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DICIONÁRIOILUSTRADO DOS 
INTÉRPRETES DAFÉ V i n t e   S é c u l o s  d e  P e n s a m e n t o  C r i s t ã o
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JUSTO L. GONZALEZ ( E D I T O R )
Um dicionário de intérpretes de fé, sem dú\'ida, preenche uma lacima. Temos agora, em língua
 portuguesa, ao alcance de professores e esmdantes de teologia, mais uma valiosa contribuição dealguém bastante conhecido do público brasileiro, o Dr. Justo L. Gonzalez, que é o editor da obra. O aspecto da diversidade na interpretação da fé é especialmente valioso nesta obra. Ela nos traz um convite implícito ao abandono das posições absolutas e intolerantes. A obra nos inspira a crer na universalidade da Igreja. Assim, parabenizamos os editores brasileiros (Academia Cristã) pela iniciativa.
Fernando BortoUeto Filho Secretário Geral daASTE Associação de Seminários Teológicos Evangélicos  Professor do Seminário Teológico de São Paulo (IPIdo Brasil)
Parte do propósito dos autores e editores, ao preparar este dicionário, era mostrar que o cristianismo é muito mais amplo do que freqüentemente imaginamos. Por isso incluímos autores e pensadores de todas as épocas, de todas as confissões cristãs e de todos os continentes. Com isso tentávamos responder à enorme mudança demográfica e sociológica que ocorreu dentro do cristianismo nas últimas cinco décadas. Com efeito, uma religião que por quinze séculos fora identificada com a civilização ocidental, e que durante esse tempo evolucionara com ela, agora rompe as barreiras dessa civilização. E faz de tal modo que a maioria dos cristãos não vive nos países que desembocam no Atlântico do Norte, mas na Ásia, Áfiica e América Latina. Embora, essa maioria não pertença à raça branca, e muito menos a seus elementos nórdicos, mas que compreende uma quantidade inumerável de povos, nações, raças e culturas. Estas mudanças surpreendem e até deixam
 perplexos a muitos crentes que até pouco pensaram que o cristianismo era uma fé ocidental, e que os poucos cristãos que havia em outros países eram somente descendentes e pobres imitações do cristianismo ocidental. Que aconteceu com esse cristianismo que conhecíamos antes, com seus centros em Roma, Nova York e Londres? Tomou-se cada vez mais uma realidade mais multifoiTue e coníusa, mas também cada vez mais enriquecedora.
Justo L. Gonzáiez Editor Geral
 â, CRISTÃ
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Título original: Diccionario Ilustrado de Intérpretes de la Fe
Supervisão Editorial:
Paulo Cappelletti Luiz Henrique A. Silva Rogério de Lima Campos
 Layou t e ar te f in al: Pr. R egino da Silva Nogueira
Tradução: Reginaldo Gomes de Araújo
 Rev isão:
 Biblio tecário responsável: Cláudio A ntônio G omes
Dicionário i lustrado dos intérpretes da fé / editado por Justo L. González; tradução de:
Regina ldo Gom es de Araú jo. - San to André , SP: Edi to ra Academ ia Cris tã Ltda , 2005 .
Título original: Diccionario Ilustrado de Intérpretes de la Fe
704 páginas; 16 x 23 cm.
ISBN 85-98481-08-4
1. Cris t ian ismo - Dic ionár ios 2. Cris t ian ismo - His tó r ia I . T í tu lo CD U-26 /28(038)
índices  para catálogo sistemático:
1. Cris tianismo 26/28
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer forma ou meio eletrônico e mecânico, inclu sive através de processos xerográficos , sem permissão expressa da editora (Lei n° 9.610 dc 19.2.1998).
Todos os direitos reservados à
E d i t o r a  A c a d e m i a  C r i s t ã   L t d a . Rua M arina, 333 - Santo A ndré Cep 09070-510 - São Paulo, SP - Brasil Fonefax (11) 4424-1204 e 4421-8170 academiacr is ta@globo .com   wvvw.editoraacademiacris ta .com.br 
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PREAMBULO
o Dicionário Ilustrado dos Intérpretes da Fé (DIIF) é um projeto da Associação para a Educação Teológica Hispânica (AETH). Esta é uma associação de umas quinhentas pessoas de língua espanhola, especial m ente nos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, que estão comprometi das com a educação teológica do povo hispânico nesses países. E n tre seus diversos interesses está a produção de livros que possam servir aos es tu
dantes e eruditos de todos os níveis em que se ensina a educação teológi ca. Alguns destes livros são publicados por outras editoras e outros dire tam en te pela AETH. En tre esses livros, o DIIF m arca um fato importante na produção de AETH, tan to por sua extensão como pelo número e varie dade de seus autores e autoras. Todos trabalharam neste projeto sem receber nenh um a remuneração, como pa rte de sua contribuição tan to pa ra a AETH como pa ra a formação teológica em geral.
Como acontece com qualquer projeto desta índole, sempre haverá de
sacordos com relação a quem ou ao quê deverá ser incluído. Nossas pau tas (regras) têm sido simples, mas em ocasiões difíceis de in terp re tar. Por um lado, desejamos que este dicionário tenha a maior amplitude possí vel. Assim foram incluídos aqui não somente aqueles teólogos e teólogas que são pa rte da nossa própria herança direta, mas também que se inclu am pessoas de todas as tradições teológicas dentro do cristianismo: cató licas, protestantes, ortodoxas, nestorianas, monofisitas, etc. Do mesmo modo, dedicamos uma especial atenção ao trabalho teológico que se faz
fora dos centros tradicionais do Atlântico Norte - Europa e Estados Uni dos. Assim, pode-se enco ntrar nas páginas do DIIF am pla representação asiática, a fricana e sobretudo latino-am ericana. Po r outro lado, sim, tr a tamos de dar a conhecer algo mais da teologia que se desenvolve atual mente entre os hispânicos e hispânicas nos Estados Unidos, e por isso foram incluídas várias pessoas que representam esse contexto.
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Uma das decisões mais difíceis foi a de incluir ou não incluir filósofos que, alguns sem serem cristãos, influenciaram a teologia de tal maneira que se fez necessário saber algo de sua filosofia para en tende r o traba lho de alguns teólogos. Tal é o caso, por exemplo, de Platão, Aristóteles e
Marx, os quais incluímos, não p retendo que ten ha m sido teólogos ou cristãos, mas sim como base para en tend er 0 pensamento de ou tras person a lidades incluídas nesse dicionário. Contudo, já que se trata de um dicio nário de teólogos e não de filósofos, não incluímos outros filósofos que tiveram menor influência na pesqu isa teológica.
As ab rev iatura s que empregamos são tradicionais, e não há necessida de de inclu ir um a lis ta delas. As iniciais ao final de cada artigo são as do autor ou autora, e sua explicação está na “lista de contribuintes” que
segue adiante. Uma flecha [=^] antes de um nome indica um convite àleitura do artigo indicado. Assim por exemplo, “=^Tertuliano” significa que 0  artigo sobre Tertuliano deve ser visto e seta.
Agora só nos resta da r graças ao Senhor de toda boa dádiva por ter-nos  permitido oferecer essa obra ao público leitor, com 0  pedido de que esse  público veja nela 0 que ao final de contas é: uma intenção de glorificar ao Deus que a través dos tempos, em épocas e contextos tão diversos, ergueu testem unhos cujos traba lhos aqui se resumem . P ara Deus seja a glória, o
império e a potência, para toda eternidade! Janeiro de 2003
 Justo L. González   Decatur, GA
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 APRESENTAÇÃO À  
EDIÇÃO BRASILEIRA  Foi com grande alegria que recebi a notícia que este  Dicionário Ilu s
trado dos Intérpretes da Fé   logo seria publicado em português. Parte do  propósito dos autores e editores, ao p reparar este dicionário, era m ostrar que 0  cristianismo é muito mais amplo do que freqüentemente imagina mos. Por isso incluímos autores e pensado res de todas as épocas, de todas
as confissões cristãs e de todos os continentes. Com isso tentáv am os re s  ponder à enorm e m udança demográfica e sociológica que ocorreu dentro do cristianismo nas últimas cinco décadas. Com efeito, uma religião que
 por quinze séculos fora identificado com a civilização ocidental, e que du rante esse tempo evolucionara com ela, agora rompe as barreiras dessa civilização. E faz de tal modo que a maioria dos cristãos não vive nos
 países que desembocam no Atlântico do Norte, mas na Ásia, África e América Latina. Embora, essa m aioria não pertença à raça branca, e muito
menos a seus elementos nórdicos, mas que compreende uma quantidade inumerável de povos, nações, raças e culturas. Estas mudanças surpre endem e até deixam perplexos a muitos crentes que até pouco pensaram que o cristianismo era um a fé ocidental, e que os poucos cristãos que ha via em outros países eram somente descendentes e pobres imitações do cristianismo ocidental. Que aconteceu com esse cristianism o que conhecí amos antes , com seus centros em Roma, Nova York e Londres? Tornou-se cada vez mais uma realidade mais multiforme e confusa, mas também
cada vez mais enriquecedora. Um dos propósitos deste d icionário foi então m ostra r a nossos leitores
que esse caráter de muitas faces do cristianismo sempre esteve aqui. O problema era que o desconhecíamos; que sabíamos pouco ou quase nada sobre os crentes e os teólogos de outras terras ou de outros tempos. Por isso nas p áginas que seguem o leitor ou leitora en contrará nomes conhe-
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eidos, personagens de sua própria tradição cujos traba lhos influenciaram não somente a igreja, mas toda a civilização ocidental - pessoas como Agostinho de Hipona, Tomás de Aquino e Martinho Lutero. Mas encon tra rá nomes desconhecidos, personagens de ou tras terr as e de outros tem
 pos. E ncontrará nomes de cristãos protestantes, católicos, ortodoxos, nestorianos, monofisitas... E encontrará nomes de pensadores europeus, norte-americanos, afi^icanos, asiáticos, latino-americanos... Ao incluí-los desejávamos mostrar a nossos leitores e leitoras que a tradição teológica do cristianismo é muito mais ampla que a tradição de uma confissão, de uma cultura ou região do mundo.
Os autores e autoras deste dicionário são principalmente pessoas de origem latina que agora vivem e ensinam nos Estados Unidos. Parte de
nosso propósito ao compor a lista dos autores era precisamente mostraralgo da nova face do cristianismo, fazendo ver que nos Estados Unidos, que antes eram centro de missões para a América Latina e o resto do mundo, há hoje uma vibrante comunidade de teólogos de ambiente lati no-americano, e que, portanto a crescente complexidade do movimento cristão existe, não somente nos antigos “territórios de missão”, mas tam
 bém nas velhas sedes missionárias; e que os grupos m inoritários, em qual quer país que seja, não devem ser somente meros receptores da missão,
do ensinamento e da teologia, mas também agentes ativos na vida daigreja e em seus trabalhos teológicos. Só com nossos nomes, esperávamos que o Dicionário Ilustrado dos Intérprete da Fé   fosse sinal e produto das novas configurações étnicas e culturais do cristianismo.
Agora se anuneia^Éfepniblicação deste dicionário, além do original espa nhol, em português ê em inglês. Esperam os que isto seja somente o come ço de um a séfié "de tj^^iições para ou tras línguas. Por tudo o que antec e de, esta publicação nesses e outros idiomas não é motivo de regozijo pelo
fato somente que lhe de importância a nosso trabalho - o qual nos lison je ia e en tusiasm a. É motivo de regozijo, sobretudo porque a própria  publicação, as próprias traduções são sinais do novo cris tianism o que vai tomando forma, e do que desejávamos ser testemunho. Se ao incluirmos nestorianos e chineses em nosso dicionário o fizemos com o objetivo de mostrar que o cristianismo não é agora e nunca foi uma religião ociden tal, a publicação de nosso dicionário em outros idiomas é testem un ho cla ro dessa realidade. Já hoje os brasileiros, portugueses e angolanos não têm que ler unicam ente m aterial produzido por teólogos de origem euro
 péia, nos Estados Unidos ou na Europa. E ste dicionário é prova disto. Hoje há toda uma rede de conversações entre cristãos de todo povo e na ção, de modo que em Uganda são lidas obras escritas no Brasil ou no Peru , e no B rasil são lidas obras escritas na Coréia e - como no caso deste dicionário - por minorias étnicas nos velhos centros de poder.
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Tudo isto me causa grande regozijo. Causa-me regozijo antes de tudo  porque este dicionário, e mil outras obras como ele, serão in spiração que leve irmãos e irmãs de toda a face da terra a dedicar-se aos trabalhos teológicos - e a fazê-lo em diálogo, em conjunto, sem pensar, de imediato,
que uma civilização ou uma cultura deva ter hegemonia sobre o afazerteológico de toda a igreja. Por isso, meus m ais sinceros agradecimentos à E ditora Academia Cristã
e a seus diretores, aos autores do Dicionário Ilustrado dos Intérpretes da  Fé, a seus tradutores para o português e outros idiomas, e, sobretudo a ti, irmã leitora ou irmão leitor, que ao abrir estas paginas te assomas às
 belezas da teologia - ao que é isto de am ar a Deus “com toda a m ente ”. Obrigado a ti, porque graças a Deus tu és parte de um futu ro de alcances
insuspeitados, que fará com que a nossa obra não seja em vão!
Julho de 2005.
 Justo L. González
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LISTA DOS COLABORADORES
AEM Dr. Aquiles Ernesto Martinez. Professor Associado de Religião no Rei nhardt College, Waleska, GA.
ALG Dr. Alberto L. García. Professor de Teologia na Concórdia University , Wisconsin, Mequion, WL
ALN Agustina Luis Nunes. Doutoranda na Lutheran School of Theology at Chicago, Chicago, IL.
AMID Dra. Ada Maria Isasi-Díaz. Professora Titular de Ética Cris tã e Teolo gia em Drew University, Madison, NJ.
AP Dr. Alvin Padilla. Professor Associado de Novo Testamento e Decano Acadêmico no Gordon-Conwell Theological Seminary, Boston, MA.
AZ Dr. Ariel Zambrano. Professor aposentado de Antigo Testamento no Seminário Evangélico Unido no México, D.F.
CCO Dr. Carlos F. Cardoza Orlandi. Professor Associado de Cristianismo Mundial no Columbia Theological Seminary, Decatur, GA.
CEA Pro f Carmelo E. Álvarez. Professor Afilhiado de História da Igre ja e Teologia no Christian Theological Seminary, Indianópolis, IN.
CGG Dra. Catherine Gunsalus González. Professora emérita de Historia Eclesiástica no Columbia Theological Seminary, Decatur, GA.
CJP Dra. Carmen Ju lia Pagán. Catedrática Asociada de Estudos Teológicos na Universidad Interamericana de Porto Rico, San Juan . PR.
CMB Dr. Claudio M. Burgaleta, S.J. Diretor Ejecutivo de Estudos Pasto rais
 para a Nova Evangelização, em Nova York, NY. CS Carmelo Santos Rolón. Doutorando de teologia sistem ática na Luthe
ra n School of Theology at Chicago, Chicago, IL.
DCF Dr. David Cortés-Fuentes. Professor Assistente de Novo Testamento e dire tor de serviços acadêmicos para o Sul da Califórnia no San F ran cisco Theological Seminary, San Anselmo, CA.
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DTG Dr. David Traverzo Galarza. Pastor da Igreja Presbiteriana em Midd letown, NY.
EA Dr. Efrain Agosto. Professor de Novo Testamento e diretor do Programa de Ministérios Hispânicos em Hartford Seminary, Hartford, CT.
ECF Dra. Elizabeth Conde-Frazier. Professora Assistente de Educação Re ligiosa no Claremont School of Theology, Claremont, CA.
EDA Dr. Edwin David Aponte. Professor Assistente de Cristianismo e Reli gião na Perkins School of Theology, Dallas, TX.
EDB Dra. Esther Diaz-Bolet. Professora Assistente de Educação Cristã, Ad ministração e Desenvolvimento de Líderes no Southwestern Baptist Theological Seminary, Fort Worth, TX.
EF Dr. Eduardo C. Fernández, SJ. Professor Associado de Teologia Pas toral na Jesuit School of Theology, Berkley, CA.
EH Dr. Edwin Hernändez. Diretor do Center for the Study of Latino Reli gion na University of Notre Dames, South Bend, IN.
ELR Dr. Ediberto Lopez Rodriguéz. Catedrático de Novo Testamento e Grego no Seminário Evangélico de Porto Rico, San Juan , PR.
EPA Dr. Eliseo Pérez-Álvarez. Professor de Pensamento Cristão no Seminário Evangélico de Porto Rico, San Juan, PR.
EV Dr. Eldin Villafane. Catedrático Distinguido Ricardo Taôon de Cristi anismo Hispânico, Ética e Ministério Urbano no Gordon Conwell The ological Seminary, Boston, MA.
EZ Dr. Edward Zaragoza. Professor Associado de História da Igreja no United Theological Seminary, Dayton, OH.
FMA Dr. Felipe Martinez Arroyo. Catedrático associado de Religião e Filosofia na U niversidad Interamericana de Porto Rico, San Germán, PR.
GC Dr. Giacomo Cassese. Professor Associado de História da Igreja e Di retor dos Programas Hispânicos, South Florida Center for Theological Studies, Miami, FL.
GCC Dr. Gonzalo Castillo-Cárdenas. Professor de Igreja e Sociedade e de Estudos do Terceiro Mundo no Pittsburgh Theological Seminary, P it tsburg, PA.
GRK Dr. George R. Knight. Professor de História da Igreja no Seventh Day Adventist Theological Seminary, B errien Springs, MI.
HMT Dr. Hugo Magallanes-Tejeda. Professor Associado de Ética Cristã no As-  bury Theological Seminary, Recinto de la Florida, Orlando, FL.
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IG Dr. Ismael García. Professor de Ética Cristã no Austin Presbyterian Theological Seminary, Austin, TX.
JDR Dr. José David Rodriguez. Professor de Teologia Sistemática e diretor do Programa de Ministérios Hispânicos/Latinos no Lutheran School
of Theology at Chicago, Chicago, IL. JDRR Dr. José David Rodriguez Rivera. Professor Adjunto de Teologia Siste
mática e Ética no Seminário Evangélico de Porto Rico, San Juan, PR.
JFM Dr. Juan Francisco Martinez. Diretor do Departamento Hispânico do Fuller Theological Seminary, Passadena, CA.
JLG Dr. Ju sto L. González García. Editor Geral do Diccionario de Teólogos 6 Teólogas.
JNR Dr. José Norat Rodriguez. Diretor de Área para América Hispânica e 0 Caribe das Igrejas Batistas Americanas.
JR Dr. Jesús Rodriguez. Teólogo Pastoral, Capelão de hospitais e conse lheiro forense.
JRI Dr. José Irizarry. Professor Associado de Ministérios Educativos na Lutheran School of Theology at Chicago, Chicago, IL.
KD Dr. Kenneth G. Davis, OFM Conv. Professor Associado no Saint Mein rad School of Theology, St. Meinrad, IN.
LCD Dr. Leopoldo Cervantes-Ortiz. Escritor, professor de teologia e editor. Pastor presbiteriano. Diretor do Centro Basilea de Investigación y Apoyo, A.C., México, D.F.
LGP Dr. Luis G. Pedraja. Decano Acadêmico e Professor de Teologia no Memphis Theological Seminary, Memphis, TN.
LMcA Dr. Leste McGrath Andino. Pastor da Igre ja Cristã (Discípulos de Cristo) em Porto Rico.
LRP Dr. Luis N. Rivera Rodriguez. Professor Associado de Teologia no Mc Cormick Theological Seminary, Chicago, IL.
MAD Dr. Miguel A. De La Torre. Professor Assistente de Ética Teológica no Hope College, Holand, MI.
MAG Dra. Michelle A. González. Professora Assistente de Estudos Teológi cos na Loyola Marymount University, Los Angeles, CA.
MJM Manuel Jesús Mejido. Doutorando na Emory University, na área de Filosofia Social e Sociologia da Religião.
 NLD Dra. Nora O. Lozano Díaz. Professora Assistente no Hispanic Baptist Theological School, San Antonio, TX.
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Abade que escreveu um tratado
sobre a  fração do corpo de Cristo,  na ocasião das controvérsias euca rísticas sobre as doutrinas de =^Be- rengário. Ele, Abaudo, afirma que, mesmo sendo o pão o corpo de Cris to, quando este se parte, cada uma da suas partes contém a totalidade desse corpo. -  JLG
ABBOT, GEORGE (1562-1633) Teólogo e professor em Oxford,
Inglaterra, defensor ardente do pu ritanismo, porém também do sis tema episcopal de governo. Como
 puritano, teve vário s conflitos com William =^Laud enquanto este últi mo era arcebispo de Can terbury. Em 1611,  Abbot chegou  a ocupar essa sede episcopal, de onde defendeu o calvinismo dos puritanos. Foi em
 parte, graças a sua in tervenção que a Igreja da Inglate rra teve represen tantes no sínodo de =>Dort. -  JLG
ABBOTT, EDW IN A. (1838-1926)  Teólogo e erudito anglicano que
se dedicou aos estudos filológicos do  Novo Testam ento e a escrever no velas de ca ráte r religioso. Suas três
obras principais são; Filocristo,  Onésismo   e Silvano. - JLG
ABDIAS DE BABILÔNIA  Nome fictício que o autor das H is
tórias dos apóstolos deu a si mesmo. Estas histórias, compostas aparen temente por um autor franco (fran cês) no séc. VI, contêm lendas sobre cada um dos apóstolos. O nome de
“Abdias” parece ter sido tomado da lenda de ^A bg aro , onde se cita um  personagem com esse nome, que se gundo outras tradições chegou a ser 0 bispo de Babilônia. -  JLG
ABELARDO, PEDRO (1079-1142) Um dos principais promotores do
renascimento intelectual do séc.XII, e precurso r da escolástica. Sua vida resulta particularm ente   inte ress an te porque ele mesmo chegou a narrá-la na sua  His tória das ca lamidades,  e também porque suas relações com Heloísa fora objeto de numerosas obras de fantasias.
Sem dúvida Abelardo era uma pessoa de extraordinários dotes in telectuais. Porém não parece ter sido uma pessoa de muito tato, par ticularmente no que se refere às (suas) relações com seus mestres.
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Estudo u com os mais famosos mes tres do seu tempo e fez inimizade com todos eles; =^Roscelin, =»Gui- Iherme de Cham peaux e =^Anselmo
de Laón.Depois de separar-se de Ansel mo de Laon, Abelardo foi para Pa ris, onde se dedicou ao ensino de fi losofia e de teologia. Foi em Paris que teve Heloísa primeiro como dis cípula 6 depois como amante. Ela era so brinha de um cônego da cate
dral. De seu relacionamento nasceuum filho, ao qual puseram o nome de “Astrolábio” em homenagem a um instrumento que para eles era uma das maiores invenções huma nas. Abelardo e Heloísa se casaram e mantiveram o casamento em se gredo, pois naq uela época te ria sido
muito difícil para ele continuar seutrabalho de docente como casado. Todavia os familiares de Heloísa chegaram a pensar que ele ter ia mantido o casamento em segredo
 porque ia pedir ao Papa que o anu lasse. Em vingança por aquilo que seus familiares consideravam ser uma vergonha, pegaram Abelardo e castraram-no. Sendo assim Heloí sa se tornou monja e Abelardo foi
 para (uniu-se ao) mosteiro de Sain t- Denis, nos arredores de Paris.
Em Saint-Denis (São Dionísio) Abelardo fez também inimizade com os outros monges ao declarar que 0  fundador do famoso mostei ro não poderia ter sido ^D ion ísio o Aeropagita, como afirmavam os mon ges do lugar. Além disso, em 1121 um sínodo realizado em Soissons condenou suas opiniões sobre a dou-
i ........V
0 amor de Abelardo e Heloísa
tr ina da Trindade e o obrigou a queimar uma obra que tinh a escri to sobre o tema. Então Abelardo se retirou pa ra um luga r deserto, onde
esperava encontrar paz e tranqüilidade. A mesmo lá seguiram-no alguns discípulos, com os quais fun dou uma escola que chamou de “o Parác lito” (Paracleto). Tam bém He loísa o seguiu até lá e fundou um convento próximo do “Paráclito”. Porém seguiram-no também os seus inimigos, em par ticular o fogoso (in flamado) =í>Bernardo de Claraval, que não podia tolerar o modo no qual Abelardo combinava a dialéti ca com a teologia, aplicando a ra zão às questões de fé. Como resul tado das ações (atividades) de Ber nardo e de outros, em 1141 Abelar do teve que comparecer diante do sínodo reunido em Sens que conde nou as suas doutrinas sem se quer dar-lhe oportunidade de fazer a sua defesa. Abelardo apelou ao Papa Inocêncio II, mas no ano seguinte
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ainda que com mais moderação. Um deles foi o autor de um  R esu mo de teologia cristã   que logo foi atribuído ao próprio Abelardo. O
mesmo se pode dizer das Sentenças anônim as  de São Floriano e até do Papa Alexandre III, que antes de chegar a esse cargo, sob o nome de Orlando Bandinelli , escreveu umas Sentenças, n a qual via-se cla ram en te vestígios de Abelardo. Por último, é notável o impacto de Abe
lardo e de sua escola sobre =^PedroLombardo e seus Quatro livros de  Sentenças. - JLG
ABELLY, LOUIS (1604-1691)  Teólogo francês educado na Sor
 bonne. Seu nome é geralm ente as sociado ao de São Vicente de Paulo.
Em 1662 foi nomeado bispo de Rodez. Sua obra mais importante é Vie  du Vénérable serviteur de Dieu, Vin cent de Paul,  a primeira biografia de São Vicente.  M edulla theologica  é um m anua l de doutrina probabi- lista. Em seu livro Tradition de  l’église touchant la dévotion des  chrétiens envers la Sainte Vierge,
 adota um método positivo. -  JDR
ABEMASIS, CARLOS H. (Séc. XX) Sacerdote jesuíta, professor de
Sagrada Escr i tura na Escola de Teologia de Loyola e no Centro de Estudos da Religião e Cultura de Manila, Filipinas. Seus escritos con tribuíram no campo das religiões comparadas, es tudos intercul tu- rais , teologia da religião, e teologia da libertação a p ar tir de um a pe rs
 pectiva asiá tica. - CCO
O epitáfio de Abércio, bispo de Hierápolis (Frigia), foi descoberto
em 1838 pelo arqueólogo W. Ramsay. A inscrição resume de forma mística e simbólica a vida e ações de Abércio, que acre dita-se te r sido composta no final do séc. II, quan do tinha 72 anos. O epitáfio resul ta ser um dos mais antigos monu mentos que mencionam a eucaris
tia. - Z P M  
ABERLE, MORITZ VON (1819-1875)
Teólogo católico alemão, profes sor de Novo Testam ento na U nive r sidade de Tübingen até ao seu fa lecimento. Muitas de suas opiniões
 pessoais foram rech açadas pela maioria de seus contemporâneos. Por exemplo, Aberle supunha que 0  evangelho de Mateus havia sido escrito com a finalida de de re fu tar um escrito calunioso publicado pelo Sinédrio em descrédito do cristia nismo, e que os escritos de Lucas
foram p reparado s p ara o compare- cimento de Paulo diante do tribu nal de César. Desde 1851 esteve  presente en tre os principais red a tores da Theologische Quartal schrift,  revista da Faculdade Ca tólica de Teologia de Tübingen. As teses de seus artigos foram seleci onadas e publicadas por Dr. Paul Schanz, (Friburg, 1877) sob o tí tu lo Einleitung in das Neue Testa ment    [Introdução ao Novo Testa mento], - J D R
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ABGARO, EPÍSTO LA DE JESU S A.
Brevíssimo documento espúrio que pretende ser uma carta que J e
sus mandou ao rei Abgaro V deEdessa (que morreu no ano 50).  N ela Jesus promete que depois de sua ascensão lhe enviará um de seus discípulos. Du ran te muito tem
 po essa epísto la foi muito venerada entre os cristãos sírios que a tinham como autên tica. -  JLG
ABRAHAM ECCHELLENSIS (Séc. XVII)
Prolífico autor católico, proceden te das montanhas do Líbano. Seu nome é derivado de sua aldeia na tal, Ecchel. Abraham P assou a mai or pa rte de sua ca rreira literária em
Roma e Paris, onde deu a conheceros escritos e tradições do cristianis mo oriental, dedicando-se especial mente a traduzir e editar obras es critas em siríaco e árabe. -  JLG
ABRAHAM, K. C. (-?) Oriundo da índia, professor de
teologia e ética na Escola teológicaUnida em Bangalore, índia, e ex-  presidente da associação de teólo gos do Terceiro Mundo. Tem contri
 buído nos campos da teologia da li  bertação a p artir da perspectiva a si ática, e da relação entre teologia e cu ltura , assim como da religião po
 pular e espir itu alidade. - CCO
ACÁCIO D E B ERÉIA (ca. 322-432) Bispo de Beréia que participou
ativam ente na s controvérsias sobre =^Apolinário, a quem fez oposição.
Participou do concílio de =í>Cons- tantinopla (381) e apoiou suas de cisões. Logo se separou do Papa =>Dâmaso, e em C onstan tino pla foi
um dos opositores de =>João Crisóstomo. Quando surgiu a controvér sia em torno de =>Nestório, Acácio tra tou de reconciliar-se com =>Cirilo de Alexandria, ainda que sem su cesso. Devido ao estado avançado de sua idade, 109 anos, Acácio não par ticipou do Concilio de =>Éfeso no
ano de 431. - J L G
ACÁCIO DE CESARÉIA (?-366) Defensor do arianismo, especifi
camente em sua forma hom eana (do grego homoios). Visto que seu a ria nismo e ra moderado, foi condenado tanto pelos arianos radicais como
 pelos ortodoxos. Sua im portância para o partido homeano foi ta l, que du rante algum tempo imp useram o nome de “acacianos” àqueles que se guiam essa linha. -  JLG
A C Á C I O D E C O N S T A N T I N O PLA (Séc. V)
P a t r i a r c a de C ons t a n t i nop l a(471-489), conhecido na his tória por nomear com seu nome o chamado “Cisma de Acácio” (482-519) entre as igre jas de Constant inopla e Roma. Sua principal obra teológica consistiu em colaborar com o impe rador Zenão na composição do “Edi
to de união”, o =>Henotikón
  (482).Acácio parecia haver assegurado uma forte reputação de ortodoxia graças a sua tenaz oposição ao =^Encyclion  do imperador Basilis co, que tentava ganhar para si a
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simpatia dos monofisitas declaran do inválidas as decisões do Concí lio de ^Calcedônia. Além disto, Acácio tin ha presidido o sínodo que
 julgou e condenou a ^ P e d ro Fulãocomo monofisita. O documento de Acácio e Zenão
foi outro de muitos intentos de cor rigir a divisão e ntre os monofisitas e calcedonenses (calcedônios). Acá cio parece ter considerado que boa
 parte dessa divisão se baseava em
questões semânticas, e que havia,além de alguns poucos verdadeiros monof is i tas , mui tos outros aos quais os historiadores os chamavam de “monofisitas verbais”. Esse mo nofisismo verbal, no tempo que con cordava com os ortodoxos na neces sidade de afirmar tanto a divinda
de como a humanidade de Jesus,não estava disposto a aceitar a fór mula “de duas naturezas” que o Concílio de Calcedônia tinha pro mulgado. O Henotikón, todavia, não declara isto com clareza, mas pro cura voltar a um a situação existen te antes do Concílio de Calcedônia, reafirmando, assim, as doutrinas dos Concílios de =^Nicéia (325) e de =>Constantinopla (381). Além dis to, provavelmente para ganhar o apoio dos monofisitas, reafirmava os controvertidos (discutidos)  Doze 
 Anátemas de =>Cirilo de Alexandria contra os nestorianos.
Por tudo isto, no lug ar de produ zir união, 0  Henotikón produziu ain da maiores divisões. No Oriente, alguns o recusaram e outros o acei taram . No Ocidente, o P ap a Félix o rechaçou por diversas razões: Pri
meiramente porque parecia dimi nuir a autoridade do Concílio de Calcedônia e a Epístola dogmática de =>Leão o Grande. Em segundo
lugar, porque se pres tava a um a interpretação abertamente monofisi ta. E por último, porque se tratava de um edito imperial, como se o im
 perador tivesse autoridade para ju l gar em m atéria de doutrina.
O resultado de tudo isto foi o Cis ma de Acácio, que continuou depois
da morte des te e não foi reparado anão ser com a chegada de Justino ao trono im perial (518). -  JLG
ACOSTA, JOSÉ DE S. J. (1540-1600)
Famoso teólogo, etnólogo e mis sionário jesu íta no Peru, nasceu em
Medina Del Campo, provavelmente de família convertida portugue sa. Escreveu o primeiro livro publi cado nas Américas (1585) o catec is mo trilingü e em Aim ara, Ca stelha no e Quéchua, De Doctrina Christia na,  do Terceiro Concílio Provincial de Lima (1582). Talvez sua maior obra ten ha sido His toria N atural y 
 Moral de las índias  (1590), na qual ele oferece a melhor descrição de seu tempo das novidades culturais e naturais do Novo Mundo, e pelo qual é considerado um dos pais da etnologia am eríndia por antropólo gos contemporâneos. Com sua pri meira obra americana,  De Procu-  randa Indorum Salute,  um manu al missiológico escrito em 1576, mas não foi publicado antes de 1589, esta trilogia literária compreende sua maior contribuição intelectual
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 p a ra a teologia latin o-am ericana, que se distingue por um método te ológico eclético que combina a esco lástica tom ista da Prim eira Escola
Dominicana de Salamanca, a elegância literá ria e a preocupação re formista da teologia humanista, e a espirituahdade inaciana. As opi niões teológicas e éticas de Acosta costumam ser realistas e equilibra das, represen tando um a posição in termediária entre Bartolomeu de
las C asas e os abusos da conquista.Tam bém foi o primeiro supe rior je su íta que aceitou e traçou as linhas
 pastorais da prim eira missão entre os indígenas americanos em Juli nas proximidades do lago de Titi- caca. Esta seria o modelo das famo sas missões jesuítas no Paraguai.
Depois da estadia de 14 anos noPeru, retornou a Ca stilha em 1587, onde suas atividades mais impor tan tes relacionaram-se com a adm i nistração inte rna da Companhia de Jesu s. A costa serviu tamb ém como agente do plano fracassado de Feli
 pe II que pretendia exercer maior
controle sobre a Companhia de Jesus na E span ha com a expulsão do superior geral centralizante, Cláu dio Aquaviva. - CMB
ACTA SANCTORUM Grande projeto iniciado por um
grupo de eruditos jesuítas no séc,
XVII, com o propósito de recopilare contar as vidas dos santos na or dem em que são celebradas as suas festas. Foi interrompido pela su
 pressão dos je su íta s em 1773. O  pro jeto chegou a completa r-se so-
mente no séc. XX, mais de trezen tos anos depois de seu início. -  JLG
ACTAE APOSTOLICAE SEDIS
Revista mensal oficial da Santa Sé. Começou a sua publicação em setembro de 1908. A lei canônica a considera como autorizada e ofici al, Todo tipo de decreto e decisão da Rota Romana que se publica é ofi cialmente promulgado, e depois de
 passados três meses da data de sua
 publicação se to rna efetivo. Publi ca-se tão freqü entem ente, como ne cessário, para m an ter os fiéis infor mados das decisões oficiais tomadas
 pela Ig re ja. -  JDR
ACTON, BARON JOH N E. E. D. (1834-1902)
H istoriador católico, amigo e co laborador de J. J, I. =í>Dõllinger e de J. H. =^Newman. Assim como eles, Acton foi católico moderado. Tenazmente se opôs ao ultramon tanism e, e em 1869 foi a Roma pa ra te n ta r evitar que o Primeiro Concí lio =í-Vaticano promulgasse a infa libilidade do Papa. Quando perdeu esta batalha, ele se subm eteu à au toridade do Concílio. Desde então se dedicou principalmente aos es tudos históricos. -  JLG
ADAM, KARL (1876-1966) Teólogo católico, alemão, que for
mou pa rte de toda um a geração que traba lhou pela renovação do catoli cismo romano, e que resulta ser a geração precursora do Concí l io =^Vaticano II. A maior par te de sua
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carreira como docente foi na Uni versidade de Tübingen, Alemanha,  jnde ensinou de 1919 até o ano de 1949. Entre as suas pr incipais
 jbras está Una Sancta   (1951), naqual trata dos problemas e a espe rança de uma aproximação entre católicos e protestantes. Suas obras ie cunho cristológico também al cançaram grande popular idade: Christus unser Bruder   (1926),  Je-  ius Christus  (1933) e  Der Chris tus 
des Glauhens  (1954). - J L G
ADAMÂNCIO (Séc. IV?) Autor antignóstico de quem não
se sabe muito mais do que seu nome. Provavelmente viveu no séc. R" na S íria ou na Ásia Menor. Mes mo que alguns o tenham confundi
do com =4-0rígenes, ta l identificação não é correta. Seu diálogo De Recta   in Deum Fide  se apresenta como um a série de debates, primeiro com os seguidores de =>Marcião, e em se guida com os seguidores de =>Bar- desanes e =^Valentino. -  JLG
ADAMS, HANNAH (1755-1832) Prim eira teóloga norte-ame rica
na que conseguiu se sustentar eco nomicamente dos livros que escre veu. Dedicou-se com êxito no campo das religiões comparadas. - E P A
ADÃO DE MARSH ^M AR ISCO, 
ADÃO DE
ADÃO DE SÃO VÍTOR (?-ca. 1185) Poeta litúrgico que expressou em
verso a piedade e a teologia da Es
cola de São Vítor (=»Hugo de São Vítor; =^Ricardo de São Vítor). Tam  bém lhe é atribuído um dicionário com termos difíceis da Bíblia. -  JLG
ADELARDO DE BATH (ca. 1125) Filósofo inglês de cuja vida se
sabe muito pouco, mas parece ter viajado por toda Eu ropa ocidental, assim como também pelo norte da África e Ásia Menor. Assim conse guiu adquirir uma enorme erudi
ção, a qual Adelardo usou em seuesforço de reconciliar as doutrinas de ^Platão e as de =í>Aristóteles quan to ao “un ive rsais”. -  JG L
ADELMANO (?-ca. 1053) Discípulo de =>Fulberto de C har
tres, escreveu uma carta contra
do utrina euca rística de =>Berengá- rio de Tours. Adelmano a firma nela que 0 Senhor, tendo prometido que nos daria a sua carne para comer, cumpriu essa promessa na in stitui ção da eucaristia. -  JLG
ADSON DE LUXEUIL (?-992)
Também conhecido como Asson. Criado no mosteiro de Luxeuil che gou a ser abade do famoso mosteiro de Montier-en-Ders. Aí escreveu várias vidas de santos, e provavel mente uma história dos bispos de Tours. Nessas obras supostamente históricas abundam lendas e fábu
las piedosas. Adson tam bém escre veu 0  Tratado do Anticristo,  que tem sido atribuído a vários outros autores, entre eles =í>Agostinho de Hipona e ^A lcuíno. -  JLG
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ultra-extremo. Seus seguidores, co nhecidos como anomeanos (do gre
go anomoios), afirm avam que o Paie 0  Filho são “diferentes” em tudo,  pois somente o Pai é Deus. Oriundo de Antioquia, Aécio foi de imediato
 para Alexandria , onde estudou a ló gica de =>Aristóteles e chegou a ser um hábil polemista. Tornou-se bis
 po pelos arianos, mesm o que pare ça não ter tido uma sede episcopal determinada. -  JLG
AFRAATES (?- ca. 350) Cristão persa, conhecido tam
 bém pela alcunha de “O Sábio P er sa ”. Convertido do judaísm o ao cris tianismo, adotou 0  nome de Jacó e se mostrou um constante adversá
rio do arianismo. A crítica moder na estabelece que foi ele o au tor das 22 hom ilias cujo texto siríaco foi en contrado na metade do séc. XK. Como ele mesmo nos diz, escreveu- as em 344, 345, e 347 duran te a per seguição de Sapor II. A obra trata de vários assuntos de moral e con
trovérsia, e nos oferece preciosostestem unhos sobre a fé e a discipli na na igre ja siríaca do séc. IV. Mes mo que Afraates não comente as escrituras em seus livros, ele faz nu merosas citações. Em de term inadas interpretações, ele deixa tran sp are cer a influência que tivera das dou
trinas rabínicas. -  JD R AGOBARDO DE LYON (ca. 780-840)
Arcebispo des ta cidade, Agobar do participou na lutas políticas de
seu tempo e por causa disto foi de  posto do seu cargo episcopal. Ago  bardo, altam ente erudito para a sua época, atacou muitas das supersti
ções populares, inclusive a magianegra e a bruxaria, assim como a excessiva veneração das imagens. Sua principal obra teológica foi um a rejeição do adocianismo de =4>Félix de Urgel, que ainda se conserva. -  JLG
AG OP, JO Ã O =>HOLOV, JOÃ O
AGRÍCOLA, RODOLFO (1433-1485)
Filósofo, filólogo, poeta, músico e pintor holandês. Seu verdadeiro nome é Rolef Huysmann. Foi um dos restauradores das ciências e das letras na Europa. Estudou em
Lova ina , Bé lg ica , passou pe laFrança e Itália desde 1473, e em 1480 retornou ao seu país natal, empregando os ensinos do renas cimento. Exerceu uma cátedra de filosofia na Universidade de Hei delberg, da qual tornou-se repre sentante administrativo. Agrícola
é um dos fundadores do humanismo alemão, mais por sua ação pes soal do que por seus escritos. En sinou a filosofia de =>Aristóteles e era inimigo irreconciliável do latim
 bárbaro de certas escolas. Foi o p ri meiro autor moderno a ocupar-se da investigação científica dos meios
 prá ticos para o ensinam ento da p a lavra aos surdos-mudos. Suas obras têm sido muito est imadas, tanto  pela c lássica e legância de seus pen samentos, como por facilidade e
 precisão do seu estilo . E las foram
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 publicadas reunidas em dois volu mes em Colônia, A lem anha (1539), :om 0  título de Elecubrationes ali quot lectu dignissimae,  destacan
do-se entre elas  In laudem philo- íophiae  e o tratado  De invencione  dialéctica. N esta última , onde Agrí cola tratou de dem on strar a ve rda deira função da lógica como ele mento fundamental à retórica, se :ornou uma das mais importantes ie suas obras. Além do mais, es
creveu algumas cartas, discursos, poesias e fez várias traduções do grego. Durante os últimos anos de sua vida, ele se dedicou ao estudo ia teologia e da língua hebraica. Seu discurso  De N ativita te Chris ti   revela um espírito de profunda p ie dade. -  JD R
AGOSTINHO DE HIPONA 354-430)
Um dos mais prolíficos autores cristãos da Antigüidade, e sem dú vida, 0 que mais causou impacto na teologia ocidental através da Idade Media até o presente. Sua vida e pe regrinação e sp iritual são bem mais conhecidas por nós do que as de ou tros cristãos da antigüidade, por que, em parte, o próprio Agostinho no-las conta em sua famosíssima obra Confissões.
Agostinho nasceu no norte da África, na cidade de Tagaste, filho de pai pagão que servia na admi nistração rom ana e mãe cristã, Mô- nica. Mônica era um a pessoa muito devota e se dedicou muito a orar
 pela conversão de seu esposo e fi lho. Sua influência sobre Agostinho
foi enorme - pelo menos é o que ele  próprio deixa t ransparecer em suas confissões.
De T agaste, Agostinho tran sfe
riu-se pa ra con tinua r seus estudosna vizinha cidade de Madaura e em seguida, aos 17 anos de idade, em Cartago, a princ ipal cidade da região. Nessa cidade, ele se dedi cou ao estudo da retórica, que era 0 modo que, nesse tempo, avança va no campo da adm inistração p ú
 blica. Tam bém foi aí onde se uniucom um a concub ina, com quem v i veu m uitos anos e que lhe deu seu único filho; porém nunca se casou com ela, por oposição de Mônica, a sua m ãe. Por último foi em C ar tago que Agostinho dedicou-se ao estudo de Cícero, o qual lhe levou
a convencer-se de que, ainda quea retórica seja im po rtante pa ra ex  p re s s a r m elho r os a rgu m en tos, muito mais importante que a re tórica era a verdade que esta de via expressar. Foi em busca d esta verd ade que Agostinho se dedicou a partir de então.
E ssa busca o conduziu primeiroao maniqueísmo (=>Mani). E sta era uma doutrina dualista segundo a qual há dois princípios ou sub stân cias que se m isturam na te rra e na vida terren a: o princípio do bem e o  princípio do mal. O princípio do bem se revelou em profetas como Zoro astro, Jesus e Mani. A perfeição consistia em sep arar-se de tudo que fosse expressão do princípio do mal mediante, um ascetismo tal que, em casos extremos, levava a morte por inanição.
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Mesmo que Agostinho nunca te nha passad o de ser “ouv inte” entre os m anique ístas (isto é, simp atizan te e até mesmo crente, mas sem se
comprometer com o ascetismo dos“perfeitos”) chegou a pensar, sim, que o maniqueísmo oferecesse um a interpretação racional do mundo e da vida - especialmente com rela ção ao problema da origem do mal. Quando ele tinh a alguma dúvida ou tinha algo que não lhe parecia en
qu adrar-se com as dou trinas m an iqueístas, diziam-lhe que existia um sábio maniqueísta, um certo =»Faus- to, que poderia esclarecer todas as suas dúvidas. Todavia, quando che gou 0 tão anunciado Fausto, ele não
 pôde escla recer as dúvidas de Agos tinho, e desde então ficou decepcio
nado com 0  maniqueísmo, mesmoque não tenha se separado total mente dos m aniqueístas.
Sua carreira o levou para o ou tro lado do M editerrâneo, pa ra a ci dade Roma. Lá, ele se dedicou ao estudo de vários auto res platônicos, os quais lhe mostraram que o pro
 blema da origem do mal não era insuperável, e além do mais lhe fize ram ver que a realidade não con sist ia somente em matéria, mas também tinha realidades intelec tuais ou espirituais.
De Roma, Agostinho transferiu- se para Milão, onde foi ouvir o ser mão do famoso bispo dessa cidade, =^Ambrósio. Seu objetivo não era tan to escuta r o que Ambrósio dizia, mas sim estuda r a ma neira como ele dizia, pois Agostinho tinh a inte res se nele como professor de retórica.
Porém, segundo ele mesmo conta, “ao abrir meu coração para receber o que dizia eloqüentem ente, e ra in vadido, ao mesmo tempo, por aqui
lo que dizia de verdadeiro, aindaque fosse gradativamente”. Aos  poucos, Ambrósio foi lhe convencen do de que suas objeções anteriores á fé cristã não eram válidas.
Todavia isto não era suficiente  para fazer de A gostinho um cristão. Sua mãe, Mônica, lhe ensinara um
cristianismo rigoroso e os autores pla tônicos que havia estudado, lhe convenceram de que a “vida filosó fica”, isto é, a vida segundo a ver dade, é um a vida de renúncia e con templação. Agostinho não estava
 preparado para ta l coisa. Segundo ele mesmo conta, por isso então ora
va; “dá-me castidade, porém aindanão”. Foi ne ste tempo que aconteceu o
famoso episódio do horto de Milão. Agostinho já estava angustiado, há algum tempo, por essa verdad e que havia descoberto com o intelecto,  porém não podia se dedicar a ela de
coração. Um dos autores platônicosa quem Agostinho mais respeitava =»Mário Victorino, tin ha se conver tido e feito profissão pública de sua fé cristã. Um amigo lhe contou a in da da conversão de dois funcioná rios do governo que acabavam de abandon ar suas carreiras p ara de
dicar-se completamente a vida ascética. En tão , Agostinho foi ao hor to e clamou; “até quando, até quan do? Amanhã!, amanhã? Por que não hoje?” Do outro lado da grade ouviu uma voz, como uma voz de
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criança, que brincava repetindo; roma e lê, toma e lê”. Tomando aqui lo por mensagem vindo do -\lto, foi e tomou um códice de Ro
manos que tinh a deixado sobre um.oanco e leu algumas palavras de romanos 13.13-14 que o comove ram profundamente. Ele foi e dis se a Mônica, que e stava com ele em Milão, que h av ia se decidido de tor nar-se cristão e se retirou com ela e com alguns amigos a Casiscíaco,
lugar separado, nos arredores deMilão. Depois de certo tempo de estudo
e meditação, Agostinho, seu filho Adeodato e um gran de amigo foram
 batizados em Milão por Ambrósio. De Milão, começaram a viagem de regresso a Tagaste, porem Mônica
adoeceu e morreu no porto de Ostia. A doença e morte de sua mãe atras ara m a viagem de volta a Ta gaste por quase um ano. Neste pe ríodo Agostinho se dedicou a escre ver seus primeiros livros cristãos, dirigindo-se principalm ente contra os maniqueus.
De volta a Tagaste, Agostinho vendeu grande parte do que tinha herdado de seus pais e deu o dinhei ro aos pobres. Com o que sobrou, ele se dedicou a um a vida reserv ada de estudo, oração e meditação. Tal era a vida que desejava levar até o fím de seus dias. Todavia uma visita à cidade vizinha de Hipona, com o objetivo de recru tar um amigo para a sua comunidade de meditação, o
 bispo dessa cidade o obrigou a acei ta r ser ordenado sacerdote e em se guida bispo. Por conseqüência ,
Agostinho passou o res tan te de sua vida como bispo de Hipona, onde fa leceu no ano de 430, quando os vân dalos se aproximavam dos portões
da cidade.A obra teológica de Agostinho gi rou principalmente em torno das controvérsias em que se viu envol vido como bispo e defensor de seu rebanho e de sua fé. Por isso, a maio ria de suas prim eiras obras foi d iri gida contra os maniqueus, cujas
doutrinas havia seguido e defendido antes, e que agora se sen tia obri gado a rejeitá-las. Foi nessas obras contra o maniqueísmo que Agosti nho desenvolveu duas de suas dou trinas características; sua compre ensão da origem do mal e sua dou trina do livre arbítrio.
A partir de suas leituras platônicas, Agostinho declara que o mal não é uma realidade de origem in dependente. No final das contas, toda realidade vem de Deus, o Cria dor. Todas as criaturas se aproxi mam mais, ou menos de Deus. As que mais se aproximam são melho
res do que as outras; porém isto nãosignifica que as outras são más. O m al então não é um a substância, mas sim que consiste em afastar-se do Criador. Assim por exemplo, a alma, criada para a contemplação de Deus, cai no mal quando, no lu gar de contemplar a Deus, se dedi ca à contemplação das criaturas.
Para explicar como isso pode acontecer, Agostinho apela à dou trin a do livre arbítrio. O ser hu m a no (também os anjos) tem liberda de para de te rminar sua própr ia
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ação. E ssa liberdade, como tudo que Deus criou, é boa. Todavia o ser humano a empregou para o mal,
 para se separar de Deus, e aqui está
a raiz do pecado e do mal. Nestesentido também Agostinho se opu nh a aos m aniqueus que afirmavam que as ações da alma estão deter minadas pela mescla que exis te ne la dos princípios do bem e do mal,
 pois o bem não pode fazer senão o  bem e o mal fazer o mal.
A segunda grande controvérsiade Agostinho relaciona-se com os do na tistas (=^Donato). E ste era um
movimento, surgido ao término das  perseguições, que a firm av a que aquelas pessoas que se curvaram diante da ameaça de perseguição
eram indignas, e que por isto suasações ministeriais não eram váli das. O mesmo era certo para qual quer um que estivesse em comu nhão com tais pessoas indignas. Portanto, somente os donatistas eram fiéis, e somente seus batismos, serviços de comunhão e ordenações
eram tidos como válidos.A isto respondeu Agostinho in sistindo que quem dá valor ao sa
Frontispício de uma edição da Cidade de Deus  Observe como os diabinhos da direita zombam dos anjos
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cramento não é quem celebra ou ad m inistra, mas sim Deus; conseqüen temente 0  sacramento administra do por uma pessoa indigna, ainda
que talvez seja irregular, é tidocomo válido - em termos técnicos, o sacramento atua ex opere operato.
A terceira grande controvérsia girou em torno de =>Pelágio e suas doutrinas. Pelágio foi um monge que sustentava que o ser humano, ainda em seu estado de pecado pode
tomar a decisão de fazer o bem eace itar a graça de Deus. Indo além, dizia que as crianças não têm peca do ao nascer, mas sim que o único
 pecado é o que cada indiv íduo co mete pessoalmente - ou seja, não existe algo como o pecado original. Diante disto, Agostinho afirmava
que, mesmo existindo o livre arbítrio, 0  pecado priva o ser humano da liberdade de fazer o bem. Com outras palavras, antes do pecado o homem podia fazer o bem ou não,  porém agora , depois do pecado, já não lhe res ta a capacidade de fazer 0  bem por si mesmo. Isto não que dizer que ele não tenha liberdade, mas sim que, em seu estado de pe cado, todas as possibilidades que lhe são oferecidas são pecam inosas. O homem tem, portanto, a liberda de para escolher entre todas elas,
 porém não para não pecar. E então que a graça intervém, dando-nos a capacidade de fazer o bem - e sobre tudo, de aceitar a graça própria, o que não poderíamos ter sem a gra ça divina. Antes da conversão, a graça “opera” em nós para que a aceitemos; uma vez que a aceita
mos, coopera conosco para fazermos 0 bem.
Essa graça é “irresistível”, pois se pudéssemos resistir-lhe, pecado
res como somos, o faríamos. Conseqüen temen te ninguém pode se va n gloriar de te r aceitado a graça, nem se crer melhor do que quem não a aceitou. Se podemos dizer que fomos salvos, todo o mérito e a glória per tencem à graça de Deus e não a nós mesmos.
Isto por sua vez conduz a do utrina d a predestinação. Visto que toda a humanidade pecou, toda ela é um a “índole de perdição” e ninguém tem direito algum de reclamar ou tra coisa que não seja a perdição. Som ente aqueles que forem predes tinados por Deus para receber a sua
graça irresistível, aceitando-a, serão salvos. Os demais serão conde nados. Neste ponto, ainda que toda a Idade Média se dissesse agosti niana, 0  certo é que quase todos os teólogos medievais se separaram dos ensinamentos de Agostinho.
Por outro lado, mesmo que mui tos protestan tes viram nele o gra n de defensor da doutrina da salva ção pela graça, temos de reconhe cer que Agostinho sustentava que a salvação exigia os méritos das
 boas obras - apesar de que essas  boas obras pudessem levar a cabo somente mediante a operação e cooperação da graça divina.
A últim a g rande controvérsia de Agostinho ocorreu depois da toma da de Roma pelos visigodos no ano de 410. Nesse tempo, pagãos argu mentaram que a queda de Roma
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deveu-se ao fato dela ter aban dona do os deuses que a fizeram grande, e culpavam portanto os cristãos por esta queda.
Diante destas opiniões, Agostinho escreveu A cicZacíe de Deus, uma obra que repass a toda a h istória da humanidade, tal como se conhecia naquela época, tratando de mo strar que era outra a razão pela qual Roma tinha caído. P ara isto, Agos tinho diz que há no mundo duas
grandes cidades (talvez diríamoshoje duas grandes ordens ou siste mas). A primeira era a cidade ter rena, construída sobre a base do amor às cria turas , ou o contrário do desejo concupiscente de possuí-las. A outra é a cidade de Deus, funda da sobre o amor de Deus. Todas as
ordens políticas que existiram nahistória são expressões da cidade terrena e como conseqüência estão destinadas a desaparecer. Somen te a cidade de Deus, representada no mundo pela igreja, permanece
 para sempre. Por último, devemos recalcar o
modo como Agostinho entende o conhecimento, pois sua epistemologia dominou os primeiros séculos da Idade Média, determinando gran de do curso da teologia, filosofia e as ciências. Como =>Platão, Agosti nho acreditava que os sentidos não  podem ser fonte de verdadeiro co
nhecimento. O verdadeiro conhecimento não se refere às coisas pas sageiras que os sentidos percebem, mas sim as verdades eternas, a re alidade das coisas que os sentidos
 jam ais podem penetrar. Como, en
tão, se chega ao conhecimento? Pla tão tinha sugerido a preexistência da alma. Segundo ele, nossas alm as existiram anteriorm ente num m un
do das idéias, de onde caíram n estemundo de realidades materiais e coisas transitó rias. Logo, o que cha mamos de “conhecimento” não é senão uma reminiscência ou vaga lembrança do que conhecíamos no mundo das idéias. Agostinho, por outro lado, não pôde ace itar a so lu
ção de Platão, porque isso levaria aafirmar a preexistência da alma e assim negaria os ensinamentos do cr is t ianismo. Outros af i rmavam ainda que a alma é capaz de conhe cer as realidades divinas por fazer
 parte da essência de Deus e porque, desta forma, o conhecimento é ina
to. A alma conhece as verdades e ternas porque estão impressas em sua  própria n a tu reza como emanação de Deus. Todavia, essa doutrina também não era aceita por Agosti nho, pois não era mais compatível com os ensinamentos cristãos do que a hipótese da preexistência.
Foi em resposta a tudo isso queAgostinho desenvolveu a teoria do conhecimento como “iluminação”. De acordo com ele, o que acontece é que 0 Verbo eterno de Deus ilumi na a mente hum ana, colocando nela todo conhecimento verdadeiro. Se sabemos que dois mais dois são qua
tro, isto não se deve porque o vimosno mundo anterior, nem tampouco  porque o conhecimento seja inato a nossas men tes e muito menos por que 0 tenham os visto, pois ninguém
 jam ais viu “dois” sem que se refira
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a objetos transitório s, e portanto in dignos do verdadeiro conhecimen to (duas maçãs, duas montanhas, etc.). Esse conhecimento, ao con trá
rio, se deve porque o Verbo eternode Deus o colocou em nossa m ente, iluminando-a.
Resulta claro que isto é muito pa recido com o que antes disseram =>Justino, =>Clemente de Alexan dria e tantos outros sobre o Verbo, o logos, o qual ilum ina toda criatu
ra que vem a este mundo (Jo 1.9).O que Agostinho fez, foi simples mente desenvolver essa teoria de forma mais extensa. Todavia, o que era antes um argum ento apologéti co em Justino, ou um argumento
 para justificar o uso da filosofia em Clemente, tornou-se com Agostinho
o modo em que quase toda a IdadeMédia ocidental entendeu o conhe cimento. Para os medievais, base ando-se na autoridade de Agosti nho, o conhecimento não pode vir  por indagação e nem por observa ção das realidades materiais. Esta foi uma das causas porque a Idade
Média, até o redescobrimento deAristóteles, se ocupou pouco ou quase nada das ciências físicas e naturais.
A influência de Agostinho foi muito grande, não somente no que se refere à teoria do conhecimento, mas também em todo o campo da
teologia e da filosofia. Foi principalm ente por meio de Agostinho que a Idade Média conheceu a antigü ida de cristã. Ele foi inovador no seu tempo. Poucos anos depois de sua morte houve quem atacou as suas
doutrinas (=>João Cassiano, =>Vicen- te de Lárins, =>Fausto de Riez, =>Prós-
 pero de A quitânia, =>Genádio de Marselha). E por fim, os medievais
 pensaram que Agostinho era o maisfiel expoente do cristianismo anti go. Hoje sabemos que a in ter p re ta ção neoplatônica do cristianismo que ele propôs era uma inovação - um a inovação talvez p ara seu tem
 po, mas certam ente não era o único modo como os cristãos haviam p en
sado sobre tais assuntos.Em todo caso, a influência e pres tígio de Agostinho foi tan to, que seu nome aparece repetidamente, não somente na Idade Média, mas tam
 bém nos tempos da re forma protes tante, quando reformadores como ^Lutero e =4>Calvino reclamavam
sua autoridade e diziam que os seusensinamentos concordavam com os do san to bispo de Hipona; seus opo sitores católicos diziam o mesmo com relação a suas próprias posi ções. Mais adiante, nas controvér sias sobre o jansenismo (=>Jansê- nio), a discussão, mais uma vez, gi
rou em torno dos ensinamentos deAgostinho. Logo, apesar de sua influência
na igreja oriental (a igreja de lín gua grega) não te r sido comparável a sua influência na igreja ocidental (de língua latina), é jus to dizer que, com exceção do apóstolo Paulo, ne
nhum outro escritor cristão tenhasido tão lido e discutido mais do que Agostinho. -  JLG
Obras em português: A verdadei ra religião (2002), Solilóquios e vida 
 fe liz  (1998), Comentário aos Salmos
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(1998), O livre arbítrio  (1997), Con  fissões   (1997),  A dou trina cristã   (2002), A graça I e I I  (2000).
AJAYI CROWTHER, SAMUEL(1807-1891) Anglicano oriundo da terra dos
iorubas, hoje no oeste da Nigéria. Ajayi é considerado um dos prim ei ros missionários e teólogos da mis são a fricana em sua p rópria terra, como demonstra o seu trabalho ao
 Niger. Em 1864, sob a liderança deHenry Venn, Ajayi foi nomeado o  primeiro bispo das nações do oeste africano - obv iamente passando por cima dos limites do controle da po lítica da Coroa Inglesa. Sua teolo gia da missão, de cunho contextual e baseado no uso do vernáculo na
transmissão do evangelho, se encontra em suas obras Journal o fan   Expedition up the Niger in 1841  (1843), The Gospel on the Banks of   the Niger   (1859X - CCO
ALANO DE LILLE (1206-1280) Professor e logo em seguida re i
tor da Universidade de Paris. Depois abraçou a vida monástica entre os cistercienses. Conhecido como “o grande” por seus contemporâneos, escreveu uma obra,  Ars catholicae 
 fidei,  que muitos consideram supe rior as sentenças de =^Pedro Lom
 bardo, mesm o que não tenha tido a mesma influência. Nota-se em al gumas partes que esta obra parece tomar emprestado e lementos do método geométrico, para apresen ta r seus argum entos em termos de axiomas, teorem as, etc. -  JLG
ALBERTO MAGNO (1206-1280) Mestre da ordem dos dominica
nos, alemão, cuja ca rreira acadêmi ca transcorreu, na sua maior par
te, em Paris e depois em Colônia,Alemanha. Apesar de m uitas in ter rupções nos seus estudos devido a responsab ilidades eclesiásticas, Al
 berto foi um grande pensador ori ginal e prolífico autor de obras vo lumosas. Foi m estre de =>Tomás de Aquino, o qual continuou a sua obra
e a levou até sua culminação.Alberto viveu no tempo em que a filosofia de =>Aristóteles, recen temente reintroduzida nas univer sidades européias, era motivo de grandes debates. A maioria dos te ólogos da época pensava que Aris tóteles e sua filosofia fossem incom
 patíveis com 0 cristianism o. Isto sedevia, em grande parte, porque o Ocidente conhecia Aristóteles p rin cipalmente através do seu comen ta ris ta Averróis. Em conseqüên cia, pensava-se que a filosofia aris totélica necessariamente levava à conclusões contrárias à fé cristã,
tais como a eternidade da matériae a “unidade do intelecto agente” (isto é, no final das contas todas as almas são uma só, e em seguida se
 perdem nessa unidade). Como res  posta ao desafio do aristotelismo, muitos teólogos e líderes eclesiásti cos ins istiam em que a filosofia de via ser sub ordinada à teologia, ten do que chegar necessariamente às mesmas conclusões da teologia. Além do mais, houve várias proibi ções por pa rte de igreja contra o es tudo sobre Aristóteles (ou pelo me-
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filósofo escreveu várias obras con tra os averroístas (=^Averróis).
Todavia, talvez, a sua maior con tribuição este ja em seus diversos es
critos sobre ciências naturais (astronomia, zoologia, botânica). Gra ças a Aristóteles, Alberto acredita va que os sentidos eram uma fonte importante de conhecimento. Ao contrá rio dos filósofos e teólogos a n teriores, os quais pensavam que o verdadeiro conhecimento se obtém
à parte dos sentidos, Alberto estava convencido de que a observação oferece elementos para esse conhe cimento. E por isso que, salvo pou cas exceções, Alberto foi o primeiro teólogo da Idade Média que verda deiramente levou em consideração os dados dos sentidos e se dedicou à observação da natureza como meio de se chegar ao conhecimen to. Graças a ele e ao seu discípulo, Tomás de Aquino, a Europa ociden tal começou a interessar-se pelo mundo físico. Poderíamos, portan to, dizer que aqui está a origem das ciências e também das tecnologias modernas.
Através de uma bula de Pio XI, em 1931, o nome de Alberto foi acres centado à lista dos “=^Doutores da Igreja”. - J L G
ALBIGENSES Seita neomaniqueísta da época
medieval, procedente do Norte da Itália e do Sul da França. Seu ma niqueísmo consistia em ensinam en tos dualistas e uma vida dualista. E ntre suas doutrinas fundam entais encontramos um dualismo de di
vindades. Desde a eternidade o  príncipe da luz reina sobre todo o invisível e o príncipe deste mundo reina sobre todo o visível. Lúcifer é
0  filho do príncipe deste mundo.A ta refa principal de Lúcifer era seduzir alguns anjos do príncipe de luz ao mundo da escuridão. A obra de redenção é restaurar a liberda de das ovelhas perdidas da casa de Israel. A divina luz se manifestou atrav és dos salmos, profetas e C ris
to. Cristo é o ser celestial totalm ente perfeito e é também o chefe de todos os anjos bons. A obra de re denção de Cristo consistiu em pro clamar a verdade num corpo etéreo e fazer prodígios maravilhosos re gressando ao mundo invisível celes tial depois de sua morte.
Em tudo isto os albigenses mos tram uma cristologia docética. As
 pessoas crédulas obtêm, segundo eles, a salvação no batismo de Je sus pelo Espírito ao recebê-lo pela imposição das mãos de seus mes tres. As almas perdidas podem so mente retornar ao seu rebanho ce
lestial quando forem incorporadas à verdadeira igreja dos crentes. Já que muito dessas almas morreram antes e depois da obra de Cristo, sem conhecer esta ve rdade ira igre
 ja , os albigenses afirmavam a t ran s migração das almas. E sta d outrina se faz necessária pa ra que as almas
 perdidas ou errantes cheguem em um a de suas transm igrações ou re- encarnações a ser incorporadas n es sa igreja verdadeira ou comunida de de albigenses. - A L G
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Arqueólogo estadunidense, de fama mundial por causas de seus
estudos sobre o Oriente Médio (Oriente Próximo). Albright nasceu no Chile, filhos de missionários ame r icanos metodis tas . Es tudou na Universidade John Hopkins, onde em seguida ensinou por quase trin ta anos. Seus estudos arqueológicos
 procuraram , com grande esforço,
comprovar a validade histórica doAntigo Testamento apesar das dú vidas causad as pelos estudos histó rico-críticos da Bíblia. -  LGP
ALCUÍNO DE YORK (735?-804) Erudito inglês e educador da
corte de Carlos Magno, o qual foi
 prom otor de grandes desenvolvimentos intelectuais que ocorreram du ran te a Idade Média. Como Aba de do mosteiro de São M artinho de Tours, fez desse lugar o centro de erudição do todo o reino franco (francês).
Alcuíno foi minis tro de educação
 pública e o principal in telectual deCarlos Magno. Como tal, ele este ve à frente da escola palatina de Aachen (conhecido em francês pelo nome de Aix-la-Chapelle) e, du ran te oito anos, liderou um movimento de renovação cultural. De seu ex tenso trabalho destaca-se, en tre ou
tros, a introdução dos estilos celtasna a rte continental, a renovação da liturgia e a promoção da literatu ra. Alcuíno utilizou o melhor do conhe cimento dos antigos e do acervo cul tural da época para promover o re
nascimento carolíngio. Como teólo go, foi o principal assessor de Car los Magno em assuntos eclesiásti cos. Ele publicou uma edição revi
sada e oficial da Bíblia, promoveu oensino do clero e  defendeu a orto doxia. - CJP
ALEXANDER, ARCHIBALD (1772-1851)
Destacado pastor e professor  presbiteriano. N asceu no condado
de Rockbridge, Virgínia. Ele estudou na Liberty Hall Academy, co nhecido atualmente como a Was hington and Lee University. Ale xander foi ordenado pregador na Igreja P res bite riana com a idade de 19 anos. Depois de sua ordenação, trabalh ou como pa stor em d iversas
igrejas da Virgínia. Em 1796 Alexander assumiu a presidência do Hampden Sidney College e sua li derança trouxe um rápido cresci mento a esta instituição. Em 1897 foi indicado como pastor da igreja Pine S treet de Filadélfia, um a das m ais impo rtantes congregações da
época-cargo que desempenhou porcinco anos. Em 1812 foi nomeado  pro fessor de pedagogia e teologia do recém fundado seminário de Princeton, vindo a ser o primeiro membro da faculdade desse semi nário. Ensinou nesta inst i tuição até 22 de ou tubro de 1851, quando
faleceu. -  H M T  ALEXANDER, JOSEPH ADDI SON (1809-1860)
Terceiro filho de Archibald ^ A le xander. Recém formado pela Uni-
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troduziu 0  polêmico tema da revo lução na reflexão teológica, que seu orientador Richard =^Shaull tra b a lhava naqueles anos.
Por causa do golpe militar de 1964, Alves teve que voltar aos Es tados Unidos. Em Princeton escre veu a tese Towards a Theology of  
 Liberation   (1968);  Religion: Opio o  instrumento de liberación   (1970);
 Da Esperança   (1987), cujo título mudou para Theology of Human  
 Hope  devido a sua novidade. A pri meira edição em inglês foi prefaci ada por Harvey, =>Cox. Nesse livro Alves dialoga asperamente com as teologias de =^Barth, ^ B u ltm an n e ^M o ltm an n , pois lhes reprova sua falta de arraigamento nas cir cunstâncias humanas concretas . O princípio ético fundam ental, que tira de Paul =>Lehmann, é como conseguir que a vida humana per mane&cced