo Heitor de Lima, onde retrata a1985, cedida pelo amigo Heitor de Lima, onde retrata a1985, cedida pelo amigo Heitor de Lima, onde retrata a1985, cedida pelo amigo Heitor de Lima, onde retrata a1985, cedida pelo amigo Heitor de Lima, onde retrata aabertura da EXPOAGRO daquele ano. Da esquerda paraabertura da EXPOAGRO daquele ano. Da esquerda paraabertura da EXPOAGRO daquele ano. Da esquerda paraabertura da EXPOAGRO daquele ano. Da esquerda paraabertura da EXPOAGRO daquele ano. Da esquerda paraa direita: Ary Pedro Balieiro (vice-prefeito atual e naa direita: Ary Pedro Balieiro (vice-prefeito atual e naa direita: Ary Pedro Balieiro (vice-prefeito atual e naa direita: Ary Pedro Balieiro (vice-prefeito atual e naa direita: Ary Pedro Balieiro (vice-prefeito atual e naépoca), Nelson Nicolau (então Secr. de Agricultura doépoca), Nelson Nicolau (então Secr. de Agricultura doépoca), Nelson Nicolau (então Secr. de Agricultura doépoca), Nelson Nicolau (então Secr. de Agricultura doépoca), Nelson Nicolau (então Secr. de Agricultura doEstado SP), Heitor de Lima (Secr. de Agricultura deEstado SP), Heitor de Lima (Secr. de Agricultura deEstado SP), Heitor de Lima (Secr. de Agricultura deEstado SP), Heitor de Lima (Secr. de Agricultura deEstado SP), Heitor de Lima (Secr. de Agricultura deFranca), Airton Sandoval (então Deputado Estadual),Franca), Airton Sandoval (então Deputado Estadual),Franca), Airton Sandoval (então Deputado Estadual),Franca), Airton Sandoval (então Deputado Estadual),Franca), Airton Sandoval (então Deputado Estadual),Sidnei Rocha (prefeito atual e na época também) eSidnei Rocha (prefeito atual e na época também) eSidnei Rocha (prefeito atual e na época também) eSidnei Rocha (prefeito atual e na época também) eSidnei Rocha (prefeito atual e na época também) eMilton Baldochi (então Deputado Estadual).Milton Baldochi (então Deputado Estadual).Milton Baldochi (então Deputado Estadual).Milton Baldochi (então Deputado Estadual).Milton Baldochi (então Deputado Estadual).

Os 3P’s: Persistência, Pesquisa e PolíticasPúblicas impulsionam o agronegócio

A REGIÃO EM FATOS E IMAGENS

CAPA

ENVIEM-NOS FOTOS SOBRE O TEMA “AGRONEGÓCIOS”, DASREGIÕES DA ALTA MOGIANA OU SUDOESTE MINEIRO,

PARA PUBLICARMOS NESTA SEÇÃO.

EMAIL’[email protected]@[email protected]

PORTAL PEABIRUSwww.peabirus.com.br/redes/form/comunidade?id=1470

O brasileiro realmente é um povodiferenciado. Não que eu seja um aduladorda política medíocre e caolha do governo fe-deral, que ainda insiste em “marolinha”quando na verdade a onda já quebrou emcima do produtor e do empresário, bem comodo trabalhador urbano e rural. Não estou aquipara ignorar a falta de juros, as perdas econô-micas, as altas de preços e as dificuldades decomercialização em todos os setores.

Mas o brasileiro surpreende sempre quese encontra em momentos de crise. Ele con-segue transformar em oportunidade as dificul-dades do dia-a-dia.

Nesta questão, podemos dizer que apesquisa e a tecnologia são os principais meiosutilizados para reduzir custos, aprimorar siste-mas e elaborar novos produtos, amenizandoas dificuldades econômicas atuais.

Retratamos aqui duas boas contribui-cões de políticas públicas voltadas ao agrone-gócio brasileiro: o Programa Pró-TratorPrograma Pró-TratorPrograma Pró-TratorPrograma Pró-TratorPrograma Pró-Trator,criador pelo governo do Estado de São Pauloe o Programa Mais AlimentoPrograma Mais AlimentoPrograma Mais AlimentoPrograma Mais AlimentoPrograma Mais Alimento, promovidopelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Apresentamos algumas pesquisas quecontribuem com as atividades agropecuárias.

Na bovinocultura de leite, apresentamosinformações sobre a utilização da polpa cítricana alimentação do gado. Na horticultura,apresentamos informações sobre os novoshíbridos de alface, pimentão e tomatedesenvolvidos pela empresa Tomatec, deCampinas (SP).

Na cafeicultura, apresentamos dois arti-gos muito importantes. O primeiro, traz infor-mações novas sobre a produção de mudas decafé em tubetes. O segundo, mostra as dife-renças de duração entre os períodos de flora-ção e maturação de cafés das variedades Catuaíe Mundo Novo.

Na silvicultura, apresentamos artigo in-teressante sobre o cultivo do Eucalipto e aconservação do solo . Já com relação ao CedroAustraliano, apresentamos informações sobreestudos desenvolvidos no município de CampoBelo (MG).

Mas o grande destaque de nossa ediçãoestá na matéria sobre Cachaça de Alambique.Pela segunda vez consecutiva, a AgropecuáriaSanta Elisa, sediada em Patrocínio Paulista(SP), se destaca no cenário nacional.

Comandada pelo amigo ChristianJohnson - filho do saudoso Bruce Baner

Johnson - a Cachaça Elisaconquistou o prêmio máximono 3º Concurso Nacional3º Concurso Nacional3º Concurso Nacional3º Concurso Nacional3º Concurso Nacionalde Avaliação da Qualida-de Avaliação da Qualida-de Avaliação da Qualida-de Avaliação da Qualida-de Avaliação da Qualida-de de Cachaçade de Cachaçade de Cachaçade de Cachaçade de Cachaça, realizadoem Lorena (SP), no final doano passado. Ressaltamos queesta conquista não é novidade.No ano passado, a CachaçaElisa também havia ganho omesmo concurso.

Boa leitura a todos!

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Agronegócios

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MMMMMÁÁÁÁÁQQQQQUUUUUIIIIINNNNNAAAAASSSSS

Buscando adquirir tratores agrícolascom desconto de até 20% e ainda finan-ciamentos sem juros e carência de atétrês anos, pequenos e médios produtoresrurais de todo o Estado de São Paulosuperlotaram as concessionárias demáquinas agrícolas no último mês dedezembro. Mais de 1.600 pedidos paraa adesão ao Programa Pró-Trator fo-ram protocolados no Estado, desde aassinatura do convênio entre o governodo Estado e o banco Nossa Caixa,ocorrida no início de dezembro.

O Programa Pró-Trator é um pro-grama da Secretaria de Agricultura doEstado de São Paulo, faz parte do Fundode Expansão do Agronegócio Paulista(Feap) e conta com seis concessionáriasparceiras: Agritech, Agrale, Valtra, Mas-sey Ferguson, John Deere e CNH. Po-

PROGRAMA PRÓ-TRATOR faz agricultoresPROGRAMA PRÓ-TRATOR faz agricultoresPROGRAMA PRÓ-TRATOR faz agricultoresPROGRAMA PRÓ-TRATOR faz agricultoresPROGRAMA PRÓ-TRATOR faz agricultoressuperlotarem as concessionárias da regiãosuperlotarem as concessionárias da regiãosuperlotarem as concessionárias da regiãosuperlotarem as concessionárias da regiãosuperlotarem as concessionárias da região

dem ser financiados tratores entre 50 e120 cavalos.

Conforme o secretário de Agricultu-ra do Estado, João Sampaio, somentena primeira semana foram mais de 650pedidos, ou seja, mais de 10% dos 6 miltratores previstos para serem financia-dos pelo programa. “Foi uma surpresarecebermos tantos pedidos logo naprimeira semana. A previsão era de queos 6 mil tratores durassem dois anos. Masse continuar neste ritmo vamos atingira meta antes disso.”

A proposta do programa é beneficiarprodutores que obtêm no mínimo 80%da renda bruta anual com a atividadeagropecuária, limitada a R$ 400 mil/ano.

O prazo para pagamento é de até 5anos e a carência é de até 3 anos,

dependendo da atividade agrícola e doprojeto técnico.

Para a Agritech, fabricantes dostratores e microtratores Yanmar Agri-tech, uma das participantes do Progra-ma, a iniciativa irá viabilizar a muitosprodutores a compra de um trator, pro-porcionando um ganho em produti-vidade com a mecanização. “Além defacilitar a questão financeira, o Pro-grama Pró-Trator de São Paulo tam-bém é um processo democrático, pois éo produtor quem escolhe o modelo quevai comprar”, acrescenta o gerente devendas da empresa, Nelson Watanabe.

Para aderir ao programa o produtorinteressado deve procurar a Casa deAgricultura ou Escritório de Desenvol-vimento Regional (EDR) do municípioe pedir uma análise para

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Agronegócios- Jan 2009 -

MMMMMÁÁÁÁÁQQQQQUUUUUIIIIINNNNNAAAAASSSSS

1) - TRATOR COM POTÊNCIA MÍNI-MA DE 50cv. Características mí-nimas:-tração 4x4; transmissãocom 8 marchas à frente e 2 mar-chas à ré; TDP; pneus dianteiros8.0-18R1; pneus traseiros 14.9-4R1; plataforma de operação aber-ta com estrutura de segurança e tol-do; levante hidráulico 3 pontos com-pleto; 1 válvula de controle remoto;barra de tração; contrapesosdianteiros.

2) - TRATOR COM POTÊNCIAMÍNIMA DE 75 cv. Característicasmínimas: tração 4x4; transmissãocom 8 marchas à frente e 2 mar-chas à ré; TDP; pneus dianteiros9.5-24R1; pneus traseiros 14.9-24R1; plataforma de operaçãoaberta com estrutura de segurançae toldo; levante hidráulico 3 pontoscompleto; 1 válvula de controleremoto; barra de tração; contra-pesos dianteiros.

3) - TRATOR COM POT. MÍNIMA DE80cv. Características mínimas: tra-ção 4x4; transmissão com 8 mar-chas à frente e 2 marchas à ré; TDP;pneus dianteiros 12.4-24R1; pneustraseiros 18.4-30R1; plataforma deoperação aberta com estrutura desegurança e toldo; levante hidráu-lico 3 pontos completo; 1 válvula decontrole remoto; barra de tração;contrapesos dianteiros e traseiros.

4) - TRATOR COM POT. MÍNIMA DE100cv. Características mínimas:tração 4x4; transmissão com 8marchas à frente e 2 marchas àré; TDP; pneus dianteiros 13.6-24R1; pneus traseiros 18.4-30R1; plataforma de operação aberta comestrutura de segurança e toldo; le-vantamento hidráulico 3 pontoscompleto; 2 válvulas de controleremoto; barra de tração;contrapesos dianteiros e traseiros.

5) - TRATOR COM POT. MÍNIMA DE120cv. Características mínimas:tração 4x4; transmissão com 12marchas à frente e 4 marchas à ré;TDP; pneus dianteiros 14.9-24 R1;pneus traseiros 18.4-34R1; plata-forma de operação aberta com es-trutura de segurança e toldo; levantehidráulico 3 pontos completo; 2 vál-vulas de controle remoto; barra detração; contrapesos dianteiros etraseiros. (FONTE: Nossa Caixa)

enquadramento no programa, que éfeita pela Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral (CATI).

De posse do documento de apro-vação emitido pela CATI, o produtorterá até 30 dias para apresentar a pro-posta para análise de crédito na NossaCaixa. Se aprovado, o banco emitirá acarta de crédito para o produtor apre-sentar na revenda de uma das conces-sionárias parceiras.

De posse da nota fiscal emitida pelaconcessionária, o produtor deve pro-

O QUE PODE SERFINANCIADO

Dentre os modelos de trator mais vendidos na região entre os cafeicultores,Dentre os modelos de trator mais vendidos na região entre os cafeicultores,Dentre os modelos de trator mais vendidos na região entre os cafeicultores,Dentre os modelos de trator mais vendidos na região entre os cafeicultores,Dentre os modelos de trator mais vendidos na região entre os cafeicultores,estão os modelos Massey Ferguson MF265, da Oimasa (esquerda) e o Yanmar-estão os modelos Massey Ferguson MF265, da Oimasa (esquerda) e o Yanmar-estão os modelos Massey Ferguson MF265, da Oimasa (esquerda) e o Yanmar-estão os modelos Massey Ferguson MF265, da Oimasa (esquerda) e o Yanmar-estão os modelos Massey Ferguson MF265, da Oimasa (esquerda) e o Yanmar-Agritech 1155 superestreito, da Sami Máquinas (direita).Agritech 1155 superestreito, da Sami Máquinas (direita).Agritech 1155 superestreito, da Sami Máquinas (direita).Agritech 1155 superestreito, da Sami Máquinas (direita).Agritech 1155 superestreito, da Sami Máquinas (direita).

Mesmo num cenário de crise econô-mica mundial, os números do Progra-Progra-Progra-Progra-Progra-ma Mais Alimentos ma Mais Alimentos ma Mais Alimentos ma Mais Alimentos ma Mais Alimentos são positivos. Deacordo com dados apresentados pelaAssociação Nacional dos Fabricantes deVeículos Automotores (Anfavea), osetor registrou no último ano umaumento de 45% nas vendas de tratoresda linha da agricultura familiar (até 75CV). “O Mais Alimentos é um sucesso eveio para ficar, já está consolidado eservindo de exemplo para outrosprogramas”, avalia o vice-presidente daAnfavea, Mário Fioretti.

O ministro do DesenvolvimentoAgrário, Guilherme Cassel, recebeu emjaneiro seu gabinete em Brasília (DF),representantes das empresas fabricantesde máquinas e implementos agrícolasque possuem acordo com o Ministériodo Desenvolvimento Agrário (MDA) naimplementação do programa MaisAlimentos. Também participaram doencontro executivos da Anfavea.

De acordo com Cassel, a intençãodo MDA com esses encontros é seantecipar aos possíveis problemas quepossam surgir, principalmente em

curar novamente a Nossa Caixa paraformalização e liberação do crédito.

Em consulta com o engenheiro agrô-nomo da Casa da Agricultura de Franca(SP), na primeira quinzena de janeirodeste ano, constatamos que a grandedificuldade do Programa Pró-Trator éo agricultor se enquadrar. Faltam com-provantes fiscais, principalmente doimposto de renda. Sem ele, o produtornão consegue comprovar que pelomenos 80% de sua renda provém daagricultura.

Programa Mais Alimentos tambémPrograma Mais Alimentos tambémPrograma Mais Alimentos tambémPrograma Mais Alimentos tambémPrograma Mais Alimentos tambémimpulsiona venda de tratoresimpulsiona venda de tratoresimpulsiona venda de tratoresimpulsiona venda de tratoresimpulsiona venda de tratores

decorrência da crise econômica. “OMais Alimentos é exemplar, pois reagebem, consegue crescer na crise”, afirmouo ministro. Os representantes dasempresas aproveitaram a ocasião parasugerir melhorias no programa, comoacelerar a inclusão de outros agentesfinanceiros e buscar um equilíbrio entreas ações da Emater nos diversos estadosdo País.

A revisão dos preços dos produtos,prevista nos Acordos de CooperaçãoTécnica firmados entre o MDA e ossetores industriais para ser decidida nestemês, foi um dos itens da pauta doencontro. Ficou acertado que o reajusteserá de 7,55%, abaixo da inflação decustos da ordem de 12,4%.

O Plano Safra da Agricultura Fami-liar 2008/2009 trouxe como novidadeo programa Mais Alimentos. Trata-sede uma linha especial de crédito quedestina recursos para investimentos eminfra-estrutura da propriedade rural. Alinha financia até R$ 100 mil que podemser pagos em até dez anos, com jurosanuais de 2% e três anos de carência.(FONTE: MDA e INCRAFONTE: MDA e INCRAFONTE: MDA e INCRAFONTE: MDA e INCRAFONTE: MDA e INCRA)

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Agronegócios

- Jan 2009 -

CCCCCOOOOONNNNNTTTTTAAAAABBBBBIIIIILLLLLIIIIIDDDDDAAAAADDDDDEEEEE

Produtores rurais podem utilizar créditoProdutores rurais podem utilizar créditoProdutores rurais podem utilizar créditoProdutores rurais podem utilizar créditoProdutores rurais podem utilizar créditode ICMS na compra de produtos agrícolasde ICMS na compra de produtos agrícolasde ICMS na compra de produtos agrícolasde ICMS na compra de produtos agrícolasde ICMS na compra de produtos agrícolas

CONTABILIDADE RURAL

CADASTRO NO INCRA (C.C.I.R.), I.T.R.,IMPOSTO DE RENDA, DEPARTAMENTOPESSOAL, CONTABILIDADE E OUTROS

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Para a grande maioria dosprodutores rurais do país, a uti-lização dos créditos de ICMS naprodução agrícola é uma grandenovidade. “Por isso, os créditosainda são pouco utilizados. Esteprocedimento quase não existe”,afirma Luis César Marangoni,diretor do Escritório Alvorada,tradicional escritório de conta-bilidade rural da região deFranca (SP).

Mas, afinal, o que são os“Créditos de ICMS”? Como oprodutor rural pode obtê-los?De que forma podem ser utili-zados?

Para o secretário de Agricultura eAbastecimento do Estado de São Pau-lo, João de Almeida Sampaio Filho, amelhor definição do crédito de ICMSé que é um ativo do produtor. “Ele opagou na hora da compra do insumoe tem direito à restituição. Com apossibilidade de utilizá-lo na própriaprodução agrícola, o produtor ruralreduz o efeito cascata nas demais ope-rações com o produto, que facilita naredução do preço final da merca-doria”, afirma.

Os governos dos estados de SãoPaulo e de Minas Gerais oferecem aosprodutores rurais a possibilidade detransferirem crédito acumulado deICMS, que também é válido para ascooperativas.

Em Minas, o benefício é regula-mentado pelo Decreto Estadual44.942, de 12 de novembro de 2008.

Já em São Paulo, pelo Decreto Esta-dual53.671, de 10 de novembro do anopassado.

Através destes decretos, eles podemtransferir seus créditos de ICMS –provenientes da aquisição de insumosagropecuários (ver boxe ao lado) – paraaquisição de máquinas e implementosagrícolas, insumos agropecuários e em-balagens, além de combustível, energia

elétrica, sacaria nova e materiaisde embalagem, entre outros.

Para Luis César Marangoni,o desconhecimento do benefícioe a imagem de “algo complica-do” acabam restringindo o usode tal benefício.

“A escrituração da proprie-dade rural precisar estar bemorganizada, com os talões denotas fiscais corretamente pre-enchidos, conforme as notasfiscais de entrada das operaçõese comprovando a movimen-tação contábil. Fora isto, oescritório de contabilidade rural

se responsabiliza por encaminhar adocumentação necessária junto aoPosto Fiscal da Receita Estadual.

Liberado os créditos, o agricultorpassa a se responsabilizar pelo contatocom as empresas de máquinas einsumos, buscando trocar os créditospor mercadorias do seu interesse”,explica Marangoni.

Quem pode fazer a recupe-Quem pode fazer a recupe-Quem pode fazer a recupe-Quem pode fazer a recupe-Quem pode fazer a recupe-ração?ração?ração?ração?ração?

Todo e qualquer produtor ruraldevidamente inscrito na Fazenda doEstado de São Paulo, devendo tam-bém estar inscrito no Cadastro Na-cional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

Quais insumos dão origem àQuais insumos dão origem àQuais insumos dão origem àQuais insumos dão origem àQuais insumos dão origem àrecuperação?recuperação?recuperação?recuperação?recuperação?

Tudo o que for utilizado pelo pro-dutor em sua atividade agropastoril,

desde que tais insumos (combustíveis,corretivos de solo em geral, agro-químicos em geral, embalagensdescartáveis de venda da produção,eletricidade, frete, dentre outros)sejam onerados pelo ICMS na horada compra.

O que pode ser feito com osO que pode ser feito com osO que pode ser feito com osO que pode ser feito com osO que pode ser feito com oscréditos de ICMS?créditos de ICMS?créditos de ICMS?créditos de ICMS?créditos de ICMS?

No caso de São Paulo, o produtorpode trocar os seus créditos por

TIRE SUAS DÚVIDAS

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Agronegócios- Jan 2009 -

Escritório Contábil

ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS E

CONTABILIDADE EM GERAL

Rua Campos Salles, 2385Centro - Franca (SP)Tel. (16) 3722-3400 - Fax (16) 3722-4027

Rua José de Alencar, 1951Estação - Franca (SP)Tel. (16) 3722-2125 - Fax (16) 3722-4938

CONTABILIDADE RURAL - CRÉDITO DE ICMSdinheiro, caso faça a venda de suaprodução a uma indústria queaceite a troca. Essa modalidade éuma negociação pela qual aindústria que adquiriu a pro-dução não é obrigada a receberos créditos, portanto, só será feitaa transferência se a indústriaquiser.

O produtor ainda poderáadquirir bens ou insumos des-tinados à sua produção agropas-toril e pagar com seus créditos.Mas não há obrigatoriedade de asempresas vendedoras aceitá-los empagamento, o que deverá ser negocia-do caso a caso, em particular.

Os bens que podem ser ad-Os bens que podem ser ad-Os bens que podem ser ad-Os bens que podem ser ad-Os bens que podem ser ad-quiridos com os créditos são:quiridos com os créditos são:quiridos com os créditos são:quiridos com os créditos são:quiridos com os créditos são:

a) Tratores, máquinas e imple-mentos agrícolas, suas partes e peçasem geral;

b) - Sacaria nova e materiais deembalagem descartáveis;

c) - Combustíveis - óleo diesel,gasolina (para veículos e aviões depulverização), álcool, gás veicular e gáspara aquecimento de aviário;

d) - Energia elétrica utilizada namovimentação de máquinas e equipa-mentos destinados à atividade agro-pastoril;

e) - Insumos agropecuários: inse-ticida, fungicida, formicida, herbicida,parasiticida, germicida, acaricida, ne-maticida, raticida, desfolhante, des-secante, espalhante, adesivo, estimula-dor ou inibidor de crescimento (regu-lador), vacina, soro ou medicamento,com destinação exclusiva a uso na agri-cultura, pecuária, apicultura, aqüicul-tura, avicultura, cunicultura, ranicul-

tura ou sericicultura; ração animal,concentrado, suplemento, aditivo,premix ou núcleo, sendo o fabricanteou o importador devidamente regis-trado nos ministérios da Agricultura eda Reforma Agrária e o seu número sejaindicado no documento fiscal; calcárioou gesso, como corretivo ou recupe-rador do solo; composição ou fabri-cação de ração animal; esterco animal;mudas de plantas; sêmen congelado ouresfriado; enzimas preparadas paradecomposição de matéria orgânicaanimal; amônia, uréia, sulfato deamônio; nitrato de amônio, nitrocálcio,MAP (mono-amônio-fosfato), DAP(di-amônio fosfato) ou cloreto depotássio; adubo simples ou composto,ou fertilizante; girino, alevino, ovo fértile aves de um dia, exceto as ornamentais;gipsita britada destinada ao uso naagropecuária ou à fabricação de salmineralizado; milheto, quando desti-nado a produtor e à cooperativa deprodutores.

Como são feitas as “compras”?Como são feitas as “compras”?Como são feitas as “compras”?Como são feitas as “compras”?Como são feitas as “compras”?Primeiro, o produtor tem de estar

com seus créditos aprovados até o mês

imediatamente anterior ao dacompra. Depois, precisa verificarse o produto ou bem está dentroda listagem dos permitidos peloGoverno. Após esses procedi-mentos, procurar qual a empre-sa aceitará os créditos e acertartodos os detalhes (forma de venda,valor a ser transferido, data pro-vável da transferência etc). Tirara nota fiscal do produto (NF),fazendo constar da nota de vendatodos os dados de sua propriedade

detentora do crédito (lembrando queos créditos são da propriedade e nãodo produtor). Após receber a NF devenda, fazer a nota fiscal de produtor(NFP) em transferência de créditos nosexatos moldes do contido na PortariaCAT 17/03.

Levar a NF de venda (primeira eterceira vias) e a NFP de transferência(1ª, 2ª e 4ª vias) no Posto Fiscal dapropriedade para pegar o carimbo deliberação do crédito, enviando a seguira primeira e quarta vias da NFP aovendedor.

Sem perigo em se fazer aSem perigo em se fazer aSem perigo em se fazer aSem perigo em se fazer aSem perigo em se fazer arecuperação dos créditosrecuperação dos créditosrecuperação dos créditosrecuperação dos créditosrecuperação dos créditos

Não há perigo em fazer a recupe-ração e a transferência. De acordo coma Secretaria Estadual da Receita, operigo está em “quem” faz esse serviçopara o produtor. Por isso, ele devesempre procurar por pessoa capa-citada, com clientes que lhe possam darindicações de serviços já realizados eir ao Posto Fiscal ou revendasautorizadas para verificar se a pessoaque está se dispondo a realizar osserviços é conhecida.

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Pecuaristas utilizam a polpa cítricaPecuaristas utilizam a polpa cítricaPecuaristas utilizam a polpa cítricaPecuaristas utilizam a polpa cítricaPecuaristas utilizam a polpa cítricacomo substituta para o milhocomo substituta para o milhocomo substituta para o milhocomo substituta para o milhocomo substituta para o milho

Subproduto da agroindús-tria citrícola, a polpa cítricapode ser uma boa alternativapara a alimentação do rebanhobovino. Composta basicamentepor cascas, sementes e bagaçode laranja, depois que a fruta ésubmetida à extração do suco,a polpa cítrica pode ser arma-zenada em condições ideais,podendo durar até a próximasafra.

Usada há mais de um séculona alimentação dos bovinos nohemisfério norte, somente nosúltimos anos esse produtopassou a fazer parte, de forma maisefetiva, da alimentação do rebanhobrasileiro. Grande parte da polpaproduzida no país era vendida para oexterior, o que encarecia o produtointernamente.

O seu processo de produção, queocorre entre maio e dezembro, consistebasicamente de duas prensagens dobagaço da laranja para a retirada deágua, obtendo-se um material com até75% de umidade. O líquido obtido no

processo é reincorporado apolpa, para facilitar aformação de pellets, comonormalmente é apresentadopara consumo. O seufornecimento se dádiretamente no cocho,completando o volumoso ou,se o produtor preferir,misturado à ração, desde queo misturador esteja capacitadopara triturá-lo. Com isso,reduzem-se os custos queenvolvem o fornecimento deconcentrados, promovendomaior economia no processo.

Antes de introduzir o produto na dieta,porém, é preciso fazer umplanejamento da alimentaçãoestabelecida na fazenda, pois só assimvai se maximizar o desempenhopropiciado pelo produto.

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De acordo com Jailton Carneiro,nutricionista e pesquisador da EmbrapaGado de Leite, o valor energético (NDT)da polpa representa 70% do valorenergético do milho, o que a torna umaboa substituta para os grãos. “Mas apolpa só é plenamente viável quando oseu preço representar, no máximo, 70%do preço do milho”, afirma. Os preçoscostumam oscilar de acordo com aoferta e a cotação internacional e naépoca da safra é possível encontrar apolpa a valores competitivos.

Outro fator que pode aumentar oscustos da polpa é o transporte. Enquan-to as lavouras de milho estão dispersasno Brasil, grande parte da produção delaranja do País concentra-se em SãoPaulo, favorecendo os produtores maispróximos das áreas de citricultura.

O preço do produto varia conformea safra da laranja. Entre os meses de maioe janeiro, quando se colhe a fruta, osvalores são mais atrativos. Contabili-zando-se os custos e verificando quenão há impedimento econômico, autilização da polpa traz vantagens: ela éum alimento palatável, possui 24% defibras digestíveis (FDN) e 70% de NDT.Isso lhe dá condições de substituir nãosó o milho, mas também outros cereaisenergéticos.

Utilizando a polpa cítrica - Utilizando a polpa cítrica - Utilizando a polpa cítrica - Utilizando a polpa cítrica - Utilizando a polpa cítrica - Apolpa cítrica pode ser usada de váriasmaneiras. O pesquisador da EmbrapaGado de Leite, Fermino Deresz, afirmaque uma das formas de utilização écomo aditivo na produção de silagensde capins tropicais, melhorando oprocesso de fermentação. “As gramíneastropicais são pobres em carboidratosenquanto a polpa é excelente nesteaspecto. Seu uso na produção de silagemdo Capim-Elefante, por exemplo, au-menta o teor de matéria seca da silagem,beneficia o processo de fermentação ediminui as perdas”, diz Deresz. Elerecomenda que seja entre 10% e 20% aparticipação da polpa cítrica nas silagensde gramíneas tropicais, na base damatéria seca.É indicada para vacas emlactação, novilhas e bezerros. Mas nãose deve exagerar na utilização doproduto para não comprometer a açãode outros componentes da dieta, já queela pode interferir na digestibilidade dacelulose e, assim, alterar o balancea-mento da dieta.

P BP BP BP BP B

Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Níveis Comparativo de ProteínaBruta, Valor Energético e FibrasDigestíveis do Milho e da Polpa Cítrica.

ProdutoProdutoProdutoProdutoProdutoMilhoPolpa Cítrica

10%24%

* PB = Proteína Bruta; NDT = Valor Energéti-co; FDN = Fibras Digestíveis. Fonte: NutrientRequeriments Dairy Cattle - NRC

NDTNDTNDTNDTNDT FDNFDNFDNFDNFDN85%70%

10%7%

“A dieta precisa ser equilibrada parase obter resposta em produção de leite.A polpa não pode ser dada em excesso,pois acaba comprometendo a ação dosoutros elementos que compõem areceita”, destaca.

Deresz recomenda que sejam for-necidos até quatro quilos de polpa paravacas em qualquer estágio da lactação,divididos em duas vezes (dois quilospela manhã e dois à tarde). Para asnovilhas, pode-se usar a polpa até 30%da matéria seca total da dieta (volumoso+ concentrado).

O fornecimento do produto reduza necessidade de grão de milho ou sorgojá que, com a polpa, os animais estãorecebendo grande parte da energia deque necessitam.

Mas, por ser um alimento com baixoteor de proteína e minerais (principal-mente sódio, fósforo e enxofre), Dereszchama a atenção para a necessidade deum melhor balanceamento da alimen-tação do rebanho, o que pode ser feitocom o apoio de um técnico.

Por sua alta digestibilidade (24% deFDN), a polpa é indicada para vacas dealta produção que utilizam níveiselevados de concentrados. “As caracte-rísticas positivas da fermentação rumi-nal, quando se usa o produto, diminuema acidose das vacas. Isto se deve ao fatodo produto ser fibroso o que, na fermen-tação ruminal, permite a produção de

menos ácido propiônico e mais ácidoacético”, diz Deresz.

Além disso, por estimular a produçãode ácido acético no rúmen, ocorre oaumento do teor de gordura no leite.Numa época em que os sólidos totaisestão bastante valorizados, essa nãodeixa de ser uma vantagem adicional.

Polpa x Milho - Polpa x Milho - Polpa x Milho - Polpa x Milho - Polpa x Milho - Por possuir gran-

de valor energético e uma fração fibrosade alta digestibilidade, a polpa cítrica éum ótimo substituto para o milho. Oproduto tem ainda um elevado teor depectina (cerca de 30%), um carboi-drato cuja degradação é bastante ele-vada no rúmen, acelerando o processodigestivo e, como conseqüência, esti-mulando o consumo de alimentos porparte dos bovinos. Compare na TabelaTabelaTabelaTabelaTabela11111 os valores que diferenciam o milhoda polpa cítrica.

Vantagens da polpa cítrica -Vantagens da polpa cítrica -Vantagens da polpa cítrica -Vantagens da polpa cítrica -Vantagens da polpa cítrica -Quando o preço do produto nãoconstitui um fator limitante, as vanta-gens da utilização da polpa cítrica sãomuitas.

Confira algumas delas:••••• O produto possui bom teor de

energia (70% de NDT).••••• Sua fração fibrosa é de alta diges-

tibilidade, o que aumenta o consumode alimentos.

••••• A polpa cítrica, ao melhorar a fer-mentação, aumenta a qualidade dassilagens de gramíneas tropicais quandousada como aditivo no processo deensilagem.

••••• Oferecida no cocho como alimentoexclusivo ou misturado ao volumoso, oproduto diminui a ocorrência de pro-blemas metabólicos (acidose ruminal),especialmente nas vacas de maior pro-dução que consomem grande quanti-dade de concentrado.

••••• Por estimular a produção de ácidoacético no rúmen da vaca, a polpa cí-trica contribui para aumentar o teor degordura no leite.

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Cachaça Elisa conquista prêmioCachaça Elisa conquista prêmioCachaça Elisa conquista prêmioCachaça Elisa conquista prêmioCachaça Elisa conquista prêmiomáximo em concurso nacionalmáximo em concurso nacionalmáximo em concurso nacionalmáximo em concurso nacionalmáximo em concurso nacional

Há dois anos atrás, tiveo privilégio de entrevistar oempresário rural BruceBaner Johnson, norte-ame-ricano radicado no Brasil eproprietário do AlambiqueSanta Elisa, em PatrocínioPaulista (SP). Na época,Bruce estava colhendo osfrutos de anos de conheci-mento e dedicação na pro-dução de cachaça de alam-bique. A Cachaça ElisaCachaça ElisaCachaça ElisaCachaça ElisaCachaça ElisaAirosa OuroAirosa OuroAirosa OuroAirosa OuroAirosa Ouro havia arre-batado o primeiro lugar no2º Concurso Nacional deAvaliação da Qualidade deCachaça, promovido peloLaboratório para o Desen-volvimento da Química daUSP-São Carlos.

Infelizmente, Bruce faleceu. Foiuma perda irreparável. Mas o seu tra-balho não foi em vão e vem sendoadministrado, com ‘sabedoria’, pelo filhoChristian Johnson.

Como prêmio à esta dedicação e co-nhecimento, em dezembro do ano pas-sado, o Alambique Santa Elisa foi umdos grandes destaques do 3º ConcursoNacional de Avaliação da Qualidade deCachaça, realizado em Lorena (SP), du-rante o 7º Brazilian Meeting on Chem-istry of Food and Beverages.

No evento, a Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-tra Premiumtra Premiumtra Premiumtra Premiumtra Premium foi escolhida como uma

das quatro cachaças brasileiras comconceito máximo. As outras marcascampeãs foram: Sirigaita do CanárioSirigaita do CanárioSirigaita do CanárioSirigaita do CanárioSirigaita do Canário(Batatais/SP), Dedo de Prosa Car-Dedo de Prosa Car-Dedo de Prosa Car-Dedo de Prosa Car-Dedo de Prosa Car-valhovalhovalhovalhovalho (Piranguinho/MG) e GermanaGermanaGermanaGermanaGermana(Caeté/MG).

Além do prêmio máximo, o Alam-bique Santa Elisa conquistou ainda doissegundos lugares na categoria enve-lhecida - com as cachaças Ginga BrasilGinga BrasilGinga BrasilGinga BrasilGinga BrasilOuroOuroOuroOuroOuro e Elisa Airosa OuroElisa Airosa OuroElisa Airosa OuroElisa Airosa OuroElisa Airosa Ouro, bem co-mo o título de campeã na categoria ca-chaça descansada, com a cachaça ElisaElisaElisaElisaElisaAirosa PrataAirosa PrataAirosa PrataAirosa PrataAirosa Prata.

“Minas Gerais tem cachaças exce-

lentes. Mas o que ninguém sabeé que nós, paulistas, tambémtemos. A estratégia de marke-ting deles é primorosa”, analiaChristian.

Na verdade, a qualidade dacachaça brasileira deve ser res-peitada em todo mundo. O ve-lho Bruce Baner já dizia queuma cachaça bem feita apre-senta qualidade superior aomais famoso whisky do mun-do. Carlos Lima, diretor execu-tivo do IBRAC - Instituto Brasi-leiro da Cachaça, compartilhada mesma análise.

Para comprovar esta tese,o produtor mostra com orgu-lho a premiação da marca in-ternacional de cachaça da em-presa em um concurso reali-

zado na Inglaterra, o Silver Best inClass.“Além do mercado interno, aempresa exporta, tendo a Califórniacomo nosso principal mercado. Comisto, a demanda vem aumentando, o quetem contribuído para a manutenção denossa produção, estimada em 80 millitros por ano”, afirma o produtor.

Segundo ele, a empresa vem se espe-cializando em atender os diversos nichosde mercado. “O carro-chefe da empresaé a Cachaça ElisaCachaça ElisaCachaça ElisaCachaça ElisaCachaça Elisa, produto bi-desti-lado. Mas a boa aceitação do públicopor cachaça monodestilada contribuiupara que investíssemos também na

O empresário Christian Johnson, em sua loja em PatrocínioO empresário Christian Johnson, em sua loja em PatrocínioO empresário Christian Johnson, em sua loja em PatrocínioO empresário Christian Johnson, em sua loja em PatrocínioO empresário Christian Johnson, em sua loja em PatrocínioPau l i s t a .Pau l i s t a .Pau l i s t a .Pau l i s t a .Pau l i s t a .

As conquistas da Cachaça Elisa: o 6º Brazilian Meeting, realizado em São José do Rio Preto/SP, em 2006 (esq.); o SilverAs conquistas da Cachaça Elisa: o 6º Brazilian Meeting, realizado em São José do Rio Preto/SP, em 2006 (esq.); o SilverAs conquistas da Cachaça Elisa: o 6º Brazilian Meeting, realizado em São José do Rio Preto/SP, em 2006 (esq.); o SilverAs conquistas da Cachaça Elisa: o 6º Brazilian Meeting, realizado em São José do Rio Preto/SP, em 2006 (esq.); o SilverAs conquistas da Cachaça Elisa: o 6º Brazilian Meeting, realizado em São José do Rio Preto/SP, em 2006 (esq.); o SilverBest Class, realizado na Inglaterra em 2007 (centro); e o 7º Brazilian Meeting, realizado em Lorena (SP), em 2008 (dir.).Best Class, realizado na Inglaterra em 2007 (centro); e o 7º Brazilian Meeting, realizado em Lorena (SP), em 2008 (dir.).Best Class, realizado na Inglaterra em 2007 (centro); e o 7º Brazilian Meeting, realizado em Lorena (SP), em 2008 (dir.).Best Class, realizado na Inglaterra em 2007 (centro); e o 7º Brazilian Meeting, realizado em Lorena (SP), em 2008 (dir.).Best Class, realizado na Inglaterra em 2007 (centro); e o 7º Brazilian Meeting, realizado em Lorena (SP), em 2008 (dir.).

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produção da Ginga BrasilGinga BrasilGinga BrasilGinga BrasilGinga Brasil”, explicaChristian.

Além destes produtos e buscandoatingir outros tipos de consumidores, aempresa está investindo em diversi-ficação e já lançou uma linha de licores- nos sabores café e jabuticaba.

E não para por aí. Mostrando aindamais sua capacidade empreendedora,Christian informa que, em abril, estarápromovendo o lançamento de uma Re-serva Especial da Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-Cachaça Elisa Ex-tra Premiumtra Premiumtra Premiumtra Premiumtra Premium. “Trata-se de um produ-to diferenciado, um lote com mais de10 anos, com embalagem própria, dire-cionado a um público seleto. Ainda nãodefinimos a forma deste lançamento,mas já avisamos que dispomos de cercade apenas mil litros”, diz Christian.

A empresa comercializa seus pro-dutos em lojas especializadas de SãoPaulo (SP), Ribeirão Preto (SP) e Franca(SP) e dispõe de uma loja própria na ci-dade de Patrocínio Paulista (SP), ‘ca-pitaneado’ pelo amigo Edilson de CastroMartins.

Concurso - Concurso - Concurso - Concurso - Concurso - Coordenado pelo Dr.Douglas Wagner Franco, responsávelpelo Instituto de Química da USP deSão Carlos, o Concurso Nacional deConcurso Nacional deConcurso Nacional deConcurso Nacional deConcurso Nacional deAvaliação da Qualidade de Ca-Avaliação da Qualidade de Ca-Avaliação da Qualidade de Ca-Avaliação da Qualidade de Ca-Avaliação da Qualidade de Ca-chaçachaçachaçachaçachaça acontece conjuntamente como Brazilian Meeting on ChemistryBrazilian Meeting on ChemistryBrazilian Meeting on ChemistryBrazilian Meeting on ChemistryBrazilian Meeting on Chemistryof Food and Beveragesof Food and Beveragesof Food and Beveragesof Food and Beveragesof Food and Beverages (BMCFB).Trata-se de um encontro bianual, queacontece desde 1998, e envolve pesqui-sadores, profissionais das indústrias dealimentos e estudantes de pós-gradu-ação e graduação do país, com o obje-tivo de promover a divulgação de estu-

Da esquerda para a direita, os produtos do Alambique Santa Elisa: Elisa Prata,Da esquerda para a direita, os produtos do Alambique Santa Elisa: Elisa Prata,Da esquerda para a direita, os produtos do Alambique Santa Elisa: Elisa Prata,Da esquerda para a direita, os produtos do Alambique Santa Elisa: Elisa Prata,Da esquerda para a direita, os produtos do Alambique Santa Elisa: Elisa Prata,Elisa Ouro, Ginga Brasil Prata e Ginga Brasil GoldenElisa Ouro, Ginga Brasil Prata e Ginga Brasil GoldenElisa Ouro, Ginga Brasil Prata e Ginga Brasil GoldenElisa Ouro, Ginga Brasil Prata e Ginga Brasil GoldenElisa Ouro, Ginga Brasil Prata e Ginga Brasil Golden

dos sobre Química de Alimentos e Bebi-das, bem como incentivar a sua relaçãocom as áreas afins de Biotecnologia e deProcessos.

Nos anos 1998, 2000 e 2004, oevento aconteceu em São Carlos (SP),no Instituto de Química da USP. Em1999, foi realizado no Instituto de Quí-mica da Unesp de Araraquara (SP). Em2002, na Faculdade de Engenharia deAlimentos da Unicamp. Em 2006, foirealizado no Instituto de Biociências,Letras e Ciências Exatas da Unesp, deSão José do Rio Preto (SP). No ano pas-sado, foi realizado em Lorena (SP) econtou com a participação de pesquisa-dores de diversos países, como Bélgica,Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dina-marca, Escócia, Espanha, Itália, Portu-gal, Peru e Uruguai.

O evento vem se destacando pelaseriedade na organização do concurso.“A cachaça tem de ser analisada especifi-camente do ponto de vista sensorial equímico, sem esquecer da importânciada análise de substâncias que não de-

veriam estar ali”, analisa Franco.Neste último concurso, 50 produ-

tores participaram do rigoroso processode escolha das marcas campeãs, que foicomposto por três etapas.

Primeiramente, a análise química.Posteriormente,15 analistas sensoriaistreinados e chefiados por Luigi Odelo(pesquisador italiano do Centro StudiAssaggiatori, da cidade de Brescia)degustaram e elegeram as melhoresmarcas. E, finalmente, na terceira fase,cada produto (sem rótulo) foi provadopor 35 cidadãos comuns.

No final, quatro tiraram classificaçãoouro (sendo duas do Alambique SantaElisa); sete prata e uma bronze.

O ‘velho’ Bruce Baner, idealizador deO ‘velho’ Bruce Baner, idealizador deO ‘velho’ Bruce Baner, idealizador deO ‘velho’ Bruce Baner, idealizador deO ‘velho’ Bruce Baner, idealizador detodo o projeto da Agropecuária Santatodo o projeto da Agropecuária Santatodo o projeto da Agropecuária Santatodo o projeto da Agropecuária Santatodo o projeto da Agropecuária SantaE l i s aE l i s aE l i s aE l i s aE l i s a

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João Paulo Marana João Paulo Marana João Paulo Marana João Paulo Marana João Paulo Marana 11111

Édison Miglioranza Édison Miglioranza Édison Miglioranza Édison Miglioranza Édison Miglioranza 22222

Ésio de Pádua Fonseca Ésio de Pádua Fonseca Ésio de Pádua Fonseca Ésio de Pádua Fonseca Ésio de Pádua Fonseca 33333

Roberto Hiroshi Kainuma Roberto Hiroshi Kainuma Roberto Hiroshi Kainuma Roberto Hiroshi Kainuma Roberto Hiroshi Kainuma 44444

INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - A produção decafé no Brasil tem importância tantoeconômica como social, pois o país é omaior produtor mundial, e a culturautiliza predominante mãode-obra daprodução de mudas até a colheita.

Na produção comercial de mudasde café tradicionalmente são empre-gadas sacolas de polietileno. Esses reci-pientes, porém, trazem o inconvenientede necessitarem de maior volume desubstrato, o que aumenta a área do vi-veiro e dificulta o manejo, especial-mente com relação à distribuição deágua e mondas e, posteriormente, otransporte para o campo e a posterior

Índices de Qualidade e Crescimento deÍndices de Qualidade e Crescimento deÍndices de Qualidade e Crescimento deÍndices de Qualidade e Crescimento deÍndices de Qualidade e Crescimento deMudas de Café produzidas em TubetesMudas de Café produzidas em TubetesMudas de Café produzidas em TubetesMudas de Café produzidas em TubetesMudas de Café produzidas em Tubetes

distribuição para o plantio na lavoura(CAMPINHOS JR. & IKEMORI,1983). Além disso, maior quantidade desubstrato amplia a possibilidade dedisseminação de pragas e doenças, o quepode inviabilizar futuros cultivos.

Por outro lado, o uso de tubetesconstitui-se numa alternativa para so-lucionar esses problemas com vantagens(SIMÕES, 1987). Tais recipientes já vêmsendo utilizados com sucesso, por umbom período, em viveiros de pínus e deeucaliptos, com redução nos custos deprodução de aproximadamente 50%para mudas de eucaliptos (CAMPI-NHOS JR & IKEMORI, 1983). A pro-dução de mudas de café em tubetes vemsendo efetuada desde 1989 e atualmenteé usada em quase todo o Brasil (COSTAet al., 2000).

No caso da utilização de tubetes naprodução de mudas, não são recomen-dados substratos com predominância deterra ou areia (GOMES et al., 1985).

Por sua vez, a casca de arroz carbo-nizada, devido às suas característicasfísicas, químicas e biológicas, é poten-cialmente utilizável (MINAMI &GONÇALVES, 1994).

O vermicomposto, ou húmus deminhoca, é outro substrato promissor evem sendo estudadoespecialmente naprodução de mudas de espécies flo-restais (SCHUMACHER et al., 2001;VOGEL et al.,2001), sendo usadotambém como substrato na produçãode mudas de café (ANDRADE NETOet al.,1999).

O substrato comercial Plantmax®,devido às suas boas características físicas,também pode ser utilizado na produçãode mudas de café, embora necessite deadubações complementares. Na ver-dade, devido ao pequeno volume dostubetes, os substratos normalmente utili-zados em seu preenchimento não conse-guem fornecer as quantidades de nutri-entes adequados para o crescimento edesenvolvimento das mudas (MÜLLERet al., 1997; ANDRADE NETO et al.,1999; COSTA et al., 2000). Dessa forma,os nutrientes devem ser fornecidos naforma sólida ou por meio de fertirri-gação. MÜLLER et al. (1997) consegui-ram produzir mudas de café de boaqualidade em tubetes com o uso demistura de vermiculita e casca carbo-nizada de arroz, acrescidas de doses

1 - Programa de Pós-graduação em Agrono-mia, Universidade Estadual de Londrina(UEL), Londrina, PR, Brasil.2 - Departamento de Agronomia, UEL, CP6001, 86051-990, Londrina, PR, Brasil. E-mail: [email protected] - Curso de Agronomia, UEL, Londrina, PR,Brasil.= Artigo publicado na Revista CiênciaCiênciaCiênciaCiênciaCiênciaRural, v.38, n.1, jan-fev, 2008.Rural, v.38, n.1, jan-fev, 2008.Rural, v.38, n.1, jan-fev, 2008.Rural, v.38, n.1, jan-fev, 2008.Rural, v.38, n.1, jan-fev, 2008.

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adequadas de nitrogênio, fósforo epotássio, fornecidas via irrigação.Entretanto, os viveiristas produtores demudas de café geralmente não possuemestrutura suficiente para realizar afertirrigação em larga escala, enquantoos adubos sólidos tradicionais, devido aovolume limitado dos tubetes, nãopodem ser fornecidos de uma só vez,por ocasião da semeadura ou mesmodo transplantio.

Os nutrientes a serem fornecidos àsmudas devem ser disponibilizados deacordo com a necessidade das mesmas,durante o período de cinco meses que énecessário à sua formação. O uso de umadubo com liberação lenta atende a essaquestão, podendo assim servir para aprodução de mudas de café em tubetes,com qualidade necessária para acomercialização.

Nesse sistema de produção, a ava-liação da qualidade da muda pode seruma ferramenta para identificar se estásendo conduzida de maneira adequada,isto é, se as mudas encontram-se sadias,com o máximo potencial para sobre-vivência e posterior desenvolvimentono campo (FONSECA, 2000).

O princípio de avaliação quantitativaé de que quanto maior a muda melhor.Mas, para evitar distorções provenien-tes do excesso de nitrogênio, por exem-plo, ou do crescimento foliar em detri-mento do sistema radicular, utilizam-seíndices de qualidade, que são relaçõesentre os parâmetros de crescimento.

Neste trabalho, o objetivo foi estudaros efeitos das doses de adubo de libera-ção lenta e de dois tipos de substratossobre as diversas características decrescimento e sobre a qualidade das mu-das de café, a fim de obterem-se parâ-metros que permitam a padronização ea classificação segura da qualidade deum determinado lote de mudas.

MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - Oexperimento foi desenvolvido no perío-do de fevereiro a julho de 2001, no setorde produção demudas, no Centro deCiências Agrárias, na UniversidadeEstadual de Londrina, em Londrina -Paraná, com latitude 23o 23’S, longitude51o 11’W. O clima da região é Cfa,segundo a classificação de W.Köppen.

Foram utilizados dois substratos(substrato comercial Plantmax® e overmicomposto de esterco decurralcom casca de arroz carbonizada naproporção de 4:1 v/v) e cinco doses defertilizante de liberação lenta: 0, 5, 10,15, 20kg m-3 de substrato. O substrato

Plantmax® e o substrato vermicom-posto apresentavam respectivamente:nitrogênionitrogênionitrogênionitrogênionitrogênio 5,5cmolc dm-3 e 5,5cmolcdm-3; fósforofósforofósforofósforofósforo 2,5cmolc dm-3 e194,3cmolc dm-3; potássio potássio potássio potássio potássio 4,6cmolcdm-3 e 4,4cmolc dm-3; cálciocálciocálciocálciocálcio15,5cmolc dm-3 e 9,9cmolc dm-3;magnésiomagnésiomagnésiomagnésiomagnésio 24,7cmolc dm-3 e 8,7cmolcdm-3.

O adubo de liberação lenta utilizadofoi o Osmocote® com a seguinte com-posição química: N=15%, (7% amo-niacal e 8% nitrato), P2O5 = 9%, K2O= 12%, Ca = 3,5%, S = 2,3%, Mg = 1%,

Fe = 0,45%, Mn = 0,06%, Cu = 0,05%,Zn = 0,05% e Mo = 0,02%.

Os tubetes utilizados possuíamdiâmetro na parte superior de 35mm,140mm de altura e 120mL de capa-cidade volumétrica. Todos os tubetesforam previamente lavados e este-rilizados com hipoclorito de sódio a 2%diluído em água. Foram utilizadas duassementes de café, da cultivar “IAC 99”,por tubete, sendo estes mantidos nosetor de semeadura e germinação, queé protegido com plástico transparente etela de polietileno de coloração preta,

Figura 1 - Figura 1 - Figura 1 - Figura 1 - Figura 1 - Variação da matéria seca total (MST), matéria seca de parte aérea (MSPA),matéria seca de folhas (MSF), matéria seca de caule (MSC), altura da parte aérea (APA),área foliar (AF), altura da parte aérea com diâmetro de coleto (RAD), diâmetro de coleto(DC) das mudas de café produzidas em Vermicomposto e Plantmax®, em função das dosesde adubo de liberação lenta.

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com retenção de 48% do fluxo daradiação solar, e provido de sistema deirrigação suspenso com microaspersorescom vazão de 75 l h-1. Posteriormenteà germinação, as mudas foram levadaspara o viveiro coberto com sombritecom 50% de sombreamento e desbas-tadas, deixando-se apenasuma plântulapor tubete. Rega, monda, controle depragas e doenças foram efetuadosconforme recomendação para mudasde café.

O delineamento experimental foi ode blocos casualizados em esquemafatorial, com dois substratos e cincodoses de adubo de liberação lenta, comquatro repetições e 25 plantas porparcela, distribuídas em cinco linhas ecinco colunas.

A avaliação do crescimento e daqualidade da muda ocorreu aos 150 diasapós a semeadura (DAS).

Foram determinadas as seguintescaracterísticas: a) área foliar, expressaem cm2, estimada com medidor de áreafoliar LI-COR modelo LI-3000; b)número de folhas; c) altura da parteaérea, expressa em cm, medida comrégua milimetrada, a partir do coletoaté a gema apical; d) diâmetro do coleto,expresso em mm, medido utilizandoseum paquímetro com precisão de0,01mm; e) matéria seca de folhas,matéria seca do caule e matéria seca deraízes, expressas em gramas, determi-nadas em estufa de circulação forçada a75ºC até peso constante; f) matéria secatotal, expressa em gramas, obtida pelasoma das matérias secas de folhas caulee raiz; g) RPAR: relação da matéria secada parte aérea com a matéria seca deraízes; h) RAD: relação da altura parteaérea com o diâmetro do coleto; i) IQD:índice de qualidade de Dickson obtidopela fórmula j) IQD = [matéria seca total/(RAD + RPAR)] (DICKSON et al., 1960).

Para cada característica avaliadadentro de cada substrato, foram testa-dos modelos polinomiais para o efeito

de doses de adubo de liberação lenta. Ocritério para a escolha do modelo foi asignificância pelo teste F a 5% de pro-babilidade de erro que tenha apresen-tado maior valor de coeficiente de de-terminação (r2). Os pontos de máximoforam determinados por meio das deri-vada primeira das equações de regres-são.

RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO- - - - - O resultado da análise de variânciamostrou efeito significativo para dosese para substrato. Após a realização doteste F para determinar o grau das

equações, obteve-se que o efeito dasdoses de adubo de liberação lenta sobretodas as variáveis foi positivo quadráticopara o substrato Plantmax-café®, assimcomo para o substrato vermicomposto,excetuando-se a área foliar (AF) e odiâmetro do coleto (DC), cujos efeitosforam positivos quadráticos (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1).

Analisando o comportamento dasfunções da Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1, para o substratovermicomposto, observa-se que foramalcançados pontos de máximo cresci-mento correspondentes às doses deadubo de liberação lenta, que variaramde 13,75kg m-3 para diâmetro de coleto

Tabela 1 - Tabela 1 - Tabela 1 - Tabela 1 - Tabela 1 - Parâmetros de crescimento e qualidade de mudas de café: relação parte aérearaiz (RPAR), índice de qualidade de Dickson (IQD) e relação altura da planta e diâmetrodo coleto (RAD), em função dos tipos de substratos com cinco diferentes doses de adubode liberação lenta.

Médias não precedidas de mesma letra na vertical (entre substratos) diferem entre si em nívelde 1% pelo Teste de Tukey.

SubstratoSubstratoSubstratoSubstratoSubstratoParâmetro deParâmetro deParâmetro deParâmetro deParâmetro decrescimentocrescimentocrescimentocrescimentocrescimento

Massa Secaraiz (g)Massa Secacaule (g)Massa Secafolhas (g)Massa Secatotal (g)Númerode folhasÁrea foliar(cm2)Diâmetro docoleto (mm)Altura parteaérea (cm)

Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta (kg m(kg m(kg m(kg m(kg m- 3- 3- 3- 3- 3)))))

VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®

0,15a0,07b0,06a0,03b0,25a0,05b0,47a0,16b7,31a3,68b

52,81a12,36b

2,44a2,02b6,79a4,46b

000000,23a0,31a0,16b0,20a0,76b0,97a1,15b1,49a

10,43a10,62a

156,67b199,80a

3,27a3,23a

10,62b12,72a

555550,16b0,33a0,17b0,24a0,80b1,20a1,13b1,77a9,87b11,5a

149,08b239,90a

3,06b3,48a

10,57b13,85a

1 01 01 01 01 00,17b0,29a0,17b0,24a0,86b1,31a1,21b1,86a

10,43b11,81a

172,54b264,22a

3,06a3,31a

11,31b14,50a

1 51 51 51 51 50,17a0,24a0,17a0,24a1,01b1,33a1,38b1,57a

10,25b11,37a

193,72b259,39a

3,19a3,32a

11,70b13,60a

2 02 02 02 02 0

SubstratoSubstratoSubstratoSubstratoSubstratoParâmetro deParâmetro deParâmetro deParâmetro deParâmetro decrescimentocrescimentocrescimentocrescimentocrescimento

Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta Doses de Adubo Liberação Lenta (kg m(kg m(kg m(kg m(kg m- 3- 3- 3- 3- 3)))))

00000 55555 1 01 01 01 01 0 1 51 51 51 51 5 2 02 02 02 02 0

RAD VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®VermicompostoPlantmax®MÉDIAMÉDIAMÉDIAMÉDIAMÉDIA

2,77a2,45b0,09a0,04b2,071,141,60

3,26b3,94a0,15a0,19a4,404,274,33

3,45b4,01a0,11b0,21a6,954,715,83

3,69b4,42a0,12b0,19a6,566,066,31

3,69b4,11a0,13a0,16a7,957,567,75

IQD

RPAR

médiamédiamédiamédiamédia--------

5,59a4,75b

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(DC) até 18,42kg m-3 para relação alturada parte aérea/diâmetro do coleto(RAD). Para o substrato Plantmax-café® os pontos de máximo crescimentovariaram de13,31kg m-3 para odiâmetro de coleto (DC) até 15,28kg m-3 para matéria seca de folhas (MSF).

De acordo com os gráficos da figura1, observa-se que, na dose zero deadubo de liberação lenta, as caracterís-ticas de crescimento das mudas estuda-das apresentaram os menores valores.Isso comprova que existe a necessidadede complementação nutricional paraum bom desenvolvimento das mudasem tubetes, independentemente dosubstrato, como também foi encontradopor MÜLLER et al. (1997).

Na dose zero de adubo de liberaçãolenta, o desenvolvimento das mudas foimelhor no substrato vermicomposto,para todas as características de cresci-mento avaliadas, o que pode ser expli-cado pela fertilidade inicial do substratoprincipalmente em relação ao fósforo.

Por outro lado, a dose de 5kg m-3 deadubo de liberação lenta foi suficientepara o substrato Plantmax-café® sersuperior ao substrato vermicompostonas características avaliadas, exceto paradiâmetro do coleto (DC), mas aindainsuficiente para que a muda de cafédesenvolvesse o máximo de sua poten-cialidade (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1).

É interessante notar que, na dose de10kg m-3, todas as características decrescimento avaliadas apresentarammelhor desempenho quando o substratoera o Plantmax-café®. Isso inverte oque aconteceu com a dose zero deadubo de liberação lenta, na qual osubstrato vermicomposto apresentoumelhores resultados. Por outro lado, nadose de 15kg m-3, o Plantmax-café®também apresentou comportamentosuperior, enquanto que, para a dose de20kg m-3, as características diâmetrodo coleto (DC) e a relação altura daparte aérea/ diâmetro do coleto (RAD)foram praticamente iguais em relaçãoaos dois substratos (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1).

O substrato Plantmax-café®, ferti-lizado com adubo de liberação lenta,foi considerado adequado para a produ-ção de mudas de café segundoANDRADE NETO et al. (1999), apesarde naquele experimento o Plantmax®apresentar comportamento inferior aoesterco de curral em dosagem acima de50%. Estercos com maior concentraçãode nutrientes, como base do substrato,mesmo que curtido, podem não pro-mover um adequado desenvolvimento

das mudas, dependendo da forma comofor usado (SILVA Jr. & GIORGI, 1993).

As causas do melhor desempenhodo Plantmax-café® que o do vermi-composto (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1) devem ser expli-cadas pelas diferenças físicas e químicasentre os dois substratos. Uma possívelcausa é a de que a casca de arroz carbo-nizada, usada na composição do vermi-composto, possa ter contribuído paraaumentar o teor de manganês, sendoque este, somado ao Mn acrescentadopelo adubo de liberação lenta, pode terreduzido o crescimento das mudas.FRANCO et al. (2004) determinaramque a casca de arroz carbonizada apre-senta altos teores de Mn, cerca de705mg kg-1 de matéria seca.

Na Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1, estão apresentados osvalores médios do que se consideraramíndices de qualidade das mudas. Outrascaracterísticas, que não o RPAR, apre-sentaram interação significativa entre ossubstratos e doses de adubo de liberaçãolenta em nível de 5% de probabilidade,pelo teste F.

Uma vez que os parâmetros dedesempenho foram calculados a partirdas características de crescimento, fo-ram observados também os menoresvalores quando da ausência de aduba-ção, independentemente do substratoutilizado, exceto para matéria seca deraiz no substrato vermicomposto(Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1).

Os menores valores de matéria secatotal (MST) foram encontrados na dosezero de adubação, quando se comparamas doses de um mesmo substrato.

No entanto, quando, na dose zero,comparam-se os dois substratos, a MSTfoi maior para o vermicomposto quepara o Plantmax-café®. Entretanto, jáa partir da dose 5kg m-3, o Plantmax-café® apresentou melhor desempenhodo que o vermicomposto, compro-vando sua alta eficiência como adubode liberação lenta para suplementaçãode nutrientes em substrato para o cres-cimento de mudas de café (ANDRADENETO et al., 1999). Os valores de MSTvariaram entre 0,16 e 1,86.

Considerando-se que a dose de 10kgde adubo de liberação lenta por m3 desubstrato foi a mais adequada para ocrescimento e desenvolvimento docafeeiro (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1), valores de MSTentre 1,0 e 1,8 gramas de matéria secapor muda parecem razoáveis.

As relações altura da planta/diâ-metro do coleto (RAD) também forammenores na dose zero de adubação e,novamente, as plantas se desenvolveram

melhor em Vermicomposto que emPlantmax® (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1). Em todas asadubações com adubo de liberaçãolenta, as mudas também apresentarammelhor desempenho quando o substratousado foi o Plantmax®.

No caso do vermicomposto, osvalores de RAD variaram entre 2,77 e3,69, e os maiores valores foram obtidospara as doses de 10, 15 e 20kg m-3

(Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1).Com relação ao Plantmax®os va-

lores de RAD variaram entre 2,45 e4,42, e os maiores valores foram obtidospara as doses de 15 e 20kg m-3 (TabelaTabelaTabelaTabelaTabela11111).

De maneira geral, observou-se que,com o incremento das doses de adubo,aumentaram os valores de RAD,indicando um efeito semelhante aoestiolamento, crescendo a muda maisem altura do que em diâmetro docoleto. Considerando-se que a dose de10kg m-3 foi a mais adequada, então,valores de RAD de 3,5 a 4,0 parecemrazoáveis. Valores maiores indicamcrescimento excessivo da muda em altu-ra, e menores indicam menor cresci-mento. Em ambos os casos, os proble-mas podem ser controlados com omanejo das condições no viveiro. Ocrescimento excessivo pode ser contro-lado com reduções nas adubações,reduções na irrigação e exposição àplena luz.

Os índices de qualidade de Dicksonvariaram entre 0,04 e 0,21 (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1).Quando o substrato foi o vermicom-posto, a dose zero apresentou a menormédia e a dose de 5kg m-3 apresentou amaior média. Por outro lado, nas demaisdoses, os desempenhos das mudas foramintermediários entre esses dois extremos(Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1). No caso do Plantmax® omenor valor foi obtido na dose zero,sendo que, para todas as demais doses,as médias foram maiores que essa. Notratamento sem adubação, o vermicom-posto apresentou melhores resultadosque o Plantmax-café®. Estabelecendo-se como padrão o valor mínimo de0,20, conforme recomendação deHUNT (1990), observa-se que apenasna dose de 10kg de adubo de liberaçãolenta por m3 de Plantmax® as mudasatingiram esse valor. ConformeFONSECA (2000), o manejo das mudasno viveiro pode permitir que se atinja ovalor mínimo desejado.

Os valores da relação parte aérea/raiz (RPAR) variaram entre 1,14 e 7,95(Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1). De modo geral, RPARaumentou com o aumento da dose de

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adubo fornecido, independentementedo tipo de substrato.

Assim, somente com a dosagemmáxima obteve-se a maior média entreos dois substratos para a relação parteaérea/raiz (RPAR), que foi de 7,75(Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1). As mudas produzidas nosubstrato Plantmax® apresentarammédia menor que as produzidas nosubstrato vermicomposto, evidencian-do que as mudas de café apresentammaior crescimento de suas raízes quandodesenvolvidas no vermicomposto, emrelação ao Plantmax®. Considerando-se a dose de adubo de liberação lenta de10kg m-3 de substrato como a mais ade-quada para o desenvolvimento das mu-das, valores razoáveis de RPAR podemvariar de 4,7 a 7,0. Valores de RPARmenores que 4,7 indicam que a mudanão teve um bom desenvolvimento daparte aérea, sendo que, acima de 7,0, ocrescimento do sistema radicularaparentemente foi insuficiente.

Os índices estudados relacionam-secom um equilíbrio entre diferentesavaliações, através de uma razão entreelas. Identificou-se, neste trabalho, parao RPAR, que os melhores valores situa-ram-se entre quatro e sete, o que é se-melhante ao encontrado em MÜLLERet al. (1997), que não utilizaram adubode liberação lenta em seu estudo, o quemelhor caracteriza a validade de suareferência para uso generalizado.

CONCLUSÕES - CONCLUSÕES - CONCLUSÕES - CONCLUSÕES - CONCLUSÕES - Em tubetes de120mL, os substratos necessitaram deadubação para garantir o crescimentoe o desenvolvimento adequado dasmudas de café, sendo a dose de 10kg deadubo de liberação lenta por m3 desubstrato a mais adequada para a for-mação de mudas de café, independen-temente do substrato utilizado.

Quando se adubou com 10kg deadubo de liberação lenta por m3, no quese refere à qualidade de muda, foi

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ANDRADE NETO, A. et al. Avalia-ção de substratos alternativos e tipos deadubação para a produção de mudas decafeeiro (Coffea arabica Coffea arabica Coffea arabica Coffea arabica Coffea arabica L.) em tubetes.Ciência e AgrotecnologiaCiência e AgrotecnologiaCiência e AgrotecnologiaCiência e AgrotecnologiaCiência e Agrotecnologia, v.23,n.2,p.270-280, 1999.

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de relação altura da planta e o diâmetrodo caule de 4,0; o índice de qualidadede Dickson de 0,21; e a relação dematéria seca entre a parte aérea e raizde 4,7.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTES

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Agronegócios- Jan 2009 -

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11111 - Curso de PG em Agricultura Tropical eSubtropical, IAC, Campinas-SP, [email protected] - Instituto Agronômico, IAC, Campinas-SP,Bolsista – CNPq. [email protected] - Centro Universitário Norte do EspíritoSanto, UFES, São Mateus-ES. [email protected]

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Luiz Carlos FazuoliLuiz Carlos FazuoliLuiz Carlos FazuoliLuiz Carlos FazuoliLuiz Carlos Fazuoli22222,,,,,José Ricardo M. PezzopaneJosé Ricardo M. PezzopaneJosé Ricardo M. PezzopaneJosé Ricardo M. PezzopaneJosé Ricardo M. Pezzopane33333

INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - Previsões desafras agrícolas são de suma importânciapara o estabelecimento da políticacafeeira no país. Modelos agrometeoro-lógicos que relacionam condições ambi-entes, como temperatura e disponibili-dade hídrica no solo, com fenologia eprodutividade do cafeeiro estão sendodesenvolvidos para as regiões cafeeirasdo Brasil. Esses modelos consideram quecada variável meteorológica exercecontrole na produtividade da culturapor influenciar em determinados perío-dos fenológicos críticos, como na flora-ção, na formação e na maturação dosfrutos dos cafeeiros.

O café arábica (Coffea arabica L.) éuma planta especial, que leva dois anospara completar o ciclo fenológico, oqual apresenta uma sucessão de fases ve-getativas e reprodutivas, diferente-

Estimação da Duração do SubperíodoEstimação da Duração do SubperíodoEstimação da Duração do SubperíodoEstimação da Duração do SubperíodoEstimação da Duração do SubperíodoFloração-Maturação dos Frutos dasFloração-Maturação dos Frutos dasFloração-Maturação dos Frutos dasFloração-Maturação dos Frutos dasFloração-Maturação dos Frutos das

Cultivares de Café Mundo-Novo e CatuaíCultivares de Café Mundo-Novo e CatuaíCultivares de Café Mundo-Novo e CatuaíCultivares de Café Mundo-Novo e CatuaíCultivares de Café Mundo-Novo e Catuaímente da maioria das plantas que emi-tem as inflorescências na primavera efrutificam no mesmo ano fenológicoCAMARGO, (1985). CAMARGO &CAMARGO, (2001) subdividiram ociclo fenológico do cafeeiro para ascondições climáticas tropicais do Brasil,em seis fases distintas: 1ª) vegetação eformação das gemas foliares; 2ª) induçãoe maturação das gemas florais; 3ª)florada, chumbinho e expansão dosfrutos”; 4ª) granação dos frutos; 5ª)maturação dos frutos e 6ª) repouso esenescência dos ramos terciários equaternários.

O período reprodutivo do cafeeirocorresponde ao subperíodo “floração-maturação (fases 3 a 5). A 3ª fase“florada, chumbinho e expansão dosfrutos” inicia normalmente a partir desetembro com o reinício das chuvas daprimavera, que induzem a floraçãoprincipal do café e vai até dezembro.Temperatura elevada associada a déficithídrico durante a florada pode causarabortamento das flores. Após a fecun-dação, vêm os chumbinhos e a expansãodos frutos. Havendo estiagem fortenesta fase, o estresse hídrico poderáprejudicar o crescimento dos frutos. A4ª fase de “granação dos frutos” ocorrequando os líquidos internos solidificam-

se, dando formação aos grãos de café.Ocorre em pleno verão, normalmentede janeiro a março. As estiagens severasnessa fase poderão resultar em malformação do endosperma, ou seja“chochamento” de frutos. A 5ª fase “ma-turação dos frutos” ocorre normal-mente entre abril e junho, sendo que amaturação plena acontece, quando pelomenos 50% dos grãos atingem a fase decereja.

Segundo CAMARGO & CAMAR-GO (2001) o subperíodo “floração-maturação” é completado quando asoma de evapotranspiração potencial(ETp) atinge cerca de 700 mm. Estevalor é equivalente ao acúmulo de cercade 2800 graus-dia (PEZZOPANE et al.,2005).

Porém, segundo PEZZOPANE et al.(2006), para ser incorporado emmodelos de estimativa de produtividadesão necessários mais estudos para deter-minar com maior precisão os limitestérmicos e hídricos para a maturaçãodos frutos.

Assim, o objetivo deste trabalho foiidentificar os melhores modelos agro-meteorológicos de quantificação desoma térmica na estimação da duraçãodo subperíodo floração-maturação dosfrutos das cultivares de café “MundoNovo” e “Catuaí”.

Cafeeiro da variedade CatuaíCafeeiro da variedade CatuaíCafeeiro da variedade CatuaíCafeeiro da variedade CatuaíCafeeiro da variedade Catuaí

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Agronegócios

- Jan 2009 -

MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - MATERIAL E MÉTODOS - Osdados fenológicos de café (Coffeaarabica L.) cultivares Mundo Novo eCatuaí foram obtidos junto aos arquivosdos Centros de Café “Alcides Carvalho”e de “Ecofisioloia e Biofísica” de experi-mentos realizados no Centro Experi-mental Central do Instituto Agronômico(IAC), localizado no município deCampinas, São Paulo (Lat.: 22o54’ S;Long.: 47o 05’ W e altitude de 669m).Os dados meteorológicos diários deprecipitação e de temperaturas máximase mínimas do ar foram obtidos do postometeorológico do IAC localizado pró-ximo aos talhões de café considerados.

Foram considerados diversos ciclosdo período de floração até a colheitaobtidos dos arquivos históricos doprograma de melhoramento de café do IACde 1986 a 2007, em um total de 10 ciclospara a cultivar Mundo Novo e 11 ciclos paraa cultivar Catuaí. Em se tratando de experi-mentos que possuíam o objetivo de produçãode sementes do programa de melhoramento,a colheita era realizada quando os frutosestavam na fase de cereja considerada comoa maturação plena dos frutos.

Estes cultivares representam a grandemaioria do parque cafeeiro do Brasil. O culti-var Mundo Novo possui alta capacidade deadaptação, dando boas produções em quasetodas as regiões cafeeiras do Brasil, com portealto, vigoroso, apresenta frutos vermelhos dematuração média e ótima qualidade dabebida.

O cultivar Catuaí tem ampla capacidadede adaptação, com porte baixo, indicado paraplantios adensados ou em renque. Apresentafrutos amarelos ou vermelhos de maturaçãomédia à tardia e ótima qualidade da bebida(FAZUOLI et al, 2007).

Foram utilizadas diferentes somas térmi-cas baseadas em evapotranspirações (“ETp”,“ETr” e “ETr e ETp”) e graus-dia (“GD” e“GD corrigido pelo fator hídrico”). Inicial-mente foi determinada a acumulação da ETp,e posteriormente da evapotranspiração real(ETr) e combinação dessas duas ETs (ETp eETr) conforme proposto por PEZZOPANEet al. (2005) considerando ETr nos oitoprimeiros decêndios após a floração e acú-mulo da ETp do nono decêndio até a matu-ração. Este procedimento foi adotado, paraconsiderar a influência de períodos com defi-ciência hídrica no desenvolvimento inicial dosfrutos do cafeeiro.

Desta maneira, foram gerados valoresdecendiais da demanda atmosférica, repre-

sentada pela ETp, que foi estimadapelo método de THORNTHWAITE(1948). A ETp é um elementoclimatológico fundamental paraindicar a disponibilidade de energia

solar na região, constitui assim, umíndice de eficiência térmica da região,semelhante aos graus-dia (GD), porémsendo expressa em milímetros (mm)de evaporação equivalente

Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1. - Soma térmica, em graus-dia (GD) e evapotranspiração (ET), no períodofloração-maturação para o cafeeiro, cv Mundo Novo em Campinas, SP.

A n oA n oA n oA n oA n o GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETpAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícola (Tb=10,2 (Tb=10,2 (Tb=10,2 (Tb=10,2 (Tb=10,2oooooC) (Tb=10,5C) (Tb=10,5C) (Tb=10,5C) (Tb=10,5C) (Tb=10,5oooooC) mm mmC) mm mmC) mm mmC) mm mmC) mm mm mm mm mm mm mm s/correção c/correção s/correção c/correção s/correção c/correção s/correção c/correção s/correção c/correção1988/89 2624 2480 707 647 6871989/90 2629 2511 686 652 6791990/91 2569 2450 669 628 6341995/96 2727 2600 791 731 7432001/02 2618 2519 763 732 7442002/03 2837 2642 826 704 7232003/04 2665 2533 768 716 7362004/05 2764 2640 800 755 7842005/06 2953 2812 821 766 7802006/07 2979 2788 836 733 770MédiaMédiaMédiaMédiaMédia 2736,2 2597,4 766,7 706,72736,2 2597,4 766,7 706,72736,2 2597,4 766,7 706,72736,2 2597,4 766,7 706,72736,2 2597,4 766,7 706,7 728,0 728,0 728,0 728,0 728,0DP 144,2 124,4 60,3 47,9 48,5CV (%) 5,3 4,8 7,9 6,8 6,7

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E

Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São JoaquimAv. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

Tel. (16) 3402-7026 / 3402-70273402-7028 / 3402-7029

Tel. (16) 3402-7026 / 3402-70273402-7028 / 3402-7029

SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

NOVOS TELEFONESNOVOS TELEFONES

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(CAMARGO & CAMARGO,2000), que é uma unidade físicaquantitativa (CAMARGO, 1962).

O cálculo destes balançoshídricos foi realizado pelo pro-grama desenvolvido por ROLIMet al. (1998), feito em planilhas noambiente EXCELTM, baseado nométodo de THORNTHWAITE& MATHER (1955), em escaladecendial. Como entrada dedados, o modelo utilizou valoresdiários de temperatura mínima emáxima do ar e precipitação plu-viométrica, considerando capa-cidade máxima de água dis-ponível (CAD) igual a 100 mm,que atende a grande maioria dossolos das áreas cafeeiras do Estadode São Paulo (CAMARGO &PEREIRA, 1994).

Além do método de evapo-transpiração utilizou-se o métodoclássico de graus-dia (GD) quesegundo PEREIRA et al. (2002),baseia-se no fato de que a taxa dedesenvolvimento de uma espécie ve-getal está relacionada à temperatura domeio. Para isso, pressupõe a existênciade temperatura basal inferior, abaixo daqual a planta não se desenvolve, e se ofizer, será a taxas reduzidas. Cada graude temperatura acima da temperatura-base corresponde a um grau-dia.

Cada espécie vegetal ou cultivarpossui uma temperatura base, que podevariar em função dos diferentes sub-períodos de desenvolvimento da planta,

O cálculo de GD é dado pela seguinteequação:

GD = “ Tmed – Tb

em que Tmed é a temperaturamédia do ar (ºC) e Tb é a temperatura-base inferior, determinada porPEZZOPANE et al. (2005) para operíodo floração-maturação comosendo de 10,2 ºC. Este conceito degraus-dia assume a existência de relação

linear entre desenvolvimento dacultura e temperatura, não con-siderando o efeito de outros fa-tores ambientais sobre o cres-cimento e desenvolvimento ve-getal.

Para o cafeeiro, o desen-volvimento inicial da frutificaçãopode ser retardado em função deocorrência de deficiência hídrica(RENA & MAESTRI, 1985).

Para considerar os efeitos daocorrência de deficiência hídricano desenvolvimento inicial dosfrutos de café foi utilizado tam-bém o “GD corrigido pelo fatorhídrico” que é um fator de cor-reção para os GD em função dadisponibilidade de água no solo noinicio do desenvolvimento doschumbinhos e expansão dos frutos(até o oitavo decêndio após a flo-ração), de acordo com PEZ-ZOPANE et al. (2005).

O fator de correção dos graus-dia para a disponibilidade hídrica

(FH) no solo foi calculado com o uso daseguinte equação, proposta por MAS-SIGNAM & ANGELOCCI (1993):

FH = NH / N onde: NH é a duração da fase que

ocorreria se não houvesse deficiênciahídrica e N é a duração da fase estimadapor meio de equação de regressãoproposta por PEZZOPANE et al.(2005).

Os graus-dia corrigidos (GDcorr)para os decêndios iniciais de desen-volvimento onde ocorrem deficiênciashídricas, foram calculados pela seguinteequação, considerando Tb igual a 10,5°Cde acordo com PEZZOPANE et al.(2005):

GDcorr = GD * FH RESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃORESULTADOS E DISCUSSÃO

- - - - - Nos 10 ciclos analisados para a cultivarMundo Novo a duração do períodofloração-maturação variou de 197 a227 dias com média de 212 dias.

Considerando os 11 ciclos para acultivar Catuaí, a duração do períodofloração-maturação variou de 197 a234 dias com média de 217 dias.

MédiaMédiaMédiaMédiaMédia 2790,2 2643,3 773,7 710,0 729,62790,2 2643,3 773,7 710,0 729,62790,2 2643,3 773,7 710,0 729,62790,2 2643,3 773,7 710,0 729,62790,2 2643,3 773,7 710,0 729,6DP 147,3 132,5 53,0 49,7 52,2CV (%) 5,3 5,0 6,9 7,0 7,2

Tabela 2.Tabela 2.Tabela 2.Tabela 2.Tabela 2. - Soma térmica, em graus-dia (GD) e evapotranspiração (ET), noperíodo floração-maturação para o cafeeiro, cv Catuaí em Campinas, SP.

A n oA n oA n oA n oA n o GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETp GD GDcorr ETp ETr ETr e ETpAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícola (Tb=10,2 (Tb=10,2 (Tb=10,2 (Tb=10,2 (Tb=10,2oooooC) (Tb=10,5C) (Tb=10,5C) (Tb=10,5C) (Tb=10,5C) (Tb=10,5oooooC) mm mmC) mm mmC) mm mmC) mm mmC) mm mm mm mm mm mm mm s/correção c/correção s/correção c/correção s/correção c/correção s/correção c/correção s/correção c/correção1986/87 2936 2787 791 732 7541987/88 2724 2565 740 663 6811989/90 2654 2532 705 664 6821990/91 2619 2495 678 637 6441991/92 2731 2585 741 678 7081995/96 2796 2663 806 744 7592001/02 2703 2603 784 753 7652002/03 2779 2558 794 661 6802003/04 3038 2840 850 758 7902004/05 2680 2566 781 741 7642005/06 3032 2882 840 780 799

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Cafeeiro da variedade Mundo NovoCafeeiro da variedade Mundo NovoCafeeiro da variedade Mundo NovoCafeeiro da variedade Mundo NovoCafeeiro da variedade Mundo Novo

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- Jan 2009 -

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CAMARGO, A. P. Contribuição para adeterminação da evapotranspiração po-tencial no Estado de São Paulo. Bragantia,Campinas, v. 21, n. 12, p. 163-203, 1962.

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PEZZOPANE, J.R.M.; PEDRO JR, M.J.;CAMARGO, M.B.P.; FAZUOLI, L.C.Índices agrometeorológicos para estimativada duração do período florescimento-co-

Estes resultados confirmam que acultivar Mundo Novo apresentamaturação média, enquanto a Catuaímaturação média-tardia.

As necessidades térmicas (ET e GD)para o café, cultivar Mundo Novo e Ca-tuaí no período da floração-maturaçãoestão apresentadas nas Tabelas 1 e 2Tabelas 1 e 2Tabelas 1 e 2Tabelas 1 e 2Tabelas 1 e 2.Observa-se que a acumulação de médiade ETp, foi de 766,7 mm para a cultivarMundo Novo e de 773,7mm para acultivar Catuaí, indicando assim queesta última é mais tardia que a cv.Mundo Novo.

Estes valores foram superiores aovalor originalmente sugerido porCAMARGO & CAMARGO (2001) decerca de 700mm. Entretanto aacumulação de ETp apresentou valores

lheita do cafeeiro Mundo Novo. In: IVCONGRESSO BRASILEIRO DE BIO-METEOROLOGIA, 2006, Ribeirão Preto,SP. Mudanças climáticas: impacto sobrehomens, plantas e animais. Ribeirão Preto,SP: Sociedade Brasileira de Biome-teorologia, 2006. v. 1, p. 2-2.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTESREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENDNOTES

de desvio padrão superiores compara-dos com as acumulações utilizando“ETr” ou “ETr e ETp”, que apresenta-ram valores médios de ETr de706,7mm para a cultivar Mundo Novoe de 710,0mm para a cultivar Catuaíindicando assim um melhor desem-penho do que a ETp na quantificaçãoda acumulação necessária para ocomplemento da fase do florescimento- maturação.

Com relação ao método clássico deGD utilizando Tb de 10,2o C, observou-se média de 2736,2 GD para a cultivarMundo Novo e 2790,2 GD para acultivar Catuaí.

Quando comparados com as somastérmicas com procedimento decorreção (Tb=10,5oC) para o fator

hídrico foi encontrado um acúmulo de2597,4 GD para a cultivar MundoNovo e 2643,3 GD para a cultivarCatuaí. A soma térmica utilizando “GDcom correção para o fator hídrico”apresentou os menores valores decoeficientes de variação (4,8% e 5,0%para Mundo Novo e Catuaí respec-tivamente) e consequentemente asmelhores estimações comparadas àsdemais somas térmicas.

Assim, “GD com correção para ofator hídrico” possui potencialmentemelhor capacidade para a quantificaçãoda acumulação térmica necessária parao complemento da fase da floração-maturação para a cultivar MundoNovo (2597 GD) e para a cultivar Catuaí(2643 GD).

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JULSÃO PAULO

• Mogiana - Fino/Extra Fino - Bica Dura 6• Marília/Garça - Bica Dura 6 - Bica Dura/Riada - Bica Rio 7

254,83252,33

245,00234,57223,92

ANO 2008AGO

249,83245,70

242,50231,05219,65

SET

254,94261,63

259,46241,45224,45

OUT

260,58257,44

255,53236,09216,99

• Sul/Sudoeste - Bica Fina - Bica Dura 6 - Cereja Desc. • Cerrado - Fino/Extra Fino - Bica Dura 6 - Cereja Desc.

256,00251,83267,06

255,92252,25270,33

249,78245,88252,31

250,43246,27265,61

264,84261,53269,67

265,24261,63273,56

260,28257,29264,58

260,68257,41270,83

MINAS GERAIS

NOV

265,80262,65

257,15237,35205,15

JULANO 2008

AGO SET OUT NOV

264,95261,95273,10

265,80262,70276,95

Mercado Físico Café Arábica - Fonte Gazeta Mercantile Café & Mercado. (Média mensal, R$ /sc 60kg)

volume1

CAFÉVERDE

AlemanhaEUAItáliaBélgicaJapãoEspanha

4.554.8234.126.7142.454.8221.140.3671.732.221735.767

Jan a Nov 2007preço2

135,41129,49138,48138,66144,52137,11

receita3

616.786534.361339.937158.121250.334100.879

4.543.4004.953.2832.572.5672.026.0671.578.483

920.517

161,60156,79166,16161,74169,32156,85

734.216635.514427.464327.687267.264144.387

-0,25%-1,78%4,80%

77,67%-8,88%25,11%

19,34%21,08%19,99%16,64%17,16%14,40%

19,04%18,93%25,75%

107,24%6,76%

43,13%

1220%18%11%5%8%3%

MÉDIA19%17%11%9%7%4%

Principais Países Importadores - Fonte MIDC, ABIC e Café & Mercado

volume1

Jan a Nov 2008preço2 receita3 volume

Variação 2007/2008preço receita 2007

Particip. Volume2008

volume1

CAFÉSOLÚVEL

EUARússiaUcrâniaReino UnidoJapãoAlemanha

480.883461.929190.692222.582130.972179.045

Jan a Nov 2007preço2

109,01170,90172,02164,29172,01130,59

receita3

52.42278.94232.80236.56822.52923.382

502.363359.017199.507188.890179.573158.860

143,18192,72202,04187,92197,13169,80

71.92669.18840.30935.49735.39926.975

4,47%-22,28%

4,62%-15,14%37,11%

-11,27%

31,34%12,77%17,45%14,39%14,60%30,03%

37,21%-12,36%22,88%-2,93%57,13%15,37%

1217%16%

7%8%5%6%

MÉDIA17%12%

7%6%6%5%

volume1

Jan a Nov 2008preço2 receita3 volume

Variação 2007/2008preço receita 2007

Particip. Volume2008

volume1

TORRADOE MOÍDO

EUAItáliaArgentinaJapãoParaguaiChile

66.83116.635

4.0413.6481.161

720

Jan a Nov 2007preço2

256,27206,24293,95225,36155,37260,17

receita3

17.1273.4311.188

822180187

83.06217.11611.265

6.0491.289

833

287,63231,24217,04254,91192,37338,54

23.8913.9582.4451.542

248282

24,29%2,90%

178,74%65,84%11,00%15,69%

12,24%12,12%

-26,17%13,11%23,82%30,12%

39,49%15,37%

105,81%87,59%37,43%50,54%

1267%17%

4%4%1%1%

MÉDIA65%13%

9%5%1%1%

volume1

Jan a Nov 2008preço2 receita3 volume

Variação 2007/2008preço receita 2007

Particip. Volume2008

1 -Volume em sacas de 60kg; 2 - Preços em US$/sc de 60kg; 3 - Receita em mil US$

Verdadero 600WG (1kg)Baysiston GR (20kg)Temik 150 (20kg)Actara 250WG (100g)

Preços de Insumos Cafeicultura - Fonte IEA (Em R$)

Mês Out/07

424,31250,73379,37

29,83

Jan/08

432,14251,03367,13

28,86

Ago/08

453,56253,61378,54

29,76

Out/08

476,54243,23364,21

30,31

• INSETICIDAS DE SOLO

Decis 25CE (1L)Polytrin 400/40 CE (1L)

38,4936,84

• BICHO-MINEIRO37,9237,11

39,0337,59

40,4438,71

Priori Xtra (1L)Opera (1L)Alto 100 (1L)Folicur 200CE (1L)Amistar (100g)Opus (1L)

124,3382,2692,5863,6842,58

102,24

124,4583,7392,0961,6141,3779,44

127,0681,7784,2654,9742,7877,53

127,8383,3683,9155,3243,6475,79

• FERRUGEM, PHOMA e CERCOSPORA

Roundup (1L)Goal BR (1L)Trop (5L)

16,4356,4859,67

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• HERBICIDAS

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Agronegócios

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O solo é um dos maiorespatrimônios que a Natureza nosoferece. É ele que permite às plantasterrestres que se desenvolvam erealizem a fotossíntese. Sem a fotos-síntese, esse nosso planeta não seriao que ele é hoje. A fotossíntese reali-zada pelas folhas dos vegetais é a basede toda a cadeia alimentar onde seinsere o ser humano. Com solossaudáveis, as plantas se desenvolvembem, fabricam carboidratos, proteí-nas, lipídeos, etc. Esses compostosorgânicos servem de base tanto paraa restauração da qualidade do solo,ao caírem neles como resíduos,como também servem de alimentospara outros seres vivos.

Antropocentricamente falando,colocamos o homem no topo dessacadeia alimentar que começa nasfolhas das árvores. Podemos entãoentender que a qualidade dos solosé um dos fatores para dar sustenta-bilidade à população humana. Asplantas, para formar o materialorgânico, necessitam de um habitatviável para viver.

Os corpos dos vegetais quecrescem sobre os solos do planetaabastecem duas cadeias impor-tantes: a cadeia alimentar já men-cionada e a não muito conhecidacadeia dos detritos. Nessa última, osdetritos vegetais que caem sobre ossolos se decompõem e liberamcarbono orgânico e nutrientes paraos mesmos solos. Isso ajuda a me-lhorar a estruturação dos solos, suamicrovida e restaura parte da fer-tilidade dos mesmos. Com isso, rea-limentam a cadeia produtiva, poisdão nova fertilidade e revitalizam osolo, permitindo às plantas cres-cerem pelo uso desses nutrientesassim ciclados.

Nos ambientes desérticos, ondeo solo é pobre e quase estéril, avegetação é rala, os cultivos agrí-colas não vingam e existe pouca

Os Eucaliptos e a Conservação do SoloOs Eucaliptos e a Conservação do SoloOs Eucaliptos e a Conservação do SoloOs Eucaliptos e a Conservação do SoloOs Eucaliptos e a Conservação do Solo

capacidade de suporte desse ecossistemapara que o homem e outros seres vivos aíhabitem. Fácil de compreender então aimportância dos solos, não é mesmo?Difícil de entender é porque existe porparte do mesmo ser humano, tão poucorespeito aos solos de nosso planeta.

O uso intenso dos solos pelo homemtem ajudado a sua constante degradação.Na verdade, os solos continuarão a sercada vez mais demandados pelo homem,que cresce em população e em bens quetêm origem de coisas que vêm dos solos.

Agora então, que estão a falar emfabricar combustíveis a partir de plantas(biocombustíveis) aumentará ainda maisa pressão sobre os solos. O que precisa-mos também entender é que podemosminorar os impactos sobre a qualidade dossolos, se os utilizarmos bem.

A degradação dos solos e a perda desua fertilidade têm-se devido, em muito,ao mau uso desses solos. Em parte isso écompreensível. Toda a ciência dos solos eos conhecimentos sobre as suas interaçõescom as culturas agrícolas e plantaçõesflorestais são recentes. Até há poucasdécadas atrás o solo era mais visto comoum substrato físico onde as plantas, asflorestas e as pastagens cresciam em cima.Algo com uma “riqueza inesgotável” ecom uma capacidade enorme de resistiraos nossos desmandos.

O que muitos não enxergavam eoutros ainda hoje não enxergam é que aNatureza tomou milhões de anos paraengenheirar e moldar tão perfeitos esses

solos. E isso tudo pode ser perdido empouquíssimo tempo. Isso tem acontecidoem muitos casos: todos nós já nosdeparamos com essas situações deabandono e de desrespeito aos solos.

Solos mal manejados ou mal conser-vados, sem adequada prevenção contra aerosão, podem perder cerca de 10 a 20toneladas de sedimentos secos por hec-tare e por ano. Isso corresponde a umalâmina de cerca de 1 mm de espessura dosolo perdida por ano. Já em ambientescobertos com florestas, mesmo as florestasplantadas, essa perda pode ser de cercade 20 a 100 vezes menor.

Se nada for feito para se dar o mere-cido respeito aos solos do planeta, pode-mos estar condenando toda a cadeiaalimentar. O prejuízo será para o solo, parao planeta, para as plantas e animais quedependem dela, entre eles, nós humanos.

Quando o setor de florestas plantadasde eucalipto fala em sustentabilidade, estáentre outras coisas se referindo àsustentabilidade da capacidade produti-va dessas áreas de plantações. É uma dasprioridades do setor.

O plantador de florestas tem buscadoentender seus impactos e minorá-losatravés dos conhecimentos gerados pelapesquisa e pelo monitoramento de seusefeitos ambientais. Com isso, uma dasmetas é a de manter os solos saudáveis eprodutivos. Se isso não acontecer, aprodutividade cairá e os solos não maispoderão atender os propósitos deprodução florestal sustentável.

1 - Coordenador técnico do Informativo‘Eucalyptus Newsletter’‘Eucalyptus Newsletter’‘Eucalyptus Newsletter’‘Eucalyptus Newsletter’‘Eucalyptus Newsletter’, da GrauCelsius, apoiada pela ABTCP ABTCP ABTCP ABTCP ABTCP -Associação Brasileira Técnica de Celulosee Papel e das empresas Botnia,Botnia,Botnia,Botnia,Botnia,AracruzAracruzAracruzAracruzAracruz , International Paper doInternational Paper doInternational Paper doInternational Paper doInternational Paper doBrasil, Conestoga-Rovers & Asso-Brasil, Conestoga-Rovers & Asso-Brasil, Conestoga-Rovers & Asso-Brasil, Conestoga-Rovers & Asso-Brasil, Conestoga-Rovers & Asso-ciates ciates ciates ciates ciates e Suzano Suzano Suzano Suzano Suzano. Tel.(51) 3338-4809.Email: [email protected]

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O solo se esgotaria em fertilidade,carbono orgânico, teor de argila, umida-de, microvida, etc. As florestas não sedesenvolveriam mais e novas áreasteriam que ser buscadas, mais ou menosalgo do tipo “agricultura de rapina”.Felizmente, isso não está acontecendo esequer sendo considerado pelas empre-sas líderes florestais brasileiras.

É muito fácil se identificar o caso deempresas florestais que não estejamfazendo bom uso de seus solos. O mesmose aplica a fazendeiros de cultivos agrí-colas ou de pastagens.

Basta olhar 5 coisas fundamentais: onível de erosão que esteja ocorrendo naárea; a proporção de cobertura vege-tal e de solo descoberto na propriedade;o vigor de crescimento das plantas; amanutenção de matas ciliares e de outrostipos de áreas de preservação perma-nente; a cor e o nível de eutrofização ede assoreamento das águas dos cursosd’água das microbacias da propriedadeem questão.

Os plantadores de florestas deeucalipto que se preocupam com aqualidade de seus solos sempre estãofazendo as seguintes perguntas:

• como evitar a perda de sedimentos?• como evitar os diferentes tipos de

erosão?• como garantir que as chuvas

consigam penetrar os solos?• como aumentar a porosidade e a

permeabilidade dos solos?• como facilitar a estruturação e a

formação de agregados mais estáveis nosolo?

• como melhorar o teor de carbonoorgânico no solo?

• como melhorar a capacidade detroca catiônica e de troca iônica do solo:

• como impedir a compactação dosolo?

• como evitar a perda de nutrientesdo solo?

• quais as quantidades de nutrientesque devem ser repostas para manter obalanço de nutrientes avaliandoentradas, saídas e estoques de cada umdos elementos nutricionais?

• como garantir a qualidademicrobiológica do solo, a sua riquezaem micorrizas, bactérias nitrificadoras,fungos apodrecedores saprófitas, eorganismos da mesofauna que ajudamna estrutura e consolidação do solo?

• como renovar a qualidade e avitalidade dos solos após o seu uso comas plantações florestais?

• quais os impactos de cadaoperação?

• quais operações silviculturaisdevem ser praticadas para aumentar acapacidade de produção sustentada dosítio?

Caso uma auditoria ambiental nãoconseguir obter evidências efetivas derespostas a essas perguntas, então,estaremos encontrando apenas umaplantação de árvores cujo único ob-jetivo é obter madeira a custo baratono curto prazo. O longo prazo não seráprioridade desse mau plantador deflorestas.

O mais interessante é que às vezesesse plantador consegue resultados deprodutividade significativos em suasflorestas. Era também o que conseguiamaqueles que queimavam toda a mantaorgânica da floresta para transformá-laem cinzas que davam efeito de aduba-ção no curtíssimo prazo.

E no longo prazo? Ficavam osproblemas para as próximas geraçõesadministrar. Já as empresas certificadaspela norma ISO 14001 e pelos critériosdo FSC e CERFLOR devem ter respostase planos de monitoramento e demitigação de efeitos negativos paratodas essas perguntas. Entretanto, nãosão apenas as exigências normativas quetêm levado as empresas de base florestallíderes em qualidade de nosso país aatuar bem em relação aos seus solos. Aprópria conscientização e sensibilizaçãoa esses temas importantíssimos para seufuturo têm levado essas empresas líderesa buscar caminhos mais sustentáveispara suas atividades de silvicultura.

Quando retrocedemos uns 30 anosno tempo, veremos que era comum as

empresas queimarem seus resíduosflorestais da colheita para favorecer asatividades da silvicultura que se seguiam.Era o modelo da época, com os conhe-cimentos que se dispunham. Queimava-se o carbono, gerava-se o indesejávelgás carbônico na atmosfera, desnudava-se o solo para o impactos das gotas dechuva e conseqüente maior erosão, etc.

Isso hoje é passado distante. Como épassado o trabalho intenso de preparodo solo que se dava com arações, grada-gens, etc. para “afofar” o solo na intençãode facilitar o crescimento radicular dasmudas plantadas. Ingenuidade da ciên-cia agronômica da época. Expunha-seo solo a uma degradação intensa do car-bono orgânico, a uma insolação diretasobre a microvida e a uma enormeperda de sedimentos por erosão. Aciência ajudou a mudar muita coisa empoucas décadas. O conhecimento agre-gado tornou os plantios florestais muitomais ecoeficientes. Entretanto, comosempre vejo oportunidades para fazermelhor, temos ainda muito mais aconquistar.

Pretendo a seguir tecer comentáriossobre cada um dos tópicos vitais dequalidade do solo e o que estamos fazen-do ou podemos ainda melhorar mais nosetor de florestas plantadas de eu-caliptos.

Compactação do soloCompactação do soloCompactação do soloCompactação do soloCompactação do solo

O setor de florestas plantadas costu-ma utilizar solos já muito usados ante-riormente pela agricultura e pelopastoreio. São solos pobres em ferti-lidade, algumas vezes erodidos e com-

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pactados. A opção poresses solos é devido a seubaixo custo, às pequenasexigências das florestasplantadas, à baixa de-manda de operações paralimpeza e preparo da áreae pelo banco de sementeslimitado presente no solo.Os solos muito usados pelaagricultura e pastagenspodem se encontrar assim.Com isso, facilita-se muitoo controle da mato-competição e simplificam-se as operações de plantiodas florestas.

As operações de plan-tio e de colheita florestal são hojebastante mecanizadas. A entradadessas máquinas pode colaborar parauma compactação adicional nessessolos já compactados. A colheita malfeita tem forte impacto na com-pactação do solo, na infiltração deágua no perfil do solo, colabora paraa perda de sedimentos por erosão pordesnudar o solo e pode desarranjar amanta orgânica de serapilheira que afloresta plantada formou durante seucrescimento.

Para evitar que isso ocorra, é im-portante que o solo tenha uma vege-tação ou restos de vegetação sobre elepara amortecer a pressão dos pneusou das esteiras das máquinas. Sabe-seque a manutenção das cascas, galhose folhas após a colheita minimizam acompactação do solo. Por isso, já éprática consagrada na maioria dasempresas florestais se manterem osrestos de colheita bem espalhadossobre o solo.

Outra vantagem das plantaçõesflorestais é o seu ciclo longo entreplantio e colheita. Entre uma e outraoperação a floresta fica entre 6 a 8anos sem sofrer ações antrópicas. Comisso, as raízes das plantas e a mantaorgânica de serapilheira ajudam aproteger o solo, a estruturá-lo, aenriquecê-lo de carbono, a evitar aerosão, etc. Quanto mais longo for otempo entre plantio e colheita, melhoré para o solo e melhor é para a Natu-reza.

Há uma estocagem de nutrientese de carbono orgânico pelos detritosorgânicos na floresta. Com isso, maistempo ficará a floresta crescendo apartir do uso de nutrientes que seliberam de seus próprios detritos. Aisso se chama de ciclagem de

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nutrientes. Por essa razão, devemosaumentar e não diminuir a rotação paraos eucaliptais. Quando ouvimos osarautos dos biocombustíveis falarem emplantações de eucaliptos com espaça-mentos apertados e colheita aos 3 a 4anos, devemos nos assustar e nos

mobilizar contra isso. Todoo conhecimento acumuladomostra que essa proposta écompletamente inadequa-da. O correto é se pensar nolongo prazo, não é mesmo?Não podemos obter bio-combustíveis para o hoje eincapacitar esse solo parahospedar plantas para fa-bricar fotossintetizados nofuturo. É muito pobre sepensar assim.

Os manejos florestaispara alto fuste com rotaçõesmais longas e incluindodesbastes deverão gradual-mente se tornarem as

práticas dominantes. Isso tanto para osagricultores, como para as empresas debase florestal. A formação de “clustersflorestais” propugnada por diversosplanos de desenvovimentos regionaiscatalisarão para que isso aconteça maisrapidamente.

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Assim como o Eucalipto, o CedroAustraliano (Toona ciliata var. aus-tralis) é uma espécie exótica, prove-niente de várias regiões da Austrália.Apresenta bom crescimento em re-giões de 500 a 1.500 m de altitude ecom regime pluviométrico de 800 a1.800 mm/ano, com 2 a 6 meses deestiagem.

A planta tolera geadas leves decurta duração. Porém não suportasolos mal drenados, o que acarretammorte por encharcamento das raízes.

No Brasil o Cedro Australiano en-controu condições favoráveis ao seudesenvolvimento, que é comparável aodo eucalipto. Mas como a tecnologia brasi-leira está mais adaptada ao processamentodo eucalipto, o rendimento do Cedro Aus-traliano ainda não se equipara.

Pesquisas indicam que a idade ideal decorte do Cedro Australiano é aos 15 anos,podendo ser antecipada ou adiada, depen-dendo das condições específicas da culturaou da necessidade do produtor. Indica-se, ainda, o espaçamento de 3 x 2 m, oque determina um total 1.667 plantas porhectare. São necessários um desbaste aos4 anos, quando são removidas de formasistemática 660 plantas, e outro aos 8 anos,quando são removidas de forma seletiva600 plantas, as 400 melhores são poupa-das para o corte raso a partir dos 12 anos.

A madeira do segundo desbaste éaproveitada para usos nobres como fa-

Em alta no mercado, Cedro Australiano é madeiraEm alta no mercado, Cedro Australiano é madeiraEm alta no mercado, Cedro Australiano é madeiraEm alta no mercado, Cedro Australiano é madeiraEm alta no mercado, Cedro Australiano é madeiraideal para fabricação de móveis e construção civilideal para fabricação de móveis e construção civilideal para fabricação de móveis e construção civilideal para fabricação de móveis e construção civilideal para fabricação de móveis e construção civil

bricação de móveis. As árvores rema-nescentes, mais espaçadas, apresentarãoganho em diâmetro.

Sua madeira é idêntica à do cedrobrasileiro (Cedrela fissilis), nativo do Brasil,indicada para a fabricação de móveisfinos e acabamentos em construção civil.A madeira de ambos está cotada em maisde R$ 1.500,00/m3.

Plantios comerciais na região de Cam-po Belo (MG) tem apresentado resultadosexcepcionais, com plantas alcançando1,20m aos 4 anos de idade. “Para plantarum hectare, o produtor gasta R$4 mil,fora o valor do terreno. Em 15 anos, lucraR$150 mil com a venda da madeira paraserrarias”, afirma Ricardo Vilela,presidente da APFLOR - Associação dosProdutores Florestais do SudoesteMineiro.

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MUDAS PARA REFLORESTAMENTO COMERCIALcedro australiano, guanandi e acácia mangium

Uma das poucas diferençasentre as espécies é com relaçãoà broca-da-gema-apical (Hyp-sipyla grandella), que causagrandes danos ao cedro e mog-no brasileiros, mas não ataca oCedro Australiano.

O crescimento rápido daplanta permite o consórciocom outras atividades: agrícola,já no primeiro ano, ou pecuá-ria, a partir do segundo ano, oque barateia a manutenção dafloresta e gera renda anteci-pada. Para a implantação de

consórcios, ou sistemas agroflorestais(SAFs), é recomendado o espaça-mento 8 x 2 m, que permite a meca-nização e aumenta a insolação naárea.

Segundo Vilela, o Cedro Austra-liano é um produto com mercadogarantido. “A promessa de boarentabilidade tem despertado inter-esse de pessoas que querem plantaro cedro. A demanda por mais infor-mações sobre a planta resultou numaparceria criada no fim do ano pas-sado entre a Univeridade Federal deLavras, o Instituto Estadual deFlorestas, Sebrae e a Apflor.

Os interessados em adquirirmudas de Cedro Australiano de qua-lidade podem adquirí-las no viveiroda Arbara Negócios Ambientais,sediado no município de São Tomázde Aquino (MG) e pertencente aoEngº Agrº Paulo Figueiredo.

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Novos híbridos de hortaliças - comotomates com menor acidez e maisaçúcar; brócolis com sabor mais pala-tável e couve-flor precoce - já chega-ram ao mercado ou estão sendo lança-dos neste final do ano.

Uma das grandes vedetes na seçãode verduras e legumes de supermerca-dos e varejões é o tomatinho em pencabatizado de ‘Sweet Grape’. Além de maisalongado que o popular tomate cereja,também apresenta o dulçor evidencia-do. De acordo com Sérgio Minori Hanai,engenheiro agrônomo da Tomatec,empresa de Campinas (SP) especialistaem sementes e insumos para tomate, odiferencial do ‘Sweet Grape’ é o apelo àdoçura. Enquanto a maior parte dostomates comercializados no mercadoapresenta níveis de dulçor entre 5 e 6,na novidade a média é 12.

O nível de açúcar é medido pelo brix,uma espécie de tabela do dulçor de fru-tas e legumes. “O produto é comercia-lizado em média a R$ 3,00 a bandeja de150 gramas, enquanto o tomate‘Andréia’, conhecido como ‘Italiano’,custa R$ 4,00 o quilo”, compara oengenheiro agrônomo da Tomatec.

Uma das explicações para a diferen-ça no preço entre as variedades detomate é a logística e a produtividade.O tipo ‘Italiano’ chega a produzir odobro para uma mesma área cultivadaque outras variedades. Está chegandoao mercado a variedade ‘Italiana’ bati-zada de ‘Rosana”, com coloração dacasca mais clara e rosada, menor aci-dez e maior concentração de licopenos,agentes que combatem os radicais livres.Há quatro grupos de tomates: ‘Salada’,‘Italiano’, ‘Cereja’ e ‘Santa Clara’ (con-vencional).

Novos híbridos de hortaliçasNovos híbridos de hortaliçasNovos híbridos de hortaliçasNovos híbridos de hortaliçasNovos híbridos de hortaliçaschegam ao mercadochegam ao mercadochegam ao mercadochegam ao mercadochegam ao mercado

Para os produtores, a Tomatec apre-sentou um híbrido do tomate saladabatizado de ‘Lume’, mais resistente apragas como o nematóide, que afeta asraízes. Essa variedade, aponta Hanai,detém 70% do consumo na mesa dobrasileiro. “Essa novidade deve chegarainda no primeiro trimestre de 2009 nosdistribuidores e de lá para a mesa doconsumidor”, prevê o engenheiro agrô-nomo da Tomatec. O tomate ‘Lume’, opequeno ‘Sweet Grape’ e mais 12 varie-dades de tomates foram apresentados a800 produtores da Região Metropolita-na de Campinas durante dois dias doAgroshow, promovido pelo InstitutoAgronômico (IAC), em parceria com aTomatec. Destinado a produtores dehortaliças em geral, o evento mostroutambém novas tecnologias de produçãoe de manejo, incluindo variedades,produtos e técnicas de cultivo espalhadas

em oito mil metros quadrados defileiras cultivadas.

Outra novidade é um pimen-tão de fruto liso e coloração ver-de brilhante, que tem vida pós-colheita até sete dias maior,comparando com o que existe nomercado.Há também alfacecrespa que pode ser plantada oano todo e o brócolis com menosfibra, talos e floretes mais macios,o que diminui o desperdício nopreparo. (FONTE: Cosmo OnFONTE: Cosmo OnFONTE: Cosmo OnFONTE: Cosmo OnFONTE: Cosmo OnLineLineLineLineLine)Cultivo de Pimentão em estufaCultivo de Pimentão em estufaCultivo de Pimentão em estufaCultivo de Pimentão em estufaCultivo de Pimentão em estufa

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