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DICIONÁRIOILUSTRADO DOS
INTÉRPRETES DAFÉ V i n t e S é c u l o s d e
P e n s a m e n t o C r i s t ã o
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JUSTO L. GONZALEZ ( E D I T O R )
Um dicionário de intérpretes de fé, sem dú\'ida, preenche uma
lacima. Temos agora, em língua
portuguesa, ao alcance de professores e esmdantes de
teologia, mais uma valiosa contribuição dealguém bastante conhecido
do público brasileiro, o Dr. Justo L. Gonzalez, que é o editor da
obra. O aspecto da diversidade na interpretação da fé é
especialmente valioso nesta obra. Ela nos traz um convite implícito
ao abandono das posições absolutas e intolerantes. A obra nos
inspira a crer na universalidade da Igreja. Assim, parabenizamos os
editores brasileiros (Academia Cristã) pela iniciativa.
Fernando BortoUeto Filho Secretário Geral daASTE Associação de
Seminários Teológicos Evangélicos Professor do Seminário
Teológico de São Paulo (IPIdo Brasil)
Parte do propósito dos autores e editores, ao preparar este
dicionário, era mostrar que o cristianismo é muito mais amplo do
que freqüentemente imaginamos. Por isso incluímos autores e
pensadores de todas as épocas, de todas as confissões cristãs e de
todos os continentes. Com isso tentávamos responder à enorme
mudança demográfica e sociológica que ocorreu dentro do
cristianismo nas últimas cinco décadas. Com efeito, uma religião
que por quinze séculos fora identificada com a civilização
ocidental, e que durante esse tempo evolucionara com ela, agora
rompe as barreiras dessa civilização. E faz de tal modo que a
maioria dos cristãos não vive nos países que desembocam no
Atlântico do Norte, mas na Ásia, Áfiica e América Latina. Embora,
essa maioria não pertença à raça branca, e muito menos a seus
elementos nórdicos, mas que compreende uma quantidade inumerável de
povos, nações, raças e culturas. Estas mudanças surpreendem e até
deixam
perplexos a muitos crentes que até pouco pensaram que o
cristianismo era uma fé ocidental, e que os poucos cristãos que
havia em outros países eram somente descendentes e pobres imitações
do cristianismo ocidental. Que aconteceu com esse cristianismo que
conhecíamos antes, com seus centros em Roma, Nova York e Londres?
Tomou-se cada vez mais uma realidade mais multifoiTue e coníusa,
mas também cada vez mais enriquecedora.
Justo L. Gonzáiez Editor Geral
â, CRISTÃ
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Título original: Diccionario Ilustrado de Intérpretes de la
Fe
Supervisão Editorial:
Paulo Cappelletti Luiz Henrique A. Silva Rogério de Lima
Campos
Layou t e ar te f in al: Pr. R egino da Silva Nogueira
Tradução: Reginaldo Gomes de Araújo
Rev isão:
Biblio tecário responsável: Cláudio A ntônio G omes
Dicionário i lustrado dos intérpretes da fé / editado por Justo L.
González; tradução de:
Regina ldo Gom es de Araú jo. - San to André , SP: Edi to ra Academ
ia Cris tã Ltda , 2005 .
Título original: Diccionario Ilustrado de Intérpretes de la
Fe
704 páginas; 16 x 23 cm.
ISBN 85-98481-08-4
1. Cris t ian ismo - Dic ionár ios 2. Cris t ian ismo - His tó r ia
I . T í tu lo CD U-26 /28(038)
índices para catálogo sistemático:
1. Cris tianismo 26/28
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
forma ou meio eletrônico e mecânico, inclu sive através de
processos xerográficos , sem permissão expressa da editora (Lei n°
9.610 dc 19.2.1998).
Todos os direitos reservados à
E d i t o r a A c a d e m i a C r i s t ã L t d
a . Rua M arina, 333 - Santo A ndré Cep 09070-510 - São Paulo, SP -
Brasil Fonefax (11) 4424-1204 e 4421-8170 academiacr is ta@globo
.com wvvw.editoraacademiacris ta .com.br
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PREAMBULO
o Dicionário Ilustrado dos Intérpretes da Fé (DIIF) é um projeto da
Associação para a Educação Teológica Hispânica (AETH). Esta é uma
associação de umas quinhentas pessoas de língua espanhola, especial
m ente nos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, que estão
comprometi das com a educação teológica do povo hispânico nesses
países. E n tre seus diversos interesses está a produção de livros
que possam servir aos es tu
dantes e eruditos de todos os níveis em que se ensina a educação
teológi ca. Alguns destes livros são publicados por outras editoras
e outros dire tam en te pela AETH. En tre esses livros, o DIIF m
arca um fato importante na produção de AETH, tan to por sua
extensão como pelo número e varie dade de seus autores e autoras.
Todos trabalharam neste projeto sem receber nenh um a remuneração,
como pa rte de sua contribuição tan to pa ra a AETH como pa ra a
formação teológica em geral.
Como acontece com qualquer projeto desta índole, sempre haverá
de
sacordos com relação a quem ou ao quê deverá ser incluído. Nossas
pau tas (regras) têm sido simples, mas em ocasiões difíceis de in
terp re tar. Por um lado, desejamos que este dicionário tenha a
maior amplitude possí vel. Assim foram incluídos aqui não somente
aqueles teólogos e teólogas que são pa rte da nossa própria herança
direta, mas também que se inclu am pessoas de todas as tradições
teológicas dentro do cristianismo: cató licas, protestantes,
ortodoxas, nestorianas, monofisitas, etc. Do mesmo modo, dedicamos
uma especial atenção ao trabalho teológico que se faz
fora dos centros tradicionais do Atlântico Norte - Europa e Estados
Uni dos. Assim, pode-se enco ntrar nas páginas do DIIF am pla
representação asiática, a fricana e sobretudo latino-am ericana. Po
r outro lado, sim, tr a tamos de dar a conhecer algo mais da
teologia que se desenvolve atual mente entre os hispânicos e
hispânicas nos Estados Unidos, e por isso foram incluídas várias
pessoas que representam esse contexto.
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Uma das decisões mais difíceis foi a de incluir ou não incluir
filósofos que, alguns sem serem cristãos, influenciaram a teologia
de tal maneira que se fez necessário saber algo de sua filosofia
para en tende r o traba lho de alguns teólogos. Tal é o caso, por
exemplo, de Platão, Aristóteles e
Marx, os quais incluímos, não p retendo que ten ha m sido teólogos
ou cristãos, mas sim como base para en tend er 0 pensamento de
ou tras person a lidades incluídas nesse dicionário. Contudo, já
que se trata de um dicio nário de teólogos e não de filósofos, não
incluímos outros filósofos que tiveram menor influência na pesqu
isa teológica.
As ab rev iatura s que empregamos são tradicionais, e não há
necessida de de inclu ir um a lis ta delas. As iniciais ao final de
cada artigo são as do autor ou autora, e sua explicação está na
“lista de contribuintes” que
segue adiante. Uma flecha [=^] antes de um nome indica um convite
àleitura do artigo indicado. Assim por exemplo, “=^Tertuliano”
significa que 0 artigo sobre Tertuliano deve ser visto e
seta.
Agora só nos resta da r graças ao Senhor de toda boa dádiva por
ter-nos permitido oferecer essa obra ao público leitor, com
0 pedido de que esse público veja nela 0 que ao
final de contas é: uma intenção de glorificar ao Deus que a través
dos tempos, em épocas e contextos tão diversos, ergueu testem unhos
cujos traba lhos aqui se resumem . P ara Deus seja a glória,
o
império e a potência, para toda eternidade! Janeiro de 2003
Justo L. González Decatur, GA
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APRESENTAÇÃO À
EDIÇÃO BRASILEIRA Foi com grande alegria que recebi a notícia
que este Dicionário Ilu s
trado dos Intérpretes da Fé logo seria publicado em
português. Parte do propósito dos autores e editores, ao p
reparar este dicionário, era m ostrar que 0 cristianismo é
muito mais amplo do que freqüentemente imagina mos. Por isso
incluímos autores e pensado res de todas as épocas, de todas
as confissões cristãs e de todos os continentes. Com isso tentáv am
os re s ponder à enorm e m udança demográfica e sociológica
que ocorreu dentro do cristianismo nas últimas cinco décadas. Com
efeito, uma religião que
por quinze séculos fora identificado com a civilização
ocidental, e que du rante esse tempo evolucionara com ela, agora
rompe as barreiras dessa civilização. E faz de tal modo que a
maioria dos cristãos não vive nos
países que desembocam no Atlântico do Norte, mas na Ásia,
África e América Latina. Embora, essa m aioria não pertença à raça
branca, e muito
menos a seus elementos nórdicos, mas que compreende uma quantidade
inumerável de povos, nações, raças e culturas. Estas mudanças
surpre endem e até deixam perplexos a muitos crentes que até pouco
pensaram que o cristianismo era um a fé ocidental, e que os poucos
cristãos que ha via em outros países eram somente descendentes e
pobres imitações do cristianismo ocidental. Que aconteceu com esse
cristianism o que conhecí amos antes , com seus centros em Roma,
Nova York e Londres? Tornou-se cada vez mais uma realidade mais
multiforme e confusa, mas também
cada vez mais enriquecedora. Um dos propósitos deste d icionário
foi então m ostra r a nossos leitores
que esse caráter de muitas faces do cristianismo sempre esteve
aqui. O problema era que o desconhecíamos; que sabíamos pouco ou
quase nada sobre os crentes e os teólogos de outras terras ou de
outros tempos. Por isso nas p áginas que seguem o leitor ou leitora
en contrará nomes conhe-
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eidos, personagens de sua própria tradição cujos traba lhos
influenciaram não somente a igreja, mas toda a civilização
ocidental - pessoas como Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino e
Martinho Lutero. Mas encon tra rá nomes desconhecidos, personagens
de ou tras terr as e de outros tem
pos. E ncontrará nomes de cristãos protestantes, católicos,
ortodoxos, nestorianos, monofisitas... E encontrará nomes de
pensadores europeus, norte-americanos, afi^icanos, asiáticos,
latino-americanos... Ao incluí-los desejávamos mostrar a nossos
leitores e leitoras que a tradição teológica do cristianismo é
muito mais ampla que a tradição de uma confissão, de uma cultura ou
região do mundo.
Os autores e autoras deste dicionário são principalmente pessoas de
origem latina que agora vivem e ensinam nos Estados Unidos. Parte
de
nosso propósito ao compor a lista dos autores era precisamente
mostraralgo da nova face do cristianismo, fazendo ver que nos
Estados Unidos, que antes eram centro de missões para a América
Latina e o resto do mundo, há hoje uma vibrante comunidade de
teólogos de ambiente lati no-americano, e que, portanto a crescente
complexidade do movimento cristão existe, não somente nos antigos
“territórios de missão”, mas tam
bém nas velhas sedes missionárias; e que os grupos m
inoritários, em qual quer país que seja, não devem ser somente
meros receptores da missão,
do ensinamento e da teologia, mas também agentes ativos na vida
daigreja e em seus trabalhos teológicos. Só com nossos nomes,
esperávamos que o Dicionário Ilustrado dos Intérprete da
Fé fosse sinal e produto das novas configurações
étnicas e culturais do cristianismo.
Agora se anuneia^Éfepniblicação deste dicionário, além do original
espa nhol, em português ê em inglês. Esperam os que isto seja
somente o come ço de um a séfié "de tj^^iições para ou tras
línguas. Por tudo o que antec e de, esta publicação nesses e outros
idiomas não é motivo de regozijo pelo
fato somente que lhe de importância a nosso trabalho - o qual nos
lison je ia e en tusiasm a. É motivo de regozijo, sobretudo
porque a própria publicação, as próprias traduções são sinais
do novo cris tianism o que vai tomando forma, e do que desejávamos
ser testemunho. Se ao incluirmos nestorianos e chineses em nosso
dicionário o fizemos com o objetivo de mostrar que o cristianismo
não é agora e nunca foi uma religião ociden tal, a publicação de
nosso dicionário em outros idiomas é testem un ho cla ro dessa
realidade. Já hoje os brasileiros, portugueses e angolanos não têm
que ler unicam ente m aterial produzido por teólogos de origem
euro
péia, nos Estados Unidos ou na Europa. E ste dicionário é
prova disto. Hoje há toda uma rede de conversações entre cristãos
de todo povo e na ção, de modo que em Uganda são lidas obras
escritas no Brasil ou no Peru , e no B rasil são lidas obras
escritas na Coréia e - como no caso deste dicionário - por minorias
étnicas nos velhos centros de poder.
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Tudo isto me causa grande regozijo. Causa-me regozijo antes de tudo
porque este dicionário, e mil outras obras como ele, serão in
spiração que leve irmãos e irmãs de toda a face da terra a
dedicar-se aos trabalhos teológicos - e a fazê-lo em diálogo, em
conjunto, sem pensar, de imediato,
que uma civilização ou uma cultura deva ter hegemonia sobre o
afazerteológico de toda a igreja. Por isso, meus m ais sinceros
agradecimentos à E ditora Academia Cristã
e a seus diretores, aos autores do Dicionário Ilustrado dos
Intérpretes da Fé, a seus tradutores para o português e
outros idiomas, e, sobretudo a ti, irmã leitora ou irmão leitor,
que ao abrir estas paginas te assomas às
belezas da teologia - ao que é isto de am ar a Deus “com toda
a m ente ”. Obrigado a ti, porque graças a Deus tu és parte de um
futu ro de alcances
insuspeitados, que fará com que a nossa obra não seja em vão!
Julho de 2005.
Justo L. González
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LISTA DOS COLABORADORES
AEM Dr. Aquiles Ernesto Martinez. Professor Associado de Religião
no Rei nhardt College, Waleska, GA.
ALG Dr. Alberto L. García. Professor de Teologia na Concórdia
University , Wisconsin, Mequion, WL
ALN Agustina Luis Nunes. Doutoranda na Lutheran School of Theology
at Chicago, Chicago, IL.
AMID Dra. Ada Maria Isasi-Díaz. Professora Titular de Ética Cris tã
e Teolo gia em Drew University, Madison, NJ.
AP Dr. Alvin Padilla. Professor Associado de Novo Testamento e
Decano Acadêmico no Gordon-Conwell Theological Seminary, Boston,
MA.
AZ Dr. Ariel Zambrano. Professor aposentado de Antigo Testamento no
Seminário Evangélico Unido no México, D.F.
CCO Dr. Carlos F. Cardoza Orlandi. Professor Associado de
Cristianismo Mundial no Columbia Theological Seminary, Decatur,
GA.
CEA Pro f Carmelo E. Álvarez. Professor Afilhiado de História da
Igre ja e Teologia no Christian Theological Seminary, Indianópolis,
IN.
CGG Dra. Catherine Gunsalus González. Professora emérita de
Historia Eclesiástica no Columbia Theological Seminary, Decatur,
GA.
CJP Dra. Carmen Ju lia Pagán. Catedrática Asociada de Estudos
Teológicos na Universidad Interamericana de Porto Rico, San Juan .
PR.
CMB Dr. Claudio M. Burgaleta, S.J. Diretor Ejecutivo de Estudos
Pasto rais
para a Nova Evangelização, em Nova York, NY. CS Carmelo
Santos Rolón. Doutorando de teologia sistem ática na Luthe
ra n School of Theology at Chicago, Chicago, IL.
DCF Dr. David Cortés-Fuentes. Professor Assistente de Novo
Testamento e dire tor de serviços acadêmicos para o Sul da
Califórnia no San F ran cisco Theological Seminary, San Anselmo,
CA.
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DTG Dr. David Traverzo Galarza. Pastor da Igreja Presbiteriana em
Midd letown, NY.
EA Dr. Efrain Agosto. Professor de Novo Testamento e diretor do
Programa de Ministérios Hispânicos em Hartford Seminary, Hartford,
CT.
ECF Dra. Elizabeth Conde-Frazier. Professora Assistente de Educação
Re ligiosa no Claremont School of Theology, Claremont, CA.
EDA Dr. Edwin David Aponte. Professor Assistente de Cristianismo e
Reli gião na Perkins School of Theology, Dallas, TX.
EDB Dra. Esther Diaz-Bolet. Professora Assistente de Educação
Cristã, Ad ministração e Desenvolvimento de Líderes no Southwestern
Baptist Theological Seminary, Fort Worth, TX.
EF Dr. Eduardo C. Fernández, SJ. Professor Associado de Teologia
Pas toral na Jesuit School of Theology, Berkley, CA.
EH Dr. Edwin Hernändez. Diretor do Center for the Study of Latino
Reli gion na University of Notre Dames, South Bend, IN.
ELR Dr. Ediberto Lopez Rodriguéz. Catedrático de Novo Testamento e
Grego no Seminário Evangélico de Porto Rico, San Juan , PR.
EPA Dr. Eliseo Pérez-Álvarez. Professor de Pensamento Cristão no
Seminário Evangélico de Porto Rico, San Juan, PR.
EV Dr. Eldin Villafane. Catedrático Distinguido Ricardo Taôon de
Cristi anismo Hispânico, Ética e Ministério Urbano no Gordon
Conwell The ological Seminary, Boston, MA.
EZ Dr. Edward Zaragoza. Professor Associado de História da Igreja
no United Theological Seminary, Dayton, OH.
FMA Dr. Felipe Martinez Arroyo. Catedrático associado de Religião e
Filosofia na U niversidad Interamericana de Porto Rico, San Germán,
PR.
GC Dr. Giacomo Cassese. Professor Associado de História da Igreja e
Di retor dos Programas Hispânicos, South Florida Center for
Theological Studies, Miami, FL.
GCC Dr. Gonzalo Castillo-Cárdenas. Professor de Igreja e Sociedade
e de Estudos do Terceiro Mundo no Pittsburgh Theological Seminary,
P it tsburg, PA.
GRK Dr. George R. Knight. Professor de História da Igreja no
Seventh Day Adventist Theological Seminary, B errien Springs,
MI.
HMT Dr. Hugo Magallanes-Tejeda. Professor Associado de Ética Cristã
no As- bury Theological Seminary, Recinto de la Florida,
Orlando, FL.
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IG Dr. Ismael García. Professor de Ética Cristã no Austin
Presbyterian Theological Seminary, Austin, TX.
JDR Dr. José David Rodriguez. Professor de Teologia Sistemática e
diretor do Programa de Ministérios Hispânicos/Latinos no Lutheran
School
of Theology at Chicago, Chicago, IL. JDRR Dr. José David Rodriguez
Rivera. Professor Adjunto de Teologia Siste
mática e Ética no Seminário Evangélico de Porto Rico, San Juan,
PR.
JFM Dr. Juan Francisco Martinez. Diretor do Departamento Hispânico
do Fuller Theological Seminary, Passadena, CA.
JLG Dr. Ju sto L. González García. Editor Geral do Diccionario de
Teólogos 6 Teólogas.
JNR Dr. José Norat Rodriguez. Diretor de Área para América
Hispânica e 0 Caribe das Igrejas Batistas Americanas.
JR Dr. Jesús Rodriguez. Teólogo Pastoral, Capelão de hospitais e
conse lheiro forense.
JRI Dr. José Irizarry. Professor Associado de Ministérios
Educativos na Lutheran School of Theology at Chicago, Chicago,
IL.
KD Dr. Kenneth G. Davis, OFM Conv. Professor Associado no Saint
Mein rad School of Theology, St. Meinrad, IN.
LCD Dr. Leopoldo Cervantes-Ortiz. Escritor, professor de teologia e
editor. Pastor presbiteriano. Diretor do Centro Basilea de
Investigación y Apoyo, A.C., México, D.F.
LGP Dr. Luis G. Pedraja. Decano Acadêmico e Professor de Teologia
no Memphis Theological Seminary, Memphis, TN.
LMcA Dr. Leste McGrath Andino. Pastor da Igre ja Cristã (Discípulos
de Cristo) em Porto Rico.
LRP Dr. Luis N. Rivera Rodriguez. Professor Associado de Teologia
no Mc Cormick Theological Seminary, Chicago, IL.
MAD Dr. Miguel A. De La Torre. Professor Assistente de Ética
Teológica no Hope College, Holand, MI.
MAG Dra. Michelle A. González. Professora Assistente de Estudos
Teológi cos na Loyola Marymount University, Los Angeles, CA.
MJM Manuel Jesús Mejido. Doutorando na Emory University, na área de
Filosofia Social e Sociologia da Religião.
NLD Dra. Nora O. Lozano Díaz. Professora Assistente no
Hispanic Baptist Theological School, San Antonio, TX.
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Abade que escreveu um tratado
sobre a fração do corpo de Cristo, na ocasião das
controvérsias euca rísticas sobre as doutrinas de =^Be- rengário.
Ele, Abaudo, afirma que, mesmo sendo o pão o corpo de Cris to,
quando este se parte, cada uma da suas partes contém a totalidade
desse corpo. - JLG
ABBOT, GEORGE (1562-1633) Teólogo e professor em Oxford,
Inglaterra, defensor ardente do pu ritanismo, porém também do sis
tema episcopal de governo. Como
puritano, teve vário s conflitos com William =^Laud enquanto
este últi mo era arcebispo de Can terbury. Em 1611, Abbot
chegou a ocupar essa sede episcopal, de onde defendeu o
calvinismo dos puritanos. Foi em
parte, graças a sua in tervenção que a Igreja da Inglate rra
teve represen tantes no sínodo de =>Dort. - JLG
ABBOTT, EDW IN A. (1838-1926) Teólogo e erudito anglicano
que
se dedicou aos estudos filológicos do Novo Testam ento e a
escrever no velas de ca ráte r religioso. Suas três
obras principais são; Filocristo, Onésismo e Silvano.
- JLG
ABDIAS DE BABILÔNIA Nome fictício que o autor das H is
tórias dos apóstolos deu a si mesmo. Estas histórias, compostas
aparen temente por um autor franco (fran cês) no séc. VI, contêm
lendas sobre cada um dos apóstolos. O nome de
“Abdias” parece ter sido tomado da lenda de ^A bg aro , onde se
cita um personagem com esse nome, que se gundo outras
tradições chegou a ser 0 bispo de Babilônia. - JLG
ABELARDO, PEDRO (1079-1142) Um dos principais promotores do
renascimento intelectual do séc.XII, e precurso r da escolástica.
Sua vida resulta particularm ente inte ress an te porque ele
mesmo chegou a narrá-la na sua His tória das ca
lamidades, e também porque suas relações com Heloísa fora
objeto de numerosas obras de fantasias.
Sem dúvida Abelardo era uma pessoa de extraordinários dotes in
telectuais. Porém não parece ter sido uma pessoa de muito tato, par
ticularmente no que se refere às (suas) relações com seus
mestres.
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Estudo u com os mais famosos mes tres do seu tempo e fez inimizade
com todos eles; =^Roscelin, =»Gui- Iherme de Cham peaux e
=^Anselmo
de Laón.Depois de separar-se de Ansel mo de Laon, Abelardo foi para
Pa ris, onde se dedicou ao ensino de fi losofia e de teologia. Foi
em Paris que teve Heloísa primeiro como dis cípula 6 depois como
amante. Ela era so brinha de um cônego da cate
dral. De seu relacionamento nasceuum filho, ao qual puseram o nome
de “Astrolábio” em homenagem a um instrumento que para eles era uma
das maiores invenções huma nas. Abelardo e Heloísa se casaram e
mantiveram o casamento em se gredo, pois naq uela época te ria
sido
muito difícil para ele continuar seutrabalho de docente como
casado. Todavia os familiares de Heloísa chegaram a pensar que ele
ter ia mantido o casamento em segredo
porque ia pedir ao Papa que o anu lasse. Em vingança por
aquilo que seus familiares consideravam ser uma vergonha, pegaram
Abelardo e castraram-no. Sendo assim Heloí sa se tornou monja e
Abelardo foi
para (uniu-se ao) mosteiro de Sain t- Denis, nos arredores de
Paris.
Em Saint-Denis (São Dionísio) Abelardo fez também inimizade com os
outros monges ao declarar que 0 fundador do famoso mostei ro
não poderia ter sido ^D ion ísio o Aeropagita, como afirmavam os
mon ges do lugar. Além disso, em 1121 um sínodo realizado em
Soissons condenou suas opiniões sobre a dou-
i ........V
0 amor de Abelardo e Heloísa
tr ina da Trindade e o obrigou a queimar uma obra que tinh a escri
to sobre o tema. Então Abelardo se retirou pa ra um luga r deserto,
onde
esperava encontrar paz e tranqüilidade. A mesmo lá seguiram-no
alguns discípulos, com os quais fun dou uma escola que chamou de “o
Parác lito” (Paracleto). Tam bém He loísa o seguiu até lá e fundou
um convento próximo do “Paráclito”. Porém seguiram-no também os
seus inimigos, em par ticular o fogoso (in flamado) =í>Bernardo
de Claraval, que não podia tolerar o modo no qual Abelardo
combinava a dialéti ca com a teologia, aplicando a ra zão às
questões de fé. Como resul tado das ações (atividades) de Ber nardo
e de outros, em 1141 Abelar do teve que comparecer diante do sínodo
reunido em Sens que conde nou as suas doutrinas sem se quer dar-lhe
oportunidade de fazer a sua defesa. Abelardo apelou ao Papa
Inocêncio II, mas no ano seguinte
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ainda que com mais moderação. Um deles foi o autor de um R
esu mo de teologia cristã que logo foi atribuído ao
próprio Abelardo. O
mesmo se pode dizer das Sentenças anônim as de São Floriano e
até do Papa Alexandre III, que antes de chegar a esse cargo, sob o
nome de Orlando Bandinelli , escreveu umas Sentenças, n a qual
via-se cla ram en te vestígios de Abelardo. Por último, é notável o
impacto de Abe
lardo e de sua escola sobre =^PedroLombardo e seus Quatro livros
de Sentenças. - JLG
ABELLY, LOUIS (1604-1691) Teólogo francês educado na
Sor
bonne. Seu nome é geralm ente as sociado ao de São Vicente de
Paulo.
Em 1662 foi nomeado bispo de Rodez. Sua obra mais importante é
Vie du Vénérable serviteur de Dieu, Vin cent de Paul, a
primeira biografia de São Vicente. M edulla theologica
é um m anua l de doutrina probabi- lista. Em seu livro Tradition
de l’église touchant la dévotion des chrétiens envers
la Sainte Vierge,
adota um método positivo. - JDR
ABEMASIS, CARLOS H. (Séc. XX) Sacerdote jesuíta, professor de
Sagrada Escr i tura na Escola de Teologia de Loyola e no Centro de
Estudos da Religião e Cultura de Manila, Filipinas. Seus escritos
con tribuíram no campo das religiões comparadas, es tudos intercul
tu- rais , teologia da religião, e teologia da libertação a p ar
tir de um a pe rs
pectiva asiá tica. - CCO
O epitáfio de Abércio, bispo de Hierápolis (Frigia), foi
descoberto
em 1838 pelo arqueólogo W. Ramsay. A inscrição resume de forma
mística e simbólica a vida e ações de Abércio, que acre dita-se te
r sido composta no final do séc. II, quan do tinha 72 anos. O
epitáfio resul ta ser um dos mais antigos monu mentos que mencionam
a eucaris
tia. - Z P M
ABERLE, MORITZ VON (1819-1875)
Teólogo católico alemão, profes sor de Novo Testam ento na U nive r
sidade de Tübingen até ao seu fa lecimento. Muitas de suas
opiniões
pessoais foram rech açadas pela maioria de seus
contemporâneos. Por exemplo, Aberle supunha que 0 evangelho
de Mateus havia sido escrito com a finalida de de re fu tar um
escrito calunioso publicado pelo Sinédrio em descrédito do cristia
nismo, e que os escritos de Lucas
foram p reparado s p ara o compare- cimento de Paulo diante do
tribu nal de César. Desde 1851 esteve presente en tre os
principais red a tores da Theologische Quartal schrift,
revista da Faculdade Ca tólica de Teologia de Tübingen. As teses de
seus artigos foram seleci onadas e publicadas por Dr. Paul Schanz,
(Friburg, 1877) sob o tí tu lo Einleitung in das Neue Testa ment
[Introdução ao Novo Testa mento], - J D R
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ABGARO, EPÍSTO LA DE JESU S A.
Brevíssimo documento espúrio que pretende ser uma carta que J
e
sus mandou ao rei Abgaro V deEdessa (que morreu no ano 50). N
ela Jesus promete que depois de sua ascensão lhe enviará um de seus
discípulos. Du ran te muito tem
po essa epísto la foi muito venerada entre os cristãos sírios
que a tinham como autên tica. - JLG
ABRAHAM ECCHELLENSIS (Séc. XVII)
Prolífico autor católico, proceden te das montanhas do Líbano. Seu
nome é derivado de sua aldeia na tal, Ecchel. Abraham P assou a mai
or pa rte de sua ca rreira literária em
Roma e Paris, onde deu a conheceros escritos e tradições do
cristianis mo oriental, dedicando-se especial mente a traduzir e
editar obras es critas em siríaco e árabe. - JLG
ABRAHAM, K. C. (-?) Oriundo da índia, professor de
teologia e ética na Escola teológicaUnida em Bangalore, índia, e
ex- presidente da associação de teólo gos do Terceiro Mundo.
Tem contri
buído nos campos da teologia da li bertação a p artir
da perspectiva a si ática, e da relação entre teologia e cu ltura ,
assim como da religião po
pular e espir itu alidade. - CCO
ACÁCIO D E B ERÉIA (ca. 322-432) Bispo de Beréia que
participou
ativam ente na s controvérsias sobre =^Apolinário, a quem fez
oposição.
Participou do concílio de =í>Cons- tantinopla (381) e apoiou
suas de cisões. Logo se separou do Papa =>Dâmaso, e em C onstan
tino pla foi
um dos opositores de =>João Crisóstomo. Quando surgiu a
controvér sia em torno de =>Nestório, Acácio tra tou de
reconciliar-se com =>Cirilo de Alexandria, ainda que sem su
cesso. Devido ao estado avançado de sua idade, 109 anos, Acácio não
par ticipou do Concilio de =>Éfeso no
ano de 431. - J L G
ACÁCIO DE CESARÉIA (?-366) Defensor do arianismo, especifi
camente em sua forma hom eana (do grego homoios). Visto que
seu a ria nismo e ra moderado, foi condenado tanto pelos arianos
radicais como
pelos ortodoxos. Sua im portância para o partido homeano
foi ta l, que du rante algum tempo imp useram o nome de “acacianos”
àqueles que se guiam essa linha. - JLG
A C Á C I O D E C O N S T A N T I N O PLA (Séc. V)
P a t r i a r c a de C ons t a n t i nop l a(471-489), conhecido na
his tória por nomear com seu nome o chamado “Cisma de Acácio”
(482-519) entre as igre jas de Constant inopla e Roma. Sua
principal obra teológica consistiu em colaborar com o impe rador
Zenão na composição do “Edi
to de união”, o =>Henotikón
(482).Acácio parecia haver assegurado uma forte reputação de
ortodoxia graças a sua tenaz oposição ao =^Encyclion do
imperador Basilis co, que tentava ganhar para si a
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simpatia dos monofisitas declaran do inválidas as decisões do Concí
lio de ^Calcedônia. Além disto, Acácio tin ha presidido o sínodo
que
julgou e condenou a ^ P e d ro Fulãocomo monofisita. O
documento de Acácio e Zenão
foi outro de muitos intentos de cor rigir a divisão e ntre os
monofisitas e calcedonenses (calcedônios). Acá cio parece ter
considerado que boa
parte dessa divisão se baseava em
questões semânticas, e que havia,além de alguns poucos verdadeiros
monof is i tas , mui tos outros aos quais os historiadores os
chamavam de “monofisitas verbais”. Esse mo nofisismo verbal, no
tempo que con cordava com os ortodoxos na neces sidade de afirmar
tanto a divinda
de como a humanidade de Jesus,não estava disposto a aceitar a fór
mula “de duas naturezas” que o Concílio de Calcedônia tinha pro
mulgado. O Henotikón, todavia, não declara isto com clareza,
mas pro cura voltar a um a situação existen te antes do Concílio de
Calcedônia, reafirmando, assim, as doutrinas dos Concílios de
=^Nicéia (325) e de =>Constantinopla (381). Além dis to,
provavelmente para ganhar o apoio dos monofisitas, reafirmava os
controvertidos (discutidos) Doze
Anátemas de =>Cirilo de Alexandria contra os
nestorianos.
Por tudo isto, no lug ar de produ zir união,
0 Henotikón produziu ain da maiores divisões. No
Oriente, alguns o recusaram e outros o acei taram . No Ocidente, o
P ap a Félix o rechaçou por diversas razões: Pri
meiramente porque parecia dimi nuir a autoridade do Concílio de
Calcedônia e a Epístola dogmática de =>Leão o Grande. Em
segundo
lugar, porque se pres tava a um a interpretação abertamente
monofisi ta. E por último, porque se tratava de um edito imperial,
como se o im
perador tivesse autoridade para ju l gar em m atéria de
doutrina.
O resultado de tudo isto foi o Cis ma de Acácio, que continuou
depois
da morte des te e não foi reparado anão ser com a chegada de
Justino ao trono im perial (518). - JLG
ACOSTA, JOSÉ DE S. J. (1540-1600)
Famoso teólogo, etnólogo e mis sionário jesu íta no Peru, nasceu
em
Medina Del Campo, provavelmente de família convertida portugue sa.
Escreveu o primeiro livro publi cado nas Américas (1585) o catec is
mo trilingü e em Aim ara, Ca stelha no e Quéchua, De Doctrina
Christia na, do Terceiro Concílio Provincial de Lima (1582).
Talvez sua maior obra ten ha sido His toria N atural
y
Moral de las índias (1590), na qual ele oferece a
melhor descrição de seu tempo das novidades culturais e naturais do
Novo Mundo, e pelo qual é considerado um dos pais da etnologia am
eríndia por antropólo gos contemporâneos. Com sua pri meira obra
americana, De Procu- randa Indorum Salute, um
manu al missiológico escrito em 1576, mas não foi publicado antes
de 1589, esta trilogia literária compreende sua maior contribuição
intelectual
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p a ra a teologia latin o-am ericana, que se distingue por um
método te ológico eclético que combina a esco lástica tom ista da
Prim eira Escola
Dominicana de Salamanca, a elegância literá ria e a preocupação re
formista da teologia humanista, e a espirituahdade inaciana. As opi
niões teológicas e éticas de Acosta costumam ser realistas e
equilibra das, represen tando um a posição in termediária entre
Bartolomeu de
las C asas e os abusos da conquista.Tam bém foi o primeiro supe
rior je su íta que aceitou e traçou as linhas
pastorais da prim eira missão entre os indígenas americanos
em Juli nas proximidades do lago de Titi- caca. Esta seria o modelo
das famo sas missões jesuítas no Paraguai.
Depois da estadia de 14 anos noPeru, retornou a Ca stilha em 1587,
onde suas atividades mais impor tan tes relacionaram-se com a adm i
nistração inte rna da Companhia de Jesu s. A costa serviu tamb ém
como agente do plano fracassado de Feli
pe II que pretendia exercer maior
controle sobre a Companhia de Jesus na E span ha com a expulsão do
superior geral centralizante, Cláu dio Aquaviva. - CMB
ACTA SANCTORUM Grande projeto iniciado por um
grupo de eruditos jesuítas no séc,
XVII, com o propósito de recopilare contar as vidas dos santos na
or dem em que são celebradas as suas festas. Foi interrompido pela
su
pressão dos je su íta s em 1773. O pro jeto chegou a
completa r-se so-
mente no séc. XX, mais de trezen tos anos depois de seu início. -
JLG
ACTAE APOSTOLICAE SEDIS
Revista mensal oficial da Santa Sé. Começou a sua publicação em
setembro de 1908. A lei canônica a considera como autorizada e
ofici al, Todo tipo de decreto e decisão da Rota Romana que se
publica é ofi cialmente promulgado, e depois de
passados três meses da data de sua
publicação se to rna efetivo. Publi ca-se tão freqü entem
ente, como ne cessário, para m an ter os fiéis infor mados das
decisões oficiais tomadas
pela Ig re ja. - JDR
ACTON, BARON JOH N E. E. D. (1834-1902)
H istoriador católico, amigo e co laborador de J. J, I.
=í>Dõllinger e de J. H. =^Newman. Assim como eles, Acton foi
católico moderado. Tenazmente se opôs ao ultramon tanism e, e em
1869 foi a Roma pa ra te n ta r evitar que o Primeiro Concí lio
=í-Vaticano promulgasse a infa libilidade do Papa. Quando perdeu
esta batalha, ele se subm eteu à au toridade do Concílio. Desde
então se dedicou principalmente aos es tudos históricos. -
JLG
ADAM, KARL (1876-1966) Teólogo católico, alemão, que for
mou pa rte de toda um a geração que traba lhou pela renovação do
catoli cismo romano, e que resulta ser a geração precursora do
Concí l io =^Vaticano II. A maior par te de sua
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carreira como docente foi na Uni versidade de Tübingen, Alemanha,
jnde ensinou de 1919 até o ano de 1949. Entre as suas pr
incipais
jbras está Una Sancta (1951), naqual trata dos
problemas e a espe rança de uma aproximação entre católicos e
protestantes. Suas obras ie cunho cristológico também al cançaram
grande popular idade: Christus unser Bruder (1926),
Je- ius Christus (1933) e Der Chris
tus
des Glauhens (1954). - J L G
ADAMÂNCIO (Séc. IV?) Autor antignóstico de quem não
se sabe muito mais do que seu nome. Provavelmente viveu no séc. R"
na S íria ou na Ásia Menor. Mes mo que alguns o tenham
confundi
do com =4-0rígenes, ta l identificação não é correta. Seu
diálogo De Recta in Deum Fide se apresenta como
um a série de debates, primeiro com os seguidores de =>Marcião,
e em se guida com os seguidores de =>Bar- desanes e =^Valentino.
- JLG
ADAMS, HANNAH (1755-1832) Prim eira teóloga norte-ame rica
na que conseguiu se sustentar eco nomicamente dos livros que escre
veu. Dedicou-se com êxito no campo das religiões comparadas. - E P
A
ADÃO DE MARSH ^M AR ISCO,
ADÃO DE
ADÃO DE SÃO VÍTOR (?-ca. 1185) Poeta litúrgico que expressou
em
verso a piedade e a teologia da Es
cola de São Vítor (=»Hugo de São Vítor; =^Ricardo de São Vítor).
Tam bém lhe é atribuído um dicionário com termos difíceis da
Bíblia. - JLG
ADELARDO DE BATH (ca. 1125) Filósofo inglês de cuja vida se
sabe muito pouco, mas parece ter viajado por toda Eu ropa
ocidental, assim como também pelo norte da África e Ásia Menor.
Assim conse guiu adquirir uma enorme erudi
ção, a qual Adelardo usou em seuesforço de reconciliar as doutrinas
de ^Platão e as de =í>Aristóteles quan to ao “un ive rsais”. -
JG L
ADELMANO (?-ca. 1053) Discípulo de =>Fulberto de C har
tres, escreveu uma carta contra
do utrina euca rística de =>Berengá- rio de Tours. Adelmano a
firma nela que 0 Senhor, tendo prometido que nos daria a sua
carne para comer, cumpriu essa promessa na in stitui ção da
eucaristia. - JLG
ADSON DE LUXEUIL (?-992)
Também conhecido como Asson. Criado no mosteiro de Luxeuil che gou
a ser abade do famoso mosteiro de Montier-en-Ders. Aí escreveu
várias vidas de santos, e provavel mente uma história dos bispos de
Tours. Nessas obras supostamente históricas abundam lendas e
fábu
las piedosas. Adson tam bém escre veu 0 Tratado do
Anticristo, que tem sido atribuído a vários outros autores,
entre eles =í>Agostinho de Hipona e ^A lcuíno. - JLG
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ultra-extremo. Seus seguidores, co nhecidos como anomeanos (do
gre
go anomoios), afirm avam que o Paie 0 Filho são
“diferentes” em tudo, pois somente o Pai é Deus. Oriundo de
Antioquia, Aécio foi de imediato
para Alexandria , onde estudou a ló gica de =>Aristóteles
e chegou a ser um hábil polemista. Tornou-se bis
po pelos arianos, mesm o que pare ça não ter tido uma sede
episcopal determinada. - JLG
AFRAATES (?- ca. 350) Cristão persa, conhecido tam
bém pela alcunha de “O Sábio P er sa ”. Convertido do judaísm
o ao cris tianismo, adotou 0 nome de Jacó e se mostrou um
constante adversá
rio do arianismo. A crítica moder na estabelece que foi ele o au
tor das 22 hom ilias cujo texto siríaco foi en contrado na metade
do séc. XK. Como ele mesmo nos diz, escreveu- as em 344, 345, e 347
duran te a per seguição de Sapor II. A obra trata de vários
assuntos de moral e con
trovérsia, e nos oferece preciosostestem unhos sobre a fé e a
discipli na na igre ja siríaca do séc. IV. Mes mo que Afraates não
comente as escrituras em seus livros, ele faz nu merosas citações.
Em de term inadas interpretações, ele deixa tran sp are cer a
influência que tivera das dou
trinas rabínicas. - JD R AGOBARDO DE LYON (ca. 780-840)
Arcebispo des ta cidade, Agobar do participou na lutas políticas
de
seu tempo e por causa disto foi de posto do seu cargo
episcopal. Ago bardo, altam ente erudito para a sua época,
atacou muitas das supersti
ções populares, inclusive a magianegra e a bruxaria, assim como a
excessiva veneração das imagens. Sua principal obra teológica foi
um a rejeição do adocianismo de =4>Félix de Urgel, que ainda se
conserva. - JLG
AG OP, JO Ã O =>HOLOV, JOÃ O
AGRÍCOLA, RODOLFO (1433-1485)
Filósofo, filólogo, poeta, músico e pintor holandês. Seu verdadeiro
nome é Rolef Huysmann. Foi um dos restauradores das ciências e das
letras na Europa. Estudou em
Lova ina , Bé lg ica , passou pe laFrança e Itália desde 1473, e em
1480 retornou ao seu país natal, empregando os ensinos do renas
cimento. Exerceu uma cátedra de filosofia na Universidade de Hei
delberg, da qual tornou-se repre sentante administrativo.
Agrícola
é um dos fundadores do humanismo alemão, mais por sua ação pes soal
do que por seus escritos. En sinou a filosofia de =>Aristóteles
e era inimigo irreconciliável do latim
bárbaro de certas escolas. Foi o p ri meiro autor moderno a
ocupar-se da investigação científica dos meios
prá ticos para o ensinam ento da p a lavra aos surdos-mudos.
Suas obras têm sido muito est imadas, tanto pela c lássica e
legância de seus pen samentos, como por facilidade e
precisão do seu estilo . E las foram
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publicadas reunidas em dois volu mes em Colônia, A lem anha
(1539), :om 0 título de Elecubrationes ali quot lectu
dignissimae, destacan
do-se entre elas In laudem philo- íophiae e o
tratado De invencione dialéctica. N esta última ,
onde Agrí cola tratou de dem on strar a ve rda deira função da
lógica como ele mento fundamental à retórica, se :ornou uma das
mais importantes ie suas obras. Além do mais, es
creveu algumas cartas, discursos, poesias e fez várias
traduções do grego. Durante os últimos anos de sua vida, ele se
dedicou ao estudo ia teologia e da língua hebraica. Seu discurso
De N ativita te Chris ti revela um espírito de
profunda p ie dade. - JD R
AGOSTINHO DE HIPONA 354-430)
Um dos mais prolíficos autores cristãos da Antigüidade, e sem dú
vida, 0 que mais causou impacto na teologia ocidental através
da Idade Media até o presente. Sua vida e pe regrinação e sp
iritual são bem mais conhecidas por nós do que as de ou tros
cristãos da antigüidade, por que, em parte, o próprio Agostinho
no-las conta em sua famosíssima obra Confissões.
Agostinho nasceu no norte da África, na cidade de Tagaste, filho de
pai pagão que servia na admi nistração rom ana e mãe cristã, Mô-
nica. Mônica era um a pessoa muito devota e se dedicou muito a
orar
pela conversão de seu esposo e fi lho. Sua influência sobre
Agostinho
foi enorme - pelo menos é o que ele próprio deixa t
ransparecer em suas confissões.
De T agaste, Agostinho tran sfe
riu-se pa ra con tinua r seus estudosna vizinha cidade de Madaura e
em seguida, aos 17 anos de idade, em Cartago, a princ ipal cidade
da região. Nessa cidade, ele se dedi cou ao estudo da retórica, que
era 0 modo que, nesse tempo, avança va no campo da adm
inistração p ú
blica. Tam bém foi aí onde se uniucom um a concub ina, com
quem v i veu m uitos anos e que lhe deu seu único filho; porém
nunca se casou com ela, por oposição de Mônica, a sua m ãe. Por
último foi em C ar tago que Agostinho dedicou-se ao estudo de
Cícero, o qual lhe levou
a convencer-se de que, ainda quea retórica seja im po rtante pa ra
ex p re s s a r m elho r os a rgu m en tos, muito mais
importante que a re tórica era a verdade que esta de via expressar.
Foi em busca d esta verd ade que Agostinho se dedicou a partir de
então.
E ssa busca o conduziu primeiroao maniqueísmo (=>Mani). E sta
era uma doutrina dualista segundo a qual há dois princípios ou sub
stân cias que se m isturam na te rra e na vida terren a: o
princípio do bem e o princípio do mal. O princípio do bem se
revelou em profetas como Zoro astro, Jesus e Mani. A perfeição
consistia em sep arar-se de tudo que fosse expressão do princípio
do mal mediante, um ascetismo tal que, em casos extremos, levava a
morte por inanição.
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Mesmo que Agostinho nunca te nha passad o de ser “ouv inte” entre
os m anique ístas (isto é, simp atizan te e até mesmo crente, mas
sem se
comprometer com o ascetismo dos“perfeitos”) chegou a pensar, sim,
que o maniqueísmo oferecesse um a interpretação racional do mundo e
da vida - especialmente com rela ção ao problema da origem do mal.
Quando ele tinh a alguma dúvida ou tinha algo que não lhe parecia
en
qu adrar-se com as dou trinas m an iqueístas, diziam-lhe que
existia um sábio maniqueísta, um certo =»Faus- to, que poderia
esclarecer todas as suas dúvidas. Todavia, quando che gou
0 tão anunciado Fausto, ele não
pôde escla recer as dúvidas de Agos tinho, e desde então
ficou decepcio
nado com 0 maniqueísmo, mesmoque não tenha se separado total
mente dos m aniqueístas.
Sua carreira o levou para o ou tro lado do M editerrâneo, pa ra a
ci dade Roma. Lá, ele se dedicou ao estudo de vários auto res
platônicos, os quais lhe mostraram que o pro
blema da origem do mal não era insuperável, e além do mais
lhe fize ram ver que a realidade não con sist ia somente em
matéria, mas também tinha realidades intelec tuais ou
espirituais.
De Roma, Agostinho transferiu- se para Milão, onde foi ouvir o ser
mão do famoso bispo dessa cidade, =^Ambrósio. Seu objetivo não era
tan to escuta r o que Ambrósio dizia, mas sim estuda r a ma neira
como ele dizia, pois Agostinho tinh a inte res se nele como
professor de retórica.
Porém, segundo ele mesmo conta, “ao abrir meu coração para receber
o que dizia eloqüentem ente, e ra in vadido, ao mesmo tempo, por
aqui
lo que dizia de verdadeiro, aindaque fosse gradativamente”. Aos
poucos, Ambrósio foi lhe convencen do de que suas objeções
anteriores á fé cristã não eram válidas.
Todavia isto não era suficiente para fazer de A gostinho um
cristão. Sua mãe, Mônica, lhe ensinara um
cristianismo rigoroso e os autores pla tônicos que havia
estudado, lhe convenceram de que a “vida filosó fica”, isto é, a
vida segundo a ver dade, é um a vida de renúncia e con templação.
Agostinho não estava
preparado para ta l coisa. Segundo ele mesmo conta, por isso
então ora
va; “dá-me castidade, porém aindanão”. Foi ne ste tempo que
aconteceu o
famoso episódio do horto de Milão. Agostinho já estava angustiado,
há algum tempo, por essa verdad e que havia descoberto com o
intelecto, porém não podia se dedicar a ela de
coração. Um dos autores platônicosa quem Agostinho mais respeitava
=»Mário Victorino, tin ha se conver tido e feito profissão pública
de sua fé cristã. Um amigo lhe contou a in da da conversão de dois
funcioná rios do governo que acabavam de abandon ar suas carreiras
p ara de
dicar-se completamente a vida ascética. En tão , Agostinho foi ao
hor to e clamou; “até quando, até quan do? Amanhã!, amanhã? Por que
não hoje?” Do outro lado da grade ouviu uma voz, como uma voz
de
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criança, que brincava repetindo; roma e lê, toma e lê”. Tomando
aqui lo por mensagem vindo do -\lto, foi e tomou um códice de
Ro
manos que tinh a deixado sobre um.oanco e leu algumas palavras de
romanos 13.13-14 que o comove ram profundamente. Ele foi e dis se a
Mônica, que e stava com ele em Milão, que h av ia se decidido de
tor nar-se cristão e se retirou com ela e com alguns amigos a
Casiscíaco,
lugar separado, nos arredores deMilão. Depois de certo tempo de
estudo
e meditação, Agostinho, seu filho Adeodato e um gran de amigo
foram
batizados em Milão por Ambrósio. De Milão, começaram a viagem
de regresso a Tagaste, porem Mônica
adoeceu e morreu no porto de Ostia. A doença e morte de sua mãe
atras ara m a viagem de volta a Ta gaste por quase um ano. Neste pe
ríodo Agostinho se dedicou a escre ver seus primeiros livros
cristãos, dirigindo-se principalm ente contra os maniqueus.
De volta a Tagaste, Agostinho vendeu grande parte do que tinha
herdado de seus pais e deu o dinhei ro aos pobres. Com o que
sobrou, ele se dedicou a um a vida reserv ada de estudo, oração e
meditação. Tal era a vida que desejava levar até o fím de seus
dias. Todavia uma visita à cidade vizinha de Hipona, com o objetivo
de recru tar um amigo para a sua comunidade de meditação, o
bispo dessa cidade o obrigou a acei ta r ser ordenado
sacerdote e em se guida bispo. Por conseqüência ,
Agostinho passou o res tan te de sua vida como bispo de Hipona,
onde fa leceu no ano de 430, quando os vân dalos se aproximavam dos
portões
da cidade.A obra teológica de Agostinho gi rou principalmente em
torno das controvérsias em que se viu envol vido como bispo e
defensor de seu rebanho e de sua fé. Por isso, a maio ria de suas
prim eiras obras foi d iri gida contra os maniqueus, cujas
doutrinas havia seguido e defendido antes, e que agora se sen tia
obri gado a rejeitá-las. Foi nessas obras contra o maniqueísmo que
Agosti nho desenvolveu duas de suas dou trinas características; sua
compre ensão da origem do mal e sua dou trina do livre
arbítrio.
A partir de suas leituras platônicas, Agostinho declara que o mal
não é uma realidade de origem in dependente. No final das contas,
toda realidade vem de Deus, o Cria dor. Todas as criaturas se
aproxi mam mais, ou menos de Deus. As que mais se aproximam são
melho
res do que as outras; porém isto nãosignifica que as outras são
más. O m al então não é um a substância, mas sim que consiste em
afastar-se do Criador. Assim por exemplo, a alma, criada para a
contemplação de Deus, cai no mal quando, no lu gar de contemplar a
Deus, se dedi ca à contemplação das criaturas.
Para explicar como isso pode acontecer, Agostinho apela à dou trin
a do livre arbítrio. O ser hu m a no (também os anjos) tem liberda
de para de te rminar sua própr ia
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ação. E ssa liberdade, como tudo que Deus criou, é boa. Todavia o
ser humano a empregou para o mal,
para se separar de Deus, e aqui está
a raiz do pecado e do mal. Nestesentido também Agostinho se opu nh
a aos m aniqueus que afirmavam que as ações da alma estão deter
minadas pela mescla que exis te ne la dos princípios do bem e do
mal,
pois o bem não pode fazer senão o bem e o mal fazer o
mal.
A segunda grande controvérsiade Agostinho relaciona-se com os do na
tistas (=^Donato). E ste era um
movimento, surgido ao término das perseguições, que a firm av
a que aquelas pessoas que se curvaram diante da ameaça de
perseguição
eram indignas, e que por isto suasações ministeriais não eram váli
das. O mesmo era certo para qual quer um que estivesse em comu nhão
com tais pessoas indignas. Portanto, somente os donatistas eram
fiéis, e somente seus batismos, serviços de comunhão e
ordenações
eram tidos como válidos.A isto respondeu Agostinho in sistindo que
quem dá valor ao sa
Frontispício de uma edição da Cidade de Deus Observe como os
diabinhos da direita zombam dos anjos
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cramento não é quem celebra ou ad m inistra, mas sim Deus;
conseqüen temente 0 sacramento administra do por uma pessoa
indigna, ainda
que talvez seja irregular, é tidocomo válido - em termos técnicos,
o sacramento atua ex opere operato.
A terceira grande controvérsia girou em torno de =>Pelágio e
suas doutrinas. Pelágio foi um monge que sustentava que o ser
humano, ainda em seu estado de pecado pode
tomar a decisão de fazer o bem eace itar a graça de Deus. Indo
além, dizia que as crianças não têm peca do ao nascer, mas sim que
o único
pecado é o que cada indiv íduo co mete pessoalmente - ou
seja, não existe algo como o pecado original. Diante disto,
Agostinho afirmava
que, mesmo existindo o livre arbítrio, 0 pecado priva o ser
humano da liberdade de fazer o bem. Com outras palavras, antes do
pecado o homem podia fazer o bem ou não, porém agora , depois
do pecado, já não lhe res ta a capacidade de fazer 0 bem por
si mesmo. Isto não que dizer que ele não tenha liberdade, mas sim
que, em seu estado de pe cado, todas as possibilidades que lhe são
oferecidas são pecam inosas. O homem tem, portanto, a liberda de
para escolher entre todas elas,
porém não para não pecar. E então que a graça intervém,
dando-nos a capacidade de fazer o bem - e sobre tudo, de aceitar a
graça própria, o que não poderíamos ter sem a gra ça divina. Antes
da conversão, a graça “opera” em nós para que a aceitemos; uma vez
que a aceita
mos, coopera conosco para fazermos 0 bem.
Essa graça é “irresistível”, pois se pudéssemos resistir-lhe,
pecado
res como somos, o faríamos. Conseqüen temen te ninguém pode se va n
gloriar de te r aceitado a graça, nem se crer melhor do que quem
não a aceitou. Se podemos dizer que fomos salvos, todo o mérito e a
glória per tencem à graça de Deus e não a nós mesmos.
Isto por sua vez conduz a do utrina d a predestinação. Visto que
toda a humanidade pecou, toda ela é um a “índole de perdição” e
ninguém tem direito algum de reclamar ou tra coisa que não seja a
perdição. Som ente aqueles que forem predes tinados por Deus para
receber a sua
graça irresistível, aceitando-a, serão salvos. Os demais serão
conde nados. Neste ponto, ainda que toda a Idade Média se dissesse
agosti niana, 0 certo é que quase todos os teólogos medievais
se separaram dos ensinamentos de Agostinho.
Por outro lado, mesmo que mui tos protestan tes viram nele o gra n
de defensor da doutrina da salva ção pela graça, temos de reconhe
cer que Agostinho sustentava que a salvação exigia os méritos
das
boas obras - apesar de que essas boas obras pudessem
levar a cabo somente mediante a operação e cooperação da graça
divina.
A últim a g rande controvérsia de Agostinho ocorreu depois da toma
da de Roma pelos visigodos no ano de 410. Nesse tempo, pagãos argu
mentaram que a queda de Roma
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deveu-se ao fato dela ter aban dona do os deuses que a fizeram
grande, e culpavam portanto os cristãos por esta queda.
Diante destas opiniões, Agostinho escreveu A cicZacíe de
Deus, uma obra que repass a toda a h istória da humanidade,
tal como se conhecia naquela época, tratando de mo strar que era
outra a razão pela qual Roma tinha caído. P ara isto, Agos tinho
diz que há no mundo duas
grandes cidades (talvez diríamoshoje duas grandes ordens ou siste
mas). A primeira era a cidade ter rena, construída sobre a base do
amor às cria turas , ou o contrário do desejo concupiscente de
possuí-las. A outra é a cidade de Deus, funda da sobre o amor de
Deus. Todas as
ordens políticas que existiram nahistória são expressões da cidade
terrena e como conseqüência estão destinadas a desaparecer. Somen
te a cidade de Deus, representada no mundo pela igreja,
permanece
para sempre. Por último, devemos recalcar o
modo como Agostinho entende o conhecimento, pois sua epistemologia
dominou os primeiros séculos da Idade Média, determinando gran de
do curso da teologia, filosofia e as ciências. Como =>Platão,
Agosti nho acreditava que os sentidos não podem ser fonte de
verdadeiro co
nhecimento. O verdadeiro conhecimento não se refere às coisas pas
sageiras que os sentidos percebem, mas sim as verdades eternas, a
re alidade das coisas que os sentidos
jam ais podem penetrar. Como, en
tão, se chega ao conhecimento? Pla tão tinha sugerido a
preexistência da alma. Segundo ele, nossas alm as existiram
anteriorm ente num m un
do das idéias, de onde caíram n estemundo de realidades materiais e
coisas transitó rias. Logo, o que cha mamos de “conhecimento” não é
senão uma reminiscência ou vaga lembrança do que conhecíamos no
mundo das idéias. Agostinho, por outro lado, não pôde ace itar a so
lu
ção de Platão, porque isso levaria aafirmar a preexistência da alma
e assim negaria os ensinamentos do cr is t ianismo. Outros af i
rmavam ainda que a alma é capaz de conhe cer as realidades divinas
por fazer
parte da essência de Deus e porque, desta forma, o
conhecimento é ina
to. A alma conhece as verdades e ternas porque estão impressas em
sua própria n a tu reza como emanação de Deus. Todavia, essa
doutrina também não era aceita por Agosti nho, pois não era mais
compatível com os ensinamentos cristãos do que a hipótese da
preexistência.
Foi em resposta a tudo isso queAgostinho desenvolveu a teoria do
conhecimento como “iluminação”. De acordo com ele, o que acontece é
que 0 Verbo eterno de Deus ilumi na a mente hum ana, colocando
nela todo conhecimento verdadeiro. Se sabemos que dois mais dois
são qua
tro, isto não se deve porque o vimosno mundo anterior, nem tampouco
porque o conhecimento seja inato a nossas men tes e muito
menos por que 0 tenham os visto, pois ninguém
jam ais viu “dois” sem que se refira
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a objetos transitório s, e portanto in dignos do verdadeiro
conhecimen to (duas maçãs, duas montanhas, etc.). Esse
conhecimento, ao con trá
rio, se deve porque o Verbo eternode Deus o colocou em nossa m
ente, iluminando-a.
Resulta claro que isto é muito pa recido com o que antes disseram
=>Justino, =>Clemente de Alexan dria e tantos outros sobre o
Verbo, o logos, o qual ilum ina toda criatu
ra que vem a este mundo (Jo 1.9).O que Agostinho fez, foi simples
mente desenvolver essa teoria de forma mais extensa. Todavia, o que
era antes um argum ento apologéti co em Justino, ou um
argumento
para justificar o uso da filosofia em Clemente, tornou-se com
Agostinho
o modo em que quase toda a IdadeMédia ocidental entendeu o conhe
cimento. Para os medievais, base ando-se na autoridade de Agosti
nho, o conhecimento não pode vir por indagação e nem por
observa ção das realidades materiais. Esta foi uma das causas
porque a Idade
Média, até o redescobrimento deAristóteles, se ocupou pouco ou
quase nada das ciências físicas e naturais.
A influência de Agostinho foi muito grande, não somente no que se
refere à teoria do conhecimento, mas também em todo o campo
da
teologia e da filosofia. Foi principalm ente por meio de Agostinho
que a Idade Média conheceu a antigü ida de cristã. Ele foi inovador
no seu tempo. Poucos anos depois de sua morte houve quem atacou as
suas
doutrinas (=>João Cassiano, =>Vicen- te de Lárins,
=>Fausto de Riez, =>Prós-
pero de A quitânia, =>Genádio de Marselha). E por fim, os
medievais
pensaram que Agostinho era o maisfiel expoente do
cristianismo anti go. Hoje sabemos que a in ter p re ta ção
neoplatônica do cristianismo que ele propôs era uma inovação - um a
inovação talvez p ara seu tem
po, mas certam ente não era o único modo como os cristãos
haviam p en
sado sobre tais assuntos.Em todo caso, a influência e pres tígio de
Agostinho foi tan to, que seu nome aparece repetidamente, não
somente na Idade Média, mas tam
bém nos tempos da re forma protes tante, quando reformadores
como ^Lutero e =4>Calvino reclamavam
sua autoridade e diziam que os seusensinamentos concordavam com os
do san to bispo de Hipona; seus opo sitores católicos diziam o
mesmo com relação a suas próprias posi ções. Mais adiante, nas
controvér sias sobre o jansenismo (=>Jansê- nio), a discussão,
mais uma vez, gi
rou em torno dos ensinamentos deAgostinho. Logo, apesar de sua
influência
na igreja oriental (a igreja de lín gua grega) não te r sido
comparável a sua influência na igreja ocidental (de língua latina),
é jus to dizer que, com exceção do apóstolo Paulo, ne
nhum outro escritor cristão tenhasido tão lido e discutido mais do
que Agostinho. - JLG
Obras em português: A verdadei ra religião (2002), Solilóquios
e vida
fe liz (1998), Comentário aos Salmos
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(1998), O livre arbítrio (1997), Con fissões
(1997), A dou trina cristã (2002), A graça I e I
I (2000).
AJAYI CROWTHER, SAMUEL(1807-1891) Anglicano oriundo da terra
dos
iorubas, hoje no oeste da Nigéria. Ajayi é considerado um dos prim
ei ros missionários e teólogos da mis são a fricana em sua p rópria
terra, como demonstra o seu trabalho ao
Niger. Em 1864, sob a liderança deHenry Venn, Ajayi foi
nomeado o primeiro bispo das nações do oeste africano - obv
iamente passando por cima dos limites do controle da po lítica da
Coroa Inglesa. Sua teolo gia da missão, de cunho contextual e
baseado no uso do vernáculo na
transmissão do evangelho, se encontra em suas obras Journal o
fan Expedition up the Niger in 1841 (1843), The Gospel
on the Banks of the Niger (1859X -
CCO
ALANO DE LILLE (1206-1280) Professor e logo em seguida re i
tor da Universidade de Paris. Depois abraçou a vida monástica entre
os cistercienses. Conhecido como “o grande” por seus
contemporâneos, escreveu uma obra, Ars catholicae
fidei, que muitos consideram supe rior as sentenças de
=^Pedro Lom
bardo, mesm o que não tenha tido a mesma influência. Nota-se
em al gumas partes que esta obra parece tomar emprestado e lementos
do método geométrico, para apresen ta r seus argum entos em termos
de axiomas, teorem as, etc. - JLG
ALBERTO MAGNO (1206-1280) Mestre da ordem dos dominica
nos, alemão, cuja ca rreira acadêmi ca transcorreu, na sua maior
par
te, em Paris e depois em Colônia,Alemanha. Apesar de m uitas in ter
rupções nos seus estudos devido a responsab ilidades eclesiásticas,
Al
berto foi um grande pensador ori ginal e prolífico autor de
obras vo lumosas. Foi m estre de =>Tomás de Aquino, o qual
continuou a sua obra
e a levou até sua culminação.Alberto viveu no tempo em que a
filosofia de =>Aristóteles, recen temente reintroduzida nas
univer sidades européias, era motivo de grandes debates. A maioria
dos te ólogos da época pensava que Aris tóteles e sua filosofia
fossem incom
patíveis com 0 cristianism o. Isto sedevia, em grande
parte, porque o Ocidente conhecia Aristóteles p rin cipalmente
através do seu comen ta ris ta Averróis. Em conseqüên cia,
pensava-se que a filosofia aris totélica necessariamente levava à
conclusões contrárias à fé cristã,
tais como a eternidade da matériae a “unidade do intelecto agente”
(isto é, no final das contas todas as almas são uma só, e em
seguida se
perdem nessa unidade). Como res posta ao desafio do
aristotelismo, muitos teólogos e líderes eclesiásti cos ins istiam
em que a filosofia de via ser sub ordinada à teologia, ten do que
chegar necessariamente às mesmas conclusões da teologia. Além do
mais, houve várias proibi ções por pa rte de igreja contra o es
tudo sobre Aristóteles (ou pelo me-
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filósofo escreveu várias obras con tra os averroístas
(=^Averróis).
Todavia, talvez, a sua maior con tribuição este ja em seus diversos
es
critos sobre ciências naturais (astronomia, zoologia, botânica).
Gra ças a Aristóteles, Alberto acredita va que os sentidos eram uma
fonte importante de conhecimento. Ao contrá rio dos filósofos e
teólogos a n teriores, os quais pensavam que o verdadeiro
conhecimento se obtém
à parte dos sentidos, Alberto estava convencido de que a observação
oferece elementos para esse conhe cimento. E por isso que, salvo
pou cas exceções, Alberto foi o primeiro teólogo da Idade Média que
verda deiramente levou em consideração os dados dos sentidos e se
dedicou à observação da natureza como meio de se chegar ao
conhecimen to. Graças a ele e ao seu discípulo, Tomás de Aquino, a
Europa ociden tal começou a interessar-se pelo mundo físico.
Poderíamos, portan to, dizer que aqui está a origem das ciências e
também das tecnologias modernas.
Através de uma bula de Pio XI, em 1931, o nome de Alberto foi acres
centado à lista dos “=^Doutores da Igreja”. - J L G
ALBIGENSES Seita neomaniqueísta da época
medieval, procedente do Norte da Itália e do Sul da França. Seu ma
niqueísmo consistia em ensinam en tos dualistas e uma vida
dualista. E ntre suas doutrinas fundam entais encontramos um
dualismo de di
vindades. Desde a eternidade o príncipe da luz reina sobre
todo o invisível e o príncipe deste mundo reina sobre todo o
visível. Lúcifer é
0 filho do príncipe deste mundo.A ta refa principal de
Lúcifer era seduzir alguns anjos do príncipe de luz ao mundo da
escuridão. A obra de redenção é restaurar a liberda de das ovelhas
perdidas da casa de Israel. A divina luz se manifestou atrav és dos
salmos, profetas e C ris
to. Cristo é o ser celestial totalm ente perfeito e é também o
chefe de todos os anjos bons. A obra de re denção de Cristo
consistiu em pro clamar a verdade num corpo etéreo e fazer
prodígios maravilhosos re gressando ao mundo invisível celes tial
depois de sua morte.
Em tudo isto os albigenses mos tram uma cristologia docética.
As
pessoas crédulas obtêm, segundo eles, a salvação no batismo
de Je sus pelo Espírito ao recebê-lo pela imposição das mãos de
seus mes tres. As almas perdidas podem so mente retornar ao seu
rebanho ce
lestial quando forem incorporadas à verdadeira igreja dos crentes.
Já que muito dessas almas morreram antes e depois da obra de
Cristo, sem conhecer esta ve rdade ira igre
ja , os albigenses afirmavam a t ran s migração das almas. E
sta d outrina se faz necessária pa ra que as almas
perdidas ou errantes cheguem em um a de suas transm igrações
ou re- encarnações a ser incorporadas n es sa igreja verdadeira ou
comunida de de albigenses. - A L G
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Arqueólogo estadunidense, de fama mundial por causas de seus
estudos sobre o Oriente Médio (Oriente Próximo). Albright nasceu no
Chile, filhos de missionários ame r icanos metodis tas . Es tudou
na Universidade John Hopkins, onde em seguida ensinou por quase
trin ta anos. Seus estudos arqueológicos
procuraram , com grande esforço,
comprovar a validade histórica doAntigo Testamento apesar das dú
vidas causad as pelos estudos histó rico-críticos da Bíblia. -
LGP
ALCUÍNO DE YORK (735?-804) Erudito inglês e educador da
corte de Carlos Magno, o qual foi
prom otor de grandes desenvolvimentos intelectuais que
ocorreram du ran te a Idade Média. Como Aba de do mosteiro de São M
artinho de Tours, fez desse lugar o centro de erudição do todo o
reino franco (francês).
Alcuíno foi minis tro de educação
pública e o principal in telectual deCarlos Magno. Como tal,
ele este ve à frente da escola palatina de Aachen (conhecido em
francês pelo nome de Aix-la-Chapelle) e, du ran te oito anos,
liderou um movimento de renovação cultural. De seu ex tenso
trabalho destaca-se, en tre ou
tros, a introdução dos estilos celtasna a rte continental, a
renovação da liturgia e a promoção da literatu ra. Alcuíno utilizou
o melhor do conhe cimento dos antigos e do acervo cul tural da
época para promover o re
nascimento carolíngio. Como teólo go, foi o principal assessor de
Car los Magno em assuntos eclesiásti cos. Ele publicou uma edição
revi
sada e oficial da Bíblia, promoveu oensino do clero e
defendeu a orto doxia. - CJP
ALEXANDER, ARCHIBALD (1772-1851)
Destacado pastor e professor presbiteriano. N asceu no
condado
de Rockbridge, Virgínia. Ele estudou na Liberty Hall Academy, co
nhecido atualmente como a Was hington and Lee University. Ale
xander foi ordenado pregador na Igreja P res bite riana com a idade
de 19 anos. Depois de sua ordenação, trabalh ou como pa stor em d
iversas
igrejas da Virgínia. Em 1796 Alexander assumiu a presidência do
Hampden Sidney College e sua li derança trouxe um rápido cresci
mento a esta instituição. Em 1897 foi indicado como pastor da
igreja Pine S treet de Filadélfia, um a das m ais impo rtantes
congregações da
época-cargo que desempenhou porcinco anos. Em 1812 foi nomeado
pro fessor de pedagogia e teologia do recém fundado seminário
de Princeton, vindo a ser o primeiro membro da faculdade desse semi
nário. Ensinou nesta inst i tuição até 22 de ou tubro de 1851,
quando
faleceu. - H M T ALEXANDER, JOSEPH ADDI SON
(1809-1860)
Terceiro filho de Archibald ^ A le xander. Recém formado pela
Uni-
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troduziu 0 polêmico tema da revo lução na reflexão teológica,
que seu orientador Richard =^Shaull tra b a lhava naqueles
anos.
Por causa do golpe militar de 1964, Alves teve que voltar aos Es
tados Unidos. Em Princeton escre veu a tese Towards a Theology
of
Liberation (1968); Religion: Opio o
instrumento de liberación (1970);
Da Esperança (1987), cujo título mudou para Theology
of Human
Hope devido a sua novidade. A pri meira edição em
inglês foi prefaci ada por Harvey, =>Cox. Nesse livro Alves
dialoga asperamente com as teologias de =^Barth, ^ B u ltm an n e
^M o ltm an n , pois lhes reprova sua falta de arraigamento nas cir
cunstâncias humanas concretas . O princípio ético fundam ental, que
tira de Paul =>Lehmann, é como conseguir que a vida humana per
mane&cced