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Edição 61 - Revista de Agronegócios - Setembro/2011

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Edição 61 - Revista de Agronegócios - Setembro/2011

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EXPOVERDE, mais que uma exposição!e-mails

JOÃO DEMERVAL LELLIS([email protected])Pecuarista de Leite. Batatais (SP). “Peço a gentileza de atualizar o meu endereço para o recebimento da Revista Attalea Agronegócios. Aproveito para parabenizar os editores. Boas matérias, temas atuais, muito bom”.

ALINE ZANETTI([email protected])Arquiteta. Batatais (SP). “Meu pai, José Henrique Zanetti, é agricultor e tem in-teresse em receber a Revista Attalea Agronegócios.”

ANSELMO FERNANDES CINTRA([email protected])Suinocultor. Cristais Paulista (SP). “Gostaria de receber a revista”.

FLÁVIO RIBEIRO R. CHAVAGLIAProdutor Rural. Ituverava (SP). “Gosta-ria de receber a revista”.

TANIA M. MACHADO CORDEIRO.([email protected])Pesquisadora. Recife (PE). “Trabalho com controle biológico produzindo o fungo Metharizium anisopleae há mais de 20 anos e gostaria de me inteirar sobre as últi-mas informações da praga da “Cigarrinha da Raiz”, na cultura da cana-de-açúcar.

Resp. = Tania, além do email que te enviei, encaminho outras duas sugestões. INSTI-TUTO BIOLÓGICO SP (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal - [email protected]) e na EMBRAPA (Antonio Dias Santiago - [email protected])

EDITORIAL

DICA DO MÊS• 2º Seminário de Meliponicultura de Franca (SP) - 27 a 29 OutubroOrganizado pela Secretaria Munici-pal de Desenvolvimento, o evento é direcionado a quem trabalha ou de-seja desenvolver atividade econômica com abelhas sem-ferrão. Local = Pq. Fernando Costa, Unifran e Meliponário Abelha Brasil.Informações = (16) 3711-9483 (Célio)

• PROGRAMA TRAINEE CARGIL 2012 - Inscrições até 30 setembroO objetivo é preparar jovens em iní-cio de carreira. São oferecidas 30 va-gas para candidatos graduados entre dez/2009 e dez/2011 nos cursos de Engenharia, Agronomia, Zootecnia e Administração de Empresas. Ne-cessário fl uência no idioma inglês.Informações = http://migre.me/5G3x6

A edição de setembro está re-pleta de informações sobre eventos, principalmente os relacionados à cafeicultura.

Mostramos informações sobre a 11ª Hora Certa Cooparaíso, em São Sebas-tião do Paraíso (MG) e a Expocristais, em Cristais Paulista (SP), realizados neste início de setembro.

Também divulgamos informa-ções sobre o 9º Concurso de Quali-dade do Café Alta Mogiana - Edição Dr. Orestes Quércia/2011, da AMSC, em Franca (SP) e do 8° Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana, organizado pela Cocapec, em Franca (SP).

O destaque maior para a 3ª EX-POVERDE, realizado pela Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim, em parceria com a Prefeitura de Franca, com a Revista Attalea Agronegócios, com a Cocapec, com o Banco do Brasil, com a Brasilbio, com o SEBRAE-SP e com a Embrapa Meio Ambiente.

Direcionado a produtores rurais e o público em geral interessado em paisagismo, o evento reunirá estandes de empresas, revendas agrícolas e ins-tituições, com produtos, máquinas e equipamentos em oferta.

Durante o evento também acon-tecerá, no dia 29 de setembro, o 1º Workshop Regional de Cafeicultura, com a presença do pesquisador Dr. Hé-lio Casale e do Engº Agrº Alessandro Oliveira, que discorrerão, respectiva-mente, sobre os temas “Meios para Ele-var a Produtividade Econômica na Ca-feicultura” e o “Uso da Gessagem e da Braquiária na Entrelinha do Cafezal”.

Destaque ainda para a participa-ção dos cafeicultores Antônio Carlos David (Fazenda Santa Izabel) e Fer-nando Ribeiro (Fazenda Petrópolis, do Grupo Kissol), que apresentarão os re-sultados obtidos com estas técnicas na região de Franca (SP).

Boa Leitura a todos!!!

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.brCONTABILIDADE RURAL

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MÁQUINAS

Café impulsiona mercado de tratores

Nos últimos 12 meses, o preço da saca de café subiu mais de 100%, e como o café é uma cultura perene, por alguns anos o preço será bom para os cafeicultores brasileiros, já que a produção

mundial não irá suprir a demanda. Diante deste cenário, o número de agricultores, independente do tamanho de suas propriedades, que está se equipando de maneira bastante intensa é grande. A procura por tratores desenvolvidos es-pecialmente para este tipo de cultura aumentou bastante, segundo Nelson Watanabe, Gerente Nacional de Vendas da Agritech. “Nas últimas feiras em que participamos, como Expocafé e Agrishow, a expectativa de vendas foi superada em mais de 15% graças ao aumento de preços do café”, ex-plicou Watanabe.

Aliados a alta do preço do café, os produtores têm encontrado outros motivos para investir em maquinário: a NR31, a Norma Regulamentadora para a Área Rural e a per-da de mão de obra para a cana-de-açúcar. Segundo Sami El Jurdi, diretor comercial da Sami Máquinas Agrícolas, con-cessionária Yanmar Agritech, com matriz em Franca (SP) e fi lial em São Sebastião do Paraíso (MG), o alto custo da NR31 tem forçado a mecanização do campo, já que no fi nal, os custos com a produção são menores. “As leis trabalhistas e normas de segurança têm exigido muito dos proprietá-

Preço da saca de café subiu 100% e voltou a animar os produtores, que há mais de 10 anos amarguraram preços baixos. A situação aqueceu o mercado de tratores.

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.brMÁQUINAS

rios de fazendas, e isso tem encarecido muito a produção. Para eles fi ca mais barato mecanizar o campo do que contratar agricultores e oferecer todas as condições exigidas pela lei”, comenta El Jurdi.

O proprietário da concessionária Agritech também lem-bra que este ano a safra do café é baixa. “O momento é bom, com preços bons para a atividade, porém o ano é de safra baixa. Os agri-cultores estão investindo agora para colher bem no ano que vem”, completa Sami. A expectativa de que o próximo ano seja ainda me-lhor também animou o vendedor da Sami Máquinas Agrícolas, Ro-drigo Moraes. “A expectativa para o ano que vem é ainda melhor, já que a safra será alta. Este ano o pessoal se animou com os preços, o mercado está aquecido e tem muita gente comprando trator à vista”, conta Moraes.

No entanto, essa expectativa não é compartilhada por todos os produtores de café. Juliano Calil, da Fazenda Santa Helena, de Altinópolis (SP), acredita que o preço cairá um pouco no próximo ano devido à alta produção. “Alguns especialistas dizem que o preço sobe ainda mais. Prefi ro ser um pouco mais cauteloso”, afi rma Calil. Segundo o produtor, o preço do café fi cou muito baixo por cerca de 10 anos e endividou muitos produtores. Para ele, agora é preciso que o preço da saca se mantenha entre R$ 480 e R$ 500 para que em poucos anos a conta seja equacionada.

Calil também acredita que a mecanização do campo é uma tendência. “Não como há como andar para trás, a tecnologia veio para fi car e a mecanização é uma tendência sem volta. Hoje é uma necessidade ter o campo mecanizado”, conclui o produtor.

“Preços bons para a atividade”, Sami El Jurdi, diretor co-mercial da Sami Máquinas Agrícolas.

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CAFÉ

Epamig e Ufl a reforçam necessidade de cooperação no combate à ferrugem

A ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix) nunca deixou de ser uma ameaça à cafeicultura no Brasil, em-

bora existam formas alternativas de convivência com a doença. Uma destas alternativas é o uso de cultivares resis-tentes à doença.

Porém, descobertas recentes na Índia indicam que as fontes de re-sistência da maioria das variedades tornaram-se susceptíveis nos últimos anos, representando uma ameaça para as cultivares derivadas destes híbridos. Além disso, surgem com frequência novas raças de ferrugens, com poten-cial superior de virulência e agressivi-dade. Assim, existem alguns desafi os ao Brasil: Qual será a capacidade de ataque destas novas raças em lavouras brasileiras e o quanto as cultivares de-senvolvidas conseguirão manter uma resistência duradoura?

Depois de fazer uma apresenta-ção no VII Simpósio Brasileiro de Pes-quisas dos Cafés do Brasil, em Araxá (MG), o pesquisador do Centro de Investigação das ferrugens do cafee-

iro (CIFC-Portugal), Vítor Várzea, fez uma apresentação na sede da Unidade Sul de Minas da Epamig, em Lavras (MG), para pesquisadores e estudantes que se dedicam ao tema. Também visi-tou o setor de cafeicultura da UFLA - Universidade Federal de Lavras (MG), em especial o Polo de Excelência do Café, acompanhado do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Magno Patto Ramalho e do pesquisador da Epamig, Antônio Alves Pereira, o To-nico, uma das referências brasileiras no desenvolvimento de cultivares re-sistentes à ferrugem.

Na Epamig, a apresentação de Vítor Várzea teve o objetivo de incentivar o debate sobre os novos desafi os da doença, reforçando a necessidade de interação entre as instituições brasileiras e o CIFC para se bus-car uma estratégia de convivên-cia com este inimigo que conti-nua como uma forte ameaça os cafeeiros. Em sua explanação, o pesquisador ressaltou a vulnera-bilidade do cafeeiro à ferrugem,

o que exige uma estratégia conjunta de defesa para desvendar a forma como as novas raças se originam, bem como os aspectos envolvidos na perda de re-sistência à doença.

“A ferrugem tem uma capacidade tremenda de sobrevivência e de muta-ção para atacar o cafeeiro”, sinaliza o pesquisador, lembrando que a pesquisa deve estar atenta aos novos desafi os, mesmo que seja para encontrar uma maneira efi ciente de conviver com a doença. (FONTE: Polo de Excelência do Café)

A Cocapec - Cooperativa de Cafeicultores e Agro-pecuaristas realiza, neste ano, o 8° Concurso de

Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana. As inscrições encerraram em 16 de setembro.

Os nomes dos 20 primeiros classifi cados de cada categoria serão anunciados no dia 30 de setembro e a premiação acontecerá no dia 8 de outubro. Os cinco primeiros lotes classifi cados de cada categoria, pro-duzidos em propriedades no Estado de São Paulo, serão encaminhados ao 10º Concurso Estadual de Quali-dade do Café de São Paulo.

Os 5 primeiros classifi cados, dos cafés preparados por via seca (café natural), serão contemplados com os prêmios (vale compras) num total de R$ 40 mil.

Concurso de Qualidade de Café da Cocapec distribui R$ 40 mil

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.brEVENTOS

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CAFÉ

Bancos de Germoplasma tem coleção de cafés resistentes e de alta produtividade

A EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais é uma das ins-tituições que está discutin-

do a implementação do sistema de curadorias de germoplasma do Brasil. O pesquisador Antônio Alves Pereira, representando a Empresa, compõe o comitê nacional responsável por ela-borar um documento a ser enviado ao Governo Federal, sugerindo a criação de Sistemas de Curadorias nos Estados da União. O comitê vai trabalhar com o Conselho Nacional dos Sistemas Esta-duais de Pesquisa Agropecuária (Con-sepa) para estimular os demais estados a criarem seus sistemas de curadorias de banco de germoplasma, núcleos de conservação e coleções biológicas.

Os bancos de germoplasma são unidades físicas para guarda e con-servação de uma base genética ampla e diversifi cada, visando trabalhos de melhoramento para geração de novas cultivares mais adaptadas, resistentes e produtivas ou para uso futuro. O Bra-sil possui, atualmente, um total de 384 bancos de germoplasma.

Em Minas Gerais, a intenção é propor que o trabalho de organização de curadorias de recursos genéticos seja realizado em ação conjunta com as universidades federais do estado.

A EPAMIG pode contribuir para

a organização das curadorias, uma vez que já detém coleções de bancos de germoplasma de valor científi co e econômico, como as de oliveira, vi-deira, feij ão, pimentas, batata baroa, batata doce, leguminosas, ervilha e feij ões asiáticos, pinhão manso, soja, trigo e morango. A principal, segundo Antônio Alves Pereira, é a coleção de café arábica, com 1.580 acessos – mui-tos com resistência à ferrugem e a nematóides, e que possuem alta produ-

tividade. Entre as atribuições das curado-

rias de bancos de germoplasma estão aumentar a disponibilidade da variabi-lidade genética dos recursos genéticos vegetais, animais e de microrganismos importantes para o país; acompanhar as atividades de quarentena de pós-entrada do germoplasma introduzido; promover expedições de coleta dos recursos genéticos vegetais, animais e de microrganismos existentes no país; realizar inventários dos recursos gené-ticos vegetais, animais e de micror-ganismos conservados; e organizar e manter a documentação dos dados de passaporte dos acessos de germoplas-ma.

Política Nacional sobre Recursos Genéticos - Em julho passado, foi rea-lizado o 1º Workshop de Curadores de Germoplasma do Brasil, em Campinas (SP), e, entre as resoluções, o grupo irá enviar proposta à Presidência da República e ao Congresso Nacional, estabelecendo princípios e diretrizes para a implementação da Política Na-cional sobre os Recursos Genéticos de Interesse da Pesquisa em Agricultura e Alimentação.

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Pau Brasil: uma das cultivares da EPAMIG resistente à ferrugem e de alta produtividade

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.brCAFÉ

Com o objetivo de formar novas gerações de agricultores conscientes da necessi-dade de preservar o meio ambiente e usar a tecnologia para a produção de alimentos

mais saudáveis, a Syngenta em parceria com a Ca-pebe no dia 10 de agosto último iniciou as ativi-dades com os professores do projeto “Escola no Campo”.

Para cumprir este objetivo, foi desenvolvido um programa didático que é usado nas escolas ru-rais. O projeto conta com a participação ativa dos professores dos municípios de Boa Esperança (MG), representada pela Escola Rural do Barro Preto, de Nepomuceno (MG) e também Minduri (MG), os quais vão inserir os conteúdos educativos do pro-jeto na grade curricular das séries atendidas.

Com o projeto “Escola no Campo”, os jovens são estimulados a transmitir o que aprendem para suas famílias e para a sociedade em que vivem. Des-ta forma, o projeto também assume papel impor-tante na conscientização dos adultos sobre os con-ceitos de agricultura sustentável.

O principal resultado prático alcançado pelo projeto “Escola no Campo” é o aumento da quali-dade nas práticas agrícolas das regiões atendidas. A

CAPEBE e Syngenta fi rmam parceria em projetos socioambientais

auto-estima dos jovens que vivem nas áreas rurais também cresce a partir do momento em que tomam conhecimento da importância do agricultor na economia do país.

Com este projeto, a Syngenta contribui para que a agricultura sustentável seja mais amplamente praticada no Brasil, fazendo da mesma uma atividade que atenda às necessidades presentes sem ha-ver um comprometimento da capacidade das gerações futuras para atender às próprias necessidades.

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CAFÉ

Fernando Sordi Taveira 1

A Prefeitura Municipal de Cristais Paulista (SP) realizou de 8 a 11 de setembro, a EXPOCRISTAIS 2011, evento des-tinado à classe agropecuária de toda a região da Alta Mo-giana. Foram várias atividades desenvolvidas em prol dos

produtores rurais de nossa cidade:Na Exposição de Máquinas e Equipamentos Agrícolas foi

montada uma praça de exposições onde os produtores puderam ter acesso a tratores dos mais diversos modelos e potências, implemen-tos agrícolas como máquinas de varrição e abanação de café, roça-deiras, sistemas de irrigação, guindaste para “bags” de fertilizantes e muito mais. Estiveram também presentes duas concessionárias de automóveis, mostrando seus últimos modelos utilitários. Os partici-pantes puderam até fazer um “test-drive” nos carros em exposição.

Na área de expositores foi montado também um espaço institu-cional, onde esteve presente o estande da Se-cretaria Municipal de Agropecuária e Meio Ambiente, representando a Prefeitura de Cris-tais Paulista. Neste espaço foram expostos o trator e os implementos agrícolas adquiridos pela Prefeitura e que agora serão cedidos, em co-modato, para a Associação dos Agropecuaristas de Cristais Paulista. A proposta é que a associação utilize estes equipamentos para o preparo e manutenção das lavouras dos associados.

A área institucional contou ainda com o estande da Coorde-nadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Outro estande de destaque na EXPOCRISTAIS 2011 foi o do o estande da empresa

EXPOCRISTAIS 2011: uma festa para o Setor Agropecuário Cristalense

Luffa-Agrobucha, mostrando todo o processo de industrialização da bucha.

O resultado dos negócios realizados na feira ainda não foi publicado pelas empresas partici-pantes, mas espera-se um montante de vendas com-patível com as feiras anteriores.

Um dos pontos mais importantes de todo o evento foi a realização do Simpósio de Agricultura do COMAM - Consórcio dos Municípios da Alta Mogiana. O tema do simpósio foi “O papel da Alta Mogiana no Agronegócio Brasileiro”, onde foi dis-cutido e apontado a evolução da agropecuária na região da Alta Mogiana.

O evento começou com um belo café da man-hã e com três palestras de alto nível voltadas aos produtores rurais: “Formação de Pastagens com Leguminosas e Gramíneas” (Wolf Seeds), “Formali-zação da Atividade Rural” (SEBRAE) e “Pragas de Solo nos Cafeeiros” (IAC).

O período da tarde foi destinado aos repre-sentantes municipais discutirem avanços e defi ciên-cias da agricultura regional. A autoridade principal foi a Secretária de Estado da Agricultura e Abastec-imento, Mônica Bergamaschi. “Esperamos que de-sta forma, tenhamos atingido os objetivos traçados, que foi dar ao produtor rural de nosso município e região uma festa que os homenageasse”, disse Hélio Kondo, prefeito da cidade.

1 - Engenheiro Agrônomo e secretário municipal de Agropecuária e Meio Ambiente de Cristais Paulista. Email: [email protected]

Mais de 1.500 produtores rurais de toda a região prestigiaram a 11ª Hora Certa. A feira acontece todos os anos na matriz (em São Sebastião

do Paraíso/MG)e nos 11 núcleos da Cooparaiso. Este ano o evento contou com a participação de mais de 80 fornecedores, entre máquinas, imple-mentos, defensivos, fertilizantes e instituições parceiras. “As mesmas modalidades de oferta e fi -nanciamento são aplicadas durante a campanha”, ressalta o diretor Rogério Araújo. Cidades viz-inhas organizam caravanas de produtores rurais para a visitação na feira da matriz.

Renato Antunes, vendedor da loja Coopa-raíso salienta que o evento superou as expecta-tivas de bons negócios. “Nos surpreendemos, o produtor estava muito receptivo. As ofertas e condições de preço foram uma boa oportuni-dade, isso signifi ca aumento de lucratividade e investimento na produção”, disse.

Campanha Hora Certa Cooparaíso supera as expectativas

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região uma festa que os homenageasse”, disse Hélio A

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.brCAFÉ

A possibilidade de mudanças na legislação do PIS/Cofi ns para a cadeia de café tem provocado con-trovérsias e um grande debate no setor. Sabe-se que em um mundo de incertezas é impossível

prever todas as implicações de uma política pública.Por mais que as autoridades se esmerem em modelar

predições, usando sofi sticados métodos computacionais, difi cilmente se terá certeza dos resultados no mundo real.

Em primeiro lugar, tem-se a difi culdade de prever to-dos os efeitos sistêmicos derivados de uma política. No caso de uma tributação, as peculiaridades de cada setor represen-tam um empecilho.

Qual a alíquota que deve ser imposta de forma que os ganhos de receita sejam maiores que os custos da tributação? Qual a possibilidade de as empresas repassarem o tributo para os consumidores? Se essa possibilidade existir, será que haverá isonomia de efeito entre as empresas que compõem o setor? Diz a teoria que as empresas com maior poder de mer-cado têm mais capacidade de repassar aumentos tributários para os consumidores. Isso pode criar um impacto indese-jado para a economia?

Outro conjunto de incertezas se refere ao ambiente ex-terno. A modifi cação de uma política nos países desenvolvi-dos, por exemplo, pode afetar as taxas de juros, o câmbio no Brasil e, indiretamente, modifi car os resultados esperados da tributação e na competitividade do setor.

Por fi m, um terceiro efeito pode surgir: o rearranjo natural das empresas à restrição imposta pela política visan-do diminuir o ônus da tributação.

Isso pode ocorrer por meio do aproveitamento de bre-chas na legislação ou pelo uso de artifícios fraudulentos de difícil verifi cação.

Um exemplo da dissintonia entre o resultado esperado e o obtido foi a medida que instituiu a cobrança do PIS/Co-fi ns sobre as vendas de café verde e estabeleceu créditos pre-sumidos para as empresas exportadoras.

Com o propósito de incentivar as exportações, a tribu-

Distorções tributárias afetam a cadeia produtora de café

tação gerou efeitos considerados perversos para a cadeia produtiva.

O próprio setor admite que foi necessário um tempo considerável para perceber essas distorções.

De um lado, se ressentem as empresas exportadoras de café verde que só atuam no mercado internacional, pois têm difi culdade de reaver os créditos tributários. Isso leva à di-minuição das vantagens competitivas das empresas apenas exportadoras.

De outro lado, se ressentem as torrefadoras que só at-uam no mercado brasileiro, pois têm desvantagens ao pagar os tributos.

Aqui, o forte processo de concentração no mercado brasileiro de torrado e moído seria a principal prova dessa realidade.

Dessa forma, sabendo que toda política tributária tem caráter distributivo e considerando as distorções da política atual, resta saber o que se deseja para o setor: a manutenção do status quo ou a realização de reformas, embora a incerte-za impeça que os impactos das mudanças sejam totalmente previstos. (FONTE: Correio do Estado)za impeça que os impactos das mudanças sejam totalmente

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Viva a Diferença

O engenheiro agrônomo Ger-son Silva Giomo apresenta com deferência os cafe-eiros altos, encorpados e

uniformes que formam uma mancha verde de um dos lados de uma estrada de terra da Fazenda Santa Elisa, nas bordas da cidade de Campinas (SP). É o resultado de quase um século de me-lhoramento genético, que fez a produ-tividade dar um salto de 250%. Em seguida, Giomo sorri com discrição ao mostrar, do outro lado da estradinha, o que mais lhe interessa: fi leiras de cafeeiros miúdos, desgrenhados e de-selegantes.

“Quem disse que esses pés feios, pequenos e com poucos frutos não po-dem produzir café de qualidade?”, ele indaga. “Quanto mais diferentes são as plantas, maior a chance de encontrar frutos com características que inte-ressem para os produtores e aprecia-dores.” À frente do programa de cafés especiais do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Giomo está colhendo os grãos que devem resultar em cafés mais doces, encorpados, leves, achoco-latados ou frutados, para serem bebi-dos com calma, como café, não como um rápido cafezinho, ou usados em misturas de cafés, os blends, e em mo-lhos para carnes.

Em julho Giomo acompanhou a colheita dos grãos dos cafeeiros pou-co valorizados, embalados separada-mente. Ele esperou os grãos secarem sem pressa durante 30 dias em um dos galpões de secagem do IAC e es-

tava perto na hora de torrar, quando os grãos esverdeados ganham cor, aro-ma e acidez, antes de serem moídos e aproveitados para se fazer uma das be-bidas mais consumidas do mundo.

Em seguida foi como degustador certifi cado pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA) que Giomo escolheu os de sabores e aromas mais originais, que ele pretende apresentar neste mês para um grupo de degustado-res – pelo menos dois dos Estados Uni-dos. “São eles que vão nos dizer quais as variedades a que devemos dar mais atenção no IAC”, assegura. A SCAA estabelece 10 itens de avaliação, como sabor, aroma, doçura, acidez, corpo, sabor residual e equilíbrio. Acidez mais alta é valorizada, mas depende do tipo de acidez: “É melhor uma acidez cítrica ou frutada; a acidez acética, que lembra o vinagre, é ruim”.

Escolhidos os melhores entre os melhores, os pesquisadores devem voltar ao campo e ampliar a produtivi-dade das plantas em que cresceram os grãos do café que mais impressionaram os provadores. Giomo acredita que em sete anos os produtores poderão ter à mão pelo menos 10 novas variedades que conciliem características mar-cantes e diferenciadas de sabor e aro-ma com uma produtividade aceitável. “Queremos que os resultados cheguem aos produtores interessados o mais ra-pidamente possível”, apressa Oliveiro Guerreiro Filho, diretor do Centro de Café do IAC.

Cana, o Exemplo – O trabalho

integrado com os produtores foi o que recuperou o programa do IAC para melhoramento genético da cana-de--açúcar. No fi nal da década de 1980, Marcos Landell, então pesquisador recém-contratado, encontrou o pro-grama agonizante: os especialistas mais experientes se aposentavam, nenhuma pesquisa nova à vista. Logo depois, dois programas de pesquisa em cana criados nos anos 1970 encolheram, estimulan-do o IAC a se reorganizar nessa área. “Como éramos poucos, tratamos de nos organizar”, conta Landell. Ele e dois co-legas de outras unidades do IAC, Pery Figueiredo e Mário Campana, procu-raram técnicos de usinas produtoras de açúcar e álcool e pesquisadores de universidades e de outras instituições. Durante um ano reuniram-se uma vez por mês no bar Ao Leste do Éden para levantar problemas e possibilidades de ação. As conversas, ele garantiu, eram bastante produtivas, mas a mulher de um deles reclamou das noitadas, sem acreditar que eram encontros técnicos, e em abril de 1992 começaram a se reu-nir dentro do IAC de Ribeirão Preto (SP). Trocaram as cervejas por café e chá, mas o grupo já havia crescido de meia dúzia para cerca de 40 partici-pantes – hoje são 130. Em conjunto, planejaram e testaram novas técnicas de colheita, identifi caram novas va-riedades de cana que poderiam ser usa-das, detectaram e combateram pragas e doenças que começavam a chegar.

Uma consulta realizada em uma feira agrícola realizada no IAC indicou que os produtores queriam uma cana mais adequada à alimentação do gado. “Vimos que havia mais de 1,5 milhão de pecuaristas que usavam cana para gado, mais que para etanol”, conta Landell. Sua equipe, em conjunto com colegas do Instituto de Zootecnia e da Embrapa, identifi cou no próprio acervo do IAC uma variedade de cana forrageira menos fi brosa e mais doce, capaz de fazer as vacas produzirem mais leite, lançada em 2002. “Renas-cemos das cinzas, sem recursos, mas com a disposição de pessoas das usi-nas e da administração do instituto que deixaram o caminho aberto para atuarmos com criatividade”, celebra Landell, que desde 1995 dirige o centro de pesquisa e coordena o programa de melhoramento de cana. A contratação de nove pesquisadores em 2005 am-pliou os trabalhos conjuntos com ou-tros centros de pesquisa do país.

Desse tipo de abordagem, se fun-cionar outra vez, poderão resultar cafés de gostos diferenciados, tornan-cionar outra vez, poderão resultar cafés

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do a produção brasileira respeitada não só pela quantidade, mas também pela qualidade. O Brasil é hoje o maior produtor mundial de café: a safra de 2011 deve ser de 43,5 milhões de sacas de 60 kg. Apenas duas espécies, as mais produtivas até agora encontradas, dão conta dessa montanha de café. A Cof-fea arabica, que produz os grãos usa-dos no café consumido como bebida, ocupa 76% dos cafezais, enquanto a Coffea canephora, também chamada de robusta ou conilon, usada em cafés solúveis, os outros 24%.

O melhoramento genético fez a produtividade aumentar em 250% des-de 1727, quando o sargento Francisco de Melo Palheta plantou no Pará as primeiras mudas de café, que ele trouxe clandestinamente da Guiana Francesa. Por outro lado, a qualidade não foi tão enfatizada. “O melhoramento genético elimina a diversidade para valorizar a produtividade”, diz Maria Bernadete Silvarolla, pesquisadora do IAC.

As novas variedades devem ser escolhidas entre as raridades que cres-cem na fazenda do IAC – algumas de-las nem parecem um pé de café, são longilíneas e têm folhas largas como uma jaqueira. Essa coleção de cafe-eiros, a maior do país, começou a ser

formada em 1932 com variedades tra-zidas da Etiópia, do Quênia, da Costa Rica, de El Salvador e da Guatemala. Por uma área de 70 hectares se espa-lham cerca de 120 mil plantas de 15 es-pécies ou combinações entre elas. “Por causa das leis que desde os anos 1990 difi cultam a troca de material genético entre pesquisadores de países diferen-tes”, diz Bernadete, “hoje seria impos-sível formar uma coleção tão rica em diversidade genética”.

Uma das espécies silvestres que crescem perto do centro de pesquisa do café é a Coffea eugenioides. É um arbusto de folhas pequenas e frutos

vermelhos bem pequenos, a partir dos quais se pode produzir um café suave, límpido, com baixa adstringência e um tênue aroma fl oral. Estudos recentes indicaram que essa espécie é uma das que originaram espécies das quais se formou a Coffea arabica. Outra con-clusão importante: a doçura e o aroma agradável dessa espécie mais cultivada comercialmente provêm dos genes herdados da C. eugenioides.

“O surgimento da Coffea ara-bica foi um fenômeno espontâneo dos mais felizes, ocorrido há cerca de 700 mil anos, unindo os genes de Coffea eugenioides e de uma espécie mais ro-busta, a Coffea canephora”, diz Carlos Colombo, pesquisador do IAC que par-ticipa de uma equipe de especialistas com ramifi cações em vários estados que analisa os genes do café.

O problema é que a produtividade das espécies silvestres normalmente é baixa, e não é nada fácil fazer com que essas variedades produzam mais, por meio de cruzamentos com outras, sem perder os sabores especiais. Um cafeeiro demora dois anos para fruti-fi car pela primeira vez e só é consid-erado um candidato à nova variedade se produzir grãos com as características desejadas e em uma quantida-

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CAFÉde razoável por pelo menos quatro anos seguidos.

Uma variedade de café naturalmente descafeinado mostra como o trabalho nesse campo pode ser longo. Bernadete examinou a quantidade de cafeína em grãos de 3 mil plantas até encontrar três, vindas da Etiópia, com 0,07% de cafeína, enquanto uma variedade comercial bastante usada de Coffea arabica chamada “Mundo Novo”, usada como comparação, contém 1,2%. Em um artigo de 2004 na Na-ture, ela e outros pesquisadores do IAC e da Universidade Estadual de Campinas apresentaram a provável razão da escassez de cafeína: a de-fi ciência na quantidade ou no funcionamento da enzima cafeína sin-tase, que transforma a teobromina em cafeína. Essas três variedades, batizadas de “AC” em homenagem a Alcides Carvalho, pesquisador que liderou o programa de melhoramento genético de café no IAC durante 60 anos, tinham muito mais teobromina que a Mundo Novo.

Desde 2004, a equipe de Bernadete cruzou plantas ACs com outras, mais produtivas. Quatro anos depois, nenhuma das 600 plan-tas dessa primeira geração produziu café sem cafeína porque, hoje se sabe, essa característica se deve à ação conjunta de pelo menos dois genes, ambos recessivos: os grãos terão baixo teor de cafeína somente quando uma cópia de um gene vinda de um pai e outra cópia vinda de outro pai forem recessivas.

Depois de outro cruzamento dirigido e mais três anos de espera, os pesquisadores examinam quimicamente os grãos da primeira safra das 400 plantas da segunda geração, esperando encontrar algumas ca-pazes de produzir grãos sem cafeína – e com uma produtividade que justifi que seu cultivo em escala comercial. Se encontrarem, talvez possam produzir mais rapidamente, por meio de clonagem, outras plantas com essa mesma característica. Bernardete acredita que o

café naturalmente descafeinado poderia alegrar os paladares refi nados e quem não pode ingerir cafeí-na, sob o risco de ganhar uma insônia ou desmaiar.

Isolados na Mata – Pode haver outras rari-dades além das cercas do IAC. Cafezais hoje são raros no interior paulista – foram substituídos por canaviais e outras culturas que exigem terras menos férteis –, mas cafeeiros isolados ainda fl orescem em meio aos fragmentos de mata atlântica. “A natureza fez uma superseleção genética de graça para nós nos remanescentes fl orestais”, observa Sergius Gandol-fi , professor da Universidade de São Paulo (USP). “Nos fragmentos de fl orestas existem milhares de cafés provavelmente únicos, em sabor, resistência a doenças ou capacidade de crescer à sombra, que re-sistiram à competição com outras plantas e ataque de pragas e viveram isolados, sem trocar genes com outros cafés de outros fragmentos, durante um sé-culo, talvez 20 gerações.”

A qualidade dos grãos e da bebida não de-pende só da genética, mas também do ambiente e do processamento. Por essa razão é que a equipe do IAC pretende conseguir a colaboração de produ-tores que possam ceder terras, se possível em todo o país, para avaliarem se as plantas selecionadas man-têm as qualidades desejadas em outros ambientes. Se conseguirem, talvez possam encurtar o tempo de desenvolvimento de novas variedades – as que derem certo já estarão nas terras dos produtores.

Outra possibilidade é modifi car o ambiente para as plantas expressarem suas qualidades. Já se sabe que o cafeeiro cresce melhor em áreas mais altas, como as de Minas Gerais e da Alta Mogiana, em São Paulo, e que a arborização parcial pode compensar a baixa altitude e contribuir para me-lhorar a qualidade. Os cafés da Etiópia e do Quênia estão entre os melhores do mundo porque o café cresce em meio a fl orestas, seu ambiente original, com menos estresse, e os frutos podem amadure-cer mais lentamente e produzir as substâncias que acentuam o sabor e o aroma.

Gandolfi lembra que um estudo feito na Cos-ta Rica indicou que a produção de grãos poderia ser 20% maior quando há uma fl oresta perto dos cafezais. A proximidade benefi ciava também a qualidade dos grãos, por facilitar a polinização, mais efi caz quando feita por abelhas nativas. “Em tempos de mudança do Código Florestal, essas evidências “se contrapõem ao discurso de que os pequenos proprietários não precisam de fl orestas”.

A produção de cafés especiais poderá exigir também ajustes na colheita e benefi ciamento. Os grãos maduros talvez tenham de ser colhidos várias vezes, em vários momentos; hoje o colhedor puxa dos ramos de uma só vez os frutos verdes, madu-ros, cuja cor varia do amarelo pálido ao vermelho intenso, dependendo da espécie, e os já ressecados, depois os separando. Os grãos podem secar mais rapidamente no terreiro de cimento, como se faz há mais de um século, mais lentamente em secadores suspensos ou um pouco ao sol e depois em secado-res mecânicos. Aindá há muito trabalho – e café – pela frente. (FONTE: Fapesp). A

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Genótipos de Bourbon são avaliados por especialistas em qualidade do café

Será possível afi rmar que existe um genótipo de Bourbon que independente do ambiente terá sempre bom desempenho? Exis-

te algum Bourbon que não deveria ser indicado? Qual fator é mais determi-nante na defi nição fi nal da qualidade da bebida, o genótipo ou o ambiente? Para haver um grau maior de confi -ança nestas respostas, uma equipe de pesquisadores da Universidade Fe-deral de Lavras (UFLA) e do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) fez uma avaliação sensorial, pelo terceiro ano consecutivo, de amostras de sete genótipos de ‘Bourbons’, de três mu-nicípios distintos (Lavras/MG, Santo Antônio do Amparo/MG e São Sebas-tião da Grama/SP).

A avaliação foi realizada no Polo de Tecnologia em Qualidade do Café, do Setor de Cafeicultura da UFLA, pelos pesquisadores e juízes interna-cionais, professor Flávio Meira Borém (UFLA) e Gérson Silva Giomo (IAC). A análise sensorial também foi realizada

pelo torrefador americano e juiz, Joel Shuler (Casa Brasil). A análise quími-ca será realizada posteriormente, sob a responsabilidade do pesquisador da Epamig, Marcelo Ribeiro Malta.

Este terceiro ano de avaliação é uma continuidade do estudo que deu origem à dissertação de Mestrado em Ciências dos Alimentos de Luísa Pereira Figueiredo, intitulada “Perfi l Sensorial e Químico de Genótipos de Cafeeiro Bourbon de Diferentes Ori-gens Geográfi cas”, defendida em feve-reiro de 2010, sob a orientação do pro-fessor Borém. O estudo original avaliou 20 genótipos, incluindo o ‘Mundo Novo’, o ‘Catuaí’ e o ‘Icatu’ como tes-temunhas. Agora, a mesma equipe de provadores ampliou a pesquisa em três projetos distintos em uma parceria en-tre UFLA, Epamig e IAC, com o apoio do CNPq e Consórcio Pesquisa Café.

Ainda com resultados prelimi-nares, é possível verifi car a existência de variações sensoriais dentro do grupo de Bourbons, sobretudo, com relação à

qualidade diferenciada para os genóti-pos de frutos amarelos. Na avaliação do professor Borém, a série histórica trará maior confi abilidade a esta resposta, permitindo que sejam avaliadas, de forma complementar, as condições de cada ambiente.

A identifi cação de diferentes atributos sensoriais do Bourbon em distintas regiões produtoras não deve fi car restrita aos genótipos cultivados comercialmente, mas seus resultados poderão contribuir na seleção de ma-teriais para um novo alinhamento do melhoramento genético do cafeeiro, focado na qualidade fi nal da bebida. A identifi cação de materiais promis-sores para determinado segmento de consumo é a essência do Programa Cafés de Especiais, recém lançado pelo IAC. De acordo com Giomo, pesqui-sador responsável pelo programa “há todo um universo de possibilidades para melhorar a qualidade do café a ser explorada”, fi naliza. (FONTE: Polo de Excelência do Café)

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Produtividade da safra 2011/2012 encontra-se dentro da média, analisa Safras & Mercado

A colheita de café da safra brasileira 2011/12 foi in-dicada em 98% até 08 de setembro. O número faz

parte do levantamento de SAFRAS & MERCADO para a evolução da co-lheita da safra. A colheita está adian-tada em relação a igual período do ano passado, quando 93% da safra 2010/11 estava colhida.

Quanto mais a colheita caminha para o seu término, mais se observa que os índices de produtividade en-contram-se dentro da média para um ano de baixa produtividade. Como as condições meteorológicas ao longo dessa safra foram relativamente boas, a qualidade dos grãos de café também se encontram de “boas a excelentes”. Não estão sendo observados grãos com qualidades físicas e de bebida muito ruins. As considerações partem do Bo-letim Agrometeorológico Semanal da Somar Meteorologia.

Segundo a Somar, com a colheita já se encaminhando para sua fi na-lização, os olhares de toda a cadeia do agronegócio do café continuam sendo para a nova safra. As atenções estão em quando as chuvas voltam nas prin-cipais regiões cafeeiras do Brasil, para dar suporte ao pleno fl orescimento dos cafezais, haja vista que todas as plan-tas já se encontram com um excelente índice de botões fl orais e 100% deles aptos à abertura. Portanto, só está fal-

tando, agora, chuvas para que ocorra essa próxima fl orada.

O boletim coloca que, segundo as previsões, isso só deverá ocorrer após o dia 20 de setembro, apesar de que na passada chegaram a ocorrer chuvas em algumas áreas da região sul de Minas Gerais e região da mogiana Paulista. Mas, como essas chuvas foram de baixa intensidade, não foram sufi cientes para provocar a abertura da fl orada. Porém,

a Somar indica que houve já alguns re-latos de fl orada, mas sem importância signifi cativa à produção tanto regional quanto nacional. A fl orada principal deverá ocorrer entre a última semana de setembro e a primeira de outubro.

Sobre as perdas por geadas, apon-ta a Somar, começa a fi car claro que as baixas temperaturas ocorridas no fi nal de junho e no início de agosto afetaram várias lavouras de café das regiões sul de Minas Gerais e de São Paulo.

Com isso, haverá uma redução na produção de café do ano que vem, ou seja, da safra 2012. Contudo, essa redução poderá ser suplantada caso a fl orada seja intensa e os percentuais de pegamento também sejam altos, o que muito provavelmente acontecerá, ob-serva a Somar.

O boletim indica ainda que, para essa semana, não há previsão de chuva para nenhuma região cafeeira de São Paulo e Minas Gerais, somente após o dia 22/09 é que a passagem de uma frente fria sobre essas regiões irá orga-nizar a umidade e trazer chuvas a essas regiões. Até lá, as condições se man-terão favoráveis tanto à fi nalização da colheita quanto à secagem dos grãos, conclui a Somar. A

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Cafeicultura com sucesso corresponde à tradição e às boas técnicas

Elias Marques 1

Produzir café não é brincadeira ou muito me-nos negocio para aventureiros que visam sim-plesmente como atividade de investimento.

Para se ter sucesso na cafeicultura e ne-cessário ter boas experiências na atividade para ter sustentatividade no segmento em todas as fases do mercado e, principalmente, conhecimentos práticos e técnicos.

Lembrando que se trata de uma cultura que deve ser projetada para ser instalada no mínimo por 13 anos, com bons manejos e tratos culturais.

Para se ter bons resultados é sempre importante ter um bom técnico orientando as atividades a serem executadas, principalmente aqueles produtores que não tem tradição com a cultura. Isto para que não ten-ham surpresas e visando sempre inovações tecnoloógi-cas viáveis para produção.

Para os plantio, sugerimos aos produtores que re-alizem as correções de solo (calagem), preparo para que seja realizada a aplicação da matéria orgânica, visando fonte de capacidade de retenção de água e fonte nu-tricional, para que as plantas desenvolvam melhores, principalmente nos períodos críticos de seca.

É também de grande importância a complemen-tação do fósforo mineral e as demais adubações ne-cessárias, de acordo com as análises de solo.

Outro fator imprescindível é a realização de um planejamento antecipado do plantio de mudas. Elas devem ser adaptadas para a região e com espaçamento correto de acordo com a variedade. O plantio deve acontecer nos melhores períodos de chuva.

Lembrando que o que é urgente hoje é o que não foi feito diante do planejamento ideal. E o preparo de solo é fundamental para o sucesso do desenvolvimento das plantas.

1 – Engenheiro Agrônomo e RTV Vitória Fertilizantes. Cel. (34) 9941-9292. Email: [email protected]

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Safra brasileira 2011 de café soma 43,15 milhões de sacas

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A produção brasileira de café no ciclo 2011/2012 está estimada em 43,15 milhões de sacas. O va-lor é o melhor para anos de baixa bienalidade do grão desde a temporada 1999/2000. O melhor de-

sempenho da produção de café (arábica e conilon) se deve unicamente aos bons preços do café no mercado, que pos-sibilitaram ao produtor investir, por exemplo, em melhores técnicas para o trato cultural (adubação, irrigação etc.). Se dependesse das condições climáticas - fortes incidências de veranicos no período de enchimento de grãos - este número seria bem diferente.

A safra atual é 10,3%, ou 4,94 milhões de sacas infe-rior aos 48 milhões do ciclo anterior. A redução é registrada devido à baixa bienalidade, característica da lavoura de café, que alterna anos de ciclo alto e baixo.

De acordo com o estudo da Conab, a produção não foi maior por causa da estiagem em janeiro e fevereiro. Essa condição climática prejudicou as lavouras em fase de enchi-mento dos frutos, sobretudo em Minas Gerais (regiões Sul e Cerrado Mineiro), na Bahia e em Rondônia. A maior redução é observada na produção de café arábica, com queda de 13,4% (4,93 milhões de sacas). Para a produção do Conilon (Robusta), a previsão aponta uma redução de 0,1%, corre-spondente a 8,6 mil sacas.

A comparação entre a estimativa atual e a anterior, re-

alizada em maio, aponta aumento de produção no Espírito Santo (551 mil sacas) e Paraná (120 mil sacas). Minas Gerais, Bahia e Rondônia, devido à estiagem, apresentam redução na safra.

O café Arábica representa 73,9% (31,89 milhões de sacas) da produção nacional, e o maior produtor é Minas Gerais, com 67,1% (21,40 milhões de sacas) de café bene-fi ciado. Já o Robusta participa com 26,1% do grão benefi -ciado e tem grande produção no Espírito Santo, com 75,4% ou 8,49 milhões de sacas. A área total (em formação e em produção) soma 2,27 milhões de hectares -- 0,66% inferior à cultivada na safra passada.

Estoques — Os estoques privados somam 9.238.135 sacas de café, quantidade 3,29% superior à contabilizada em 2010, quando chegou a 8.943.988 sacas. O café do tipo Arábica continua predominante no estoque privado nacio-nal, correspondendo a 89,11% do total.

A produção mundial de café deve cair levemente em 2011/12. Safras maiores no Vietnã, México e Honduras ajudaram a compensar uma colheita

mais baixa no Brasil e na Indonésia, informou hoje Orga-nização Internacional de Café (OIC).

A OIC reiterou que a produção totalizará 130 mi-lhões de sacas de 60 quilos cada na temporada 2011/12, abaixo das 133,3 milhões de sacas registradas em 2010/11. Ainda assim, a organização alertou que o cenário mun-dial de oferta/demanda segue frágil, com o consumo esti-mado em 134,8 milhões de sacas.

“Em agosto, os preços do arábica subiram 1,8%, com a média do segundo e terceiro vencimentos dezem-bro e março no mercado futuro de Nova York em 260,39 cents por libra-peso, acima dos 255,90 cents por libra-peso apurados em julho”, disse a OIC.

“O mercado futuro de Nova York oscilou forte-mente em agosto e a volatilidade dos preços aumentou um pouco, principalmente em reação às recentes notí-cias de geadas em algumas áreas produtoras de café do Brasil”, acrescentou a organização. Apesar dos relatos de geadas, o impacto na atual safra de café parece ser muito limitado. “Ainda é muito cedo para estimar os efeitos que podem ter na produção de 2012/13, mas deve-se observar que as geadas normalmente afetam a fl oração das safras subsequentes”, afi rmou a OIC. (FONTE: Notícias Agrí-colas)

OIC mantém projeção de safra mundial em 130 milhões de sacas

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A receita com as ex-portações de café no mês de agosto de 2011 é a maior dos

últimos cinco anos. Houve um crescimento de 61,6 % se com-parada a do mesmo período de 2010. O resultado chegou a US$ 777,529 milhões, enquan-to que, em agosto de 2010 foi apontada uma receita de US$ 481,104 milhões. Os dados são do balanço das exportações di-vulgado nesta terça-feira (6/9) pelo CECAFÉ - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

O relatório também mostra que o volume exportado (2.867.513 sacas entre verde,

Cecafé aponta crescimento de 61,6% nas receitas com exportação de café

torrado & moído e solúvel) em agosto deste ano foi o maior para o mês desde 1990 e é 1,9% superior em relação a agosto de 2010, quando foram exporta-das 2.813.475 sacas.

O diretor geral do CECAFÉ, Gui-lherme Braga, destaca que “apesar de uma ligeira redução no volume de café verde exportado, os preços médios se mantêm crescentes e a receita acumu-lada no período de janeiro a agosto de 2011 é 71% mais elevada se comparada ao mesmo período de 2010. Conside-rando o período de janeiro a agosto de 2011, também é importante ressaltar a alta de 173% no volume exportado de conilon em relação aos mesmos oito meses de 2010.”

A receita com as exportações de café do início da safra 2011/2012 (ju-

MAPA defi ne padrões de sementes e mudas de cafeeiro

lho e agosto de 2011) é 50 % superior a registrada nos mesmos meses de 2010 e atingiu US$ 1,316 bilhões, com o em-barque de 4.928.954 sacas. De acordo com o balanço das exportações, do café exportado em agosto de 2011, 79 % foi da qualidade arábica, 11% de robusta e 10% de solúvel.

Os dados do relatório apontam ainda que de janeiro a agosto de 2011 os maiores mercados importadores de café do Brasil foram: Europa (54% do total) seguida pela América do Norte (24%); Ásia (17%) e América do Sul (3%). Entre os países importadores, os Estados Unidos seguem na liderança (21% do total). Na sequência está a Alemanha (19%); Itália (8%); e Bélgica (8%). Em quinto lugar segue o Japão, com 7% do total (1.588.551 sacas).

O texto base de instrução normativa para determinar normas de produção e com-

ercialização de sementes e mudas de cafeeiro (Coffea spp) está em con-sulta pública por 60 dias desde o dia 1º de setembro. A Portaria nº 147 permite que a proposta, elaborada pela Coordenação de Sementes e Mudas (CSM), do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA), do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento, receba sugestões dos setores envolvidos, de pesquisadores e da população.

O projeto também prevê pa-drões de identidade e de qualidade para os materiais de propagação do cafeeiro, como, por exemplo, por-centagem de impurezas, germina-ção, tipos de sementes toleradas e proibidas, número máximo permi-tido de sementes de outras espécies.

O texto traz as exigências que o produtor deve cumprir para se ins-crever no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). Entre estes, estão os procedimentos para a inscrição dos campos de produção e as obrigações a serem cumpridas du-rante todo o processo de produção desses materiais.

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3ª EXPOVERDE promete máquinas e implementos em oferta e tecnologia para os produtores rurais

Com a proposta de se tornar a principal feira de “agricultura e paisagismo” da Alta Mogiana, tem início no próximo dia 29 de setembro a terceira edição da EXPOVERDE – Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas, Insumos, Flores, Frutas,

Hortaliças, Plantas Nativas, Ornamentais e Medicinais; e Agricultura Orgânica da Região de Franca. O evento acontecerá no Parque de Ex-posições “Fernando Costa”, em Franca (SP), das 9 às 19 horas e estenderá até o dia 02 de outubro. A entrada é gratuita.

A realização é da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim e conta com o apoio da Prefeitura de Franca (através da Secretaria Mu-nicipal de Desenvolvimento), da BRASILBIO - Associação Brasileira de Orgânicos, do SEBRAE-SP, do Banco do Brasil, da Revista Attalea Agronegócios e da COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agro-pecuaristas da Região de Franca.

A EXPOVERDE propõe trazer novidades tecnológicas nos estandes empresariais e também através dos seminários, workshops, mini-cursos e palestras”, diz. “A feira tem um caráter técnico e o foco principal é a promoção de negócios”, ressalta Claudionor Eurípedes da Silva, presi-dente da Associação do Bom Jardim.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento, Alexandre Fer-reira, a Expoverde propõe ser um espaço diferenciado, no qual será per-mitido mostrar os produtos aos clientes fi nais, num grande showroom de Franca e região. “A Prefeitura de Franca acredita no potencial econômi-co do setor agrícola do município e da região. A proposta da Prefeitura e das instituições parceiras é de transformar o Parque ‘Fernando Costa’ em um ponto de referência regional nesta época do ano, na área de agricul-tura e paisagismo. Com possibilidade de conhecer e adquirir máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, bem como fertilizantes, semen-tes, defensivos, além de diversos outros produtos voltados à agricultura e de paisagismo”, orienta Alexandre.

A feira abrigará ainda várias empresas do setor paisagístico da região, com exposição e comercialização de orquídeas, fl ores, gramas, plantas ornamentais diversas e outros produtos, máquinas e equipamen-tos paisagísticos.

Será um evento diferenciado, voltado especifi camente à tecnologia e aos negócios. “A agricultura em Franca e na região é rica e diversifi ca-da, o que contribui para a geração de empregos, criação e fortalecimento de empresas e aumento do número de profi ssionais que trabalham

A Cocapec, revenda da Agrale, Matão, JF, Komander e Lavrale, estará também presente no evento.

O Palácio das Ferramentas participará novamente.

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A OIMASA, revenda Massey Ferguson, estará pre-sente com a tecnologia que todos conhecem e também com as máquinas para café da Eclética Bertanha.

Marca presença também a VIASOL, empresa fran-cana do ramo de aquecedores solares .

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Também marcará presença no evento a Sami Máquinas, revenda Yanmar Agritech, Jacto, Nogueira, Jumil, Kamaq, Piccin, Facchi-ni, Vicon, Dria, KO, Marispan, Baldan, Pinhalense e Dragão Sol.

DESTAQUEna área do agronegócio, como engenheiros agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas e zootecnistas. A EXPOVERDE foi criada exatamente para mostrar a força deste setor, promovendo e gerando negócios para atender o público local e regional”, explica Alexandre Ferreira.

Como forma de potencializar a geração de negócios, a Comissão Organizadora fi rmou parceria com o Banco do Brasil, que estará presente no evento com estande próprio e com equipe capacitada para orientar os produtores rurais interessados em adquirir máquinas e implementos agrícolas e também veículos utilitários. “Será uma oportunidade única para os produtores rurais. As concessionárias de veículos e máquinas agrícolas estão prometendo ofertas na aquisição de utilitários, de tratores, de carretas, de roçadeiras, de dis-tribuidor de calcário, de picadeiras, de adubadeiras, de co-lhedeiras de café, de máquinas de benefi ciar, de varrição e recolhedoras de café”, explica Claudionor.

Entre as concessionárias de tratores, a Comissão Or-ganizadora confi rma a participação da Massey Ferguson (Oimasa), da Yanmar Agritech (Sami Máquinas), da New Holland (AgroPL / A.Alves), da John Deere (Colorado), da Agrale (Cocapec). Todas estas também representam várias empresas de maquinários e implementos agrícolas voltados, em especial, para a cafeicultura.

Os produtores rurais serão benefi ciados com várias atividades técnicas, como o 1º Workshop Regional de Cafei-cultura; o 5º Seminário de Agricultura Orgânica.

EM TEMPO3ª EXPOVERDE - Parque de Exposições “Fernando Costa”

(Av. Dr. Flávio Rocha, 500, Vila Exposição - Franca (SP)Tel. (16) 3724-7080 / 3711-9482

Site: www.franca.sp.gov.br/expoverde / Email: [email protected]

atividades técnicas, como o 1º Workshop Regional de Cafei-A

A Casa das Sementes, uma das maiores revendas agrícolas de Franca, também estará presente em um diversifi cado estande.

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DESTAQUE

Agricultor que visitar a EXPOVERDE concorre a implemento agrícola

5º Seminário de Agricultura Orgânica aborda tecnologia

A 3ª edição da EXPOVERDE confi rma o compro-misso dos organizadores em tornar a feira a maior expressão do setor agrícola da região. Além das

atividades de difusão de tecnologia (seminário, workshop e palestras) e com a proposta de prestigiar o público-alvo principal do evento - que é o produtor rural - a Comissão Organizadora estará sorteando brindes para o agricultor que visitar o evento.

“Com o apoio da Prefeitura de Franca, das institui-ções parceiras e das empresas expositoras, estamos orga-nizando uma lista de equipamentos que serão sorteados somente para produtores rurais”, explica Claudionor Eu-ripedes da Silva, presidente da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim.

Além participar dos seminários e das palestras téc-nicas e também visitarem os estandes de revendas, de máquinas e implementos agrícolas, os produtores rurais poderão ganhar um implemento agrícola e vários outros brindes. Basta visitar a 3ª EXPOVERDE, preencher uma fi cha de inscrição na portaria do Parque de Exposições ‘Fernando Costa’, durante o período da feira. “Ressalta-mos, porém, que estes brindes serão sorteados apenas para produtores rurais que comprovarem ser proprietários ou arrendatários de terra”, afi rma Alexandre Ferreira.

As empresas expositoras estarão comercializando máquinas e implementos a preços especiais. É uma opor-tunidade única para produtores rurais.

O sorteio acontecerá no domingo às 11 horas, com os resultados divulgados no som ambiente e no site do evento.

Mais um tema agrícola relevante será discutido durante todo o dia 30 de setembro na 3ª EX-POVERDE: a Agricultura Orgânica. O tema é de

interesse para os agricultores da APOFRAN – Associação dos Produtores Orgânicos da Região de Franca, que vem sendo capacitados através de ofi cinas do SEBRAE-SP e pela Se-cretaria Municipal de Desenvolvimento.

Com o apoio da BRASILBIO – Associação Brasileira de Orgânicos e do SEBRAE, a Comissão Organizadora da 3ª EXPOVERDE realizará o 5º Seminário de Agricultura Orgânica da Região de Franca. “Este ano selecionamos cada um dos palestrantes, para que estes contribuam di-retamente para o fortalecimento do grupo de produtores orgânicos da região”, afi rmou Alexandre Ferreira, secre-tário Municipal de Desenvolvimento.

O 5º Seminário abrigará as palestras do Drº Silvio Roberto Penteado (Via Orgânica), abordará os temas: produção de hortaliças e frutas orgânicas; enxertia de frutíferas; hortaliças de plantio direto. Logo a seguir, Ricardo Camargo (Embrapa) abordará a importância econômica da criação de Abelhas Sem-Ferrão. No perío-do da tarde, o Drº Carlos Armênio Kathounian (ESALQ/USP) discorrerá palestra sobre o tema Agroecologia e Ma-téria Orgânica. Finalizando, Drº Carlos Mezza (pesquisa-dor chileno / Mundo Orgânico) discorrerá sobre a biotec-nologia; controle biológico de pragas e doenças; residuais de pesticidas e fertilizantes; os desafi os da exportação e de trabalhos em grandes culturas; bem como o panorama atual da agricultura convencional e orgânica.

O seminário tem o limite de 100 vagas apenas. As inscrições são gratuitas e os interessados devem efe-tivar inscrição antecipadamente através do site www.franca.sp.gov.br/expoverde. A

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A AgroPL, a mais nova revenda de tratores de Franca e conces-sionária New Holland, mostrará o que a empresa tem de melhor também nas parcerias com a FM Coppling.

A Eclética/Bertanha estará presente através da parceria com a OIMASA, que esta no passa a representá-los na região.

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.brDESTAQUE

Workshop Regional de Cafeicultura abordaMeios para Elevar a Produtividade Econômica

Produção de Plantas Medicinais: opçãocomercial na agricultura

Com a proposta de promover a difusão de tecnologias que venham reverter em melhorias no solo e nos cafezais da região de Franca (SP) e, conseqüente-

mente, reverter em retorno fi nanceiro para os cafeicul-tores, a Comissão Organizadora da 3ª EXPOVERDE reali-zará, no dia 29 de setembro, no Auditório “Fábio de Salles Meirelles”, o 1º Workshop Regional de Cafeicultura.

Participarão do evento o Drº Hélio Casale (um dos maiores consultores em cafeicultura do país) e Alessandro Silva de Oliveira (engenheiro agrônomo e diretor da em-presa AP Romero, de Piumhi/MG). Hélio Casale abordará o tema “Meios para Elevar a Produtividade Econômica na Cafeicultura”. Já Alessandro Oliveira tratará do tema “Uso da Gessagem e da Braquiária na Entrelinha do Cafezal”.

Os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor algumas técnicas que melhoram as condições físico-químicas do solo da cultura do café e, conseqüentemente, melhoram o estado nutricional do cafeeiro. Segundo os pesquisadores, planta bem nutrida é planta sem doença, produz mais e melhor bebida, revertendo diretamente para ganhos fi nanceiros no fi nal da colheita.

Com o intuito de expandir os horizontes comerciais na agricultura regional, a Comissão Organizadora da 3ª EXPOVERDE realizará, no dia 1º de Outu-

bro, o Mini-Curso “Produção de Plantas Medicinais”. A atividade será organizada pela Drª Marielle Cascaes Iná-cio, doutoranda em Agronomia com ênfase em Horticul-tura pela FCA – Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (SP).

O curso tem o limite de 25 vagas apenas. As ins-crições são gratuitas e os interessados devem efetivar ins-crição através do site www.franca.sp.gov.br/expoverde.

A proposta do curso é o de mostrar o potencial econômico da atividade junto aos produtores rurais do município e região. “O evento está trazendo uma das maiores especialistas na área de plantas medicinais. É uma grande oportunidade para as pessoas interessadas em aprender a técnica e iniciar uma atividade econômica”, afi rma Alexandre Ferreira, Secretário Municipal de De-senvolvimento.

O curso tem duração de duas horas e abrange os temas importantes da atividade, como a identifi cação das espécies; a infraestrutura necessária; as característi-cas ambientais exigidas; a infl uência do solo; os métodos de propagação; qualidade e dormência de sementes; os métodos de secagem e armazenamento; a legislação e co-mercialização.

Dr. Hélio Casale (último à direita) será o grande destaque no workshop, apresentando informações sobre a produtividade econômica na atividade.

Também participarão do evento os cafeicultores Fer-nando Ribeiro (Fazenda Petrópolis) e Antônio Carlos Da-vid (Sitio Santa Isabel), que utilizam na região de Franca (SP) a técnica da braquiária no café e da gessagem. Será um ‘bate-papo’ de produtor para produtor, mostrando cada um deles os caminhos adotados, os resultados obtidos e as recomendações para cada tipo de lavoura de café.

O evento terá início as 13 horas, com a apresenta-ção de insumos importantes de empresas voltadas para a cafeicultura. Para participar, os interessados podem efe-tivar as inscrições através do site do evento (www.franca.sp.gov.br/expoverde) ou diretamente no local, no creden-ciamento.

À esquerda, o cafeicultor Antônio Carlos David, que utiliza a técnica da Braquiária na entrelinha do cafezal e Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes

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GRÃOS

Geraldo Davanzo 1

Em um país com as dimensões continentais como é o Brasil, com os seus 8.514.876 Km2 de superfície, área cultivada de aproximadamente 70 milhões de hectares na última safra e com um imenso poten-

cial agrícola a ser explorado, as questões de infraestrutura e logística das empresas produtoras de insumos agrícolas são cada vez mais decisivas para atender à demanda crescente dos empresários rurais.

Com o agronegócio cada vez mais intenso, em que se colhe uma cultura e se planta outra na sequência, a exemplo da soja e milho safrinha, planejamento e tempo passam a ser primordiais para o sucesso do setor. Assim, as empresas de-vem estar estrategicamente preparadas dentro do conceito

de cadeia de suprimento/logística para atender à necessi-dade de seus clientes em quantidade, qualidade e tempo.

No caso específi co de uma empresa de genética como a Pioneer, que fornece sementes híbridas de milho e cul-tivares de soja, e que deve cumprir toda uma sequência de seleção, testes e validação e cujos produtos possuem forte interação com o ambiente, a questão de infraestrutura e logística torna-se ainda mais complexa.

Dentro de todo este processo, um aspecto fundamental são as regiões de produção. Além de necessitar de planeja-mento detalhado, considerando as particularidades técnicas de cada cultivar ou híbrido tais como melhor época de plan-tio, sincronismo entre plantio, ciclo, colheita e capacidade de recebimento nas unidades, também precisa de ambientes adequados para multiplicação das sementes e possuir toda a infraestrutura necessária com cooperados e fornecedores ca-pacitados tecnicamente, aliado de facilidade no escoamento da produção, para que não haja atraso no cronograma de plantio dos clientes.

E este é um dos pontos mais fortes da Pioneer que, sem dúvida, a coloca como a empresa de sementes com melhor posicionamento geográfi co e estratégico, com suas unidades de pesquisa e produção posicionadas de maneira estratégica, permitindo o desenvolvimento e a multiplicação de produ-tos adaptados e de alta performance para atender a com-plexa logística da agricultura brasileira, conforme pode ser observado na fi gura ao lado.

Somente nestes dois últimos anos, a empresa iniciou três novos investimentos, sendo dois Centros de Termina-ção e Distribuição de Sementes em que se faz o Tratamento Industrial de Sementes com inseticidas e fungicidas, embala,

Investindo estrategicamente para melhor atender ao mercado

1 - Diretor de produção soja da Pioneer Sementes (www.pioneersementes.com.br)

21º Encontro Anual deAgrônomos acontece dia 29/10

AComissão Organizadora do 21º Encontro Anual de Engenheiros Agrônomos da Região Franca (SP) informa que a data do evento já fi cou defi ni-

da. Será no dia 20 de outubro, sábado, no Salão do Agabê (Rua Arnulfo de Lima, bairro São José).

Já defi niram participação no evento as empre-sas: Fênix Agro, Syngenta, Basf, Bayer Florestal, Bayer CropScience, Cocapec, Arysta, Irrigare e Revista Atta-lea Agronegócios; Sami Máquinas, Bolsa Agronegócios, Bolsa Irriga, Credicocapec, Calcário Itaú, Uniagro; Oxi-quimica, Mosaic, Monsanto/Dekalb, Biomatrix, Viveiro Monte Alegre, Cooperfran e Gecal; Sindicato Rural de Pedregulho, Viça Café, Yorin, Campo & Flores, Semente Monte Belo, Ihara e Realpec.

A escolha do Agrônomo do Ano será ampliada neste ano. Os agrônomos da região de Franca (SP) poderão in-dicar (através do email [email protected], em uma lista tríplice), três nomes de profi ssionais que se des-tacaram nos últimos anos.

A Comissão ressalta, contudo, que o prazo fi nal para a escolha é o dia 30 de setembro e que não poderão ser es-colhidos agrônomos que já foram premiados (lista pág. 2).

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.brGRÃOS

armazena e distribui. Situados em Guarapuava (PR) e Primavera do Leste (MT), além de uma nova Un-idade de Produção de Sementes de soja em Catalão (GO), somando in-vestimentos de aproximadamente US$ 60.000.000,00. Em Guarapua-va, às margens da rodovia BR-277, que liga o Centro-Oeste do país ao Porto de Paranaguá, que abas-tece os produtores das regiões dos campos gerais e centro norte do Paraná, além do Mato Grosso do Sul. Com uma área de armazena-gem de 6.100 m², possui capaci-dade de estocagem para 500.000 unidades.

Em Primavera do Leste (MT), em frente a BR-070, no distrito in-dustrial desta localidade, possui 9.000 m² de armazém, equipado com câmaras climatizadas à 17°C para armazenagem de sementes de soja e câmara fria à 10°C para sementes de milho. Este Centro de Distribuição, estrategicamente localizado, atenderá a partir de-sta safra o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e o restante da região Centro-Norte do país tanto em sementes de soja como de milho.

Em Catalão (GO), certamente a

Pioneer terá a sua Unidade de Recebi-mento e Benefi ciamento de Sementes de Soja mais moderna do mundo. Lo-calizada às margens da BR-050 e próxi-mo ao distrito industrial, está projetada

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para o recebimento, benefi ciamen-to, tratamento industrial, armazen-agem e expedição de 1 milhão de sacas de 40 Kg em sua primeira fase de construção, com início de opera-ção previsto para fevereiro de 2012, atingindo 2 milhões de unidades quando o projeto estiver completo. Além desses investimentos, a em-presa está elevando sua capacidade de câmaras frias em praticamente todas as suas Unidades de Produção, garantindo assim a preservação da qualidade superior de seus produtos.

Mas a Pioneer sabe que, para sustentar todos estes investimentos, necessita de profi ssionais qualifi ca-dos, possuindo um forte e estrutu-rado programa de desenvolvimento, capacitação e retenção de talentos, que incluiu treinamento e inter-câmbio técnico na matriz nos Esta-dos Unidos e em outras operações no mundo, onde a empresa possui bases físicas.

Mostrando claramente confi -ança no desenvolvimento do Brasil,

os investimentos não param. Já estão sendo projetados mais investimentos, visando um melhor atendimento às necessidades de um mercado cada vez mais exigente e profi ssional.

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LEITE

O produtor de leite, assim como qualquer outro em-preendedor ou dono de negócio próprio, deve es-

tar atento às mudanças do seu ramo de trabalho. As mudanças acontecem por causa do desejo de que seu produto tenha mais quantidade ou qualidade, independente do negócio que você tra-balhe.

Seu cliente sempre quer o me-lhor de você ou de seus concorrentes. Ganha quem souber atender esses cli-entes e mudar o que precisa ser muda-do para eles terem satisfação com seu negócio.

Relacionamos, a seguir, alguns itens primordiais para que o produtor de leite tenha sucesso.

1º) - Presença do Proprietário na Fazenda: quando não vive na fazenda, o proprietário participa diretamente da administração da atividade e procura conhecer técnica e economicamente a exploração. Em nenhum deles preva-lece a tradicional fi gura do empresário dono de fazenda, mas que pouco co-nhece da atividade. Isso não quer dizer que o produtor não possa ter outra atividade, até principal, ou que não tenha profi ssionais contratados para a gestão. O que se quer dizer é que exige da equipe o mesmo profi ssionalismo com que tocam seus outros negócios, quando isso acontece, e que conhecem o que fazem.

2º) - Paixão: apesar de encararem sua atividade como negócio, fi cou evi-dente a paixão com que tocam suas ex-plorações. Aliás, desconheço qualquer profi ssional de sucesso, ainda mais em uma atividade como o leite, que não gosta do que faz. A atuação no leite por parte destes produtores transcende a questão econômica (mas obviamente não a exclui). É frequente ouvir que antes de produtor de leite, é criador de vacas holandesas, sintetizando com seu lema como pensa a atividade: quer ter vacas bonitas, produtivas e rentáveis.

Características do produtor de leite de sucesso

3º) - Baixa Rotatividade da Mão-de-Obra / Qualifi cação e Gestão da Equipe: outro ponto crucial em co-mum entre estes produtores. Em muitos casos, as famílias nasceram na propriedade e estão há gerações como a família, como é o caso da Agrindus, de Roberto Jank (Descalvado/SP) e da Santa Luzia, de Maurício Silveira Coe-lho (Passos/MG). Assim como nas pro-priedades de Antônio Carlos Pereira (Carmo do Rio Claro/MG), cujo tempo médio de serviço no leite é de 11,2 anos, com 75% dos funcionários tendo mais de 5 anos de casa. Isso faz toda a diferença. Em todos, há o reconheci-mento de que lidar bem com a equipe é tão ou mais importante do que lidar com as vacas;

4º) - Controle de Custos e Plane-

jamento: todos têm dados precisos sobre sua atividade, sabendo o ter-reno em que estão pisando, como os exemplos de Pedro Nunes, da Fazenda Brejo Alegre (32.200 litros/ha/ano), e Ronaldo Gontij o, da Fazenda Monjolo Velho, que está estruturando um pro-jeto de 30.000 litros diários com base em pastejo irrigado;

5º) - Metas e Escala: além de sa-berem o que fazem, estes produtores possuem metas claras e, sem exceção, buscam crescer na atividade. Escala de produção é um aspecto relevante a to-das estas explorações;

Na próxima edição, continuamos com este artigo, explicitando outros itens importantes para o sucesso na atividade leiteira. (FONTE: www.milkpoint.com.br)

O homem de 71 mil vacasO principal exemplo de sucesso

na atividade leiteira é o de Luis Bettencourt, um aço-

riano radicados nos EUA e diretor da empresa Bettencourt Dairy. Sediada no estado de Idaho, a empresa conta com 11 fazendas num raio de 70km, 71 mil vacas (das quais 61 mil em lac-tação) e produz diariamente uma mé-dia de 2,4 milhões de litros de leite.

Mas o que mais surpreende não são estes enormes números. Mas sim como o criador começou e a forma em que desenvolve a atividade diari-amente.

Tudo começou em 1982 com 17 vacas. Segundo Luis, o empreen-dimento foi alavancado com recursos tomados em empréstimos bancários. “Cada vez que eu quitava um emprés-timo, feito para comprar um grupo de vacas, tomava outro empréstimo e comprava mais vacas. Negociante está sempre aberto à novos negócios”, afi rma Luis. O produtor informa, ain-da, que cada uma de suas fazendas constitui uma unidade autônoma, sob a gestão de um responsável pela

coordenaão das atividades. Mas é so-mente ele quem contrata e demite. Além disto, percorre todas as fazendas diariamente.

A empresa produz 40% dos ali-mentos consumidos e a produção en-tregue em diferentes laticínios, com destino específi co para fabricação de proteína concentrada e de leite em pó.

A fazenda de menor tamanho abriga 1.000 cabeças e a maior 17.000. Em uma delas concentra a criação de novilhas que, ao atingirem 7 meses de prenhez são distribuídas pelas demais.

Neste ano, durante sua partici-pação na Interleite 2011, Luis Bet-tencourt esteve visitando algumas propriedades leiteiras no Brasil. Se-gundo ele, os brasileiros se preocupam demais com que fazem os vizinhos. “É você quem cuida de seu negócio. É você quem está ganhando dinhei-ro. Porque então se preocupar com os outros? Se você é um líder no seu negócio, tem de se preocupar com as suas coisas e deixar que os outros se preocupem com as deles”. (FONTE: Mundo do Leite) A

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O etanol na África para um Mundo mais justo?

artigo

Olivier Genevieve - presidente da ONG Sucre-Ethique e Professor na Escola de Comércio INSEEC. Lyon - Paris. [[email protected] / [email protected]]

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De 2003 até 2006, o comér-cio entre o Brasil e a África cresceu de 6 para 15 bi-lhões de dólares. Durante

sua presidência, o presidente Lula visitou mais países africanos do que qualquer outro lider brasileiro. A di-plomacia brasileira abriu 15 embaixa-das e consulados na África Negra de 2002 até 2010. Ao mesmo tempo em que o presidente Lula visitou 28 vezes países africanos, ele foi nos Estados Unidos somente 9 vezes. Este interesse brasileiro é motivado, boa parte, mais pela política do etanol do que um es-pírito ligado a um trabalho de repara-ção da escravidão (os arquivos sobre a escravidão forma destruídas em 1889, sob as ordens de Rui Barbosa)

Em 2007, líderes brasileiros e africanos encontravam-se em Addis-Abeba, na Etiópia, para discutir sobre a indústria dos agrocombustíveis na África. Somente em 2010, o Brasil in-vestiu 6 bilhões de dólares em Moçam-bique.

Em 2010, líderes brasileiros en-contraram as autoridades da União Econômica e Monetária da África do Oeste, em Burkina Fasso, a fi m de dis-cutir a política no setor dos agrocom-bustíveis. Parte da sociedade civil local não entenderam como se poderia pen-sar em fazer álcool a partir da mandio-ca, enquanto parte da população pas-sava fome.

No mesmo ano, um acordo entre o Quênia e o Brasil foi assinado com a fi nalidade de ajudar aquele país a atingir uma forma de soberania ener-gética, quando ano depois o vizinho exportou centenas de milhares de pes-soas puxadas pela fome em campos “cocomelos” maiores do que cidades como Santos ou Ribeirão Preto.

A diplomacia brasileira tem dois

objetivos na África: multiplicar o nu-mero de países produzindo o etanol a fi m de tornar esta “matéria prima” uma “commodity” (cotado numa Bolsa de Valores, Nova Yorque por exemplo) e então poder ascender a novos mer-cados fi rmados e permitir a empresas do setor industrial poder ter um papel neste continente “novo”. Apesar em ter um passado tão forte como primeiro país importador de escravos do mundo, o presidente Lula comentou até na Ni-géria que o Brasil era o segundo país negro do planeta.

Os países africanos são também uma oportunidade “histórica” para ob-ter novas terras e expandir a produção, tanto de cana como de outra produção que possa ser vendida no mercado in-ternacional. Neste sentido, mais do que em competição com os países antigos ligado com a Africa (como a França e a Inglaterra), o Brasil está na frente de países como a China e a Índia nesta corrida para este espaço “virgem”.

No ano passado, a ONG moçam-bicana “Justiça Ambiental” analisou a política bioenergética dos “primos” brasileiros (faz referencia a lingua e ao fato que o Portugal é um link fa-miliar) como fato que “uma expansão dos agrocombustíveis no nosso país está transformando a matéria-prima e a vegetação em plantas para exporta-ção, pegando terras férteis de comuni-dades rurais que produzem produziam alime ntos, gerando assim empregos (aspetos positivo) como condições de fraqueza (aspeto negativo)”. O que as boas intensões do president Lula po-dem ser frente à interesses privados e à competiçao mundial aonde o dolar é o valor universal?

No passado, a política de saúde brasilieira internacional conseguiu que os medicamentos genéricos fos-

sem mais assessiveis para os doentes da HIV na África. Será que esta política brasileira agrícola fará o mesmo para-lelo ao acesso à comida? Isso não é uma certeza por motivos privados. As indústrias farmacêuticas brasileiras tinham o interesse de reduzir barreiras protecionistas, a fi m de ascender a mercados remuneradores; o que não é link entre comida e etanol por ser dis-tintos.

Em julho de 2011, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a pro-porção do etanol iria diminuir de 25 % por 20 % para a mistura com gasolina, a fi m de lutar contra a infl ação. Isso não trará comida para os pratos dos moçambicanos ou quenianos.

Não acredito que tenha uma con-corrência direta entre a produção de etanol e de comida. Mas na África a escolha é um luxo que estes países não podem tomar sem segurança alimen-tar.

Segurança alimentar não pode ser sacrifi cada em decorrência da so-berania energética. Os dois tem que ir de frente para um mundo mais justo, slogan que o próprio Lula gritava em Porto Alegre (RS), durante os encon-tros altermondialistas de Porto Alegre.

Como o Rudyard Kipling (1869-1936 - considerado por muitos como o profeta do imperialismo britanico) - explicava sobre a colonização da Áfri-ca, em que o ocidental tinha um papel civilizador, o início da civilização era, é e será “comer”.

O papel do Brasil frente a este vizinho tão conhecido pelos séculos de escravidão e desconhecidos terá de rever este desafi o para um futuro me-lhor.

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.brSILVICULTURA

Material genético, o início das difi culdadesAdmir Lopes Mora 1

A tecnologia utilizada atualmente para o cultivo do Eucalipto no Brasil foi desenvolvida ao longo dos últimos 40 anos, graças ao suporte de inúmeras pesquisas nas áreas de melhoramento genético, sil-

vicultura e manejo. Estas, por sua vez, foram desenvolvidas por várias empresas fl orestais, normalmente em conjunto com universidades, institutos e centros de pesquisas.

Agora, com a nova onda de crescimento do setor fl o-restal, a alternativa tem sido plantar em novas áreas das regiões do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Nessas regiões, é possível adquirir áreas extensas e bem localizadas, onde se podem plantar fl orestas obedecendo aos requisitos legais e com a possibilidade de obter produtividades que garantam a viabilidade econômica do empreendimento.

A importância desses dois cenários para as pesquisas nos próximos 10 anos é destacada no Plano Estratégico do Ipef-2020. Entretanto, diferentemente do que aconteceu nas regiões Sul e Sudeste, está ocorrendo uma mudança abrupta dos programas de plantios em escala comercial, porém sem toda a base de pesquisa necessária.

Graças aos trabalhos efetuados por algumas empresas fl orestais ou industriais, foi possível identifi car o potencial fl orestal produtivo de algumas dessas novas regiões, especial-mente quando se utilizam clones de eucaliptos hibridados naturalmente ou através de polinizações controladas.

A primeira difi culdade de plantio tem início com a pergunta: que materiais devem ser plantados para abastecer uma fábrica de celulose? Por trás dessa pergunta, suben-tende-se que o interessado deseja plantar clones que tenham alta produtividade, resistentes a défi cit hídrico, a pragas e doenças e que tenham boa aceitação pelas indústrias. Cer-tamente, se a intenção for a produção de carvão, a resposta será diferente. Atualmente, pode-se dizer que a utilização de boas fontes de sementes melhoradas é quase ignorada, visto que a heterogeneidade fenotípica ainda existente não agrada. Então, a maior preferência é pela utilização de clones, em sua maioria, facilmente reconhecidos pelos seus códigos e números.

Existem vários clones disponíveis no mercado que foram selecionados para determinadas regiões e que, certa-mente, após 12 anos de testes de campo, foram aprovados e atendem à maioria dos itens selecionados (crescimento, qualidade da madeira, resistência a doenças, défi cit hídrico).

Entretanto, não há garantia de que essas mesmas res-postas sejam dadas em qualquer local, pois a lei básica do melhoramento genético (fenótipo = genótipo + ambiente + interação g x a) é valida para qualquer lugar. Daí a preocu-pação dos melhoristas em estudar a estabilidade e a adaptabi-lidade de um determinado material.

Hoje, graças às tentativas ao acaso, descobriu-se que 10 a 15 clones selecionados em São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais crescem bem em inúmeros locais do Brasil. Entretanto, de muitos clones que cresceram menos que o es-perado ou que apresentaram algum tipo de doença, pouca gente sabe.

Defi nidos os materiais que serão implantados, antes de ir à compra deles, é importante saber se eles estão registrados no RNC (Registro Nacional de Cultivares). Com o objetivo

de aumentar a diversidade genética e diminuir o risco de pragas e doenças, o ideal seria saber se há algum grau de par-entesco entre esses materiais. Com isso, poder-se-á plantar mais clones e, ao mesmo tempo, evitar o plantio de clones iguais ou aparentados.

O próximo passo é identifi car um produtor de mudas que possa fornecer os materiais selecionados em quantidade (nessas regiões os plantios se concentram em poucos meses) e com a qualidade desejada. Em função da demanda, muitos novos viveiros foram instalados nessas regiões e, mesmo as-sim, em muitas situações, tem-se recorrido à busca de mu-das em viveiros distantes a mais de 2.000 km.

Nessas situações, a total atenção deve ser dada para atender a todos os requisitos dos tratamentos fi tossanitários, a fi m de evitar qualquer transferência de patógenos para es-sas novas regiões.

Para fi nalizar, é importante ressaltar que os plantios comerciais em andamento também servem como uma fonte inesgotável de informações e de tomada de decisão.

Porém as pesquisas simples (introdução de novos materiais, seleção nos locais, testes clonais, adubações, es-paçamentos, etc) e as complexas (por exemplo, como a do TECHS - Tolerance of Eucalyptus Clones to Hydric and thermal Stress) ainda precisam ser efetuadas ordenada-mente nessas regiões. Daí, com certeza, a hegemonia do setor fl orestal brasileiro no segmento das fl orestas plantadas estará garantida.

Consultor do IPEF - Instituto de Pesquisas Florestais.

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