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A Mensagem de Fátima (O Terceiro Segredo) -

Final 

As frases seguintes do texto mostram uma vezmais e de forma muito clara o carácter simbólicoda visão: Deus permanece o incomensurável e aluz que está para além de qualquer visão nossa.As pessoas humanas são vistas como que num

espelho. Devemos ter continuamente presenteesta limitação inerente à visão, cujos confinsestão aqui visivelmente indicados. O futuro évisto apenas «como que num espelho, demaneira confusa» (cf. 1 Cor 13, 12).Consideremos agora as diversas imagens que sesucedem no texto do «segredo». O lugar daacção é descrito com três símbolos: uma

montanha íngreme, uma grande cidade meia emruínas e finalmente uma grande cruz de troncostoscos. A montanha e a cidade simbolizam olugar da história humana: a história como árduasubida para o alto, a história como lugar dacriatividade e convivência humana esimultaneamente de destruições pelas quais o

homem aniquila a obra do seu próprio trabalho. Acidade pode ser lugar de comunhão e progresso,mas também lugar do perigo e da ameaça maisextrema. No cimo da montanha, está a cruz:meta e ponto de orientação da história. Na cruz,a destruição é transformada em salvação; ergue-se como sinal da miséria da história e como

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Aparecem lá, depois, pessoas humanas: o Bispovestido de branco («tivemos o pressentimentoque era o Santo Padre»), outros bispos,sacerdotes, religiosos e religiosas e, finalmente,homens e mulheres de todas as classes eposições sociais. O Papa parece caminhar à

frente dos outros, tremendo e sofrendo por todosos horrores que o circundam. E não são apenasas casas da cidade que jazem meio em ruínas; oseu caminho é ladeado pelos cadáveres dosmortos. Deste modo, o caminho da Igreja édescrito como uma Via Sacra, como um caminhonum tempo de violência, destruições eperseguições. Nesta imagem, pode-se ver

representada a história dum século inteiro.

Tal como os lugares da terra aparecemsinteticamente representados nas duas imagensda montanha e da cidade e estão orientadospara a cruz, assim também os tempos sãoapresentados de forma contraída: na visão,podemos reconhecer o século vinte como séculodos mártires, como século dos sofrimentos eperseguições à Igreja, como o século dasguerras mundiais e de muitas guerras locais queocuparam toda a segunda metade do mesmo,tendo feito experimentar novas formas decrueldade. No « espelho » desta visão, vemos

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  passar as testemunhas da fé de decénios. A este

respeito, é oportuno mencionar uma frase dacarta que a Irmã Lúcia escreveu ao Santo Padreno dia 12 de Maio de 1982: « A terceira parte do"segredo" refere-se às palavras de NossaSenhora: "Se não, [a Rússia] espalhará os seuserros pelo mundo, promovendo guerras eperseguições à Igreja.

Os bons serão martirizados, o Santo Padreterá muito que sofrer, várias nações serãoaniquiladas"». 

Na Via Sacra deste século, tem um papelespecial a figura do Papa. Na árdua subida damontanha, podemos sem dúvida ver figurados

conjuntamente diversos Papas, começando dePio X até ao Papa actual, que partilharam ossofrimentos deste século e se esforçaram poravançar, no meio deles, pelo caminho que leva àcruz. Na visão, também o Papa é morto naestrada dos mártires. Não era razoável que oSanto Padre, quando, depois do atentado de 13de Maio de 1981, mandou trazer o texto daterceira parte do «segredo», tivesse láidentificado o seu próprio destino? Esteve muitoperto da fronteira da morte, tendo ele mesmoexplicado a sua salvação com as palavrasseguintes: «Foi uma mão materna que guiou atrajectória da bala e o Papa agonizante deteve-

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se no limiar da morte» (13 de Maio de 1994). O

facto de ter havido lá uma « mão materna » quedesviou a bala mortífera demonstra uma vezmais que não existe um destino imutável, que afé e a oração são forças que podem influir nahistória e que, em última análise, a oração émais forte que as balas, a fé mais poderosa queos exércitos.

A conclusão do «segredo» lembra imagens, queLúcia pode ter visto em livros de piedade e cujoconteúdo deriva de antigas intuições de fé. Éuma visão consoladora, que quer tornarpermeável à força sanificante de Deus umahistória de sangue e de lágrimas. Anjosrecolhem, sob os braços da cruz, o sangue dos

mártires e com ele regam as almas que seaproximam de Deus. O sangue de Cristo e osangue dos mártires são vistos aqui juntos: osangue dos mártires escorre dos braços da cruz.O seu martírio realiza-se solidariamente com apaixão de Cristo, identificando-se com ela. Elescompletam em favor do corpo de Cristo o queainda falta aos seus sofrimentos (cf. Col 1, 24). Asua própria vida tornou-se eucaristia, inserindo-se no mistério do grão de trigo que morre e setorna fecundo. O sangue dos mártires é sementede cristãos, disse Tertuliano. Tal como nasceu aIgreja da morte de Cristo, do seu lado aberto,assim também a morte das testemunhas é

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fecunda para a vida futura da Igreja. Deste

modo, a visão da terceira parte do « segredo »,tão angustiante ao início, termina numa imagemde esperança: nenhum sofrimento é vão, eprecisamente uma Igreja sofredora, uma Igrejados mártires torna-se sinal indicador para ohomem na sua busca de Deus. Não se trataapenas de ver os que sofrem acolhidos na mãoamorosa de Deus como Lázaro, que encontrou agrande consolação e misteriosamente representaCristo, que por nós Se quis fazer o pobre Lázaro;mas há algo mais: do sofrimento dastestemunhas deriva uma força de purificação erenovamento, porque é a actualização do própriosofrimento de Cristo e transmite ao tempopresente a sua eficácia salvíffica.

Chegamos assim a uma última pergunta: O queé que significa no seu conjunto (nas suas trêspartes) o «segredo» de Fátima? O que é nos diza nós? Em primeiro lugar, devemos supor, comoafirma o Cardeal Sodano, que «osacontecimentos a que faz referência a terceiraparte do "segredo" de Fátima parecem pertencer já ao passado». Os diversos acontecimentos, namedida em que lá são representados, pertencem  já ao passado. Quem estava à espera deimpressionantes revelações apocalípticas sobreo fim do mundo ou sobre o futuro desenrolar da

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história, deve ficar desiludido.

Fátima não oferece tais satisfações à nossacuriosidade, como, aliás, a fé cristã em geral quenão pretende nem pode ser alimento para anossa curiosidade. O que permanece - dissemo-lo logo ao início das nossas reflexões sobre otexto do «segredo» - é a exortação à oraçãocomo caminho para a «salvação das almas», eno mesmo sentido o apelo à penitência e àconversão.

Queria, no fim, tomar uma vez mais outrapalavra-chave do «segredo» que justamente setornou famosa: «O meu Imaculado Coraçãotriunfará». Que significa isto? Significa que este

Coração aberto a Deus, purificado pelacontemplação de Deus, é mais forte que aspistolas ou outras armas de qualquer espécie. Ofiat de Maria, a palavra do seu Coração, mudou ahistória do mundo, porque introduziu nestemundo o Salvador: graças àquele «Sim», Deuspôde fazer-Se homem no nosso meio e talpermanece para sempre. Que o maligno tempoder neste mundo, vemo-lo e experimentamo-locontinuamente; tem poder, porque a nossaliberdade se deixa continuamente desviar deDeus. Mas, desde que Deus passou a ter umcoração humano e deste modo orientou aliberdade do homem para o bem, para Deus, a

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liberdade para o mal deixou de ter a última

palavra.

O que vale desde então, está expresso nestafrase: «No mundo tereis aflições, mas tendeconfiança! Eu venci o mundo» (Jo 16, 33). Amensagem de Fátima convida a confiar nestapromessa.

Joseph Card. Ratzinger

Prefeito da Congregação para a Doutrina daFé

(1) Lê-se no diário de João XXIII, a 17 de Agostode 1959: «Audiências: P. Philippe, Comissário do

S.O., que me traz a carta que contém a terceiraparte dos segredos de Fátima. Reservo-me de aler com o meu Confessor».

(2) Vale a pena recordar o comentário feito peloSanto Padre, na Audiência Geral de 14 deOutubro de 1981, sobre « O acontecimento deMaio: grande prova divina », em: Insegnamenti diGiovanni Paolo II, IV?2 (Città del Vaticano 1981),409-412; cf. L'Osservatore Romano (ed.portuguesa de 18-X-1981), 484.

(3) Radiomensagem durante o rito, na Basílicade Santa Maria Maior, « Veneração,

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agradecimento, entrega à Virgem Maria

Theotokos », em: Insegnamenti di GiovanniPaolo II, IV-1 (Città del Vaticano 1981), 1246; cf.L'Osservatore Romano (ed. portuguesa de 14-VI-1981), 302.

(4) Na Jornada Jubilar das Famílias, o Papaentrega a Nossa Senhora os homens e asnações: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, VII-1(Città del Vaticano 1984), 775-777; cf.L'Osservatore Romano (ed. portuguesa de 1-IV-1984), 157 e 160

(5) Texto original da carta:

(6) Na « quarta memória », de 8 de Dezembro de

1941, a Irmã Lúcia escreve: «Começo poisa minha nova tarefa, e cumprirei as ordens de V.Excia. Revma. e os desejos do Senhor Dr.Galamba.

Excetuando a parte do segredo que por agoranão me é permitido revelar, direi tudo;advertidamente não deixarei nada. Suponho quepoderão esquecer-me apenas alguns pequenosdetalhes de mínima importância».

Texto original:

(7) Na citada «quarta memória», a Irmã Lúcia

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acrescenta: «Em Portugal se conservará sempre

o dogma da fé, etc.».

Texto original:

(8) Na transcrição, respeitou-se o texto originalmesmo quando havia erros e imprecisões deescrita e pontuação, os quais, aliás, nãoimpedem a compreensão daquilo que a videntequis dizer.

DATA DA PUBLICAÇÃO: 06/12/2010 

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